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HAM V – LIAMARA CORREA

Se você traçar uma linha reta do paciente em

ortopedia
perfil no meio do corpo de C7, ela deve traçar
próxima ao sacro, de maneira que a carga se
divida em todas as curvas em todos os níveis
da coluna.
Tudo aquilo que passa dos padrões
fisiológicos deve ser investigado.

FERNANDO SOCCOL


Total de 33 vértebras:
o 7 cervicais;
o 12 torácicas;
o 5 lombares;
o 5 sacrais;
o 4 coccígeas.
Mobilidade = torácica, cervical e lombar.
As sacrais e coccígeas são fusionadas e não
possuem mobilidade.

Cervical: lordose 20-40º.



Torácica: cifose 20-40º. 1. Inspeção estática: é aquilo que você vê na
Lombar: lordose 40-60º. ectoscopia do paciente sem tocá-lo e
mobilizá-lo. Você o paciente de costas, de
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lado, de frente. Até mesmo durante a
entrada do paciente no consultório
(observar a atitude, se o paciente está
claudicando, se o paciente apresenta
fáceis de dor, desvios de eixo). Até
quando o paciente tira o sapato observa-
se o grau da dor.
2. Inspeção dinâmica: quando pede para o Foto 2. Torcicolo congênito: contratura do
paciente se mobilizar. Por exemplo, músculo esternocleidomastoideo.
durante a flexão do tronco, erguimento de
braço, dobrar o quadril.
3. Palpação de partes moles: palpação de –
musculatura, ligamentos, tendões.
4. Palpação óssea;
Quando há mobilização do paciente.
5. Exame neurológico: muito importante no
São 6 movimentos.
exame da coluna.
6. Testes especiais.

o Assimetrias do pescoço;
o Torcicolo espasmódico: contrações
involuntárias da musculatura cervical
(esternocleidomastoideo);
o Recém-nascidos: tumoração no músculo
ECM – torcicolo congênito.
o Malformações associadas.
o Tumores: tumor Pancoast.
o Vesículas, descolorações, cicatrizes,
tumefações.

Imagem 1. Tumefação cervical direita.


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Foto 3. Goniômetro. A avaliação certa dos


graus é avaliada com o goniômero.

o Face anterior:
Esternocleidomastoideo (ECM): articulação
esterno-clavicular, procedimento mastoide.
Cadeia linfática: bordo medial ECM.
Tireoide: cartilagem tireoidana; C4 e C5.
Fossa supraclavicular: sup. clavícula, lat.
Incisura supra-esternal.
Pulso carotídeo: tubérculo C6.

Durante a inspeção dinâmica é sempre


importante avaliar o paciente bilateralmente,
pois isso ajudará a observar quadros
patológicos de contratura e outros.
Patologias como meningite (o paciente não
consegue fazer flexão cervical como na
figura), luxação cervical, espondilite
enquilosante podem ser vistas durante a
Foto 4. Jeito ideal de palpar pois possuímos
inspeção dinâmica.
mais sensibilidade nos indicadores e terceiros
dedos.
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O ideal é você se posicionar atrás do
paciente, ele pode estar sentado na maca ou
em uma cadeira.
o Face posterior: traz pouquíssimos
achados. Porém, encontra achados de
contratura muscular, dor por tensão
muscular ai podem ser observados alguns
nódulos na musculatura.
M. trapézio: prot. occipital externa, T12,
clavícula, acrômio, espinha da escápula,
inervado do XI par craniano (nervo espinhal
acessório).
Gânglios linfáticos: ant., lat., ECM.
Ligamento nucal superior: prot. occipital IMPORTANTE PARA A PROVA!!!!!!
externa, processo espinhoso de C7. o Posterior:
Occipício: prot. occipital externa,
Linha nucal superior: lat. Prot. occipital
externa.
Processo mastoideo: lat. Linha nucal sup.
Processos espinhosos das vértebras cervicais:
C2, C7.
Superfícies articulares: lat. proc.. espinhosos.

IMPORTANTE PARA A PROVA PRÁTICA E


TEÓRICA!!!!!!
o C5
o C6
o C7
o C8
o T1
Todo nervo que sai da medula tanto cervical,

tanto torácica, quanto lombar e cauda equina
o Anterior: referência posterior. irá levar estímulos de motricidade
Osso hioide: C3. (mobilidade), reflexo e sensibilidade.
Cartilagem tireoidiana: C4 C5. Deve-se saber testar cada raiz para avaliar
Primeiro anel cricoide: C6. esses três eixos.
Tubérculo carotídeo: C6.
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Manobra de Spurling ou teste de Jackson:
Finalidade: avaliar compressão radicular.
Posição: sentado, mãos do examinador sobre
a cabeça.
Manobra: realizar uma lateralização sob
pressão.
Resultado: positivo se aumento dos sintomas
radiculares nas extremidades.

Foto 4. Spurling clássico.

Foto 5. Spurling modificado.


Há compressão de raiz com perda na
primeira comissura ou dor na região do
trajeto do nervo.
A sensibilidade é testada com um uso de um
objeto pontiagudo. Geralmente, a avaliação
bilateral irá auxiliar melhor na investigação.
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Teste da distração:
Finalidade: avaliar compressão radicular. Teste de Lhermitte
Posição: sentado, mãos do examinador no Finalidade: avaliar a irritação meníngea,
queixo e região posterior da cabeça. também presente na esclerose múltipla.
Manobra: distração da região cervical. Posição: sentado, mãos do examinador no
Resultado: positivo se alívio da dor presente topo da cabeça.
por compressão foraminal. Manobra: realiza flexão cervical encostando o
queixo no peito (flexão dos quadris sensibiliza
o exame).
Resultado: positivo se dor ou parestesia ou
dor irradiada.

Teste de Bakody:
Finalidade: avaliar compressão extradural
cervical alta, principalmente de C4, C5 e C6
(disco, compressão venosa ou radicular).
Posição: sentado.
Manobra: paciente abduzir o ombro e
colocar a mão na cabeça. Pedir para o
paciente ficar uns 30 segundos desse modo.
Resultado: positivo se diminuição dos
sintomas.

A caixa torácica dá uma estabilidade para a


coluna torácica, portanto, existem poucas
patologias relacionadas à coluna torácica.
A maior parte das patologias relacionadas a
coluna torácica estão relacionadas com os
desvios de eixo, como na escoliose,
hipercifose e outros.
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bem sutil. Em pacientes mais magros, é mais
evidente a assimetria.

Foto 6. A imagem está mostrando o Trígono


de Talhe.
Trígono de Talhe: triangulo que se dá entre o
tronco, o antebraço e o braço.
Quando se avalia o paciente na inspeção
estática de costas, esses dois triângulos
precisam ser simétricos, não podem ser
assimétricos.
Na escoliose, há assimetria dos ombros (um
é mais levantado que o outro), há assimetria
no trígono de Talhe e uma báscula na bacia. Teste de Adams: pedir para o paciente de
costas encostar as mãos nos pés. Quando se
tem uma escoliose aparece essa assimetria,
pois fica mais alto de um lado (giba torácica).

Foto 7. O triângulo da esquerda está maior do


que o da direita, o que caracteriza escoliose.
O paciente da foto apresenta uma assimetria
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Na avaliação de coluna o raio-x, você precisa


virar o raio-x, como se o paciente estivesse
costas para você, então o coração estará do
seu lado esquerdo (de quem olha)
No caso da avaliação de tórax, o coração
estará a direita porque é como se fosse de
frente.

Foto 9. Raio-x fisiológico de perfil em coluna


total.

Foto 8. Raio-x fisiológico em AP de coluna


total.
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o Inspeção: marcha, manchas, cicatrizes,
atitudes e desformidades.

Foto 10. Neurofibromas. A paciente apresenta


uma neurofibromatose.

Foto 12 e 13. Sardinhas e manchas maiores


que são manchas café com leite. Típico de
neurofibromatose.
Para fechar o diagnóstico o paciente deve
possuir ao menos 7 manchas café com leite.

Foto 11. Escoliose


Foto 14. Trígono de Talhe.
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o Manobras especiais:
Teste de Adams:
Finalidade: detectar escoliose.
Posição: em pé.
Manobra: paciente inclina para frente, fletindo
a coluna.
Resultado: positivo se presença de
gibosidade, podendo ser a direita ou a
esquerda.

Foto 15. Evidente assimetria do trígono de


talhe.
o Palpação:
o Mobilidade:
Flexão: 20-45 graus.
Extensão: 20-35 graus.
Rotação: 35-50 graus.
Inclinação lateral: 20-40 graus.
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Plumb line measurement: deve-se pegar uma


linha ou barbante com um peso na ponta.
Você posiciona no meio da região occipital e
deve cruzar entre as nádegas, bem no meio
da região sacral. É utilizado para avaliar o
desvio de eixo.
Caso tenha algum transtorno, penderá mais
para um lado ou mais para outro.

