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ESPECIAL ESA 2024 - HISTÓRIA

REVOLTAS DA HISTÓRIA DO BRASIL

Prof. Marco Túlio

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COMO ESTUDAR AS REVOLTAS
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COMO ESTUDAR AS REVOLTAS?

REVOLTA Quando ocorreu?

Onde ocorreu? RELACIONE

Motivações
Particularidades

Envolvidos?

Desdobramentos?
RESISTÊNCIA ÀS INVASÕES DA COLÔNIA
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INVASÕES FRANCESAS – RESUMO
❑ Expedições de franceses huguenotes (protestantes calvinistas) buscaram fundar colônias no
Brasil, fugindo das perseguições religiosas em seu país de origem.

FRANÇA ANTÁRTICA (1555-1560) FRANÇA EQUINOCIAL (1612-1615)

Rio de Janeiro Maranhão


Liderados por Nicolau Villegaignon Liderados por Daniel de La Touche

Expulsos por Estácio de Sá Expulsos por Jerônimo de Albuquerque e


Alexandre Moura
RESISTÊNCIAS ÀS INVASÕES HOLANDESAS

MILÍCIA DOS Lideradas pelo bispo D. Marcos


Teixeira.
DESCALÇOS

BAHIA

JORNADA DOS Esquadra luso-espanhola que


expulsa os holandeses em 1625.
VASSALOS
RESISTÊNCIA ÀS
INVASÕES
HOLANDESAS
COMPANHIAS DE Tem como base o Arraial do Bom
EMBOSCADA Jesus, fundado pelo governador
Matias de Albuquerque.

PERNAMBUCO
Se estende entre os anos de 1645 e 1654
INSURREIÇÃO Batalhas de Monte das Tabocas e
PERNAMBUCANA Guararapes
INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA (1645-1654)

BATALHA DE
MONTE DAS BATALHAS DE
CAMPINA DA
TABOCAS GUARARAPES
TABORDA
REVOLTAS DO PERÍODO COLONIAL
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REBELIÕES DO PERÍODO COLONIAL
REVOLTA DE
BECKMAN

GUERRA DOS
EMBOABAS
NÃO QUEREM
NATIVISTAS ROMPER COM O
PACTO COLONIAL
GUERRA DOS
MASCATES

REVOLTA DE VILA
REBELIÕES RICA (OU REVOLTA DE
FILIPE DOS SANTOS)

INCONFIDÊNCIA
MINEIRA

EMANCIPACIONISTAS SÃO SEPARATISTAS

CONJURAÇÃO BAIANA
REBELIÕES NATIVISTAS
❑ Conflitos entre grupos internos
- Guerra dos Mascates (1709-1711) →
senhores de engenho X comerciantes
- Guerra dos Emboabas (1707-1709) →
paulistas X forasteiros (emboabas)

❑ Reações a políticas fiscais e


econômicas da metrópole
- Revolta de Felipe dos Santos (1720)
- Revolta de Beckman (1684)

NÃO SÃO EMANCIPACIONISTAS


CONFLITO LOCAL CAUSAS CONSEQUÊNCIAS
- - Proibição da escravidão indígena; - - Expulsão dos jesuítas
REVOLTA DE Maranhão - - Ineficiência da Companhia de Comércio do - - Extinção da Companhia de Comércio do
BECKMAN Maranhão e do Grão-Pará Maranhão e do Grão-Pará

- Conflito entre bandeirantes paulistas e forasteiros - - Paulistas massacrados no episódio do “Capão


INCONFIDÊNCIA

da Traição”;
MINEIRA (1789)
vindos de Portugal e de outras partes da colônia
(“emboabas”) pela posse das jazidas de ouro - - Muitos paulistas partiram em busca de novos
GUERRA DOS Minas Gerais encontradas. achados no interior (GO e MT), outros se
OBJETIVOS
EMBOABAS dedicaram à agricultura;
- - Criação da Capitania de São Paulo e Minas do
Ouro, separando este território da administração
do Rio de Janeiro.
- Elevação de São Paulo à categoria de cidade.
- Conflito entre senhores do engenho de Olinda e
comerciantes portugueses de Recife
GUERRA DOS (“mascates”).
MASCATES Pernambuco - Recife foi elevada à categoria de vila pela Coroa,
o que lhe deu maior autonomia em relação à - Manutenção do status de vila de Recife.
Olinda. Senhores de engenho não aceitam.

