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Pós-Graduação em

Design de Interiores, Decoração


e Ambientação

PAISAGISMO E
DESIGN BIOFÍLICO
Com Guilherme Takeda e Maria Alice Medeiros Dias

Não basta pensar na melhor iluminação, na altura


perfeita do mobiliário e na paleta de cores se não
pensar no bem-estar e na vida humana

Liseli Puente
Conheça
c o livro da disciplina
-
CONHEÇA SEUS PROFESSORES 3

Conheça os professores da disciplina.​

EMENTA DA DISCIPLINA 4

Veja a descrição da ementa da disciplina. ​

BIBLIOGRAFIA BÁSICA 5

Veja as referências principais de leitura da disciplina.​

O QUE COMPÕE O MAPA DA AULA? 6

Confira como funciona o mapa da aula.

MAPA DA AULA 7

Links de artigos científicos, informativos e vídeos sugeridos.

RESUMO DA DISCIPLINA 33

Relembre os principais conceitos da disciplina.​

AVALIAÇÃO 34

Veja as informações sobre o teste da disciplina.​

2
Conheça
c seus professores

-
GUILHERME TAKEDA
Professor Convidado

Arquiteto Diretor da Takeda Design. Especialista em


arquitetura pelo PROPAR-UFRGS (1986). Bacharel em
Arquitetura e Urbanismo pela UFRGS (1984). Formação em
Novo urbanismo pela Universidade de Miami e Charrettes
pelo National Charrette Institute em Portland. É Mastercoach,
mastertrainer e pós-graduação em psicologia positiva pelo IBC.

MARIA ALICE MEDEIROS DIAS


Professora PUCRS

Graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade


Federal do Rio Grande do Sul, especialização em Ensino e Pesquisa
na Arquitetura pela Ritter dos Reis, especialização em Expressão
Gráfica pela FAU PUCRS, mestrado em Educação pela PUCRS e
doutorado em Arquitetura pelo PROPAR UFRGS. É professora
adjunta e pesquisadora em tempo integral na Escola Politécnica
da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e Líder
do Grupo de Pesquisa CNPq Paisagismo Urbano. Atualmente é
a Coordenadora do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola
Politécnica PUCRS. Membro do Núcleo de Articulação Acadêmica
da Escola Politécnica da PUCRS. Tem experiência na área de
Arquitetura e Urbanismo, com ênfase no Projeto de Espaços Livres
Urbanos atuando principalmente nos seguintes temas: Paisagismo
Urbano, Arquitetura Paisagística, Espaços Públicos, Resiliência
Urbana, Habitação Social e Expressão Gráfica. Tem experiência
em EAD atuando na área da Educação como orientadora de
Trabalhos de Conclusão no curso de especialização PUCRS Online
- A Moderna Educação: Metodologia, Tendências e Foco no Aluno.
Integra o Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação
da Educação Superior-BASis.

3
Ementa da Disciplina
Noções de paisagismo e design biofílico vinculados ao design de interiores.
Organização dos espaços abertos adjacentes à ambientes internos. Elementos
principais da composição paisagística. Estabelecimento de critérios para
especificação de vegetação. Pesquisa, interpretação e análise de projetos
paisagísticos referenciais. Abordagem sobre sustentabilidade e questões ambientais
na decoração. Design Biofílico como ferramenta de reconexão com o ambiente
natural.

4
Bibliografia básica
a

-
As publicações destacadas têm acesso gratuito pela Biblioteca da PUCRS.

Bibliografia básica

ABBUD, B. Criando paisagens: guia de trabalho em arquitetura paisagística. 2. ed.


São Paulo: SENAC, 2006.

SILVA, Roberto. New Brazilian Gardens: the legacy of Burle Marx. New York: Thames
& Hudson, 2006.

CHACEL, Fernando. Paisagismo e ecogênese = Landscaping and ecogenesis. Rio de


Janeiro: editora Fraiha, 2004

Bibliografia complementar

BURLE MARX, Roberto; TABACOW, José. Arte e Paisagem: conferências escolhidas.


São Paulo: CBHA, 2000.

BARRA, Eduardo. Paisagens úteis: escritos sobre paisagismo. São Paulo: Editora
SENAC, 2006.

DINIZ, João. Desenho de arquiteto . Belo Horizonte: AP Cultural, 1997.

LORENZI, Harri; Souza, Hermes Moreira de. Plantas Ornamentais no Brasil. Nova
Odessa: Plantarum, 2001.

KAZAZIAN, Thierry (Org). Haverá a idade das coisas leves: design e desenvolvimento
sustentável. 2. ed. São Paulo: Senac São Paulo, 2009. Classificação: 7.05:504.03 H387
(CSA)

5
o o
O que compõe

s
Mapa da Aula?
MAPA DA AULA
São os capítulos da aula, demarcam
momentos importantes da disciplina,
servindo como o norte para o seu FUNDAMENTOS
aprendizado.
Conteúdos essenciais sem os quais
você pode ter dificuldade em
compreender a matéria. Especialmente
importante para alunos de outras
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
áreas, ou que precisam relembrar
assuntos e conceitos. Se você estiver
Questões objetivas que buscam
por dentro dos conceitos básicos dessa
reforçar pontos centrais da disciplina,
disciplina, pode tranquilamente pular
aproximando você do conteúdo de
os fundamentos.
forma prática e exercitando a reflexão
sobre os temas discutidos.​
CURIOSIDADES
Apresentação de figuras públicas
e profissionais de referência
PALAVRAS-CHAVE mencionados pelo(a) professor(a),
além de fatos e informações que dizem
Conceituação de termos técnicos, respeito à conteúdos da disciplina.
expressões, siglas e palavras específicas
do campo da disciplina citados durante
a videoaula. DESTAQUES
Frases dos professores, que resumem
sua visão sobre um assunto ou
VÍDEOS situação.​

Assista novamente aos conteúdos


expostos pelos professores em vídeo.
Aqui você também poderá encontrar ENTRETENIMENTO
vídeos mencionados em sala de aula.
Lembre-se que a diversificação de Inserções de conteúdos da equipe de
estímulos sensoriais na hora do estudo design educacional para tornar a sua
otimiza seu aprendizado. ​ experiência mais agradável e significar
o conhecimento da aula.​

CASE
Neste item você relembra o case
analisado em aula pelo professor. ​
LEITURAS INDICADAS
A jornada de aprendizagem não
termina ao fim de uma disciplina. Ela
MOMENTO DINÂMICA segue até onde a sua curiosidade
alcança. Aqui você encontra uma lista
Aqui você encontra a descrição
de indicações de leitura. São artigos e
detalhada da dinâmica realizada pelo
livros sobre temas abordados em aula.​
professor em sala de aula com os alunos. ​

6
Mapa da Aula
Os tempos marcam os principais momentos das videoaulas.

AULA 1 • PARTE 1

Apresentação 00:33

Professor Guilherme começa a disciplina


fazendo uma apresentação da sua trajetória
na Takeda Design, onde trabalha com 11:17 O paisagismo é pródigo por
paisagismo e design urbano para projetos isso: consegue criar cenários
residenciais e comerciais. A empresa diferenciados para diferentes
completou 31 anos em 2021 e recebeu dois tipos de empreendimentos.
prêmios Master Imobiliário em 2019.

