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Notas de Aula 2018 – Cálculo 1 – Prof.

Rui – DMA – UEM

Exercícios Comentados de Cálculo 1


(Stewart, Vol. 1, 7ª ed.)

Versão de 19 de março de 2018.

1.1 Maneiras de representar uma função

Exercício 01. Considere as funções definidas pelas expressões


a seguir: f  x   x  2  x e g  u   u  2  u . Podemos
dizer que a função f é igual à função g? Por quê?

Resolução.
Qual é o domínio da primeira função? A condição de existência
de tal expressão exige que 2  x  0 , o que fornece x  2 .
Então Dom  f   (, 2] .

Qual é o domínio da segunda função? A condição de existência


deve ser 2  u  0  u  2 , o que fornece Dom  g   (, 2] .

Então os domínios são iguais.

A primeira função transforma números reais da mesma maneira


que a segunda função?

Vejamos: Se k é um número real menor ou igual a 2, podemos


transformá-lo por f e por g.

f k   k  2  k ;

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g k   k  2  k .

Logo, as funções transformam números reais da mesma


maneira.

Devido ao domínio igual e à transformação ser a mesma em


todos os números do domínio, podemos afirmar que, de acordo
com a definição, as funções f e g são iguais.

Exercício 02. Considere duas funções definidas pelas


representações algébricas a seguir.

x2  x
f  x  e g  x  x .
x 1

Pergunta-se: É verdade que as duas funções são iguais?

Resolução.
Qual é o domínio da primeira função? Bom, devemos exigir
uma condição de existência da expressão algébrica que define a
função. A expressão não faz sentido se o denominador for nulo.
Logo, devemos exigir que a expressão é considerável apenas se
o denominador for diferente de zero.

Devemos exigir que x  1  0 , o que acontece se e somente se


x  1 . Então a expressão que define a primeira função só existe
para números reais diferentes de 1. Podemos escrever que o
domínio da função de nome “f” é:

Dom  f    x  ℝ; x  1   ,1  1,   .

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Qual é o domínio da segunda função? Não há necessidade de


exigirmos nenhuma condição de existência para a expressão
algébrica que define a função. Então a função de nome “g”
pode ser calculada em qualquer número real. Assim, podemos
escrever que o domínio dessa função é: Dom  g   ℝ .

Bom, se os dois domínios são distintos não há a possibilidade


das transformações de números anteriormente definidas
transformarem os mesmos números. Assim, as duas funções
são diferentes, não são iguais, f  g .

Vamos analisar um pouco mais a situação.


As duas funções podem ser calculadas em todos os números
reais que sejam diferentes de 1.

Se a  1 então g  a   a .

Se a  1 então a  1  k  0 .
Assim a 2  a  a  a  1  a  k  e daí a expressão f  a  pode
ser simplificada da seguinte maneira:

a 2  a a  a  1 a  k
f a    a.
a 1 a 1 k

Ou seja, para todos os números reais diferentes de 1, podemos


calcular os valores funcionais de f e de g, e esses valores
funcionais são iguais ao número original. Ou seja, as
transformações que possuem nomes diferentes “f” e “g”, na
verdade, são “máquinas” que transformam os números “a”,
diferentes de 1, nos próprios números “a”. Mas, como visto
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anteriormente, essas funções não são iguais. Não são iguais


porque seus domínios são diferentes.

Exercício 03. Considere uma função dada pela representação


gráfica mostrada a seguir.

Qual o valor f 1 ?


Qual o valor f  1 ?
Para que valores de x tem-se f  x   1 ?
Para que valores de x tem-se f  x   0 ?
Qual o domínio e a imagem de f?
Em qual intervalo f é crescente?

Resolução.
Aparentemente, tem-se f 1  3 . Para ver isso tome a posição
x  1 no eixo dos xx e verifique a “altura” do gráfico sobre a
posição x  1 do eixo dos xx.

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Seguindo o processo anterior, detectamos a posição x  1 do


eixo dos xx e verificamos que a “altura” do gráfico sobre esse
ponto é cerca de 0, 3 unidades.

Para descobrir números x tais que f  x   1 observamos a reta


horizontal que corta o eixo dos yy na “altura” 1. Ela intercepta
o gráfico em dois locais. Uma primeira intersecção se dá no
ponto  0,1 e a segunda no ponto  4,1 . Assim, descobrimos
que para x  0 e para x  3 tem-se f  x   1 .

Para descobrir números x tais que f  x   0 devemos observar


a reta horizontal de “altura” zero e procurar pontos de
interseção com o gráfico. Nesse caso verificamos que há
apenas uma interseção aproximadamente no ponto x  0, 7 .

Observamos a variação no eixo dos xx para a qual existem


pontos no gráfico. Verificamos com essa observação que o
domínio da função dada pela representação gráfica apresentada
é  2, 4 .

Observamos a variação das “alturas” atingidas pelo gráfico.


Essa variação é a imagem da função. A imagem é  1,3 .

Observamos que a função é crescente em  2,1 .

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Exercício 04. Considere que as funções f e g sejam dadas pelas


representações gráficas a seguir.

Quais os valores de f  4  ? E de g  3 ?
Para que valores de x têm-se f  x   g  x  ?
Qual a solução da equação f  x   1 ?
Em que intervalo f é decrescente?
Qual o domínio e a imagem de f ?
Qual o domínio e a imagem de g?

Resolução.
Observamos a “altura” do gráfico sobre a posição x  4 .
Vemos assim, que f  4   2 .
Observamos a “altura” do gráfico sobre a posição x  3 .
Vemos assim, que g  3  4 .

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Observamos os pontos nos quais os gráficos possuem


interseção. Detectamos que eles se encontram em  2,1 e
 2, 2  . Assim, conseguimos responder que f  x   g  x  para
x  2 e para x  2 .
Para verificar quando é que f ( x)  1 visualizamos a reta
horizontal de equação y  1 e procuramos as interseções de
tal reta com a curva do gráfico da função f. Percebemos que
existem dois pontos de interseção. Eles se dão sobre as
abscissas x  2.9 e x  4 . A resposta é aproximada, depende
do traço impresso na figura, pode ser que para algum exemplar
do livro se responda que uma das interseções se dá sobre a
abscissa x  3 .
Verificamos que f é decrescente de zero até quatro, ou seja, f é
decrescente em  0, 4 .
O domínio de f é o conjunto dos “números” do eixo dos xx para
os quais existe um valor associado a ele, assim o domínio da
função f é  4, 4 e sua imagem é o conjunto dos “números” do
eixo dos yy atingidos pela atribuição f, sendo assim, temos que
a imagem da função f é  2,3 .
O domínio da função g é  4,3 e sua imagem é  0,5 ; 4 .

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Exercício 05. Considere a seguinte ilustração, ela é a


representação gráfica da aceleração do solo durante o terremoto
de Northidge, ocorrido em 17 de janeiro de 1994.
Para maiores informações veja a página:
http://en.wikipedia.org/wiki/1994_Northridge_earthquake

Pede-se que você estime a imagem da função aceleração do


solo durante o terremoto.

Resolução.
Vemos que o domínio, dado no eixo das abscissas varia entre 0
e 30. Vemos ainda que a unidade utilizada no domínio é o
segundo. A variação do domínio é o intervalo  0,30 segundos.

Observemos o eixo das ordenadas. As marcações são feitas de


50 em 50 unidades. A unidade utilizada é centímetros por
segundo por segundo, uma variação da velocidade que
denotamos por cm / s 2 .

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Observamos que a amplitude mínima atingida é de


aproximadamente 100 cm / s 2 e que a amplitude máxima
atingida é de aproximadamente 140 cm / s 2 .
Então, aproximadamente a imagem é o intervalo  100,140 .

Exercício 07. Considere a seguinte ilustração:

Essa ilustração pode representar uma função?


Em caso afirmativo, qual é o domínio e a imagem?

Resolução.
Essa ilustração não pode ser uma representação gráfica de
função, pois existe ao menos um ponto no eixo dos xx para o
qual está relacionado mais de um valor no eixo dos yy. Veja
que, por exemplo, para x  0 existem três valores associados a
ele segundo tal traço.

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Exercício 08. Considere a seguinte ilustração.

Essa ilustração pode representar uma função?


Em caso afirmativo, qual é o domínio e a imagem?

Resolução.
Esse traço pode representar uma função, pois para cada valor
de x entre 2 e 2, percebe-se a associação de um único valor
de y.

O domínio de tal função é o conjunto de “números” x para os


quais existe outro “número” associado, ou seja, o domínio é
igual ao intervalo  2, 2 . A imagem é o conjunto e a imagem
é  1, 2 .

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Exercício 09. Considere a seguinte ilustração.

Essa ilustração pode representar uma função?


Em caso afirmativo, qual é o domínio e a imagem?

Resolução.
Procuramos verificar se para cada x posicionado abaixo de
pontos da curva traçada existe apenas um valor relacionado a
ele. Isso acontece. Portanto, o traço pode ser sim uma
representação de uma função.

O domínio é  3, 2 .

A imagem é o conjunto dos “yy” atingidos pela função.


Percebemos, então, que a imagem consiste na união de dois
segmentos: [3, 2)  [1,3] .

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Exercício 10. Considere a seguinte ilustração.

Essa ilustração pode representar uma função?


Em caso afirmativo, qual é o domínio e a imagem?

Resolução.
Percebemos que, por exemplo, para o número x  1 estão
associados infinitos valores de y. Todos os y entre y  2 e
y  1 estão associados a x  1 . Isso também acontece para
outros valores de x. Portanto o traço mostrado na figura não
pode representar uma função.

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Exercício 11. Considere a seguinte ilustração. Ela mostra o


peso corporal de uma pessoa (em libras-peso) em função de sua
idade. Descreva com suas palavras como foi o comportamento
do peso em função da idade de tal pessoa. Explique o que
aconteceu com essa pessoa por volta dos 30 anos.

Resolução.
Vemos que à medida que os anos passam, a massa do indivíduo
aumenta. Por volta dos 20 e poucos anos ela quase estabiliza
sua massa, pois já atingiu o tamanho de um humano adulto.
Após trinta anos, há uma queda abrupta de massa. Essa massa
permanece estável, por volta de 125 libras-peso durante 5 anos
aproximadamente. Isso pode ter sido causado por uma
enfermidade ou por uma dieta muito rígida. Aproximadamente
por volta dos 36 anos há uma recuperação de massa. Em
questão de um ano aproximadamente o indivíduo recupera a
massa que possuía aos 30 anos e continua a ganhar massa
lentamente até por volta de 68 anos. O gráfico se interrompe
nessa abscissa, pois o indivíduo deve ter falecido.

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Exercício 12. Considere o seguinte gráfico que apresenta a


altura da água numa banheira em função do tempo.

Descreva verbalmente o que você acredita ter acontecido.

Resolução.
No momento zero minutos, a banheira começou a se encher. O
crescimento do nível de água é linear, o que nos permite
concluir que a válvula foi aberta e continuou a permitir o
acréscimo de água a uma taxa constante na banheira. O nível
da água aumentou até o instante 5 minutos. Nesse momento há
um acréscimo repentino na altura. Deduzimos que uma pessoa
ingressou na banheira e lá permaneceu até por volta dos 12
minutos. Entre 12 e 13 minutos há um decréscimo repentino no
nível da água. Pode ser que a pessoa tenha se levantado para
pegar um frasco de shampoo, por exemplo, após ter feito isso a
pessoa volta a deitar na banheira, isso é pode ser inferido do
acréscimo repentino que ocorre entre 13 e 1 minutos. O nível
fica constante até por volta do instante 17 minutos a partir do
qual há um decréscimo no nível da água, que volta ao nível de
15 polegadas, nível inicial, antes da entrada da pessoa. Após o
instante 17 minutos há uma redução linear do nível de água,

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que acaba por atingir a altura zero no instante 22 minutos. Isso


indica que após ter saído da banheira, o usuário abriu a válvula
do ralo para que a água escoasse a uma taxa constante.

