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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01

PLANOS E EIXOS DA ANATOMIA ANIMAL


Regras: 3.Planos de construção:
- Animal em estação;
- Com os quatro membros esticados e apoiados a chão;
- Pescoço erguido, formando um ângulo de 145º com o
dorso; 01
- Cabeça erguida;
- Narinas voltadas para frente;
02
- Orelhas em pé;
- Olhar para o horizonte (posição de alerta). 03

Divisão anatômica:
Crânio
Cabeça
Face
Pescoço 01 - Transversal: deslizamento do eixo laterolateral
Dorso sobre o eixo dorsoventral (duas porções - cranial e
Corpo Tronco Abdômen caudal - denominadas metâmeros);
Pelve 02 - Frontal: deslizamento do eixo laterolateral sobre o
Cauda eixo craniocaudal (duas porções - dorsal e ventral -
Torácicos denominadas paquímero);
Membros
Pélvicos 03 - Mediano: deslizamento do eixo craniocaudal sobre
eixo dorsoventral (duas metades semelhantes entre si
denominadas antímeros - esquerdo e direito).
Constituição:
1. Planos de delimitação (6);
2. Eixos de construção (3);
3. Planos de construção (3).

1. Planos de delimitação:

Dorsal
Rostral

Lateral Caudal
direito Lateral
Cranial esquerdo

Ventral

2. Eixos de construção:

Craniocaudal Laterolateral

Dorsoventral
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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 02

TERMOS DE RELAÇÃO E COMPARAÇÃO


Caudal

Dorsal
Rostral
Caudal

Ventral

Cranial

tral
Ven Articulação
tarsocrural

Cranial
Caudal Plantar
Articulação Dorsal
antebraquiocarpal

Dorsal
Palmar

3
6

9
7 8
Articulação
Articulação tarsocrural
antebraquiocarpal
11 10
13
12

1. 6. 11.
2. 7. 12.
3. 8. 13.
4. 9.
5. 10.
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Axis
Atlas Ossos
Maxilar coxais
Vértebras Vértebras
Mandíbula torácicas torácicas

Vértebras
Escápula caudais

Úmero
Fêmur
Patela
Costelas
Fíbula

Rádio Ulna Tíbia

Ossos tarsais
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM

Ossos carpais
TERMOS DE RELAÇÃO E COMPARAÇÃO

Ossos metacarpais Ossos metatarsais

Falanges Falanges
03
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 04

PRINCÍPIOS FÍSICOS DO RAIO-X


Conceitos:
- Radiologia: ramo da ciência médica que lida com a
aplicação diagnóstica e terapêutica da energia radiante;
- Radiologia veterinária: ramo da radiologia que lida
principalmente com as aplicações diagnósticas e
terapêuticas da energia radiante em várias doenças
animais;

- Radiografia: é a fotografia
feita com os raios X. Fornece
uma imagem fixa, permanente.

- Raios X:
+ Forma de radiação eletromagnética parecida com a da luz + A corrente elétrica arrasta os elétrons, que se colidem
visível, mas de menor comprimento de onda, que caminha no com a placa de tungstênio desestabilizando a energia na
vácuo com a velocidade da luz; placa;
+ Ionizantes: possui energia suficiente para ionizar átomos + Para estabelecer o equilíbrio, emite energia na forma de
(arrancar um elétron); RX.

Propriedade fundamentais do raio X: Registro da imagem radiográfica:


- Curto comprimento de onda (alto poder de - Marcação em película;
penetração); - Emulsão de gelatina e sais de prata dispersos sobre
- Impressionam filmes fotográficos; base de plástico transparente especial;
- Produzem mudanças biológicas do ponto de vista - Quando exposta à luz ou raios X, ocorre uma
celular; modificação física nas moléculas do sal de prata;
- Ionizam gases do ambiente - medir radiação x - Imagem latente;
ambiente; - Não é possível de observação;
- Fazem fluorescer algumas substâncias (emitem - Processo manual:
radiação de maior comprimento de onda); + Revelação;
- Atravessa corpos opacos de maneira seletiva – + Interrupção;
Sofrem um enfraquecimento, quando aumenta a + Fixação;
+ Lavagem;
espessura e a densidade;
+ Secagem.
- Produz radiação secundária – irradiada em todas as
direções; - Processo automático: não passa pela interrupção.
- A quantidade de raios X em relação ao tubo, decresce
em relação inversa ao quadrado da distância;
- Propagam-se por meio de ondas - sempre em linha
reta e em todas as direções;
- Produzem modificações biológicas, somáticas e
genéticas (propriedades terapêuticas, efeitos nocivos e
cuidados especiais).
Imagem latente Revelação Fixação
Não visível Imagem visível Remoção dos haletos de
Produção de raios X: prata não expostos a
radiação
- Maneira convencional: utilização de ampolas com
algum conteúdo gasoso a baixa pressão submetidas a
- A película sensibilizada precisa ser tratada com
descargas elétricas de grande voltagem;
solução (revelador);
- Ampola de raios X:
+ Reação que transforma os grãos de sais de prata
+ Cátodo (-): dispositivo menor de elétrons;
expostos em pequenas partículas de prata metálico negra,
+ Ánodo (+): formado por um bloco de cobre (placa de
sem afetar os órgãos não expostos.
tungstênio) receptora de elétrons;
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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 05