Noções de paisagismo e
21:32
design biofílico

O primeiro tópico a ser abordado na


disciplina trata do paisagismo e do
design biofílico e a sua relação com o
Estar ligado a natureza cria 23:42
design de interiores. A biofilia é o amor
menos ansiedade.
à natureza, a sensação de bem-estar em
relação a elementos naturais. O design
biofílico, então, busca trazer esse bem-
estar para os ambientes em que vivemos,
CURIOSIDADE gerando uma melhora no humor, redução
32:36 no estresse e aumento da criatividade, da
Sonja Lyubomirsky produtividade e da motivação.

O conforto e o bem-estar são tendências


mundiais, tanto na arquitetura quanto
em outras áreas – como a moda, por
exemplo.

Professora e vice-presidente do
Departamento de Psicologia da Universidade
da Califórnia. Conhecida por seu trabalho e
pesquisa no âmbito da psicologia positiva,
Sonja é autora do best-seller mundial “The
How of Happiness”.

7
CURIOSIDADE
34:32
Tal Ben-Shahar

Autor, conferencista e professor nas áreas


de psicologia e liderança positivas. Como
professor na Universidade de Harvard, deu a
maior disciplina sobre Psicologia Positiva e a
terceira maior sobre Psicologia da Liderança,
com mais de 1.400 alunos.

AULA 1 • PARTE 2

Organização dos espaços


abertos adjacentes à ambientes 00:00
internos

Guilherme traz, a partir da sua trajetória,


o passo a passo para a organização dos O paisagismo, as vegetações
03:25
espaços externos. Inicia-se fazendo a análise e os jardins estão invadindo e
do terreno, considerando sua topografia, tomando conta da arquitetura,
a incidência do sol e dos ventos, seu do urbanismo e dos espaços
entorno – considerando visuais desejáveis internos.
e indesejáveis para o projeto –, a vegetação
existente, a possibilidade da estrutura local.
Essas características podem ser conferidas CURIOSIDADE
07:42
tanto ao vivo quanto a partir de softwares
na internet. Além disso, se considera o ENCOL
storytelling – que história esse projeto vai
contar – e o orçamento disponível.

É importante, também, se atentar para área


permeável mínima exigida para o lote, fazer
mapa com as manchas das áreas permeáveis
indicando atendimento, além de questionar
sobre restrições legais: recuos, áreas não
edificáveis, municípios com padronização de
passeios, etc.
Foi uma das maiores empresas brasileiras
do setor da construção civil. Fundada em
1961 pelo engenheiro Pedro Paulo de Souza,
na cidade de Goiânia, chegou a ser a maior
construtora brasileira, e fechou, após a
falência, em 1999.

8
17:55 Conceito
Após o reconhecimento do ambiente, o
LEITURAS INDICADAS próximo passo é a criação de um conceito
19:36
Livro: Estudo plástico da para o projeto. Esse conceito deve levar em
vegetação consideração as necessidades do cliente,
conectar conceitos relacionados ao bem-estar
e à qualidade de vida e criar o storytelling
para o espaço, isso é, a narrativa que aquele
projeto irá contar.

O professor apresenta alguns estilos possíveis


para os projetos, com características e
moodboards:

Estilo mata: conceito muito natural. O jardim


gera a sensação de que o homem não
interferiu na paisagem, utilizando plantas
com cores vivas e formas esculturais, como
palmeiras, dracenas, bromélias, orquídeas
Obra do historiador, paisagista, poeta, e helicônias. Utilização de lago, pedras ou
urbanista, artista plástico, arquiteto e
engenheiro gaúcho, Francisco Riopardense fontes, dando a sensação de que o ambiente
de Macedo. é natural. Equipamentos de iluminação devem
ser discretos ou de aparência rústica.

Essa é a maestria do paisagismo, ele Estilo “star”: conceito contemporâneo e


20:55
tem essa possibilidade de criar esses moderno, representando um oásis de paz,
cenários inusitados, às vezes criando de revitalização física e mental, contrastando
surpresa, criando algum ponto focal, com o estilo de vida agitado das grandes
criando diversidade. cidades. Utilização de materiais como pedra,
concreto, cerâmica, ferro e madeira. A
essência desse jardim seria o casamento entre
CURIOSIDADE estilo e funcionalidade. Utilização de luzes
30:39 quentes para apresentar as plantas, criando
Xico Stockinger efeito dramático.

Estilo árabe: jardins com bastante


ornamentação, com utilização de água, usada
tanto pela questão estética quanto para
diminuir a temperatura dos ambientes. As
plantas utilizadas pelos árabes eram rosas,
narcisos, jasmins, alfazemas, primaveras,
ciprestes, plátanos.

Estilo seco/desértico: tem como objetivo


reproduzir uma paisagem árida. Utiliza plantas
xerófitas (que reduzem a perda de água ao
acumulá-la para tempos de estiagem, como
(1919 – 2009) cactos e suculentas). É uma possibilidade para
clientes que não querem despender muito
Foi um artista plástico austríaco, naturalizado
tempo no cuidado com o jardim.
brasileiro, que se destacou como um dos
principais escultores modernos brasileiros. Estilo natural: considerado também como
Foi também gravurista, fotógrafo, chargista, estilo romântico, conta com o cultivo livre
artista gráfico, gestor cultural e colecionador de grande variedade de flores, criando uma
de cactos. assimetria e uma harmonia com a natureza.

9
32:00 Conceito (continuação)
Estilo zen: elementos relativos à meditação e
às religiões orientais. Jardim criado em função
da topografia, clima e vegetação existente,
com presença de água, de pedras e pontes.

Estilo natureza: inspirado em bosques e


florestas. Semelhante ao estilo natural, mas
com vegetações tropicais.

CURIOSIDADE Estilo pé na areia: jardim tropical litorâneo,


36:39 harmônico com a beleza natural da orla
Roberto Burle Marx marítima. É importante observar as
necessidades das plantas, considerando as
adversidades como maresia e ventos.

Estilo jardim das águas: esta modalidade


emprega o uso de água em forma de fontes,
chafarizes, lagos, espelhos d’água ou cascatas.
Algumas plantas são cultivadas sobre a água.
O local deve receber luz solar intensa por pelo
menos seis horas, para ajudar no crescimento
das plantas que foram plantadas nele.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
40:00
A intensificação da busca pelo
contato com a natureza foi
impulsionada pelo conceito de:

Biofilia
(1909 - 1994)
Arquitetura orgânica
Artista plástico, pintor, desenhista,
designer e escultor brasileiro, renomado Ecogênese
internacionalmente ao exercer a profissão de
paisagista. É o responsável por ter introduzido Estética
o paisagismo modernista no Brasil. Foi um
dos primeiros paisagistas a utilizar plantas
nativas brasileiras em seus projetos, e foi um
dos pioneiros a reivindicar a conservação
das florestas tropicais no Brasil. Burle Marx
Resposta desta página: alternativa 1.

organizou inúmeras expedições e excursões


pelos biomas brasileiros, sendo responsável
pela descoberta de novas espécies – mais de
30 plantas levam seu nome.