Exercício 13. Considere a seguinte situação. Coloque vários


cubos de gelo num copo. Encha o copo com água à temperatura
ambiente. Coloque o copo sobre uma mesa. Descreva como
varia a temperatura da água no copo em função do tempo. Faça
um esboço do gráfico da temperatura da água no copo em
função do tempo.

Resolução.
Vamos considerar, por exemplo, consigamos colocar uns 5
cubos de gelo no copo e que os cubos de gelo estão à uma
temperatura de zero graus Celsius. Vamos considerar também
que a temperatura inicial da água seja de 25 graus Celsius.
Inicialmente a temperatura da água decairá. Não chegará a
atingir zero graus Celsius, mas poderá chegar a atingir, vamos
supor, uns 15 graus. Podemos considerar que isso se dará por
volta do tempo t  5 minutos. Esse decrescimento, segundo a
Lei da Termodinâmica de Newton, será linear. Após atingir os
15 graus, a temperatura da água começará a aumentar, até
atingir situação de equilíbrio com a temperatura ambiente de
25 graus. Esse crescimento será linear e o equilíbrio com o
meio ambiente demorará mais para ser atingido, digamos que o
equilíbrio entre as duas temperaturas se dará no tempo t  20
minutos. Um esboço de tal comportamento da temperatura da
água no copo é mostrado a seguir.

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Exercício 14. Considere que três corredores participam de uma


corrida de 100 metros rasos. A seguinte representação gráfica
corresponde à distância percorrida por cada um dos três
competidores em função do tempo. Analise a figura e responda
as questões.

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Que informações o gráfico fornece sobre a corrida?


Que corredor ganhou a corrida? Justifique.
Todos os corredores terminaram a prova? Justifique.

Resolução.
A representação gráfica traz no eixo das abscissas a marcação
do tempo em segundos e no eixo das ordenadas a distância
percorrida marcada com a unidade metro.
Percebemos que os três participantes estavam na linha de
largada no momento inicial.
Nos metros iniciais o corredor que tomou a dianteira foi o
corredor B. Depois de mais ou menos 40 metros quem ficou
em primeiro foi o corredor C. Lá pelos 55 metros que tomou a
dianteira foi o corredor A. Este permaneceu em primeiro até a
linha de chegada de 100 metros. Ele chegou em primeiro lugar
com um tempo aproximado de 15 segundos. Para ver isso
visualize uma linha horizontal na “altitude” y  100 . O gráfico
que primeiro atinge a ordenada y  100 é o gráfico da distância
percorrida pelo corredor A. O corredor B conseguiu ultrapassar
o corredor C nos metros finais e atingiu a linha de chegada
mais ou menos depois de 19 segundos. O corredor C terminou
a prova, mas seu tempo foi de aproximadamente 23 segundos.

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Exercício 15. Considere a seguinte representação gráfica. Ela


ilustra o consumo de energia em um dia típico de outono na
cidade de São Francisco, CA. Observe a responda as questões.

A marcação no eixo das abscissas é dada em horas a partir da


meia-noite. A marcação do eixo das ordenadas é dada em
megawatts.

Qual é o comportamento do consumo de energia às seis horas


da manhã?
Qual é o comportamento do consumo às seis horas da tarde?
Em que momento se dá o menor consumo de energia?
Em que momento se dá o maior consumo de energia?

Resolução.
Às seis horas da manhã o consumo é de aproximadamente 490
megawatts e é crescente, isto é, com o passar do tempo ele
aumenta, provavelmente devido ao consumo comercial e
industrial que se inicia em sua maior parte nesse horário.

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Às seis horas da tarde (18 horas) o gráfico indica que o


consumo é de aproximadamente 720 megawatts e é
decrescente, com o passar do tempo ele diminui,
provavelmente devido à desaceleração do consumo comercial e
industrial.
O menor consumo ocorre por volta das 03h30min, no meio da
madrugada, e é de aproximadamente 400 megawatts.
O maior consumo ocorre por volta das 11h50min, e é de
aproximadamente 850 megawatts.

Exercício 16. Considere a região do Estado do Paraná ou de


São Paulo, por onde passa o Trópico de Capricórnio. Só como
observação, o Trópico passa pelo município de Maringá.
Esboce um gráfico que ilustre a variação da quantidade de
horas de luz solar em função do tempo no decorrer de um ano.

Resolução.
Segundo a página do CDCC-USP de São Carlos,
http://www.cdcc.sc.usp.br/cda/aprendendo-basico/estacoes-do-
ano/estacoes-do-ano.html ,

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a quantidade de horas de luz solar no hemisfério sul, na cidade


de São Carlos é mostrada no seguinte quadro.

No dia 21 de junho temos o dia mais curto com 10h49min de


luz e no dia 21 de dezembro o dia mais longo com 13h31min
de luz. Tomemos por base essas indicações. Podemos construir
um gráfico que ilustre tal variação mediante adaptação de um
trecho do gráfico de uma função trigonométrica.

Indicamos no eixo das abscissas os meses do ano.


No eixo das ordenadas o ponto A indica a grandeza de
13h30min horas e o ponto B indica a grandeza de 10h49min.
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Os máximos e mínimos são atingidos respectivamente em 21


de dezembro e 21 de junho.

Exercício 17. Considere um dia típico de primavera na cidade


de Maringá. Esboce um gráfico que ilustre a variação da
temperatura em função das horas.

Resolução.
Podemos considerar que as 00h00min a temperatura seja de
aproximadamente 19 graus Celsius. À medida que a
madrugada avança, a temperatura diminui e pode atingir um
mínimo de 14 graus mais ou menos pelas 06h00min. A partir
do nascer do Sol a temperatura ambiente aumenta e, crendo
que estamos num dia ensolarado, a temperatura chega a atingir
um máximo de 24 graus mais ou menos às 16h00. Depois, com
o cair da noite a temperatura diminui até voltar a atingir uns 19
graus às 24h00min. O esboço dessa variação funcional da
temperatura pode ser feito e será, de certa maneira, análogo ao
gráfico mostrado no exercício anterior. O gráfico mais realista
não será o que é composto de segmentos de reta, mas sim o que
tem concavidades, oscilações suaves, já que a temperatura não
muda abruptamente.

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Exercício 18. Explique como varia o preço de um carro, que é


comprado novo e que tem uma boa manutenção durante um
período de 20 anos. Considere por exemplo, que se compre um
carro de mil cilindradas, básico, sem ar condicionado, sem
nenhum acessório, com preço estimado de 25 mil reais.

Resolução.
Sabemos que o carro novo, assim que “sai” da agência já
acumula uma desvalorização. Passado um ano, um carro básico
pode ser estimado em 18 mil reais. Podemos dizer que exista
uma desvalorização de uns 4 mil reais no segundo ano de uso,
ou seja, o preço dele no segundo ano de uso seria de uns 14 mil
reais. Podemos considerar que haja uma desvalorização de uns
3 mil reais no terceiro ano e assim por diante. O preço diminui
gradativamente, a desvalorização vai diminuir a cada ano que
passa. O preço chegará a um patamar de uns 5 mil reais lá pelo
décimo ano de uso. Haverá um leve decréscimo até o preço de
uns 3 mil reais pelo vigésimo ano de uso. Um esboço desse
comportamento decrescente está mostrado no seguinte esboço.
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Exercício 19. Considere o preço de venda, no varejo, do pacote


de 500 gramas de uma marca de café em função do preço do
café no mercado mundial. Esboçe um gráfico que expresse tal
variação.

Resolução.
Essa é uma questão de resolução muito pessoal. Mas de
maneira geral, se admitirmos que não haja grande prejuízo nos
países produtores, secas e geadas, por exemplo, o preço
internacional tem uma sazonalidade anual, pois a safra do café
é anual. Então, cada um pode iniciar seu gráfico com o preço
de sua marca favorita e durante o período de um ano, pode
traçar uma curva suave que cresça e decresça. Podemos traçar a
curva do gráfico de maneira simplificada admitindo que a
ordenada inicial, no mês de janeiro, seja a mesma ordenada no
mês de dezembro.

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Exercício 20. Considere que você preparou a massa de um


bolo e no instante t  0 minutos o coloca num forno que está a
180 graus Celsius. Considere que o bolo está assado depois de
45 minutos e que você o retira do forno e o coloca sobre uma
mesa para esfriar. Escreva a variação da temperatura da massa
do bolo (e do bolo assado) em função da variação do tempo em
minutos. Esboce, se possível, um gráfico que ilustre tal
variação.

Resolução.
Consideremos que no instante inicial a temperatura do bolo (da
massa do bolo) é igual à temperatura ambiente de 30 graus
Celsius. À medida que os minutos passam a temperatura da
massa aumenta até entrar em equilíbrio com a temperatura do
forno, que é de 180 graus. A temperatura do bolo ficará
constante até o tempo t  45 minutos. A partir desse instante a
temperatura decrescerá até atingir a temperatura ambiente
novamente, mais ou menos por volta do instante t  80
minutos. Podemos adotar, segundo a Lei da Termodinâmica de
Newton que a variação, tanto crescente quanto decrescente, da
temperatura seja linear. Assim, um esboço da variação da
temperatura do bolo (da massa) em função do tempo pode ser
igual à da seguinte figura.

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Exercício 21. Considere que você tem um gramado no jardim


de sua casa e sempre passa o cortador de grama nesse jardim
todo domingo pela manhã. Descreva, com palavras, a altura das
folhas de grama de seu jardim num período de tempo de 4
semanas. Adote, por simplicidade que você começa a marcar o
período de tempo num domingo, imediatamente após aparar a
grama. Faça um esboço do gráfico da altura das folhas de
grama pelo tempo.

Resolução.
Vamos considerar que usamos o cortador de grama com lâmina
que fica a 3 centímetros do solo. No tempo inicial, no domingo
após o corte, a altura das folhas será de 3 cm. Vamos adotar
que os dias sejam ensolarados e que haja um irrigador para
molhar a grama todas as noites, de maneira que ela tenha uma
condição ideal para crescer, água suficiente e muita luz solar.
Com o passar dos dias a altura das folhas aumentará até atingir
um máximo de 5 centímetros no sábado à noite. No domingo
pela manhã, imediatamente, sua altura voltará a ser igual a 3
cm. Esse ciclo se repetirá a cada semana. O crescimento das
folhas será marcado por um segmento de reta que partirá da
ordenada y  3 e chegará na ordenada y  5 . Depois haverá

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uma variação abrupta na qual a ordenada volta à valer 3


unidades. Um esboço de tal variação funcional pode ser igual
ao mostrado na seguinte ilustração.

Exercício 22. Considere que uma aeronave voa de Maringá


para Curitiba situada a 400 Km de Maringá num percurso sem
escalas e pelo arco de círculo que fornece o caminho mais
curto. Admita que o voo demore 60 minutos. Considere que
x  t  seja a distância horizontal percorrida e que y  t  seja a
distância da aeronave em relação ao solo, ambas as medidas
dependem do tempo t dado em minutos.
a) Esboce um possível gráfico de x  t  ;
b) Esboce um possível gráfico de y  t  ;

Resolução.
a) O comportamento de x  t  diz respeito à distância da
aeronave em relação ao ponto de partida. Inicialmente
podemos considerar que essa distância cresce lentamente, já
que a decolagem e o voo de ascensão até a altitude de cruzeiro

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são feitos em velocidade relativamente pequena. Depois, de


uns 10 minutos, o trajeto é feito na altitude de cruzeiro à
velocidade bem rápida, então à distância até Maringá cresce
numa taxa bem maior. Depois de 50 minutos a aeronave se
aproxima de Curitiba, ela diminui a velocidade e inicia os
procedimentos de descida para aterrissagem. Então a distância
até Maringá sofre acréscimos menores até atingir a marca de
400 Km.

