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Incentivo:

Not a Edito rial

E ste é u m livro fe ito em s ua m aior par t e no ano de


2012 , q ua nd o já e ra um t ant o gr ande de s audades
de um a inte nsida de de m om ent o de v ida que
come ço u a acon tecer em 2007.
É u m livro qu e co m em or a a f r agilidade daquilo
que dep en de d o tem po, as inc om plet udes e as
t ent ativas.
C on tinu a tod o ele c heio de es per as e de lac unas ,
cont inu a tod o che io de dúv idas , c ont inua pr ont o
para receb er.
A AO FUTURO FICTÍCIO
POSSÍVEL PROVÁVEL
ANTIGO MORADOR DA CASA.
COMO CONVÉM.

CASA.

COMO
CONVÉM.
1º EDIÇÃO

RECIFE
EDITORA APLICAÇÃO
2014
AO
FUTURO
MORADOR
DA CASA
COMO
CONVÉM, P.16

FOTO‑
SEQUÊNCIA DE
INTRODUÇÃO P.22

CARTA
AO MINO, P.40

CARTA DE
FRIDA PARA LUIZ P.64

O HOMEM
COLORIDO P.72
s alva‑guarda h os pit alidade/ es t ar na c i d a d e
➞ TOMBAMENTO; P.45 in t im idade ➞ GUIA PRÁTICO
➞ ACERVO; P.70 ➞ ENDEREÇO PARA PARA EXPANSÕES
CORRESPONDÊN‑ DO DOMÉSTICO; P.52
CIA; P.47 ➞ SERIGRAFIA NOS
➞ HOSPEDARIA; P.50 TAPUMES; P.56
➞ HABITAÇÃO ➞ VOLUME BASE; P.58
MÍNIMA MERCOSUL; P.85 ➞ ABERTURA DE
UMA CASA; P.60
➞ PARQUE
JAQUEIRINHA; P.66
➞ BALANÇO E
CHUVEIRO NA
CALÇADA; P.74
➞ ROTEIRO DE
CONSERVAÇÃO DA
ARQUITETURA
MODERNA
ORDINÁRIA NO
RECIFE; P.76
➞ ATELIER BORSOI; P.78
➞ CAPIBARIBE; P.87

m o vimentação em pr eendim ent o pr ojet os


➞ ARQUITETURA ➞ BANCA; P.68 s obr e a ca s a
PRÁTICA; P.62 ➞ EDITORA ➞ ESTE LIVRO; P.93
➞ TIPOGRAFIA APLICAÇÃO; P.83
RESIDENTE; P.81
➞ COZINHA; P.89

PRO
JETOS P.44
FOTO-
SEQUÊNCIA DA
ASSOCIAÇÃO DE
TRABALHADORES
ARTISTAS DE
CASA AMARELA P.96
A
CIDADE
DO
RECIFE P.120

➞ RECIFE, SITUAÇÃO
POLÍTICA EM SEU
CONTINENTE; P.123

CIDADE DA
PRAIA E CIDADE DO
RIO NO MESMO
RECIFE P.125

➞ ESTUDOS DA ÁGUA
PARA USO PRÁTICO; P.128
➞ LUAS & MARÉ; P.130
➞ MAPA D’ÁGUA BRABA; P.131
➞ CAMINHO DO SUOR; P.133
➞ JARDIM VERTICAL; P.135
➞ LINHA PARA A CIDADE
DE ÔNIBUS; P.138

3 SEGUNDOS P.141

➞ PAISAGEM DO METRÔ; P.150


➞ CHECKLIST PARA SAIR
DE CASA; P.155
➞ DESCRIÇÃO LITERAL
DOS BAIRROS; P.157
➞ & CARNAVAL; P.165

FOTO‑
SEQUÊNCIA DE
PESSOAS EM
PERSONAGENS P.168
P.1 P.2 P.3 P.4

P.5 P.6 P.7 P.8

OS PREGOS P.228

P.9 P.10 P.11 P.12

LISTA DE
P.13 P.14 P.15 P.16 COISAS A SEREM
FOTOGRAFADAS:
—PRÉDIOS
DAS DÉCADAS
DE 60, 70 E 80,
CASAS DESSA
MESMA ÉPOCA
E MAIS ANTIGAS,
QUE APRESENTEM
CARACTERÍSTICAS
MODERNISTAS
«TROPICAIS» NA
CIDADE DO RECIFE;
—HÁBITOS

C AT Á
COMO TER
UMA MÁQUINA
DE COSTURA
EM CASA E
FAZER SUAS
PRÓPRIAS ROUPAS,
CORTINAS, TOALHAS;

LOGO
—JAMBEIROS,
MANGUEIRAS,
RUAS DE
PARALELEPÍPEDOS
(ESSA PALAVRA
É UM ESCÂNDALO)
E FOLHAS DE
PAPEL;
P.200
— OS MOMENTOS
EM QUE
#— 0— TODOS ESTÃO
A—B—C— 1— DESCONTRAÍDOS;
D—E — F — 2— —PESSOAS CRESPAS
G—H— I — 3— (CADA VEZ MAIS
J —K— L — 4— RARAS EM RECIFE);
M—N—O— 5— AS COISAS QUE
P —Q— R— 6— SERÃO USADAS:
S —T — U— 7— TODAS AS NOSSAS
V —X — Y— 8— CÂMERAS. P.230
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DOIS IRMÃOS

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Recife
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C a iro, Buenos Air e s , Zurique ) ,
S etembro de 2011 .

A O

( F U T U R O ,
F I C T Í C I O ,
P O S S Í V E L ,
P R O V Á V E L ,
A N T I G O ,
… , )

M O R A D O R
D A C A S A
C O M O
C O N V É M .

Caro,
s eja bem vindo à C a s a Com o Conv é m .

Aqui tens um livro que t e m os t ra a c a s a .


F oi feito à distânc ia , e nqua nt o e s t á v a m os
to dos espalhados.

16
«A Casa. Como Conv é m .» é um liv ro
publicado em 1 9 6 5 , f e it o pe lo Arquit e t o
Marcos de Vas c onc e llos no Rio de J a ne i r o ,
Brasil, que ap re s e nt a o proje t o pa ra a
residência de Mino, s e u int e rloc ut or.

Enquanto aut or, pa rt e dos pre s s upos t os d e


sua profissão e de c la ra e m t e x t o proble m as
e ideais que o guia m .

Segue desenha ndo no liv ro, c ôm odo à


cômodo, seus m é t odos e e s c olha s .

A «Carta ao Mino» a bre o liv ro.


Nela fica expos t o e de f inido o t e m po do
Arquiteto: trans f orm a ç õe s pe rc e bida s
na cidade e n a v ida da s pe s s oa s , e a m e d i d a
da influência que o a rquit e t o pode ria
exercer na cons t ruç ã o c ole t iv a .

O encontro com o liv ro f oi a c us t a de a c aso ,


o teto nós já t ínha m os e m c om um , t rê s
estrangeiros a o Re c if e .

E o livro, «A Ca s a . Com o Conv é m .» , de u


nome a uma p orç ã o de v ont a de s nos s a s em
torno de recebe r pe s s oa s e v iv e r na c ida d e
do Recife.

Tomamos o tí t ulo do liv ro e s ob e le


começaram à s e f orm a r de f a t o proje t os.

Por conta dos int e re s s e s de t odos e da


profissão dos m e ninos , t udo s e de ix a v a
moldar pela art e .

17 ➞ M A R C O S D E VA S C O N C E L L O S , I N D E X .
➞ V I Z I N H A N Ç A E D I M E N S Õ E S ; P. 9 5 .
➞ M A R C O S D E VA S C O N C E L L O S ; C A R TA A O M I N O , P. 4 0 .
J á havia o teto co m um que f unc iona c om o
p onto de chegada.

E sobretudo
o teto em comum
fe z a casa como conv é m .

Nosso atelier‑mor a da e nt re e nde re ç os , c a s a


fo rte casa amarela, de s de c a s a c om ja rdim ,
te rreno na maré, de m uda nç a pa ra o c e nt ro
a bsoluto do Recife .

O dia‑a‑dia entre qua rt os e s a la e e s pa ç os


d ivididos dentro e f ora de c a s a ; os liv ros ,
o s filmes, as história s de c a s a e da s out ra s
c idades; os sotaq ue s ; os a m igos próx im os
e os visitantes; as f ot ogra f ia s ;
a s conversas; o pe s a do e o dif íc il; a pia da ;
o s fins de semana na pra ia ; a s f e rra m e nt a s ;
o s conhecimentos ; a s roupa s ; a c om ida ;
o trabalho.

A n egociação
q ue compartilha t odos e s s e s be ns :
e ste acervo moldo u o c a da um ,
ta mbém os projeto s f e it os pe la c a s a
e pelos uns.

Moradores, entre pres e nç a s e a us ê nc ia s , s ã o


Cristiano, Cristina, Jona t ha s , P ris c ila e S ilv a n.

➞ C A S A S I LV E I R A L O B O ; M A PA 2 ; P. 4 9 .
➞ C A S A TA PA C U R Á ; M A PA 2 ; P. 8 8 . 18
➞ C A S A E D F. P E R N A M B U C O ; M A PA 7 ; P. 8 0 .
Este livro ago ra é
completament e
análogo
ao livro do ar quit e t o.

Aparece como f orm a de hom e na ge m —


ao tempo em c om um .

Foi feito para t e a pre s e nt a r a CAS A.

Em vez de arquit e t ura poré m ,


a edição gráf ic a de um liv ro.

O livro para a Ca s a Com o Conv é m , e nqu an to


relato sobre proje t o de a rt e , s e ria um
catálogo. Um liv ro no e nt a nt o, pa ra o pr o j eto
a Casa Como Conv é m , ne m pode ria s e r u m
livro muito m e nos um c a t á logo: c onv inh a
ser o dia‑a‑di a f luido, na c a s a , na c ida de ,
com pessoas a o re dor, c om o t ra ba lho.

Este aqui est á e nt ã o c om o guia do t e m p o


corrido. É está t ic o, m a s f unc iona c om o
fotografia pro f unda , que c om pa rt ilha uma
perspectiva.

19
O caminho que ele f a z
p assa por outros liv ros
p ara tomar forma
e mostrar o que é o proje t o de s s a c a s a .

P rimeiro mostra o s pla nos e os proje t os t a l


c omo os projetos de a rquit e t ura e de
a rquiteto, como o do Ma rc os de
Va sconcellos e co m o os que s a íra m do
c omeço do século , c om de s e nhos , c om
v istas, com histór ia s , c om ut opia s .
A fo rmalidade por é m é m a ior, c om o a de
q uem apenas se apre s e nt a .

Depois, de fato, u m m odo de us o da c ida de


c omo usada por nós ,
à protótipo,
p ara ser refeito po r que m c he ga e a inda v a i
fa zer os próprios c a m inhos .

P or último conta tudo o que t e m na c a s a e


n este livro da casa ,
n uma
o rdem
in ventário
s umário
g lossário
a rquivo
in dex
a rmários
d esordem

c atálogo.

➞ P R O J E T O S D E C A S A ; P. 4 4 .
➞ A C I D A D E D O R E C I F E ; P. 1 2 0 . 20
➞ C AT Á L O G O ; P. 2 0 0 .
Mesmo quando nã o e s t iv e rm os por pe rto ,
com o livro a c a s a e s t á a be rt a .

Ponto de chega da = P ont o de pa rt ida .

21
F O T O ‑
SEQUÊNCIA
D E


I N T R O D U Ç Ã O

22
23
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38
39
C A R T A
A O
M I N O ,

Mino,

Habitamos, como v oc ê já de v e t e r not a do,


a América Latina e s om os m uit o pobre s ,
a sfixiados por pre s s õe s de t ôda na t ure za :
p sicológicas, intele c t ua is , f ís ic a s ,
e conômicas, cultura is e ide ológic a s . Ape na s
u ma minoria — à qua l pe rt e nc e m os — pode
d ecidir viver, come r, c onv iv e r, e duc a r‑ s e ,
v estir e habitar com o c onv é m a os s e re s
h umanos. O meu o f íc io é f a ze r c a s a s , m a s
n ão estou conven c ido de que a ha bit a ç ã o
in dividual seja a soluç ã o m a is s á bia .
Contudo, até hoje , na s c ondiç õe s e m que
v ivemos, nenhum pla no a rquit e t ônic o ou
u rbanístico troux e m a is que um a
c ontribuição idea lis t a e ut ópic a , c om o s e
fô ssemos um país de prós pe ros
a ristócratas. Som e nt e a t e rrív e l lógic a do
v endedor de imóve is t e m pre v a le c ido, o que
e xplica a loucura do a m ont oa m e nt o da s
p opulações urbana s e m bloc os de ha bit a ç ã o
c oletiva, cuja célu la é o a pa rt a m e nt o. É um a
s inistra moradia, e s t a . S ubordina o Hom e m
a um espaço que n ã o lhe c a be , que e s t á
a quém das suas ve rda de ira s dim e ns õe s , que
o pressiona a uma v izinha nç a inc ôm oda ,
c onstrangedora, i ne v it á v e l, um a
p romiscuidade hum ilha nt e , que de s a gre ga a
fa mília porque é um f a t or de re puls a qua ndo
d everia ser de paz , de re pous o, de c onv ív io
tra nquilo.

40
Estas construç õe s c ole t iv a s , ê s t e s
macrotérios, ins pira dos e e s t im ula dos p el a
busca do ouro, e s t ã o c onde na ndo o homem
que vive
      p o r d e n t r o
             da Arquit e t ura
a um triste degrê do — inv olunt á rio — d a
natureza e da poe s ia ne c e s s á ria s . Nã o são
igualmente legít im os o ins t rum e nt o lógi co
e o instrument o poé t ic o?
O conceito de libe rda de nã o s e c onf und e
com o conceit o de e s pa ç o?
É necessário
        r e c o n f e r i r
                à Arquit e t u r a
um valor despre za do: o pra ze r de m ora r.
Delitos contr a a na t ure za ja m a is f ic a m
impunes. O p re ç o que e s t a m os
pagando é de m a s ia da m e nt e a lt o:
dissolução da f a m ília pe la prom is c uida d e,
formação de c lã s de de linqüe nt e s e nqua n to
as crianças, e x pulda s de c a s a pe la â ns i a
de espaços, se div orc ia m , de s de c e do,
dos valores v e rda de ira m e nt e im port a ntes.

Se
   a c a s a
        é burric e , é c om puls ória ,
por imposição da Cida de c a da v e z m a is
hostil, mais a nê m ic a , m a is e s c le ros a da .
É óbvio que é ina t ingív e l a re a liza ç ã o
da cidade plana , de re duzida de ns ida de
demográfica, a briga ndo um a popula ç ã o
reduzida. A C ida de Ve rt ic a l é im pos t a pe l a
época, pelos c os t um e s , pe la t é c nic a .
O que ocorre , no e nt a nt o, é opos t a m e nt e
diferente do que s e ria ra zoá v e l ou
apenas sofrív e l num a c ida de c om t a is
característica s . A s upe rde ns ida de dos
quarteirões d os ba irros m a is populos os,
com o sacrifí c io da s á re a s v e rde s de
dispersão, e a a pe rt a da v izinha nç a ,
faz insuportá v e l o a t o de m ora r e c irc ula r.

41
Is so tudo com a c um plic ida de e
c onivência desta e nt ida de a bs t ra t a
— o Poder Econôm ic o — que e s t á s e m pre
s acudindo no nariz da ge nt e um dis pe ndios o
e ngenho nuclear, a m e a ç a ndo a c e ndê ‑ lo a
c ada reinvidicação, de núnc ia ou prot e s t o
q ue se faça, mesmo que s e re f ira m à s
d imensões de um qua rt o de e m pre ga da .
Quem não está do la do dê le
— por convicção o u c orrupç ã o —
e stá do outro lado , c oa gido a um a opç ã o
a bsurda e estúpid a .

A marcha da tecno logia é de t a l


fo rma atordoante que o m a is s á bio
é não nos arriscarm os a um a pre v is ã o
d e comportament o a rquit e t ônic o
o u urbanístico. So u m a is c onf ia nt e
n o juízo da máquina do que no nos s o:
te mos nos comport a do m uit o m a l
n estes últimos séc ulos . Ma s , m e s m o
a os trancos e trop e ç õe s , a Hum a nida de
te m melhorado e e s t ou c onv e nc ido de que ,
n o futuro, numa soc ie da de pla na e
p lanificada, as No v a s Cida de s liv ra rã o
o H omem dêste se nt im e nt o m is a nt ropo
e isolacionista qu e a s a t ua is e s t im ula m .
S eremos, um dia, bons v izinhos , e m s ilê nc io
e paz, banhados igua lm e nt e de s ol, de a r,
d e verdura vivend o num a c om unida de
ris onha e franca dos m e ninos ,
d os namorados, d os s a biá s ( onde os nos s os
filh os sejam convida dos a pis a r na gra m a ) ,
d os automóveis já a m e s t ra dos e , a c im a
d e tudo, do lazer e do t ra ba lho re dim ido
d a sua maldição bíblic a .

42
Tudo, então, c om o no f ilm e gre go,
vai acabar ale gre m e nt e na pra ia .

Enquanto iss o, v ou, c om o c onv é m ,


exercendo o m e u of íc io, pois f oi pa ra isto
que você me c onv oc ou, e nã o pa ra e s t a s
especulações , m e s m o que c onv e nha m .

43 ➞ N E V E R O N S U N D AY, I N D E X .
➞ E S T E L I V R O ; P. 9 3 .
➞ M A R C O S D E VA S C O N C E L L O S , I N D E X ; .
P R O J E T O S

D E
C A S A

O s pr oje tos q ue se m os t r a aqui s ão f eit os m es m o


sem que rer se r p roje t os .
S ão p roje tos p ois s ão planos de f az er t r elas ,
oficiais o u nã o, de ver a c onv er s a v ir ando um
acontecer.
S ão mo vid os às vez es pelo dolor ido de v er o que
se gosta estrag ar, por quer er c uidar, por quer er
usar.
S ão ta mbé m a con s c iênc ia das gos t os ur as da
vida qu e estão mu ito ao alc anc e da m ão.
A qu i a pa recem ass im c om o s is t em a, de m odo
que fica mais fá cil de c ont ar s obr e eles pr a quem
não aco rda to do d ia pr a t om ar c af é da m anhã
junto .
O formu lário e m q ue eles s e enc aix am v em da
apresen tação d e a rquit et ur a, ar t e dos planos e
proje tos.
S e nã o se tran sfo r m am s em pr e em ac ont ec er,
não que r d ize r q ue s um am da c onv er s a.
O s pr oje tos fa ze m a c ont ec er out r os pr ojet os m ais
f ato, e fazem fala r d e out r os pr ojet os m ais s onho.

44
projeto

TOMBAMENTO
Recife, 20 08 .

objeto
Eleme nto s e s pec iais em f r agilidade e pr oc e s s o
d e ap ag ame nto ou des us o.
Fo tog rafia com o dis pos it iv o de t om bam ent o .
programa
sa lva ‑gu ard a
partido
Sim, p od e ser um a af ir m aç ão.
Sim, p od e ser o m eu c om ent ár io s obr e o que s e
p od e fazer. E ent ão eu t om o pelo gos t o e c om e ç o
a con tinu ação .
Ag ora , pú bli c a.
memorial descritivo
TOMBAMENTO
TOMBAMENTO
Órgã o cria do pela dupla de ar t is t as Cr is t ian o
L en ha rdt e Jo nat has de Andr ade, par a des ign a r
a o estatu to de im por t ânc ia, o m odo de es t r ut u r a r
e fo rmar a s mat ér ias que apr es ent am a
visu alid ad e.
Arbitra ried ad e? SI M . Por que?
Impo ssíve l n ão s er as s im par a dec idir o que é
re levan te de to m bo e o que não é.

45 ➞ C R I S T I A N O L E N H A R D T, I N D E X .
➞ J O N AT H A S D E A N D R A D E , I N D E X .
A máq uin a d e escre v er por ex em plo TO M BADA! ! !
A f oto gra fia é su po r t e que r ev ela um
pensame nto — a minha m elhor f ot o não
t em foco dire ito e é LI NDA.
P OR ENQUANTO EU O BEDEÇO A I NTUI ÇÃO .
O pe nsame nto ca r t es iano es t á f or a de m oda,
hihihi — q ue m te en s inou a s ens ibilidade?

Lista de coisas a ser em f ot ogr af adas :


—­  Préd ios d as dé c adas de 60, 70 e 80,
ca sa s de ssa m es m a époc a e m ais
an tiga s, qu e ap r es ent em c ar ac t er í s t ic as
mod ern ista s «tr opic ais » na c idade do Rec if e;
— Há bito s co mo ter um a m áquina de c os t ur a
em ca sa e fazer s uas pr ópr ias r oupas ,
co rtina s, toa lhas ;
— Jamb eiro s, mangueir as , r uas de
pa rale lep ípe do s ( es s a palav r a
é um escâ nd al o) e f olhas de papel;
— Os mo men tos e m que t odos es t ão
de scon traíd os;
— Pe ssoa s cre sp as
(ca da vez mais r ar as em Rec if e) ;

A S COISAS QUE S ERÃO USADAS:


toda s a s no ssas câm er as .
como executado
O livrinh o‑p au ta ins c r it o por J onat has e
Cristia no n o Prêmio Por t o Segur o de Fot ogr af ia,
que pon tua u ma form a de ut iliz aç ão da f ot ogr af ia
cult iva da e m co nju nt o. Fic a o liv r inho c ois a.
S e acu mula m n o dia a dia as im agens ,
o acervo‑e sta mpa fa br ic ado e c apt ado.

➞ F O T O G R A F I A D E T O M B A M E N T O ; P. 2 3 0 .
46
projeto

E N D E R E Ç O PA R A
CORRESPONDÊNCIA
Ru a Silve ira Lo bo, 150‑ A.
Re cife , 2 00 8.

objeto
Esp aços e vont ade de r ec eber.
programa
ho sp italid ad e / int im idade
partido
Usa r o e sp aç o dis poní v el par a dar s upor t e a o
q ue se qu er de s env olv er ao r ec eber c onv idad o s .
memorial descritivo
Sen do to do s es t r angeir os à c idade do Rec ife ,
e xistiu na tura lm ent e a nec es s idade/ v ont ade
d e receb er e str angeir os em c as a, além de us a r
o e sp aço do més t ic o par a s e apr ox im ar dos
h ab itan tes d a c idade.
O e nd ere ço n a Rua Silv eir a Lobo er a o t ér r e o
com jard im d e um pr édio de quat r o apar t am en t o s .
O e sp aço, qu e nunc a es t ev e t ão dis poní v el e t ã o
a gra dá ve l, tran s f or m ou em pr ogr am a a v ont ad e
d e receb er.
Até o qu arto de em pr egada poder ia, c om al g u m
re trab alh o, receber r es ident es .
A pro po sta se t r ans f or m ou num c onc ent r ad o

47 ➞ E N D E R E Ç O PA R A C O R R E S P O N D Ê N C I A , I N D E X .
➞ C A S A S I LV E I R A L O B O ; M A PA 2 ; P. 4 9 .
de re sid ên cia s en vo lv endo pes s oas pr óx im as
e pessoa s de q ue m e x is t ia a v ont ade de s e
aproximar, co ncretiz adas pr es enc ialm ent e
ou por corre sp on dê nc ia, c om t r abalhos ,
conv e rsa s e p rop ost as .
como executado
A pro po sta fo i e nviada c om o pr ojet o ao SPA
das Arte s, pro gra ma de ar t es da pr ef eit ur a
do R ecife , ma s nã o r ec ebeu apoio. Ac ont ec eu
de fo rma ind ep en de nt e no m es m o per í odo
do eve nto , e m sete m br o de 2008.
A s residê ncias com eç ar am a ac ont ec er
algum te mpo an tes e nquant o c onv iv ênc ia;
os aco nte cime nto s e a aber t ur a par a o públic o
se con de nsara m d ur ant e um a s em ana. No des ejo
que a ab ertu ra ren de s s e c onv er s as m ais dur adou ‑
ras, fo i ma ntid o um s er v iç o de pequenas c om idas
duran te a s tard es, diar iam ent e.

A s recep çõ es a co nt ec em ainda s em pr e, por


veze s ma is p lan eja das e pr of is s ionais , out r as
apen as p or co nta d a dis ponibilidade.
A reside nte ma is a plic ada que t iv em os f oi, pelo
espaço d e u m mê s, a per f or m er Luc iana Fr eir e .
Victor Sa lessi foi o r es ident e int er m it ent e es pont â ‑
neo de pro po sta s mais ous adas .
U m d os p lan os pa r a o des c am pado dis poní v el
na Tapa cu rá era e sta c ionar um t r ailer par a f az er
novos co nvites. No Edif í c io Per nam buc o s ão
300 m etro s qu ad rad os pr a m odelar.

➞ LUCIANA FREIRE, INDEX.


➞ L U C I A N A F R E I R E ; 3 S E G U N D O S , P. 1 4 1 . 48
➞ 3 0 0 M T S ; P. 8 0 .
49 M A PA D A C A S A
R U A S I LV E I R A L O B O , 1 5 0 - A ,
P O Ç O D A PA N E L A .
➞ M A PA 2 ;
projeto

HOSPEDARIA
Recife, 20 07 e m d iant e.

objeto
P artilh a do espa ço dom és t ic o.
programa
hospita lida de / intim idade
partido
A ge nciame nto d os es paç os de int im idade
dentro d o espa ço p ar t ic ular c olet iv o da c as a.
memorial descritivo
A rotin a da casa pa r t ilhada e a pouc a def iniç ão
do uso d e ca da e sp aç o, que des enha um a nov a
situaçã o a ca da in ter v alo de t em po, m ais o hábit o
de re ce be r pe ssoa s em c as a lev am à aber t ur a par a
algum as p ossib ilida des de or ganiz aç ão f ut ur a.
U m a d as von tad es é t er c áps ulas m ais es t an‑
ques a ne xa s ao n úcleo c olet iv o m ais dinâm ic o do
ateliê‑mora da . Um tr ailer que es t ac iona na por t a
ou no qu inta l e con v iv e c om o f unc ionam ent o
norm a l d a ca sa . E q ue pos s a t am bém des c olar dali
em ou tros mo men tos e lev ar par t e da c as a par a
experimen tar ou tros c ont ex t os . O u ent ão um a
f orma de re org an iza ç ão de pr ogr am a que f r agm en ‑
t e e defin a mais os e s paç os í nt im os or ganiz ados
em t orn o do s espa ço s c om uns — da c as a par a
a vila, ou p ara a pe ns ão.

➞ C A S A S I LV E I R A L O B O ; M A PA 2 ; P. 4 9 .
➞ C A S A TA PA C U R Á ; M A PA 2 ; P. 8 8 . 50
➞ C A S A E D F. P E R N A M B U C O ; M A PA 7 ; P. 8 0 .
➞ A R Q U I T E T U R A P R Á T I C A ; P. 6 2 .
Ca da u m d esse s pr ogr am as paut ar ia um a f or m a
d ifere nte d e ge r ênc ia e c om pr om is s o c om a c a s a ,
e re ssalta ria a s pec t os dif er ent es da dinâm ic a q u e
já a co nte ce a li.
como executado
Observação c ons t ant e das s it uaç ões que
a co nte ce m n a c as a a c ada m ex ida.
Aten çã o às o por t unidades que podem r is c a r a
fa ísca pa ra em bar c ar em um a das pos s ibilida d e s
d e pro jeto .

51
projeto

GUIA PRÁTICO
PA R A E X PA N S Õ E S
DO DOMÉSTICO
Louise Ga nz
B elo Horizon te—Recif e, 2008.

objeto
C on vite d e Jon ath as à Louis e :
Ten ho u m co nvite a t e f az er. No m ês de s et em br o
abrire mos n ossa ca s a dur ant e a s em ana do Spa
das Arte s de Re cife par a a v is it aç ão de públic o, e
desde já estamo s co nv idando ar t is t as
e amig os p ara p en sa r em algum t r abalho par a
o espa ço d a ca sa … Es t e pr ojet o s e c ham a A Cas a
Como Co nvém e te m os m uit o c ar inho c om ele, pois
é uma e xp an sã o da ex per iênc ia de c onv í v io que
nós três tivemo s po r um ano e m eio, des de que
viem os mo rar jun tos nes t a c as a.
Go staría mos muito que v oc ê f iz es s e par t e.
O que acha ? A casa c om o c onv ém é t am bém um
livro d e um arq uite to c ar ioc a da déc ada de 60 que
abre co m u ma carta c heia de s ent im ent os s obr e a
cidade e sua s tran sfor m aç ões . M ando a c ar t a em
anexo pa ra vo cê da r um a lida.

➞ LOUISE GANZ, INDEX.


➞ B R E N O S I LVA , I N D E X . 52
➞ J O N AT H A S D E A N D R A D E , I N D E X .
programa
estar na cida de
partido
Respo sta d e Louis e à J onat has :
A ca sa d e Jo nat has pos s ui jar dim , c ir c ula a r e
sol, ab re‑se ale gr em ent e par a f or a e f ec ha‑ s e e m
sua in timida de , no enc ont r o ent r e habit ant es .
Um la r. Coisas m ar av ilhos as ac ont ec em em u m l a r.
E co isa s mara v ilhos as podem s er lev adas par a o
mu nd o pú blico.
Além da ima gem da c as a do J onat has , gos t o
d a cid ad e. E sabe‑ s e que elas apr es ent am po u c o s
e sp aços pú blicos onde pode‑ s e r es pir ar, par q u e s
e p raças q ue , q uando m uit o, es t ão dis t ant es d e
n ossa s ca sa s. As r uas , as c alç adas , as es quin a s ,
p ed aços d e mur os , f r es t as ent r e par edes , ár v o r e s ,
p ostes, corre do r es , halls , que es t ão logo do o u t r o
la do d o po rtão ou da por t a, s ão a opor t unidad e
p ara a ume nta r as c as as .
Prop on ho o g uia c om o um a c elebr aç ão do la r.
Co mo a s ca sa s es t ão c ada v ez m ais c onf inad a s ,
o s espa ço s tris t es e s em s ol, s em v ent o,
sem vistas, e s em r elaç ões c om aqueles pas s a n ‑
te s cu riosos q ue obs er v am o jar dim c om ent an d o
sob re os a rran jos f lor ais , pens o em ex pandir a
casa pa ra a rua e aum ent ar os m et r os quadr a d o s
d e vivên cia .
memorial descritivo
Esse gu ia ap r es ent a v ár ios it ens que f ac ilita m
a e xe cu çã o e im plant aç ão de es paç os , r ef er e n c i a ‑
d os n o mun do d om és t ic o e nos es paç os int er i o r e s ,
p ara o la do d e f or a. É m uit o út il par a aqueles q u e
p ossu em po uco es paç o int er no, e gos t am de f i c a r
d o lad o de fora , de v er o m ov im ent o das r uas , d e
con ve rsa r, d e c onhec er es t r anhos , ou apenas
sen tir o sol em s ua pele ou f ic ar à s om br a de
u ma árvore , b em pr óx im o de c as a, ou bem em
fre nte . Tamb ém s er á út il par a aqueles que v ive m
d iaria men te co is as c hat as nas c idades ao t er e m
d e an da r 2 h ora s de ônibus em pé e aper t ados ,
o u pro cu rar va gas par a es t ac ionar, ou s air de
casa qu an do tu do es t á t ão bom no ac onc hego
d o lar. Pro po mos ideias par a t or nar a v ida m a i s
d i ve rti d a , ou dicas para modificá‑la, silenciosamente.