10
AULA 1 • PARTE 3

00:00 Conceito (continuação)

Para a criação do conceito, o programa


de necessidades é muito importante, pois
Dicas 04:26 é nele que constam as preferências e
exigências do cliente em relação ao projeto.
Professor Guilherme apresenta uma série de
dicas práticas para a produção de projetos O professor chama a atenção para a
de paisagismo. criação do diagrama da localização, com
o zoneamento e o fluxograma do projeto.
• Antes de dar um traço, conceitue o Além disso, é importante confirmar com os
seu projeto e faça o programa de clientes exatamente o que eles querem.
necessidades – e ratifique com o cliente.

• Antes de definir a vegetação, faça um


plano de massas.

• Antes de comprar a vegetação, peça


fotos. Confira os tamanhos das espécies.

• Antes de começar uma obra, veja se o 09:01 Vegetação é ser vivo.


terreno está limpo e pronto. Cuidado
com a obra sobre o jardim.

• Antes de sair da obra, faça uma entrega


formal do jardim. A partir desse
momento, o cliente que deve cuidar
dele.

15:02 Mercado de paisagismo

Guilherme ressalta que o mercado de


paisagismo no Brasil é muito próspero.
Poucas pessoas trabalham nessa área, existe
muita demanda e haverá ainda mais com as
mudanças na forma de habitação e trabalho
da população. Para além dos projetos
residenciais, praças e parques, projetos
viários e rodoviários, projetos religiosos e
empreendimentos comerciais, corporativos
e hoteleiros necessitam do profissional de
paisagismo.

11
Como cobrar? 23:39

O professor traz um panorama das cobranças


dos projetos de paisagismos.

O cálculo da ABAP (Associação Brasileira


de Arquitetos Paisagistas) é feito a partir da
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
40:00
fórmula:
Para a criação do conceito de um
H = 2,21 (2.400 + 240 √S) jardim, é muito importante:
onde:
O programa de necessidades.
H = honorários (valor em R$)

√ = raiz quadrada Entender os gostos do cliente.

S = área a receber tratamento paisagístico


Considerar os cuidados que as plan-
O valor de 2,21 pode aumentar ou diminuir
tas deverão receber.
de acordo com a complexidade do projeto.
Guilherme ressalta que essa fórmula é de 5 Todas as alternativas.
anos atrás, portanto, pode estar desatualizada.

Já o CAU (Conselho de Arquitetura e


Urbanismo) calcula a partir da fórmula:

PV= 2,21 [(255.33% x CUB) + (25,53% x CUB) x


√S]

onde:

PV : Preço de venda do projeto (R$)

√S : Raiz quadrada da área a receber


tratamento paisagístico

O professor traz algumas questões para serem


consideradas: valorize o seu trabalho, mostre
o quanto o seu cliente ganha com você. O
cliente sempre vai negociar, é necessário estar
preparado para isso.

AULA 1 • PARTE 4

01:10 O conceito dos espaços exteriores

Nesta parte da aula, o professor aborda


os elementos que formam os espaços
exteriores. A definição de espaço exterior
que Guilherme traz é: um espaço delimitado
Resposta desta página: alternativa 4.

por um piso, ou por uma parede, ou por um


teto. Esses elementos podem ser feitos de
forma edificada ou apenas por vegetação.

12
LEITURAS INDICADAS
01:25
Livro: El Diseño de Espacios
Exteriores

05:50 Pense a vegetação como um


objeto arquitetônico e você vai
estar fazendo paisagismo.

07:00 Outros elementos do paisagismo

O paisagismo vai muito além do jardim e da


Obra de Yoshinobu Ashihara, trabalha vegetação. Existem diversos elementos que
questões de paisagismo e elementos que podem ser adicionados para enriquecer o
formam os espaços internos e externos. projeto.

Fontes e piscinas: para locais com muito


calor, as fontes são ótimas, pois a água
em movimento ajuda a amenizar o clima.
Áreas de lazer 20:03
Já as piscinas, além da questão estética,
Professor traz mais alguns elementos que também englobam o lazer. É necessário
podem ser utilizados na área externa, ter alguns cuidados: prever a facilidade
principalmente visando o lazer. de acesso no perímetro da piscina para a
Espaços de estar: existem diversas limpeza e manutenção; além de conferir
possibilidades de móveis para áreas externas, questões de acessibilidade, como banco de
de preços variados. Ainda é possível desenhar transferências e degraus submersos.
móveis específicos para a área, como bancos e
Gastronomia externa: espaços gourmet,
ninhos.
churrasqueiras. Utilização do local
Playground: existem normas específicas, como externo para diversas possibilidades de
evitar pisos soltos e considerar as distâncias gastronomias.
entre os aparelhos.
Pets: existem diversas possibilidades de
Esportes: quadras para jogos, estações fitness enriquecimento ambiental para cachorros e
e áreas de caminhadas estão sendo utilizadas gatos que pode ser adicionado no espaço
em diversos empreendimentos e praças.
externo.

O professor disponibiliza os catálogos na


apresentação de slides utilizada em aula.

13
Resposta desta página: alternativa 1.

25:54 Iluminação de exteriores

A iluminação na área exterior pode valorizar


muito esse espaço, tanto para utilizá-lo
quanto para observá-lo de dentro de casa
durante a noite. Além da luz natural do sol,
que ilumina durante o dia, luzes artificiais
podem ser utilizadas estrategicamente,
trazendo pontos de atenção para
vegetação, piscina e outros elementos.
Existem diversas formas de fazer:

Grazing: técnica usada para salientar


texturas de planos horizontais tais como:
paredes, cercas-vivas ou tijolos à vista. As
luzes são instaladas muito perto do objeto
e levemente voltados para o foco, de baixo
para cima.

Mirror lighting: uma técnica que usa a


superfície da água como um espelho. A
fonte luminosa não pode estar dentro
d´água. É fundamental que a superfície da
água esteja escura.

Shadowing: técnica de refletir a sombra de


EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
20:00 uma planta ou objeto em uma parede ou
edificação. O volume e o brilho da sombra
É o responsável por ter introduzido o
mudam em função da distância dos objetos
paisagismo modernista no Brasil. Foi um
e da potência da luz.
dos primeiros paisagistas a utilizar plantas
nativas brasileiras em seus projetos. Silhouetting: técnica de iluminar por trás de
Organizou inúmeras expedições e excursões uma planta com o objetivo de mostrar a sua
pelos biomas brasileiros, sendo responsável silhueta. Esta técnica mostra o contorno da
pela descoberta de novas espécies: planta.

Roberto Burle Marx Moon lighting: esta é a técnica de recriar o


efeito do luar nas árvores, proporcionando
Frank Lloyd Wright uma suave sombra da planta no solo.