Para esboçar o gráfico vamos assumir que no tempo 10


minutos a distância a Maringá seja de 50 Km, que no tempo 50
minutos a distância até Maringá seja 350 Km e que no tempo
60 minutos a distância até Maringá seja 400 Km.

b) O comportamento de y  t  diz respeito à altitude da


aeronave. Quanto t  0 tem-se y  0   0 . Vamos admitir que a
aeronave demore 10 minutos para atingir a altitude de cruzeiro.
Podemos admitir que a altitude de cruzeiros é 17.000 pés ou
aproximadamente de 5.000 metros. Podemos admitir também
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que nada de anormal ocorra e que a aeronave fique nessa


altitude por mais 40 minutos. Nos últimos 10 minutos a
aeronave desce até atingir o solo, ou seja, y  60   0 .

Exercício 23. Considere os dados acerca das habilitações de


aparelhos celulares nos EUA dados na seguinte tabela.

t 1996 1998 2000 2002 2004 2006


N 44 69 109 141 182 233

Nessa tabela, a variável “t” está dada em anos e a variável “N”


está dada em milhões.
Utilize os dados da tabela para traçar um esboço do gráfico que
modela a quantidade de aparelhos habilitados em função do
tempo.
Depois utilize seu gráfico para estimar o número de aparelhos
habilitados nos anos de 2001 e 2005.

Resolução.

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A resolução desse exercício pode ser feita com o auxílio de um


papel milimetrado, mas como temos a disponibilidade de
usarmos o Geogebra trabalharemos da seguinte maneira.

Abra um arquivo novo.


Como é o numero de telefones celulares que depende do ano,
inserimos os seguintes pares ordenados:
1996, 44  , 1998, 69  ,  2000,109  ,  2002,141 ,  2004,182 
e  2006, 233 .

Para fazer isso basta digitar os pares ordenados no campo de


entrada, na parte inferior da janela do software.

Após digitar o primeiro par ordenado aperte “Enter”. O


software nomeará esse ponto com a letra “A” e o mostrará,
tanto na janela de álgebra quanto na janela do plano cartesiano.

Para observar o ponto 1996, 44  será necessário tomar a


ferramenta “Mover Janela de Visualização” e de posse da
ferramenta deve-se “arrastar” o eixo das abscissas em direção
ao centro do sistema de coordenadas. Também será necessário
“arrastar” o eixo das ordenadas na direção do centro e ainda
será necessário mover o ponto de vista da tela para que exiba
abscissas entre 1950 e 2010.
Após a inserção dos pontos restantes sua tela de trabalho
deverá se assemelhar à mostrada na seguinte figura.

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Percebemos que o crescimento no número de aparelhos


celulares habilitados assemelha-se a um crescimento linear,
vamos fazer uma interpolação com uma função do tipo
f  x  m x  k .

Você deverá desenhar uma reta que melhor se aproxime de


todos os pontos. Será impossível determinar uma reta que passe
por todos esses pontos, então vamos escolher dois deles e
traçar uma reta que se aproxime dos outros pontos restantes.
Uma das boas opções é escolher a reta que passe por A e por E.

Escolha a ferramenta Reta clique no primeiro ponto, ponto A, e


em seguida clique no ponto E. Dessa maneira você estará
escolhendo Você verá o traçado da reta que passa por A e por
E. Essa reta é uma aproximação de um possível gráfico da
função que expressa a quantidade de celulares em função do
ano.
Observe que o Geogebra fornece a expressão da reta na coluna
algébrica.

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Se você isolar a letra “y” obterá uma expressão algébrica para


o número de telefone em função do ano.

Mas isso não será tão necessário. Observe o traçado da reta.


Encontre a abscissa x  2001 e siga verticalmente até
encontrar o traçado da reta. O ponto de interseção se dá mais
ou menos na ordenada y  130 .
Encontre a abscissa x  2005 e siga verticalmente até
encontrar o ponto de interseção com a reta. O ponto de
interseção se dá mais ou menos na ordenada 199.

Você pode ilustrar isso no Geogebra inserindo a equação


x  2001 , depois inserindo a equação x  2005 e finalmente
usar a ferramenta ponto de interseção clicando nas duas retas
cuja interseção se quer determinar. O software determina as
coordenadas do ponto de interseção.

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Concluímos que no ano de 2001 foram habilitados


aproximadamente 130 milhões de celulares e que no ano de
2005 foram habilitados aproximadamente 199 milhões.

Exercício 24. Considere os dados de temperatura ambiente


coletados em Phoenix num dia típico de outono (setembro) de
2008 exibidos na seguinte tabela. A variável “t” é fornecida em
horas e a temperatura “T” em graus Fahrenheit.

t 0 2 4 6 8 10 12 14
T 82 75 74 75 84 90 93 94

Esboce um gráfico que represente aproximadamente a


temperatura em função das horas. Utilize seu gráfico e estime a
temperatura no tempo 09h00min.

Resolução.
Vamos utilizar o Geogebra.
Inserimos todos os pares ordenados, mantendo o tempo como
abscissa e a temperatura como ordenada, já que é a temperatura
que depende do tempo em horas.

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Percebemos que os pontos apresentam uma oscilação.


Vamos interpolar esses pontos com uma função polinomial de
grau 3.

Inserimos os parâmetros:
“a=1”, “b=1”, “c=1”, “d=1” no campo de entrada um de cada
vez.
Depois criamos a função definida no intervalo  0,14 com o
comando exibido a seguir.

Alterando os valores dos parâmetros mediante a escolha


“propriedades” conseguimos obter uma função polinomial que
passe aproximadamente pelos pontos.

Após tentativas e erros conseguimos obter a função definida


por:

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O gráfico passa razoavelmente perto dos pontos marcados.

Assim, podemos digitar no campo de entrada “f(9)” para obter


aproximadamente a temperatura.

O Geogebra mostrará um novo valor “e=87.21” na janela de


álgebra. Essa é a temperatura procurada.

Outra opção é traçar a reta de equação “x=9” e observar na


altura de que ordenada se dá a interseção desta com o gráfico.

Com o uso da ferramenta “zoom” observamos o seguinte.

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A interseção se dá entre as linhas horizontais de equação


y  85 e y  90 , mais ou menos na altura da ordenada y  87 .
Essa é uma boa aproximação para a temperatura procurada.

Exercício 25. Considere a função definida pela sentença:


f  x   3x 2  x  2 .
Calcule f  2  , f  2  , f  a  , f   a  , f  a  1 , 2 f  a  ,
f  2a  , f  a 2  ,  f  a   e f  a  h  .
2

Resolução.
Para determinar f  2  , escrevemos, na sentença algébrica que
define a função, o algarismo 2 no lugar da letra “x” que denota
a variável. Depois, executamos as operações até que possamos
expressar a imagem de 2 como um número real.

f  2   3  2    2   2  12  2  2  12 .
2

Para determinar a imagem de 2 pela função, escrevemos no


lugar da letra “x” o algarismo 2 e executamos as operações
aritmético-algébricas da expressão que define a função.

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f  2   3  2    2   2  12  2  2  16 .
2

Para calcular a imagem de “a”, escrevemos a letra “a” no lugar


da letra “x” e executamos, na medida do possível, as operações
que definem a função.

f  a   3  a    a   2  3a 2  a  2 .
2

Quando calculamos resultados como o anterior, geralmente, o


que obtemos depois de executarmos as operações que definem
a função, será uma expressão que dependerá da letra que foi
substituída.

Devemos compreender que esse procedimento auxilia o


conhecimento na medida em que a imagem dessa letra fornece
uma expressão na qual se possa substituir a letra por u número.
Em geral, chamamos tal letra de parâmetro.

Para calcular a imagem de a pela função, fazemos a


substituição da letra “x” por “ a ”. Devemos tomar cuidado
com as operações a serem executadas. O sinal negativo faz
parte da substituição, e deve “sofrer” os efeitos das operações
expressadas na definição algébrica da função.

f   a   3   a     a   2  3a 2  a  2 .
2

Para obter a imagem de a  1 pela função, fazemos a


substituição e calculamos a expressão final.

f  a  1  3  a  1   a  1  2  3  a 2  2a  1  a  1  2 
2

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3a 2  6a  3  a  1  3a 2  5a  4 .

Esse tipo de procedimento pode ser útil quando quisermos


saber o quanto a função se altera se aumentamos uma unidade
em um ponto qualquer do domínio. Por exemplo, se a função
representa o gasto mensal na conta telefônica de uma empresa,
o cálculo de f  a  1 e o cálculo de f  a  fornecem a
possibilidade de se conhecer a diferença de gasto com conta
telefônica de um mês a outro.

Para se calcular 2 f  a  , devemos calcular a imagem de “a” e


depois multiplicarmos o resultado por 2. Fazemos isso
indicando a multiplicação com a escrita de um “colchetes”.
Perceba isso. Observe que 2  expressão  indica que se calcula a
expressão e depois, multiplica-se o resultado por 2.

2 f  a   2 3  a    a   2   2 3a 2  a  2 
2
 
6a  2 a  4 .
2

Já o cálculo da imagem de 2a é feita substituindo-se a letra “x”


pela expressão “ 2a ”. O algarismo “2” que acompanha a
expressão “ 2a ”, “sofre” os efeitos das operações que aparecem
na definição da função.

f  2 a   3  2a    2 a   2  3  4 a 2   2a  2 
2

12a 2  2a  2 .

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Para calcular a imagem de a 2 , devemos fazer a substituição e


tomar cuidado, já que a expressão toda “ a 2 ” sofrerá os efeitos
das operações algébricas da definição da função.

f  a2   3  a2    a2   2  3 a4   a2  2 
2

3a 4  a 2  2 .

Agora, o autor nos pede para calcularmos  f  a   . Esse


2

cálculo não se assemelha em nada ao que calculamos


anteriormente. Nessa notação, devemos compreender que
primeiro devemos calcular a imagem da função em “a” e
depois elevar o resultado ao quadrado. A seguir, indicamos que
elevaremos ao quadrado o resultado do cálculo mediante o uso
do “colchetes”.

2
 f  a    3  a    a   2   3a 2  a  2  
2 2 2

 
 3a  a  2  3a  a  2  
2 2

9a 4  3a 3  6a 2  3a 3  a 2  2a  6a 2  2a  4 
9a 4  6a 3  13a 2  4a  4 .

O cálculo de f  a  h  tem semelhança com o cálculo, já


realizado, de f  a  1 , só que agora, ao invés de executarmos
as operações no algarismo “1”, executamos as mesmas na letra
“h”.

f  a  h  3 a  h   a  h  2 
2

3  a 2  2ah  h 2   a  h  2  3a 2  6ah  3h 2 a  a  h  2 .

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Exercício 26. Sabemos que o volume contido numa esfera de


4
raio r é dado por V   r 3 . Determine uma função que
3
forneça a quantidade (volume) de ar necessária para inflar um
balão esférico de um raio r para o raio r  1 .

Resolução.
4
Temos que o volume da esfera de raio r é: V   r 3 .
3
Sabemos que o volume de uma esfera de raio r  1 pode ser
calculado como: V    r  1    r 3  3r 2  3r  1 .
4 3 4
3 3
Mas, de maneira geral, podemos usar a expansão de  a  b 
3

para escrever o volume da esfera de raio igual a r  h onde h é


um número qualquer que varia entre zero e 1.

