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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DO


MARANHÃO BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

ALANA STEPHANNY DE SOUSA OLIVEIRA

PROJETO DE ESCOLA FUNDAMENTAL I, COM APLICAÇÕES DE


ESTRATÉGIAS SUSTENTÁVEIS ALINHADAS AO BIOCLIMA DE CAXIAS-MA

CAXIAS - MA
2020
0

ALANA STEPHANNY DE SOUSA OLIVEIRA

PROJETO DE ESCOLA FUNDAMENTAL I, COM APLICAÇÕES DE


ESTRATÉGIAS SUSTENTÁVEIS ALINHADAS AO BIOCLIMA DE CAXIAS-MA

Projeto de pesquisa apresentado a disciplina de


Trabalho de Conclusão de Curso II (TCC II) do
curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro
Universitário de Ciências e Tecnologia do Maranhão
- UNIFACEMA, como requisito parcial para
obtenção de nota na disciplina TCC II.

Orientador: Prof. Esp. Lucivânia Policarpo

CAXIAS - MA
2020
0

O48p

Oliveira, Alana Stephanny de Sousa.


Projeto de escola fundamental I, com aplicações de estratégias
sustentáveis alinhadas ao bioclima de Caxias-MA / Alana Stephanny
de Sousa Oliveira. – Caxias: UniFacema, 2020.

66 p.

Contém bibliografia.

Orientação: Profª. Esp. Lucivânia Policarpo.


Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Bacharelado
em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Ciências e
Tecnologia do Maranhão - UniFacema, 2020.

1. Arquitetura escolar. 2. Arquitetura - Projetos e plantas. 3. Arquitetura


sustentável. 4. Ensino fundamental. I. Título.
CDD: 727
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ALANA STEPHANNY DE SOUSA OLIVEIRA

PROJETO DE ESCOLA FUNDAMENTAL I, COM APLICAÇÕES DE


ESTRATÉGIAS SUSTENTÁVEIS ALINHADAS AO BIOCLIMA DE CAXIAS-MA

Trabalho monográfico apresentado como Monografia de Final de Curso, à Coordenação do


Curso Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Ciências e Tecnologia do
Maranhão
- UniFacema, a ser submetida à Banca Examinadora, como requisito parcial à obtenção do grau
de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

DATA DE APROVAÇÃO: 08 de julho de 2020

BANCA EXAMINADORA
Prof. Esp. Francisca Lucivânia Policarpo
Albuquerque - Centro Universitário de Ciências e
Tecnologia do Maranhão - UniFacema
Profª. Esp. Aline Luzia Rabêlo Guimarães - Centro
Universitário de Ciências e Tecnologia do Maranhão –
UniFacema
Profª. M. Sc. Walber Alves Freitas - Centro
Universitário de Ciências e Tecnologia do Maranhão -
UniFacema
4

RESUMO
O projeto consiste no estudo e desenvolvimento de uma escola pública de ensino fundamental
I, como um espaço que proporcione interação de usuário e elementos naturais, também
concedendo inserção do aluno na educação, cultura e esporte, contemplado no programa de
necessidades, visto, a partir de estudos e referências, que a deficiência de espaços para exercer
atividades, interfere diretamente no processo de aprendizagem, visando, também, aplicar
estratégias condizentes ao bioclima presente na região, proporcionando melhor eficiência
energética. A implantação do projeto se dá na zona sul da cidade de Caxias - MA, uma vez
que foi percebido a carência deste nível de escolaridade na área. Para o desenvolvimento desta
proposta baseou-se nos preceitos de Arquitetura Escolar: o projeto do ambiente de ensino, de
Doris Kowaltowski e diretrizes e bases da educação nacional, a fim de criar um ambiente que
auxiliasse o processo ensino-aprendizado de forma segura e confortável, ademais, fortalecer o
relacionamento entre sociedade e escola. O empreendimento proposto é setorizado em quatro
áreas diferentes – administrativo, serviço, esportivo e pedagógico alinhado à vivência -, a
proposta é criada a partir da inspiração das primeiras escolas, onde tinha-se planta em forma
de “U” e salas modulares, formando um espaço interno livre, destinado a recreação, o que
potencializa a convivência e acolhimento, tendo a arquitetura como parte integrante do
processo educacional.

PALAVRAS-CHAVE: Arquitetura escolar, ensino fundamental, clima local, interação,


modulação.
4

ABSTRACT
The project consists of studying and developing a public elementary school I, as a space that
provides interaction between users and natural elements, also grants the insertion of students
in education, culture and sport, contemplated in the program of practices, seen, from of
studies and references, which hinder spaces to exercise activities, directly interfere in the
learning process, in addition to applying the conditions of bioclimatic use present in the
region, and better economic efficiency. The implementation of the project takes place in the
south zone of the city of Caxias - MA, since it was noticed the lack of this level of education
in the area. For the development of this proposal based on the precepts of School
Architecture: the teaching environment project, by Doris Kowaltowski and national education
guidelines and bases, in order to create an environment that helps the teaching process in a
safe and comfortable way, in addition, strengthen the relationship between society and school.
The implemented enterprise is divided in four different areas - administrative, service, sports
and pedagogical aligned with the experience - a proposal created from the inspiration of
primary schools, where there was a U-shaped plan and modular rooms, forming a space free
internal space, intended for recreation, or enhanced for living and welcoming, with
architecture as an integral part of the educational process.

KEY WORDS: School architecture, elementary education, local climate,


interaction, modulation.
6

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

AQUA Alta Qualidade Ambiental


AsBEA Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura
FDE Fundação para o Desenvolvimento da Educação
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDBE Índice de Desenvolvimento da Educação
LDB Básica Lei de Diretrizes e Bases da Educação
LED Nacional Light Emitting Diode
MEC Ministério da Educação e Cultura
ONU Organização das Nações Unidas
PCD Pessoa com deficiência
PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
RIBA Royal Institute of British Architects
SAAE Serviço Autônomo de Água e Esgoto
UBS Unidade Básica e Saúde
UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
6

LEGENDA DE FIGURAS

FIGURA 1 – Taxa de escolarização de 15


Caxias FIGURA 2 – IDBE fundamental I 15
FIGURA 3 – Zonas e escolas – Caxias/MA 16
FIGURA 4 – Raio de influência das escolas na zona 17
FIGURA 5 – Planta Baixa do Grupo Escolar Nivaldo Braga 26
FIGURA 6 – Grupo Escolar Nivaldo Braga 26
FIGURA 7 – Edifício (Máx. 3 pavimentos) junto a espaços verdes 29
FIGURA 8 – Espaço ao ar livre 29
FIGURA 9 – Pavimento térreo e superior, respectivamente 30
FIGURA 10 – Rede de madeira 30
FIGURA 11 – Janelas em sequência, protegidas por brises 31
FIGURA 12 – Quadra poliesportiva da Escola Ilha da Juventude 32
FIGURA 13 – Edificação com árvores em seu entorno 33
FIGURA 14 – Entorno da escola, com bicicletário e árvores 34
FIGURA 15 – Colégio Fazer Crescer, Recife – PE 35
FIGURA 16 – Placas fotovoltaicas instaladas no teto do colégio 35
FIGURA 17 – Brises 35
FIGURA 18 – Terreno escolhido. 50
FIGURA 19 – Classificação das vias no entorno 54
FIGURA 20 – Uso e ocupação no entorno do terreno 52
FIGURA 21 – Horário nascente/poente; direção/velocidade dos ventos 52
FIGURA 22 – Orientação solar e direção dos ventos 53
FIGURA 23 – Análise topográfica do terreno 54
FIGURA 24 – Setorização 54
FIGURA 25 – Acessos gerais 55
FIGURA 26 – Vegetação 55
FIGURA 27 – Fachada Frontal 55
FIGURA 28 – Fachada Lateral Sul – Com e sem Vegetação 56
FIGURA 29 – Vista Paralela 56
FIGURA 30 – Auditório 57
FIGURA 31 – Área de convivência 57
6

FIGURA 32 – Área coberta do espaço de convivência 58


FIGURA 33 – Fachada Frontal – Setor Esportivo 58
FIGURA 34 – Vista interna da quadra poliesportiva 59
FIGURA 35 – Vista Lateral – Setor Esportivo 59
FIGURA 36 – Vista interna – Biblioteca 60
FIGURA 37 – Vista interna 2 - Biblioteca 60
FIGURA 38 – Vista interna – sala de estudos individuais 61
FIGURA 39 – Vista interna – sala de estudos em grupo 61
6

LEGENDA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – Organograma 44
GRÁFICO 2 – Fluxograma Setor Administrativo 44
GRÁFICO 3 – Fluxograma Setor de Serviço 45
GRÁFICO 4 – Fluxograma Setor Pedagógico 45
GRÁFICO 5 – Fluxograma Setor Esportivo 45
1

LEGENDA DE TABELAS

TABELA 1 – Densidade populacional de 5 a 14 anos 15


TABELA 2 – Escolas púbicas municipais – Ensino Fundamental 17
TABELA 3 – Cronograma de atividades 38
TABELA 4 – Pré-dimensionamento do Setor Administrativo 40
TABELA 5 – Pré-dimensionamento do Setor de Serviço 41
TABELA 6 – Pré-dimensionamento do Setor Pedagógico 42
TABELA 7 – Pré-dimensionamento do Setor Esportivo 43
TABELA 8 – Matriz do Setor Administrativo 46
TABELA 9 – Matriz do Setor de Serviço 47
TABELA 10 – Matriz do Setor Pedagógico 48
TABELA 11 – Matriz do Setor Esportivo 48
TABELA 12 – Tabela non aedificandi. 49
TABELA 13 – Tabela afastamentos laterais e de fundos 50
1

SUMÁRIO
I. INTRODUÇÃO......................................................................................................13

1. TÍTULO DO TRABALHO......................................................................................13

2. ÁREA DO CURSO VINCULADA AO PROJETO................................................13

2.1 Eixo Tecnologia................................................................................................13

2.2 Eixo Projeto......................................................................................................13

3. PANORAMA GERAL.............................................................................................14

4. JUSTIFICATIVA.....................................................................................................18

5. OBJETIVOS............................................................................................................19

5.1 Objetivo Geral...................................................................................................19

5.2 Objetivos Específicos.......................................................................................19

6. ESTRUTURA DO TRABALHO.............................................................................19

II. REFERENCIAL TEÓRICO.............................................................................21

1. CONCEITOS...........................................................................................................21

1.1 Arquitetura Escolar...........................................................................................21

1.1.1 Legislação acerca da educação......................................................................21

1.2 Sustentabilidade................................................................................................22

1.2.1 Arquitetura Sustentável.................................................................................22

1.2.2 Arquitetura Bioclimática...............................................................................23

1.3 Arquitetura Humanizada...................................................................................23

1.3.1 A humanização alinhada ao projeto de arquitetura escolar...........................24

2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA.....................................................................................24

2.1 Histórico da Educação Mundial........................................................................24

2.2 Histórico da Educação no Brasil.......................................................................25

2.3 Histórico da Educação Regional.......................................................................26

2.4 Histórico da Sustentabilidade no mundo..........................................................27

2.5 Histórico da Sustentabilidade no Brasil............................................................28

3. ESTUDO DE CASOS..............................................................................................28
1
3.1 INTERNACIONAL..............................................................................................28
1
3.2 NACIONAL..........................................................................................................31

3.3 REGIONAL...........................................................................................................34

4. SITEMAS ESTRUTURAIS E TECNOLOGIA CONSTRUTIVA.........................36

III. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS....................................................38

1. METODOLOGIA....................................................................................................38

2. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES.....................................................................38

IV. MEMORIAL DESCRITIVO............................................................................39

1. CONCEITO..............................................................................................................39

2. PARTIDO................................................................................................................39

3. PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO..................40

4. FLUXOGRAMA......................................................................................................44

4.1 Geral..................................................................................................................44

4.2 Setor Administrativo.........................................................................................44

4.3 Setor de Serviço................................................................................................45

4.4 Setor Pedagógico..............................................................................................45

4.5 Setor Esportivo.................................................................................................45

5. MATRIZ DE RELEVÂNCIA ENTRE AMBIENTES............................................46

6. PROPOSTA/OBJETIVOS DO EMPREENDIMENTO..........................................49

7. PLANTA BAIXA GERAL COM SETORIZAÇÃO/ACESSOS GERAIS.............49

7.1 Parâmetros Urbanos...............................................................................................49

7.2 Análise do Terreno................................................................................................50

7.3 Setorização e acessos gerais..................................................................................54

8. IMAGENS ILUSTRATIVAS DA PROPOSTA......................................................55


V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................62

VI. APÊNDICES E ANEXOS..................................................................................67


1

I. INTRODUÇÃO
1. TÍTULO DO TRABALHO
Projeto de escola fundamental I, com aplicações de estratégias sustentáveis
alinhadas ao bioclima de Caxias - Maranhão.

