Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RS-035-19
Wesley Alves
Analista de Engenharia
Fone: (62) 3265-6545
Email: wesley.alves@halexistar.com.br
Halex Istar Indústria Farmacêutica S.A.
LOCAL: Goiânia – GO
Gerente de Projetos
Link Tecno Empresarial Ltda.
OBJETIVO DO TRABALHO
O objetivo deste trabalho é definir o escopo e condições gerais para que possamos avaliar o sistema de ar
comprimido atual, propor ações corretivas e melhorias de forma que o departamento de engenharia / manutenção
tenha condições de reduzir o consumo de ar comprimido, bem como reduzir o consumo de energia elétrica sem
que os processos produtivos sejam prejudicados:
• Verificar as condições físicas da central de ar comprimido que eventualmente impeçam a boa operação
dos equipamentos;
• Avaliar a qualidade do ar comprimido fornecido, bem como determinar conceitos a serem utilizados.
Para que possamos adequar o sistema de geração e distribuição do ar comprimido, foi necessário conhecer alguns
pontos tais como:
Com estas informações, apresentamos os pontos observados nas dependências da , visando buscar a
melhor solução técnica para adequação / otimização do sistema de Ar Comprimido.
É importante conhecer o sistema de geração de ar comprimido, para que caso houver necessidade, a equipe da
manutenção possa rapidamente identificar o foco do problema e saná-lo.
A Central de compressores da protege os compressores das intempéries mais rigorosas como sol,
vento e chuva. O fato da central ser fechada, impede a circulação de pessoas não autorizadas à manipulação dos
equipamentos, evitando problemas futuros de processo que se utilizam do ar comprimido.
Secadores – Comentários
Com relação ao sistema de tratamento do ar comprimido, podemos considerar que está é a melhor opção de
tratamento, pois os compressores são isentos de óleo e o tipo de secador mais recomendado é o de adsorção.
Nesta condição, teremos garantido a qualidade do ar comprimido, conforme a norma ISO 8573-1.
O sistema de resfriamento do ar comprimido deverá ser mantido, pois para que possamos assegurar uma boa
qualidade do ar comprimido o ideal é que a massa de vapor d’água esteja na faixa de 1,25 a 1,52 g/m³ de ar
comprimido gerado, ou seja, um ponto de orvalho de +3oC.
Secadores e filtro
Os secadores utilizados na planta da são incorporados aos compressores, sendo do tipo refrigeração,
na qual pode proporcionar temperatura do ponto de orvalho de +3 a +5°C (pressurizado a 7,0 bar).
Desta forma o sistema de tratamento para a Planta é composta internamente e externamente aos compressores,
filtros coalescentes.
Recomendamos verificar se os elementos filtrantes dos filtros coalescentes dos compressores não estejam
saturados, evitando assim, a diminuição o consumo de energia elétrica, bem como a elevação do arraste para as
linhas de distribuição e pontos de uso pelo excesso de óleo lubrificante.
Reservatórios
Normalmente, com o uso de compressores com variadores de velocidade, não haveria a real necessidade de
reservatórios, pois o tipo “VSD” modulam a geração conforme pressão e demanda da fábrica.
Quando a bitola da tubulação principal está subdimensionada e a demanda da fábrica é elevada, mesmo com o
uso destes compressores instalam-se reservatórios para tentar amenizar as quedas bruscas de pressão.
Deste modo, a função efetiva deste tipo de compressor que é reduzir em até 35% o consumo de energia elétrica
(quando comparado aos compressores tipo carga-alívio) não é exercida, entrando na mesma carga de operação
dos compressores tipo “carga-alívio”.
Considerando a geração nominal atual o reservatório atual instalado na central de ar comprimido está
subdimensionado, mas somente com estudos de consumo mais criteriosos para definir o volume, já que com uso
de compressores do tipo ‘VSD” não teria a necessidade de reservatórios.
Mesmo que a utilização do ar comprimido não entre em contato direto com o produto e/ou embalagem primária,
recomendamos para indústrias de alimentos, farmacêuticos e de processos críticos, que se utilize de compressores
tecnicamente isentos de óleo, que melhoram significativamente a qualidade do ar comprimido diminuindo
manutenções preventivas e corretivas (reposição de óleo), bem como evitam a saturação prematura dos filtros
coalescentes e de componentes pneumáticos.
Abaixo faremos algumas recomendações gerais para a melhoria do sistema de geração do ar comprimido quanto
à qualidade do ar comprimido.
