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Original em inglês:
Efésios (Hendriksen)
CONTEÚDO
ABREVIATURAS
INTRODUÇÃO
V. Tema e esboço
Ef. 1:15-23
Resumo de Efésios 1
Ef. 2:1–10
Ef. 2:11-18
Ef. 2:19-22
Resumo de Efésios 2
Ef. 3:1-13
Ef. 3:14-21
Resumo de Efésios 3
CRESCIMENTO EM CRISTO
Efésios (Hendriksen)
c. Ef. 5:3-14
d. Ef. 5:15-21
a. Ef. 5:22-33
b. Ef. 6:1-4
c. Ef. 6:5-9
BIBLIOGRAFIA
Efésios (Hendriksen)
ABREVIATURAS
Grk. N.T. (A-B-M-W) The Greek New Testament, editado por Kurt
Aland, Matthew Black, Bruce M. Metzger, y Allen Wikgren, Edición
de 1966.
Efésios (Hendriksen)
EQ Evangelical Quarterly
ET Expository Times
Int Interpretation
TT Theologisch Tijdschrift
Efésios (Hendriksen)
INTRODUÇÃO
Efésios (Hendriksen)
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Outra das falácias que está implicada no modo de confrontar hoje
em dia o problema de como aliviar o homem de sua miséria é a
noção de que a felicidade pode ser conseguida por meios que
operam de fora para dentro. Diz-se, “melhore o meio ambiente e
será melhorada a condição interna do homem”. Mas a condição
interna do homem é tal que não oferece esperança alguma para o
êxito deste método. Está “morto por causa de suas transgressões e
pecados”. Fora de Cristo vive “nas concupiscências da carne e de
seus raciocínios” (Ef 2:1, 3). Para salvá-lo é necessário um ato de
Deus. A remoção da culpa de seu pecado não é suficiente. O
pecado em si, o impulso de fazer o que é contrário à santa lei de
Deus, é o que deve ser eliminado. Dentro do coração do homem
deve ter lugar uma obra poderosa, para que, como resultado, o
homem, tendo sido renovado basicamente e gradualmente
transformado pelo Espírito Santo, possa agora, como resultado,
começar a agir de dentro para fora sobre seu meio ambiente,
exigindo que tudo funcione Pro Rege (“para o Rei”). Esta obra
regeneradora e transformadora do Espírito Santo, obtida pela morte
de Cristo (Jo 16:7), acha-se maravilhosamente descrita em Efésios
3:14–19. Aqueles que por natureza se acham mortos precisam ser
vivificados (Ef 2:1).
o próprio Deus que “em Cristo” proveu este caminho para sair das
trevas e do pessimismo. É tarefa da igreja “fazer com que todos os
homens vejam” que esta é a única solução. A igreja deve cantar seu
potente coro de salvação pela fé em Jesus Cristo, para com isso
afogar totalmente o utópico hino do ateísmo. Este último também
canta, claro que sim, mas seu cantar tem um som oco. Canta a
mentira em (o espírito de) ódio. A igreja canta “a verdade em amor”
(Ef 4:15). Sua vida diária é de fato um andar em amor, porquanto
imita ao Deus de amor (Ef 5:1). Assim, ferreamente unida,
apresenta um desafio a Satanás e todas suas hostes, e com este
propósito faz uso das armas providas pelo próprio Deus (Ef 6:10–
20).
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A. Introdução
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B. Comparación
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Jesus Cristo.
conferiu-nos no amado 7 em
conforme às riquezas
entendimento espiritual …
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na terra; nele
a esperança de glória …
a mensagem da verdade, o
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15 Por esta razão, porquanto 1:3 Ao orar por vós, sempre ouvi da fé
no Senhor Jesus damos graças a Deus, o Pai de que (existe) entre
vós e de nosso Senhor Jesus Cristo, 4 porque vosso amor por todos
os ouvimos que vossa fé em Cristo santos, 16 não cesso de dar
graças Jesus e do amor que vós por vós, vos lembrando em
abrigais para com todos os santos, minhas orações, 17 (pedindo)
que 5 por causa da esperança o Deus de nosso Senhor reservada
para vós nos Jesus Cristo, o Pai de glória, vos céus, da qual já
ouvistes dê o Espírito de sabedoria e antes na mensagem da
verdade, revelação no verdadeiro a saber, o evangelho … 9 E por
esta conhecimento dele, 18 (tendo) razão, desde dia que o ouvimos
iluminados os olhos de vossos jamais cessamos que orar por
corações, para que saibais qual vós, pedindo que sejais cheios é a
esperança a qual ele vos com o conhecimento claro de seu chamou,
quais as riquezas da vontade (conhecimento que consiste) glória de
sua herança entre os em toda sabedoria e santos, 19 e qual a
sobressalente entendimento espiritual, 10 para grandeza de seu
poder que vivais vidas dignas dou Senhor, a (desdobrada) com
relação a (seu) completo agrado, em toda nós os que cremos,
segundo boa obra dando fruto, e vê-se naquela manifestação de
crescendo não conhecimento claro seu infinito poder 20 que
exerceu do Deus.
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Colossenses
Capítulo 1
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6 7 8 9 10
11 12 13 14 15
16 17 18 19 20
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15
21 22 23 24 25
2:12, 13, 16; 1:4; 2:13, 16; 3:1, 2, 6, 7, 17 1:22, 23; 3:1,13 3:2, 7
4:18 5:27
26 27 28 29
10
Capítulo 2
12345
6 7 8 9 10
11 12 13 14 15
2:21; 4:15, 16
21 22 23
4:14
Capítulo 3
12345
6 7 8 9 10
2:2, 3; 5:6 2:3 4:22, 29, 31; 5:4 4:22, 25 2:15; 4:24
Efésios (Hendriksen)
16
11 12 13 14 15
16 17 18 19 20
21 22 23 24 25
Capítulo 4
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11 12 13 14 15
16 17 18
É verdade que mesmo assim achamos que a lista dada mais acima,
na qual os quatro capítulos de Colossenses constituem a base de
comparação, mostram uma notável semelhança. Não obstante, esta
semelhança não é de modo nenhum uniforme. São muitas as
analogias especialmente nos capítulos 1 e 3. Mas também é
honesto tomar nota das diferenças existentes. Em Colossenses 2 e
4 (com exceção de Cl 4:7, 8; cf. a quase idêntica passagem em Ef
6:21, 22) o contraste é tão visível como o é a semelhança ou talvez
ainda mais. Vemos então claramente que aquela teoria, segundo a
qual quem quer que tenha escrito Efésios simplesmente fez uma
cópia de Colossenses, acrescentando um
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17
parágrafo aqui e uma frase lá, não concorda com os fatos. Existe
uma diferença substancial definida entre as duas epístolas.
Naturalmente, não são contradições, mas sim diferenças. Junto com
tudo o que é semelhante vê-se uma linha de pensamento que se
desenvolve em Colossenses e que não aparece com semelhante
ênfase em Efésios.
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18
espiritual que se rende ao Pai, Filho, e Espírito Santo (vv. 3–6, 7–12,
13, 14), não tem paralelo em Colossenses. As referências à terceira
pessoa da Santa Trindade (Ef 1:13, 17; e cf. Ef 2:18, 22; 5:16; 4:3,
4, 30; 5:9, 18; 6:17, 18) não são repetidas com igual frequência na
epístola menor, a qual menciona o Espírito somente uma vez (Cl
1:8). 3 E também muitas referências à “igreja” em seu sentido mais
amplo, referências que começam já no capítulo 1 e que continuam
em capítulos posteriores (Ef 1:22; 3:10, 21; 5:23–25, 27, 29, 32),
diferenciam Efésios de Colossenses.
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profundidade, e conhecer o amor de Cristo que ultrapassa o
conhecimento; para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus”
(Ef 3:17–19), é única.
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Resposta:
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(4) Efésios foi escrita mais tarde que a maioria das outras epístolas.
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Observe-se o seguinte:
… seja a glória … para glória pelos séculos dos sempre jamais” (Ef
3:20, 21). séculos!” (1Tm 1:17).
(Ef. 1:13).
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(Ef 2:3–6).
“Porque pela graça fostes “(Deus) o qual nos salvou e salvos por
meio da fé; e nos chamou com vocação isto não de vós, (é) dom de
santa, não conforme as nossas Deus; não por obras, para que
obras, mas sim segundo seu propósito ninguém se jacte” (Ef 2:8, 9).
e graça” (2Tm 1:9). Cf. Tito 3:5.
Não obstante, as boas obras são necessárias como fruto
(jamais é a raiz!) da graça
andássemos nelas” (Ef 2:10). (Tt 2:13, 14). Cf. 1Tm 2:10; 6:18; 2 Ti.
3:17; Tt 3:8.
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agora se revelou
“… mistério que pelas idades “… seu próprio propósito e esteve
oculto em Deus … a fim graça, que foi dada em de que agora …
seja dado a conhecer Cristo Jesus antes dos por meio da igreja a
tempos da eternidade, iridescente sabedoria de Deus, mas agora se
manifestou conforme ao propósito eterno pela aparição de nosso
que ele formou em Cristo Jesus Salvador Cristo Jesus”
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(Ef 6:10).
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Não se deve passar por alto o fato de que algo do material que há
em Efésios é semelhante ao que se acha na literatura não paulina
do Novo Testamento. Existem, por exemplo, semelhanças de
importância entre Efésios e 1 Pedro. Observe-se o seguinte:
Efésios 1 Pedro
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24; Jo 15:2; 7:17–19), limpa pela palavra falada (Ef 5:26; Jo 15:3).
Esta igreja é o objeto de seu amor. De repetição muito frequente
tanto em Efésios como na literatura joanina é a palavra amor, usada
como substantivo e como verbo ( substantivo: Ef 1:4, 15; 2:4; 3:14–
19; verbo: 2:4; 5:2; substantivo: Jo 5:42; 13:35; 15:9; 1Jo 2:5, 15;
2Jo 3, 6; 3 Jo 6; Ap 2:14, 19; verbo: Jo 3:16; 1Jo 2:10; 2Jo 1, 5; 3Jo
1, só para mencionar algumas referências). E acaso não é verdade
que, segundo Efésios e João, Cristo é “o Amado” do Pai? (Ef 1:6; Jo
3:35; 10:17; 15:9; 17:23, 24, 26). Por causa de seu infinito e terno
amor os crentes são “selados”
em seu Espírito (Ef 1:13; 4:30; Jo 6:27; Ap 5:1–9; 6:1; 7:3–8). Eles
recebem o tranquilizador testemunho do Espírito Santo. Em
qualquer circunstância da vida em que os crentes tenham
necessidade de perdão e graça sustentadora, seu Salvador lhes dá,
dentro de limite (“conforme a medida”, Ef 4:7) a porção
correspondente, uma vez que é Ele que recebeu o Espírito em grau
ilimitado (“sem medida”, Jo 3:34). Ele
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2. A diferença é grande demais
a. Diferentes palavras
Resposta:
Também, Paulo enfatiza o fato de que toda esta igreja unida deve
desafiar às forças do mal, e para fazê-lo deve vestir-se toda a
armadura espiritual que Deus provê (Ef 6:11ss). Naquele
sobressalente e breve parágrafo a batalha e a armadura da fé com
uma amplitude de detalhes que não se acham em outro lugar das
epístolas de Paulo. Esperamos, na
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“Deus”, mas não sem Deus (Ef 2:12); “vergonhoso” (1Co 11:6;
14:35) mas não vergonha ou, como aqui obscenidade (Ef 5:4); que
pudesse usar o verbo “abrir” (1Co 16:9; 2Co 6:11), mas não o
substantivo abertura (Ef 6:19); que pudesse chamar alguém “sábio”
(1Co 1:26) mas não sem sabedoria (ou néscio) (Ef 5:15); que
pudesse escrever “equipar”, completar (1Co 10), mas não
equipamento (Ef 4:12); “perseverar” (Cl 4:2), mas não perseverança
(Ef 6:18); “santamente” (1Ts 2:10), mas não santidade (Ef 4:24); e
“celestial” (1Co 15:40 — 2 vezes — 48, 49), também “os seres
celestiais” (Fp 2:10, “ou os que estão no céu”), mas não os lugares
celestiais, não menos de cinco vezes (Ef 1:3, 20; 2:6; 3:10; 6:12).
(4) A declaração, feita com tanta frequência, de que muitas palavras
se acham em Efésios “mas em nenhum escrito paulino autêntico”,
geralmente procede da hipótese de que as Pastorais (às vezes
também Colossenses) “não são escritos paulinos autênticos”. Mas,
segundo foi visto (C.N.T. em 1 e 2 Timóteo e Tito, pp. 10–41;
também nota 193 em pp. 428–432), não há base sólida para tal
hipótese. Foi Paulo que escreveu as Pastorais. Daí que, da lista de
palavras excepcionais que têm algum valor como argumento contra
a paternidade literária de Paulo com
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b. Significados diferentes
igreja, com a ideia do corpo humano ao pano de fundo (Ef 1:22, 23;
2:16; 3:6; 4:4ss.; 5:23, 30; excetuando Ef 5:28) está igualmente feita
em Cl 1:18; 2:19; 3:15. Portanto, não existe aqui um problema real.
E
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— deve ser feito “no nome do Senhor Jesus”? Não é verdade que a
cláusula, “dando graças a Deus o Pai por meio dele”, é sinônima de
“dando graças a Deus o Pai no nome do Filho” ? Se for verdade que
no nome de Cristo deve dobrar-se todo joelho (Fp 2:20), se em Seu
nome se têm que dar mandamentos (2Ts 3:6), e em resumo todas
as coisas devem ser feitas em Seu nome (Cl 3:17), é então falar
“inutilmente” quando se diz que em Seu nome devem ser oferecidas
as ações de graças? Não é, antes, o caso que, uma vez que o Pai
nos abençoa por meio do Filho, também as ações de graças devem
ir ao Pai por meio do Filho, isto é,
c. Estilo diferente
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10 tem 87; Fp 3:8–11 tem 78; e Cl 1:9–20 tem não menos de 218. E
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“em outras línguas mais do que todos vós” (1Co 14:18). Como
apóstolo
Cf. 2Co 11:22–33; Gl 1:1, 14; Fp 3:4–6. Daí que a afirmação feita
pelo escritor de Efésios 3:4 está em harmonia com as que são feitas
em outros lugares das epístolas de Paulo e não pode ser usada
como argumento válido contra a atribuição tradicional de Efésios ao
grande apóstolo dos gentios.
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“em tudo” adicional. Além disso, não foi acaso a fuga de Onésimo
de seu amo de Colossos razão suficiente para que justamente em
Colossenses se enfatizasse a demanda aos escravos de obedecer a
seus amos com a adição de um modificativo? Mas pôde ter havido
outras razões. No entanto, o que fecha definitivamente a porta a tal
tipo de argumentação contra a paternidade literária de Paulo como
escritor de Efésios é o fato de que em conexão com o requerimento
de que as esposas obedeçam ao seu marido, é justamente Efésios,
não Colossenses, aquele que acrescenta “em tudo” (cf. Ef 5:24 com
Cl 3:18).
