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WORKSHOP

TERMOS INTERNACIONAIS
DE COMÉRCIO –
INCOTERMS 2020

SISTEMA DE VIDEOCONFERÊNCIA
Plataforma Cisco Webex
Data: 1 de setembro de 2021
Horário: de 14h. as 18h.

Parceria

* Esta apostila é de propriedade do professor Romulo Del Carpio e da Funcex. A reprodução não autorizada desta
publicação, no todo ou em parte, constitui violação do copyright (Lei nº 9610/1998).
SUMÁRIO
1. CONTRATO DE COMPRA E VENDA INTERNACIONAL ______________________________________________________ 3
1.1. NECESSIDADE _______________________________________________________________________________________________ 3
1.2. NEGOCIAÇÃO ________________________________________________________________________________________________ 3

2. ASPECTOS GERAIS DOS INCOTERMS 2020 __________________________________________________________________ 4


2.1. ORIGEM_______________________________________________________________________________________________________ 4
2.2. CARACTERÍSTICAS __________________________________________________________________________________________ 5
2.3. ANÁLISE COMPARATIVA DOS INCOTERMS 2010 X INCOTERMS 2020 __________________________________ 6
2.4. PRINCIPAIS MUDANÇAS INCOTERMS 2010 VERSUS 2020 _______________________________________________ 6
2.5. GRUPOS_______________________________________________________________________________________________________ 7
2.6. POR MODALIDADE __________________________________________________________________________________________ 7
2.7. POR CONTRATAÇÃO DE SEGURO___________________________________________________________________________ 8
2.8. PONTOS LOGÍSTICOS A SEREM OBSERVADOS EM CADA SIGLA__________________________________________ 8
2.9. COMENTÁRIO SOBRE O TEXTO OFICIAL DOS INCOTERMS 2020 ________________________________________ 8

3. TEXTO OFICIAL DOS INCOTERMS 2020 - CCI _______________________________________________________________ 9


3.1. EX WORKS – EXW ____________________________________________________________________________________________ 9
3.2. FREE CARRIER – FCA ______________________________________________________________________________________ 10
3.3. FREE ALONGSIDE SHIP – FAS _____________________________________________________________________________ 11
3.4. FREE ON BOARD – FOB ____________________________________________________________________________________ 12
3.5. COST AND FREIGHT – CFR ________________________________________________________________________________ 13
3.6. COST, INSURANCE AND FREIGHT – CIF __________________________________________________________________ 14
3.7. CARRIAGE PAID TO – CPT _________________________________________________________________________________ 16
3.8. CARRIAGE AND INSURANCE PAID TO – CIP _____________________________________________________________ 17
3.9. DELIVERY AT PLACE UNLOADED - DPU _________________________________________________________________ 19
3.10. DELIVERY AT PLACE – DAP______________________________________________________________________________ 21
3.11. DELIVERY DUTY PAID - DDP ____________________________________________________________________________ 22

4. INCOTERMS 2020 E A FORMAÇÃO DO PREÇO INTERNACIONAL _______________________________________ 23


4.1. LISTA DE PREÇOS DE EXPORTAÇÃO _____________________________________________________________________ 25
4.2. EXERCÍCIOS INCOTERMS 2020 ___________________________________________________________________________ 26
4.3. TRABALHO EM GRUPO: QUESTÕES DIVERSAS __________________________________________________________ 32

5. ERROS COMETIDOS NA INTERPRETAÇÃO DOS INCOTERMS ___________________________________________ 35

6. MODELOS DE DOCUMENTOS ________________________________________________________________________________ 36

7. CURIOSIDADES: INCOTERMS HISTÓRICO _________________________________________________________________ 44

8. SLIDES __________________________________________________________________________________________________________ 44

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1. CONTRATO DE COMPRA E VENDA INTERNACIONAL

1.1. NECESSIDADE

Quando vendemos ou compramos um produto, é necessário definir quem (o vendedor e/ou o


comprador) será responsável pelo TRANSPORTE e pelo SEGURO da mercadoria – tanto nacional
como internacionalmente. Assim, o Incoterm é definido no início, logo na negociação, e quando
formalizado, deve ser incluído em vários documentos. Logo, o ideal é que o exportador, ANTES DE
NEGOCIAR, já tenha feito os cálculos dos custos envolvidos para TRANSPORTAR e SEGURAR a
mercadoria.

1.2. NEGOCIAÇÃO

A negociação internacional formaliza-se através de um contrato. Este documento não precisa ter
necessariamente uma forma preestabelecida: um e-mail, em que se definam as condições de uma
operação, já constituem contratos em si.

O modelo de contrato comercial mais frequente é a Fatura Pro-Forma (Proforma Invoice), documento
que formaliza a negociação, desde que devolvido ao exportador, contendo o aceite do importador para
as especificações contidas, que são levadas para a Commercial Invoice. Assim, a Fatura Pro-Forma
não cria obrigações comerciais ou financeiras para o importador.

Como bom comprador internacional, o importador pode ter em mãos duas ou três cotações (Fatura Pro
Forma) e está avaliando a melhor proposta. A Fatura Pro-Forma deve ser emitida no idioma do país
importador ou em inglês. Qualquer que seja o modelo utilizado, o mais importante é que fiquem
determinadas, com clareza, as condições da operação, cujos principais componentes são:

• Qualificação do exportador e do importador (nome, endereço, etc.);


• Característica do produto (identificação numérica segundo classificação internacional, descrição e
especificação técnica, aplicações, informações sobre peso e/ou volume);
• Embalagem de apresentação e forma de acondicionamento para transporte (de modo a indicar peso
bruto ou volume final para cálculo de frete);

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• Condição de venda (INCOTERM);
• Preço na condição de venda;
• Modalidade de pagamento;
• Prazo de entrega;
• Documentos a serem fornecidos, inclusive a quantidade de vias de cada um; e
• Prazo de validade para as condições oferecidas.

2. ASPECTOS GERAIS DOS INCOTERMS 2020

2.1. ORIGEM

Em 1936, pela primeira vez, a Câmara de Comércio Internacional (CCI), situada em Paris, publica
sob a designação de Incoterms 1936 (INternational COmmercial TERMS), uma série de regras
internacionais para responder questões de Riscos e Custos nas operações de Exportação e
Importação.

De modo a adaptar estas regras às práticas comerciais internacionais mais recentes, foram introduzidas
várias alterações nas regras de 1936, chegando-se assim atualmente aos Incoterms 2020 que
sucedem aos Incoterms 2010, que substituíram os termos de 2000.

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2.2. CARACTERÍSTICAS

Representados por meio de siglas (3 letras maiúsculas), os termos internacionais de comércio são
regras globais, imparciais, de caráter uniformizador, que constituem toda a base da negociação
internacional e objetivam promover a harmonia nos negócios internacionais.

Definem os direitos e obrigações mínimas do vendedor e do comprador, estabelecidos em consenso,


quanto a fretes, seguros, movimentação em terminais, liberações em alfândegas e obtenção de
documentos de um contrato internacional de venda de mercadorias, sempre prevendo a qual de ambos
cabe a responsabilidade pelos bens, perante o outro, durante o cumprimento de cada etapa.

A sigla escolhida entre as partes, após incluída no contrato de compra e venda, passam a ter força
legal, com seu significado jurídico preciso e efetivamente determinado. Refletem, assim, a redação
sumária do costume internacional em matéria de comércio, com a finalidade de simplificar e agilizar a
elaboração das cláusulas dos contratos de compra e venda.

Um bom domínio dos INCOTERMS 2020 é indispensável para que o negociador possa incluir todos os
seus gastos nas transações em comércio exterior. Qualquer interpretação errônea sobre direitos e
obrigações do comprador e vendedor pode causar grandes prejuízos comerciais para uma ou ambas
as partes. Dessa forma, é importante o estudo cuidadoso sobre a sigla do INCOTERM 2020 mais
conveniente, para cada operação comercial.

É equivocado o entendimento de que os direitos e obrigações determinados pelo termo escolhido se


estendem a todas as operações ligadas direta ou indiretamente ao contrato de venda, como
transporte, seguro, operações de financiamento, etc. Na realidade, os INCOTERMS 2020 determinam
apenas os deveres e direitos entre comprador e vendedor, não tendo nenhum efeito sobre as demais partes.

Na prática, não há padronização absoluta dos INCOTERMS 2020, em função de usos comerciais peculiares
em ramos diferentes de comércio, como também para cada país. Mais ainda, é facultativa sua utilização
nas negociações desenvolvidas. Os INCOTERMS 2020, não impõem e sim propõem, o que abre caminho
a inúmeras variantes ou variáveis, cujo uso deve ser evitado, na medida do possível.

Todos os INCOTERMS 2020 trazem implícita a necessidade de determinação suficiente de pontos


geográficos, podendo advir graves mal-entendidos da ausência desta informação, e as siglas e as
expressões devem sempre ser mencionadas em inglês.

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2.3. ANÁLISE COMPARATIVA DOS INCOTERMS 2010 X INCOTERMS 2020

Versão 2010
EXW Mercadoria entregue no local do exportador.
FCA Entregue na transportadora, país de origem.
FAS Colocada ao lado do navio, país de origem.
FOB Embarcada a bordo do navio, país de origem.
CFR Embarcada a bordo do navio, país de origem, frete pago.
CIF Embarcada a bordo do navio, país de origem, frete e seguro pagos.
CPT Entregue na transportadora, país de origem, frete pago.
CIP Entregue na transportadora, país de origem, frete e seguro pagos.
DAP Entregue no local combinado, sem desembaraço, país de destino.
DAT Entregue em recinto alfandegado, sem desembaraço, país de destino.
DDP Entregue no local do importador, com desembaraço aduaneiro.
VERSÃO 2020
EXW Mercadoria entregue no local do exportador.
FCA Entregue na transportadora, país de origem.
FAS Colocada ao lado do navio, país de origem.
FOB Embarcada a bordo do navio, país de origem.
CFR Embarcada a bordo do navio, país de origem, frete pago.
CIF Embarcada a bordo do navio, país de origem, frete e seguro pagos.
CPT Entregue na transportadora, país de origem, frete pago.
CIP Entregue na transportadora, país de origem, frete e seguro pagos.
DAP Entregue no local combinado, sem desembaraço, país de destino.
DPU Entregue em local ou terminal alfandegado, sem desembaraço, país de destino.
DDP Entregue no local do importador, com desembaraço aduaneiro.

2.4. PRINCIPAIS MUDANÇAS INCOTERMS 2010 VERSUS 2020

Bill of Lading com a notação “on Board” no Incoterm FCA.


Diferentes níveis de coberturas de seguro internacional CIF/CIP.
Mudança nas letras iniciais de DAT para DPU.

O DESTAQUES

Destaque 1
O Incoterm FCA também pode ser utilizado pelo exportador nos embarques marítimos, e neste caso o B/L
será emitido com anotação “received for shipment”.
Acontece que, quando a negociação do pagamento é mediante uma “Letter of Credit Irrevocable” a mesma
pode exigir um B/L com anotação “on board”. Neste caso, exportador e importador, em comum acordo,
podem combinar em esperar que a mercadoria seja embarcada a bordo do navio, ocasião em que o armador
irá emitir um B/L “on Board”.

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Dessa forma, o exportador atenderá as exigências da carta de crédito.
Isto pode ocorrer quando o embarque é em container.
Outra forma de contornar a exigência da carta de crédito, seria praticar a modalidade FCR (Forwarder
Certificate Received) onde o exportador pratica o FCA e apresenta ao banco um FCR que substitui o B/L,
como veremos mais adiante nesta apostila.
Destaque 2
Procuring the goods so delivered (vendas em cadeia ou String Sales).
As regras dos Incoterms 2020 ratificam o que já era previsto na versão de 2010, quando se trata de
exportação de commodities na modalidade “vendas em cadeia” ou String Sales.
Neste caso, ao contrário da exportação de mercadorias, a carga já está embarcada pelo primeiro exportador
e durante a viagem é vendida pelos traders que se encontram no meio da cadeia comercial.
São vendas sequenciais, pelas quais os traders “adquirem” a mercadoria que está em viagem.
O Incoterms 2020 prevê esta modalidade “String Sales” nas siglas FCA, FAS, FOB, CFR, CIP, CPT, CIP.
DPU, DAP e DDP.

