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Notas de Aula – Cálculo 1 – Prof.

Rui, DMA – UEM

Exercícios Comentados de Cálculo 1


(Stewart, Vol. 1, 7ª ed.)

Versão de 23 de março de 2018.

1.3 Operações entre funções

§§§
Como fazer translações, compressões ou reflexões
no Geogebra

Abra um arquivo novo.


Digite “f(x) = sin(x)”.
Digite “k=1”.
Mostre o controle deslizante de “k”, para fazer isso clique com
o botão direito e escolha exibir.
Crie a nova função que você deseja estudar com o parâmetro
“k” em sua definição. Por exemplo, crie “g(x)=sin(k*x)”.
Altere o valor de “k” no controle deslizante e observe o gráfico
do novo gráfico.
§§§

Exercício 01. Considere que o gráfico de uma função


y  f  x  é conhecido. Forneça equações (representações) que
expressem funções cujos gráficos são obtidos a partir do
gráfico de f segundo os movimentos descritos nos itens abaixo.

a) Translação vertical de 3 unidades para cima;


b) Translação vertical de 3 unidades para baixo;
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c) Translação horizontal de 3 unidades para a direita;


d) Translação horizontal de 3 unidades para a esquerda;
e) Reflexão em torno do eixo dos xx;
f) Reflexão em torno do eixo dos yy;
g) Dilatação vertical de fator 3;
h) Compressão vertical de fator 3.

Resolução.
a) Para obter uma translação vertical de 3 unidades para cima,
devemos adicionar 3 unidades nas imagens da função, ou seja,
tomamos a imagem f  x  e adicionamos 3. Escrevemos a
definição da função como y  f  x   3 . Perceba, se  a, f  a  
pertence ao gráfico da função, então  a, f  a   3 estará na
mesma direção da abscissa a e terá ordenada 3 unidades maior.

b) Para definir uma função que possua gráfico transladado de 3


unidades para baixo, devemos subtrair das imagens 3 unidades.
Tomamos as imagens f  x  e subtraímos 3, escrevemos então,
y  f  x   3 . Esta será a definição da função cujo gráfico será
uma cópia do gráfico da f situada 3 unidades para baixo.

c) Para conseguir um gráfico que seja o resultado de uma


translação de 3 unidades para a direita, devemos providenciar
para que as imagens dos pontos de abscissa a seja iguais às
imagens dos pontos de abscissa situadas 3 unidades para a
esquerda, ou seja, situadas em a  3 . Assim, para obtermos o
gráfico desejado, devemos tomar y  f  x  e substituir por
y  f  x  3 .

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Observação. Se você está com dúvidas a respeito do raciocínio,


verifique com a função valor absoluto. Para que o “vértice” do
gráfico da função valor absoluto se situe 3 unidades para a
direita, devemos definir a nova função como y  x  3 .

d) Para obter uma translação de 3 unidades para a esquerda,


devemos providenciar para que a imagem da abscissa a seja
igual à imagem da abscissa situada 3 unidades para a direita, ou
seja, situadas em a  3 . Assim, para obter a translação desejada
devemos definir a função como y  f  x  3 .

Observação. Para conferir, veja que o vértice da função


y  x  3 está situado na abscissa x  3 . O gráfico de
y  x  3 é o resultado de uma translação de 3 unidades para a
esquerda do gráfico de y  x .

e) Para obter a reflexão de um gráfico de y  f  x  em relação


ao eixo dos xx, devemos pensar em trocar o sinal das imagens.
Se a imagem de uma abscissa a é f  a  , para que haja reflexão
devemos tomar a nova imagem como  f  a  . Assim, para
obter a desejada reflexão em torno do eixo dos xx, devemos
definir a nova função como y   f  x  .

Observação. Se você está com dúvidas, pense no gráfico de


y  x 2 e no gráfico de y   x 2 .

f) Para obter uma reflexão em torno do eixo dos yy, devemos


pensar que a imagem de uma abscissa a deva ser igual à

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imagem de sua oposta a . Então devemos substituir y  f  x 


por y  f   x  . Assim, as imagens das abscissas positivas
serão iguais às imagens das abscissas negativas e vice-versa. É
assim que obtemos um gráfico que é a reflexão em torno do
eixo dos yy de um gráfico dado.

Observação. Se você está com dúvidas, pense no gráfico


x
crescente de y  2 e no gráfico decrescente de y  2 .
x

g) Para obter uma dilatação vertical de fator 3, devemos


multiplicar as imagens por 3. Isso será obtido se considerarmos
a definição y  3 f  x  . Assim, cada ordenada f  a  passará a
ser a ordenada 3 f  a  .

Observação. Pense no gráfico de y  cos  x  , ele tem


amplitude vertical que vai de 1 até 1. Se você considerar
y  3cos  x  verá que o novo gráfico terá a amplitude vertical
indo de 3 até 3.

h) Para obter uma compressão vertical de fator 3, devemos


pensar em dividir as ordenadas f  a  por 3. Se considerarmos
1
a nova definição como y  f  x  veremos que as ordenadas
3
1
f  a  passarão a ser ordenadas f  a  , e obteremos a
3
compressão desejada.

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Observação. Se você pensar no gráfico da função y  cos  x  e


1
definir a função g  x   cos  x  , verá que a amplitude vertical
3
1 1
do gráfico dessa nova função vai de  até .
3 3

Exercício 02. Considere o gráfico de uma função genérica


y  f  x  . Explique como obter os seguintes gráficos a partir
do gráfico de y  f  x  .

a) y  f  x   8
b) y  f  x  8
c) y  8 f  x 
d) y  f  8x 
e) y   f  x   1
1 
f) y  8 f  x 
8 

Resolução.

a) Para obter o gráfico de y  f  x   8 , devemos efetuar uma


translação vertical para cima de oito unidades no gráfico de
y  f  x .

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b) Para obter o gráfico de y  f  x  8 , devemos efetuar uma


translação horizontal para a esquerda de oito unidades no
gráfico de y  f  x  .

c) Para obter o gráfico de y  8 f  x  , devemos expandir


verticalmente, por um fator de oito unidades, o gráfico de
y  f  x .

d) Para obter o gráfico de y  f  8x  , devemos comprimir


horizontalmente, por um fator de oito unidades, o gráfico de
y  f  x .

e) Para obter o gráfico de y   f  x   1 , devemos refletir o


gráfico de y  f  x  em relação ao eixo das ordenadas e
depois transladar o gráfico refletido de uma unidade para
baixo.

1 
f) Para obter o gráfico de y  8 f  x  , devemos expandir
8 
horizontalmente, de um fator de oito unidades, o gráfico de
y  f  x  e depois expandir verticalmente o gráfico resultante,
de um fator de oito unidades.

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Exercício 03. Considere a seguinte ilustração, que mostra o


gráfico de uma função f e de alguns gráficos obtidos a partir
dele.

Identifique os gráficos com as funções dos itens a seguir.


Justifique suas associações.

a) y  f  x  4  ;
b) y  f  x   3 ;
1
c) y  f  x ;
3
d) y   f  x  4  ;
e) y  2 f  x  6  .

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Resolução.
Observemos o gráfico da função f.
A função f tem domínio Dom  f    0,3 .

Observemos, agora, o gráfico (1).


O domínio de tal função é  0,3 , o comportamento desse
gráfico assemelha-se ao comportamento do gráfico de f.
Aparentemente, esse gráfico assemelha-se à translação do
gráfico de f de 3 unidades positivas. Ou seja, para cada
ordenada f  a  sobre a abscissa a, houve a adição de 3
unidades, o que resulta na nova ordenada f  a  3 . A
identificação correta é: gráfico (1) com item (b).

Observemos, agora, o gráfico (4).


O domínio de tal função é  0,3 , o comportamento desse
gráfico assemelha-se, de certa forma, ao comportamento do
gráfico de f. Verificamos que este gráfico tem uma amplitude
menor que a do gráfico de f. Este gráfico (4) poderia ter sido
obtido do gráfico de f por uma translação? A resposta é não.
Veja que a imagem de x  3 por f é igual a zero e a imagem de
x  3 no gráfico (4) também é igual a zero. Assim, podemos
desconfiar de que houve uma compressão do gráfico de f para
que ele ficasse com o comportamento do gráfico (4). Uma
multiplicação das ordenadas f  a  por um número inferior a 1,
faz com que os valores diferentes de zero diminuam e faz com
que as raízes continuem sendo raízes. Olhando a lista
disponibilizada pelo autor, verificamos que a identificação
adequada é: gráfico (4) e item (c).

Observemos o gráfico (3).

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Percebemos que esse gráfico tem as mesmas “alturas” que o


gráfico de f, ou seja, o conjunto imagem de f é o mesmo
conjunto imagem da função que tem o gráfico (3). Percebemos
que a raiz de f, que era é a abscissa x  3 , foi transladada para
uma nova raiz situada em x  7 . Percebemos que o domínio de
f, que era  0,3 tornou-se um novo domínio igual a  4, 7 .
Essas indicações de comportamento e translação do domínio de
4 unidades para a direita nos levam a associar o gráfico (3) com
o item (a). A definição do item (a) é f  x  4 , isso faz com
que o gráfico de tal função seja obtido pela translação de 4
unidades para a direita a partir do gráfico de f. Tem-se, por
exemplo, g  4   f  4  4   f  0 , g  5  f  5  4   f 1 ,
g  7   f  7  4   f  3 e assim por diante.

Observemos o gráfico (2).


O domínio da função que possui esse gráfico é  6, 3 . Tem
mesma medida do domínio de f. Percebemos que o
comportamento dessa função é parecido com o comportamento
da função original f. Inicia com a ordenada 2 é crescente até a
ordenada 6 e depois decrescente e termina na ordenada zero. A
função f se inicia na ordenada 1, é crescente até a ordenada 3 e
depois decrescente até a ordenada zero. Então se
multiplicarmos as imagens da função original f por 2,
obteremos as imagens transladadas da nova função associada
ao gráfico (2). Devemos tomar o gráfico da função f,
multiplicá-lo por um fator 2 e transladá-lo 6 unidades para a
esquerda. Temos essa opção dentre as alternativas, é a opção
(e) y  2 f  x  6  . A associação correta é: Gráfico (2) com
alternativa (e).

