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RIO BRANCO - AC
2023
FRANCISCO DE ASSIS FERREIRA DA SILVA
RIO BRANCO - AC
2023
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
Dados do Estagiário
Nome: Francisco de Assis Ferreira da Silva
Número de Matricula: 20200110040
Curso e Período: Engenharia Agronômica, 6° Período
Período de Estágio
Início: 30/11/2022 Término: 10.03.2023
Jornadas de trabalho: 10 h semanais.
Total de horas: 90 h
RIO BRANCO - AC
2023
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE
INSTRUMENTO DE APRESENTAÇÃO
RIO BRANCO - AC
2023
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 5
2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA/ORGÃO .................................................................... 5
3 PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS (PANCS) ................................. 5
3.1 PLANTAS AROMÁTICAS E MEDICINAIS ..................................................................... 6
3.2 PLANTAS ORNAMENTAIS .............................................................................................. 7
4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS..................................................................................... 8
4.1 DA DISPOSIÇÃO DO ESPAÇO A IMPLANTAÇÃO DE CANTEIROS ......................... 8
1 INTRODUÇÃO
2 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA/ORGÃO
As plantas alimentícias não convencionais são excelentes alternativas para atender aos
critérios de sustentabilidade, produtividade e qualidade nutricional, além de colaborar para a
diversidade de alimentos de origem vegetal.
Segundo Sartori et al. (2020), as PANC são caracterizadas por espécies comestíveis
nativas, exóticas ou naturalizadas, espontâneas ou subespontâneas. As subespontâneas são
consideradas infestantes ou daninhas e, muitas vezes, são descartadas. O termo PANC foi criado
pelo biólogo e pesquisador Valdely Ferreira Kinupp, define como um grupo de plantas de
espécies nativas ou exóticas, que possuem uma ou mais partes comestíveis e não estão incluídas
na dieta tradicional (KELEN et al., 2015; KINUPP; LORENZI, 2014), mas apresentam grande
potencial alimentício e nutricional. São espécies cultivadas por agricultores e povos
tradicionais, e o consumo não costuma ultrapassar o da própria família, sendo os conhecimentos
de cultivo passado de geração para geração.
Na natureza podemos encontrar uma riqueza de plantas comestíveis. Estima-se que há
aproximadamente 30.000 espécies com potencial alimentício. (KINUPP; LORENZI, 2014)
Diversas espécies de PANC podem exercer efeitos fisiológicos benéficos, no que diz respeito
ao trato digestivo, pois atuam sobre a microbiota intestinal, que tem papel fundamental na saúde
e no equilíbrio do intestino. (PASCHOAL; SOUZA, 2015). Além disso,
possuem grande potencial nutricional, sendo ricas em proteínas, vitaminas, minerais,
antioxidantes que previne doenças e o envelhecimento, além do seu baixo custo de produção
por serem plantas resistentes as condições ambientais adversas. Algumas pesquisas, mostram
que as PANC se mostram mais ricas em nutrientes que algumas hortaliças normalmente
consumidas.
Plantas aromáticas são espécies vegetais, os quais são constituídos por princípios ativos
totais ou parcialmente por essências devido ao seu aroma capaz de sensibilizar o olfato de forma
agradável (CORREA et al., 2014). Silva et al. (2018) descreve que as plantas aromáticas são
consideradas de usos múltiplos por serem utilizadas para vários fins terapêuticos, além de ser
utilizada como inseticidas, repelentes e adubos verdes. Outros benefícios podem ser
encontrados nessas plantas, dentre eles as propriedades medicinais. Algumas espécies possuem
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Uma das experiências adquiridas durante o estágio foi uma mudança de percepção
quanto ao consumo de outras espécies de plantas comestíveis além das convencionais, houve
uma ampliação no entendimento sobre as utilidades dessas plantas para diversas finalidades. O
incentivo na produção de PANCs é de grande importância para que mais pessoas possam aderir
a utilização das plantas comestíveis não convencionais como uma alternativa nutricional,
medicinal ou ornamental.
A principal ideia é abranger as possibilidades de plantas consumíveis, variando o
consumo de vegetais e, ampliar a gama de nutrientes que o corpo necessita. Assim como o
direcionamento de pesquisas que explorem o potencial dessas plantas em benefício da
sociedade.
Portando, visto a importância econômica e cultural das PANCs, é importante manejar
corretamente essas plantas e conhecer suas utilidades, contribuindo para que elas não
desapareçam, incentivando ainda a agricultura familiar, a agrobiodiversidade, a promoção da
segurança alimentar e nutricional e a garantia do direito humano a uma alimentação sadia.
4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
Cada espécie possui uma época mais favorável do ano para a produção de estacas, o
clima exerce influência sobre uma maior eficiência no enraizamento (FRANZON, 2010). As
propagações mais utilizadas na unidade experimental foram por meio de estacas lenhosas e
estacas semilhenosas. Segundo Franzon (2011), as extrações de estacas por meio das partes
basais da planta proporcionam um melhor desenvolvimento de raízes pelo maior acúmulo de
nutrientes de reserva. As estacas semilenhosas demonstram maior rendimento quando retiradas
das partes mais apicais das plantas.