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Como resultado, fica claro que nada existe no estilo de Efésios que
impeça esta epístola de ser obra genuína de Paulo.
d. Doutrinas diferentes
(a) Objeção: Efésios chama Cristo “a cabeça” da igreja (Ef 1:21, 22;
4:15, 16; 5:23). De acordo com Paulo a cabeça é meramente um
dos membros do corpo (1Co 12:21).
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se ensina claramente o fato de que “a cabeça de todo homem é
Cristo”
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(d) Objeção: Paulo não pôde ter escrito Ef 2:11. Nenhum verdadeiro
judeu pôde ter olhado o sacramento da circuncisão com tão
extremado desdém.
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Objeção: Paulo não pôde ter escrito Efésios visto que na epístola
não existe insinuação alguma a respeito da segunda vinda nem de
nenhum evento relacionado com ela.
3. Conclusão
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( História eclesiástica III. iII 4, 5). É claro, então, que este grande
historiador eclesiástico, ao escrever a começos do quarto século,
compreendeu muito bem que toda a igreja fiel de seu tempo e época
reconhecia Efésios como epístola autêntica de Paulo.
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Pelo mesmo tempo Tertuliano (FL. 193–216) em sua obra Contra
Marcião V. 17 declara: «Nós o temos na verdadeira tradição da
igreja que esta epístola foi enviada aos efésios, não aos
laodicenses. Marcião, no entanto, tinha grandes desejos de lhe dar
o novo título, como se fosse extremamente preciso na investigação
de tal ponto. Mas o que importam os títulos, quando ao escrever a
certa igreja o apóstolo na verdade escrevia a todas». Logo (V. 11),
«Aqui passo por alto a discussão concernente à outra epístola, que
sustentamos ter sido escrita aos efésios, mas os hereges dizem aos
laodicenses».
Uns poucos anos antes, Irineu, que foi por longo tempo
contemporâneo de Clemente de Alexandria e de Tertuliano, afirma
em sua obra Contra as heresias I. vIII. 5 dizendo assim: «Isto
declara Paulo também com estas palavras», e logo cita Ef 5:13.
Igualmente (V. iI. 3),
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(Ef 4:4–6).
A. Destino
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único que É. Não é acaso o grande EU SOU? (cf. Êx 3:14; Jo 6:35,
48; 8:12; 10:7, 9, 11, 14 etc.; Ap 1:8; 22:13). Esta interpretação foi
sugerida por Orígenes. Também Basílio a adotou. De acordo com a
segunda, Paulo está simplesmente escrevendo “aos santos que são
fiéis em Cristo Jesus”. Isto, com a omissão das palavras “em Éfeso”,
é favorecido não somente pelo texto da R.S.V., mas também com
certa variação de palavras, por muitas pessoas, tanto tradutores
como expositores: Beare, Findlay, Goodspeed, Mackay, Williams,
etc.
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(4) Não é verdade que não existe relação entre o relato da obra de
Paulo que se acha em Atos com o conteúdo desta epístola. Ao
contrário, Do que outra epístola se poderia dizer com maior
propriedade que está proclamando “todo o conselho de Deus” (cf. Ef
1:3–14)? Agora, de acordo com At 20:27 este é exatamente o
caráter da pregação de Paulo em Éfeso. Cf. Ef 2:20–22. A ausência
de grandes problemas locais que perturbassem à congregação pode
explicar por que Paulo não menciona nesta epístola a maneira como
foi recebido quando fundou a igreja. Além disso, referente a
aspectos íntimos e notícias com relação a si mesmo, achamos a
explicação em Ef 6:21, 22: Tíquico podia dar amplas informações.
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branco é o que realmente teve lugar, como é então que não existem
rastros de cópias em que Ef 1:1 tenha outro nome que não seja
Éfeso?
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3. Conclusão
B. Propósito
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Além disso, não deve ser dada a conhecer somente ao mundo, mas
também “aos principados e às autoridades nos lugares celestiais”
(Ef 3:10). Todo membro da família de Deus tem o dever de
manifestar sua renovação (Ef 5:22–6:9). A igreja, em sua luta contra
o mal, agindo como um só corpo, deve fazer uso eficaz de toda a
armadura provida por Deus (Ef 6:11ss.).
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V. TEMA E ESBOÇO
O termo igreja, segundo seu uso aqui, indica o corpo (Ef 1:22, 23;
4:4, 16; 5:23, 30), o edifício (Ef 2:19–22), e a esposa (Ef 5:25–27,
32) de Cristo; a totalidade dos salvos por meio do sangue de Cristo,
quer judeus ou gentios, têm mediante Ele acesso num Espírito ao
Pai (Ef 2:13, 18).
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“Bendito (seja) o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos
tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões
celestiais em Cristo, assim como nos escolheu nele antes da
fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante
ele” (Ef 1:3, 4).
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1. a todos (4:17–5:21)
c. “Em outro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor;
andai sempre como filhos de luz”.
d. “Não vos embriagueis com vinho, mas enchei-vos do Espírito”.
2. a grupos em particular (Ef 5:22–6:9)
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EFÉSIOS 1
Versículos 1–14
14)
Permanece com ela durante todo o culto e logo se retira, mas não
da igreja mas com a igreja. Não obstante, aquele que fala por meio
desta carta é o próprio Paulo. E naturalmente que não o faz como
quem copia uma mensagem gravada. Efésios não é uma cinta de
transcrever nem tampouco um fita cassete gravada. Ao contrário, é
o próprio Paulo que abre seu coração e prorrompe em louvores e
ações de graças. O que escreve é na verdade o produto de sua
própria meditação e reflexão. É ao mesmo tempo a espontânea
expressão de seu coração e um esmerado produto de sua mente. O
ouro que brota de seu coração foi moldado de uma forma definida e
(por que não dizê-lo) artística por sua mente. Mas esse coração e
mente se acham tão perfeitamente controlados pelo Espírito que as
ideias expressas e as palavras que lhes dão forma vêm a
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2. A própria saudação é a seguinte: graça a vós e paz de Deus
nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo. Desta maneira se pronuncia
graça sobre os santos de Éfeso. Esta palavra pode indicar às vezes
bondade, como qualidade ou atributo de Deus ou do Senhor Jesus
Cristo. Pode também ser descritiva do estado de salvação, e em
terceiro lugar, a gratidão dos crentes pela salvação recebida ou por
qualquer dom de Deus. Mas no caso presente refere-se
indubitavelmente ao espontâneo e imerecido favor de Deus em
ação, Sua amorosa e gratuita bondade em operação, a salvação
concedida ao pecador carregado de culpa. A graça é a fonte.
Agora, esta graça e esta paz têm sua origem em Deus o Pai (Tg
1:17) e foram merecidas em favor do crente por Aquele que é o
grande Mestre-Proprietário-Conquistador (“Senhor”), Salvador
(“Jesus”), e Oficial (“Cristo”) e quem, devido à sua tríplice unção —
ou seja, Profeta, Sacerdote, Rei — “pode salvar totalmente os que
por meio dele se achegam a Deus” (Hb 7:25). 13
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EF. 1:3–14
3–14).
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“Filho do amor de Deus” (Cl 1:13), então Deus deve ser o Pai de
amor, o Pai amante. Observe-se também aquela bela palavra de fé
possessiva, ou seja, nosso: “o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”. É
notável como isto aproxima Cristo ao coração do crente, e não
somente Cristo, mas também o Pai. Indubitavelmente Cristo e o Pai
são Um! Com referência ao título “Senhor Jesus Cristo” veja-se o
versículo 2 mais acima.
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A frase “nos lugares celestiais” ou simplesmente “nos celestiais”
A eleição
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(3) O sujeito
“santos e crentes” (v. 1). Diz que o Pai nos tem abençoado”, isto é,
É por esta razão contextual (e também por outras) que não posso
estar de acordo com a argumentação de Karl Barth de que em
conexão com Cristo toda a humanidade sem distinção foi escolhida,
e que a
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prometeu que Ele satisfaria todas as exigências da lei em lugar
deles, promessa que teve seu total cumprimento (Gl 3:13). Esta
justiça forense é fundamental para todas as demais bênçãos
espirituais. Como resultado, Só a ti, ó Deus, deve-se dar
No plano da redenção;
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O ponto que deve ser enfatizado com relação a isto é o fato de que
se já antes da fundação do mundo os que estavam destinados à
vida eterna tinham sido escolhidos, logo toda a glória de sua
salvação pertence a Deus, e a Ele somente. Por isso que “Bendito
(seja) o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo!” Veja-se Ef 2:5,
8–10.
Efésios (Hendriksen)
83
pretende-se:
Efésios (Hendriksen)
84
(2) que o ritmo da oração requer isso (R. C. H. Lenski, op. cit. , p.
359).
(4) É doutrina paulina constante (Rm 5:8; 8:28, 35, 37; 2Co 5:14;
13:11; Gl 2:20; 2Ts 2:16; Tt 3:4).
Efésios (Hendriksen)
85
Efésios (Hendriksen)
86
Efésios (Hendriksen)
87
Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará
graciosamente com ele todas as coisas?” (Rm 8:32).
“e morte de cruz” (Fp 2:8), o que move o Pai a exclamar vez após
vez,
Efésios (Hendriksen)
88
Além disso, o único sangue por meio do qual poderia levar a cabo a
redenção era Seu sangue, a de um perfeito redentor. O sangue dos
animais era puramente simbólico e típico (Sl 40:6–8; Hb 9:11–14;
10:1–
Efésios (Hendriksen)
89
4). Não obstante, quando se faz menção da redenção por Seu
sangue, ele não deve ser separado do sacrifício voluntário, total, de
Sua vida, de Sua própria pessoa (Lv 17:11; Is 53:10–12; Mt 26:28;
cf. 20:28; 1Tm 2:6).
Expressões tais como “deu sua vida”, “deu sua alma”, e “se deu a si
mesmo”, são sinônimas. Todas elas indicam que o Redentor foi
constituído (e Se fez a Si mesmo) oferta pelo pecado (Is 53:10; 2Co
5:21); que sofreu o castigo por causa do pecado; que isto Ele o fez
vicariamente, e que tudo isto foi em favor daqueles que por natureza
eram “filhos da ira” (Ef 2:3). O que acrescenta a glória deste
sacrifício ainda mais é o fato de que embora o Amado tenha vindo
ao mundo para realizar muitas obras, por exemplo, acalmar as
enfurecidas ondas, expulsar demônios, purificar leprosos, abrir os
olhos dos cegos, fazer ouvir os surdos, alimentar multidões, curar
doentes, e até ressuscitar mortos, no entanto, o propósito
fundamental de Sua vinda foi buscar e salvar os perdidos, dar-Se a
Si mesmo em resgate por muitos (Is 53:12; Mt 20:28; Mc 10:45; Lc
19:10; 1Tm 1:15). Na verdade, «de Seu alto trono Jesus veio a este
mundo para morrer». Não temos que nos surpreender então que
Paulo exclama “Bendito (seja)”, ou que Pedro exige aos que estão a
seu cargo uma agradecida resposta por meio de uma vida santa,
acrescentando “sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis,
como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil
procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso
sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de
Cristo” (1Pe 1:18, 19), ou que os anjos desejam inquirir nos
sofrimentos de Cristo e
Efésios (Hendriksen)
90
Efésios (Hendriksen)
91
Efésios (Hendriksen)
92
“fez-nos conhecer” (cf. “para nós”, no v. 8), quer dizer, a mim mesmo
e àqueles a quem escrevo (veja-se v. 1).
Mesmo hoje em dia existem seitas que exigem dos seus membros
fazer promessas semelhantes sob pena de horríveis castigos em
caso de descumprimento. Foi a vontade do Pai que o mais sublime
dos secretos fosse publicado aos quatro ventos, e que penetrasse
profundamente no coração dos Seus. O plano de salvação de Deus
também devia ser dado a conhecer a fim de que fosse aceito pela
fé, visto que é por meio da fé que os homens devem ser salvos.
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Efésios (Hendriksen)
95
O que Paulo diz aqui está amplificado nos vv. 20–22. Portanto, não
é preciso estender-se aqui sobre o particular. É a mesma doutrina
que se desenvolve também em outras epístolas que pertencem ao
mesmo período de sua prisão; veja-se especialmente Cl 1:20 e Fp
2:9–11 e C.N.T. sobre estas passagens. Quanto ao mistério
introduzido aqui pelo apóstolo, mas que mais tarde se desenvolve
de forma muito detalhada (Ef 2:11–22, embora neste parágrafo não
seja usada a palavra mistério; Ef 3:1–13; observe-se especialmente
4; Ef 6:19), é suficiente dizer no momento que este mistério está
centrado em Cristo, e que um elemento dele é aquele que aqui se
expressa, ou seja, que literalmente todas as coisas, as coisas no
céu, na terra, sobre nós, ao nosso redor, dentro de nós, debaixo de
nós, todo o material, foram colocadas agora sob o domínio de
Cristo. Este, sem dúvida, é um mistério, visto que ninguém jamais o
teria descoberto se não tivesse sido revelado. “Agora porém não
vemos ainda todas as coisas sujeitas a ele” (Hb 2:8). É necessário
nada menos que a fé — e de maneira nenhuma uma fé fraca —
para “ver Jesus coroado de glória e honra” (Hb 2:9), realmente
governando o universo inteiro desde sua celestial morada. É como o
Dr. Herman Bavinck o expressa tão adequadamente: «Observamos
ao nosso redor tantos fatos que não nos parecem razoáveis, tantos
sofrimentos injustos, tantas calamidades inexplicáveis, tão estranha
e desigual distribuição dos destinos, e um contraste tão grande
entre os extremos da alegria e da tristeza, que ao refletir sobre estas
coisas nos vemos forçados a escolher entre duas alternativas: ver o
mundo governado por uma vontade cega ou deidade maléfica, como
creem os pessimistas, ou, baseando-nos nas Escrituras e mediante
a fé, descansar na soberana e absoluta vontade —
Efésios (Hendriksen)
96
(Ap 1:13). O fato de habitar entre eles é algo ativo e produz frutos de
santificação na vida dos crentes (Ef 3:17–19). Ao mesmo tempo,
Cristo batalha vitoriosamente contra o dragão (Satanás) e seus
aliados (Ap 17:14), e, acima de tudo, governa o universo inteiro em
favor de Sua igreja (Ef.1:22).
Efésios (Hendriksen)
97
mais adiante).
para que fôssemos santos e irrepreensíveis (v. 4), filhos de Deus (v.