2.5. GRUPOS

Os Incoterms estão divididos em grupos da partida/origem até chegada/destino da carga:


GRUPO E: Ex-Works
Grupo E (Na origem): O grupo E é aquele no qual a entrega da mercadoria pelo vendedor ocorre
no local de origem, com sua responsabilidade sendo mínima, enquanto a do comprador é máxima.
GRUPO F: FCA – FAS – FOB
Grupo F (Transporte principal não pago): No grupo F o vendedor efetua a entrega da mercadoria
ao transportador ou a alguém determinado pelo comprador, no seu país, com o comprador
assumindo-a a partir desse ponto. A contratação do transporte internacional e pagamento do frete
são de responsabilidade do comprador.
GRUPO C: CFR – CIF – CPT – CIP
Grupo C (Transporte principal pago): No grupo C, o vendedor obriga-se a contratar o transporte
internacional e pagar o frete até o porto de destino definido, mas não assume os riscos da viagem,
que já passam ao comprador no momento da entrega.
GRUPO D: DAP – DPU – DDP
Grupo D (Chegada): O grupo D é aquele em que o vendedor tem maior responsabilidade, contrário
ao grupo E. O vendedor deve entregar a mercadoria no destino definido pelo comprador, assumindo
todos os riscos e custos para isso. Representa o de menor responsabilidade ao importador.

2.6. POR MODALIDADE

Incoterms destinados exclusivamente ao transporte marítimo ou aquaviário:

GRUPO INCOTERMS 2020

FAS (Free Along Side Ship) (named place of shipment)


F
FOB (Free on Board) (named port of shipment)

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CFR (Cost and Freight) (named place of destination)
C
CIF (Cost, Insurance And Freigth) (named port of destination)

Incoterms aplicados a qualquer modo de transporte (multimodais):

GRUPO INCOTERMS 2020

E EXW (Ex – Works) (named place of delivery)

F FCA (Free Carrier) (named place of delivery)

CPT (Carriage Paid To ) (named place of destination)


C
CIP (Carriage And Insurance Paid To ) (named place of destination)

DPU (Delivered at Place Unloaded) (named terminal at port or place of destination)

D DAP(Delivered At Place) (named place of destination)

DDP (Delivered Duty Paid) (named place of destination)

2.7. POR CONTRATAÇÃO DE SEGURO

Incoterms de contratação de seguros:

Contratação de Seguros INCOTERMS 2020

Obrigam a contratação do seguro pelo vendedor. CIP, CIF

Apenas mantém as partes responsáveis por ele. EXW, FCA, FAS, FOB, CPT, CFR, DPU, DAP, DDP

2.8. PONTOS LOGÍSTICOS A SEREM OBSERVADOS EM CADA SIGLA

Responsabilidade da carga (custos e riscos)


Despesas logísticas internas na origem e destino
Frete internacional
Seguro internacional
Aduana na origem e destino

2.9. COMENTÁRIO SOBRE O TEXTO OFICIAL DOS INCOTERMS 2020

As legislações internacionais em comércio exterior se caracterizam por serem muito genéricas e,


frequentemente, trazem nas entrelinhas do texto, alguns conceitos que por serem particulares de cada
país, são omitidas. Assim, embaixo do texto oficial no idioma português, foram elaborados comentários
do autor da apostila, com riqueza de detalhes esclarecedores e de acordo os costumes comerciais e
logísticas praticadas no comércio exterior brasileiro. A apostila apresenta diversos exercícios a serem
praticados em grupo em sala de aula, para promover a troca de ideias e opiniões entre os participantes.
Uma boa oportunidade para fazer contatos profissionais.

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3. TEXTO OFICIAL DOS INCOTERMS 2020 - CCI

3.1. EX WORKS – EXW

EX-WORKS significa que o vendedor entrega a mercadoria quando a coloca à disposição do


comprador, nas suas instalações ou em outro local combinado (fábrica, armazém, galpão etc.) e o lugar
indicado pode ser ou não nas instalações do vendedor.

Para a entrega ocorrer, o vendedor não precisa carregar a mercadoria em nenhum veículo de coleta e
também não precisa desembaraçar as mercadorias para exportação, se for aplicável.

EXW é uma sigla multimodal de transporte.

EXW é a sigla do Incoterms 2020 que estabelece obrigações mínimas para o vendedor.

Portanto, da perspectiva do comprador, a sigla deve ser usada com atenção por diversas razões, como
os riscos relacionados ao carregamento da carga e ao desembaraço de exportação.

Comentário:

No caso da exportação brasileira, embora o desembaraço aduaneiro seja por conta do importador, o
vendedor deve emitir o DU-e junto ao Siscomex.

Quanto ao carregamento no local do vendedor é importante frisar que o importador é o responsável e


vai assumir as avarias ou danos que por ventura aconteçam, caso a mercadoria seja acondicionada de
forma inadequada.

É uma sigla multimodal, porque a decisão de transportar a mercadoria ao pais de destino é do


comprador, que poderá optar pela via marítima, aérea ou fronteiriça.

EXW é uma sigla que logisticamente é praticada quando os países são fronteiriços ou fazem parte de
um acordo, do tipo Mercosul ou Mercado Comum Europeu.

EX WORKS means that the seller delivers the goods to the buyer when it places the goods at the
disposal of the buyer at a named place (like a factory or warehouse), and that named place may or may
not be the seller’s premises.
For delivery to occur, the seller does not need to load the goods on any collecting vehicle, nor does it
need to clear the goods for export, where such clearance is applicable.
Mode of transport: this rule may be used irrespective of the mode or modes of transport, if any, selected.
EXW is the Incoterms rule which imposes the least set of obligation on the seller. From the buyer’s
perspective, therefore, the rule should be used with care for different reasons as loading risks and export
clearance.

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3.2. FREE CARRIER – FCA

FCA - Free Carrier (transportador livre) significa que o vendedor entrega as mercadorias para o
comprador de duas maneiras:
Primeira: Quando o local indicado são as instalações do vendedor, a mercadoria é entregue carregada
no meio de transporte providenciado pelo comprador.
Segunda: Quando o local designado para entrega é outro, a mercadoria é entregue carregada no meio
de transporte designado pelo comprador, sendo o descarregamento por conta do importador.
Em qualquer das duas formas, os riscos e custos são transferidos do vendedor para o comprador no
local da entrega da carga.

FCA é uma sigla multimodal.

Comentário:
FCA é uma sigla versátil, multimodal, que oferece alternativas de meio de transporte, que pode ser
aéreo, rodoviário, ferroviário ou marítimo, em casos de container. É uma sigla eclética que permite a
entrega das mercadorias em diversos locais, seja no domicilio do exportador, em um aeroporto, porto,
ponto de fronteira ou qualquer outro dentro do país do exportador.
A questão do carregamento no local do vendedor ou outro local designado e descarregamento na
transportadora indicada, está dividido para ambos lados, sendo que o descarregamento é por conta do
comprador. O normal é o vendedor entregar a carga no próprio local (fábrica ou armazém), carregada
no veículo transportador e desembaraçada do ponto de vista aduaneiro. A recomendação é que
vendedor e comprador sejam específicos para determinar o local da entrega da carga, já que os custos
e riscos passam para o comprador nesse ponto combinado.
Nos embarques em container, o Incoterms 2020 fez questão de frisar e destacar que a entrega deve
ser FCA. Isto ocorre porque o exportador pode ter que retirar o container no local da companhia
marítima e levá-lo para a fábrica, com a finalidade de fazer a ovação das mercadorias e posteriormente
devolvê-lo ao terminal, devidamente ovado, aguardando o embarque a bordo do navio. Em base a essa
logística, os embarques em container usam como Incoterms mais apropriado o FCA no lugar do FOB.
FCA - Free Carrier (named place) means that the seller delivers the goods to the buyer in one or others
of two ways.
First: when the named place is the seller’s premises, the goods are delivery loaded on the means of
transport arranged by the buyer.
Second, when the named place is another place, the goods are delivered having been loaded on the
seller’s means of transport and the named other place, ready for unloading and the disposal of the
carrier or of another person nominated by the buyer
Whichever of the two is chosen as the place of delivery, that place identifies where risk transfers to the
buyer and the time from which cost are for the buyer’s account.
This rule may be used irrespective of the mode of transport selected and may also be used where more
than one mode of transport is employed.

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3.3. FREE ALONGSIDE SHIP – FAS

Significa que o vendedor entrega as mercadorias quando são colocadas ao lado do navio, designado
pelo comprador, no porto de embarque indicado.

O risco de perda ou dano à mercadoria passa do vendedor para o comprador quando as mercadorias
estão ao lado do navio e o comprador assume todos os custos a partir desse momento.

Esta sigla é usada apenas para transporte marítimo e hidroviário, onde a mercadoria é entregue
colocando-a ao lado do navio.

Portanto, a sigla FAS não é apropriada quando a mercadoria é entregue ao transportador antes de ser
colocada ao lado do navio, por exemplo, quando a carga é entregue para um transportador em um
terminal de container. Neste caso, seria adequado considerar usar a sigla FCA ao invés da sigla FAS.

É aconselhável que o local de carregamento no porto de embarque, onde a mercadoria será transferida
do cais ou de pequenas embarcações, esteja especificado o mais claramente possível, já que o custo
e os riscos são responsabilidade do vendedor e podem variar, de acordo com o porto.

Comentário:

Aparentemente esta sigla FAS é pouco utilizada e a CCI, em algum momento, achou que poderia retirá-
la dos Incoterms 2020, conforme o mercado especulava, porém é amplamente praticada na exportação
de commodities ou em cargas de grande cubagem e peso.

Muitos profissionais fazem confusão indicando que a entrega da carga é no porto. A regra do FAS é
clara, a entrega é ao lado do navio, onde está operando, dentro do porto. Dizer que a entrega é no
porto significa um local indeterminado, pois, por exemplo, o porto de Santos tem algo como 60 cais
tanto na margem esquerda como direita, assim fica um local incerto quando se diz “entrega no porto”.
É importante que o importador tenha no Brasil um representante ou empresa, com procuração e
poderes suficientes para promover a formalidade do recebimento da carga ao lado do navio. Essa
formalidade se dará mediante um documento que declara “received for shipment” emitido pelo
representante do importador ou empresa autorizada para continuar a logística a bordo.

Quando o pagamento é através de uma carta de credito bancária, a mesma vai exigir a prova
documental que a mercadoria foi entregue ao lado do navio.

Neste caso do FAS, os custos de estiva, arrumação da carga a bordo, desarrumação e desestiva no
destino são por conta do importador e, normalmente, estão incluídos no valor do frete internacional,
sob a modalidade All in, mesmo sendo collect ou prepaid.

FAS means that the seller delivery the goods to the buyer when the goods are placed alongside the ship
nominated by the buyer at the named port of shipment.

The risks of loss of or damage to the goods transfer when the goods are alongside the ship, and the
buyer bears all costs from that moment onwards

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This rule is to be used only for sea or inland waterway transport where the parties intend to deliver the
goods by placing the goods alongside a vessel. Thus, the FAS rule is not appropriate where goods are
handed over to the carrier before they are alongside the vessel, for example, where goods are handed
over to a carrier at a container terminal. Where this the case, parties should consider using the FCA rule
rather than the FAS rule.

The parties are well advised to specify as clearly as possible the loading point at the named port of
shipment where the goods are to be transferred from the quay or barge to the ship, as the cost and risks
to the point are for the account of the seller and these cost and associated handling charges may vary
according to the practice of the port.

3.4. FREE ON BOARD – FOB

Significa que o vendedor entrega as mercadorias a bordo do navio nomeado pelo comprador, no porto
de embarque.

O risco de perda ou dano à mercadoria passa do vendedor para o comprador quando os bens se
encontram a bordo do navio e o comprador assume todos os custos e riscos a partir desse momento.

Esta sigla é indicada somente para transporte marítimo ou hidroviário, onde há a intenção de entregar
a mercadoria a bordo do navio.

Deste modo, a sigla FOB não é adequada quando a mercadoria é passada ao transportador, antes do
embarque, por exemplo, quando o carregamento é entregue para um transportador, em um terminal de
containers.

