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ATIVIDADE PRÁTICA
Nome e sobrenome(s): Dias Zacarias Tembe
Usuário: MZSNMNBA167346
Data: 27 de Maio de 2023
CASO TEÓRICO
Por favor, leia o artigo editorial Artificial Sweeteners, Real Risks para ter uma ideia mais
geral dos danos potenciais à saúde que estes podem causar. Com base nisso e
procurando por informações adicionais de qualidade, responda as seguintes perguntas:
Resposta
A busca por alternativas para a substituição do açúcar (sacarose, frutose e glicose) para
atender a diferentes necessidades consolidou o uso de edulcorantes (adoçantes) nas
formulações alimentares a partir dos anos 1980(1), e o consumo de alimentos e bebidas
contendo essas substâncias tem sido associado a problemas de saúde em determinadas
populações.
Justificativa:
O ciclamato de sódio é um adoçante artificial acalórico que é uma sacarina sódica
que aumenta a pressão arterial por conter sódio em sua composição.
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O aumento do ganho de peso com adoçantes poderia ser explicado pela alteração da
microbiota intestinal e pela não redução da ingestão de alimentos ricos em açúcar
(ex: xarope de milho quando consumido em excesso), que favoreceria ganho de
peso, obesidade e maior risco de desenvolver diabetes, doenças estas que senão
forem controladas podem levar a morte.
A OMS alerta para possíveis efeitos indesejados do uso prolongado de adoçantes,
como maior risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e
certos tipos de câncer em adultos, mas não aponta que adoçantes
artificiais devam ser substituídos por açúcares. (Fonte:
https://www.who.int.publications/i/item/ )
Os adoçantes acalóricos como o xilitol, manitol, eritritol, sorbitol e maltitol não são
consumidos pelo intestino, podendo causar diarreia e flatulência, daí que seu uso
deve ser evitado, mas também ajudam na meda de peso.
Sendo possivelmente o mais nocivo adoçante sintético, o aspartame é também um
dos mais consumidos, principalmente por estar presente em muitos alimentos “diet”.
Ao chegar ao sistema digestivo, este adoçante libera dois aminoácidos, o ácido
aspártico e a fenilalanina, que é especialmente nociva a portadores de fenilcetonúria,
condição genética que prejudica a absorção desse aminiácido. O acúmulo dessa
substância está relacionada a doenças neurológicas, enquanto o consumo excessivo
de aspartame pode causar náuseas, cefaleia e déficit de atenção.
(fonte:https://gastrica.com.br/adocçantes-artificiais/perigosos)
Justificativa:
Apesar de haver um relativo grau de segurança na utilização dessas substâncias, o
consumo de alimentos e bebidas contendo edulcorantes vem sendo associado a
alguns problemas de saúde, como as doenças crónicas não transmissíveis (DCNT),
em determinadas populações. Por exemplo, em mulheres grávidas o consumo diário
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de refrigerantes adoçados artificialmente pode estar associado ao parto prematuro e
diagnóstico de asma em seus filhos de até 7 anos de idade(2).
A1) Composição:
Tem zero calorias e é 100 a 250 vezes mais doce que o açúcar;
Tem zero carbohidratos líquidos;
Contém açúcares naturais, principalmente frutose e glicose que não são
responsáveis pela doçura.
A2) Qualidades:
Tem propriedades antioxidantes e inflamatórias;(3)
Os adoçantes de fruta do monge são estáveis em altas temperaturas, por essa
razão podem ser usados em produtos assados;
Não elevam os níveis de açúcar no sangue em humanos (Tey 2017a, Tey
2017b).
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Gestantes e mulheres em fase de amamentação podem consumir adoçantes de
fruta de monge, uma vez que, embora nenhuma pesquisa publicada tenha
examinado possíveis efeitos dos adoçantes de fruta do monge em mulheres
grávidas e lactantes, vários estudos em animais não demonstraram efeitos
adversos reprodutivos na mãe ou no desenvolvimento de seus filhos, mesmo
quando os animais foram expostos a níveis muito altos de mogrosídeos
diariamente por longos períodos de tempo (Yang 2015, FSANZ 2018).
b) Açúcar de coco
Açúcar de palma, também chamado comumente de açúcar de coco, é um adoçante
derivado a partir de uma variedade qualquer de palmeira. Cada tipo origina-se de uma
fonte diversa e apresenta uma composição química ligeiramente diferente. Apesar disto,
são processados da mesma forma e têm aplicações similares.