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O último gráfico a ser analisado é o gráfico (5).


Observamos que se transladarmos o gráfico de f quatro
unidades para a esquerda, ou seja, considerarmos a função
definida por y  f  x  4  obteremos um gráfico que será o
simétrico do gráfico (5) em relação ao eixo dos xx. Para obter o
gráfico (5) devemos realizar uma reflexão em torno do eixo dos
xx a partir do gráfico de y  f  x  4  . Como tal reflexão é
obtida alterando-se o sinal das imagens, o gráfico (5) é
associado com a função y   f  x  4  que é a função da
alternativa (d). A associação correta é: Gráfico (5) com item
(d).

Exercício 04. Considere o gráfico da função f mostrado a


seguir.

Esboce os seguintes gráficos a partir do gráfico anterior.

a) y  f  x   2

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b) y  f  x  2 
c) y  2 f  x 
1 
d) y  f  x   1
3 

Resolução.

a) O gráfico é obtido mediante translação para baixo de duas


unidades.

b) O gráfico é obtido mediante translação para a direita de duas


unidades.

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c) O gráfico é obtido pela expansão de duas unidades na


vertical e depois por reflexão em torno do eixo das abscissas.

d) O gráfico é obtido a partir da expansão horizontal de fator 3


seguido de uma translação para cima de uma unidade.

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Exercício 05. Considere o gráfico de y  f  x  fornecido a


seguir.

Utilize o gráfico anterior e esboce o gráfico das seguintes


funções:

a) y  f  2 x  ;
1 
b) y  f  x  ;
2 
c) y  f   x  ;

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d) y   f   x  .

Resolução.
a) y  f  2 x  .
Vamos chamar essa nova função pelo nome g. O gráfico de g
será obtido do gráfico de f por uma compressão horizontal de
fator 2.

Perceba que quando calcularmos a imagem de x  1 por


g  x   f  2 x  , estaremos calculando g 1  f  2 1  f  2  .

Teremos g  2   f  4  ; g  3  f  6  .

Qual é o domínio dessa função g?


Resposta: Só poderemos calcular as imagens de números reais
situados entre 0 e 3.
O comportamento observado no gráfico de f acontecerá no
gráfico de g “no dobro da velocidade”.

O valor máximo de f que é igual a 2 e obtido quando x  1


fornecerá para a função g o valor máximo igual a 2, mas sobre
1
a abscissa x  .
2
3
A raiz x  3 da função f fornecerá a raiz x  da função g.
2
O valor mínimo atingido por f na abscissa x  4 será o
responsável pelo valor mínimo da função g, só que esse
mínimo será atingido na abscissa x  2 .

E a outra raiz de f, atingida quando x  6 será fornecerá para a


função g sua segunda raiz atingida quando x  3 .
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Traçamos sobre o mesmo quadro o gráfico da função


g  x   f  2 x  , na cor preta.

1 
b) y  f  x  ;
2 
Vamos chamar essa nova função como h, temos assim
 x
h  x  f   .
2
Percebemos que o domínio de h será diferente do domínio de f.
Como dividiremos o valor de x antes de aplicarmos a função f,
o domínio de h será  0,12 .

Percebemos que o valor máximo de h será obtido quando a


2
abscissa for x  2 , h  2   f    f 1  2 .
2
A primeira raiz de h será na abscissa x  6 ,
6
h  6   f    f  3  0 .
2

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O valor mínimo de h será obtido quando x  8 , pois


8
h  8   f    f  4   1 .
2
O gráfico de h será obtido do gráfico de f por uma dilatação
horizontal de fator 2.

Na seguinte ilustração mostramos o gráfico de h e o gráfico


original de f.

c) y  f   x  ;
Chamemos tal função de m, a definição é m  x   f   x  .
Percebemos que se m vai ser calculada em números  x seu
domínio deve ser, então, igual a  6, 0 .
Por exemplo, m  6   f  [ 6]  f  6   0 ;
m  4   f  [4]  f  4   1 ;
m  1  f  [1]  f 1  2 e
m  0   f  [0]  f  0   1 .

O traçado de tal gráfico será igual à reflexão do gráfico de f em


torno do eixo dos yy.
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Na seguinte ilustração mostramos o gráfico de m junto com o


gráfico de f.

d) y   f   x  .
O gráfico dessa nova função p  x    f   x  será obtido do
gráfico da função do item anterior por reflexão em torno do
eixo dos xx.
Haverá troca de sinal nas ordenadas dos pontos do gráfico do
item anterior.

Perceba que:
p  6    f  [6]   f  6   0 ;
p  4    f  [4]   f  4     1  1 ;
p  1   f  [ 1]   f 1  2 ;
p  0    f  [0]   f  0    1  1 .

A seguir o esboço do gráfico de p juntamente com o gráfico de


f.

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Exercício 06. O gráfico a seguir é da função definida por


y  3x  x 2 .

Que transformações devem ser aplicadas na função anterior


para se ter o seguinte gráfico.

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Resolução.
Percebemos que o centro da semicircunferência está no eixo
das abscissas. Antes ele estava identificado com x  1.5 e
agora está identificado com x  3.5 . Houve uma translação de
duas unidades para a direita. Devemos aplicar a transformação
y  f  x  2 .
Observamos também que houve uma expansão vertical, se
antes o gráfico tinha uma amplitude que ia de zero até 1.5,
agora a amplitude vai de zero até 3. Houve uma expansão de
fator 2 na vertical. Devemos considerar y  2 f  x  2  .

A transformação necessária é y  2 f  x  2  .

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Exercício 07. O gráfico a seguir é da função definida por


y  3x  x 2 .

Que transformações devem ser aplicadas na função anterior


para se ter o seguinte gráfico.

Resolução.
Percebemos que houve uma reflexão em torno do eixo das
abscissas, isso fornece a transformação y   f  x  .

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Percebemos que o centro da semicircunferência mudou para


 2.5, 1 . Devemos efetuar uma translação de 4 unidades para
a esquerda seguida de uma translação de uma unidade para
baixo. Isso nos fornece a seguinte expressão y   f  x  4   1 .

Exercício 08.
a) Qual a relação entre o gráfico da função definida por
y  2sin  x  e o da função definida por y  sin  x  ? Esboce os
dois gráficos.
b) Qual a relação entre o gráfico da função definida por
y  1  x e da função definida por y  x . Esboce os
gráficos.

Resolução.
O gráfico da função definida por y  2sin  x  é obtido do
gráfico da função definida por y  sin  x  mediante uma
expansão de fator 2 na vertical. Assim, o gráfico de
y  2sin  x  varia entre as ordenadas y   2 e y  2 e possui
as mesmas raízes e período que a função y  sin  x  .

Vejamos os dois gráficos. O de y  2sin  x  está em azul.

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b) O gráfico da função definida por y  1  x é obtido do


gráfico da função definida por y  x mediante translação
vertical de uma unidade para cima. Vejamos os dois gráficos.

Exercícios de 09 até 24: Esboce o gráfico das funções


definidas nos seguintes itens. Inicie o traçado com o gráfico de
uma função conhecida e execute transformações até esboçar o
gráfico da função final. Não use calculadoras e marcação de
pontos.

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1
Exercício 09. Função y  .
x2

Resolução.
Observando a definição algébrica da função, vemos que uma
função conhecida que se assemelha com a do enunciado é a
1
função f  x   . O gráfico dessa função é composto de dois
x
arcos hiperbólicos. Seu domínio é Dom  f   ℝ  {0} .
Então, a função proposta tem gráfico obtido do gráfico da
1
função f  x   por translação de duas unidades para a
x
1
direita. Temos: y  x   f  x  2   . A seguir mostramos o
x2
1
gráfico de f  x  em vermelho e o gráfico da função y 
x2
em azul. Perceba que seu domínio é ℝ  2 .

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Exercício 10. Função y   x  1 .


3

Resolução.
Observando a definição algébrica da função, vemos que uma
função conhecida que se assemelha com a do enunciado é a
função f  x   x3 .

O domínio de tal função é ℝ . Para obter o gráfico definido por


y   x  1 devemos efetuar a translação de uma unidade para
3

a direita no gráfico da função cúbica. Vejamos os dois gráficos.


Mostramos o de f  x   x3 em vermelho e o de y   x  1 em
3

azul.

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Exercício 11. Função y   3 x .

Resolução.
Iniciemos nosso raciocínio com a função f  x   3 x .
Seu gráfico é crescente, passa pelo ponto  0, 0  e continua
crescente. Esse gráfico é obtido pela reflexão do gráfico da
função cúbica n  x   x3 em torno da reta y  x , já que
f  x   3 x é a função inversa de n  x   x3 .

O gráfico da função enunciada é obtido por reflexão do gráfico


de f em torno do eixo dos xx.
Mostramos a seguir o gráfico da função f em vermelho e o
gráfico da função enunciada em azul.

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Exercício 12. Função y  x  6 x  4 .


2

Resolução.
Precisamos de uma expressão fatorada.
y  x 2  6 x  4  x 2  2(3) x  9   4  9    x  3   5 .
2

O gráfico de uma função conhecida que se relaciona com a


definição anterior é f  x   x2 .
A partir do gráfico de f  x   x2 efetuamos uma translação de
3 unidades para a esquerda seguida de uma translação vertical
de 5 unidades para baixo. Vejamos o gráfico de f  x  em
vermelho e o de y   x  3  5 em azul.
2

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Exercício 13. Função y  x  2  1 .

Resolução.
Pensemos primeiramente na função f  x   x . Seu domínio é
[0,  ) .
Devemos efetuar uma translação de duas unidades para a
direita para obtermos o gráfico de y  x  2 . Nessa situação,
vemos que o domínio torna-se [2,  ) .
Depois devemos efetuar uma translação de uma unidade para
baixo para obter o gráfico de y  x  2  1 .
Mostramos o gráfico de f  x   x em vermelho e o de
y  x  2  1 em azul.

