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SUMÁRIO
1. Introdução...................................................................... 3
2. Estrutura da Medula Espinhal ............................... 3
3. Irrigação .......................................................................15
Referências Bibliográficas..........................................28
MEDULA ESPINHAL 3
Vista
Vista Vista
lateral
anterior esquerda posterior
Atlas (C1) Atlas
(C1) Vértebras
Áxis (C2) Áxis (C2)
cervicais
C7 C
T1 7
T
1
Vértebras
torácicas
T
T
2
L 2
L
1
1 Vértebras
lombares
L
L
5
5
Sacro Sacro (S1-5)
Sacro (S1-5)
(S1-5)
Cóccix Cóccix Cóccix
Figura 1. Coluna vertebral. Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 6ed. Porto Alegre: Artmed (2015)
Cervical
Torácico
Lombar
Sacro-
coccígeo
Coluna
espinhal
Cauda
equina
Medula espinhal
Plexo cervical
Plexo
braquial
Nervos
intercostais
Plexo lombar
Plexo sacral
SAIBA MAIS!
A síndrome da cauda equina é uma doença grave causada pela compressão e inflamação do
feixe de nervos na parte inferior do canal vertebral. A gravidade se dá ao fato de poder resul-
tar em paralisia, incontinência intestinal/urinária e a outros problemas de sensibilidade e perda
de movimento. Em muitos casos de síndrome da cauda equina a descompressão cirúrgica
do canal vertebral é recomendada como a opção de tratamento mais adequado. O objetivo
é aliviar a pressão sobre os nervos da cauda equina, removendo as estruturas que os estão
comprimindo e aumentando o espaço disponível para os nervos no canal medular. Além da
descompressão dos nervos afetados na cauda equina, o médico também vai procurar tratar a
causa subjacente da doença.
MEDULA ESPINHAL 8
Gânglio nervoso
Pia-máter
Aracnoide
Nervo
Dura-máter
HORA DA REVISÃO!
As meningites são infecções que afetam a região de meninges causando inflamação in-
tensa nessas áreas e com repercussões clínicas específicas. Os principais agentes etioló-
gicos são vírus, fungos e bactérias e as características sintomatológicas variam bastante
de acordo com cada subtipo. Infecções virais, em geral, são mais brandas e podem ter
resolução espontânea ou com utilização de sintomáticos e antivirais, cursam com febre,
mal estar, fraqueza, cefaleia, náuseas e vômitos e dificuldade em fletir a cabeça. O diag-
nóstico é realizado com história clínica e punção lombar com análise do líquor cefalorra-
quidiano. A meningite bacterina aguda é uma condição clínica mais grave que necessita
de abordagem imediata do profissional com antibioticoterapia direcionada aos germes
mais prevalentes. Os sintomas são os menos supracitados com maior intensidade, por
exemplo, vômitos em jato, prostração, rigidez intensa em região de pescoço, manchas e
necrose em extremidades e outros.
Figura 7. Substância cinzenta com corpos neuronais / Feixe de substância branca com distribuição de axônios.
Fonte: www.sanarflix.com.br
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Figura 8. Substância cinzenta com corpos neuronais / Região da circulação de líquor com células ependimárias.
Fonte: www.sanarflix.com.br
MEDULA
ESPINHAL
Funículos anterior/
Cervical Dura-máter H medular
lateral/posterior
Anterior
Lombar Aracnoide Vias descendentes
Lateral
Sacral Espaço subaracnoide
Posterior
Coccígea Pia-máter
Neurônios de
axônio longo
Neurônios de
axônio curto
que penetram pela raiz dorsal e, modo membros superiores, região toráci-
geral, as informações que ascendem ca alta e região cervical. Ao chegar
na medula são periféricas. As regiões no nível cervical surge então o fascí-
medulares que captam estímulos pe- culo cuneiforme que se une ao grácil
riféricos levam as informações ao cór- e ambos levam as informações su-
tex cerebral para gerar uma resposta pracitadas ao cérebro.