2. ÁREA DO CURSO VINCULADA AO PROJETO


2.1 Eixo Tecnologia
O emprego adequado e econômico dos materiais de construção, entendimento das
condições climáticas, acústicas e lumínicas, propor o uso de energia e fontes renováveis
limpas no projeto da edificação.

2.2 Eixo Projeto


Projetos são realizados em função de uma demanda pré-estabelecida, que decorre
da necessidade de solução para um determinado problema de organização, processo de
projetação como progressivo, com início na análise do programa de necessidades e do
contexto e condicionantes, seguindo pelo campo de exploração das formas, definição do
partido, elaboração de esboços, estudos preliminares, anteprojeto, projeto legal, até chegar ao
projeto executivo.
1

3. PANORAMA GERAL
Em termos mundiais, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (UNESCO) divulgou em Paris, no dia 25 de novembro de 2016, seu
relatório anual de monitoramento das metas globais para a educação. O documento avalia a
situação de 129 países, tento como base critérios como a redução do analfabetismo e a busca
por uma educação de boa qualidade. De acordo com o documento, 75 milhões de crianças em
idade escolar estão fora da escola no mundo todo (UNESCO, 2016).
Acerca do analfabetismo, em concordância com pesquisas mundiais, existiam, no
ano de 2016, 750 milhões de adultos analfabetos, dos quais dois terços eram mulheres. Entre a
população analfabeta, 102 milhões tinham idades entre 15 e 24 anos. Os índices de
analfabetismo de adultos eram de 86%, e os índices de analfabetismo de jovens era de 91%
(UNESCO, 2016).
O Censo da Educação mostrou que há 3 milhões de crianças entre 4 e 17 anos sem
acesso à escola, onde essa faixa de idade é a fase mais crítica. 13,2 milhões de brasileiros não
sabem ler e escrever - o número equivale a 8,3% da população brasileira, segundo a Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, de 2014 (Jornal Nexo, 2016).
O índice de analfabetismo varia muito entre as regiões do Brasil. O Nordeste
concentra os piores índices: segundo a Pnad - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios -,
16,9% da população local era analfabeta em 2014. Indicadores de qualidade apontam para a
precariedade da educação pública maranhense (Relatório Estadual, 2007). Revelam que a
grande maioria dos alunos, no Estado do Maranhão, não domina as competências básicas, ou
seja, acumula déficits de aprendizagem que, provavelmente, redundarão em números
crescentes de reprovação e abandono, uma vez que há poucas condições de os alunos
acompanharem as séries posteriores sem o domínio dos conhecimentos básicos necessários à
aprovação (Portal MEC, 2007).
Em Caxias, segundo o Censo Escolar de 2018, existem 51 escolas, entre elas,
municipais e estaduais, nos anos finais do ensino fundamental, ou seja, 5° ao 9° ano (QEdu,
2018).
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, o município de
Caxias possui uma população de 155.129 pessoas, a uma densidade demográfica de 30,12
hab/km² (habitantes por quilometro quadrado), de acordo com o último censo realizado, no
ano de 2010, onde ao se analisar a faixa etária, é possível extrair a densidade populacional
com idade para o ensino fundamental (Tabela 1).
1

Densidade populacional – Censo 2010 – Caxias, Maranhão


Idade 5-9 10 – 14
Mulheres 7.671 7.883
Homens 8.003 8.197

TABELA 1 – Densidade populacional de 5 a 14 anos


Fonte: IBGE, 2010

No que se trata de taxa de escolarização nas idades entre 6 e 14 anos (Fig. 1), a
cidade ocupa a posição de número 4.954° no ranking brasileiro, 172° no estadual e a última
posição se comparada às outras cidades da micro região – Matões, Buriti Bravo, São João do
Sóter, Parnarama e Timon, que ocupam os cinco primeiros lugares, respectivamente.
No quesito IDBE - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, onde é
medida a qualidade do ensino nas escolas públicas, a urbe ocupa a posição 3882° se
comparada a outros municípios do país, 32° no estado e 3° na micro região (Fig. 2), no qual
79.143 pessoas de 10 anos ou mais de idade, tinham fundamental incompleto ou nenhum
nível de instrução (IBGE, 2010). O município recebeu, em 2017, conforme IBGE, um IDBE
de 4,9, no que se refere aos anos iniciais do ensino fundamental – 1° a 5° série.

FIGURA 1 – Taxa de escolarização de Caxias


Fonte: IBGE, 2010. FIGURA 2 – IDBE fundamental I
Fonte: IBGE, 2010.

A partir de estudos nas cinco zonas da cidade de Caxias – Maranhão, sendo elas
divididas em: Zona Central, Zona Norte, Zona Leste, Zona Oeste e Zona Sul, acerca da
quantidade de escolas existentes, levando em consideração o nível de escolaridade que cada
uma oferece e, também, o fato de ser da rede privada ou pública, observou-se que a zona com
menor quantidade de escolas é a zona sul (Figura 3).
1

FIGURA 3 – Zonas e escolas – Caxias/MA


Fonte: Google Earth, 2020
Legenda:
Zona Central Infantil
Zona Norte Fundamental Completo
Zona Leste Somente Fundamental I
Zona Oeste Somente Fundamental II
Zona Sul Ensino Médio
Ensino Completo (Infantil ao Médio)
Infantil + Fundamental
Fundamental + Médio
* Ensino Privado
Partindo deste ponto, analisou-se as escolas que fornecem ensino ao fundamental
I, pois é a proposta de escola em questão, chegando à conclusão de que todas as zonas têm,
pelo menos, duas escolas exclusivamente de fundamental I, exceto a zona leste e zona sul, que
possuem uma escola, cada. Porém, a escola da zona leste, cumpre com seu raio de influência
indicado a este equipamento comunitário, que é de 1.500 metros, atendendo à zona, já a
escola da zona sul, não. Este não-atendimento, prejudica a área e sobrecarrega as únicas duas
outras escolas de ensino fundamental completo (Tabela 2) existentes na zona sul, e ainda
assim sobram muitas áreas ociosas (Fig. 4).
1

Escolas públicas municipais que atendem ao ensino fundamental


Quantidade de alunos por
Nível escolar Escolas – Zona Sul Caxiense
sala (média)
Somente Fundamental I U. E. M. Lourdes Feitosa 41
U. I. M. Guiomar Cruz Assunção 30
U. I. M. Deborah Pereira 25
Somente Fundamental II U. I. M. Antônio Édson 30
U. E. Achiles Cruz 32
U. I. M. Profª Marinalva Soares
38
Fundamental I e II Guimarães
U. I. M. Marly Sarney Costa 37
TABELA 2 – Escolas púbicas municipais – Ensino Fundamental
Fonte: Censo Escola, 2019

Legenda:

U. E. M. Lourdes Feitosa
Escolas - somente Fundamental II
Escolas – Fundamental I e II
Raio de Influência – 1500 metros
Maior área ociosa
Área ociosa com baixa densidade
demográfica*

*Grande parte da área é de preservação


ambiental
FIGURA 4 – Raio de influência das escolas na zona
Fonte: Google Earth, 2020
1

4. JUSTIFICATIVA
O projeto de uma escola de ensino fundamental I, é um desfecho da reflexão sobre
a situação da educação e a carência deste equipamento na região sul de Caxias - Maranhão,
percebido a partir do panorama geral, onde se observa a superlotação nas escolas que atendem
a esse nível de ensino, uma vez que, a lei n° 559/XII, determina que o número máximo por
turma, nos anos iniciais do ensino fundamental é de 24 (vinte e quatro) alunos.
O período referente aos anos iniciais do ensino fundamental, é uma fase de
descoberta para o ser humano, quando se depara com um mundo de possibilidades, onde
sentimentos são resultado da experiência transmitida pelo ambiente escolar.
A complexa tarefa de concepção do edifício escolar tem, assim, um nível de
importância bastante acentuado, considerando sua significação social tanto
como objeto arquitetônico emblemático para determinada comunidade –
inserido no tecido urbano, ao mesmo tempo que consolida sua importância
enquanto símbolo educacional (...). (AZEVEDO, 2002).

A relevância de tal tema – arquitetura escolar – se dá primeiramente ao que o


ambiente construído representa na formação da criança. Desta forma, é importante perceber
que o jovem aluno necessita conviver num ambiente favorável ao seu desenvolvimento e
crescimento intelectual. Segundo Souza (2018), a arquitetura de um edifício escolar tem
interferência no modo em como as relações em seu interior irão acontecer, sendo necessário,
então, promover uma arquitetura participante às necessidades.
Um diagnóstico feito pelo antropólogo Darcy Ribeiro (1986) diz que a
incapacidade brasileira para educar sua população ou alimentá-la deve-se ao caráter de nossa
sociedade, enferma de desigualdade. Onde a criança proveniente de família de baixa renda é
condenada ao abandono nas ruas ou são chamadas a assumir funções de adulto para que os
pais possam trabalhar, tendo sua infância suprimida. A proposta se caracterizando como uma
escola pública, em tempo integral, dará condições de ingresso do jovem oriundo de classe
baixa, assim como irá permitir um local no qual o aluno ficará realizando atividades
acompanhado de um profissional, influenciando diretamente no seu desempenho escolar, no
mesmo intervalo de tempo em que seus pais estariam trabalhando, reduzindo, assim, a falta de
assistência no lar ou tempo ocioso.
Visto que a zona mais carente deste equipamento comunitário é a zona sul
caxiense, optou-se por um terreno em que, após a concretização da escola, seu raio de
influência abrangesse o maior número populacional de áreas ociosas, dando apoio às outras
escolas existentes na região sul da cidade, tirando a sobrecarga das mesmas.
1

5. OBJETIVOS
5.1 Objetivo Geral
Elaborar um projeto de escola pública de ensino fundamental I e de tempo
integral, com aplicações de estratégias técnicas sustentáveis alinhadas ao bioclima a cidade de
Caxias – Maranhão.

5.2 Objetivos Específicos


 Formar base teórica e prática para desenvolver um projeto de arquitetura
escolar.
 Implantar estratégias sustentáveis na edificação.
 Criar ambientes que respeite usuários e elementos naturais, integrando-os.
 Projetar escola considerando-a como personagem ativo – como um segundo
educador.

6. ESTRUTURA DO TRABALHO
 ESCOLHA DO TEMA – O tema escolhido para o trabalho de conclusão do
curso, foi um projeto de escola pública de ensino fundamental em tempo integral, com
aplicações de estratégias sustentáveis alinhadas ao bioclima da cidade de Caxias – MA.
 PESQUISA SOBRE O TEMA – Após o tema escolhido executou-se uma série
de pesquisas acerca da temática, se utilizando de aporte bibliográfico.
 DESENVOLVIMENTO DA JUSTIFICATIVA – Através de pesquisas e
estudo do tema, foi desenvolvido um material justificativo, contendo a importância de uma
escola pública de ensino fundamental em tempo integral para a cidade de Caxias, Maranhão.
 APRESENTAÇÃO DA JUSTIFICATIVA – Foi apresentado a justificativa
desenvolvida.
 DESENVOLVIMENTO DOS OBJETIVOS DO PROJETO – Nesta etapa foi
elaborado os objetivos do projeto em questão. Um objetivo geral e três objetivos específicos.
 DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO DE CASO – Foram realizadas
pesquisas referentes a diversos projetos escolares, visando aspectos como desenvolvimento de
planta baixa, soluções adotadas, entre outros. Foram escolhidos três projetos, sendo um
internacional, um nacional e um regional.
 DESENVOLVIMENTO DO REFERENCIAL TEÓRICO – Elaboração da
base teórica do trabalho, dividiu-o em duas etapas: conceitos e elaboração histórica.
2

 CONCEITO E PARTIDO – Essa etapa consistiu em discorrer acerca das


premissas para concepção do projeto.
 PANORAMA GERAL – Dados mundiais, nacionais, estaduais e locais sobre o
tema escolhido, apresentando a problemática.
 ESCOLHA DO TERRENO – A partir de uma análise, buscou-se uma
localização que pudesse resolver a problemática apontada.
 PROGRAMA DE NECESSIDADES, FLUXOGRAMA E MATRIZ DE
RELEVÂNCIA – Realizar pesquisas e identificar as necessidades do projeto a ser realizado,
bem como o melhor fluxo e proximidade a ser estabelecido, buscando maior funcionalidade.
 CRIAÇÃO DO PROJETO – Desenvolver, a partir de tudo já embasado, o
projeto arquitetônico, contendo todas as pranchas necessárias.
 APRESENTAÇÃO DO TCC – Defender o trabalho de conclusão de curso para
a banca, com a finalidade de obter aprovação.
2