Vamos considerar que a variável h percorra o intervalo  0,1 .


O volume da esfera de raio r  h é:

V    r  h     r 3  3r 2  3rh 2  h3  
4 3 4
3 3
4 3 4
  r  4 r 2 h  4 rh 2   h 3 .
3 3

O volume necessário será obtido pela subtração do volume da


esfera de raio r  h menos o volume da esfera de raio r.

4 4
 r  h   r3 
3

3 3

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4 3 4 4
  r  4 r 2 h  4 rh 2   h3   r 3 
3 3 3

4
 4 r 2 h  4 rh 2   h 3  Vol  h  .
3

A função procurada é Vol  h  com domínio  0,1 .

Exercício 27. Considere a função definida por


f  3  h   f  3
f  x   4  3 x  x 2 . Calcule a expressão .
h

Resolução.
Devemos calcular separadamente as imagens de 3  h e de 3
pela função. Após isso, escrevemos os resultados na expressão
dada no enunciado.

Cálculo de f  3  h  .
f 3  h   4  33  h   3  h  
2

4  9  3h   9  6h  h 2  
4  9  3h  9  6h  h 2 
4  3h  h 2 .

Cálculo de f  3 .
f  3  4  3  3    3  4  9  9  4 .
2

Finalmente calculamos:

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f  3  h   f  3
4  3h  h 2  4
 
h h
3h  h 2 h  3  h 
  3  h .
h h

Exercício 28. Considere a função definida por f  x   x3 .


f  a  h  f  a 
Calcule a expressão .
h

Resolução.
Qual é a expressão f  a  ?
Basta substituirmos x por a:
f  a   a3 .
Qual é a expressão de f  a  h  ?
Basta substituirmos x por a  h .
f  a  h    a  h   a 3  3a 2 h  3ah 2  h3 .
3

Então a expressão do numerador da expressão procurada é:

f a  h  f  a 
  a  h   a 3  a 3  3a 2 h  3ah 2  h3  a 3
3

 3a 2 h  3ah 2  h3 .

O quociente pode ser fatorado da seguinte maneira:

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f  a  h   f  a  3a 2 h  3ah2  h3  3a  3ah  h  h
2 2

 
h h h

 3a 2  3ah  h 2 .

1
Exercício 29. Considere a função definida por f  x   .
x
f  x  f a
Calcule a expressão .
xa

Resolução.
Temos a expressão de f  x  .
Qual a expressão de f  a  ?
1
A resposta é simples, f  a   .
a
1 1 ax
Então f  x   f  a     .
x a ax
A expressão do enunciado fica então:

ax  1
f  x  f a  x  a 
 ax  ax 
xa xa xa

 x  a   1 1
 .
 x  a   ax  ax

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x3
Exercício 30. Considere a função definida por f  x   .
x 1
f  x   f 1
Calcule a expressão .
x 1

Resolução.
A condição de existência da expressão que define a função é:
x  ℝ mas x  1 .
Então, o domínio da função é ℝ  1 .
Calculemos f 1 .
1 3 4
f 1    2.
11 2
Assim,
f  x   f 1 
x3
2
 x  3  2 x  2   x  1    x  1 .
x 1 x 1 x 1 x 1

f  x   f 1
A expressão apresentada no enunciado, , só pode
x 1
ser calculada se x  1 .

Então se x  1 temos:
f  x   f 1 1   x  1 1
  .
x 1 x 1 x  1 x 1

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x4
Exercício 31. Considere a função definida por f  x   .
x2  9
Determine seu domínio.

Resolução.
Um quociente só pode existir se o denominador for diferente de
zero.
Então, a condição de existência da expressão que define a
função é: x 2  9  0 .

Temos:
x 2  9  0  x 2  9  x  3 .

Então a função está definida em todos os números reais que


sejam diferentes de 3 e de 3 . Podemos escrever isso em
sentença matemática como:

Dom  f    x  ℝ; x  3 e x  3 .

Exercício 32. Considere a função definida pela representação


2 x3  5
algébrica f  x   2 . Determine seu domínio.
x  x6

Resolução.
A representação algébrica que define a função apresenta um
quociente. Devemos exigir a condição de existência
x2  x  6  0 .

Para que números reais têm-se x 2  x  6  0 ?

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  12  4 1 6   25 .
1  5
x  x  3 ou x  2 .
2

Então, a função só pode ser avaliada em números reais


diferentes de 2 e de 3 .

Dom  f    x  ℝ; x  2 ou x  3 
  , 3   3, 2    2,   .

Exercício 33. Considere a função definida por f  t   3 2t  1 .


Determine seu domínio.

Resolução.
A representação algébrica que define a função apresenta uma
composição de uma função linear com a extração de uma raiz
cúbica. Como o índice da raiz não é um número par, não
haverá problemas advindos da expressão 2t  1 ser negativa. A
função pode ser calculada em todos os números reais,
escrevemos isso em sentença matemática da seguinte maneira:

Dom  f   ℝ .

Exercício 34. Considere a função definida pela expressão


f  a   3  a  2  a . Determine seu domínio.

Resolução.

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A representação que define a função apresenta raízes de índice


par. Devemos exigir que os radicandos sejam positivos ou
iguais a zero.

3 a  0  3  a .
e
2  a  0  a  2 .
Então o domínio da função é o intervalo fechado:
Dom  f    2,3  a  ℝ; a  2 e a  3 .

Exercício 35. Considere a função definida por


1
f  x  . Determine seu domínio.
4
x  5x
2

Resolução.
A representação que define a função apresenta o cálculo de
uma raiz de índice 4, que é um número par. Tal operação só
pode ser executada se o radicando for positivo ou nulo. A
condição de existência de tal operação é, portanto,

x2  5x  0 .

Mas vemos que essa raiz de índice 4 está no denominador, para


que a operação de inversão seja possível, devemos exigir que
tal denominador seja diferente de zero. Assim, juntamos tal
exigência com a exigência anterior e escrevemos a condição de
existência da expressão que define a função como:

x2  5x  0 .

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Precisamos saber quando a expressão x 2  5 x se anula.

x 2  5 x  0  x  x  5   0  x  0 ou x  5 .

A expressão estudada é a de uma função quadrática


y  x 2  5x .

Então a expressão será maior que zero no exterior das duas


raízes encontradas. Lembre que a concavidade da parábola de
expressão y  x 2  5x é para cima, então nos pontos situados
entre as raízes a expressão é negativa.

Assim, a função só poderá ser calculada em números reais


estritamente inferiores a 0 e estritamente maiores que 5.
Podemos escrever isso em sentença matemática da seguinte
maneira:

Dom  f    x  ℝ; x  0 ou x  5 .

Outra notação para escrevermos o domínio é:

(, 0)  (5, ) .

Obs. Caso você não se lembre dos sinais de uma expressão


quadrática, ou tenha dúvidas, faça o teste: Escolha um ponto
em cada intervalo determinado pelas raízes e avalie a função.
Nesse caso, escolha um ponto à esquerda de zero, um entre
zero e 5 e um maior que 5.

Por exemplo, digamos que você escolha x  1 , x  3 e


x  10 .
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Você deveria calcular os valores:


f  1   1  5  1  1  5  6 ;
2

f  3   3  5  3  9  15  4 ;
2

f 10   10   5 10   100  50  50 ;


2

Com essas escolhas você verificaria que à esquerda de x  0 o


sinal da expressão y  x 2  5x é positivo, entre x  0 e x  5 o
sinal de y  x 2  5x é negativo e à direita de x  5 o sinal da
expressão y  x 2  5x é positivo. Assim, você decidiria que a
função pode ser calculada nos intervalos (, 0)  (5, ) .

Exercício 36. Considere a função definida pela expressão


u 1
f u   . Determine o domínio.
1
1
u 1

Resolução.
Devemos modificar a grafia da expressão algébrica que define
a função para que vejamos qual é a expressão do denominador.

 u  1
2
u 1 u 1
f u     .
1 u 11 u  2
1
u 1 u 1

A condição de existência da última expressão é que:

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u  2  0  u  2 .

Então Dom  f   ℝ  2 .

Exercício 37. Considere a função definida pela expressão


f  p   2  p . Determine o domínio.

Resolução.
Devemos exigir duas condições de existência da expressão.

Devemos exigir que p  0 para que faça sentido a expressão


p e devemos exigir que 2  p  0 já que esta expressão é o
radicando de uma raiz quadrada.

Temos: 2  p  0  2  p .
Então, p tem de ser positivo ou nulo e ser menor ou igual a 4.
Escrevemos assim que Dom  f    0, 4 .

Exercício 38. Considere a função definida pela expressão


f  x   4  x 2 . Determine o domínio e esboce o gráfico da
função.

Resolução.
Vamos escrever a expressão que define a função da seguinte
maneira:

y  4  x2 .

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Se elevarmos os dois lados da igualdade ao quadrado,


obteremos a expressão y 2  4  x 2 , que pode ser vista como
x 2  y 2  4 . Esta última é a equação da circunferência de
centro  0, 0  e de raio igual a 2.

Mas o gráfico identificado com os pontos do plano cartesiano


que satisfazem a equação y  4  x 2 não são todos os pontos
da circunferência. Perceba que na equação y  4  x 2 valores
negativos de “y” não tornam tal equação verdadeira, ou seja, só
ordenadas positivas podem tornar tal a equação y  4  x 2
verdadeira.

A condição de existência da expressão 4  x 2 fornece que


isso só tem sentido quando x pertence ao intervalo  2, 2 .
Esse é o domínio da função.

Assim, o gráfico de f  x   4  x 2 é a parte da circunferência


identificada com a equação y  4  x 2 na qual as ordenadas
“y” são positivas ou nulas.

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Exercício 39. Considere a função definida pela expressão


f  x   2   0.4  x . Determine seu domínio e esboce o gráfico.

Resolução.
A expressão que define a função é uma expressão linear e não é
necessário exigir nenhuma condição de existência para ela. A
4
expressão 2  x pode ser calculada para qualquer número
10
real x. O domínio da função é o conjunto de todos os números
reais. Dom  f   ℝ .

O gráfico dessa função linear é uma reta.


Quando x  0 obtém-se y  2 . Então o ponto  0, 2  pertence
ao gráfico da função.
Quando y  0 obtém-se x  5 . Então o ponto  5, 0  pertence
ao gráfico da função.

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Exercício 40. Considere a função definida pela expressão


f  x   x 2  2 x  1 . Determine o domínio e esboce o gráfico.

Resolução.
A expressão que define a função é polinomial de grau dois.
Não há necessidade de exigirmos nenhuma condição de
existência, a expressão x 2  2 x  1 pode ser calculada para
qualquer numero real. O domínio da função é Dom  f   ℝ .

Calculamos as raízes:
   2   4 11  0 ;
2

  2 
r  1 . Apenas uma raíz. Concavidade para cima. Todo
2
o gráfico situa-se no semiplano das ordenadas positivas ou
nulas. (semiplano de equação y  0 ).

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Exercício 41. Considere a função definida por f  t   2t  t 2 .


Determine o domínio e esboce o gráfico da função.

Resolução.
A representação algébrica da função traz uma expressão
polinomial. Neste caso, não há condições de existência que
deveriam ser impostas para que a função pudesse ser calculada.
Ou seja, a função pode ser calculada para todos os números
reais. Para qualquer número real será possível calcular seu
dobro e adicionar com seu quadrado. Assim, o domínio é:

Dom  f   ℝ .
Procuremos as raízes.
f  t   0  2t  t 2  0  t  2  t   0 .

