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Anatomia Fisiologia e A Fisiopatologia Nas Doenças Renais 1
Anatomia Fisiologia e A Fisiopatologia Nas Doenças Renais 1
ESPIRITO SANTO
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3
3 O RIM E A HOMEOSTASE....................................................................... 19
5.2 Diagnóstico......................................................................................... 24
7.5 Hipocalemia........................................................................................ 30
1
7.8 Acidose e alcalose respiratórias ......................................................... 32
11 NEFROLITÍASE ..................................................................................... 41
2
1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
3
2 ANATOMOFISIOLOGIA RENAL
Fonte: prorenal.org.br
O corpo humano tem dois rins, órgãos com a forma de feijão situados na região
lombar, de ambos os lados da coluna vertebral. Os rins são órgãos que produzem a
urina, solução aquosa que contém grande número de substâncias dissolvidas, muitas
delas produtos do metabolismo celular que são excretados, como ureia, ácido úrico,
creatinina e outros, mas também eletrólitos como NaCl, KCl, ácidos, bases como o
bicarbonato, íons cálcio, fosfato, sulfato, entre outros, cuja excreção urinária contribui
para a regulação da constituição hidrossalina do meio interno, particularmente do meio
extracelular. Portanto, as duas mais importantes funções do rim são a eliminação de
produtos, muitos tóxicos, da degradação de moléculas do metabolismo celular, e a
regulação da constituição do meio interno, através da regulação da reabsorção ou
secreção de vários componentes deste meio (CURI, 2017).
A parte mais externa, superficial, o córtex renal, a porção interna, a medula
renal, constituída de pirâmides, cuja ponta está envolvida pelos cálices, que por sua
vez vão se juntar na pelve renal, estrutura membranosa que vai coletar a urina liberada
na ponta das pirâmides e levá-la ao ureter. Os dois ureteres, um proveniente de cada
rim, terminam na bexiga, e de lá a urina será levada ao exterior pela uretra, cujo meato
(abertura externa) está localizado na ponta da glande do pênis, no homem, e na região
vulvar, na mulher (CURI, 2017).
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A circulação renal, que se inicia com a artéria renal entrando no rim pelo hilo,
em proximidade ao ureter, daí se dividindo em artérias interlobares e arqueadas.
Destas se originam as artérias interlobulares, das quais partem as arteríolas aferentes
dos glomérulos renais, estruturas responsáveis pela ultrafiltração do sangue (CURI,
2017).
As arteríolas eferentes dos glomérulos dão origem aos capilares peritubulares,
que vão irrigar os túbulos renais, e por fim vão originar as vênulas e veias renais. As
arteríolas e os capilares mais profundos, próximos à medula renal, podem dar origem
a longas alças capilares que se aprofundam na medula, podendo atingir a ponta das
pirâmides renais. Só depois deste percurso todo, de volta ao córtex, é que estas alças
vão formar vênulas e veias. Estes vasos capilares longos são chamados de vasos
retos (vasa recta), e têm grande importância no sistema contracorrente da medula
renal, responsável pela concentração urinária e formação de urina hipertônica. Há
também vasos retos formados diretamente a partir das artérias interlobulares, não
passando pelo glomérulo. Cada um dos glomérulos, por sua vez, dá origem a um
néfron, estrutura tubular que vai modificar o ultrafiltrado do sangue por reabsorção de
sua maior parte e por secreção de algumas substâncias. A urina final formada desta
forma será levada pelos ductos coletores até a ponta das pirâmides renais e daí a
pelve renal, ureter, bexiga e, através da uretra, ao exterior (CURI, 2017).
Os dois néfrons, um cortical, mais superficial no rim, à direita, e outro
justamedular, mais profundo, junto à medula renal, à esquerda. O néfron cortical tem
seu glomérulo próximo à superfície cortical, e as demais partes do néfron não
penetram muito em direção à medula renal, sua alça de Henle permanecendo na
medula externa. Ao contrário, o néfron justamedular tem sua alça de Henle atingindo
a medula interna, chegando até a proximidade da pirâmide renal (CURI, 2017).