53 ➞ C A S A S I LV E I R A L O B O ; M A PA
➞ F O T O - S AT É L I T E , P : 1 0 1 .
2 ; P. 4 9 .
N ele você en co ntr ar á :
1. kits comp leto s c om dic as de es paç os
int erio res d e ca sa s par a s er em lev ados par a
a calça da o u e sp aços públic os ;
2. pe qu en as a çõ es diár ias par a t r ans f or m ar
e t orn ar a vid a mais lev e;
3. co letâ ne a d e im agens , t ex t os e s onhos
que fa lem do p razer das r uas c om s ent im ent os
dos lare s;
4. co isa s bo nita s e f eias ex is t ent es nos
espaço s d e rua s e out r os ;
5. trecho s d a histór ia da f or m aç ão de r uas ,
galer ias, tra ve ssas, pas s eios e out r os .
P ara u tilizá ‑lo, ob s er v e s em pr e a num er aç ão
corre sp on de nte a o t em a, que apar ec e
nos ca nto s su pe riore s das páginas , pois
não há um índ ice com os t em as em s eqüênc ia,
por se trata r de u m guia que ac um ular á
e se a tua liza rá co m f r equênc ia. Es s a ediç ão
encontra ‑se b em pe quena, pois ac abam os
de iniciá ‑la.
Go staría mos muito de r ec eber dic as e m at er iais
para co mpo rmos u m guia bas t ant e v olum os o.
A grad ecemo s d esde já t oda c olabor aç ão, as quais
serão in se rida s co m s uas r es pec t iv as f ont es .
como executado
N a ca lça da e sta va m t apet e, c adeir as , alm of a ‑
das, um toca disco s, um c aix ot e de m adeir a c om
livros, amig os q ue chegar am , am igos que já
estava m em ca sa , jo r nal, s onhos c as eir os
(de come r). As instruç ões pos t as na par ede em
f olha s, na fe rrag em de pas t a‑ ar quiv o, es per ando
novas fich as q ue a s c om plet as s em .

➞ BIBLIOTECA, INDEX.
➞ HERBÁRIO AMBULANTE, INDEX. 54
➞ MANICURE E CABELEIRO, INDEX.
➞ S A L A D E T V, I N D E X .
55 A L E R TA G E R A L
C AVA N I R O S A S
   1 9 8 6
projeto

SERIGRAFIA
N O S TA P U M E S
Recife, 20 07 e m d iant e.

objeto
Mud an ça n a forma de ex is t ir do bair r o de Cas a
A mar e la pro movida pela es pec ulaç ão im obiliár ia.
programa
esta r n a cid ad e
partido
Qu e stio na men to da nat ur alidade
do ma u uso urb an o.
memorial descritivo
A c arta q ue a bre o liv r o do ar quit et o M ar c os
de Va scon ce llos d e 1965 é t r ans pos t a par a
uma te la de serig rafia par a s er aplic ada s obr e
os t apu mes d as n ovas c ons t r uç ões que s ur gem
no bairro de Casa Am ar ela.
O v olu me de con str uç ões ac ont ec endo
ao me smo te mpo e m que não há inv es t im ent os
estru tura is na re giã o é o que c ham a at enç ão:
os t erren os g en ero s os de m or adia unif am iliar s e
t rans forma m e m e mpr eendim ent os des t inados
à receb er de ze na s de f am í lias , s em que haja
nenh uma a de qu ação do ent or no par a t ant o.

➞ M A R C O S D E VA S C O N C E L L O S ; C A R TA A O M I N O , P. 4 0 .
➞ MOURA DUBEUX, INDEX. 56
São e mpre en dim ent os de m at r iz public it ár ia
q ue a o ve nd er a ex per iênc ia de bem v iv er ex i s t e n ‑
te n esse s ba irr os , anulam es s a ex per iênc ia
a través de sua f or m a de ins er ç ão.
como executado
Com tinta ver m elha, a m es m a c ar t a que s er v i u
d e co nvite pa ra as r es idênc ias do Ender eç o p a r a
Co rrespo nd ên c ia er a s er igr af ada em t am anho r e a l
d ireta men te so br e as par edes pr ov is ór ias das
con stru çõ es.

57
projeto

VOLUME BASE
Merca do d e Sã o Jo s é,
Recife, 20 09 .

objeto
P roje to de e scultu r a em es paç o de pr aç a,
usando como mo de lo/ m olde/ m at r iz um a t enda
de ven da d e pa ne las e f or m as de bolo.
programa
esta r n a cid ad e
partido
D ar existê ncia a um a f abr iquet a que f unc ionar á
como lo ja e ta mbé m c om o es c ult ur a.
memorial descritivo
E m fren te ao me rc ado São J os é oper ando
como tra ba lha do res do loc al, us ando os m at er iais
dispon íve is ne ste a m bient e que nos alojam os ,
daremo s inicio a pro duç ão de f or m as m últ iplas .
E ssa s pe ça s ge ram um v olum e que es t r ut ur ado
e combin ad o cria m um a noç ão de es c ult ur a que
esco a n a ve nd a ind iv idual das f or m as .
A f ôrma d e me tal func iona c om o negat iv o e a
f orma feita e m g esso c om o pos it iv o. Pr oc es s o de
revelar o va zio , visu aliz ar o dent r o, ant es apenas
imagin ável.
Qu a dra do s, co rações , ov ais , hec t aedr os ,
t rapézios… como o baldinho da c r ianç a na pr aia,
das forma s prima rias a c om binaç ões es t r ut ur ais
na comp osiçã o escu lt ór ic a.
➞ M E R C A D O D E S Ã O J O S É , I N D E X ; M A PA 8 .
➞ S PA D A S A R T E S , I N D E X ; 58
como executado
Proje to no e s paç o públic o dur ant e SPA das
Arte s Re cife , com Cr is t iano Lenhar dt , J onat h a s
d e An dra de , Si lv an Kälin.
A ba nca de fô r m as de bolo do I s m ael das
Fôrma s no me r c ado de São J os é em Rec if e f o i
to mad a co mo m odelo, e s uas f ôr m as de bolo
como n eg ativo. M ont am os nos s a bar r ac a e
p rod uzimos n o c om pas s o do dia a dia da pr aça d o
Me rca do .

59 ➞ S PA D A S A R T E S , I N D E X .
➞ C R I S T I A N O L E N H A R D T, I N D E X .
➞ J O N AT H A S D E A N D R A D E , I N D E X .
➞ S I LVA N K Ä L I N , I N D E X .
projeto

ABERTURA
DE UMA CASA
Rua Pad re An ch ieta , 560.
Recife, 20 08 .

objeto
C on vite p ara café da m anhã na c as a m oder nis t a
do bairro da Torre e m pr oc es s o de des m ont e.
programa
esta r n a cid ad e
partido
A de stru içã o como pr ojet o de aber t ur a.
memorial descritivo
U m b an qu ete d esjejum es t á s endo pr epar ado
para ama nh a, às 9 h, num a c as a na es quina
da R ua Pad re An ch iet a c om a Dav ino Pont ual,
número 5 60 .
A c asa é incrive lm ent e linda, um a c ons t r uç ão
modern ista q ue fo i s aqueada e des t r uí da. A ideia
de fa ze r u m b an qu ete nes t e lugar e nes t e m om ent o
vem da vo nta de d e r eunir am igos t am bém ar r eba ‑
t ados pe las tra nsfor m aç ões da v ida, do m undo
e da cid ad e, pa ra um enc ont r o de s ent im ent os ,
em qu e se e nche a bar r iga dor m ida de f r ut as e
suco s, p ree nche nd o de pr es ent e es s e pas s ado
e o dia co m e ne rgia ger ador a e t r ans f or m ador a.

➞ C A S A R U A PA D R E A N C H I E TA M A PA ; M A PA
60
6;
➞ DONA LOURDES, INDEX.
➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 3 5 ; 11 2 ; 2 4 0 ;
Gostaria mu it o de c om par t ilhar des s e m om e n t o
com tod os vocês , de enc ont r ar c ada um de v o c ê s e
seu s amig os lá .
A ide ia do b anquet e é par t e do pr ojet o A Ca s a
Co mo Co nvém, e f oi m ot iv ada pela v is it a da a m i g a
a rqu iteta Cristina G ouv êa, que é um a das r es i d e n ‑
te s da casa. Quer o apr es ent á‑ la a v oc ês am a n h ã .
como executado
O b an qu ete ac ont ec eu c om f r ut as , t oc a‑ disc o s ,
visita nte s co nvidados e es pont âneos .
A ca sa con tinuou s endo s aqueada at é s er
d emo lida a nte s do f inal do ano.
No dia d o ba nquet e f oi f eit o um lev ant am en t o
rá pid o da a rqu it et ur a que depois s er v iu de ba s e
p ara o tra ba lho «Pr ojet o de aber t ur a de um a c a s a ,
como con vé m.» de J onat has de Andr ade, um a
ma qu ete ‑pro jet o da des t r uí ç ão da c as a.

61 ➞ J O N AT H A S D E A N D R A D E , I N D E X ;
➞ CRISTINA LINO, INDEX;
projeto

ARQUITETURA
PRÁTICA
Recife, de sd e 20 09 .

objeto
A m a teria lida de d a c as a no t em po, e s eu us o.
programa
movimen tação
partido
E dição d o corp o co ns t r uí do da c as a c om o
oportu nid ad e de e xp er im ent o; int er f er ênc ia no
espaço p articula r com o c élula de aç ão no t odo
do corp o co nstruíd o ur bano; ajus t e, adapt aç ão.
memorial descritivo
A m o rad a d e alu gu el im plic a em oc upaç ão
t empo rária e nu ma es péc ie de pos s e par t ilhada,
num a rran jo en tre pr opr iedade e us o.
A s reforma s sig nificam ex pandir o t em po da
ocupação d e alu gu el par a a ex is t ênc ia pr olongada
do esp aço con stru ído.
O m o vime nto d eve dar c ont a de adapt ar
o espa ço p ara o uso t em por ár io, c om at enç ão
às pré‑e xistên cia s e às per m anênc ias par a
adiante. Mora r com ar quit et o ac r es c ent a ao ac er v o
uma fe rrame nta . A or ient aç ão é a de r ec onhec er
as coisas n ela s mesm as , dev olv ê‑ las par a s i
quan do tu rva s e a de t er m ais c ons c iênc ia
da pr od ução do vest í gio.
➞ 3 0 0 M T S ; P. 8 0 .
➞ M A PA D A C A S A ; P. 4 9 . 62
➞ R I O A S B U I LT; P. 8 8 .
➞ RODRIGO LINHARES, INDEX.
O u so p articular e nunc a es t anque do es paç o
n essa casa, co m o c onv ém , pede adapt aç ão,
a juste, ne go cia ç ão c ons t ant e c om a m at ér ia d a
casa e su a mob í lia. As m ex idas par a c onv eniê n c i a
são o po rtun ida de de ex per im ent o — dos m od o s d e
fa ze r u ma ca sa , das m em br anas da c as a, dos
siste mas n uma c as a, do dis c ur s o pos t o em pr á t i c a
n essa casa.
como executado
Tem sid o em t r ês dir eç ões as int er v enç ões d e
a rqu itetu ra prá t ic a na c as a: a das m elhor ias
té cn ica s, a da s t ent at iv as de es gar ç am ent o d a s
me mbra na s da c as a, a da adapt aç ão.
A ág ua n o Rec if e é em bat e c ons t ant e: par a
che ga r d a ru a e ar m az enar, par a não m inar a c a s a ,
n em as p esso as e as c ois as dent r o dela.
Bo mba ; cistern a ( dá pr á us ar c om o pis c ina?) ;
calh as; d ren o no c or r edor de s er v iç o; r ev is ão
d o telh ad o. Há que s e enc ont r ar a m edida entr e
a u rgê ncia, o im pr ov is o, o pr ojet o, o or ç am en t o .
A po rosida de da c as a v ai ac ont ec endo at r av é s
d a privacida de f ilt r ada, de um es c anc ar am en t e o
imin en te, q ue d epois v olt a a pr oc ur ar a m edid a d o
con forto . Os cobogós abr em f r es t as de int im id a d e ,
fa ze m d o de pó s it o t r ans f or m ado em quar t o ab a j o u r
p ara o terre iro, e t es t am o lim it e de aber t ur a
d o ba nh eiro q ue pr ec is a de m ais luz e ar.
Qu ere m ir pa ra o m ur o. Tam bém nos r ec or t es
q ue vêm red esenhar a c ir c ulaç ão de luz , de a r
e d as p esso as pela c as a e v êm , na por t a aber t a
p ara a va ran da por ex em plo, r ec onhec er os e i x o s
e a s forças ag indo s obr e a c as a.
Os móveis sã o objet o de adapt aç ão e des en h o .
Arma ze na ge m é as s unt o c ons t ant e. Pr at eleir a s ,
g an ch os, caixas , apar ador es apar ec em .
A p osiçã o do s equipam ent os na c as a or ganiz a ‑ s e ,
sem fixa r‑se , de ac or do c om um a hier ar quia d e u s o
q ue se de fine n a pr át ic a em gr upo.
E h á ain da a s v ont ades guar dadas de c as a n a
á rvo re, de á gu a t r at ada da c huv a, de des enho s d e
caixa d’á gu a, d e m ódulo br anc o es t anque e
limp inh o pa ra o Cr is , de of ic ina par a t r abalho s
p esad os, e tc. et c .

63 ➞ M A PA D ’ Á G U A B R A B A ; P. 1 3 1 .
➞ B A L A N Ç O E C H U V E I R O N A C A L Ç A D A ; P. 7 4 .
➞ PA L C O , I N D E X ; .
Luizinho, saudades de você.

Hoje o dia parece ter amanhecido tranquilo


aqui na ocupação. O café da manhã demorou
a sair porque a noite foi boa.

Derrubamos parte de um dos muros para


facilitar o acesso ao terreno. Antes tínhamos
que entrar por uma janela que arrombamos
nas ruínas de uma fachada. Logo surgiu uma
«rua principal» no acampamento, que pode
ir até onde a gente quiser. Engraçado como
os espaços se formam aqui dentro. Sempre a
cada conquista. O lugar onde acendemos
a fogueira no primeiro dia de ocupação se
consolidou como espaço de maior
permanência e atividades. Isso quer dizer que
eu me ferrei, porque a minha barraca é
exatamente nesse meio. Depois da oficina de
gambiarra sempre tem uma figura fazendo
barulho na minha porta. Estamos acampados
no meio dessa cidade doida. Falam de 2 milhões
de pessoas circulando pelo centro. Imagine a
quantidade de loucos que aparecem por aqui.

Tudo o que é de lona está se desfazendo.


Estamos partindo p/ o nosso 1º barraco, mas
temos que driblar os seguranças para ir
buscar madeira nos antigos armazéns, depois
dos vagões descarrilhados.
Isso já nos toma a tarde inteira.

As vezes eu quero dar um tempo em casa,


mas ainda não é seguro. Tenho medo de voltar
e encontrar tudo no chão. Quando a cabeça
não tá aguentando, a gente corre para a casa do
Peres. Daqui de cima dá p/ ouvir os estalos e
ver as luzes das armas de choque elétrico que
os seguranças estão usando agora.
Mas eles assustam cada vez menos.

Viva Berlim.
Deixe Recife p/ depois do dia 15.

Frida

➞ FRIDA LEMOS, INDEX.


➞ LUIZ HENRIQUE, INDEX. 64
➞ O C U P E E S T E L I TA , I N D E X .
➞ DIREITOS URBANOS, INDEX.
65 O C U P E E S T E L I TA —
DESENHO DO
   A C A M PA M E N T O
projeto

PA R Q U E
JAQUEIRINHA
A nt ig a Casa de Sa úd e São J os é,
Av. De ze ssete de Agos t o.
Recife, 20 09 .

objeto
E xplora çã o pre da t ór ia da c idade — agindo c om
f orça n a vizinh an ça . Am eaç a de c onv er s ão da ár ea
do hosp ital ab an do nado em um nov o Car r ef our.
Celebração ‑bo ato d a c r iaç ão do Par que no t er r eno
que fica dispo nível c om a dem oliç ão.
programa
estar n a cid ad e
partido
C om a de molição abr upt a (e ir r egular ) do hos pi ‑
t al, o te rren o livre d eix a v er o pont o de c ont at o que
se abre d a aven ida e m dir eç ão ao Rio Capibar i ‑
be — a gra nd e áre a de r es pir o. Um a out r a pr om es ‑
sa. O olh ar a ten to pa r a r ec onhec er o t em po da
ação. No fluxo de cons t r uç ão e des t r uiç ão, a
cidade o fere ce b rechas e opor t unidades . O lhos
aberto s pa ra recon hec ê‑ las , apr ov eit á‑ las ,
susten tá‑la s.

➞ PA R Q U E J A Q U E I R I N H A ; M A PA
➞ O C U P E E S T E L I TA , I N D E X ; .
2;
66
memorial descritivo
O b oa to da cons t r uç ão do par que ganha f or ç a .
Ta lve z ten ha m ais f or ç a m es m o nes s e lugar d o
b oa to do q ue n aquele do pr ot es t o. Deix ar c r es c e r,
criar um fato . E nv olv er e aglut inar quem es t á
e m volta ta mbé m pens ando a c idade em que s e
vive , ta mbé m sent indo inc ôm odo. Dar f ôlego
p ara a id eia , p ar a a s ua r ealidade. Conf r ont á‑ l a
com a o utra re alidade que es t á par a v ir e é t ão
ma is po bre .
Uma faixa na ent r ada do par que agr adec e
à p refe itura e a o gr upo Car r ef our
p or esse lin do pr es ent e que a c idade r ec eber á ,
o Pa rqu e Ja qu eir inha. Panf let os ent r am nas c a s a s ,
voa m n a rua , g r udam nas pr aç as .
como executado
Ve locida de n a ex ec uç ão do plano. Res pos ta
p ron ta de q ue m f oi c ham ado a par t ic ipar : pass a d a
d e ch ap éu p ara pagar a f eit ur a da f aix a. Feit u r a
e in sta lação clandes t ina da f aix a. Dis t r ibuiç ã o
d os p an fleto s. Dem or a dois ou t r ês dias par a
o g rup o Carre four s e dar c ont a e r et ir ar a f aix a .
Os p an fleto s, pequeninhos , or dinár ios ,
d emo ram mais a dis s ipar. O jor nal r eage dias
d ep ois com u m a m at ér ia s obr e a es pec ulaç ão
imo biliá ria em Cas a For t e.
Passa do s d ois anos , o t er r eno de es per a
con tinu a a dispos iç ão. Ainda que s ob v igilânc i a ,
e imp ed ido d e u s o, a v eget aç ão deix a ant ev e r
o p arq ue .

67
projeto

BANCA
Transp ortá ve l.
Recife, 20 10 –2 011 .

objeto
Loja mo du lar de e diç ões de ar t is t a.
programa
em p ree nd imen to
partido
A be rtura d e espa ç o‑ br ec ha.
A Ba nca é mod ula r, t r ans por t áv el, f lex í v el,
indepen de nte . Su a f unç ão é a per m anent e adapt a ‑
ção à no va s espa cia lidades e c onc eit os .
S e comp leta à cad a t r ans f or m aç ão, es t r ut ur ada
na mo bilid ad e de suas peç as . Es s as peç as s ão
part e de u m to do me s m o quando apr es ent adas em
unidade . Em diversos s ent idos es t á c om plet am en ‑
t e à disp osiçã o.
memorial descritivo
C he ga a en co men da de pr ojet o de im plant aç ão
de um a loja d e ed içõ es na nov a s ede da G aler ia
Marian a Mou ra. Cris t ina G ouv êa e Silv an Kälin
desenh am um sistem a, um a ar quit et ur a‑ m óv el
t rans po rtável e flexí v el.
S ão mó du los d isp oní v eis par a r ec eber c ont eú ‑
dos diversos e pa ra oc upar o es paç o de f or m a
adap tável. As caixas s ão pont o de par ada
e enco ntro , a o mesm o t em po que c ar r egam a
prem issa d o moviment o.
➞ MARIANA MOURA, INDEX;
68
A pro po sta p ar a o r ec onhec im ent o v is ual da
Ba nca, de se nv olv ido pela Edit or a Aplic aç ão d e
Priscila Go nzaga e Silv an Kälin, ajuda a def in i r o
siste ma e a ide ia s obr e ele, que abr e c am inho p a r a
a e xp erime nta ç ão de s uas pos s ibilidades qua n d o
come ça o fu ncionam ent o.
como executado
A Ban ca é com pos t a por 38 c aix as m odulad a s
e m 4 5cm q ue , c ondens adas num únic o v olum e
fo rmam um b loc o de ar es t a 1, 80m . Elas podem
ser co mbin ad as em qualquer dir eç ão, f ix adas
e ntre si com fit as ou lac r es plás t ic os s e nec es s á ‑
rio . Os mó du los s ão ex ec ut ados em m adeir a
comp en sa da e t em as f ac es int er ior es r ev es t i d a s
com fórmica br anc a. Cada f ac e é per f ur ada e m
d ois po nto s pa r a f ac ilit ar o t r ans por t e e a pas s a ‑
g em de fia çã o e es t r ut ur as ent r e um m ódulo
e o utro .
O siste ma visual que ident if ic a a Banc a
seg ue seu prin c í pio de f unc ionam ent o:
se faz a p artir da def iniç ão de um
siste ma mod ula r de f or m as e abr e par a
sua s po ssibilid ades de c onf igur aç ão.
A Ban ca fu nc iona na G aler ia M ar iana M our a
d esde ja ne iro d e 2011 onde já ex per im ent ou
d ive rsa s forma ç ões es pac iais e alguns m odos d e
fu ncion ame nto . For a da galer ia es t ev e at é ag o r a
e m casa co mo m ódulo de ar m az enagem , em u m
e ncon tro b ud is t a c om o lum inár ia, par t ic ipou e
p romo ve u lan ç am ent os de liv r os em es paç os
p úb lico s da cidade e f unc ionou c om o loja hí br i d a
n o ate liê Mau M au dur ant e dois m es es . Rec eb e u n o
Jan ela d e Cine m a t r abalhos r elac ionados aos
filme s mostrad os , e no B³ deu lugar par a os
con vid ad os sen t ar em e dis c ut ir em s obr e a ar te
d igita l dispe rsa .

69 ➞ E D I T O R A A P L I C A Ç Ã O ; P. 8 3 .
➞ MAU MAU, INDEX;
➞ B³, INDEX;
➞ JANELA DO CINEMA DO RECIFE, INDEX.
projeto

ACERVO
Recife, 20 07 e m d iant e.

objeto
C ole çõ es: cap tura , r egis t r o e pr odut o.
A cúmulo d e me ios e m at er iais .
programa
salva ‑gu ard a
partido
Orga nização e d is pos iç ão do objet o par a o s eu
bom u so e con se rva ç ão; dis s oluç ão do ac úm ulo
nas po ten cia s ind ivi duais .
memorial descritivo
Mate riais p ara d es enho, im pr es s ão, s er igr af ia,
encade rna çã o; mate r iais de es c r it ór io em ger al;
equipame nto s d e fotogr af ia, ilum inaç ão, f ilm agem ,
proje çã o; ferra men tas f inas e de pr ec is ão;
f erra me nta s de ma rc enar ia; ins um os .
R ou pa s de cama , m es a e banho;
A rtigo s d e co zin ha ; es paç o.
E sco lha d e pra tos, c opos , x í c ar as , t alher es .
D isco s d e vin il, cds , ar quiv os digit ais .
Livros, livros, livros , liv r os , et c , et c , et c .
R evista s, ca de rno s , im pr es s ões .
Temp ero s e in gre dient es .
R eg istro s.
R ou pa s e figu rino s . Es t am pas .

70
Cab elo s.
Escolh a de p apéis par a uns t ant os f ins .
Corp os e cab eç as par a t r abalho.
Passe ios. film es . im agens e ideias .
O seu u so em c onjunt o par a os f ins de c ada u m
re sid en te em c olet iv o.
como executado
A ca sa con tinua ac um ulando m eios . os es pa ç o s
são ma iore s qu e os que c ada habit ant e oc upa r i a
e m solitá rio, po r s er em div ididos . As ideias
g an ha m u m cam inho dif er ent e depois de pas s a r
p ela re fração d as c onv er s as , ganham out r as
p otê ncias.
O a cú mulo de t udo t am bém s edim ent a his t ó r i a s e
in tere sses.
O a ce rvo fu nc iona c om o um idiom a m at er no ,
re pe rtório in ici al de im agens e m eios .

Proje to Beth : s e v ies s e alguém em nos s a c a s a


p ara arru mar tudo o que lá ex is t e? Des c ar t ar o
d esca bid o, dist r ibuir as c ois as em nov as c aix a s .
O qu e e ssa pe s s oa dir ia? O nde nos c oloc ar ia ?

71
O H O M E M
COLORIDO

Quero dois person a ge ns c he ios


d e quereres e preguiç a .
E les serão muito sim ple s , um é v e rde e o
o utro vermelho. Ele s nã o s e gue m v e rda de s .
A ú nica coisa que os de f ine s ã o s ua s c ore s ,
p or isso a predileç ã o pe los da lt ônic os ,
o fundo do mar ou a e s c uridã o da pe num bra
n oturna que só é enc ont ra da e m luga re s
c om poucos cond ut ore s de e ne rgia e lé t ric a .

Conto o fato que d e u iníc io a s ua a m iza de


o u ligação. O dia em que e le s s e olha ra m
e perderam um po uc o de s i m e s m os no
d esejo do outro.

F oi por causa de u m de s e nho f e it o no m a pa


d o brasil. O brasil é um pa is a s e r
d escoberto por ele s , a s s im c om o o m undo
in teiro, pois no m undo int e iro há a rv ore s
e há papéis. Os pape is t e m s ua be le za
e stonteante capaz de a rre ba t á ‑ los num
g olpe só, fazendo ‑ os e s pirra r e us a r s e u
ta to no auxílio do olho que s e nut re .
E se houverem linha s ou pa la v ra s
o u imagens impres s a s ne s s e s pa pé is
d e um jeito fino e pe c ulia r é de le it e a pe na s
e exaltação. Eles nã o s a be m o que f a ze r
c om tantos papéis , poré m os a dm ira m
e os amam em sua um ida de , e m s e u e s t a la r
q uando seco no som do a t rit o c om os
d edos que estimu la os ouv idos e m poe s ia
c rua de textura.

72
O pulmão se a rre be nt a e m á rv ore s c a ída s.
Sabe‑se que v e nt o f ort e , ra ios e c upins
derrubam árv ore s a o e s pont â ne o s e m
ajuda humana .

Ao homem co lorido c a be re c upe ra r


o ar em volta a re s pira ç ã o.
Fotografar co m qua nt a s c a m e ra s pude r,
e guardar o mom e nt o pa ra a a rt e .

O desenho era e la bora do c om c a ne t a s o b r e


o mapa, mas e ra re a liza do c om o c orpo q u e
ia percorrendo dis t â nc ia s e unindo pont o s.
Nos pontos unidos e ra m a c iona dos
novos roteiros . E m c a da pont o e ra m
soldadas lembra nç a s da e x is t ê nc ia da v i d a,
porque era de s f a ze r‑ s e do obs e rv a dor e ser
a ação. Só depois na le m bra nç a s e pode
perceber a int e ire za de s s a c om unhã o.

73
projeto

BALANÇO
   E C H U V E I R O
NA CALÇADA
Rua Silve ira Lo bo , 1 50‑ A.
Recife, 20 09 —2 01 0.

objeto
A s fron teira s d a ca s a. I ns t alaç ão de um balanç o
na calçad a e e xte nsão hidr áulic a par a ins t alaç ão
de um chu ve iro do la do de f or a do m ur o.
programa
esta r n a cid ad e
partido
C ria çã o d e um p on t o de par ada na ent r ada
de casa; Con vite ; Exper im ent ar a pos s ibilidade de
privatiza çã o do e sp aç o públic o at r av és do banho,
uso pa rticu lar; e d e aber t ur a do es paç o pr iv ado
atrav és do o fere cim ent o do c huv eir o;
C urto ‑circuito .
memorial descritivo
A c asa fica nu ma es quina. Por t ão gr adeado
e vaza do n a fren te, m ur o c ego c om plet am ent e
coberto co m h era n a lat er al. os v iz inhos de c im a
gost am d e assistir a janela. O us o do jar dim é
part icula r, ma s de ixa v er um pouc o e olha um
t ant o pa ra fora ta mbém .

➞ C A S A S I LV E I R A L O B O ; M A PA 2 ; P. 4 9 ;
➞ A R Q U I T E T U R A P R Á T I C A ; P. 6 2 ; 74
O b rasileirin ho na f ac hada pr inc ipal pendur a
o b ala nço na e nt r ada da gar agem . A janela do
b an he iro fica n a m es m a f ac hada. A t ubulaç ão
sai po r a li e d epois dec ide s e v ai m olhar em f r e n t e
a o po rtão o u atr ás do m ur o. A t or neir a f ic a do l a d o
d e fora . A liga ç ão dev e s er um anex o à t ubula ç ã o
e xisten te pa ra o c huv eir o int er no da c as a.
O traçad o é to do v is í v el e des enha um per c ur s o
n a pa red e, no p is o e no m ur o.
como executado
O b ala nço foi pendur ado e us ado at é um po u c o
d ep ois d a mud anç a. Par a o c huv eir o: v ont ade .

75
projeto

ROTEIRO DE
C O N S E RVA Ç Ã O
DA ARQUITETURA
MODERNA
ORDINÁRIA
NO RECIFE
R ecif e, 20 10 e m d ian te.

objeto
Os ed ifício s do Re c if e que inc or por am elem ent os
advind os d e mod os d e pens ar o es paç o e m odos
de fa ze r mo de rno s, s em nec es s ar iam ent e c ons t i ‑
t uíre m‑se co mo exem plos em blem át ic os da
A rquite tura Mo de rna Per nam buc ana. São ex em ‑
plos da u tiliza çã o co r r iqueir a e c ont am inada des s e
repertó rio de e leme nt os c ons t r ut iv os ( e v is uais ) no
t ecido an ôn imo da cidade.
programa
esta r n a cid ad e
partido
O olh ar se letivo co ns t r ói um a pais agem na
paisag em. A p rocura é por um a es c ala e um a v ia
adeq ua da s de a çã o.