Tal produto será zero quando algum dos fatores for nulo. Por
isso, a função se anula quando t  0 e quando t  2 . A

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concavidade do gráfico será para cima. O esboço da função


pode ser traçado com tais informações.

Aqui, usaremos o Geogebra para esboçar o gráfico.

4  x2
Exercício 42. Considere a função definida por f  x   .
2 x
Determine o domínio e esboce o gráfico da função.

Resolução.
Devemos prestar atenção ao denominador. A condição de
4  x2
existência da expressão é que se tenha x  2 , caso
2 x
contrário a expressão não terá sentido. Então o domínio da
função será o conjunto dos números reais diferentes de 2.
Dom  f    , 2    2,    ℝ  2 .

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A expressão do numerador é uma diferença de números


quadrados.

4  x 2  22  x 2   2  x  2  x  .

Então para números x diferentes de 2 podemos efetuar o


cancelamento.

4  x2  2  x   2  x 
  2 x .
2 x 2 x

Então o gráfico da função será composto de duas semirretas.


Para desenhá-lo, você pode traçar a reta de equação y  2  x e
apagar o ponto relativo à x  2 que será  2, 4  .

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Exercício 43. Considere a função definida por g  x   x  5 .


Determine o domínio e esboce o gráfico da função.

Resolução.
A expressão que define a função apresenta o cálculo de uma
raiz quadrada. Será necessário exigir que o radicando seja
superior ou igual a zero.

Condição de existência: x  5  0 .
A condição anterior ocorre se e somente se: x  5 .
Então a função só poderá ser calculada para números reais
maiores ou iguais a 5. Podemos escrever isso em sentença
matemática da seguinte maneira:

Dom  f    x  ℝ; x  5 .

Ou, podemos escrever: Dom  f   [5, ) .

Para esboçar o gráfico da função devemos relembrar que esse


gráfico é parte de uma parábola, só que essa parábola tem eixo
de simetria igual ao eixo dos xx, em linguagem coloquial
falamos que tal parábola “está deitada”. Essa informação pode
ser obtida se elevarmos ambos os membros da igualdade que
define a função.

y  x  5  y2  x  5  x  y2  5 .

Traçamos levemente o local dessa parábola. Ela está “deitada”,


tem vértice no ponto 5, 0 e tem concavidade voltada para a
direita. O gráfico será, na verdade, apenas a parte superior
dessa parábola (parte mostrada em azul).
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Observação: De maneira geral, se você deseja esboçar o


gráfico de uma função definida por y  (expressão) . Eleve os
dois lados da igualdade ao quadrado e tente esboçar a curva
resultante. A parte superior de tal curva, isto é, a parte situada
no primeiro e no segundo quadrantes é o gráfico originalmente
considerado.

Exercício 44. Considere a função definida por f  x   2 x  1 .


Determine o domínio e esboce o gráfico da função.

Resolução.
A expressão que define a função pode ser calculada para
qualquer número real. O domínio dessa função é o conjunto
dos números reais. Dom  f   ℝ .
Perceba que o resultado das “contas” que a função faz, ou seja,
as imagens serão apenas números positivos ou nulos.
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Se a definição fosse dada pela expressão y  2 x  1 o gráfico


seria igual à reta de equação y  2 x  1 .

Tal reta corta o eixo das abscissas quando o valor de “y” for
igual a zero.
Resolvemos, então, a equação 0  2 x  1 para “x”.

1
0  2x  1  x   .
2
O coeficiente angular da reta de equação y  2 x  1 é 2,
 1 
positivo, então a reta é crescente e passa pelo ponto   , 0  .
 2 

Mas, como se calcula o valor absoluto da expressão y  2 x  1 ,


rebatemos a parte da reta de equação y  2 x  1 situada no
semiplano das ordenadas negativas tornando essa parte
positiva. Efetuamos uma reflexão da parte contida no
semiplano y  0 em torno do eixo das abscissas. O gráfico tem
o aspecto mostrado a seguir.

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3x  x
Exercício 45. Considere a função definida por G  x   .
x
Determine o domínio e esboce o gráfico da função.

Resolução.

A expressão que define a função evolve um quociente. O


cálculo de um quociente só pode ser realizado se o
denominador for diferente de zero, então devemos exigir a
seguinte condição de existência para G:

x  0.

A função só poderá ser calculada em números reais que sejam


diferentes de zero. Essa informação pode ser escrita em
sentença matemática como:

Dom  f   ℝ  {0} .

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Devemos nos lembrar de como é definida a função valor


absoluto. Ela é uma transformação que a cada número real
positivo associa esse mesmo número, e que para cada número
real negativo associa seu oposto (positivo). A escrita
matemática de tal definição é:

 x se x  0
x  .
 x se x  0

Então, como a função valor absoluto envolvida na expressão do


exercício é definida mediante duas sentenças, devemos fazer o
mesmo para concluirmos a resolução desse exercício.

Consideremos x  0 . Lembre, não podemos calcular a função


em x  0 . Nesses números o valor absoluto é igual ao próprio
número, ou seja, x  x . Assim, na expressão do exercício
podemos escrever o seguinte:

3x  x 3x  x 4 x
Se x  0 então G  x      4.
x x x

Consideremos x  0 . Nesses números o valor absoluto é igual


ao seu oposto, que é positivo. Assim, na expressão do exercício
podemos escrever o seguinte:
3x  x 3x  x 2 x
Se x  0 então G  x      2.
x x x

Assim, podemos reescrever a expressão destacando o domínio:

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4 se x  0
G : ℝ  {0}  ℝ ; G  x    .
2 se x  0

O esboço do gráfico consiste em duas semirretas horizontais


mostradas na seguinte ilustração.

Exercício 46. Considere a função determinada pela expressão


f  x   x  x . Determine seu domínio e esboce o gráfico.

Resolução.
A expressão que define a função pode ser calculada para
qualquer número real. Dom  f   ℝ .

Pensemos nas duas possibilidades para x .


Se x  0 tem-se x  x , então f  x   x  x  x  x  0 .
Se x  0 tem-se x   x , então f  x   x  x   x  x  2 x .
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Mas observemos que para x  0 o valor de 2x é positivo. Por


exemplo, f  5  10 , f  2   4 etc. O gráfico da função é
mostrado a seguir.

Exercício 47. Considere a função definida pela expressão


 x  2 se x  0
f  x   . Determine seu domínio e esboce seu
1  x se x  0
gráfico.

Resolução.
As expressões que definem a função podem ser calculadas para
qualquer número real dentro das respectivas condições escritas
em cada uma das linhas da definição.
Ou seja:
A expressão x  2 pode ser calculada para todos os números
reais menores que zero.
A expressão 1  x pode ser calculada para todos os números
reais maiores ou iguais a zero.
Portanto, Dom  f   ℝ .
O gráfico dessa função será composto por duas semirretas.
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No semiplano x  0 desenhamos a semirreta de equação


y  x  2 e no semiplano x  0 desenhamos a semirreta de
equação y  1  x .

Observe que o ponto  0,1 pertence ao gráfico, mas o ponto


 0, 2  não pertence.

Exercício 48. Considere a função definida pela expressão


 x
3  se x  2
f  x   2 . Determine seu domínio e esboce seu
2 x  5 se x  2
gráfico.

Resolução.
As duas expressões que definem a função podem ser calculadas
para qualquer número real dentro das restrições de cada linha.
Portanto, o domínio dessa função é o conjunto de todos os
números reais. Dom  f   ℝ .
O gráfico dessa função é composto de duas semirretas.

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No semiplano x  2 devemos esboçar a reta de equação


x
y  3 .
2
No semiplano x  2 devemos esboçar a reta de equação
y  2x  5 .

Observe que quando x  2 devemos calcular a imagem pela


linha superior da definição. Então o ponto  2, 2  pertence ao
gráfico, mas o ponto  2, 1 não pertence ao gráfico.

Exercício 49. Considere a função definida pela expressão


 x  2 se x  1
f  x   2 . Determine seu domínio e esboce seu
x se x  1
gráfico.

Resolução.
As duas expressões que definem a função são possíveis de
serem calculadas em qualquer número real dentro das

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respectivas restrições. Então o domínio é o conjunto de todos


os números reais. Dom  f   ℝ .
No semiplano x  1 devemos esboçar a reta de equação
y  x2.
No semiplano x  1 devemos esboçar parte da parábola de
equação y  x 2 .

Observe que quando x  1 devemos calcular a imagem pela


expressão linear. Então o ponto 1,3 pertence ao gráfico, mas
o ponto 1,1 não pertence.

Exercício 50. Considere a função definida pela expressão


x  9 se x  3

f  x    2 x se x  3 . Determine seu domínio e esboce
 6 se x  3

seu gráfico.
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Resolução.
As três expressões que definem a função são possíveis de
serem calculadas para qualquer número real dentro das
respectivas restrições. Assim, o domínio da função é o
conjunto dos números reais, Dom  f   ℝ .

No semiplano x  3 devemos esboçar a reta de equação


y  x9.
Na faixa delimitada entre as retas verticais de equações x  3
e x  3 devemos esboçar a reta de equação y  2 x .
No semiplano x  3 devemos esboçar a reta horizontal de
equação y  6 .

Observe que quando x  3 calculamos a imagem da seguinte


maneira: f  3  2  3  6 . Portanto, o ponto  3, 6 
pertence ao gráfico, mas o ponto  3, 6  não pertence.

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Exercício 51. Determine qual é a definição da função que


possui gráfico igual ao segmento de reta que liga o ponto
1, 3 ao  5, 7  .
Resolução.
Vamos esboçar tal gráfico.
Aqui, usamos o Geogebra para nos auxiliar.

Observe que o esboço aqui mostrado não preserva as escalas


dos dois eixos coordenados. Portanto não se deixe enganar pela
intuição do segmento se apresentar “mais ou menos” com uma

“inclinação” de , nosso “antigo amigo 45 graus”.
4

Precisamos descobrir a equação da reta cujo segmento é


mostrado. Tal reta passa pelos pontos fornecidos, então
podemos calcular seu coeficiente angular.

y y2  y1
m  .
x x2  x1

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Escolhemos para  x1 , y1  o ponto 1, 3 e para  x2 , y2  o


ponto  5, 7  . Assim:

y y2  y1 7   3 10 5
m     .
x x2  x1 5 1 4 2

Escolhemos, para montar a equação, o ponto  5, 7  .

Então y  y0  m  x  x0  torna-se:

5 5 25 5 25  14
y7   x  5  , ou y  x   7  x  .
2 2 2 2 2

Assim podemos escrever que a função cujo gráfico é o


sugerido é definida por:

5 11
f : 1,5  ℝ ; f  x   x .
2 2

Observe que é necessário que consideremos a variação de “x”


como domínio da função. Se isso não for feito, o gráfico será a
reta toda, e só desejamos que o segmento seja identificado com
o gráfico da função linear.

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Exercício 52. Determine a expressão algébrica que define a


função cujo gráfico é o segmento de reta que une os pontos
 5,10  e  7, 10  .
Resolução.
Vamos esboçar o gráfico com o auxílio do Geogebra.

Como observado na resolução anterior, não podemos confiar


em nossa visão para determinar o coeficiente angular da reta
que passa pelos dois pontos.

Se a reta passa pelos pontos fornecidos, então seu coeficiente


angular pode ser calculado.

y y2  y1
m  .
x x2  x1

Escolhemos para  x1 , y1  o ponto  5,10  e para  x2 , y2  o


ponto  7, 10  . Assim:

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y y2  y1  10   10  20 5


m     .
x x2  x1 7   5  12 3

Escolhemos, para montar a equação, o ponto  5,10  .