Neste caso, a sigla FCA é mais apropriada que o FOB.

Comentário:

Existem no mercado interno uma serie de expressões erradas, tais como “FOB Aéreo” ou “FOB
Fábrica”.

O FOB (livre a bordo) é claro e conciso ao determinar que as obrigações do exportador terminam
quando a mercadoria entra a bordo do navio no porto de origem.

A partir do embarque, começam as responsabilidades do importador quanto aos futuros custos e risco
até o porto de destino.

O exportador recebe do armador ou companhia marítima um B/L, com as anotações de “shipped on


board” e “clean on board” e devidamente datado.

Existem algumas reclamações dos exportadores quanto à data do B/L. Acontece que algumas agências
marítimas entregam o B/L ao exportador com a data que o navio saiu do cais, e não com a data que
efetivamente a carga entrou a bordo. Isso pode comprometer o prazo de embarque que consta na carta
de crédito.

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Algumas agências marítimas omitem o “Clean on Board” no B/L, o que não representa nenhum risco
documental para o exportador, pois se o B/L mesmo não indicando, será considerado como “Clean on
Board” para todos os efeitos bancários, principalmente com carta de crédito.

O que não pode acontecer é uma anotação “Unclean on Board”, que indica avarias na embalagem da
carga embarcada pelo exportador. É importante frisar que o “Clean on Board” se refere à embalagem
ou container e não à mercadoria.

O frete internacional no caso FOB, está anotado no B/L como “Freight Collect”.

Seguro e frete internacional, por conta do importador.

O FOB é uma sigla aquaviária.

FOB – Free on Board means that the sellers delivery the goods to the buyer on board the vessel
nominated by the buyer at the named port of shipment

The risks of loss of or damage to the goods transfers when the goods are on board the vessel, and the
buyer bears all costs from that moment onwards.

This rule is to be used only for sea or inland waterway transport where the parties intend to deliver the
goods by placing the goods on board a vessel. Thus, the FOB rule is not appropriate where goods are
handed over to the carrier before they are on board the vessel, for example, where goods are handed
over to a carrier at a container terminal. Where this in the case, parties should consider using the FCA
rule rather than the FOB rule.

3.5. COST AND FREIGHT – CFR

Significa que o vendedor entrega as mercadorias a bordo do navio nomeado pelo comprador no porto
de embarque. O risco de perda ou dano à mercadoria passa do vendedor para o comprador quando os
bens se encontram a bordo do navio.

O vendedor deve contratar e pagar os custos e o frete necessários para levar as mercadorias até o
porto de destino combinado.

Esta sigla deve ser usada somente para transporte marítimo ou hidroviário. Quando mais de um modo
de transporte é usado, no caso da mercadoria ser entregue para um Carrier ou para um terminal de
container, a sigla mais apropriada a ser usada é a CPT ao invés da CFR.

CFR é uma sigla aquaviária.

Comentário:

O CFR é uma sigla com logística sequencial ao FOB. Tanto no FOB como no CFR, as mercadorias
devem ser embarcadas a bordo do navio, em porto de origem, país do exportador. A diferença com o
FOB é que no CFR o frete internacional é prepaid.

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Portanto a agência marítima somente entrega as originais do B/L, se o exportador (embarcador) pagou
o frete cobrindo a rota do porto de origem ao porto de destino.

No caso brasileiro, o frete está mencionado no B/L em dólares americanos, porém o exportador paga
o frete em Reais equivalentes ao valor em dólar, de acordo com a taxa cambial do dia.

Referente aos custos de carregamento e descarregamento, vai depender a forma que o vendedor
contratou o transporte marítimo. O ideal seria um frete All in.

Quanto ao valor a ser mencionado na fatura comercial, o faturamento será o FOB + frete = CFR.

O repasse do frete na fatura comercial é prática normal em comércio internacional, pois existe um
princípio logístico determinado que “quem compra, paga o frete”.

Desta forma, o exportador que pagou o frete no caso CFR, recupera esse valor via fatura comercial.

CFR – Cost and Freight means that the seller delivers the goods to the buyer on board the vessel.

The risks of loss of or damage to the goods transfers when the goods are on board the vessel, such
that the seller is taken to has performed its obligation to deliver the goods whether or not the goods
actually arrive at their destination in sound condition, the stated quantity or, indeed, at all. In CFR the
seller owes no obligation to the buyer to purchase insurance cover and the buyer would be well-advised
therefore to purchase some cover for itself.

This rule is to be used only for sea or inland waterway transport. Where more than one mode of transport
is to be used, which will commonly be the case where goods are handed over to a carrier at a container
terminal, the appropriate rule to use is CPT rather than CFR.

3.6. COST, INSURANCE AND FREIGHT – CIF

Significa que o vendedor entrega as mercadorias a bordo do navio nomeado pelo comprador no porto
de embarque. O risco de perda ou dano à mercadoria passa do vendedor para o comprador quando os
bens se encontram a bordo do navio, considerando que o vendedor já cumpriu todas as suas
obrigações ao entregar a mercadoria, independentemente do carregamento chegar no seu destino em
boas condições, quantidade especificada ou não chegar.

CIF é uma sigla de transporte aquaviário.

O vendedor deve contratar e pagar os custos e o frete necessários para levar as mercadorias até o
porto de destino combinado. No caso, quando a carga é entregue a uma transportadora, em um terminal
de container, a sigla apropriada a ser usada é CIP ao invés de CIF.

O vendedor também contrata cobertura de seguro mínimo durante o transporte até o destino das
mercadorias. Isso pode causar algumas dificuldades em países de destino onde é requerido que o
seguro seja contratado internamente. Neste caso, é recomendável vender e comprar utilizando a sigla
CFR.

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O comprador também não deverá usar a sigla CIF se for requerido do vendedor contratação parcial da
cobertura do seguro, de acordo com as Cláusulas de Carga Institucional (C) ou cláusula similar, ao
invés de cobertura mais abrangente, de acordo com as Cláusulas de Carga Institucional (A).

Entretanto, ainda é opcional entre as partes negociar um nível mais abrangente de cobertura. Se os
custos de transporte para o vendedor, referentes ao descarregamento de mercadoria forem menores
que o valor especificado em contrato, o vendedor não tem direito a recuperar este valor separadamente
do comprador, a não ser que haja de acordo entre as duas partes.

Comentário:

O Incoterms CIF é sequencial com logística do FOB e CFR.

Desta vez, além de pagar o frete internacional até o destino (freight prepaid), o vendedor ainda terá que
providenciar a contratação do seguro cobrindo a rota do porto de origem até o porto de destino.

O Incoterms CIF indica que a cobertura deverá ser atendendo à clausula C, determinada pelo Instituto
de Clausulas de Carga de Londres, cobrindo no mínimo 110% do valor da mercadoria embarcada.

A Cobertura Básica Restrita (C) garante ao segurado os prejuízos que venha a sofrer em consequência
de perdas e danos materiais causados à carga em razão de:

a) Incêndio, raio ou explosão

b) Encalhe, naufrágio ou soçobramento do navio

c) Capotagem, colisão, tombamento do navio

d) Abalroamento, colisão ou contato do navio com qualquer objeto externo, que não seja água.

e) Descarga da carga em porto de arribada

f) Carga lançada ao mar

g) Perda total de qualquer volume, durante as operações de carga e descarga do navio.

Alguns importadores podem instruir o exportador para fazerem um seguro que atenda à realidade do
seu país. Um cliente árabe, por exemplo, vai querer cobertura contra guerra e terrorismo, enquanto um
importador localizado em Houston, Estados Unidos, vai fazer questão de cobertura contra os Atos de
Deus (Act of God) que cobre maremotos, terremotos, tsunamis, enchentes e outros riscos da natureza.

Um seguro internacional que atende, de forma ampla os interesses dos clientes é:

All risks from house to house, including war, strike and Act of God plus 10 % + 20% on CIF value.

Os 10% é para cobrir os 110% do valor da carga e os 20% para cobrir lucro cessante, em casos de
perda parcial ou total da carga.

Alguns profissionais confundem o alcance das coberturas de seguro, quanto às indenizações,


interpretando que o indenizado será o exportador que providenciou o seguro em porto de origem.

No caso de um sinistro ocorrido durante a viagem internacional do navio, o indenizado será o


beneficiário da apólice, neste caso, o importador.

Uma coisa é contratar o seguro internacional, obrigação do exportador na condição CIF e outra, é saber
quem é o beneficiário da apólice, neste caso o importador. Assim, o indenizado não pode ser o
exportador, até porque tem um B/L “Clean on Board”.

Quanto aos custos de carregamento e descarregamento, vai depender a forma que o vendedor
contratou o transporte marítimo. O ideal seria um frete All in. Quanto ao valor do frete internacional,
pago pelo exportador (prepaid), o mesmo será repassado na fatura comercial, em valores separados
FOB + Frete + Seguro = CIF.

15
CIF (insert named port destination)

CIF – Cost, Insurance and Freight, means that the seller delivers the goods to the buyer on board the
vessel

The risks of loss of or damage to the goods transfers when the goods are on board the vessel, such
that the seller is taken to has performed its obligation to deliver the goods whether or not the goods
actually arrive at their destination in sound condition, the stated quantity or, indeed, at all.

This rule is to be used only for sea or inland waterway transport. Where more than one mode of transport
is to be used which will commonly be the case where goods are handed over to a carrier at a container
terminal, the appropriate rule to use is CIP rather than CIF.

The seller must also contract for insurance cover against the buyer’s risk of loss of or damage to the
goods from the port of shipment to at least the port of destination. This may cause difficulty where the
destination country requires insurance cover to be purchased locally; in this case, the parties should
consider selling and buying under CFR. The buyer should also not that under the CIF rule the seller is
required to obtain limited insurance cover complying with Institute Cargo Clauses (C) or similar clause,
rather than with the more extensive cover under Institute Cargo Clauses (A). It is, however, still optional
to the parties to agree on a higher level of cover.

If the seller incurs cost under its contract of carriage related to unloading at the specified point at the
port of destination, the seller is not entitled to recover such cost separately from the buyer unless
otherwise agreed between the parties.

3.7. CARRIAGE PAID TO – CPT

Significa que o vendedor entrega a mercadoria – e transfere os riscos – ao comprador ou a outra pessoa
indicada pelo comprador.

O vendedor deve contratar a transportadora e pagar os custos e o frete necessários para levar as
mercadorias até o local de destino combinado.

Uma vez que a mercadoria é entregue para o comprador nesta modalidade, o vendedor não pode
garantir que a mercadoria irá chegar no destino em plenas condições, na quantidade especificada ou
se irá chegar no destino. Isso ocorre porque os riscos da transação são transferidos do vendedor para
o comprador quando a mercadoria é entregue para o comprador através da transportadora.

Esta sigla pode ser usada independentemente do modo de transporte selecionado e pode ser usada
onde mais de um meio de transporte está sendo utilizado (multimodal). No CPT dois pontos são
importantes: O local ou ponto onde as mercadorias serão entregues (transferindo os riscos) e o local
ou ponto acordado, como destino das mercadorias.

CPT é uma sigla multimodal.

16
Comentário:

A recomendação é que vendedor e comprador sejam específicos para determinar o local da entrega
da carga, já que os custos e riscos passam para o comprador nesse ponto combinado. A
responsabilidade do vendedor é contratar a transportadora com o frete internacional pago e
devidamente desembaraçada junto à Receita Federal. Nos embarques em container, o Incoterms 2020
fez questão de frisar e destacar que a entrega deve ser CPT. Isto ocorre porque o exportador pode ter
que retirar o container no local da companhia marítima e levá-lo para a fábrica, com a finalidade de
fazer a ovação das mercadorias e posteriormente devolvê-lo ao terminal, devidamente ovado,
aguardando o embarque a bordo do navio.

Em base a essa logística, os embarques em container usam como Incoterms mais apropriado o CPT
no lugar do CFR.

Quanto ao faturamento, o frete internacional pago pelo exportador é recuperado no faturamento, pois
na fatura comercial deverá constar FCA + frete = CPT.

CPT – Carriage Paid to

CPT means that the seller delivers the goods – and transfers the risk – to the buyer by handing them
over to the carrier contracted by the seller.

