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NÚCLEO
DE SEGURANÇA
DO PACIENTE (NSP)
página 30
PLANO
DE SEGURANÇA
DO PACIENTE (PSP)
página 40
PROTOCOLOS
DE SEGURANÇA
DO PACIENTE
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE
4
NÚCLEO
DE SEGURANÇA
DO PACIENTE (NSP)
HOSPITAL CENTRAL DO EXÉRCITO
SEGURANÇA DO PACIENTE
5
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
SUMÁRIO:
1 INTRODUÇÃO 06
2 COMPOSIÇÃO DO NSP 07
3 PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DO NSP 09
4 COMPETÊNCIAS DO NSP 10
5 ELABORAÇÃO DO PLANO DE SEGURANÇA DO PACIENTE 11
5.1 ESTABELECIMENTO DO CONTEXTO 13
5.2 IDENTIFICAÇÃO DO RISCO 13
5.3 ANÁLISE DO RISCO 13
5.4 AVALIAÇÃO DO RISCO 14
5.5 TRATAMENTO DO RISCO 14
5.6 COMUNICAÇÃO DO RISCO 14
5.7 MONITORAMENTO E ANÁLISE CRÍTICA 15
6 CULTURA DE SEGURANÇA 15
7 NOTIFICAÇÃO DOS EVENTOS ADVERSOS 16
7.1 ETAPAS DA NOTIFICAÇÃO 19
7.1.1 Tipo de incidente 19
7.1.2 Consequências para o paciente 20
7.1.3 Características do paciente 20
7.1.4 Características do incidente ou evento adverso 20
7.1.5 Fatores contribuintes 21
7.1.6 Consequências organizacionais 21
7.1.7 Detecção 21
7.1.8 Fatores atenuantes do dano 21
7.1.9 Ações de melhoria 21
7.1.10 Ações para reduzir o risco 21
7.2 INVESTIGAÇÃO DO INCIDENTE E ANÁLISE DE PROCESSOS 24
7.2.1 Identificação e decisão de investigar 24
7.2.2 Seleção de pessoas para composição do grupo de investigação de EA 24
7.2.3 Organização e coleta de dados 24
7.2.4 Determinação da ordem cronológica do incidente 25
7.2.5 Identificação das características do incidente 25
7.2.6 Identificação dos fatores contribuintes 25
7.2.7 Elaboração de recomendações e desenvolvimento de um plano de ação 25
8 CLASSIFICAÇÃO DOS EVENTOS GRAVES 26
8.1 EVENTOS RELACIONADOS AOS PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS 26
8.2 EVENTOS RELACIONADOS A PRODUTOS 27
8.3 EVENTOS RELACIONADOS À PROTEÇÃO DO PACIENTE 27
8.4 EVENTOS RELACIONADOS À GESTÃO DO CUIDADO 27
8.5 EVENTOS AMBIENTAIS 27
8.6 EVENTOS RADIOLÓGICOS 28
8.7 EVENTOS CRIMINAIS POTENCIAIS 28
REFERÊNCIAS 28
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE
6
1. INTRODUÇÃO
O tema Segurança do Paciente se tornou destaque na Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) e no Ministério da Saúde, a partir dos movimentos da Aliança Mundial
de Segurança do Paciente, que buscavam melhorias nas práticas assistenciais de saúde
para tornar o cuidado oferecido mais seguro.
No Brasil, o Ministério da Saúde (MS), por meio da publicação da Portaria nº 529,
de 1º de abril de 2013, lançou o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP),
cujo objetivo envolve a promoção e o apoio à implementação de iniciativas voltadas
à segurança do paciente por meio dos Núcleos de Segurança do Paciente (NSP) dos
serviços de saúde de todo o país, inclusive, dos hospitais militares.
Outro instrumento importante foi a RDC nº 36, de 25 de julho de 2013, resolução
da Anvisa que estabelece a obrigatoriedade de constituição de Núcleos de Segurança
do Paciente (NSP) nos serviços de saúde e, consequentemente, a elaboração de Pla-
nos de Segurança do Paciente, que também vêm sendo implantados nas Organizações
Militares de Saúde.
Nesse contexto, o grande desafio, tanto da direção do Hospital quanto da equi-
pe do NSP, é o processo de criação e desenvolvimento da cultura de segurança na
instituição. Entende-se por cultura de segurança, segundo a RDC Anvisa nº 36/2013,
o conjunto de valores, atitudes, competências e comportamentos que determinam o
comprometimento com a gestão da saúde e da segurança, substituindo a culpa e a
punição pela oportunidade de aprender com as falhas e melhorar a atenção à saúde.
Basicamente, para que seja trabalhada a cultura de segurança, torna-se necessário
atingir os seguintes objetivos:
• implantar na Organização Militar de Saúde a cultura de que todos os trabalha-
dores, incluindo profissionais envolvidos no cuidado e gestores, devem assumir
responsabilidade pela sua própria segurança e pela segurança de seus colegas,
pacientes e familiares;
• desenvolver o encorajamento e a recompensa para a identificação, a notificação
e a resolução dos problemas relacionados à segurança;
• disseminar a cultura de que, a partir da ocorrência de incidentes, é possível
realizar o aprendizado organizacional;
• envolver a equipe multidisciplinar, incluindo a administrativa, na cultura que pro-
porciona recursos, estrutura e responsabilização para a manutenção efetiva da
segurança.
Outro ponto a se destacar na implantação do Núcleo de Segurança do Paciente é
o desenvolvimento da Gestão de Risco. Definida pela Portaria MS nº 529/2013, do Mi-
nistério da Saúde, a gestão de risco pode ser compreendida como a aplicação sistêmica
e contínua de iniciativas, procedimentos, condutas e recursos na avaliação e no controle
de riscos e eventos adversos que afetam a segurança, a saúde humana, a integridade
profissional, o meio ambiente e a imagem institucional.
É de fundamental importância o apoio da direção do Hospital para que as ações do
núcleo ganhem repercussão e sejam praticadas por todo o Corpo Clínico. Dessa forma,
em função de sua missão estratégica, o NSP deve estar diretamente ligado à Direção
do Hospital, assessorando o gestor no planejamento e na tomada de decisões relativas
à segurança do paciente.
7
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
As ações a serem implementadas pelo NSP deverão ser monitoradas e as que são
obrigatórias, determinadas pela Anvisa, devem ser medidas por meio de indicadores
e notificadas no sistema FORMSUS (formulário eletrônico da Anvisa), disponível no
site da Agência. Tais indicadores permitem avaliar a eficácia das medidas propostas
pelo NSP e, ao mesmo tempo, a adesão das equipes multidisciplinares ao ambiente
seguro proposto.
Dentro desse conceito de segurança do paciente, é muito importante que o pró-
prio paciente e seus familiares sejam igualmente envolvidos no processo. Por isso, de-
vem ser pensadas estratégias de envolvimento desses pilares na cultura de segurança
desenvolvida, assim como no processo de notificação de eventos adversos que porven-
tura venham a ocorrer.
Segundo a RDC Anvisa nº 36/2013, entende-se como evento adverso o incidente
que resulta em dano à saúde. Embora exista a orientação para que todo evento adverso
seja notificado e, em seguida, investigado pelo NSP, as ocorrências que culminam em
óbito ou são consideradas graves ganham prioridade no processo de esclarecimento e
correção das ações.
No Hospital Central do Exército, o Núcleo de Segurança do Paciente foi criado por
meio do Boletim Interno 027, de 11 de fevereiro de 2015, tendo iniciado as atividades
com a constituição da equipe e a criação do Plano de Segurança de Paciente.
O presente trabalho tem por objetivo apresentar as diretrizes de implantação do
Núcleo de Segurança do Paciente, bem como os protocolos associados, com o pro-
pósito de auxiliar as diversas Organizações Militares de Saúde do Exército Brasileiro na
constituição dos seus próprios Núcleos e Planos de Segurança do Paciente.
• identificação do paciente;
• segurança cirúrgica;
• prevenção de quedas;
Fonte: NSP/HCE.
Estabelecimento do contexto
Monitoramento e análise crítica
Comunicação e conduta
Identificação de riscos
Análise de riscos
Avaliação de riscos
Tratamento de riscos
6. CULTURA DE SEGURANÇA
Um aspecto importante para a implementação das estratégias e ações de segurança
do paciente previstas no PSP é o processo de estabelecimento e sustentação da cultura
de segurança na Organização Militar de Saúde. Segundo a RDC Anvisa n° 36/2013, a
cultura de segurança é definida como o “conjunto de valores, atitudes, competências
e comportamentos que determinam o comprometimento com a gestão da saúde e
da segurança, substituindo a culpa e a punição pela oportunidade de aprender com as
falhas e melhorar a atenção à saúde”.
A Portaria MS n° 529/2013, define que a Cultura de Segurança se configura a partir
de algumas características operacionalizadas pela gestão de segurança da organização,
a saber:
• cultura na qual todos os trabalhadores, incluindo os profissionais envolvidos no
cuidado e os gestores, assumem responsabilidade pela sua própria segurança e
pela segurança de seus colegas, dos pacientes e seus familiares;
• cultura que encoraja e recompensa a identificação, a notificação e a resolução
dos problemas relacionados à segurança;
• cultura que, a partir da ocorrência de incidentes, promove o aprendizado or-
ganizacional;
• cultura que proporciona recursos, estrutura e responsabilização para a manu-
tenção efetiva da segurança.
A criação de uma cultura de segurança é um grande desafio dentro das Organiza-
ções Militares de Saúde. Para tanto, podem ser adotadas as seguintes estratégias:
• criar uma cultura na qual os profissionais possam compartilhar a informação
sobre segurança do paciente livremente, com o apoio da Diretoria;
• discutir com o Corpo Clínico que a cultura de segurança deve ser cultivada,
porém, não exclui a responsabilidade individual do profissional. Ou seja, o ca-
ráter educativo deve prevalecer, mas, a depender da gravidade do evento, não
excluirá a responsabilização legal;
• desenvolver instrumentos para a avaliação da disseminação da cultura de se-
gurança;
• disponibilizar canais de comunicação através dos quais os profissionais possam
conversar com pares, subordinados e administradores sobre os incidentes nos
quais se envolveram;
• analisar o incidente enfatizando “por que” ocorreu e não somente “quem” es-
tava envolvido;
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE
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• acompanhar e apoiar o profissional envolvido no incidente;
• utilizar ferramentas que possam determinar as razões que estão por trás das
ações individuais frente à ocorrência de um incidente;
• estimular os profissionais a relatarem, respeitando os canais de comando, os
problemas de segurança do paciente;
• estabelecer planos de ação para a redução de incidentes relatados;
• realizar avaliações do plano e ações recomendadas para a redução de incidentes;
• verificar se as recomendações feitas após a ocorrência de um incidente estão
sendo implementadas e avaliadas, e averiguar se algo ainda precisa ser feito
para a prevenção de incidentes;
• adotar os protocolos nacionais de Segurança do Paciente;
• monitorar os indicadores de segurança do paciente previstos nos protocolos
nacionais;
• divulgar, para os profissionais e os gestores, os resultados obtidos a partir da
vigilância e do monitoramento dos indicadores de segurança do paciente;
• estimular a força de trabalho a utilizar e acreditar nas ferramentas de gestão
(protocolos e POPs, por exemplo) como aliadas para a sua própria segurança
e a dos pacientes.
CADASTRO INSTITUIÇÃO
aprovação do cadastro (Anvisa)
CADASTRO NSP
aprovação do cadastro (Anvisa)
CADASTRO USUÁRIO
1. tipo de incidente;
2. consequências para o paciente;
3. características do paciente;
4. características do incidente ou evento adverso;
5. fatores contribuintes;
6. consequências organizacionais;
7. detecção;
8. fatores atenuantes do dano;
9. ações de melhoria;
10. ações para reduzir o risco.
Incidente
7.1.7. Detecção
Consiste em uma ação ou circunstância que resulta na descoberta de um incidente.
Os mecanismos de detecção podem ser parte do sistema (como o alarme de baixa
saturação no monitor multiparamétrico, um processo de checagem ou de vigilância) ou
resultar de uma postura de maior consciência da situação.
Determinação da ordem D
cronológica do incidente
Identificação da classificação
do tipo de incidente E
Elaboração de recomendações e
desenvolvimento de um plano de ação G
REFERÊNCIAS
Portaria n° 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do
Paciente (PNSP). Diário Oficial da União, nº 62, de 2 de abril de 2013, Seção 1, p. 43.
Disponível em: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/
item/portaria-529>. Acesso em: 10 nov. 2017.
PLANO
DE SEGURANÇA
DO PACIENTE (PSP)
HOSPITAL CENTRAL DO EXÉRCITO
SEGURANÇA DO PACIENTE
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Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
CONTROLE DE EMISSÃO:
ELABORADO ∕ REVISADO POR: NSP / HCE
EMISSÃO INICIAL: SETEMBRO / 2015
PRÓXIMA REVISÃO: NOVEMBRO / 2018
SUMÁRIO:
1 DIRETRIZES 32
2 OBJETIVOS 32
2.1 OBJETIVO GERAL 32
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 32
3 RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS 33
3.1 NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE 33
3.2 PROFISSIONAIS DA INSTITUIÇÃO 33
4 SIGLAS 33
5 DEFINIÇÕES 34
6 DESCRIÇÃO DO PLANO DE SEGURANÇA DO PACIENTE 35
7 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DOS PROTOCOLOS 37
7.1 CRONOGRAMA DAS PALESTRAS DE SENSIBILIZAÇÃO DO
CORPO CLÍNICO DO HOSPITAL CENTRAL DO EXÉRCITO 38
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PLANO DE SEGURANÇA DO PACIENTE
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1. DIRETRIZES
Conforme a legislação que norteia as ações relacionadas à Segurança do Paciente,
em particular a Portaria MS nº 529, de 1º de abril de 2013, que institui o Programa
Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), e a RDC Anvisa no 36/2013, foi criado o
Núcleo de Segurança do Paciente do Hospital Central do Exército por meio da nomea-
ção no Boletim Interno no 27, de 11 de fevereiro de 2015, tendo em sua composição/
representação todas as classes profissionais que atuam em diversas áreas do Hospital.
O Núcleo de Segurança do Paciente, com o objetivo de promover a cultura da
qualidade e da segurança do paciente, confere aos seus integrantes autoridade, respon-
sabilidade e poder para executar a implantação e o desenvolvimento das ações do Plano
de Segurança do Paciente (PSP).
Este PSP, portanto, contém estratégias de implantação de medidas visando à pre-
venção de erros e eventos adversos na assistência à saúde, à promoção da segurança
dos pacientes internos e externos e à melhoria contínua da qualidade. Tais estratégias
foram construídas mediante a gestão dos riscos identificados na instituição.
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
Promover a implementação de iniciativas voltadas à segurança do paciente por
meio de um conjunto de medidas que visa prever, reduzir ou impedir a ocorrência de
erros e eventos adversos evitáveis, decorrentes da assistência à saúde, evitando danos
ao paciente.
3. RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS
3.1. NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE
Compete ao NSP:
• elaborar, implantar e divulgar o Plano de Segurança do Paciente;
• escriturar e acompanhar o uso dos Protocolos de Segurança do Paciente, assim
como controlar revisões em datas programadas;
• difundir conhecimentos sobre segurança do paciente a fim de garantir o pleno
entendimento das ações do PSP;
• disponibilizar o PSP e os Protocolos na página específica do NSP para acesso de
todos os profissionais da instituição;
• analisar indicadores de segurança do paciente, sugerindo melhorias quando
observada a necessidade e participando os resultados à Direção;
• estimular a notificação de eventos adversos, “quase falhas” e queixas técnicas;
• analisar, avaliar, compartilhar e divulgar os dados provenientes das notificações
de eventos adversos ao NSP, à Direção e aos profissionais;
• comunicar à Anvisa: os eventos adversos associados à assistência à saúde; quei-
xas técnicas relacionadas a medicamentos, equipamentos e artigos de saúde; e
reações transfusionais;
• promover a integração e a articulação multiprofissional nos processos de ge-
renciamento de riscos com vistas à promoção da segurança do paciente;
• valorizar e envolver os diferentes sujeitos implicados no processo de produção
de saúde, incluindo profissionais, pacientes e familiares nas ações de segurança
do paciente.
4. SIGLAS
• LPP – Lesão Por Pressão;
• Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária;
• NSP – Núcleo de Segurança do Paciente;
• PSP – Plano de Segurança do Paciente.
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PLANO DE SEGURANÇA DO PACIENTE
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5. DEFINIÇÕES
• Boas Práticas: componentes da garantia da qualidade que asseguram que os
serviços são ofertados com padrões de qualidade adequados.
• Circunstância Notificável: é uma situação com potencial significativo para causar
dano, mas na qual não ocorreu nenhum incidente.
• Cultura de Segurança: conjunto de valores, atitudes, competências e compor-
tamentos que determinam o comprometimento com a gestão da saúde e da
segurança, substituindo a culpa e a punição pela oportunidade de aprender
com as falhas e melhorar a atenção à saúde.
• Dano: comprometimento de estrutura ou função do corpo e/ou qualquer efei-
to dele oriundo, incluindo doenças, lesão, sofrimento, morte, incapacidade ou
disfunção, podendo ser físico, social ou psicológico.
• Erro: falha na execução de uma ação planejada de acordo com o desejado ou
o desenvolvimento incorreto de um plano.
• Evento Adverso: incidente que resulta em dano ao paciente.
• Evento Sentinela: ocorrência inesperada que implica em morte ou perda grave
e permanente da função.
• Garantia da Qualidade: totalidade das ações sistemáticas necessárias para ga-
rantir que os serviços prestados estejam dentro dos padrões de qualidade exi-
gidos para os fins a que se propõem.
• Gestão de Risco: aplicação sistêmica e contínua de políticas, procedimentos,
condutas e recursos na identificação, análise, avaliação, comunicação e controle
de riscos e eventos diversos que afetam a segurança, a saúde humana, a integri-
dade profissional, o meio ambiente e a imagem institucional.
• Incidente: evento ou circunstância que poderia ter resultado, ou resultou, em
dano desnecessário ao paciente.
• Incidente Sem Dano: um incidente em que um evento chegou ao paciente,
mas não resultou em danos.
• Infração: desvio deliberado de um procedimento operacional, norma ou regra.
• Núcleo de Segurança do Paciente: instância do estabelecimento de saúde vol-
tada para promover e apoiar a implementação de ações relacionadas à segu-
rança do paciente.
• Plano de Segurança do Paciente: documento que aponta situações de risco e
descreve as estratégias e ações definidas pelo serviço de saúde para a gestão de
risco visando à prevenção e à mitigação dos incidentes, desde a admissão até a
transferência, a alta ou o óbito do paciente no serviço de saúde.
• Quase Falha (Near Miss): um incidente que não alcançou o paciente.
• Risco: probabilidade de ocorrência de um incidente.
• Segurança do Paciente: redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano des-
necessário associado ao cuidado de saúde.
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Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
Estabelecer Gerenciar • Definir medidas e mecanismos para a adoção • Taxa de circunstância notificável;
o Programa riscos institu- de ações preventivas e corretivas no tratamen- • Taxa de incidentes sem danos;
de Geren- cionais. to de riscos; • Taxa de eventos adversos.
ciamento de • Criar espaço na Intranet para a comunicação
Riscos. interna dos incidentes ocorridos na instituição;
• Elaborar a Rotina de Notificação de Incidentes;
• Analisar e propor melhorias para reduzir ou
impedir a ocorrência de eventos adversos
evitáveis;
• Elaborar e implementar um programa de
educação continuada para equipes multidisci-
plinares objetivando a cultura de segurança.
Implantar Identificar Elaboração e implementação do Protocolo 1 - • Taxa de eventos adversos devi-
as metas de corretamente Identificação do Paciente. do a falhas na identificação do
Segurança do os pacientes. paciente;
Paciente. • Taxa de pacientes identificados
com pulseira padronizada.
Melhorar a Elaboração e implementação do Protocolo 2 - • Taxa de eventos adversos devido
comunicação Comunicação efetiva entre profissionais do Serviço a falhas na comunicação de exa-
efetiva. de Saúde. mes de urgência.
OBJETIVO OBJETIVOS
ESTRATÉGIAS INDICADORES
GERAL ESPECÍFICOS
OBJETIVO OBJETIVOS
ESTRATÉGIAS INDICADORES
GERAL ESPECÍFICOS
* Na implantação do PSP, alguns indicadores são estabelecidos como obrigatórios, tais como: consumo de
álcool/sabonete líquido (Protocolo de higienização das mãos) e lesões por pressão (número de pacientes
que desenvolveram LPP). Outros indicadores poderão ser construídos ao longo do processo.
Identificação do paciente
Comunicação efetiva entre profissionais do
serviço de saúde e entre serviços de saúde
Segurança na prescrição, no uso e na
administração de medicamentos
Cirurgia Segura
Higienização das mãos
Prevenção de quedas do paciente
Prevenção de lesões por pressão
Segurança no uso de equipamentos e
materiais
Registro do uso de órteses e próteses
Prevenção e controle de infecções
relacionadas à assistência à saúde
Segurança nas terapias nutricionais enteral e
parenteral
Segurança na prescrição, no uso e na admi-
nistração de sangue e hemocomponentes
Estimulo à participação do paciente e dos
familiares na assistência
Promoção do ambiente seguro
Notificações de incidentes
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PLANO DE SEGURANÇA DO PACIENTE
38
7.1. CRONOGRAMA DAS PALESTRAS DE SENSIBILIZAÇÃO
DO CORPO CLÍNICO DO HOSPITAL CENTRAL DO EXÉRCITO
(ORIGINAL NSP – HCE/2015)
Oficiais e Oficiais e
Praças Praças
Servidores Civis Servidores Civis
PROTOCOLOS
DE SEGURANÇA
DO PACIENTE
HOSPITAL CENTRAL DO EXÉRCITO
SEGURANÇA DO PACIENTE
41
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
FASE DE IMPLANTAÇÃO
A Parte II deste volume apresenta os primeiros Protocolos de
Segurança do Paciente desenvolvidos no HCE para servirem
de modelo para as demais Organizações Militares de Saúde.
Vale ressaltar que os Protocolos devem ser reavaliados anual-
mente ou sempre que necessário, de modo a se manterem
atualizados e adequados às necessidades da OM.
SUMÁRIO:
1 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE 42
2 COMUNICAÇÃO EFETIVA ENTRE OS PROFISSIONAIS DO
SERVIÇO DE SAÚDE E ENTRE OS SERVIÇOS DE SAÚDE 49
3 SEGURANÇA NA PRESCRIÇÃO, NO USO E NA ADMINISTRAÇÃO
DE MEDICAMENTOS 55
3.1 SEGURANÇA COM MEDICAMENTOS DE ALTA VIGILÂNCIA 67
4 CIRURGIA SEGURA 76
5 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 87
6 PREVENÇÃO DE QUEDAS 98
7 PREVENÇÃO DAS LESÕES POR PRESSÃO 108
8 SEGURANÇA NO USO DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS 123
9 REGISTRO DO USO DE PRÓTESES EM PROCEDIMENTOS
CARDIOVASCULARES 131
9.1 REGISTRO DO USO DE PRÓTESES ORTOPÉDICAS 136
10 PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES RELACIONADAS À
ASSISTÊNCIA À SAÚDE (IRAS) 141
11 SEGURANÇA NA TERAPIA NUTRICIONAL 172
12 SEGURANÇA NA LIBERAÇÃO E NO USO DE
HEMOCOMPONENTES 185
13 INCLUSÃO E ESTÍMULO À PARTICIPAÇÃO DO PACIENTE E SEUS
FAMILIARES NA ASSISTÊNCIA PRESTADA 202
14 PROMOÇÃO DO AMBIENTE SEGURO 207
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
42
PROTOCOLO 1
IDENTIFICAÇÃO
DO PACIENTE
ELABORAÇÃO:
Leonardo Michel Corrêa de Barros – 1° Ten
(setembro/2015)
REVISÃO:
Roberto Braz da Silva Cardoso – TC
Waldimir de Medeiros Coelho Júnior – TC
(novembro/2017)
Próxima revisão: novembro/2018
43
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
1. DIRETRIZES
A identificação correta é o processo pelo qual se assegura ao paciente que a ele é
destinado determinado tipo de procedimento ou tratamento, prevenindo a ocorrência
de erros e enganos que o possam lesar.
O Protocolo deverá ser aplicado em todos os ambientes de prestação do cuidado
de saúde (por exemplo: unidades de internação, ambulatório, salas de emergência,
centro cirúrgico) onde sejam realizados procedimentos, quer terapêuticos, quer diag-
nósticos. Para sua estruturação, devem ser obedecidas as diretrizes emanadas pelos
seguintes documentos:
• Portaria do Ministério da Saúde n° 529, de 1º de abril de 2013;
• Portaria do Ministério da Saúde n° 1377, de 9 de julho de 2013;
• Manual Assistência Segura: uma reflexão teórica aplicada à prática, da série de
publicações da Anvisa Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde.
2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Tendo em vista o intuito de assegurar a correta identificação do paciente, este Pro-
tocolo contempla o seguinte objetivo geral:
• realizar a gestão e a manutenção de um sistema de identificação do paciente.
3. RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS
3.1. NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE (NSP)
Compete ao NSP:
• providenciar o treinamento contínuo para toda a instituição a fim de garantir o
pleno entendimento deste Protocolo;
• providenciar a revisão deste Protocolo em sua data prevista;
• analisar os indicadores de desempenho específicos deste Protocolo, sugerindo
melhorias quando observada a necessidade;
• participar os resultados, através dos indicadores, à Direção do HCE e à Divisão
Técnica.
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
44
3.2. DIVISÃO TÉCNICA
Compete à Divisão Técnica:
• garantir a plena implantação deste Protocolo em todos os setores previstos;
• sugerir melhorias ao NSP, quando oportunas.
• Data de Nascimento;
• Data de Baixa / Internação;
• Nome da Mãe do Paciente.
4.8. MATERNIDADE
As gestantes receberão a pulseira de identificação na admissão da Maternidade.
Os recém-nascidos receberão pulseira contendo o nome da mãe, a data e a hora
de nascimento.
A confirmação contida na pulseira do recém-nascido e na pulseira da mãe deve
ocorrer todas as vezes que o recém-nascido for entregue à mãe ou ao responsável legal
(em caso de impossibilidade da mãe).
Caso a mãe não esteja internada, deve ser solicitado documento que comprove o
nome da mãe para confirmação com os dados constantes na pulseira do recém-nascido.
4.9. PEDIATRIA
No caso de crianças que não tolerem a pulseira nos membros superiores (MMSS),
deve-se optar pelos membros inferiores (MMII), seguindo a mesma orientação de late-
ralidade: tornozelo esquerdo para pulseira de identificação branca (comum) e tornozelo
direito para pulseira vermelha (em caso de paciente com histórico de alergia).
É importante que a equipe multidisciplinar explique para a família que a pulseira é
uma ferramenta de identificação do paciente, sendo indispensável para os processos de
segurança e qualidade no atendimento.
4.10. AMPUTAÇÃO
Em caso de amputação de membro superior esquerdo (MSE), a pulseira de identi-
ficação deve ser colocada no punho direito. Seguir a mesma orientação para a pulseira
47
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
REFERÊNCIAS
Portaria n° 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do
Paciente (PNSP). Diário Oficial da União, nº 62, de 2 de abril de 2013, Seção 1, p. 43.
Disponível em: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/
item/portaria-529>. Acesso em: 10 nov. 2017.
______. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Assistência Segura: uma reflexão teórica
aplicada à prática. Série: Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Bra-
sília: Anvisa, 2013. Disponível em: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/
images/documentos/livros/Livro1-Assistencia_Segura.pdf>. Acesso em: 1 nov. 2017.
PROTOCOLO 2
COMUNICAÇÃO EFETIVA
ENTRE OS PROFISSIONAIS DO
SERVIÇO DE SAÚDE E ENTRE
OS SERVIÇOS DE SAÚDE
ELABORAÇÃO:
João Ricardo Piscitelli – TC
Frank Perlini – Maj
(setembro/2015)
REVISÃO:
Simone Chaves de Moura – Cel
(novembro/2017)
Próxima revisão: novembro/2018
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
50
1. DIRETRIZES
O cuidado ao paciente é um processo complexo, altamente dependente do com-
partilhamento de informações entre os profissionais de saúde. As falhas de comunicação
estão entre as causas mais comuns dos incidentes relacionados à segurança do paciente.
Assim, a implantação de normas para a comunicação efetiva entre profissionais do ser-
viço de saúde possibilita uma melhor assistência hospitalar ao garantir o intercâmbio de
informações entre as equipes multidisciplinares, evitando a ocorrência de danos devido
a falha de comunicação.
É importante lembrar que as falhas de comunicação incluem a falta da comunicação,
a comunicação errônea ou incompleta ou, ainda, o não entendimento do que se quer
comunicar. A comunicação efetiva não somente reduz os erros, como também aumen-
ta a satisfação dos pacientes e a sua aderência às recomendações fornecidas.
A comunicação adequada é essencial em todo processo assistencial, podendo ser
verbal ou escrita. A complexidade dos tratamentos hospitalares faz com que o paciente
seja atendido em diferentes locais e por diversas equipes.
Nesse contexto, a continuidade do tratamento é fundamental para a obtenção
de melhores resultados; as passagens de plantão, por exemplo, são momentos em
que essa continuidade pode ser quebrada ou perdida. Basta que informações sejam
omitidas ou não compreendidas para que se configure um ambiente propício aos mais
diferentes erros.
Novamente, o paciente e seus familiares podem ajudar a constituir uma barreira
adicional de segurança, garantindo a continuidade dos cuidados pela correção de in-
formações errôneas ou incompletas. É claro que, para que cumpram esse papel, eles
sempre deverão ser informados sobre seus diagnósticos e planos terapêuticos.
Assim, com a finalidade de estruturar esta meta, devem ser observadas as seguintes
diretrizes:
• Portaria do Ministério da Saúde n° 529, de 1º de abril de 2013;
• Manual Assistência Segura: uma reflexão teórica aplicada à prática, da série
de publicações da Anvisa Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços
de Saúde.