II. REFERENCIAL TEÓRICO


1. CONCEITOS
1.1 Arquitetura Escolar
O termo escola deriva do latim schola e refere-se ao estabelecimento onde se dá
qualquer gênero de instrução (Editorial Conceito.de, 2019). A escola ocupa lugar, por
excelência, para que se cumpram as funções da educação e da aprendizagem dos
conhecimentos, das artes, das ciências e da tecnologia (MARQUES, 2011).
Os ambientes educacionais apresentam-se importantes, pelo tempo que se passa
neles ao longo da vida (SOUZA, 2018), tornando o âmbito físico, um fator primordial:
“Após a vivência espacial nos ambientes familiares, a escola é o primeiro espaço
que insere a criança numa experiência coletiva, assumindo um importante papel
no desenvolvimento de sua socialização. Este processo de socialização faz parte
de sua construção do conhecimento e inclui, além das relações com o outro, a
interação com o próprio ambiente físico” [...] (AZEVEDO; RHEINGANTZ e
BASTOS, 2004).
O ambiente escolar funciona como o “terceiro professor”. O espaço físico
influencia a forma como as pessoas convivem nele e também estimula e facilita o ensino. O
projeto arquitetônico deve dialogar com a pedagogia (KOWALTOWSKI, 2011).
Cada aluno responde às características do ambiente escolar e se apropriam dos
espaços de maneira distinta (GRANNÄS e FRELIN, 2017; ZANDVLIET e
BROEKHUIZEN, 2017). Uma vez que escolas são ambientes de desenvolvimento de
atividades de ensino e aprendizagem, é de grande importância atentar-se para o tipo de
relações estabelecidas.
O relatório Better Spaces for learning (Melhores Espaços para Aprender, em
português), de 2017, desenvolvido pelo Royal Institute of British Architects (RIBA) com base
em estudos e entrevistas em escolas, apontou que o impacto positivo e aumento da
produtividade do ensino giram em torno de 15%, quando os espaços são projetos de maneira
bem planejada.
A arquitetura do edifício escolar interfere no modo como as relações em seu
interior acontecem, assim, é necessário ter conhecimento de quais são as necessidades, a fim
de prover uma arquitetura facilitadora e participante (SOUZA, 2018).

1.1.1 Legislação acerca da educação


A Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases
da educação nacional, tem em seu TÍTULO III, o direito à educação e dever de educar. O
Art. 4º
2

- o dever do Estado com educação escolar pública - da referida lei, inclui o ensino
fundamental à educação básica obrigatória e gratuita, pela lei n°12.796, de 2013. (Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB, 1996).
O ensinamento está intimamente ligado ao Estado, como cita o artigo 208 da
Constituição (1988) estabelecendo que o Estado brasileiro tem responsabilidades para efetivar
seu compromisso com a educação:
“I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade,
assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram
acesso na idade própria; (...)” (CONSTITUIÇÃO, 1988)

1.2 Sustentabilidade
O termo Sustentabilidade é de origem latina, vem de Sustentare, que significa
sustentar, conservar, proteger e manter em equilíbrio (Matéria Equipe eCycle, 2019).
Meadows, Meadows e Randers (1992) definem a sustentabilidade como uma técnica de
desenvolvimento que resulta na melhoria da qualidade de vida e simultaneamente na
minimização dos impactos ambientais negativos.
Sustentabilidade é vista também como a capacidade de se sustentar e de se
manter, isto é, quando ocorre uma atividade sustentável, diz-se que esta pode se manter para
sempre. Em outras palavras, quando um recurso natural for explorado de forma sustentável,
este pode ser explorado para sempre, pois sua durabilidade será maior e assim não esgotará
nunca (MIKHAILOVA, 2004).
De uma maneira geral, podemos falar que a sustentabilidade é a capacidade de
manter-se (Mundo Educação, 2019).

1.2.1 Arquitetura Sustentável


A Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA, 2012) enfatiza
que para fazer-se uma arquitetura sustentável é necessário atender os anseios dos usuários e
adotar soluções que causem o mínimo de impacto possível no meio, permitindo que as
gerações futuras também usufruam do mesmo. Ademais, contemplar tais critérios citados:
“A arquitetura sustentável é a busca por soluções que atendam ao programa
definido pelo cliente, às suas restrições orçamentárias, ao anseio dos usuários, às
condições físicas e sociais locais, às tecnologias disponíveis, à legislação e à
antevisão das necessidades durante a vida útil da edificação ou do espaço
construído” (AsBEA, 2012).
2

De acordo com Grigolett e Sattler (2003), a indústria da construção civil é uma


das maiores responsáveis pelo elevado consumo de recursos naturais, que alcançam 75% nos
Estados Unidos, por exemplo (JOHN et al., 2001; MATOS e WAGNER, 1998). Para
Fernandez (apud HICKEL, 2018) deve-se analisar qual o comportamento da arquitetura, se a
construção consome um equivalente de, por exemplo, a metade dos recursos não renováveis
do mundo.
A arquitetura tem, então, um compromisso com o meio ambiente:
“As decisões tomadas durante as fases de planejamento, construção, reforma e
manutenção [...] têm efeitos diretos de longo prazo sobre muitos aspectos do
nosso meio ambiente” Kruger (2016).

1.2.2 Arquitetura Bioclimática


Arquitetura bioclimática consiste em projetar uma edificação utilizando radiação
solar, ventilação natural, iluminação natural e sombreamento com o objetivo de proporcionar
conforto ambiental (MASCARELLO, 2005). Oferece métodos construtivos que são simples e
eficazes, como por exemplo, os cuidados com a implantação da arquitetura no terreno,
levando em conta sua orientação em relação à insolação e à posição dos ventos, bem como
outras soluções que criam hábitos e uma mentalidade mais racional, econômica e sustentável
às pessoas (NOYA, 2013).
No Brasil, os edifícios consomem 44% da energia do país, sendo que o setor
residencial consome 50% deste todo (LAMBERTS, 2007). O conceito de arquitetura
bioclimática busca minimizar os impactos da construção civil no meio ambiente (TEISEN,
2016). Pinheiro (2017), recomenda uma boa movimentação do ar através de métodos naturais,
à exemplo, a ventilação cruzada. Ainda, em lugares quentes e úmidos, Heywood (2015)
recomenda o sombreamento para reduzir o aquecimento solar das vedações externas da
edificação.
A chamada arquitetura bioclimática busca a harmonia entre o homem e a natureza,
entre a construção e o meio ambiente, através da utilização de forma consciente e otimizada
dos recursos naturais disponíveis, sendo sempre adaptada a cada local e aproveitando as
condições de insolação, iluminação, ventos, topografia e vegetação para minimizar os
impactos ambientais (PINHEIRO, 2017).

1.3 Arquitetura Humanizada


A chamada Arquitetura Humanizada nasceu da necessidade de se criar ambientes
que respeitassem os usuários. Não bastava mais que a arquitetura fosse bela, era necessário
que
2

ela se tornasse também funcional e aconchegante (CAVALCANTE, 2016). A arquitetura


humanizada acolhe os jovens e os fazem se sentir bem no ambiente (Revista digital AECweb,
s.d.).
Para Doris Kowaltowski (2011), ter um ambiente projetado com elementos de
humanização, faz com que os estudantes se sintam mais confortáveis e se reconheçam naquele
espaço. Acrescenta, também, que a arquitetura humanizada aplicada a uma escola, deve levar
em conta elementos naturais e vegetação. Beatriz Goulart (2017), afirma que é importante
retomar o histórico de que a escola foi criada para controlar, vigiar e punir e mudar essa
perspectiva.

1.3.1 A humanização alinhada ao projeto de arquitetura escolar


Nas instituições de educação, são diversos os aspectos necessários para criar
ambientes favoráveis ao ensino e à aprendizagem, mas existe ainda um fator pouco lembrado
que faz toda a diferença na construção de espaços atrativos: a arquitetura (CAVALLARI,
2019).
Para Portobello (2019), a arquitetura escolar deve englobar espaços que
promovam a descoberta, que despertem o interesse, espaços que propiciem a criatividade. A
mistura de lugares reservados com áreas mais expostas é interessante, assim a integração entre
interior e exterior. Em ambientes educativos, a monotonia se torna inimiga da criatividade.
Criar um bom clima interno, permitir a troca de ar com abertura bem planejadas,
aproveitamento de iluminação natural e isolamento acústico eficiente, uma vez que uma boa
acústica tem um impacto positivo sobre o processo de aprendizagem dos alunos. A utilização
de cores, como recurso para humanizar o ambiente ultrapassa os limiares da decoração, elas
contribuem diretamente para a sensação de bem-estar dos ocupantes (ACR Arquitetura,
2016).

2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA
2.1 Histórico da Educação Mundial
Segundo Varella (2009), as primeiras formas de ensino surgiram a
aproximadamente 4.000 a.C., com os Sumérios. Com sua grafia semelhante a cunhas
denominou-se a chamada escrita cuneiforme. A invenção da escrita possibilitou aos sumérios
o armazenamento do conhecimento e a possibilidade de transferi-lo a outros. Esse exercício
propiciou à criação de escolas, à educação.
Para Coimbra (1989), a prática de ensinar também começou na Antiguidade –
período que compreende os anos 4000 a.C. a 3500 a.C. – através de troca experiências de
maneira informal. Mas, foi na Idade Média que isso se formalizou e grupos de pessoas se
2

reuniam para a “transmissão do saber”. Contudo, essas reuniões eram privilégio da nobreza e
elite.
Foi no século XVII, com a Revolução Industrial e o desenvolvimento do
capitalismo, que foi criada a instituição física, pois a burguesia percebeu a necessidade de
educar e disciplinar seus trabalhadores (COIMBRA, 1989). De acordo com Dudek (2000), no
século XIX, existiam duas tendências na arquitetura: o desejo por espaços bem determinados,
que passasse controle e disciplina; e espaços que valorizavam a criatividade e a
individualidade. Os projetos eram voltados para o jardim e valorizavam a integração social.

2.2 Histórico da Educação no Brasil


No Brasil, a escola pública era a extensão da casa do professor, muitas
funcionavam, em paróquias, cômodos de comércio, salas abafadas, sem ar, sem luz e sem
nenhum recurso. A real preocupação com os projetos arquitetônicos escolares inicia-se por
volta de 1889 (SOUZA, 1998).
Construir a História da Educação Brasileira, tendo a arquitetura escolar como
fonte, faz-se necessário uma pesquisa acerca de instituições escolares que surgiram a partir da
Proclamação da República (1889), momento em que ocorreu um aumento da preocupação
com a construção de prédios específicos para a educação (BENCOSTTA, 2005).
Ainda segundo Bencostta (2005), no início da República prevaleceu uma atitude
otimista com relação à escola, sendo esta vista como “redentora do pecado da ignorância”.
Neste período predominou a “arquitetura neoclássica”, caracterizada por, citando Buffa:
“(...) edifício imponente, hall de entrada primoroso, escadarias, eixo simétrico,
duas alas, pátio interno (como o dos claustros), corredores internos, janelas
verticais grandes e pesadas, acabamento com materiais nobres.” (Buffa, 2005, p.
108).
As manifestações como a Semana de Arte Moderna de 1922 e movimentos como
a Revolução de 1930, começaram a refletir na educação e, consequentemente, na arquitetura
escolar (FDE – Fundação para o Desenvolvimento da Educação, 1998). A arquitetura
racionalista deu lugar às formas simples e geométricas (RAIMANN, E. G. e RAIMANN, C.,
2008).
Segundo Filho (2000), os edifícios apresentavam-se com um ou com dois
pavimentos, com plantas em forma de U (figura 5) e salas em número de quatro, seis e doze,
todas do mesmo tamanho. Além das salas de aula, mais duas salas eram destinadas para a
administração e diretoria do estabelecimento, desenhado normalmente em forma retangular. O
2

prédio consistia em frontões simples (figura 6) e janelas alternadas. A parte exterior,


normalmente, cercada por um pequeno jardim e separada da rua por um pequeno muro. O
edifício localizava-se normalmente na parte central do terreno e possuía um pátio interno, em
torno do qual havia uma galeria de circulação coberta, interligando-os. A área livre do terreno
destinava-se ao pátio, para recreio e aulas de educação física dos alunos.