REVOLTA DE VILA Insatisfação diante da implantação das Casas de


RICA Minas Gerais Fundição, criadas para a cobrança do quinto. - Criação da Capitania de Minas Gerais (1720)
(OU FILIPE DOS
SANTOS)
REBELIÕES EMANCIPACIONISTAS

INCONFIDÊNCIA
MINEIRA

REBELIÕES CONJURAÇÃO
SEPARATISTAS BAIANA

REVOLUÇÃO
PERNAMBUCANA
DE 1817

SÃO SEPARATISTAS, MAS NÃO DEFENDEM A INDEPENDÊNCIA DE TODO O TERRITÓRIO BRASILEIRO


INCONFIDÊNCIA MINEIRA (1789)
▪ Apesar da decadência da produção mineradora
ao final do século XVIII, o governo português
manteve sua rígida política de arrecadação de
impostos sobre Minas Gerais.

❑ Além da insatisfação com a tributação da


mineração pela Coroa portuguesa, os colonos
consideravam abusivos os preços dos produtos
manufaturados importados de Portugal,

❑ A proibição da impressão de livros e jornais no


território e a preferência pelos lusos nos cargos
administrativos também incomodavam as elites
locais.
INCONFIDÊNCIA MINEIRA (1789)
❑ Para forçar o pagamento do quinto atrasado, a
Coroa ameaçou a decretação da derrama,
imposto individual e proporcional aos rendimentos
dos súditos cujo não pagamento poderia resultar
no confisco de bens.

❑ Foi a gota d’água para que elementos da elite


letrada mineira se organizassem secretamente
em Vila Rica, onde prepararam uma revolta
contra o domínio português.

❑ Os rebeldes se inspiraram na independência dos


Estados Unidos (Revolução Americana), de 1776,
e no iluminismo.
INCONFIDÊNCIA MINEIRA (1789)
❑ Foram objetivos da Inconfidência Mineira:
- Separação do domínio português;
- Formação de um governo republicano com sede
em São João del Rei;
- Instituição do serviço militar obrigatório;
- Criação de uma universidade em Vila Rica;
- Estímulo à industrialização da região;
- Criação de uma nova bandeira
- Incentivo à natalidade, a partir da concessão de
pensões às mães com muitos filhos.

❑ NÃO defenderam o fim da escravidão


INCONFIDÊNCIA MINEIRA (1789)
❑ O grande propagandista da Inconfidência Mineira foi o alferes (militar)
e dentista prático Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como
Tiradentes.

❑ O movimento agendou a rebelião armada para o dia da decretação


da derrama, contando com a insatisfação popular para promover a
deposição do governador local, o visconde de Barbacena.

❑ No entanto, a Inconfidência foi denunciada às autoridades antes


mesmo de eclodir a fase armada, estando entre os delatores Joaquim
Silvério dos Reis, um inconfidente que buscava o perdão de suas
dívidas.

❑ Ao tomar ciência da revolta, o governador suspendeu a derrama e


prendeu os envolvidos.
INCONFIDÊNCIA MINEIRA (1789)
❑ Alguns líderes foram condenados ao desterro (exílio) nas
colônias portuguesas na África, enquanto o poeta Cláudio
Manuel da Costa foi encontrado morto em sua cela,
provavelmente assassinado pelos carcereiros.

❑ Tiradentes, que assumiu para si a responsabilidade pelo


movimento, foi enforcado no dia 21 de abril de 1792, no
Rio de Janeiro.

❑ Seu corpo foi esquartejado e as partes distribuídas pelas


cidades que o apoiaram, com o intuito de desestimular
novos levantes.
Tiradentes esquartejado, por Pedro Américo, 1893. Na obra é feita um paralelo entre as figuras
de Tiradentes e Jesus Cristo, com o intuito de legitimar a República instaurada em 1889.
CONJURAÇÃO BAIANA (1798)
❑ Crise econômica em Salvador agravada pelos altos tributos.
- Miséria social.

❑ Foi nesse contexto de penúria e descontentamento que ideias iluministas e


notícias da Revolução Francesa e da Independência do Haiti foram trazidas
para a região por meio das elites intelectuais e profissionais liberais de
Salvador.

❑ Eles organizaram uma sociedade secreta denominada Cavaleiros da Luz, por


meio da qual conspiraram contra o domínio português.

❑ O descontentamento contra as autoridades também se espalhou entre os


pobres de Salvador, que integraram o movimento.
CONJURAÇÃO BAIANA (1798)
❑ Foram objetivos da Conjuração Baiana:
- Separação do domínio português;
- Formação de um governo republicano e democrático;
- Abertura dos portos ao livre-comércio com todas as nações;
- Aumento dos soldos (remuneração) dos militares;
- Melhoria das condições de vida da população;
- Fim da escravidão e do preconceito contra negros e mulatos.