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
Para que seja alcançada a meta de Comunicação Efetiva, o presente Protocolo pre-
coniza o seguinte objetivo geral:
• implantar normas para a comunicação efetiva entre profissionais do Hospital
Central do Exército e entre as equipes, pacientes e familiares.
3. RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS
3.1. NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE (NSP)
Cabe ao NSP:
• escriturar e divulgar o Protocolo de Comunicação entre profissionais do servi-
ço de saúde;
• providenciar treinamento para toda a instituição a fim de garantir o pleno en-
tendimento do Protocolo;
• proporcionar aos profissionais acesso a informações e a todos os meios de
comunicação disponíveis;
• disponibilizar documentos na página específica do NSP na intranet para todos
os profissionais atuantes nos setores de sua implantação;
• providenciar a revisão deste protocolo na data prevista;
• elaborar os materiais educativos e informativos a serem distribuídos aos setores
determinados, bem como os protocolos a serem seguidos;
• monitorar, por meio de indicadores, a eficiência da comunicação.
5. INDICADOR
O seguinte indicador pode ser utilizado para o monitoramento de eventos adversos:
• Taxa de Eventos Adversos devido a Falhas na Comunicação de Exames de
Urgência = [número de eventos adversos devido a falhas na comunicação de
exames de urgência em um mês dividido pelo número total de pacientes inter-
nados no período de um mês] x 100.
REFERÊNCIAS
Portaria n° 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do
Paciente (PNSP). Diário Oficial da União, nº 62, de 2 de abril de 2013, Seção 1, p. 43.
Disponível em: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/
item/portaria-529>. Acesso em: 10 nov. 2017.
______. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Assistência Segura: uma reflexão teórica
aplicada à prática. Série: Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Brasília:
Anvisa, 2013. Disponível em: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/images/
documentos/livros/Livro1-Assistencia_Segura.pdf>. Acesso em: 1 nov. 2017.
ANEXO 1
PASSAGEM DE PLANTÃO
Situação:
• quem você é;
Clara
• a razão do chamado;
• o que está acontecendo.
Background (história prévia):
• diagnóstico de admissão;
Concisa
• história resumida;
• tratamento atual.
Avaliação:
• o que mudou;
Completa
• dados do exame físico;
• resultados significativos.
Recomendação:
• transferir o paciente;
Uniforme
• ao ser chamado venha ver imediatamente;
• sugira exames ou testes adicionais.
ANEXO 2
MODELO DE CARIMBO FUNCIONAL
PROTOCOLO 3
SEGURANÇA NA
PRESCRIÇÃO, NO USO E
NA ADMINISTRAÇÃO DE
MEDICAMENTOS
ELABORAÇÃO:
Dilsinete dos Santos – Maj
(setembro/2015)
REVISÃO:
Helen Rodrigues – 1º Ten
(novembro/2017)
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
O presente Protocolo possui o seguinte objetivo geral:
• estabelecer as diretrizes para assegurar práticas seguras na prescrição, no uso e
na administração de medicamentos.
3. RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS
3.1. NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE (NSP)
Compete ao Núcleo de Segurança do Paciente:
• escriturar o Protocolo de Segurança na Prescrição, no Uso e na Administração
de Medicamentos com a orientação do representante de Farmácia;
• providenciar treinamento para toda a instituição a fim de garantir o pleno en-
tendimento do Protocolo;
57
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
4.2.4. Legibilidade
A prescrição deve ser a mais legível possível, a fim de evitar falha na comunicação
entre prescritor/paciente, prescritor/profissionais de saúde e paciente/profissionais de
saúde. A ilegibilidade é uma fonte considerável de erros de medicação, sobretudo a
troca de medicamentos com nomes parecidos.
Recomenda-se fazer uso de prescrição eletrônica como barreira na prevenção de
erros de medicação, devendo ser usados formulários sem pauta para evitar encontros
de linhas e letras. Em caso de impossibilidade de prescrição eletrônica, o uso da prescri-
ção manual deve ser feito com cautela, evitando o uso de carbono e dando preferência
para a prescrição feita em duas vias.
59
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
4.3.3. Doses
Os erros de cálculos de doses são comuns e podem vir a ser gravíssimos. Assim,
o prescritor deve estabelecer rotina de revisão de medicamentos que exijam cálculos
para a definição de doses.
No caso de medicamento cuja dose seja dependente de peso, superfície corpórea
ou clearance de creatinina, recomenda-se que seja incluído na relação de medicamen-
tos padronizados.
4.4.2. Diluição
Deve ser elaborada uma Tabela de Diluição de Medicamentos Injetáveis, que dis-
ponibilizará à equipe multidisciplinar informações sobre:
• vias de administração permitidas;
• soluções compatíveis e volume recomendado para reconstituição e diluição;
• estabilidade do medicamento após reconstituição e diluição;
• tempo de infusão recomendado;
• cuidados no armazenamento das soluções reconstituídas/diluídas;
• demais observações necessárias para o uso correto do medicamento.
Deve-se, ainda, evoluir para a definição de uma diluição padrão e estabelecer uma
rotina de dispensação dos medicamentos injetáveis em formato de kits, de modo a ga-
rantir que serão utilizadas somente soluções compatíveis com cada medicamento, dispo-
nibilizando, também, todos os materiais necessários para a sua diluição e administração.
5. INDICADORES
Todos os incidentes envolvendo a prescrição, a dispensação e a administração de
medicamentos devem ser notificados de acordo com a legislação vigente e investigados
pelo serviço. A implementação das recomendações geradas pelas investigações devem
ser monitoradas pelo próprio serviço de saúde.
Devem ser minimamente monitorados os seguintes indicadores:
• Taxa de Erros na Prescrição de Medicamentos = [número de medica-
mentos prescritos com erro dividido pelo número total de medicamentos
prescritos] x 100;
• Taxa de Erros na Dispensação de Medicamentos = [número de medica-
mentos dispensados com erro dividido pelo número total de medicamentos
dispensados] x 100;
• Taxa de Erros na Administração de Medicamentos = [número de medicamen-
tos administrados com erro de omissão dividido pelo número total de medica-
mentos administrados] x 100.
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
66
REFERÊNCIAS
Portaria n° 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do
Paciente (PNSP). Diário Oficial da União, nº 62, de 2 de abril de 2013, Seção 1, p. 43.
Disponível em: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/
item/portaria-529>. Acesso em: 10 nov. 2017.
______. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Assistência Segura: uma reflexão teórica
aplicada à prática. Série: Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Brasília:
Anvisa, 2013. Disponível em: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/images/
documentos/livros/Livro1-Assistencia_Segura.pdf>. Acesso em: 1 nov. 2017.
NÉRI, E. D. R.; VIANA, P. R.; CAMPOS, T. A. (org.) Dicas para uma boa prescrição hos-
pitalar. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará. Hospital Universitário Walter Cantídio.
Gerência de Riscos Hospitalares. 2008. 36 p.
PROTOCOLO 3.1
SEGURANÇA
COM MEDICAMENTOS
DE ALTA VIGILÂNCIA
ELABORAÇÃO:
Dilsinete dos Santos – Maj
(setembro/2015)
REVISÃO:
Helen Rodrigues – 1º Ten
(novembro/2017)
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
O presente Protocolo adota o seguinte objetivo geral:
• estabelecer as diretrizes para assegurar práticas seguras na prescrição, no uso e
na administração de medicamentos de alta vigilância.
3. RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS
3.1. NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE (NSP)
Compete ao Núcleo de Segurança do Paciente:
• escriturar o Protocolo de Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos
de Alta Vigilância com a orientação do representante de Farmácia;
• providenciar treinamento para toda a instituição a fim de garantir o pleno en-
tendimento do Protocolo;
• disponibilizar o documento na página específica do NSP na Intranet para todos
os profissionais atuantes nos setores de sua implantação;
69
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
• paciente certo;
• medicamento certo;
• via certa;
• hora certa;
• dose certa;
• registro certo;
• ação certa;
• forma farmacêutica certa;
• monitoramento certo.
5. DEFINIÇÕES
5.1. ERRO DE MEDICAÇÃO
Trata-se de qualquer evento evitável que, de fato ou potencialmente, possa levar
ao uso inadequado de um medicamento quando este se encontra sob o controle de
profissionais de saúde ou do paciente, podendo ou não provocar dano.
Os erros de medicação podem estar relacionados à prática profissional, a produtos
usados na área de saúde, a procedimentos e/ou a problemas de comunicação, incluin-
do prescrição, rótulos, embalagens, nomes, preparação, dispensação, distribuição, ad-
ministração, educação, monitoramento e uso de medicamentos.
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
72
5.2. ERRO DE PRESCRIÇÃO
Erro de medicação que ocorre durante a prescrição de um medicamento, em de-
corrência tanto de redação da prescrição, como do processo de decisão terapêutica.
O erro na decisão terapêutica pode surgir de um desvio não intencional de padrões
de referência, como: conhecimento científico atual, práticas normalmente reconheci-
das, especificações técnicas dos medicamentos e legislação sanitária.
O erro de prescrição pode estar relacionado aos seguintes fatores: seleção do
medicamento (considerando indicações, contraindicações, alergias, características do
paciente e interações medicamentosas, entre outros fatores); dose; concentração; es-
quema terapêutico; forma farmacêutica; via de administração; duração do tratamento;
orientações de utilização; e também a ausência de prescrição de um medicamento
necessário para tratar uma doença já diagnosticada ou para impedir os incidentes com
outros medicamentos.
6. INDICADORES
Todos os incidentes envolvendo a prescrição, a dispensação e a administração de
medicamentos de alta vigilância devem ser notificados de acordo com a legislação vi-
gente e investigados pelo serviço. A implementação das recomendações geradas pelas
investigações devem ser monitoradas pelo próprio serviço de saúde.
Devem ser minimamente monitorados os seguintes indicadores:
• Taxa de Erros na Prescrição de MAV = [número de MAV prescritos com erro
dividido pelo número total de MAV prescritos] x 100;
• Taxa de Erros na Dispensação de MAV = [número de MAV dispensados com
erro dividido pelo número total de MAV dispensados] x 100;
• Taxa de Erros na Administração de MAV = [número de MAV administrados
com erro de omissão dividido pelo número total de MAV administrados] x 100.
73
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
REFERÊNCIAS
Portaria n° 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do
Paciente (PNSP). Diário Oficial da União, nº 62, de 2 de abril de 2013, Seção 1, p. 43.
Disponível em: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/
item/portaria-529>. Acesso em: 10 nov. 2017.
______. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Assistência Segura: uma reflexão teórica
aplicada à prática. Série: Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Brasília:
Anvisa, 2013. Disponível em: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/images/
documentos/livros/Livro1-Assistencia_Segura.pdf>. Acesso em: 1 nov. 2017.
SILVA, A. E. B. C.; LASELVA, C. R.; CARRARA, D.; PERINI, E.; PINTO, G. R. S.; SOUZA,
M. R. G.; et al. Erros de conexão: práticas seguras e riscos na administração de soluções
por sondas enterais e cateteres vasculares. Boletim ISMP Brasil, v. 2, nº 3, 2013. Disponível
em: <http://www.ismp-brasil.org/site/wp-content/uploads/2015/07/V2N3.pdf>. Acesso
em: 10 nov. 2017.
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE (ANEXOS)
74
ANEXO 1
MEDICAMENTOS DE ALTA VIGILÂNCIA DO HCE
CÓDIGO DO
MEDICAMENTO UNIDADE
PRODUTO
ANEXO 2
CHECKLIST DE CONTROLE DE MEDICAMENTOS NAS
ENFERMARIAS
ITENS DA VERIFICAÇÃO
DATA: ___/____/____
(Medicamentos prescritos para 24 h)
Processo de devolução
Estabilidade do produto
( ) Sim
4. Há medicamento com prazo de validade vencido?
( ) Não
( ) Sim
7. A chave está com o Enfermeiro Responsável?
( ) Não
( ) Sim
8. O armário está trancado?
( ) Não
_______________________________ ________________________________
ASSINATURA DO ENFERMEIRO ASSINATURA DO FARMACÊUTICO
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
76
PROTOCOLO 4
CIRURGIA SEGURA
ELABORAÇÃO:
Roberto Braz da Silva Cardoso – TC
Kátia Cirley Pinto Barcelos – TC
(setembro/2015)
REVISÃO:
Ana Paula Gambôa Varella – Cap
Ilcenir Marins Coutinho Júnior – Cap
(novembro/2017)
1. DIRETRIZES
A finalidade desta meta é determinar as medidas a serem implantadas para reduzir
a ocorrência de incidentes e eventos adversos e a mortalidade cirúrgica, possibilitando
o aumento da segurança na realização de procedimentos cirúrgicos no local correto e
no paciente correto por meio do uso da Lista de Verificação (LV) de Cirurgia Segura,
desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Para sua estruturação devem ser observadas as seguintes diretrizes:
• Portaria do Ministério da Saúde n° 529, de 1º de abril de 2013;
• Portaria do Ministério da Saúde n° 1377, de 9 de julho de 2013.
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
Para que se alcance a meta de Cirurgia Segura, o presente Protocolo prioriza o
seguinte objetivo geral:
• determinar as medidas a serem implantadas para reduzir a ocorrência de inci-
dentes e eventos adversos e a mortalidade cirúrgica, possibilitando o aumento
da segurança na realização de procedimentos cirúrgicos no local correto e no
paciente correto por meio do uso da Lista de Verificação de Cirurgia Segura,
baseada em instrumento de semelhante teor e no Manual de Cirurgia Segura,
ambos desenvolvidos pelo Ministério da Saúde (MS) e pela OMS, respectiva-
mente, e adaptados para o HCE.
3. RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS
3.1. NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE (NSP)
Compete ao NSP:
• escriturar o Protocolo de Cirurgia Segura;
• providenciar treinamento para toda a Instituição a fim de garantir o pleno en-
tendimento do Protocolo;
• disponibilizar documentos na página específica do NSP na Intranet para todos
os profissionais atuantes nos setores de sua implantação;
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
78
• realizar monitoramento periódico da aplicação da Lista de Verificação de Cirur-
gia Segura, in loco, com acompanhamento de um membro do setor;
• providenciar a revisão deste Protocolo na data prevista;
• analisar os indicadores de desempenho específicos deste Protocolo, sugerindo
melhorias quando observada a necessidade;
• participar os resultados, obtidos por meio dos indicadores, à Direção do HCE
e à Divisão Técnica.
Caso algum item da Lista de Verificação de Cirurgia Segura checado não esteja em
conformidade, a verificação deverá ser interrompida e o paciente mantido na sala de
cirurgia até a sua solução.
5. INDICADORES
Os seguintes indicadores de desempenho deverão ser utilizados pelos Centros Ci-
rúrgicos para a mensuração da melhoria decorrente da adesão à Lista de Verificação de
Cirurgia Segura:
______. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Assistência Segura: uma reflexão teórica
aplicada à prática. Série: Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Brasília:
Anvisa, 2013. Disponível em: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/images/
documentos/livros/Livro1-Assistencia_Segura.pdf>. Acesso em: 1 nov. 2017.