➞ A R Q U I T E T U R A M O D E R N I S TA , I N D E X .
➞ COBOGÓ, INDEX. 76
memorial descritivo
O g uia re ve la um a at enç ão es pec ial a c er t a s
p resen ça s na cidade. Chega nelas pela v ia pr á t i c a
d as in stru çõ es de c ons er v aç ão.
Vira d ocume nto que r eúne es s e r eper t ór io difu s o .
Pu blicad o, se c oloc a à dis pos iç ão par a par t ic i p a r,
a través da a çã o par t ic ular dos pr opr iet ár ios ,
d a ed içã o de sse ac er v o c ons t r uí do no f lux o d e
fe itura e de sma nc he c ons t ant e da c idade.
Ele traz u ma apr es ent aç ão dos pr oblem as q u e
e leg e: o Movim ent o M oder no no Nor des t e,
a a rqu itetu ra or dinár ia e as pos t ur as de ediç ã o
e con se rva çã o; or ganiz a e ilus t r a um elenc o d e
re gra s e instruç ões de ar quit et ur a e m anut enç ã o ;
re ún e e co men t a um guia de r ef er ênc ias ; lev a n t a
u m re pe rtório de im agens e inf or m aç ões s obr e
a p aisag em pu lv er iz ada de um m oder nis m o
corriq ue iro no R ec if e, e de s er v iç os dis poní v e i s
p ara su a co nser v aç ão.
Ordin ário : ad jet iv o; c onf or m e ao c os t um e,
à o rde m n orma l; que não apr es ent a c ondiç ão
p articula r; com um , habit ual, us eir o
(d o dicion ário H ouais s na int er net ) .
como executado
A vo nta de é d e um a public aç ão, um m anual
p ara ch eg ar na s out r as pes s oas , nos donos d a s
casas, n as ou tr as c idades . A pes quis a ac ont e c e
n a rotin a da vida, es per a o m om ent o de c onc e n ‑
tra r, e xe cu tar e public ar.
Aten çã o ao s c las s if ic ados e às plac as im ob i l i á ‑
ria s pa ra co nh ec er os int er ior es . Ajunt am ent o d e
ima ge ns. De sm ont es , des pedidas .

77
projeto

AT E L I E R B O R S O I
E df . Gu ara rap es.
Recife, 20 09 .

objeto
Ocu pa çã o do 7 º a ndar do Edif í c io G uar ar apes
em pa rce ria co m o p r ojet o M ade in M ir r or s .
programa
esta r n a cid ad e
partido
R econ he ce r e ativ ar as dis ponibilidades
da cida de .
memorial descritivo
Mud ar a ba se d a c as a, o pont o de obs er v aç ão
e de inserção n a cid ade. Sinaliz ar a pr es enç a
daqu ela ma teria lida de dis poní v el, s eu v az io
e sua po tên cia . Org aniz ar os f lux os de v iagens
e pre se nças d e qu em m or a na c as a em f unç ão de
um pro jeto d e fixa çã o t em por ár ia em nov o pont o,
de um a no va fo rma de es t ar em Rec if e.
O pré dio in teiro vaz io no c ent r o da c idade er a
um escâ nd alo . Espe c ialm ent e aquele de Bor s oi.
V ão livre e fa ch ad as‑ v it r al. Chegada pelo m eio da
f ricção d o ce ntro . No alt o v is t a da c idade e do m ar.
Caixa‑vazia à espe ra. Dis ponibilidade.
A v on tad e de che gar ali s e t r ans f or m ou em
proje to de o cu pa çã o em par c er ia c om o M ade in
Mirrors (q ue e sta va or ganiz ando r es idênc ias de

➞ E D I F Í C I O G U A R A R A P E S ; M A PA 7 ;
➞ D E S C R I Ç Ã O L I T E R A L D O S B A I R R O S , S A N T O A N T Ô N I O ; P. 1 6 3 ; 78
➞ BORSOI, INDEX;
Jon ath as, Crist iano, Pr is c ila e Silv an no Cair o ,
n a Chin a e na Holanda par a o ano s eguint e) .
O p lan o era d e t r ans f er ênc ia da c as a par a o
7 º a nd ar do p rédio, onde ac ont ec er iam r es idê n ‑
cias, e xp osiçõ es ‑ pr oc es s o, c ic lo de c onv er s a s
e g rup os d e est udos , m is t ur ando a pr ogr am aç ã o
d omé stica d a c as a à at iv idade ins t it uc ional do
Ma de in Mirro rs .
Ocu pa çã o tem por ár ia que pr ev ia a c r iaç ão d e
e stru tura s de supor t e m óv eis par a ac olher o u s o
p articula r n a es t r ut ur a lis a dis poní v el.
como executado
O p réd io co nt inua v az io. De lá par a c á houv e
u ma refo rma gr os s eir a do m ez anino que at en d e
a fa rmácia q ue f unc iona no t ér r eo. Pela c alç a d a
con tínu a nã o s e per c ebe bem onde t er m ina um l o t e
e come ça o o utr o. É a t or r e que s obr e v az ia e
d esco lad a do chão da c idade.
O p roje to foi ins c r it o no Func ult ur a no pr ogr a m a
d e man ute nção de at eliês , m as não pas s ou na f a s e
d as b uro cra cia s .

79
300 MTS
ESCALA GRÁFICA 80
projeto

TIPOGRAFIA
RESIDENTE
Ru a Tap acurá , 254.
Re cife , 2 011 .

objeto
Instala çã o de t ipogr af ia m iner v a no
g alp ão d a ca sa .
programa
movimen tação
partido
Orga nização de f er r am ent as & es paç o
p ara pu blicações .
memorial descritivo
O e nd ere ço n a Rua Tapac ur á é um t er r eno
g ran de , on de e x is t e a c as a par a dor m ir,
com va ran da onde r ec eber v is it as e um galpã o ,
o nd e há e sp aço par a dis pos iç ão de m at er iais
e d e ferra men tas de m aior por t e par a o us o.
A op ortu nid ade f ez s aber de um a t ipogr af ia
min erva da q ua l poder í am os dis por par a us o
p róp rio d esde q ue o t r ans por t e e a m anut enç ã o
fo ssem pro vid enc iados .
Viab iliza r seu us o pas s av a pela or ganiz aç ã o d e
u ma oficina d e ens ino pr át ic o dur ant e a qual
h averia a e lab or aç ão e public aç ão de um m an u a l
b ásico d e uso da t éc nic a.

81 ➞ RISO, INDEX;
➞ PA L C O , I N D E X ;
➞ E D I T O R A A P L I C A Ç Ã O ; P. 8 3 ;
A t ip og rafia ali, p os t a pela a dis pos iç ão nes s e
espaço , sign ifica u m a aber t ur a par a ex per im ent a ‑
ções estéticas q ue n ão s ão pos s í v eis na of ic ina
comu m, o nd e o temp o paut a a r em uner aç ão
do pr estad or de serv iç os , nem nas ins t it uiç ões ,
cujo fun cio na men to det er m ina m aior es r es t r iç ões
à extern os. Po r o utr o lado, o c ont at o dir et o c om a
t écnica a mplia o re per t ór io pr át ic o, que pode s er
mult ip lica do p rofissi onalm ent e.
como executado
O pro jeto d ep en de de f inanc iam ent o par a
acontecer. A pro po s t a f oi env iada par a o
F uncu ltura 20 10 /20 11, m as não pas s ou pela
f ase da s bu rocracias.
Mud an ça p ara o Cent r o. M ais do que o es paç o
dispon íve l p ara re ce ber o equipam ent o, agor a há a
proximida de com os t r abalhador es v er s ados no
ofício tip og ráfico.

82
projeto

EDITORA
APLICAÇÃO
Tran sp ortá ve l.
Re cife e Zuriq ue, 2010 em diant e.

objeto
Artes grá fica s e out r os us os .
programa
Empre en dime nt o
partido
Tra ba lho d e dupla, s ob enc om enda
e d e pa rtido p rópr io.
memorial descritivo
De Silva n Kälin & Pr is c ila G onz aga,
a Ed itora Aplicaç ão t em af inidades c om m uit o s
u so s. Seu p rim eir o pr ojet o é um de m obiliár io ,
u ma Esta nte . S ob es s e t í t ulo es t ão algum as
e diçõe s de livros t ant o de dem anda int er na
como sob e ncom enda.
A Edito ra—Aplic aç ão es t á par a t r abalhos
d e ate lier e d e of ic ina. O nom e de pr onúnc ia
d ifícil em qu alq uer out r a lí ngua indic a a or ige m
e sp ecífica . E fic a par a es t abelec er um a dir eç ã o
d e trab alh os e par a pôr em pr át ic a alguns pla n o s
a cu mula do s.

83
N o en de reço da Ta pac ur á, s ob um galpão
de 21×7 m, a briu ‑se a pos s ibilidade de us o de
um m a qu iná rio maio r, inc luindo um a banc ada
de ma rce na ria e uma t ipogr af ia m iner v a.
N o Edf. Pern amb uc o, a pr ox im idade
de outros p rofissio nais e s er v iç os r elac ionados
com a trad içã o da cidade é quem c ham a. E ainda
há esp aço p ara o fici na.
Os trab alh os p or enc om enda s ão m ov im ent ados
principa lmen te pe la v ont ade de s e env olv er c om
a dem an da d o ou tro, de pôr o of í c io à dis pos iç ão
para ab rir o tra ba lho de out r a pes s oa at r av és da
linguag em grá fica .
Os livro s sã o os ch am ador es par a o papel, m as
a f eitu ra de sup orte s , s ejam eles v ir t uais ou
mobilia res, in tere ssa ao t r abalho de aplic aç ão.
como executado
O in ício d o trab alh o ac ont ec e ant es do nom e
existir. Proje to de m óv eis , algum as ediç ões
prot ótip o, ob jeto s e o s ur gim ent o de enc om endas ,
livros, pa pé is, co nvit es , c ar t ões de v is it a,
e os p roje tos d esafio , os que t em c om o
clien te s o amig o Mar c elo Silv eir a e a ar quit et a
Cristin a Lin o.
A f orma d e tra ba lhar é nas c ida dent r o de c as a,
part in do d as p esso as e int er es s es c om par t ilhados .

➞ M A R C E L O S I LV E I R A , I N D E X .
➞ CRISTINA LINO, INDEX. 84
➞ RISO, INDEX;
➞ PA L C O , I N D E X ;
projeto

H A B I TA Ç Ã O
MÍNIMA MERCOSUL
Po rto Aleg re, 2 009.

objeto
Mód ulo d e ho s pedagem .
programa
Hospita lida de / I nt im idade
partido
Exe rcício de hos pit alidade.
memorial descritivo
Havia a ide ia de us ar o r io Capibar ibe par a
mo rar, de u ma c as a‑ bar c o par a um a pes s oa.
Para a co mpa nhar as 10 m ont agens da obr a
« Ressa ca Trop ic al» de J onat has de Andr ade
na 7 ª Bien al do M er c os ul, c om um a nov a
con figu ração a c ada quat r o dias , er a pr ec is o
mo rar em Porto Alegr e por dois m es es .
O pla no e ntã o er a ex per im ent ar a es t adia
n um ba rco p ara c onhec er m elhor o pr oblem a.
Pro cu rar uma tr oc a de hos pedagem por s er v i ç o
d e man ute nção .
A expo sição ac ont ec e no c ais do por t o,
q ue te rmina nu m a m ar ina públic a. Não há
b arcos h ab itáveis . Há um t r ailer enc os t ado
n a emp en a do ú lt im o galpão.

85 ➞ C A P I B A R I B E ; P. 8 7 ;
➞ BIENAL DO MERCOSUL, INDEX;
➞ RESSACA, INDEX;
➞ PORTO ALEGRE, INDEX;
O lu ga r n a cid ad e é es pec ial, pr inc ipalm ent e
duran te o p erío do d a Bienal. O r io c or r e por um
lado e a cid ad e pe lo out r o. A c áps ula é bas e de
cont ato. Mora dia p úblic a por que m í nim a.
C asa mo bília d a ci dade.
C id ad e jard im d a c as a.
como executado
O traile r foi e mpre s t ado pelos dois m es es em
t roca d e uma e xte ns ão elét r ic a e m angueir a nov as
e de qu e o pro prie tár io pudes s e c ont inuar ut iliz an ‑
do‑o co mo ba se p ara pes c a nos f inais de s em ana.
F oi u tiliza do n esse p er í odo c om o bas e par a abr igo ,
t rabalh o e co nta to.

86
projeto

CAPIBARIBE
Ru a Tap acurá , 254.
Re cife , 2 011 e m diant e.

objeto
Pier, p iscina e c aiaque.
programa
Esta r na cida de
partido
Ativa çã o pe lo us o.
memorial descritivo
O te rreiro d a Tapac ur á t em um a f r ent e aber t a
p ara o rio nu m t r ec ho da c idade ac os t um ado
a lh e da r mu ito as c os t as . O Capibar é v iz inho
e d á o e xe mplo : c hega no r io c om um dec k qu e
le va as p esso as m ais par a per t o.
A pro ximid ad e do r io c om um a por t a par t ic u l a r
d e acesso é u m a c ondiç ão m uit o es pec ial.
A von tad e é de m ais c ont at o.
Que m já se des loc a pela c idade de bic ic let a f i c a
d eseja nd o um c aiaque, v ai pes quis ar as aulas d e
re mo no s clu be s .
Con stru ir u m pier s er ia abr ir um a por t a.
Nã o é tão comp lic ado e dev e t er bas t ant e gen t e
n a vizinh an ça com ex per iênc ia par a ex ec ut ar.
De ma nh ã ce do às v ez es c hega um v elho num a
can oa . Co loca as is c as par a os c ar anguejos
e d ep ois vem bus c ar. Nunc a dis s e nada.

87 ➞ M A PA 1 ; 2 ; 3 ; 7 ; 8 ;
➞ A C I D A D E D O R E C I F E ; P. 1 2 0 ;
F antástico seria p oder ent r ar na água. M as a
saída de á gu as p luviais t r az t am bém o es got o
clande stin o pa ra o r io bem nos f undos do t er r eno.
A saíd a é fa ze r u ma pis c ina f lut uant e. Um t anque
cheio de á gu a limpa que pos s a f lut uar no r io.
P ode m ser alg uma s c aix as d’água de f ibr a, c om um
colchã o de a r e m to r no.
como executado
Ou tra s urg ên cia s de m anut enç ão da c as a gr ande
e antig a ad iam a co nc ent r aç ão de or ç am ent o
e energia p ara rea liz aç ão dos pr ojet os . O inv er no
chega co m chu va fo r t e a que a c as a r es is t e pouc o.
E ssas o utra s á gu as r oubam a at enç ão e m ant ém
o rio pre se nte n a ro t ina, m as por m ais t em po c om o
geog rafia e p aisag em , ant es de s er quint al.

R I O A S B U I LT
C A S A TA PA C U R Á 88
   — C A P I B A R I B E
projeto

COZINHA
Re cife , 2 00 7 em diant e.

objeto
Man ipu lação de alim ent os par a f ins de
p razer e su ste nt o c olet iv o.
programa
Movimen tação
partido
Restau ran te es por ádic o, bem s er v ir as v is ita s .
memorial descritivo
O p roje to é s obr e o bem r ec eber e ent ende a
comid a co mo dis pos it iv o‑ s upor t e de c onv er s a s
e d e ab ertu ras, no que ela s ac ia, r elax a, ins p i r a .
Fa z pa rte de le pens ar e pr om ov er oc as iões
re gu lare s ou e s por ádic as par a as aber t ur as ,
seja m e las fe stas , r euniões ou pequenos s er v i ç o s .
Ta mbé m a prim or ar‑ s e no f az er, pela pes quis a
e e xp erime nta ç ão, pelo c ont at o c om out r os
cozinh eiro s.
O sup orte p ar a t ant as c om idas é o louç ar io d a
casa, co lecion ado c om c ons t ânc ia, par a s er u s a d o
semp re qu e p os s í v el. Louç ar io é dis pos it iv o p r o
u so , e stimu la. Us ar a louç a da v ó at é quebr ar.
Ch ora r e ir no a nt iquár io c om pr ar a louç a da vó d o
o utro .
Gara ntia d e p aus a, m ov im ent o c olet iv o, int e r v a l o .

89 ➞ MASSA AMARELA, INDEX.


➞ LEGUMADA, INDEX.
➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 9 8 ; 111 ; 2 3 3 ; 11 2 ; 1 6 5 ;
233;
como executado
C ristian o Le nh ard t , que apr endeu c oz i-
nha co mo pro fissão , f ez a pr im eir a s ac udida.
S ua ch eg ad a no Re c if e f oi f ac ilit ada pelo
meca nismo de sed uç ão c ulinár ia de que
dispun ha .
C om a mora da e m c onjunt o, o pr az er f oi
f irmeme nte d espe rtado e aum ent ado nos
out ros mora do res‑res ident es , t endo f inal-
mente co nseq uê ncia c onc r et a no dia a dia
ordin ário de to do s.
A expe riên cia mais pr át ic a f oi a Chaler ia,
duran te a a be rtura d a c as a em 2008, que s e
estende u po r u ma se m ana.
A s ocasiõe s em ge r al t êm s ido m uit o m ais
dif usas, e ntre fe sta s , c onv it es , apr endiz ados
e via g en s. Ju lia & Jo ão Luc as , t êm pr opos t a de
resta ura nte d iário n o jar dim . Louç as v indas da
China e de o utro s lugar es aum ent am a v ont ade
de come r com os o lhos .

90
91 STUDIO
2008
92
projeto

ESTE LIVRO
Tran sp ortá ve l.
Re cife , 2 00 8 em diant e.

objeto
Flu xo e xisten t e em v olt a da m or ada at elier s o b
o títu lo A CASA. CO M O CO NVÉM . Pr ojet o de l i v r o
o rien tad o po r p es quis a ac adêm ic a em des ign
e dito rial.
programa
Proje tos sob r e a c as a
partido
Ten tativa de apr es ent ar s em c ont er
o o bje to da p esquis a.
memorial descritivo
O livro su rge c om o pr opos t a depois da aber t u r a
d a ca sa em se t em br o de 2008, c om o liv r o de
re gistro do s ac ont ec idos e das r es idênc ias .
Em 2 01 0 se t r ans f or m a em pr ojet o de m es t r a d o
e m De sig n Editor ial de Pr is c ila G onz aga na E s c o l a
Su pe rior de Art es de Zur ique, na Suí ç a, c om t o d a s
a s co nd içõ es q ue o es t udo im põe, c om o a ela b o r a ‑
ção d e co nh ecim ent o de v alidade e ut ilidade
a mpla , n a co nd iç ão de c âm bio c ult ur al, lev an d o
o d ia a dia de R ec if e par a o out r o paí s , em lí n g u a
e con texto n ovos .

93
C om o trab alh o intens o, a ideia s e t r ans f or m a
em pro po sição : u m e s t udo das f or m as de apr es en ‑
t ação de sse pro jeto de at elier‑ m or ada que não
o conte nh a ne m limi t e, que apr es ent e em es t ado
vivo a p artir da s hist ór ias par t ic ular es , f ix ando o
seu co nte xto e listan do a r ealidade m ais objet iv a.
O pro jeto p en sa e s t e liv r o c om o um c at álogo de
arte q ue se orie nta n a lógic a de out r as t ipologias
de publicação p ara s e es t r ut ur ar da s eguint e
f orma: Proje tos; Cidade; Cat álogo.
E ntre e les, a in se r ç ão de t ex t os Sat élit es e de
F oto‑ Seq uê ncias, q ue c ont inuam a his t ór ia.
O livro é feito e p ens ado c om o pr es ent e par a os
amigo s já qu erid os, e par a os am igos por v ir.

94
95 VIZINHANÇA E DIMENSÕES
A CASA. COMO CONVÉM.
   MARCOS DE VASCONCE L LOS,
    R I O D E J A N E I R O , 1 9 6 5
F O T O ‑
S E Q U Ê N C I A

D A
ASSOCIAÇÃO DE
TRABALHADORES
A R T I S T A S
D E
CASA
A M A R E L A

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A

C I D A D E

D O

R E C I F E

120
121
S obre e ste g uia d a c idade:
A c ida de te m ciclos , luas e hor as c er t as par a s er
usada. A n oite n ão é t ão m ais per igos a que o dia,
mas não fa z so l e o s s em áf or os não f unc ionam .
A ág ua corre a cid ade t oda, é quas e de t odo
agressiva — ela inu nda, f alt a, m of a, é s uja, t em
t ubarã o e d en gu e. A o nor t e e ao s ul por ém , banhos
de ma r e rio mu ito bo ns .
O s iste ma de tran s por t e c ont a c om um a v is t os a
rede de me trô, a s 40 0 linhas de ônibus s eguem em
sua gra nd e maio ria par a o c ent r o.
E xiste m a ltern ativ as que f az em os c am inhos
mais curto s. A id a de bic ic let a ou de m ot o‑ t ax i
abre ou tros camin ho s . A v eloc idade e o s uor
gast o de pe nd em, co m o t udo, das luas , das hor as ,
das da tas, da á gu a.
A nd an do na cida de, há que v er os jar dins
que nasce m po r con t a pr ópr ia s ob o s uor dos
ar-cond icio na do s, es s as janelas ex t r udadas
pelas pa red es q ue nt es do Rec if e. Faç a c om o
os t urista s e olh e pa r a c im a.
A c ida de d o Recife s e c ons t r ói em c ic los de
esquecimen tos, o q ue s e per c ebe nas f ac hadas ,
nos ba ldio s, no s co nt r as t es ent r e o nov í s s im o
e o desmoro na nte . N a c am inhada ent r e os bair r os
a f ron teira d o esqu ec ido f ic a v is í v el.
E a s festas.
E carn aval.

122
RECIFE,
S I T U A Ç Ã O
P O L Í T I C A
E M S E U
C O N T I N E N T E
O Recife fica e nt r e o Br as il e a água.

L atitu de : 8 ° 0 6' s ul
L on gitu de : 3 4° 53' oes t e

Distân cia d as capit ais em k m :

Bra sília 1. 655


Rio d e Ja ne iro 1. 082
Sã o Pau lo 2. 127

Pa marib o 2. 739
Ge org eto wn 3. 065
Asun cio n 3. 076
Mo nte vid eo 3. 686
L a Paz 3. 727
Bu en os Aire s 3. 786
Ca racas 4. 109
Bo go ta 4. 572
L ima 4. 618
Sa ntia go 4. 624
Qu ito 4. 911

123
124
CIDADE
D A
P R A I A
E C I D A D E
D O
R I O
N O
MESMO
R E C I F E
recife são du a s c ida de s :
a cidade da p ra ia e a c ida de do rio.

ainda a terceira , dos m orros , m a s e s s a


é uma que vem a t é a qui na s pe s s oa s que
descem de lá e v olt a m a s ubir, m a s nã o sei
bem se existe no m a pa da s out ra s dua s .

o próprio rio e o m a ngue im e ns o que


inacreditavelm e nt e re s is t e s ile nc ios o
e invisível no m e io da c ida de , m a is a
linha do trem c om pouc a s t ra ns pos iç ões
definem a div is a . c ria m um a linha c inza ,
um negativo que ra c ha a c ida de e m dois.
formam um a v e s s o que pe rm it e a glut inar
brasília teimos a e princ ipa lm e nt e os
coelhos — m a is c inza no m a pa de que m
usa a cidade por c im a do v ia dut o.

e as frentes de á gua , a doc e e a s a lga da,


fazem encrisp a r a c ida de . c ordilhe ira de
edifícios que e m pa re da o m a r e t a m bé m
entra lambendo o rio.

125 ➞ C A P I B A R I B E ; M A PA 1 ; 2 ; 3 ; 7 ;
➞ P R A I A ; M A PA 8 ; 11 ; 1 4 ; 1 5 ;
➞ CAPIBARIBE, INDEX;
➞ C A P I B A R I B E ; P. 8 7 ;
é a imagem que se v ê do a lt o:

a companhando a be ira da á gua um


o uriçamento. a cid a de a rre pia da e m pré dios.
e o restante é águ a de nov o, que a s s e nt a
ra sa e dispersa e s e e s pa lha e m c a s a s pe lo
te rreno plano.

s e na p r a i a há um a orie nt a ç ã o c la ra ,
p ara esses prédios , pa ra a s rua s , pa ra a
lu z e o vento que a t ra v e s s a m a c ida de ,
p ara o fluxo dos ve íc ulos e dos pe õe s ,
s empre paralelos ou t ra ns v e rs a is a o f im
d a cidade, ao come ç o do m a r;
s e as hierarquias, a inda que a brupt a s ,
s e reconhecem segundo um a e s t rut ura c la ra
[a s vias arteriais la rga s , a s rua zinha s ,
o s prédios da beira ‑ m a r, os c onjunt os
h abitacionais três ou qua t ro qua dra s a
d entro]; se lá dire ç ã o e s e nt ido s ã o da dos
s empre de alguma f orm a re c onhe c ív e is ,
n a cidade do r i o é o opos t o, é num
in stante que ir já é v olt a r, é a re gra da
c urva, do meandro; os le it os , da s á gua s ,
d os veículos e das pe s s oa s v a ria m s e gundo
re gras tão pouco c la ra s que logo s e pode
to mar por nenhuma ; c ida de que s e m a pe ia
p asso a passo, cu rv a por c urv a , dobra por
d obra; que se olha por c im a dos e dif íc ios
e deixa ver a estrut ura ge ra l, m a s que no
ré s do chão já é o ut ra , m a is de lga da .

126
são de dois te m pos t a m bé m a s dua s
cidades. uma de s de a nt e s da c he ia ,
outra que vei o de pois .

têm em comu m o s ilê nc io da á gua .


o não da água na c ida de . a s c os t a s da
cidade. o rio que e nc he e v a za dia nt e do
fundo dos lot e s . o que re s t ou do port o.
o tubarão. a p e s c a , o c a ra ngue jo, o a ra tu ,
o jacaré. o ho m e m de la m a . o ba nho no
cavalo debaixo da pont e da t orre . o s a l
que vem no ve nt o e c orrói os pré dios ,
os carros, as f ot os , a s pe s s oa s e a s
bicicletas. pala f it a . ja nga da . ba rone s a .
o véio que vem de c a noa c e dinho. o m ol h e
que não deixa o m a r ba t e r na c ida de .

o corpo molha do que nã o


é para qualque r um .

127
E S T U D O S
D A Á G U A
P A R A
P R Á U S O
 T I
  C O
O s diag rama s se gu int es r ef er em ‑ s e aos ef eit os
prát icos d a incidê nc ia da água s obr e a c idade.

T E M P E R AT U R A ×
   P R E C I P I TA Ç Ã O P L U V I O M É T R I C A × 128
    M Ê S D O A N O ×
     I N C I D Ê N C I A D E M O F O



A L ua te m influ ênc ia c er t eir a na c idade.
O corp o da s m ulher es s e m odif ic a, os bic ho s
ficam mais selv agens s e a Lua es t á c heia.
As rua s, em dias de Lua Cheia ou Nov a,
d eixam bro tar água, m es m o s ob s ol à pino.
Na temp ora da de inv er no é pr ec is o dedic ar
séria a ten çã o aos hor ár ios das m ar és , pois qu e
n os mo men tos de pic o a água c or r e v iolent a
p ela cida de , lev a por t ões e f lut ua os c ar r os .
É bo m le mbra r que a c ada dia o c ic lo ac ont ec e
p or du as vezes.
Jo rna is locai s public am diar iam ent e a pr ev i s ã o
d as ma rés. As f aix as de ar eia na pr aia f ic am m a i s
la rga s du ran te a baix a‑ m ar.

129 PRESENÇA DE MOFO DE BAIXO A CIMA.


L U A S &
M A R É

130
M A P A
D ' Á G U A
BRABA
Se o s g uia s um pouc o m ais ant igos f alam t ão b e m
d os b an ho s de m ar, m as já não t ant o dos de r i o ,
o p razer do e ncont r o de c or po aber t o c om a á g u a
n atu ral tem sid o em pur r ado par a além das f r o n t e i r a s
n orte e sul de R ec if e, des de que a água dos r i o s c o r‑
re suja e q ue n o m ar, as c or r ent es alt er adas p e l a
in fluê ncia hu mana t r oux er am t ubar ões .
Na cid ad e an f í bia os 90% de um idade r elat i v a d o
a r to rna m a p res enç a da água inev it áv el; c huv a s
in ten sa s e co ns t ant es pr om ov em um av anç o d a
á gu a dire tame nt e at r av és das es t r ut ur as c ons t r u í ‑
d as. Eq uip ame nt os elet r ônic os s of r em , não s ó c o m
o calo r, ma s com a m ar es ia ev apor ada pela c i d a d e .
Co nservar a mem ór ia em papel t am bém não é f á c i l .
Por ou tro lad o, a dis t r ibuiç ão públic a da águ a p a r a
o s do micílio s é bas t ant e c om pr om et ida. O r ac i o n a ‑
me nto d 'ág ua tor nou‑ s e nos últ im os anos per e n e ;
a s no va s co nst r uç ões por is s o dis põem r ec ur s o s
p ara , p or co nta pr ópr ia, t om ar a água ent es ou r a d a
d o su bsolo . As c ons equênc ias t alv ez s e f aç am
sen tir n a e sta bilidade do s olo. O s que não t em
a ce sso ao p oço por ém , adapt am a v ida aos ho r á r i o s
d a ág ua , q ue n ão c hega t odo dia.

O co nta to inte ns o da água c om a c idade é de t a n t a s


ma ne iras g era dor de at r it o; m as a pr om es s a d e
a lgu ns g estos for t es e delic ados , à pr im eir a v i s t a
b em po ssíve is, apr ont a a es per a pela água di g n a ;
b an ho s fresco s of er ec idos t am bém ao c alor d o s
me dro so s e pre c av idos , c om o os que os des t e m i d o s
b an histas d a tor r e e do pina já goz am .

OCORRÊNCIA FA LTA ÁGUA INCIDÊNCIA MARESIA INCIDÊNCIA


DE D’ÁGUA SUJA DE DE
ENCHENTES MOSQUITOS TUBARÕES

131
132
CAMINHO
DO SUOR

133
E nt re Casa Ama rela e o Cent r o do Rec if e:
de carro com ar‑con dic ionado; s em ar‑ c ondic ionad o ;
de ônibu s; de mo to‑tax i; de bic ic let a.
Temp o e su or de sp endidos em c ada m odalidade
segund o o ho rário d e s aí da.

134
JAR‑
DIM‑
VER‑
TI‑
CAL
Ou a g ota da condens aç ão do t r ópic o.

Nesse clima nunc a s e s of r e c om f r io, o que é


a lgo p ara disíac o. Não pr ec is a pens ar m uit o s o b r e
o q ue ve stir, nã o pr ec is a de m uit a r oupa!
Mas a pe sa r d es s as c ondiç ões gos t os as , o ca l o r
e o a r ú mido fa z em o s ujeit o s uar m uit o. Suor n ã o
é semp re ag rad áv el, o s uor que des c e em r iac h u e ‑
la s o co rpo , me s m o s em at iv idade, deix ando a s
ro up as comp let am ent e m olhadas — não é f ác i l
socialme nte . C om o t r abalhar as s im s uado?
Co mo n eg ociar, c om o r ec eber o c lient e, c om o
che ga r com respeit o no out r o, as s im m olhado ,
sua do , com ess a dec adênc ia c or por al?
Existia uma a r quit et ur a que s e pens av a par a
o vive r n as con diç ões c lim át ic as . Se pens av a o s
e sp aços, a s so m br as , as aber t ur as e os v ent o s
p ara co nvive r c om es t a nat ur ez a t r opic al.
Um ven tinh o al iv ia o s uor, m as c lar o que às ve z e s
n ão é su ficie nte, às v ez es o ar f ic a par ado m e s m o
a ssim.
Imag ine a re v oluç ão do ar- c ondic ionado,
a con qu ista sob r e o c lim a! Agor a pode- s e dor m i r
com 18 °C, se quis er, não pr ec is a m ais s of r er
mo lha do . Nu ma s it uaç ão de t r abalho e de neg ó c i o s
n ão é mais o co r po a pr im eir a m anif es t aç ão.
Surg iu uma ar quit et ur a e um a v ida que não
p recisa ma is co ns ider ar c om o c r iar os es paç o s
p ara estas con diç ões es pec í f ic as do c lim a t r o p i c a l .
Qu alq ue r sho pping, qualquer banc o, qualque r
p réd io, qu alq ue r apar t am ent o, qualquer
e sp aço-caixa, pode s er c lim at iz ado e pode s e r
d esen ha do , a final, c om o qualquer out r o es pa ç o n o
mu nd o.