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Exercício 14. Função y  4sin  3x  .

Resolução.
Uma função cujo gráfico conhecemos e que se assemelha a do
enunciado é f  x   sin  x  , cujo domínio é ℝ .
Primeiramente, efetuamos uma contração horizontal de fator 3.
Isso altera apenas o período, tornando-o menor. Depois efetua-
se uma expansão vertical de fator 4, o que modifica a
amplitude e faz com que os valores funcionais fiquem entre 4
e 4. Essas transformações não modificam o domínio inicial.
Mostramos o gráfico de f  x  em vermelho e o de
y  4sin  3x  em azul.

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 x
Exercício 15. Função y  sen   .
2

Resolução.
Pensemos primeiramente na função f  x   sen  x  .
Seu domínio é ℝ e suas raízes ocorrem a intervalos de 
unidades lineares, ⋯ , 3 , 2 ,  , 0,  , 2 , ⋯ .
O gráfico da função enunciada é obtido a partir do gráfico da
função f  x   sen  x  por dilatação de fator 2 na horizontal.
Perceba que a primeira raiz positiva de f  x   sen  x  , x  
 x
não será mais raiz de y  sen   .
2

A primeira raiz positiva será x  2 , já que:


 2 
y  2   f  2   sin    sin    0 .
 2 
A seguir mostramos parte do gráfico de f  x   sen  x  em
 x
vermelho e parte do gráfico de y  sen   em azul.
2

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2
Exercício 16. Função y  2.
x

Resolução.
1
Iniciemos nosso raciocínio com a função f  x   cujo
x
domínio é ℝ  0 e o gráfico é uma hipérbole (dois ramos).
2
Devemos considerar o gráfico de y  e para isso tomamos o
x
gráfico de f  x  e o expandimos verticalmente de fator 2.
Depois fazemos uma translação de duas unidades para baixo.
Essas considerações não afetam o domínio. Mostramos o
gráfico de f  x  em vermelho e o gráfico da função definida
2
por y   2 em azul.
x

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1
Exercício 17. Função y 
2
1  cos  x   .

Resolução.
Iniciemos nosso raciocínio com a função f  x   cos  x  , cujo
esboço do gráfico é mostrado a seguir.

Consideremos a função g  x    cos  x  . Esta função tem


gráfico obtido a partir do gráfico da função f  x   cos  x  por
reflexão em relação ao eixo dos xx.

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Em seguida, consideremos a função h  x   1  cos  x  . O


gráfico desta função é obtido por uma translação vertical de
uma unidade do gráfico da função g.

1
Finalmente, consideramos a função j  x  
2
1  cos  x   . O
gráfico desta última é obtido mediante compressão vertical de

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1
fator no gráfico da função h  x   1  cos  x  . A ilustração
2
do gráfico da função j está a seguir, em azul.

Exercício 18. Função y  1  2 x  3 .

Resolução.
Tomemos inicialmente a função f  x   x . O domínio é
[0,  ) .
Teremos de considerar a função definida por y  x  3 . Seu
gráfico é obtido do gráfico de f  x  mediante translação de 3
unidades para a esquerda. O domínio torna-se [  3, 0) .
Depois teremos de considerar uma expansão de fator 2 na
vertical no gráfico da função definida por y  x  3 , assim
consideraremos a função definida por y  2 x  3 .

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Depois consideraremos a reflexão em torno do eixo das


abscissas no gráfico da função definida por y  2 x  3 , assim
consideraremos a função definida por y  2 x  3 .
Finalmente, consideraremos a função definida por
y  1  2 x  3 e seu gráfico será obtido do gráfico da função
definida por y  2 x  3 pela translação e uma unidade para
cima.
O gráfico da função f  x  é mostrado em vermelho e o da
função dada por y  1  2 x  3 é mostrado em azul.

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Exercício 19. Função y  1  2x  x .


2

Resolução.
Deveremos fatorar a expressão.
y  1  2 x  x 2    x 2  2 x  1    x 2  2 x  1  1  1 

   x  1  2 .
2
 

Consideremos a função f  x   x2 .
Efetuamos uma translação de uma unidade para a esquerda no
gráfico de f  x  . A função considerada deve ser definida por
y   x  1 .
2

Depois, no gráfico de y   x  1 , devemos efetuar uma


2

translação de duas unidades para baixo, o que fornece o gráfico


da função definida por y   x  1  2 .
2

Finalmente, devemos refletir o gráfico da função


y   x  1  2 em torno do eixo das abscissas. Nessa situação
2

estaremos considerando o gráfico da função definida por


y    x  1  2 .
2
 
Mostramos o gráfico de f  x  em vermelho e o gráfico da
função definida por y    x  1  2 em azul.
2
 

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Exercício 20. Função y  x  2 .

Resolução.
Tomemos inicialmente a função f  x   x .
A partir desse gráfico devemos efetuar uma translação de duas
unidades para baixo. Dessa maneira estaremos considerando a
função definida por y  x  2 .
Mostramos o gráfico de f  x  em vermelho e o gráfico da
função definida por y  x  2 em azul.

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Exercício 21. Função y  x  2 .

Resolução.
Tomemos inicialmente a função f  x   x . Seu gráfico é
conhecido. Considere a função dada no enunciado. y  x  2 .
O gráfico desta função é obtido do gráfico da função
f  x   x por translação de duas unidades para a direita.
Verifique que o vértice está agora sobre a abscissa x  2 .

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1  
Exercício 22. Função y  tan  x   .
4  4

Resolução.
Vamos considerar a função f  x   tan  x  .
  
Seu domínio é D  ℝ  k , k  ℤ  .
 2 
A partir do gráfico da função f  x  efetuamos uma translação

de unidades para a direita. Obteremos o gráfico da função
4
 
definida por y  tan  x   . O domínio dessa nova função é
 4
 3 
D  ℝ  k , k  ℤ  .
 4 
Após isso, faremos uma contração vertical de fator 4. O gráfico
1  
assim obtido é o da função definida por y  tan  x   .
4  4
Mostramos o gráfico de f  x  em vermelho e o da função
1  
definida por y  tan  x   em azul.
4  4

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Exercício 23. Função y  x 1 .

Resolução.
Tomemos inicialmente a função f  x   x . Seu domínio é
D  [0,  ) .
A partir do gráfico de f  x  efetuamos uma translação de uma
unidade para baixo. Obtemos o gráfico da função definida por
y  x 1.
Em seguida rebatemos as partes negativas do gráfico da função
definida por y  x  1 para torna-las positivas. Esse é o
gráfico da função definida por y  x 1 .
Os gráficos são mostrados a seguir.

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Exercício 24. Função y  cos( x) .

Resolução.
Consideramos a função f  x   cos  x  cujo gráfico sabemos
traçar. A partir desse gráfico efetuamos uma expansão
horizontal de fator  . O gráfico obtido é o da função definida
por y  cos  x  .
Em seguida, rebatemos as partes negativas do gráfico anterior
para torna-las positivas. O gráfico obtido é o gráfico da função
definida por y  cos  x  .

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Exercício 25. Considere os seguintes gráficos:

Eles indicam a quantidades de horas de luz solar por dia em


função dos meses do ano. São apresentados cinco gráficos de
acordo com as latitudes do hemisfério norte.

Considere que a cidade de Nova Delhi, na Índia. Ela está


situada na latitude 30º N. Use os dados da figura anterior para
determinar a expressão algébrica de uma função que modele a
quantidade de luz solar diária em Nova Delhi em função dos
dias do ano. Para apurar seu modelo considere que nessa
cidade, no dia 31 de março, o Sol nasce às 6h13min e se põe às
18h39min.

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Resolução.
O gráfico relativo a 30 graus Norte é o vermelho. Ele se inicia
em uma ordenada e cresce suavemente logo em seguida.
Depois atinge um valor máximo e decresce, é um
comportamento cíclico.
Vamos considerar inicialmente a função f  x   sin  x  . Ela
parte do valor zero e aumenta e diminui ciclicamente.

Percebemos que a variação do gráfico tem valor central de 12.


Então vamos considerar a função definida por y  sin  x   12 .

Percebemos, pelo gráfico mostrado, que os valores máximos e


mínimos da função são 14 e 10. Devemos transformar o gráfico
da função anterior multiplicando-o por um fator 2. O gráfico
considerado é, por enquanto, definido por y  2sin  x   12 .

Observamos que o gráfico vermelho se inicia no dia 21 de


março. Deveremos transladar o gráfico da função definida por
y  2sin  x   12 . Temos: 31  28  21  80 dias de 01 de
janeiro até 1 de março. Devemos considerar a função definida
por y  2sin  x  80   12 .

Devemos arrumar o período dessa última função. Verificamos


que a primeira raiz ocorre no dia 21 de setembro, 180 dias após
o dia 21 de março. Se o período de g  x   2sin  x  80   12 é
de 2 dias e queremos um período de 180 dias, devemos
180
dividir o argumento da função por . Isso arrumará o
2

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180
gráfico, fará com que ele se expanda de fator na horizontal
2
e seja coincidente com o gráfico vermelho do enunciado. A
função que modela a quantidade de luz solar na cidade de Nova
 2 
Delhi é h  x   2sin  ( x  80)   12 .
 180 

Na ilustração marcamos o segmento sobre a abscissa 90, já que


dia 31 de março é o nonagésimo dia do ano.

Calculamos f  90   12.65 .
A resposta é que no dia 31 de março há pouco mais de 12 horas
e 30 minutos de luz solar em Nova Delhi.
Os dados oficiais dizem que, no dia 31 de março, o Sol nasce
às 6h13 e se põe às 18h39. Isso fornece a informação de que
nesse dia há 12 horas e 26 minutos de luz solar.
Nosso modelo está razoável.