ANEXO 1
CHECKLIST CIRURGIA SEGURA DO HCE
NOME:____________________ PRONTUÁRIO:___________ ENF./LEITO:_____ SO:_____ DATA: ____ /____/____
HORA:_____:_____ CIRCULANTE:______________________ CIRURGIÃO TITULAR:_____________________
CIRURGIÃO AUXILIAR: ___________________________ ANESTESISTA: _________________________________
INSTRUMENTADOR:_____________________________
SIGN IN - ANTES DA INDUÇÃO TIME OUT - ANTES DA INCISÃO SIGN OUT - ANTES DO PACIENTE
ANESTÉSICA CIRÚRGICA (NA SO) SAIR DA SO
1. Mesa cirúrgica testada? 1. Confirma nome do paciente, local 1. Contagem das compressas
( ) Sim ( ) Não da intervenção e cirurgia proposta? confere? ( ) Sim ( ) Não
( ) Sim ( ) Não Cirurgião avisado? ( ) Sim ( ) Não
2. Bisturi elétrico testado?
Cirurgia proposta: ____________
( ) Sim ( ) Não
3. Aspirador testado?
2. Confirma se os exames de ima-
( ) Sim ( ) Não
gens estão disponíveis? 2. Contagem do instrumental
4. Focos testados? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica confere? ( ) Sim ( ) Não
( ) Sim ( ) Não Cirurgião avisado? ( ) Sim ( ) Não
5. Instrumentos cirúrgicos esteriliza- 3. Paciente em posição adequada?
dos (fita externa)? ( ) Sim ( ) Não
( ) Sim ( ) Não Qual? ___________________
6. Materiais e equipamentos específi- 3. Peças para exame
cos disponíveis? ( ) Sim ( ) Não 4. Cilindros de CO2 e nitrogênio anatomopatológico identificadas
checados e em condições de uso? e armazenadas corretamente?
7. RX disponível?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica
( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica
Técnico avisado?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica 5. Confirma bisturi elétrico instalado
corretamente?
8. Equipe completa e presente?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica
( ) Sim ( ) Não. Observações:
9. Paciente com pulseira de identifica-
ção? ( ) Sim ( ) Não 6. Confirma uso de antibiótico pro-
Cirurgia confirmada? filático?
( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica
Qual?__________ Horário: __:__
10. Consentimentos livre e esclarecido
(cirúrgico e anestésico) assinados?
( ) Sim ( ) Não 7. Confirma uso de medicamento
profilático para trombose?
11. Local da intervenção marcado e ( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica
correto? ( ) Sim ( ) Não
SIGN IN - ANTES DA INDUÇÃO TIME OUT - ANTES DA INCISÃO SIGN OUT - ANTES DO PACIENTE
ANESTÉSICA CIRÚRGICA (NA SO) SAIR DA SO
1. Mesa cirúrgica testada? 1. Confirma nome do paciente, local 1. Contagem das compressas
( ) Sim ( ) Não da intervenção e cirurgia proposta? confere? ( ) Sim ( ) Não
2. Bisturi elétrico testado? ( ) Sim ( ) Não Cirurgião avisado? ( ) Sim ( ) Não
( ) Sim ( ) Não Cirurgia proposta: ___________
2. Contagem do instrumental
3. Aspirador testado?
confere? ( ) Sim ( ) Não.
( ) Sim ( ) Não 2. Exames pré-operatórios comple-
Cirurgião avisado? ( ) Sim ( ) Não
4. Focos testados? tos? ( ) Sim ( ) Não
( ) Sim ( ) Não 3. Peças para exame
5. Desfibrilador testado? 3. Confirma se os exames de ima- anatomopatológico identificadas e
( ) Sim ( ) Não gens estão disponíveis? armazenadas corretamente?
6. Instrumentos cirúrgicos esteriliza- ( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica ( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica
dos (fita externa)?
4. Checar cilindro de O2 e Ambu
( ) Sim ( ) Não 4. Paciente em posição adequada?
para transporte. ( ) Sim ( ) Não
7. Checagem do funcionamento ( ) Sim ( ) Não
balão intra-aórtico? Qual? ___________________
Observações:
( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica
8. Checagem do funcionamento do
5. Cilindros de CO2 e nitrogênio
marca-passo externo e do cabo de
checados e em condições de uso?
marca-passo?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica
( ) Sim ( ) Não
9. Checagem de aminas vasoativas no
6. Confirma bisturi elétrico instalado
carrinho de medicação?
corretamente?
( ) Sim ( ) Não
( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica
10. Checar com perfusionista medica-
mentos e aparelho de TCA:
7. Confirma uso de antibiótico pro-
( ) Sim ( ) Não
filático?
11. RX disponível?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica
( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica
Qual?__________ Horário: __:__
Técnico avisado?
( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica
8. Confirma uso de medicamento
12. Paciente com pulseira de identifica-
profilático para trombose?
ção? ( ) Sim ( ) Não
( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica
Cirurgia confirmada?
( ) Sim ( ) Não
13. Consentimentos livre e esclarecido 9. Aparelho de HGT em sala para
(cirúrgico e anestésico) assinados? controle glicêmico?
( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não
14. Local da intervenção marcado e
correto? ( ) Sim ( ) Não 10. Confirma validade e indicadores de
esterilização? ( ) Sim ( ) Não
_____________________________
CIRCULANTE
11. Hemoderivados reservados?
1. Necessidade de anestesista em ( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica
sala? ( ) Sim ( ) Não se aplica
2. Aparelhos de anestesia testados? 12. Reserva de CTI confirmada?
( ) Sim ( ) Não ( ) Sim ( ) Não ( ) Não se aplica
3. Monitores testados?
( ) Sim ( ) Não
4. Paciente tem alergia conhecida?
( ) Sim ( ) Não
5. Confirma uso de medicação antia-
gregante? ( ) Sim ( ) Não
______________________________ _____________________________ ____________________________
VISTO DO ANESTESISTA VISTO DO CIRURGIÃO CIRCULANTE
Fonte: CCard/HCE.
87
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
PROTOCOLO 5
HIGIENIZAÇÃO
DAS MÃOS
ELABORAÇÃO:
Wilma Gonçalves do
Nascimento – SC Enf
(setembro/2015)
REVISÃO:
Lílian da Costa Fragoso – Cap
(novembro/2017)
Próxima revisão: novembro/2018
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
88
1. DIRETRIZES
A finalidade deste Protocolo é instituir e promover a prática de higienização das
mãos no Hospital Central do Exército (HCE) com o intuito de prevenir e controlar as
Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS), visando à segurança do paciente,
dos profissionais de saúde e de todos aqueles envolvidos nos cuidados aos pacientes.
Para sua estruturação, devem ser obedecidas as seguintes diretrizes:
• Portaria do Ministério da Saúde n° 529, de 1º de abril de 2013;
• Portaria do Ministério da Saúde n° 1377, de 9 de julho de 2013.
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
O presente Protocolo tem como objetivo geral:
• instituir e promover a prática de higienização das mãos no âmbito da Instituição
com o propósito de prevenir e controlar as Infecções Relacionadas à Assistên-
cia à Saúde (IRAS), visando à segurança do paciente, dos profissionais de saúde
e de todos os envolvidos nos cuidados aos pacientes.
3. RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS
3.1. NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE (NSP)
Compete ao NSP:
• zelar pela padronização da documentação institucional do Protocolo de Higie-
nização das Mãos;
• dar suporte às unidades, assegurando uma linguagem única, com conceitos
adotados para garantir uma assistência voltada para a qualidade e a segurança
do paciente;
• disponibilizar os modelos de documentos institucionais;
• realizar análises do desenvolvimento do Protocolo de Higienização das Mãos
dentro da Instituição e sugerir processos de melhorias aos gestores das áreas;
• monitorar o cumprimento deste Protocolo através dos indicadores de de-
sempenho;
89
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
ES DA REAL
ANT ROCEDIM IZA
P E
DE SSÉPTIC N
ÇÃ O
2
O
A O
T
1 4
ANTES DE
CONTATO COM O
APÓS CONTATO
COM O PACIENTE
Figura 1:
PACIENTE
OS CINCO MOMENTOS PARA
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS.
Fonte: Anvisa, 2013.
3
APÓS CONTATO
5 COM AS ÁREAS
PRÓXIMAS AO
PACIENTE
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
90
4.1.1. Os Cinco Momentos para Higienização das Mãos
A ação correta no momento certo é a garantia de cuidado seguro para os pacientes.
• 1. Antes do contato com o paciente:
• ao entrar no quarto e antes de ter contato com o paciente, é impor-
tante realizar o procedimento de Higienização das Mãos;
• 2. Antes de realizar procedimento:
• antes de manusear um dispositivo invasivo, independentemente do
uso ou não de luvas;
• ao se mover de um sítio anatômico contaminado para outro durante o
atendimento do mesmo paciente;
0 1 2
3 4 5
Friccione a palma direita contra Friccione a palma das Friccione o dorso dos dedos de uma
o dorso da mão esquerda mãos entre si com os das mãos com a palma da mão oposta,
entrelaçando os dedos e vice- dedos entrelaçados. segurando os dedos com movimento
versa. de vaivém, e vice-versa.
6 7 8
Friccione o polegar esquerdo com Friccione as polpas digitais e as unhas Enxágue bem as
o auxílio da palma da mão direita da mão direita contra a palma da mãos com água.
utilizando-se de movimento mão esquerda fazendo movimento
circular, e vice-versa. circular, e vice-versa.
9 10 11
Seque as mãos com papel No caso de torneiras com contato manual Agora, suas mãos estão
toalha descartável. para fechamento, sempre utilize papel toalha. seguras.
Figura 3: Como fazer a fricção antisséptica das mãos com preparações alcoólicas.
1a 1b 2
3 4 5
Friccione a palma direita contra Friccione a palma das mãos Friccione o dorso dos dedos de uma
o dorso da mão esquerda, entre si com os dedos das mãos com a palma da mão oposta,
entrelaçando os dedos, e entrelaçados. segurando os dedos com movimento de
vice-versa. vaivém, e vice-versa.
6 7 8
Friccione o polegar esquerdo com Friccione as polpas digitais e as unhas Quando estiverem secas, suas
o auxílio da palma da mão direita, da mão direita contra a palma da mão mãos estarão seguras.
utilizando-se de movimento circular, esquerda, fazendo movimento circular,
e vice-versa. e vice-versa.
• Cuidados com a pele das mãos – os seguintes aspectos devem ser levados em
consideração para garantir o bom estado da pele das mãos:
• a fricção das mãos com preparação alcoólica contendo um agente
umectante agride menos a pele do que a higiene com sabonete lí-
quido e água;
• as luvas entalcadas podem causar irritação quando utilizadas simulta-
neamente com produtos alcoólicos;
• o uso de cremes de proteção para as mãos ajudam a melhorar a condi-
ção da pele, desde que sejam compatíveis com os produtos de higiene
das mãos e as luvas utilizadas.
5. DEFINIÇÕES IMPORTANTES
5.1. PONTO DE ASSISTÊNCIA
É o local onde estes três elementos estejam presentes: o paciente, o profissional de
saúde e a assistência ou o tratamento, envolvendo o contato com o paciente ou suas
imediações (ambiente do paciente).
6. INDICADORES
Devem ser minimamente monitorados os seguintes indicadores:
• Consumo de Preparação Alcoólica para as Mãos = [monitoramento do volume
(em mililitros) de preparação alcoólica para as mãos dividido por pacientes-dia];
• Consumo de Sabonete = [monitoramento do volume (em mililitros) de sabo-
nete líquido, associado ou não a antisséptico, dividido por pacientes-dia];
• Percentual de Adesão = [número de ações de higiene das mãos realizadas
pelos profissionais de saúde dividido pelo número de oportunidades ocorridas
para higiene das mãos] x 100.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011. Dispõe sobre
os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e
seu padrão de potabilidade. Diário Oficial da União, nº 239, de 14 de dezembro de 2011,
Seção 1, p. 39-46. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/
prt2914_12_12_2011.html>. Acesso em: 10 nov. 2017.
______. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Protocolo para a Prática de Higiene das
Mãos em Serviços de Saúde. Brasília: Anvisa, 2013. Disponível em: <https://proqualis.net/
sites/proqualis.net/files/000002347fQHsQg.pdf>. Acesso em: 1 nov. 2017.
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
98
PROTOCOLO 6
PREVENÇÃO DE QUEDAS
ELABORAÇÃO:
Ana Lúcia da Silva Aleixo – SC Enf
(setembro/2015)
REVISÃO:
Alexandre Magno Ferreira Cardoso – TC
Marcello Almeida Fonseca - 1º Ten
(novembro/2017)
1. DIRETRIZES
A finalidade deste Protocolo é reduzir a ocorrência de quedas de pacientes nos
pontos de assistência e os danos decorrentes por meio da implantação / implementa-
ção de medidas que contemplem a avaliação de risco do paciente, garantam o cuidado
multiprofissional em um ambiente seguro e promovam a educação do paciente, dos
familiares e dos profissionais.
Para sua estruturação, devem ser observadas as seguintes diretrizes:
• Portaria do Ministério da Saúde n° 529, de 1º de abril de 2013;
• Portaria do Ministério da Saúde n° 1377, de 9 de julho de 2013.
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
Para que se alcance a meta de Prevenção de Quedas, o presente Protocolo con-
templa o seguinte objetivo geral:
• determinar as medidas a serem implantadas para reduzir a ocorrência de inci-
dentes e eventos adversos decorrentes de queda do paciente.
3. RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS
3.1. NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE (NSP)
Compete ao NSP:
• escriturar o Protocolo para Prevenção de Quedas;
• providenciar treinamento para toda a Instituição a fim de garantir o pleno en-
tendimento do Protocolo;
• Disponibilizar documentos na página específica do NSP na Intranet para todos
os profissionais atuantes nos setores de sua implantação;
• realizar monitoramento periódico da aplicação do Impresso para Avaliação do
Risco de Quedas, in loco, com acompanhamento de um membro do setor;
• providenciar a revisão deste Protocolo na data prevista;
• analisar os indicadores de desempenho específicos deste Protocolo, sugerindo
melhorias quando observada a necessidade;
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
100
• participar os resultados, obtidos por meio dos indicadores, à Direção do HCE
e à Divisão Técnica;
• orientar a administração quanto à manutenção de um ambiente seguro, como
pisos antiderrapantes, mobiliário e iluminação adequados, corredores livres de
obstáculos e um espaço adequado para a segurança na pediatria, com estrutura
e mobiliário voltados para a faixa etária atendida;
• providenciar material educativo para distribuir na admissão dos pacientes com
orientações sobre os riscos de queda e de dano por queda, e também sobre
como prevenir sua ocorrência.
5. DEFINIÇÕES
5.1. QUEDA
Deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior à posição inicial,
provocado por circunstâncias multifatoriais, resultando ou não em dano.
Considera-se queda quando o paciente é encontrado no chão ou quando, durante
o deslocamento, necessita de amparo, ainda que não chegue ao chão.