5), 29 O verbo que se usa no original deve ser interpretado como
verdadeiro passivo, em harmonia com passivos tais como “tendo
sido predestinados” (v. 11) e “fostes selados” (v. 13). Além disso, a
tradução “fomos feito herança” (RA, e similarmente, Barry, versão
Berkeley, Greidjanus, Salmond, Van Leeuwen), embora também são
passivos, não obstante, afastam-se dos seguintes fatos; a. o
contexto imediato fala de “nossa herança” (v. 14a). Embora seja
verdade que os crentes são considerados como a própria
possessão de Deus (v. 14b) no entanto a qualidade de herdeiro não
se atribui senão a eles.
b. No Novo Testamento diz-se sempre que a herança é nossa ou
destinada a nós (At 20:32; Gl 3:18; Cl 3:24; Hb 9:15; 1 P. 1:4). Nem
mesmo Ef 1:18 é exceção à regra. Veja-se sobre essa passagem.
c. Ef 1:5 nos informa que o Pai “em amor nos predestinou à adoção
como filhos”. Agora, esta ideia mesma de ser filhos por adoção,
Paulo a relaciona em cada caso com a ideia de que como resultado
somos herdeiros (Rm 8:15–17).
Efésios (Hendriksen)
98
Além disso, embora seja certo que tudo está incluído no divino plano
que abrange todo o universo e sua realização no curso da história,
nada existe neste conceito que pudesse inquietar ou amedrontar a
algum filho de Deus. Justamente o contrário, visto que as palavras
implicam, sem dúvida, que o único Deus verdadeiro, cujo amor para
os Seus em Cristo ultrapassa todo entendimento, age com divina
reflexão e sabedoria. Todos os Seus desígnios são santos, e Ele Se
deleita em recompensar aos que confiam nEle. Nem a
responsabilidade humana nem o exercício pessoal da fé são jamais
violados de forma alguma.
Efésios (Hendriksen)
99
Ele executará o Seu plano até o fim. Nenhuma circunstância poderá
jamais frustrar o Seu desígnio. «Nem o pecado, nem a morte, nem o
inferno poderão desviar o inamovível amor causal da
predestinação».
12. Se, então, o decreto eterno de Deus é tal que o abrange tudo, e
se realiza totalmente no curso da história, e se neste plano se
achava incluído o destino de Seus filhos, então nem Paulo nem os
leitores têm motivo algum de jactância própria. O que eles possam
ser, ter, ou fazer vem de Deus. Daí que, usando expressões
semelhantes às do v. 6 mais acima, Paulo finaliza esta seção
dizendo: a fim de que sejamos para o louvor de sua glória nós
que antes tínhamos centrado nossa esperança em Cristo. Antes
da herança ser inteiramente recebida — visto que agora e aqui se
recebeu só um objeto antecipado (veja-se vv. 13, 14) — Paulo e os
leitores (veja-se v. 1) centralizaram já sua esperança em Cristo. Tal
esperança não será destruída. “Os resgatados do Senhor voltarão e
virão a Sião com cânticos de júbilo; alegria eterna coroará a sua
cabeça; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o
gemido” (Is 35:10).
13. À medida que o ponto de interesse muda mais uma vez, neste
caso do Filho (“Cristo”, mencionado no final do v. 12) para o Espírito
Santo, achamos uma transição gradual novamente e não uma
mudança abrupta (cf. o princípio do v. 7, no qual há uma transição
gradual do Pai para o Filho). Paulo escreve, em quem vós31
também (estais incluídos), 31 Baseando-se nas palavras “nós que
antes tínhamos centrado nossa esperança em Cristo” (v. 12) e as
contrastando convosco … havendo também crido nele” (v. 13),
muitos apoiaram a posição dos que pensam que aqui se indicam
dois grupos étnicos: ou seja, cristãos judeus no v. 12; e no v. 13
crentes dentre os gentios.
Objeções:
(1) Esta é uma interpretação muito artificial, visto que nos versículos
precedentes “nós” e “vós”
Efésios (Hendriksen)
100
Efésios (Hendriksen)
101
Ouvem-na mas sem levá-la a sério (Mc 4:24; Lc 8:18). Cristo disse
aos que iam a Ele que deviam ser cuidadosos quanto a como
ouviam. Por meio de inesquecíveis parábolas enfatizou este ensino
(Mt 7:24–27; 13:1–9, 18–23).
Efésios (Hendriksen)
102
Se nos fazemos uma pergunta tão prática como esta, “Em que
forma os efésios — ou qualquer outro crente — fazem seu aquele
selo, ou aquela interna segurança?”, a resposta é: não só e
principalmente como resultado de uma agonizante auto-investigação
interna para certificar-se de si as “marcas” que correspondem ao
que foi eleito se acham presentes ou não, mas antes, por meio de
uma viva fé no Deus triúno, conforme foi revelado em Cristo, fé que
“opera por meio do amor” (Gl 5:6). O fato de que os leitores não o
tivessem recebido realmente em outra forma é algo que o apóstolo
faz notar imediatamente (Ef 1:15).
O Espírito pelo qual lhes foi outorgado este selo é aqui mencionado
com Seu nome completo “O Espírito Santo”, para indicar que não só
é santo em si mesmo, mas também é a fonte de santidade para os
crentes, santidade que no caso dos efésios estava sendo expressa
não só por sua disposição interna, mas também por meio de suas
palavras e atos de amor. Ainda mais, a terceira pessoa da Trindade
é aqui chamada “O
Efésios (Hendriksen)
103
Efésios (Hendriksen)
104
Efésios (Hendriksen)
105
“Resposta: Que eu, com corpo e alma, tanto na vida como a morte,
não pertenço a mim mesmo, mas ao meu fiel Salvador Jesus Cristo,
que me livrou de todo o poder do diabo, satisfazendo inteiramente
com seu precioso sangue por todos meus pecados, e me guarda de
tal maneira que sem a vontade de meu Pai celestial nem um só
cabelo de minha cabeça pode cair, antes é necessário que todas as
coisas sirvam para minha salvação. Por isso também me assegura,
por Seu Espírito Santo, a vida eterna e me faz disposto aparelhado
para viver daí em diante segundo Sua santa vontade”.
Versículos 15–23
I. Adoração
por seu
Efésios (Hendriksen)
106
EF. 1:15-23
O tema, não só dos vv. 3–14, como já se viu, mas de todo o resto do
capítulo é Cristo o eterno fundamento da igreja (cf. 1Co 3:11). Isto
inclui sua total salvação; por isso os crentes receberam toda bênção
espiritual “em Cristo”. A evidência disso é o fato de que o apóstolo
começa esta cláusula individual de 169 palavras (no original)
expressando gratidão ao ter ouvido da fé dos leitores que está “no
Senhor Jesus”. Finaliza descrevendo Cristo como Aquele que em
beneficio da igreja “enche tudo em todas as coisas”
Efésios (Hendriksen)
107
Efésios (Hendriksen)
108
Efésios (Hendriksen)
109
(6) Quando o Pai “ilumina os olhos”, porventura não o faz por meio
do Espírito? Veja-se Jo 3:3, 5. O homem não pode ver o Reino de
Deus, para entrar nele, a menos que seja por meio do Espírito. Cf.
Ef 5:8; 1Jo 1:7.
«Mas como pode ser possível que Paulo tenha orado para que o
Espírito de sabedoria e revelação “seja dado” aos que já possuíam
tal Espírito e que na verdade, segundo o v. 13, tinham sido selados
por ele?» Não se pode evitar o problema dizendo “espírito” (estado
mental) em lugar de Espírito (Espírito Santo), visto que isto nos
poderia levar ainda a outra pergunta: «Como poderia o apóstolo
pedir que o espírito de sabedoria no verdadeiro conhecimento dele
(quer dizer, de Deus) fosse dado aos que já O conheciam tão bem
até o ponto de ter depositado toda sua confiança nEle?” (v. 13). Em
todo caso, este problema é-nos apresentado não só aqui em
Efésios, mas também através de todas as epístolas de Paulo.
Efésios (Hendriksen)
110
Efésios (Hendriksen)
111
39 Observe-se a tríade fé, amor, (v. 15) e esperança (v. 18). Veja-se
C.N.T. sobre Colossenses e Filemom, pp. 59–62.
Efésios (Hendriksen)
112
(“a herança dos santos na luz”). Estas bênçãos ele as chama uma
herança porque são o dom da graça de Deus, as quais uma vez
recebidas jamais poderão ser tiradas (“Nunca permita o Senhor que
eu te dê a herança de meus pais!” 1Rs 21:4). Cf. mais acima, sobre
o v. 14. A frase “entre os santos” (cf. At 20:32; 26:18) merece
atenção especial. Quando a esperança do crente é a correta, jamais
espera uma herança só para si. O
que dá à herança um caráter tão glorioso é justamente o fato de que
tem que ser desfrutada juntamente com “todos os que amam a sua
vinda”
(2Tm 4:8).
Efésios (Hendriksen)
113
114
Efésios (Hendriksen)
115
22, 23. É assim então, que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o
Pai de glória, manifestou Seu infinito poder quando levantou Cristo
dentre os mortos e O fez sentar à sua mão direita e sujeitou todas
as coisas baixo dos seus pés. Nele, como o Homem ideal (tanto
“Filho do homem” como “Filho de Deus”), o Salmo 8 (do qual se cita
aqui o v. 6; cf. LXX Sl 8:7) chega a seu cumprimento absoluto. Cf.
também 1Co 15:27 e Hb 2:8. A expressão “tudo” ou “todas as
coisas” não deve ser limitada a “todas as coisas na igreja”.
Tampouco inclui meramente coisas tais como “ovelhas e bois, todos,
e também os animais do campo; as aves do céu, e os peixes do
mar, e tudo o que percorre as sendas dos mares” (Sl 8:7, 8).
Embora de forma muito limitada, a humanidade, ainda depois da
Queda, tenha certo grau de controle sobre estas criaturas
Efésios (Hendriksen)
116
Não há nem um capítulo onde não se enfatize este tema. Quem não
captou este ponto ainda não entende Efésios!
Efésios (Hendriksen)
117
Efésios (Hendriksen)
118
im
nski, S pson, e muitos outros.
Efésios (Hendriksen)
119
(1) O fato de que para Aquele que enche tudo em todas as coisas
há algo que, não obstante, o enche ou complementa, está ensinado
claramente pelo próprio Cristo e também por Seu discípulo João (Jo
6:56; 15:4, 5, 17–21; 1Jo 3:24). “Permanecei em mim, e eu em vós”
Efésios (Hendriksen)
120
Efésios (Hendriksen)
121
cit., p. 248).
plenamente desfrutada.
Resumo de Efésios 1
122
(8) O fato de que esta “igreja unida” está sendo fundada diante dos
próprios olhos de Paulo, constituindo uma prova disso a existência
das igrejas de Éfeso e os lugares circundantes (Ef 1:15).
Efésios (Hendriksen)
123
Efésios (Hendriksen)
124
EFÉSIOS 2
Versículos 1–10
EF. 2:1–10
Efésios (Hendriksen)
125
levantado (Ef 2:14). NEle todos são agora um, quer dizer, todos os
que se renderam a Ele mediante uma fé viva.
10), de modo que “os filhos da ira” são agora objetos de Seu amor,
naturalmente precede e dá como resultado a paz entre homem e
homem, neste caso entre judeus e gentios (vv. 11ss). A linha
horizontal é a proliferação da vertical.
Efésios (Hendriksen)
126
Efésios (Hendriksen)
127
Efésios (Hendriksen)
128
entanto, veja-se qual foi o seu fim (2Cr 24:20–22). Jesus disse: “Se
fizerdes o bem aos que vos fazem o bem, qual é a vossa
recompensa?
Efésios (Hendriksen)
129
incitar-se para emprestar ouvido o que Deus demanda dele (Ez 37;
Jo 3:3, 5). É somente sob a ação transformadora de Deus que se
pode voltar de seu mau caminho (Jr. 31:18, 19). Além de tudo isso,
acha-se sob sentença de morte, sob maldição por causa de seu
pecado em Adão (pecado original) ao qual acrescentou seus
próprios delitos e pecados.
Efésios (Hendriksen)
130
(1) Por que somente as “pessoas temerosas de Deus”? Se as
viagens aéreas forem tão perigosos por causa destes servos do
mal, não deveriam ser prevenidos também os incrédulos? Além
disso, não deveria ser também a terra isolada deles, ou, apesar de
Apocalipse 16:14, é ela
(2) Há sequer outro caso nas Escrituras onde se use a palavra “ar”
Efésios (Hendriksen)
131
Efésios (Hendriksen)
132
Quanto a desejos, no caso presente não pode ser outra coisa que
os anelos injustos que pertencem à carne e são gerados pela carne.
Para o judeu isto incluía certamente o anelo de entrar no reino com
base em suas supostas meritórias obras da lei. Para o gentio a
referência é a assuntos tais como a imoralidade, a idolatria, a
bebedeira, e, em geral, a
Efésios (Hendriksen)
133
Efésios (Hendriksen)
134
desprezam.
Efésios (Hendriksen)
135
Efésios (Hendriksen)
136
nós” (Rm 5:8), o amor do qual ninguém nem nada “nos poderá
separar”
(Rm 8:39).
Efésios (Hendriksen)
137
Efésios (Hendriksen)
138
registros do céu. Nossos interesses estão sendo promovidos ali.
Somos governados por normas celestiais e movidos por impulsos
celestiais. As bênçãos descem constantemente sobre nós. A graça
dos céus enche nossos corações. Seu poder nos capacita a ser
mais que vencedores. É
7. Agora, qual foi o propósito que Deus teve em mente quando nos
concedeu esta salvação? Paulo responde: a fim de mostrar nas
idades vindouras as extraordinárias riquezas de sua graça
(expressas) em bondade para conosco em Cristo Jesus.
Portanto, o propósito de Deus ao salvar o Seu povo está muito além
do homem. O principal anelo é Sua própria glória em Si mesmo. É
por esta razão que desdobra toda Sua graça em toda Sua
incomparável beleza e poder transformador. Para alguns isto
poderia parecer algo frio ou até “egoísta”. Não obstante, ao ler a
passagem se descobrirá que a ofuscante majestade de Deus e sua
terna condescendência combinam-se aqui, visto que a glória de
Seus atributos é posta em exibição no tempo que se reflete a si
mesma “em bondade para conosco”! Nós somos suas reluzentes
joias. Eis aqui uma ilustração: Foi feita uma pergunta a uma matrona
romana: “Onde estão as suas joias?”, e ela chama seus dois filhos,
e apontando-os diz: “Eis aqui minhas joias”. Assim também, através
de toda a eternidade os redimidos serão exibidos como
monumentos da “maravilhosa graça de nosso Senhor”, que nos
resgatou do poço de destruição e nos ergueu às alturas de celestial
deleite, realizando isto a tal custo para Si mesmo que não poupou o
Seu próprio Filho, e em tal forma que nem sequer um de Seus
atributos, nem mesmo Sua justiça, foi ofuscado.