Path lighting: técnica que usa uma


Edward Osborne Wilson iluminação uniforme e suave para
assegurar um mínimo de luminosidade para
Fernando Chacel caminharmos à noite.

Safety lighting: técnica de apresentar


claramente os obstáculos ou as diferenças
de níveis em escadas ou calçadas. A
ideia principal é facilitar a locomoção dos
pedestres

Vista lighting: técnica de colocar luzes em


um percurso objetivando chegar em um
ponto focal também iluminado.

14
AULA 2 • PARTE 1

01:50 Especificação da vegetação

A criação de jardins lida diretamente com


CURIOSIDADE seres vivos, e entender sobre a vegetação
02:05 é um ponto muito importante para
Benedito Abbud compreender quais se adaptam melhor em
determinado ambiente, quais demandam
mais ou menos cuidados e como aplicá-las
nos projetos.

Para isso, o plano de massas é uma etapa


fundamental. É preciso projetar com a
volumetria das vegetações para criação dos
espaços, utilizando a disposição das massas
vegetais para delimitar espaços e visuais.

Guilherme apresenta três passos para o


projeto com vegetação:

1º Passo: Definição da função, características


Reconhecido paisagista brasileiro. Já realizou e volumetria da vegetação
mais de 5 mil projetos no Brasil e em outros
países do mundo, desde grandes áreas verdes 2º Passo: Definição das alternativas que
que impactam cidades, praças, shoppings, até atendam estas necessidades
empreendimentos corporativos e residenciais. 3º Passo: Escolha da espécie

LEITURAS INDICADAS
02:25
Livro: Criando paisagens: Guia
de Trabalho em Arquitetura
Paisagística

06:28 Entender os estratos da


vegetação como algo
volumétrico é algo fundamental
para os arquitetos.

Na obra de Benedito Abbud, são apontados


diversos recursos (cor, forma, aroma,
sons, textura, sabor) que a arquitetura de
paisagens oferece para projetar espaços
vivos e mutáveis, que convidam interagir de
maneira sensível, e não apenas pragmática.

15
Especificação da vegetação
06:45
(continuação)

O professor apresenta os estratos da


CURIOSIDADE vegetação:
11:14
Gramados: diversos tipos, cores, texturas,
Hera tipos de resistência a sombreamento
e a pisoteio. Grama De Campo, Grama
Catarina, Grama Esmeralda, Grama
Bermuda, Grama Preta, Grama Preta Anã.

Forrações: de até 20cm de altura: Rabo


De Gato, Anizadênio, Flor De Mel, Érica,
Onze-Horas, Begônia Sempre Florida,
Boca De Leão. Mais de 20 cm: Lírio
Amarelo, Agapanto, Moréia.

Arbustos: funciona como uma barreira


física. Azaléia, camélia, pitosporo,
ligustrinho, alamanda,
A hera (Hedera helix L.) é uma espécie de
Árvores: servem como sombreamento
planta angiosperma trepadeira do gênero
para o espaço. Árvores de pequeno
Hedera, da família Araliaceae. Planta muito
porte: Pata De Vaca, Estremosa.
resistente, utilizada diretamente nas paredes
Árvores de médio porte: Ipê Amarelo,
ou como pendente.
Jacarandá Mimoso. Árvores de grande
porte: Figueira, Umbú. Frutíferas nativas:
Pitangueira, Araçá. As árvores frutíferas
A tendência de todo jardim é ele 25:05 ajudam a alimentar os pássaros da região.
crescer bonito, envelhecer bonito.
Palmeiras: palmeiras de pequeno porte:
Rafis, Licuala. Palmeiras de médio porte:
Butiazeiro, Tamareira. Palmeiras de
grande porte: Jerivá, Washingtônia.
CURIOSIDADE
29:35 Trepadeiras: crescem rápido e dão um
ótimo efeito. Três Marias, Alamanda,
Butiá
Roseira Trepadeira, Hera, Unha De Gato,
Vinha, Sete Léguas, Lágrima De Cristo,
Costela De Adão, Maracujá, Calliandra,
Jasmin Estrela.

Bambus: Bambuzinho De Jardim, Bambu


Gigante Verde E Amarelo, Taquara De
Caniço, Arundo Donax.

Plantas especiais: Cicas, Strelitzias,


Capim Dos Pampas, Bromélias,
Filodendros, Cactos, Orquídeas.

Plantas aquáticas: Aguapé, Alface Da


Palmeiras do gênero Butia são nativas da Água, Ninféas, Papiro, Copo De Leite,
América do Sul. Possuem em geral estipe Tabuas.
médio, com cicatriz de pecíolos antigos,
longas folhas penatífidas e pequenas frutos
comestíveis alaranjados---, também chamadas
de butiá.

16
CURIOSIDADE
36:28
Bougainvillea

CURIOSIDADE
43:09
Bromélia

Bougainvillea é um gênero botânico


da família Nyctaginaceae, de espécies
geralmente designadas como buganvílias.
Nativas da América do Sul, recebem vários
nomes populares, como primavera, três-
marias, , roseiro, roseta e flor-de-papel. São
encontradas em diversas cores, como branca,
roxa, rosa claro, rosa, vermelha, amarela,
A bromélia é um tipo de vegetação tropical
laranja.
com uma grande variedade de espécies. É
conhecida pelo agrupamento de suas folhas
em formato de roseta e pelo seu visual
exótico, cheio de cores. As espécies deste
gênero estão distribuídas pelos continentes
CURIOSIDADE americanos, e sua principal característica é a
45:48 de suas flores apresentarem um cálice muito
Helicônia profundo. O nome foi dado em homenagem
ao botânico sueco Olof Bromelius.

CURIOSIDADE
49:11
Instituto Plantarum

Também conhecida como caeté ou bananeira


do mato, é o nome geral dado às plantas Fundado em 1981 pelo engenheiro agrônomo
do gênero Heliconia, o único da família e ecologista brasileiro Harri Lorenzi, possui
Heliconiaceae. Suas folhas atingem até 3 diversas publicações sobre a flora nativa
metros de altura e são parecidas com as do território brasileiro, além de editora,
da bananeira. Aprecia solos úmidos e ricos biblioteca, laboratório, um jardim botânico e
em matéria orgânica. São plantas tropicais, um herbário com 20 mil espécies.
originárias da América do Sul, América
Central, Ilhas do Pacífico e Indonésia.

17
AULA 2 • PARTE 2
Resposta desta página: alternativa 3.

00:00 Projeto de paisagismo

Nessa aula, o professor Guilherme apresenta


a sua metodologia de trabalho na produção
de um projeto de paisagismo. É composto
por 6 etapas:

Briefing: primeiro contato com o cliente,


onde se define o que ele quer ou não quer
no projeto. É nessa etapa que são colhidas
É muito importante isso: não coloque 20:43
todas as informações acerca da vida do
nas imagens de venda aquilo que não
vai ser entregue para o cliente final. cliente, dos hábitos, do que ele precisa.