❑ Principais líderes: João de Deus e Manuel Faustino dos Santos Lira, Lucas Dantas de Amorim
Torres e Luís Gonzaga das Virgens, homens negros e pobres
- Executados e esquartejados.
INCONFIDÊNCIA MINEIRA (1789) CONJURAÇÃO BAIANA (1798)

Movimento separatista e republicano Movimento separatista e republicano

Organizado pelas elites Protagonizado por populares, mas contou com a


participação de membros da elite.

Implantação de uma República Federalista Implantação de uma República Democrática


Não defendeu o fim da escravidão Defendeu o fim da escravidão

Inspirou-se nas ideias iluministas e na Inspirou-se nas ideias iluministas, na Revolução


Independência dos EUA e no início da Francesa e na Revolução do Haiti
Revolução Francesa

SÃO SEPARATISTAS, MAS NÃO DEFENDEM A INDEPENDÊNCIA DE TODO O TERRITÓRIO BRASILEIRO


REVOLTAS DO PERÍODO JOANINO
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REVOLUÇÃO
PERNAMBUCANA
DE 1817
REVOLTAS DO
PERÍODO
JOANINO
REVOLUÇÃO
LIBERAL DO
PORTO
REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA (1817) - ANTECEDENTES
❑ Crise econômica de Pernambuco
- Grande seca de 1816;
- Queda nos preços do açúcar e do algodão;

❑ Aversão aos portugueses (ANTILUSITANISMO)


- Monopólio comercial luso sobre a economia local;
- Aumento de impostos gerado pela transferência da Corte

VENDA EM RECIFE, JOHANN MORITZ RUGENDAS, 1835.


❑ Propagação das ideias iluministas e republicanas

TAMBÉM CHAMADA DE REVOLUÇÃO DOS PADRES


REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA (1817)
❑ Movimento de caráter republicano e emancipacionista (separatista)
→“Revolução dos padres” (grande participação de membros do clero), contou com a participação de
senhores de engenho, comerciantes, padres e militares.

❑ Os rebeldes tomaram o poder e instituíram um governo provisório, o Conselho de Estado.


Por meio da Lei Orgânica, instituíram os seguintes pontos:
→ Criação de uma República;
→ Liberdade de imprensa e de consciência;
→ Tolerância religiosa;
→ Abolição dos tributos sobre gêneros de primeira necessidade.

❑ Continuidade/fim da escravidão foi alvo de controvérsias


❑ Teve ecos na Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte;
❑ Tentaram, sem sucesso, o apoio dos EUA, Inglaterra e Argentina.
❑ Rebeldes duramente reprimidos por tropas de D. João VI

ÚNICA REBELIÃO ANTES DE 1822 A FORMAR UM GOVERNO AUTÔNOMO DE PORTUGAL


REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA (1817) – RESUMO
ANTECEDENTES OBJETIVOS

• Grande seca de 1816; • Separar-se do restante do Império Português,


formando uma República Independente;
• Queda nos preços do açúcar e do algodão;
• Liberdade de consciência e de imprensa;
• Monopólio comercial luso sobre a economia
local; • Tolerância Religiosa;

• Aumento de impostos gerado pela transferência • Abolição dos tributos sobre gêneros de primeira
da Corte necessidade.

• Propagação das ideias iluministas e liberais entre • Rebeldes duramente reprimidos por tropas de D.
as elites João VI
REVOLUÇÃO LIBERAL DO PORTO (1821)
❑ Um movimento eclodiu na cidade de Porto, reunindo
comerciantes, militares e membros do clero.
→ Exigia o retorno do rei e sua submissão às Cortes (Parlamento).
→ Transformação de Portugal em uma monarquia constitucional

❑ Em 26 de abril de 1821, D. João cedeu às pressões das Cortes


e retornou para Portugal, deixando seu filho, D. Pedro, como
regente do Brasil.

❑ Ficou claro brasileiros as pretensões das Cortes em retirar a


autonomia administrativa e comercial conquistada durante o
período joanino, o que os levaria a cogitar a independência.