Todo tipo de compressão de ar pode lançar para a rede de distribuição certa quantidade de óleo para o sistema.
Observa-se na tabela abaixo, que compressores do tipo parafuso lubrificado lançam até 1500 vezes mais óleo na
linha quando comparados com compressores tecnicamente isentos de óleo. Neste caso, os compressores do tipo
pistão para a indústria alimentícia, farmacêutica e processos críticos são totalmente inadequados.
Observe que, compressores isentos de óleo também lançam certa quantidade de óleo para a rede de distribuição,
caso a concentração ter origem no ar ambiente em que o compressor está submetido, porém esta quantidade é
mínima e não compromete o processo nem o produto final.
Elementos compressores
Isto não significa que os compressores de parafuso lubrificado são equipamentos inadequados. Com medidas
preventivas (instalação de filtros coalescentes na central de compressores, filtros absolutos nos pontos de
consumo e trocas periódicas bem definidas) dificilmente o ar comprimido terá uma má qualidade, porém tudo
dependerá da exigência do processo produtivo ou mesmo dos critérios de aceitação limitados pela sua geração e
tratamento do ar comprimido.
Secadores de ar comprimido
A secagem do ar por refrigeração consiste em passar o ar comprimido por uma serpentina trocando calor com
o gás refrigerante, que através de um circuito fechado frigorífico e radiador, mantém o gás em baixa temperatura.
A temperatura do ar cai bruscamente e parte do vapor de água se condensa, sendo separado e purgado para fora
do sistema. Como se trata de troca de calor, devemos nos preocupar para que a temperatura do ar não alcance
0°C, pois caso contrário haveria o congelamento do condensado e obstrução do sistema.
A temperatura do ponto de orvalho que um secador por refrigeração atinge é normalmente +3°C (pressurizado a
7,0 bar) e/ou -20ºC (pressão atmosférica).
Normalmente utiliza-se uma bateria de filtros que garantem a qualidade do ar comprimido. Os tipos de filtros abaixo
estão especificados segundo um determinado fabricante, porém, os equivalentes no mercado são muito
semelhantes.
Tipo 1: Filtro de alta eficiência de uso geral: remoção de partículas de até 1 micron, inclusive água e óleo
condensados, com residual máximo de óleo de 0,5 mg/m³.
Tipo 2: Remoção de óleo: remoção de partículas até 0,01 micron, inclusive aerossóis de água e óleo, com
residual máximo de óleo de 0,01 mg/m³.
Tipo 3: Filtração de Ultra alta eficiência: remoção de partículas menores que 0,01 micron, inclusive
aerossóis de água e óleo, permitindo um conteúdo máximo de óleo de 0,001 mg/m³.
Tipo 4: Filtração de Carvão ativado: para remoção de vapores de óleo de hidrocarbonetos, propiciando um
conteúdo remanescente máximo de óleo < 0,003 mg/m³ (0,003 ppm), incluindo metano.
Recomendamos que antes da escolha dos elementos acima, haja a instalação de unidade de conservação para
retenção primária de possível condensado na rede de ar comprimido.
Reservatórios
Imagem ilustrativa
Com o uso de compressores lubrificados e acúmulo de condensado, recomenda-se uso de reservatórios de aço
inox ou então de aço carbono revestidos que diminuem a formação material oxidado.
Central 1 / Central 2
Período de Medição
Geração x Demanda
Consumo (m³/min)
Outo ponto que deve ser trabalhado é com relação aos índices de vazamentos de modo a reduzirmos o consumo
de ar comprimido, consequentemente a operação dos compressores, pois no gráfico acima constatamos um
volume médio de 7,20m³/min e uma vazão mínima de 5,81 m³/min o que representa praticamente 67% da
capacidade de um compressor GA 55 VSD FF.
Estes valores devem ser avaliados em função do que estava em operação no dia da medição.
Além dos vazamentos devemos trabalhar na questão da otimização do uso do ar comprimido, sem contar a questão
do reprojeto da rede de distribuição de forma a equalizar a pressão da rede.
Para localizar os vazamentos, foi utilizado um detector ultra-sônico, no qual apresenta o nível de vazamento
através de um sensor sonoro e um gráfico de led´s. O mesmo possui um transmissor ultra-sônico que envia um
sinal de 40 kHz ao detector e este indica com magnitude o local do vazamento.