PRINCÍPIOS FÍSICOS DO RAIO-X


- Segundo banho de película (fixador); - Tempo de exposição;
+ Estabiliza a disposição dos elementos de prata e torna a
imagem duradoura; 2. Fatores específicos:
+ Possibilidades de manuseio. - Distância:
+ Aparelho - foco: 1m (ideal);
+ Corpo - filme: menor possível (ideal);
Sistemas da radiografia: + Quanto maior a distância, menor a radiação.
- Convencionais:
+ Baixo custo (implantação e manutenção) e fluxo - Espessura do objeto (absorvente):
tradicional dos exames; + Quanto mais espesso, mais difícil a obtenção;
+ Qualidade de imagem delimitada - DQE <20%; + Mais difícil de ser atravessado.
+ Custos, processos e problemas dos filmes convencionais;
+ Baixo índice de detecção em estágios iniciais; - Densidade do absorvente:
+ Perdas inerentes ao processo fotográfico analógico e + Varia em função da composição;
químico.

- Digital:
+ Oferecem a possibilidade de obtenção de imagens com
exigências de exposição menos rigorosas do que os sistemas
analógicos; Ar Gordura Água Osso
+ Facilidade de exibição e de processamento da imagem,
redução da dose de raios X, facilidade de aquisição,
armazenamento e recuperação da imagem.
+ Radiografia computadorizada: utiliza-se os aparelhos
convencionais, mas substitui-se os cassetes com filmes
radiográficos em seu interior por chassis com placas de
< < <
fósforo.

Mais radiolucente Mais radiopaco

Digital Convencional

Fatores que afetam a absorção dos raios X:


1. Fatores elétricos:
- Kilovoltragem (Kv): quantidade de quilovolts aplicada
para a produção de RX;
+ Determina a velocidade dos elétrons.
+ Quanto maior o Kv, menor o comprimento de onda e
maior a penetração;

- Miliamperagem (mA):
+ Intensidade da corrente elétrica;
+ Dá a quantidade de radiação;
+ Quanto maior a mA, maior a quantidade de elétrons.
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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 06

RADIOPROTEÇÃO
Três princípios: - Fixos:
- Blindagem; + Requerem grandes transformadores;
- Distância: + Rede elétrica especial;
- Dose. + Adequado para todos os exames.

Como se proteger:
- Pedir aos clientes que auxiliem na contenção;
- Distanciar-se o mais possível da fonte de RX;
- Utilização de EPI´s:
+ Avental e luvas plumbíferos;
+ Óculos;

- Não permitir presença de crianças e gestantes na sala de


exames;
- Utilizar barreiras de proteção como biombos de chumbo;
- Colimar o feixe útil através de cones ou diafragmas,
dirigindo-o para o chão;
- Trabalhar com a menor miliamperagem/segundo e a maior
kilovoltagem possível;

Equipamentos de raio X:
- Portáteis:
+ Fácil desmonte e transporte;
+ Membros de equinos;
+ Amplamente utilizado para pequenos animais;
+ Limitações: animais de grande porte.

- Móveis:
+ Maiores;
+ Permite maior descarga;
+ Montados sobre rodas;
+ Dificilmente manobrado para grandes
animais.
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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 07

PROJEÇÕES E POSICIONAMENTOS
Laterolateral

Cranial Torácico/abdominal/pélvico

Ventrodorsal

Torácico/abdominal/pélvico

Dorsoventral

Cranial Torácico/abdominal/pélvico

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 08

PROJEÇÕES E POSICIONAMENTOS
Mediolateral Dorso plantar

Membros torácicos Membros pélvicos

Caudocranial

Membros pélvicos

Craniocaudal

Membros pélvicos

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 09

PROJEÇÕES E POSICIONAMENTOS
Laterolateral

Maxila

Mandíbula

Vértebras
Escápula

Úmero

Esterno
Costelas

Vértebras
Osso coxal
(ílio, púbis e ísquio)

Fêmur

Patela

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 10

PROJEÇÕES E POSICIONAMENTOS
Ventrodorsal

Escápula Costelas

Vértebras

Fêmur D.