A queda pode ocorrer da própria altura, da maca/cama ou de assentos (cadeira de
rodas, poltrona, cadeira, cadeira higiênica, banheira, trocador de fraldas, bebê-conforto,
berço, etc.), incluindo vaso sanitário.
6. INDICADORES
Devem ser utilizados os seguintes indicadores como estratégia de monitoramento:
• Taxa de Pacientes com Avaliação de Risco de Queda na Admissão = [número
de pacientes com avaliação de risco de queda na admissão dividido pelo núme-
ro de pacientes internados por dia] x 100;
• Taxa de Quedas com Dano = [somatório de todas as quedas com dano divi-
dido pelo número de quedas que aconteceram no período de um mês] x 100;
• Taxa de Quedas sem Dano = [somatório de todas as quedas sem dano dividi-
do pelo número de quedas que aconteceram no período de um mês] x 100.
REFERÊNCIAS
Portaria n° 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do
Paciente (PNSP). Diário Oficial da União, nº 62, de 2 de abril de 2013, Seção 1, p. 43.
Disponível em: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/
item/portaria-529>. Acesso em: 10 nov. 2017.
URBANETTO, J.S.; CREUTZBERG, M.; FRANZ, F.; OJEDA, B.S.; et al. Morse Fall Scale:
tradução e adaptação transcultural para a língua portuguesa. Revista da Escola de Enferma-
gem da Universidade de São Paulo (USP), 2013; 47(3):569-75. Disponível em: <http://
www.scielo.br/pdf/reeusp/v47n3/0080-6234-reeusp-47-3-00569.pdf>. Acesso em: 18
out. 2017.
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE (ANEXOS)
104
ANEXO 1
FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO PARA IDENTIFICAÇÃO E PREVENÇÃO
DE RISCO DE QUEDA
1ª Parte:
FATORES PREDISPONENTES
Assinalar com um X os fatores presentes:
( ) Déficit sensorial (visão, audição, tato) SIM = 05 NÃO = 0
Escore Total
( ) Baixo Risco: 0 a 20
• Paciente acamado, restrito ao leito, completamente dependente da ajuda de ter-
ceiros, com ou sem fatores predisponentes. Ex.: paciente tetraplégico em CTI.
• Indivíduo independente e sem nenhum fator predisponente.
105
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
Observações: ______________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
_________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
2ª Parte:
CONDUTA PADRÃO PARA PREVENÇÃO DE QUEDA –
ORIENTAÇÕES AO PACIENTE
• Esclarecer qualquer dúvida com a enfermagem.
• Não deixar o ambiente totalmente escuro: utilizar luz de cabeceira ou outra
fonte de iluminação à noite.
• Manter ao alcance pertences e objetos mais utilizados (coletor de urina, óculos
e próteses dentárias).
• Utilizar a campainha, quando disponível, para chamar a enfermagem.
• Usar calçados antiderrapantes.
• Manter as grades da cama elevadas, na posição baixa, com rodas travadas du-
rante todo o período.
• Identificar a necessidade de acompanhante.
• Avisar à enfermagem o período em que permanecerá sem acompanhante.
• Realizar exercícios de marcha e equilíbrio apenas com acompanhamento pro-
fissional ou orientação.
• Sinalizar a necessidade de auxílio para o manuseio da mesa de refeições.
3ª parte:
TERMO DE CIÊNCIA
Declaro que estou ciente do grau de risco de queda avaliado e entendi perfeita-
mente as orientações que me foram fornecidas.
______________________________
Paciente ou Familiar
______________________________
Profissional (Nome e Matrícula)
Data: ____/____/_____
107
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
ANEXO 2
FOLDER DE ORIENTAÇÃO PARA PACIENTES E FAMILIARES
PROTOCOLO 7
PREVENÇÃO DAS LESÕES
POR PRESSÃO
ELABORAÇÃO:
Wilma Gonçalves do Nascimento – SC Enf
(setembro/2015)
REVISÃO:
Isabelle Beatriz Dolavale Silva – 2º Ten
(novembro/2017)
1. DIRETRIZES
Uma das consequências mais comuns da longa permanência em hospitais é o apa-
recimento de alterações na pele. A incidência aumenta proporcionalmente à combi-
nação de fatores de risco, entre os quais estão a idade avançada e a restrição ao leito.
A finalidade deste Protocolo é promover a prevenção da ocorrência de lesões por
pressão (LPP) e outras lesões da pele. Para sua estruturação, devem ser obedecidas as
seguintes diretrizes:
• Portaria do Ministério da Saúde n° 529, de 1º de abril de 2013;
• Portaria do Ministério da Saúde n° 1377, de 9 de julho de 2013.
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
O presente Protocolo tem como objetivo geral:
• promover a prevenção das lesões por pressão (LPP) no âmbito do Hos-
pital Central do Exército.
3. RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS
3.1. NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE (NSP)
Compete ao NSP:
• zelar pela implementação da estratégia proposta no Protocolo de Prevenção
de LPP;
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
110
• executar análises do Protocolo de Prevenção de LPP dentro da Instituição e
sugerir mecanismos de melhorias aos gestores das áreas;
• providenciar treinamento para toda a Instituição a fim de garantir o pleno en-
tendimento do Protocolo;
• disponibilizar documentos na página específica do NSP na Intranet para todos
os profissionais atuantes nos setores de sua implantação;
• providenciar a revisão deste Protocolo na data prevista;
• monitorar os resultados de desenvolvimento de LPP;
• analisar os indicadores de desempenho específicos deste Protocolo, sugerindo
melhorias quando observada a necessidade;
• participar os resultados, obtidos por meio dos indicadores, à Direção do HCE,
à Divisão Técnica e aos demais profissionais envolvidos.
3.4. ENFERMEIRO
É de competência do Enfermeiro:
• aplicar as Escalas de Braden e Braden Q por meio da sistematização da assis-
tência de enfermagem;
• aplicar as estratégias propostas neste Protocolo seguindo o plano de ação tra-
çado;
• fornecer os resultados de prevenção de LPP ao NSP através dos indicadores
específicos.
Fatores de Risco 1 2 3 4
Ligeiramente
Mobilidade Totalmente imobilizado Muito limitada Nenhuma limitação
limitado
Deambula Deambula
Atividade Acamado Confinado à cadeira
ocasionalmente frequentemente
Percepção Ligeiramente
Totalmente limitada Muito limitada Nenhuma limitação
Sensorial limitada
Tolerância da Pele e Estruturas de Suporte
Pele constantemente Pele ocasionalmente Pele raramente
Umidade Pele muito molhada
molhada molhada molhada
Fricção e forças de
Problema significativo Problema Problema potencial Nenhum problema
deslizamento
Provavelmente
Nutrição Muito pobre Adequada Excelente
inadequada
Perfusão tecidual e Extremamente
Comprometida Adequada Excelente
oxigenação comprometida
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
112
4.2. ETAPA 2: REAVALIAÇÃO DIÁRIA DO RISCO DE
DESENVOLVIMENTO DE LPP – TODOS OS PACIENTES
INTERNADOS
Dependendo da complexidade e da gravidade dos pacientes internados, deverá ser
realizada a reavaliação diária do potencial e do risco de desenvolvimento de LPP. Esse
procedimento permite aos profissionais de saúde ajustar sua estratégia de prevenção
conforme as necessidades do paciente.
Recomendação: deve ser empregada uma abordagem estruturada de avaliação de
risco para identificar indivíduos em risco de desenvolver LPP.
Todo paciente deve ser sistematicamente avaliado na admissão, quando serão ve-
rificadas as fragilidades, vulnerabilidades e fatores de risco para o desenvolvimento de
alterações de pele. Para a avaliação do risco de desenvolvimento de LPP, devem ser
utilizadas escalas preditivas, com elevado grau de confiabilidade e especificidade, como
a Escala de Braden Q (para crianças de 1 a 5 anos) e a Escala de Braden (para pacientes
com mais de 5 anos).
As Escalas de Braden e Braden Q caracterizam os pacientes como sem risco ou
com risco (baixo, moderado, alto ou muito alto) para desenvolver LPP. A classificação do
risco ocorre de maneira inversamente proporcional à pontuação, ou seja, quanto maior
o número de pontos, menor é o risco para a ocorrência dessa lesão.
Contudo, a escala preditiva é um parâmetro que deve ser utilizado em associação
com a avaliação clínica do enfermeiro. Assim, qualquer que seja o escore alcançado na
escala, a avaliação clínica deverá ser soberana perante a existência de fatores de risco
para LPP e comorbidades inerentes ao desenvolvimento dessa lesão cutânea.
A avaliação e a prescrição de cuidados com a pele são atribuições do enfermeiro,
sendo que a participação da equipe multiprofissional na prevenção das alterações é
fundamental na contribuição para a prescrição e o planejamento dos cuidados com o
paciente em risco. Poderão ser necessários ajustes nutricionais, intervenções para auxi-
liar na mobilização ou na mobilidade dos pacientes, entre outras medidas.
As medidas preventivas de LPP, descritas nas etapas a seguir (etapas 3 a 8), devem
ser instituídas pelo enfermeiro após a identificação dos fatores preditivos para o risco
por meio de cuidados essenciais com a pele para a manutenção da integridade cutânea.
Assim, essas medidas preventivas devem ser realizadas em todos os pacientes classifica-
dos como de risco nas etapas de avaliação anteriores (etapas 1 e 2).
5. DEFINIÇÕES
5.1. LESÃO POR PRESSÃO (LPP)
Lesão localizada da pele e/ou tecido subjacente, geralmente sobre uma proemi-
nência óssea, resultante da pressão ou da combinação entre pressão e cisalhamento,
causado pela fricção.
5.2. CISALHAMENTO
Deformação que sofre um corpo quando sujeito à ação de forças cortantes.
6. INDICADORES
Os seguintes indicadores poderão ser utilizados como estratégia de monitoramento:
• Percentual de Pacientes submetidos à Avaliação de Risco para LPP na Admissão
= [número de pacientes submetidos a avaliação de risco para LPP na admissão
usando a Escala de Braden ou Braden Q em um mês dividido pelo número
total de pacientes admitidos em um mês] x 100;
• Percentual de Pacientes de Risco recebendo Cuidado Preventivo apropriado
para LPP = [número de pacientes de risco recebendo cuidado preventivo
apropriado para LPP em um mês dividido pelo número total de pacientes de
risco em um mês] x 100;
• Percentual de Pacientes que receberam Avaliação Diária do Risco de LPP =
[número de pacientes recebendo avaliação diária para risco de LPP em um mês
dividido pelo número total de pacientes internados] x 100;
• Incidência de LPP = [número de casos novos de pacientes com LPP em deter-
minado período dividido pelo número de pessoas expostas ao risco de adquirir
LPP (pacientes internados) no período] x 100.
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
120
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n° 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa
Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União, nº 62, de 2 de abril de
2013, Seção 1, p. 43.
______. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Fundação Oswaldo Cruz (Fio-
cruz). Anexo 02: Protocolo para Prevenção de Úlcera por Pressão. Brasília-DF: Ministério da
Saúde, 2013. Disponível em: <https://proqualis.net/sites/proqualis.net/files/000002429j-
FPtGg.pdf>. Acesso em: 8 nov. 2016.
ANEXO 1
ESTADIAMENTO DE LESÕES POR PRESSÃO (LPP)
Outros estágios:
• inclassificáveis / não graduáveis: perda total da espessura da pele ou de tecidos,
com profundidade indeterminada;
• perda total da espessura dos tecidos, na qual a profundidade atual da lesão está
bloqueada pela presença de tecido necrótico (amarelo, acastanhado, cinzento,
verde ou castanho) e/ou escara (tecido necrótico amarelo escuro, castanho ou
preto) no leito da ferida;
• até que seja removido tecido necrótico suficiente para expor a base da ferida, a
verdadeira profundidade não pode ser determinada; é, no entanto, uma lesão
de estágio 3 ou 4.
• uma escara estável (seca, aderente, intacta e sem eritema ou flutuação) nos
calcâneos serve como penso biológico natural e não deve ser removida.
PROTOCOLO 8
SEGURANÇA NO USO DE
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
ELABORAÇÃO:
Renata Munari Devitto – 1º Ten
(setembro/2015)
REVISÃO:
Silvia Nobre Lopes – 1° Ten
(novembro/2017)
Próxima revisão: novembro/2018
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
124
1. DIRETRIZES
O presente Protocolo tem por finalidade garantir o uso seguro e correto dos diver-
sos materiais e equipamentos do Hospital Central do Exército (HCE).
Tendo em vista que se trata de um protocolo novo e que é necessário estabelecer
parâmetros firmes, houve consenso em se iniciar as ações pelas unidades fechadas e,
posteriormente, em uma segunda fase, abranger o Hospital como um todo.
Para a estruturação deste Protocolo, deve ser seguida como diretriz a Portaria do
Ministério da Saúde n° 529, de 1º de abril de 2013.
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
Para que se alcance a meta de Segurança no Uso de Materiais e Equipamentos, o
presente Protocolo contempla o seguinte objetivo geral:
• estabelecer ações para o estoque, o bom estado e o uso correto de materiais
e equipamentos nos Centros de Terapia Intensiva (CTI) do HCE (CTI Geral,
Unidade Coronariana, UTI Pediátrica e Neonatal) e na Unidade de Emergên-
cia, de modo a garantir um cuidado seguro ao paciente.
3. RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS
3.1. NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE (NSP)
Compete ao NSP:
• escriturar o Protocolo de Segurança no Uso de Materiais e Equipamentos;
• providenciar treinamento para toda a Instituição a fim de garantir o pleno en-
tendimento do Protocolo;
• disponibilizar documentos na página específica do NSP na Intranet para todos
os profissionais atuantes nos setores de sua implantação;
• realizar o monitoramento periódico da aplicação, com o acompanhamento de
um membro do setor;
• providenciar a revisão deste Protocolo na data prevista;
• analisar os indicadores de desempenho específicos deste Protocolo, sugerindo
melhorias quando observada a necessidade;
• participar os resultados, por meio dos indicadores, à Direção do HCE e à Di-
visão Técnica.
125
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
5. DEFINIÇÕES
5.1. CENTROS DE TERAPIA INTENSIVA (CTI) – CTI GERAL,
UNIDADE CORONARIANA, UTI PEDIÁTRICA E NEONATAL
Destinados à internação de pacientes graves, que requerem atenção profissional
especializada contínua, materiais específicos e tecnologias necessárias ao diagnóstico, à
monitorização e à terapia.
6. INDICADORES
Os seguintes indicadores de desempenho deverão ser utilizados pela equipe de
Enfermagem dos CTIs e da Unidade de Emergência para a mensuração da melhoria da
adesão à Lista de Verificação:
• Taxa de Adequação de Materiais e Equipamentos = [somatório de cada mate-
rial e equipamento em condições ideais de funcionamento ao término de um
mês dividido pela quantidade obrigatória de cada material e equipamento no
CTI] x 100;
• Número de Equipamentos e Materiais que apresentem Defeito = [somatório
de cada material e equipamento em manutenção corretiva ao término de um
mês];
• Taxa de Utilização de Materiais Disponíveis para Substituição dos Materiais em
Manutenção Corretiva = [número de cada material e equipamento substitutos
em utilização ao término de um mês dividido pela quantidade de segurança de
cada material e equipamento no CTI] x 100.