As perdas por vazamentos devem ser evitadas ao máximo, pois podem ocasionar queda de produtividade e
aumento do consumo de energia elétrica.
Os vazamentos internos de consumidores de grande porte não puderam ser descritos, visto a impossibilidade de
acesso por motivos de segurança do trabalho e/ou parada de produção.
Abaixo, o custo deste desperdício gerado pelos vazamentos, sendo considerado um valor de R$ 0,42/kWh.
Foram realizados estudos com o rearranjo das pressões dos compressores já instalados na , porém o
que afeta realmente o consumo de energia elétrica é não somente a otimização, mas também a adequação do
sistema em relação a futuras expansões
Portanto, segue abaixo as ações para a melhoria do sistema de ar comprimido, substituindo os compressores hoje
instalados.
Recomendamos a instalação de compressores com variador de velocidade (VSD - Compressores com acionamento
por velocidade variável).
Este tipo de compressor irá estabilizar as flutuações da demanda de consumo atuais e futuras
Este tipo de compressor é capaz de acompanhar a demanda de acordo com a flutuação, ou seja, na medida que
aumenta ou diminui o consumo de ar comprimido, o motor varia a velocidade e consequentemente reduz o
consumo de energia ao mínimo, de acordo com as necessidades de consumo da empresa.
Foram realizados estudos com a aquisição de um novo compressor, onde teremos uma redução significativa do
consumo de energia elétrica.
Sendo que a economia a ser gerada por esta substituição, juntamente com o rearranjo das pressões de carga e
alívio dos compressores é de aproximadamente até 20% no consumo de energia elétrica em relação ao consumo
atual.
Para que possamos adequar o sistema de ar comprimido para que o mesmo possa atender a demanda futura em
seu sistema, recomendamos que a adquira novos compressores, de forma a equalizar o sistema de
geração de ar comprimido em sua central, pois nesta sala, não haverá ar comprimido disponível.
Desta forma apresentamos as melhores opções em relação a aquisição de novos compressores, conforme segue
abaixo.
Recomendamos um estudo específico para bicos de sopro, visto que há muitos deste tipo como parte de processo,
que estão elevando o consumo de ar comprimido e provocando “vazamentos” quando o mesmo não está sendo
utilizado.
O ar atmosférico em áreas industriais, urbanas e rurais de alta movimentação de produtos agropecuários e demais
possui em torno de 120 milhões de partículas em suspensão. Portanto, os particulados do ar comprimido podem
ser provenientes da contaminação do ar atmosférico (contaminação ambiental), dos compressores lubrificados, e
em determinadas circunstâncias, das linhas de distribuição de ar comprimido.
Levando-se em consideração que as malhas dos filtros de admissão dos compressores variam de 3 m a 30 m,
retendo em média 30 milhões de partículas, ou seja, 25% dos 120 milhões, os restantes 75% de particulados são
menores que 2 m.
Por isso, é de extrema importância a utilização dos filtros nos pontos de uso do ar comprimido, bem como sua
troca periódica que deve ser descrita no procedimento operacional de troca de filtros.
Portanto, em indústrias farmacêuticas e alimentícias podemos considerar o ar comprimido como aplicação crítica,
pois o mesmo deve ser da mais alta qualidade: seco, puro, isento de óleo e odores, pois frequentemente é a última
utilidade que entra em contato direto com o produto.
No caso da , recomendamos um ar comprimido com uma qualidade acima em relação a qualidade atual,
mesmo os compressores lubrificados mesmo trabalhando com Óleo Roto-FoodGrade Fluid.
O importante é manter um plano de inspeção e manutenção dos elementos internos, de forma a garantir da
qualidade do ar comprimido fornecido. E em casos específicos, havendo a necessidade, instalar filtros
coalescentes em função do desprendimento de particulado e possível arraste de óleo na linha de distribuição.
A NORMA ISO 8573-1 foi elaborada por um comitê técnico (ISO/TC 118), no qual participaram fabricantes, técnicos
e consultores de compressores, secadores, ferramentas pneumáticas e equipamentos afins, tendo como
colaboração o Instituto Norte Americano para Gases e Ar Comprimido (CAGI).
O objetivo do comitê é de definir a qualidade do ar comprimido a serem utilizados por indústrias do mais variados
segmentos, desde farmacêuticas, alimentícias, papel e celulose, refinarias e indústrias em geral.