135
SISTEMA ESPECIAL DE IRRIGAÇÃO «JARDINS VERTICAIS»
D O R E C I F E P R O V O C A FA C H A D A S V E R D E S N O C E N T R O 136
   D A C I D A D E . N A D A N TA S B A R R E T O C O M G U A R A R A P E S
    É O N D E O R E C I F E T E M G A R O A T O D O O D I A .
Única pro po s iç ão agor a é v edar e f ec har, is o l a r
o e sp aço inte rior do ex t er ior par a a c r iaç ão do
p róp rio clima. É o c ont r ár io que s e f az ia ant es ,
e m vez d e a brir par a o v ent o pas s ar, pr ec is a s e
fe ch ar e isola r.
Vive -se de n ov o c om o nos hem is f ér ios do f r i o ,
o nd e vive-se num int er ior c om aquec im ent o,
isola nd o-se do ex t er ior. O es f or ç o e a ener gia q u e
se ga sta p ara m ant er- s e c lim at iz ado é gr ande ,
ma s é fá cil se a c os t um ar e achar normal, é conforto
e sta nd ard iza do , é c onf or t o c om o em qualquer
o utra cida de d o m undo — pelo m enos nos
in terio res, a nte s de bot ar o pé par a f or a,
con se gu e-se m ant er es t a ilus ão.

Pa ra on de foi aquele c lim a par adis í ac o t r opic a l ?

A umid ad e fo i ex puls a, c hupada par a f or a.


O clima tro pical s e c onc ent r a na got a que
con de nsou n o ar- c ondic ionado, c ondens ou
e con ce ntro u no pinga- pinga na r ua,
n o pin ga -pin ga na c idade int eir a. É a nov a
irrig ação n atu ral par a o nov o jar dim da c idade .
A cida de se tor na ainda m ais v er de, ainda m a i s
tro pical, Ja rdim Ver t ic al!

137
L I N H A

P A R A A
CIDADE
D E
O N I B U S
O desen ho la do a la do do per c ur s o de 70 das 400
linhas d e ôn ibu s se r v e par a ent ender a lógic a do
t rans po rte pú blico n o Rec if e.
On d e e xiste co ncent r aç ão de linhas , t or nam ‑ s e
mais la rga s as vias, o que não ac ont ec e na
realidad e.
P od e‑se ima gin ar o t r âns it o de ônibus no c ent r o.
De qualq ue r ma ne ira, ao s e t om ar um ônibus na
perife ria, nã o impo rt am os des c am inhos , v ai s e
para o ce ntro , o nd e s e enc ont r am t odas as out r as
linhas d e ôn ibu s.

138
139
140
Atravesso o p ort ã o de c a s a . O e x e rc íc io
começa ali.

3 SEGUNDOS
Para a minha f rus t ra ç ã o a rua e s t á , c omo d e
costume,
     com pouc o m ov im e nt o.

A primeira pes s oa que v e jo é a lgué m qu e


parece um mendigo pa ra do de pé na e s q u i n a
com quinquilha ria s pe los pé s e olha ndo p ar a
cima. Parece t e r um olho e s bra nquiç a do ,
                      
penso que talv e z s e ja c e go.

Sigo em frent e a t é a Av. De ze s s e t e de


Agosto onde pe go m e u ônibus pa ra o c en tr o
da cidade.

Passo por uma m ulhe r que e s pe ra o ônib u s


no sentido co nt rá rio a o que v ou. E la ign o r a
minha presen ç a .

Atravesso a rua .

Noto que estou a ns ios a e ne rv os a .

Respiro e con t inuo o c a m inho.

No ponto de ônibus ,
           a pe na s um hom e m q u e
usa óculos de le nt e s f unda s . Me v ê m a s n ão
olha nos meu s olhos .

Vez em quand o ins is t o e o olho e s pe ra n d o


que olhe para m im ,
          m a s nunc a o f e z s e n ão
de relance.

Procuro novas opç õe s . Ningué m olha na


minha direçã o.

O sol está for t e e m e e s f orç o pa ra m a nt e r


os olhos bem a be rt os .

141
Os carros passam c om m uit a v e loc ida de ,
                          
é impossível olhar a lgué m por t rê s s e gundos .

P assam alguns hom e ns de bic ic le t a e


fin almente consig o o prim e iro longo olha r.
O rapaz usava ócu los e s c uros poré m .
Meu ônibus chega .

S ubo os degraus do ônibus ,


                 o m ot oris t a é
c ompletamente indif e re nt e a m inha e nt ra da
e se mantém direc iona do a o v ola nt e .

Chego próxima ao c obra dor e lhe dou o


d inheiro mantendo m e u olha r s obre os s e us
o lhos esperando q ue m e c orre s ponda pa ra
d ar‑lhe bom dia e obriga da ,
               m a s é f ugidio.

O ônibus está razoa v e lm e nt e c he io. Todos


me olham,
      a maioria m ulhe re s ,
                de s liza m o
o lhar até meu pé e de pois e nc ont ra m out ra s
d ireções.

E scolho uma ou out ra pa ra c ha m a r s ua


a tenção,
     algumas a t e nde m m a s nã o m a nt é m
o olhar por mais que f ra ç õe s de s e gundo.

Decido sentar e tent a r c ont a t o c om a s


p essoas que entra m no ônibus .

L ogo percebo que na v e rda de t odos olha m


p ara os que chegam ,
             dif íc il t orna r m e u olha r
d iferenciado. Logo m a is , pa s s a pe la role t a
u m homem de boa a pa rê nc ia .

Te nto conexão com s e u olha r s e gura ndo m e u


fo co sobre ele o m á x im o de t e m po pos s ív e l
e nquanto ele pass a a v is t a por t odo o e s pa ç o .
Senta ao meu lado. Temos o corredor entre nós.

142
Vez em quand o olho e m s ua dire ç ã o na
expectativa q ue re t ribuís s e e m a lgum
momento. Est a f oi a prim e ira v e z que s in to
o poder sexu a l do olha r que pos s o us a r al i .

Acho excitant e : a inda t e nho o dia pe la f r en te.


Está claro qu e e le pe rc e be m e u olha r e i sso
o incomoda. O ônibus e nc he um pouc o m ai s.

Resolvo ficar de pé e t e nt a r c ont a t o c om


outras pessoa s .

Vejo um garot o m uit o bonit o s e nt a do no


fundo do ônibus .

Olho em sua d ire ç ã o a t é que m e not e . Me o l h a.

Nos olhamos. Logo de s v ia .

Eu em seguida .

Acho que també m e s t ou ne rv os a .

Olho de novo. Nã o olha .

Olho mais uma v e z. Me olha de nov o,


                    m as
por pouco tem po. E le s e le v a nt a e s e
aproxima da port a t ra s e ira . Fic a e x a t a m en te
ao meu lado.

Quase não tir o m a is m e us olhos s obre el e


aguardando n os s a ult im a c one x ã o. E le
desce sem olha r pa ra t rá s .

Sua ausência m e f a z not a r um a s e nhora q u e


estava sentada e x a t a m e nt e a t rá s do ra p az .
Com suas sobra nc e lha s m a l pint a da s m e
olha e mantemos nos s o c ont a t o por um b o m
tempo,
   como nã o ha v ia t ido c om ningué m
até então. Bem de pois e la de s v ia o olhar.

Eu também.

143
E u tento novament e e e la m e c orre s ponde
p or mais um longo t e m po c om o que m
p ergunta algo,
         não m e e nt e nde ou
s implesmente não s e im port a c om a
p ermanência do olha r do out ro. E la de s c e .

Quando o ônibus c he ga no c e nt ro da c ida de


d ecido tentar algo dif e re nt e pa ra c ons e guir
o utros contatos.

F ingindo não saber,


           pe rgunt o a um hom e m
q ue estava sentad o a m inha f re nt e qua l é a
ú ltima parada da Av. Conde da Boa Vis t a .
E le responde com de t a lhe s ,
                  olha ndo e
fu gindo do meu olha r. Um a m ulhe r que e s t á
a trás dele me pergunt a a onde pre t e ndo ir.

Me surpreendo por s ua e s pont â ne a


p articipação.

Animada lhe respondo olha ndo be m e m s e us


o lhos,
     Rua do Ho s píc io. O s dois m e
e xplicam bem ond e de v o de s c e r e qua l
d ireção devo segu ir.

F ico feliz por aquela int e ra ç ã o a pe s a r dos


o lhares fugidios.

Quando saio do ô nibus ,


              c ruzo por m uit a s
p essoas,
      finalment e m uit os m e olha m .

Te nho várias opçõe s de e s c olha . Alguns


mantém o olhar enqua nt o a t ra v e s s a m os a
ru a. Na farmácia d a e s quina dois hom e ns m e
o lham.

E nquanto continuo c a m inha ndo,


                  e s c olho
u m deles e manten ho o olha r a t é que e s c a pe
d o meu campo de v is ã o. E le s rie m .

144
Comigo mesm a ,
          e u t a m bé m .

Ando na rua e c a da pe s s oa c om que de c i d o


contato me d á re t orno. Um hom e m que p assa
do meu lado,
         de pois out ro,
                e out ro.

Estou irradia nt e c om a qua nt ida de de


olhares que fora m s e m pre c e ns ura dos p o r
mim e agora r e v ido e nc a ra ndo. Alguns se
surpreendem c om m inha a t it ude ,
                  c om o se
significasse m e u int e re s s e pa ra um out r o
tipo de contat o,
         c om o s e lhe s de ss e libe rd ad e,

oportunidade.

Sigo a Rua do Hos píc io a t é o P a rque Trez e


de Maio onde t om o um a á gua de c oc o e
observo o mo v im e nt o.

Consigo certos olha re s .

Entro no parque ,
         m e s e nt o,
                e re s olv o f a z er
algumas anota ç õe s . Um a s e nhora pa s s a p o r
mim com um a r de ris o. Nos olha m os .

Volto a escre v e r. Vindo de um a out ra


direção, perc e bo um hom e m olha ndo pr a
mim. Nos olha m os a t é que s e c a ns e e desvi e
o olhar.

Resolvo caminha r,
           m a s o pa rque t e m
pouquíssimo m ov im e nt o.

Volto para a Conde da Boa Vis t a . Ne s t e


trajeto mais a lguns olha re s . Nã o t ã o lon g o s,

não tão de pa que ra . Alguns a pe na s m e


olham como q ue m c he c a o que t e m a s ua
frente.

145
Mulheres me olham c rit ic a ndo. Alguns m e
o lham por um bom t e m po.

A ru a movimentad a nos dá a s e gura nç a que


a quele olhar só vai dura r no bre v e ins t a nt e
e m que passamos uns pe los out ros .

S igo por outras ru a s do c e nt ro da c ida de .

P rovo óculos escu ros e m e div irt o c om a


d esculpa para pode r olha r be m nos olhos
d o vendedor e pergunt a r s e e s t á bom .
A le nte é bem clara . Nos olha m os . E le que r
me convencer que e s t á bom e m e of e re c e
d esconto.

Dou uma desculpa e t e nt o c ont a t o c om


o utros barraqueiros . Na da de int e re s s a nt e
a contece.

Resolvo tentar uma out ra s it ua ç ã o e v ou


a um restaurante. Ne s t e ,
              o prim e iro pis o é
p reenchido por balc õe s e um a pa re de int e ira
d e espelhos.

P eço um sanduích e no ba lc ã o da c ozinha


p ara um rapaz simpá t ic o que m e olha nos
o lhos e pede para que m e s e nt e pois a lgué m
irá me servir.

E scolho um lugar onde pos s o f ic a r de f re nt e


p ara um bom núme ro de pe s s oa s .

Acredito que vejo por v olt a de 3 0 ros t os .

S em pressa,
       observ o a s pe s s oa s e t e nt o
id entificar quem es t a ria dis pos t o a um a
tro ca de olhar.

A g arota que me s e rv e nã o s e dirige a m im


e m nenhum moment o e is s o m e de ix a um
p ouco irritada.

E nquanto como algum a s int e ra ç õe s


a contecem,

146
       e s pe c ia lm e nt e qua ndo m e u
olhar vem aco m pa nha do do m ov im e nt o d e
minha cabeça . Func iona qua s e c om o um
chamado. Ma nt e m os nos s a s c one x õe s p o r
vários segun dos .

Permaneço e m c a da olha r a t é que o out r o


decida quando é s uf ic ie nt e e c om m uit a
naturalidade,
         pis que o olho e e nc ont re seu
próximo obje t o.

Acho esse mo m e nt o int e re s s a nt e . E s t a m o s


todos comen do t ra nquilos e pe rc e be ndo u n s
aos outros.

Em nenhum d e s s e s olha re s s e nt i t e ns ões d e


desejo. Só des pre t e ns ã o.

Depois de pa ga r pe rc e bo o qua nt o e s t ou
cansada deste e s t a do de a le rt a e m t udo o
que faço.

Decido fazer m e u pe rc urs o de v olt a .

Escolho as rua s m a is m ov im e nt a da s .

Agora pareço t e r inc orpora do o olha r c o m o


algo mais org â nic o do que um a t a re f a t e n sa
e exigente.

Busco olhares .

Olho algumas ba rra c a s .

Vou devagar a t é c he ga r a o pont o de ônib u s.


Continuo atent a a o m e u e s pa ç o no m e u
percurso,
     ao m e u c orpo no luga r onde
decido parar. O nde m e pos t o pa ra olha r e ser
olhada? No p ont o, t odos olha m e m dire ção
ao ônibus qu e v e m .

Eu tento o sent ido c ont rá rio.

No ônibus de c ido logo s e nt a r.

147
E scolho a cadeira a lt a ,
            t a lv e z s e ja m a is f á c il
q ue me olhem sent a da a li.

Na janela,
      acabo obs e rv a ndo m a is o que
a contece do lado de f ora .

Olho as pessoas n a rua ,


              nos c a rros ,
                  
nas m otos.

P oucas me olham,
           m a s é bom obs e rv á ‑ la s .

Neste caminho a cone x ã o m a is s ignif ic a t iv a


fo i com um homem que e s t á pa ra do de f re nt e
p ara a rua,
       poderia s e r o ze la dor da que le
p rédio.

Deve ter mais de 40 a nos ,


               ros t o e nv e lhe c ido,

n em um pouco atr a e nt e .

Olho para ele. Ele olha pa ra m im .

O ônibus fica ali pa ra do por a lguns m inut os ,

o u pelo menos pare c e u s e r m uit o t e m po.


Não deslocamos o olha r e m ne nhum
momento.

Minha expressão é s é ria , m a s nã o c ons igo


e ntender qual é a de le ,
      o que ele pode ria e s t a r pe ns a ndo.

Te nho certa avers ã o a o pe ns a r que a quilo


s ão olhos de desejo.

Mas preciso conti nua r c om o e x e rc íc io que


me propus. Estava num luga r s e guro e
a quele olhar não pode ria ge ra r na da m a is
c ontra mim.

148
Tive raiva de pe rm it i‑ lo a c ha r que o
desejasse. M e u olha r nã o que ria dize r
tal coisa. Mas c om o t e r pode r s obre is s o ?
Como deixar c la ro o que que ro c om
meu olhar?

Tudo o que que ro é a t ra v e s s a r e s s a ba rr ei r a


do olhar. Do t e m po do olha r. Da int e ra ç ã o
entre duas pe s s oa s .

Entendo com o a lgo pa ra dox a lm e nt e t rivi al


e de imenso p ode r c om unic a t iv o.

Desço do ônibus ,
          ningué m c ruza m e u
caminho até minha c a s a .

Abro o portão . O e x e rc íc io a c a ba .

149

P A I S
A G E M
D O
M E
T R Ô
Metrô tem po uco. Não é pr a quem t em c ar r o, nem
pra q ue m che ga d e v iagem do aer opor t o. Q ual a
razão d a linh a no va c om par ada apelidada aer o ‑
port o qu e nã o tem co nex ão c om o aer opor t o em s i?
Talvez p erg un tar‑se pr a quem f oi f eit o o m et r ô
ajude a en ten de r a ló gic a de s ua es t r ut ur a.
É mu ito lu xo n a cidade es c apar do t r âns it o. Ser ia
uma van tag em econ ôm ic a m uit o gr ande s e m enos
pess o as pe rde ssem t ant o t em po no t r âns it o t odo
dia. Por qu e tão p ou c o ent ão?
S uspe ita d e uma ló gic a de s egr egaç ão.
D ua s pistas.
P rime iro a sa ída d a per if er ia que c r uz a pr at ic a ‑
mente so men te re giõ es indus t r iais ou m uit o
pobre s. Alime nta çã o de m ão de obr a bar at a par a
industria .
D ep ois, a visu alid ade. Um bonit o s is t em a de
sí mbo los e ima ge ns par a quem não lê, r ec onhec í ‑
vel p a ra qu em é d o l ugar.

150
151
152
153
154
CHECKLIST
PA R A S A I R D E
C A S A

155
156
DESCRIÇÃO

L I T E R A L D O S
B A I R R O S
Passe io su ge r ido pelos lim it es int er nos da
cida de d o Recif e, par t indo dos ender eç os ante s
mo rad os.

6 .4 POÇO
Come ça n a Av. Dez es s et e de Agos t o no
tre ch o comp ree ndido ent r e a Rua J os é Car ioc a
e a Pra ça Flor d e Sant ana, s egue pela Rua Do n a
Ole ga rina d a C unha at é at ingir o Rio Capibar i b e
p or on de seg ue pelo eix o no lado dir eit o des t e r i o ,
a té en co ntra r a Rua Tapac ur á, por onde at ing e
a Ru a Jo rge d e Albuquer que, por onde c r uz a
a Av. De ze ssete de Agos t o par a alc anç ar a
Ru a Gue rra de Holanda em dir eç ão à Es t r ada d o
En ca na men to, daí def let e à dir eit a s eguindo p a r a
a Ru a Mare ch al Rondon, onde def let e à dir eit a
e a ting e a Av. Dez es s et e de Agos t o, por onde
p rosse gu e até o t r ec ho ent r e a Rua J os é Car i o c a
e Pra ça Flor de Sant ana, pont o inic ial.
O P O Ç O D A PA N E L A E S TAVA N O N O S S O E N D E R E Ç O O F I C I A L ,
MAS NÃO NO ENTENDIMENTO INTUITIVO DO QUE É O POÇO DA
PA N E L A : U M P E D A Ç O P E R T O D O R I O , M U I T O A N T I G O , C O L O N I A L ,
PROTEGIDO MAS SEMPRE AMEAÇADO POR CONSTRUÇÕES
I N VA S I VA S . PA R E C E U M A C I D A D E Z I N H A M U S E A L , C O M C E N T R O
PRÓPRIO.
C O N V I V E M L Á C A S A S M U I T O G R A N D E S C O M H A B I TA Ç Õ E S M U I T O
S I M P L E S , O N D E S E C R I A P O R C O S N O Q U I N TA L .

157 R U A S I LV E I R A L O B O 1 5 0 A
P O Ç O D A PA N E L A
   R E C I F E ‑ P E
    C E P 5 2 . 0 6 1 ‑ 1 4 0
5.12 CASA AMAREL A
C ome ça n o po ntilh ão ex is t ent e na Av. Nor t e
sobre o can al da Av. Pr of es s or J os é dos Anjos ,
cruza o ca na l Vasco da G am a at é a Rua G uim ar ães
P eixoto , n esta rua d ef let e à dir eit a e c r uz a a
E stra da d o Arra ial, alc anç a a Rua Des em bar gador
G oes Ca va lca nti, po r onde s egue at é a Rua da
E stre la, on de de flete à dir eit a s eguindo par a
ating ir a Ru a Pe reira Lopes , onde def let e à
esquerd a em dire çã o à Es t r ada do Enc anam ent o,
daí d efle te à dire ita, s egue at é o enc ont r o da
Rua Gu erra d e Hola nda, onde def let e à dir eit a
para atin gir o trecho f inal da Es t r ada do Ar r aial,
onde d efle te à esqu er da s eguindo par a a
Av. Dr. Eu rico Ch aves , por onde def let e à dir eit a
e enco ntra a Ru a Mar ac á, def let e à dir eit a e s egue
até e ncon trar a Ru a Sant a I z abel, def let e à
esquerd a pe rco rren do um pequeno t r ec ho des t a
até a ting ir a Ru a Pir ac anjuba, def let e à dir eit a
e segu e até a ting ir a Rua I guat am a, def let e
à direita e se gu e po r es t a at é v olt ar a at ingir
a Av. Dr. Eu rico Ch av es , onde def let e à
direita e seg ue a té enc ont r ar a Av. Nor t e,
nest a Av. de flete à d ir eit a par a s eguir na dir eç ão
subúrbio –cida de , a té o Lar go Dom . Luiz , onde
def le te à esqu erd a, onde def let e à dir eit a, s egue
até a Rua Bu lga ri d ef let e à dir eit a, por onde
retor n a a Av. Norte , onde def let e à es quer da
e pro sseg ue a té o po nt ilhão s obr e o Canal
da Av. Profe ssor Jo s é dos Anjos ,
ponto in icia l.
E M C A S A A M A R E L A A G E N T E VA I A F E I R A . É U M L U G A R P O P U L A R .
T E M M E N O S D O Q U E N O C E N T R O , M A S T U D O TA M B É M . É M U I T O
M O V I M E N T O . A P R I M E I R A I D A É D E P E R D E R A O R I E N TA Ç Ã O N O M E I O
DO VUCO‑VUCO.
T E M F E I R A D E F R U TA S , V E G E TA I S , D E R O U PA S , C O I S A S
CASEIRAS, MERCADO DE PEIXE, CARNE, QUEIJO, GRÃOS E
C O M I D A S PA R A A N I M A I S . O P O N T O D E M O T O ‑ TA X I É L Á .
SEMPRE SERVE‑SE COMIDA, 24H POR DIA.
E M C A S A A M A R E L A TA M B É M T E M A S A S S O C I A Ç Õ E S D E
TRABALHADORES, COSTUREIRAS, MARCENEIROS E DE
T R A B A L H A D O R E S A R T I S TA S .

158
6 .2 CASA FORTE
Come ça n a c onf luênc ia da Es t r ada do Enc a n a ‑
me nto , Ru a da Har m onia e Rua Sam oel Lins ,
seg ue p or e sta últ im a at é at ingir a Rua Dona R i t a
d e Sou za , o nd e def let e à dir eit a par a alc anç a r
a Ru a Le mos Tor r es , onde def let e à es quer da
a lca nçan do a R ua Flam engo, onde def let e à
e sq ue rda p ara at ingir a Av. Dez es s et e de Ago s t o ,
o nd e de flete à dir eit a s eguindo at é enc ont r ar
a Ru a Mare ch al Rondon, daí def let e à dir eit a,
seg ue a té en co nt r ar a Es t r ada do Enc anam en t o ,
o nd e de flete à dir eit a e pr os s egue at é
a sua con fluê nc ia c om a Rua da Har m onia
e Sa moe l L ins,
Po nto Inicial.
CASA FORTE É A VIZINHA CHIQUE DE CASA AMARELA.
A Q U I H Á PA D A R I A S E D I V E R S O S A R T I G O S C O L O N I A I S , G O S T O S O S ,
M A S PA R A B O L S O S M A I S FA R T O S . O S A R T I G O S PA R A R E C E I TA S
EUROPEIAS ESTÃO TODOS LÁ.
T E M TA M B É M R E S TA U R A N T E S G O S T O S O S O U N Ã O , M A S S E M P R E
NA LIGA DO CHIQUE.
TEM UM SHOPPING COM SERVIÇOS E CINEMA E TEM UMA PRAÇA
D E S E N H A D A P O R B U R L E M A R X , O N D E A C O N T E C E A F E S TA D A
VITÓRIA RÉGIA.
É UM BAIRRO ANTIGO, DE ELITE INTELECTUAL E ECONÔMICA
T R A D I C I O N A I S , C R E S C E N D O E M D E N S I D A D E P O R C O N TA D E
E M P R E E N D I M E N T O S I M O B I L I Á R I O S M O V I D O S P E L A V O N TA D E
DO CHIQUE.

159
6.5 MONTEIRO
C ome ça n a Av. De z es s et e de Agos t o, no t r ec ho
comp ree nd ido e ntre a Rua Piauí e a Rua J or ge de
A lbuque rqu e, se gu e por es t a alc anç ando a Rua
Tapa cu rá pa ra atin gir o Rio Capibar ibe, onde
def le te à dire ita e so be pelo eix o at é t oc ar num
riacho se m d en omin aç ão que liga es t e r io ao
A çude de Apip ucos, def let e à dir eit a por es t e
riacho pa ra atin gir a Rua de Apipuc os , por onde
def le te à dire ita em dir eç ão à Rua J aguar ana,
onde d efle te à dire it a at ingindo a Rua M andac ar u,
prosse gu ind o até a Rua Sir igi, onde pr os s egue
para alcan ça r a Rua Q uat r o de M ar ç o, por onde
segue em dire çã o à Rua Tam andaí , e por es t a
alcança a Aven ida D out or Eur ic o Chav es , daí
def le te à esqu erd a, s egue at é a Rua I guat am a,
def le te à dire ita e se gue por es t a at é a Rua Duas
B arras, d efle te à dir eit a e s egue por es t a at é a
Rua Piracan jub a, de f let e à es quer da e s egue por
esta até a Ru a de Sant a I z abel, def let e à es quer da
e segu e po r e sta a té a Rua M ar ac á, def let e à
direita p or on de re tor na a Av. Dr. Eur ic o Chav es ,
def le te à esqu erd a par a at ingir o t r ec ho f inal da
E stra da d o Arra ial, daí def let indo à es quer da
segue até a Ru a Gu er r a de Holanda, onde def let e
à direita e se gu e até a Av. Dez es s et e de Agos t o,
P onto Inicial.
O M O N T E I R O PA R A N Ó S É Q U A S E Q U E U M A R U A S Ó , A R U A M O D E L O
ONDE MORAMOS POR UM ANO.
N A TA PA C U R Á T E M U M A V I Z I N H A N Ç A E M PA R T E A N T I G A Q U E
SE CONHECE BEM. SIMPLES. BEM PERTO UMA A OUTRA TEM TRÊS
VENDINHAS ONDE PODE‑SE COMPRAR GENEROS DE PRIMEIRA
N E C E S S I D A D E E U M P O U C O M A I S , P Ã E Z I N H O S , F R U TA S P R Ó P R I A S
E D O S P O M A R E S V I Z I N H O S , AT É F O G O S E B O M B A S B R A B A S P R O
S Ã O J O Ã O . A S V E N D I N H A S FA Z E M D O B A I R R O U M L U X O , L I V R A M
O M O R A D O R D A G I G A N T E Z C A N S AT I VA E D I S TA N T E D O S
SUPERMERCADOS.
A RUA COMEÇA COM CASAS MAIORES, MAIS ANTIGAS, DEPOIS
TEM UMAS CASAS MAIS SIMPLES, TEM O CAPIBAR NO MEIO,
LOGO DEPOIS MAIS UMAS CASAS MAIS SIMPLES AINDA. ENTRE ELAS
U M M U R O L A R G O E A LT O N U M T E R R E N O E N O R M E , U M P R É D I O A LT O ,
CUJOS MORADORES ENTRAM E SAEM SEM SAIR DOS CARROS.
N O F I M , PA L A F I TA S E B A R R A C O S .
O ➞ C A P I B A R É O C O N TAT O C O M O R I O , A V I S TA D O P I E R PA R A O
P Ô R D O S O L E PA R A A S B A R O N E S A S C O R R E N T E S . O B A R E M S I É
U M A G R A N D E E S C U LT U R A D E L I X O C O L E TA D O D O R I O C A P I B A R I B E .
JÁ FORA DO BAIRRO MAS MUITO PERTO ESTÁ O MUSEU DO HOMEM
DO NORDESTE. NA ENTRADA DO MUSEU ESTÁ O BONDE ANTIGO QUE
F E Z O T R A N S P O R T E D E C A S A F O R T E PA R A O C E N T R O .

R U A TA PA C U R Á , 2 5 4 .
MONTEIRO 160
   R E C I F E – P E
    C E P 5 2 . 0 3 1 ‑ 1 4 0
161
Uma cidade Recife s e e s quiv a do nó de
marinheiro, ela se a t a c om c us pe , m a s c om
c uspe de nobre, e s s e s t e m pos e u s onhe i que
le vava chibatadas no lom bo, m uit a s , m a s
d or eu não sentia, e u olha v a pa ra m inha pe le
e ela era da cor do rio, um rio Ca piba ribe ,
mas eu sabia no sonho e u m ora v a na be ira
d o rio e quando eu a c orde i um a m e nina de
o lhos bem arregala dos m e m os t ra v a a
margem dele, o rio e a nos s a c a s a e ra m
q uase a mesma co is a , a lguns v izinhos m a is
a baixo já haviam se m is t ura do m a s a ge nt e
e ra apenas medo.

P ara mim a força d o rio e ra a f ra que za do


h omem.

E na madrugada se guint e o s onho c ont inuou


e eu era um tigre, um c orpo m e s c la do de
h omem negro e eu le m bra v a que is s o nã o
p oderia ser, mas me s m o a s s im e u t inha um
s erviço a ser feito .

Nada demais acorda r c om dois ga t os e m


c ima do seu corpo a inda m a is qua ndo s e é
mulher e a divisão e nt re o univ e rs o e e u a s
v ezes é meio difícil de s e de f inir. Aí e u m e
le vanto e a sensaçã o de por os pé s de s c a l‑
ç os na terra e sen t ir pe que na s pe drinha s ,
s er picado por mos quit os e nqua nt o s e
c aminha até a mesa pa ra re c e be r o prim e iro
s orriso, para mim que s ou do m a t o e que s e i
b em que natureza , c onc re t o e ge nt e s ã o
ta nto a mesma mat é ria , m e re s t a a pe na s
s uspirar. É pena que e u t e nha a pe na s a v oz
p ara contar ao mundo o t a nt o de a m or que
s into.

Depois disso é a v e z do c horo, s e m pre m orre


u m bicho, corta‑se um a a rv ore , rouba ‑ s e
milhões, desrespe it a m os dire it os . A m inha
c abeça é menor q ue m e u pe ns a m e nt o.

162
O que há nes s a c a s a que v iv e m os junt os
além do disse ns o? O que há que f a z c om q u e
eu me mova por t a nt os luga re s ne s s e m u n‑
do? Um pé gra nde de Aba poru?