FIGURA 5 – Planta Baixa do Grupo Escolar Nivaldo Braga


Fonte: Paraná, 1950

FIGURA 6 – Grupo Escolar Nivaldo Braga


Fonte: Paraná, 1950

2.3 Histórico da Educação Regional


A primeira escola é fundada em Salvador, por um grupo de jesuítas. Nessa escola
inicial ensinava-se a ler, escrever, matemática e a doutrina católica. No início do século XIX,
Dom João VI funda a primeira Faculdade do Brasil, a de medicina na Bahia (VARELLA,
2009).
A demanda de vagas começava a afetar a qualidade das construções escolares.
Para tentar amenizar o problema, Anísio Teixeira, Secretário da Educação da Bahia, tomou
como exemplo as escolas comunitárias norte-americanas e criou o sistema “escola-parque” e
“escola-
2

classe”, que frequentariam ambas, num sistema alternado de turnos. Nas escolas-parque, para
quatro mil alunos, funcionavam as atividades de educação física, sociais, artísticas e
industriais, e nas “escolas-classe”, para mil alunos, as atividades e disciplinas realizadas em
sala de aula. Essas escolas tinham o traço da arquitetura moderna da época e o conceito da
escola como ponto de convívio da comunidade (KOWALTOWSKI, 2011).
As edificações escolares, com o passar dos anos, se tornaram mais padronizadas,
com pequenas diferenças na implantação (FERREIRA e MELLO, 2006).

2.4 Histórico da Sustentabilidade no mundo


Em nível internacional, as discussões acerca das questões ambientais começaram
a surgir no início do século XX. Em 1909, acontecia na França o Congresso Internacional
para a Proteção da Natureza que tinha como objetivo a criação de uma organização
internacional de proteção da natureza. (MCCORMICK, 1992). Historicamente falando,
Barbosa (2008), relata que o termo “sustentável” surgiu por meio de estudos direcionados
pela Organização das Nações Unidas (ONU) sobre as mudanças climáticas.
A construção civil tem um papel muito importante neste processo, pois é um dos
setores mais importantes da economia mundial e os edifícios são responsáveis por 40% do
consumo de energia mundial (LAMBERTS, 2007). Em 1962, a bióloga Rachel Carson
publicou o livro Silent Spring (A Primavera Silenciosa), que de acordo com Le Preste (2000)
foi um “impulsionador” da revolução ambiental, chamando a atenção pública para as questões
ambientais.
No decorrer dos anos tiveram diversas conferências à respeito dessa questão,
como a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano (Conferência de
Estolcomo), realizada pela ONU em 1972, e contou com a participação de 113 países, onde,
pela primeira vez, os líderes dos principais países industrializados da época se juntaram para
pensar e discutir a questão da degradação ambiental (PEDRINI, 1997).
Em 1987, promovido pela UNESCO, aconteceu em Moscou o Congresso
Internacional sobre Educação e Formação Relativa ao Meio Ambiente. Segundo Pedrini
(1998), no documento final intitulado “Estratégia Internacional de Ação em Matéria de
Educação e Formação ambiental para o Decênio de 1990” ressaltou-se a necessidade de
incluir a dimensão ambiental em todos os níveis de ensino.
2

2.5 Histórico da Sustentabilidade no Brasil


Discutindo-se sobre o processo de globalização e a relação entre os países em
desenvolvimento e os países desenvolvidos no que tange à questão da preservação ambiental,
começou-se a preparação para a Rio-92 que aconteceu no Rio de Janeiro e teve como
preocupação central o desenvolvimento sustentável e os problemas ambientais globais. Dentre
os vários documentos elaborados durante a Conferência, destacou-se a Agenda 21, que conta
com um plano de ação para o desenvolvimento sustentável para vários países. De acordo com
esse documento a fim de promover a educação permanente sobre meio ambiente e
desenvolvimento, deve-se realizar toda sorte de programas educacionais voltados às questões
locais (SOUZA, 2011).
O Brasil participou de muitas das conferências (PEDRINI, 1997). Em 1981, foi
promulgada no Brasil a Lei Nº 6938 de 31 de agosto 1981 que apresenta e implementa a
Política Nacional do Meio Ambiente. Na qual consta em seu Art. 2º:
“Art 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e
recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao
desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da
dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios: (...) X - educação ambiental a
todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para
participação ativa na defesa do meio ambiente.” (LEI N° 6938, 1981).

3. ESTUDO DE CASOS
3.1 INTERNACIONAL
ESCOLA INTERNACIONAL FRANCESA – PEQUIM, CHINA
Com um caráter contemporâneo, que evita excessos, a escola francesa combina
arquitetura e paisagismo para criar um lugar de aprendizagem notável (ARCHDAILY, 2016).
Imaginado como uma paisagem construída, o edifício recebe baixo gabarito junto
a espaços verdes (fig. 7). Característica, essa, que pode ser usada em Caxias, Maranhão, já
que a cidade conta, em sua maioria, com edificações de carácter horizontal, e assim, não se
faz uma construção tão destoante das características da cidade.
2

FIGURA 7 – Edifício (Máx. 3 pavimentos) junto a espaços verdes


Fonte: Archdaily, 2016

O edifício cria um espaço contínuo e unificado. Oferece aos estudantes e


professores uma combinação de espaços protegidos e abertos (fig. 8), com a paisagem sempre
presente como pano de fundo (ARCHDAILY, 2016). Interação, essa, que se torna bastante
interessante para nossa realidade, proporcionando uma conexão com o externo, ambientes
integrados que remetem uma sensação de bem-estar.

FIGURA 8 – Espaço ao ar
livre Fonte: Archdaily, 2016

Os espaços comuns da escola são alternados com pátios. Todos os espaços ao ar


livre abrem-se para a horta da cantina e para as instalações esportivas. Os pátios e áreas de
lazer foram projetados para facilitar a utilização das áreas livres, as salas de aula são
organizadas de
3

forma racional e flexível (ARCHDAILY, 2016) (fig. 9). Pontos que, para o projeto de
dissertação em questão, são importantíssimos, em virtude de, por exemplo, evitar o
desperdício de material, uma vez que a modulação e organização dos espaços é inequívoca e,
assim, se desenvolve uma obra de forma mais sustentável.

FIGURA 9 – Pavimento térreo e superior, respectivamente.


Fonte: Archdaily, 2016

A fachada do edifício é revestida por uma rede de madeira que parece flutuar (Fig.
10). Rede, esta, que é suficientemente porosa para deixar que a luz transpasse e não obstrua as
vistas ao exterior (ARCHDAILY, 2016).

FIGURA 10 – Rede de madeira


Fonte: Google Imagens, 2016
3

Este elemento assume um papel importante ao sombrear o edifício e proteger as


atividades da escola (ARCHDAILY, 2016). Estratégia que, trazendo para a realidade da
cidade de Caxias, torna-se de grande valor, devido a necessidade da proteção direta dos raios
solares incidentes na região. Por fim, o tramado cria uma postura arquitetônica serena e de
identidade.

3.2 NACIONAL
ESCOLA ESTADUAL ILHA DA JUVENTUDE – SÃO PAULO, SÃO PAULO
Com o objetivo de uma obra com baixo impacto ambiental, com soluções
arquitetônicas que evitassem salas de aulas muito frias ou muito quentes e isentas de
problemas de iluminação, a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE),
responsável pela rede escolar da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, optou pelo
Processo AQUA (Alta Qualidade Ambiental). A certificação de sustentabilidade que permitiu
à FDE realizar a gestão sustentável da Escola Estadual Ilha da Juventude, na Vila Brasilândia,
zona Norte de São Paulo
– entregue à população pelo governo estadual, no dia 16 de maio de 2012 (NUNES, 2018).
Um dos pontos a se considerar nesse projeto, é a economia de energia. A
utilização de recursos arquitetônicos para melhorar o aproveitamento da iluminação natural,
como a aplicação de muitas janelas, possibilitando grande entrada de luz natural e,
consequentemente, economia elétrica (NUNES, 2018) (fig.11). Fato, este, que pode ser
utilizado, perfeitamente, na cidade de Caxias - MA, cabendo, também, a utilização de brises
para uma maior proteção dos usuários, permitindo que a luz solar, tão intensa na região, entre
de maneira difusa, assim, iluminando o local, sem ofuscar o mesmo.

FIGURA 11 – Janelas em sequência, protegidas por brises


Fonte: Google Imagens, 2018
3

O tratamento acústico da escola, demandou uma análise global do impacto dos


ruídos e a interferência do som das quadras poliesportivas nas salas de aula. Uma das soluções
que me interessou, foi o tratamento das quadras (fig.12) com isolante acústico no contrapiso,
uma vez que minimiza os sons gerados no local, e, consequentemente a propagação desses
ruídos de impacto, melhorando a qualidade acústica nos outros ambientes (GOINGGREEN,
2018). Recurso que seria de bom proveito para o conforto acústico da edificação, visto que o
projeto para trabalho final é uma escola em tempo integral, consequentemente, diferentes
atividades serão realizadas em horários divergentes.

FIGURA 12 – Quadra poliesportiva da Escola Ilha da Juventude


Fonte: Google Imagens, 2018

Outro recurso digno de ser reproduzido é a escolha de produtos, sistemas e


processos construtivos. Como, no caso da Ilha da Juventude, foi o uso de tintas à base de
água, materiais de origem próxima à obra (até 300 km), utilização de elementos pré-
fabricados na estrutura, ou seja, escolhas que reduzem a emissão de compostos orgânicos
voláteis em ambientes interiores, as emissões de GEE, e resíduos gerados no canteiro e
agilidade na obra. (VANZOLINI, 2012).
Durante a concepção da Escola Estadual Ilha da Juventude, foi feito o plantio de
árvores e a implementação de bicicletários (NUNES, 2018) (fig.13 e 14). Excelente iniciativa,
pois incentiva transportes menos poluentes e oferece espaço externo agradável e arborizado.
Portanto, pretende-se adotar esse tipo de estratégia, buscando amenizar o clima quente, e
estabelecer uma relação do edifício com o entorno.
3

FIGURA 13 – Edificação com árvores em seu entorno


Fonte: Google Imagens, 2018

Bicicletário

FIGURA 14 – Entorno da escola, com bicicletário e


árvores Fonte: Google Imagens, 2018
3

3.3 REGIONAL
COLÉGIO FAZER CRESCER – RECIFE, PERNAMBUCO
Tendo como lema o “Ecologicamente correto e economicamente viável”, o
Colégio Fazer Crescer (fig. 15), em Recife - Pernambuco, se destaca por ser pioneiro no
estado ao construir a primeira obra sustentável no setor educacional, o que o colocou na lista
das escolas sustentáveis do país (SOLAR, 2018).

FIGURA 15 – Colégio Fazer Crescer, Recife – PE


Fonte: Site ATP Solar, 2018

O edifício conta com placas fotovoltaicas localizadas em seu teto (fig. 16), que
servem para alimentar a instituição e, consequentemente, reduzir o impacto ambiental
(SOLAR, 2018), equipamento, este, que seria de grande utilização em Caxias, uma vez que a
região conta com grande volume e intensidade de incidência solar, e, assim, ainda contribuiria
para minimização do consumo de energia.
3

FIGURA 16 – Placas fotovoltaicas instaladas no teto do colégio


Fonte: Google Imagens, 2018

O Colégio Fazer Crescer possui um sistema de brises (fig. 17), permitindo a


circulação de ar e iluminação natural (SOLAR, 2018). Atributo que se encaixa muito bem na
região em que Caxias se encontra, ajudando principalmente no quesito economia elétrica,
fazendo o uso da ventilação natural e reduzindo a necessidade do consumo de energia pelo ar
condicionado, por exemplo, e, além disso, aproveitando a grande quantidade de luz que nos é
proporcionado naturalmente, minimizando o uso da iluminação artificial.