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Exercício 26. Considere a estrela Delta Cephei. Ela é uma


estrela de brilho variável. O período de tempo entre os brilhos
máximos é de 5,4 dias. O brilho médio vale 4 unidades e seu
brilho varia de 0.35 unidades em magnitude. Determine um
modelo para a variação do brilho dessa estrela em função do
tempo.

Resolução.
Consideremos inicialmente a função f  x   sin  x  .
Seu período é de 2 unidades. Para fazermos com que o
período coincida com o período de 5,4 unidades, devemos
2
comprimir o gráfico de f  x   sin  x  de um fator de .
5.4
 2 
Assim consideraremos a função definida por y  sin  x.
 5.4 

A magnitude média é de 4 unidades, devemos transladar o


 2 
gráfico da função definida por y  sin  x  de 4 unidades
 5.4 
para cima. A função que possui esse gráfico é definida por
 2 
y  sin  x 4.
 5.4 

A amplitude da variação do brilho é de 0.35 unidades, para


mais e para menos. Como a amplitude da função considerada
ainda é de uma unidade para mais e de uma unidade para

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menos, precisamos multiplicar a expressão da função seno de


um fator 0.35. A função que desejamos é

 2 
g  x   0.35sin  x  4 .
 5.4 
Ilustramos o gráfico da função em azul e o gráfico da função
f  x   sin  x  em tracejado.

Exercício 27. Considere o gráfico de uma função genérica


y  f  x .
a) Qual a relação do gráfico de f com o gráfico de y  f  x  ?
b) Esboce o gráfico de y  sin  x  .
c) Esboce o gráfico de y  x .

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Resolução.
Para construir o gráfico de y  f  x  a partir do gráfico da
função original y  f  x  , devemos preservar o traçado do
gráfico de y  f  x  para todos os valores x  0 . Devemos
então refletir essa parte situada no semiplano x  0 em torno
do eixo das ordenadas. O gráfico de y  f  x  é um gráfico
que possui tal simetria, ele é o gráfico de uma função par, já
que se x  0 então f   x   f  x  .

Mostramos a seguir o gráfico de y  sin  x  em azul e o


gráfico de g  x   x em verde.

Observe que o domínio de f  x   x é [0,  ) , mas o domínio


de g ( x )  x é ℝ.

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Exercício 28. Considere o gráfico de uma função y  f  x 


mostrado na seguinte figura.

1
Esboce o gráfico de y  . Explique quais os aspectos
f  x
importantes do gráfico original lhe foram importantes e como
foram utilizados.

Resolução.

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Os aspectos mais importantes na hora de construir o gráfico da


1
função definida como y  são as raízes de f  x  .
f  x
1
Não haverá gráfico de y  sobre as raízes já que essas
f  x
são responsáveis pelo aparecimento de zeros no denominador.

Devemos traçar retas verticais sobre as raízes e marca-las em


tracejado assim como fazemos ao traçarmos o gráfico da
função tangente.

Para o exemplo mostrado em tracejado. Temos f  1  0 .

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À esquerda de x  1 os valores de f  x  são negativos, logo,


devemos desenhar um traço que assume valores cada vez
menores à medida que se aproxima da asbcissa x  1 pela
esquerda.

À direita de x  1 os valores de f  x  são positivos, logo,


devemos desenhar um traço que assume valores cada vez
maiores à medida que se aproxima da abscissa x  1 pela
direita.

Raciocínios análogos são utilizados para traçar o novo gráfico


perto das outras raízes.

De maneira análoga, pensamos que, quanto maior for a


grandeza f  x  menor deverá ser a ordenada a ser traçada no
1
gráfico de . Por isso o esboço mostrado em azul.
f  x
1
Observe que o gráfico de y  não apresentará nenhuma
f  x
raíz.

Exercício 29. Considere as funções definidas por


f  x   x3  2 x 2 e g  x   3x 2  1 . Escreva as definições
algébricas e os domínios das funções:
a) f  g ;
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b) f  g ;
c) f  g ;
f
d) .
g

Resolução.

Primeiramente, vejamos os domínios das funções f e g.

A função f é uma função polinomial, portanto podemos


calcular o valor da função em qualquer número real. Seu
domínio é todo o conjunto dos números reais. Dom  f   ℝ .

A função g também é definida algebricamente por uma


expressão polinomial. Portanto, também podemos calcular os
valores de g em qualquer número real, ou seja, Dom  g   ℝ .

a) f  g , com f  x   x3  2 x 2 e g  x   3x 2  1 .

A notação apresentada estipula que a nova função terá o


“nome” f  g . Tal nome poderia ser “soma”, poderia ser
“adic_f_g”, ou outro nome qualquer.
O que devemos considerar é que essa nova função, dada com o
nome f  g deve calcular seus valores nos números reais da
seguinte maneira:

 f  g  x   f  x   g  x  para qualquer x real.

Observação:
Se o nome da função fosse “soma” deveríamos adotar que:
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soma  x   f  x   g  x 
para qualquer número real x.

Se o nome da função fosse “adic_f_g” deveríamos adotar que:


adic_f_g  x   f  x   g  x 
para qualquer número real x.

É importante que o aluno compreenda a diferença entre o


“nome” da função e qual é o procedimento adotado para definir
o que a função faz num número real x.

Então, a função cujo nome é f  g tem domínio ℝ , e para


cada número a real, a imagem de a é calculada da seguinte
maneira:

 f  g  a   f  a   g  a  

 a  2 a   3a  1  a  5a  1 .
3 2 2 3 2

O leitor precisa perceber que o número a deve estar no domínio


de f e no domínio de g, senão não conseguimos executar os
cálculos da nova função f  g .

b) f  g , com f  x   x3  2 x 2 e g  x   3x 2  1 .

A notação f  g indica o nome de uma nova função obtida das


funções anteriormente apresentadas f e g. Como observado
anteriormente, nós poderíamos criar um nome sugestivo, como
por exemplo, “dif_f_g”. Mas esse nome não faria muito sentido
para os estudantes que falassem alemão, ou falassem coreano,

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etc. A notação adotada, f  g , é apropriada para uso no mundo


todo. Em todas as nações do mundo, quando os leitores virem a
notação f  g compreenderão que se trata de uma nova função
e que os cálculos dessa nova função num número a serão:

 f  g  a   f  a   g  a  .
Ou seja, é preciso calcular a imagem de tal número a pela
função f e pela função g, e depois efetuar a subtração do
número g  a  do número f  a  , isto é, efetuar f  a   g  a  .

Assim,
 f  g  a   f  a   g  a  

 a  2 a   3a  1  a  2 a  3a  1  a  a  1 .
3 2 2 3 2 2 3 2

Como, para efetuar tais operações é necessário que o número a


esteja no domínio de f e no domínio de g, o domínio da função
“diferença” será: Dom  f  g   ℝ .

c) f  g , com f  x   x3  2 x 2 e g  x   3x 2  1 .

A notação indica que a função “produto” deverá calcular no


número a o produto das imagens desse número por f e por g.
Para efetuar tal operação, devemos exigir que o número a
pertença ao domínio de f e ao domínio de g. Portanto o
domínio da função produto é Dom  f  g   ℝ .

Temos  f  g  a   f  a   g  a  

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 a 3  2a 2   3a 2  1  3a 5  a 3  6a 4  2a 2 

3a 5  6 a 4  a 3  2 a 2 .

f
d) , com f  x   x3  2 x 2 e g  x   3x 2  1 .
g

Esta nova função exige uma atenção na hora de explorar qual é


o domínio.
 f  f a
Pela notação utilizada, devemos executar    a   .
g g a
Mas perceba que se a imagem g  a  ou igual a zero, haverá a
f 
impossibilidade de cálculo de    a  .
g
Então devemos retirar do domínio de g, os números nos quais a
função g assume valor zero. Vamos procurá-los.

1 1
g  x   0  3x 2  1  0  3x 2  1  x 2   x .
3 3

Então, poderemos efetuar as operações de cálculo da nova


f 1 1
função apenas nos números reais diferentes de e .
g 3 3

f   1 1 
Dom    ℝ   , .
g  3 3

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Temos, assim,
 f  f  a  a 3  2a 2
  a   .
g g a 3a 2  1

Exercício 30. Considere as funções definidas por


f  x   3  x e g  x   x  1 . Escreva as definições
2

algébricas e os domínios das funções:


a) f  g ;
b) f  g ;
c) f  g ;
f
d) .
g

Resolução.
Determinemos os domínios das funções elencadas no
enunciado.

A função definida por f  x   3  x não pode ser calculada


em todos os números reais. Devemos exigir uma condição de
existência para a sentença algébrica que define a função. O
radicando não pode ser negativo.

3 x  0  x  3.

Então Dom  f   (,3] .

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A função definida por g  x   x 2  1 também não pode ser


calculada para todos os números reais. Devemos exigir que o
radicando seja nulo ou positivo.

x 2  1  0  x 2  1  x   1 ou x  1 .

Então Dom  g   (, 1]  [1, ) .

a) f  g , com f  x   3  x e g  x   x 2  1 .
Os números que podemos tomar para calcular a nova função
f  g devem estar nos dois domínios ao mesmo tempo. Então,
escrevemos:

Dom  f  g   Dom  f   Dom  g  .

Então, devemos determinar a interseção de Dom  f   (,3]


com Dom  g   (, 1]  [1, ) .

Assim, Dom  f  g   (, 1]  [1,3] .

Se a  (  ,  1]  [1, 3] então calculamos:

f  g  a   f  a   g  a   3  a  a 2  1 .

b) f  g , com f  x   3  x e g  x   x 2  1 .

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Para efetuar os cálculos necessários da nova função f  g


precisamos que os números estejam no domínio:

Dom  f  g   (, 1]  [1,3] .

Se a  (  ,  1]  [1, 3] então calculamos:

f  g  a   f  a   g  a   3  a  a 2  1 .

c) f  g , com f  x   3  x e g  x   x 2  1 .

Para efetuar os cálculos necessários da nova função f  g


precisamos que os números estejam no domínio:

Dom  f  g   (, 1]  [1,3] .