Segue abaixo, para informação, as classes da ISO 8573-1 (2010) para temperatura do ponto de orvalho, teores de
óleo e contagem de partículas não viáveis recomendados (não obrigatórios) para a indústria de alimentos,
farmacêuticos e de processos críticos. Saliento que os valores são expressos em pressão atmosférica.
Para temperatura do ponto de orvalho recomenda-se que os resultados estejam entre -20 a -15ºC (pressão
atmosférica).
Abaixo apresentamos algumas sugestões que visam melhorar o desempenho da rede de ar comprimido, na qual
poderá ser realizado no redimensionamento do sistema de geração do ar comprimido.
Potência
carga por singularidade (p) igual ou menor que 0,1 bar 6% 6% 6%
(1,5 Lbs).
2º. Distribuição Pode ser chamada como tubulação “Principal” ou “Primária”: após a saída do manifold a
distribuição deve ser efetuada por uma rede principal preferencialmente fechada em forma
de “anel”.
3º. Distribuição Secundária: a rede de distribuição secundária deve ser projetada de tal forma a proporcionar
uma maior flexibilidade nas instalações futuras.
4º. Utilização Os pontos de utilização para ar comprimido, devem ser confeccionados de modo a evitar a
passagem de condensado para os equipamentos pneumáticos.
É de extrema importância prever em certos pontos, conexões que virão a ser utilizado no futuro, garantindo que
não haja na rede de distribuição derivações que possam comprometer a pressão de todo o sistema.
Considerações
O trabalho referido tem como objetivo o levantamento da rede de distribuição e geração do ar comprimido.
Figura ilustrativa
Geração de ar comprimido
O ar comprimido utilizado no processo produtivo da é gerado por compressores do tipo Parafuso Isentos
de Óleo, sendo (1) um na Central 1 (Utilidades) (2) dois deles na Central 2- (Produção) e, com secadores do tipo
refrigeração incorporado, equipados com painéis de controle para acionamento de alarmes e indicação de
parâmetros.
Central 1
O compressor ZT75VSDFF com secador incorporado está instalado diretamente no piso, nota: (atualmente o
secador está com problemas de funcionamento, e o Compressor está com vazamento interno nas descargas das
purgas e não possui sistema de dutos exaustão).
Secador Adsorção HB
Além do secador interno ao compressor o sistema possui também um secador independente por Adsorção HB que
atende diretamente ao compressor ZT 75VSDFF.
Os alarmes do secador indicam entrada do ar muito quente e alarme no ponto de orvalho indicando alto.
Verificado no local que a tubulação encontra se com temperatura elevada (tato)
Reservatório 5m3
O reservatório de 5m3 possui uma saída geral com diâmetro 6” e desta partem várias ramificações para distribuição
para a fábrica sendo: Linhas Principais (2xф3”), mais (3xф2.1/2).
Filtração Central 1
Filtros após ZT75VSDFF indicação de saturação Filtros DDX,PDX E QDX após o GA45
Filtro muito alto para manutenções Manobras fechadas mas não bloqueadas
Portanto, o ar comprimido após saída do compressor com secador incorporado (ZT75VSDFF) passa diretamente
por um conjunto de três filtros coalescentes antes de se encaminharem para o secador de adsorção.
Após o secador de adsorção e antes de encaminhar para a rede e reservatório o ar passa pelo outro filtro
coalescente.
O filtro e as válvulas de bloqueio estão em uma elevação 4metros e de difícil acesso para execução de manobras
e manutenções.
Central 1
Compressores não isentos de óleo Filtros DDx,PDx, QDx após Compressor Chicago
Os compressores desligados Atlas GA 45 e Compressor Chicago 16-100LA (que não são isentos de óleo e não
possui secador), primeiramente, passa por um conjunto de filtros coalescentes cada um (DDx,PDxeQDx) e na
saída dos compressores o ar deste sistema passa pelo after-cooler refrigeração a agua e posteriormente
direcionado ao mesmo reservatório (Nota: Os Compressores estão com todas as válvulas fechadas. Porém não
bloqueadas
Central 2
Atualmente a sala não tem fluxo de ar suficiente para refrigeração e ventilação, está instalado ventiladores para
auxiliar e entrada de ar para a refrigeração diretamente na grade de entrada de ar dos compressores
Os compressores possuem sistema com dutos de exaustão, e as purgas estão interligadas a um coletor geral.