FIGURA 17 – Brises
Fonte: Google Imagens, 2018

Citando, então, a iluminação artificial, cabe dizer que a escola conta com
iluminação de LED, fato visto com bons olhos pela questão sustentável, em razão de não
possuírem filamentos metálicos, mercúrio ou substancias tóxicas na composição, não emite
poluentes ao meio ambiente e ainda pode ser reciclada, mostrando-nos a importância da
escolha de produtos. Ademais a sua grande capacidade de produção luminosa, ou seja, boa
parte da corrente elétrica que é passada pelo produto é revertida em iluminação e não em
calor, fato, este, que é muito bem-vindo para nossa região que já é tão quente (G-LIGHT,
2016).
3

4. SITEMAS ESTRUTURAIS E TECNOLOGIA CONSTRUTIVA


A escolha de concreto moldado in loco, se deu por ser uma estrutura prática, que
permite a moldagem ser realizada no local definitivo das paredes de concreto e lajes. O
método também possibilita a montagem de todas as tubulações hidráulicas e elétricas antes da
concretagem, facilitando a execução.
A modulação de espaços se dá em toda a extensão do prédio. Grande maioria dos
espaços internos têm formato quadrado ou retangular, que facilitam arranjos para trabalhos e
atividades. A estrutura de sustentação consiste por pilares a uma distância de 8 metros entre
cada, medidos de eixo a eixo e vigas de 0,15m x 0,35m de espessura. O auditório tem pilares
mais espessos, medindo 0,30m x 0,45m, e um isolamento acústico bastante acessível no
mercado da construção civil que é o sistema construtivo de paredes duplas, sistema
que aumenta a densidade de fechamento, estabelecendo conforto acústico pelo isolamento do
som. A estrutura de vedação é feita com alvenaria convencional de tijolos cerâmicos, peças de
06 (seis) furos, dimensão mínima de (9x14x19) cm, faces planas.
Considera-se o uso de tecnologias alinhadas ao clima local, um dos pontos para
concepção do projeto. O uso de cobogós, proporcionando a sensação de um espaço amplo,
aplicando transparência e interação com o ambiente externo, ademais possibilita a entrada de
iluminação e ventilação natural.
Módulos dispostos de maneira favorável a receber ventilação e iluminação
natural, não deixando de lado meios de controlar tais fatores, como uso de brises para difundir
uma incidência direta. Quanto a ventilação natural, trabalhar-se a orientação do edifício e a
disposição de abertura do mesmo, porém, sem deixar de entender que por se tratar de uma
região muito quente, a previsão do uso de ar condicionado deve ser considerada.
O uso de laje nervurada no auditório, se deu pela necessidade de grandes vãos a
serem vencidos, pois a laje mais leve permite que os pilares sejam afastados, e por ser de alta
capacidade de carga, não sofrem deformações e flechas. A eliminação de pilares e vigas
resulta, também, em um ganho de produtividade durante a execução da estrutura. O setor
esportivo recebe uma cobertura composta por treliças espaciais e telhas de chapa metálica, em
razão do espaço aberto com vãos livres e pé direito alto, no caso 12 e 7,5 metros, ser
composto por um único andar e a estrutura carregar apenas a coberta, permitindo maior
flexibilidade em sua forma. A cobertura da rampa, escada externa e hall de entrada do
auditório, consiste em estrutura de treliças espaciais e chapa de policarbonato alveolar tecpoli.
Os demais ambientes do prédio são utilizados laje em concreto armado, estruturas metálicas e
telha do tipo sanduíche como última camada da cobertura, proporcionando inclinação de 5%
para escoamento da água
3

proveniente da chuva, sendo escoado para calhas de captação, além de possuir como
característica, em se tratando de telhas, o melhor isolamento acústico do mercado, já que o seu
revestimento interno de poliuretano não deixa que o som penetre.
A utilização de placas fotovoltaicas localizadas sobre o teto da edificação vêm
como alternativa para minimizar o impacto no ambiente devido ao consumo de energia,
trazendo vantagens por ser uma energia advinda do sol, ocupa pouco espaço, já que, como
usada pro projeto em questão, faz-se o uso dos chamados “módulos” que permitem utilizar
menor espaço, onde 1 módulo com 330 Watt-pico (unidade de medida utilizada para painéis
fotovoltaicos e significa a potência em Watts fornecida por um painel) ocupa apenas 2m² de
área, onde neste empreendimento, foi utilizada uma área de aproximadamente 87m²,
equivalente a 44 módulos e 14.500 watt-pico.
Todo o conjunto do projeto se encontra próximo, de acordo com suas funções, e
seus ambientes possuem configurações construtivas como pé direito mínimo de 2,80 metros,
forro de gesso, piso cerâmico ou, em alguns ambientes, vinílico por sua capacidade para
absorção de ruído e antiderrapante, o piso externo consiste em piso intertravado permeável
material de fácil aplicação, e evita problemas, como acúmulo de água e enchentes, paredes
revestidas com pintura e/ou azulejos cerâmicos.
Alinhando a temática da sustentabilidade ao processo pedagógico, promove-se
uma horta, materializando a intenção de promover este conceito na formação dos alunos.
3

III. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS


1. METODOLOGIA
Inicialmente procurou-se aporte bibliográfico capaz de contribuir, através de
referências teóricas e dados essenciais para aquele primeiro momento, com o entendimento da
temática; isso se deu por meio de artigos científicos, livros, teses, jornais, trabalhos finais de
graduação, sites e pesquisas na cidade de Caxias-MA. A partir deste entendimento, adentra
em seu campo projetual, onde foi baseado fundamentalmente em informações encontradas nas
obras de Dóris Kowaltowski, leis como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –
LDB, Projeto lei n° 559/XII/3ª, plano diretor, leis de parcelamento do solo, entre outras. Em
continuidade, faz-se uma análise da área de intervenção e início do projeto arquitetônico por
meio de softwares como ArchiCAD, AutoCad, CorelDRAW, WindCompass, Google Earth
Pro Sketchup e Lumion.

2. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

MESES
AGO SET OUT NOV DEZ MAR ABR MAI JUN
ETAPAS
ESCOLHA DO
X
TEMA
JUSTIFICATIVA X
OBJETIVOS X
ESTUDO DE
X
CASOS
REFERENCIAL
X
TEORICO
METODOLOGIA X
CRONOGRAMA X
ESCOLHA DO
X
TERRENO
PARTIDO E
X
CONCEITO
PROGRAMA DE
NECESSIDADES X
E FLUXOGRAMA
ELABORAÇÃO
DE PROPOSTA
X
EM PLANTA
BAIXA
ELABORAÇÃO
DE ESTUDOS DE
X X
FACHADA E
MODELAGEM
APRESENTAÇÃO
X
DO TCC
TABELA 3 – Cronograma de atividades
Fonte: Autor, 2020
3

IV. MEMORIAL DESCRITIVO


1. CONCEITO
Projetar um edifício baseado numa das premissas trabalhadas por Kowaltowski
(Arquitetura Escolar: o projeto do ambiente de ensino, 2011) onde a relação da linguagem
arquitetônica diz respeito ao gabarito da edificação, no qual deve-se manter o projeto
amigável em relação ao entorno.
Fortalecer o relacionamento entre sociedade e o ambiente escolar, onde tal relação
vá além das pessoas diretamente ligadas ao processo pedagógico. A preocupação com o
conforto ambiental também é um cuidado que influenciará a parte arquitetônica, buscando
utilizar técnicas adaptadas ao clima local.
Por fim, buscou-se então, nos conceitos da Arquitetura Modernista - simples,
porém não simplório – funcionalidade, modulação e integração, inspiração para este projeto.

2. PARTIDO
Inspirado na arquitetura modernista, a utilização de formas firmes são o ponto
inicial de todo o conjunto. Sob a premissa de Kowaltowski, algumas diretrizes foram pré-
estabelecidas, como uma construção não tão alta, mantendo o projeto mais horizontal, de
forma a promover concordância com seu entorno formado por edificações de até três
pavimentos.
O uso do concreto devido sua capacidade de resistência às intempéries, é um
elemento característico do movimento. Brises e cobogós reforçam esta característica, além de
auxiliar no conforto interno da edificação. Também, a utilização de painéis solares
fotovoltaicos para converter a energia da luz do Sol, abundante na região, em energia elétrica,
assim contribuindo para uma melhor eficiência energética.
Contrapondo toda essa sobriedade, a implementação de áreas verdes, ao longo do
complexo, ademais o aspecto de humanização e possibilidade de agradável conexão entre
interior e exterior, trazem vigor e beleza à obra.
Enriquecendo a experiência educacional, busca-se ressignificar o processo
comunidade-escola, onde a ideia consiste em fazer com que o espaço seja aproveitado por
mais pessoas, como abrir algumas partes do prédio aos finais de semana para a população,
implantando, assim, um valor simbólico.
4

3. PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO

SETOR ADMINISTRATIVO
Ambiente Quant. Dimensão (m) Área (m²) Ocupantes
Recepção 1 2.5 x 3.0 7.50 1 pessoa fixa + 5 pessoas
Direção 1 2.0 x 2.85 5.7 2 pessoas fixas + 3 pessoas
Coordenação 1 2.0 x 2.85 5.7 1 pessoa fixa + 4 pessoas
Sala Segurança 1 2.05 x 2.2 4.51 1 pessoa fixa + 3 pessoas
Sala dos 5 (1 professor p/ cada série do
1 4.2 x 2.8 11.76
Professores fundamental I)
Administração 1 3.3 x 2.85 9.4 Pelo menos 1 pessoa fixa
Sala p/ reunião 1 4.35 x 5.2 22.62 10
Sala p/ materiais 1 3.0 x 2.5 7.5 -
pedagógicos
Sala servidor e
1 2.0 x 6.00 12.00 1 pessoa fixa + equipamentos
técnico
Sala reprográfica 1 2.05 x 2.0 4.1 -
Atendimento 1 6.3 x 6.5 40.95 20 pessoas
financeiro
1 box
Banheiro 1.0 x 2.5 2.5 1 por vez
(Fem. Masc.) por sexo
Banheiro PCD 1 asex. 1.55 x 1.55 2.4 1 por vez
TABELA 4 – Pré-dimensionamento do Setor Administrativo
Fonte: Autor, 2020

Descrição: O setor administrativo é a área responsável pela gestão das atividades


institucionais. Conta com uma recepção, que recebe e direciona pessoas e/ou serviços;
Direção, que se constitui por acolher o diretor e vice-diretor da escola, como um local para
realizar atividades das suas respectivas funções de gestão; a Coordenação, sala destinada à
coordenador pedagógico, o qual irá definir rotina pedagógica da escola, calendário letivo,
entre outras atividades; Sala de Segurança, dedicada ao monitoramento e segurança dos
indivíduos que estiverem dentro do instituto; Sala dos professores, espaço para acolher os
docentes, à exemplo, durante os intervalos, para descanso ou realização de atividades
necessárias à função; Administração, função administrativa do complexo, abrangendo dados
dos alunos e funcionários; Sala para reuniões, espaço que promove eventuais reuniões com
funcionários e/ou pais; Sala para materiais pedagógicos, localizada próximo à sala dos
professores, tem como objetivo armazenar materiais necessários à didática escolar; Sala
servidor técnico, sala
4

que contém rede de provedor, juntamente com um técnico de manutenção dos serviços, Sala
reprográfica, sala destinada para reproduções de documentos necessários; Atendimento
financeiro, área destinada para atender e resolver problemas Banheiros, destinados a higiene
pessoal e necessidades fisiológicas dos funcionários; Banheiro PCD, destinados a higiene
pessoal e necessidades fisiológicas dos funcionários com mobilidade reduzida.

SETOR DE SERVIÇO
Ambiente Quant. Dimensão (m) Área (m²) Ocupantes
Refeitório 1 6.0 x 6.67 40 120
Cozinha 1 3.0 x 4.0 12 3
Despensa 2 2.0 x 4.0 8 -
Abrigo de lixo 1 2.0 x 1.0 2 -
Central de gás 1 2.0 x 2.0 4 -
Ambulatório 1 2.8 x 4.3 12 3
Sala funcionários 1 2.5 x 4.0 10 6
1 vaga a cada
Estacionamento 1 - 1 veículo por vaga
75m² construído
Área para receber 1 6.0 x 3.0 18 -
mercadorias
Almoxarifado 1 3.0 x 3.0 9 -
1 por 1 por vez em
Banheiro/Vestiário 2.5 x 2.95 7.40
sexo cada ambiente
Banheiro/Vest.
1 asex. 1.55 x 2.0 3.1 1 por vez
PCD
Reservatório 1 10.000 Litros 2.8m (diâmetro) -
TABELA 5 – Pré-dimensionamento do Setor de Serviço
Fonte: Autor, 2020

Descrição: Setor que oferece serviços de apoio à instituição. Composto por uma cozinha,
espaço destinado ao preparo de refeições para atender alunos e funcionários; Refeitório, lugar
em que se farão as refeições em comum; Despensa, espaço que servirá para armazenamento
de mantimentos (frios e secos); Abrigo de lixo, local para reunir o lixo diário produzido;
Central de gás, área que contém os recipientes e acessórios destinados ao armazenamento de
gás liquefeito de petróleo (GLP); Ambulatório, espaço destinado ao atendimento básico de
saúde a uma pessoa; Sala dos funcionários, ambiente para estar e descanso dos
funcionários que
4

atendem o setor de serviço; Estacionamento, local para estacionar veículos; Área para
receber mercadorias, local para carga e descargas necessárias; Almoxarifado, para depósito
e estoque de objetos e/ou materiais; Banheiros/Vestiário, destinados a higiene pessoal,
necessidades fisiológicas, troca de roupas e/ou acessórios; Banheiro/Vestiário PCD,
destinados a higiene pessoal, necessidades fisiológicas, troca de roupas e/ou acessórios de
pessoas com mobilidade reduzida; Reservatório, armazenar reserva de água para uso do
sistema quando for fundamental.