Estudo preliminar I: criação do conceito e


do programa de necessidades. Realização
do zoneamento, decisão das medidas,
considerar os fluxos, decidir paleta de cores,
materiais e tipologia da vegetação. Criação
de um layout básico.
Detalhe bem o seu projeto! 23:13
Estudo preliminar II: definir o conceito
do produtor. Criação do moodboard,
implantação mais definida do projeto e
criação de croquis esquemáticos.

Anteprojeto: definição da pré-


compatibilização com a área estrutural e
com os outros profissionais envolvidos.
Determinar os elementos que vão ser
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO construídos, seus materiais e revestimentos.
20:00
Sobre as vegetações, assinale a Projeto executivo: compatibilização
alternativa correta: total com os profissionais envolvidos.
Detalhamentos do que será produzido e
As plantas exóticas são as melhores escolha final dos materiais para a definição
para os jardins, pois têm facilidade
de todos os custos. Todas as informações
de adaptação.
para o construtor do projeto.
As plantas devem ser escolhidas Plantio: detalhamento próprio das
unicamente pela sua beleza estéti-
vegetações.
ca.

É interessante observar os jardins


nas proximidades do espaço em que
será feito o projeto, para conhecer
as plantas que melhor se adaptam
nessa região.

As plantas receberão o mesmo


nome popular em todas as regiões
do país.

18
AULA 2 • PARTE 3

00:39 Paisagistas: valorizando a ecologia

Nesta parte da aula, professor Guilherme


apresenta alguns projetos de renomados
paisagistas, suas principais características e
elementos. Começando com os paisagistas
que tinham conexão com a ecologia, que
utilizam plantas nativas nos seus projetos.

Burle Marx: estudou profundamente a


natureza, respeitando as plantas e suas
necessidades. Sua preocupação sempre
foi proporcionar visuais sugestivas, tanto
para aqueles que caminham no jardim,
quanto para os que se situam nos andares
superiores do edifício.
CURIOSIDADE
08:20 Fernando Chacel: criava com o conceito
Fernando Chacel da ecogênese, buscando reconstituir os
ecossistemas, restaurando as plantas do
local.

(1931 – 2011)

Paisagista brasileiro, foi estagiário de Burle


Marx durante a sua trajetória. Foi professor
no Canadá e no Brasil, além de diretor de
PALAVRAS-CHAVE
08:26
parques e jardins e desenvolvedor de projetos
paisagísticos, sendo os de Furnas e Itaipu os Ecogênese: É a reconstituição
maiores deles. de ecossistemas parcialmente ou
totalmente degradados, valendo-
se de uma re-interpretação do
ecossistema através do replantio de
espécies vegetais autóctones, em um
trabalho de equipe multidisciplinar,
envolvendo profissionais de botânica,
biologia, zoologia, geografia, entre
outros, além do arquiteto paisagista.
Se busca restaurar o ecossistema da
forma mais próxima do original.

19
Paisagistas: evocando os sentidos 11:38

Lawrence Halprin: Trabalha os elementos do


paisagismo com o objetivo de evocar os 6
sentidos. Busca o aconchego, com a utilização
CURIOSIDADE
de cascatas em seus projetos. Buscava 11:49
reproduzir a natureza de uma forma criativa.
Lawrence Halprin

Paisagistas: desenhando com arte 15:18

Peter Walker: utilizat plasticamente os


elementos de composição do paisagismo, com
aplicação da vegetação como um elemento
construtivo.

Alex Hanazaki: utiliza poucas espécies de


plantas, trabalhando plasticamente com a (1916 – 2009)
vegetação. Arquiteto paisagista, designer e professor
Martha Schwartz: cria projetos relacionados a estadunidense. A carreira de Halprin foi
arte pop. influente para toda uma geração em suas
soluções de design específicas, sua ênfase
na experiência do usuário para desenvolver
CURIOSIDADE essas soluções e seu processo de design
15:37 colaborativo.
Peter Walker

CURIOSIDADE
24:47
Alex Hanazaki

Arquiteto paisagista estadunidense. Junto


com sua empresa, recebeu muitos prêmios Arquiteto paisagista brasileiro. Duas vezes
e co-projetou o Memorial do World Trade premiado pelo ASLA (American Society of
Center em Nova York com o arquiteto Michael Landscape Architecture), foi o primeiro e
Arad. único brasileiro a receber a premiação que
reconheceu em 2017, o projeto da Praça
Eliane, criado na CASACOR São Paulo 2016,
o mais bonito do mundo na categoria Design
Geral.

20
A comunhão das áreas internas com 28:43
as áreas externas é o que vai dar
para a obra arquitetônica um caráter
unitário.
CURIOSIDADE
29:15
Martha Schwartz

Paisagistas: resgatando a história 32:37

Shodo Suzuki: Resgata elementos


paisagísticos da cultura, local e do passado.
Redesenha e dá novas formas ao paisagismo
tradicional.

Arquiteta paisagista e professora


CURIOSIDADE estadunidense. É a diretora fundadora da
32:57 Martha Schwartz Partners, uma empresa
de arquitetura com sede em Londres, Nova
Shodo Suzuki
York e Xangai. Ela também leciona Prática de
Considerado um dos paisagistas mais Arquitetura da Paisagem na Universidade de
respeitados no Japão. Sua filosofia se baseia Harvard.
na trilogia passado/presente/futuro, sempre
em busca do entorno ecológico.

35:31 Paisagistas: valorizando o homem

Paul Friedberg: Preocupação com a


CURIOSIDADE sociabilização. Desenha os cenários para o
35:50 homem do nosso tempo.
Paul Friedberg

Arquiteto paisagista estadunidense. Graças


a Friedberg, a arquitetura paisagística foi
trazida para o campo do design urbano em
grande escala através da grande variedade de
espaços urbanos representados por sua obra.

21
AULA 2 • PARTE 4

00:24 Biofilia

A biofilia é o nosso amor à natureza. O


nosso cérebro ancestral, quando visualiza
uma paisagem natural, percebe uma
forma de sobreviver com mais recursos.
CURIOSIDADE Dessa maneira, nos sentimos acolhidos em
00:32
ambientes com mais plantas e elementos
Edward Osborne Wilson da natureza. Hospitais, escolas e ambientes
de trabalho têm utilizado o design biofílico
como formas de trazer mais conforto para
os usuários.

O professor convida para um momento


de relaxamento, onde você deve imaginar
um lugar seguro, só seu. Muitas pessoas
buscam esse lugar seguro em ambientes na
natureza.

O termo biofilia foi cunhado por Edward


Wilson na década de 1980.

Entomologista americano e biólogo


conhecido por seu trabalho com ecologia
e evolução, considerado um dos pioneiros CURIOSIDADE
da sociobiologia (a ideia de que é possível 11:49
compreender o comportamento humano Frank Lloyd Wright
e da sociedade por meio da biologia). É
especialista em formigas, em particular seu
uso de feromônios para comunicação.

(1867 – 1959)

Considerado um dos maiores arquitetos


estadunidenses de todos os tempos, Wright
também era escritor e educador. Entre os
conceitos centrais de suas obras, estavam
a individualidade de cada o projeto, de
acordo com sua localização e finalidade, e a
integração entre espaços externos e internos,
como se fossem a extensão um do outro.