Se a  (  ,  1]  [1, 3] então calculamos:

 f  g  a   f  a   g  a   3  a  a2 1 

 3  a   a2 1 .

f
d) , com f  x   3  x e g  x   x 2  1 .
g

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f
Para efetuar os cálculos necessários da nova função
g
precisamos que os números a estejam no intervalo (  ,  1] ,
mas que também não anulem o valor g  a  .

Sabemos que g  a   0 quando a  1 .


f 
Dessa maneira, escrevemos que Dom    (, 1)  (1,3] .
g
Então, se a  (  ,  1)  [1, 3] podemos calcular:

 f  f a 3 a
  a   .
g g a a2 1

Exercício 31. Considere as funções definidas por


f  x   x 2  1 e g  x   2 x  1 . Escreva as definições algébricas
e os domínios das funções:
a) f g ;
b) g f ;
c) f f ;
d) g g .

Resolução.
O domínio da função f é Dom  f   ℝ , já que a sentença
algébrica que define a função é polinomial.

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O domínio da função g é Dom  g   ℝ , também devido à


definição desta função ser dada por uma sentença algébrica
polinomial.

a) f g , com f  x   x 2  1 e g  x   2 x  1 .

A notação f g indica que essa nova função toma um número


real a, calcula sua imagem pela função g e depois toma essa
imagem g  a  e calcula o valor de f nesse número.

Para todo a  ℝ  Dom  g  temos g  a   2a  1 . Como f é


polinomial, podemos calcular f nesse número 2a  1 .

f g  a   f  g  a    f  2a  1   2 a  1  1 
2

4a 2  4a  1  1  4a 2  4a .

b) g f , com f  x   x 2  1 e g  x   2 x  1 .

A notação g f indica que essa nova função toma um número


real a, calcula sua imagem f  a  e depois calcula a imagem de
f  a  pela função g.

Como a função g é polinomial, podemos efetuar esse cálculo


em todos os pontos do domínio de f. Então, temos:

Para todo a  ℝ ,

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g f  a   g  f  a    g  a 2  1  2  a 2  1  1 

2a 2  2  1  2a 2  1 .

f , com f  x   x  1 .
2
c) f

A notação indica que para a  ℝ , essa nova função calcula o


número f  a  e depois calcula a imagem de f  a  pela função
f novamente.

Para todo a  ℝ ,
f f  a   f  f  a    f  a 2  1   a 2  1  1 
2

a 4  2a 2  1  1  a 4  2a 2 .

d) g g , com g  x   2 x  1 .

A notação indica que para a  ℝ , essa nova função calcula o


número g  a  e depois calcula a imagem de g  a  pela função
g novamente.

Para todo a  ℝ ,
 g g  a   g  g  a    g  2a  1  2  2a  1  1 
4a  2  1  4a  3 .

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Exercício 32. Considere as funções definidas por f  x   x  2


e g  x   x 2  3x  4 . Escreva as definições algébricas e os
domínios das funções:
a) f g ;
b) g f ;
c) f f ;
d) g g .

Resolução.
O domínio de f é: Dom  f   ℝ ;
O domínio de g é: Dom  g   ℝ .

a) f g .

A notação indica que se deve calcular a imagem g  a  e depois


calcular a imagem de g  a  pela função f. Como f é linear não
há problemas advindos da imagem de g. Temos
Dom  f g   ℝ .

Para todo a  ℝ ,
 f g  a   f  g  a    f  a 2  3a  4  

  a 2  3a  4   2  a 2  3a  2 .

b) g f .

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Como a função g não tem restrições ao cálculo, isto é, seu


domínio é o conjunto de todos os números reais, temos
Dom  g f   ℝ .

Para todo a  ℝ ,
 g f  a   g  f  a    g  a  2 

  a  2   3  a  2   4  a 2  4 a  4  3a  6  4  a 2  a  2 .
2

c) f f .

Temos Dom  f f   ℝ.

Para todo a  ℝ ,
 f f  a   f  f  a    f  a  2   a  2  2  a  4 .
d) g g .

Temos Dom  g g   ℝ .

Para todo a  ℝ ,
 g g  a   g  g  a    g  a 2  3a  4  

  a 2  3a  4    a 2  3a  4   4 
2

 a 4  3a 3  4 a 2  3a 3  9 a 2  12 a  4 a 2  12 a  16 

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 a 4  6 a 3  17 a 2  24 a  16 .

Exercício 33. Considere as funções definidas por


f  x   1  3x e g  x   cos  x  . Escreva as definições
algébricas e os domínios das funções:
a) f g ;
b) g f ;
c) f f ;
d) g g .

Resolução.
O domínio de f é: Dom  f   ℝ ;
O domínio de g é: Dom  g   ℝ .

a) f g .

A notação indica que se deve calcular a imagem g  a  e depois


calcular a imagem de g  a  pela função f. Como f é linear não
há problemas advindos da imagem de g. Temos
Dom  f g   ℝ .

Para todo a  ℝ ,
 f g  a   f  g  a    f  cos  a    1  3 cos  a  
1  3cos  a  .

b) g f .

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Como a função g não tem restrições ao cálculo, isto é, seu


domínio é o conjunto de todos os números reais, temos
Dom  g f   ℝ .

Para todo a  ℝ ,
 g f  a   g  f  a    g 1  3a   cos 1  3a  .

c) f f .

Temos Dom  f f   ℝ.

Para todo a  ℝ ,
 f f  a   f  f  a    f 1  3a   1  31  3a 
1  3  9a  2  9a .

d) g g .

Temos Dom  g g   ℝ .

Para todo a  ℝ ,
 g g  a   g  g  a    g  cos  a    cos  cos(a)  .

Exercício 34. Considere as funções definidas por f  x   x e


g  x   3 1  x . Escreva as definições algébricas e os domínios
das funções:
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a) f g;
b) g f ;
c) f f ;
d) g g.

Resolução.
Existe condição de existência para a expressão que define a
função f  x   x . O domínio é [0,  ) .
O domínio de g é ℝ .

a) f g ;

A notação indica que devemos calcular o valor de um número


a pela função g e depois calcular a função f no valor g  a  .
Existe a possibilidade de g  a  ser negativo, e nesse caso, não
se pode calcular f  g  a   .

Vemos que se x  1 então g 1  3 1  1  0 .


Para x  1 temos que g  x   3 1  x  0 .
Para x  1 temos que g  x   3 1  x  0 .

Então se a  1 temos g  a   3 1  a  0 e daí

f g  a  f  g  a  f  3

1 a  3
1 a  6 1 a .

Então f g : (  ,1]  ℝ ; f g  a   6 1  a .

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b) g f ;

Como Dom  g   ℝ não haverá problemas no cálculo de


g  f  a .

g f  a  g  f  a  g  a  3
1 a .

Então, g f : [0,  )  ℝ ; g f  a   3 1  a .

c) f f ;

A Imagem de f é Im  f   [0, ) então não haverá problemas


no cálculo de f  f  a   .

f f  a   f  f  a   f  a  a 4a.

Então f f : [0,  )  ℝ ; f f a  4 a .


d) g g .

Como Dom  g   ℝ não haverá problemas no cálculo de


g  g  a .

g g  a  g  g  a  g  3

1 a  3 1 3 1 a .

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1
Exercício 35. Considere as funções definidas por f  x   x 
x
x 1
e g  x  . Escreva as definições algébricas e os domínios
x2
das funções:
a) f g ;
b) g f ;
c) f f ;
d) g g .

Resolução.
Existem condições de existência para as sentenças que definem
as funções do enunciado.
Para a existência da função f devemos exigir que x  0 , logo
temos Dom  f   (, 0)  (0, ) .
Para a existência da função g devemos exigir que x  2 , logo
temos Dom  g   (, 2)  (2, ) .

1 x 1
a) f g , com f  x   x  e g  x  .
x x2
A notação dessa nova função nos diz que para um número a,
primeiramente calcula-se a imagem g  a  , e depois calcula-se
a imagem de g  a  pela função f.
Assim precisamos verificar se existe a possibilidade da imagem
g  a  ser igual a zero, pois nesse caso, não conseguiremos
calcular a composta.

x 1
Se g  x   , então g  x   0  x  1 .
x2

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Precisamos retirar o número x  1 do domínio da função


composta f g .

Assim, além de x  2 que não pertence ao domínio de g,


precisamos exigir que o número x  1 também não esteja no
domínio da composta.

Temos Dom  f g   (, 2)  (2, 1)  (1, )

Para todo a  ℝ  { 2,  1} temos


a 1   a 1 
 f g  a   f  g  a    f 
1
   a 1 
a2 a2  
 
a2
a 1 a  2
 .
a  2 a 1

1 x 1
b) g f , com f  x   x  e g  x  .
x x2

Essa nova função calcula a imagem de um número a por f e


depois toma esse número f  a  e calcula g  f  a   . Então é
preciso tomar cuidado e verificar a possibilidade de f  a 
anular o denominador de g.

Devemos perguntar: Existe a em Dom  f  tal que f  a   2 ?

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1
a  2  a 2  1  2 a  a 2  2 a  1  0 
a

 a  1
2
 0  a  1 .

1
Então f  1  1   2 e não podemos calcular
1
g  f  1  .
Assim, devemos retirar 1 do domínio de f para podermos
calcular a composta.

Temos: Dom  g f   (, 1)  (1, 0)  (0, ) .


Para a  ℝ  {1, 0} temos
 1
 a   1
 g f  a   g  f  a    g  a     1a  
1
 a  
 a  a   2
a2  1  a
a a2  a  1
 .
a 2  1  2a a 2  2 a  1
a

1
c) f f , com f  x   x  .
x

Como f não pode ser calculada em zero, devemos determinar se


existe a possibilidade de f  a   0 .

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1 x2  1
x 0  0 . Logo, não existe essa possibilidade.
x x
Todos os pontos do domínio de f são pontos do domínio dessa
nova função.

Dom  f f   ℝ  {0} .