SETOR PEDAGÓGICO
Ambiente Quant. Dimensão (m) Área (m²) Ocupantes
Sala de aula 5 4.3 x 7.0 30 25
Ateliê de artes 1 4.3 x 5.2 22.36 25
Sala multimídia 1 4.3 x 5.60 24.10 30
Lab. Informática 1 4.3 x 7.89 33.9 25
Lab. Ciências 1 4.3 x 4.98 21.4 25
Horta 1 2.5 x 3.2 8.00 -
Banheiro (Fem. e
2 por sexo 2.34 x 3.66 6.11 2 por vez
Masc.)
Banheiro PCD 1 asex. 1.55 x 1.55 2.4 1 por vez
Biblioteca 1 11.2 x 9.0 100.8 100
Auditório 1 11.2 x 9.0 100.8 100
Sala 1 2.0 x 2.85 5.7 1 pessoa fixa
psicopedagógica

Área de vivência 1 8.0 x 10 80 240

Sala p/ estudos 1 4.3 x 5.60 24.10 30


individuais
Sala p/ estudos
em grupo e Web 4 3.5 x 4.0 14 6 pessoas em cada sala
Space
Sala p/ descanso 1 6.0 x 6.67 40 120

TABELA 6 – Pré-dimensionamento do Setor Pedagógico


Fonte: Autor, 2020

Descrição: O Setor Pedagógico abrange a relação entre professores, conteúdo e alunos. Conta
com Salas de Aula, local onde é repassado conteúdos e tarefas aos alunos; Ateliê de artes,
4

lugar para produção artística dos alunos; Sala multimídia, ambiente audiovisual para apoio
necessário à instituição; Laboratório de Informática, sala dotada de acesso à internet e
computadores para alunos desenvolverem atividades de informática básica; Laboratório de
Ciências, sala para aulas e demonstrações de experiências científicas de nível infantil aos
alunos; Banheiros, destinados a higiene pessoal e necessidades fisiológicas dos alunos;
Banheiro PCD, destinados a higiene pessoal e necessidades fisiológicas dos alunos com
mobilidade reduzida; Biblioteca, local que armazena acervo de livros pedagógicos para
consulta; Auditório, recinto designado para a realização de conferências, apresentações,
solenidades, etc; Sala psicopedagógica, sala destinada ao apoio psicopedagógico das
crianças; Área de vivência, destinada para recreação/convívio mútuo; Sala p/ estudos
individuais, em grupo e web space, espaço para proporcionar estudos e pesquisas.

SETOR ESPORTIVO
Ambiente Quant. Dimensão (m) Área (m²) Ocupantes
Quadra 1 10.0 x 20.0 200 10
Piscina 1 5.0 x 9.0 45 24
Banheiro/Vest.
2 por sexo 3.95 x 3.95 15.56 2 por vez
(Fem. Masc.)
Banheiro/Vest. PCD 1 asex. 1.55 x 2.0 3.1 1 por vez
Sala p/ Materiais
1 3.0 x 2.5 7.5 -
Esportivos
TABELA 7 – Pré-dimensionamento do Setor Esportivo
Fonte: Autor, 2020

Descrição: Setor que abrange as instalações esportivas da instituição. Contém uma quadra
poliesportiva, destinada para realizações práticas de mais de um esporte; Piscina, instalações
próprias para natação e alguns outros esportes aquáticos; Banheiros/Vestiário, destinados a
higiene pessoal, necessidades fisiológicas, troca de roupas e/ou acessórios;
Banheiro/Vestiário PCD, destinados a higiene pessoal, necessidades fisiológicas, troca de
roupas e/ou acessórios de pessoas com mobilidade reduzida; Sala para materiais esportivos,
armazenamento de materiais necessários à prática esportiva.
4

4. FLUXOGRAMA
4.1 Geral

ADMNISTRATIVO

SERVIÇO
ESPORTIVO

PEDAGÓGICO

GRÁFICO 1 – Organograma
Fonte: Autor, 2020

4.2 Setor Administrativo

Vem do
Estacionamento

RECEPÇÃO

DIREÇÃO ADMNISTRAÇÃO

COORDENAÇÃO SALA P/ REUNIÃO

S. SEGURANÇA
SALA DOS PROF.

SALA MAT. BANHEIROS


PEDAGÓGICO
REPROGRAFIA

SALA SERVIDOR E TÉCNICO


ATENDIMENTO
FINACEIRO

GRÁFICO 2 – Fluxograma Setor Administrativo


Fonte: Autor, 2020
4

4.3 Setor de Serviço


Vem da via pública
Á. DE VIVÊNCIA AMBULATÓRIO
ESTACIONAMENTO
AUDITÓRIO
RESERVATÓRIO REFEITÓRIO

ALMOXARIFADO
ABRIGO DE LIXO
COZINHA
DESPENSA
CENTRAL DE GÁS
SALA DOS
BANHEIROS/VEST
FUNCIONÁRIOS
REC. MERCADORIAS
Via pública ESTAC. FUNCIONÁRIO

GRÁFICO 3 – Fluxograma Setor de Serviço


Fonte: Autor, 2020
4.1 Setor Pedagógico
ESCADA/ELEVADOR
Pav. da Administração

SALAS DE AULA LABORATÓRIOS


Área descoberta/
vivência
SALA PSICOPEDAG. S. EST. EM GRUPO

SALA MULTIMÍDIA S. EST. INDIVIDUAIS


HORTA

BANHEROS ATELIÊ DE ARTE

GRÁFICO 4 – Fluxograma Setor Pedagógico


BIBLIOTECA S. P/ DESCANSO
Fonte: Autor, 2020

4.2 Setor Esportivo


Área descoberta/
QUADRA PISCINA
vivência

BANHEIRO/VEST. SALA MAT. ESPORTIVOS

GRÁFICO 5 – Fluxograma Setor Esportivo


Fonte: Autor, 2020
4

5. MATRIZ DE RELEVÂNCIA ENTRE AMBIENTES


MATRIZ DO SETOR ADMINISTRATIVO
Grau de influencia

Sala dos Professores

Sala reprográfica
1

Banheiro (Fem.
Sala Segurança
Pouco importante

Sala p/ reunião
Administração

Banheiro PCD
Coordenação
2 Intermediário

pedagógicos
Recepção

Direção
3 Importante

Sala p/

Masc.)

TOTAL
mat.
4 Muito importante
Recepção 3 3 3 2 2 2 1 3 2 2 20
Direção 3 3 2 2 2 3 1 3 2 2 20
Coordenação 3 3 1 2 2 3 1 3 2 2 19
Sala Segurança 3 2 1 1 2 1 1 1 2 2 15
Sala dos Professores 2 2 2 1 2 3 4 3 2 2 20
Administração 2 2 2 2 2 2 1 3 2 2 17
Sala p/ reunião 2 3 3 1 3 2 1 2 2 2 19
Sala p/ materiais 1 1 1 1 4 1 1 4 1 1 12
pedagógicos
Sala reprográfica 3 3 3 1 3 3 2 4 1 1 24
Banheiro (Fem. 2 2 2 2 2 2 2 1 1 4 19
Masc.)
Banheiro PCD 2 2 2 2 2 2 2 1 1 4 19
TABELA 8 – Matriz do Setor Administrativo
Fonte: Autor, 2020
4
MATRIZ DO SETOR DE SERVIÇO
G. de influencia

Área p/ recb. mercador.

Banheiro/Vestiário

Banheiro/est. PCD
1 Pouco

Sala funcionários

Estacionamento
importante

Abrigo de lixo

Central de gás

Almoxarifado

Reservatório
Ambulatório
2 Intermediário

Refeitório

Despensa
Cozinha
3 Importante

TOTAL
Pátio
4 Muito
importante
Refeitório 4 3 3 2 2 1 1 1 2 1 3 3 1 26
Cozinha 4 1 4 4 4 1 2 2 3 1 3 3 3 32
Pátio 3 1 1 1 1 3 1 1 1 1 2 2 1 18
Despensa 3 4 1 2 1 1 1 2 2 1 1 1 1 20
Abrigo de lixo 2 4 1 2 4 1 1 2 3 1 1 1 3 23
Central de gás 2 4 1 1 4 1 1 2 3 1 1 1 3 22
Ambulatório 1 1 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 14
Sala funcionários 1 2 1 1 1 1 1 3 1 1 3 3 2 19
Estacionamento 1 2 1 2 2 2 1 3 3 1 1 1 2 20
Área p/ receb. merc 2 3 1 2 3 3 1 1 3 2 1 1 3 23
Almoxarifado 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 13
Banheiro/Vestiário 3 3 2 1 1 1 1 3 1 1 1 4 2 22
Banheiro/Vest.PCD 3 3 2 1 1 1 1 3 1 1 1 4 2 22
Reservatório 1 3 1 1 3 3 2 2 2 3 1 2 2 26
TABELA 9 – Matriz do Setor de Serviço
Fonte: Autor, 2020
4

MATRIZ DO SETOR PEDAGÓGICO


Grau de influencia

Salas de est./Web spac

Ban. (Fem.Masc. PCD)

Sala Psicopedagógica
1 Pouco
importante

Sala p/ descanso
Sala multimídia
2 Intermediário

Ateliê de artes
Salas de aula

Laboratórios
3 Importante

Biblioteca

Auditório

TOTAL
Horta
4 Muito
importante
Salas de aula 2 2 2 3 1 3 2 2 1 3 18
Ateliê de artes 2 1 1 1 1 3 2 1 1 2 14
Sala multimídia 2 1 1 2 1 2 1 1 1 2 12
Laboratórios 2 1 1 2 1 2 1 1 1 2 14
S. de est./Web Sp. 3 1 2 2 1 2 2 1 1 2 17
Horta 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 11
Banheiro 3 3 2 2 2 1 4 3 3 1 23
(Fem.Masc. PCD)
Sala p/ descanso 2 2 1 1 2 1 4 2 1 2 18
Biblioteca 2 1 1 1 1 2 3 2 1 2 15
Auditório 1 1 1 1 1 1 3 1 1 2 13
S. Psicopedagóg. 3 2 2 2 2 1 1 2 2 2 19

TABELA 10 – Matriz do Setor Pedagógico


Fonte: Autor, 2020

MATRIZ DO SETOR ESPORTIVO


Grau de influencia
Sala p/ Materiais

1 Pouco importante
Banheiro/Vest.

Banheiro/Vest.
(Fem. Masc.)

2 Intermediário
Esportivos
TOTAL
Quadra

3 Importante
Piscina

PCD

4 Muito importante
Quadra 3 3 3 3 12
Piscina 3 3 3 3 12
Banheiro/Vest. 3 3 3 1 10
(Fem. Masc.)
Banheiro/Vest. PCD 3 3 3 1 10
Sala p/ Materiais
3 3 1 1 8
Esportivos
TABELA 11 – Matriz do Setor Esportivo
Fonte: Autor, 2020
4
6. PROPOSTA/OBJETIVOS DO EMPREENDIMENTO
A proposta do empreendimento tem como principal objetivo o projeto de uma
escola de ensino fundamental, que atende alunos do 1° ao 5° ano.
Objetivo, este, que foi concluído a partir dos dados apresentados no panorama
geral do presente trabalho, onde percebeu-se a carência do domínio de habilidades escolares
básicas na grande maioria dos jovens, portanto a atenção deve ser voltada à fase inicial,
remetendo ao ensino fundamental I.
Devido esta problemática e aos dados apurados, visa, em Caxias - MA, um local
que necessite de apoio pedagógico, para implementar a instituição escolar a que se propõe.