Reservatório 2m3
O reservatório de 2m3 possui uma saída geral com diâmetro 3” após o reservatório passa por um filtro coalescente
antes de chegar ao Secador.
O reservatório está instalado com válvula de segurança com tag diferente do fluxograma, ponto para manômetro,
e ponto para termômetro, possui ainda na parte inferior um ponto de purga automático
Purga do secador
Além do secador incorporado de refrigeração interno aos compressores ZT55VSD FF o sistema possui também
um secador independente por Refrigeração SMC IDF-240D-3 que atende diretamente a estes compressores.
Todo ar gerado já tratado (secador) é enviado para a rede de distribuição (tubo 1xDN3”)
Filtração Central 2
Filtro SMC pós- entrada aço carbono saída aço inox Indicadores de temperatura do secador
Portanto, o ar comprimido após saída do reservatório de 2m3 passa por um filtro coalescente antes de se
encaminharem para o secador de refrigeração. O indicador de saturação deste filtro está no vermelho (indicando
saturado)
Após o secador de refrigeração e antes de encaminhar para a rede de distribuição o ar passa pelo outro filtro
coalescente. (o indicador de saturação deste filtro está no verde indicando estado bom)
Todo ar gerado já tratado (secador/filtros) é enviado para a rede de distribuição (tubo de aço inox 1xф3”)
A Geração de Ar Comprimido da Central 2 está interligada a Central 1 através da rede de distribuição.
LINK TECNO EMPRESARIAL.
Avenida Onze de Agosto, 163 – Jardim Silvestre – São Bernardo do Campo – São Paulo – CEP 09607-020.
www.linktecno.com.br – Contato: (11) 4367 9330
Processo: Tecnologia
Documento: FO.04-30
Referência: RS-035-19 Rev.: 1
Data: 20/08/2020 Página 28 de 48
Distribuição de Ar Comprimido
O ar comprimido utilizado no processo produtivo da HALEXISTAR é distribuído através das centrais de geração.
As tubulações da central 1 e 2 estão interligadas no piso técnico sobre o pipe rack através de filtros e válvulas de
manobra.
A Alimentação dos pontos de consumo de ar comprimido a partir da Central 1 está dividido em tres formas sendo:
uma saída direta do compressor até o piso técnico(1xф3”)., e uma rede paralela de (1xф2.1/2”) saída direta do
compressor até injetoras e( prédio do sopro por ora desativado) a terceira forma se dá a partir do reservatório com
5 saídas distintas para distribuição geral.
No Piso técnico as tubulações de aço carbono e de aço inox fazem anéis individuais e estão interligadas entre sí
e possuem sistema de filtragem na interligação, estas tubulações também estão interligadas à Central 2
Interligação Central 2 com piso técnico e Osmose2 Fechamento em anel dasRedes em aço carbonio e
aço Inox
Distribuição rede externa cobertura – sem pintura Distribuição rede externa - cobertura
Alimentação Autoclaves
Anexo segue as descrições completas para adequação das centrais de ar comprimido / Rede de Distribuição
Figura ilustrativa
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
Todos os tubos de ar comprimido na qual serão utilizados para o dimensionamento da nova sala deverá ser de aço Inox,
sem costura, conforme AISI 304, sendo barras de 6,0 m de comprimento.
As sustentações das tubulações se darão por suportes, tirantes e mãos francesas, nos quais deverão ser instalados na
estrutura já existente.
A montagem deverá ser realizada com rosca do Tipo NPT para tubulação abaixo de Ø3 sendo classe 150 de pressão,
conforme ANSI / ASME B.1.20.1. Acima de Ø3” a conexões deverão ser todas soldadas
As pressões de serviço para uniões roscadas deverão atender a ANSI / ASME B 16.39
As conexões deverão ser confeccionadas conforme especificação das normas ASTM A 197 ANSI B 16.3
Deve-se verificar os tubos de ar comprimido na qual recomendamos a utilização, sem costura, conforme AISI304 L, sendo
barras de 6,0 m de comprimento.
Levando em consideração a Norma ISO 8573-1 (que segue em anexo), deve-se avaliar quais os contaminantes (particulado,
óleo e umidade no ar comprimido) após execução da montagem para a verificação da qualidade do ar comprimido.
É recomendado que a rede de distribuição de ar comprimido possua um declive cerca de 5,0 % relativo ao
comprimento do trecho;
Segue algumas considerações que julgamos importantes para a construção do sistema de distribuição do ar
comprimido.