Então y  y0  m  x  x0  torna-se:

5 5 25 5 25  30
y  10    x  5 , ou y   x   10   x  .
3 3 3 3 3

Assim podemos escrever que a função cujo gráfico é o


sugerido é definida por:

5 5
f :  5, 7  ℝ ; f  x    x  .
3 3

Como observado na resolução anterior, é necessário que


consideremos a variação de “x” como domínio da função. Se
isso não for feito, o gráfico será a reta toda, e não desejamos
isso.

Exercício 53. Determine a expressão algébrica que define a


função cujo gráfico é a parte superior da parábola que possui
equação x   y  1  0 .
2

Resolução.
Vamos reescrever a equação da seguinte forma.

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x    y  1 .
2

Dessa maneira, percebemos que apenas valores negativos de x


pertencem à parábola. Ou seja, a parábola está situada no
semiplano x  0 .

Quando y  1 tem-se x  0 . O ponto  0,1 pertence à


parábola.

Quando y  2 tem-se x  1 ; quando y  0 tem-se x  1 . Os


pontos  1, 2  e  1, 0  pertencem à parábola.

Quando y  3 tem-se x  4 ; quando y  1 tem-se x  4 .


Os pontos  4,3 e  4, 1 pertencem à parábola.

Um esboço da parábola está a seguir.

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O enunciado pede que determinação da função cujo gráfico é


apenas a parte (“metade”) superior da parábola ilustrada acima.

Da equação x    y  1 podemos deduzir que y  1    x


2

ou ainda que y  1   x .

A expressão da função cujo gráfico é a parte superior da


parábola é f  x   1   x .

Perceba que está tudo certo com o sinal negativo “dentro” da


raiz. Se x  0 então seu oposto satisfaz  x  0 . Assim, temos,
por exemplo:
f  0  1  0  1 ;
f  1  1  1  2 ;
f  9   1  9  4 etc.

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Exercício 54. Determine a expressão algébrica que define a


função cujo gráfico é a parte superior da circunferência que
possui equação x 2   y  2   4 .
2

Resolução.
Lembre-se a equação padrão fatorada é
 x  x0    y  y0 
2 2
r . 2

Então, a equação fornecida nos indica que o centro da


circunferência é o ponto  0, 2  e que o raio é 2.

O enunciado se refere à parte superior (semicircunferência


superior) mostrada a seguir.

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Para obter “y” como uma variável que dependa de “x”,


isolamos a variável “y”.

x2   y  2  4   y  2
2 2
 4  x2  y  2   4  x2 

y   4  x2  2 .

Observamos na ilustração anterior que todas as ordenadas dos


pontos que pertencem à semicircunferência superior são
superiores a 2. Devemos considerar o sinal positivo na
expressão da raiz quadrada.

A expressão algébrica que define a função cujo gráfico é


exibido na ilustração anterior é f  x   4  x 2  2 e seu
domínio é o intervalo Dom  f    2, 2 .

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Exercício 55. Considere a função cujo gráfico é mostrado no


esboço a seguir.

Determine a sua definição algébrica.

Resolução.
Observemos, primeiramente, a variação de “x”.
Tal variação é identificada com o intervalo  0,5 .
Esse deverá ser o domínio da função.
Mas existe um problema a mais para ser resolvido, o gráfico
apresentado é composto de dois segmentos de reta.
Sabemos que podemos descobrir a definição algébrica de uma
função que possua gráfico identificado com um segmento de
reta, mas o gráfico mostrado possui dois segmentos.
Notamos que o primeiro segmento de reta liga o ponto  0,3
ao ponto  3, 0  e o segundo segmento liga o ponto  3, 0  ao
ponto  5, 4  .

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Para resolver isso, devemos considerar a função definida em


duas sentenças. Faremos a definição considerando “x” entre 0 e
3 e depois considerando “x” entre 3 e 5.
Com essa escolha, usaremos procedimento semelhante ao
utilizado para resolver o exercício anterior, uma vez para cada
segmento.

Vamos determinar a equação da reta que passa por  0,3 e por


 3, 0  .
O coeficiente angular pode ser calculado como:

y y2  y1 0  3 3
m     1 .
x x2  x1 3  0 3

Escolhemos o ponto  3, 0  para montar a equação da reta.

A expressão y  y0  m  x  x0  torna-se:
y  0   1 x  3  y   x  3 .

A equação da reta é y   x  3 , mas se queremos que o gráfico


seja o primeiro segmento devemos considerar a restrição do
domínio ao segmento  0,3 , variação de “x”.

Parte do gráfico fornecido é gráfico da função:

f1 :  0,3  ℝ ; f1  x    x  3 .

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Vamos determinar a equação da reta que passa por  3, 0  e por


 5, 4  .
O coeficiente angular pode ser calculado como:

y y2  y1 4  0 4
m     2.
x x2  x1 5  3 2

Escolhemos o ponto  3, 0  para montar a equação da reta.

A expressão y  y0  m  x  x0  torna-se:
y  0   2  x  3  y  2 x  6 .

A equação da reta é y  2 x  6 , mas se queremos que o gráfico


seja o segundo segmento, devemos considerar a restrição do
domínio ao segmento 3,5 , variação de “x”.

Parte do gráfico fornecido é gráfico da função:

f1 :  3,5  ℝ ; f1  x   2 x  6 .

Então a função procurada é definida por:

 x  3 se x   0, 3

f  x   .
2 x  6 se x  3,5

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Exercício 56. Considere a função cujo gráfico é mostrado no


esboço a seguir.

Determine sua definição algébrica.

Resolução.
Vamos considerar que os traços mostrados na figura não se
estendam para além do que pode ser visualizado. Sendo assim,
o domínio da função é o intervalo  4, 4 .

Percebemos que sobre o intervalo  4, 2 o gráfico é um


segmento de reta. Tal segmento liga os pontos  4,3 e
 2,0  . Então, o coeficiente linear da reta que é a reta suporte
do segmento pode ser calculado da seguinte maneira.

y 03 3 3
m    .
x 2   4  2 2

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Escolhemos, por exemplo, o ponto  2,0  como ponto no qual


sabemos que a reta passa. Assim a equação da reta é:

3 3
y 0  
2
 x   2   ou y   x  3 .
2

A definição algébrica dessa parte da função é:

3
f :  4, 2   ℝ; f  x    x  3 .
2

Sobre o intervalo  2, 2 visualizamos que essa parte do


gráfico é uma semicircunferência de centro  0, 0  e raio 2.
A equação da circunferência é  x  0    y  0   2 2 .
2 2

Somente a parte superior dela respeita a equação y  4  x 2 .

Como já estamos considerando a outra parte da definição


global da função sobre o intervalo  4, 2 vamos considerar
que a expressão que define a função nessa parte “do meio” do
gráfico seja definida sobre o intervalo aberto.
A definição algébrica dessa parte da função é:

g :  2, 2   ℝ; g  x   4  x 2 .

Sobre o intervalo  2, 4 visualizamos que o gráfico é um


segmento de reta que une o ponto  2, 0  ao ponto  4,3 .
O coeficiente angular da reta suporte desse segmento é:

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30 3
m  .
42 2

Escolhemos o ponto  2, 0  para escrevermos a equação da reta.

3 3
y 0   x  2  y  x  3 .
2 2

Então, vamos considerar que essa parte da função seja definida


sobre o intervalo fechado.

3
h :  2, 4  ℝ; h  x  
x3.
2
A definição global da função pode ser escrita da seguinte
maneira:

 3
 2 x  3 se x   4, 2

F :  4, 4  ℝ dada por F  x    4  x 2 se x   2, 2  .
3
 x3 se x   2, 4
 2

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Exercício 57. Considere um retângulo que possui perímetro de


20 metros. Expresse a área desse retângulo em função da
medida do comprimento de um de seus lados.

Resolução.
Vamos admitir que as medidas dos lados desse retângulo sejam
a metros e b metros.
A área desse retângulo é obtida como A  a  b .
O enunciado do problema fornece uma condição auxiliar, ele
diz que 2a  2b  20 . Dessa equação extraímos a expressão de
b: 2a  2b  20  b   20  2a  / 2 , ou seja, b  10  a .

Substituiremos tal expressão de b na fórmula da área. Assim


obtemos a expressão da área em função da medida de um lado
do retângulo.

A  a   a 10  a   10a  a 2 .

A expressão da área como função da medida de um lado


fornece uma expressão quadrática para a definição da função.
As raízes são zero e 10. O gráfico tem sua concavidade voltada
para baixo.

O esboço do gráfico da função área é mostrado a seguir.

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E abaixo do eixo das abscissas, não existe traço do gráfico? A


parábola não continua indefinidamente?

A resposta é não. Na constituição do problema, a variável a é


uma medida de comprimento, sendo então, sempre positiva.
Assim não existe continuação do gráfico à esquerda de a  0 .

A variável a pode ser maior que 10 unidades?


Não, não pode, pois o perímetro do retângulo é 20 metros. Se
você considerar que um dos lados mede 10 metros, o outro
deve necessariamente ter medida nula, consequentemente, a
área é nula. Se o perímetro é de 20 metros não se pode ter um
lado de medida maior que 10 metros.

Portanto, o domínio da função área é o intervalo  0,10 e o


gráfico é apenas a parte da parábola mostrada anteriormente.

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Exercício 58. Considere um retângulo que possua área de


medida 16 metros quadrados. Expresse o perímetro do
retângulo em função da medida de um de seus lados.

Resolução.
Vamos denotar as medidas dos lados de tal retângulo por a e b.
Temos a informação de que a  b  16 .
O perímetro pode ser calculado pela expressão P  2a  2b .
Para expressar o perímetro em função da medida de um dos
16
lados podemos escrever que b  e substituir tal expressão
a
na do perímetro.

16 32
P  a   2a  2
 2a  .
a a
Essa é a função que fornece o perímetro em função da medida
de um dos lados.

O gráfico dessa função é um ramo de hipérbole. O esboço está


mostrado a seguir.

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O valor mínimo do perímetro ocorre quando um lado tem


medida 4 metros, consequentemente a medida do outro lado
também é 4 metros.

Perceba que o domínio é (0, ) .


A medida a não pode ser nula, senão não existe área
mensurável.
A medida a pode se estender indefinidamente, nesse caso,
quanto maior for a menor será a medida b do outro lado.

Exercício 59. Considere um triângulo equilátero. Expresse a


área desse triângulo em função da medida de um de seus lados.

Resolução.
Sabemos que altura h de um triângulo equilátero de lado com
3
medida l é igual a h  l .
2
Sabemos também que a área de um triângulo de base de
1
medida l e altura h é igual a A  l  h .
2

Substituímos a expressão de h na fórmula da área e obtemos a


expressão da função.

1 1 3 3 2
A l   l  h  l l  l .
2 2 2 4

Observamos que a expressão da área em função da medida do


lado é uma expressão quadrática, mas o domínio de tal função

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é [0, ) já que l designa a medida de um lado, portanto assume


apenas valores positivos.

Exercício 60. Considere um cubo. Expresse a área superficial


do cubo em função da medida de seu volume.

Resolução.
Vamos assumir que a aresta do cubo tem medida a.
O volume é expresso como V  a 3 .
A área superficial é a soma da área de seis faces, logo,
podemos escrever A  6a 2 .

Precisamos expressar A em função de V.


Como V  a 3 temos a  3 V .
Então podemos expressar a área superficial em função de V.

 V
2
A V   6 3
 6V .
3

A expressão é a de uma função racional.

O esboço do gráfico é mostrado a seguir.