Efésios (Hendriksen)
139
Paulo não diz “a graça de Deus”, nem sequer “as riquezas de sua
graça”, mas “as extraordinárias riquezas de sua graça”. Isto é algo
característico no vocabulário de Paulo. Anteriormente tinha escrito
aos romanos, “onde abundou o pecado superabundou a graça” (Rm
5:20).
Efésios (Hendriksen)
140
Efésios (Hendriksen)
141
foi que “em Cristo Jesus” (veja-se sobre Ef 1:1, 3, 4) através de toda
a nova dispensação e para sempre no futuro pudesse colocar a nós
, igualmente judeus e gentios, em exibição como monumentos da
superabundante riqueza de Sua graça expressa em bondade da
qual somos e seremos sempre os beneficiários.
Efésios (Hendriksen)
142
Embora o Dr. Kuyper não seja o único defensor desta teoria, sua
defesa é, talvez, a mais detalhada e vigorosa. Em resumo, a teoria é
Efésios (Hendriksen)
143
mediante a fé; e a fim de que não comecem a dizer, ‘Mas então
merecemos crédito, pelo menos, por crer’, acrescentarei
imediatamente que mesmo esta fé (ou, mesmo este ato de fé) não é
de vós, mas é dom de Deus».
Moule ( Ephesian Studies, Nova York, 1900, pp. 77, 78) apoia-a com
a seguinte qualificação: «Devemos explicar que τοῦτο (isto) não se
está referindo precisamente ao nome feminino πίστις (fé), mas sim
ao ato de exercitar nossa fé”. Além disso, não se exagera, talvez, ao
dizer que a explicação oferecida é compartilhada também pelo
homem comum que lê Ef 2:8 em sua Bíblia Salmond, depois de
apresentar várias provas em favor dela, especialmente esta que diz
que «a fórmula καὶ τοῦτο poderia favorecê-la, uma vez que com
frequência acrescenta algo à ideia a que está ligada”, termina
afastando-se dela porque “a salvação é a ideia principal na
declaração precedente», fato que, naturalmente, os defensores de
(3) não estão dispostos a negar, mas não há duvida que a defendem
vigorosamente, no entanto, não é um argumento válido contra a
ideia de que a fé, bem como tudo o que inclui a salvação, é dom de
Deus. Portanto, não é argumento válido contra (3).
Efésios (Hendriksen)
144
‘porque pela graça fostes salvos, não de vós, é obra de Deus’, teria
algum sentido. Mas ao dizer primeiro, ‘Pela graça fostes salvos’, e
logo, como se se tratasse de algo novo, acrescentar, ‘ e isto de ser
salvos não é de vós’, é algo que não funciona brandamente mas a
saltos como fora de seus trilhos … E enquanto que com esta
interpretação toda anda a trancos e barrancos, mancando e
redundando, quando seguimos os antigos intérpretes da igreja de
Cristo tudo resulta excelente e significante». 61 Esta é, segundo
meu parecer, também, a refutação da teoria (1) e, até certo ponto,
da teoria (2).
(1) Rejeitadas
Efésios (Hendriksen)
145
dele” (Rm 3:20; cf. Gl 2:16). Mas à vista do fato de que Paulo estava
escrevendo a leitores em sua maioria cristãos vindos do mundo
gentílico, claro é que seu desejo é fazer ênfase em que Deus rejeita
toda obra humana, tanto de gentios como de judeus, ou mesmo de
crentes em tempo de eclipse espiritual, toda obra em que uma
pessoa baseie sua esperança de salvação. Sendo então a salvação
obra completa de Deus,
(2) Confeccionadas
Efésios (Hendriksen)
146
(3) Esperadas
Efésios (Hendriksen)
147
(4) Aperfeiçoadas
Quando esta doutrina das boas obras é aceita pela fé, priva o
homem de todo argumento para jactar-se, mas ao mesmo tempo o
livra de toda causa de desespero. Glorifica a Deus.
Versículos 11–18
Efésios (Hendriksen)
148
EF. 2:11-18
(At 15:1). Até Pedro, quem, tendo recebido uma visão, devia ter tido
mais entendimento a respeito (At 10:11), recusou numa ocasião
comer com os gentios, conduta que provocou uma severa
repreensão da parte de Paulo (Gl 2:11–21). Quando Paulo escreveu
Gálatas, a controvérsia a respeito do assunto «Como se obtém a
salvação?» que, por sua vez, implicava outro problema «Quais
seriam as condições para aceitar a gentios na igreja?», estava em
todo seu apogeu. O apóstolo fez ver aos
Efésios (Hendriksen)
149
tinha sido dada a conhecer oficialmente muito tempo antes que esta
epístola fosse escrita. Foi provida pelo Sínodo de Jerusalém, antes
que o apóstolo começasse sua segunda viagem missionária. Veja-
se At 15. O
150
Efésios (Hendriksen)
151
Paulo não pôde ter significado que antes de sua conversão Cristo
não se tivesse preocupado com eles, visto que o apóstolo tinha
indicado claramente que aqueles a quem escrevia tinham sido
incluídos no número dos escolhidos desde toda a eternidade (Ef
1:3ss.). O que quer significar é que antes de sua conversão esta
unidade “em Cristo” não tinha chegado, em aspecto algum, a ser
uma experiência. Tinham andado tateando na escuridão, imundícia,
e desespero de pecado. Não haviam entrado ainda na posses da
luz, santidade, e esperança dos que conheceram a Cristo. Daí que
em estado anterior tinham sido indizivelmente miseráveis. A maior
alegria do cristão é a solene segurança de que ninguém nem nada
poderá jamais separá-los do amor de Cristo (Rm 8:35). Desta
alegria os efésios tinham sido afastados a longa distância.
Efésios (Hendriksen)
152
Efésios (Hendriksen)
153
Efésios (Hendriksen)
154
“estar perto”.
Efésios (Hendriksen)
155
Mas pela fé, eles foram atraídos para o coração de Deus. Referente
ao segundo, o desaparecimento da distância perpendicular terminou
também com a separação horizontal, pois na cruz judeus e gentios
foram reconciliados com Deus e abraçaram uns aos outros. “Pelo
sangue de Cristo” (veja-se a explicação em Ef 1:7) o pecado,
poderoso separador, foi vencido. Com referência a esta
reconciliação horizontal levada a cabo pelo Cristo crucificado, o
apóstolo prossegue:
Efésios (Hendriksen)
156
14. Porque ele é a nossa paz, que fez de ambos um e derrubou
a barreira formada pelo muro divisório, a hostilidade. 65 A
posição dianteira do pronome que se refere a Cristo mostra que a
tradução correta é “ele mesmo”, ou “ele só”. Somente Ele é nossa
paz, ou seja, o que nenhuma outra coisa — seja isto a lei com suas
ordenanças, méritos humanos, obras da lei em todo sentido,
sacrifícios, etc. — pôde fazer, Ele, somente Ele em Sua própria
pessoa, o fez, porque Ele é a própria encarnação da paz. Em sua
qualidade de Príncipe da Paz (Is 9:6) Ele, mediante Seu sacrifício
voluntário, fez a paz uma realidade (cf. Jo 14:27; 16:33; 20:19, 20):
reconciliação entre Deus e o homem, e portanto, entre gentios e
judeus. Quanto a estes grupos, fez de ambos66 um, fundindo-os
numa unidade orgânica, ou seja, a igreja. O fato da referência ser à
reconciliação entre gentios e judeus é evidente porquanto são os
dois grupos mencionados no contexto imediato (vv. 11, 12).
ἀμφότεροι) nos vv. 16, 18, indica uma elipse, de modo que deva ser
aplicada uma palavra como γένη, é algo que resulta duvidoso. Abott
( op. cit. , p. 60) bem poderia estar certo ao dizer, “Trata-se
simplesmente do caso de um neutro usado por pessoas em sentido
geral”. Outro caso em que se usa o neutro da mesma forma se acha
em Hb 7:7. Cf. também o uso do neutro τοῦτο em Ef 2:8. Veja-se o
comentário sobre essa passagem.
Efésios (Hendriksen)
157
“uma casa de oração” (Lc 19:46) “para todos os povos” (Is 56:7). E
Efésios (Hendriksen)
158
naturalmente, os gentios tratavam igualmente os judeus. Os judeus
eram considerados «inimigos da raça humana», pessoas «cheias de
ânimo hostil para todo mundo». Bem podemos imaginar qual deve
ter sido o desdenhoso gesto e tom de desprezo usado por Pilatos ao
dizer: “Sou eu acaso judeu”! (Jo 18:25). Através dos séculos
podemos ainda ouvir os donos da jovem escrava filipense denunciar
os judeus como alvoroçadores (Paulo e Silas!) com as seguintes
palavras de desprezo:
Efésios (Hendriksen)
159
Efésios (Hendriksen)
160
Foi desta forma que Cristo mediante Seu expiação fez a paz, a
mesma paz a que se refere no v. 14. Como explicação posterior do
propósito do sacrifício de Cristo pelo qual aboliu em si mesmo a lei
de mandamentos em ordenanças, o apóstolo acrescenta:
milagre foi realizado “pela cruz”, a mesma cruz que para os judeus
foi pedra de tropeço e para os gentios loucura (1Co 1:23). A
maldição foi tirada por meio da morte de Cristo na cruz, e, tendo
sido tirada, foi separada dos corações e das vidas de todos os
crentes (Gl 3:13). O
Efésios (Hendriksen)
161
σταυροῦ Cl 1:20 “tendo feito a paz por meio do sangue de sua cruz”
confirma esta interpretação que é a mais comum.
Efésios (Hendriksen)
162
18. Paulo continua, por assim dizer, Sabemos que tanto judeus
como gentios obtiveram esta paz mediante os sofrimentos de Cristo
na cruz porque por meio dele ambos temos nosso acesso num
Espírito ao Pai.
Foi ele quem proveu a base objetiva fora da qual o acesso teria sido
impossível. A palavra acesso ocorre somente aqui e em Ef 3:12 e
Rm 5:12. Segue-se de Ef 3:12 que “acesso” poderia ser definida
como a liberdade para aproximar-se do Pai na confiança que nós,
judeus e gentios, achamos favor para com Ele. Subjetivamente
falando, é “em” ou
“por meio do” Espírito que o homem tem acesso ao Pai. Embora
haja aqueles que rejeitam o ponto de vista comum que a referência
aqui é ao 73 Quanto a “anunciou as boas novas”, o original tem
εὐηγγελίστο (cf. evangelizar). Veja-se C.N.T.
sobre Filipenses, pp. 94–98.
Efésios (Hendriksen)
163
Efésios (Hendriksen)
164
Versículos 19–22
EF. 2:19-22
3. Um santuário de judeus e gentios
Como resultado, uma vez que Cristo reconciliou tanto gentios como
judeus com Deus por meio de Seus sofrimentos na cruz, e que
ambos têm seu acesso num Espírito ao Pai, de modo que cessou
toda desigualdade entre estes dois grupos no que concerne à sua
posição
Efésios (Hendriksen)
165
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Efésios (Hendriksen)
169
Efésios (Hendriksen)
170
Embora não seja possível provar que haja alusão à imagem que,
conforme a crença popular, tinha caído do céu, há, não obstante,
certos fatos que parecem favorecer tal conceito. Observe-se o
seguinte: (1) Já foi assinalado que as palavras de Paulo citadas em
At 17:24 são aplicáveis a qualquer templo feito pela mão humana,
seja o de Jerusalém ou outro lugar. (2) O apóstolo escreveu esta
epístola a pessoas que viviam nos arredores da própria cidade que
continha o templo de Ártemis (que os romanos identificavam com
Diana), uma das sete maravilhas do mundo antigo. (3) Durante o
ministério de Paulo em Éfeso sua pregação colidiu de frente com o
culto da deusa, fato que compreenderam em toda sua magnitude
Demétrio e os artífices que com ele trabalhavam. Ao arengar
Demétrio a seus colegas, tinha assinalado que por causa da
pregação de Paulo havia “perigo de que o templo da grande deusa
Diana cessasse de infundir respeito”. Este discurso tinha provocado
uma revolta tão agitada e acalorada que por espaço de duas horas
a turba gritou, “Grande é a Diana (Ártemis) dos efésios” (At 19:23–
41). Depois que o alvoroço tinha cessado Paulo partiu para
continuar sua viagem missionária (a terceira), a qual, segundo se
indicou, conduziu à sua prisão e encarceramento.
Efésios (Hendriksen)
171
Efésios (Hendriksen)
172
escravo, livre” (Cl 3:11), e onde a “nova humanidade” (Ef 2:15) acha-
se em paz com seu Criador-Redentor.
Resumo de Efésios 2
173
Ali habita Ele. Este lar é muito amplo. Está cheio de paz, porque
judeus
Efésios (Hendriksen)
174
Efésios (Hendriksen)
175
EFÉSIOS 3
LUMINOSA META
Versículos 1–13
Luminosa meta
EF. 3:1-13
Efésios (Hendriksen)
176
Efésios (Hendriksen)
177
Além disso, não foi só sua obra entre os gentios o que motivou seu
encarceramento, mas além disso tinha recebido a missão especial
de seu Senhor de ser apóstolo aos gentios como também aos
judeus (At 9:15).
Efésios (Hendriksen)
178
“Se é que ouvistes” (TB). Cf. RA 1999: “Se é que tendes ouvido”. No
entanto, tal tipo de tradução é dificilmente eficaz, visto que poderia
sugerir que Paulo estaria pondo em dúvida que os efésios, de
maneira geral, jamais tivessem ouvido a respeito da missão que o
Senhor lhe havia encomendado. Há aqueles que, partindo de uma
tradução deste tipo, argumentaram que Paulo pôde não ter escrito
Efésios, e/ou que esta epístola nunca teve o propósito de ser
dirigida a eles. Baseiam sua argumentação sobre a realidade de que
o livro de Atos atribui ao apóstolo um extenso ministério em Éfeso,
tornando impossível para Paulo ter escrito aos efésios, “Se tivestes
ouvido de minha administração”, visto que ele bem sabia que eles
deviam ter ouvido de sua administração. No entanto, tal raciocínio
não convence. Procede da hipótese que a palavrinha “se” — seja
em grego ou português — deve significar incerteza. Mas isto é
incorreto. Dois exemplos opostos no idioma português podem
esclarecer o assunto: (1) “Se a nossa equipe ganhar, teremos
celebração”. Aqui “se” expressa incerteza, mera possibilidade. (2)
“Se você não sabe o dia da sua morte, você deve estar preparado
agora”. Aqui “se” indica uma hipótese que se dá por sabida.