que pode ser motora, sensitiva ou O Trato espinocerebelar é responsá-
cognitiva. Esta que também passa vel por levar informações da proprio-
pela medula ao retornar com as infor- cepção inconsciente que auxiliam
mações para a pele ou musculatura e em processos de equilíbrio, por exem-
gerar a sensação e/ou ação física. plo. O trato espinotalâmico se divide
Cada filamento radicular da raiz dor- em lateral e anterior, reconhece infor-
sal, ao ganhar o sulco lateral posterior mações de dor, temperatura, pres-
divide-se em porção medial e por- são e tato. Especificamente, o trato
ção lateral. A porção medial dirige- espinotalâmico lateral basicamente
-se a face medial da coluna poste- leva informações de dor e temperatu-
rior e grande número de fibras desse ra e o anterior está mais relacionado a
ramo seguem para o bulbo forman- tato leve e pressão.
do os fascículos grácil e cuneiforme.
Enquanto a via lateral é formada por SE LIGA! Todas as vias ascendentes,
fibras mais finas que dirigem-se ao ao adentrarem a medula, ascendem do
ápice da coluna posterior. mesmo lado, ipsilateral, já o trato espi-
notalâmico é uma exceção, ele atraves-
Os componentes dessa via são: fas- sa a outra metade da medula e sobe
cículo grácil, fascículo cuneiforme, contralateralmente. Isso é essencial,
trato espinocerebelar e trato espi- pois no exame físico do paciente podem
existir alterações sensitivas específicas
notalâmico. Ainda nessas vias estão pelo padrão de lesão.
os fascículos grácil e cuneiforme,
sendo eles responsáveis por levar in-
formações sobre sensibilidade tátil Vias descendentes
(fino e epicrítico), propriocepção e
A maior parte das fibras descenden-
vibração.
tes é originada no córtex cerebral
O fascículo grácil emite informa- ou tronco encefálico e realizam si-
ções dos membros inferiores e napse com neurônios medulares.
grande parte do tronco, até a re- Algumas vias terminam em neurônios
gião torácica baixa e abdominal. pré-ganglionares do sistema nervoso
O fascículo cuneiforme é respon- autônomo e outras fazem sinapse com
sável por levar informações dos neurônios da coluna posterior. Além
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disso, existem vias que terminam direta- básicos como caminhar. Além disso, ele
mente nos neurônios motores somáticos e auxilia na criação de movimentos orienta-
permitem a interação com o meio externo. dos externamente como estímulos visuais
Estas são subdivididas em neurônios pi- e auditivos.
ramidais e neurônios extra-piramidais. O trato vestíbulo-espinhal está relaciona-
O trato corticoespinal lateral e anterior é do à orientação postural, por exemplo, ao
responsável pela motricidade voluntária, tropeçar algumas posições são conferias
sendo o lateral levando principalmente as ao corpo como abrir os braços, alargar as
informações das porções apendiculares pernas e posicionar o tronco para frente. Já
corporais. o trato corticoespinal anterior é responsá-
O trato rubro-espinal também participa da vel pela motricidade voluntária da região
motricidade voluntária, mas no sentido de axial, peitoral, de abdome, músculo reto-
modular, de coordenar a movimentação, -abdominal e outros.
uma vez que o núcleo rubro tem ligação O trato teto-espinhal envolve o reflexo es-
próxima com o cerebelo. pontâneo de proteção, por exemplo, fe-
Os tratos reticulo-espinais são essen- chamento dos olhos, sendo uma resposta
ciais para os movimentos automáticos motora direcionada a proteção.
FUNÍCULOS TRATOS
Trato ascendente
Trato espinotalâmico anterior
Tratos descendentes
Anterior Trato corticoespinal anterior
Trato vestíbulo-espinal
Trato teto-espinhal
Trato reticulo-espinal
Tratos ascendentes
Trato espinocerebelar posterior
Trato espinocerebelar anterior
Trato espinotalâmico lateral
Trato dorsolateral
Trato espino-reticular
Funículo lateral Trato espino-olivar
Tratos descendentes
Trato corticoespinal lateral
Trato rubro-espinal
Trato reticulo-espinal lateral
Tratos autonômicos descendentes
Trato olivoespinal
Tratos ascendentes
Funículo posterior Fascículo Grácil
Fascículo Cuneiforme
Tabela 2. Tratos da medula espinal
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Figura 12. Relação das raízes dos nervos espinais com as vertebras.
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana.