Teste do serratil anterior:


Finalidade: avaliar presença de escápula
alada. Lesão do nervo torácico longo.
Posição: em pé de frente para a parede e com
ambas as mãos apoiadas.
Manobra: paciente realiza uma flexão do
cotovelo apoiando-se na parede.
Resultado: se insuficiência do serratil anterior,
a escápula se inclina e se afasta do gradil –
costal.
Paciente despido
1. Inspeção: manchas, tumefações,
equimoses e cicatrizes.
2. Avaliação estática
3. Testes especiais
4. Exame neurológico
o Palpação:
Horizontalização da pelve: palpação e
observação de espinhas ilíacas ântero e
póstero-superiores (S2) ajudam a identificar a
horizontalização da pelve. Buscar o que
causou isso.
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Palpação de regiões ilíacas: importante
porque essas regiões estão na altura de L4 e
L5 (cauda equina).

Importante palpar processos espinhosos e


pontos de dor ou depressões.

Musculatura paravertebral: pontos e gatilhos


de dor.
Musculatura abdominal: muito importante
pois pode irradiar para coluna.
A palpação traz poucos achados
diagnósticos.


o Flexão: 40º a 60º
o Extensão: 20º a 35º
o Inclinação: 15º a 20º
o Rotação: 3º a 18º
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o Teste de Schober:
Finalidade: flexibilidade da coluna
Posição: em pé
Manobra: medir 15 cm na coluna lombar. Se
fletir, deve aumentar em torno de 6 cm.
Suspeita de doenças que causam fusão das
vértebras (espondilite).

o Linha de prumo: deve ser solta a partir de


C7 e deve cruzar a linha interglútea. Caso o Teste da elevação do membro:
não passe, o paciente tem grandes Finalidade: radiculopatia lombar baixa
chances de ter escoliose tóraco-lombar. Posição: decúbito dorsal
Manobra: elevação do membro com quadril e
joelho extendido, tensão do nervo ciático com
35º a 70º de extensão
Resultado: positivo se dor.

Significa irritação neurológica causada por


compressão do nervo ciático.
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o Teste de Braggard: sensibilização do teste


de elevação do membro (ciático fica mais
esticado do que no de elevação do
membro).
Manobra: eleva-se o membro até um pouco
antes do início da dor e faz a dorsiflexão do
tornozelo.
Resultado: aumento da dor.
o Manobra de Nachlas:
Finalidade: radiculopatia lombar alta (L2 e L3)
Posição: decúbito ventral
Manobra: flexão do joelho até calcanhar
alcançar o glúteo. Estiramento do nervo
femoral
Resultado: positivo se ferir dor em região
lombar

o Manobra de Lasegue:
Finalidade: radiculopatia lombar
Posição: decúbito dorsal
Manobra: extensão do joelho com quadril
fletido
Resultado: positivo se paciente refere dor à
extensão PROVA!!!!!!!!
Compressão de L2 ou L3 – realizar teste de
Lasegue e teste de Nachlas
(obrigatoriamente).
Extremamente importante fazer exame de
sacroilíaca. Sacroileítes são muito
subdiagnosticadas.

o Teste de Brudzinski:
Finalidade: avaliar irritação meníngea (trajeto
meníngeo)
Posição: decúbito dorsal
Manobra: flexão ativa da coluna cervical
Resultado: positivo se o paciente flete o
quadril e joelhos para aliviar a dor.
Positivo em casos de mielite e meningite.
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o Patrick (FABERE): F = flexão, AB =
abdução e RE= rotação externa

o Gaenslen: deixar uma das nádegas sem


apoio na mesa. O membro sem apoio é
solto em direção ao solo.
Positivo se dor na região sacroilíaca da perna
que estiver extendida.

o Teste de Hoover:
Finalidade: simulação
Posição: decúbito dorsal
Manobra: solicita a elevação dos membros
ativos com sustentação pelos calcanhares
Resultado: se paralisia, o paciente realiza
força para baixo com o membro sadio.
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o Teste de Burns:
Finalidade: simulação
Posição: paciente ajoelhado na cadeira
1. Sensibilidade
Manobra: solicitado apanhar objeto no chão
2. Força muscular
Resultado: é possível por meio da flexão dos
3. Reflexos
quadris mesmo se dor lombar

0: ausência de contração
I: presença de contração sem movimento
II: movimentos com a eliminação da força da
gravidade
III: movimento vence a força da gravidade
IV: movimento contra a força da gravidade e
alguma resistência
V: força normal.
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o Inversão + flexão dorsal do pé: músculo o Eversão + flexão plantar do pé: fibulares
tibial anterior curto e longo
o Heel walking: caminhar nos calcanhares o Toe walking: caminhar na ponta dos pés
o Reflexo patelar o Reflexo: aquileu
o Sensibilidade: medial no pé o Sensibilidade: lateral no pé

o Extensão de hálux: extensor longo do


hálux (músculo chave)
o Sensibilidade: dorso do pé

o Nível neurológico: segmento mais distal


no qual há função normal em ambos os
lados do corpo.
- Nível sensitivo: segmento mais distal com
sensibilidade normal
- Nível motor: segmento mais distal com
motricidade normal
- Nível esquelético: nível radiográfico da
lesão
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Pode haver discrepância entre nível

esquelético e funcional.
o Classificação de Frankel
Frankel A: lesão motora e sensitiva completa
Frankel B: alguma sensibilidade presente,
motricidade ausente
Frankel C: sensibilidade presente,
motricidade presente não funcional (força
grau < 3)
Frankel D: sensibilidade presente,
motricidade presente e útil (força grau >3)
Frankel E: força e sensibilidade normais.

o Classificação da ASIA
Índice motor: 10 músculos
Índice sensitivo: 28 dermátomos
Avaliação semanal da recuperação

T4: na altura dos mamilos


T7: apófise ou apêndice xifoide
T10: cicatriz umbilical
T12: virilha

o Final do choque medular: retorno do


reflexo bulbocavernoso

A presença desse reflexo significa que o


choque medular acabou. O paciente, além
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de lesionado, faz uma cadeia inflamatória o Teste de Finger Scape:
que provoca lesão medular e dura em torno Finalidade: sinal de mielopatia cervical
de 48h. Manobra: solicita-se ao paciente manter os
Após 48h, a lesão será definitiva. dedos na mão aduzidos
Avaliação no homem: apertar a glande Resultado: positivo se ele não conseguir
peniana e o no ânus sente-se a compressão manter o 5º dedo aduzido.
do esfíncter anal.
Na mulher: aperta o clitóris e ocorre
estenose do esfíncter anal.

o Reflexo cutâneo abdominal: T7 a T12.


Coloca-se um objeto na musculatura que
causa cintração na musculatura. Auxilia na o Reflexo cremastérico:
compreensão do nível de comprometimento Finalidade: lesão do neurônio motor superior
neural. e integridade do nível de T12 (eferente) e L1
Esse reflexo é abolido na síndrome piramidal. (aferente)
Posição: decúbito dorsal
Manobra: realizar um estímulo na face interna
da coxa
Resultado: normal se houver elevação
unilateral da bolsa escrotal

o Teste de Hoffman:
Finalidade: sinal de mielopatia cervical
Posição: sentado
Manobra: pinçamento da falange distal do 3º
quirodáctilo
Resultado: positivo se houver flexão da
falange distal do 1º quirodáctilo
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o Sinal de Babinski: o Sinal de Oppenheim:
Finalidade: sinal de mielopatia (trauma, Finalidade: mielopatia e lesão de neurônio
compressão e meningite) motor superior
Posição: decúbito dorsal Posição: sentado ou decúbito dorsal
Manobra: estímulo com objeto rombo na Manobra: realizar um estímulo na região
planta do pé anterior e distal da tíbia
Resultado: positivo se houver dorsiflexão Resultado: positivo se houver dorsiflexão do
(extensão) do hálux e abertura em leque dos halux
outros dedos
Significa lesão do neurônio motor superior.

HAIANA LOPES CAVALHEIRO

o Inspeção;
o Palpação de partes moles e ósseas;
o Movimentos passivos e ativos;
o Exame neurológico;
o Testes especiais.
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o Observar a coloração das duas mãos,


pilificação (se é igual nas duas) e as
pregas.

MÉDIA
PROXIMAL DISTAL

Foto 1. Diferenciação de zona de Verdant.


o Quanto mais utilizada a mão, mais Quando chega um paciente após um trauma
pronunciada é a prega. Trabalhadores ou outras situações é preciso ser descrita a
braçais possuem pregas mais profundas. lesão de acordo as zonas.
o Quanto menos uso da mão, menos A diferença dessas zonas está relacionada
marcadas são as pregas. São mais rasas com o que está presente ali, principalmente
e superficiais e muitas vezes não tem em relação aos tendões.
marcas. Crianças com trauma neurológico Zona I : tendão flexor profundo.
que não movimentam as mãos não Zona II: tendão flexor profundo superficial que
possuem marcas de pregas. passa dentro de um túnel.
o As pregas estão sempre na altura das Zona III: tendões com inserção muscular
articulações. (inserção da musculatura intrínseca).
Prega proximal: relacionada com o Zona IV: túnel do carpo.
movimento do polegar, oponência. Zona V: proximal ao túnel do carpo.
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Na região extensora ou no dorso da mão é
exatamente a mesma coisa. Existe a
diferenciação de acordo com as zonas de
Verdant, porém vai de 1 a 7.
A diferenciação nesse caso é de acordo com
as articulações.
Zona I: articulação inter-falangiana distal.
Zona II: no meio das articulações.
Zona III: articulação inter-falangiana proximal.
Zona IV: no meio.
Zona V.
Zona VI.
Zona VII.