A primeira estrutura que faz parte do néfron é o glomérulo, onde ocorre o
processo da ultrafiltração; em seguida, o ultrafiltrado penetra em um sistema de
túbulos renais, o primeiro dos quais é o túbulo contorcido proximal, como o nome diz,
repleto de convoluções que lhe aumentam o comprimento e a área (2). Segue-se a
parte reta do túbulo proximal, que se aprofunda linearmente em direção à medula
renal (3). Esta parte reta já integra a alça de Henle, seguindo-se o ramo descendente
delgado desta alça (4), que é longa nos néfrons justamedulares, percorrendo a faixa
interna da medula externa e toda a medula interna, mas que é quase inexistente nos
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néfrons corticais, nos quais não penetra na medula interna. Após a dobra da alça,
inicia-se o ramo ascendente delgado da alça de Henle (5), seguido pelo ramo
ascendente grosso (6) da alça. A alça de Henle é a estrutura mais importante na
geração da hipertonicidade urinária, que é baseada de forma importante na disposição
em contracorrente desta alça. Este ramo ascendente se aproxima novamente do
glomérulo renal, e neste local existe a mácula densa (7), estrutura diferenciada do
túbulo que é um detector de variações da concentração iônica do lúmen tubular, parte
de um mecanismo de regulação da reabsorção de sal. Em seguida, já de volta ao
córtex renal, inicia-se o túbulo contorcido distal (8), ao qual se segue um curto
segmento denominado túbulo conector (9). Começa em seguida o ducto coletor
cortical (10), que é formado pela junção de vários néfrons, e que se aprofunda em
direção à medula renal. Seguem-se o ducto coletor medular externo (11), na medula
externa, e o coletor medular interno (12), na medula interna, o qual se abre na ponta
da pirâmide renal. Como pode ser visto, o coletor medular externo pode ser
subdividido em segmentos da faixa externa e da faixa interna da medula renal (CURI,
2017).
Características mais detalhadas dos segmentos do néfron, começando
pelo glomérulo renal:
Uma característica fundamental da circulação renal é a capilarização na própria
circulação arterial, isto é, entre as arteríolas aferente e eferente do glomérulo. A
arteríola aferente se subdivide em um tufo capilar, um novelo de capilares, e estes
capilares se juntam novamente para formar a arteríola eferente, sendo que esta agora
vai formar os capilares peritubulares, equivalentes a capilares dos outros tecidos do
organismo. A consequência desta disposição é que a pressão nos capilares
glomerulares é muito mais elevada (da ordem de 45 a 50 mmHg), que aquela nos
capilares peritubulares, de 10 a 15 mmHg. Isto possibilitará a ultrafiltração do plasma
nos capilares glomerulares. Estes capilares são cobertos por uma camada de células
epiteliais, que constituem o folheto visceral da cápsula de Bowman, estrutura que
envolve o tufo capilar. O ultrafiltrado que é formado neste local permanecerá
inicialmente entre este folheto visceral e a parede externa da cápsula de Bowman, o
seu folheto parietal, também constituído por uma camada de células epiteliais (CURI,
2017).
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A constituição da membrana filtrante do glomérulo, que, de dentro do capilar
para fora, consta do endotélio capilar, que não é contínuo, mas fenestrado, com
espaços livres entre suas células. Abaixo destas encontra-se a membrana basal,
estrutura constituída de material fibroso, predominantemente de sialoproteínas, isto é,
de proteínas ligadas a moléculas de hidratos de carbono. Por fora temos as células
epiteliais, denominadas podócitos, pois apresentam prolongamentos em forma de pés
(pedicélios), que se inserem na membrana basal. O ultrafiltrado coletado na cápsula
de Bowman encaminha-se em seguida ao túbulo proximal, para percorrer todo o
sistema tubular até ser formada a urina final (CURI, 2017).
Algumas estruturas e células vasculares do glomérulo apresentam interesse
especial. Em volta dos capilares e na base em que começa a se formar o tufo capilar
há um conjunto da células, as células mesangiais, que têm características contráteis,
apresentam fibrilas musculares semelhantes àquelas das células de músculo liso, e
são sensíveis a peptídeos como angiotensina e peptídeo atrial natriurético, que podem
levar a sua contração ou dilatação, respectivamente, modificando a dinâmica da
ultrafiltração glomerular (CURI, 2017).