Efésios (Hendriksen)
179
Este “se” poderia ser traduzido “visto que”. 81 Mas, que base temos
para pensar que no caso presente “se” significa “visto que vós
ouvistes” em lugar de « talvez vós ouvistes, ou talvez vós não
ouvistes»? A resposta é que esta epístola que desde o princípio foi
considerada quase universalmente como escrito de Paulo “aos
efésios” (em algum sentido) em outros lugares claramente declara
(Ef 1:13, 2:17; 4:20) e através de toda ela se implica, que os leitores
ouviram o evangelho. Puderam acaso então não ter sabido da
participação que Paulo teve nele? Referente à obra de Paulo em
Éfeso Lucas escreve: “Todos os que habitavam na província da Ásia
ouviram a palavra do Senhor, tanto judeus como gregos” (At 19:10).
Compare-se este versículo com Ef 3:2: “… ouvistes da mordomia da
graça de Deus que foi dada para vosso beneficio”.
Efésios (Hendriksen)
180
muito extenso! Além disso, já tinha passado algum tempo desde que
Paulo tinha trabalhado naquela região.
Efésios (Hendriksen)
181
Imediatamente depois:
Efésios (Hendriksen)
182
Não cremos que Haendel tenha sido pretensioso quando disse que
ao começar a compor o “Coro Aleluia” pareceu-lhe como se os céus
e a terra se apresentassem desdobrados diante de seus olhos. Por
que então deveríamos criticar Paulo por dizer: “podeis perceber meu
conhecimento no mistério de Cristo”? A razão que o levou a
escrever isso foi totalmente honesta, como já se assinalou
previamente. Veja-se a introdução p. 47, e também no v. 1 mais
acima. Além disso, da maneira como Haendel procedeu em séculos
posteriores, Paulo também dá todo o crédito de sua inteligência a
Deus, não a si mesmo (vv. 3, 7, 8).
5, 6. No v. 5 Paulo continua falando a respeito do mistério
mencionado nos vv. 3 e 4, mas ainda não dá descrição alguma de
seu conteúdo. No entanto, é no v. 6 onde finalmente se indica seu
conteúdo.
Efésios (Hendriksen)
183
Efésios (Hendriksen)
184
do mesmo corpo, 84 quer dizer, que os gentios são realmente
membros da igreja de Deus (veja-se Ef 1:23; 2:16; 4:4, 16). Como
tais se acham ao mesmo nível que os outros membros. O bendito
resultado e clímax é que chegaram a ser co-participantes da
promessa (veja-se sobre Ef 2:11–13; cf. 2Tm 1:1). Sua porção é a
salvação plena, tudo isto “em Cristo Jesus”, que adquiriu méritos
para eles, e fora dEle não pode haver participação na herança ou no
corpo ou na realização da promessa. E esta maravilhosa união de
ambos que outrora foram inimigos, mas agora em Cristo chegaram
a ser um, “raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo para
própria possessão de Deus” (1Pe 2:9), foi efetuada “por meio do
evangelho” pregado, ouvido, e aceito pela fé (Rm 10:14, 15; 1Co
4:15).
7. Paulo volta agora àquela maneira tão pessoal de falar com que
começou nos vv. 1–4. Talvez a razão disso seja que acaba de fazer
menção do evangelho. Paulo e o evangelho são bons amigos. Em
Rm 2:16 fala de “meu evangelho”. É um evangelho no qual se gloria
(Rm 1:16, 17). Com efeito, conta-nos que foi afastado de forma
especial para pregar o evangelho (Rm 1:1). Realmente, ele não
pode compreender que Deus tenha escolhido a ele, sim, a ele
mesmo, Paulo, o grande perseguidor da igreja, para proclamar o
evangelho da graça de Deus em Cristo. Assim que, ao falar sobre o
glorioso evangelho e sua participação nele, escreve: do qual eu fui
feito ministro. Esta foi a tarefa que foi atribuída, a causa para a
qual foi chamado a servir conforme o dom da graça de Deus que
foi dada. Paulo não tinha adotado, ele mesmo, a distinção de ser
um ministro do evangelho. Não tinha constituído a si mesmo
embaixador. O ofício para o qual tinha sido investido foi um dom da
graça de Deus, fato que se enfatiza vez após vez nas epístolas de
Paulo (Rm 1:1; 1Co 1:1, 17; 15:10; 2Co 1:1; Gl 1:1; etc.). A
generosa natureza desta graça chega a ser ainda mais clara à luz
do v. 8. Mas antes 84 O termo grego σὑσσωμα, é palavra usada
somente por Paulo e escritores cristãos.
Efésios (Hendriksen)
185
Efésios (Hendriksen)
186
trabalho que Deus lhe encomendou, quão excelente foi o uso que
fez da
Efésios (Hendriksen)
187
Cristo” (2Co 4:4). Como tal, fez-se tudo para com todos, para que de
alguma maneira salvasse a alguns (1Co 9:22). Por isso que aqui em
Ef 3:9 diz, “esclarecer a todos, 86 (judeus e gentios) qual é a
administração do mistério”. Descreve o mistério dizendo “que pelas
idades esteve oculto em Deus”. Cf. Cl 1:26. Desde o começo do
tempo o mistério tinha estado oculto. Agora, não obstante, está
sendo revelado tanto pela pregação mundial do evangelho como
pela cristalização de suas preciosas verdades na conduta e vida da
igreja universal. Não está muito clara a razão de por que Paulo
acrescenta: (Deus) “que criou todas as coisas”. Se me for permitido
acrescentar somente uma explicação mais a todas as que foram
dadas por outros, diria que a expressão serve, talvez, para fixar a
atenção na soberania de Deus. É o Deus que, em virtude do fato de
ter sido o Criador de todas as coisas, demonstra ser aquele que
dispõe soberanamente de seus destinos. Em outras palavras, não
tem obrigação alguma de explicar a razão de por que o mistério foi
oculto aos gentios, e por que é agora revelado a todos, ignorando
raça ou nacionalidade. O propósito que Paulo teve em mente ao
proclamar aos gentios as boas novas das insondáveis riquezas de
Cristo, e de esclarecer a todos os homens qual é a administração do
mistério, foi que por meio destas duas (até certo ponto superpostas)
atividades, a igreja, 86 Minha própria convicção é que πάντας deve
ser conservado. No texto do N.N. omite-se. Grk. N.T.
“Deve-se adotar a tradução mais difícil”. Faz tempo que esta regra
necessita uma séria modificação.
Efésios (Hendriksen)
188
88 Assim por exemplo, Franz Mussner, en Christus, Das All und die
Kirche, Trierer Theologische Studien, V. Trier, 1955, p. 21; E. F.
Scott, op. cit. , p. 189.
Efésios (Hendriksen)
189
(3) O fato de que a igreja, como obra mestra de Deus por meio da
qual se refletem Suas excelências, seja objeto de interesse e
escrutínio para os anjos bons é claro também segundo outras
passagens (Lc 15:10; 1Co 11:10; 1Pe 1:12; Ap 5:11ss.). Ef 3:10
harmoniza maravilhosamente com tudo isso.
Ora, o que os principados e potestades veem refletido na igreja é “a
iridescente sabedoria” de Deus. O adjetivo que modifica sabedoria
significa literalmente multicolorido ou muito jaspeado. A menos que
a palavra usada no original tenha perdido seu total significado
etimológico, e pudesse, portanto, ser traduzida por multiforme
(Como RA 1999, NVI) ou multilateral (L.N.T. — A. e G.), o que neste
altamente elevado contexto não é possível, ao que aqui se chama a
atenção é à infinita diversidade e resplandecente beleza da
sabedoria de Deus. Ambas as características nos trazem à memória
o arco-íris. Daí que, iridescente ou algo semelhante (como “multi-
esplendente” sugerido por Bruce) pareceria ser um equivalente
razoável, a menos que
Efésios (Hendriksen)
190
Efésios (Hendriksen)
191
Efésios (Hendriksen)
192
Senhor” como significando “que ele levou a cabo” nEle (assim o faz
a Bíblia das Américas). Mas embora o verbo usado permita tal
tradução, é muito difícil crer que a elevada meta de dar a conhecer a
iridescente sabedoria de Deus tenha sido já plenamente realizada. A
perfeição deste propósito será obtida somente em glória. E não
pode haver objeção ao afirmar que mesmo desde a eternidade o
plano de Deus ou propósito estava centrado naquele a que é
chamado “Cristo Jesus nosso Senhor”.
Segue:
Efésios (Hendriksen)
193
confiança (o mesmo significado em 2Co 1:15, mas em Fp 3:4, base
de confiança), fortalece a ideia já presente em acesso.
Sendo, então, que Cristo Jesus é nosso e nós dEle, comprados com
Seu sangue, e Seu Espírito habita em nós, sabemos que temos livre
e ilimitado acesso ao Pai. Cf. Ef 2:18. Podemos e devemos
aproximar-nos dEle sem restrição, contando a Ele todos os nossos
problemas, pedindo que nos ajude em todas as nossas
necessidades. Sabemos que nos receberá de todo coração.
Devemos pedir-lhe, especialmente, que nos torne aptos para viver
de modo que em nós sejam exibidos os frutos de Sua graça e
refletida a sabedoria de Deus, a fim de que os anjos nos possam
considerar como o espelho das virtudes de Deus. Tal ousadia e
confiante acesso é possível unicamente “por meio da fé nele”, quer
dizer, em “Cristo Jesus nosso Senhor”, o mesmo “em quem” fomos
escolhidos desde a eternidade. O propósito eterno de Deus que não
pode falhar e a redenção efetuada por Cristo nosso Senhor têm feito
possível tal acesso livre de temor.
194
Visto que nada existe no contexto que sugira a Deus como Aquele a
quem Se apresenta a petição, (1) e (2) podem ser descartados.
Também, outra razão para eliminar (1) é que dada a situação em
que o apóstolo se achava, prisioneiro em Roma, era mais provável
que desfalecessem aqueles a quem escrevia antes que ele mesmo
chegasse a tal desalento. A prova de que seja assim aparece
claramente em outra das epístolas escritas, talvez muito pouco
tempo depois, durante o mesmo período da prisão, ou seja,
Filipenses. A igreja de Filipos parece ter estado cheia de angustiosa
preocupação. Foi por essa mesma razão que Paulo se prepara a
escrever-lhes: “Quero que saibais, irmãos, que as coisas que me
aconteceram na verdade contribuíram para o progresso do
evangelho”
Versículos 14–21
L uminosa meta
2. Conhecer o amor de Cristo que ultrapassa o conhecimento para
assim ser cheios até toda a plenitude de Deus
Efésios (Hendriksen)
195
EF. 3:14-21
Igualmente, o fato de que aqui também, como nos vv. 1–13, Paulo
está centralizando nossa atenção na elevada meta, a mesma
palavra “meta”
89 Por exemplo, Lenski, op. cit. , p. 497; e Simpson op. cit. , p. 82.
Efésios (Hendriksen)
196
Visto que a igreja em suas próprias forças jamais será capaz nem
sequer de fazer o menor avanço para conseguir este objetivo, o
apóstolo faz disso um tema de ardente intercessão. Começa
escrevendo: 14, 15. Por esta razão dobro meus joelhos diante do
Pai, de quem a família inteira no céu e na terra recebe seu
nome: a família do Pai. É
Efésios (Hendriksen)
197
Efésios (Hendriksen)
198
2:14–22; 3:6; 4:4–6), e sendo uma ênfase tão marcada que o tema
de toda a epístola é a igreja gloriosa ou a unidade de todos os
crentes em Cristo, é tão duvidoso falar de cada família como o seria
em Ef 2:21 de falar de cada vários edifícios. Os que, apesar de tudo,
adotam esta tradução acham-se assediados por várias interrogantes
como: Quantas famílias tem Paulo em mente? Constituem
porventura os judeus uma família, e outra os gentios? Estão os
anjos formando uma família por si só ou temos que pensar em
várias famílias angélicas: uma família de
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199
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200
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é claramente não-final.
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203
Efésios (Hendriksen)
204
precioso habitar de Cristo é “por meio da fé”, que equivale à mão
que aceita os dons de Deus. A fé é a total rendição a Deus em
Cristo, de modo que se espera tudo de Deus e se entrega tudo a
Ele. Ela opera por meio do amor (Gl 5:6).
Efésios (Hendriksen)
205
amor, e equivale sem ele a nada (1Co 13:2), é fácil ver que se Cristo
estabelece Sua presença, habitando pela fé no coração, os crentes
estão então firmemente arraigados e fundados em amor, um amor
para com Deus em Cristo, para com os irmãos e irmãs no Senhor,
para com o próximo, e até para com os inimigos. Além disso, este
amor, por sua vez, é necessário a fim de compreender o amor de
Cristo por aqueles que O
Tudo começou com o amor de Deus pelos efésios em Cristo (Ef 1:4,
5; 1Jo 4:19). É como um círculo fechado, jamais terá fim.
Efésios (Hendriksen)
206
Não deve ser preciso assinalar que quando o apóstolo fala de ser
capazes (exercendo grande fortaleza inerente; veja-se sobre Ef
1:19) de compreender … e conhecer, não pensa em dois sujeitos
mas em um, ou seja, o amor de Cristo. Tão grande é esse amor que
ninguém será jamais capaz de apropriar-se dele e conhecê-lo
inteiramente por si mesmo, é por isso que diz “juntamente com
todos os santos”. Os santos se comunicarão uns aos outros suas
descobertas e experiências com relação a ele, no espírito do Sl
66:16 “Vinde, escutai, todos os que temeis a Deus, e contarei o que
tem feito por minha alma!” Esta atividade de ir conhecendo cada vez
mais a respeito do amor de Cristo começa aqui na terra, e
continuará, naturalmente, na vida vindoura. O fato de que Paulo
nesta oração, em particular, não se esqueceu da igreja no céu é
claro segundo o versículo 14. O elevado ideal é chegar a conhecer a
fundo os profundos afetos de Cristo, Sua ternura autossacrificial,
Sua compaixão ardente, e Suas maravilhosas manifestações. Tudo
isso está incluído no amor, mas não o esgota. Paulo ora para que os
leitores o apropriem para si e conheçam este amor em toda sua
largura e longitude e altura e profundidade! Aqui, conforme vejo, o
expositor deve pôr-se em guarda.
Efésios (Hendriksen)
207
Efésios (Hendriksen)
208
E outra vez: “E foi ele quem deu a alguns (ser) apóstolos … a fim de
equipar inteiramente os santos para a obra de ministério … até que
todos cheguemos à unidade da fé e do claro conhecimento do Filho
de Deus, à maturidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo”
(Ef 4:11–13).
Doxologia
101–106.
Efésios (Hendriksen)
209
Efésios (Hendriksen)
210
exerceu ao levantar Cristo dentre os mortos, e é aquele que está
agora operando em nossa própria, e paralela, ressurreição
espiritual.