Foto 2. Cada dedo tem dois nervos e duas


artérias.
Isso é muito importante para a avaliação de
ferimentos e tumorações.
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o Inspeção:
o Na inspeção, o paciente deve estar Atitude típica de quem tem lesão no tendão
sentado. extensor. ↓
o Membro superior todo exposto. No entanto, pode acontecer também em
o Cotovelos apoiados sobre a mesa ou pacientes com malformação e sequelas de
maca. trauma.
o Examinador a frente do paciente.
o Exame sempre comparativo
bilateralmente: analisa atrofia,
comparação de cor, sudorese.

o Pele: escoriações, abrasões, pelos, cor


(infecção) e pregas cutâneas.
o Unha: doenças sistêmicas, infecções
fúngicas ou bacteriana.
o Saliências e depressões: fraturas, atrofias
musculares.
o Atitude dos dedos: lesão tendinosa.
Atitude em flexão dos dedos quer dizer
que tem uma lesão de tendões, lesão de
flexor.
o Deformidades (trauma) ou má formação.
o Cicatrizes, retrações e calosidades.
o Aumento de volume: edema, sinovite e
tumorações. Imagem 8. Uma mão relaxada sempre irá
o Tumores: cistos sinoviais e encondroma. estar nessa posição. O segundo dedo estará
As pregas palmares são mais visíveis e mais esticado, o terceiro dedo mais dobrado,
profundas nas mãos dominantes. o quarto mais dobrado ainda e o quinto mais
A musculatura intrínseca também hipertrofia ainda.
na mão dominante (normalmente muito sutil, Imagem 9. Esse paciente apresenta lesão de
mas em pacientes neurológicos a diferença é tendão flexor, o terceiro dedo fica
bastante gritante). Lembrar que a dominância completamente estendido.
faz parte da anamnese ortopédica.
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Sindactilia: alteração congênita. É muito importante observar se o paciente
Imagem 9. Sindactilia simples na terceira possui as proeminências das cabeças dos
comissura. metacarpais quando a mão está fechada.
Imagem 10. Sindactilia parcial que envolve Uma sequela de fratura e alterações
todos os dedos e os dedos são mais curtos. congênitas podem demonstrar contornos
desiguais.
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ARTRITE REUMATOIDE (apenas com a


extensão já se faz o diagnóstico)

Muito comum em descendentes de


europeus. Contratura em flexão dos dedos.
Contratura de Dupuytren.
DESVIO DOS DEDOS
DEFORMIDADES
EM ZIG ZAG

GIGANTISMO DE DEDO (Síndrome


de Protheus)
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o Dedo em martelo: lesão do tendão
extensor à nível de inserção na falange
distal. Falange distal caída.

o Dedo em botoeira: flexão interfalangiana


proximal com hiperextensão
interfalangiana distal. Lesão do tendão
extensor.

Mão torta radial.


Alteração do polegar e punho desviado para
dentro.
Apenas com a inspeção já se consegue fazer
diagnóstico.
o Deformidade em pescoço de cisne:
hiperextensão da interfalangiana proximal
e flexão de interfalangiana distal.
Deformidade nas duas articulações dos
dedos.

Cisto sinovial: alteração benigna.


Líquido que sai de dentro da articulação e o Aumento de temperatura: processo
extravasa. inflamatório (artrite reumatoide,
Normalmente em região articular do punho, tenossinovite) ou infecções;
joelho, cotovelo e dedos. Lugar mais o Pele seca: anidrose por lesão nervosa;
comum: no dorso do punho. o Deformidade, crepitações e estalos,
Quando sai da interfalangiana distal (cisto edema;
mucinoso). o Tumorações: localização e consistência
No joelho (cisto de Baker). (mole fibrosa, dura e aderida), cistos
(conteúdo líquido).

Deformidades específicas:
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Localização de pontos dolorosos: correlação Mão:
anatômica com estrutura palpada.
o Estiloide, rádio, ECP, tabaqueira
anatômica (fundo; corpo do escafoide),
ELP, tubérculo de Lister, polo proximal
escafoide (flexão), articulação rádio-ulnar
distal, piramidal, fibrocartilagem
triangular, estiloide de ulna, pisiforme
(base hipotênar), FUC, FRC, tuberosidade
do escafoide (base tenar).

Tabaqueira anatômica é importante porque


no fundo dela se encontra o escafoide. O
escafoide não aparece em exames de
imagem. A tabaqueira serve de referência no
exame físico para localizar a dor do paciente
(se houver dor a palpação dessa região,
deve se desconfiar de fratura de escafoide).

Muitas pessoas que trabalham em


frigoríficos fazem tendinite de tendão
extensor.
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Palpação de partes moles: Palpação de partes ósseas: partes que
o Compartimentos extensores; auxiliam na hora de palpar.
o Flexores: FUC, palmar longo (ausente o Estiloide do rádio: inflamação do primeiro
15% das pessoas), FRC; compartimento extensor. Dor no estiloide
radial.
o Tubérculo de Lister: referência anatômica
em cirurgias de punho.
o Tabaqueira anatômica: corpo do
escafoide
o Estiloide de ulna

Palmar longo: não serve para nada.


Usado apenas como enxerto para lesões
tendíneas.
o Polias: pseudonódulo A1(dedo em gatilho
– doar a palpação da polia A1);
o Eminência tenar e hipotênar: atrofias;
o Aponeurose palmas: nódulos e
aderências (Dupuytren);
o Nódulos:
Bouchart (IFP): Artrite reumatoide
Heberden (IFD): Osteoartrose
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Palpação de partes ósseas:


o Escafoide e trapézio (tabaqueira
anatômica)
o Capitato (punho neutro)
o Semilunar (punho fletido)
o Complexo ulnocarpal
o Piramidal (medial do carpo)
o Pisiforme (base hipotênar)
o Hamato (eminência hipotênar)
o Metacarpos
o Falanges
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o Prono-supinação: 80-90º
Cotovelo fletido 90º junto ao corpo
Movimento combinado, tanto de punho
quanto de cotovelo
Sempre avalia com o cotovelo fletido para
evitar que o paciente use o ombro para
realizar o movimento.

o Flexão (palmar): 70-80º


Maior na articulação radiocárpica (60%)
o Extensão (dorsal): 60-70º
Maior na articulação mediocárpica

o Movimentos passivos: avalia a amplitude


de movimento da articulação em si (o
médico vai lá e realiza o movimento).
Utilizado em pacientes em UTI, por
exemplo, quando o paciente não
consegue colaborar com o exame físico.
o Depois avaliar movimentos ativos: avalia
força muscular e lesão neurológica.
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o Desvio ulnar (adução): 45º


Maior
Articulação radiocárpica: 30º
Articulação mediocárpica: 15º
o Desvio radial (abdução): 15º
Menor
Articulação radiocárpica: 8º
Articulação mediocárpica: 7º
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o Sensibilidade: pelas raízes.

o Exame neurológico
Avalia força muscular da mão, extensão e
flexão dos dedos, abdução e adução dos
dedos (interósseos), extensão, flexão e
abdução do polegar.
Sensibilidade e reflexos.
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o Inervação: específica
Nervo mediano: borda radial da FD 2QD
Nervo ulnar: borda ulnar da FD 5QD
Nervo radial: dorso da 1ª comissura
Avaliação: polpa digital dos dedos + face
volar.
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durante amamentação, gestação e
doenças de tireoide. Pode ser por esforço
mas normalmente é por alteração
hormonal.
Tratamento: anti-inflamatório, tala,
analgesia ou cirurgia (abrir o túnel).

o Teste de Finkelstein: tenossinovite de


o Teste de Muckart: também serve para
Quervain (abdutor longo do polegar (AbLP)
diagnosticar tenossinovite de Quervain.
e extensor curto do polegar (ECP).
Um exame mais simples.
Inflamação nesses tendões, esse túnel fica
Teste: segura o dedo do paciente e vira o
apertado para esses túneis e isso gera a
punho para desvio ulnar e o paciente referirá
dor, tanto a palpação quanto
dor nessa região.
movimentação.
É um teste mais rápido, fácil e não depende
Teste: pedir para o paciente apoiar os
tanto da colaboração do paciente.
cotovelos sobre a mesa, colocar o dedo
Teste passivo (você que faz no paciente).
no meio (na palma da mão) e fechar a mão
com o polegar dentro. Depois, pedir para
desviar o punho para a ulnar.
O paciente sentirá muita dor e um choque,
não conseguirá fazer por conta de tanta
dor.
Teste ativo (o paciente que realiza o
movimento).
Dor estiloide rádio.
De Quervain: normalmente em mulheres,
muito relacionado ao fator hormonal
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Se positivo, o paciente relata dor irradiada
para os dedos, formigamento ou
dormência na região do nervo mediano.