The seller may do so by giving the carrier physical possession of the goods in the manner and at the
place appropriate to the means of transport used.

Once the goods have been delivered to the buyer in this way, the seller does not guarantee that the
goods will reach the place of destination in sound condition, in the stated quantity or indeed at all. This
is because risk transfers from seller to buyer where the goods are delivered to the buyer by handing
them over to the carrier; the seller must nonetheless contract for the carriage of the goods from delivery
to the agreed destination.

This rule may be used irrespective of the mode of transport selected and may also be used where more
than one mode of transport is employed.

In CPT, two locations are important: the place or point (if any) at which the goods are delivered (for the
transfer of risk) and the place or point agree as the destination of the goods.

3.8. CARRIAGE AND INSURANCE PAID TO – CIP

Significa que o vendedor entrega as mercadorias – e transfere os riscos – ao comprador ou a uma


transportadora indicada pelo vendedor.

O vendedor deve contratar e pagar os custos e frete necessários para levar as mercadorias até o local
de destino combinado.

17
Uma vez que a mercadoria é entregue para o comprador nesta modalidade, o vendedor não pode
garantir que a mercadoria irá chegar no destino em plenas condições, na quantidade especificada ou
se irá chegar no destino. Isso ocorre porque os riscos da transação são transferidos do vendedor para
o comprador quando a mercadoria é entregue para o comprador através da transportadora.

Esta sigla pode ser usada independentemente do modo de transporte selecionado e pode ser usada
onde mais de um meio de transporte está sendo utilizado (multimodal).

O vendedor deve contratar também uma cobertura de seguro acerca do risco do comprador de perda
ou dano a mercadoria partindo do ponto de embarque para ao menos o ponto do destino do
carregamento. Isto gerar alguma dificuldade onde o país de destino requeira que o seguro seja
contratado internamente. Neste caso, a sigla CPT é a mais recomendada. O comprador também não
deverá usar a sigla CIP se o vendedor é obrigado a obter uma cobertura de seguro mais abrangente,
de acordo com as Cláusulas de Carga Institucional (C) ou cláusula similar, ao invés de cobertura mais
abrangente de acordo com as Cláusulas de Carga Institucional (A). Entretanto, ainda é opcional entre
as partes negociar um nível mais baixo de cobertura.

Comentário:

Muitos profissionais confundem CIP com CIF.

São siglas com logística diferente: CIF é aquaviário e CIP multimodal.

Desta vez, além de pagar o frete internacional até o destino (freight prepaid), o vendedor ainda terá que
providenciar a contratação do seguro cobrindo a rota do ponto de origem até o ponto de destino.

O Incoterms CIP indica que a cobertura deverá ser atendendo à clausula A, determinada pelo Instituto
de Clausulas de Carga de Londres, cobrindo no mínimo 110% do valor da mercadoria embarcada.

A Cobertura Básica Restrita (A) garante ao segurado os prejuízos que venha a sofrer em consequência
de todos os riscos de perdas e danos materiais causados à carga em consequência de quaisquer
causas externas e especificamente para:

• Cobertura Básica ou Ampla, para embarques de mercadorias em ambientes refrigerados.


• Cobertura Básica Restrita ou Ampla para mercadorias congeladas.
• Cobertura ampla para embarque de animais vivos.
• Cobertura Básica Ampla para seguros de transporte aéreo.
• Cobertura Básica para seguros de bagagem.
Alguns profissionais confundem o alcance das coberturas de seguro quanto às indenizações,
interpretando que o indenizado será o exportador que providenciou o seguro em porto de origem.

No caso de um sinistro ocorrido durante a viagem internacional do navio ou avião, o indenizado será o
beneficiário da apólice, neste caso, o importador.

Uma coisa é contratar o seguro internacional, obrigação do exportador na condição CIF e outra, é saber
quem é o beneficiário da apólice, neste caso o importador.

De qualquer forma, a recomendação de fazer o seguro internacional dentro das cláusulas A ou C é


somente uma referência como seguros mínimos.

O que ocorre, tanto no CIF quanto no CIP, é que o importador pode exigir coberturas adicionais para
cobrir riscos existentes em seu país.

Um cliente do Japão, por exemplo, vai pedir um seguro com clausula A ou C, acrescentado de
coberturas contra maremotos, tsunami, terremotos, que são riscos da natureza que estão englobados
como Atos de Deus (Act of God).

18
Um cliente árabe pode exigir coberturas contra guerra, terrorismo, pirataria.

Um importador brasileiro pode exigir cobertura contra greve e roubo de cargas.

Para estes casos, o que se pratica é um seguro internacional completo, bem acima das cláusulas A ou
C nos seguintes termos:

All risks from house to house, including war, strike and Act of God plus 10+20 per cent on
CIF/CIP value.

Nesta apólice, os 20% representa cobertura de lucro cessante em casos de perda total ou parcial.

Quanto ao valor do frete internacional, pago pelo exportador (prepaid), o mesmo será repassado na
fatura comercial, em valores separados FCA + Frete + Seguro = CIP.

CIP – Carriage and Insurance Paid to

CIP - Carriage and insurance Paid to means that the seller delivers the goods – and transfers the risk –
to the buyer by handing them over to the carrier contracted by the seller.

The seller must do so by giving the carrier physical possession of the goods in the manner and at the
place appropriate to the means of transport used.

Once the goods have been delivered to the buyer in this way, the seller does not guarantee that the
goods will reach the place of destination in sound condition, in the stated quantity or indeed at all. This
is because risk transfers from seller to buyer where the goods are delivered to the buyer by handing
them over to the carrier; the seller must nonetheless contract for the carriage of the goods from delivery
to the agreed destination.

This rule may be used irrespective of the mode of transport selected and may also be used where more
than one mode of transport is employed.

In CIP, two locations are important: the place or point (if any) at which the goods are delivered (for the
transfer of risk) and the place or point agree as the destination of the goods.

The seller must also contract for insurance cover against the buyer’s risk of loss of or damage to the
goods from the port of shipment to at least the point of destination. This may cause difficulty where the
destination country requires insurance cover to be purchased locally; in this case, the parties should
consider selling and buying under CPT. The buyer should also not that under the CIP rule the seller is
required to obtain extensive insurance cover complying with Institute Cargo Clauses (A) or similar
clause, rather than with the more limited cover under Institute Cargo Clauses (C). It is, however, still
optional to the parties to agree on a lower level of cover.

3.9. DELIVERY AT PLACE UNLOADED - DPU

19
Significa que o vendedor entrega as mercadorias quando, depois de descarregadas do meio de
transporte de chegada, são colocadas à disposição do comprador em um terminal designado no porto
ou local de destino combinado.

O comprador assume a responsabilidade aduaneira do desembaraço de importação ou qualquer outra


formalidade no país de destino.

Nesta sigla dos Incoterms, a entrega e a chegada no destino é a mesma. DPU é a única sigla do
Incoterm que exige que o vendedor descarregue a mercadoria no local de destino.

O vendedor deve se certificar que pode organizar o descarregamento da mercadoria no local indicado.

Se as partes pretendem determinar que os custos e responsabilidades de descarregamento não fiquem


por conta do vendedor, o DPU deve ser evitado e a sigla DAP deve ser usada.

DPU é uma sigla multimodal.

Comentário:

O motivo principal que gerou a mudança de DAT para DPU, foi a palavra Terminal.

Terminal denota a zona primária de um porto, diferente que Place cujo conceito é mais amplo, como
sendo um local primário aéreo, rodoviário ou ferroviário.

Existe um pequeno lapso no texto oficial, quando diz que o DPU é o único Incoterms que exige ao
vendedor descarregar a mercadoria no destino. O DAP e o DDP também obrigam o vendedor a
descarregar a mercadoria no destino.

Quando diz que a entrega (delivery) e a chegada (arrival) é a mesma, se refere à responsabilidade do
vendedor de carregar (país de origem) e descarregar (país de destino) a mercadoria no local
combinado.

Importante frisar que a partir do descarregamento no destino, na zona primária aduaneira, o vendedor
transfere ao comprador todos os riscos e custos, tais como armazenagem, capatazias, demurrage,
desembaraço e tributação incidente na importação além do frete e seguro interno até o local final do
importador.

DPU é uma sigla com logística multimodal.

Quanto ao faturamento, todas as despesas devem ser repassadas na fatura comercial, além do lucro
embutido no preço cotado ao comprador.

Assim, a fatura comercial deve mostrar a composição do CIF/CIP + descarregamento = DPU.

DPU – Delivery at Place Unloaded

DPU – means that the seller delivers the goods – and transfers risk – to the buyer when the goods, once
unloaded from the arriving means of transport, are placed at the disposal of the buyer at a named place
of destination or at the agreed point within that place, if any such point is agreed.

The seller bears all risk involved in bringing the goods to and unloading them at the named place of
destination. In this Incoterms rule, therefore, the delivery and arrival at destination are the same. DPU
is the only Incoterms rule that requires the seller to unload goods at destination. The seller should
therefore ensure that it is in a position to organise unloading at the name place. Should the parties intend
the seller not to bear the risk and cost of unloading, the DPU rule should be avoided a DAP should be
used instead.

This rule may be used irrespective of the mode of transport selected and may also be used where more
than one mode of transport is employed.

20
3.10. DELIVERY AT PLACE – DAP

Significa que o vendedor entrega as mercadorias – e transfere os riscos – quando são colocadas à
disposição do comprador no local do país destino indicado pelo importador.

O vendedor assume todos os riscos envolvidos até a entrega das mercadorias no local designado pelo
importador. Nesta sigla DAP, a entrega e chegada ao destino é a mesma.

Esta sigla pode ser usada independentemente do modo de transporte selecionado ou onde mais de um
meio de transporte está sendo utilizado (multimodal).

O vendedor não tem a responsabilidade de descarregar a mercadoria no local do importador, mas se


os custos de transporte para o vendedor, relacionado ao descarregamento de mercadoria, forem
menores que o valor especificado em contrato, o vendedor não tem o direito de recuperar este valor
separadamente do comprador, a não ser que haja acordo entre as partes.

Comentário:

Não confundir o local designado pelo comprador (na zona aduaneira secundária) com o local ou
terminal que pode ser marítimo, aéreo ou terrestre (zona aduaneira primária).

Normalmente as normas internacionais são genéricas, com termos implícitos dentro do texto, e isto
ocorre com o DAP quando a redação apresentada não faz a distinção entre local de desembarque na
zona primária com o local final do destino, que pode ser a fábrica ou armazém do comprador na zona
secundaria.

No DAP o vendedor desembarca ou descarrega a mercadoria no terminal ou local (zona primária) e


aguarda que o comprador faça o desembaraço e recolhimento dos impostos de importação,
nacionalizando a mercadoria em seu país. Ato seguido, o comprador devolve a responsabilidade ao
vendedor, que deverá contratar o transporte interno até a entrega no local final localizado na zona
secundaria daquele país. O descarregamento no local final é por conta do importador.

Um exemplo ajuda a entender esta logística: Um exportador brasileiro combinou com o importador
chinês que a operação será DAP-Pequim. A mercadoria embarcou em Santos com destino a Shangai,
sendo que o desembarque do navio é ainda responsabilidade do exportador brasileiro. Nessa fase, o
importador da China deverá fazer o desembaraço com o pagamento dos impostos de importação
exigidos na aduana chinesa. Feita a nacionalização, o exportador brasileiro retoma a operação com a
responsabilidade de levar a carga até o local do comprador localizado na capital Pequim. Chegando ao
local, o exportador não tem obrigação de fazer o descarregamento.

Nesta modalidade DAP, o vendedor passa a depender da rapidez do comprador em desembaraçar a


carga na aduana de destino. Uma demora do comprador pode ocasionar despesas portuárias
adicionais, como armazenagem e demurrage do container, assim, é importante registrar no contrato
DAP que essas despesas adicionais, caso ocorram, serão por conta do importador.

Quando ao faturamento, o preço DAP deve incluir CIF/CIP + descarregamento + frete e seguro internos
(logística) até a chegada ao local final designado pelo cliente.