Um dia eu ten t e i de f inir onde é que e u


estava, talvez porque e u pe rc e bi que a s tr ês
casas que eu m ore i nos últ im os 6 a nos e u
estava pensa ndo que e ra um a s ó, t a lv e z p o r
que nenhuma de la s e ra f ix a , e ra s e m pre u m a
transição de c orpos . E u t e nt e i e logo v i q u e
eu sozinha nã o c ons e guiria , porque e u n ão
era, nós éram os . E e s s e nós t a m bé m e ra
indefinido. E ra m f oc os que s e a jus t a v a m em
momentos de t ra ba lho, e u s e nt i que re sp i r á‑
vamos pelos olhos , e u s e nt i is s o c om a s
mãos, eu sen t i is s o c ort a ndo os c a be los, eu
senti isso qua ndo v ia gra m a e os c a be lo s se
misturarem c om a t e rra , e t oda m a druga d a o
sereno descia c a rinho e m nos s os s onho s
por uma casa a be rt a .

1 .5 SANTO AN TÔ NI O
Inicia na Ba c ia do Capibar ibe por t r ás do
Pa lácio do Go v er no, s egue pelo eix o des t e r io
a ting ind o a Pon t e Pr inc es a I z abel, s eguindo
p ara a Rua d a A ur or a at ingindo a Pont e Duar te
Co elh o e Pon te da Boa Vis t a pr os s eguindo pe l a
Ru a Dr. Jo sé M ar iano at ingindo a Pont e Seis d e
Ma rço (Po nte Velha) , onde def let e à es quer da
p assa nd o pe la Tr av es s a Cas a da Det enç ão
o nd e de flete à dir eit a at ingindo a Pç . Dom Vit a l ,
p or on de p ross egue pela Rua do Por ão at é at i n g i r
o Ca is de Sa nta Rit a, onde def let e à es quer da
a ting ind o a Av. M ar t ins de Bar r os onde pr os s e g u e
p elo e ixo d o rio Capibar ibe, pas s ando as Pon t e s
Ma urício de Na s s au, Buar que de M ac edo, Bac i a d o
Rio Ca pib arib e por t r ás do Palác io do G ov er n o ,
Po nto Inicial.

163 AV. D A N TA S B A R R E T O , 3 2 4 .
SANTO ANTÔNIO
   R E C I F E – P E
    C E P 5 0 . 0 1 0 ‑ 3 6 0
164
165
166
E po r to do s os dias s er em de c ar nav al,
e p or co nta d a c onv er s a e da piada, é que
se pu xa va m a s pes s oas pr a c as a e elas
to pa va m a b rinc adeir a.
Os ca be los p r a s er em m ex idos , r oupa,
pro vo ca çã o, c ant or ia e a c âm er a f las h f las h f l a s h .

De temp os em t em pos os per s onagens er am


o utro s n a mesm a pes s oa. O s apelidos s er v em d e
me did a: mon oss í labos e dis s í labos ou c om ple t a s
e xp ressõ es e c enas de nov ela. O u f ilm es
lo ng a-me trag em que ainda não ex is t em ( f ilm a d o s ) .

& C A R N A V A L

167
F O T O ‑
SEQUÊNCIA
D E
P E S S O A S
E M
P E R S O N A G E N S

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199
  O R D E M C
  I N V E N T Á R I O A
    S U M Á R I O T
   G L O S S Á R I O Á
  A R Q U I V O L
   I N D O
    E X G
  A R M Á R I O S O

200
#—
  A s e n t r a d a s l i s t a d a s q u e
➞ ANA MARIA MAIA;
➞ C R I S T I A N O L E N H A R D T;
➞ J O N AT H A S D E A N D R A D E ;
também o que não é
projeto, mas é vontade
que se passa boca a
se iniciam por # definem ➞ JÚLIA REBOUÇAS; boca, o que é recorrente
diretamente as páginas do ➞ LUCIANA FREIRE; na hora da mesa e do
livro. Funcionam como ➞ PRISCILA GONZAGA;
índice detalhado e como ➞ YA N A PA R E N T E ; descanso, na voz e no
legenda. Drink: cerveja, limão e sal. sonho.
#1 MAPA ➞ C A S A S I LV E I R A L O B O ; #45 TOMBAMENTO
#2 . M A PA 2 ; #46 .
#3 . #28 . #47 ENDEREÇO PARA
#4 . #29 P r a i a d e ➞ MARIA CORRESPONDÊNCIA
#5 . FA R I N H A ; no litoral norte de ➞ C A S A S I LV E I R A L O B O ;
M A PA 2 ;
#6 . ➞ PERNAMBUCO;
#7 . #30 Silveira Lobo, #48 .
#8 . mesa à espera. #49 MAPA DA CASA d e -
#9 . ➞ C A S A S I LV E I R A L O B O ; s e n h a d o p o r ➞ CRISTIANO
L E N H A R D T; e m 2 0 0 8 p o r o c a -
#10 . M A PA 2 ;
#11 . #31 Fotografia de s i ã o d e ➞ E N D E R E Ç O PA R A
#12 . jardins. C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 .

#13 . ➞ C R I S T I A N O L E N H A R D T; ➞ C A S A S I LV E I R A L O B O ;
M A PA 2 ;
#14 . ➞ J O N AT H A S D E A N D R A D E ;
#15 . ➞ C A S A S I LV E I R A L O B O ; #50 HOSPEDARIA
#16 AO (FUTURO, M A PA 2 ; #51 .
FICTÍCIO, POSSÍVEL, #32 . #52 GUIA PRÁTICO
PROVÁVEL, ANTIGO…,) #33 Vista aérea e praça PARA EXPANSÕES DO
MORADOR DA CASA d a i n d e p e n d ê n c i a ➞ SANTO DOMÉSTICO
COMO CONVÉM. A N T Ô N I O ; M A PA 7 ; #53 .
CAPÍTULO C a r t a i n t r o d u ç ã o #34 Jon, motoquinha de #54 .
ao usuário do guia, com ex- promessa. #55 ALERTA GERAL d e
plicações em verbalidade ➞ J O N AT H A S D E A N D R A D E ; ➞ C AVA N I R O S A S ; 1 9 8 6 .
extendida; tentativa de #35 2 0 0 8 , ➞ CASA DA RUA #56 SERIGRAFIA NOS
aproximação e esclareci- PA D R E A N C H I E TA ; M A PA 6 ; TAPUMES ➞ C A S A A M A R E L A ;
mento. Primeiro passeio. C a s a d e ➞ DONA LOURDES; M A PA 2 ;

#17 . ➞ ABERTURA DE UMA CASA; #57 .


#18 . P. 6 0 ; #58 VOLUME BASE
#19 . #36 Lino e sono. ➞ MERCADO DE SÃO JOSÉ;
M A PA 8 ;
#20 . ➞ CRISTINA LINO;
#21 . #37 2008, sol de #59 .
#22 FOTO‑SEQUÊNCIA ➞ ALAGOAS; #60 ABERTURA DE
DE INTRODUÇÃO ➞ S I LVA N K Ä L I N ; UMA CASA ➞ C A S A D A R U A
#23 #38 Feira de Casa PA D R E A N C H I E TA ; M A PA 6 ;

#24 2 0 0 7 ➞ ILHA DA LAGOA, Amarela, coberta de lonas #61 .


Petrolina‑PE. azuis. #62 ARQUITETURA
#25 G a t o ‑ g a t u n o . ➞ CASA ➞ C A S A A M A R E L A ; M A PA 2; PRÁTICA a i m a g e m d e
S I LV E I R A L O B O ; M A PA 2 ; #39 Abapocoche à cami- identificação do projeto é
#26 Fevereiro de 2007, n h o d e p r a i a ➞ ABAPORU; p r e s e n t e d e ➞ RODRIGO
#40 CARTA AO MINO, LINHARES; e n v i a d a p a r a
mergulho de aniversário
d o q u e r i d o ➞ ALBERTO LINS. ➞ M A R C O S D E VA S C O N C E L L O S ; ➞ E N D E R E Ç O PA R A
➞ A CASA. COMO CONVÉM. C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 .
➞ C A S A S I LV E I R A L O B O ;
M A PA 2 ; #41 . #63 .
#42 . #64 CARTA DE FRIDA
➞ ANA MARIA MAIA;
#43 . PARA LUIZ e s c r i t a p o r
➞ C R I S T I A N O L E N H A R D T;
➞ JÚLIA REBOUÇAS; #44 PROJETOS DE ➞ FRIDA LEMOS c o n t a n d o d o
#27 Inauguração pública UMA CASA a c a m p a m e n t o ➞ OCUPE ESTE-
CAPÍTULO A p r e s e n t a L I TA p a r a ➞ C H I M PA N Z E Z I N H O ;
d a p i s c i n i n h a . ➞ CASA
S I LV E I R A L O B O ; M A PA 2 ; projetos públicos e «Era o que a cidade preci-
8 na piscina: privados da casa. s a v a . Vo c ê e e u c o n v e r s á -
Como projeto entende‑se vamos muito sobre isso an-
➞ ALBERTO LINS;

201
tes da sua viagem. #91 STUDIO d e s e n h o d e esquecimentos fazendo de-
Da necessidade desse ➞ S I LVA N K Ä L I N ; senho de si próprios.
povo se manifestar e #92 . #108 .
r e s i s t i r. » #93 ESTE LIVRO #109 G a l p ã o d e t r a b a l h o
#65 Desenho feito por #94 . n a ➞ C A S A TA PA C U R Á ;
#95 VIZINHANÇA E DI‑ M A PA 2 ; p e r t o d e
➞ FRIDA LEMOS c o n t a n d o s o -
b r e o t e r r e n o d o ➞ OCUPE MENSÕES d e s e n h o d e a n o i t e c e r.
E S T E L I TA ; M A PA 7 ; ➞ M A R C O S D E VA S C O N C E L L O S ; #110 C o n s t e l a ç ã o , f i l m e
#66 PARQUE para a casa de Mino. caseiro de movimentos len-
JAQUEIRINHA #96 FOTO‑SEQUÊNCIA t o s r á p i d o s d e ➞ CRISTIANO
➞ M A PA 2 ; DA ASSOCIAÇÃO L E N H A R D T;
#67 . DE TRABALHADORES #111 2 0 0 7 . B a n q u e t e d e
#68 BANCA ARTISTAS DE café da manhã de presente
#69 . CASA AMARELA de aniversário.
#70 ACERVO #97 A máquina de costura para
#71 . #98 Juego de té en mi- papéis e tecidos.
#72 O HOMEM niatura, sob instruções de ➞ C ASA SILVEIRA LOBO; MAPA 2;
COLORIDO d e ➞ C R I S T I A N O ➞ LOLA GOLDSTEIN; #112 ➞ ABERTURA DE UMA
L E N H A R D T; ➞ E N D E R E Ç O PA R A Banquete
C A S A ; P. 6 0 ;
#73 . C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 . desjejum na casa aberta da
#74 BALANÇO E #99 A Barraca dos três To r r e . Tu d o o q u e s e o u v i u
CHUVEIRO b i g o d e s n o ➞ MERCADO DE da casa era de um drama
NA CALÇADA ➞ C A S A S Ã O J O S É ; M A PA 8 ; a p r e t e x - denso. De alguém que con-
S I LV E I R A L O B O ; M A PA 2 ; t o d e ➞ V O L U M E B A S E ; P. 5 8 ; tinuava a morar lá, depois
#75 . usando as Fôrmas como de já ter abandonado a
#76 ROTEIRO DE instrumento. casa. A casa crescia por
CONSERVAÇÃO #100 . dentro e já era observada
DA ARQUITETURA #101 S u p o r t e p a r a o não só por nós. O escanca-
MODERNA ➞ G U I A P R Á T I C O PA R A E X PA N S Õ E S ramento depois do saque
ORDINÁRIA NO D O D O M É S T I C O ; P. 5 2 . foi o convite para a cele-
RECIFE #102 ➞ N A R A G U A L ; , c o l e t a bração.
#77 . nossos segredos e os guar- ➞ DONA LOURDES;
#78 ATELIER BORSOI da, misturados, num ninho. ➞ M A PA 6 ;
➞ EDIFÍCIO GUARARAPES; ➞ E N D E R E Ç O PA R A #113 R a f a g a d a d e b i c h o s
M A PA 7 ; v i n d o s d e ➞ LAGOA DO OURO;
C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 .
#79 . #103 F o r ç a t a r e f a e n t r e l u g a r q u e r e c e b e u ➞ S I LVA N
#80 300 MTS sul e nordeste. KÄLIN; n o B r a s i l .
ESCALA GRÁFICA d e s e - ➞ FERNANDA GASSEN; #114 P a r a d e s e n h o .
n h o d e ➞ CRISTINA LINO; a p r e - ➞ C R I S T I A N O L E N H A R D T; P r o j e t o d e ➞ CLARA MOREIRA;
s e n t a n d o a ➞ C A S A E D F. #104 . de nos pôr desenhados nas
P E R N A M B U C O ; M A PA 7 ; #105 B e i j o d e m e c â n i c a à p a r e d e s d a ➞ C A S A S I LV E I R A
#81 TIPOGRÁFIA três. A respiração extendi- LOBO; d e b a i x o d e t i n t a s , a n -
RESIDENTE da acontece pelo ar filtrado tes de desfazer a casa.
#82 . pelo outro. O caminho do ➞ E N D E R E Ç O PA R A
#83 EDITORA ar é nariz boca nariz boca C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ;
APLICAÇÃO boca nariz. #115 F o r m i g u e i r o t e l e f ô n i -
#84 . F o t o g r a f i a d e ➞ LARISSA; co nas instalações da
#85 HABITAÇÃO #106 O V i t o r à t e r r a . casa. Energia de trabalho.
MÍNIMA MERCOSUL ➞ VICTOR SALESSI; #116 ➞ E D I F Í C I O G U A R A R A P E S ;
#86 . #107 E s c u l t u r a s M A PA 7 ; p r i m e i r a t e n t a t i -
#87 CAPIBARIBE Domésticas. Do passar do va de ida ao centro. A pla-
#88 RIO AS BUILT tempo. A mangueira que taforma serviria para estar
CASA TAPACURÁ– dormiu no jardim por muito mais dentro e para ter li-
CAPIBARIBE l e v a n t a m e n - tempo até estar enterrada berdade de ir mais fora do
t o d e ➞ CRISTINA LINO; d a com grama crescida por ➞ RECIFE.
➞ C A S A TA PA C U R Á ; M A PA 2; cima. O sebo do corpo, do ➞ AT E L I E R B O R S O I ; P. 7 8 ;
#89 COZINHA calor e do uso repetido, do ➞ MIM
#90 . apoio da parede. As folhas
desfazendo, os

202
#117 ➞ 1ª CORRIDA DE #128 ESTUDOS DA apresentado por
CARROÇAS DO CENTRO DO RECIFE ÁGUA PARA USO ➞ CRISTIANO LENHARDT &
#118 sala da casa, tarde, PRÁTICO ➞ S I LVA N K Ä L I N ;
➞ EDIFÍCIO PERNAMBUCO; #129 . #166 .
M A PA 7 ; #130 LUAS & MARÉ #167 .
#119 os instrumentos dos #131 MAPA D'ÁGUA #168 FOTO‑SEQUÊNCIA
trabalhadores artistas. BRABA DE PESSOAS
#120 A CIDADE DO #132 . EM PERSONAGENS
RECIFE #133 CAMINHO DO Ou pelo prazer da ficção.
CAPÍTULO Vi s t a d a c i d a d e e SUOR #169
modelos de uso. A cidade é #134 . #170 M a k e u p p ó s v e r n i s -
entendida como contexto #135 JARDIM VERTICAL sage, pela mão espontânea
da vida e das histórias que #136 t e x t o e f o t o d e dos amigos que voltam jun-
se conta aqui. Ela pauta o ➞ S I LVA N K Ä L I N ; j a r d i m v e r t i - to pra casa. E pelo gosto
tempo e puxa para si as cal na esquina da por inventar travessuras.
nossas atenções — pois Guararapes com Dantas ➞ FERNANDA GASSEN e m
são as atenções que serão Barreto. ➞ TA R S I L A D O A M A R A L ; P a p e l ,
divididas com o usuário do ➞ JARDIM VERTICAL; pintura e fotografia.
livro. ➞ DETERMINISMO GEOGRÁFICO; #171
#137 . #172 C h á s s ã o s e r v i d o s
#138 LINHA PARA A com delicadeza exótica na
CIDADE DE ÔNIBUS piscininha.
#139 . ➞ C R I S T I A N O L E N H A R D T;
#140 . ➞ C A S A S I LV E I R A L O B O ;
#141 3 SEGUNDOS r e l a - M A PA 2 ;
tório da performance de #173
➞ LUCIANA FREIRE d u r a n t e s u a #174 Café con Piernas
residência em casa. ➞ J O N AT H A S D E A N D R A D E ;
#142 . #175 —Pega esse
#143 . ➞ AMARELO e v a i e p i n t a d e
#144 . preto!
#145 . #176 U m a r e c é m c r e s p a .
#146 . ➞ PRISCILA GONZAGA;
#147 . #177 Vo l u m e d e B a s e
#148 . amorosa.
#149 . #178 .
#150 PAISAGEM DE #179 C e n a d e « Q u e V i v a
METRÔ el México» de Einsenstein.
#151 . #180 C e n a d e A l m o d ó v a r
LIVRO A Cidade do Recife, #152 . em casa.
ensaio de geografia urba- #153 . #181 ➞ G A G AT O a m a r e l o ,
na, de Josué de Castro. #154 . companheiro de quem fica
Este exemplar é de edição #155 CHECKLIST PARA em casa. Pitangas.
de 1954, Editora Casa do SAIR DE CASA Mesinhas de madeira pen-
Estudante. A marca/man- #156 DESCRIÇÃO s a s , à e n c o n t r a r n o ➞ MER-
cha d’água é o mapa natu- LITERAL DOS BAIRROS C A D O D E S Ã O J O S É ; M A PA 8 ; .
r a l d o ➞ RECIFE. como definidos em 1988 #182 ➞ L U C I A N A F R E I R E ; v e r
#121 p e l o p r e f e i t o d o ➞ RECIFE; ➞ 3 S E G U N D O S ; P. 1 4 1 ;
#122 #157 . #183 U m a M o ç a d e c o r d e
#123 RECIFE, #158 . rosa, no Rio Grande do
SITUAÇÃO POLÍTICA #159 . Sul.
EM SEU CONTINENTE #160 . ➞ FERNANDA GASSEN;
#124 . #161 . #184 C a b e l o s p a r a p i n c é i s
#125 CIDADE DA PRAIA #162 UMA CIDADE RE‑ e donos de cabelos para
E CIDADE DO RIO NO CIFE t e x t o d e ➞ C R I S T I A N O pincéis.
MESMO RECIFE t e x t o d e L E N H A R D T; #185 B l o c o d o m e i o ‑ c e r t o ,
➞ CRISTINA LINO #163 . conceito educacional bra-
#126 . #164 . sileiro. História de um
#127 . #165 & CARNAVAL moço que faz carnaval de

203
fantasias. das fotos. Enfim, tudo o — OS MOMENTOS EM
#186 N o v a f i g u r a t í p i c a d o que foi possível pôr em or- QUE TODOS ESTÃO
carnaval recifense. dem e fazer visível. DESCONTRAÍDOS;
#187 A p r e s e n t a ç ã o d a #201 #— —PESSOAS CRESPAS
fantástica esquadrilha da #202 . (CADA VEZ MAIS RARAS
fumaça vista do alto do #203 . EM RECIFE);
moura, em Gravatá, na ofi- #204 . AS COISAS QUE SERÃO
c i n a d o ➞ BIU DA GAIOLA; #205 A— USADAS: TODAS AS
➞ M A R C E L O S I LV E I R A ; , q u e é #206 B— NOSSAS CÂMERAS.
de Gravatá, nos apresen- #207 C— ➞ T O M B A M E N T O ; P. 4 5 ;
tou o Biu, ele e o filho, fa- #208 #231 .
zedores de finezas em ma- #209 #232 ➞ C A S A AV E N I D A R O S A E
deira e de galiolas para #210 D—E— S I LVA M A PA ; M A PA 3 ;
passarinhos. #211 Demolida?
#188 F i g u r a s m i s t e r i o s a s #212 #233 A c e r v o d e l o u ç a s n a
d e c a r n a v a l . Q u e m s o u b e r, #213 piscina.
que nos conte a história. #214 F­— ➞ A C E R V O ; P. 7 0 ;
#189 #215 G—H— ➞ C A S A S I LV E I R A L O B O ;
#190 G r a v a ç õ e s a n ô n i - #216 I—J—K—L— M A PA 2 ;
mas, é o letreiro de uma #217 M— #234 Flor da vizinhança
e x p o s i ç ã o q u e ➞ CRISTIANO #218 ➞ C A S A S I LV E I R A L O B O ;
LENHARDT t e v e n o M A C d e #219 N— M A PA 2 ;
Olinda logo que chegou. #220 O— #235 C a d e i r a p r e s e n t e a d a
Tr a b a l h o d e c o l e ç ã o d e #221 à a r q u i t e t a ➞ CRISTINA LINO;
imagens dos outros, com o #222 #236 F i l t r o d e á g u a e m c e -
corte e a narração das his- #223 P— râmica vindo da casa de
tórias dele. #224 Q—R— ➞ AUCÉLIA;
➞ O H O M E M C O L O R I D O ; P. 7 2 ; #225 S— #237 Coleta/Captura.
➞ U M A C I D A D E R E C I F E ; P. 1 6 2 ; #226 T—U—V— ➞ P I TA N G A ;
➞ O S P R E G O S ; P. 2 2 8 ; #227 X—Y—Z—0—1—2— ➞ C A S A S I LV E I R A L O B O ;
#191 C e n a s d e R e s s a c a 3—4—5—6—7—8—9— M A PA 2 ;
Tr o p i c a l , d e J o n a t h a s d e #228 OS PREGOS d e #238 Tc h á á !
Andrade. ➞ C R I S T I A N O L E N H A R D T; #239 ➞ COXINHA e c e r v e j a s .
#192 . #229 . #240 ➞ C A S A D A R U A PA D R E
#193 O j o v e m ➞ J O N AT H A S #230 LISTA DE A N C H I E TA ; M A PA 6 ;
DE ANDRADE, e a s a v e n t u r a s COISAS A SEREM #241 A n t i g o I N S S . A v.
fotográficas. FOTOGRAFADAS: Dantas Barreto, Stº
#194 H o m e m n o m e i o d o —PRÉDIOS DAS Antônio, Recife.
mato. DÉCADAS DE 60, 70 ➞ E D I F Í C I O J K ; M A PA 8;
#195 C o r t e s d e c a b e l o E 80, CASAS DESSA #242 V i r a ç ã o d e m a r.
para definir os rumos da MESMA ÉPOCA E ➞ PRAIA;
vida. MAIS ANTIGAS, #243 Flutua;
#196 H o m e m d a r u a . QUE APRESENTEM #244 ➞ C R E S PA ;
#197 E s c a l a d e i r o . CARACTERÍSTICAS #245 Entrada de luz.
#198 ➞ I R A C E M A U M A T R A N S A MODERNISTAS ➞ ABERTURA DE UMA CASA;
AMAZÔNICA; «TROPICAIS» P. 6 0 ;
#199 A o V i v o . P a r a a s NA CIDADE DO RECIFE; ➞ C A S A S I LV E I R A L O B O ;
próximas transmissões. —HÁBITOS COMO TER M A PA 2 ;
#200 CATÁLOGO UMA MÁQUINA DE #246
CAPÍTULO P r i m e i r o u m c a t á - COSTURA EM CASA E #247 *

A—
logo, projeto típico no meio FAZER SUAS PRÓPRIAS
editorial de arte. Este po- ROUPAS, CORTINAS,
rém, com intenção de tor- TOALHAS;
nar acessível ao usuário do —JAMBEIROS, A Casa.
guia tanto o uso da casa, MANGUEIRAS, RUAS DE Como Convém. 1 . L i v r o
como o do livro em si. Aqui PARALELEPÍPEDOS Va s c o n c e l l o s , M . d e .
estão dispostas histórias e (ESSA PALAVRA É UM (1965). A Casa. Como
referências, lista de ferra- ESCÂNDALO) E FOLHAS Convém. Rio de Janeiro:
mentas, livros, legendas DE PAPEL; Editora Galo Branco.

204
A Dobra do Raciocínio LIVRE DO COQUE Amarelo 1. Um gato
Geométrico 1 . L I V R O d e Aeroporto ➞ M A PA 1 4 ; ➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 1 8 1 ;
➞ CRISTIANO LENHARDT s o b r e AESO 1 . E m p r e g o , 2 . U m h o m e m ➞ F O T O - S AT É L I -
seus trabalhos em instituição de ensino 3. U m a c o r ;
T E ; P. 1 9 7 ;
➞ L I T O G R AV U R A e d i t a d o e superior onde lecionaram Um Homenzinho
4.
impresso em oito cores ➞ CRISTIANA TEJO e Fantasia;
➞ RISO p e l a ➞ EDITORA ➞ CRISTIANO LENHARDT.
APLICAÇÃO e m 2 0 1 3 ; Ajuste 1 . A c o m p a n h a
Abapocoti 1 . ➞ P R O M E S S A a expectativa.
Abaporu 1 . P i n t u r a d e Alagoas 1 . E s t a d o
➞ TA R S I L A D O A M A R A L d e brasileiro onde nasceram
1 9 2 8 . 2. A s s u n t o d e ➞ J O N AT H A S D E A N D R A D E ; e
reprodução infinita na ➞ LUCIANA FREIRE;
➞ A CASA. COMO CONVÉM. 3. S e r Alarme Alimentar 1 . P a r a a
que come gente, folclore. h o r a d a ➞ J A N TA ;
➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 3 9 ; 2. D i s p o s i t i v o d e s e n v o l v i d o
na tentativa de oferecer ao
c o r p o d e ➞ CRISTINA LINO;
nutrientes diversos dos
f o r n e c i d o s p e l o ➞ NESCAU;

Amor e Felicidade no
Casamento 1 . Tr a b a l h o d e
➞ J O N AT H A S D E A N D R A D E
e s t r e l a n d o ➞ CRISTIANO
LENHARDT e ➞ LUCIANA FREIRE;
b a s e a d o n o l i v r o d e ➞ FRITZ
Alberto Lins 1 . A m i g o KAHN.
amado, que agora mora em Amoríndio
São Paulo. Para assuntos Amparo 60 1 . G a l e r i a d e
de beleza e esperteza, Arte Contemporânea
tratar com. c o m a n d a d a p o r ➞ LÚCIA
➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 2 7 ; S A N T O S ; M A PA 11 .
Alcir Lacerda 1 . M e s t r e Ana Luisa Lima
Acerola 1 . M a l p i g h i a 2. A u t o r d a s f o t o s d o Ana Maria Maia
punicifolia L. ➞ R E C I F E ; 3 . Vo t o d e 1. S e m i d e u s a e c u r a d o r a
Açúcar 1 . L e m b r a r d e p e d i r confiança. idependente.
para não colocar no ➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 1 6 4 ; Anarquia
s u c o . 2. R i q u e z a , a m b i ç ã o Alergia Andreas Glauser
e tradição em Pernambuco ➞ MOFO; Angela Prysthon
desde os tempos coloniais. ➞ E S T U D O S D A Á G U A PA R A U S O 1. P r o f e s s o r a ó t i m a d a
➞ GILBERTO FREYRE P R Á T I C O ; P. 1 2 8 ; ➞ UFPE-CAC
Açúde Apipucos Alessandra Giovanella Anna Sady 1 . Te r a u p e u t a
➞ M A PA 1 ; 1. D e s e d u c a d o r a ; 2. P u r i individual do coletivo, atua
Adams 1 . U m h o m e m d o sexi; através da homeopatia;
nordeste brabo e corajoso, ➞ E N D E R E Ç O PA R A consultas pelo SUS na
cabra da peste, namorador C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ; Policlínica Albert Sabin,
doce e charmoso, caboclo Alimento Rua do Futuro com a Padre
com atitude e honestidade; Aline Myllius ➞ E N D E R E Ç O R o m a ; ➞ M A PA 2 ;
2. I n t e l i g ê n c i a s p e r s p i c a z e s PA R A C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 . Ar condicionado
— jovem com a fala de 1. E q u i p a m e n t o p a r a
velho, historiador em geral resfriamento dos
e das próprias aventuras, ambientes via controle da
um agricultor diferente. á g u a n o a r.
Adriano ➞ J A R D I M V E R T I C A L ; P. 1 3 5 ;
➞ COQUE ➞ CALOR;
➞ P O N T O D E C U LT U R A E S PA Ç O ➞ DETERMINISMO GEOGRÁFICO;

205
Arquitetura Modernista ➞ B A N C A ; P. 6 8 ; número de caixotes.
➞ ABERTURA DE UMA CASA; Banco Real — 1 carpete 2×2 metros
P. 6 0 ; Banho de Estouro — 1 árvore existente
➞ R O T E I R O D E C O N S E R VA Ç Ã O D A 1. A l t e r n a t i v a q u e v i a b i l i z a (sombra); se não houver
ARQUITETURA MODERNA o contato com a água de árvore, fazer uma
O R D I N Á R I A N O R E C I F E ; P. 7 6 ; m a r ➞ MAR n o ➞ RECIFE; cobertura com 1 lona ou
Arroz Integral Cateto ➞ M A PA 8 ; lençol esticado. Usar os
➞ C É U E T E R R A ; M A PA 7; Barbara Caroline postes e o muro para
Arte ➞ E N D E R E Ç O PA R A amarrá‑lo.
Aslan Cabral 1 . A l v i n h o C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ; — 20 metros de corda.
pessoa simpática, guia e Barbara Wagner ­— Tr a v e s s e i r o s , a l m o f a d a s
agitador cultural. 1. U m a f o r ç a d a n a t u r e z a . ou pufs.
Associação de ➞ E N D E R E Ç O PA R A M O N TA G E M : C o l o q u e o
Costureiras de C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 . carpete próximo à árvore e
Casa Amarela Basel 1 . U m a d a s M o r a d a s sobre ele as almofadas, e
➞ M A PA 2 ; d e ➞ PRISCILA GONZAGA e em uma das laterais o
Associação ➞ S I LVA N K Ä L I N ; caixote com os livros.
de Lavadeiras Beate Kälin COMENTÁRIOS: P r o c u r e u s a r
de Casa Amarela Beberibe 1 . R i o q u e f a z almofadas e carpetes com
➞ M A PA 2 ; d i v i s a e n t r e ➞ RECIFE e cores vibrantes como
Associação de O l i n d a . ➞ M A PA 2 ; 3 ; 4 ; amarelo, vermelho, azul
Marceneiros Beco da Xoxota claro, laranja, rosa.»
de Casa Amarela ➞ M A PA 2 ; ➞ LOUISE GANZ
1 . Tr a b a l h a d o r e s d e ➞ C A S A Benji de Burca 1 . a r t i s t a ➞ B R E N O S I LVA
AMARELA; residente do queijo com ➞ E N D E R E Ç O PA R A
➞ M A PA 2 ; conforto. C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ;
Associação Bethânia 1 . M u s a i r m ã d e ➞ G U I A P R Á T I C O PA R A E X PA N S Õ E S
de Trabalhadores ➞ C A E TA N O V E L O S O D O D O M É S T I C O ; P. 5 2 ;
Artistas de Beyoncé Bicicleta 1 . O m o v i m e n t o
Casa Amarela Bia Lima das partículas.
1. A s s o c i a ç ã o c o m f i n s d e Bianca Bernardo ➞ C A M I N H O D O S U O R ; P. 1 3 3 .
trabalho e moradia. 1. Artista carioca e amiga Bienal
que deveria vir morar no do Mercosul 1 . b i e n a l d e
➞ RECIFE. artes latinoamericana:
➞ E N D E R E Ç O PA R A «Nos anos ímpares, a
C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ; Fundação promove o
Bia Rodrigues evento Bienal do Mercosul,
Biblioteca 1 . K I T « P o d e s e r reconhecido como o maior
Atelier‑morada A LT. realizada na calçada, conjunto de eventos
ateliê‑morada. em um bairro residencial. dedicados à arte
➞ C A S A S I LV E I R A L O B O ; Os moradores locais contemporânea
M A PA 2 ; trazem revistas e livros latino‑americana no
➞ C A S A TA PA C U R Á ; M A PA 1 ; e uma pessoa fica mundo, oportunizando o
➞ C A S A E D F. P E R N A M B U C O ; responsável por colocar acesso à cultura e à arte a
M A PA 7 ; pequenas etiquetas com milhares de pessoas, de
Aucélia 1 . m a m ã e d o j o n j o n . o nome do dono, caso o forma gratuita.»
➞ J O N AT H A S D E A N D R A D E ; morador queira levar seus f u n d a c a o b i e n a l . a r t . b r 2. 7 ª
Aula de Desenho l i v r o s d e v o l t a . To d o s e l e s Bienal do Mercosul Porto
1. ➞ PROMESSA d e ➞ CRISTIANO são colocados em caixotes Alegre‑RS, 2009, teve
LENHARDT e ficam à disposição de p a r t i c i p a ç ã o d e ➞ J O N AT H A S