22
19:42 Design Biofílico

O professor Guilherme apresenta os


VÍDEO princípios do Desgin Biofílico, trazidos por
22:09 Kellert e Calabrese (2015).
BIOFILIA, em busca da conexão | • Requer um envolvimento repetido e
natureza na arquitetura + contínuo com a natureza;
neuroarquitetura
• Concentra-se em adaptações humanas
ao mundo natural que, ao longo do
tempo evolutivo, tem promovido a
saúde e o bem-estar das pessoas;

• Estimula uma ligação emocional com


configurações e lugares específicos;

• Promove interações positivas entre as


pessoas e a natureza que estimulam um
senso ampliado de responsabilidade
O documentário curta metragem com e conservação para as comunidades
depoimentos dos renomados Araquém humanas e naturais;
Alcantara, Professor Christian Dunker,
Hans Donner, Professora Vera Lucia dos • Incentiva soluções arquitetônicas
Santos, Arquiteto Guilherme Takeda, ecologicamente conectadas, reforçadas
Arquiteta Bia Rafaelli, paisagista mutuamente e integradas;
Benedito Abbud e o arquiteto Eduardo
Cabral. Apresenta a integração das
cidades com o meio ambiente e a
inclusão de elementos naturais nos 22:46 Biofilia na prática arquitetônica
projetos arquitetônicos.
Guilherme apresenta formas de utilizar
Clique aqui para assistir.
os elementos da natureza dentro da
arquitetura:

• Experiência direta da natureza: contato


direto com a natureza propriamente
Nós temos que ter a comunhão 26:22 dita, a partir de luz natural, ventilação
contínua com a natureza, isso que vai natural, presença de água, de plantas, de
nos dar paz e tranquilidade. animais, de paisagens naturais.

• Experiência indireta da natureza:


utilização de imagens da natureza,
padrões, cores e processos naturais,
transformação da condição original da
natureza, como a simulação da luz e do
[Trazer] a natureza para dentro da 45:05 ar natural.
casa e a casa entrar na natureza é
• Experiência do espaço e do lugar:
uma estratégia muito importante do
design biofílico, para que a gente Características naturais do ambiente –
possa criar esse bem-estar para os sejam elas naturais ou artificiais. A partir
nossos clientes. de perspectiva e refúgio, da integração
das partes com o todo, conexão cultural
e ecológica ao lugar.

23
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
40:00
Mesmo sem utilizar a natureza de
forma direta, ainda é possível trazer
a sensação de bem-estar do design
biofílico, a partir de elementos
como:

Imagens da natureza

Cores naturais
O design biofílico tem um 45:29
caráter importantíssimo de Luz natural
criar fluência entre os espaços
internos e os espaços externos. Todas as alternativas

AULA 3 • PARTE 1

02:16 Sustentabilidade

O paisagismo vai muito além do jardim. São


diversas questões que devem ser levadas
em conta nessa temática. A professora
CURIOSIDADE Maria Alice começa a aula abordando a
02:49 sustentabilidade nos projetos paisagísticos.

Gilles Clément O desenvolvimento sustentável é aquele


que atende às necessidades do presente,
sem comprometer o atendimento às
necessidades das gerações futuras.
Devemos pensar as nossas ações no sentido
de conservar o planeta e a natureza. Os
jardins são, além de espaços de lazer e
contemplação, também ambientes para
preservar a natureza. A professora destaca
alguns pontos da relação entre paisagismo
e sustentabilidade:

Preservação e resgate de ecossistemas


originais: Especificação de vegetação
Resposta desta página: alternativa 4.

Paisagista, botânico e ensaísta francês. adequada, tendo em vista a necessidade


É professor da Escola de Paisagismo de de proteger a biodiversidade. É muito
Versalhes desde 1980 e é arquiteto de vários recomendado o uso de espécies nativas da
parques e espaços públicos, como o parque região.
Matisse, os jardins do Musée du Quai Branly
e o parque André Citroën, localizado na Gestão da água: considerar a reutilização
margem esquerda do rio Sena. das águas nos jardins que possuam fontes
ou espelhos d’água; Gestão das águas
pluviais: promover a permeabilidade dos
solos;

24
14:00 Sustentabilidade (continuação)

Gestão de resíduos: considerar questões


como sistemas biológicos de tratamento de
esgotos e compostagem doméstica;

Infraestruturas verdes: telhados


A nossa proposta é que a 14:06 ecológicos, que auxiliam na temperatura,
gente busque sempre ser um no aproveitamento de recursos naturais, na
bom exemplo no que tange a qualidade do ar e no conforto;
essa relação entre homem e
Jardins verticais: possuem diferentes tipos.
natureza.
Fachada verde direta: com a planta fixada
ao muro; fachada verde indireta: vegetação
plantada em jardineiras intermediárias
fixadas ao longo da estrutura de suporte ou
CURIOSIDADE do edifício; parede viva contínua/fachada
26:21
verde contínua: tecnologia composta por
Patrick Blanc estrutura metálica de suporte, placa de PVC,
2 camadas de feltro ou tecido geotêxtil.
Vegetação plantada no feltro, em cortes na
primeira camada que moldam bolsos onde
a planta é inserida; parede viva modular:
composta por módulos com dimensões
específicas, feitos de materiais diversos. Os
módulos podem ser justapostos formando
painéis, que podem ser fixados em uma
estrutura de suporte;

Materiais com baixo impacto ambiental e


reciclagem de materiais: utilizar materiais
e mão-de-obra locais, buscando minimizar
Paisagista e botânico francês que trabalha
o impacto ambiental e a redução do uso de
no Centro Nacional Francês de Pesquisa
recursos naturais;
Científica, onde é especialista em plantas
de florestas tropicais. Ele desenvolveu um Espaços humanizados, acessíveis e
jardim vertical com uma tecnologia que ficou capazes de estimular hábitos saudáveis e
conhecida como ‘fachada verde contínua’. consciência ambiental;
Ela é composta por uma estrutura metálica
Educação ambiental: é possível explorar
de suporte, placa de PVC e duas camadas de
essa questão por meio de elementos
feltro ou tecido geotêxtil, com bolsos para
presentes na decoração e no paisagismo;
plantio e enraizamento das mudas.

25
CURIOSIDADE
27:25
Ficus pumila
CURIOSIDADE
32:10
Espada-de-São-Jorge

Ficus pumila (unha de gato) é uma trepadeira


sarmentosa, pertence à família Moraceae,
nativa da China, Japão e Austrália, perene, A espada-de-são-jorge, espada-de-santa-
lenhosa, de rápido crescimento e muito bárbara ou espada-de-Iansã, (Dracaena
ornamental. Suas raízes são fixas no solo e trifasciata, antes pertencente ao gênero
precisam de um suporte para crescer. Esse Sansevieria), também conhecida como língua-
tipo de planta emite raízes modificadas de-sogra, rabo-de-lagarto e sanseviéria, é uma
diretamente do caule, que grudam no suporte planta herbácea de origem africana. É popular
com bastante aderência. Muito utilizada em como planta de casa porque é tolerante a
fachadas verdes diretas, pois ela reveste níveis baixos de luz e irrigação irregular. Além
totalmente o muro. do seu uso ornamental, as espadas-de-são-
jorge são também conhecidas como plantas
de proteção contra o mau-olhado.