Por outro lado, no ângulo entre as arteríolas aferente e eferente se encontra
um conjunto de células denominado aparelho justaglomerular, composto da mácula
densa, conjunto de células especializadas da parede do início do túbulo contorcido
distal, que se apõe ao glomérulo neste local (CURI, 2017).
Essas células podem detectar as concentrações iônicas, particularmente de
cloretos, que passam pelo túbulo distal, e com base nisto regular a magnitude do ritmo
de filtração glomerular (retroalimentação ou feedback tubuloglomerular) (CURI, 2017).
Fazem parte do aparelho justaglomerular também as células situadas no
ângulo entre as arteríolas, constituindo a almofada polar (Polkissen), e células
musculares lisas modificadas da parede da arteríola aferente, portadoras de grânulos
de renina, uma enzima que intervém na formação do octapeptídeo angiotensina,
regulador do tônus vascular, que causa a elevação da pressão arterial por constrição
de arteríolas em todo o organismo, por exemplo, quando da perda de sangue ou
retração do volume extracelular (CURI, 2017).
O aparelho justaglomerular, apesar de não se conhecerem ainda todos os
mecanismos de sua atuação, é um importante componente da regulação da função
7
renal, incluindo a magnitude do ritmo de filtração glomerular (RFG) e da reabsorção
de água e sal ao longo do néfron (CURI, 2017).
Fonte: biomedicinapadrao.com.br
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No processo de filtração glomerular, o fluido atravessa três camadas: endotélio
capilar, membrana basal e parede interna da cápsula de Bowman (CURI, 2017).
O endotélio do capilar glomerular é descontínuo, com aspecto de uma rede de
células endoteliais separadas entre si por fenestrações circulares com cerca de 75
nanômetros (nm) de diâmetro. Esses espaços são facilmente atravessados pelo
plasma (água, solutos dissolvidos e proteínas), mas não permitem a passagem das
células do sangue.
A membrana basal possui uma camada central denominada lâmina densa,
situada entre duas camadas de menor densidade, a lâmina rara interna e a externa.
A lâmina rara interna está em íntimo contato com o sangue através das fenestrações
do endotélio. A estrutura complexa e ordenada da membrana basal é crítica para a
adequada filtração, sendo formada por uma rede de fibrilas de aproximadamente 3
nm, compactamente agrupadas na lâmina densa e frouxamente arranjadas nas
lâminas raras. A membrana basal é a única camada contínua da membrana filtrante,
sendo ela que determina as propriedades de permeabilidade do glomérulo, não
permitindo a filtração das proteínas plasmáticas (CURI, 2017).
As células do folheto interno da cápsula de Bowman se modificam durante o
desenvolvimento embrionário, vindo a constituir os podócitos, estruturas formadas por
um corpo celular com prolongamentos primários e secundários, denominados
pedicélios. Estes se apoiam sobre a membrana basal dos capilares, permitindo que o
folheto interno fique em íntima conexão com as alças capilares glomerulares. Entre
pedicélios vizinhos, existem as fendas de filtração, com cerca de 30 nm de diâmetro,
formando também um importante barreira de filtração (CURI, 2017).
Além das barreiras dimensionais impostas à filtração, anteriormente descritas,
existe a barreira elétrica, dada por glicoproteínas. Estas contêm ácido siálico, que
proporciona características de eletronegatividade a todas essas estruturas
(fenestrações endoteliais, membrana basal, pedicélios e fendas de filtração). O efeito
dessa barreira elétrica negativa na filtração de pequenos solutos (como os íons Na+,
K+, Cl–, HCO3 – entre outros.) não é importante; devido a seu pequeno tamanho,
esses solutos são livremente filtrados, independentemente de sua carga elétrica
(CURI, 2017).