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Vejamos que cada nível medular (C8, anterior da medula a partir de sua raiz
T12, L5, S5, C1) tem raízes espe- específica e perpassa pelo nervo es-
cíficas. A organização se dá como pinhal para o músculo específico, este
pontos de contato de informações que pode ser estriado ou liso. Já no
que entram e saem da medula a todo sentido contrário, existem as informa-
tempo, sendo estas as informações ções que chegam da periferia e aden-
motoras e sensitivas. tram a medula espinhal para chegar
Os corpos neuronais responsáveis ao córtex, sendo estas de caráter
pela saída emergem pela porção sensitivo somático ou visceral.
Figura 14. Reflexos espinais. Em um reflexo espinal, a informação sensorial, ao entrar na medula espinal, desencadeia
uma resposta sem necessidade de comandos do encéfalo. No entanto, essas informações sensoriais sobre o estímulo
podem ser enviadas para o encéfalo. Fonte: SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem inte-
grada. 7. ed. Porto Alegre. 2017
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Figura 16. Relação de dermátomos e movimentos. Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana.
SAIBA MAIS!
Ao nascimento, uma condição adversa das manobras obstétricas ou saída natural do feto é a
paralisia do plexo braquial. Essa condição não tem uma prevalência bem definida e ocorre por
tração excessiva do pescoço para a saída do ombro anterior que sofre bloqueio pela sínfise
púbica materna. É sabido que cursa com perturbações motoras e sensitivas do membro su-
perior e sua identificação precoce é essencial para o prognóstico. O tratamento pode ocorrer
por fisioterapia e terapia ocupacional, contudo, em casos graves, pode ser necessário trata-
mento cirúrgico.
SAIBA MAIS!
A ciatalgia é a dor que ocorre na região e trajeto do nervo ciático. A causa mais comum des-
sa patologia é a compressão das raízes nervosas em região lombar que tem como etiologia
as discopatias, osteofitose e estreitamento do canal medular. Com menos frequência, mas
de grande importância diagnóstica estão as tumorações em região lombar e formação de
abcessos. Os principais sintomas são dor irradiada em todo trajeto do nervo, seguindo em
região glútea e posterior da coxa, em queimação, lancinante ou em pontadas que ocorre de
forma contínua e tem períodos de piora com determinadas atividades físicas e posiciona-
mentos durante o dia, ou para dormir, por exemplo. Um importante sinal é com a dor referida
após elevação do membro inferir, do lado afetado, acima de 60º. Outra opção é a elevação
da perna contralateral de forma retocruzada que também ocasiona a dor referida na região
irrigada pelo nervo. O diagnóstico é iminentemente clínico, mas pode ter auxilio de exames
de imagem como ressonância magnética ou tomografia que define a área de compressão e
extensão da mesma facilitando o conhecimento sobre o fator etiológico. O tratamento é rea-
lizado com fisioterapia e analgesia para casos leves, contudo, casos de compressão extrema
ou tumores, por exemplo, podem ter indicação cirúrgica de correção medular.
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Cervical
Conceito
Braquial Plexos Coluna vertebral Dura-máter Espaço epidural
Pia-máter
Níveis sensitivos Anatomia externa
Vias ascendentes e
Substância branca
descendentes
A. Espinhal anterior
Irrigação e drenagem Anatomia interna Tratos medulares
A. Espinhal posterior
Axônios curtos
Radiculares e cordonais
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
AMATO et al. Anatomy of spinal blood supply. São Paulo. 2015
HALL, Jhon E. Guyton & Hall: Tratado de Fisiologia Médica. 12ªed. Rio de Ja-
neiro. Elsevier. 2011.
MACHADO, Angelo, HAERTEL, Lucia M. Neuroanatomia Funcional. 3ª ed. São
Paulo. Atheneu, 2013.
Netter, FH et al, y, Atlas of Neuroanatomy and Neurophysiolog 2002, Icon
Custom Communication, EUA.
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 6ed. Porto Alegre: Artmed
(2015)
Nitrini R.; Bacheschi LA. A neurologia que todo médico deve saber. São Pau-
lo. Editora ATHENEU. 2003.
SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana: uma abordagem integra-
da. 7. ed. Porto Alegre. 2017
SWARTZ, MARK H. Tratado de Semiologia Medica 7ª Edição (2015)
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