— poder (Ef 1:19; 2:20), sabedoria (Ef 3:10), misericórdia (Ef 2:4),
amor (Ef 2:4), graça (Ef 2:5–8); etc. — manifestados na igreja, que é
Seu corpo, e em Cristo Jesus, Sua eminente cabeça. (Referente ao
conceito glória, veja-se C.N.T. sobre Filipenses, p. 76, nota 43). O
ardente desejo do apóstolo é que o louvor perdure “por todas as
gerações”. A palavra geração, além de outros significados, possui
duas conotações especiais que devem ser consideradas na relação
presente: a. a soma total dos contemporâneos (Mt 17:17); e b. a
duração de suas vidas na terra, ou seja, o tempo que transcorre
entre o nascimento dos pais e o dos filhos.
Efésios (Hendriksen)
211
5), nas quais, ao entrar, chegam aos tornozelos, logo aos joelhos,
mais para dentro até os lombos, e finalmente já não se podem
passar senão a nado. E por causa deste constante progresso em
deleite, a resposta progressiva em louvor jamais cessa, visto que
(John Newton)
“Amém”.
Efésios (Hendriksen)
212
Resumo de Efésios 3
Paulo dirige agora sua atenção à alta meta da igreja. Esta meta tem
dois objetos: a. declarar a sabedoria de Deus (vv. 1–3) e b. aprender
cada vez mais a respeito do amor de Cristo (vv. 14–21). Nenhum é
possível sem o outro.
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213
(Calvino).
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214
EFÉSIOS 4:1-16
CRESCIMENTO EM CRISTO
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218
Efésios (Hendriksen)
219
Esta unidade é promovida pela paz. Cf. 1Co 14:33; 2Co 13:11; Fp
4:7; Cl 3:15; 2Ts 3:16; 2 Ti. 2:22. Aqui em Efésios o apóstolo já se
referiu a ela em Ef 1:2; 2:14, 15, 17; e o fará outra vez em Ef 6:15,
23.
Efésios (Hendriksen)
220
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221
Efésios (Hendriksen)
222
opinião, o sentido que aqui se indica é o subjetivo. É uma fé — não
é histórica, nem de milagres, nem temporal, mas sim de confiança
genuína
Efésios (Hendriksen)
223
está “em todos”, porque nos atrai para Seu coração no Espírito. É
assim como os três fios formam um só fio, e percebemos que o
Espírito em quem está centrado o v. 4, e o Senhor (Jesus Cristo),
centro do v. 5, não devem ser considerados entidades separadas.
Adoramos a um Deus (Dt 6:4), não a três deuses. Embora seja
verdade que as Escrituras atribuam a eleição especialmente ao Pai,
a redenção especialmente ao Filho, e a santificação especialmente
ao Espírito, entretanto, em cada um destes
“Faria notar que quando a própria pessoa não dá a razão para omitir
um assunto, é difícil para qualquer outra pessoa dizer qual é a
razão” ( op. cit. , p. 63, nota 7).
Efésios (Hendriksen)
224
Efésios (Hendriksen)
225
todos”. E de forma muito significativa acrescenta, “A cada um porém
lhe é dada a manifestação do Espírito para o proveito de todos” (v.
7).
Mas porventura será realidade que aquele Jesus que uma vez
andasse sobre a terra seja agora tão eminente, tão glorioso, e tão
ricamente investido de autoridade que seja capaz de outorgar Seus
dons à igreja e a seus membros em tão profusa quantidade? Em
resposta a esta pergunta o apóstolo escreve sobre o Cristo
ascendido e os dons que outorgou e que ainda está outorgando. O
que se diz nos vv. 8–16 deve realmente ser tomado como uma
unidade. No entanto, sendo que a referência à ascensão de Cristo e
suas implicações se acham especialmente nos vv. 8–10, estes
serão estudados em primeiro lugar.
8–10. Portanto ele diz: Quando subiu ao alto levou cativo uma
multidão de cativos, e deu dons aos homens. — Agora, esta
expressão,
Efésios (Hendriksen)
226
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227
homens”. No A.R.V. a primeira linha é idêntica; a segunda diz,
“levaste os cativos”. No entanto, isto não implica mudança
fundamental, uma vez que “cativeiro” pode-se interpretar com o
significado de “uma hoste de cativos” (veja-se Jz 5:12), tal como, por
exemplo, “a circuncisão”
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228
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subisse ao céu não significa que ele haja antes descido do céu. A
solução se baseia no fato de que Paulo não está estabelecendo
uma regra geral mas que se está referindo a Cristo, e dizendo que
em Seu caso implica uma (prévia) descida. Isto é assim, visto que,
conforme vimos, a ascensão de Cristo foi gloriosa. Recebeu as
boas-vindas ao céu da parte de seu Pai (Jo 20:17); At 1:11), e a sua
entrada à glória todo o céu se regozijou (Ap 12:5, 10). Agora, esta
ascensão por meio da qual Ele, sendo vencedor sobre Satanás, o
pecado, e a morte, voltou a entrar no céu com todos os méritos de
Seu sacrifício expiatório jamais teria sido possível se não tivesse
descido das glórias do céu à vergonha e sofrimento do mundo. É
simplesmente outro modo de dizer que a exaltação de Cristo foi o
resultado de Sua humilhação, humilhação tão profunda e
indescritível que o apóstolo a caracteriza dizendo que
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(2) a fim de que pudesse cumprir toda a obra que foi atribuída; (3) a
fim de que pudesse encher o universo com Sua onipresença; e (4)
mais especificamente, a fim de que sua natureza humana, incluindo
Seu corpo, pudesse entrar no pleno desfrute e exercício das divinas
perfeições, e chegar assim a ser permanentemente onipresente,
onipotente, etc.
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3. Para que a igreja possa ser forte deve ter não somente bons
líderes (v. 11), mas também bons e ativos seguidores (v. 12). A
plena salvação não se pode obter até que todos os filhos de Deus a
obtenham juntos, fato que Paulo expressa belamente em 2Tm 4:8, e
que aqui em Efésios põe em relevo por meio do uso constante da
palavra todos (Ef 1:15; 3:18, 19; 6:18).
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funcionar como tal? De igual maneira hoje em dia, em lugar de estar
multiplicando ministérios, não seria melhor pôr em prática toda a
implicação deste ofício e imitar a flexibilidade da igreja primitiva,
considerando também que os carismas especiais da igreja primitiva
não são nossos no presente? A igreja de hoje não é capaz de
produzir um apóstolo como Paulo, nem um profeta como Ágabo.
Não necessita de um Timóteo para servir como delegado apostólico,
nem um Filipe, a quem lhe falasse um anjo do Senhor e que fosse
“arrebatado” pelo Espírito. No entanto, bem como a igreja primitiva,
a de hoje tem ministros, anciãos, e diáconos. Também tem o
Espírito Santo como naquele então. E agora tem a Bíblia de forma
completa. Tomara que todos os ofícios sejam usados ao máximo
conforme o demandem as circunstâncias, e num espírito de
verdadeiro serviço.
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Lenski, op. cit., pp. 532, 536). 115 Quer se procure na figura
fundamental plenitude de idade ou plenitude de estatura, em
qualquer dos casos é uma “plenitude de Cristo” (assim também
Grosheide, op. cit., p. 68, nota 26). É a plenitude dAquele que
cumpriu totalmente a missão terrestre para a qual foi ungido, e que
anela comunicar salvação plena e gratuita aos que creem nEle.
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13) a fim de não ser levado etc., e a fim de crescer (vv. 14, 15).
117 Isto foi discutido de um modo extremamente interessante por J.
M. Moffatt, “Three Notes on Ephesians”, Exp., Oitava série, N° 87
(abril, 1918), pp. 306–317.
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que usa a primeira pessoa plural, dizendo, “que já não sejamos mais
crianças levados daqui para lá”, etc. O fato de que os pagãos em
sua cegueira e superstição sejam com frequência arrastados pelas
ondas e os ventos da opinião pública, dando ouvidos às últimas
novidades, ilustra-se graficamente no relato de Lucas sobre a
experiência de Paulo e Barnabé em Listra. Primeiro sustentaram
que Paulo era Mercúrio, e Barnabé Júpiter. Pouco depois esta
mesma gente se deixou persuadir pelos ímpios judeus e
apedrejaram a Paulo, deixando-o quase morto (At 14:8–20).
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243
Agora, o erro jamais pode ser vencido por mera negação. Contra os
enganos dos mestres do erro os efésios deviam apegar-se à
verdade, isto é, praticar a integridade. 118 E o que ministério (veja-
se v. 12) pode ser mais nobre que aquele que, resistindo
resolutamente ao erro, opondo contra ele a fidelidade “da palavra e
a vida”, realiza tudo isso num 118 Concordo com a declaração do
Simpson: “É difícil decidir se o verbo significa falar ou agir com
sinceridade” ( op. cit. , p. 99). Enquanto que alguns insistem em que
ἀληθεύω não significa realmente
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(Horatius Bonar)
245
Como cabeça Cristo faz com que seu corpo, a igreja, viva e cresça
(cf.
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Veja-se versículo
“sobre todos” , visto que exerce controle sobre todos. Ele é, não
obstante, também “por todos”, uma vez que abençoa a todos por
meio de Cristo nosso Mediador. E é “em todos”, porque nos atrai
perto de Seu 119 Quanto a problemas concernentes à comparação
que se faz da relação entre Cristo e seus seguidores, por um lado,
com o corpo humano e seus membros, pelo outro, veja-se C.N.T.
sobre Cl 2:19, pp. 150, 151.
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12. É dever do pastor imprimir naqueles que estão sob seu cuidado
o dever e privilégio do ministério leigo. O corpo de Cristo é edificado
como é devido somente quando cada membro faz a sua parte.
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15. Contra os enganos dos adversários a igreja deve praticar a
verdade; não obstante, sempre no contexto do amor.
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GLORIOSA RENOVAÇÃO
Versículos 4:17–5:21
1. a todos
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Não devem mais se comportar como gentios, 120 visto que já não
são mais gentios. Se analisarmos esta declaração, fica claro que
aqui se combinam duas ideias: a. Abandonem sua antiga forma de
vida (cf. Ef 2:1–3, 12; 4:14, 22); e b. não imitem a seu atual meio
ambiente mau.
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assim, no general, «tendo chegado a ser insensíveis» referindo-se
aqui à voz divina, à verdade de Deus.
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escondidos para ser revelados? (Cl 2:3) Porventura não era Ele a
verdade ativa e vivente, a verdade que torna livre o homem (Jo 8:32;
17:17), a precisa resposta à pergunta de Pilatos (Jo 18:38)?
O que se tinha ensinado aos efésios “em Cristo” era nada menos
que a necessidade de uma mudança radical em sua perspectiva
mental e forma de vida, um giro de 180 graus. Sua anterior forma de
vida (Ef 2:2, 3; 4:17–19; 5:8, 14; cf. Cl 1:21; 2:13; 3:7) devia cessar.
A ordem a respeito da norma que, desde o instante de entrar em
contato vital com Cristo, devia controlar seu ser inteiro em todas as
suas manifestações, e confrontá-los cada dia e cada hora, era
precisa e cortante: “despojai-vos do velho homem”, ou seja, “a
antiga natureza, tudo aquilo que é alheio à graça” (Cl 3:9; cf. Rm
6:6), e “reveste-vos do novo homem”, quer dizer,
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307, 308.
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do novo. Uma pessoa não poderá fazer quase nada com uma única
folha de tesoura. As duas folhas operando em conjunto formam a
tesoura que pode fazer o trabalho. A pessoa que diz “sim” a Cristo
está dizendo
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Afinal de contas ele me deve muito mais, e com que direito extrai
todo este trabalho de mim? Então, se eu lhe tiro alguma riqueza,
não estou
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acaso lhe privando de algo ao qual não tem direito?» No entanto,
não devemos pensar unicamente nos escravos. O pecado contra o
qual Paulo pronuncia advertências era e ainda é característico do
paganismo.
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essência aqui em Ef 4:30, foi “nele (“em conexão com”, e por isso
também “por meio de”, ele) que fomos “selados para o dia da
redenção”, aquele grande dia da consumação de todas as coisas,
quando nossa libertação dos efeitos do pecado for completada. É o
dia da volta de Cristo, quando nosso corpo, atualmente em baixeza,
renovado à semelhança do corpo glorioso de Cristo, se reunirá à
sua alma redimida para que em corpo e alma a inteira multidão
vitoriosa habite no novo céu e a nova terra para glorificar a Deus
para sempre jamais. A própria meditação sobre o cumprimento
desta esperança deveria ter em nós um efeito purificador (1Jo 3:2,
3). Quanto à explicação mais ampla, veja-se em Ef 1:13, 14; cf. Lc
21:28; Rm 8:23. É por isso que o recair em atitudes e práticas pagãs
é sinal de ruim ingratidão. Em que forma tão intensa deve isso
entristecer o Espírito que habita em nós! Poderíamos considerar
esta expressão altamente antropomórfica, e realmente o é, tanto
aqui como em Is 63:10 de onde é tomada. É, não obstante, em certo
sentido, o antropomorfismo mais alentador, visto que não pode
deixar de nos lembrar “o amor do Espírito” (Rm 15:30), que “nos
anela zelosamente” (Tg 4:5). Assim é o contexto também em Isaías.
Leia-se Is 63:10 em conexão com o versículo que o precede.
Certamente que
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Além disso, todas as injúrias que nós tenhamos sofrido por causa da
má disposição de nosso próximo jamais poderão ser comparadas
com as ofensas que Ele, que nunca cometeu pecado, teve que
suportar: ao ser 132 A pessoa compassiva tem “boas vísceras” vale
dizer, as que são o assento de, ou afetadas por, os profundos e
poderosos sentimentos de amor e piedade. Isto indica a derivação
da palavra usada aqui no original. Quanto ao problema relacionado
com o uso do termo “vísceras” veja-se C.N.T. sobre Filipenses, pp.
71, 72, nota 39.
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cuspido, desprezado, coroado com espinhos, crucificando. Com
tudo isto, estendeu seu perdão! E ao fazê-lo legou um exemplo (1Pe
2:21–25).
Mas fez ainda mais que isso. Deixou-nos também um motivo para
exercer o perdão. Tendo nos perdoado tanto, não devemos também
nós perdoar? Veja-se novamente Mt 18:21–35. Tal exemplo e tal
motivo, no entanto, têm relação com algo mais que o mero dever
perdoar. Tocam toda a ampla área do amor, da qual o exercício do
perdão é somente uma de suas manifestações, e na verdade, uma
das mais importantes. O amor deve manifestar-se em todas as
áreas de nossa vida, o amor moldado segundo e motivado pelo
amor de Deus em Cristo. Daí que Paulo continua:
“aqui não existe uma real separação” ( op. cit. , p. 114). Por outro
lado, com relação a 5:3, Grosheide declara, “Com a menção de
imoralidade o apóstolo chegou a um assunto totalmente novo”. Uma
boa forma de tratar Ef 5:1, 2 poderia ser muito bem a seguida por
vários exegetas quer dizer, considerando-o um sub-parágrafo dentro
de parágrafo Ef 4:25–5:2.