POSSÍVEL RECOLONIZAÇÃO DO BRASIL


REVOLUÇÃO LIBERAL DO PORTO (1821)
ELABORAÇÃO DE
UMA CONSTITUIÇÃO RETORNO DE D. JOÃO
VI E LIMITAÇÃO DOS
(MONARQUIA SEUS PODERES
CONSTITUCIONAL)

OBJETIVOS DA FIM DA LIBERDADE


REVOLUÇÃO DO RECOLONIZAÇÃO DO ECONÔMICA E
PORTO/CORTES BRASIL AUTONOMIA
PORTUGUESAS ADMINISTRATIVA

RETORNO DE D.
PEDRO A PORTUGAL
PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA
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GUERRAS DE INDEPENDÊNCIA (1822-1823)

ATENÇÃO: As guerras de independência foram particularmente intensas na Bahia, Pará, Maranhão, Piauí e Cisplatina.
REVOLTAS DO PRIMEIRO REINADO
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CONFEDERAÇÃO
DO EQUADOR

CONFLITOS DO
GUERRA DA
PRIMEIRO
CISPLATINA
REINADO

GUERRA DE
SUCESSÃO
PORTUGUESA
CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR (1824)
❑ A dissolução da Constituinte e a imposição do texto de 1824 foi
entendido como um gesto autoritário do imperador por setores liberais
do Nordeste.

→ Poder Moderador entendido como chave da opressão;

❑ A região continuava a sofrer com a crise econômica, o que aumentava a


insatisfação de diversos grupos sociais.

❑ Uma revolta eclodiu em Pernambuco, liderada por liberais radicais.

❑ Suas principais lideranças foram o jornalista baiano Cipriano Barata,


detido um ano antes de sua eclosão, e o padre Joaquim da Silva Rabelo,
apelidado de Frei Caneca.
CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR (1824)
❑ Objetivos dos rebeldes:
→ a separação do restante do Brasil;
→ a implantação de uma República federalista (mais autonomia para as províncias);
→ o fim do tráfico de escravos;

❑ Paraíba, Ceará e Rio Grande Norte aderiram ao movimento.

❑ Temendo a fragmentação do território, o governo central combateu


violentamente a Confederação do Equador,
→ Frei Caneca à morte por enforcamento, e quando ninguém se dispôs a aplicá-la,
por fuzilamento.

❑ A brutalidade empregada contribuiu para o desgaste da figura de D. Pedro I, tido


como liderança autoritária.
CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR (1824)
ANTECEDENTES OBJETIVOS

• Fechamento da Assembleia Constituinte • Separar o Nordeste do restante do


Império Brasileiro, formando uma
• Imposição da Constituição de 1824 República Independente;
- Poder Moderador considerado autoritário;
• Proclamar uma República Federalista
• Queda nas exportações de açúcar e
miséria socioeconômica da população. • Defendeu o fim do tráfico negreiro/ fim da
escravidão.
• Propagação das ideias iluministas e
liberais.
CRISE DO PRIMEIRO RENADO
GUERRA DE
SUCESSÃO
PORTUGUESA
PANORAMA
EXTERNO
GUERRA DA
CISPLATINA
CRISE DO
PRIMEIRO
REINADO
CRISE
ECONÔMICA
PANORAMA
INTERNO
AUTORITARISMO
DO IMPERADOR
GUERRA DA CISPLATINA (1825-1828)
❑ Anexada ao Brasil por D. João VI, a província da Cisplatina (Banda Oriental) deu início a uma luta
pela sua independência, contando com o apoio da República das Províncias Unidas do Prata
(Argentina), que tinha pretensões de absorvê-la.

❑ Os altos custos levaram ao Brasil à uma crise econômica

❑ Comandantes militares se opuseram ao imperador

❑ Com mediação da Inglaterra nas negociações, a Cisplatina passou a se chamar República Oriental
do Uruguai.

❑ Livre-navegação seria assegurada na bacia do Prata


REVOLTAS DO PERÍODO REGENCIAL
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REVOLTA DOS
MALÊS

FARROUPILHA

CONFLITOS
DO PERÍODO CABANAGEM
REGENCIAL

SABINADA

BALAIADA
Mapa das principais revoltas do período regencial. O barão de Caxias esteve à frente da pacificação da Balaiada e da Farroupilha.
CONFLITO LOCALIZAÇÃO COMPONENTES CARACTERÍSTICAS

- Lutam pela liberdade– para alguns historiadores, pelo fim da escravidão.


REVOLTA DOS MALÊS Bahia (Salvador) Africanos livres e escravizados - Uma das principais revoltas de escravos da História.
muçulmanos (malês)

- Movimento popular.
- Contra a miséria e a injustiça social.
CABANAGEM Grão-Pará Camponeses, indígenas e escravos - Defendem a autonomia provincial, distribuição de terras e o fim da
escravidão.

- Revolta mais extensa da história.


- Contrários à política sobre o charque e favoráveis à autonomia
administrativa. Caráter elitista.
- Fundadas as Repúblicas do Piratini (RS) e Juliana (SC).
GUERRA DOS FARRAPOS Rio Grande do Sul e Estancieiros e charqueadores - Manutenção do voto censitário e da escravidão.
Santa Catarina - Paz de Ponche Verde: rebeldes anistiados, soldados incorporados ao
Exército e cativos farroupilhas libertos.
- Pacificada por Caxias

- Defendeu a proclamação de uma República provisória.