AULA 3 • PARTE 1

00:00 Jardim-lugar

Nesta parte da aula, a professora trabalha


LEITURAS INDICADAS possibilidades de organização de espaços
00:52 externos.
Livro: Fundamentos do Paisagismo
Percepção do espaço

A utilização de plantas pode auxiliar a criar


ambientes com maior amplitude – por
exemplo, quando se tem um muro, criar um
canteiro anterior a essa parede pode dar
essa sensação de ampliação. Além disso, a
utilização de mobiliários leves auxilia a dar a
sensação de espaço mais amplo.

Para terrenos pequenos, a utilização de


linhas diagonais também ajuda a ampliar os
espaços visualmente.

A obra de Tim Waterman fornece uma


introdução às premissas básicas do
paisagismo. Contendo inúmeras e belíssimas
ilustrações em cores, serve também como um
guia para as diferentes especializações dos

26
arquitetos paisagistas.
LEITURAS INDICADAS
01:02
Livro: Gardens are for people

LEITURAS INDICADAS
01:36
Livro: Lições de arquitetura

Este livro de Thomas Church é considerado


um clássico da arquitetura paisagística.
Contém a essência da filosofia de design do
autor e muitos conselhos práticos. A obra é
amplamente ilustrada por plantas do local
e fotografias de alguns dos 2.000 jardins
projetados durante o curso de sua carreira. O livro traz explicações com base na
experiência prática, ao mesmo tempo
oferecendo algo semelhante a uma teoria.
LEITURAS INDICADAS A obra de Herman Hertzberger tem
01:48 como objetivo estimular os estudantes,
Livro: New Brazilian Gardens despertando neles uma mentalidade
arquitetônica que os capacite a fazer seu
próprio trabalho.

Uma boa biblioteca faz parte


Apresentando mais de trinta novos jardins e 02:35
paisagens localizados em todo o país, o livro de um bom profissional.
de Roberto Silva oferece uma visão geral
da prática atual do paisagismo, a partir de
uma variedade de designers criativos que
trabalham com estilos variados e individuais,
mas que também reconhecem o gênio de
Burle Marx.

27
12:18 Jardim-lugar (continuação)
Resposta desta página: alternativa 1.

Proporção e escala

É importante perceber as proporções e


as escalas dos elementos, considerando
os elementos naturais em relação às
Quando vocês analisarem 19:00 edificações.
os espaços, nos projetos
referenciais, é importante tentar Caráter do espaço
fazer essa leitura: o porquê de
Refletir sobre o que o espaço quer
cada elemento que foi utilizado
naquele jardim. transmitir, quais os elementos que podem
trazer essa comunicação.

Criação de visuais e perspectivas

Pensar sobre o visual e a percepção que


as pessoas terão de dentro e de fora do
espaço.

Criação de oportunidades de apropriação

Possibilidade dos usuários se apropriarem


dos ambientes. Uma das formas mais
CURIOSIDADE simples de fazer isso é com a utilização de
29:52 assentos.
Donnell Garden

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
O Donnell Ranch Garden é considerado uma 40:00
das obras-primas do design paisagístico A tecnologia desenvolvida por Patrick
moderno. Foi construído em 1948 no Donnell Blanc para a construção de jardins
Ranch em Sonoma, Califórnia, pelo arquiteto verticais, a partir de estrutura metálica
paisagista Thomas Church. de suporte, placa de PVC e duas
camadas de feltro ou tecido geotêxtil,
com bolsos para plantio e enraizamento
das mudas, pode ser considerada uma:

Fachada verde contínua

Fachada verde direta

Fachada verde indireta

Cerca viva

28
AULA 3 • PARTE 3

00:33 Utilização do verde

Tem se tornado cada vez mais comum


a utilização de plantas nos interiores e
CURIOSIDADE
05:37 exteriores das casas. Elas podem ser
adicionadas em diversos cômodos. A partir
Brinco-de-princesa
dessa tendência, surge a expressão “urban
jungle”, a selva urbana. Esse conceito
trabalha a inclusão das plantas e elementos
que remetem a natureza, buscando um
resgate da conexão com o lugar, um grande
benefício para a saúde física e mental
das pessoas, a sensação de aconchego
e bem-estar. Porém, é importante
ressaltar que plantas são seres vivos. Por
isso, é necessário que o cliente tenha a
possibilidade de incluir o cuidado com as
O brinco-de-princesa é uma espécie híbrida plantas em sua rotina.
obtida a partir de espécies sul-americanas de
A professora chama a atenção para a
fúcsias, principalmente Fuchsia corymbiflora
necessidade de se utilizar plantas que sejam
Ruiz. & Pav., Fuchsia fulgens Moc. & Ses. e
nativas daquele local, pois essas irão se
Fuchsia magellanica Lam. Só na América do
desenvolver de melhor forma no jardim.
Sul existem mais de 200 espécies diferentes,
também conhecida ainda como fúcsia, agrado
e lágrima. Despontam praticamente o ano
12:34 Tipos de plantas em relação a água
todo e atraem beija-flores como polinizadores.
As plantas são divididas em três grupos,
conforme suas relações com a água:
CURIOSIDADE
13:35 Hidrófitas - vivem na água, parcialmente ou
Clúsia totalmente submersas.

Mesófitas - maioria das plantas terrestres,


não tolerantes à aridez nem a inundações.

Xerófitas - plantas terrestres, adaptadas a


condições de alta transpiração e escassez
de água, como cactos, suculentas. No Brasil,
as xerófitas são plantas da Caatinga e do
Cerrado.

A Clusia fluminensis é nativa do litoral de São


Paulo e Rio de Janeiro. Pode ter o porte de
arbusto ou arvoreta, podendo atingir 6 metros
de altura se não for podada. Sua folhagem
é bastante ornamental, apresentando folhas
rígidas e brilhantes em formato de gota. É
capaz de absorver gás carbônico durante
a noite, tendo assim uma fotossíntese mais
eficiente e uma grande proteção contra a
desidratação.

29
17:29 Benefícios das plantas

A professora Maria Alice apresenta algumas


pesquisas em relação a purificação do ar de
Quais as melhores plantas para
22:39 ambientes com plantas.
os ambientes?