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Aqui não deve escapar à nossa atenção que quando Paulo insiste
com os leitores a imitar a Deus, ao mesmo tempo ilustra este amor
de Deus
dirigindo nossa atenção ao que Cristo fez por nós. Isto na verdade
indica não somente que o Pai e o Filho são em essência o mesmo,
mas também que quando o Pai faz algo, Ele o faz em conexão com
o Filho (Ef 4:32) e que um deles não nos ama menos que o outro.
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Em seu grande amor Cristo Se entregou a Si mesmo por nós,
submetendo-Se voluntariamente a Seus inimigos, e como resultado
ao Pai. Esta entrega foi genuína. Não foi imposta (Jo 10:11, 15).
Entre aqueles pelos quais Cristo Se entregou assim voluntariamente
como oferta pelo pecado achava-se também Paulo, o grande
perseguidor. Ao pensar no grande amor de Cristo, sente-se tão
impressionado que muda os pronomes, de modo que vós (“assim
como Cristo vos amou”) transforma-se em nós (“e se deu a si
mesmo por nós”). O apóstolo jamais fala de forma abstrata.
Compare-se Gl 2:20: “o Filho de Deus, o qual me amou e se
entregou a si mesmo por mim”. Cf. Gl 1:16. É àquele espírito, o de
dar-Se a Si mesmo sacrificial e voluntariamente, ao qual se insiste
com os crentes a imitar.
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Então, eu disse: Eis aqui estou (no rolo do livro está escrito a meu
respeito), para fazer, ó Deus, a tua vontade”. Segundo o escritor da
Epístola aos Hebreus a passagem está apropriadamente aplicada a
Cristo e seu autossacrifício (Hb 10:5–7). Logo, com relação a esta
oferta e sacrifício a Deus, que constitui um exemplo e motivação
para nós, Paulo acrescenta: em aroma fragrante; literalmente,
(“uma aroma de grato aroma”). Cf. Êx 29:18; Ez 20:41; Fp 4:18.
Significa que esta oferta e sacrifício foi — e o é em nosso caso se o
fazemos no espírito que o fez Cristo — agradável a Deus. Toda obra
emanada do amor e gratidão para o Altíssimo, seja de Abel, (Gn
4:4), ou de Noé (Gn 8:21), ou dos antigos israelitas (Lv 1:9, 13, 17)
ou dos crentes da nova dispensação que se consagram a Ele (2Co
2:15, 16), é agradável a Deus. Única e exemplar entre todas elas é
o sacrifício voluntário de Cristo. Contudo, o espírito do Salvador
deve refletir-se dia a dia e hora após hora nos corações e vidas de
Seus seguidores136 “em aroma fragrante”.
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c. Ef. 5:3-14
“Vós em outro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor;
andai sempre como filhos de luz” .
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Ef 1:1) os que foram separados por Deus para ser Sua exclusiva
possessão? Não se dedicaram, mediante o poder do Espírito
santificador, inteiramente a seu Senhor, e portanto também a uma
nova vida?
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Hodge ( op. cit. , p. 285) pensa que o verbo finito refere-se ao que
Paulo havia dito no v. 3, o particípio ao que vem a seguir no v. 5.
Embora esta separação pode parecer um tanto artificial, não
obstante as mesmas palavras do v. 5 provam que Paulo retrocede
ao que havia dito no v. 3. Outros apelam a um hebraísmo familiar
conforme ao como se duas formas da mesma palavra ocorrem em
sequência imediata fortalecem a ideia expressa: Assim “morrendo
morrerá” significa “na verdade morrerá”; cf.
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região, teve que combater este nefasto erro (1Jo 3:4–10; Ap 2:6, 14,
15, 20). Cf. 2Pe 2:12–19 e Jd 4, 8, 11 e 19).
6. Que ninguém vos engane com palavras vãs. Cf. Cl 2:4, 8; 1Tm
2:14; Tg 1:26. Palavras vazias ou vãs são aquelas vazias da
verdade e cheias do erro. Ao ser tomadas a sério resultarão na
ruína do pecador: pois por causa destas coisas a ira de Deus
vem sobre os filhos de desobediência. Cf. Cl 3:6. Por meio do
que foi chamado “tempo presente profético” (cf. Jo 4:21; 14:3) Paulo
enfatiza o fato de que a vinda da ira de Deus, que virá aos que
vivem nos pecados mencionados nos vv. 3–5 e que escutam
palavras vãs fazendo crer que tudo vai bem, é tão certa como se já
tivesse chegado, e em princípio realmente chegou. Estas sinistras
práticas atraem o desagrado de Deus da mesma maneira que um
alvo iluminado do inimigo atrai as bombas. A ira da qual fala-se aqui,
embora em certo sentido está sempre presente, acha-se também
em caminho, até que no dia da grande consumação de todas as
coisas seja plenamente revelada (cf. Jo 3:36; Rm 2:5–11; 2Ts 1:8–
10; Ap 14:9–12), porque os “filhos de desobediência” são “filhos da
ira” (veja-se sobre Ef 2:2).
Não obstante, não deve escapar a nossa atenção que até esta
severa advertência tem como fim o arrependimento, como o mostra
a terna exortação que segue nos vv. 7 e 8. Vejam-se também vv. 10,
14–17; e cf.
Ap 2:16, 21, 22; 3:19; 9:20, 21. Assim como um pai suplica a seu
filho a
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283
3, 11, 12; 4:14, 17) os efésios tinham sido trevas. Cf. Ef 4:18,
(Mt 5:14). Por meio de sua conduta refletem a Cristo, como a lua
reflete a luz do sol. Portanto, andai sempre como filhos de luz.
Aqui achamos outro belo semitismo: eles são agora, pela graça de
Deus, a descendência mesma daquele que é a luz verdadeira. Já
não são mais “filhos da ira”
(Ef 2:3) ou “filhos de desobediência” (Ef 2:2; 5:6), mas sim “filhos de
luz”. Devem ser então consequentes. Em sua vida diária têm que
ser e
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da luz não devem tomar parte alguma nas vãs, fúteis, totalmente
frustrantes, obras das trevas.
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Não existe boa razão para interpretar “(ele) diz” de forma diferente
de Ef 4:8; daí que deve ser, “Deus diz”, visto que o apóstolo
obviamente considera estas palavras como inspiradas. De onde
provêm? Entre as muitas respostas as duas mais conhecidos são: a.
Is 60:1 (e talvez certas passagens um tanto semelhantes como Is
9:2; 26:19; 52:1); b. um antigo hino cristão. Quanto à primeira,
favorecida por Calvino, Findlay, Hodge, e outros, parece que hoje
tende a ser abandonada imediatamente ao considerar a observação
de que não há, ou há muito pouca semelhança entre Ef 5:14 e Is
60:1. No que a mim concerne, quanto mais estudo Is 60:1 à luz de
seu próprio contexto tanto mais começo a ver certas semelhanças.
Talvez seria de utilidade colocar os duas passagens um ao lado do
outro:
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d. Ef. 5:15-21
15. Tende muito cuidado, pois, como andais. 142 Outra vez aqui,
em completa harmonia com o que se veio dizendo antes, é-nos
mostrado quão necessário é que os crentes mostrem em toda forma
e todo tempo que realmente repudiaram sua velha natureza e
abraçaram a nova e piedosa vida. Esta é a única forma eficaz de
comprovar nosso próprio estado na salvação, expondo as
infrutíferas obras das trevas, insistindo com os obreiros de maldade
ao arrependimento, e realizando tudo isso para a glória de Deus.
Prossegue: não como néscios, mas sim como sábios.
Cf. 1:8, 17; Cl 1:9, 28; 3:16; 4:5. Os néscios são aqueles que, não
tendo entendimento nas coisas pertencentes a Deus e à salvação,
não desejam alcançar a alta meta e, portanto, não sabem nem se
importam em saber quais são os melhores meios para chegar a ela.
Dão capital importância ao que realmente é de pouco valor ou até
prejudicial, e não têm apreço pelo que é imprescindível.
Comportam-se conforme isso mesmo. Por outro lado, os sábios têm
um entendimento correto e andam segundo ele.
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que Deus provê. Satanás está sempre substituindo o mal pelo bem.
Não foi porventura chamado «o imitador de Deus»? O embebedar-
se com vinho está “associado com a vida licenciosa” ou “conduta
dissoluta”,
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1. O que é?
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o fez depois que o Senhor ouviu sua oração; e como o fará um dia a
gloriosa multidão nas margens do mar de cristal (Ap 15). É próprio
também dar graças no meio da angústia, como o fez Jonas quando
esteve
“no ventre do peixe” (Jn 2:1, 9). É ainda próprio cantar canções de
louvor e ação de graças antes que a batalha tenha começado, como
o ordenou Josafá (2 Cr. 20:21). Os crentes podem e devem dar
graças sempre porque não existe nem um só momento em que não
se achem sob o olho atento do Senhor cujo nome mesmo indica que
Suas misericórdias são imutáveis e que jamais falharão.
Paulo responde, “por todas as coisas”. Daí que a gratidão deve ser
sentida e expressa por bênçãos físicas e espirituais; “comuns” e
extraordinárias; passadas, presentes e futuras (as últimas, porque
estão incluídas numa promessa infalível); pelas coisas recebidas e
até pelas não recebidas. Deve ter-se constantemente em mente que
aquele que, sob a direção do Espírito Santo deu esta exortação,
achava-se na prisão ao escrever este mandamento. Não obstante,
apesar de suas cadeias, melhor dizendo por causa de suas cadeias,
deu graças a Deus (Fp 1:12–14).
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A resposta é “em nome de nosso Senhor Jesus Cristo”, visto que foi
Ele que ganhou todas estas bênçãos para nós, de modo que as
recebemos
“junto com ele” (Rm 8:32). É também Ele quem purificará nossas
petições e ações de graças e, assim purificadas, apresentá-las-á,
junto com Sua própria intercessão, diante da presença do Pai.
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Versículos 5:22–6:9
II. Exortação
insistindo à Gloriosa renovação
2. a grupos em particular
a. Ef. 5:22-33
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passagens do Antigo Testamento que vividamente descrevem o
amor do Senhor por Seu povo. Há, por exemplo, a história da
inquebrantável ternura de Oseias para com sua esposa Gômer.
Embora esta não tenha sido e foi atrás de outros “amantes” e
concebendo “filhos de fornicação”, no entanto Oseias, em lugar de
rejeitá-la, desliza-se a lugares de vergonha, compra-a por quinze
siclos de prata e um ômer e meio de cevada, e a restaura à sua
anterior situação de honra (Os 1–3; 11:8; 14:4).
34. Então, tomara que a esposa obedeça ao seu esposo que a ama
tanto!
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24. Pois bem, 154 assim como a igreja está sujeita a Cristo
assim também as esposas (devem estar sujeitas) a seu marido
em tudo. A submissão motivada não só pela convicção «Isto é bom
e justo porque Deus o demanda», mas também por um amor em
resposta ao amor de Cristo (1Jo 4:19). Que isto mesmo seja a
realidade com relação à submissão das esposas a seu esposo.
Além disso, a obediência não deve ser parcial, de modo que a
esposa obedeça a seu esposo quando acontece que os desejos
dele coincidem com os dela, mas completa: “em tudo”.
Esta frase não deve, por outro lado, ser interpretada como se
dissesse
“absolutamente tudo”. Se o esposo demandasse dela algo contrário
aos 153 Consulte-se Idelette, de Edna Gerstner, Grand Rapids, MI,
1963. É uma novela biográfica rica em detalhes autênticos. Cf. L.
Penning, Life and Times of Calvin, traduzido por B. S. Berrington,
Londres, 1912, pp. 145–148.
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Ef 5:2.
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dificilmente pode ter relação com algo que não seja o batismo. Isto é
bastante claro. No entanto, significa isto que o rito como tal tem o
poder de purificar ou santificar? Se assim fosse deveria retratar-me
de tudo o que disse faz um momento no sentido de que a
santificação e o limpamento constituem dois aspectos de um
processo que dura toda a vida. Então o significado chegaria a ser
simplesmente o seguinte: «Cristo amou a igreja e Se entregou por
ela a fim de que por meio do rito do batismo com água pudesse
santificá-la e purificá-la». Neste caso um rito externo comunicaria
um benefício interno. Que tremendo significado receberia o batismo
com água! Este rito seria capaz de solucionar praticamente tudo.
Havendo alguém sido batizado, muito pouco mais lhe seria
necessário. A morte de Cristo teria tido lugar somente para fazer
possível esta e única experiência, de modo que por meio dela
aquele que a experimentasse pudesse ser salvo pela eternidade.
Não são muitos os simultânea. No caso presente é difícil construir
este particípio no primeiro sentido. O fato de que verbo e particípio
com aoristos, além disso, não indicam de modo algum o período de
tempo compreendido, seja este curto ou longo. Embora seja
verdade que a justificação tem lugar uma vez por todas, enquanto
que a santificação é um processo contínuo, a passagem presente
não prova de maneira nenhuma que o particípio purificando-a se
refira exclusivamente à justificação, enquanto o verbo santificar a se
refira exclusivamente à santificação. A distinção é talvez
simplesmente entre os aspectos negativo e positivo da operação do
Espírito Santo nos corações e vidas dos filhos de Deus.
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fora da palavra aplicada pelo Espírito ao coração não tem eficácia
para salvar. Cf. Jo 3:5; Rm 10:8; 1Pe 1:25. É tal como Calvino, ao
comentar sobre esta passagem, diz: «Se a palavra for retirada, todo
o poder dos sacramentos desaparece. Que outra coisa são os
sacramentos senão selos da palavra?… a palavra aqui significa a
promessa, que explica o valor e uso dos sinais”.
311
esposo com sua esposa (Sl 45; Is 50:1; 54:1–8; 62:3–5; Jr 2:32;
3:6–18; 31:31–34; Os 1–3; 11:8; 14:4; Mt 9:15; Jo 3:29; 2Co 11:2;
Ap 19:7; 21:2, 9). A igreja está comprometida com Cristo. Cristo
pagou o dote por ela. Comprou a que é em essência — e o será
escatologicamente — sua esposa:
Efésios (Hendriksen)
312
aqui se dá, ou seja, não tendo mancha nem ruga nem outra coisa
semelhante, mas sim fosse santa e imaculada. A palavra
“mancha” está confinada no Novo Testamento a esta passagem e
2Pe 2:13. No última passagem a palavra usada no original se
traduziu “manchas” (Nova Tradução na Linguagem de Hoje), e
“borrões” (VM). Ali se refere a pessoas. M. M., p. 584 cita uma
passagem na qual se aplica similarmente e pode traduzir-se
“escória” (“A escória humana da cidade”). A palavra
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31. “Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá
à sua esposa” . As palavras “por isso” não têm valor conectivo aqui
no v. 31.