✓ Corrosão
✓ Contaminação interna
✓ Redução de espessura
✓ Vazamentos
✓ Aumento de rugosidade
✓ Maior ΔP
✓ Perda de produção
✓ Redução de vida útil
Dados experimentais comprovam que ao longo de um período de dez (10) anos de utilização de uma rede de
distribuição de ar comprimido, continuamente, a perda de carga (ΔP) representa ao término deste período
aproximadamente 70% dos custos da instalação.
Na grande parte das indústrias nacionais, ainda é muito utilizado tubos para ar comprimido nos padrões
Galvanizados ou tubos Pretos, como são normalmente chamados. Existem no mercado vários tipos de
especificações técnicas para os mesmos, nos quais em função do tipo de aplicação possuem suas características
especificas.
• Tubos de Aço Carbono Galvanizado, sem costura, conforme ASTM A 106 Gr.B – ANSI B16.10, sendo barras
de 6,0 m de comprimento;
• A montagem deve ser realizada com rosca do Tipo Bsp (Cônico) para tubulação abaixo de Ø3”, classe 150 de
pressão, conforme ANSI / ASME B.1.20.1.Acima de Ø3” as conexões deverão ser soldadas;
• As pressões de serviço para uniões roscadas deverão atender a ANSI / ASME B 16.39;
• As conexões deverão ser confeccionadas conforme especificação das normas ASTM A 197 ANSI B 16.3;
• Todos os flanges deverão ser confeccionados conforme ASTM A 105 ANSI B16.5.
Considerações Gerais
As sustentações das tubulações se darão por suportes, tirantes e mãos francesas, nos quais deverão ser
instalados na estrutura já existente.
É recomendado que a rede de distribuição de ar comprimido possua um declive cerca de 5,0 % relativo ao
comprimento do trecho.
As ligações pneumáticas da rede de distribuição para os equipamentos devem ser montadas com tubos flexíveis
apropriados para ar comprimido.
Deverão ser efetuados testes de estanqueidade conforme recomendação da legislação local (NR13 - Brasil);
Deverá ser apresentado a A.R.T. do engenheiro responsável pela execução do teste de estanqueidade e pelo
serviço executado, junto com cópias do atestado de responsabilidade técnica.
Deverão ser apresentados certificados de qualidade de todos os materiais que serão aplicados nas instalações da
rede de distribuição de ar comprimido, tais como tubulações, juntas, vedações, válvulas (comprovante do grau de
qualidade);
A empresa na qual efetuará a instalação deverá apresentar cópias de qualificação dos montadores da rede de
distribuição do ar comprimido;
Após a operação dos equipamentos os laudos referentes a ISO 8573-1 , deverão ser mantidos periodicamente, visando a
manutenção preventiva da qualidade do ar comprimido no processo de fabricação.
GERAÇÃO
1- Ar comprimido - Processo
TRATAMENTO
Reservatório
Recomendamos a adequação dos flanges de entrada e saída do reservatório de modo a minimizar as perdas de carga por
singularidade;
2- Ar comprimido Industrial
TRATAMENTO
Reservatório
Recomendamos a adequação dos flanges de entrada e saída do reservatório de modo a minimizar as perdas de carga por
singularidade;
Rede Ar Comprimido
Teremos um manifold com diâmetro DN8” polegadas para o Ar Comprido Seco de processos e também teremos um manifold
de DN6” polegadas para a rede de ar comprimido industrial;
Recomendamos a realização do reprojeto, de forma a minimizar a perda de carga por singularidade (∆p), e contaminações
de acordo com os desenhos apresentados anexos a este relatório
Ar Comprimido de Processos
• Todos os tubos de ar comprimido na qual serão utilizados para o dimensionamento da nova sala deverá ser de aço
Inox, sem costura, conforme AISI 304, sendo barras de 6,0 m de comprimento;
• As sustentações das tubulações se darão por suportes, tirantes e mãos francesas, nos quais deverão ser instalados
na estrutura já existente;
• A montagem deverá ser realizada com rosca do Tipo NPT para tubulação abaixo de Ø3 sendo classe 150 de
pressão, conforme ANSI / ASME B.1.20.1. Acima de Ø3” a conexões deverão ser todas soldadas;
• As pressões de serviço para uniões roscadas deverão atender a ANSI / ASME B 16.39;
• As conexões deverão ser confeccionadas conforme especificação das normas ASTM A 197 ANSI B 16.3;
• Deve-se verificar os tubos de ar comprimido na qual recomendamos a utilização, sem costura, conforme AISI 304,
sendo barras de 6,0 m de comprimento.