o Teste de Tinel: percussão de distal para


proximal. Muito usado emíndrome do
túnel do carpo, porém pode ser utilizado
em qualquer trajeto de nervo.
Teste: digito percussão do trajeto do
nervo.
Choque irradiado para distal
(compressão).

o Teste de Phalen e Phalen invertido:


síndrome do túnel do carpo. Tendões
comprimem o nervo mediano.
Flexão máxima: Phalen

Extensão máxima: Phalen invertido

Ambos os exames devem ser realizados


por 1 minuto
HAM V – LIAMARA CORREA
o Teste de Durkan: compressão do nervo
mediano e leve flexão do punho.
Paciente referirá parestesia irradiada no
trajeto do nervo mediano.
É mais rápido, não precisa ficar 1 minuto
como no Phalen.
Teste mais sensível e específico para
Síndrome do túnel do carpo.

o Teste de Cisalhamento (Reagan ou


Kleinman): instabilidade semilunar e o
o Teste de Watson: na prática não é tão piramidal.
usado pois é muito desconfortável. Não é Teste: segurar o semilunar e o piramidal e
um teste tão confiável, é bem fácil de movimentar um contra o outro.
ocorrer falso negativo. É sempre importante fazer o teste
Instabilidade entre o escafoide e o semilunar: bilateralmente, mesmo que o paciente não
positivo se estalido e dor. Subluxação dorsal tenha queixa do outro lado.
do escafoide seguida de estalido doloroso. Pacientes com frouxidão ligamentar terão
Teste: palpar o tubérculo do escafoide, isso mesmo sem lesão.
segurar o punho em desvio ulnar e fazer o Positivo se dor e crepitação ou frouxidão
desvio radial, segurando o tubérculo do excessiva.
escafoide.
O paciente referirá dor ou fará o barulho
parecido com um “clack”.
HAM V – LIAMARA CORREA
mão, quer dizer que aquela artéria dá conta.
Depois você repete o teste para avaliar a outra
artéria e observa se consegue ser realizada
uma boa perfusão da mão.
Muito importante em pacientes idosos, que
normalmente não tem comunicação entre
essas artérias, podendo evoluir com necrose
e isquemia da mão.

o Teste de Allen: teste vascular.


Potência das artérias radial e ulnar.
Positivo se não houver rápido enchimento
arterial.
Pessoas saudáveis possuem uma radial e
ulnar que dão conta sozinhas da
vascularização, assim, se ocorrer obstrução
de uma delas, não irá afetar de forma
significativa a vascularização.
É utilizado para avaliar pacientes em que
será realizada punção arterial, por exemplo
na UTI.
Teste: palpa o pulso radial e ulnar e comprime
os dois, pede para o paciente abrir e fechar a
mão várias vezes até que ela fique mais
branca, sem vascularização.
Depois você solta uma delas e deixa a outra
comprimida. Se houver perfusão de toda
HAM V – LIAMARA CORREA
o Teste para flexor superficial dos dedos: O nervo mediano inerva o flexor profundo do
testar cada dedo separado, pois muitas indicador e o flexor longo do polegar.
vezes com a avaliação do movimento Paciente que tem lesão de nervo mediano não
apenas das mãos, um dedo que pode consegue fazer o “O”. É um dos testes que
estar lesionado pode ser carregado por avalia lesão de nervo mediano.
um dedo que esteja bom. Flexor
superficial – se insere na falange média,
então irá fletir a interfalangiana proximal.
Teste: segurar os outros dedos e pedir
para o paciente fazer a flexão da
interfalangiana proximal.

o Síndrome do túnel cubital: compressão do


nervo ulnar que está atrás do epicôndilo
medial.
Teste de Tinel do túnel cubital: compressão do
trajeto do nervo ulnar.

o Teste para flexor profundo dos dedos:


testar cada dedo separado. Flexor
profundo se insere na falange distal –
realiza flexão da interfalangiana distal.

o Sinal de Benediction ou Kiloh-Nevin:


HAM V – LIAMARA CORREA
o Teste da flexão do cotovelo: deixar o
cotovelo fletido por algum tempo fará com
que comece a amortecer o quarto e o
quinto dedo que são inervados pelo nervo
ulnar. Pode ocorrer mesmo com pessoas
sem síndrome do túnel cubital por ficar
muito tempo comprimindo o nervo.

NERI MACHADO

Manguito rotador: complexo muscular que Característica da dor: aguda, crônica,


funciona como um estabilizador dinâmico da noturna e piora com os movimentos (que
cabeça umeral na glenoide, ou seja, mantem tipo de movimento e se ela piora ou não).
a cabeça contra a glenoide.
A compressão evita o cisalhamento do
deltoide.
Analisar a postura, cicatrizes, edema e
Função dos tendões:
equimose (trauma recente).
Supraespinhal: elevação do membro
Infraespinhal e redondo menor: rotação
externa
Subescapular: rotação interna.
HAM V – LIAMARA CORREA
o Atrofia de deltoide: nervo axilar que causa
isso. Normalmente pós-traumática.
o Sinal da Tecla (LAC): luxação acrômio
clavicular. Há deslocação do osso.
Elevação da clavícula.

o Sinal da dragona militar: luxação gleno- No ponto que sai o nervo axilar se houver
umeral. uma ruptura a lesão poderá gerar a atrofia
Falha de volume do deltoide comparativa desse nervo.
ao contra-lateral.
o Atrofia de infraespinhal: nervo supra-
escapular inerva o músculo supraespinhal
e o músculo infraespinhal. Quando
comprimido a nível do ligamento
transverso da escápula, o nervo pode
causar a atrofia desses dois músculos
(supra e infra). Se ele tiver comprimido
após o ligamento transverso da escápula,
no espaço supra-glenoidal, ele faz uma
atrofia seletiva somente do infraespinhal.

o Sinal do Popey: ruptura do cabo longo do


bíceps. Tendão rompe e encurta a porção
longa do bíceps.

Seta inferior: ausência de músculo


infraespinhal.
Seta superior: músculo supraespinhal
presente.
HAM V – LIAMARA CORREA

o Lesão do nervo torácico longo: escápula


alada.
Abdução: plano coronal: complexo
O nervo pode ser comprimido por várias
0 a 90º
patologias intrínsecas, inclusive tumorais.
Durante o exame, você pede para o
paciente fazer uma flexão contra a
parede.
Escápula se apresenta saliente porque
existe uma insuficiência dos músculos
romboides que mantem a escápula na
posição.

Adução: movimento em direção a linha


média do corpo
0 a 75º
Trazer o braço para dentro da linha média
HAM V – LIAMARA CORREA
Elevação: no plano da escápula e vai de 0 a
180º

Essa escala avalia todos os músculos, não


apenas os do ombro.
o 5 – movimento normal
o 4 – vence a gravidade: resistência
o 3 – vence a gravidade: sem resistência
o 2 – não vence a gravidade
o 1 – contração muscular
o 0 – ausência de contração muscular

Síndrome do impacto: é quando existe uma


Flexão: no plano sagital. 0 a 180º compressão do úmero contra o acrômio,
Elevação anterior gerando uma lesão ou trauma no músculo
manguito rotador e nas bursas que existem
naquela região. Engloba o teste de Yokum,
Hawkins e Neer.
o Teste de Neer: membro superior em
extensão e rotação neutra. É elevado no
plano da escápula e gera dor se impacto.
Positivo se dor.

Rotações
Interna: mão nas costas T7
Externa: 0-90º
HAM V – LIAMARA CORREA
o Teste de Hawkins Kennedy: membro o Teste do infraespinhal: membro superior
superior em 90º de elevação e cotovelo ao lado do tórax com cotovelo a 90º.
em 90º. É passivamente rodado para Paciente faz rotação externa sem mover
dentro. Positivo se dor. o cotovelo contra resistência.
Se dor: tendinite ou lesão de tendão.

o Teste de Yokum: paciente coloca a mão o Teste do supraespinhal: elevação ativa do


sobre o ombro oposto e eleva o cotovelo. membro superior em extensão e rotação
Positivo se dor. neutra contra resistência.
É uma dor por compressão mais anterior, do
tubérculo maior sob ligação coracoacromial
e sob articulação coracoclavicular.
Apresenta dor por inflamações ósseas
chamadas osteófitos.
HAM V – LIAMARA CORREA

o Teste de Jobe: ombro em rotação interna, o Teste de Patte: membro superior em


abdução de 45º, cotovelos extendidos. É abdução de 90º. Cotovelo a 90º. O
realizada uma elevação contra paciente deve forçar a rotação externa
resistência. Testa-se bilateralmente e em contra resistência. Avalia o
simetricamente. Avalia-se a força de cada infraespinhal.
supraespinhal. Se tiver menos força em
determinado braço, você detona lesão do
supraespinhal.

o Teste de Gerber: dorso da mão a nível de


L5 e afasta ativamente a mão das costas
rodando internamente o ombro.
Positivo se incapaz de afastar a mão.
Sugere lesão do subescapular.

o Teste de speed ou palm up: flexão ativa


do membro superior em extensão e
rotação externa contra resistência.
Positivo se tiver dor na cabeça longa do
bíceps.
Palma para cima.
HAM V – LIAMARA CORREA
o Belly press test: teste de compressão 1 cm medial a inserção do supraespinhal.
abdominal. Pede para o paciente segurar Déficit circulatório no local gera
o braço do examinador e o examinador probabilidade de lesão.
força o cotovelo do paciente para frente. 2. Causas extrínsecas ou traumáticas:
Rotação externa sob resistência. - Impacto subacromial: associado ao
Dor desloca o cotovelo para trás. acrômico tipo II pela classificação de
Positivo sugere ruptura do subescapular. Bigliani. Geralmente o trauma se dá nesse
tipo de acrômio.

o Teste de Yergason: pronação forçada do


antebraço. Palpa o cabo longo bíceps.
Movimento de tapar uma panela.
Teste positivo se durante a pronação o
paciente sente dor na região do cabo longo
do bíceps.
Sugere tendinite do bíceps.