7. PLANTA BAIXA GERAL COM SETORIZAÇÃO/ACESSOS GERAIS


7.1 Parâmetros Urbanos
Acerca da legislação, podemos citar o plano diretor de Caxias, lei nº 1.637/2006, o
qual em seu Título III, Capítulo I, Art. 10° - item I - §1°, determina construir, ampliar e
reformar escolas para a Educação Infantil e Ensino Fundamental. Assim como também, no
item III – ensino fundamental, §3°, estabelece garantir condições para inserção da disciplina
Educação Física nas séries iniciais do Ensino Fundamental.
O plano diretor da cidade, também define em seu Título IV, Capítulo I – Das
diretrizes gerais da política urbana:
Art. 33 – IV. “promover a ocupação dos vazios públicos urbanos, com usos preferencialmente
voltados para o lazer, a preservação ambiental, a habitação social ou para equipamentos
comunitários;”
Art. 33 – V. “promover condições adequadas de mobilidade e acessibilidade (...) na circulação
urbana e nos equipamentos públicos;”
Com relação aos afastamentos a serem adotados, pode-se citar lei do parcelamento
do solo urbano do município de Caxias - Maranhão, o qual dispõe em seu anexo I, uma tabela
(Tab. 12) que faz referência à distância a ser considerada em determinados locais, onde os
valores da rodovia BR-316 é de interesse para o projeto em questão.

TABELA 12 – Tabela non aedificandi.


Fonte: Lei de parcelamento do solo urbano - Caxias
5
Esta lei não define afastamentos laterais e/ou de fundo, portanto, se adotará os
recuos (Tab. 13) definidos na Lei de zoneamento, parcelamento, uso e ocupação do solo de
Imperatriz, uma vez que a cidade possui mesmo zoneamento bioclimático, parâmetros,
diretrizes construtivas e estratégias de condicionamento térmico de Caxias, segundo o Projeto
02:135.07-001/3, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

TABELA 13 – Tabela afastamentos laterais e de fundos


Fonte: Lei de zoneamento, parcelamento, uso e ocupação do solo - Imperatriz

7.2 Análise do Terreno


O terreno escolhido localiza-se ao lado da Avenida Édson Lobão, próximo à BR-
316, no bairro Volta Redonda, Zona Sul de Caxias-MA, local que proporciona um terreno em
forma poligonal de 20.567m² de área (Fig. 18), sem nenhuma utilização. Sua localização,
inclusive, permite atender a bairros carentes da zona, a exemplo temos a Vila São José e
Itapecuruzinho.

FIGURA 18 – Terreno escolhido.


Fonte: Software Google Earth, 2020.
5
O acesso à área escolhida pode ser feito, principalmente, através da BR-316 e pela
Avenida Édson Lobão, rodovias que dão acesso direto ao terreno. Secundariamente, temos os
prolongamentos das ruas Costa Sobrinho e Cristiano Gonçalves, além da Rua do Espírito
Santo, Avenida Volta Redonda e Rua do Fio que dão acesso às rodovias de principais acessos.
A classificação de tais vias compõe-se, fundamentalmente, de trânsito rápido,
coletoras e locais (Fig. 19). A rodovia BR-316, via de trânsito rápido, tem, em média, 16
metros de largura, somada o valor da pista completa, incluindo seus dois sentidos de direção.
A Avenida Édson Lobão, define-se como via coletora, pois coleta e distribui o trânsito que
tem necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito rápido, tem largura média de 8,60
metros - cada uma das duas vias -, e canteiro central medindo 4,47 metros. As vias Costa
Sobrinho, Cristiano Gonçalves, Rua do Espírito Santo, Avenida Volta Redonda e Rua do Fio,
são coletoras secundárias, as quais possibilitam o trânsito dentro da região, todas estas,
possuindo em média 10 metros de largura.

Legenda:
Área do terreno
Via de trânsito rápido
Via coletora
Via coletora secundária
Via local
FIGURA 19 – Classificação das vias no entorno
Fonte: Autor, 2020.

A região é composta essencialmente por residências, mas também contém


empreendimentos institucionais, à exemplo, a estação de tratamento de água SAAE, igrejas e
uma UBS – Unidade Básica e Saúde, pontos comerciais que consistem em restaurantes, bares
e posto de gasolina (Fig. 20). Todos os estabelecimentos no entorno recebem baixo gabarito,
variando de um até três pavimentos.
5

Legenda:
Área ÁreadoÁrea Área Área
terreno
verde
residencial
institucional
comercial
FIGURA 20 – Uso e ocupação no entorno do terreno
Fonte: Autor, 2020.

Apoiado nos estudos da rosa dos ventos em Caxias – MA e do uso de ferramentas


para análise do percurso do sol, da direção e velocidade do vento incidente no terreno, foi
possível obter dados acerca da orientação solar e frequência dos ventos.
É de conhecimento geográfico geral, quanto aos pontos cardeais, que o sol nasce
ao leste e se põe ao oeste, sendo assim, tais eventos são conhecidos como sol nascente e sol
poente, respectivamente. No aspecto geral (Fig. 21 e 22), o horário que o sol surge no
horizonte, se dá às 5 horas e 55 minutos, e some ao horizonte às 17 horas e 57 minutos, os
ventos vêm predominantemente da direção sudeste, a uma velocidade média de 1,4 m/s
(metros por segundo).

FIGURA 21 – Horário nascente/poente; direção/velocidade dos ventos


Fonte: WindCompass, 2020.
5

Legenda:
Área do terreno
Sol nascente
Sol poente
Trajetória do Sol
Direção dos ventos
FIGURA 22 – Orientação solar e direção dos ventos
Fonte: Autor, 2020.

Quanto à infraestrutura da área, pode-se definir como mediana. O entorno do


terreno possui sinalização por meio de placas, tais como, indicações de quebra mola, retorno e
parada obrigatória, também conta com postes para iluminação, sendo dispostos um total de 10
(dez) unidades ao longo do terreno, com uma distância de 40 (quarenta) metros entre eles,
onde sua distribuição consiste em 7 (sete) postes na fachada principal, fachada BR-316, e 3
(três), na fachada lateral, voltada para a Avenida Édson Lobão. Não contém mobiliário urbano
específico para parada do transporte coletivo, esse sistema funciona através de paradas casuais
durante o percurso.
No que se refere a disponibilidade hídrica e sanitária, conta com o Serviço
Autônomo de Água e Esgoto – SAAE, que fica localizado apenas a uma distância de 233,60
metros do terreno em questão, medidos de eixo a eixo. A coleta de lixo é feita três vezes
durante a semana, por meio de caminhões compressores, em dias definidos, sendo eles: terça-
feira, quinta-feira e sábado. A região também conta com disponibilidade de serviços como
correios, internet e outros sistemas de comunicação.
Em relação a topografia do terreno escolhido, pode-se afirmar que tem pouca
diferença em desníveis. Iniciando a análise (Fig. 23) pelo lado leste do terreno, no ponto com
angulação de 89,28°, segue sentido sul, com medida igual a 96,72 metros e forma ângulo de
94,77° seguindo em direção oeste, numa medida de 181,45 metros; a partir deste ponto, vai na
direção norte, a um ângulo de 90,15° e medida igual a 132,35 metros, fechando uma
angulação de 76,92° e comprimento 94,47 metros, sentido leste; deste ponto, faz um pequeno
recuo no polígono do terreno, direção sul, de ângulo 97,39° e 7,96 metros de comprimento,
e logo em
5
seguida retoma a direção leste, com medida de 98,20 metros, fechando a forma poligonal de
área igual a 20.567,17m².

FIGURA 23 – Análise topográfica do terreno


Fonte: Autor, 2020.

Quanto a análise a partir das curvas de nível, o terreno tem seu ponto mais alto na
fachada secundária, lado leste, com nível de 0,73 metros e segue em declive na direção oeste,
onde se caracteriza a parte mais baixa do terreno, com 0,66 metros, percebendo que seus
declives são mínimos, consistindo em apenas 1 centímetro a cada 28 metros, em média.

7.3 Setorização e acessos gerais

Sol Poente

Setor Administrativo
Setor de Serviço
Sol nascente Setor Pedagógico
FIGURA 24 – Setorização Setor Esportivo
Fonte: Autor, 2020. Direção dos ventos
5

Acesso Social
Acesso de serviço/apoio

FIGURA 25 – Acessos gerais


Fonte: Autor, 2020.

Vegetação

Reservatório
Estacionamento
Social

Estacionamento funcionários

FIGURA 26 – Vegetação
Fonte: Autor, 2020.

8. IMAGENS ILUSTRATIVAS DA PROPOSTA

FIGURA 27 – Fachada Frontal


Fonte: Autor, 2020.
5

FIGURA 28 – Fachada Lateral Sul – Com e sem Vegetação


Fonte: Autor, 2020.

FIGURA 29 – Vista Paralela


Fonte: Autor, 2020.
5

FIGURA 30 – Auditório
Fonte: Autor, 2020.

FIGURA 31 – Área de convivência


Fonte: Autor, 2020.
5

FIGURA 32 – Área coberta do espaço de convivência


Fonte: Autor, 2020.

FIGURA 33 – Fachada Frontal – Setor Esportivo


Fonte: Autor, 2020.
5

FIGURA 34 – Vista interna da quadra poliesportiva


Fonte: Autor, 2020.

FIGURA 35 – Vista Lateral – Setor Esportivo


Fonte: Autor, 2020.
6

FIGURA 36 – Vista interna - Biblioteca


Fonte: Autor, 2020.

FIGURA 37 – Vista interna 2 - Biblioteca


Fonte: Autor, 2020.
6

FIGURA 38 – Vista interna – sala de estudos individuais


Fonte: Autor, 2020.

FIGURA 39 – Vista interna – sala de estudos em grupo


Fonte: Autor, 2020.
6
V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Artigos:
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hoje: é possível atualizar usos em projetos padronizados? Cadernos PROARQ, p. 59, 2007

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“lugar” do conhecimento: um estudo de avaliação de desempenho com abordagem
interacionista. Anais do NUTAU, 2004

BENEVOLO, L. Diseño de la ciudad. El arte y la ciudad contemporánea. México: Gustavo


Gili, 1978.

BUFFA, E., PINTO, G. de A. Arquitetura e educação: organização do espaço e propostas


pedagógicas dos grupos escolares paulistas, 1893/1971. São Carlos: Brasília: Inep, 2002.

COIMBRA, Cecília Maria B. As funções da instituição escolar: análise e reflexões.


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FARIA FILHO, L. M. Dos pardieiros aos palácios: cultura escolar e urbana em Belo
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FERREIRA, F.; MELLO, M. G. Fundação para o desenvolvimento escolar: estruturas pré-


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KRUGER, Abe. Construção Verde: princípios e práticas em construção residencial. São


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MEADOWS, D. H.; MEADOWS, D. L.; RANDERS, L. Beyond the limits: confronting


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MIKHAILOVA, Irina. Sustentabilidade: evolução dos conceitos teóricos e os problemas de


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Dissertações:
BARBOSA, G. S. Educação ambiental, uma política educacional: como a escola a acolhe?.
2008. Dissertação (Mestrado em educação) - Faculdade de Educação, Universidade Federal
de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, 2008

MASCARELLO, Vera Lúcia Dutra. Princípios bioclimáticos e princípios de arquitetura


moderna: evidências no ambiente hospitalar. 2005. 147 f. Dissertação (Mestrado em
Arquitetura) – Faculdade de Arquitetura – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto
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MENEGUZZO, Isonel Sandino. CHAICOUSKI, Adeline. MENEGUZZO, Paula Mariele.


Desenvolvimento sustentável: desafios à sua implantação e a possibilidade de minimização
6
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VILLELA, Dianna Santiago. A sustentabilidade na formação atual do arquiteto e


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Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, Belo Horizonte, 2007. Disponível em:
<http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/RAAO-
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Leis:
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BRASIL. LEI N.º 559/XII/3ª, “Estabelece o número mínimo e máximo de alunos por
turma”. Palácio de São Bento, 23 de abril de 2014.

BRASIL. LEI N° 9.394, Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, de 20 de


dezembro de 1996.

BRASIL. LEI N° 9.503, institui o Código de Trânsito Brasileiro. Setembro, 1997.

BRASIL. LEI N° 6.938, Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Brasília, 1981.
6
LEI N.º 1.838/2009, dispõe sobre a definição e delimitação dos bairros da cidade de
Caxias/Ma. Estado do Maranhão Prefeitura Municipal De Caxias Gabinete Do Prefeito,
dezembro, 2009.

Livros:
KOWALTOWSKI, Doris Catharine Cornelie Knatz. Arquitetura escolar: o projeto do
ambiente de ensino. São Paulo: Oficina de Textos, 2011.

LAMBERTS, Roberto; DUTRA, Luciano; PEREIRA, Fement. Eficiência Energética na


Arquitetura.3. ed. Rio de Janeiro: Eletrobras, 2009. 382 f. Disponível em:
<http://www.mme.gov.br/documents/10584/1985241/Livro%20-
%20Efici%C3%AAncia%20Energ%C3%A9tica%20na%20Arquitetura.pdf>. Acesso em

2019 NEUFERT, Ernst. Neufert: Arte de projetar em arquitetura. Edição 18ª, 2013.

VELLOSO, Lúcia. Literatura e representações da escola pública de horário integral. Rio


de Janeiro, 2001.