• Levando em consideração a Norma ISO 8573-1, deve-se avaliar quais os contaminantes (particulado, óleo e
umidade no ar comprimido) após execução da montagem para a verificação da qualidade do ar comprimido;
• É recomendado que a rede de distribuição de ar comprimido possua um declive cerca de 5,0 % relativo ao
comprimento do trecho;
Ar Comprimido de Industrial
• Todos os tubos de ar comprimido na qual serão utilizados para o dimensionamento da nova rede de ar comprimido
industrial deverá ser de aço carbono preto, sem costura, conforme ASTM-A 120-53 106API GR B Schedule 40,
sendo barras de 6,0 m de comprimento e biselados para solda;
• As sustentações das tubulações se darão por suportes, tirantes e mãos francesas, nos quais deverão ser instalados
na estrutura já existente;
• A montagem deverá ser realizada com rosca do Tipo NPT para tubulação abaixo de Ø3 sendo classe 150 de
pressão, conforme ANSI / ASME B.1.20.1. Acima de Ø3” a conexões deverão ser todas soldadas
• As pressões de serviço para uniões roscadas deverão atender a ANSI / ASME B 16.39;
• As conexões deverão ser confeccionadas conforme especificação das normas ASTM A 234;
Nota 1: As Tubulações de aço carbono da linha de ar comprimido Industrial serão reaproveitadas integralmente, sendo
apenas executados os trabalhos na Sala dos compressores e interligações, necessárias.
Nota 2: Para as classes de utilização do ar comprimido de processos ver o fluxograma Muve ∕ Halexistar ver desenho
20170-PC-P05-000-002 REV00;
Para Identificação dos pontos de consumo do Ar comprimido Industrial ver o fluxograma Muve ∕ Halexistar ver desenho
20170-PC-P05-000-001 REV00
▪ Recomendamos uma vez por ano, efetuar a limpeza nos pulmões e se possível nas tubulações de ar
comprimido, objetivando a retirada das impurezas acumuladas ao longo dos anos, principalmente devido
ao uso de compressores de parafuso lubrificado e as evidências encontradas nos pontos de uso.
▪ As ligações pneumáticas da rede de distribuição para os equipamentos devem ser montadas com tubos
flexíveis apropriados para ar comprimido com produtos pneumáticos mais compactos e modernos, os quais
têm um menor consumo de ar comprimido e ocupam menor espaço físico.
Os purgadores tipo boia são modernos e eficientes, além de serem os únicos desenvolvidos especialmente
para ar comprimido, pois atualmente o sistema de purga de condensado da rede de ar comprimido é ineficiente.
Abaixo, alguns itens que influenciam diretamente nos desperdícios de energia elétrica:
• Os vazamentos devem ser evitados ao máximo, pois as perdas “invisíveis” possuem custos elevados.
Além das questões ocupacionais, que provocam índices de decibéis acima do permitido por lei (85
decibéis).
• Com a carga elevada na operação dos compressores, pode diminuir o rendimento dos mesmos caso
as manutenções preditivas e preventivas não estejam em dia;
• Falta de racionalização do uso do ar comprimido: Reduzindo-se os diâmetros dos bicos, bem como a
pressão de trabalho haverá uma grande redução de consumo de ar comprimido. Visto que redução da
pressão e do diâmetro deverá ser estuda na prática para que não haja comprometimento da qualidade
do produto final.
▪ As ligações pneumáticas da rede de distribuição para os equipamentos devem ser montadas com tubos
flexíveis apropriados para ar comprimido com produtos pneumáticos mais compactos e modernos, os quais
têm um menor consumo de ar comprimido e ocupam menor espaço físico.
Reduzindo-se os diâmetros dos bicos, bem como a pressão de trabalho haverá uma grande redução de
consumo de ar comprimido. Visto que redução da pressão e do diâmetro deverá ser estuda na prática para que
não haja comprometimento da qualidade do produto final.
A tabela abaixo demonstra como pode ser feita a redução do consumo de ar comprimido.
O estudo irá não só reduzir o consumo de ar comprimido, mas também irá aumentar a vida útil dos
compressores, que poderão passar a trabalhar mais aliviado, reduzindo o consumo de energia elétrica (kW).
