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UNIVERSIDADE CEUMA

COORDENAÇÃO DE ARQUITETURA E URBANISMO


CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

NATALIA BEATRIZ SILVA NAIVA DE OLIVEIRA

MEMORIAL JUSTIFICATIVO E DESCRITIVO

ARQUITETURA INFANTIL E SUA INFLUÊNCIA NOS ESPAÇOS EDUCACIONAIS

SÃO LUIS
2023
UNIVERSIDADE CEUMA
COORDENAÇÃO DE ARQUITETURA E URBANISMO
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

NATALIA BEATRIZ SILVA NAIVA DE OLIVEIRA

ARQUITETURA INFANTIL E SUA INFLUÊNCIA NOS ESPAÇOS EDUCACIONAIS

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao Curso


de Arquitetura e Urbanismo da Universidade CEUMA de
São Luís, como requisito parcial à obtenção do título de
bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Orientadora: Prof.ª Tarsis Aires

SÃO LUIS
2023
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO.........................................................................................................4
1.1 Introdução..............................................................................................................4
1.2 Objetivo..................................................................................................................4
2.DIRETRIZES PROJETUAIS ....................................................................................4
2.1 Partido Arquitetônico..............................................................................................4
2.2 Bioclimático............................................................................................................6
2.3 Legislação .............................................................................................................7
2.4 Programa de necessidades...................................................................................7
3. IMPLANTAÇÃO ......................................................................................................8
4. MATERIAIS E TECNICAS CONSTRUTIVAS..........................................................9
4.1 Método construtivo.................................................................................................9
4.2 Cobertura...............................................................................................................9
4.3 Brises ....................................................................................................................9
4.4 Cores......................................................................................................................9
5. DIMENCIONAMENTO...........................................................................................10
5.1 Abastecimento de água .......................................................................................10
5.2 Salas de aula........................................................................................................10
1. INTRODUÇÃO

1.1 Introdução
O projeto apresentado neste documento tratasse de uma reforma e
ampliação de uma escola de ensino primário e fundamental 1, localizada no interior
do maranhão, no município de Pio XII. A escola de pequeno porte comporta apenas
8 salas de aula, que são distribuídas do infantil 1 ao 5º ano, e uma única área comum.
A necessidade da edificação está pela infraestrutura precária, e falta de ambientes
para execução de outras atividades fora da sala de aula. Sendo assim o projeto
propõe uma reforma e expansão da instituição, usando uma metodologia de ensino
como partido arquitetônico, que visa incorporar ambientes que irão servir não
somente extensão de área, mas, qualidade de ensino teórico e prático, bem-estar
para alunos, professores e funcionários, com a intensão de ser referência de
aprendizado público na cidade e região.

1.2 Objetivo

O objetivo do memorial descritivo é especificar todo material que será


utilizado no projeto arquitetônico caracterizando os elementos envolvidos, sistema
estrutural, materiais e técnicas construtivas, estratégia bioclimática e suas
particularidades. Constam no documento, componentes constituintes do projeto
arquitetônico, leis, normas, decretos, regulamentos, códigos referentes à construção
civil, decretos órgãos estaduais e municipais, todos afins de proporcionar a
efetividade do projeto e construção do empreendimento escolar.

2 DIRETRIZES PROJETUAIS

2.1 Partido arquitetônico

Os elementos que foram usados como partido arquitetônico foram:


materiais didáticos como lápis colorido e cubos, a textura do concreto aparente, e o
fundo verde de vegetações. Sendo assim os atributos arquitetônicos usados para se
referirem ao partido arquitetônico adotados são os guarda corpos brises, utilizados no
mezanino do Jardim interno, eles têm um formato tubular e são coloridos, foram
distribuídos de forma que as cores se alteram gradativamente, lembrando uma caixa
de lápis de colorir.
Figura 1: Pátio interno da escola.

Fonte: arquivo pessoal.

Em relação à textura do concreto aparente, foi usado de forma literal. O


método construtivo foi o concreto armado, por ser simples, requer pouca manutenção,
uma vantagem para um prédio público, e possibilita a expansão vertical futura, a
proposta é deixar a estrutura aparente na maioria dos ambientes. Usar a estrutura
como elemento de decoração especialmente em ambiente escolar, teve que ter
condições, para que não fique com aspecto fechado e pesado, foi utilizado com
moderação e contrastando ou outros elementos mais leves, e o acabamento tem que
ser polido e envernizado.
Em relação ao elemento fundo verde no partido, foi implantado um jardim
interno no pátio central, com piso gramado e espaçamento para enraizar arvores de
pequeno porte. Na lateral esquerda e na fachada posterior, o espaço de afastamento
foi usado de duas formas, sendo o da lateral como jardim e solário para os alunos do
ensino infantil 1 a 3, pois estes estão nas salas de aula do pavimento térreo, salas
estas que têm grande abertura no fundo, possibilitando contato direto das crianças
com a natureza; e no afastamento posterior, onde todos tem acesso pelo refeitório e
um acesso restrito aos funcionários pela lateral direita, foi destinado às hortas, para
atividades coletivas dos alunos e consequentemente de abastecimento o refeitório.
2.2 Bioclimático

O que o bioclima da região afetou a disposição dos ambientes foi de grande


tamanho, o setor pedagógico que é um espaço de grande permanecia ficou
posicionado na fachada de sol nascente e de predominância de ventos, enquanto o
setor de serviço e alimentação no poente.