Para todo a  ℝ  {0} temos:


 1  1 1
f f  a   f  f  a    f  a     a    
 a  a  1
 a  a 
1 a
a  2 .
a a 1

x 1
d) g g , com g  x   .
x2

Como g não pode ser calculada em x  2 devemos determinar


se existe a possibilidade de g  a   2 .

x 1
g  x   2   2  x  1   2 x  4 
x2

5
3 x  5  x   .
3

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5 5  3
 1
 5 2
Então g     3  3   2 e não será possível
 3   5  2 5  6 1
3 3
  5 
efetuar g  g     .
  3 
Devemos tomar como domínio da composta o seguinte
conjunto:

 5
Dom  g g   ℝ  2,   .
 3

Para todo a  Dom  g g  temos:


 a 1 
1
 a  1   a  2 
 g g  a   g  g  a    g   
 a  2   a 1   2
 a  2 
a 1 a  2
a2 2a  3
 .
a  1  2a  4 3a  5
a2

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x
Exercício 36. Considere as funções definidas por f  x  
1 x
e g  x   sin  2 x  . Escreva as definições algébricas e os
domínios das funções:
a) f g ;
b) g f ;
c) f f ;
d) g g .

Resolução.
Os domínios são: Dom  f   ℝ  {1} e Dom  g   ℝ .

a) f g ;

Existe a possibilidade de g  a   1 ? Sim.



g  a   1  sin  2a   1  2a  2 k  
2

 a  k  .
4
  
Então f g : ℝ  k  , k  ℤ  é tal que:
 4 

sin  2a 
f g  a   f  g  a    f  sin  2a    .
1  sin  2a 

b) g f ;

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Como o domínio de g é o conjunto de todos os números reais


não há problemas extras para a determinação da composta
g f .

A função é g f : ℝ  1  ℝ ;
 a   2a 
g f  a  g  f  a  g    sin  .
 1 a   1 a 

c) f f ;

Existe a possibilidade de f  a   1 ? Sim.

a 1
f  a   1   1  a  1  a  a   .
1 a 2

1 / 2  1 / 2
Verifiquemos: f  1 / 2     1 .
11 / 2 1 / 2
1
Então o ponto a   deve ser retirado para o cálculo da
2
composta f f .

 1
Assim, f f : ℝ  1,    ℝ ;
 2

 a 
f f  a   f  f  a   f  
 1 a 

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a a
a
 1 a  1 a  .
a 1  a  a 1  2a
1
1 a 1 a

d) g g .

Não haverá problemas no cálculo dessa composta.

g g :ℝ  ℝ ;
g g  a   g  g  a    g  sin  2a    sin  sin  2a   .

Exercício 37. Considere as funções definidas por:


f  x   3x  2 , g  x   sen  x  e h  x   x 2 . Determine a
expressão algébrica e o domínio de f g h .

Resolução.
A notação f g h indica que no número a do domínio de h
será efetuado o cálculo h  a  . Depois será calculado o seno
desse número h  a  e depois calculado f da imagem sen  h  a  
.

Como não há restrições a serem feitas nos domínios de g e de f,


o domínio da composta proposta no enunciado é igual ao
domínio de h.

Então para todo a  ℝ temos:

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f g h  a   f  g  h  a     f  g  a 2    f sen  a 2   

 
3 sen  a 2   2  3sen  a 2   2 .

Exercício 38. Considere as funções definidas por:


f  x   x  4 , g  x   2 x e h  x   x . Determine a expressão
algébrica e o domínio de f g h .

Resolução.
A notação f g h indica que no número a do domínio de h
será efetuado o cálculo h  a  . Depois será calculado o seno
desse número h  a  e depois calculado f da imagem sen  h  a  
.

Os domínios de f e g são iguais ao conjunto dos reais, logo, não


há números do Dom  h   [0, ) que devam ser retirados para o
cálculo dessa composta.

Temos f g h : [0,  )  ℝ ;

f g h  a  f g  h  a  f g  a   f  g  a  
f 2   2
a a
4 .

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Exercício 39. Considere as funções definidas por:


f  x   x  3 , g  x   x 2 e h  x   x3  2 . Determine a
expressão algébrica e o domínio de f g h .

Resolução.
O domínio de h é ℝ .
O domínio de g é ℝ .
Para determinar o domínio de f devemos impor uma condição
de existência da sentença matemática que define a função,
devemos exigir que o radicando seja maior ou igual a zero.

x3 0  x  3.

Então Dom  f   [3, ) .

Observemos o gráfico de f.

A notação f g h indica que os cálculos dessa função


 
composta são  f g h  a   f g  h  a   .

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Como f será calculada na imagem de g, devemos exigir que a


imagem de números pela função g não sejam inferiores a 3,
caso isso ocorra não conseguiremos calcular a função
composta.

Como g  x   x 2 , devemos exigir que:


x2  3  x   3 ou x  3 .

Vejamos essa situação no gráfico de g.

Dessa maneira, devemos impor às imagens de a por h que:

h  a   (,  3]  [ 3, ) .

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A definição de h é: h  x   x3  2 , vejamos quando a imagem


de um número x será igual a  3 :

x3  2   3  x3   3  2 

x  3  3  2 ou x  3
32 .

Podemos compreender melhor tais desigualdades observando o


gráfico de h  x   x3  2 .

Para números reais x inferiores a 3  3  2 , conjunto marcado


em verde na ilustração anterior, tem-se:

x  3  3  2  h  x    3  g  h  x   3 .

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Para números reais x superiores a 3 3  2 , conjunto marcado


em verde na ilustração anterior, tem-se:

x 3
3  2  h  x   3  g  h  x   3 .

E nesses casos podemos calcular f g  h  x   .  

Assim, se a  3  3  2 ou a  3
3  2 temos:

f   
g h  a   f g  h  a    f g  a 3  2   
f  a  2  
3 2
a 3
 2  3 .
2

Reforçando a informação:
Dom  f g h   ( ,  3  3  2]  [ 3 3  2, ) .

Exercício 40. Considere as funções definidas por:


x
f  x   tan  x  , g  x   e h  x   3 x . Determine a
x 1
expressão algébrica e o domínio de f g h .

Resolução.
O domínio de h é ℝ .
O domínio de g é ℝ  1 .
O domínio de f é ℝ  k , k  ℤ .

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Existe a possibilidade de h  a   1 ? Sim.

h  a   1  3 a  1  a  1.

Por enquanto, sabemos que devemos evitar x  1 para o


cálculo da composta g h .

Existe a possibilidade de g  x  ser da forma k  , k  ℤ ? Sim.

x
 k  x  k x  k  1  k  x   k 
x 1

 k
 x .
1  k

Então para que possamos calcular a composta f g h


devemos fazer as restrições:

   k 
f g h : ℝ   1   , k  ℤ   `;
 1  k 

 a 
 a   f 
3
f g h  a   f g  h  a   f g 3
 
 a 1 
3

 3a 
 tan  3  .
 a  1 

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Exercício 41. Considere a função F  x    2 x  x 2  . Expresse


4

essa função como uma composição f g não trivial, isto é,


sem que f ou g seja função identidade.

Resolução.
Percebemos que a última operação efetuada no cálculo da
função F é a operação que calcula a quarta potência. Então,
uma maneira de obter a função como o resultado de uma
composição é:

Considere a função m : ℝ  ℝ , m  x   x 4 e a função


n : ℝ  ℝ , n  x  2x  x . 2

Tem-se que:
 m n  : ℝ  ℝ é tal que
 m n  x   m  n  x    m  2 x  x 2    2 x  x 2 
4
.

Assim, F  m n .

Exercício 42. Considere a função F  x   cos 2  x  . Expresse


essa função como uma composição f g não trivial, isto é,
sem que f ou g seja função identidade.

Resolução.
A notação envolvida no enunciado tem o seguinte significado
cos 2  x    cos  x   .
2

Percebemos então que primeiramente deve-se calcular o


cosseno do número x e depois elevar-se ao quadrado o
resultado.
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Considere a função m : ℝ  ℝ ; m  x   cos  x  e a função


n : ℝ  ℝ ; n  x   x2 .

Tem-se que n m : ℝ  ℝ é tal que


n m  x   n  m  x    n  cos  x     cos  x    F  x  .
2

Assim, temos a composição F  x   n m  x  .

3
x
Exercício 43. Considere a função F  x   . Expresse
1 x 3

essa função como uma composição f g não trivial, isto é,


sem que f ou g seja função identidade.

Resolução.
A função do enunciado tem domínio Dom  F   ℝ  {1} .

Percebemos a expressão 3 x no numerador e no denominador.


Se pensarmos em substituí-la pela imagem de uma função,
obteremos a composição desejada.

Considere a função n : ℝ  {1}  ℝ , n  x   3 x e a função


x
m : ℝ  ℝ , m  x  .
1 x

Temos m n : ℝ  {1}  ℝ dada por

 m n  x   m  n  x    m  
3
x
3
x  .
1 x 3

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x
Exercício 44. Considere a função F  x   . Expresse
3
1 x
essa função como uma composição f g não trivial, isto é,
sem que f ou g seja função identidade.

Resolução.
Consideremos as funções:

x
m : ℝ  1  ℝ ; m  x   e
1 x
n : ℝ  ℝ ; n  x  3 x .

Tem-se n m : ℝ  {1}  ℝ dada por


 x  3 x
n m  x   n  m  x   n    F  x .
 1 x  1 x

Exercício 45. Considere a função F  t   sec  t 2  tg  t 2  .


Expresse essa função como uma composição f g não trivial,
isto é, sem que f ou g seja função identidade.

Resolução.
Qual é o domínio da função F?

É preciso que t 2 não seja igual a múltiplos inteiros de .
2

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Então é preciso que t não seja igual aos números k com
2
k ℤ .

Assim, a função considerada no enunciado tem domínio


  
Dom  F   ℝ   k , k  ℤ  .
 2 

Percebemos que a expressão t 2 aparece no arco da função


secante e também no arco da função tangente. Vamos
considerar que essa expressão quadrática seja o resultado da
aplicação de uma função inicial, e que o cálculo do produto das
funções trigonométricas seja o cálculo da segunda função da
pretendida composição.