21
DAP – Delivery at Place

DAP means that the seller delivers the goods – and transfers risk – to the buyer when the goods are
placed at the disposal of the buyer on the arriving means of transport ready for unloading at the named
place of destination or at the agreed point within that place, if any such point is agreed

The seller bears all risks involved in bringing the goods to the name place of destination or to the agreed
point within that place. In this Incoterms rule, therefore, delivery and arrival at destination are the same.

This rule may be used irrespective of the mode of transport selected and may also be used where more
than one mode of transport is employed.

The seller is not required to unload the goods from the arriving means of transportation. However, if the
seller incurs cost under its contract of carriage related to unloading at the place of delivery/destination,
the seller is not entitle to recover such costs separately from the buyer unless otherwise agreed between
the parties.

3.11. DELIVERY DUTY PAID - DDP


Significa que o vendedor entrega as mercadorias quando são colocadas à disposição do comprador,
liberadas para importação, prontas para serem descarregadas no local do país destino combinado.

O vendedor assume a responsabilidade aduaneira do desembaraço de importação ou qualquer outra


formalidade no país de destino.

O vendedor assume todos os riscos em entregar as mercadorias para o destino designado ou para um
ponto designado. Nesta sigla dos Incoterms, a entrega e chegada ao destino é a mesma.

Esta sigla pode ser usada independentemente do modo de transporte selecionado e pode ser usada
onde mais de um meio de transporte está sendo utilizado (multimodal).

Se os custos de transporte para o vendedor relacionado ao descarregamento de mercadoria forem


menores que o valor especificado em contrato, o vendedor não tem o direito de recuperar este valor
separadamente do comprador, a não ser que esteja de acordo entre as duas partes.

DDP representa a obrigação máxima para o vendedor.

Comentário:

Novamente, não confundir o local designado pelo comprador (na zona aduaneira secundária) com o
local ou terminal que pode ser marítimo, aéreo ou terrestre (zona aduaneira primária).

Normalmente as normas internacionais são genéricas, com termos implícitos dentro do texto, e isto
ocorre com o DDP quando a redação apresentada não faz a distinção entre local de desembarque na
zona primária com o local final do destino, que pode ser a fábrica ou armazém do comprador na zona
secundária.

O DDP é exatamente o contrário do EX-WORKS.

No EXW as obrigações logísticas, custos e riscos do exportador são mínimas e no DDP são máximas.

As partes devem definir claramente o ponto ou local de destino final da entrega da carga, pois esses
custos impactam o preço DDP do vendedor.

Importante destacar no DDP, a igual que o DAP, que o descarregamento no local final na zona
secundária são por conta do comprador.

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Nesta modalidade, mesmo com toda a responsabilidade logística e tributária por conta do vendedor, o
preço deve incluir, além do preço da mercadoria DDP, uma margem de serviço prestado ao comprador.

O importador sabe que está pagando mais caro, devido à comodidade de comprar DDP.

Quanto ao faturamento, o preço deve incluir todas as despesas logísticas, a partir do CIF/CIP +
descarregamento na zona primária no destino + desembaraço e tributação + frete e seguro interno +
serviço logístico no destino = DDP.

DDP – Delivered Duty Paid

DDP means that the seller delivers the goods to the buyer when the goods are placed at the disposal
of the buyer cleared for import, on the arriving means of transport, ready for unloading, at the named
place of destination or at the agreed point within that place, if any such point is agreed.

The seller bears all risk involved in bringing the goods to the named place of destination or to the agreed
point within that place. In this Incoterms rule, therefore, delivery and arrival at destination are the same.

This rule may be used irrespective of the mode of transport selected and may also be used where more
than one mode of transport is employed.

If the seller incurs cost under its contract of carriage related to unloading at the place of
delivery/destination, the seller is not entitled to recover such cost separately from the buyer unless
otherwise agreed between the parties.

Fonte: Câmara de Comércio Internacional – CCI.

Tradução: Kleber Alves Nascimento Brito Filho/UERJ.

4. INCOTERMS 2020 E A FORMAÇÃO DO PREÇO INTERNACIONAL


A formação do preço internacional na exportação brasileira requer levar em conta os incentivos
fiscais que o exportador deve aproveitar para obter um preço competitivo em relação aos concorrentes
externos. A formação do preço internacional deve levar em conta, também, o repasse das despesas
internas que estão ocorrendo antes do embarque das mercadorias. Para visualizar melhor, a seguir se
apresenta uma planilha:

PLANILHA DE FORMAÇÃO DO PREÇO INTERNACIONAL

Produto: Madeira serrada


Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM): 48.45.00.98
Tributos de IPI e ICMS dos insumos mantidos nos livros de apuração fiscal

Preço unitário no mercado interno R$ 14,00


( - ) 9% IPI produto final R$ 1,26
( - ) 18% ICMS do produto final R$ 2,52
( - ) 1,65% PIS do produto final R$ 0,23
( - ) 7,6% do Cofins do produto final R$ 1,06
( = ) Preço unitário de exportação sem impostos internos R$ 8,63
A partir do preço unitário de R$ 8,63 repassando os custos e despesas, podemos
montar as planilhas das 11 siglas dos Incoterms 2020 em dólares americanos,
utilizando a taxa cambial de R$ 5,21 (vigente em 28/08/2021).
Assim, os R$ 8,63 equivalem a US$ 1,65

23
Com base no preço unitário de US$ 1,65 repassando custos e despesas, podemos
montar as 11 planilhas dos Incoterms.
Preço Unitário mercado interno US$ 1,65
( + ) Embalagem de transporte
( + ) Margem de lucro de exportação
( = ) Preço unitário EXW US$ 5,00
( + ) Frete interno
( + ) Seguro interno
( = ) Preço unitário Free Carrier (FCA) US$ 5,20
( + ) Despesas portuárias
( = ) Preço unitário Free Along Side Ship (FAS) US$ 5,40
( + ) Vistos consulares
( + ) Inspeção da mercadoria
( + ) Despesas de embarque (estiva)
( + ) Despesas despachante
( + ) Despesas portuárias – taxas
( + ) Despesas administrativas
( = ) Preço unitário FOB US$ 5,90
( + ) Repasse custo do frete internacional
( = ) Preço unitário Cost and Freight (CFR) US$ 6,70
( + ) Repasse custo do prêmio seguro internacional
( = ) Preço unitário Cost, Insurance and Freight (CIF) US$ 6,80
( + ) Repasse despesas internas rodoviárias / aéreas
( = ) Preço unitário Cost, Insurance and Freight (CPT) US$ 6,75
( + ) Repasse despesas internas rodoviárias / aéreas
( = ) Preço unitário Cost, Insurance and Freight Paid (CIP) US$ 6,85
( + ) Repasse logístico interno no país de destino
( = ) Preço unitário Delivered at place unloaded (DPU) – a partir do preço CIF/CIP US$ 7,00
( + ) Repasse despesas até destino (menos o desembaraço)
( = ) Preço unitário Delivery At Place (DAP) US$ 8,50
( + ) Despesas logísticas com desembaraço no destino
( = ) Preço unitário Delivery Duty Paid (DDP) US$ 10,00

• Comentário complementar

No preço unitário de R$ 14,00 está incluído o lucro previsto para o mercado interno, pois somente foram
retirados os impostos que não incidem na venda externa, assim, no preço de R$ 8,63 a margem de
lucro interna está mantida.

Consequentemente, ao passar para dólar, o preço unitário passou a ser de US$ 1,65 permanecendo
intocável a margem de lucro para o mercado interno.

Na formação do preço unitário EXW foi incluída uma margem de lucro de exportação, cujo percentual
de acréscimo fica a critério do exportador.

24
Portanto, mais uma vantagem, pois temos ainda a possibilidade de aumentar o lucro unitário, em dólar,
isto porque nosso preço, pelo poder aquisitivo do consumidor, principalmente de países de primeiro
mundo e de economia forte, se torna muito barato.

A taxa cambial vigente também influi em nossos preços internacionais.

Muitas empresas, na hora de converter o preço unitário em dólar, usam uma taxa inferior à vigente
naquele dia. Na planilha acima, a taxa cambial é de R$ 5,21, porém na hora de transformar em dólar o
exportador pode dividir, por exemplo, pela taxa cambial de R$ 5,00 prevendo que, se cair mais, estará
ainda coberto.Outras preferem fazer o reajuste em cima dos preços cotados em dólar, mas, neste caso,
terá que dar uma boa explicação ao cliente. Algumas preferem aguardar que a taxa cambial suba, pois
existe margem de lucro suficiente para suportar a taxa cambial baixa frente ao dólar americano.

4.1. LISTA DE PREÇOS DE EXPORTAÇÃO


Normalmente as empresas exportadoras possuem uma lista de preços, em moeda estrangeira, para
cada sigla dos Incoterms 2020, com a finalidade de fazer uma cotação rápida ao cliente. Tomando
como base os preços de nossa planilha (em US$), podemos montar uma lista de preços da seguinte
forma:

EXW FCA FAS FOB CFR CIF CPT CIP DPU DAP DDP

5.00 5.20 5.40 5.90 6.70 6.8 6.75 6.8 7.00 8.50 10.0

Não se deve enviar ao importador as planilhas, pois os repasses feitos são dados confidenciais do
exportador. Assim, o que o importador recebe é apenas a lista de preços.

Alguns exportadores costumam enviar o preço unitário somente da sigla que o cliente solicitou, outros
remetem a lista completa para que o cliente possa optar pelo preço que mais convier, de acordo com
o Incoterms 2020, mencionado na lista. São formas de negociação que a empresa escolhe, o que
interessa é convencer o cliente a fechar o pedido. Para acelerar a decisão do importador, as listas
devem acompanhar também as seguintes informações:

Valor do pedido mínimo.


Prazo médio de entrega.
Tipo de embalagem e acondicionamento dos produtos.
Pesos, dimensões, volumes para facilitar o cálculo do preço do frete.
Código do produto utilizado pelo exportador.
NCM para facilitar a classificação alfandegária.
Validade da lista para confirmação do pedido.
Garantia pós-venda, dependendo do produto.
Escala de descontos por quantidade, caso haja.

Todas essas informações são necessárias para que o importador possa fazer suas contas e ver se realmente
lhe convém comprar o produto. Uma decisão positiva é um passo firme à concretização do pedido.

A Proforma Invoice é o documento para formalizar todos esses entendimentos.

25
4.2. EXERCÍCIOS INCOTERMS 2020

a) Com relação ao termo “EXW”


De quem é a responsabilidade quanto à embalagem da mercadoria?

De quem é a responsabilidade quanto ao transporte da mercadoria?

Deve o vendedor fazer o desembaraço aduaneiro para a exportação?

Quem deve pagar a inspeção da mercadoria?

Esta sigla e aquaviária ou multimodal?

b) Com relação ao termo “FAS"


Por que é aconselhável que este termo seja utilizado em países onde a importador tenha
representante?

Pode o vendedor colocar a mercadoria em qualquer cais do porto de embarque combinado?

Quem deve fazer o desembaraço da mercadoria para a importação?

Pode o comprador ser encarregado de desembaraçar a mercadoria para a exportação?

c) Com relação ao termo “FOB”


De quem é a responsabilidade se a mercadoria for danificada após o seu embarque no porto de
origem combinado?

Quem deve contratar o seguro internacional?

Quem é o responsável pelo desembaraço da mercadoria para a exportação?

O “Shipped on Board” pode indicar “Unclean on Board”?

Neste caso, o frete internacional é “collect” ou “prepaid”?

Porque consta no B/L o termo “Said to contain” ?

d) Com relação ao termo “FCA”


Quem deve desembaraçar a mercadoria para a exportação?

Quais são as responsabilidades logísticas do vendedor?

26
Qual a responsabilidade do comprador junto à transportadora?

Em que momento é transferida a responsabilidade da carga?

Pode o importador indicar a transportadora?

Como fica o pagamento do frete e seguro internacional?

e) Com relação ao termo “CFR”


Quem é responsável pelo desembaraço da mercadoria para a importação?

De quem é a responsabilidade caso a mercadoria seja danificada durante o processo de embarque?

Quem deve contratar e pagar o frete internacional?

O frete é “collect” ou “prepaid”?

Esta sigla é aquaviária ou multimodal?

f) Com relação ao termo “CIF”


Quem é responsável pela mercadoria durante a viagem?

Quando que os riscos e despesas são transferidos do vendedor para o comprador?