Cada planta exige uma quantidade de luz, Em 1989, a NASA realizou um estudo sobre
de água e de ventilação para sobreviver. Por ambientes internos com pouca ou nenhuma
isso, é necessário conhecer as características ventilação natural ou ventilação mecânica,
de cada uma, quais podem ser empregadas com materiais sintéticos na construção,
em ambientes internos e externos, a mobiliário, equipamentos. Os usuários
quantidade de rega necessária, etc. Maria possuíam sintomas como coceira nos olhos,
Alice apresenta diversas espécies, separando erupções cutâneas, sonolência, congestão
em relação a possibilidade de aplicação nos respiratória e sinusal, dores de cabeça e
ambientes. alergias. Em 2015, a NASA publicou a lista
das plantas que são mais bem-sucedidas na
Plantas para ambientes interiores purificação do ar:
iluminados, alpendres, varandas, pilotis
(meia-sombra): Phoenix robelenii - fênix

Dracaena fragans – pau-d’água Nephrolepis obliterata - samambaia


Zamioculcas zamiifolia – zamioculca
Nephrolepis exaltata – samambaia-
Alocasia x amazônica – punhal-malaio americana
Polyscias fruticosa – árvore-da-felicidade
(fêmea) (1) Chlorophytum comosum - clorofito

Polyscias guilfoylei – árvore-da-fortuna Aglaonema modestum - aglaonema


(macho) (2)
Philodendron martianum – pacová Chamaedorea seifritzii – camedórea-bambu

Ficus lyrata – ficus-lirata Ficus benjamina - ficus


Philodendron bipinnatifidum – filodendro
Epipremnum aureum - jibóia
Raphis excelsea – ráfis
Anthurium andraeanum - antúrio
Pleomele reflexa – pleomele
Sansevieiria trifasciata – espada-de-são-jorge Liriope spicata – barba-de-serpente
Sansevieiria stuckyi – lança-de-são-jorge Raphis excelsa - ráfis
Plantas para canteiros, sacadas, floreiras e Gerbera jamesonii - gérbera
terraços (pleno sol):
Dracaena fragrans ‘Massangeana’ – pau-
Pandanus utilis – pândano
d’água
Dasylirion acrotrichum – Dasilírio
Agave sp. – Agave Hedera Helix - hera

Cycas revoluta – Cica Sansevieria trifasciata ‘Laurentii’ - espada-


Phormium tenax – Fórmio de-são-jorge
Strelitzia reginae – ave-do-paraíso Dracaena marginata - dracena
Pennisetum setaceum – capim-do-texas
Spathiphyllum ‘Mauna Loa’ - lírio-da-paz
Calathea zebrina – babosa-de-árvore
Eugenia mattosii – mini-pitangueira Chrysanthemum morifolium – crisântemo

Chlorophytum comosum – clorofito


Dianella ensifolia – dianela
Arachis repens – grama-amendoim
região.

30
Quais as melhores plantas para
45:05
os ambientes? (continuação)

Plantas utilizadas em jardins verticais:


Nephrolepis sp. – samambaia
Platycerium bifurcatum – chifre-de-veado
42:50 Se a gente faz uma composição
Epipremnum pinnatum – jibóia
de plantas adequada, a gente
Peperomia obtusifolia – peperômia vai ter um efeito bonito, as
Tradescantia spathacea – abacaxi-roxo plantas vão vegetar bem. A
Thunbergia grandiflora – tumbergia gente tem que conhecer e
explorar intenções em relação a
Russelia sp. – russelia
vegetação.
Ripsalis sp. – ripsalis
Suculentas

A professora destaca, por fim, que sempre


que se for especificar uma planta para 01:03:25 O fundamental é que a gente
um projeto, é necessário utilizar o nome consiga criar soluções que
científico da espécie, tendo em vista que
façam sentidos para os seres e
o nome popular varia de acordo com cada
para o ambiente.
região.

AULA 3 • PARTE 4

00:00 Plantas em ambientes internos

A professora aborda critérios na


especificação de vegetação e recipientes:

Compatibilidade entre o conjunto


planta+vaso e o uso do espaço em que
É bom para as plantas estarem 20:37 será inserido: É necessário pensar no que
agrupadas, elas vegetam melhor as plantas necessitam – luminosidade
quando estão em conjuntos. e ventilação – e a proporção da planta
Elas criam uma espécie de em relação ao vaso, e desse conjunto
microclima e uma supre as em relação ao ambiente. Além disso, é
carências da outra. necessário considerar as especificações
de vasos e recipientes: estabilidade do
conjunto vaso + planta; forma e dimensões;
adequadas ao desenvolvimento da planta;
proporções adequadas ao ambiente;
características do design coerente com
a concepção do ambiente; robustez
e resistência do material adequados
à situação (exposição a riscos); peso
adequado à situação (capacidade de carga/
necessidade de movimentação); custo
viável.

31
22:27 Plantas em ambientes internos

Uma questão importante de se considerar


é o material do vaso. Maria Alice menciona
alguns e suas características:

Cerâmica/terracota (barro): aspecto


tradicional e/ou natural; peso dificulta a
movimentação; fragilidade exige cuidados
na movimentação; porosidade – troca de
umidade | aeração | resfriamento.

Plástico: design arrojado; tecnologias de


irrigação; manutenção da temperatura do
substrato; leveza facilita a movimentação.

Cimento/concreto: design diversificado;


concreto comum é muito pesado, concreto
leve tem redução de cerca de 30% do peso.

Metal/aço corten: produzido sob


encomenda; adaptação às necessidades do
projeto.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO Metal/aço inox: cachepôs, geralmente de


20:00 forma cilíndrica.
São consideradas plantas adequadas
Madeira: cachepôs rústicos; aspecto natural;
para o uso em ambientes internos
(de meia-sombra), exceto: design biofílico.

Pau d’água

Pacová

Agave

Zamioculca
Resposta desta página: alternativa 3.

32
Resumo da disciplina
Veja nesta página, um resumo dos principais conceitos vistos ao longo da disciplina.

AULA 1

O paisagismo consegue criar cenários


diferenciados para diferentes tipos de
projetos.
É importante considerar que a
vegetação é um ser vivo.

Pense a vegetação como um objeto


arquitetônico e você vai estar
fazendo paisagismo.

AULA 2

A comunhão das áreas internas com


as áreas externas traz para a obra
arquitetônica um caráter unitário.

Nós temos que ter a comunhão contínua


com a natureza, isso que vai nos dar paz
e tranquilidade.

O design biofílico tem um caráter


importantíssimo de criar fluência entre os
espaços internos e os espaços externos.

AULA 3

Devemos buscar sempre ser um


bom exemplo no que tange a essa
relação entre homem e natureza.

O fundamental é que a gente consiga


criar soluções que façam sentidos para
os seres e para o ambiente.

As plantas vegetam melhor quando


estão em conjuntos.

33
Avaliação
Veja as instruções para realizar a avaliação da disciplina.

Já está disponível o teste online da disciplina. O prazo para realização


é de dois meses a partir da data de lançamento das aulas. ​

Lembre-se que cada disciplina possui uma avaliação online.


A nota mínima para aprovação é 6. ​

Fique tranquilo! Caso você perca o prazo do teste online, ficará aberto
o teste de recuperação, que pode ser realizado até o final do seu curso.
A única diferença é que a nota máxima atribuída na recuperação é 8. ​
Pós-Graduação em
Design de Interiores, Decoração e Ambientação

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