B—
todos. DE ANDRADE, ➞ CRISTIANO
Objetos necessários para LENHARDT e ➞ CRISTINA LINO.
iniciar a montagem da ➞ H A B I TA Ç Ã O M Í N I M A M E R C O S U L ;
B³ 1 . E s p a ç o a b e r t o p o r
biblioteca: P. 8 5 .
➞ E D S O N B A R R U S e ➞ YA N N — 1 ou 2 caixotes
B E A U VA I S .
(engradado plástico ou de
Banca 1 . p r o j e t o d e ➞ C R I S T I -
madeira usado para frutas
NA LINO p o r e n c o m e n d a d e
e verduras) — se o acervo
➞ MARIANA MOURA . a u m e n t a r, a u m e n t a ‑ s e o

206
Bigode 1 . ➞ B I L L ; O S e n h o r é Brasília Teimosa 1 . Te r r a
m e u ➞ CODA e n a d a m e
faltará.
da nobreza popular que
aponta para a praia e para
C—
Caboclinho
Bill 1 . M a s é m u i t o m e s m o ! o rio, pressionada pela Caboclo 1 . G i l b e r t o F r e y r e .
C o m o é q u e p o d e s e r t ã o . 2. especulação imobiliaria de Cadeiras
S ó o s p e z i n h o s p r a f o r a ; 3. beira-d'água; Caetano Veloso
E s s a é m i n h a v i d a ! ➞ CODA; ➞ M A PA 8 ; Café 1 . C O A D O N A C U E C A S ó p r a
➞ BIGODE; ➞ BURACO DA VÉIA; e n f e i t i ç a r.
Biu da Gaiola 1 . M e s t r e d e ➞ BANHO DE ESTOURO; Cafuçu
madeiras delicadas, ➞ QUIOSQUE DO CABO; Cafuringa
t r a b a l h a e m ➞ G R AVAT Á , ➞ PRAIA; ➞ COQUE
foi-nos apresentado por ➞ T R AV E S S I A PA R A B R A S Í L I A ➞ P O N T O D E C U LT U R A E S PA Ç O
➞ M A R C E L O S I LV E I R A . T E I M O S A ; M A PA 8 ;
LIVRE DO COQUE
Boa Viagem 1 . Tr e c h o d a Brega 1 . N ã o f a z n e m m e d o Cairo 1. ➞ MIM
cidade organizada de d e s e r. 2 . M ú s i c a p o p u l a r
➞ J O N AT H A S D E A N D R A D E
acordo com duas c o n t e m p o r â n e a d o ➞ RECIFE Caixa dágua e cisterna
influências principais, que que reverbera em todo o 1. I n f r a e s t r u t u r a p r i v a d a
s ã o a p r a i a e o s h o p p i n g . 2. território. e x i g i d a n o ➞ RECIFE.
Ve r a n e i o q u e v i r o u c i d a d e Breno Silva 1 . F i g u r a d e 2. C a i x a s d ' á g u a p ú b l i c a s
p ó s ‑ c h e i a d e 7 0 . 3. Z o n a d e primeira, boníssimo ou de maior dimensão
atuação das construtoras. anfitrião na cidade Belo costumam ser tomadas
➞ TUBARÃO; Horizonte. Desenvolveu como pretexto para obras
➞ S O PA Q U E N T E ; M A PA 11 ; c o m ➞ LOUISE GANZ p r o j e t o s esculturais.
➞ C A S A D O PA R Á ; M A PA 11 ; de transformação dos Cajá 1 . F r u t a
Boa Vista ➞ M A PA 7 ; espaços urbanos. Caju 1 . F r u t a
Boca da Mata ➞ M A PA 1 ; Brotfabrik ➞ M A PA 8 ; Calor 1 . F o n t e d e a t r a ç ã o e
Bolo de Macaxeira Bruno de Paula r e p u l s ã o n o ➞ RECIFE.
Bolo de Milho 1. A d m i n i s t r a d o r d o
2. A u m e n t o d o e s t a d o d e
Bolsa 1 . A c e s s ó r i o d e ➞ LESBIAN BAR; agitação das partículas
sustento de artista; Bruno Vilela nos corpos devido ao
Bolo de Rolo Buceta aumento de temperatura.
Bonito 1 . C i d a d e d o i n t e r i o r Buenos Aires 1 . Te r r a d e 3. R e l a ç ã o h o r a a n á l o g a
d e ➞ PERNAMBUCO, p r ó x i m a à ➞ HOMEM c o m p l i c a d o ; hora oposta com o
➞ MORENO. ➞ 4 . 0 0 0 D I S PA R O S ; trabalhos nas definições
Borsoi 1 . A r q u i t e t o . D e f i n i u Buraco da Véia da física e da vida.
boa parte da estampa ➞ VENTILADOR;
m o d e r n i s t a d e ➞ RECIFE. ➞ AR CONDICIONADO;
2. F o i c a s a d o c o m ➞ JANETE ➞ DETERMINISMO GEOGRÁFICO;
C O S TA , f o i p a d a s t r o d e ➞ JARDIM VERTICAL;
➞ LÚCIA SANTOS. Camila Mello ➞ E N D E R E Ç O
➞ A R Q U I T E T U R A M O D E R N I S TA ; PA R A C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ;
➞ AT E L I E R B O R S O I ; P. 7 8 ; Campo Grande 1 . P a í s
➞ EDIFÍCIO GUARARAPES; popular de casas
M A PA 7 ; ➞ M A PA 8 ; generosas dentro do
Brainhall Burgogui ➞ M A PA 7 ;
➞ RECIFE o n d e c r e s c e u
Branco do Olho Burle Marx 1 . P E L O Q U E C O N T O U
➞ ESDRAS BEZERRA DE ANDRADE.
Brasil 1 . U m p a í s n a ➞ PA B L O L É O N D E L A B A R R A Capibar 1 . C A I A Q U E S
A m é r i c a L a t i n a 2. BRAZIL Depois de ter feito as Capibaribe 1 . S a b e d a
F i l m e d e Te r r y G i l l i a m . praças mais lindas da mulher febril que habita
Brasília 1 . C a p i t a l cidade, perdeu o emprego nas ostras.
d o ➞ BRASIL. n a P r e f e i t u r a d o ➞ RECIFE ➞ M A PA 1; 2; 7; 8;
➞ MODERNISMO; acusado de comunismo, ➞ C A P I B A R I B E ; P. 8 7 ;
2.Chá mate na boca da por ter pantado cana de Capivara
praça do sebo. Pedir sem açúcar vermelha na Caranguejo
➞ AÇÚCAR. ➞ PRAÇA DE CASA FORTE; Carcolli ➞ E N D E R E Ç O PA R A
➞ M AT E B R A S Í L I A ; M A PA 7; C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ;

207
Carimbo CEBB Timbaúba 1 . R e t i r o . Cinema da Fundação
b u d i s t a . ➞ JOÃO NETO ➞ M A PA 7 ;
Cenas de um Casamento Cinema São Luís 1 . O p e r a
Central 1 . B a r e r e s t a u r a n t e no conceito de cine-magia;
de segunda à sábado na ➞ M A PA 7 ;
Rua Mamede Simões; Clara Moreira 1 . A r t i s t a ,
2. D i v i d e s u a c a p a c i d a d e d e desenhista, arquiteta e
Carnaval atendimento com o amiga da maior doçura.
Carneiros 1 . ➞ P R A I A ➞ F R O N TA L , p r o b a b i l i d a d e Te m a b s o l u t a i n t e i r e z a n a
Cartas 1 . P r e s e n t e s à grande de ser a saída vida, e vive a cidade com o
distância; depois da expsoição; mesmo grau de verdade.
Casa Amarela 1 . B a i r r o ➞ M A PA 7 ; Funda a tradição de
o n d e e x i s t e a ➞ FEIRA DE Certa ➞ YA N A PA R E N T E ; ilustração nos cartazes do
CASA AMARELA. 2. C e n t r o Céu e Terra ➞ M A PA 7 ; c i n e m a p e r n a m b u c a n o . 2.
comercial popular da 1. R e s t a u r a n t e m a c r o b i ó t i - Prenha. Mudou-se para o
região. co que jâ realizou amor em Belo Horizonte.
➞ M A PA 2 ; e x p o s i ç õ e s d e ➞ DANIEL ➞ E N D E R E Ç O PA R A
➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 3 8 ; S A N T I A G O , ➞ S I LVA N K Ä L I N e C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ;
➞ DESCRIÇÃO LITERAL DOS ➞ LEO CRIBARI. ➞ CASA CLARA E CRISTIANO;
B A I R R O S ; P. 1 5 7 ; Chá M A PA 7 ;
Casa Barros 1 . L o j a d e Chaleira ➞ C O Z I N H A ; P. 8 9 ; ➞ CASA CLARA JOSEPH TOURTON;
artigos odontológicos na Chapinha M A PA 3 ;
B o a V i s t a . ➞ M A PA 7 ; Chegança Clarice Lispector
Casa Forte ➞ D E S C R I Ç Ã O Cheira Cola 1 . U m d o s t i p o s Clarissa Diniz 1 . A r t i s t a ,
LITERAL DOS BAIRROS, CASA frequentadores do Centro editora e curadora.
F O R T E ; P. 1 5 9 ; d o ➞ RECIFE; . P r e s e n ç a ➞ TAT U Í ;
➞ M A PA 2 ; visível nas manhãs de 2. Uma força sobrenatural.
domingo, quando os outros ➞ E N D E R E Ç O PA R A
tipos são mais rarefeitos. C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ;
Cheiro de asa Cloves Parísio 1 . P r o f e s s o r
Chimpanzezinho 1 . « é u m a das oficinas de serigrafia e
coisa da idade.» encadernação da
2. O d e s a b r o c h a r d o ➞ UFPE-CAC;
chimpanzezinho. Clube Bela Vista 1 . F e s t a
➞ LUIZ HENRIQUE; Cubana, das melhores para
➞ C A R TA D E F R I D A PA R A L U I Z ; d a n ç a r, d u a s v e z e s p o r
P. 6 4 . m ê s . ➞ M A PA 3 ;
Casa dos Frios 1 . B o l o d e China 1 . P u t a c a d e l a . 2 . P a í s Cobogó 1 . E s c u l t u r a
rolo tipo exportação; a s i á t i c o o n d e ➞ CRISTIANO pública para ventilação e
2. C a s a d e a r t i g o s c o l o n i a i s LENHARDT f e z r e s i d ê n c i a beleza feita por arquitetos
finos, temperos e p e l o ➞ MIM locais.
ingredientes diversos. Chuva Coda
➞ M A PA 7 ; ➞ E S T U D O S D A Á G U A PA R A U S O
Casa do Pará ➞ M A PA 11 ; P R Á T I C O ; P. 1 2 8 ;
Cassavetes 1 . D i r e t o r d e ➞ M A PA D ’ Á G U A B R A B A ; P. 1 3 1 ;
Mulher sob influência, ➞ C H E C K L I S T PA R A S A I R D E C A S A ;
exibido no Cinema da P. 1 5 5 ;
➞ FUNDAJ; Cícero 1 . a r t i s t a d a
Cássio g a m b i a r r a d o ➞ RECIFE;
Castigliani 1. Café de ➞ ARQUITETURA PRÁTICA;
➞ LERNARDO LACCA e ➞ NARA P. 6 2 ;
OLIVEIRA n a ➞ FUNDAJ 2. P o s o u p a r a ➞ J O N AT H A S
➞ M A PA 7 ; DE ANDRADE e m ➞ 40 NEGO BOM
Cavalo Marinho É 1 REAL;
Cavani Rosas Cilo Bonaparte
1. D e s e n h a d o r d o R e c i f e . Cinderela
➞ A L E R TA G E R A L ; P. 5 5 . 2 . P a i Cinema Apolo 1 . R u a d o
d e ➞ J U L I O C AVA N I ; Apolo, 121. Ingressos R$ 4
CDU/Várzea e R $ 2 ; ➞ M A PA 8 ;

208
Coentro conhecer ao rasteiro. As Coxinha
Coleção casas de até três andares, ➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 2 3 9 ;
Comaqui ➞ M A PA 3 ; desde as de papel até as ➞ M AT E B R A S Í L I A
Comgás q u e t e m l a j e . ➞ BRASÍLIA Cozinha ➞ C O Z I N H A ; P. 8 9 .
Cominho T E I M O S A n o m a r, o C o q u e n o Crespa
Compadre de Fogueira r i o . Te r r e n o a r r e d i o , d i f í c i l ➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 1 7 6 ; 1 8 2 ;
➞ ADAMS; d e o c u p a r. Ta m b é m n ã o 193; 238; 244;
➞ C R I S T I A N O L E N H A R D T; tem sido tão fácil pra quem Cristiana Tejo 1 . C u r a d o u r a
➞ S I LVA N K Ä L I N ; quer desocupá-lo. Ele e L o u r a 2. C u r a d o r a d a
Constelação resiste. f u n d a ç ã o ➞ MIM; s e l e c i o n o u
➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 11 0 ; Uma porta de entrada é o ➞ J O N AT H A S D E A N D R A D E e
Copos 1 . o b s e s s ã o ; 2 . Ponto de Cultura. ➞ CRISTIANO LENHARDT p a r a
contrabando de viagens Eu queria poder ser uma ➞ RESIDÊNCIA n o ➞ CAIRO e
internacionais; p o n t e . Te v e u m a p o n t i n h a n a ➞ C H I N A ( 2 0 11 )
d o c a s a m e n t o d e ➞ ANA 3. O r g a n i z a d o r a d o
MARIA MAIA q u e a c o n t e c e u l á , ➞ E S PA Ç O F O N T E , M A PA 7 ;
na igreja de Frei Aloisio, E x ‑ d i r e t o r a d o ➞ MAMAM e
quietinha, quase com reza. d a ➞ FUNDAJ
➞ M A PA 7 ; Cristiano Lenhardt
Coração de Madeira 1. N a s c i d o e c r i a d o e m
➞ I TA A R A , v e i o a o ➞ R E C I F E
viver o paraíso.
2 . C a t i m b o z e i r o d o ➞ C O T Y,
Coque 1 . U m m u n d o d e n t r o que usa pra fazer trabalhos
do Recife, na beira da de oficio e pensamento.
ferrovia e do Rio 3 . ➞ C O M PA D R E D E F O G U E I R A d e
Capibaribe. Bem no ➞ S I LVA N K Ä L I N .
Centro, em São José, no 4.Morador da casa;
cruzamento do eixo dos 5.Loolah, Chrina e muito
bairros mais ricos com o m a i s n a v i d a d e ➞ MKB.
dos mais pobres da cidade. Cristina Lino 1 . A r q u i t e t u r a
Milhares de pessoas numa e m a s s a g e n s ; 2 . Tr i n t a e
área que tem tamanho pra poucos anos de nescau.
ser Casa Amarela. Mesmo Correios Agência 3. M o r a d o r a d a c a s a ;
assim ainda fica de fora ou Filatélica 1 . a t e n d i m e n t o 4. A n t e s d e s e r m o r a d o r a ,
é visto como se fosse. Não cordial, espaço expositivo recebeu o convite para
está de fora e nem já explorado por artistas ➞ E N D E R E Ç O PA R A
esquecido como o estado c o m o ➞ PA U L O B R U S C K Y. C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ;
de algumas ruas, praças e Cortepel 1 . p r i n c i p a l participou com uma
canais e o cansaço de fornecedor de papel para visita-residência, que
quem nunca se sente o s t r a b a l h o s n a ➞ RISO; r e n d e u a ➞ ABERTURA DE UMA
o u v i d o f a z p a r e c e r. É t o d o Coti A LT C o t y C A S A ; P. 6 0 ;
ele disputado por quem ➞ J A N TA ;
está dentro e por quem ➞ E D F. A M A Z O N A S ;
está fora. Se a praça é dos ➞ COQUE;
cavalos ou das crianças, ➞ DIREITOS URBANOS;
votos de todo o tipo, os Cristina Ribas
melhores pontos 1. N o s r e c e b e u n a R u a d o s
comerciais, os grandes e A r t i s t a s , ➞ RIO DE JANEIRO,
pequenos feitos, se a terra o n d e j á m o r o u ➞ CRISTIANO
é da moradia de uns ou do L E N H A R D T. E m v i s i t a à c a s a
progresso de outros, etc. O d e l a e n c o n t r a m o s ➞ ESTE
abandono é parte da L I V R O ; P. 9 3 .
disputa. Os hiatos são ➞ LARANJAS;
preenchidos com ➞ RIO GRANDE DO SUL;
imaginações, as vezes a da ➞ E N D E R E Ç O PA R A
fantasia e as vezes a do C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ;
preconceito. Lugar que
pede a disposição do ir ➞ M A PA 2 ; 7 ;

209
Cristina Teixeira Diomar ➞ B O L O D E M A C A X E I R A ; temperatura e a pressão
1 . P r o f e s s o r a d a ➞ U F P E - C A C , Direitos Urbanos 1 . P o n t o e x t e r n a s » DEFINIÇÃO DE
conhecida como de aglutinação de HTTP://AULETE.UOL.COM.BR/
Diva‑Coxão preocupações transforma- Doce de leite de Afrânio
Cristóvão das em gesto e novo hábito 1. I g u a r i a t i j o l ã o o f e r t a d a
Cu 1 . E S C R I T O S politico. Ocupação p o r ➞ R O S E LY a n t e s d a
Cueca constante, de um jeito ou vigilância sanitária
Cuquinha de outro. Chamado e resolver ser desprazerosa
Cyane Pacheco manual prático da e proibir seu trânsito;

D—
presença política no Dois Pontos 1 . p l a t a f o r m a
➞ RECIFE. de arte contemporânea em
➞ O C U P E E S T E L I TA Pernambuco «O portal Dois
Daniel de Nara D A N I E L Pontos propõe‑se a criar
➞ LEO CISNEIROS
FELINTO 1. f í s i c o ; e l e e
➞ FB.COM/GROUPS/ bases de divulgação para a
➞ NARA GUAL e n c o m e n d a r a m DIREITOSURBANOS produção contemporânea
u m a c a s a à ➞ CRISTINA LINO e de artes plásticas em
➞ DIREITOSURBANOS.
fizeram uma nêne WORDPRESS.COM Pernambuco.
➞ YOLANDA.
Daniel Santiago 1 . A r t i s t a
que enriquece o currículo
d o ➞ RECIFE;
Daniel Spoerri
Daniel Veras
Daniela Mattos ➞ E N D E R E Ç O
PA R A C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ;
Daniela Rosa ➞ E N D E R E Ç O
PA R A C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ;
Delfin Amorim
Despedida
Determinismo
Geográfico 1 . A v i d a n o
aguçadíssimo quen-
te‑e‑úmido recifen-
se — com a maresia Disponibilidade A Internet e o formato de
corroendo os bens « 1. Q u a l i d a d e o u c o n d i ç ã o portal de notícias foram as
duráveis da classe média, daquilo que se encontra formas de trabalho
com o mar avançando e disponível [+ de, para] escolhidas para viabilizar
desgastando muros de 2. JUR. C o n d i ç ã o d e b e n s a formação de comunida-
casas e quebra‑mares de a l i e n á v e i s . 3. P r e d i s p o s i - des de interesse e o
prédios ou com o desbotar ção para oportunidades abastecimento constante
quase instantâneo das e solicitações vindas do do público com conteúdos
sinalizações gráficas m u n d o e x t e r i o r 4. S i t u a ç ã o exclusivos. Dois Pontos foi
encontradas nas ruas da de funcionário público lançado no dia 4 de
cidade — sugere um afastado temporariamente setembro de 2006, no
território inóspito que é d e s u a s f u n ç õ e s 5 . P. E X T. Museu de Arte Moderna
preciso combater para Condição de quem está Aloísio Magalhães.» fonte
h a b i t a r. S o m a d o a i s s o , o s e m e m p r e g o 6. ECON. S i t u a - Canal Contemporâneo.
calor infligido aos corpos e ção dos valores e títulos ➞ ANA MARIA MAIA ➞ JÚLIA
sua incidência irredutível integrantes de um ativo REBOUÇAS 2. C a l e n d á r i o
permitem retomar comercial que podem ser desafio, fotos de gente
cinicamente a idéia de uma prontamente convertidos pelada.
supremacia fatalista das e m n u m e r á r i o 7. JUR. Dom Pedro ➞ M A PA 8 ;
condições ambientais Capacidade ou faculdade ➞ TAT I A N A A L M E I D A r e c o m e n d a
sobre nossas ações de dispor de seus próprios fatias de leitão;
c o t i d i a n a s . ➞ TAT I A N A A L M E I D A b e n s 8. FÍS. F u n ç ã o Dona Duzinha 1 . Vo v ó
➞ A C I D A D E D O R E C I F E ; P. 1 2 0 . t e r m o d i n â m i c a q u e e x p r e s a Dona Lourdes ➞ A B E R T U R A
Didi Mocó relação entre volume, D E U M A C A S A ; P. 6 0 ;
Diogo Todé ➞ E N D E R E Ç O PA R A energia interna e entropia
C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ;
de um sistema com a

210
211
212
E—
Edf. Amazonas 1 . a b r i g o d a
banheiro e hall. 3 varandas
imensas. Não sei a luz pq
só vi de noite, mas pela
d a n d o u m a f o r ç a n a s ➞ FER-
R A M E N TA S t a m b é m . E s s e
q u a r t o e x t r a d o ➞ MIM
m a s s a g e m . ➞ M A PA 7 ; localização deve ser poderia receber as nossas
incrível. O vento também! visitas e ser alugado prá
➞ BORSOI;
Edf. Caiçara ➞ M A PA 11 ; É um absurdo. outras residências ou
Edf. Ébano ➞ M A PA 7 ; O preço no primeiro ano: visitantes
Edf. Guararapes aluguel 1000 + 250 semi‑desconhecidos.
1. U m e d i f í c i o m o d e r n i s t a
condomínio + 250 iptu É uma casa projeto.
n o c e n t r o d o ➞ RECIFE (janeiro a outubro) + Prá acontecer vai ter que
construído pelo arquiteto melhorias por nossa conta. acabar virando mais
No segundo ano: o mesmo, pública mesmo. O que me
➞ BORSOI, a t u a l m e n t e
inteiramente desocupado. mas o aluguel fica 1.500 e faz achar que é possível é
não somos mais que ela comportaria nossas
➞ M A PA 7 ;
Edf. JK 1 . A LT « A n t i g o I N S S » , responsáveis pelas vidas individuais mais
é a vista dos quartos da melhorias estruturais. preservadas, mesmo entre
Na verdade o contrato é a gente.
➞ C A S A E D F. P E R N A M B U C O ;
de um aluguel de 1.500 Esses cômodos são bem
➞ M A PA 8 ;
com desconto de 500 no grandes e dispersos pelo
➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 3 3 ; 1 6 4 ; 2 4 1 ;
Edf. Pernambuco 1 . S ã o primeiro ano para as e s p a ç o . N ã o t e m c o r r e d o r,
3 0 0 m ² n o t e r c e i r o a n d a r. reformas. tudo abre prá esse salão.
O prédio fica bem em Não tem garagem, então Daria prá ter um kitinete
frente ao INSS e os fundos teríamos que considerar prá cada um se a gente
tem vista para a praça do um plano mensal num quisesse e pudesse pagar
sebo. É um predinho de estacionamento do centro. a hidráulica.
uns 10 andares. Deve ter Te m v á r i o s . É incrível a cidade em
sido um dos primeiros da O que precisa ser feito: volta. Oito da noite e a rua
avenida, parece ser da instalar balcão e cheia. Um zumzumzum.
década de 50. Chama encanamento de cozinha, Ta n t o c a n t i n h o . Tu d o a l i
Edifício Pernambuco. ver se as janelas estão ok, perto.
É um apartamento por provavelmente alguma No segundo andar estão
a n d a r. Te m m a i s d e 2 0 vai estar empenada, instalando uma escola de
j a n e l a s . Te m 5 c ô m o d o s quebrar uma parede que costura industrial.
fechados (talvez 6, não divide o banheiro, instalar O sobrinho da proprietária
lembro bem), uma sala uma grade na entrada mora no nono andar e
imensa no meio, que na p r i n c i p a l , p i n t a r. adora.
esquina faz um L criando Viabilidade: é muito caro Fora isso tem uma escola
u m a s a l a m e n o r, m a i s prá gente, principalmente o de escritorialismos,
privada, mas totalmente segundo ano, mas é muito ➞ ASLAN CABRAL, ➞ BRUNO
conectada com o vãozão, possível incorporar outras V I L E L A e ➞ PA U L O M E I R A , q u e
e tem um balcão enorme de p e s s o a s p r á v i a b i l i z a r. eu saiba.
granilite que divide um E n c o n t r e i ➞ CRISTIANA TEJO Tô super empolgada.
terceiro ambiente nessa no avião e ela disse que As meninas ficaram
área comum imensa. está querendo alugar um também. Imaginar aquilo
O banheiro é meio lugar prá ser base dela, ocupado com redes, livros,
v e s t i á r i o . Te m u m a e n t r a d a funcionar como escritório, panelas, roupas,
por dentro e uma pelo hall biblioteca, ponto para um ferramentas, tudo
d o e l e v a d o r. A p i a é c o m u m grupo de estudos com as acontecendo, é demais.
e tem 4 boxes com a l u n a s d a ➞ AESO, Como o valor só fica
sanitários. Um dos cinco e h o s p e d a g e m p a r a o ➞ MIM. impossível mesmo no
cômodos tem entrada Como tem essa entrada segundo ano, podemos nos
independente prá esse hall independente prá dois organizar bem para
também, e comunica com cômodos interligados isso inscrever projetos que
um dos cômodos internos seria super possível sem a j u d e m a s u s t e n t a r.
por uma porta. atrapalhar nossa rotina. Não sei se só o de
É tudo muito grande. ➞ TAT I A N A A L M E I D A t a m b é m s e manutenção de atelie, mas
Pé direito alto. Piso de interessaria em ajudar um de oficinas mais pontuais,
taco na maior parte, pouco prá poder usar como encontros, coisas assim.
azuleijos e pastilhas no o f i c i n a d e ➞ MARCENARIA, O senhorio ainda falou que

213
seria possível negociar o Enchente Esdras Bezerra de
segundo ano se a gente ➞ CIDADE DA PRAIA E CIDADE DO Andrade 1 . M o r a d o r d a
visse que não consegue R I O ; P. 1 2 5 ; ➞ P R É D I A c o m ➞ TAT I A N A
m e s m o p a g a r. ➞ L U A S & M A R É ; P. 1 3 0 . ALMEIDA; 2. E s c r i t o r d o
Ele tava empolgado com a ➞ M A PA D ’ Á G U A B R A B A ; P. 1 3 1 ; ➞ RECIFE 3. M e n i n o c r i a d o
nossa empolgação. Endereço para e m ➞ CAMPO GRANDE, o n d e s e
E com três mulheres, uma Correspondência fez safo e solto (também
grávida, aparecendo lá oito 1. CONVIDADOS f o r a m por ter passado juventude
da noite com aquelas ➞ A L E S S A N D R A G I O VA N E L L A ; e m ➞ OLINDA) . 4. B o m
c a r a s … n ã o d á p r á c o n t a r, ➞ ALINE MYLLIUS; cozinheiro de carne de
mas se pode torcer… ➞ BARBARA CAROLINE; panela, aos cuidados de
➞ DESCRIÇÃO LITERAL DOS ➞ B A R B A R A WA G N E R ; ➞ J O N AT H A S D E A N D R A D E .
B A I R R O S , S A N T O A N T Ô N I O ; P. 1 6 3 ; ➞ BIANCA BERNARDO; ➞ LADRILHO HIDRÁULICO
➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 11 8 ; ➞ CAMILA MELLO;
➞ E D F. J K ; ➞ CARCOLLI;
➞ M A PA 7 ; ➞ CLARA MOREIRA;
Edf. Salles Cauás ➞ CLARISSA DINIZ;
1. P r é d i o n a R u a d a P r a i a , ➞ CRISTINA LINO;
e m ➞ RECIFE, q u e e r a g e r i d o ➞ CRISTINA RIBAS;
por Nair Salles Cauás, ➞ D A N I E L A M AT T O S ;
mulher de 81 anos. ➞ DANIELA ROSA;
No 7º andar ficava o ➞ DIOGO TODÉ;
➞ INSTITUTO PODER TRABALHAR, ➞ FELIPE QUERRETE;
sala de 20m² com vista ➞ FERNANDA GASSEN;
impensável para o mar e ➞ G U S TAV O J A H N ;
p a r a ➞ BRASÍLIA TEIMOSA, q u e ➞ JOÃO LUCAS; FOTO POR ➞ B A R B A R A WA G N E R
a t e n d i a à ➞ PRISCILA ➞ LOLA GOLDSTEIN; Ernesto Fogomorto
GONZAGA. ➞ LUCIANA FREIRE; Escultura doméstica
➞ LUÍS ROQUE; ➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 1 0 7 ; 1 0 8 ;
➞ M A R C E L O S I LV E I R A ; Espaço Fonte
➞ MANUELA EICHNER; Espirro
➞ MELISSA DULIUS; Estante
➞ MICHEL ZÓZIMO;
➞ NARA GUAL;
➞ NINO CAIS;
➞ PAT R Í C I A B U R R O W E S ;
➞ RAUL LUNA;
➞ EDIFÍCIO SALLES CAUÁS; ➞ RODRIGO LINHARES;
M A PA 8 ; ➞ S I LVA N K Ä L I N ;
Edf. São José 1 . C a s i n h a . ➞ SUZANA GRUBER;
Prédio de primeiro andar ➞ Y U R I B R U S C K Y;
na Rua Silveira Lobo. Engajamento
Lá ocupamos de 2007 até Engenho
2010 o apartamento A, Esconso a d j e t i v o p a r a
a c i m a d e l e m o r a m ➞ JAIME e corpo com problemas de
➞ LUCÍLIA SANTOS. alinhamento.
➞ C A S A S I LV E I R A L O B O ; ➞ CRISTINA LINO
M A PA 2 ;
➞ DESCRIÇÃO LITERAL DOS
B A I R R O S , P O Ç O ; P. 1 5 7 ;
Edf. União ➞ M A PA 7 ;
Edson Barrus ➞ B ³ ;
Eduardo Brandão
Encadernação Eternau