Ílio
Vértebras
Púbis
Ísquio

Fêmur E.

Fêmur E.
Fíbula E.
Ílio Tíbia E.

Púbis
Ísquio
Tíbia D.

Fíbula D.

Fêmur D.

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 11

PROJEÇÕES E POSICIONAMENTOS
Dorsoventral

Vômer Forame magno

Mandíbula

Escápula Ílio Púbis Ísquio

Rádio Costelas
Úmero Vértebras Fêmur Tíbia Fíbula
Crânio Ulna

*Animal jovem = distância do fêmur para tíbia (cartilagem);

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 12

PROJEÇÕES E POSICIONAMENTOS
Mediolateral

Membros torácicos

Osso acessório
Ossos carpais
Falange
proximal

Rádio Ossos Falange


Úmero metacarpais distal
Ulna

Osso
Falange sesamoide
proximal
Falange média
Rádio
Ulna Falange distal

Membros pélvicos

Calcâneo
Fíbula
Talus
Tíbia Ossos
carpais

Fêmur
Ossos
metacarpais

Falanges
proximais
Falanges
mediais
Patela Falanges
Calcâneo distais

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 13

PROJEÇÕES E POSICIONAMENTOS
Caudocranial

Membros pélvicos

Fêmur
Fíbula Patela

Tíbia

Tíbia

Talus Fíbula
Calcâneo

Craniocaudal

Membros torácicos Membros pélvicos

Escápula

Ísquio

Úmero
Fêmur

Patela

Ulna
Rádio Tíbia

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 14

PROJEÇÕES E POSICIONAMENTOS

Dorso palmar

Rádio Ulna

Ossos
carpais

Ossos
carpais

Falanges
proximais

Falanges
médias

Falanges
distais

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01

FRATURAS
Princípios da avaliação radiográfica
- Duas posições ortogonais;
- Sedação/anestesia;
- Incluir articulações acima e abaixo;
- Imediatamente após procedimentos pós-operatórios;
- Radiografias dos membros opostos para comparação
(animais jovens).

Reconhecimento da fratura depende de:


- Qualidade da radiografia;
- Grau de deslocamento;
- Obscurecimento por outras estruturas;
Fratura completa em diáfise
- Direção dos feixes de raio X. distal de rádio e ulna.

Classificação das fraturas


3. Quanto à direção e localização da linha de fratura:
1. Quanto a comunicação externa:
- Simples = uma linha de fratura.
- Aberta = comunicação da fratura com a superfície
+ Transversa;
externa;
+ Presença de gás no interior do tecido mole ou grandes + Obliqua;
defeitos de tecido; + Espiral.
+ Verificar a causa, como arma de fogo.

- Fechada = não há comunicação da fratura com a


superfície externa.

Transversa, Obliqua, Espiral,


rádio e ulna rádio e ulna rádio

- Cominutiva =
múltiplas fraturas que
Fratura de rádio e ulna aberta, Fratura de rádio e ulna usualmente se
cão, SRD, 5 anos. fechada. encontram em um
ponto comum - um ou
mais fragmentos
menores.
2. Quanto a extensão da lesão:
- Completa = ambas as corticais fraturadas;
- Incompleta = fratura de uma única cortical;
+ ¨Galho verde¨ ou Greenstick;
+ Animais jovens.
Tíbia e fíbula

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 02

FRATURAS
- Múltipla (segmentada) = 3. Em lasca = envolve uma
duas ou mais fraturas superfície articular;
completas envolvendo o + Equinos;
eixo de um osso longo - as + Pequenos fragmentos ósseos
linhas de fratura não - trauma direto e hiperextensão.
apresentam pontos
comuns.

Tíbia e fíbula Fratura patológica


- O tecido ósseo é debilitado por uma doença pré-
existente;
- A fratura ocorre espontaneamente, sem histórico de
Classificação específica para tipos de fratura: base
traumas;
na localização
- Tumores, infecções, hiperparatireoidismo;
1. Fratura por avulsão = ponto de inserção de tecido
- Biópsia do local de fratura e raio-X.
mole;
+ Radiografias sob estresse;
+ Comum em animais jovens.

Osteossarcoma

- Hiperparatireoidismo nutricional secundário:


+ Ossos menos radiopacos e com corticais mais finas;
+ Córtex encurvada;
+ Linha de fratura aparece esclerótica;
+ Sem distração dos fragmentos.
2. Impactação/compressão = o osso é esmagado;
+ Corpo vertebral;
+ Epifises abertas.