É obrigação do vendedor contratar o seguro internacional com cobertura completa?

Em caso de perda total da carga durante a viagem internacional, que será o indenizado do seguro?

O frete internacional é “collect” ou “prepaid”?

Esta sigla é aquaviária ou multimodal?

g) Com relação ao termo “CPT”


Quem é responsável pela contratação do seguro internacional?

Quem é responsável pelo desembaraço da mercadoria para a exportação?

Quando as responsabilidades são transferidas do vendedor para o comprador?

O frete internacional é “collect” ou “prepaid”?

Como que fica o desembaraço de importação no país de destino?

27
h) Com relação ao termo “CIP”
É de responsabilidade do vendedor o desembaraço da mercadoria para a exportação?

De quem é a responsabilidade com o seguro internacional?

Em caso de perda total, com AWB Clean On Board, a seguradora indeniza o exportador ou o
importador?

O que o comprador deve fazer caso deseje uma cobertura de seguro completa?

Esta sigla é aquaviária ou multimodal?

i) Com relação ao termo “DPU”


Tem o vendedor alguma obrigação com o desembaraço de importação no local combinado?

No caso que o local combinado seja na zona secundária, a logística interna no país de destino fica
por conta de quem?

O local combinado pode ser fronteiriço?

Quem é responsável pela mercadoria durante a viagem até o local de destino combinado?

O DPU é uma sigla multimodal?

j) Com relação ao termo DAP


Quando terminam as obrigações do vendedor?

Quem deve desembaraçar a mercadoria para a importação?

Pode a mercadoria ser entregue num terminal alfandegado, na zona secundária no país de destino?

O DAP é uma sigla multimodal?

Pode a mercadoria ser entregue num terminal alfandegado, na zona primária no país de destino?

Qual é a diferencia entre o DAP e o DDP?

l) Com relação ao termo “DDP”


Quando terminam as obrigações do vendedor?

Quem é responsável pelos “direitos”?

Esta sigla é aquaviária ou multimodal?

28
Porque se diz que no DDP o exportador tem maior lucro operacional?

Que riscos logísticos podem atingir o exportador numa venda DDP?

Podemos importar DDP no Brasil?

m) Indique de quem é a responsabilidade pelas etapas abaixo:


EXW

EMBALAGEM DE TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )


LICENÇA DE EXPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )
PRÉ-TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )
MOVIMENTAÇÃO NO EMBARQUE: Exportador ( ) Importador ( )
TRANSPORTE INTERNACIONAL: Exportador ( ) Importador ( )
SEGURO INTERNACIONAL: Exportador ( ) Importador ( )
MOVIMENTAÇÃO NO DESEMBARQUE: Exportador ( ) Importador ( )
LICENÇA DE IMPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )
PÓS-TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )
DIREITOS DE IMPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )

FCA

EMBALAGEM DE TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )


LICENÇA DE EXPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )
PRÉ-TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )
MOVIMENTAÇÃO NO EMBARQUE: Exportador ( ) Importador ( )
TRANSPORTE INTERNACIONAL: Exportador ( ) Importador ( )
SEGURO INTERNACIONAL: Exportador ( ) Importador ( )
MOVIMENTAÇÃO NO DESEMBARQUE: Exportador ( ) Importador ( )
LICENÇA DE IMPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )
PÓS-TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )
DIREITOS DE IMPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )

FAS

EMBALAGEM DE TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )


LICENÇA DE EXPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )
PRÉ-TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )
MOVIMENTAÇÃO PARA EMBARQUE: Exportador ( ) Importador ( )
TRANSPORTE INTERNACIONAL: Exportador ( ) Importador ( )
SEGURO INTERNACIONAL: Exportador ( ) Importador ( )
MOVIMENTAÇÃO NO DESEMBARQUE: Exportador ( ) Importador ( )
LICENÇA DE IMPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )
PÓS-TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )
DIREITOS DE IMPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )

29
FOB

EMBALAGEM DE TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )


LICENÇA DE EXPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )
PRÉ-TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )
MOVIMENTAÇÃO NO EMBARQUE: Exportador ( ) Importador ( )
TRANSPORTE INTERNACIONAL: Exportador ( ) Importador ( )
SEGURO INTERNACIONAL: Exportador ( ) Importador ( )
MOVIMENTAÇÃO NO DESEMBARQUE: Exportador ( ) Importador ( )
LICENÇA DE IMPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )
PÓS-TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )
DIREITOS DE IMPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )

CFR/CPT

EMBALAGEM DE TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )


LICENÇA DE EXPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )
PRÉ-TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )
MOVIMENTAÇÃO NO EMBARQUE (CFR): Exportador ( ) Importador ( )
ENTREGA DA CARGA (CPT): Exportador ( ) Importador ( )
TRANSPORTE INTERNACIONAL (CFR/CPT): Exportador ( ) Importador ( )
SEGURO INTERNACIONAL: Exportador ( ) Importador ( )
MOVIMENTAÇÃO NO DESEMBARQUE: Exportador ( ) Importador ( )
LICENÇA DE IMPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )
PÓS-TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )
DIREITOS DE IMPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )

CIF/CIP

EMBALAGEM DE TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )


LICENÇA DE EXPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )
PRÉ-TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )
MOVIMENTAÇÃO NO EMBARQUE (CIF): Exportador ( ) Importador ( )
ENTREGA DA CARGA (CIP): Exportador ( ) Importador ( )
TRANSPORTE INTERNACIONAL (CIF/CIP): Exportador ( ) Importador ( )
SEGURO INTERNACIONAL (CIF/CIP): Exportador ( ) Importador ( )
MOVIMENTAÇÃO NO DESEMBARQUE: Exportador ( ) Importador ( )
LICENÇA DE IMPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )
PÓS-TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )
DIREITOS DE IMPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )

30
DPU

EMBALAGEM DE TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )


LICENÇA DE EXPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )
PRÉ-TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )
MOVIMENTAÇÃO NO EMBARQUE: Exportador ( ) Importador ( )
TRANSPORTE INTERNACIONAL: Exportador ( ) Importador ( )
SEGURO INTERNACIONAL: Exportador ( ) Importador ( )
MOVIMENTAÇÃO NO DESEMBARQUE: Exportador ( ) Importador ( )
LICENÇA DE IMPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )
PÓS-TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )
DIREITOS DE IMPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )

DAP

EMBALAGEM DE TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )


LICENÇA DE EXPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )
PRÉ-TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )
MOVIMENTAÇÃO NO EMBARQUE: Exportador ( ) Importador ( )
TRANSPORTE INTERNACIONAL: Exportador ( ) Importador ( )
SEGURO INTERNACIONAL: Exportador ( ) Importador ( )
MOVIMENTAÇÃO NO DESEMBARQUE: Exportador ( ) Importador ( )
LICENÇA DE IMPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )
PÓS-TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )
DIREITOS DE IMPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )

DDP

EMBALAGEM DE TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )


LICENÇA DE EXPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )
PRÉ-TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )
MOVIMENTAÇÃO NO EMBARQUE: Exportador ( ) Importador ( )
TRANSPORTE INTERNACIONAL: Exportador ( ) Importador ( )
SEGURO INTERNACIONAL: Exportador ( ) Importador ( )
MOVIMENTAÇÃO NO DESEMBARQUE: Exportador ( ) Importador ( )
LICENÇA DE IMPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )
PÓS-TRANSPORTE: Exportador ( ) Importador ( )
DIREITOS DE IMPORTAÇÃO: Exportador ( ) Importador ( )

n) Assinale os Incoterms exclusivamente aquaviários:


[ ] EXW [ ] FAS [ ] FOB [ ] FCA [ ] CFR

[ ] CIF [ ] CPT [ ] CIP [ ] DPU

[ ] DAP [ ] DDP

31
o) Nos termos CIF e CIP a contratação do transporte e do seguro internacionais recai sobre o:
[ ] comprador [ ] vendedor

p) Uma importação cuja entrega (transferência de propriedade), ao importador brasileiro, vai ocorrer
em ponto da fronteira Argentina/Brasil, é caracterizada como:
[ ] FCA [ ] FOB [ ] DPU

q) Mencione os Incoterms que obrigam o vendedor a contratar parte ou todo o seguro internacional:

r) Indique o local em que ocorre a entrega da mercadoria do vendedor para o comprador:

INCOTERM LOCAL DE ENTREGA

EXW
FCA

FAS
FOB

CFR

CIF
CPT

CIP

DPU
DAP

DDP

4.3. TRABALHO EM GRUPO: QUESTÕES DIVERSAS

1) A partir de que momento o Incoterms 2020 passa a ter responsabilidade contratual e legal??

2) Qual é a diferença entre custo de produção e custo logístico?

3) Na forma do preço internacional, qual é a finalidade dos incentivos fiscais?

32
4) Na modalidade de venda EX WORKS, o custo do embarque para o veículo do transportador, é por
conta do exportador ou importador?

5) A valorização do Real influi o custo logístico do comércio exterior?

6) Quais são os custos logísticos que compõem o preço unitário FOB?

7) No CFR o frete internacional é um custo logístico do exportador ou importador?

8) Quais são os custos que podem incidir, num embarque com B/L Unclean on Board?

9) No CIF, o seguro internacional é um custo logístico do exportador ou importador?

10) Por que os armadores colocam no B/L, o termo logístico “Said to Contain”?

11) No Ex-Works de quem é a responsabilidade do desembaraço de exportação?

12) Em que momento o exportador transfere a responsabilidade da carga ao importador no


Incoterms FOB?

13) A prática dos Incoterms 2020 é obrigatória em contratos comerciais?

14) Podemos importar na sigla DDP no Brasil?

15) Quais são os Incoterms Multimodais?

16) Como ficam os desembaraços aduaneiros na modalidade DDP?

17) Do ponto de vista logístico, qual é a diferença entre o DAP e o DPU?

18) Nas siglas FCA/CPT/CIP em que momento o exportador transfere a responsabilidade da


carga ao importador?

33
19) Nas modalidades CIF/CIP o exportador tem obrigação de fazer um seguro com cobertura
completa?

20) Quais são os incentivos fiscais na exportação brasileira?

21) Podemos importar CIF/CIP no Brasil?

22) Como ficam os desembaraços aduaneiros na modalidade DPU?

23) Porque se diz que no DDP o exportador fatura com mais lucratividade?

24) A taxa cambial influi a cotação do preço internacional?

25) A Proforma Invoice é um documento obrigatório?

26) Quais são os Incoterms aquaviários?

27) Qual é a diferença entre a Proforma Invoice e a Commercial Invoice?

28) Do ponto de vista da entrega da carga, o FAS e o FCA são diferentes?

29) No Ex-Works o carregamento da carga é obrigação do exportador?

30) O DAP é multimodal?

31) Do ponto de vista dos custos e responsabilidades, qual é a diferença entre EXW e FCA?

32) Alguns profissionais mencionam “FOB aéreo” existe?

33) Numa operação CIF, o B/L indica “Clean on Board” porém a mercadoria sofreu avarias durante
a viagem internacional. Quem deve ser o indenizado?

34
34) O Incoterms 2020 trata do SCE no caso de uma exportação CIF?

35) Os seguros Refundment Bond e Performance Bond estão vinculados aos Incoterms 2020?

5. ERROS COMETIDOS NA INTERPRETAÇÃO DOS INCOTERMS


1) Confundir a responsabilidade do exportador, quando formaliza o seguro internacional no CIF,
interpretando que a responsabilidade do vendedor vai até o destino da carga.

2) Usar frequentemente a expressão “FOB aéreo” quando o certo seria FCA.

3) Confundir os Incoterms USA com os Incoterms 2020 da CCI.

4) Interpretar que os seguros financeiros, estão amparados nos Incoterms 2020.

5) Usar a expressão “CIF São Paulo” como exemplo de entrega da mercadoria.

6) Interpretar que o uso dos Incoterms são obrigatórios nos contratos internacionais.

7) Interpretar que a titularidade e propriedade da carga é mediante o uso dos Incoterms.

8) Interpretar que o DDP pode ser praticado na importação brasileira.

9) Definir como “place” ou “Terminal” no DPU, como sendo a zona secundária.

10) Não repassar os custos logísticos no preço unitário a partir do EXW.