(Gn 2:23). E segue: “Por isso deixará o homem a seu pai e a sua
mãe”, etc. O raciocínio de Gênesis seguiria como resultado a
seguinte ordem: pelo fato de que, em virtude de criação, o laço entre
esposo e esposa é mais forte que qualquer outra relação humana,
sendo superior até que a existente entre pais e filhos, estabelece-se
,portanto, que o homem deve deixar a seu pai e a sua mãe e se
unirá à sua esposa. Deus baseia bondosamente Sua ordenança
matrimonial sobre a própria inclinação natural do homem, a atração
ou desejo com que o Todo-Poderoso dotou o homem. Prossegue a
citação: “e os dois serão uma só carne”. Além de qualquer
significado relativo da unidade de mente, coração, propósito, etc.,
basicamente, e segundo as palavras ( unir, carne) em sua
combinação implicam, a referência é à união sexual. Cf. 1Co 6:16.
Em sentido muito real, então, eles já não são mais dois mas um. Ao
considerar o fato de que tal íntimo ato conjugal figura aqui num
contexto de amor tão profundo, tão abnegado, tão terno e puro que
é (este amor) paralelo ao modelo de Cristo para sua igreja, fica
evidente que jamais se ofereceu mais nobre descrição da relação
entre o esposo e sua esposa, e nem sequer é possível. De
passagem, é-nos mostrado aqui também que a vida cristã integral
abrange todas as fases da vida sem excluir o sexo. A cadeia de
nossa conduta como crentes é tão forte como o mais fraco dos 161
A frase ἀντὶ τοῦτο, com a qual a passagem abre aqui em Ef 5:31 e
que foi interpretada de várias maneiras, não deveria apresentar
dificuldade alguma. Representa o hebraico ‘al-keñ = “por isso”. A
Septuaginta tem ἕνεκεν τοῦτου: por causa disto, mas o significado é
sempre o mesmo. Veja-se minha dissertação doutoral The Meaning
of the Preposition ἀντί in the New Testament, 1948, p. 93.
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não os três, quatro, cinco, ou seis — são uma carne. Cf. Mt 19:5, 6.
Aqui se condena todo adultério e promiscuidade, não importa como
seja chamado. Cf. Mt 5:32; Rm 7:1–3.
Paulo acrescenta:
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Veja a esposa, portanto que “renda tudo com relação a seu esposo”
(N.E.B.).
b. Ef. 6:1-4
“Filhos, obedecei a vossos pais.
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que não o é. É por isso que quando obedeço a meus pais estou
obedecendo e agradando a meu Senhor. Quando lhes desobedeço
estou desobedecendo e lhe desagradando a ele. É verdade que
quando Deus —
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Isto, por sua vez, junto com outras coisas semelhantes, encurta a
vida.
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Toda esta disciplina e admoestação deve ser “no Senhor”. Tal tem
que ser sua qualidade. Deve ser o equivalente de uma disciplina
cristã, e portanto, em seu sentido mais amplo, deve incluir
indubitavelmente o dar ao filho um sincero exemplo de vida e
conduta cristãs. Toda a atmosfera em que esta disciplina se
administra deve ser tal que o Senhor possa colocar sobre ela Seu
selo de aprovação.
Com relação a isso, não estaria bem passar por alto o fato de que
segundo esta passagem (e cf. Dt 6:7) nem o estado nem a
sociedade em geral nem mesmo a igreja é primariamente
responsável por formar a juventude, embora eles tenham interesse
nisso e tenham um grau de responsabilidade a respeito. Mas sob a
economia de Deus o filho pertence antes de mais nada aos pais.
São eles os que devem vigiar até onde for possível para que as
agências que exercem grande influência sobre a educação das
crianças sejam definidamente cristãs. O próprio centro da disciplina
cristã é o seguinte: conduzir o coração da criança ao coração de seu
Salvador. 166
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326
c. Ef. 6:5-9
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que a fé cristã faz dentro dos corações dos que a praticam, sem
excluir os escravos. Isto implica, naturalmente, que os escravos
reconheçam suas próprias limitações e peçam ao Senhor que os
torne aptos para alcançar este alto propósito. Prossegue: com
sinceridade de coração; ou «com simplicidade de coração». Ou
seja, deixando as aparências, com integridade e retidão (cf. 1Cr
29:17). Esta obediência deve ser prestada como a Cristo, quer
dizer, com plena convicção de que o fazem para seu Senhor
celestial, o Senhor Jesus Cristo. Portanto:
Também foi Ele quem disse, ‘Porque o Filho do homem não veio
para ser ministrado (ou: para ser servido) senão para administrar
(ou: servir), e dar sua vida em resgate por muitos’ (Mc 10:45). E foi
ele quem ‘se aniquilou a si mesmo, tomando a forma de servo … se
humilhou a si mesmo e se fez obediente até a morte, e morte de
cruz’ (Fp 2:7, 8)”.
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uma catedral para o Senhor”. Com esta convicção ele punha toda
sua alma na obra. Paulo termina sua admoestação aos escravos
dizendo: 8. sabendo que qualquer bem que cada um fizer, o
mesmo voltará a receber da parte do Senhor, (seja) escravo ou
livre. Em Deus não há acepção de pessoas (Lv 19:15; Ml. 2:9; At
10:34; Cl 3:25; Tg 2:1). Isto é declarado de forma muito enérgica,
visto que o apóstolo diz literalmente,
Provam seus atos se realmente foi sincero no que disse? (Mt 7:21–
23).
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«Que vossa atitude seja positiva, não negativa». Portanto, não deve
ser,
«A menos que faças isto, eu te …», mas antes: «Visto que és bom e
fiel escravo, eu te darei uma generosa recompensa». Diante da
ameaça, o escravo se achava indefeso. Não tinha meios para
defender-se, nem mesmo, vulgarmente falando, perante a lei. Mas
como crente, sim, tinha um verdadeiro Defensor: sabendo que
(aquele que é) o Senhor deles e de vós está nos céus, e não há
parcialidade com ele. Veja-se Tiago 5. Por causa de tudo o que já
se disse sobre o tema da imparcialidade (veja-se v.
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Resumo de Efésios 4:17–6:9
(4) Seu autor é o Espírito Santo (Ef 4:30; 5:18), mas reconhece
plenamente o papel da responsabilidade humana (em todas as
exortações).
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331
(10) Produz regozijo, visto que faz com que aquele que o
experimente prorrompa em prazerosa ação de graças, no cantar de
salmos, hinos, e cantos espirituais, e no fazer melodia de coração
ao Senhor.
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EFÉSIOS 6:10-24
E terno fundamento
U niversalidade de propósito
L uminosa meta
G loriosa renovação,
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333
Por outro lado, em estreita relação com seu Senhor podem fazer
tudo o que é preciso fazer: «Tudo posso fazer nele quem infunde o
poder em mim» (cf. Fp 4:13; cf. 2Co 12:9, 10; 1Tm 1:12). A razão é
que o poder do Senhor é infinito. Foi pelo Seu poder que Deus não
só criou os céus e a terra, fez os montes tremer, as rochas fundir-se,
o Jordão voltar atrás, esmiuçar os cedros do Líbano, despir os
bosques, mas especificamente, segundo já se enfatizou no contexto
de Efésios, por Seu poder a. fez com que o Salvador se levantasse
dentre os mortos (Ef 1:20) e b. que seus escolhidos fossem
revivificados de seu estado de morte em delitos e pecados (Ef 2:1).
É então como se Paulo dissesse: «Se eu insistir convosco para
buscardes vossa fonte de poder no Senhor e na força do Seu poder,
não vos estou pedindo algo que não seja razoável, visto que vós
bem sabeis que Sua onipotência revelou-se por meio destas duas
167 À vista do presente contexto existe somente uma mínima
diferença no significado entre τοῦ λοιποῦ
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334
obras maravilhosas. Daí que não estamos tratando com coisas
abstratas, mas do poder de Deus demonstrado no curso da história
do homem. Vós estais inteirados, portanto, do fato de que ao pedir
que vos fortaleça, Ele certamente vos ouvirá, visto que é poderoso
para fazer imensamente mais que tudo o que peçamos ou
imaginemos» (cf. Ef 3:20).
Paulo continua:
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335
Além disso, seus métodos, diz Paulo, são ardilosos (veja-se sobre
Ef 4:14). São as artimanhas do enganador. Os crentes não ignoram
esta verdade (2Co 2:11). Ora, esta expressão “métodos ardilosos”
séria oca e sem sentido se não lhe damos um conteúdo bíblico.
Alguns destes manhosos ardis e malignos estratagemas são:
misturar o erro com verdade suficiente para que isso resulte
aceitável (Gn 3:4, 5, 22); citar (realmente citar erroneamente!) as
Escrituras (Mt 4:6); disfarçar-se de anjo de luz (2Co 11:14) e induzir
a seus “ministros” a fazer o mesmo
“aparentando ser apóstolos de Cristo” (2Co 11:13); arremedar a
Deus (2Ts 2:1-4, 9); fortalecer a crença na mente humana de que
ele nem sequer existe (At 20:22); penetrar lugares onde não se
espera que o faça (Mt 24:15; 2Ts 2:4); e sobretudo prometer ao
homem que por meio das más atuações pode-se chegar a obter o
bem (Lc 4:6, 7).
Em vista de tudo isso, então, pode-se ver muito claro o por quê, em
nome de seu Senhor, o apóstolo dá a ordem de ação: “Revesti-vos
de toda a armadura de Deus”. Não vos esqueçais esqueçam de
nenhuma de suas partes. Precisamos de todas. Não ouseis avançar
contra o diabo e suas hostes com equipe de vosso próprio arsenal.
Antes, dizei com Davi:
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“Eu não posso andar com isto, porque nunca o pratiquei” (1Sm
17:39).
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Mas esta sétima arma ocupa um posto especial, não se usa para ela
nenhuma figura ou metáfora. Para examinar devidamente as seis é
necessário ver todo o quadro de uma vez. Como resultado, os vv.
14–17
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340
Devemos ter em mente também, que muito tempo atrás Paulo já fez
uso de uma linguagem semelhante: “Mas visto que nós
pertencemos ao dia, sejamos sóbrios vestindo-nos com uma
couraça de fé e de amor, e por elmo (a) esperança de salvação”
(1Ts 5:8). Cf. 1Co 9:7; 2Co 6:7. Mais tarde escreveria 2Tm 2:3, 4.
Afinal de contas, as figuras que se acham em Ef 6:4–17 poderiam
sugerir a um sofrido veterano de guerra como Paulo.
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342
51:6). 173 “Quem for tímido e medroso, volte” (Jz 7:3) e mais de
dois terços do exército voltou! Na batalha contra Satanás e seus
exércitos não há lugar para Demas! A sinceridade é um arma
poderosa, e não somente defensiva. Sob circunstâncias iguais, a
pessoa sincera parece ser de muito mais bênção aos que se
relacionam com ela que o hipócrita.
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« Estou preparado para a luta? », é a próxima pergunta. Em outras
palavras, tenho calçado meus pés com “a prontidão derivada do
evangelho da paz”? O significado desta expressão foi muito
discutido.
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vem somente uma vez por ano. É o dia fixado pelo governo nacional
ou pela igreja. O apóstolo ensina aos leitores a vir a Deus “em todo
tempo”.
349
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abraça pela fé, até para gentios e judeus com base em perfeita
igualdade.
Cf. 3:3, 4, 9; Rm 16:25; Cl 1:26, 27; 2:2; 4:3; 1Tm 3:9, 16.
Prossegue: 20. pelo qual sou embaixador em cadeias. O fato de
que quando Paulo chegasse a Roma fosse preso a um soldado
romano por meio de uma cadeia algemada ao seu pulso acha-se
implicado em At 28:20.
com At 28:16, 30. Quanto à segunda veja-se 2Tm 1:12; 2:3, 10; 4:6–
8, 14–16).
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351
Sobre este alto nível Paulo finaliza a parte principal de sua epístola.
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21, 22. Mas para que vós também saibais a meu respeito e o
que faço, Tíquico, o irmão amado e fiel ministro no Senhor, vos
informará de tudo, a quem vos envio com este propósito, para
que conheçais nossas circunstâncias e para que ele console os
vossos corações.
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juntamente com todos os crentes — e “fiel ministro no Senhor” —
servo especial de Cristo, leal a seu Mestre em todo aspecto — fosse
a pessoa indicada para suprir, enquanto ia de igreja em igreja, toda
a informação necessária a respeito de Paulo, seus companheiros, e
irmãos crentes de Roma. Além disso, o material para escrever não
era nem abundante nem barato como o é hoje em dia; as
circunstâncias nas quais Paulo devia ditar suas cartas não eram
inteiramente favoráveis; e, algumas coisas resultam melhor ao falá-
las que ao escrevê-las, especialmente se são dirigidas a um extenso
número de leitores (o que era também o caso dos colossenses,
conforme o indica Cl 4:16, embora talvez de forma mais limitada). A
mensagem oral que Tíquico devia levar não seria unicamente
informativa, mas também de consolo. Por esta razão Paulo diz:
“para que conheçais nossas circunstâncias e para que ele console
vossos corações”, o último, sem dúvida, acalmando seus temores
(veja-se sobre Ef 3:13; cf. Fp 1:12–14) e provendo uma “atmosfera”
de consolação e fortalecimento espiritual baseada nas promessas
de Deus. A consolação mais eficaz de todas seria a própria carta de
Paulo levada por Tíquico.
23. Paz (seja) aos irmãos, e amor com fé, de Deus o Pai e o
Senhor Jesus Cristo. Paz, amor, e fé se acham entre os temas
mencionados com maior frequência nesta epístola. Quanto à paz
veja-se Ef 1:2; 2:14, 15, 17; 4:3; e Ef 6:15; quanto ao amor entre os
irmãos ou dentro da congregação (incluindo o amor do esposo para
com a esposa) veja-se Ef 1:15; 4:2, 15, 16; 5:25, 28, 33; em sentido
mais geral: Ef 3:17; 5:2a; ao amor de Deus em Cristo para os
crentes: Ef 1:4; 2:4; 3:19; 5:2b; e quanto à fé veja-se Ef 1:15; 2:8;
3:12, 17; 4:5, 13; 6:16. Estas eram as qualidades específicas que se
fazia necessário enfatizar naqueles dias e época. Não é isto
porventura verdade no presente?
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354
24. Graça (seja) com todos os que amam a nosso Senhor Jesus
Cristo com (um amor) imperecível. Assinalou-se uma vez que no
v. 23 o amor a que se faz referência é “enfaticamente aquele que
existe entre os
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Veja-se o versículo
10. A exortação para buscar nossa fonte de poder no Senhor é
muito razoável, visto que o Senhor demonstrou Seu poder vez após
vez tanto na natureza como na graça e ainda continua fazendo isso.
13. A fim de poder estar firmes no dia mau ou de crise, estai firmes
agora mesmo!
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15. É o coração livre de culpa aquele que produz agilidade nos pés.
18. Se a vida de oração é fraca, não será que não se tem feito
justiça aos quatro “todos” deste versículo?
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357
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