  
Considere a função g : ℝ   k , k  ℤ   ℝ , g  x   x 2 e a
 2 
  
função f : ℝ  k , k  ℤ   ℝ , f  x   sec  x  tg  x  .
 2 

  
Tem-se: f g : ℝ   k , k  ℤ   ℝ dada por
 2 
 f g  x   f  g  x    f  x 2   sec  x 2  tg  x 2  .

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tan  t 
Exercício 46. Considere a função F  t   . Expresse
1  tan  t 
essa função como uma composição f g não trivial, isto é,
sem que f ou g seja função identidade.

Resolução.
Qual o domínio de F?
É preciso que t  k  , k  ℤ , pois caso contrário não podemos
calcular a tangente.
Também é preciso que tan  t   1 , ou seja, é preciso que se

tenha a restrição t  2k  .
4

  
Então se chamarmos A  k , k  ℤ e B   2k  , k  ℤ 
 4 
podemos escrever que Dom  F   ℝ   A  B  .

Considere n : ℝ   A  B   ℝ ; n  t   tan  t  .
a
Considere também m : ℝ  1  ℝ ; n  a   .
1 a

Tem-se m n : ℝ   A  B   ℝ ;
tan  t 
m n  t   m  n  t    m  tan  t     F t  .
1  tan  t 

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Exercício 47. Considere a função F  x   x  1 . Expresse


essa função como uma composição f g h não trivial, isto é,
sem que f , g ou h seja função identidade.

Resolução.
Devemos exigir que x  0 .

Também devemos exigir que x 1  0 .


Isso ocorre se e somente se x  1  x  1.
Então Dom  F   [1, ) .

Considere h :[1, )  ℝ; h  x   x .
Considere g : ℝ  ℝ; g  a   a  1 .
Considere f :[0, )  ℝ; f  b   b .

Tem-se f g h : [1,  )  ℝ ;

f g h  x  f g  h  x  f g  x   f  g  x  
f  
x 1  x 1  F  x  .

Exercício 48. Considere a função F  x   8 2  x . Expresse


essa função como uma composição f g h não trivial, isto é,
sem que f , g ou h seja função identidade.

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Resolução.
Devemos exigir que 2  x  0 , mas isso é sempre verdadeiro
para qualquer número real. Logo Dom  F   ℝ .

Considere h : ℝ  ℝ ; h  x   x .
Considere g : ℝ  ℝ; g  a   2  a .
Considere f : [0,  )  ℝ ; f  b   8 b .

Tem-se f g h : ℝ  ℝ ;

f g h  x   f g  h  x   f g  x  

 
 f g  x   f 2  x   8 2  x  F  x .

Exercício 49. Considere a função F  x   sec 4  x  . Expresse


essa função como uma composição f g h não trivial, isto é,
sem que f , g ou h seja função identidade.

Resolução.
Consideremos:
h :[0, )  ℝ; h  x   x .
1
Como sec  x   , para calcular a secante de um arco x
cos  x 
devemos exigir que x  k  , k  ℤ .
Consideremos:

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g : ℝ  k , k  ℤ  ℝ; g  a   sec  a  .

Pode ocorrer h  x   k ? Sim.


h  x   k  x  k  x   k  .
2

Então para termos a composta g h devemos retirar do


domínio de h os pontos  k  , k ℤ .
2

Considere f : ℝ  ℝ; f  b   b 4 .

Então podemos considerar:


f g h :[0, )   k  ; k  ℤ  ℝ ;
2

f g h  x   f g  h  x   f g  x 
  x   f sec  x   sec  x 
4
 f g  F  x .

Exercício 50. Considere a seguinte tabela.

Utilize a tabela para determinar os seguintes valores.

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a) f  g 1  ;
b) g  f 1  ;
c) f  f 1  ;
d) g  g 1  ;
e)  g f  3 ;
f)  f g  6  .

Resolução.

a) Vemos que:
g 1  6 e que f  6  5 , então f  g 1   f  6   5 .

b) Vemos que:
f 1  3 e que g  3  2 , então g  f 1   g  3  2 .

c) Vemos que:
f 1  3 e que f  3  4 , então f  f 1   f  3  4 .

d) Vemos que:
g 1  6 e que g  6   3 , então g  g 1   g  3  6 .

e) Vemos que:
f  3  4 e que g  4   1 , então
g f  3  g  f  3   g  4   1 .

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f) Vemos que:
g  6   3 e que f  3  4 , então
f g  6   f  g  6    f  3  4 .

Exercício 51. Considere os seguintes gráficos para f e g.

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Determine o valor da expressão ou determine por que não estão


definidas.

a) f  g  2  
b) g  f  0  
c)  f g  0 
d)  g f  6 
e)  g g  2 
f)  f f  4 

Resolução.

a) Temos g  2   5 e f  5  4 , então f  g  2    f  5  4 .

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b) Temos f  0  0 e g  0   3 , então g  f  0    g  0   3 .

c) Temos g  0   3 e f  3  0 , então f  g  0    f  3  0 .

d) Temos f  6  6 e g  6    , pois 6 não pertence ao


domínio de g. Então  g f  6  não pode ser calculado.

e) Temos g  2   1 e g 1  4 , então g  g  2    g 1  4 .

f) Temos f  4   2 e f  2   2 , então f  f  4    f  2   2 .

Exercício 52. Considere os seguintes gráficos para f e g.

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Determine ou estime os valores de f  g  x   para:


x  5, 4,  3,  2, 1, 0,1, 2, 3, 4, 5 .
Use esses valores para esboçar o gráfico de f g .

Resolução.

Vamos escrever valores aproximados, pois a impressão do


quadro que mostra os gráficos sofre alterações de posição em
cada exemplar do livro impresso.

Para x  5 , os gráficos mostram que:


g  5  0.2 e f  0.2   3.9 .
Então  f g  5  f  g  5   3.9 .

Para x  4 , os gráficos mostram que:


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g  4   1.2 e f 1.2   3.1 .


Então  f g  4   f  g  4    3.1 .

Para x  3 , os gráficos mostram que:


g  3  2.2 e f  2.2   1.5 .
Então  f g  3  f  g  3   1.5 .

Para x  2 , os gráficos mostram que:


g  2   2.7 e f  2.7   0.5 .
Então  f g  2   f  g  2    0.5 .

Para x  1 , os gráficos mostram que:


g  1  3.0 e f  3.0   0.2 .
Então  f g  1  f  g  1   0.2 .

Para x  0 , os gráficos mostram que:


g  0   2.8 e f  2.8  0.4 .
Então  f g  0   f  g  0    0.4 .

Para x  1 , os gráficos mostram que:


g 1  2.3 e f  2.3  1.7 .
Então  f g 1  f  g 1   1.7 .

Para x  2 , os gráficos mostram que:


g  2  1.2 e f 1.2   3.1 .
Então  f g  2   f  g  2    3.1.

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Para x  3 , os gráficos mostram que:


g  3  0.2 e f  0.2   3.9 .
Então  f g  3  f  g  3   3.9 .

Para x  4 , os gráficos mostram que:


g  4   2 e f  2   2 .
Então  f g  4   f  g  4    2 .

Para x  5 , os gráficos mostram que:


g  5  4.1 e f  4.1  1.9 .
Então  f g  5  f  g  5   1.9 .

Temos os pares ordenados  a, f ( g (a))  :


 5, 3.9 ,  4, 3.1 ,  3, 1.5 ,  2, 0.5 ,  1, 0.2  ,
 0, 0.4  , 1, 1.7  ,  2, 3.1 ,  3, 3.9 ,  4, 2  e  5,1.9  .
Inserimos esses pares ordenados o Geogebra.
Depois utilizamos o comando
RegressãoPolinomial[{A,B,C,D,E,F,G,H,I,J,K},7}.
O Geogebra determina a função polinomial de grau 7 cujo
gráfico melhor aproxima os pontos.

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Exercício 53. Considere que a queda de uma pedra num lago


com superfície bem calma gere ondas circulares que se
espalhem a 60 centímetros por segundo.
a) Expresse o raio dos círculos das ondas em função do tempo.
b) Considere que A é a área dos círculos em função do raio,
determine A r e interprete seu significado.

Resolução.

a) Como as ondas se espalham a 60 cm/s, os raios crescem


linearmente segundo a lei r  t   60  t , onde t é dado em
segundos. Após um segundo o raio da primeira onda é de 60
cm, depois de 2 segundos o raio da onda é de 120 cm, e assim
por diante.

b) Se a área de um círculo de raio r é A   r 2 , então podemos


calcular a composição A r .
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 A r  (t )  A  r (t )     60t 
2
 3600 t 2 .

Como o raio depende do tempo, a área também depende do


tempo. A expressão anterior é a expressão dessa dependência,
ela fornece a área do círculo delimitado pela onda em função
do tempo em segundos.

Exercício 54. Considere que um balão idealmente esférico é


inflado e que seu raio cresça a uma taxa de 2 centímetros a
cada segundo.
a) Determine a expressão do raio do balão em função do tempo
em segundos.
b) Sendo V a expressão do volume do balão esférico em função
de seu raio, determine a composição V r e explique seu
significado.

Resolução.
a) Se a taxa de crescimento é de 2 cm/s, a dependência do raio
em função do tempo é linear, temos que r  t   2t centímetros.

4
b) Temos que o volume do balão esférico é V   r 3 .
3
4
Podemos calcular a composta: V r  (t )  V  r (t )     2t  .
3

3
32
Temos, assim, V  t    t 3 . Essa é a expressão do volume do
3
balão em função do tempo.

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Exercício 55. Considere que um navio siga rota paralela a


costa com velocidade constante de 30 quilômetros por hora e
sempre a 6 quilômetros da costa. Admita que a costa marítima
seja uma reta perfeita e que o navio passa por um farol ao meio
dia. (obs. na verdade o navio passa pela perpendicular à costa
que passa pela posição do farol).

a) Determine a distância s entre o farol e o navio em função da


distância d que o navio percorreu desde o meio dia, ou seja,
encontre s  f  d  .
b) Determine d em função de t, ou seja, d  g  t  .
c) Determine a composta f g e explique o significado dessa
composição.

