Você está na página 1de 22

É OURO!

Mediação:
Ms. Roberto Viana

HISTÓRIA DA EXPLORAÇÃO MINERAL NA AMÉRICA


PORTUGUESA
TESE IV

"Lutai primeiro pela alimentação e pelo vestuário, e em seguida o reino de Deus


virá por si mesmo". Hegel, 1807

A luta de classes, que um historiador educado por Marx jamais perde de vista, é
uma luta pelas coisas brutas e materiais, sem as quais não existem as refinadas e
espirituais. Mas na luta de classes essas coisas espirituais não podem ser
representadas como despojos atribuídos ao vencedor. Elas se manifestam nessa
luta sob a forma da confiança, da coragem, do humor, da astúcia, da firmeza, e
agem de longe, do fundo dos tempos. Elas questionarão sempre cada vitória dos
dominadores. Assim como as flores dirigem sua corola para o sol, o passado,
graças a um misterioso heliotropismo, tenta dirigir-se para o sol que se levanta no
céu da história. O materialismo histórico deve ficar atento a essa transformação, a
mais imperceptível de todas.
1. AS DESCOBERTAS DE OURO NO SÉC. XVII:
 Relatos sobre as descobertas de ouro e o desejo de possuir riqueza – América portuguesa e espanhola.

 Houve uma preocupação em “descobrir ouro” em todo o território brasileiro, entretanto, a região mais
conhecida, “mineira”, compreendeu Minas Gerais, São Paulo, Mato grosso, Goiás e Cuiabá.

 Consequências para a coroa dessas descobertas:


1) Pedidos de ajuda financeira, de concessão de títulos honorários, utilização de mão de obra indígena,
equipamentos de mineração, pólvora, chumbo e armas de fogo. (obs: várias tentativas de enganar a
coroa)
2) Abundância de pedras levadas para análise em Salvador, Rio de Janeiro, Minas Gerais e até Lisboa.
Renovação das rotas para o interior.

 Outros minérios importantes: Salitre e Prata;

 O medo da “febre do ouro” e o receio de invasões.

 A repercussão negativa da atividade mineradora para os fazendeiros inicialmente: aumento do preço dos
escravos, falta de interesse pelo cultivo.

 Tentativas frustradas de controle inicial da coroa – fragilidade do poder colonial.


 Abertura de novas estradas (reais e clandestinas)
 A utilização de mão de obra africana:

“[...] O comércio livre era condicional: tinha-se de fornecer uma prova de que
os escravos não haviam sido retirados das plantações, ou, se o tivessem sido,
que haviam sido substituídos por igual número de escravos. Essas medidas da
coroa foram mal orientadas; em vez de concentrar-se nas exportações ou
reexportações de escravos para as zonas de mineração, a coroa deveria ter
dirigido sua atenção para assegurar aos fazendeiros a disponibilidade de
escravos aos preços que esses pudessem pagar. O resultado dessa ênfase
inoportuna foi uma escassez de escravos de primeiro lote nas lavouras do
Brasil na primeira metade do séc. XVIII” (RUSSEL-WOOD, 2012, p. 478,
479).
1) O Brasil não é um país pobre e a colônia
também não era;

2) Minas Gerais era a capitania mais rica do


Império Português. Entretanto, existia uma
legião de miseráveis que rondava o estado.

3) A riqueza foi constituída exatamente a partir


da exploração desses miseráveis;

4) Processo de desclassificação social.

5) A desigualdade é a base dos demais tipos de


exploração.

6) A vida privada de comerciantes, clérigos,


prostitutas, endividados.
2. AS CORRIDAS DO OURO:

 As desventuras para chegar aos “caminhos das minas”;

 As viagens da costa às comunidades mineiras demorava de 1 até 5 meses!

 Os “índios hostis” do alto do Paraguai:

o “Os Paiaguás viviam às margens do rio e os Guaicurus eram renomados cavaleiros. Juntos
e separados, esses dois povos mataram muitos portugueses. Em dois massacres
espetaculares os Paiaguás mataram 600 pessoas de um único comboio em 1725 e mais 400
numa luta que durou cinco horas em 1730. Antes de sua virtual extinção em 1795, dizia-se
que os Guaicurus haviam sido responsáveis pela morte de quatro mil portugueses” (idem,
p. 481).

 Os comboios e seus passageiros.


3. ADMINISTRAÇÃO:
1) Promover um governo eficiente no âmbito local e regional;

2) Administrar a justiça e aplicar a lei;

3) Cumprir as obrigações reais de defensor da fé.

 As vilas no processo de ocupação e interiorização da


metrópole: (elementos para a implementação)
Medidas administrativas
no século XVIII
a) Previsão de custo para tesouro nacional;
promulgadas pela coroa b) Compensação – lucros – ouro;
c) População atual e previsão de aumento;
d) Potencialidade econômica e militar

A SOCIEDADE MINEIRA SE TORNARIA MAIS


ESTÁVEL? OS LUCROS SERIAM MAIORES?
ÇA
S TI
J U
A TRIBUNAL
DE
APELAÇÃO
TESOURO APLICAÇÃO
REAL JUSTIÇA

OUVIDOR PROVEDOR

JUNTAS DE
COMARCA
JULGAMENTO
L”
IC IA
L
A “PO

O
AF
“Ao contrário do que ocorria nos encraves costeiros, essas forças policiais
raramente eram requisitadas para atender a obrigações militares. Ao invés,
suas atribuições refletiam as prioridades e pressões sociais e econômicas
peculiares às minas: escoltar os minérios, conter a evasão ao pagamento dos
quintos; impedir o tráfico ilegal do ouro e de outros produtos; reprimir as
revoltas e perturbações da ordem; fazer cumprir os toques de recolher dos
escravos, das lojas e das tavernas; prender criminosos; e controlar os
‘poderosos do sertão’” (idem, p. 489).
OS NEGROS LIBERTOS E AS ORDENS
MILITARES NA AMÉRICA PORTUGUESA
TO
M A
DO
ÃO
PIT
CA
 AS COMPANHIAS RELIGIOSAS E O CONTRABANDO: (P. 491)
4. A SOCIEDADE:

 A característica mais evidente da sociedade emergente de Minas Gerais, Mato Grosso e


Goiás era sua natureza instante.

MUNICÍPIOS
BANDEIRANTES
COMPLETOS
FAZENDEIROS DE + - 1710
1695 GADO
MÁQUINA
MISSIONÁRIOS
BUROCRÁTICA
ÍNDIOS
NENHUM AFRICANO
30.000 ESCRAVOS
COLONOS x
COROA
Sedição de Vila Rica ou “Revolta de Felipe
dos Santos”

Participação da elite mas também


dos pobres;

Contra cobrança abusiva de


impostos e falta de comida;

Revolta rapidamente sufocada;


GUERRA DOS EMBOABAS
5. A ECONOMIA:

Pág. 499 – Ler;

A carne bovina e a alimentação nas minas – a importância do Ceará;

Os profissionais liberais;

O quinto: Formas de arrecadação: 1) Taxa da captação / 2) Casas de


fundição;

Você também pode gostar