F—
➞ C L O V E S PA R Í S I O ;
Encanto Nordestino
➞ M A PA 2 ;
Fava
Febre do Rato 1. Filme que

214
se espalha pelo centro do 4.Protagonista do livro Gal
➞ RECIFE; «Zoológico» editado por Gala
Fedor ( d e m i j o e d e m e r d a ) ➞ S I LVA N K Ä L I N p a r a a Galeria
Feijão ➞ EDITORA APLICAÇÃO e m Galeria Joana D'arc
Feira de Casa Amarela 2014. Garagem
➞ FEIRA DE CASA AMARELA; Ferramentas Geraldo Delmas
M A PA 2 ; Filtro da Aucélia Gilberto e Carlos 1 . Tr u p e
➞ DESCRIÇÃO LITERAL DOS ➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 2 3 6 ; 2 4 5 ; d o ➞ E D F. P E R N A M B U C O
B A I R R O S , C A S A A M A R E L A ; P. 1 5 8 ; ➞ AUCÉLIA; Gilberto Freyre 1 . e x p l i c o u
Felipe Querrete 1 . M o r a d i a Flávio 1 . m a r c e n a r i a e o ➞ BRASIL a p a r t i r d o
d o ➞ CRISTIANO LENHARDT e d a embaixadinhas freestyle. ➞ RECIFE, t o m a n d o s u a
➞ CRISTINA LINO. M u d o u - s e ➞ ASSOCIAÇÃO DE MARCENEIROS própria safadeza como
para Florianópolis ➞ M A PA 2 ; metodologia; Criou o
deixando máquina de lavar Fogos ➞ MUSEU DO HOMEM DO
e f o g ã o p a r a o ➞ CRISTIANO Fogueira N O R D E S T E ; M A PA 2 1 9 ;
LENHARDT e a s p l a n t a s p a r a ➞ C O M PA D R E D E F O G U E I R A Goiaba
a ➞ CRISTINA LINO. Fôlego Gosto de ti 1 . A l í v i o
➞ M A PA 2 ; ➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 1 0 5 ; i m e d i a t o d a d o r.
➞ E N D E R E Ç O PA R A Força Tarefa ➞ NÃO GOSTO DE TI;
C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ; ➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 1 0 3 ; 1 0 4 ; Gravatá
Felipe S 1 . m ú s i c o o l i n d e n s e Fotografia Guia Prático Histórico e
a m o r d e ➞ ANA MARIA MAIA. Forte das Cinco Pontas Sentimental da Cidade
Filho de importante artista Frida Lemos 1 . L i n d a e do Recife 1 . L i v r o d e
p l á s t i c o d o ➞ RECIFE, a r i s c a ; 2. E s t u d a ➞ GILBERTO FREIRE, p r i m e i r a
➞ M A U R Í C I O S I LVA . arquitetura; edição em 1934 em edição
Ferdy Kälin ➞ C A R TA D E F R I D A PA R A L U I Z ; P. de amigos com 105
Fernanda Gassen 64. exemplares. Edições
1. G a ú c h a q u e r i d a q u e s e ➞ DIREITOS URBANOS; populares anteriores pela
tornou por excelência a ➞ O C U P E E S T E L I TA ; Editora José Olympio.
➞ TA R S I L A D O A M A R A L d o Fritz Kahn ➞ A M O R E Graviola 1 . F r u t a d e c a r n e
Nordeste. FELICIDADE NO CASAMENTO; branca perfurmada.
➞ E N D E R E Ç O PA R A Frontal 1 . O p o s t o e a p o i a d o Guilhotina 1 . P a r t e d o
C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ; n o ➞ CENTRAL, c o m p l e x o d e equipamento gráfico da
➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 1 0 3 ; 1 0 4 ; bares populares da Rua ➞ EDITORA APLICAÇÃO, t r a z i d a
170; 183; Mamede Simões; aventurosamente do Capão
Fernando Peres 1 . Tr a b a l h a Funcultura 1 . P r e g u i ç a R e d o n d o , ➞ S Ã O PA U L O ;
a l e a t o r i a m e n t e s e m p a r a r. ➞ FUNDARPE 2. P a r t e d o a c e r v o d e
2. O m a i s f i e l d o s e u s Fundação Gilberto Freyre equipamentos de corte de
próprios desejos. FUNDAJ 1 . I m p o r t a n t e cabelo experiementados
➞ LESBIAN BAR. 3. M o r a d o r d e fundação de cultura, atua p o r ➞ MARIE CARANGI.
casas como convém: em várias áreas e se
co-morador da Casa distribui em vários
Como Convém durante endereços,entre eles a Rua
alguns meses, H e n r i q u e L e i t e , n o D e r b y,
morador subsequente o n d e f i c a o M A PA 7 ;
d a C a s a Ta p a c u r á . Fundarpe 1 . « A i n d a
chegaremos lá.»
➞ M A PA 7 ;
Furnas 1 . I n s t i t u t o c u l t u r a l
no Rio de Janeiro
2. E x p o s i ç ã o ➞ AMOR E Gustavo Jahn
FELICIDADE NO CASAMENTO ➞ ETERNAU;
Futebol 1. NÃO ➞ E N D E R E Ç O PA R A

G—
C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ;

Gagato Amarelo
➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 1 8 1 ;
H—
Heleno 1 . D i n a s t i a d e
Gagato cinza v i z i n h o s d a ➞ C A S A TA PA C U R Á ;

215
no bairro do
M A PA 2 ; temporada, ano novo João Cabral
Monteiro. 2 0 0 6 / 2 0 0 7 . ➞ F O T O - S AT É L I T E ; de Mello Neto
➞ DESCRIÇÃO LITERAL DOS P. 2 4 ; 2 . I l h a n o R i o S ã o João Lucas 1 . C u r u m i m
B A I R R O S , M O N T E I R O ; P. 1 6 0 ; Francisco, entre Petrolina crescido, faz vídeos,
Hélio Oiticica e Juazeiro. mete-se nos matos, vai
Hélio Soares 1 . O r i e n t a d o r Insjutiça Social atrás dos cavalos e das
da Oficina Guaianases de Instituto Poder Trabalhar histórias das bordas.
➞ L I T O G R AV U R A , n a s 1 . A LT S a l i n h a ➞ JACARÉ FILMES;
i n s t a l a ç õ e s d a ➞ UFPE-CAC; Internet 1 . S e r v i ç o p r e c á r i o ➞ E N D E R E Ç O PA R A
Herbário Ambulante 1 . K I T n o ➞ RECIFE; C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ;
«Prepare as mudas em Iracema uma Transa João Neto
casa para depois levá‑las Amazônica 1 . F i l m e d e Joaquim
para a calçada. 1 9 7 5 , d e J o r g e B o d a n s k y. ➞ COQUE;
Objetos necessários para Irma Brown ➞ M A U M A U ; ➞ P O N T O D E C U LT U R A E S PA Ç O
iniciar a montagem do Irmãs Brown LIVRE DO COQUE;
herbário: Irmãos Brunos Jonathas de Andrade
— 2 a 3 caixotes ou baldes Irmãos Evento 1. O n e g o b o m f a z e n d o
— Sacos de terra adubada. Isabela Stampanoni xixizinho no canto do
— 1 tábua ou palete com Itaara 1 . C i d a d e n a t a l d e i n d e x ; 2. M e m b r o d a e s c o l a
rodinhas e 1,20 metros de ➞ CRISTIANO LENHARDT, 1 0 m i l de arte e libertinagem do
corda para puxá‑la. habitantes, Rio Grande do ➞ RECIFE;
— Mudas de capim Sul. ➞ 40 NEGO BOM É 1 REAL;
cidreira, cebolinha, salsa,

J—
3. M o r a d o r d a c a s a .
hortelã, etc, ou sementes. José Paulo
Montagem: Jorge Mena Barreto
Nos caixotes ou baldes Jacaré 1 . f r e q u e n t a a s 1. U m d o s n ó s q u e f e z
prepare a terra e plante a v e n i d a s d o ➞ RECIFE n o s c h e g a r ➞ S I LVA N K Ä L I N à
as mudas ou sementes. períodos de cheia; casa;
Quando estiverem Jacaré Filmes
➞ LÍGIA NOBRE
crescidos, coloque sobre Jaime 1 . V i z i n h o p o r t u g u ê s . 2. H o m e m d o s m u i t o s
o palete e puxe para a Fascinação por Luzes. sucos;
calçada. Podem ser ➞ LUCÍLIA SANTOS Julia Kälin
vendidas as ervas, ➞ E D F. S Ã O J O S É ; Júlia Rebouças 1 . A m i g a
ou apenas ficar do lado Janela do Cinema curadora de Aracajú
de fora para tomar sol do Recife morando agora em Minas
ou tornar bonita a rua. ➞ CLARA MOREIRA Gerais: ótima!
Comentários: ➞ C I N E M A S Ã O L U I Z ; M A PA 7;
Julio Cavani
Se optar pelos baldes, use ➞ CINEMA DA FUNDAÇÃO; Julio Lage
os vermelhos.» M A PA 7 ;
Juventude Xibilense
➞ LOUISE GANZ Janete Costa 1. 2 2 a n o s .
Janta 1 . M o m e n t o d e

K—
➞ B R E N O S I LVA
➞ E N D E R E Ç O PA R A recolhimento e segredo.
C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ; ➞ UR-6;
➞ G U I A P R Á T I C O PA R A E X PA N S Õ E S Jardim Katalog 1 . A u f s t e l l u n g ,
D O D O M É S T I C O ; P. 5 2 ; ➞ M A PA D A C A S A ; P. 4 9 ; Index, Kartei, Liste,
Holografia ➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 3 1 ; 3 2 ; R e g i s t e r, Ta b e l l e ,
Homem 2 5 ; 2 7 ; 2 8 ; 1 0 7 ; 1 0 6 ; 11 0 ; Ü b e r s i c h t , Ve r z e i c h n i s ,
Homossexual 1 . F r a n g o 1 0 4 ; 111 ; 1 7 2 ; 1 7 4 ; 1 7 6 ; 1 8 0 ; Zusammenstellung.
viado bicha 181; 185; 188; 195; 233; 235; 2. A n h ä u f u n g , F ü l l e , g r o ß e
Horto Dois Irmãos 1 . u m a 239; 239; [An]zahl, Masse, Menge,
das locações de Jéssica Miranda Reihe, Vielzahl; (emotional
➞ R E T R ATA N T E R E T R ATA D O d e 1. ➞ MUSEU DA BEIRA DA LINHA DO verstärkend): Unmenge,
➞ CRISTIANO LENHARDT ; COQUE. M o r a d o r a d o ➞ E D F. U n z a h l . DUDEN – DAS
➞ M A PA 1 ; PERNAMBUCO, ➞ E D F. A M A Z O N A S SYNONYMWÖRTERBUCH. EIN

I—
e d o a n t i g o ➞ BRANCO DO W Ö R T E R B U C H S I N N V E R WA N D T E R
OLHO n a ➞ RUA DO LIMA e m WÖRTER. 5., VOLLSTÄNDIG
d o i s a n o s d e ➞ RECIFE. ÜBERARBEITETE AUFLAGE.
Ilha da Lagoa 1 . P r i m e i r a Dança das cadeiras.
casa, curtíssima Joacê

216
L—
Ladrilho Hidráulico
Lucília Santos ➞ J A I M E ;
➞ E D F. S Ã O J O S É ;
Luís Roque 1 . M o r a d o r d o
1. G u a r d a d o p o r ➞ ESDRAS
C o p a n ; 2. C o t y ; 3. ♥
BEZERRA DE ANDRADE d a ➞ E N D E R E Ç O PA R A
C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ;
reforma da casa dos pais e
e n x e r t a d o n a ➞ COZINHA d o Luis Amorim
Luís Carlos ➞ A S S O C I A Ç Ã O D E
➞ E D F. P E R N A M B U C O .
MARCENEIROS; ➞ 2 EM 1;
Luisinho 1 . A r q u i t e t o
Luisinho Molduras
Luiz Henrique
➞ C H I M PA N Z E Z I N H O ;
F i c a n a a n t i g a ➞ CASA ➞ C A R TA D E F R I D A PA R A L U I Z ;
TA PA C U R Á ; M A PA 1 ; a b e r t o P. 6 4 .
ao público toda quarta à Luminária
noite.
Levi
Lígia ➞ Y O G A ;
Lagarto Lígia Nobre 1 . D e u a p i s t a
p a r a ➞ S I LVA N K Ä L I N c h e g a r
➞ C A S A TA PA C U R Á ; M A PA 2;
Lagoa do Araçá ➞ M A PA 1 0 ; a o ➞ RECIFE;
Lagoa do Ouro ➞ MARTINA SIEGWOLF
➞ S I LVA N K Ä L I N ; ➞ JORGE MENA BARRETO

M—
➞ O M U N D O C U LT U R A E N AT U R E Z A ➞ BASEL
EM LAGOA DO OURO;
Ligia Clark
Lama Padma Santen Litogravura 1 . T é c n i c a d e
Lan House 1 . ➞ C A S A impressão ensinada por MAC de Olinda
AMARELA, E s t r a d a d o A r r a i a l . ➞ HÉLIO SOARES; Macário
Laranjas ➞ A DOBRA DO RACIOCÍNIO ➞ AMOR E FELICIDADE NO
GEOMÉTRICO; CASAMENTO;
Larissa
Lola Goldstein ➞ E N D E R E Ç O Macaxeira 1 . U m a r a i z d e
➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 1 0 5 ;
Legumada 1 . B e r i n g e l a , PA R A C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 . c o m e r. 2 . U m b a i r r o 3 . U m
abobrinha, tomate, batata, ➞ F O T O - S AT É L I T E , P : 9 8 . terminal de integração
cebola, alho. Louças m e t r ô - ô n i b u s 4. U m a l i n h a
Legume verdura ➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 3 0 ; 9 8 ; de ônibus.
1. P r o b l e m a d e i n d e f i n i ç ã o
111 ; 1 7 2 ; 1 7 4 ; 2 3 3 ; 2 3 9 ; Maceió 1 . M i n h a s e r e i a .
no Nordeste. Louise Ganz 2.C i d a d e n a t a l d e

Leo Cisneiros 1 . Ta t a r a n a . ➞ G U I A P R Á T I C O PA R A E X PA N S Õ E S ➞ J O N AT H A S D E A N D R A D E e
D O D O M É S T I C O ; P. 5 2 ; ; ➞ LUCIANA FREIRE;
2. E l e g o s t a d e b r e g a , e l e
gosta de carnaval, ele é ➞ E N D E R E Ç O PA R A ➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 3 7 ;
C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ; ; ➞ VICTOR SALESSI;
bem bonitinho.
Lúcia Santos 1 . G a l e r i s t a ➞ NARA NORMANDE;
➞ DIREITOS URBANOS;
Leo Cribari 1 . D a p r a i a , d o d a ➞ A M PA R O 6 0 , q u e Macunaíma
mato, do centro. r e p r e s e n t a ➞ CRISTIANO ➞ MÁRIO DE ANDRADE;
LENHARDT e m ➞ RECIFE; ➞ J O N AT H A S D E A N D R A D E ;
Leonardo Lacca 1 . D i r i g i u
Luciana Freire 1 . M u s a , MAMAM 1 . M u s e u d e A r t e
➞ LUCIANA FREIRE e m
« O ➞ VENTILADOR» . performer e diva. Moderna Aloisio Magalhães
Luciana fez residência de Manaus
➞ C A F É C A S T I G L I A N I ; M A PA 7 ;
Lesbian Bar 1 . Tu r n o dois meses na
noturno da Escola de Artes ➞ A CASA. COMO CONVÉM.,
do Recife, dirigido por onde desenvolveu a
p e r f o r m a n c e ➞ 3 SEGUNDOS.
➞ FERNANDO PERES; d u r a n t e a
semana acontecem aulas C o m ➞ CRISTIANO LENHARDT
particulares de jardinagem, compôs o casal do
cinema e história do p r o j e t o ➞ AMOR E FELICIDADE
NO CASAMENTO.
cinema de hollywood,
guerra nas estrelas e ➞ E N D E R E Ç O PA R A
C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ;
astronomia.

217
Manga 1 . A b u n d a n t e d e Manifesto Antropófago Márcio Vilela
novembro à fevereiro na ➞ O S WA L D D E A N D R A D E Marco Zero
➞ C A S A TA PA C U R Á ; Em Piratininga Ano 374 da Marcos de Vasconcellos
Deglutição do Bispo Maria Farinha 1 . p r a i a a o
Sardinha. (Revista de n o r t e . ➞ PRAIA
Antropofagia, Ano 1, No. 1, Mariana Moura
maio de 1928.)// Marie Carangi 1 . Te t a s ,
* «Lua Nova, ó Lua Nova, f e l i c i d a d e ; 2. D e i x e s e u
assopra em Fulano c a b e l o a q u i . 3. C o r t e s c o m
lembranças de mim», in O tudo, por toda a cidade;
Selvagem, de Couto ➞ GUILHOTINA;
Magalhães 4. M u l h e r d e ➞ NARA
Manifesto Pau Brasil NORMANDE; 5. Gritinhosfonia;
Mangue 1. (josué de castro) ➞ O S WA L D D E A N D R A D E
➞ M A PA 11 ; Manjericão 1 . U m c h e i r o
Manicure e Cabeleiro que entra pela sala;
1. KIT « P o d e s e r r e a l i z a d o Manuela Eichner 1 . O r a i o
em calçadas ou em praças. da silibrina em versão
Reunir uma pessoa que gaúcha;
corte cabelos e outra que ➞ E N D E R E Ç O PA R A
faça unhas. É necessário C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ;
que cada um tenha suas Mapas 1 . D e s e n h o s q u e
ferramentas de trabalho tentam ajudar a se
como pente, tesoura, capa, localizar e a chegar nos
alicate, lixa, esmaltes, l u g a r e s . N o ➞ RECIFE e l e s
acetona, algodão, etc. são só desenhos.
Objetos necessários para Máquina de Lavar
iniciar a montagem do Mar
salão: Maracaípe ➞ P R A I A ;
— 3 cadeiras dobráveis, ou Maracatu
banquetas, ou caixotes que Maracujá
servirão de assento. Marcelo Lordello
— 2 mesinhas dobráveis ou Marcelo Pedroso Mário de Andrade
caixotes que servirão de Marcelo Silveira 1 . A r t i s t a Mário Motoca 1 . E m p r e e n d e
apoio para ferramentas. investidor e colecionador trelas em escala industrial
— 2 lonas plásticas das coisas mais finas; l a r g a ; 2. P a i d e ➞ PRISCILA
cortadas em círculo, com descobridor de tesouros. GONZAGA;
diâmetro de 1.50 metros Mora num sobrado da Rua Mariposa
cada. do Apolo, no bairro do
— 1 vassoura, 1 pá e sacos Recife. Pai de Bernardo e
para o lixo. A l i c e . ➞ CASA MARCELO
Montagem: S I LV E I R A ; M A PA 8 ;
Um carpete é para o ➞ E N D E R E Ç O PA R A
cabeleireiro e o outro para C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ;
a manicure. Coloque‑os Marcenaria
próximos. Sobre cada qual
coloque as cadeiras e
mesinhas. Marta Bogéia
Comentários: Martina Siegwolf 1 . a m i g a e
Procure usar carpetes com Professora de artes, foi
cores vibrantes como q u e m a p r e s e n t o u ➞ S I LVA N
amarelo, vermelho, azul KÄLIN à ➞ LÍGIA NOBRE;
claro, laranja, rosa.» Massa Amarela 1 . P r i m e i r a
➞ LOUISE GANZ receita de pão corrente na
➞ B R E N O S I LVA casa trazida por
➞ E N D E R E Ç O PA R A ➞ CRISTIANO LENHARDT d a
C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ; cartilha do SENAC;
➞ G U I A P R Á T I C O PA R A E X PA N S Õ E S Massagem 1 . « A p e r t a ! »
D O D O M É S T I C O ; P. 5 2 ;

218
Mate Brasília 1 . S e u ➞ M A PA 8 ; Mudança
Manoel; mate simples, com ➞ V O L U M E B A S E ; P. 5 8 ; Mulato 1 . ➞ G I L B E R T O F R E I R E
muito gelo; mate limão, ➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 9 9 ; 1 0 0 ; Museu da Beira da Linha
s e m ➞ AÇÚCAR; 2.c r o q u e t e Metrô do Coque 1 . G e s t o d o
de ovo (ovão), cachorro ➞ PA I S A G E M D O M E T R Ô ; P. 1 5 0 . ➞ P O N T O D E C U LT U R A E S PA Ç O
quente, americano, bolinho ➞ M A PA 5 ; 6 ; 7 ; 1 4 ; LIVRE DO COQUE. Dissidência
d e b a c a l h a u . 3. v i t a Michel Zózimo do programa Pontos de
banana, vita abacate. 1. A p r e n d e u d i r e i t i n h o a Memória do Ibram que
4 . A c a n t i n a d o ➞ E D F. mentir e fez disso uma criou o Museu do Mangue
PERNAMBUCO. a r t e ; ➞ E N D E R E Ç O PA R A no Coque. Sonhado desde
➞ M AT E B R A S Í L I A ; M A PA 7; C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ; 2009, lancado em 2013 no
Matuto 1 . U m d o s c h a r m o s o s MiM 1 . M a d e i n M i r r o r s 2 . Coque Rexiste e aberto
d o ➞ COQUE; C o n e x ã o H e r l e e n ➞ RECIFE como exposição pela
➞ P O N T O D E C U LT U R A E S PA Ç O ➞ CAIRO ➞ CHINA p r i m e i r a v e z n a ➞ FUNDAJ
LIVRE DO COQUE Minas Geraes em 2014. Proposto para ser
Maumau 1 . U m a d a s s e d e s MKB ➞ M A PA 7 ; audiovisual e itinerante.
da Escola de Artes do Reci- 1. MEU KASO BAR Parque de Caminha antes de tudo
f e , é d i r i g i d a p o r ➞ IRMA diversões multi-temático dentro dos coordenadores
BROWN e m o v i m e n t a d a n o i t e ➞ HOMOSSEXUAL d o d o ➞ P O N T O D E C U LT U R A E S PA Ç O
iniciativas diversíssimas, ➞ RECIFE. LIVRE DO COQUE. A p a n h a e
como o Cinecão e a Gráfica Modernismo guarda as memórias de lá.
Lenta, além de albergar Mofo Comecou pelas entrevistas
viajantes e festinhas no Moisés dos mais velhos, por
j a r d i m . ➞ M A PA 7 ; ➞ COQUE enquanto 16.
➞ RECIFE; ➞ P O N T O D E C U LT U R A E S PA Ç O A ver como conseguiremos
Maurício Castro 1 . A u t o r d a LIVRE DO COQUE traduzi-lo aqui fora e lá por
obra Sofá-Capô e de Molho de Tomate d e n t r o d o ➞ COQUE.
muitas invenções; Monteiro Exercício da hospitalidade.
2. F a z e d o r d a G r á f i c a ➞ DESCRIÇÃO LITERAL DOS Desafio amoroso do
Lenta; B A I R R O S , M O N T E I R O ; P. 1 6 0 ; c o n t a d o . ➞ JÚLIA REBOUÇAS
Maurício Silva 1 . A r t i s t a ➞ M A PA 1 ; ficou conselheira.
b e m - q u e r i d o d o ➞ RECIFE Moreno 1 . r e f e r ê n c i a p a r a ➞ CRISTINA LINO é
➞ OLINDA, m o r a a g o r a n a a s l o c a ç õ e s d e ➞ 40 NEGO emaranhado.
F r a n ç a , p a i d e ➞ FELIPE S; BOM É 1 REAL, j u n t o c o m Museu do
Medo ➞ BONITO. Homem do Nordeste
Mel Mosquiteiro
Melaço Motoca 1 . M e i o d e
Melissa de Andrade transporte popular;
Melissa Dulius ➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 3 4 ;
➞ ETERNAU; ➞ MÁRIO MOTOCA
➞ E N D E R E Ç O PA R A Moura Dubeux DEFINIÇÃO DE
C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ; 2 0 11 , A N T E S D O ➞ OCUPE
Menor Casa de Olinda 1 . E S T E L I TA 1 . Empresa maior
A n t i g a c a s a d e ➞ FERNANDO responsável pela pilhagem
PERES ➞ IRMA BROWN i m o b i l i á r i a d e ➞ RECIFE n o
Mequetrefe a d j e t i v o p a r a início do século XXI, ➞ M A PA 2 ;
fragilidade constitutiva. através da destruição de Museu Murillo La Greca
Define algumas coisas que casas de repertório ➞ M A PA 2 ;

N—
se estabelecem sem nunca modernista local e inclusão
terem ficado prontas ou de arranhacéus
que existem como se já desproporcionais na
tivessem começado a se Não gosto de ti 1 . A l í v i o
paisagem da cidade, como
d e s f a z e r. Q u a l i f i c a u m i m e d i a t o d a d o r.
a s c h a m a d a s « To r r e s
aquém incorporado. Gemeas», em que defende ➞ GOSTO DE TI;
Mercado da Boa Vista Nara Gual ➞ E N D E R E Ç O PA R A
uma arquitetura de alta
C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 .
➞ M A PA 7 ; rentabilidade e desenho
Mercado da Encruzilhada Nara Normande 1 . A n i m a d o -
v u l g a r. 2 . A l t a p r e s e n ç a
ra Selvagem — trepa em
➞ M A PA 3 ; nos jornais da cidade.
Mercado de São José árvore, anda descalsa, se
Mucosa, Membrana

219
penteia na rede. Criou-se
n a s ➞ ALAGOAS; e m
➞ MACEIÓ;
O—
Ocupe Estelita POR SILLAS
a cidade e de se fazer
s o c i e d a d e . A ➞ V I L A E S T E L I TA
montada com estruturas de
➞ MARIE CARANGI; VELOSO, 9/7/2014; FOTOS COLECIO-
lonas, ferros, madeiras e
Nara Oliveira N A D A S D O P E R F I L D E FA C E B O O K D E
fios, resistiu e ainda
Natação A M I G O S E PA R T I C I PA N T E S .
resiste com a ajuda de doa-
Nati O ocupe Estelita surgiu há ções e forças que brotam
Negro 1 . ➞ G I L B E R T O F R E I R E dois anos, e nunca em sua da solidariedade e da
Never on Sunday 1 . N u n c a pequena história como indignação do que vive no
aos domingos (Pote tin movimento social pode-se interior dos cidadãos
Kyriaki), filme grego de imaginar que as vozes dos Recifenses e dos cidadãos
1960 dirigido por Jules ocupantes chegariam tão d e t o d o o ➞ BRASIL. I n d i g n a -
Dassin, que termina longe assim. ção que muitas vezes é
alegremente na praia. Mais que uma ocupação, confundia com «vandalis-
Nescau 1 . G a g a u p a r a nossas vivências e mo». Ou por outro lado não
trabalhadores de reforma; experiências mostraram ao é manifestada de forma
2. p r i n c i p a l f o n t e d e alguma.
➞ RECIFE e a o m u n d o u m a
vitaminas para o corpo de nova proposta de se pensar
➞ CRISTINA LINO;
➞ A L A R M E A L I M E N TA R ;
Nicolas
Nicole Henning
Nininha 1 . Vo v ó
Nino Cais
➞ E N D E R E Ç O PA R A
C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ;
Noam 1 . Q u a r t o d o f i l h o d o
menino que dorme na rede;
Nordesta
Nordeste 1 . R e g i ã o d o
➞ BRASIL o n d e f i c a m a s
c i d a d e s d e ➞ MORENO,
➞ B O N I T O e ➞ M U L AT O .