SABINADA Bahia Camadas médias urbanas. - Estopim: recrutamento forçado

Vaqueiros, sertanejos e escravos. - Contra os privilégios das elites e busca de justiça social.
BALAIADA Maranhão e Piauí - Pacificada por Caxias.
REVOLTAS DO SEGUNDO REINADO
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REVOLTAS
LIBERAIS DE
CONFLITOS 1842
DO SEGUNDO
REINADO
PRAIEIRA

ATENÇÃO: A AÇÃO PACIFICADORA DE CAXIAS OCORRE NA BALAIADA, NA


FARROUPILHA E NAS REVOLTAS LIBERAIS DE 1842.
REVOLTAS LIBERAIS DE 1842
❑ Alijados do poder, os liberais condenaram as medidas que
retiravam a autonomia das províncias e a criação do Conselho,
considerado uma tentativa de controlar as decisões do imperador.

❑ A Revolução Liberal de 1842 aclamou o político Rafael Tobias de


Aguiar como novo presidente, e os rebelados conquistam as
cidades paulistas de Itu, Porto Feliz, Campinas e Capivari, mas são
derrotados pelas tropas imperiais lideradas pelo barão de Caxias.

❑ Em Minas Gerais, liberais encabeçados por Teófilo Otoni nomeiam


José Feliciano Pinto Coelho da Cunha como presidente da
província, mas também foram vencidos por Caxias em Santa Luzia.
PRAIEIRA (1848-1850)
❑ Em Pernambuco, os partidos políticos Liberal e Conservador eram respectivamente encabeçados
por duas famílias que disputavam o negócio do açúcar, os Cavalcanti e os Rego-Barros.

❑ Comerciantes, outros senhores de engenho, lavradores e profissionais liberais se organizaram no


Partido Nacional de Pernambuco, em 1842.
PRAIEIROS

❑ Em 1844, os praieiros ascenderam ao poder, dando início à perseguições políticas da mesma


maneira que se via no governo anterior dos conservadores (ou gabirus).

❑ Afastados pelo governo do Império, os praieiros iniciaram um movimento que ficou conhecido
como Revolta (ou Revolução) Praieira.

❑ Ocorreu a participação de socialistas, mas era um movimento liberal.


PRAIEIRA (1848-1850)
❑ Liderados por Pedro Ivo e Borges da Fonseca, os praieiros divulgaram seu Manifesto do
Mundo, que continha as seguintes propostas:
- Voto livre e universal
- Liberdade de imprensa
- Garantia de trabalho
- Extinção do poder moderador
- Nacionalização do comércio
- Adoção do federalismo

❑ Defesa da república e da abolição da escravidão (?) – divergência entre livros didáticos.

❑ Encerramento do ciclo de agitações iniciado na Regência.


- Consolidado o Estado centralizador (conciliação entre as elites)
QUESTÃO PLATINA
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INTERESSES DO BRASIL NA REGIÃO DO PRATA

INTERESSES BRASILEIROS
NA REGIÃO PLATINA
DIREITO DE
NAVEGAÇÃO PELO
RIO DA PRATA

PROTEGER AS
FRONTEIRAS COM O
URUGUAI

IMPEDIR A ANEXAÇÃO
DO URUGUAI PELA
ARGENTINA
INTERESSES DO BRASIL NA REGIÃO DO PRATA
❑ Após a Guerra da Cisplatina, a política no Uruguai se organizou da seguinte forma:

BLANCOS COLORADOS
(conservadores) (liberais)

Liderado por Manuel Oribe Liderado por Frutuoso Rivera


Interesses dos grandes pecuaristas interesses dos comerciantes de Montevidéu
ligado aos argentinos ligado aos brasileiros

❑ Em 1828, as eleições foram vencidas por Rivera, o que beneficiou os brasileiros. Contudo, em
1834 o Partido Blanco venceu as eleições e assumiu o poder, unindo-se ao presidente Argentino,
Juan Manuel Rosas, que pretendia anexar o Uruguai.
INTERVENÇÃO CONTRA ORIBE E ROSAS (1851-1852)
❑ Alegando invasão dos blancos na fronteira do Rio Grande do Sul brasileiro resolveu intervir
militarmente no Uruguai, em favor de Rivera e do Partido Colorado.
GUERRA CONTRA AGUIRRE (1864-1865)
❑ Na década de 1850, conflitos entre gaúchos e blancos uruguaios na fronteira continuaram
recorrentes, o que levou o governo brasileiro à encaminhar uma reclamação formal ao
governo uruguaio.