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
130
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MEDICINA INTENSIVA. Regulamento Técnico para Fun-
cionamento de Unidades de Terapia Intensiva. Disponível em: <http://www.amib.org.br/
fileadmin/RecomendacoesAMIB.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2015.
PESSOA, L. R.; SANTOS, E.H.; TORRES, K.R. (Org.). Manual do Gerente: desafios da
média gerência na saúde. Rio de Janeiro: ENSP, 2011. p. 41-42. Disponível em: <http://
www5.ensp.fiocruz.br/biblioteca/dados/txt_192230840.pdf>. Acesso em: 1 set. 2015.
131
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
PROTOCOLO 9
REGISTRO DO USO DE
PRÓTESES EM PROCEDIMENTOS
CARDIOVASCULARES
ELABORAÇÃO:
Carla Pereira Carlos – Maj
(setembro/2015)
REVISÃO:
Rita de Cássia Colchete Monteiro - SC Enf
(novembro/2017)
Próxima revisão: novembro/2018
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
132
1. DIRETRIZES
Este Protocolo visa estruturar as ações para o controle de próteses utilizadas em
procedimentos cardiovasculares de modo a identificar e corrigir eventuais problemas no
processo, desde a implantação até o acompanhamento do paciente.
Devem ser observadas as diretrizes contidas nos seguintes documentos:
• Portaria do Ministério da Saúde n° 529, de 1º de abril de 2013;
• Portaria do Ministério da Saúde n° 1377, de 9 de julho de 2013;
• Módulo 7 (Produtos de uso em procedimentos cardiovasculares) do Manual de
Tecnovigilância da Anvisa (2010).
2. OBJETIVOS
3. RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS
3.1. NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE (NSP)
Compete ao NSP:
• providenciar treinamento para todos os profissionais da Instituição a fim de
garantir o pleno entendimento do Protocolo;
• disponibilizar documentos, na página específica do NSP na Intranet, para co-
nhecimento de todos os profissionais, atuantes ou não nos procedimentos de
implantação das endopróteses;
• providenciar a revisão deste Protocolo na data prevista;
• analisar as notificações de eventos adversos e eventos sentinela decorrentes
dos procedimentos de implantação dos stents/endopróteses, sugerindo me-
lhorias.
133
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
5. DEFINIÇÕES
5.1. STENT
Também denominado prótese endovascular ou endoprótese.
É um instrumento mecânico que, implantado no vaso sanguíneo, aumenta sua luz.
Trata-se de uma pequena mola de metal contraída dentro do cateter que é introduzida
até a parte estreita do vaso. Uma vez posicionada no lugar certo, a mola é liberada, se
dilata e, nesse movimento conjunto, alarga a zona estreitada do vaso.
O stent é constituído de estrutura metálica, podendo ou não ser revestido por
droga.
6. INDICADORES
Os seguintes indicadores de desempenho da Hemodinâmica poderão ser utilizados
para o monitoramento dos eventos adversos ocorridos no setor:
• Índice de Mortalidade em Procedimentos = [número de óbitos dividido pelo
número de exames] x 100;
• Número de Procedimentos = [número de procedimentos no mês].
135
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n° 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa
Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União, nº 62, de 2 de abril de
2013, Seção 1, p. 43. Disponível em: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/
index.php/legislacao/item/portaria-529>. Acesso em: 10 nov. 2017.
______. Assistência Segura: uma reflexão teórica aplicada à prática. Série: Segurança do Pa-
ciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Brasília: Anvisa, 2013. Disponível em: <https://
www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/images/documentos/livros/Livro1-Assistencia_
Segura.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2017.
PROTOCOLO 9.1
REGISTRO DO
USO DE PRÓTESES
ORTOPÉDICAS
ELABORAÇÃO:
Cláudio Feitosa Júnior – Maj
(setembro/2015)
REVISÃO:
Gustavo Oliveira de Souza - 1º Ten
(novembro/2017)
1. DIRETRIZES
O presente Protocolo visa definir as ações para o controle das próteses ortopédicas
de modo a criar um sistema de informações seguro e confiável para o rastreamento,
caso se faça necessário.
Para sua estruturação, devem ser observadas as seguintes diretrizes:
• Portaria do Ministério da Saúde nº 529, de 1º de abril de 2013;
• Portaria do Ministério da Saúde nº 1377, de 9 de julho de 2013.
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
Para que se efetive o controle do uso de próteses ortopédicas, o presente Proto-
colo contempla o seguinte objetivo geral:
• estruturar, implementar, gerir e manter um sistema de registro das próteses de
quadril e joelho utilizadas em cirurgias de artroplastia total.
3. RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS
3.1. NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE (NSP)
Compete ao NSP:
• escriturar o Protocolo de Registro do Uso de Prótese;
• providenciar treinamento para todos os profissionais da Instituição a fim de
garantir o pleno entendimento do Protocolo;
• disponibilizar documentos, na página específica do NSP na Intranet, para todos
os profissionais atuantes nos setores de implantação de próteses;
• realizar o monitoramento periódico da aplicação da Lista de Verificação de Ci-
rurgia Segura, in loco, com o acompanhamento de um membro do setor;
• providenciar a revisão deste Protocolo na data prevista;
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
138
• analisar os indicadores de desempenho específicos deste Protocolo, sugerindo
melhorias quando observada a necessidade;
• participar os resultados, obtidos por meio dos indicadores, à Direção do HCE
e à Divisão Técnica.
5. DEFINIÇÕES
5.1. ARTROPLASTIA
Tratamento cirúrgico de substituição de uma articulação comprometida pela os-
teoartrose primária ou secundária.
6. INDICADORES
Os seguintes indicadores de desempenho deverão ser utilizados pelo CCOr para o
monitoramento das próteses de quadril e joelho:
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
140
• Taxa de Cirurgia de Artroplastia Total de Joelho com Complicações no trans e
no pós-operatório = [número de cirurgias de artroplastia de joelho realizadas
que apresentaram complicações nos períodos trans e pós-operatório dividido
pelo número de cirurgias de artroplastia de joelho realizadas] x 100;
• Taxa de Cirurgia de Artroplastia Total de Quadril com Complicações no trans e
no pós-operatório = [número de cirurgias de artroplastia de quadril realizadas
que apresentaram complicações nos períodos trans e pós-operatório dividido
pelo número de cirurgias de artroplastias de quadril realizadas] x 100;
• Taxa de Cirurgia de Revisão de Artroplastia sem substituição de próteses =
[número de cirurgias de revisão de artroplastia com retirada de prótese (ex-
plante) dividido pelo número de cirurgias realizadas] x 100.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n° 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa
Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União, nº 62, de 2 de abril de
2013, Seção 1, p. 43. Disponível em: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/
index.php/legislacao/item/portaria-529>. Acesso em: 10 nov. 2017.
______. Assistência Segura: uma reflexão teórica aplicada à prática. Série: Segurança do Pa-
ciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Brasília: Anvisa, 2013. Disponível em: <https://
www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/images/documentos/livros/Livro1-Assistencia_
Segura.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2017.
PROTOCOLO 10
PREVENÇÃO E CONTROLE DE
INFECÇÕES RELACIONADAS À
ASSISTÊNCIA À SAÚDE (IRAS)
ELABORAÇÃO:
Waldimir de Medeiros Coelho Júnior – TC
(setembro/2015)
REVISÃO:
Rodrigo Fernandes de Freitas – 1º Ten
(novembro/2017)
Próxima revisão: novembro/2018
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
142
1. DIRETRIZES
Em conformidade com a Portaria do Ministério da Saúde nº 2.616, de 12 de maio
de 1998, o Hospital Central do Exército, por meio de seu Programa de Controle de
Infecção Hospitalar (PCIH), promove um conjunto de ações desenvolvidas deliberada
e sistematicamente para a máxima redução possível da incidência e da gravidade das
Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS).
Anualmente, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital
Central do Exército (HCE) revisa seu planejamento e elabora o PCIH da Instituição
definindo diversas ações, entre as quais: vigilância epidemiológica, educação conti-
nuada, elaboração e revisão periódica de protocolos, e criação de rotinas e normas
técnico-operacionais. Todas essas medidas são estabelecidas com base nos dados dos
anos anteriores, obtidos com o auxílio de indicadores de processo e por meio do siste-
ma de vigilância epidemiológica.
Atualmente, a CCIH trabalha em conjunto com o Núcleo de Segurança do Paciente
(NSP) com o intuito de dar continuidade às diversas ações de controle das IRAS. Dessa
forma, a CCIH elaborou o seu protocolo fundamentado nas seguintes diretrizes docu-
mentais, necessárias para a sua concretização:
• Portarias do Ministério da Saúde:
• nº 2.616, de 12 de maio de 1998;
• n° 529, de 1º de abril de 2013;
• n° 1377, de 9 de julho de 2013.
• Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (RDC/Anvisa) nº 35, de
16 de agosto de 2010;
• Instrução Normativa nº 4/Anvisa, de 24 de fevereiro de 2010;
• Manuais da Anvisa:
• Indicadores Nacionais de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde
(2010);
• Infecção de Corrente Sanguínea – Orientações para Prevenção de In-
fecção Primária de Corrente Sanguínea (2010);
• Infecções do Trato Respiratório – Orientações para a Prevenção de
Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde (2009);
• Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde
(2017).
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
Para alcançar a meta de controle de infecções, proposta pelo presente Protocolo,
foi estabelecido o seguinte objetivo geral:
• promover ações sistemáticas visando à redução máxima possível da incidên-
cia das infecções hospitalares, à diminuição da morbimortalidade de pacientes
internados e à garantia de um ambiente seguro para todos os profissionais de
143
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
3. RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS
3.1. NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE (NSP)
Compete ao NSP:
• receber da CCIH o PCIH;
• providenciar treinamento para todos os profissionais da Instituição a fim de
garantir o pleno entendimento do Protocolo;
• disponibilizar documentos, na página específica do NSP na Intranet, para todos
os profissionais atuantes nos setores de sua implantação;
• realizar o monitoramento periódico da aplicação das ações de controle das
IRAS;
• providenciar a revisão deste Protocolo na data prevista;
• analisar os indicadores de desempenho específicos deste Protocolo, sugerindo
melhorias quando observada a necessidade;
• participar os resultados, obtidos por meio dos indicadores, à Direção e à Divi-
são Técnica.
Vigilância Membros
Busca passiva Todos os setores. Infecções nosocomiais.
Global(3) executores
Coleta de culturas
de vigilância dos
Vigilância LAC Setores com Infecção ou colonização por bactérias
micro-organismos
Microbiológica CCIH pacientes elegíveis. multirresistentes.
multirresistentes no
âmbito do HCE(2)
Legenda:
(1) A Vigilância Dirigida consiste no direcionamento de ações de vigilância e prevenção de IRAS para
áreas consideradas críticas ou para problemas identificados na Instituição, podendo ser sítio específico,
unidade específica ou rotativa, ou, ainda, por ocasião do aparecimento de surtos.
(2) Serão utilizados como parâmetros da busca ativa das infecções a presença de febre, o emprego de
antimicrobianos, a avaliação das culturas positivas, os resultados dos exames complementares, os re-
latos dos profissionais responsáveis pela assistência ao paciente e dados do prontuário, como: tempo
de internação, evolução médica e de enfermagem e registro de procedimentos invasivos.
(3) Consiste na avaliação sistemática de todos os pacientes internados em todas as clínicas do Hospital,
sendo monitorizadas as IRAS em todas as topografias.
5. DEFINIÇÕES
5.1. DESINFECÇÃO
Processo físico ou químico que destrói a maioria dos micro-organismos patogênicos
de objetos inanimados e superfícies, com exceção de esporos bacterianos, podendo ser
de baixo, intermediário ou alto nível.
A desinfecção de alto nível é indicada para itens semicríticos, como lâminas de larin-
goscópios, equipamentos de terapia respiratória e anestesia, e endoscópio de fibra ótica
flexível. Exemplo: ácido peracético.
5.4. ESTERILIZAÇÃO
Processo validado que serve para tornar um artigo semicrítico e/ou crítico (aquele
utilizado em procedimentos invasivos com penetração em pele, mucosas adjacentes,
tecidos e sistema vascular) livre de todas as formas viáveis de micro-organismos.
5.4.1. Esterilizante
É um produto que tem a capacidade de destruir todas as formas de vida microbiana,
incluindo os esporos bacterianos, em um período de tempo comprovado.
Nas instituições de saúde, os métodos de esterilização disponíveis rotineiramente
são o vapor úmido sob pressão (autoclavagem) e os agentes químicos. Exemplos: ácido
peracético, plasma de peróxido de hidrogênio e óxido de etileno.
6. INDICADORES
A coleta de dados epidemiológicos, a consolidação, a análise, a divulgação e a dis-
cussão dos indicadores devem servir de base para estabelecer níveis endêmicos, iden-
tificar surtos, sensibilizar profissionais de saúde e gestores sobre a necessidade do con-
trole e avaliar as medidas implantadas.
A análise crítica e a divulgação dos relatórios dos indicadores pela CCIH, bem como
a discussão com a Direção, a Divisão Técnica, a Assessoria de Excelência Gerencial
(AEG) e o Corpo Clínico deverão ser realizadas semestralmente ou a qualquer mo-
mento em que a situação epidemiológica se impuser.
Com o propósito de atingir os objetivos propostos neste Protocolo, o HCE utilizará
os indicadores conforme descritos nos itens a seguir:
• indicadores baseados na publicação da Anvisa Indicadores Nacionais de Infec-
ções Relacionadas à Assistência de Saúde (setembro, 2010):
• Densidade de Incidência de Pneumonia Associada à Ventilação Mecâ-
nica (PAV) na UTI = [número de PAV dividido pelo número de dias de
ventilação mecânica (VM/dia)] x 1000;
• Densidade de Incidência de Infecção Primária da Corrente Sanguínea
Laboratorial (IPCSL) Relacionada a Cateter Venoso Central (CVC) na
UTI = [número de casos novos de IPCSL no período dividido pelo
número de CVC/dia no período] x 1000;
• Densidade de Incidência de Infecção do Trato Urinário (ITU) relacio-
nada a Cateter Vesical (CV) na UTI = [número de ITU sintomáticas
relacionadas a CV dividido pelo número de CV/dia] x 1000;
• Taxa de Incidência de Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC) em Cirurgia
Limpa = [número de ISC em um certo procedimento limpo (por ex.:
artroplastia de quadril) dividido pelo número total do procedimento
limpo em questão (no exemplo, artroplastia de quadril)] x 100;
• Taxa de Incidência de Infecção em Cesárea = [número de infecções
em cesáreas dividido pelo número total de cesáreas] x 100;
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
152
• Taxa de Incidência de Infecção em Cirurgia Relacionada à Colocação
de Órtese, Prótese e Material Especial (OPME) = [número de infec-
ções em cirurgias relacionadas à colocação de OPME dividido pelo
número de cirurgias relacionadas à colocação de OPME] x 100.