Com a identificação dos pontos com vazamentos, há condições de iniciar uma padronização dos produtos
pneumáticos, visto que, a variedade de fornecedores acarreta maior quantidade de itens em estoque exigindo
um maior espaço físico. Cria-se, então, para o setor de compras facilidades de negociações com a aquisição
de maiores quantidades de mesmo item.
▪ Uma grande parte dos produtos pneumáticos está em condições precárias e inadequado para o uso. Desta
forma deve-se efetuar um plano de ação para que se possam reparar todos os problemas existentes, mas
de uma forma gradativa, atacando os pontos mais críticos e os pontos mais fáceis de serem reparados. E
em pouco tempo todo o sistema de ar comprimido estará em plenas condições de operação.
▪ Ideal que a tivesse uma equipe para reparação, troca, limpeza e retirada dos vazamentos dos
componentes pneumáticos.
CONCLUSÕES
De modo geral, a central protege os equipamentos das intempéries de baixa intensidade (sol, vento e chuva), mas
deve-se melhorar principalmente a questão de admissão do ar para dentro da central de ar comprimido, pois
constatamos uma diferença de temperatura interna / externa.
Todos os compressores passam a ser do tipo parafuso isento de óleo, com secadores incorporados com
inversor de velocidade. E o tratamento (secagem) formado por secadores do tipo adsorção que podem
promover temperatura de ponto de orvalho positiva de até -20ºC pressurizados a 7,0 bar e/ou -20ºC à pressão
atmosférica.
A instalação das áreas produtivas não é tão antiga, porém, com o crescimento produtivo e a frequente condensação
de ar comprimido a mesma tem provocado perda de carga e má qualidade, que afeta diretamente no bom
andamento dos processos e bem como no funcionamento dos produtos eletro-pneumáticos.
Devido ao consumo instantâneo ser bem característico durante todos os dias da semana, com a utilização do
compressor com variador de velocidade o consumo de energia elétrica é amenizado.
Outro fato extremamente importante é com relação da rede de distribuição, a mesma deverá ser adequada,
conforme projeto apresentado, de forma a equalizar a pressão nos pontos de utilização e minimizar a queda de
pressão em função dos picos de demanda na utilização do ar comprimido.
Com relação ao perfil de consumo de ar comprimido levantado durante os trabalhos em campo, esta é a melhor
opção técnica.
Outro benefício adicional será a redução dos vazamentos de ar comprimido, pois a pressão máxima atingida pela
rede será menor do que no sistema atual.
bar
8
7.5 p alívio
7
6.5 p carga
6 6.0 Pressão mínima na rede
Com a aquisição dos compressores propostos teremos uma redução no consumo de energia elétrica de até 20%
no consumo de energia elétrica.
Qualidade do ar comprimido
Foram observados vários pontos com acúmulo de condensado, um pouco de óleo e também particulados nos
pontos de utilização. Deste modo, os componentes pneumáticos podem ser prejudicados pela má do ar comprimido
(contatos eletropneumáticos de válvulas comandos com solenoides, desgastes de cilindros pneumáticos,
contaminar óleo lubrificante de lubrificadores instalados na entrada de consumidores etc.).
Essa qualidade, reflete diretamente na questão quanto a vida útil dos produtos pneumáticos, desta forma quanto
melhor for a qualidade do ar comprimido, maior será a produtividade por metro cúbico trabalhado.
Em processos em que o ar comprimido está em contato direto com o produto final e/ou embalagem primária, seria
adequada o mesmo fosse isento de óleo, condensados e contaminantes em geral, evitando não conformidades
visuais e/ou modificação nas formulações.
De imediato não podemos considerar que 100% dos vazamentos serão retirados, visto que isto necessita de um
plano de ação com manutenções preventivas periódicas visto que muitos vazamentos retornam após algum tempo
devido a própria vibração dos equipamentos consumidores.
Para melhorar o sistema de geração, tratamento, distribuição, utilização do ar comprimido, prevendo aumentos
vegetativos, qualidade do ar comprimido e economia de energia elétrica, devem-se levar em consideração algumas
mudanças.
Estes foram os pontos chaves para se iniciar um processo de melhoria do sistema de geração, distribuição e
utilização do ar comprimido. Para tal a (GO) deverá avaliar os principais itens.
** Este documento é de propriedade intelectual da Link Tecno, qualquer utilização ou reprodução sem prévia
autorização será passível de punições legais, conforme lei federal em vigor.**