Como critério de coleta, estabeleceu-se que todas as estacas deveriam ter pelo menos
três gemas viáveis e um par de folhas, sendo as folhas cortadas na transversal para reduzir a
perda de água da estaca. Geralmente, todos os processos desde a coleta das estacas ao plantio
em substrato comercial e irrigação eram realizados pela manhã. Franzon (2010) destaca que é
importante as células se manterem turgidas para que a divisão celular não seja interferida, sendo
as temperaturas mais ideais pela manhã.
Algumas das espécies propagadas por estaquia foram a Ora-pro-nóbis da família
Cactaceae, planta perene de hábito apoiante, com folhas suculentas e espinhos nos ramos. As
flores são de tamanho médio, brancas ou amareladas. Come-se as folhas, frutos e flores,
podendo ser usadas em saladas, refogafos, sucos. E também a erva-cidreira (Melissa officinalis),
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da família Labiatae, muito utilizada para chás e a Lippia dulcis, utilizada para fabricação de
adoçantes.
Tratos culturais são técnicas necessárias para manter o solo como meio adequado a
cultura e a planta em boas condições. Com o objetivo de melhorar o desenvolvimento, visando
uma maior produtividade.
Uma das etapas mais importantes para introdução de uma cultivar é o preparo da área,
em função, principalmente da presença de plantas invasoras no terreno (que vão competir ou
até mesmo matar as mudas das espécies introduzidas). Por isso há grande necessidade de
realização de um controle dessas plantas, periodicamente.
Utilizando-se de ferramentas como facão, foice e enxada, realizou-se uma capina
manual da área escolhida para o plantio das cultivares, com o objetivo de eliminar plantas
daninhas e remover obstáculos do terreno.
Durante o estabelecimento dos canteiros o revolvimento do solo é importante para o
melhor enraizamento das mudas, que possuem o sistema radicular ainda pouco desenvolvido e
incapaz de adentrar em um solo compactado.
A construção de valetas de divisão entre os canteiros tem como objetivo favorecer o
escoamento da água e evitar o empoçamento, que favorece o aparecimento de fungos que
causam o apodrecimento do sistema radicular das plantas.
A disponibilidade de nutrientes no solo pode variar de cultura para cultura, no geral,
uma análise do solo é feita para que as correções de solo sejam orientadas de acordo com a
necessidade das plantas.
A adesão a um sistema de irrigação que atenda às necessidades hídricas das plantas com
água de boa qualidade é indispensável, na unidade experimental, essa irrigação é feita por
microaspersão, sendo a água captada e filtrada de um lago localizado no próprio campus
universitário.
O sistema de irrigação fornece água para todos as áreas utilizadas para cultivo de plantas
na unidade experimental. Apesar da água ser previamente filtrada, o manejo do sistema deve
ser revisado periodicamente, pois alguns resíduos podem ocasionar a obstrução dos canais de
saída dos aspersores, provocando perda de vazão e redução da eficiência do sistema.
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5. COMENTÁRIOS E CONCLUSÃO
A importância das plantas comestíveis não convencionais vem sendo cada vez mais
consolidada devido suas diversas utilidades e baixo custo de implantação. O manejo adequado
dessas plantas é essencial para que se tenha um bom rendimento, e consequentemente, melhor
conversão em lucros para o produtor. Sendo assim, a importância de um estágio que possibilite
o profissional da área contato cotidiano e manejo periódico, é fundamental para sua formação.
Pois, cabe ao agrônomo uma visão crítica de analisar problemas e propor soluções que
incorporem sustentabilidade e eficiência produtiva para o pequeno e grande produtor.
A realização do estágio foi de grande contribuição para minha formação, pois pude estar
imerso no contexto da produção de plantas alimentícias não convencionais no Acre,
desempenhando papel de protagonista nas atividades previstas em cronograma, com adequada
orientação pude aplicar conhecimentos da vida acadêmica que auxiliaram no desempenho das
atividades.
Alguns deles são: Classificação, Uso e Conservação do Solo, junto a Mecanização
Agrícola e Química e fertilidade do solo quando se tratava de atividades relacionadas a preparo
do solo para cultivo e nutrição de plantas. Biologia do solo forneceu embasamento necessário
quanto a necessidade de se preservar a biota do solo, por meio principalmente de cobertura do
solo com palhada e utilização de técnicas sustentáveis como a compostagem de resíduos
orgânicos, que possibilita adubação verde. A Hidráulica e irrigação auxiliaram na busca por
soluções para a resolução de problemas hídricos referentes ao manejo de irrigação. Fisiologia
Vegetal desempenhou papel relevante durante o monitoramento diário das plantas,
principalmente no estado inicial das mudas produzidas por estacas.
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ANEXOS
Figura 8 - Limpeza das raízes para avaliação da massa fresca e massa seca.
REFERÊNCIAS
RAMOS, L. M. P.; SOUZA, G. O. Uma revisão integrativa sobre o uso de plantas aromáticas
encontradas na Amazônia na promoção da fitoterapia. Research, Society and Development,
v. 10, p. 14. 2021.
SOUZA, B.; SANTOS, T. Isolamento de fungos endofíticos das folhas da planta medicinal
corama (Kalanchoe pinnata LAM.). Jornada Acadêmica. ISSN: 2674-6670. 2 p. Pará:
UFOPA, 2023.