❑ O Uruguai era governado por Anastásio Aguirre, do Partido Blanco, que deu pouca
atenção às queixas do governo brasileiro. Com isso, o Brasil declarou guerra ao Uruguai,
em 1864, aliando-se aos colorados.

❑ Em 1865, após atacar o Uruguai por guerra e por mar, o Brasil derrotou Aguirre, apoiando
a ascensão do colorado Venâncio Flores ao poder.

❑ Aguirre pediu apoio a Solano López, presidente do Paraguai. A aliança entre ambos levaria
ao início da Guerra do Paraguai.
GUERRA DO PARAGUAI (1864-1870)
❑ Solano López desejava formar o “Paraguai Maior”, a partir da
anexação de regiões dos países vizinhos (busca saída para o mar).
- Autoritarismo de López contribuiu para o conflito.

❑ Rompimento de relações diplomáticas com o Brasil


- Represália pela interferência brasileira no Uruguai

❑ 11/12/1864: López ordenou o aprisionamento do navio


brasileiro Marquês de Olinda, no rio Paraguai.
- Prisão do presidente da província do Mato Grosso, que estava a
bordo.
- Em resposta, o Brasil declarou guerra ao Paraguai.
GUERRA DO PARAGUAI (1864-1870)
❑ Dezembro de 1864: Para alcançar o Rio Grande do Sul, López invadiu a
província argentina de Corrientes.
- Argentina e Uruguai declararam guerra ao Paraguai.

❑ 01/05/1865: Formação da Tríplice Aliança (BRA, ARG e URU)


→ Derrubada da ditadura Solano Lopéz;
→ Livre-navegação dos rios Paraguai e Paraná;
→ Anexação do território reivindicado pelo Brasil no nordeste do Paraguai
e pela Argentina no leste e oeste do Paraguai.

❑ Recebimento do apoio inglês com empréstimos aos Aliados.

❑ Bartolomeu Mitre (ARG) nomeado comandante-em-chefe dos


Aliados
GUERRA DO PARAGUAI (1864-1870)
❑ 11/06/1865: o almirante Barroso venceu a Marinha paraguaia na
Batalha do Riachuelo, travada no rio Paraná.
- Única batalha naval do conflito.
- Aliados assumem o controle dos rios.

❑ Formação dos batalhões Voluntários da Pátria


- Recrutamento de escravos que se apresentassem voluntariamente.
- Muitos foram recrutados de maneira compulsória.
GUERRA DO PARAGUAI (1864-1870)
❑ Maio/1866: Vitória dos Aliados na batalha de Tuiuti.
- Destacou-se o general Osório, comandante das tropas.

❑ Luís Alves de Lima e Silva, o barão de Caxias, assumiu o comando das


forças imperiais ao final de 1866.

❑ “Dezembrada” (1868), sucessivas vitórias do Brasil contra os


paraguaios (Itororó, Avaí e Lomas Valentinas).

❑ 01/01/1869: tropas brasileiras penetraram em Assunção.


GUERRA DO PARAGUAI (1864-1870)
❑ Comando militar brasileiro transferido para o conde D’Eu

❑ Campanha da Cordilheira: última fase da guerra


- 01/03/1870: López capturado e morto em Cerro-Corá.

❑ CONSEQUÊNCIAS PARA O BRASIL:


- Aumento da dívida externa
- Reforço da identidade nacional;
- Fortalecimento do exército como instituição;
- Exposição das contradições do Império, que mantinha o regime de
escravidão.
GUERRA DO PARAGUAI GUERRA DO PARAGUAI - RESUMO

DISPUTAS
MOTIVAÇÕES GEOPOLÍTICAS SOBRE
A REGIÃO DO PRATA

AUMENTO DA DÍVIDA
EXTERNA

FORTALECIMENTO DO
CONSEQUÊNCIAS
EXÉRCITO BRASILEIRO

AGRAVAMENTO DAS
CONTRADIÇÕES
INTERNAS
REVOLTAS DA PRIMEIRA REPÚBLICA
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PRIMEIRA
GOVERNO
REVOLTA DA
DEODORO
ARMADA
REVOLTAS DA
REPÚBLICA SEGUNDA
DA ESPADA REVOLTA DA
GOVERNO ARMADA
FLORIANO
REVOLUÇÃO
FEDERALISTA
PRIMEIRA REVOLTA DA ARMADA (1891) SEGUNDA REVOLTA DA ARMADA (1893)

Liderada por Custódio de Melo Liderada por Custódio de Melo e Saldanha


da Gama

Contra Deodoro da Fonseca Contra Floriano Peixoto

Quer a deposição de Deodoro da Fonseca Quer que Floriano Peixoto convoque novas
eleições

Deodoro renuncia em novembro de 1891 Floriano Peixoto derrotou os rebeldes.