Lesão do manguito rotador:


o Fisiopatologia: Por esse túnel passam os tendões do
1. Causas intrínsecas: manguito rotador (supra e infraespinhal).
- Teoria degenerativas: entesopatias e
desgaste.
- Teoria vascular: zona crítica (menor
vascularização) de Codman
HAM V – LIAMARA CORREA
o Classificação das lesões de manguito
rotador:
1. Espessura: parciais ou completas
2. Tamanho: pequena, média, grande ou
maciça
3. Cronologia: aguda, crônica, crônica
agudizada
4. Localização: bursal, intra-articular e
intratendinosa
5. Etiologia: traumática, microtraumática ou
degenerativa.
o Características da dor de lesão do
manguito: dor noturna, região ântero-
lateral do ombro e face lateral do braço,
incapacidade de deitar-se sobre o braço.
o Exame físico: mensurar as amplitudes de
Quando o paciente tem um túnel reduzido, o movimento, excluir diagnósticos
paciente faz a manobra de abdução (teste de diferenciais.
Neer) – elevação lateral –, observa-se que há Impacto: Yokum, Hawkins, Neer
uma compressão da bursa e do manguito Grupos musculares: Jobe, Patte, Gerber,
rotador, logo abaixo da Bursa, gerando dor. Yergason
Teste de Neer: lesão do MR
Outro tipo de lesão do m. rotador: (incapacidade mecânica) e bursite
o Fisiopatologia: impacto interno: porção (incapacidade álgica)
articular do tendão da glenoide póstero- Dificuldade de realizar movimento: lesão do
superior. músculo.
Impacto do arremessador – quando jogam o Dor ao fazer o movimento, mas consegue
realiza-lo: processo inflamatório da bursa
ombro pra trás –.
(bursite) ou processo inflamatório do
Comum em atletas de baseball. tendão (tendinite).

o Diagnóstico por imagem:


1. Ressonância magnética: é padrão ouro.

AUSÊNCIA DA
INSERÇÃO DO
TENDÃO NESSA
REGIÃO
HAM V – LIAMARA CORREA
Imagem: hiperssinal em T2, com o Fatores de cicatrização: paciente fumante
degeneração da gordura. não cicatriza ou cicatriza com muita
Lesão do manguito logo abaixo do acrômio. dificuldade (contraindicação para reparo
2. Raio-x: para lesão tendinosa observa de tendão).
processo de desgaste.

o Luxação: é o deslocamento anormal das


superfícies de contanto da articulação.
Mais comum no membro superior.
Normalmente traumática.
Relacionada a esportes de contato.

Imagem 1. Mostra a compressão sobre a


cabeça do úmero ao abduzir o ombro.
Imagem 2. Ascensão da cabeça umeral.
Úmero ascendido e não tem espaço para o
manguito rotador. Ombro muito degenerado
com indicação de artroplastia.
3. Ultrassonografia;
4. Artroressonância.
Etiopatogenia: não há uma lesão essencial
o História natural de lesão de manguito
ou fator único que causa a instabilidade do
rotador: não cicatriza espontaneamente e
ombro.
progressiva retração e lipossubstituição
Multifatorial.
(por desuso, é retraído e sendo
A ação dos fatores estáticos e dinâmicos na
substituido por gordura).
estabilização do ombro depende da posição
do braço e da direção da força aplica a este.
HAM V – LIAMARA CORREA
Exame físico: dor, limitação da amplitude de
movimento, sinal da dragona e avaliar nervo
axilar.
o Luxação gleno umeral:

A cabeça do úmero está fora da glenoide.

Epicondilite: inflamação a nível lateral do


cotovelo nos tendões extensores.
Existe a epicondilite medial e a epicondilite
lateral.
o Exame físico: observar assimetrias.

Classificação das luxações:


1. Gravidade: subluxação e luxação
2. Duração: aguda e crônica
3. Ocorrência: isolada ou recorrente
4. Mecanismo: traumática ou atraumática
5. Duração: anterior, posterior ou
multidirecional.

o Luxação da clavícula:

Homens: 5 graus.
Mulheres: 10 a 15 graus. Pois mulheres tem
a pelve um pouco mais larga por conta da
gestação.
o Sequelas de fratura: o cotovelo pode ser
Sinal da tecla.
varo ou valgo.
HAM V – LIAMARA CORREA
Na imagem vemos um cotovelo varo devido o Bursite de olecrano: observado
a fratura na região medial do cúbito do normalmente em pacientes que sofrem
cotovelo. Existe um crescimento anormal da trauma na região.
parte lateral com relação a parte medial. Bursite na região posterior do cotovelo.

o Amplitude e movimentos do cotovelo:


flexão 135º, extensão 0º, pronação e
supinação 0 a 90º.
HAM V – LIAMARA CORREA
lateral. Testa de um lado e depois testa do
outro.

Imagem 1. Flexão 135-150º.


Imagem 2. Pronação e supinação: 0 a 90º.

o Epicondilite:

o Teste de Cozen: epicondilite lateral. Pede


para o paciente fazer uma extensão da
mão e você palpa a origem dos tendões
extensores a nível de epicôndilo lateral. Se
Dor na região medial do cotovelo ao flexionar: dor, positivo para epicondilite lateral.
epicondilite medial ou cotovelo de golfista.
Dor na região lateral do cotovelo ao flexionar:
epicondilite lateral ou cotovelo de tenista.
o Palpação óssea: epicôndilo medial,
olecrano, borda ulnar, epicôndilo lateral,
cabeça do rádio e linhas supracondilianas.
o Palpação de partes moles: nervo ulnar,
músculos flexores do punho, ligamento
colateral medial, Bursa do olecrano,
músculo tríceps, músculos extensores do
punho, ligamento colateral lateral e Pode ser feito também com extensão do dedo
ligamento anular. médio. Também gera dor.
Testes específicos: o Teste de Mill: contraresistência a extensão
o Testes ligamentares: testa o ligamento do punho, palpa o epicôndilo lateral.
colateral medial e ligamento colateral Positivo para epicondilite lateral.
HAM V – LIAMARA CORREA
Se virar a mão ao contrário, palpa epicôndilo
medial. Se dor, epicondilite medial.
o Paciente desnudo ou com shorts curto
o Observar a marcha
o Desvios posturais (lordose, obliquidade
pélvica)
o Contraturas
o Cicatrizes
o Manchas
o Hipotrofia

o Face anterior:
Espinha ilíaca ântero-superior
(mensuração dos MMII)
No exame de cotovelo também pode ser Tubérculo ilíaco
palpado o nervo ulnar/cubital. Ligamento inguinal
Tubérculos púbicos
Trígono femoral (NAV): nervo, artéria e veia
femoral. Quando você palpa o pulso, você
sabe que mais para lado medial e mais
para lado lateral está o nervo.
o Face lateral:
Trocanter maior (músculo glúteo médio)
Crista ilíaca

EDIR SOCCOL

o O exame físico do quadril começa quando


o paciente é chamado e você vê como ele
está (se está de muleta, se está de cadeira
de rodas...);
o Muitas patologias de quadril e de coluna
podem se confundir porque são regiões
próximas.
HAM V – LIAMARA CORREA

o Rotação externa: 0-50º

Muito importante examinar bilateralmente


para comparar.
O goniômetro é uma régua utilizada para
verificar a angulação.
o Flexão: 0-120º

o Abdução: 0-50º

o Extensão: 0-30º

o Adução: 0-30º
o Rotação interna: 0-40º
HAM V – LIAMARA CORREA
Se a perna cair, não tem contratura.

o Adução + flexão do quadril. o Teste de Thomas: contratura em flexão do


quadril normalmente por encurtamento do
músculo iliopsoas
Pedir para o paciente abraçar a perna e
Testes de contratura muscular:
encostar a coxa na barriga. O normal é a outra
o Teste de Ely: contratura do músculo reto
perna ficar esticada.
femoral (região anterior da coxa)
Quando o paciente faz essa manobra e o
Você posiciona o paciente em decúbito
outro quadril flete, teste positivo.
ventral e flexiona o joelho do paciente.
Se positivo, quando flexionar o joelho, o
paciente era elevar o glúteo e a pelve

o Teste de Ober: contratura do trato


iliotibial (região lateral da coxa)
Posiciona o paciente em decúbito lateral
com os quadris e joelhos fletidos e você faz
uma abdução.
Pedir para o paciente relaxar a musculatura e
soltar bruscamente a perna.
Se a perna ficar aberta, sinal positivo.
HAM V – LIAMARA CORREA
Testes para sacroileíte: inflamação da Teste para impacto do quadril
articulação do sacro com o íleo (osso ilíaco) o Teste de FADURI: impacto do quadril
o Teste de Gaenslen: extensão de um FADURI – sigla (flexão, adução e rotação
quadril e flexão de outro quadril. Ao interna do quadril).
mesmo tempo que você empurra para Positivo se o paciente sentir dor na região
baixo uma perna, a outra você flexiona. anterior do quadril e NÃO NO GLÚTEO.
É positivo quando o paciente tiver dor na
região sacro-ilíaca.