Resolução.

b) A distância que o navio percorre após o meio dia depende


linearmente do tempo, já que a velocidade é constante.
Podemos escrever: d  30t , com t dado em horas e d em
quilômetros.

a) O percurso é sempre a 6 km da costa, e d é medido após a


passagem do navio na perpendicular pelo farol da costa.

A distância s entre o farol e o navio será igual à medida da


hipotenusa do triângulo de catetos 6 e d.

s 2  6 2  d 2  s  d   36  d 2 .

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c) A composta desejada fornecerá a expressão da distância s


em função do tempo em horas.

d  t   30t  s  d   s  t   36   30t  
2

s  t   36  900t 2 .

Exercício 56. Considere que um avião voa paralelamente ao


solo a uma altitude de 1 km e a uma velocidade de 350 km por
hora. Considere que o avião passa exatamente sobre uma
estação de radar no instante t  0 .

a) Determine a distância horizontal de voo d como uma função


de t.
b) Determine a distância s entre o avião e a estação de radar
como função de d.
c) Determine s em função de t mediante uma composição de
funções.

Resolução.

a) Como a velocidade é de 350 km/h, podemos expressar a


distância horizontal d como d  t   350t , já que para t  0 o
avião está na vertical sobre a estação de radar.

b) Consideramos um triângulo retângulo de catetos 1 e d. A


distância s desejada é a medida da hipotenusa. Temos:

s 2  12  d 2  s  d   1  d 2 .
c) Se considerarmos  s d  t  teremos o desejado.

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s d  t   s  d  t    1   d (t )  1  350t  .
2 2

Então s  t   1  122500t 2 .

Exercício 57. A função de Heaviside.


A função conhecida na Ciência como função de Heaviside é
definida por

0 se t  0
H t    .
1 se t  0

Essa função é muito utilizada no estudo de circuitos elétricos


para modelar o surgimento repentino de uma corrente elétrica,
ou de uma voltagem repentina.

a) Esboce o gráfico da função de Heaviside.


b) Esboce o gráfico da voltagem V  t  em um circuito se uma
chave for ligada no instante t  0 e forem aplicados 120 V no
circuito. Escreva V  t  em função de H  t  .
c) Esboce o gráfico da voltagem, se ela é instantaneamente
ligada no instante 5 segundos e tem magnitude de 240 V.
Escreva uma expressão de V  t  em função de H  t  . Observe
o início em t  5 .

Resolução.

a) Vamos definir a função com o seguinte comando:

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Se x  0 a função vale “0”, senão ela vale “1”.


Essa definição é registrada na janela de álgebra da seguinte
maneira.

O gráfico é mostrado a seguir.

Observe que o Geogebra não desenha o gráfico como


costumamos desenhar com lápis, ele não marca a “bolinha”
aberta no ponto  0, 0  e a “bolinha” fechada no ponto  0,1 .

b) A voltagem pode ser definida da seguinte maneira:

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V  t   120  H  t  ,
onde H  t  é a função de Heaviside. Tal definição faz com que
o gráfico da função de Heaviside seja expandido verticalmente
por um fator 120.

O gráfico é mostrado a seguir.

c) Podemos definir V  t   240H  t  5 . Assim o gráfico de


V  t  é obtido a partir do gráfico de H  t  por expansão
vertical de fator 240 e por translação de 5 unidades para a
direita.

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Exercício 58. A função rampa. Essa função é definida a partir


da função de Heaviside da seguinte maneira:

y  t   ctH  t  .
Tal função modela um crescimento gradual a partir de um
instante de tempo t  0 .

a) Esboce o gráfico dessa função rampa.


b) Suponha que num circuito elétrico a voltagem é ligada no
instante t  0 e aumenta gradualmente até atingir a grandeza de
120 Volts depois de 60 segundos. Nesse caso, expresse a
voltagem V  t  em função de H  t  . Esboce o gráfico da
voltagem V  t  .
c) Suponha que num circuito, a voltagem é ligada no instante
t  7 s. Suponha que ela cresça gradualmente até atingir a

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marca de 100 Volts em 25 segundos. Expresse V  t  em


função de H  t  para o tempo entre 7 e 32 segundos.

Resolução.

a) O gráfico de y  t   tH  t  tem uma seção de crescimento


linear.

120
b) A expressão da voltagem é V  t   tH  t   2tH  t  .
60
O gráfico é mostrado a seguir.

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100
c) A voltagem é dada por V  t   tH  t   4tH  t  .
25

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Exercício 59. Considere funções lineares dadas como


f  x   ax  b e g  x   cx  d . A função f g também a
linear? Se for, qual é o coeficiente linear dessa composta?

Resolução.

Calculamos.
 f g  x   f  g  x    f  cx  d   a  cx  d   b 
 acx  ad  b   ac  x   ad  b  .

A composta é uma função linear e o coeficiente angular é igual


ao produto dos coeficientes de f e g.

Exercício 60. Um investimento de x unidades monetárias a


juros de 4% ao ano fornece um montante de A  x   1.04 x
depois de um ano.
Determine a expressão de: A A , A A A e A A A A .
Qual é o significado dessas composições?
Determine uma fórmula para a composta A A ⋯ A .
n cópias

Resolução.
Se A  x  fornece o montante após um ano a juros de 4%, a
composta  A A ( x) fornece o montante após dois anos a juros
de 4%.
Assim,  A A A ( x) fornece o montante após deixar-se x
unidades monetárias em aplicação de 4% ao ano pelo período
de 3 anos. E assim por diante.

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Tem-se
 A A  ( x)  A  A( x)   A 1.04 x   1.04 1.04 x   1.04  x .
2

E então vemos que  A A A  ( x )  A  (1.04) 2 x   1.04  x .


3

Dessa maneira deduzimos que  A A ⋯ A  ( x)  1.04  x .


n

n cópias

Exercício 61.
a) Considere g  x   2 x  1 e h  x   4 x 2  4 x  7 . Determine
uma função f tal que f g  h .
b) Considere f  x   3x  5 e h  x   3x 2  3x  2 . Determine
uma função g tal que f g  h .

Resolução.
a) Devemos considerar que tomamos um número real x e
aplicamos a função g, obtendo o número que se expressa como
2 x  1 . Como a expressão que devemos obter após aplicarmos
alguma função f em 2 x  1 é h  x   4 x 2  4 x  7 , que é
polinomial de grau 2. Tentemos elevar ao quadrado a expressão
2x  1 .

 2 x  1
2
 4 x2  4 x  1 .

Pra chegarmos à expressão de h  x  devemos adicionar 6.


Então é essa a transformação f. Essa função f deve elevar o
número ao quadrado e adicionar 6.

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A função procurada é definida por f  b   b2  6 .

Verificação.

f  g  x    f  2 x  1   2 x  1  6  4 x 2  4 x  1  6 .
2

b) Recebemos a informação de que f  x   3x  5 e


h  x   3x 2  3x  2 .
Devemos determinar uma função g tal que f g  h .

Vamos tentar “desfazer” o que a função f faz num número x.


Essa função f triplica o número e adiciona 5.
Para “desfazer” isso devemos subtrair 5 unidades e depois
dividir por 3.
Tomamos a expressão h  x   3x 2  3x  2 e tentemos
“desfazer” o que f faz para vermos o resultado.

3x2  3x  2  3x2  3x  2  5  3x 2  3x  3 .

3x 2  3x  3
E então 3x  3x  3   x 2  x  1.
2

Portanto a função procurada é a que transforma x em x 2  x  1 .


Essa é a primeira transformação da composta f g .

A função procurada é definida por g  n   n2  n  1 .

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Exercício 62. Considere f  x  x  4 e h  x   4 x  1.


Determine uma função g tal que g f  h .

Resolução.

Percebemos que a composição tem de ser linear, dada por


h  x   4 x  1.
A primeira transformação que se faz em x é a da função f, essa
transformação leva x em x  4 . Depois devemos aplicar outra
transformação em x  4 para obter a expressão 4 x  1 .
Percebemos que devemos multiplicar por 4. Façamos isso.

x  x  4  4  x  4   4 x  16 .

Para que a expressão final seja h  x   4 x  1, devemos subtrair


17.

Essa é a transformação (função) procurada, ela deve


multiplicar por 4 e subtrair 17.
Ou seja, ela é definida por:
g  a   4 x  17 .

Verificação: g  f  x    g  x  4   4  x  4   17  4 x  16  17 .

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Exercício 63. Considere que g seja uma função par. Se


h  f g , podemos afirmar que h será uma função par?
Explique.

Resolução.
Sim, podemos.
Perceba que a primeira transformação da composição f g é a
função g.
Como g   x   g  x  o efeito da transformação f sobre os
opostos x e  x se dá nas imagens de g que são iguais.

f g   x   f  g   x    f  g  x     f g  x  .

Exercício 64. Considere que g seja uma função ímpar. Se


h  f g , podemos afirmar que h será uma função ímpar?
E se f for par? E se f for ímpar? Explique.

Resolução.
Nem sempre.
Perceba que a primeira transformação da composição f g é a
da função g. Sabemos que:

g   x    g  x  , mas não garantimos que as imagens desses


números por f sejam iguais.

Veja, por exemplo, que se f  a   a 2 a composta não seria


uma função ímpar.

f g   x   f  g   x    f   g  x      g  x     g  x   
2 2

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  f g  x  .

Essa composta seria uma função par.


Pelo exposto percebemos que se f for uma função par, a
composta f g será uma função par.

Se f for uma função ímpar teremos:

f g   x   f  g   x    f   g  x   

  f  g  x      f g  x  .

Podemos resumir da seguinte maneira o que foi explorado


nesse exercício:

f g f g
qualquer par par
par ímpar par
ímpar ímpar ímpar

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