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Exercício 61. Considere uma caixa retangular de base


quadrada sem tampa com volume igual a 2 metros cúbicos.
Expresse a área superficial dessa caixa em função da medida de
um de seus lados da base.

Resolução.
Vamos considerar que a medida do lado da base quadrada é a.
Vamos considerar que a altura da caixa é h.
O enunciado diz que o volume é de 2 metros cúbicos. Como o
volume pode ser calculado como V  a 2  h temos que 2  a 2 h .

A caixa não tem a tampa superior, portanto a área superficial é


composta de um fundo com superfície de a 2 metros quadrados
e mais quatro faces com superfície de ah metros quadrados.
Podemos escrever:
S  a 2  4ah .

2
Temos que 2  a 2 h  h  .
a2

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Então, podemos expressar a área superficial da caixa em


função da medida da aresta da base por substituição.

2 8
S  a 2  4ah  a 2  4 2
 a2  2 .
a a

A função desejada é definida como:

8
S  a   a2 com a   0,   , já que é uma medida de
a2
comprimento.

Obs. O enunciado não pede que você desenhe o gráfico. Mas


só para se ter a ideia do comportamento dessa função,
mostramos na seguinte figura o esboço feito no Geogebra.

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Exercício 62. Considere uma


pequena janela como a ilustrada ao
lado. Considere que tal janela tenha
perímetro de 3 metros. Expresse a
área abrangida pela janela em função
da medida de sua largura x.

Resolução.
Vamos considerar que a medida da lateral (retilínea) da janela
seja igual a y metros.
x
Observamos que o raio do arco superior é igual a metros.
2
Assim, o comprimento do arco superior é:
1 1 x 1
C   2 r    2    x .
2 2 2 2

O perímetro da janela é expresso como:

  2
P  x  2y  C  x  2y  x  2y  x.
2 2

A área da janela é a soma da área do retângulo de lados x e y


x
com a área do semicírculo de raio :
2

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1 1 x2 x2
A  xy   r 2  xy    xy   .
2 2 4 8
Como o enunciado nos informa que o perímetro é igual a 3
metros, conseguimos explicitar y da seguinte maneira.

 2  2 3  2
3  2y  x  2y  3 x y  x.
2 2 2 4

Assim, a área se expressa só em função de x.

x2 3  2   2
A  xy    x  x  x
8 2 4  8

3  2 2  2 3   2  4 2
 x x  x  x x
2 4 8 2 8

3   4 2
 A x  x x .
2 8

Essa é uma função quadrática, seu gráfico é uma parábola com


concavidade voltada para baixo. Com o Geogebra podemos
visualizar a parábola.

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Percebemos que uma das raízes é zero e a outra e


aproximadamente 1.68.
Devemos considerar como domínio da função área os números
reais situados entre as duas raízes?
A resposta é não!
Perceba que quando a medida x é nula, existiriam apenas as
arestas laterais de medida y e nenhum arco. Podemos
compreender matematicamente que a área seria igual a zero, já
que gastaríamos todos os 3 metros de perímetro apenas com
dois segmentos verticais. Uma janela feita assim, não
iluminaria em nada a sua sala.
Imagine agora que você diminui a medida da aresta vertical y
até que ela seja nula. Nessa condição você gasta um tanto dos 3
metros do perímetro para construir a base de medida x0 e os
restantes 3  x0 metros para construir o arco.

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Como o comprimento do arco (semicircunferência) é C  x0
2

temos que considerar que 3  x0  x0 , o que implica em
2
  6
  1 x0  3 e consequentemente que x0   1.1669 .
2   2

Quando x  x0 a janela se reduz a uma janela semicircular.

Então a função que fornece a área da janela tem domínio


3   4 2
 0, x0  e é expressa como A  x   x  x .
2 8

Seu gráfico é mostrado em destaque (negrito) na ilustração


anterior.

Exercício 63. Considere uma caixa retangular construída a


partir de uma cartolina 20cm x 12cm na qual são retirados
quatro pequenos quadrados de lados x cm nos cantos do papel.

Expresse o volume da caixa em função da medida x.


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Resolução.
Pensemos na medida do fundo da caixa.
Na lateral de 20 cm foram retirados 2x cm.
Na lateral de 12 cm foram retirados 2x cm.
Então a medida da área do fundo da caixa é igual a
12  2 x  20  2 x  centímetros quadrados.
A profundidade da caixa é de x cm.
Podemos expressar o volume da caixa como

V  x   12  2 x  20  2 x  x .

ou
V  x   240 x  64 x 2  4 x 3 .

Qual é o domínio da função?


A variável x pode ser qualquer número real?
A expressão que define a função está correta é uma expressão
cúbica, mas observe o lado de medida 12cm.

A medida x pode variar entre 0 e 6cm apenas.


Assim,
V :  0, 6  ℝ; V  x   240 x  64 x 2  4 x 3 .

O esboço da cúbica está mostrado na seguinte figura. O gráfico


está mostrado em linha contínua.

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Exercício 64. Você adquiriu um plano de celular que custa 35


reais por mês. A mensalidade inclui 400 minutos de franquia e
10 centavos para cada minuto adicional. Expresse o custo de
uso do celular nesse plano em função da quantidade de minutos
utilizados. Esboce o gráfico da função para a quantidade de
minutos entre 0 e 600 minutos.

Resolução.
A função C  x  que expressa o custo deve satisfazer o
seguinte:

Para x   0, 400 deve-se ter C  x   35 .


1
Se x  401 deve-se pagar C  401  35  1 ;
10
1
Se x  402 deve-se pagar C  402   35   2  ;
10
1
Se x  503 deve-se pagar C  503  35  (103) e assim por
10
diante.

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1
Ou seja, se x  (400, ) tem-se C  x   35   x  400  .
10

Podemos expressar a função custo definindo-a por partes da


seguinte maneira:

35 se x   0, 400

C  x   1 .
35   x  400  se x  400
 10

O gráfico da função custo sobre o intervalo  0, 600 é mostrado


a seguir.

Percebe-se, então que se forem usados 600 minutos no mês o


1
preço a pagar será de C  600   35  (200)  35  20  55
10
reais. A operadora desse plano é excelente.

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Exercício 65. Suponha que em certo estado dos EUA a


velocidade máxima permitida nas rodovias é de 65 milhas por
hora e a velocidade mínima permitida é de 40 milhas por hora.
A multa por violar essas velocidades é de 15 dólares a cada
milha a mais que a velocidade máxima ou a cada milha a
menos que a velocidade mínima. Expresse a multa em função
da velocidade. Esboce o gráfico dessa função multa para as
velocidades entre zero e 100 milhas por hora.

Resolução.
Vamos denotar a multa quando a velocidade é v por M  v 
Se v  66 tem-se M  66   15  66  65  15 1  15 .
Se v  70 tem-se M  70   15  70  65  15  5  75 .
Se v  76 tem-se M  76   15  76  65  15 11  165 .
Então, se v  (65, ) tem-se M  v   15  v  65 .

Se v  39 tem-se M  39   15  40  39   15 1  15 .
Se v  47 tem-se M  27   15  40  27   15 13  195 .
Então, se v  (0, 40) tem-se M  v   15  40  v  .

Finalmente, se v   40, 65 tem-se M  v   0 , já que se está


dentro dos limites de velocidade permitidos.

A definição pode ser resumida da seguinte maneira.

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15  40  v  se v  (0, 40)



M  v   0 se v   40, 65
15  v  65  se v  (65, )

Um esboço do gráfico da função multa está a seguir.

Exercício 66. Considere que a taxa mensal de conexão à rede


da Copel seja de 20 reais fixos. Cada quilowatt-hora que for
consumido até a marca de 1200 kWh custa 20 centavos. Cada
kWh consumido além dos 1200 kWh custa 50 centavos.
Expresse o custo mensal em função da quantidade de
quilowatts-hora consumidos. Esboce o gráfico dessa função
sobre o intervalo  0, 2000 .

Resolução.
Percebemos que: se T denota a taxa mensal, então T  0   20 .
20 37
Se x  37 tem-se T  37   20  37  20  .
100 5

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948
Se x  948 tem-se T  948   20  e assim por diante.
5
x
Se x  (0,1200] então T  x   20  .
5

1200
Quando se atinge 1200 o custo é T 1200   20  .
5

50
Quando se ultrapassa 1200 deve-se adicionar a cada
100
unidade. Então:

1200 50
Se x  1300 então T 1300   20   1300  1200  .
5 100

1200 1700  1200 


Se x  1700 então T 1700   20   .
5 2

E assim por diante. Podemos generalizar e escrever uma


expressão para consumo superior a 1200:

1200  x  1200 
Se x  (1200, ) então T  x   20   .
5 4

Resumidamente, podemos definir a função por partes da


seguinte maneira:

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 x
20  5 se x   0,1200
T  x   .
20  1200  x  1200 se x  1200
 5 2

Um esboço do gráfico dessa função está a seguir.

Observe que T  0   20 .

Exercício 67. Considere que o imposto de renda no país das


maravilhas seja definido da seguinte maneira: Até a renda de
10.000 unidades monetárias por ano o contribuinte é isento.
Rendimentos anuais acima de 10.000 até o limite de 20.000
unidades pagam 10% de imposto. Os rendimentos superiores a
20.000 unidades são taxados em 20%. Expresse o imposto de

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renda em função da renda anual. Esboce o gráfico do imposto


em função da renda anual.

Resolução.
Vamos denotar como P  x  o imposto a ser pago ao fisco
quando se tem rendimentos de x unidades monetárias anuais.

O intervalo de isenção fornece a definição da primeira parte da


função.

Para x   0,10.000 tem-se P  x   0 .

Se x  (10.000, 20.000] deve-se pagar 10% de imposto, então


x  10.000
P  x  .
10

Se, por exemplo, o rendimento for de 14000 unidades o


14000  10000 4000
imposto a pagar é P 14000     400 .
10 10

Sobre a quantia que ultrapassar 20.000 deve-se recolher 20%,


ou seja:

Se x  (20.000, ) tem-se
20.000  10.000 x  20.000 x  20.000
P  x    1000  .
10 5 5

A definição da função pode ser feita por partes da seguinte


maneira:

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0 se x  (0,10.000]

 x  10.000
P  x   se x  (10.000, 20.000]
 10
 x  20.000
1.000  5
x  20.000

Um esboço do gráfico está ilustrado a seguir.

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Exercício 68. A função estudada no exercício anterior é


chamada de função degrau devido ao aspecto de seu gráfico.
Dê outros dois exemplos de função degrau.

Resolução.
A resolução desse exercício é muito pessoal. Talvez você possa
citar o preço de correspondências, ofertas de supermercados,
etc.

Exercício 69. A figura a seguir mostra os gráficos de duas


funções. Analise a figura e explique se f e g são funções pares,
ímpares, ou nem pares nem ímpares.

Resolução.
Percebemos a simetria do traço do gráfico da função g em
relação ao eixo das ordenadas. Ou seja, se você dobrar o papel
fazendo o vinco sobre o eixo das ordenadas, as partes situadas
nos semiplanos x  0 e x  0 coincidirão. Isso mostra que se
para um número x  ℝ tem-se uma “altura” y  g  x  também
se terá a mesma “altura” para o número oposto  x , isto é
g   x   g  x  . A função g é uma função par.
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Percebemos no traço do gráfico da função f que existe simetria


em relação à origem, existe simetria pontual. Ou seja, se
escolhermos um ponto  a, b  no gráfico de f e traçarmos a reta
que liga os pontos  0, 0  e  a, b  veremos que essa reta
também corta o gráfico de f num ponto  p, q  . Veremos então,
que a distância de  p, q  até  0, 0  é igual à distância de  a, b 
até  0, 0  . Devido a essa igualdade de distâncias deduzimos
que a abscissa p é igual a abscissa  a , e que a ordenada q é
igual à ordenada b , isto é,  p, q     a, b  .
Como q  f  p  escrevemos da igualdade anterior que
f   a    f  a  para qualquer a do domínio. Portanto f é um
função ímpar.