Teste para insuficiência do glúteo médio:


o Teste ou sinal de Trendelemburg:
o Teste de Patrick (FABERE):
insuficiência do glúteo médio.
FABERE: sigla (flexão, abdução e rotação
O nervo glúteo superior está relacionado com
externa do quadril). Forma um 4.
essa patologia (lesão iatrogênica).
Ao mesmo tempo que realiza esses
Sinal: com o paciente parado.
movimentos, você pressiona o ilíaco de um
Marcha: quando você chama o paciente e ele
lado e o joelho do outro.
tem uma marcha com insuficiência.
Positivo se apresentar dor na região sacro-
O teste é realizado com o paciente de costas
ilíaca.
para o examinador e traça uma linha
O lado que o joelho está dobrado é o lado que
imaginária na região posterior da bacia do
está sendo testado.
paciente.
Quando fletir o joelho, pede para o paciente
tirar o pé do chão.
Se pedir para o paciente levantar a perna
contralateral e o paciente apresentar uma
báscula da bacia, significa que o músculo
está insuficiente para manter o alinhamento.
Quando levanta a perna esquerda, está
avaliando o músculo à direita e vice-versa.
HAM V – LIAMARA CORREA
Dismetria de MMII: pode ser aparente e real.
É medida pela distância entre dois pontos
com a fita métrica.
Aparente: não ocorre em quatro pontos fixos.
Do umbigo até o maléolo medial e umbigo até
maléolo medial contralateral. Se a pelve não
estiver nivelada, essa distância vai dar errada.
O umbigo nem sempre estará no mesmo
lugar, pois o paciente já pode ter passado por
alguma cirurgia ou ter cicatriz. Desse modo, a
medida não será tão fidedigna.
Real: da espinha ilíaca ântero-superior ao
maléolo medial e maléolo medial
contralateral.

o Teste para Sd piriforme: muito comum


uma dor glútea profunda (vazio do
bumbum, entre o ísquio e o grande
trocanter – espaço do ciático).
Para realizar o exame você mantém o dedo
nesse “vazio”, mantém o outro pé do paciente
apoiado e pede para o paciente elevar essa
perna. O examinador faz uma contra-
resistência na perna.
Positivo se a dor onde está o dedo do
examinador no bumbum piorar.
FABIO CAVALI

Joelho: articulação com um nível de


mobilidade considerável
o Lesões frequentes em pacientes jovens e
que praticam atividade física
o Lesões frequentes em pacientes idosos
são mais degenerativas
o Sexo feminino: mais chances de romper o
ligamento cruzado anterior
o Sexo masculino: possui mais lesões em
relação a mulheres pois fazem mais
atividade física.
o Trabalhadores braçais tem lesões mais
por impacto no joelho, são lesões mais
degenerativas
HAM V – LIAMARA CORREA
o Machucou e demorou para ter inchaço:
líquido inflamatório ou seroso. Lesão
o Início da dor
menos grave.
o Duração da dor
o Fatores desencadeantes: dor quando
sobe escada (lesão de menisco), lesão
quando fica sentado (alteração fêmoro- o Paciente não conseguia mais dobrar
patelar ou condropatia patelar) (lesão de menisco, fratura, pedaço da
o Localização da dor cartilagem que interpôs no fêmur e faz
Anterior sentir dor)
Posterior
Lateral
Medial
o No membro inferior se traça uma linha na
mediana, se o segmento distal está se
afastando da linha média, indo para a
o Crianças: anomalias congênitas, artrites, lateral, é um desvio em valgo. VALGO
osteocondrites e tumores NÃO CAVALGA PORQUE O JOELHO É
o Adolescentes e adultos: lesões meniscais, FECHADO.
lesões ligamentares, instabilidades LATERAL L: Valgo.
fêmoro-patelares e artrite reumatoide Força mais o ligamento lateral.
o Idosos: artrose e osteonecrose o Se o segmento distal estiver se
aproximando da linha média ou indo para
medial, é um desvio em varo.
Força mais o ligamento medial.

o Trauma direto: batida direta no local da


lesão
o Trauma indireto: cair sozinho, geralmente.
Traumas torcionais (lesão ligamentar e
lesão de menisco)

o Se ouviu algum estalido


o Em muitas lesões de ligamento cruzado
posterior o paciente estrala o joelho

o Machucou e teve inchaço no momento:


derrame articular (hemartrose – fraturas,
lesão de ligamentos (lesão de menisco).
Lesão mais grave.
HAM V – LIAMARA CORREA
o Inchaço na parte lateral do joelho: lesão do
ligamento colateral lateral
o Inchaço na parte medial do joelho: lesão
do ligamento colateral medial
o Joelho tem algum bloqueio ou
instabilidade: lesão do ligamento cruzado
anterior ou luxação de patela
o Trauma com o joelho fletido ou dobrado,
trauma direto: lesão do ligamento cruzado
posterior

o Fazer uma rotina do exame


o Exposição adequada
o Bilateral
o Comparar os joelhos

Inspeção estática:
o Deformidades de membro
o Cicatrizes
Joelho para fora força mais para dentro o o Edema
ligamento (mediais). o Feridas na pele
Joelho para dentro força mais para fora o
ligamento (laterais).

o Fatores de agravo
o Tratamento prévio
o História pregressa

Inspeção dinâmica: começa na entrada,


o Trauma indireto e estalido (barulho) no quando você vê o paciente caminhando.
joelho: lesão do ligamento cruzado o Alterações de marcha
anterior o Instabilidade
o Trauma direto e teve estalido: lesão do o Falseios
ligamento colateral medial, colateral
lateral, fratura, lesão de menisco
o Lesões mais comuns do ligamento
o Palpação de inserções ósseas e
cruzado anterior são traumas indiretos e
ligamentares
torcionais. Edema no joelho depois do
Parte anterior: patela, o tendão do
trauma. Lesão grave
quadríceps, tendão patelar.
HAM V – LIAMARA CORREA
Observar se tem edema no recesso lateral do
joelho, tanto em cima quanto embaixo nas
facetas.
Região mais relacionada a patela do paciente.
Palpar na inserção do tendão patelar e o
paciente relata dor – tendinite patelar ou
tendinite do saltador.
Palpar a tuberosidade anterior da tíbia onde
se insere o tendão patelar, se dor – em
crianças pode ser osteocondrite. Parte lateral: cabeça da fíbula, cabeça da
fíbula até epicôndilo lateral - ligamento
colateral lateral –, menisco (linha laranjada).

Parte medial: palpar a linha articular


(vermelho), côndilo femoral medial,
tuberosidade medial ou côndilo medial da
tíbia.

Palpação das facetas: palpação da faceta


Dor na parte medial (inserção do ligamento lateral e medial da patela. Se dor, pensar em
colateral medial); condropatia patelar.
Pata de ganso (tendões da pata de ganso –
sartório, grácil e semitendíneo): bursite da
pata de ganso.
Ligamento colateral medial, linha articular e a
pata de ganso.
Bursite da pata de ganso.
HAM V – LIAMARA CORREA
Palpação de menisco: menisco lateral e
medial.

Derrame articular: joelho inchado após trauma


e lesão. Sinal da tecla: você aperta a patela de
cima para baixo e ela afundará como se fosse
a tecla de piano.

Palpação da plica sinovial (dobramento da


cápsula articular): se dor na parte medial,
diagnosticar com espessamento da cápsula
articular, como se fosse uma dobradura
dentro da cápsula, isso causa atrito e dor.

Arco de movimento do joelho é um pouco


mais restrito.
Movimentos do joelho: flexo-extensão e
rotação.
o Arco de movimento normal: -5º a 140º
o Movimento de rotação interna e externa
da perna: 10 a 15º
HAM V – LIAMARA CORREA

Articulação fêmoro-patelar: articulação entre a


patela e o fêmur.

o Ângulo Q: vê se a patela está no seu lugar


habitual e seu alinhamento. Deve-se traçar
uma linha desde a espinha ilíaca ântero-
superior até o centro da patela.
Depois traçar uma linha da tuberosidade
o Patologias: instabilidade, condromalácia e
anterior da tíbia até o centro da patela.
artrose.
Normal: até 15-16º. A partir de 16º já tem uma
alteração do ângulo Q – desalinhamento
fêmoro-patelar.
A partir de 20º já se trata cirurgicamente
através do realinhamento.