• outros indicadores:
• Taxa de Infecção Hospitalar Global = [número de infecções (casos
novos) dividido pelo número de saídas (altas, óbitos e transferências)]
x 100;
• Distribuição Percentual das Infecções Hospitalares por Sítio no Pacien-
te = [número de infecções por sítio (urinária, broncopulmonar, cirúr-
gica, etc.) dividido pelo número total de infecções] x 100;
• Coeficiente de Sensibilidade/Resistência dos Micro-Organismos frente
aos Antimicrobianos = [número de culturas resistentes (por germe
específico isolado) dividido pelo número total do germe específico iso-
lado] x 100;
• este indicador deve ser feito para cada antimicrobiano testado;
• exemplo: [número de acinetobacter baumanni resistentes a “an-
timicrobiano testado” dividido pelo número de acinetobacter
baumanni isolados x 100];
• Taxa de Utilização de Ventilação Mecânica na UTI = [número de ven-
tiladores mecânicos/dia utilizados dividido pelo número total de pa-
cientes/dia];
• Taxa de Utilização de Cateter Venoso Central (CVC) na UTI = [núme-
ro de CVC/dia utilizados dividido pelo número total de pacientes/dia];
• Taxa de Utilização de Cateter Vesical de Demora na UTI = [número
de cateteres vesicais de demora/dia utilizados dividido pelo número
total de pacientes/dia].
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.616, de 12 de maio de 1998. Expede diretrizes
e normas para a prevenção e o controle das infecções hospitalares. Disponível em: < http://
bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt2616_12_05_1998.html>. Acesso em: 10
nov. 2017.
_____. Portaria n° 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança
do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União, nº 62, de 2 de abril de 2013, Seção 1, p. 43.
Disponível em: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/
item/portaria-529>. Acesso em: 10 nov. 2017.
_____. Portaria n° 1377, de 9 de julho de 2013. Aprova os Protocolos de Seguran-
ça do Paciente. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/
prt1377_09_07_2013.html>. Acesso em: 10 nov. 2017.
_____. Indicadores Nacionais de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde. UIPEA/
GCTES/Anvisa, setembro de 2010. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/docu-
ments/33852/271855/dicadores+Nacionais+de+Infeccoes+Relacionadas+a+Assisten-
cia+a+Saude/daef83da-e2ac-477e-8141-a31f3146a2c6>. Acesso em: 10 nov. 2017.
153
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
_____. Nota Técnica nº 1/2010. Medidas para identificação, prevenção e controle de in-
fecções relacionadas à assistência à saúde por microrganismos multirresistentes. UIPEA/
GGTES/Anvisa, outubro de 2010. Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/resour-
ces/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/infeccao-hospitalar/doc/
nota_tecnica2_ih.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2017.
ANTISSÉPTICO DE
PROCEDIMENTO ALTERNATIVA
ESCOLHA
Clorexidina degermante
procedimentos invasivos PVPI degermante a 10%
a 2%
Água e sabão ou
pacientes em geral Não recomendado
álcool gel a 70%
Clorexidina degermante
banho pré-operatório Água e sabão
a 2%
curativo de ferida
Não recomendado Não recomendado
cirúrgica
Tipos de
Otorrino PVPI a 10% -----------------
Cirurgia
Clorexidina degermante
Bucomaxilofacial -----------------
a 2%
ANEXO 2
PIRÂMIDE DO USO DAS LUVAS (ANVISA)
INDICAÇÃO
DE USO DE
LUVAS ESTÉREIS
Qualquer procedimento
cirúrgico; parto vaginal;
procedimentos radiológicos
invasivos; realização de
procedimentos vasculares
(linhas centrais); preparo de
solução de nutrição parenteral total e
quimioterápicos.
1. INTRODUÇÃO
As Infecções do Trato Urinário (ITU) são responsáveis por até 45% das Infecções
Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Isso ocorre principalmente devido à alta pre-
valência do cateterismo vesical durante a internação, muitas vezes por períodos prolon-
gados, sem critérios precisos para sua indicação ou mesmo permanência.
A contaminação pode ser tanto intraluminal quanto extraluminal, com preponde-
rância desta última, estando intimamente ligada à formação de biofilme. O crescimento
bacteriano se inicia após a colocação do cateter e encontra-se presente em cem por
cento dos pacientes ao final da quarta semana.
ANEXO 4
MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE INFECÇÃO PRIMÁRIA DA CORRENTE
SANGUÍNEA (IPCS)
1. INTRODUÇÃO
As Infecções da Corrente Sanguínea Relacionadas a Cateteres Centrais (ICSRC)
estão associadas a importantes desfechos desfavoráveis em saúde, como aumento da
morbimortalidade e do tempo de internação hospitalar.
Nas primeiras duas semanas após a colocação do cateter, o principal responsável
pela ICSRC é a colonização extraluminal, enquanto nos cateteres de longa permanên-
cia, como os comumente usados em pacientes onco-hematológicos, passa a prevalecer
a colonização intraluminal, principalmente devido ao aumento do tempo de manipula-
ção do hub e dos equipos usados.
Por fim, em menor escala, mas não menos importante, temos a contaminação por
meio do infusado e a disseminação hematogênica, com a consequente contaminação
da ponta do dispositivo.
Figura 1: Fontes de contaminação durante a inserção do cateter.
ANEXO 5
1. INTRODUÇÃO
A pneumonia associada à assistência à saúde corresponde a aproximadamente 25%
das infecções adquiridas dentro da Unidade de Terapia Intensiva. A aplicação de normas
bem estabelecidas para a prevenção das infecções respiratórias, particularmente aquelas
associadas à ventilação mecânica, é fundamental para modificar essa realidade.
Os pacientes internados e, especialmente, os pacientes em ventilação mecânica são
um grupo de risco aumentado para pneumonia. Esse risco maior se deve essencialmen-
te a três fatores:
• diminuição das defesas do paciente;
• risco elevado de ter as vias aéreas inoculadas com grande quantidade de ma-
terial contaminado;
• presença de micro-organismos mais agressivos e resistentes aos antimicrobia-
nos no ambiente, em superfícies próximas, nos materiais e colonizando o pró-
prio paciente.
1. INTRODUÇÃO
O crescente número de intervenções cirúrgicas na assistência à saúde reflete o
aumento da quantidade de doenças cardiovasculares, neoplasias e traumas decorrentes
da elevação da expectativa de vida e da violência (Anvisa, 2017).
As Infecções do Sítio Cirúrgico (ISC) são as complicações mais comuns decorrentes
do ato cirúrgico, que ocorrem no pós-operatório em cerca de 3 a 20% dos procedi-
mentos realizados, segundo dados estatísticos internacionais, tendo um impacto signifi-
cativo na morbidade e na mortalidade do paciente.
No Brasil, apesar de não haver dados sistematizados, as taxas de morbimortali-
dade são apontadas em terceiro lugar entre o conjunto das Infecções Relacionadas à
Assistência em Saúde (IRAS), sendo encontradas em, aproximadamente, 14% a 16%
dos pacientes hospitalizados. Recentemente, a Anvisa iniciou um processo de coleta de
dados com o intuito de montar uma base de dados. Os primeiros dados mostram que
as ISCs representam um problema real que deve ser enfrentado pelas Comissões de
Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) de todos os hospitais.
As ISCs são consideradas eventos adversos frequentes, decorrentes da assistência
à saúde dos pacientes, que podem resultar em dano físico, social e/ou psicológico do
indivíduo, sendo uma ameaça à segurança do paciente.
Em virtude de sua maior complexidade, merecem destaque as infecções associadas
às cirurgias de colocação de implantes que, apesar de ocorrerem em uma pequena pro-
porção dos pacientes submetidos a tais procedimentos, resultam em sintomas doloro-
sos persistentes, reoperações, potencial perda do implante com redução da qualidade
de vida, aumento considerável nos custos do tratamento e, algumas vezes, óbito.
Para o controle das IRAS relacionadas às ISCs, são necessárias algumas ações, que
estão descritas nos tópicos a seguir.
2. RECOMENDAÇÕES BÁSICAS
2.1. ANTIBIOTICOPROFILAXIA
No HCE, a CCIH disponibilizou o Guia de Uso Racional de Antimicrobianos, com
as principais indicações de antimicrobianos, incluindo os relacionados à cirurgia. Esse
guia deve ser consultado sempre que necessário; porém, em caráter geral, qualquer
profissional que indicar antibioticoprofilaxia deverá atentar para os seguintes pontos:
• realizar a indicação apropriada;
• escolher a droga adequada, levando em consideração o sítio a ser operado e as
orientações do Guia de Uso Racional de Antimicrobianos da CCIH;
• administrar a dose efetiva do antibiótico em até 60 minutos antes da incisão
cirúrgica; caso seja vancomicina e ciprofloxacina, deve-se iniciar a infusão 1 a 2
horas antes da incisão;
167
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
2.2. TRICOTOMIA
Deve ser realizada somente quando necessário e imediatamente antes da cirurgia:
• não utilizar lâminas;
• utilizar, preferencialmente, tricotomizadores elétricos.
3.8. BANHO
O banho com antisséptico está reservado a situações especiais, como antes da
realização de cirurgias de grande porte, cirurgias com implantes ou em situações espe-
cíficas, como surtos.
Orientações sobre o banho:
• incluir a higiene do couro cabeludo e o cuidado com as unhas;
• dar atenção especial à higiene da cabeça nas cirurgias cranioencefálicas;
• observar que o cabelo deve estar seco antes de ir para o bloco operatório;
• enfatizar a importância da higiene oral; quando houver previsão de entubação
orotraqueal, realizar a higiene oral com clorexidina a 0,12%;
• fornecer toalhas limpas ao paciente para o banho pré-operatório;
• proceder à troca de pijama/camisola, da roupa de cama ou da maca de trans-
porte após o banho.
5.2. DRENOS
A inserção dos drenos deve ocorrer, geralmente, no momento da cirurgia, prefe-
rencialmente em uma incisão separada, diferente da incisão cirúrgica.
A recomendação é fazer uso de sistemas de drenagem fechados e remover os
drenos o mais brevemente possível.
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
172
PROTOCOLO 11
SEGURANÇA NA
TERAPIA NUTRICIONAL
ELABORAÇÃO:
Eliezer de Melo Silva – 1º Ten
Danielle Monteiro da Silva Martins – 1º Ten
(setembro/2015)
REVISÃO:
Franciany Viana Salmaso – 1º Ten
Fernanda Vilela Levenhagen – 1º Ten
(novembro/2017)
Próxima revisão: novembro/2018
173
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
1. DIRETRIZES
O presente Protocolo visa apresentar ações para a Segurança na Terapia Nutricio-
nal. Segundo a Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE), cerca de
30% dos pacientes hospitalizados evoluem para o quadro de desnutrição nas primeiras
48 horas de internação. Entre três e sete dias, esse porcentual aumenta em 15%, che-
gando a 60% depois de quinze dias de internação.
Todo paciente hospitalizado está em condições desfavoráveis para manter seu es-
tado metabólico-nutricional adequado. Estudos apontam que a perda da massa magra,
em seus diferentes níveis, aumenta o risco de infecção, reduz a cicatrização e aumenta
o risco de mortalidade, tornando-se letal quando chega a 40%.
Para a estruturação deste Protocolo, deve ser seguida a seguinte diretriz:
• Portaria do Ministério da Saúde n° 529, de 1º de abril de 2013.
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
Para alcançar a meta de Segurança na Terapia Nutricional, o presente Protocolo tem
o seguinte objetivo geral:
• determinar as medidas a serem implantadas para reduzir a ocorrência de inci-
dentes e eventos adversos e a mortalidade por desnutrição e/ou broncoaspi-
ração, possibilitando o aumento da segurança na Terapia Nutricional Enteral e
Parenteral.
3. RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS
3.1. NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE (NSP)
Compete ao NSP:
• escriturar o Protocolo de Segurança na Terapia Nutricional Enteral e Parenteral;
• providenciar treinamento para toda a Instituição a fim de garantir o pleno en-
tendimento do Protocolo;
• disponibilizar documentos na página específica do NSP na Intranet para todos
os profissionais atuantes nos setores de sua implantação;
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
174
• providenciar a revisão deste Protocolo na data prevista;
• analisar indicadores de qualidade específicos deste Protocolo, sugerindo me-
lhorias quando observada a necessidade.
• checar hipoalbuminemia;
• conferir a velocidade de administração da dieta e o posicionamento da
sonda;
• verificar a história clínica e as condições abdominais (pseudodiarreia
por fecaloma);
• checar o tipo de dieta, considerando fibras e osmolaridade;
• fazer uso de probiótico ou simbiótico, caso seja necessário;
• com a melhora da diarreia, aumentar o volume para atingir o Valor
Energético Total (VET) pleno;
• manejo da gastroparesia na terapia nutricional enteral:
• avaliar sintomas persistentes: náuseas, vômitos, dor abdominal,
distensão abdominal;
• realizar a verificação periódica do resíduo gástrico;
• solicitar ao médico que suspenda ou troque os fármacos possivelmen-
te envolvidos;
• trocar fórmulas sem fibras e hipogordurosas;
• manter o paciente normoglicêmico, empregando esquema adequado
de insulina (atribuição do médico e da enfermagem);
• diminuir a velocidade da bomba de infusão contínua em 50%, até o
mínimo de 25 ml/h;
• associar medicamentos procinéticos;
• rever a posição da sonda: se gástrica, trocar para jejunal por endoscopia.
4.3.1. Diarreia
A diarreia pode ser caracterizada como três ou mais episódios de evacuação de
consistência líquida em 24 horas. Como a etiologia da diarreia é multifatorial, há grande
dificuldade em determinar sua causa, que pode estar relacionada com:
177
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
4.3.2. Gastroparesia
A gastroparesia é uma síndrome causada por atraso no esvaziamento gástrico, com
ausência de obstrução mecânica. Pode ocasionar náuseas, vômitos, saciedade precoce,
empachamento e dor abdominal. Geralmente, está associada a diabetes, cirurgia gástrica,
doenças neurológicas, utilização de certos tipos de medicamentos e causas idiopáticas.
Frequentemente, aparece como uma das causas de interrupção da TNE ou de
redução do volume administrado na dieta enteral, o que resulta em dificuldades para
nutrir os pacientes em estado crítico, podendo agravar sua desnutrição.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n° 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa
Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União, nº 62, de 2 de abril de
2013, Seção 1, p. 43. Disponível em: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/
index.php/legislacao/item/portaria-529>. Acesso em: 10 nov. 2017.
______. Resolução nº 63, de 6 de julho de 2000. Aprova o Regulamento Técnico para fixar
os requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Enteral. Disponível em: <https://
www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/item/resolucao-da-direto-
ria-colegiada-rcd-n-63-de-6-de-julho-de-2000>. Acesso em: 10 nov. 2017.
CHAG, S. J.; HUANG, H. H. Diarrhea in enterally fed patients: blame the diet? Current
Opinion in Clinical Nutrition and Metabolic Care, 2013; 16(5):588-94. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23799327>. Acesso em: 10 nov. 2017.
MARTINS, J. R.; SHIROMA, G. M.; et al. Factors leading to discrepancies between pre-
scription and intake of enteral nutrition therapy in hospitalized patients. Nutrition, 2012;
28(9):864-867. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/
S0899900711002589>. Acesso em: 10 nov. 2017.