Entretanto, macromoléculas positivamente carregadas são atraídas e podem
atravessar a membrana filtrante mais facilmente que aquelas de igual tamanho, mas
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sem carga. Por outro lado, as macromoléculas carregadas negativamente são
repelidas pelas cargas fixas negativas da membrana filtrante. Esse é o caso das
proteínas plasmáticas (macromoléculas que no pH plasmático têm carga negativa),
nas quais tanto o tamanho molecular como a eletronegatividade limitam sua
passagem pela barreira de filtração (CURI, 2017).
O processo de filtração que ocorre nos capilares glomerulares ou sistêmicos,
do ponto de vista termodinâmico, é passivo, não necessitando de dispêndio local de
energia metabólica. A força que impulsiona a filtração nesses dois sistemas capilares
é fornecida pelo trabalho cardíaco. Entretanto, em um indivíduo adulto normal, o ritmo
de filtração glomerular sobrepuja, por peso de tecido, mais de 1.000 vezes o fluxo que
ocorre através dos capilares sistêmicos. Dois fatores são responsáveis por essa
diferença: o Kf (coeficiente de ultrafiltração) dos capilares glomerulares é mais elevado
que os dos capilares sistêmicos e a pressão de ultrafiltração é bem maior em nível
glomerular que sistêmico (CURI, 2017).
Finalmente, uma diferença importante entre os capilares glomerulares e
sistêmicos é que nos glomerulares ocorre filtração ao longo de toda a extensão do
capilar, enquanto nos sistêmicos há filtração de plasma no lado arterial e absorção de
fluido no lado venoso do capilar. No rim, a reabsorção de fluido somente vai ocorrer
no nível dos capilares peritubulares, havendo, entre os capilares glomerulares e os
peritubulares, a interposição da arteríola eferente, ou seja, de um sistema porta (CURI,
2017).
Desde que os demais parâmetros se mantenham constantes, o aumento do
fluxo plasmático glomerular eleva o ritmo da filtração. A razão é que, com o aumento
do fluxo sanguíneo, diminui a fração de filtração e, assim, a pressão coloidosmótica
plasmática se eleva mais lentamente. Entretanto, as forças de Starling, e não o fluxo
plasmático glomerular, são quantitativamente os mais importantes determinantes da
ultrafiltração glomerular (CURI, 2017).
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2.2 Bomba de Sódio e Potássio
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potencial químico de cada um dos íons através da membrana e permeabilidade da
membrana a eles, como ocorre nas células não polarizadas, mas não só. As
diferenças de potencial em cada uma das membranas e através do epitélio (DPte)
dependem também do fluxo de íons por via intercelular, que conecta eletricamente as
duas membranas. Por isso, a via intercelular é chamada de via de shunt. A via
intercelular é como um fio condutor que coloca em contato os potenciais elétricos das
duas membranas, tendendo a igualá-los, em um curto-circuito. Se a condutância da
via intercelular é muito elevada (baixa resistência), as duas membranas tendem a ficar
em um mesmo potencial elétrico, e a DPte tende a zero. Se a condutância da via
intercelular é muito baixa (resistência elevada), a diferença de potencial entre as duas
membranas persiste, e a DPte tende a ser mais alta (CURI, 2017).
Analisemos um epitélio cuja membrana apical seja permeável a K+, mas
também a Na+, e a membrana basolateral seja permeável apenas a K+. A entrada de
Na+ do fluido luminal para a célula tubular, por mecanismo eletrogênico, ou seja, com
transporte resultante de carga positiva, diminui a DPap, por reduzir a negatividade
intracelular gerada pela saída de K+ e diminuir a positividade do lado luminal, uma
vez que o Na+ sai de lá sem o seu ânion. Então, a separação de cargas entre um lado
e outro diminui, e a diferença de potencial torna-se menor do que se a membrana
luminal fosse permeável apenas a K+ (ocorre, portanto, uma despolarização).
Certamente, esta alteração de potencial elétrico resulta em maior saída de K+ da
célula, que deixa de ser tão freado quanto antes, quando a célula era mais negativa e
a luz, mais positiva. A saída do K+ tende a recuperar a separação de cargas anterior,
tornando a célula novamente um pouco mais negativa (repolarização). Quando isso
ocorre, a entrada de Na+ é facilitada também (CURI, 2017).