Imagem 1. Condromalácia patelar grau 2


Imagem 2. Condromalácia patelar grau 3
Imagem 3. Condromalácia patelar grau 5 com
exposição do osso subcondral
Imagem 4. Luxação de patela (alteração
fêmoro-patelar)
História: dor (sinal do cinema), derrame
articular, falseios e quedas, subluxação e
luxação.
HAM V – LIAMARA CORREA
o Sinal da Baioneta ou Joelho em baioneta: o Sinal da apreensão: instabilidade fêmoro-
alteração do ângulo Q. A tuberosidade patelar. Quando o paciente tem uma
anterior da tíbia (TAT) está mais instabilidade fêmoro-patelar.
lateralizada. A patela sempre irá luxar para lateral. Então,
se você fizer uma pressão de medial para
lateral o paciente ficará apreensivo durante o
exame por ter medo de que luxe.

o Sinal do “J”: é o mesmo que o sinal da


baioneta, o mesmo que a lateralização da
patela e alteração do ângulo Q.
Sinal do J invertido. Tuberosidade anterior da Menisco: existe um menisco para cada lado
tíbia é mais lateralizada, alterando o curso do joelho (um menisco medial e um menisco
normal da patela. lateral). Pode ser lesionado através de trauma
direto ou torcional.

o Sinal de Zohlen: teste provocativo e História: piora ao agachar e subir escadas,


irritativo que tenta desencadear dor. falseios, hipotrofia quadríceps (lesão mais
Fricção e compressão da patela contra o antiga, lesão crônica), encarceramento
fêmur. Se dor, quer dizer que tem lesão da meniscal (bloqueio articular.
cartilagem da patela.
HAM V – LIAMARA CORREA
o Marcha de pato ou de ganso: pedir para o
paciente caminhar agachado. Se dor,
lesão do menisco. Principalmente de
corno posterior do menisco.

o Teste de Apley: paciente fica em decúbito


Hipotrofia do músculo do quadríceps ventral (de barriga para baixo), vai dobrar
(sugestivo de lesão crônica do menisco) o joelho 90º e você fará uma compressão
axial (apertar o joelho para baixo) e rodar
Encarceramento meniscal: é um bloqueio interna e externamente.
articular. Paciente não consegue esticar e Roda o pé externamente: avalia menisco
nem dobrar o joelho. medial.
Isso é uma emergência ortopédica. Roda o pé internamente: avalia menisco
Tratamento: lateral.
o Manobra de redução:
O paciente em decúbito dorsal  quadril em
90º + flexão máxima que o paciente conseguir
do joelho  estress valgo (abrir o
compartimento medial) ou varo (abrir o
compartimento lateral) – conforme o menisco
lesionado –  rodar interno, estender e rodar
externo (mm)  paciente gritará e terá um
estalido no joelho  redução de danos.
HAM V – LIAMARA CORREA
o McMurray: teste com mais especifidade o Estresse ou força em varo: avalia lesão de
para lesão de menisco. ligamento colateral lateral (fica do lado de
Paciente fica em decúbito dorsal, você dobra fora da perna).
o quadril em 40º graus e flete o joelho em 60º. Colocar uma mão na parte de dentro do
Uma mão fica na interlinha articulação e com joelho e outra mão no lado de fora do
a outra mão você realiza a rotação do pé. tornozelo e fazer uma força tentando
Realiza movimentos de extensão e flexão do aproximar o segmento distal da linha média,
joelho rodando o pé dele. indo para medial.
Se dor, lesão do menisco medial. 3 graus de lesão: contusão, lesão parcial e
lesão total. Vai depender do quanto abrir esse
espaço.

Lesões ligamentares:
4 ligamentos principais do joelho: ligamento
cruzado anterior, ligamento cruzado
posterior, ligamento colateral medial e
ligamento colateral lateral.
o Estresse ou força em valgo: avalia lesão de
ligamento colateral medial.
Mão no joelho do lado de fora, outra mão
no lado de dentro do tornozelo e você irá
puxar a perna para tentar abrir a parte do
compartimento medial. Se dor, positivo.
HAM V – LIAMARA CORREA
o Lachamann: avalia lesão de ligamento o Gaveta posterior: avalia lesão de ligamento
cruzado anterior. Muito sensível e cruzado posterior.
específico. Mesmo princípio do teste de gaveta anterior,
porém, faz uma força para trás (posterior). Se
houver deslocamento para tíbia em direção
posterior, positivo.

o Teste da gaveta anterior: lesão do


ligamento cruzado anterior. Quadril em
60º, joelho em 60º. Você deve sentar no pé
do paciente para apoiar com as duas
mãos na fossa poplítea e puxa o joelho
para frente. Se deslocar para frente,
positivo.
RONAN BERTINATTO

Planos:
o Coronal ou frontal – anterior e posterior
o Sagital – medial e lateral
o Transversal – superior e inferior
Planta: dorso do pé.
Dorso: em cima do pé.

o Teste de Jerk e Pivot-Shift: avalia lesão de


ligamento cruzado anterior.
Existe também o Pivot-Shift reverso que
avalia lesão de ligamento cruzado posterior.
HAM V – LIAMARA CORREA
- Palpação da cabeça navicular ou cabeça
do talus em casos extremos
o Amplitude de movimento do tornozelo
com joelho fletido e estendido.

Movimento da articulação tíbio-társica:


aproximadamente 45º.
Dorsoflexão plantar: 25º.

o Articulação tarsometatársica (Lisfranc)


o Articulação subtalar (talocalcânea) - Amplitude de movimento com flexão plantar
- Movimentos no sentido de inversão e e dorsal
eversão - 15º de supinação e 25º de pronação do
- 20º inversão e 10º eversão antepé em relação ao médiopé
- Se bloqueio de amplitude de movimento ou - Estabilidade funcional em terrenos
dor na região anterior e lateral a ponta do irregulares
maléolo lateral pensar em patologias do
subtalar

Supinação: flexão do tornozelo + inversão


subtalar + adução mediotársica e supinação
da tarsometatársica
Pronação: extensão do tornozelo + eversão
subtalar + abdução mediotársica e pronação
da tarsometatársica
o Articulação talonovicular e
calcaneocuboide (Chopart)
- Movimentos de adução e abdução
HAM V – LIAMARA CORREA
E: adução
F: abdução
G: supinação
H: pronação
I: rotação interna
J: rotação externa

o Queixas principais são: deformidades,


alterações no suporte de carga e dor
A) Supinação
o Deformidades congênitas ou adquiridas
B) Pronação
o Identificação: sexo, idade, ocupação e
atividades
o Articulações metatarsofalángicas o Calçados utilizados
- 80º flexão dorsal e 30º flexão plantar o Caracterizar queixas de forma completa:
- Palpação da cabeça dos metatarsos há quanto tempo começou a dor
o Identificar problema
o Fatores de melhora e piora

o Pé desnudo: ectoscopia
o Pele: calosidades, espessamentos
fasciais, verrugas, ulcerações, alterações
de pigmentos, umidade, coloração,
pregas cutâneas, calos simples, lesões e
verrugas plantares.

A: dorsoflexão
B: flexão plantar
C: inversão
D: eversão
HAM V – LIAMARA CORREA
L4: n. safeno (região medial do tornozelo e do
pé)
L5: n. fibular superficial (região do dorso do
pé, região plantar)
S1: n. sural (região do maléolo lateral, região
plantar)
S2: n. fibular profundo

Calosidades: áreas de alta fricção


o Perfusão: varicosidades, telangectasias,
alterações vasculares
Podem ser palpadas:
- Artéria pediosa: lateralmente a proeminência
dorsal da base da 1 MTT-cuneiforme
- Artéria tibial posterior: imediatamente atrás
do maléolo medial (túnel do tarso)
- Enchimento capilar e fâneros

o Anexos e fâneros: unhas e pelos

o Sensibilidade: L4-L5-S1-S1
HAM V – LIAMARA CORREA

TÚNEL
DO
TARSO

N. SAFENO

N. PLANTAR
MEDIAL
N. FIBULAR
N. SAFENO
SUPERFICIAL

N. PLANTAR
LATERAL

N. FIBULAR
SUPERFICIAL
N. FIBULAR
PROFUNDO
N. SURAL

N. SURAL
N. CALCÂNEO
LATERAL

N. PLANTAR
MEDIAL
HAM V – LIAMARA CORREA

A) Dedo em martelo: hiperextensão da MFT


e da IFD com flexão da IFP.
Causado por doenças neurovasculares
(diabetes), artrite reumatoide.