THIBAULT, R.; GRAF, S.; CLERC, A.; et al. Diarrhea in the ICU: respective contribu-
tion of feeding and antibiotics. Critical Care, 2013; 17(4):R153. Disponível em: <https://
www.springermedizin.de/diarrhoea-in-the-icu-respective-contribution-of-feeding-and-an-
ti/9711890>. Acesso em: 10 nov. 2017.
WAITZBERG, D. L. Nutrição Oral, Enteral e Parenteral na Prática Clínica. 4. ed. São Paulo:
Atheneu, 2009.
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE (ANEXOS)
180
ANEXO 1
TRIAGEM NUTRICIONAL ADMISSIONAL
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
CML - 1ª RM
HOSPITAL CENTRAL DO EXÉRCITO
SEÇÃO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
SUPORTE NUTRICIONAL / AVALIAÇÃO NUTRICIONAL ADMISSIONAL
Dados Antropométricos
Peso atual _____ kg Peso habitual _____ kg Estatura _____ cm IMC _____ kg/m2
Escore Total:
Necessidades Nutricionais
ANEXO 3
FICHA DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE PACIENTES QUE SE
ALIMENTAM POR VIA ENTERAL
PTN: ______ g/dia ( ___ g/kg) CHO: ______ g/dia ( ___ g/kg) LIP: ______ g/dia ( ___ g/kg)
kcal: ______ ( _____ % VET) kcal: _________ ( ____ % VET) kcal: _____ ( ____ % VET)
Exames Laboratoriais
Data / / / / / / / / / / /
HB
HT
Hemácias
Plaquetas
Leucócitos
Bastões
Linfócitos
Glicose
Ureia / Creatinina
Ácido Úrico
Na / K
Mg / Cl
Fe / Ferritina
TGO / TGP
GST
BIL T
BIL DIR / INDIR
Amilase / Lipase
Proteínas Totais / Albumina
PCR
TG / CO2
HDL / LDL
Data
Dias TN
Cateter / Via
DIETA
Volume / Hora
VET
Kcal ofertada
PTN (g)
GLI (g)
LIP (g)
HGT
PA
Pró-cinético S/N S/N S/N S/N S/N S/N S/N
Floratil S/N S/N S/N S/N S/N S/N S/N
Corticoide S/N S/N S/N S/N S/N S/N S/N
ATB S/N S/N S/N S/N S/N S/N S/N
FI +/- +/- +/- +/- +/- +/- +/-
Observações
Nutricionista:
PROTOCOLO 12
SEGURANÇA NA
LIBERAÇÃO E NO USO DE
HEMOCOMPONENTES
ELABORAÇÃO:
Cláudia Medeiros – Cap
Márcio Damasceno do Vale – ST
(setembro/2015)
REVISÃO:
Glaucia Aparecida Pires Guasti – Maj
Leonardo Gomes Teixeira Leite – Cap
(novembro/2017)
Próxima revisão: novembro/2018
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
186
1. DIRETRIZES
O presente Protocolo visa padronizar os procedimentos técnicos relativos a hemo-
componentes em todas as suas etapas (da liberação até a transfusão no paciente), con-
tribuindo ainda, para a prevenção e a identificação de possíveis reações transfusionais e
para a previsão de condutas apropriadas.
Para sua estruturação, devem ser seguidas as seguintes diretrizes:
• Portaria do Ministério da Saúde n° 529, de 1º de abril de 2013;
• Portaria do Ministério da Saúde nº 158, de 4 de fevereiro de 2016;
• RDC da Agência Nacional de Vigilância Sanitária nº 75, de 2 de maio de 2016.
2. OBJETIVOS
3. RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS
São responsáveis pela aplicação dos preceitos contidos neste Protocolo todos os
profissionais envolvidos com as atividades técnicas.
• registro legível do número da bolsa (número gerado pelo SISHCE, com cinco
algarismos), sua validade e inspeção visual nos campos específicos, impressos
conforme o item 4.2.1;
• armazenamento da bolsa no refrigerador até o momento de sua expedição;
• as unidades de PFC devem ser transfundidas o mais brevemente possível após
o seu descongelamento, não devendo exceder 24 horas se armazenadas entre
2 e 6 °C;
• é proibido o recongelamento: se mantidas em temperatura ambiente, as unida-
des de PFC só podem ser utilizadas em até 6 horas após o descongelamento;
• as unidades de Crio, após o degelo, devem ser transfundidas o mais brevemen-
te possível, sendo tolerada a permanência do hemocomponente descongelado
a uma temperatura entre 20 e 24 °C por um tempo máximo de 6 horas.
REAÇÃO TRANSFUSIONAL
• Sobrecarga de Volume:
• reação comum e evitável;
• causa: erro na prescrição ou no tempo de infusão (infusão rápida) de
CH;
• risco maior em: crianças, idosos, cardiopatas, casos de anemias seve-
ras, pacientes renais crônicos;
• quadro clínico: dispneia, hipertensão, edema periférico;
• tratamento:
• suspender a infusão;
• realizar suporte ventilatório;
• administrar diuréticos;
• adotar medidas específicas para edema agudo de pulmão, se
ocorrer;
• prevenção: administração lenta do hemocomponente.
• Hipotensão:
• causa: geração de bradicininas causada pelo contato do plasma com
superfícies artificiais;
• quadro clínico: hipotensão;
• tratamento: interrupção da transfusão;
• geralmente, a hipotensão se resolve logo após a interrupção da
transfusão;
• prevenção:
• trocar anti-hipertensivos, pois, geralmente, o paciente faz uso de
Inibidor da Enzima Conversora do Angiotensinogênio (IECA).
4.7. INTERVENÇÕES
Por meio de inspeções anuais, a Seção de Hemoterapia da Vigilância Sanitária Esta-
dual (VISA) avalia se os Protocolos de Hemoterapia preconizados pela RDC estão sen-
do corretamente executados e verifica a existência de não conformidades e de medidas
corretivas, promovendo sanções no caso de erros e não conformidades.
5. INDICADORES
Os seguintes indicadores poderão ser utilizados como estratégia de monitoramento:
• Taxa de Bolsas Utilizadas em Pacientes Baixados em um mês = [número de
bolsas utilizadas em pacientes baixados em um mês dividido pelo número de
bolsas fornecidas em um mês] x 100;
• Taxa de Bolsas Devolvidas em um mês = [número de bolsas devolvidas em um
mês dividido pelo número de bolsas fornecidas em um mês] x 100;
• Taxa de Procedimentos Errados = [número de erros de transfusão em um
mês, dividido pelo número total de transfusões em um mês] x 100;
• Taxa de Reações Transfusionais = [número de reações transfusionais em um
mês dividido pelo número de bolsas fornecidas em um mês] x 100;
• Taxa de Óbitos em Pacientes por Reações Transfusionais = [número de óbitos
por reações transfusionais dividido pelo número de reações transfusionais em
um mês] x 100.
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
198
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n° 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa
Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União, nº 62, de 2 de abril de
2013, Seção 1, p. 43. Disponível em: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/
index.php/legislacao/item/portaria-529>. Acesso em: 10 nov. 2017.
FUNG, M. K. (ed.) et al. AABB Technical Manual. 18. ed. AABB, 2014.
199
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
ANEXO 1
O- √
O+ √ √
A- √ √
A+ √ √ √ √
B- √ √
B+ √ √ √ √
AB- √ √ √ √
AB+ √ √ √ √ √ √ √ √
O √ √ √ √
A √ √
B √ √
AB √
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE (ANEXOS)
200
ANEXO 2
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
CML - 1ª RM
HOSPITAL CENTRAL DO EXÉRCITO
(Hospital Real Militar e Ultramar)
1769
PROGRAMA DE HEMOVIGILÂNCIA
PROTOCOLO 13
INCLUSÃO E ESTÍMULO À
PARTICIPAÇÃO DO PACIENTE
E SEUS FAMILIARES NA
ASSISTÊNCIA PRESTADA
ELABORAÇÃO:
Débora Barbosa Gil – Cap
(setembro/2015)
REVISÃO:
Cristiane de Oliveira Vargas Silva – 1º Ten
(novembro/2017)
Próxima revisão: novembro/2018
203
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
1. DIRETRIZES
O presente Protocolo tem por finalidade estabelecer ações no sentido de incluir e
envolver os pacientes e seus familiares na assistência prestada, oferecendo informação
e instrução com o intuito de incentivá-los à prevenção e ao cuidado com sua própria
segurança.
Para sua estruturação, deve ser seguida a seguinte diretriz:
• Portaria do Ministério da Saúde n° 529, de 1º de abril de 2013.
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
Para que se alcance a meta de inclusão e estímulo à participação do paciente e seus fa-
miliares na assistência prestada, o presente Protocolo contempla o seguinte objetivo geral:
• estabelecer ações para incluir e envolver os pacientes e seus familiares
na assistência prestada, oferecendo informação e instrução com o intuito
de incentivá-los à prevenção e ao cuidado com sua própria segurança.
3. RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS
3.1. NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE (NSP)
Compete ao NSP:
• escriturar o Protocolo de Segurança para Inclusão e Estímulo à participação do
paciente e seus familiares ou acompanhantes na assistência prestada;
• providenciar esclarecimento aos setores envolvidos a fim de garantir o pleno
entendimento do Protocolo;
• garantir a distribuição do material informativo a pacientes e acompanhantes;
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
204
• disponibilizar documentos, na página específica do NSP na Intranet, para todos
os profissionais atuantes nos setores de sua implantação;
• realizar o monitoramento periódico do cumprimento dos objetivos deste Pro-
tocolo;
• providenciar a revisão deste Protocolo na data prevista;
• analisar indicadores de desempenho específicos deste Protocolo, sugerindo
melhorias quando observada a necessidade;
• participar os resultados, obtidos por meio dos indicadores, à Direção e à Divi-
são Técnica;
• elaborar os materiais educativos/informativos a serem distribuídos pelos seto-
res responsáveis;
• monitorar a correta distribuição dos materiais ao público-alvo, realizando con-
sultas ao Setor de Internação e à Unidade de Emergência;
• realizar consultas à equipe de enfermagem dos setores de internação para ava-
liar o entendimento das informações pelo público-alvo, verificando se os obje-
tivos pretendidos estão sendo atingidos;
• avaliar, por meio dos indicadores, se houve mudança de comportamento po-
sitiva e quantificável na participação de pacientes e acompanhantes no trata-
mento;
• realizar o acompanhamento individual nas enfermarias, divulgando as orienta-
ções para a segurança do paciente e fiscalizando se estão sendo colocadas em
prática;
• sensibilizar os profissionais envolvidos na assistência aos pacientes para a impor-
tância dos Protocolos de Segurança do Paciente e sua implementação.
5. INDICADOR
Deve ser utilizado o seguinte indicador como estratégia de monitoramento:
• Taxa de Usuários Orientados = [somatório de pacientes e familiares ou acom-
panhantes internados que receberam o material informativo/educativo dividido
pelo número de pacientes internados] x 100.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n° 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa
Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União, nº 62, de 2 de abril de
2013, Seção 1, p. 43. Disponível em: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/
index.php/legislacao/item/portaria-529>. Acesso em: 10 nov. 2017.
______. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Assistência Segura: uma reflexão teórica
aplicada à prática. Série: Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Brasília:
Anvisa, 2013. Disponível em: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/images/
documentos/livros/Livro1-Assistencia_Segura.pdf>. Acesso em: 10 nov. 2017.
207
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
PROTOCOLO 14
PROMOÇÃO DO
AMBIENTE SEGURO
ELABORAÇÃO:
Sheila Gonçalves Rodrigues – 1º Ten
(setembro/2015)
REVISÃO:
Waldimir de Medeiros Coelho Júnior – TC
Roberto Braz da Silva Cardoso – TC
(novembro/2017)
Próxima revisão: novembro/2018
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE
208
1. DIRETRIZES
O Protocolo de Promoção do Ambiente Seguro visa determinar medidas que pos-
sam ser implementadas pelos profissionais de saúde para diminuir o risco de incidentes
e acidentes.
Pensar em ambiente seguro é buscar soluções para problemas estruturais, mobiliá-
rios, implementando mudanças a fim de criar um ambiente mais seguro não só para o
profissional de saúde, mas também para o paciente. Falar de ambiente seguro é pensar
em pisos antiderrapantes, mobiliários adequados, boa iluminação, corredores livres de
obstáculos e ambiente refrigerado. Tudo em função de um objetivo maior.
Para a estruturação deste Protocolo, devem ser seguidas as seguintes diretrizes:
• Portaria do Ministério da Saúde n° 529, de 1º de abril de 2013;
• Norma Regulamentadora NR-9 (Programa de Prevenção de Riscos Ambien-
tais), aprovada pela Portaria do Ministério do Trabalho nº 3214, de 8 de junho
de 1978;
• Artigo 8º, Seção II, Capítulo II da RDC nº 36/2013 da Anvisa, de 25 de julho
de 2013.
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
Para que se alcance a meta de Promoção do Ambiente Seguro, o presente Proto-
colo tem o seguinte objetivo geral:
• estabelecer e implantar medidas de segurança com o intuito de reduzir as ocor-
rências de incidentes e eventos adversos no ambiente hospitalar.
3. RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS
3.1. NÚCLEO DE SEGURANÇA DO PACIENTE (NSP)
Compete ao NSP:
• escriturar o Protocolo da Promoção do Ambiente Seguro;
• providenciar treinamento para todos os profissionais da Instituição, a fim de
garantir o pleno entendimento do Protocolo;
• disponibilizar documentos, na página específica do NSP na Intranet, para todos
os profissionais atuantes nos setores de sua implantação;
209
Hospital Central do Exército – Segurança do Paciente
5. INDICADOR
Deve ser utilizado o seguinte indicador como estratégia de monitoramento:
• Percentual de Aquisições de Mobiliário de Saúde ocorridas no ano = [número
de aquisições de mobiliário de saúde ocorridas no período de um ano dividido
pelo número total de requisições de mobiliário de saúde no período de um
ano] x 100.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério do Trabalho. Portaria MTB nº 3.214, de 8 de junho de 1978. Aprova
as Normas Regulamentadoras (NR), do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do
Trabalho, relativas a Segurança e Medicina do Trabalho. (NR-9 – Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais). Disponível em: <https://normasregulamentadoras.wordpress.com/
legislacao/portaria-3214-de-08-de-junho-de-1978/>. Acesso em: 10 nov. 2017.
______. Pacientes pela segurança do paciente em serviços de saúde: Como posso con-
tribuir para aumentar a segurança do paciente? Orientações aos pacientes, familiares e
acompanhantes. Brasília: Anvisa, 2017. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/docu-
ments/33852/3507912/Como+posso+contribuir+para+aumentar+a+seguranca+-
do+paciente/52efbd76-b692-4b0e-8b70-6567e532a716>. Acesso em: 10 nov. 2017.
Diretrizes para a implantação do Núcleo de Segurança do Paciente / HCE 2017
PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE (ANEXOS)
212
ANEXO 1
LISTA DE VERIFICAÇÃO: AVALIAÇÃO DO AMBIENTE SEGURO