B1) Composição:
Possui tantas calorias quanto o açúcar refinado;
Contém vitaminas (B1, B2, B3 e B6) e minerais como o cálcio, ferro, fósforo,
sódio, potássio, magnésio e zinco(4);
Contém insulina, fibra que além de reduzir a glicose ainda auxilia na flora
intestinal;
B2) Qualidades:
O açúcar de coco é considerado mais saudável que o açúcar branco, já que tem
um índice glicêmico mais baixo e uma composição mais nutritiva, mas deve ser
consumido com moderação, devido à elevada quantidade de carbohidratos que
tem na sua composição, sendo um alimento de alto valor calórico(5);
Como é um adoçante natural, pode ser usado em qualquer receita, servindo
como um ótimo substituto ao açúcar refinado;
É um dos adoçantes mais saudáveis e uma das melhores alternativas ao açúcar
branco e adoçantes artificiais(6);
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c) Stevia
A stevia é um adoçante natural obtido da planta Stevia Rebaudiana Bertoni que pode ser
utilizado para substituir o açúcar em sucos, chás, bolos e outros doces, assim como em
diversos produtos industrializados, como refrigerantes, sucos processados, chocolates e
gelatinas(7).
C1) Composição
Não contém calorias;
É composta por inúmeros antioxidantes e é rica em cálcio, glicosídeos, zinco,
sódio, flúor, magnésio, ácidos ascórbico e vitaminas do complexo B;
Quimicamete, este adoçante é composto por: b-amirina acetato, anetol, apigenina-
4-O-b-D-glucosídeo, austroinulina e seus derivados 6 e 7 acetilados (Sbibata et.
Al 1995). O extrato das folhas contém 81% de esteviosídeo, 17,7% de
rebaudiosídeo e 0,6% de rebauduosídeo C.
C2) Qualidades
Tem poder adoçante de 200 a0 300 vezes mais que o açúcar comum e possui
um sabor amargo, podendo alterar levemente o sabor das comidas.
Pode ajudara a regular o apetite e reduzir a fome, podendo ser benéfico para
pessoas com excesso de peso;
Pode ajudar a controlar e reduzir os níveis de açúcar no sangue, podendo ser
benéfico para pessoas diabéticas;
Pode ajudar a aumentar o colesterol HDL, diminuindo o risco de problemas
cardiovasculares;
Pode ser utilizado na comida cozida ou assada no forno, já que se mantém
estável em temperaturas até 200ºC.
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De modo geral, o uso de stevia é considerado seguro para a saúde, mas em
alguns casos podem ocorrer efeitos colaterais como náuseas, dor e fraqueza
muscular, inchaço abdominal e alergia.
Pessoas com diabetes, hipertensão ou problemas renais, crianças e mulheres
grávidas, o seu uso deve ser orientado pelo médico ou nutricionista.
É importante não consumir mais do que a dose diária considerada segura, já que
alguns estudos realizados com ratos indicam que o consumo de mais de 6,700
mg/kg por dia poderia causar problemas de fertilidade.
Ajuda a reduzir os níveis de glicose no sangue, sendo indicada para diabéticos(7).
d) Glicirrizina
A glicirrizina (ou ácido glicirrízico ou ácido glicirrízico) é o principal constituinte de sabor
adocicado da raiz de Glycyrrhiza glabra (alcaçuz), também conhecido como glicosídio
doce que se encontra no alacaçuz sob a forma de sais de potássio, cálcio e magnésio
solúveis em água.
Estruturalmente, é uma saponina utilizada como emulsificante e gelificante em alimentos
e cosméticos, que apresenta um importante poder edulcorante.
D1) Composição
D2) Qualidades
É 50 vezes mais doce do que o açúcar, mas deixa um sabor na boca
Inibe as deshidrogenases de 11-Beta-Hidroxisteróide e outras enzimas
envolvidas no metabolismo de corticoteróides.
Glicirrizina modula certas enzimas envolvidas na inflamação, protegendo assim os
danos induzidos pela inflamação e oxigénio reativo (ROS).
A Glicirrizina também pode suprimir o crescimento de células tumorais suscetíveis.