Exercício 70. A figura a seguir mostra os gráficos de duas


funções. Analise a figura e explique se f e g são funções pares,
ímpares, ou nem pares nem ímpares.

Resolução.
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Observamos no traço do gráfico da função g a simetria com


relação ao eixo das ordenadas. Logo, a função g é uma função
par.

Mas se tentarmos “dobrar” o papel fazendo o vinco sobre o


eixo das ordenadas, não haverá coincidência das partes do
gráfico de f situadas nos semiplanos da direita e da esquerda. A
função f não é uma função par. Como o gráfico de f não
apresenta simetria em relação à origem verificamos a
impossibilidade da função f ser uma função ímpar. Portanto f
não é uma função para nem uma função ímpar.

Exercício 71.
I) Se soubermos que o ponto  3,5 pertence ao gráfico de uma
função par, qual outro ponto necessariamente pertence a esse
gráfico?
II) Se soubermos que o ponto  3,5 pertence ao gráfico de uma
função ímpar, qual outro ponto necessariamente pertence a esse
gráfico?

Resolução.
I) Se  3,5 pertence ao gráfico de uma função par h, sabemos
que h(3)  5 e também sabemos que h(3)  5 , logo sabemos
que o ponto  3,5  pertence ao gráfico da função.

II) Se  3,5 pertence ao gráfico de uma função ímpar g,


sabemos que g (3)  5 e também sabemos que g (3)  5 ,
logo sabemos que o ponto  3, 5 pertence ao gráfico da
função.
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Exercício 72. A figura a seguir mostra uma parte do gráfico de


uma função f definida sobre o intervalo  5,5 .

I) Se soubermos que a função é par como seria o gráfico


completo?
II) Se soubermos que a função é ímpar como seria o gráfico
completo?

Resolução.
I) Como admitimos que a função f seja par, devemos completar
o traçado de maneira que ele fique simétrico em relação ao
eixo das ordenadas. O esboço do gráfico no caso I é mostrado a
seguir.

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II) Como admitimos que a função é, nesse caso, uma função


ímpar, devemos traçar a parte do gráfico que é simétrica à parte
mostrada. Essa parte que devemos desenhar está contida no
terceiro quadrante. O esboço do gráfico no caso II é mostrado a
seguir.

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Exercício 73. Determine se a função é função par ou função


ímpar. Esboce o gráfico no Geogebra para conferir sua
resposta.
x
f  x  2 .
x 1

Resolução.
Se a função for par ela deverá tornar verdadeira a seguinte
igualdade: f   x   f  x  , x  Dom  f  .
Se a função for ímpar ela deverá tornar verdadeira a seguinte
igualdade: f   x    f  x  , x  Dom  f  .

Testamos.

f  x 
x
 f x 
x  x   x .
x 1 x 1 x 1 x 1
2 2 2 2

Concluímos que a função é uma função ímpar. Seu gráfico


deverá apresentar simetria pontual em relação à origem. Com o
auxílio do Geogebra visualizamos a seguinte figura.

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Exercício 74. Determine se a função é função par ou função


ímpar. Esboce o gráfico no Geogebra para conferir sua
resposta.
x2
f  x  4 .
x 1

Resolução.
Se a função for par ela deverá tornar verdadeira a seguinte
igualdade: f   x   f  x  , x  Dom  f  .
Se a função for ímpar ela deverá tornar verdadeira a seguinte
igualdade: f   x    f  x  , x  Dom  f  .

Testamos.
  x   x2 .
2
x2
f  x  4  f x 
x 1 x 1 x 1
4 4

Concluímos que a função é uma função par. Seu gráfico deverá


apresentar simetria de reflexão em relação ao eixo das
ordenadas. Com o auxílio do Geogebra visualizamos a seguinte
figura.

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Exercício 75. Determine se a função é função par ou função


ímpar. Esboce o gráfico no Geogebra para conferir sua
resposta.
x
f  x  .
x 1

Resolução.
Se a função for par ela deverá tornar verdadeira a seguinte
igualdade: f   x   f  x  , x  Dom  f  .
Se a função for ímpar ela deverá tornar verdadeira a seguinte
igualdade: f   x    f  x  , x  Dom  f  .

Testamos.

f  x 
x
 f x 
x  x  x .
x 1   x  1 x  1 x 1
Concluímos que a função não é uma função par e também não
é uma função ímpar. Com o auxílio do Geogebra visualizamos
a seguinte figura.

Obs. Percebemos na figura gerada pelo software a falta de


qualquer das duas simetrias.

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Exercício 76. Determine se a função é função par ou função


ímpar. Esboce o gráfico no Geogebra para conferir sua
resposta.
f  x  x  x .

Resolução.
Se a função for par ela deverá tornar verdadeira a seguinte
igualdade: f   x   f  x  , x  Dom  f  .
Se a função for ímpar ela deverá tornar verdadeira a seguinte
igualdade: f   x    f  x  , x  Dom  f  .

Observamos que  x  x então:


f  x  x  x  f x   x  x  x  x   f  x .
Concluímos que a função é uma função ímpar. Com o auxílio
do Geogebra visualizamos a seguinte figura.

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Exercício 77. Determine se a função é função par ou função


ímpar. Esboce o gráfico no Geogebra para conferir sua
resposta.
f  x   1  3x 2  x 4 .

Resolução.
Se a função for par ela deverá tornar verdadeira a seguinte
igualdade: f   x   f  x  , x  Dom  f  .
Se a função for ímpar ela deverá tornar verdadeira a seguinte
igualdade: f   x    f  x  , x  Dom  f  .

f  x   1  3x 2  x 4  f   x   1  3   x     x 
2 4

 1  3x 2  x 4  f  x  .

Concluímos que a função é uma função par. Com o auxílio do


Geogebra visualizamos a seguinte figura.

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Exercício 78. Determine se a função é função par ou função


ímpar. Esboce o gráfico no Geogebra para conferir sua
resposta.
f  x   1  3 x3  x5 .

Resolução.
Se a função for par ela deverá tornar verdadeira a seguinte
igualdade: f   x   f  x  , x  Dom  f  .
Se a função for ímpar ela deverá tornar verdadeira a seguinte
igualdade: f   x    f  x  , x  Dom  f  .

f  x   1  3x 3  x5  f   x   1  3   x     x 
3 5

 1  3x3  x 5 .

A expressão final não é igual a f  x  e também não é igual a


 f  x  . Concluímos que a função não é uma função par e
também não é uma função ímpar. Com o auxílio do Geogebra
visualizamos a seguinte figura.

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Obs. Se a função fosse definida pela expressão h  x   3x 3  x5


ela seria uma função ímpar.

Exercício 79.
I) Se as funções f e g são funções pares, o que se pode afirmar
acerca da função soma f  g ?
II) e as funções f e g são funções ímpares, podemos afirmar que
a função soma f  g é ímpar?
III) Se a função f é par e a função g é ímpar, podemos afirmar
algo acerca da função soma f  g ?

Resolução.
I) Se f é uma função par então x  Dom  f  tem-se que
f   x   f  x  . Se g é uma função par então x  Dom  g 
tem-se que g   x   g  x  .

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Notas de Aula 2018 – Cálculo 1 – Prof. Rui – DMA – UEM

A função soma f  g é definida da seguinte maneira:


Para qualquer x  Dom  f   Dom  g  tem-se

 f  g  x   f  x   g  x  .
Então calculamos a expressão da função soma no oposto de x.

 f  g   x   f   x   g   x  .
Como as duas funções são pares tem-se que:

 f  g   x   f   x   g   x   f  x   g  x    f  g  x  .
Portanto a função soma é uma função par.

II) Se f é uma função ímpar então x  Dom  f  tem-se que


f x   f  x . Se g é uma função ímpar então
x  Dom  g  tem-se que g   x    g  x  .

A função soma f  g é definida da seguinte maneira:


Para qualquer x  Dom  f   Dom  g  tem-se

 f  g  x   f  x   g  x  .
Então calculamos a expressão da função soma no oposto de x.

 f  g   x   f   x   g   x  .

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Notas de Aula 2018 – Cálculo 1 – Prof. Rui – DMA – UEM

Como as duas funções são ímpares tem-se que:

 f  g   x   f   x   g   x    f  x   g  x     f  g  x  .

Portanto a função soma é uma função ímpar.

III) Se f é uma função par então x  Dom  f  tem-se que


f   x   f  x  . Se g é uma função ímpar então x  Dom  g 
tem-se que g   x    g  x  .

A função soma f  g é definida da seguinte maneira:


Para qualquer x  Dom  f   Dom  g  tem-se

 f  g  x   f  x   g  x  .
Então calculamos a expressão da função soma no oposto de x.

 f  g   x   f   x   g   x  .
Como f é par e g é ímpar tem-se que:

 f  g   x   f   x   g   x   f  x   g  x  .
Portanto a função soma não é uma função par nem é uma
função ímpar.

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Notas de Aula 2018 – Cálculo 1 – Prof. Rui – DMA – UEM

Exercício 80.
I) Se as funções f e g são funções pares, o que se pode afirmar
acerca da função produto f  g ?
II) e as funções f e g são funções ímpares, podemos afirmar que
a função produto f  g é ímpar?
III) Se a função f é par e a função g é ímpar, podemos afirmar
algo acerca da função produto f  g ?

Resolução.
I) Se f é uma função par então x  Dom  f  tem-se que
f   x   f  x  . Se g é uma função par então x  Dom  g 
tem-se que g   x   g  x  .

A função produto f  g é definida da seguinte maneira:


Para qualquer x  Dom  f   Dom  g  tem-se

 f  g  x   f  x  g  x  .
Então calculamos a expressão da função produto no oposto de
x.

 f  g   x   f   x  g   x  .
Como as duas funções são pares tem-se que:

 f  g   x   f   x  g   x   f  x  g  x    f  g  x  .

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Notas de Aula 2018 – Cálculo 1 – Prof. Rui – DMA – UEM

II) Se f é uma função ímpar então x  Dom  f  tem-se que


f x   f  x . Se g é uma função ímpar então
x  Dom  g  tem-se que g   x    g  x  .

A função produto f  g é definida da seguinte maneira:


Para qualquer x  Dom  f   Dom  g  tem-se

 f  g  x   f  x  g  x  .
Então calculamos a expressão da função produto no oposto de
x.

 f  g   x   f   x  g   x  .
Como as duas funções são ímpares tem-se que:

 f  g   x   f   x  g   x     f  x   g  x  

  f  x    g  x    f  x  g  x    f  g  x  .

Concluímos, portanto, que a função produto é uma função par.

III) Se f é uma função par então x  Dom  f  tem-se que


f   x   f  x  . Se g é uma função ímpar então x  Dom  g 
tem-se que g   x    g  x  .

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Notas de Aula 2018 – Cálculo 1 – Prof. Rui – DMA – UEM

A função produto f  g é definida da seguinte maneira:


Para qualquer x  Dom  f   Dom  g  tem-se

 f  g  x   f  x  g  x  .
Então calculamos a expressão da função produto no oposto de
x.

 f  g   x   f   x  g   x  .
Como f é par e g é ímpar tem-se que:

 f  g   x   f   x  g   x   f  x   g  x  

  f  x  g  x     f  g  x  .

Portanto, a função produto é uma função ímpar.

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