B) Dedo em garra: hiperflexão das IIFF com


ou sem hiperextensão das MTF

C) Dedo em taco de golfe: hiperflexão da IFD

Fórmulas digitais mais comuns:


A) Pé egípcio: 1> 2 > 3 > 4 > 5

~
B) Pé grego: 1 < 2 > 3 > 4 > 5. Segundo
dedo maior que o primeiro.
HAM V – LIAMARA CORREA

C) Pé quadrado: 1 = 2 > 3 > 4 > 5

o Procurar anormalidades
o Arco plantar medial deve ter no mínimo
14mm no adulto
o Pé normal: retropé imprime uma imagem
oval cujo maior eixo atinge o segundo
interdigito
- Desvio medial eixo: valgismo retropé ou
abdução antepé
- Desvio lateral eixo: verismo retropé ou
adução do antepé
HAM V – LIAMARA CORREA

Extrínseca: se origina na perna


HAM V – LIAMARA CORREA
tibial, nervo tibial posterior e flexor longo do
hálux.

o Sinal dos muitos dedos (too many toes):


indica deformidade em abdução do
antepé
Associação com pé plano adquirido –
insuficiência TP
Normal é ver apenas o 5º artelho
O paciente pode ter um pé plano ou retropé
valgo (calcanhar para fora).

Túnel do tarso: tendão do músculo tibial


posterior, flexor longo dos dedos, artéria
HAM V – LIAMARA CORREA
o Teste de Jack: teste de hiperextensão
o Teste da ponta dos pés: avalia integridade passiva do hálux
dos tendões calcâneo e o tibial posterior. Avalia integridade: articulação subtalar, FLH
Capacidade neuromuscular e sincronização entre musculatura intrínseca
Teste de varização na ponta dos pés: e extrínseca do pé
avaliação da integridade subtalar Extensão passiva da articulação MF hálux
Se bloqueio na subtalar não ocorre varização Teste positivo se varização do retropé e
Se positivo, significa que a articulação surgimento da abóboda do pé
subtalar está comprometida

o Teste dos blocos de Coleman:


Bloco de Coleman: pé cavo varo (para dentro)
O teste ocorre em 3 etapas.
1. 1º raio e hálux sem apoio no bloco. Se
ocorrer valgização fisiológica do retropé a
deformidade está no 1º raio.

2. Apoio apenas no calcanhar, sem contato


do antepé com bloco – sem carga no
antepé. Se ocorrer valgização do retropé,
a deformidade está no antepé. Antepé
equino e pronado em relação ao restante
do pé.
HAM V – LIAMARA CORREA
Dor em choque irradiada para os dedos
correspondentes = Sinal de Mulder (quando
tem esse choque).

3. Combinação de dois arranjos anterior.


Retropé é colocado em nível superior ao
antepé e o primeiro raio é excluído da
carga corporal. Se ocorrer valgização do
retropé, podemos afastar o retropé como
causador da deformidade. Se ocorrer
verismo fixo do retropé: combinação de
deformidades do antepé e retropé.

o Teste de Silverskiold: região do tornozelo.


Utilizado em quem caminha na ponta dos pés.
Espasticidade do tríceps sural faz com que
ocorra um encurtamento do Aquiles e o
paciente não consiga fazer a dorsoflexão do
pé nos graus normais.
1ª fase do teste: tentativa do examinador fazer
o Teste da compressão látero-lateral do
a dorsoflexão do pé.
antepé: avaliar processos inflamatórios e
Possivelmente por uma contratura do tendão
neoplásicos
de aquiles, a tendência é não conseguir
Força de compressão nas cabeças nas
realizar o movimento.
cabeças do 1º e 5º metatarso, no sentido de
aproximá-las
Potencializada: se pressão no espaço
intermetatarsal suspeito
Teste gera dor acompanhada ou não de
parestesia
Positivo se for Neuroma de Morton
(tumoração relacionada a uso de calçados
apertados): estalido local + ressalto doloroso.
HAM V – LIAMARA CORREA
2ª fase do teste: o examinador irá fletir o joelho
do paciente a 90º.
Existiu um leve aumento da dorsoflexão
(quando você flete o joelho, você tira a ação
dos gastrocnemios porque você relaxou os
gastrocnêmios – aproximou a origem da
inserção deles – então, você acaba podendo
ganhar maior capacidade de realizar o
aumento do movimento de dorsoflexão).

o Teste de Thompson: lesões, traumas.


Serve para suspeita de ruptura do tendão de
Aquiles.
Você irá pedir para o paciente ou se ajoelhar
em uma cadeira ou em decúbito dorsal você
irá fazer uma compressão da massa
muscular do tríceps sural.
Se o tendão de Aquiles estiver rompido,
você irá fazer essa compressão e não terá
movimento do pé.
Se o tendão de Aquiles estiver íntegro, você
irá fazer uma flexão plantar passiva (pé
subindo).
HAM V – LIAMARA CORREA
o Teste da gaveta anterior do tornozelo:
avalia integridade do ligamento talofibular
anterior e da porção ântero-lateral da
cápsula articular
Apoio com uma das mãos na região anterior
da tibia e com a outra envolve o calcanhar
Nessa posição, faz força no sentido de
deslocar anteriormente o pé, enquanto a
perna fica fixa
É realizada uma contraforça (uma mão vai
para trás e outra mão vai para frente)
Se positivo ou se tiver lesões, ocorre
deslocamento do tálus dentro da pinça e
aparecimento do sinal do sulco (Imagem B).

Afundado local. Sinal direto de ruptura de


tendão de aquiles.

o Matles: sinal de ruptura de tendão de


Aquiles.
Paciente em decúbito ventral, você pede
para fletir o joelho em 90º
O normal, pela tração do tíceps, é o pé ir o Teste do estresse em varo do tornozelo:
para flexão plantar. Se o pé permanecer em avaliação dos componentes laterais do
neutro ou ficar dorsifletido, sugere lesão do tornozelo
Aquiles avaliar integridade do ligamento
calcâneofibular e cápsula lateral do tornozelo
Examinador aplica força varizante na região
calcanhar, mantendo a extremidade distal da
perna fixa
Movimento de inversão do calcâneo
Sugere zona de depressão logo abaixo dos
ML
HAM V – LIAMARA CORREA
o Teste do estresse em valgo do tornozelo: Uma das mãos mantem relação original entre
avalia integridade do ligamento deltoide médio e antepé com o retropé
Força valgizante na região calcanhar, com A outra aplica forças de inversão e eversão
tíbia distal fixa
Pode ser feito sob fluoroscopia

o Teste da rotação (externa) do tálus:


Avaliar integridade da sindesmose tibiofibular
distal
Manter tíbia distal fixa
Segurar a perna e realizar rotação externa do
pé, tendo como fulcro a mão que envolve o
calcanhar
Teste positivo se dor aguda na topografia da
sindesmose

o Prova da redutibilidade do valgismo do


hálux – Prova de McBride: indica grau de
retração dos tecidos moles laterais no
hálux valgo (joanete)
- Cápsula lateral MTF do primeiro raio
- Musculatura adutora do hálux
SINDESMOSE Paciente em posição ortostática, examinador
aplica força varizante na borda lateral do
hálux
Visa avaliar o grau de redutibilidade
Se alinhar com MTT – sem contraturas
Não se alinha – avaliar necessidade de
liberação de estruturas laterais

o Teste da mobilidade da articulação


subtalar: avaliar liberdade e amplitude de
movimento em inversão e eversão da
talocalcanea
HAM V – LIAMARA CORREA

Investigação da mobilidade muscular do


paciente (lesão de tendão, ferimento corto-
contuso).
o Teste do músculo tibial anterior: testa
fazendo uma dorsoflexão contra sua
resistência.

o Teste da redutibilidade das garras – Teste


de Kelikian Ducroquet: avalia retrações e
contraturas das articulações MTF e IF
dos dos dedos dos pés se houver
deformidade em garra ou martelo
Aplica-se pressão com os polegares na
região central do pé
Se contraturas: deformidades não se alteram
(rigidez)
Se flexíveis: correção de deformidades o Teste do músculo tibial posterior: flexão
plantar principalmente da região da frente
do antepé.

Dedos em garra (dedos fletidos)


HAM V – LIAMARA CORREA
Tendão de Aquiles também é flexor plantar. o Teste do flexor longo do hálux: flete a
falange distal. Segura a falange distal e
o Teste dos tendões fibulares: dorsoflexão pede para o paciente fazer a flexão.
contraresistência.
Tendão fibular terceiro (presente em 20% da
população)

o Teste do flexor curto do hálux: segura a


falange proximal apenas.

o Teste do músculo extensor longo do


hálux: segura o hálux e pede para o
paciente extender o hálux.

o Teste do extensor longo dos dedos:


extensão ou dorsoflexão dos dedos.
HAM V – LIAMARA CORREA
o Teste do extensor curto dos dedos: segura o Teste dos músculos lumbricais: pedir para
mais a falange proximal do que a distal. fletir os dedos contraresistência.

o Teste dos músculos interósseos: pedir


para fletir os dedos contraresistência.

o Teste do músculo flexor longo dos dedos:


pedir para fletir os dedos
contraresistência.

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