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Empregado como veículo para uso oral, tem demonstrado inibir o
desenvolvimento de bactérias e a formação de placas nos dentes. Também
demonstrou possuir atividade anti-inflamatória, antitussígena e expectorante;
Diminui as contrações intestinais, por isso é associado com purgativos drásticos.
Suas indicações mais recentes compreende o tratamento das úlceras
gastrointestinais e da doença de Addison;
Por via externa é usado em abcessos, estomatites e flebites;
Não deve ser utilizado por pacientes com hipertensão arterial e diabéticos tipo II,
insuficiência renal, hiperestrogenismo e neoplasias hormônio-dependentes;
Não é indicado na gravidez devido à presença de substâncias estrogênicas.
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carcinogenicidade do ciclamato e da avaliação de dados adicionais, os
cientistas concluíram que o ciclamato não era um agente cancerígeno"
(NCI 2009). Apesar de um pedido de reaprovação ter sido enviado para a
FDA dos EUA, outros adoçantes de baixa e sem calorias tornaram-se
disponíveis e devido à sua popularidade, a reaprovação do ciclamato não
está sendo ativamente buscada.
4. O objetivo é produzir biscoitos que tenham um baixo efeito sobre os níveis de glicose
no sangue e não promovam a formação de cárie dentária.
Que edulcorante(s) você sugeriria para sua preparação? Explique porquê e indique se
há alguma consideração importante a ser levada em conta em seu uso.
Resposta:
Para a preparação de biscoitos que tenham um baixo efeito sobre os níveis de glicose no
sangue e não provoquem a formação da cárie dentária são a glirizina, monelina,
taumatina, miraculina, alitame, aspartame, ciclamato, sacarina, neosferdina porque estes
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adoçantes não são metabolizados pelos microorganismos orais, e assim não causam
cárie dentária (10).
Referências
1. Roque, VS. Utilização de adoçantes e edulcorantes na elaboração de flans para
diabéticos e obesos. Monografia (Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia
de
Alimentos) – Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais, 2000.
2. Bernardo WM, Simões RS, Buzzini RF, Nunes VM, Glina FPA. Adverse effects of the
consumption of artificial sweeteners - Systematic review. Rev Assoc Med Bras.
2016;62(2):120–2.
3. Di, R., Huang, M. T., & Ho, C. T. (2011). Anti-inflammatory activities of mogrosides from
Momordica grosvenori in murine macrophages and a murine ear edema model. Journal of
agricultural and food chemistry, 59(13), 7474–7481. https://doi.org/10.1021/jf201207m.
4. Hebbar, K.B.; Arivalagan, M.; Pavithra, K.C.; Roy, T.K.; Gopal, M.; Shivashankara, K.S.;
Chowdappa, P. Nutritional Profifiling of Coconut (Cocos nucifera L.) Inflorescence Sap
Collected Using Novel Coco-Sap Chiller Method and Its Value Added Products. J. Food
Meas. Charact. 2020, 14, 2703–2712.
5. Trinidad TP, Mallillin AC, Sagum RS, & Encabo RR. Glycemic index of commonly
consumed carbohydrate foods in the Philippines. J. Funct. Foods 2010; 2:271–274.
6. HEALTHLINE. Coconut Sugar - A Healthy Sugar Alternative or a Big, Fat Lie?.
Disponível em: <https://www.healthline.com/nutrition/coconut-sugar>.
7. Elkins, R. 1997. Stevia. Natures Sweetener. New York: Woodland Publication
8. U.S FOOD & DRUG ADMINISTRATION (FDA). Has Stevia been approved by FDA to
be used as a sweetener?. Disponível em: <https://www.fda.gov/about-fda/fda-basics/has-
stevia-been-approved-fda-be-used-sweetener>.
9. Ahn, S.J. , Song, Y.D. , Mah, S.J. , Cho, E.J. , & Kook, J.K. (2014). Determination of
optimal concentration of deglycyrrhizinated licorice root extract for preventing dental
caries using a bacterial model system.
10. Fejerskov O, Kidd E. Cárie dentária A doença e seu tratamento clínico. 2.ed. São
Paulo: Santos Editora; 2013.
11. DIAS, A.C.G; RASLAN, S.; SCHERMA, A.P. Aspectos nutricionais relacionados à
prevenção de cáries na infância. ClipeOdonto, 3(1): 37-44; 2011