Às salas de multiuso que por desventura ficaram na fachada posterior


desfavorável de ventilação natural e com incidência do sol da tarde, a estratégia para
amenizar a temperatura foi usar na parede um isolamento com EPS e fazer um
acabamento em gesso por cima.
Na fachada frontal, apesar de que a incidência do sol for diurna, ainda
assim foram indicados o uso de brise em tela perfurado, para não atrapalhar na
ventilação, e serviu de elemento decorativo na fachada principal.

Figura 2: Fachada da escola.

Fonte: Arquivo pessoal.


2.3 Legislação

O projeto levou em consideração as normas emitidas pelo FNDE (Fundo


Nacional de Desenvolvimento e Educação) e foi proposto melhorias, das qualidades
básicas de uma instituição de ensino, melhorias estas baseadas no estudo sobre
conforto e bem-estar no aprendizado e no método montessoriano. Além de NBR
9050, para tratar de espaço inclusivos, código de obras de São Luís, não foram
utilizadas normas de zoneamento pois o município não apresenta.

2.4 Programa de necessidades

A lista de necessidades foi baseada na sugerida pelo FNDE, no método


montessoriano e nas necessidades da instituição em si, portanto a dimensão e a
quantidade dos ambientes podem estar fora do padrão, mas não abaixo da norma
estabelecida.
3 IMPLANTAÇÃO

Para definir a implantação da escola no terreno foram considerados alguns


parâmetros indispensáveis para adequação do projeto ao lote, buscando o melhor
posicionamento para privilegiar a edificação e obter as melhores condições para uso:
• Características do terreno: A topografia é regular, apesar do município não
apresentar nenhum documento topográfico, a área aparente ser plano com
declive leve. O que trouxe facilidade em implantar todos os setores em
qualquer parte do terreno.
• Localização e Acesso: Localizado no município de Pio XII-MA, no bairro
monteiro, o a área agregada para a expansão faz parte de um terreno de
esquina com a rua Ceará e Paraíba. O acesso ficou um para cara uma, sendo
o principal na rua Ceará, e o acesso de funcionários na rua lateral.
• Localização da Infraestrutura: Na localização da edificação foi levado em conta
sua relação aos alimentadores das redes públicas de água, energia elétrica e
esgoto, assim como os dimensionamentos existentes na área. Foram
apresentados e aprovados os projetos pela CAEMA e Equatorial, responsáveis
pelo fornecimento.
• Orientação da edificação: A orientação da edificação, visou atender tanto aos
requisitos de conforto ambiental, posicionando as salas de aula de modo que
a ventilação fosse privilegiada, assim como a dinâmica de utilização do edifício
quanto à minimização da carga térmica e consequentemente a redução do
consumo de energia elétrica. A correta orientação buscou levar em conta o
direcionamento dos ventos favoráveis, considerando-se a temperatura média
do clima local.
4 MATERIAIS E TECNICAS CONSTRUTIVAS

4.1 Método construtivo

Vai ser usado o concreto armado para vigas e pilares, e de piso seja usada a
laje treliçada, que tem como vantagens leveza já que utiliza EPS para compor sua
estrutura, vence grandes vãos por se tornar leve, tem fácil instalação propondo
encomia de materiais na execução da obra.

4.2 Cobertura

A cobertura utilizada será um telhado embutido com telha de fibrocimento,


com uma manta elástica na cor branca, para reduzir a temperatura e impermeabilizar
a telha. As quedas d'água serão para frente e atras do edifício que serão coletadas
por calhas metálicas.
Será utilizado sobre o pátio interno uma cobertura de policarbonato fosco, para
dispersão da luz natural, e nessa cobertura será aplicada uma técnica de ventilação
zenital, que consiste em fazer com que a ventilação zenital desça para dentro do
edifico forçando uma ventilação cruzada.

4.3 Brises

Na fachada frontal e posterior fará o uso de brises de alumínio, perfurado. O


argumento principal é a diminuição da incidência solar direta para a diminuição das
temperaturas internas, mas também foi agregado valor à estética da edificação.

4.3 Cores

Além das cores padrões como branco e cinza do concreto, foram tomadas
mais 4 cores para o adorno do prédio, são elas: bola de tênis, essência de alfazema,
lugar de afeto, creme de pistache. Escolhidas para contrastar com o concreto armado,
serão utilizadas também para demarcação de setores. Como cor predominante têm-
se o verde nos mais variados tons.
5 DIMENSIONAMENTO

Este tópico tem por objetivo justificar o dimensionamento de alguns


elementos de apoio como: caixa d'água, quantidade de banheiros, espaço para
refeitório, lixo, gás e de acessos como rampa e escadas.

5.1 Abastecimento de água

De acordo com a companhia de abastecimento de água de São Paulo


(SABESP) para alunos que tem permanecia de apenas um turno, o consumo de água
é de 25L/aluno. Somando os dois turnos, a escola atende 256 alunos por dia,
multiplicando por 50L, a quantidade de água necessária seria de 6400L, mas pela
instabilidade do abastecimento de água no bairro, será necessária reserva para dois
dias, totalizando 12800L. No qual 8.448L, adicionado 10% de reserva de incêndio,
ficaram no reservatório superior e 5.120L no inferior.

5.2 Salas de aula

O FNDE sugere o a metragem de uma sala de aula por 1,5m²/ Aluno, no


entanto, o método montessoriano sugere 3m²/aluno, e então foram implantadas salas
de aula de em média 44m², que é quase o dobro do sugerido.

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