REVOLUÇÃO FEDERALISTA (1893-1895)
PICA-PAUS MARAGATOS
Partido Republicano Gaúcho Partido Federalista
Liderado pelo governador Júlio de Castilhos Liderado por Gaspar Silveira Martins

Defensores do positivismo Defensores do retorno do parlamentarismo

Apoiados pelo governo Floriano Peixoto Apoiados pela Revolta da Armada


CONFLITO PERÍODO LOCALIZAÇÃO COMPONENTES CARACTERÍSTICAS
▪ Movimento messiânico
▪ Liderado Por Antônio Conselheiro
▪ Alternativa à miséria e ao domínio dos
1896-1897 Arraial de Belo Monte (antiga Fazenda Canudos), coronéis.
GUERRA DE CANUDOS Governo Prudente de Morais às margens do Vaza-Barris, sertão da Bahia. Sertanejos pobres. ▪ Destruído após a quarta expedição militar,
comandada por Artur de Andrada
Guimarães.
▪ Guerra descrita em Os Sertões, de
Euclides da Cunha.
▪ Regeneração: modernização do Rio de
1904 Populares Janeiro, composta por uma reforma
REVOLTA DA VACINA Governo Rodrigues Alves Rio de Janeiro urbana (Pereira Passos) e uma reforma
sanitária (Oswaldo Cruz
▪ Pessoas perderam suas casas e foram
vacinadas de maneira compulsória.
▪ Governo revogou a vacinação obrigatória.
▪ Contra os castigos corporais aplicados na
1910 Marinha.
REVOLTA DA CHIBATA Governo Hermes da Fonseca Rio de Janeiro Marinheiros ▪ Líder: João Cândido (Almirante Negro)
▪ Fim dos castigos corporais, melhores
condições de soldo e de carreira.

- Região dominada pelos coronéis e


produtores de erva-mate.
Sertanejos pobres - Construção da Ferrovia São Paulo-Rio
1912-1916 (desempregados da ferrovia e pessoas Grande do Sul expulsou moradores de
GUERRA DO Governo Hermes da Fonseca Região do Contestado (Paraná e Santa Catarina) expulsas de suas terras). suas terras.
CONTESTADO - Movimento messiânico.
- Monges José Maria e João Maria
- Alternativa à miséria e ao domínio dos
coronéis.
- Derrotado por coronéis e o Exército.

- Reação ao salvacionismo do governo


Hermes da Fonseca.
1914 - Deposição da família Acioli e sua
REVOLUÇÃO CEARENSE Governo Hermes da Fonseca Região do Crato, Ceará Coronéis e sertanejos pobres substituição pelo coronel Franco Rabelo
- Movimento messiânico / reação
coronelista.
- Líderes: padre Cícero e Floro Bartolomeu.
- Fim: retorno dos Acióli ao poder.
MOVIMENTOS MESSIÂNICOS
→ Compostos por um expressivo
contingente de setores marginalizados
GUERRA DE → foram mobilizados por conselheiros,
CANUDOS monges ou beatos que surgem no
interior,;

REVOLTAS GUERRA DO → manifestam um catolicismo


MESSIÂNICAS CONTESTADO popular, repleto de superstições e
elementos místicos, sendo por isso
chamados de “fanáticos” pelos seus
REVOLUÇÃO críticos;
CEARENSE → eram reações à situação de
desigualdade e exclusão a que se
encontravam submetidos.
CANGAÇO
❑ Banditismo social: forma de contestação social
encontrada pelas pessoas oprimidas diante da
concentração de terras e das injustiças ocorridas
na região.

❑ Desde a segunda metade do século XIX, bandos


armados compostos por homens pobres passaram
a praticar assaltos em fazendas, saquearem
estabelecimentos comerciais e sequestrarem
homens ricos em troca de resgate. Grupo do cangaceiro Lampião.

❑ A maioria das ondas de banditismo do nordeste


ocorriam em períodos de grandes secas.
TENENTISMO
TENENTISMO
❑ Exército insatisfeito com o tratamento dado á
REVOLTA DOS 18 DO
FORTE DE instituição e a continuidade do predomínio dos
COPACABANA coronéis no poder.