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 03

FRATURAS
- Fraturas fiseais: Salter-Harris Tipo V: compressão da placa de crescimento resultante de forças
+ Classificação desenvolvida por humanos e é adotada para de esmagamento transmitidas através da fise.
animais;
+ Correlacionada ao prognóstico - maior número, maior
chance de fechamento prematuro da placa fisária
(prognóstico ruim);
+ Fechamento prematuro - deformidades angulares.

Tipo I: separação entre a metáfise e a epífise;

Tipo VI: impactação excêntrica resultante de uma ponte


transfiseal.

Tipo II: linha de fratura percorre a placa de crescimento por uma


distância variável e estende-se para o interior da metáfise;

Consolidação de fratura

Lesão

Hemorragia, destruição de matriz e morte de células ósseas

Tipo III: a linha de fratura percorre a placa de crescimento e Remoção de restos celulares - macrófagos
estende-se através da epífise;
Proliferação do periósteo e do endósteo

Tecido muito rico em células osteoprogenitoras - anel em


torno da fratura e penetra entre as extremidades ósseas
rompidas

Surgimento de tecido ósseo primário, tanto pela ossificação


endocondral de pequenos pedaços de cartilagem como por
ossificação intramembranosa

Tipo IV: a fratura metafiseal estende-se através da placa fisária e Calo ósseo
epífise até a cartilagem articular;
Remodelação do calo ósseo

Substituição por tecido ósseo secundário

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 04

FRATURAS
Periósteo Osso
Proliferação do periósteo

Endósteo

Cartilagem hialina

Fratura 1 semana

Osso primário neoformado

Calo

2 a 4 semanas 4a8 8 a 12
Tecido ósseo secundário recém-formado semanas semanas

Fatores que afetam a consolidação de fraturas


- Idade = pode ser vistos calos ósseos exuberantes em
animais jovens;
- Estado nutricional;
- Integridade vascular;
Fratura consolidada (tecido ósseo secundário) - Localização da fratura;
- Graus de movimento do foco de fratura;
- Tipo de fratura e grau de aposição pós-redução.
Tipos de cicatrização de fratura
- Reparação óssea primária: consolidação direta por
Complicações na consolidação de fraturas
ação do próprio tecido ósseo;
- Ausência de formação de calo ósseo;
- Reparação óssea secundária: formação do calo
- Instabilidade/ Distância entre os fragmentos
ósseo.
+ Fratura recente = linha de fratura nítida e edema;
fraturados;
+ 1 semana = linha de fratura pouco nítida e reabsorção - Encurvamento ou quebra do dispositivo de fixação.
óssea das extremidades fraturadas; - Fraturas de implante: quebra de placa e parafuso -
+ 2 a 4 semanas = reação periosteal marcada e calo ósseo radioluscência ao redor do implante
mineralizando; - Não união: quando todos os sinais de reparação
+ 4 a 8 semanas = linha de fratura preenchida com o calo tecidual cessam - a cicatrização não ocorrerá sem
ósseo; intervenção cirúrgica;
+ 8 a 12 semanas = remodelamento do calo ósseo,
- Tipos:
incorporado a estrutura geral do osso.
+ Hipertrófica = pé de elefante;
+ Atrófica = borda afiada.

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 01

INTRODUÇÃO À ULTRASSONOGRAFIA
Características gerais: Impedância acústica:
- Rápido; - Capacidade do tecido em impedir a transmissão do
- Não invasivo; som, gerando ecos;
- Avaliação de estruturas internas (arquitetura) e - Densidade do tecido X Velocidade do som.
funcional;

Vantagens: Tecido Velocidade (m/s) Impedância


- Detecção precoce do aumento de volume abdominal;
- Detalhes do parênquima tecidual; Osso 4080 7,8
- Avaliação de estruturas que não aparecem no exame
radiográfico;
- Alta sensibilidade; Sangue 1570 1,61
- Não emite radiação ionizante.
Gordura 1450 1,38
Desvantagens:
- Dinâmico;
Rim 1560 1,62
- Operador dependente;
- Aprendizado exame dependente.
Fígado 1550 1,65
Princípios físicos:
- Som: onda mecânica que se propaga pela vibração Tecido mole 1540 1,163
das partículas do meio pelo qual se alastra;
- Ultrassom: som com frequência superior à que o
Ar 330 0,0004
ouvido humano é capaz de perceber (20Hz 20.000Hz);
- Ultrassonografia: método e diagnóstico que se
baseia no eco emitido pelo US ao encontrar tecido ou
estruturas de um organismo, cujas reflexões são Formação da imagem:
visibilizadas por meio de computação gráfica em tempo - Efeito piezelétrico;
real. - Maior amplitude do ECO retorno, maior intensidade
do ponto de luz.
Características físicas da onda sonora:
- Comprimento de onda: distância em que um ciclo Transdutores
complete ocorre;
Cristais
- Frequência: n° de ciclos completos em 1s (Hz);
- Amplitude: valor máximo atingido por uma variável Corrente elétrica
sonora ao longo de um ciclo;
- Velocidade: velocidade com que a onda se propaga Diferença de potencial
no meio - constante para cada material.
Vibração