11) Achar que a desvalorização cambial do Real aumenta o lucro da exportação.

12) Confundir CIF com CIP ou ao contrário.

13) Achar que somente pode ser usada a versão Incoterms 2020.

14) Interpretar a Proforma Invoice como pedido firme do importador.

15) Não repassar no preço DDP o serviço logístico.

16) Interpretar que o exportador deve carregar a mercadoria no Incoterm EXW.

17) Confundir os termos “shipped on Board” e “Received for shipment”.

18) Achar que o “Clean on Board” no B/L se refere à mercadoria.

19) Interpretar que o exportador tem obrigação de colocar a carga dentro do avião, no caso
FCA/CPT/CIP.

20) Interpretar o Seguro de Crédito de Exportação – SCE como sendo parte do CIF/CIP.

35
6. MODELOS DE DOCUMENTOS

MODELO DE FATURA PROFORMA OU PRO FORMA INVOICE

FATURA PRO FORMA NÚMERO:


DADOS DO IMPORTADOR: DATA:
DADOS DO EXPORTADOR:

LOCAL DE EMBARQUE:
LOCAL DE DESTINO:
PAIS DE ORIGEM: DATA PROVAVEL DO EMBARQUE:
OBSERVAÇÕES:

QT DESCRIÇÃO DAS MERCADORIAS PREÇO PREÇO


UNITARIO TOTAL

TOTAL GERAL
INCOTERMS: DE ACORDO COM OS INCOTERMS - 2020 (ICC)
FORMA DE PAGAMENTO:
MEIODE TRANSPORTE:
PESO BRUTO: PESO LÍQUIDO: VOLUME:
OBSERVAÇÕES:

COMISSÃO DO AGENTE:

BANCO (NOME, CONTA):


VALIDADE DA PRO FORMA:

Observação: Com relação aos Incoterms (Termos de Comércio Internacional) deve-se registrar
qual das versões está sendo utilizada na negociação, sendo que em 2020 houve uma atualização
dos Incoterms, em vigor de 01/01/2020, e as versões anteriores não são revogadas, continuando
válidas, devendo-se, portanto, mencionar qual versão está sendo utilizada, por exemplo:
INCOTERMS: “FOB Santos Incoterms®2020”.

36
MODELO DE FATURA COMERCIAL OU COMMERCIAL INVOICE

COMMERCIAL INVOICE NÚMERO:


DADOS DO IMPORTADOR: DATA:
DADOS DO EXPORTADOR:

LOCAL DE EMBARQUE:
LOCAL DE DESTINO:
PAIS DE ORIGEM: DATA PROVAVEL DO EMBARQUE:
OBSERVAÇÕES:

QT DESCRIÇÃO DAS MERCADORIAS PREÇO PREÇO


UNITARIO TOTAL

TOTAL GERAL
INCOTERMS: DE ACORDO COM OS INCOTERMS - 2020 (ICC)
NCM:
FORMA DE PAGAMENTO:
MEIODE TRANSPORTE:
PESO BRUTO: PESO LÍQUIDO: VOLUME:
OBSERVAÇÕES:

COMISSÃO DO AGENTE:

BANCO (NOME, CONTA):


VALIDADE:

Observação: Com relação aos Incoterms (Termos de Comércio Internacional) deve-se registrar
qual das versões está sendo utilizada na negociação, sendo que em 2020 houve uma atualização
dos Incoterms, em vigor de 01/01/2020, e as versões anteriores não são revogadas, continuando
válidas, devendo-se, portanto, mencionar qual versão está sendo utilizada, por exemplo:
INCOTERMS: “FOB Santos Incoterms®2020”.

37
MODELO DE ROMANEIO DE EMBARQUE (PACKING LIST)

Packing List
Company Customer Name
Address Address
City, State, Zip City, State, Zip
Phone: Email@email.com Phone: Email@email.com

Order Date Ship Date Shipping Company Order Number Customer PO Number

Quantity Quantity Product Description Product Number


Ordered Shipped Weight

Totals

Total Total Total Shipment Notes


Ordered Shipped Weight

Additional Notes

38
MODELO DE CONHECIMENTO DE EMBARQUE MARÍTIMO
(BILL OF LADING – BL)

Shipper: Bill of lading nº:

Consignee of order: Name and adress of company

Notify address (Carrier not liable for failure of notification) Also notify

Voyage no. *Place of receipt (if pre-carriage) Nº of original BL's

Vessel (ocean): Port of Loading: Ocean freight payable at

Port of discharge *Place of delivery Measurement,

Marks and nos./ Containers nos. Quantity and description of goods Gross weight, KG

Particulars above declared by shipper. Freight and charges shall be paid in


* Applicable only when this document is used as a combined transport bill of the currency in which the goods are
lading freighted or at carrier's option in the
currency of the country of the place of
loading or place of delivery in each
case converted at the highest rate of
exchange on the date of shipment or
date of payment whichever the higher.
Received the goods in apparent good order and condition and, as far as
ascertained by reasonable means of checking, as specified above unless BASIC FREIGHT:
otherwise stated. The Carrier, in accordance with the provision contained in this
document:
ADDITIONALS:
a) undertakes to perform or to procure the performance of the entire transport
from the place at which the goods are taken in charge to the place designated TOTAL:
for delivery in this document, and
PLACE AND DATE OF ISSUE:
b) weight, measure, quality, contents and value, if mentioned in this bill of lading
is to be considered unknown unless the contrary has been expressly
acknowledged and agreed to.
The signature on this bill of lading is not to be considered an agreement. One of
the Bs/L must be surrendered duly endorsed in exchange for the goods or
delivery order. In WITNESS whereof number of original B/L, all of this tenor and
date have been signed as stated above, one of which being accomplished the
others to be void.

39
MODELO DE CONHECIMENTO DE EMBARQUE AÉREO
(AIRWAY BILL – AWB)

Conhecimento de Embarque Aéreo (AWB)


Shipper's Nameand Address Shipper's account number

Copies 1, 2 and 3 of this Air Waybill are originals and have the same
validity
Consignee's Name and
Address Consignee's account number

Issuing carrier's Agent Name and City Accounting information

Agent's IATA Code Account Nº

Airport of departure(Add of first carrier)and requested


routing

Declared value for Declared


to \routing and to by to by Currenc CHG WT/VAL other carriage value for
destination / y S PP COLL PPD COLL customs
D
code

Airport of destination \for carrier use only/ Amount of Insurance INSURANCE – If shipper request insurance in
Flight/Date Flight/Date accordance with conditions on reverse thereof,
indicate amount to be insured in figures in box
marked “amount of insurance”.
Handing Information

Nº of Gross Kg Rate Class Chargeable Rate/ Total Nature and quantity of goods
Weight
pieces Weight Lb Charg (incl. dimensions and volume)
RCP e
Commodity
item nº

\Prepaid/\Weight Charge/\Collect/ Others Charges


Insurance Premium
\Valuation Charge/

\Tax/

\Total other charges due agent/

\Total other charges due carrier/ Shipper certifies that the particulars on the face hereof are correct and that
insofar as any part of the consignment contains dangerous goods, such part
is property described by name and is in proper condition for carriage by air
according to the aplicable Dangerous Good Regulation.

Signature of Shipper or his Agent


\Total prepaid/ \Total collect/

\Currency \CC charges in Dest. Executed on (Date) at (Place) Signature of issuing Carrier or
Conversion Rates/ Currency/ its Agent
For Carriers use \Charges at destination/ \Total collect charges/
only at Destination

40
MODELO DE CONHECIMENTO DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO (CRT)

Conhecimento de Embarque - Rodoviário


CRT Conhecimento internacional de
Transporte rodoviário

Carta de Porte
internacional
Por Carretera
1. Nome e endereço do remetente/
Nombre y domicilio del remitente 2. Número/ Número
3. Nome e endereço do transportador/
Nombre y domicilio del porteador

4. Nome e endereço do destinatário/


Nombre y domicilio del destinatário 5. Local e país de emissão/ Lugar y pais de
emission

6. Nome e endereço do consignatario/ 7. Local, pais e data em que o transportador se


Nombre y domicilio del consignatário responsabiliza pela mercadoria/
Lugar, pais que el porteador se hace cargo de las

8. Local, pais e data de entrega/


Lugar, pais y plazo entrega

9. Notificar a / Notificar a 10. Transportadores sucessivos/


Porteadores sucessivos

12. Peso bruto em Kg/


Peso bruto em Kg
11. Quantidade e categorias de volumes, marcas e números, tipos de mercadorias
conteiners e acessórios/ Cantidad y classes de bulbos marcas y numeros, de 13.Volume em
mercacias, contenedores y acessorios m²/Volumen em m

14. Valor/ Valor


moeda/moneda

16. Declaração de
No destino/ valor das mercadorias
15. Custo a pagar/ Moeda/ Monto Declaraciondel valor de
Gastos a pagar Na origem/ Moneda destinatario Moeda/Moneda las mercacias
Monto
remitente 17. Documentos
Frete/Frete/ anexos/
Outros/ Otros Documentos anexos

Total/Total 18. Instruções sobre


19. Valor do frete externo /Monto del flete externo formalidades da
alfandega/Instruciones
sobre formalidades de
20.Valor doe reembolso contra entrega/ Monto de reembolso contra entrega aduana
21. Nome e assinatura do remetente ou seu representante/Nombre y firma del remitente o su
representante 22. Declarações e
observações/
Data/Fecha Declaraciones y
observaciones
24. Nome e assinatura
do destinatario ou seu
representante /
23. Nome, assinatura e carimbo do transportador ou seu representante/ Nombre y firma
Nombre, firma y seno del porteador o su representante destinatário o su
representante
Data/Fecha Data/ Fecha

41
MODELO DE CONHECIMENTO DE TRANSPORTE FERROVIÁRIO (TIF/DTA)

Conhecimento de Embarque – Ferroviário


CONHECIMENTO DE EMBARQUE DE MERCADORIAS POR FERROVIA
GUIA DE EMBARQUE DE MERCADORIA POR FERROCARRIL

Nº SÉRIE A

CONHECIMENTO
À ORDEM NÃO À ORDEM GUIA DE EMBARQUE

DATA (FECHA) CONSIGNAÇÃO Nº CONDIÇÃO DE FRETE


(FLETE):

PROCEDÊNCIA: DESTINO:

REMETENTE (REMITENTE):

ENDEREÇO (DIRECCIÓN):

CONSIGNATÁRIO:

ENDEREÇO (DIRECCIÓN):

NOTIFICAR:

ENDEREÇO (DIRECCIÓN)
MARCAS Y DESCRIÇÃO DAS MERCADORIAS
VOLUMES NÚMEROS
DESCRIPCIÓN DE LAS MERCADERIAS
QUANTIDADE ESPÉCIE PESO

CLAUSULAS ESPECIALES

NÚMERO DE ORIGINAL: FRETE Y GASTOS:


RECIBO A BORDO: SE O FRETE FOR "A PAGAR" SERÁ VALIDA A
QUITAÇÃO PASSADA NESTE DOCUMENTO.
SE EL FLETE FUERA "A PAGAR" TENDRÁ VALIDEZ EL TIEMBRE DE PAGO
SIMULADO EN ESTE DOCUMENTO.

LOCAL E DATA

LUGAR E FECHA

ASSINATURA TOTAL
SE O FRETE FOR "A PAGAR" SERÁ VALIDA A
FIRMA QUITAÇÃO PASSADA NESTE DOCUMENTO.
SE EL FLETE FUERA "A PAGAR" TENDRÁ VALIDEZ
EL TIEMBRE DE PAGO SIMULADO EN ESTE
DOCUMENTO.