No entanto, no epitélio, além do fluxo através das membranas celulares, há o
fluxo iônico pela via paracelular, que coloca em contato direto luz tubular e interstício
peritubular. Se o ânion que garantia a eletroneutralidade da solução luminal,
principalmente o Cl– (o mais abundante), pode passar pela via intercelular, ele passa,
visto que a entrada de Na+ na célula sem o ânion deixou mais ânions (sem o cátion
correspondente) na luz que no interstício, tornando a luz negativa em relação ao
interstício. Quanto mais facilmente o ânion passa pela via intercelular, mais a
separação de cargas entre a luz e a célula, ou seja, a DPap, é preservada; o fluxo de
Cl– da luz para o interstício restaura a diferença de cargas existente entre a célula e
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a luz tubular (luz positiva em relação à célula, ou o seu espelho, célula negativa em
relação à luz). O resultado é mais Na+ entrando na célula, sem que haja muita saída
de K+ dela, e mais Cl– passando por via intercelular. Quando a DPte se estabiliza, é
porque tem igual quantidade de cargas indo em uma direção (Na+ saindo da luz para
a célula – reabsorção) e na outra, ou seja, K+ saindo da célula para luz e Cl– saindo
da luz para o interstício peritubular. Quanto mais facilmente o Cl– passar, menos K+
“precisa” sair da célula para que a corrente transepitelial vá a zero e a diferença de
potencial elétrico fique estável (CURI, 2017).
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Manutenção da osmolaridade do sangue: Ao regular separadamente a perda
de água e a perda de solutos na urina, os rins mantêm uma osmolaridade do sangue
relativamente constante de aproximadamente 300 miliosmóis por litro (mOsm/ℓ);
Produção de hormônios: Os rins produzem dois hormônios. O calcitriol, a
forma ativa da vitamina D, ajuda a regular a homeostasia do cálcio, e a eritropoetina
estimula a produção de eritrócitos;
Regulação do nível sanguíneo de glicose: Tal como o fígado, os rins podem
utilizar o aminoácido glutamina na gliconeogênese, a síntese de novas moléculas de
glicose. Eles podem então liberar glicose no sangue para ajudar a manter um nível
normal de glicemia;
Excreção de escórias metabólicas e substâncias estranhas: Por meio da
formação de urina, os rins ajudam a excretar escórias metabólicas – substâncias que
não têm função útil no corpo. Algumas escórias metabólicas excretadas na urina
resultam de reações metabólicas no organismo. Estes incluem amônia e ureia
resultantes da desaminação dos aminoácidos; bilirrubina proveniente do catabolismo
da hemoglobina; creatinina resultante da clivagem do fosfato de creatina nas fibras
musculares e ácido úrico originado do catabolismo de ácidos nucleicos. Outras
escórias metabólicas excretadas na urina são as substâncias estranhas da dieta,
como fármacos e toxinas ambientais (CURI, 2017).
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do dispositivo gerador de fluxo, cujo mecanismo pode ser baseado em vários
princípios de movimentação de fluidos como deslocamento positivo, aceleração
centrífuga e pulsação elétrica e pneumática. Bombas de deslocamento positivo têm
sido amplamente utilizadas desde quando foram propostas por Gibbon (AULER,
2000).
Os pulmões, o cérebro e os rins são considerados como os alvos primários dos
mediadores da inflamação liberados durante a CEC, mas acredita-se atualmente que
estes compostos possam afetar também o coração (AULER, 2000).
Fonte: auladeanatomia.com
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A musculatura lisa da bexiga também está organizada em feixes longitudinais,
circulares e espirais, conjunto denominado músculo detrusor. Esses feixes se
prolongam para a uretra, constituindo lá o esfíncter uretral interna (CURI, 2017).
Um pouco mais abaixo se encontra outro esfíncter, o esfíncter uretral externo,
constituído de músculo esquelético. O epitélio da bexiga é do tipo transicional, com
uma camada superficial de células achatadas e uma camada mais profunda de células
cuboidais.