Ondas sonoras

Atenuação nos tecidos

Retorno do ECO

Conversão em corrente elétrica

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 02

INTRODUÇÃO À ULTRASSONOGRAFIA
Realização do exame
- Tricotomia;
- Posicionamento;
- Aplicação do gel condutor;
- Escaneamento:
+ Big 5 = Bexiga, baço, rins, fígado e vesícula biliar;

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 02

TERMINOLOGIAS
Ecogenicidade:
- Capacidade de diferentes estruturas em refletir as
ondas de US, gerando ecos;
- Padrões de ecogenicidade:
+ Anecóico = ausência de eco, área negra no monitor,
estrutura com líquido;
+ Hiperecóico = alta reflexão das ondas, ecos brancos ou
brilhantes, gases/ossos/fibras;
+ Isoecogênico = ecogenicidade tecidual é a mesma de
estruturas adjacentes;

Ecotextura:
- Um dos principais parâmetros de avaliação
parenquimatosa; Convexo Linear
- Definida pela disposição dos ecos dentro de
determinada estrutura; Modalidades ultrassonográficas
- Homogênea: distribuição regular dos ecos; - Modo B (Bidimensional):
+ Tipo de representação mais comum;
+ Arquitetura celular irregular;
+ Intensidade da reflexão dada por um ponto luminoso no
+ Neoplasias, prostatites, etc.
monitor;
+ Diferentes ecogenicidades apresentadas - cada eco
Aparelhos de ultrassonografia devolvido é exibido na tela como um ponto, quanto mais
- Processador (computador); brilhante for o ponto, maior será a intensidade dos ecos
- Monitor; devolvidos.
- Transdutor (probe).

Músculo esterno-
cleidomastoide

Veia jugular
interna
Artéria carótida

Tireoide

- Modo M (Movimento):
Tipos de transdutor + Representação de duas dimensões no corte longitudinal;
- Maior custo; + Coração - utilizadas em imagens cardíacas;
- Cristais de quartzo ou cerâmica; + Único feixe usado para produzir uma imagem com um
- Convexos: sinal de movimento.
+ Superfície convexa;
+ Necessita de menor área de contato com a pele;
+ Varredura com mais detalhes.

- Lineares:
+ Cristais dispostos paralelamente;
+ Fornece boa qualidade de imagem;
+ Necessita de grande área de contato com a pele.

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 02

ARTEFATOS DE TÉCNICA
Sombra acústica
- Quando uma estrutura absorve mais do que o tecido que a
circunda, a porção distal aparece mais escura, como se
houvesse uma sombra “onde a onda sonora não conseguiu
chegar;
- Áreas anecóicas produzidas por ecos de baixa amplitude e
por estruturas de alta atenuação.

Ultrassonografia de um fígado mais superficial (A), com o transdutor


(B) entendendo que existe outro fígado mais profundo no abdômen
do animal

Cauda de cometa
- Resultado da mistura de bolhas de ar em meio líquido
ou semilíquido;
- Faixas hiperecóicas que lembram uma cauda de
cometa;
- Comum em exames do sistema digestivo.

Ultrassonografia de um cálculo na bexiga demostrando a área de


sombra acústica

Reverberação
- Quando o feixe de ultrassom encontra dois ou mais
refletores no trajeto do som;
- Caracterizada por linhas ecogênicas, brilhantes,
paralelas, espaçadas ou não.
- Em casos de falta de gel, tecido ósseo ou presença
de gás.

"Artefato em cauda de cometa" ultrassonográfico (seta


branca) inferior ao arco costal (setas pretas) na
ultrassonografia torácica.

Ultrassonografia da alça intestinal (com gás), formando as linhas


hiperecogênicas, com o som rebatendo até perder a velocidade

Imagem de espelho
- Erro de interpretação quanto a localização de uma
estrutura ou órgão;
- Ocorre em interfaces altamente refletoras e
arredondadas (diafragma-pulmão)
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