ORIGINAL

42
MODELO DE CERTIFICADO OU APÓLICE DE SEGURO

APÓLICE DE SEGURO
RAMO ESPECIE SUC CART APOLICE ENDOSSO PROPOSTA PROCESSAMENTO

COMPETÊNCIA
SEGURADO/
ENDEREÇO

INÍCIO

VIGÊNCIA/
TÉRMINO

A......................... SEGUROS DAQUI POR DIANTE DESIGNADA SEGURADORA BASEANDO-SE NAS INFORMAÇÕES CONSTANTES DA
PROPOSTA QUE LHE FOI INDICADA.DAQUI POR DIANTE DESIGNADO SEGURADO. PROPOSTA ESSA QUE SERVINDO DE BASE A EMISSÃO
DA PRESENTE APÓLICE / SUPLEMENTO FICA FAZENDO PARTE INTEGRANTE DESTE CONTRATO. OBRIGA-SE A INDENIZAR NOS TERMOS E
SOB AS CONDIÇÕES GERAIS PARTICULARIDADES E/OU ESPECIAIS CONVENCIONADAS INSERTAS NA PRESENTE OU EM SEUS ANEXOS
QUE FAZEM PARTES INTEGRANTES DESTE DOCUMENTO. AS CONSEQUÊNCIAS DOS EVENTOS ADIANTE DISCRIMINADOS DE ACORDO COM
AS ESPECIFICAÇÕES A SEGUIR INCORPORADAS.
CONTA DO PRÊMIO
Prêmio Tarifa

Custo
Imposto
Prêmio à Vista
Juros

Prêmio a Prazo

PAGAMENTOS / RESTITUIÇÃO DO PRÊMIO

NP VENCIMENTO VALOR

COR1 CAR2 CSR1 COR CAR2 CSR2 COR3 CAR3 CSR3


/ DV / DV / DV 2/ DV / DV / DV / DV / DV / DV
CR NAT PRÉ- P.A. PARC. BANCO I BANCO II % MOEDA INSPETOR FAVOREC.
RETENÇÃO DESCONTO CORRETOR

Em testemunho do que a seguradora neste ato


UF CIDADE DATA
assistida por seu representante legal assina CIA DE SEGUROS
esta apólice / suplemento em
Esse documento somente será validado com a certeza do pagamento
do prêmio a dia correspondente dentro do prazo, na rede bancária.

43
7. CURIOSIDADES: INCOTERMS HISTÓRICO

Existe uma bela passagem na Bíblia que denota a prática dos Incoterms (Transcrito da Bíblia,
Livro de Reis, cap 5, vers. 6 a 11): “Dá ordem, pois, agora, que do Líbano me cortem cedros, e os
meus servos estarão com os teus servos, e eu te darei o salário dos teus servos, conforme tudo
que o disseres; porque bem sabes tu que entre nós ninguém há que saiba cortar madeira como
os sidônios”.

E aconteceu que, ouvindo Hirão as palavras de Salomão, muito se alegrou e disse: “Bendito seja
o Senhor que deu a Davi um filho sábio sobre este tão grande povo”.

E enviou Hirão a Salomão, dizendo: “Ouvi o que me mandaste dizer. Eu farei toda a tua vontade
acerca dos cedros e acerca das faias. Os meus servos os levarão desde o Líbano até o mar, e eu
os farei em jangadas pelo mar até o lugar que me designares e ali os desamarrarei; e tu os
tomaras; tu também farás a minha vontade, dando sustento a minha casa”.

Assim, deu Hirão a Salomão madeira de cedros e madeira de faias, conforme toda a sua vontade.
E Salomão deu a Hirão vinte mil coros de trigo, para sustendo de sua casa, e vinte mil coros de
azeite batido; isso dava Salomão de ano em ano.

Comentário: Essa prática bíblica seria um DDP?

LIVROS PUBLICADOS PELO PROF. ROMULO DEL CARPIO

8. SLIDES

44
Workshop Termos Internacionais de Comércio – INCOTERMS 2020 1

Workshop Termos Internacionais de Comércio


INCOTERMS – Versão 2020

Imagem de hectorgalarza por Pixabay

Workshop Termos Internacionais de Comércio – INCOTERMS 2020 2

1
Graduado em Administração de Empresas com especialização em Comércio
Exterior pela Faculdade de Administração de São Paulo/FASP.
Professor: Mestre em Economia e Política Internacional pela Universidade Estácio de Sá
do Rio de Janeiro.
Romulo 30 anos de experiência em treinamento empresarial.

Del Carpio Prof. do MBA em Comércio Exterior da Fundação Getúlio Vargas/RJ; MBA em
Economia Internacional da USP/FIPE; Graduação em Comércio Exterior da
Universidade Estácio de Sá; MBA em Comércio Internacional da Unisinos/RS.
Instrutor de comércio exterior da Funcex; Aduaneiras e Firjan.
Assessor e Consultor de empresas na área do comércio exterior; Diretor da
Del Carpio Comércio Exterior; Representante no Brasil de empresas
exportadoras peruanas e chilenas.
Autor das seguintes publicações: Carta de Crédito e UCP 600 Comentada – 2ª
ed (Aduaneiras); Carta de Crédito e UCP 500 Comentada – 4º ed.
(Aduaneiras); Carta de Crédito e URR 525 Comentada (Aduaneiras);
Cobranças Documentárias e URR 322 Comentada (Aduaneiras); Cobranças
Documentárias e URR 522 Comentada – 3º ed. (Aduaneiras); Manual do
Exportador (Firjan); Manual de Negócios Internacionais (Saraiva); Como
exportar para o Brasil (Embaixada do Peru no Brasil); Exportador OnLine
(publicado pelo Sebrae/SC); Passo a Passo na importação (Funcex/Sebrae).

Workshop Termos Internacionais de Comércio – INCOTERMS 2020 3

PONTOS DE ANÁLISE
• Responsabilidade da carga
• Frete internacional
• Seguro internacional
• Despesas logísticas internas
• Desembaraço aduaneiro
• Leitura do texto oficial

Workshop Termos Internacionais de Comércio – INCOTERMS 2020 4

2
EX-WORKS
• Entrega da carga no local do exportador
• Frete internacional: importador
• Seguro internacional: importador
• Desembaraço aduaneiro na origem: importador
• Desembaraço aduaneiro no destino: importador
• Carregamento no local do vendedor: importador
• Despesas logísticas internas: importador
• Emissão da DU-e (Siscomex): exportador

Workshop Termos Internacionais de Comércio – INCOTERMS 2020 5

FAS
• Entrega da carga ao lado do navio, porto de origem
• Termo de entrega da carga
• Representante do importador no porto de origem
• Embarque no porto de origem: importador
• Frete internacional: importador
• Seguro Internacional: importador
• Logística interna na origem: exportador
• Emissão do DU-e: exportador
• Aduana: cada um no seu país
Workshop Termos Internacionais de Comércio – INCOTERMS 2020 6

3
FCA
• Entrega da carga na transportadora no país do exportador
• Sigla multimodal: aéreo, rodoviário, ferroviário e aquaviario
• Container
• B/L “on Board” em casos de carta de crédito
• Frete internacional: importador
• Seguro internacional: importador
• Frete e seguro interno: exportador
• Carregamento no local: exportador
• Descarregamento na transportadora: importador
• Aduana: cada um no seuWorkshop
país Termos Internacionais de Comércio – INCOTERMS 2020 7

FOB

• Embarque da carga a bordo do navio


• Porto de origem: B/L shipped on board
• Frete internacional collect : importador
• Seguro internacional: importador
• Clean on board no B/L
• Aquaviário
• Frete e seguro interno: exportador
• Aduana: cada um no seu país
Workshop Termos Internacionais de Comércio – INCOTERMS 2020 8

4
CFR
• Embarque da carga a bordo do navio no porto de origem (shipped on board )
• Frete internacional prepaid : exportador
• Seguro internacional: importador
• Clean on board no B/L
• Aquaviário
• Frete e seguro interno: exportador
• Aduana: cada um no seu pais

Workshop Termos Internacionais de Comércio – INCOTERMS 2020 9

CIF
• Embarque da carga a bordo do navio no porto de origem
(B/L shipped on board)
• Frete internacional prepaid : exportador
• Seguro internacional: exportador
• Beneficiário da apólice do seguro: importador
• Seguro internacional: categoria C
• Clean on board no B/L
• Aquaviário
• Frete e seguro interno: exportador
• Aduana: cada um no seu país
Workshop Termos Internacionais de Comércio – INCOTERMS 2020 10

5
CPT
• Entrega da carga na transportadora no país do exportador
• Multimodal: aéreo, rodoviário, ferroviário
• Container
• Frete internacional prepaid : exportador
• Seguro internacional: importador
• Frete e seguro interno: exportador
• Aduana: cada um no seu país

Workshop Termos Internacionais de Comércio – INCOTERMS 2020 11

CIP
• Entrega da carga na transportadora no país do exportador
• Multimodal: aéreo, rodoviário e ferroviário
• Container
• Frete internacional prepaid : exportador
• Seguro internacional: exportador
• Seguro internacional: Categoria A
• Beneficiário da apólice do seguro: importador
• Frete e seguro interno: exportador
• Aduana: cada um no seu país
Workshop Termos Internacionais de Comércio – INCOTERMS 2020 12

6
DPU
• Entrega da carga no local aduaneiro destino
• Descarregado no destino: local ou terminal
• Frete e seguro internacional: exportador
• Beneficiário da apólice: exportador
• Transporte internacional multimodal
• Desembaraço no local aduaneiro: importador
• Fretes e seguros internos: importador
• Aduana: cada um no seu país

Workshop Termos Internacionais de Comércio – INCOTERMS 2020 13

DAP
• Entrega da carga no local de destino: exportador
• Frete internacional: exportador
• Seguro internacional: exportador
• Beneficiário da apólice do seguro: exportador
• Frete e seguro interno no destino: exportador
• Desembaraço e tributos no destino: importador
• Aduana: cada um no seu país
• Multimodal

Workshop Termos Internacionais de Comércio – INCOTERMS 2020 14

7
DDP
• Entrega da carga no local de destino indicado pelo importador
• Chegada multimodal
• Frete internacional: exportador
• Seguro internacional: exportador
• Beneficiário da apólice do seguro: exportador
• Desembarque no cais de destino: exportador
• Frete e seguro interno no destino: exportador
• Aduana de origem: exportador
• Aduana de destino: exportador
• Prazo da chegada: exportador
• Desembarque no local de destino: importador
• DDP na importação brasileira: não praticado
Workshop Termos Internacionais de Comércio – INCOTERMS 2020 15

8
TRANSPORT OBLIGATIONS,
COSTS AND RISKS
Blue indicates seller’s Gold indicates buyer’s Green indicates mixed or shared

RULES FOR ANY MODE OR MODES OF TRANSPORT

EXW Ex Works CIP Carriage and Insurance Paid To


(Insert named place of (Insert named place of
delivery) Incoterms® 2020 destination) Incoterms® 2020

COSTS COSTS COSTS COSTS


RISKS RISKS RISKS RISKS
INSURANCE
Export Import
formalities formalities
Export Import
formalities formalities

FCA Free Carrier DAP Delivered at Place


(Insert named place of (Insert named place of
delivery) Incoterms® 2020 destination) Incoterms® 2020

COSTS COSTS COSTS COSTS


RISKS RISKS RISKS RISKS

Export Import Export Import


formalities formalities formalities formalities

DPU Delivered at Place Unloaded


COSTS COSTS
(Insert named place of
RISKS RISKS destination) Incoterms® 2020
Export Import
formalities formalities

COSTS COSTS
RISKS RISKS

CPT Carriage Paid To Export Import


formalities formalities
(Insert named place of
destination) Incoterms® 2020
DDP Delivered Duty Paid
(Insert named place of
COSTS COSTS destination) Incoterms® 2020
RISKS RISKS

Export Import
formalities formalities

COSTS COSTS
RISKS RISKS

Export Import
formalities formalities

RULES FOR SEA AND INLAND WATERWAY TRANSPORT

FAS Free Alongside Ship CFR Cost and Freight


(Insert named port of loading) Incoterms® 2020 (Insert named port of destination) Incoterms® 2020

COSTS COSTS COSTS COSTS


RISKS RISKS RISKS RISKS

Export Import Export Import


formalities formalities formalities formalities

FOB Free on Board CIF Cost, Insurance and Freight


(Insert named port of loading) Incoterms® 2020 (Insert named port of destination) Incoterms® 2020

COSTS COSTS COSTS COSTS


RISKS RISKS RISKS RISKS
INSURANCE
Export Import
formalities formalities Export Import
formalities formalities

WARNING: This chart is not intended to be used alone, and should always be used in conjunction
with the Incoterms® 2020 rule book.
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