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AVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDA

Uma árvore sob risco é aquela que apresenta defeitos estruturais suscetíveis de causar a ruptura de
uma de suas partes ou a sua queda por inteiro, e que poderia atingir um alvo. O risco é normalmente
expresso em termos de fontes de risco, eventos potenciais, suas consequências e suas probabilidades.

Atributos para avaliação de risco de árvores:

1. Análise do alvo
A análise do alvo deve ser realizada na avaliação de risco de acidente. Se houver risco para as
pessoas, animais, bens patrimoniais ou elementos de infraestrutura, as características da árvore, a sua
permanência e a sua remoção da zona de risco devem ser consideradas.

2. Avaliação do entorno
As principais seguintes condições que podem estar relacionadas ao risco de queda das árvores são:
aspectos físicos, químicos e biológicos do solo; inclinação do solo e posicionamento da árvore; infiltração de
água e estabilidade do solo; velocidade de vento no local ou região; Índice pluviométrico; Pavimentação;
Histórico do local, como ocorrências de quedas de árvores, reformas, movimentação de solo, área alagadiça
e outras alterações.

3. Avaliação visual
Deve conter, principalmente, o seguinte:

• Estado geral da árvore, informando: o vigor da copa (fenologia); se a árvore está morta ou em
declínio;

• Sistema radicular visível, incluindo: espaço disponível para o sistema radicular em relação ao porte
da árvore; raízes dobradas e/ou enoveladas; podas ou apodrecimento de raízes; exposição de
raízes por erosão ou compactação de solo

• Colo: soterrado; com rachaduras; injúrias ou cancros ou biodeterioração;

• Tronco: inclinação; rachaduras; injúrias ou biodeterioração, principalmente presença de ganodermas


e de cavidades.

• Copa em desequilíbrio (descaracterização da arquitetura e do centro de gravidade original do


exemplar): casca inclusa; galhos com ferimentos ou podres; galhos quebrados ou pendentes;
excesso de ramos epícórmicos; forquilhas com biodeterioração; podas antigas com podridão.

• Aspectos fitossanitários gerais: presença de ganodermas; insetos xilófagos; cupins xilófagos; brocas
de madeira etc.

4. Avaliação com equipamentos

Sondas, penetrógrafos e tomógrafos possibilitam um diagnóstico mais preciso, principalmente em


casos de árvores com cavidades e/ou com biodeterioração avançada.

O relatório de avaliação de risco deve conter: identificação e localização das árvores especificadas,
histórico do local, análise de alvo, descrição dos métodos e equipamentos utilizados, resultados
documentados da avaliação de riscos, recomendações de manejo para mitigação de riscos, indicações de
avaliações adicionais, indicação de periodicidade de inspeção, considerando a realização do serviço de
manejo arbóreo recomendado. Caso tenha sido feito cálculo estrutural ou estatístico, o mesmo deve constar
no relatório.

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