REVOLUÇÃO DE 1924 ❑ Queriam reformas que dessem fim à República


DE SÃO PAULO Oligárquica:
→ Implementação do voto secreto;
→ Criação de uma justiça eleitoral;
COLUNA PRESTES → Combate ao analfabetismo;
→ Punição dos corruptos;
→ Centralização do poder.
REVOLUÇÃO GAÚCHA (1923)
❑ Conflito armado entre elites locais se irrompeu no Rio Grande do Sul, em 1923.

❑ O estopim para o movimento foi a eleição do político "pica-pau" Borges de Medeiros para
o governo do estado, pela quinta vez consecutiva.

❑ Os "maragatos", grupo de oposição liderado por Assis Brasil, não aceitaram o resultado,
iniciando um levante armado.

❑ O conflito foi encerrado diante da formalização do Pacto de Pedras Altas, por meio do
qual se reconheceu a eleição de Borges de Medeiros, mas que tornava proibida a
reeleição para governador no estado.
REVOLUÇÃO DE 1930

JÚLIO PRESTES Apoiado por São VITORIOSO


(CANDIDATO
GOVERNISTA)
Paulo
CAMPANHA
DE 1930 Apoiado por
GETÚLIO VARGAS Minas Gerais, Rio APOIADOS POR
(CANDIDATO DA ALIANÇA
LIBERAL)
Grande do Sul e EX-TENENTES
Paraíba.
▪ Prometeram instituir o voto
secreto.
▪ Defenderam direitos sociais Após a derrota, faz a Revolução de 1930, que
para os trabalhadores. toma o poder e inicia a Era Vargas.
▪ Queriam anistia aos tenentes
REVOLTAS DA ERA VARGAS
Prof. Marco Túlio

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REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932
❑ Oligarquias paulistas enfraquecidas desde a Revolução de 1930
- São Paulo não possui autonomia (governada por um interventor)
- País sem uma constituição, o que desagrada o Partido
Democrático (PD)

❑ Frente Única Paulista


- Partido Democrático (PD) + Partido Republicano Paulista (PRP)
- Reivindicam a reconstitucionalização do país
- Querem um interventor civil e paulista em SP

❑ Movimento militarmente derrotado, mas Vargas convocou a


Constituinte para 1933.
AIB X ANL
ALIANÇA NACIONAL LIBERTADORA (ANL) AÇÃO INTEGRALISTA BRASILEIRA (AIB)
Organização esquerdista, composta por socialistas, Organização fascista, composta por empresários, camadas
anarquistas e comunistas. médias urbanas e militares.
Inspirava-se na Revolução Russa e na URSS. Inspirava-se nos regimes nazifascistas.
Sua principal liderança foi Luís Carlos Prestes. Sua principal liderança foi Plínio Salgado.
Antifascista e antiliberal Anticomunista e antiliberal
Defendem: Defendem:
- Estatização das empresas estrangeiras; - Nacionalismo extremado;
- Não pagamento da dívida externa - Sociedade hierarquizada e disciplinada
- Reforma agrária e combate ao latifúndio. - Estado forte e conduzido por um chefe da nação.

Seu lema é “pão terra e liberdade” Seu lema é “Deus, pátria e família”
Torna-se ilegal em junho de 1935 Extinta em 1937 pelo Estado Novo.
Militares comunistas tentam um golpe conhecido como Partidários tentam um golpe conhecido como Intentona
Intentona Comunista (1935), mas foram derrotados Integralista (1938), mas foram derrotados.
O CONTRAGOLPE DE 1955
Prof. Marco Túlio

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CONTRAGOLPE PREVENTIVO DE LOTT (1955)
▪ 03/10/1955: JK (PSD) e Jango (PTB) eleitos presidente e vice-presidente do Brasil

▪ Incitações de Carlos Lacerda ao golpismo


- Defendeu a falsa tese da maioria absoluta
- Publicou a Carta Brandi (documento falso)

▪ 01/11/1955: Discurso político do coronel Bizarria Mamede faz com que o ministro da guerra, o
general Henrique Lott, busque sua punição junto ao presidente

▪ 03/11/1955: Café Filho se afastou do cargo

▪ Lott procurou Carlos Luz, que ocupou a presidência após o afastamento de Café Filho
- O novo presidente não aceitou punir Mamede, o que levou Lott a pedir demissão (10/11/1955)

▪ Contragolpe preventivo de 1955: Lott permaneceu no cargo, afastou Luz da presidência e


impediu o retorno de Café Filho. Com isso, Nereu Ramos assumiu a presidência.
O 11 de Novembro de 1955
OBRIGADO!
Prof. Marco Túlio

@profmarco.tulio histpraboidormir

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