220
que sou parte desse todo
que tentam me convencer
de que não existe e que é
surdo e mudo, que consigo
me sentir Brasileiro, que
consigo me sentir
Recifense. Que consigo
entender que o problema
nunca esteve na
miscigenação, no fato de
existir tantas raças em
uma nação, o problema
sempre foi a má
administração do que
temos e somos enquanto
Brasileiros. Da falta de
compromisso com a
Aqui onde O morador do universidade em relação história do índio e do
➞ COQUE t o r n a - s e aos problemas sociais e negro. A tese do
protagonista junto com o etc.. Morar na Estelita é branqueamento não iria
movimento estudantil, com realmente se sentir parte nos levar a lugar algum. E
as frentes alternativas de da ferida que vem tentando até levaria… Se de fato
combate ao «palanquismo m a t a r o ➞ RECIFE p o r m u i t o conseguissem fazer com
político», com o anarquista t e m p o . Ta m b é m s o m o s que todos os Brasileiros se
e o comunista, com o ateu p a r t e d o o d o r, d a f a l ê n c i a tornassem brancos. Pois
e o deísta, com o pequeno d o ➞ RIO CAPIBARIBE, s o m o s aqui ainda existe o fato de
burguês e o proletário. parte do transtorno na que brancos ainda vivem
Aqui, nesse solo, por Conde da Boa Vista, somos em vantagens. E os negros
entre essas barracas que os sonhos perdidos dentro que procuram espaço nos
restaram do bombardeio da d o ➞ COQUE, C o e l h o s , meios sociais são
polícia, vivemos ➞ BRASÍLIA TEIMOSA. S o m o s o induzidos a abraçar o
experiências e sensações trânsito congestionado em modo «branco» de se
que talvez, nenhuma aula horário de trabalho. Somos v i v e r. N ã o f a l o d o
dentro da mais sofisticada parte dessa gente que se b r a n c o - c o r, m a s d o b r a n c o
Universidade do mundo misturou e se mistura até o p r e s s o r, d o b r a n c o q u e
p o d e r i a n o s p r o p o r c i o n a r. hoje em meio a toda essa dominou e domina o Brasil
Nossas histórias, nossas maquiagem por cima de desde o começo de nossa
condições de vida, nossas maquiagem. Como disse história.
desigualdades, nossas Samara Maria: «a máscara, A sociedade, que em
ideias e livros que lemos, da máscara, da máscara, alguns momentos parece
aqui, quando estamos da máscara, da máscara…» ser a incrível arte de
juntos, se resumem na E é quando me dou conta organizar a vida e as
esperança ardente de não
permitirmos que a
especulação mobiliária
tome conta de nossa
cidade. A pauta do Estelita
não consegue na prática se
ater apenas as empreitei-
ras. Quem aqui vive,
consegue se sentir
realmente vetado por não
ter no mínimo a chance de
acesso aos problemas
sociais que afetam nossas
vidas cotidianamente.
Aqui se discute política,
machismo, homofobia,
racismo, papel da

221
relações humanas, Não seria essa forma de desmaio, gás lacrimogêneo
torna-se piada diante dos se exercer o poder algo de no rosto de quem sofre de
meus olhos. Olhos que natureza desonesta? Os asma, cavalos no meio de
viram muito pouco. Mas Estelitenses mostraram e pessoas caídas no chão)
que me fazem perceber mostram que a polícia não isso foi o mínimo que
que, enquanto seres faz segurança de ninguém, consegui presenciar com o
humanos, estamos todo o que a constituição é uma pânico que eles tentavam
t e m p o e m b u s c a d o p o d e r, verdadeira piada, que «o colocar sobre nós. Os
de conquistar «o poder» . poder» está nas mãos de Estelitenses foram
Poder para o povo, poder poucos, e que o pobre, espancados justamente por
para mim, poder para preto, sem muitos diplomas resistirem á tentativa da
minha família, poder para o n a m ã o q u e t e n t e d r i b l a r, p r e f e i t u r a d o ➞ RECIFE e d o
meu grupo de trabalho, o u r e f u t a r o p o d e r, a c a b a Governo do Estado de
poder para o meu partido, dialogando com a bala de mandar um batalhão de
poder para tudo o que faça borracha e com a opressão Choque da polícia militar
prosperar e ser posto em policial, que tratou para nos retirar através da
prática aquilo em que eu diversos Estelitenses como violência sem ao menos
acredito. Desde cedo à verdadeiros objetos de nos dar uma resposta
escola e nossas primeiras tortura ou sacos de significativa diante do que
experiências com a pancada. (puxão de estávamos protestando.
educação nos fazem cabelo, ameaça de N o s c o n t r a p o m o s a o p o d e r,
refletir sobre isso, sobre agressão, pancada na Nos contrapomos á
e s s e p o d e r, s o b r e e s s e t e r. cabeça levando ao violência legítima do
N ã o c r í t i c o o p o d e r, m a s Estado. Aquela que bate,
crítico a atual forma de se espanca, prende e tortura
fazer poder no contexto sem ao menos conhecer o
político. A atual forma de seu nome, ou considerar
se fazer «poder» que levam que por trás do corpo que
diversos indivíduos está sendo espancado
acreditarem que existe existe uma história.
uma lei natural no meio ➞ A R Q U I T E T U R A P R Á T I C A ; P. 6 2 .
social, em que uns têm e ➞ VÂNDALO;
outros não. Em que uns ➞ MOURA DUBEUX;
podem e outros não. ➞ O C U P E E S T E L I TA ; M A PA 7 ;

222
Oficina do Matuto ➞ 3 S E G U N D O S ; P. 1 4 1 ; Piscina de plástico
➞ M A PA 7 ; Parque da Jaqueira 1. P e l o p i n t c h o
Oitão ➞ M A PA 2 ;
Olinda Parque Jaqueirinha
Olindense ➞ PA R Q U E J A Q U E I R I N H A ; P. 6 6 ;
O Mundo ➞ M A PA 2 ;
Cultura e Natureza Passagem de Pedestre
em Lagoa do Ouro ➞ M A PA 1 ;
➞ S I LVA N K Ä L I N ; Pátio de São Pedro
➞ LAGOA DO OURO; ➞ M A PA 7 ;
One Man Pátio do Sebo
One Man Call Button ➞ M A PA 7 ;
1. C a m p a i n h a d a c a s a n o Patrícia Burrowes Pitanga f r u t a p e q u e n i n a ,
➞ E D F. P E R N A M B U C O . 1. P r o f e s s o r a b e m r u i v a , vistosa e de sabor ativo,
v i n d a d o ➞ RIO DE JANEIRO encontrada no jardim da
para temporada cativante Silveira Lobo.
n o ➞ RECIFE; 2. A r t i s t a ➞ C A S A S I LV E I R A L O B O ;
participante do ➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 2 3 7 ;
➞ E N D E R E Ç O PA R A
C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ;
Patrick Serena 1 . S u í ç o
distinto, frequentador de
piscinas e bom falante do
português aprendido no
n o r d e s t e b r a s i l e i r o ; é a t o r,
filósofo e amigo querido.
Pau duro
Paulina
Ótimo Paulo Bruscky Pitangueira 1 . S o m b r a
Ordinário 1. e teto para refeições
Oswald de Andrade e conversas no jardim.
Oxe eita tri capaz Plancton 1 . L u m i n o s o s d a
1. A p a v o r a m e n t o s , p r a i a d e ➞ CARNEIROS;
choques, passamentos, Planetário
surpresas, advindos das Pobreza 1 . d i f e r e n t e d e
mais diversas regiões. miséria;

P—
Poeira
Poeirama
Paulo Freire Poliana de Andrade
Pablo Léon de La Barra Poliana Freire
Paulo Meira
Padaria Delicatessen Ponte 1 . D i z e m q u e t e m
Pedro 1 . P a i ;
Padaria Imperatriz muita, mas falta em
Peido
➞ M A PA 7 ; Peluqueria Carangi ➞ RECIFE;
Padaria Santa Cruz Ponto de Cultura Espaço
➞ MARIE CARANGI;
➞ M A PA 7 ; Periquito Livre do Coque
Pagode do Didi 1. r e u n i õ e s à s s e g u n d a s
Pernambuco
➞ M A PA 7 ; Pescador, v e l h o d o r i o ; feiras na oficina do
Palco 1 . E s p a ç o d e t r a b a l h o .
➞ C A S A TA PA C U R Á ; M A PA 1; ➞ M AT U T O . A s e d e é m a i s
t r u q u e f u n d i á r i o ; 2 . PA L C O adiante na Avenida
Petrolina
G R Á F I C O Te n t a t i v a d e
➞ F O T O - S AT É L I T E , P : 2 4 . Central. Bando dos Rildos
conciliar uma gráfica com a que escolheu o beija-flor
Pina
vida doméstica; c o m o s í m b o l o . ➞ RILDO
➞ M A PA 11 ;
➞ EDITORA APLICAÇÃO Piscina F E R N A N D E S , ➞ M AT U T O ,
➞ RISO; ➞ PISCINA CLUBE PORTUGUÊS; ➞ RICARDO, ➞ MOISÉS,
➞ GUILHOTINA; M A PA 7 ; ➞ ADRIANO, ➞ JOAQUIM e
Panela de Pressão
➞ PISCINA COLÉGIO SALESIANO; ➞ RODRIGO. M a i s
Pão ➞ M A S S A A M A R E L A ;
M A PA 7 ; ➞ CAFURINGA p o r p e r t o .
Parque 13 de Maio Diariamente a postos.
➞ P I S C I N A U F P E ; M A PA 5;
➞ M A PA 7 ; C r i a r a m o ➞ MUSEU DA BEIRA

223
DA LINHA DO COQUE.
Não são Priscila Gonzaga 1 . P i u . Renata Azambuja
um Ponto de Cultura do Juventude Xibilense. 1. G a ú c h a d a f r o n t e i r a ,
Minc. Prikona. Piscina. Kona. p e l o d u r o ; 2. U m d o s
➞ M A PA 7 ; K o n e . 2. M o r a d o r a d a c a s a . sorrisos mais deliciosos
➞ O F I C I N A D O M AT U T O ; 3 . F a z c o m ➞ S I LVA N K Ä L I N a que tem.
M A PA 7 ; ➞ EDITORA APLICAÇÃO. Renata R
Porra 4. V í n c u l o a m o r o r o s o d e Residência 1 . M o d a l i d a d e
Porto Alegre c a s a l c o m ➞ S I LVA N K Ä L I N . de pretexto para encontro
Praça 17 ➞ M A PA 8 ; Professor 1 . J a r d i n s d a da profissão de artista;
Praça Abelardo Rijo ➞ TA PA C U R Á ; ➞ E N D E R E Ç O PA R A
➞ O C U P E E S T E L I TA ; Mini‑bicicleta;
2. 3. Leito de C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ;
➞ C A R TA D E F R I D A PA R A L U I Z ; noiva; 2. M o r a d a .
P. 6 4 ; Projeto Ressaca Tropical
➞ M A PA 7 ; ➞ P R O J E T O S D E C A S A ; P. 4 4 . Recenciamento
Praça Ator Barreto Júnior Promessa 1 . É d í v i d a 1. L e v a n t a m e n t o l e v a d o à
➞ M A PA 7 ; Propagação 1 . t r a b a l h o d e c a b o p o r ➞ J O N AT H A S D E
Praça da Indepêndencia ➞ CRISTIANO LENHARDT n a ANDRADE e m n o m e d a
➞ M A PA 8 ; ➞ PISCINA DE PLÁSTICO P r e f e i t u r a d e ➞ RECIFE,
Praça de Casa Forte Protótipo questionando a etiqueta de
➞ M A PA 2 ; Puxadinho moradores de casas

Q—
➞ BURLE MARX; modernistas ordinárias.
Praça do Entroncamento ➞ R O T E I R O D E C O N S E R VA Ç Ã O D A
➞ M A PA 7 ; ARQUITETURA MODERNA
Praia 1 . R o t e i r o d e d i a s Queijo coalho O R D I N Á R I A N O R E C I F E ; P. 7 6 .
livres. Quintal Retratante Retratado
➞ MARACAÍPE Quiosque do Cabo 1. M e l o d i a d e a m o r e m
➞ M A R I A FA R I N H A ➞ M A PA 8 ; v í d e o f e i t a p o r ➞ CRISTIANO

R— LENHARDT p e l o s m a t o s d o
➞ CARNEIROS
Precisão 1 . « N a v e g a r é ➞ HORTO DOIS IRMÃOS, d o
preciso, viver não é ➞ SÍTIO DA TRINDADE e d o
Rainha das Piscinas
preciso.» j a r d i m d a ➞ C A S A S I LV E I R A
1. C o n c u r s o d e b e l e z a
Prédia 1 . M o r a d a d e LOBO
típico de tradição gaúcha.
➞ TAT I A N A A L M E I D A e ➞ E S D R A S Raul Luna Retrato
BEZERRA DE ANDRADE; Ricardo
2. Prédia tem tradição ➞ E N D E R E Ç O PA R A
C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ; ➞ COQUE
➞ HOMOSSEXUAL. Recalque A R Q ➞ P O N T O D E C U LT U R A E S PA Ç O
➞ M A PA 7 ; Recibo 1 . P u b l i c a ç ã o LIVRE DO COQUE
Pregos 1 . 8 5 p r e g o s Rídiculo
colaborativa organizada
retirados das paredes da Rififi ➞ R E C I F E ;
p o r ➞ T R A P L E V; A R e c i b o 1 8
1ª casa como convém. Rildo Fernandes
f o i i m p r e s s a p e l a ➞ EDITORA
1. O c o n t a d o r d e h i s t ó r i a s
APLICAÇÃO.
Recife 1. Desistir do Brasil. d o ➞ COQUE;
➞ A C I D A D E D O R E C I F E ; P. 1 2 0 ; ➞ C O Q U E ; M A PA 7 ;
Recife Frio ➞ MUSEU DA BEIRA DA LINHA DO
COQUE;
Rede
Referências Cruzadas ➞ P O N T O D E C U LT U R A E S PA Ç O
LIVRE DO COQUE;
Regina Vogel 1 . f i g u r a c h a v e
e m ➞ ZURIQUE, f a l a d o r a d e Rio de Janeiro
muitos idiomas, acolhe Rio Grande do Sul
artistas e amigos latinos
Prêmio 1 . F e l i c i d a d e e
em sua residência;
desespero de artista;
Relación Ornamental
Prikona
1. l i v r i n h o d e c h e g a d a d e
Priquito 1 . P a s s a r i n h o
v e r d e ; 2. A p e l i d o ; ➞ CRISTIANO LENHARDT a o
➞ RECIFE, i m p r e s s o e m
➞ RISO p o p u l a r e m 2 0 0 5 .

224
Riso São Paulo 1 . É p r a o n d e
escorrem nossos amigos…!
Sapatos
Sapo cururu
Sarah 1 . D i v a d o d i a m a n t e
na boca: Riqueza.
➞ ASSOCIAÇÃO DE COSTUREIRAS
DE CASA AMARELA;
Saudade
Sentinela
Senzala
Separação
Serigrafia 1 . C o r e s l i n d a s
s o b r e p a p e l ; ➞ ALEXANDRE
S E R I G R A F I A ; M A PA 7 ; f e z a
impressão do mapa em
tecido;
Seriguela 1 . F r u t a
nordestina de gosto
1. Impressora de Objetos necessários para travoso e intenso
funcionamento análogo iniciar a montagem da sala Serviço
a o d a ➞ SERIGRAFIA, d e T V: SESC Petrolina
desenvolvida para — 1 carpete ( 2×2 metros) Severino
trabalhos simples de — Tr a v e s s e i r o s , a l m o f a d a s Silvan Kälin ➞ A M A R E L O ;
ONGs, hospitais e igrejas, ou pufs 1. S u í ç o n a s c i d o b r a s i l e i r o
u s a d a p e l a ➞ EDITORA — 1 caixote para colocar a e m ➞ LAGOA DO OURO, p e g o
APLICAÇÃO p a r a i m p r e s s õ e s TV pra ser criado na vida de
desafio por serem — Fio extensão ➞ RECIFE p o r ➞ PRISCILA
bem diversas da finalidade — Jarra de suco, copos, GONZAGA e c o m p a n h e i r o s .
inicial, i.e. impasse pratos, salgadinhos 3. E n c o m e n d o u u m p a u c o l é
sempre presente. Montagem: ➞ P. 1 8 0 ; e f e z u m ➞ PA L C O .
➞ AJUSTE; Coloque o carpete na 4. M o r a d o r d a c a s a .
Rita Lee calçada e sobre ele as ➞ E N D E R E Ç O PA R A
Roberto Traplev almofadas, e em uma das C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ;
Rodízio do Cafofo, t e r ç a s laterais o caixote com a 5. Tr a b a l h a d o r a r t i s t a d e
Rodrigo ➞ C O Q U E T V. toda feitura, usa seu
➞ P O N T O D E C U LT U R A E S PA Ç O Comentários: d o m í n i o d e ➞ MARCENARIA e
LIVRE DO COQUE A p r o v e i t e p a r a r e l a x a r, de muitas manualidades
Rodrigo Almeida c o m e r e b e b e r. » como autor de esculturas
Rodrigo Linhares ➞ LOUISE GANZ d o m é s t i c a s n a ➞ C A S A E D F.
➞ E N D E R E Ç O PA R A ➞ B R E N O S I LVA PERNAMBUCO.
C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ; ➞ E N D E R E Ç O PA R A Silvia Barreto
Rodrigo Tavares C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ; Silvio Silvino da Silva
Rosângela ➞ G U I A P R Á T I C O PA R A E X PA N S Õ E S ➞ S I LV I O T I P O G R A F I A ; M A PA 7;
Rosely 1 . E n g e n h e i r a C í v i l D O D O M É S T I C O ; P. 5 2 ; Simone Mendes 1 . A l e g r i a
q u e n o s t r a z o ➞ DOCE DE Santa Maria 1 . C i d a d e n o alegria;
LEITE DE AFRÂNIO; 2. M ã e d e meio do Rio Grande do Sul, Sítio da Trindade
➞ PRISCILA GONZAGA; onde morou e estudou ➞ M A PA 2 ;
Rua do Lima ➞ CRISTIANO LENHARDT Sítio do Cajueiro
Ruptura Santo Antônio ➞ M A PA 7 ;

S—
➞ DESCRIÇÃO LITERAL DOS Slides‑show
B A I R R O S , S A N T O A N T Ô N I O ; P. 1 6 3 ; Sócrates Alexandre
➞ M A PA 7 ; Sopa Quente ➞ M A PA 11 ;
Saco Suado Santo Doce Sorvete 1 . J o h n s
Safadeza São João SPA das Artes
Sala de TV 1 . K I T « L e v e o k i t São José 1 . B a i r r o v i z i n h o Studio
para o lado de fora de sua onde há todo tipo de Sucos
casa, durante uma noite mercado e de mercadoria; Sucolândia
quente.
➞ M A PA 2 ;

225
Submarino AT E L I E R ➞ C R I S T I A N O L E N H A R D T; Traplev 1 . G e s t o r d a t r a p l e v
Sudene ➞ A L E S S A N D R A G I O VA N E L L A , orçamentos e editor da
➞ M A PA 5 ; ➞ FERNANDA GASSEN e ➞ RECIBO; 2. P a i a m o r o s o d e
Suely Rolnik ➞ MICHEL ZÓZIMO. Mathias.

T—
Sujan Tubarão
1. E n g e n h e i r o q u e a b r i u u m ➞ M A PA D ’ Á G U A B R A B A ; P. 1 3 1 ;
pouquinho de estrada na TV Pirata

U—
A m a z ô n i a , c o m o ➞ PEDRO. Taciana da Fonte Neves
2. C a m i n h o a g r a d e c i d o d a 1 . Tr a n q u i l i d a d e p a r a s e g u i r
massagem que pra ele adiante com projetos;
mesmo é antes o do Tamandaré ➞ P R A I A v i z i n h a UFPE–CAC 1 . ➞ A N G E L A
Ay u r v e d a . ➞ CRISTINA LINO d e ➞ CARNEIROS, f o i u m PRYSTHON ➞ CRISTINA TEIXEIRA

Suor primeiro convite para ➞ M A PA 5 ;


➞ C R I S T I N A L I N O c h e g a r a o UR-6 ➞ J A N TA
➞ C A M I N H O D O S U O R ; P. 1 3 3 .
➞ J A R D I M V E R T I C A L ; P. 1 3 5 . ➞ RECIFE. ➞ M A PA 1 3 ;

V—
Superfaçanha Tapacurá 1 . E s t o u r o ;
1. A s s o c i a ç ã o d e o f í c i o s Tarsila do Amaral 1 .
e n t r e ➞ J O N AT H A S D E A N D R A D E ➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 1 7 0 ; Vaca
e ➞ CRISTINA LINO Tatiana Almeida 1 . Ti t a
Vale Tudo 1 . n o v e l a 2 . C u r s o
Suporte 1 . « S u p p o r t 2. M u l a t a / c a b o c l a
de português brasileiro
Structures is a manual for d e s c e n d e n t e d e í n d i o s 3.
p a r a e s t r a n g e i r o s ➞ S I LVA N
what bears, sustains, A m i g a 4. E d i t o r a d o ➞ VIDEO
KÄLIN
props, and holds up. It is a NAS ALDEIAS 5. R e f e r ê n c i a
Vândalo 1 . t e r m o u s a d o p o r
manual for those things para prazeres cultivados
meios de comunicação de
that encourage, give da vida em geral e para
massa para definir heróis
comfort, approval, and refinadas definições sobre
nacionais.
solace; that care for and ➞ S A FA D E Z A
6. M o r a d o r a d a ➞ PRÉDIA;
➞ FRIDA LEMOS;
provide consolation and
Tatuí 1 . R e v i s t a d e C r í t i c a ➞ O C U P E E S T E L I TA ;
the necessities of life. It is Várzea
a manual for that which de Arte.
Ventilador 1 . E q u i p a m e n t o
assists, corroborates, ➞ CLARISSA DINIZ; fixo ou portátil para
advocates, articulates, ➞ ANA LUISA LIMA; aumento da circulação de
substantiates, champions, Teatro de Santa Isabel
a r c o n t r a o c a l o r 2. UTIL
and endorses; for what ➞ M A PA 8 ; Eficiente contra os
stands behind, underpins, Tecidos
m o s q u i t o s . 3. PERIGO
frames, presents, Terreiro
Resfriado e poeira
maintains, and streng- Tico 1 . t e r m i n o l o g i a
levantada.
thens. Support Structures gauchesca para pitoca.
Ve r d u r a
is a manual for those Timbu
Victor Salessi
things that give, in short, Tombamento
1. R o d a m o i n h o n o j a r d i m ;
support. While the work of ➞ T O M B A M E N T O ; P. 4 5 ;
Torres Gemeas 1 . D e v e m ➞ F O T O - S AT É L I T E , P : 1 0 6 .
supporting might Video nas Aldeias 1 .
traditionally appear as tombar logo que possível,
Escola de cinema para
subsequent, unessential, pois são um trambolho
í n d i o s 2. P e s s o a s l e g a i s e
and lacking value in itself atravessado entreo bairro
pretendentes trabalham lá
this manual is an attempt d e ➞ SÃO JOSÉ e a á g u a .
Trabalhadores Artistas ➞ TAT I A N A A L M E I D A
to restore attention to one Vila Estelita
of the neglected, yet ➞ ASSOCIAÇÃO DE Vínculo U m c o r p o q u a l q u e r,
crucial modes through T R A B A L H A D O R E S A R T I S TA S D E
situado numa superfície
which we apprehend and CASA AMARELA
plana possui três
shape the world.» Trailer
liberdades de movimento
SUPPORT STRUCTURES Trânsito 1. A parada do
— deslocamento vertical
Suvaco ➞ RECIFE; — deslocamento horizontal
Suzana Gruber 1 . U m a ➞ C A M I N H O D O S U O R ; P. 1 3 3 ; — rotação
mulher enrolada na cobra. Trapeiros de Emaús
Vincular este corpo
➞ E N D E R E Ç O PA R A ➞ M A PA 3 ; significa impedir algumas
C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 ;
ou todas as possibilidades
2.Meteu-se num louco de movimento, por meio de
compromisso com vínculos que se opõem às

226
forças externas. Yann Beauvais ➞ B ³ corrida como uma cena
Logo, existem três tipos de Yemanjá para um filme — podendo
vínculos. Yoga portanto ser considerada
1. Vínculos simples, tirante Yolanda em certa medida «ficção»
ou apoio simples impede o ➞ NARA GUAL; — é que o evento se
deslocamento numa ➞ DANIEL DE NARA; tornaria viável e poderia
determinada direção ter as autorizações
2. Vínculo duplo, necessarias para
articulação ou apoio fixo acontecer do ponto de
impede qualquer vista oficial.
deslocamento, mas permite ➞ PERCURSO DA 1ª CORRIDA DE
rotação CARROÇAS DO CENTRO DO RECIFE;
3. Vínculo triplo, M A PA 8 ;
engastamento impede
qualquer possibilidade de
movimento
Para que um corpo fique
em equilíbrio sob ação de
um sistema de forças é
necessário que sejam Yuri Bruscky
eliminadas as possibilida- ➞ E N D E R E Ç O PA R A
des de movimento, o que C O R R E S P O N D Ê N C I A ; P. 4 7 .

Z—
poderá ser obtido por meio
de vínculos.
Os corpos que apresentam
os vínculos necessários e Zanna Gilbert
suficientes para o seu Zé 1 . C r i a d o p o r L u c i l a e
equilíbrio são chamados Jaime Santos
isostáticos. Zel Garret 1 . A m i g a d e
origem judaica cuja vó

2—
Se possuem um número
insuficiente de vínculos, mantinha uma onça no
são ditos hipostáticos. quintal
No caso em que o número ZHdK 1 . U n i v e r s i d a d e d e 2 em 1 1. Tr a b a l h o d e
de vínculos é superior ao Artes de Zurique. ➞ J O N AT H A S D E A N D R A D E ;
necessário, são ditos Zurique 1 . S ã o P a u l o d a ➞ ASSOCIAÇÃO DE MARCENEIROS;
hiperestáticos. S u í ç a 2. E n d e r e ç o d e M A PA 2 ;

4—
Vinicius M V M u i t o Va l e n t e ➞ S I LVA N K Ä L I N e ➞ P R I S C I L A
GONZAGA n o p e r í d o e n t r e
Vitória Régia 1 . P l a n t a
amazônica presente na 2 0 1 0 e 2 0 1 2 3. B a n h o s d e
lago e rio muito bons por 4.000 disparos
P r a ç a d e ➞ CASA FORTE; 40 nêgo bom é 1 real
2. F e s t a n a p r a ç a c o m
toda a parte.
1. P r e g ã o d o c e n t r o d o
barraquinhas para
comidas, roupas e sapatos
usados da tradição do
1—
1ª Corrida de Carroças do
➞ RECIFE; q u e c h a m a p a r a
comprar o doce de banana
chamado «Nêgo bom»
bairro, artesanatos e tudo Centro do Recife 2 . Tr a b a l h o d e ➞ J O N AT H A S D E
o mais. 1 . T O M A D A D E E S PA Ç O A i d e i a d o ANDRADE e m c o l a b o r a ç ã o
Vitrine Estufa projeto foi fazer toda c o m ➞ S I LVA N K Ä L I N
➞ F O T O - S AT É L I T E , P : 2 11 . articulação necessária
Volume Base 1 . Tr a b a l h o para tornar possível a 1ª
d e b i g o d e s 2 . PA U L I N H O : Corrida de Carroças no
O show da Xuxa é pra lá! Centro da Cidade do
➞ MERCADO DE SÃO JOSÉ; Recife.
M A PA 8 ;
Como animais rurais são
➞ V O L U M E B A S E ; P. 5 8 ; proibidos no Recife, todos
➞ F O T O - S AT É L I T E ; P. 9 9 ; 1 0 0 ; aqueles que se movimen-

Y—
tam a cavalo pela cidade
são invisibilizados do
Yana Parente ponto de vista da lei.
1. ➞ C E R TA
Somente tratando a

227
O S

P R E

G O S

O s pregos transitav a m pe la s pa re de s , s e rv ia m
de apoio para quadros , roupa s , pe que nos
animais e objetos doura dos de brilho m ode rad o .
A lg uns não agüenta v a m o pe s o e rom pia m o
silêncio da sala bra nc a , o s om ba rulhos o
rodopiava pela coluna loc a liza da no m e io do
salão quase redond o de a pe na s dua s gra nde s
janelas. Uma vez p or s e m a na out ros s ons e ram
ouvidos às vezes p e la m a nhã , à s v e ze s na
ma drugada. Batida s de m a rt e lo rit m a v a m e
apaziguavam‑me co m a s pa re de s , e le gia m
como ameaça o sent ido e de s c a ns a v a m a s
pancadas que eram s ina is de nov os m olde s ,
novos desenhos.
O n oticiário apontav a c om o um t e m po de
mu dança lenta. As re v is t a s de f of oc a nã o
ma nifestavam intere s s e a lgum e os pla nos de
conduta elaborado s por m ora lis t a s , s a lv os e m
anonimato, eram só re gozijo.

O b ranco era cal e os pre gos t ra zia m c ons igo


uma grande carga sim bólic a que a s s e gura v a
entendimento, obras na pa re de , e ra o que s e
via, espaços vazios, dis t â nc ia pa ra o olho f e it a
pelo corpo. Tudo no s e u de v ido luga r.

228
Onde a mão não m a is a lc a nç a é que os pont o s
d evem se fixar. Pa ra a m inha t e s t a s a lv o um g r i to
e quanto mais eu e nc ont ra r que s obre ponho
p anos para esque nt a r, e m t orno de m im a
música leve indica o nov o rum o da s pe ç a s e o
a poio delas passa pe la m inha boc a a nt e s
d eixando gosto fe rros o, o s om re t um ba c omo
g omos de borrach a e m s upe rf íc ie líquida
d estramado incalcula do.
As dúvidas são o c a ldo da a ç ã o c om o o
s ubstrato da rigide z que a niquila a pos s ibili d ad e
d a vida.
O foco se apresent a e a im a ge m do pa lc o
a parece iluminada por int e iro, s e m públic o n em
a tores, como uma gra nde e s c ult ura . E s s a e ra a
imagem que aprese nt a v a a ide ia , e ra pa lc o c h ão
a ção. Como se po rt a r, c om o dize r a s c ois a s ,
v irar a vida pelo a v e s s o, e x pe c t ora r a f a la ,
tra nspirar, transita r os be ns , e logia r a e c ono m i a,
montar no lombo da a bs t ra ç ã o, s e r pe dra qu e
fa ísca mundo e inc e nde ia a re de a lm a .
E u só derreto qua ndo e s que ç o que s ou m a t é r i a,
a ntes mesmo eu m e s e guro no s ol e f inc o os p és
e m quem me ouve.

229
L I S T A D E
C O I S A S A S E R E M
F O T O G R A F A D A S :
—PRÉDIOS DAS
DÉCADAS DE
6 0 , 7 0 E 8 0 ,
CASAS DESSA
M E S M A É P O C A
E MAIS ANTIGAS,
QUE APRESENTEM
CARACTERÍSTICAS
M O D E R N I S TA S
« T R O P I C A I S »
NA CIDADE DO
R E C I F E ;
—HÁBITOS COMO
TER UMA MÁQUINA
D E C O S T U R A E M
C A S A
E FAZER SUAS
P R Ó P R I A S R O U PA S,
C O R T I N A S, T O A L H A S ;

230
—JAMBEIROS,
MANGUEIRAS,
RUAS DE
PA R A L E L E P Í P E D O S
( E S S A
P A L A V R A
É U M
E S C Â N D A L O )
E F O L H A S D E PA P E L ;
—OS MOMENTOS EM
QUE TODOS ESTÃO
DESCONTRAÍDOS;
— P E S S O A S C R E S PA S
( C A D A
V E Z M A I S
R A R A S E M
R E C I F E ) ;

AS COISAS QUE
SERÃO USADAS:
TODAS AS NOSSAS
C Â M E R A S .

231
232
233
234
235
236
237
238
239
240
241
242
243
244
245
A C A SA. COM O CONVÉM .

A O S Q UERIDOS AM IGOS,
P EL A P RESENÇA CONSTANTE,
P EL A ATENÇÃO DESPERTA.

E D I Ç ÃO GRÁFICA PRISCILA GO NZ AGA

A C A SA. COM O CONVÉM . É AT ELIER MO RADA DE CRIST IANO


L EN H ARDT, CRISTINA LINO G O UVÊA, JO NAT HAS DE
A N D R ADE, PRISCILA GONZA G A E SILVAN KÄLIN. TODA A
MATÊ RIA DESTE LIVRO PERTENCE À EST E CO NVÍVIO .

S U PERVISÃO ANTENCIOSA DO T RABALHO POR


K U RT ECKERT COM SUPORT E DE ALEX HANIMANN,
MATTHIAS M ICHEL, SEREINA RO T HENBERGER.
A G R ADECIM ENTOS ESPECIA IS À SARAH OWENS,
P EL A PACIENTE ORIENTAÇÃ O METODO LÓG ICA
D O TR A BALLHO.

ZÜ R C HER HOCHSCHULE DER KÜNST E


MASTER OF ARTS IN DESIGN
E D I TO RIAL DESIGN

A MAI OR PARTE DAS FOTOGRAF IAS E IMAG ENS VÊM DO


A C ERVO DOS INTEGRANTES DA CASA; IMAGENS DE O UT RAS
FO N TE S, SEM PRE QUE POSS ÍVEL, F O RAM REF ERENCIADAS
N O C AT ÁLOGO.

1 ª ED I ÇÃO EXPERIM ENTAL, CERCA DE 16 EXEMPLARES.


I MPR ESSÃO ZINDEL DRUCK
E N C ADERNAÇÃO BUCHBEKLEIDUNG AN DER LIMMAT
ZÜ R I C H, JUNHO DE 2012.

1 ª ED I ÇÃO, 1000 EXEM PLARE S.


I MPR ESSÃO E ENCADERNAÇÃO LUCIG RAF, O LINDA.
I MPR ESSÃO M APA DE TECIDO IDENT F IX, RECIF E.
R E C I FE, SETEM BRO DE 2014.

E STA E DIÇÃO RECEBEU INCE NT IVO DO F UNDO DE CULT URA


D O G OVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO.
P R O J E TO 666/12 — ARTES P LÁST ICAS, GRÁF ICAS E
C O N G Ê NERES — CATÁLOGO VINCULADO OU NÃO À
E XPO SIÇÃO.

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