Sites, reportagens e jornais:


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<https://www.archdaily.com.br/br>. Acesso em: 17 out. 2019

DÍAS, Tatiana. 7 dados que mostram como está a educação brasileira hoje, Jornal Nexo,
2016. Disponível em: <https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/04/04/7-dados-que-
mostram-como-est%C3%A1-a-educa%C3%A7%C3%A3o-brasileira-hoje>. Acesso em: 11
set. 2019

FERRIER, Jacques. Escola Internacional Francesa em Pequim, 2016. Disponível em:


<https://www.archdaily.com.br/br/867371/escola-internacional-francesa-em-pequim-jacques-
ferrier-architecture>. Acesso em: 17 out. 2019

FUNDAÇÃO VANZOLINI. Escola pública estadual na Vila Brasilândia é certificada AQUA,


2012. Disponível em: < https://vanzolini.org.br/noticia/escola-publica-estadual-na-vila-
brasilandia-e-certificada-aqua/>. Acesso em: 20 out. 2019
6
MATHIAS, Maíra. Unesco divulga relatório sobre a educação no mundo. (Reportagem) -
Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, 2016.

NUNES, William. Ilha da Juventude foi a primeira escola pública certificada no Brasil, 2018.
Disponível em: < http://goinggreen.com.br/2018/10/17/ilha-da-juventude-foi-a-primeira-
escola-publica-certificada-no-brasil/>. Acesso em: 24 out. 2019

UNESCO. Representação da Unesco no Brasil. Disponível em:


<https://www.unesco.org/new/pt/brasilia/education/educational-quality/literacy/>. Acesso em:
09 set. 2019

QEDU. Lista completa de escolas, cidades e estados, 2018. Disponível em:


<https://www.qedu.org.br/busca>. Acesso em: 12 set 2019

SOLAR, ATP. Escolas sustentáveis, 2018. Disponível em:


<http://www.atpsolar.com.br/escolas-sustentaveis/>. Acesso em: 24 out. 2019
6
VI. ANEXOS E APÊNDICES

1. AVAL DO ORIENTADOR
2. APRESENTAÇÃO
-
Sumario INTRODU<;Ao RESULTADOS E
DISCUSSOES
5 PROBLEMA.TICA

CONSIBERACOES

--
JUSTIFICATIVA 34
FIN
7 OBJETIVOS

8 REFERENCIAL TEORICO 35 _ REFE NCIAS


BIBLIOGRAf'ICAS
9 ESTUDO DE CASO

10 METODOLOGIA
11 CONCEITOIPARTIDO

--
PROJETO -
-S¥

Introdu9a
o
0 projeto consiste no estudo e desenvol virnento de uma escola pi1blica de ensino fundamental I ( ..)
insen;:ao do alm10 na educa9ao, cultma e espo1te, vi.s ando, tambem, aplicar estrategias condizentes ao
bioclima presente na regiao.
Problematica
Mm1do: 750 milhoe s de adulto s analfabetos
(UNESCO)
Brasil: 13,2 milhoes de brasileiros nao sabem ler e escrever
(PNAD)
Nordeste: taxa de analfab etismo de 16,9%
(PNAD)
Maranhao: a grande maioria nao domina as competencias basicas
(MEC)
Caxias: taxa de escolarizm,;ao, a ultima posiya o se comparada as outras ciclades da
(lBGE)
micro regiao

Justificativa
Escolas publicas municipais que atendem ao ensino fundamental
Quant. de alunos por sala
Nivel escolar Escolas - Zona Sul Caxiense (media)
Somente Fundamental I U. E. M. Lourdes Feitosa 41

U. I. M. Guiomar Cmz Assunya o 30

Somente Fundamental II U. I. M. Deborah Pereira 25


u. I. M. Antonio Edson 30
U. E. Achiles Crnz 32
U. I. M. Prof' Marinalva Soares
Guimarae s 38
Fundamental I e II
U. I. M. Marlv Sarnev Costa 37
TABELA 1 - Esco las p(1b icas municipais - Ens ino Fund amental
F onte: Censo Escola. 2019

6
Objetivos

Objetivo Geral
Elaborar urn projeto de escola pi1blica de ensino fundamental I e de tempo integ ral, com apJt ,oe:
de estrategias tecnicas sustentave is alinhadas ao bioclima a cidade de Caxias - Maranhao.

Objetivos Especificos
• Fo1mar base teorica e pratica para desenvolver um projeto de arquitetura escolar.
• Implan tar estrategias sustenta veis na edifica9ao.
• Criar ambientes que respeite usuarios e elementos naturais, integrando-os.

Referencial Te6rico

Arquitetura Escola ·
"I - educa9ao basica obrigatoria e gratuita dos 4 aos 17 anos de idade, assegurada
inclusive sHa ofe1 a gratuita para todos os que a ela nao tiveram acesso na idade
!?ropria; (...)" ( ONSTITUI Ao, 1988)

J\.rquifetura Bioclimatica
Arquitetma biocli.matica consiste em projetar uma edifica9ao utilizando radia9ao solar, ventila9ao
natura<l ilum ina9ao natural e sombreamento com o objetivo de proporcionar conf011o ambiental
(MASCARELLO, 2005)

8
Estudo de caso
ESCOLA INTERNACIONAL FRANCESA - PEQUIM, CHINA

FIGURA I - Edific io (Max. 3 pav ime nto s) jm1to a espa c;os v erdes FIGURA 2 - Pavimento teff eo e supe1io r. respec tiv .unente.
Fonte: Archdaily. 2016 Fonte: A.rchd aily, 2016

-S'd- 9

Metodologia

• Ap01te bibliografico: artigos cientificos, livros , teses, joruais, trabalhos finais de gradt IB9ao, sites e
pesq uisas na cidade de Caxias/I\i1A. -
• Obras de Doris Kowalto wski
• Leis: a Lei de Diretrizes e Bases da Educa9ao Nacional- LDB
Projeto lei 11° 559/XII/a3
-
Lei 11° 1.637/2006- Plano diretor de Caxias/I\i1A
Minuta de parcelamento do solo urbano do municipio de Caxias /I\i1A
• Softwares: ArchiCAD, AutoCad, CorelDRAW, WindCompass, Google Eaith Pro, Sketchup e
Lumio,n

--
- 10
Conceito Partido
• Premissas trabalhadas por Kowaltowski, onde
• Constmi;ao nilo tao alta, de fonna a promover
a rela<;ao da linguagem arquitetonica diz
concordancia com seu entomo fonnado por
respeito ao gabarito da edifica9ilo
edifica9oes de ate tres pavimentos
• Fo11alecer o relacionamento entre sociedade e
• Abrir partes do predio aos fmais de semana
o ambiente escolm buscm1clo ressignificar
para a popula9ao, implantando, assnn, mn
o processo comunidade-escola
valor simbo lico
• A preocupai;ao com o confo110 ambiental
• 0 uso do concreto devido sua capacidade de
tambem e um cuidado que influencim·a a pm1e
resistencia as intemperies; Brises e cobogos -
arquitetonica
caracteristicos do mo vimen to + confo101;
• Arquitetura Modemista paineis solares fotovoltaicos ; area s verdes , ao
longo do complexo - hmnanizai;ao + vigor a
obra.

11

Analise do Terreno
Projeto
Legenda:
U . E_ M_ Lourdes Feitosa
, Escolas - somente Fundamental II

f Escolas - Fundamental 1 e I1

Raio de in fluellcia - 1500 metros

D Maiorarea ociosa
D Area ocios a com baixa densidade demogri fica

F!G lJ"RA 3 - Brasi l


Fon t -:- g le im agens, 202 0.
(

7·\

FIGURA 5 - Caxias Fonte: Goog le imagens, 2020.

FIGURA 6 - Zona Sul


Fonte: Google Earth, 2020

FIGURA 4 - Nordeste
Fo nte : Goo gle imagens, 2
020. FIGURA 7 - Terreno

- Fonte: GoogleEarth, 2020


12
Analise do Terreno
Projeto
N

Sol poente
0
..
Sol nascente
FIGURA 8 - Setor izacao FIGURA 9 - Acessos gerais
Fonte: Autor, 2020 Fonte:Autor , 2020 .

Legenda:
Lege nda:
• Setor Admi nistrat
ive Setor de Seivii;o - - - - Acesso soc ial
• Setor Pedag6gico - - - - Acessos de servii;o/apo io
• Setor Esportivo
.,_ D ire9 fio dos ventos

13

Implanta9ao
Projeto
AOJ.COs1Asloii,;.,,,o

I\
.. ..
,
n 14
Pavimento - Terreo
Projeto

FIG. 10 - P. Baixa Escoh Nivaldo Braga


Fonte: Paran 1950

FlG 11 - Corinha
Fonte: Autor, 2020
FfG_ 12 - Area para exposii;iio
Fonte: Autor, 2020

15

1° Pavimento - Pedag6gico
Projeto

\
\
\
\
\

-
\
F IG. 13 - Sala de aula \
Font e: Au tor, 2020 \

\--
\ Fl G. 15 - Brises. Terracota NDk
Fo nte: Autor, 2020

FIG. 14 - Mesas. da linha Sm a:rtlink


Fonte: Catalogo Smartlink, 2017
16
Projeto 2° Pavimento - Pedag6gico
.

17

Bloco Esportivo
Projeto

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18
Corte
Projeto

Corte
Projeto


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20
Projet Fachad

Fa ch ada Frontal

j I I 1 1 I I I I I I 1 1 1 i"f't"I F'l''.l'1I I 1 1 I1 1 I I I I I I I1 1 j;{1' 9)'l)jf''r a I1


I I I 1 11 1 1 I111 1 1 1 Mfl Ii PtMI I 11 1
B:±:B 1 1 ikt>¾t¼ II I I I 1 1 1 I I 1
I EEEB I I 121 12 j,}J f

F ach ad a Lateral Sul 21

Projeto Perspectivas

22
Projet Perspectiv

FIG. 17 - F
Fonte: A
23

Projeto Perspectivas

24
Projet Perspectiv

25

Projeto Perspectivas

26
Projet Perspectiv

F IG. 2.1 - Seto r Esportivo


27
Fonte: Auter. 2020

Projeto Perspectivas

FIG. 22. - Lateral Setor


Fonte: Autor, 2020
28
Projet Perspectiv

29

Projeto Perspectivas

30
Projet Perspectiv

FIG. 25 - Intern Bibliot«a


F onte: Aut , 2.020.-- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -3 - _J

Projeto Perspectivas

FIG. 26 - Bibliote ca - vista 2


FIG. 27 - Sala para estudos individua is.
Fonte: Autor, 2020
Fonte: Autor. 2020 3
Referencias bibliograficas
BRASIL. LEI N° 1.637, Apro va o Plano Direto1· do Municipio de Caxias, Estado do Maranhao, outubro, 2006.
BRASIL. Dispoe sobre o parcelamento do solo urbano do municipio de Caxias e da out ras providencias. Caxias,
2015.
BRASIL. LEI N. 559 /XII/3", "Estabelece o ntimern minimo e maximo de alunos por tnn na" . P alacio de
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Silo Bento, 23 de abril de 2014.


KOWALTO WSKI, Doris Catharin e Come lie Knatz. Arquitet ura escolar: o projeto do ambi eute de eusino. Sao
Paulo: Oficina de Textos, 2011.
MASCAREL LO, Vera Lucia Duh·a. P1"inc ipios bioclimaticos e principios de at"quitetnrn moderna: evidencias no
ambiente hospitalar. 2005. 147 f. Dissertayilo (Mesh·ado em Arquitetura) - Faculdade de Arquiten1ra - Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005.
PORTAL MEC. QUADRO DEMONSIRA TIVO DA PROFI CIENCIA ESCOLAR NAS REDES ESTADUAL E
MUl\'lCIPAL NO ESTADO DO MARAi'\'HAO - PROVA BRASIL-2005 . Sao Luis, 2007. Disponivel em:
http://portal.mec.gov.b1i arguivos/conferencia/documentos/dados regioes/dados maranhao.pdf. Acesso em: 11 set 2019
UNESCO. Representai;ao da Unesco no Brasil. Disponivel em:
https://www.une sco.org/new/pt/brnsilia/edu cation/educational-quality/lite racy/. Acesso em: 09 set. 2019.

35

OBRIGADA!

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