A bexiga urinária é inervada por fibras simpáticas, parassimpáticas e
somáticas. As células musculares da bexiga no humano não apresentam junções
comunicantes e, portanto, há uma terminação nervosa para cada célula. A
musculatura lisa da bexiga e o esfíncter uretral interno são inervados por fibras
simpáticas provenientes da coluna intermediolateral dos segmentos 10o torácico a 3o
lombar. Essas fibras pré-gangliônicas passam pelos nervos esplâncnicos lombares ao
plexo hipogástrico superior, onde originam os nervos hipogástricos (CURI, 2017).
Estes atingem o plexo hipogástrico inferior, onde fazem sinapse com as fibras
pós-ganglionares, que continuam até a parede da bexiga via parte distal dos nervos
hipogástricos. A inervação parassimpática se origina da coluna intermediolateral de
S2 a S4 da medula sacra. Estas fibras pré-ganglionares atingem a parede da bexiga
pelos nervos pélvicos, fazendo sinapse com os neurônios pós-ganglionares na parede
da bexiga (CURI, 2017).
A inervação somática se origina de motoneurônios dos segmentos S2 a S4,
dirigindo-se pelos nervos pudendos à musculatura estriada do esfíncter uretral
externo, onde comandam a contração voluntária deste esfíncter (CURI, 2017).
▸ Micção e seu controle reflexo.
O tônus da bexiga é definido como a relação entre o conteúdo da bexiga e a
pressão intravesical. Este tônus pode ser medido injetando-se volumes conhecidos
de líquido na bexiga após seu esvaziamento, por meio de um cateter uretral. O registro
deste tônus é um cistometrograma, que se caracteriza por uma fase inicial com pouca
elevação de pressão quando líquido é injetado, mas depois da injeção de cerca de
300 mℓ a pressão começa a se elevar, e após 400 mℓ a pressão se eleva
acentuadamente, desencadeando o reflexo de micção (CURI, 2017).
Este reflexo é controlado pelo centro de micção da ponte, e é inibido por centros
suprapontinos e corticais. Durante a fase de enchimento, receptores de tensão enviam
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informação aos centros encefálicos via nervos pélvicos. Pelos mesmos nervos, a via
eferente parassimpática envia pulsos para a contração vesical. O enchimento da
bexiga começa a ser sentido a partir de 150 mℓ, e a vontade de urinar se torna intensa
a partir de 400 a 500 mℓ, o que desencadeia o reflexo da micção. Antes deste, o tônus
vesical não depende da inervação da bexiga. A micção pode ser inibida por reflexo
que deve ser aprendido pelas crianças e que depende de vias centrais que inibem os
neurônios parassimpáticos, eferentes. Contribui para evitar a micção também a
contração voluntária do esfíncter uretral externo, constituído de fibras musculares
estriadas (CURI, 2017).
A fase de esvaziamento começa com relaxamento dos músculos do períneo,
relaxamento do esfíncter externo da uretra e do esfíncter interno. Então ocorre a
liberação do reflexo da micção dos centros suprapontinos e corticais e há contração
do músculo detrusor da bexiga. Esta contração se dá em ondas sucessivas, pela
distensão da bexiga que é sentida pelas fibras aferentes, devido ao próprio reflexo de
micção (CURI, 2017).
Túbulos proximais
Os túbulos proximais são responsáveis pela reabsorção da maior parte do
filtrado glomerular. Neles são reabsorvidos cerca de 67% da água e do sódio filtrados,
não havendo, portanto, mudança na concentração luminal de Na+ ao longo deste
segmento tubular. Ureia, potássio e cálcio são outros solutos reabsorvidos
praticamente na mesma proporção que a água, mantendo sua concentração luminal.
Glicose, aminoácidos, dipeptídeos e tripeptídeos, pequenos peptídeos e algumas
proteínas pequenas que conseguem passar pela membrana filtrante glomerular são
absorvidos quase totalmente neste segmento. Assim, os túbulos proximais são
responsáveis pela reabsorção da grande massa do que é filtrado; reabsorvem
totalmente alguns solutos que foram filtrados por serem de baixo peso molecular, mas
não devem ser perdidos na urina (CURI, 2017).
Alças de Henle
Estes segmentos tubulares, pela sua disposição anatômica em forma de alça e
por suas características de permeabilidade a água e transporte de solutos, são
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essenciais para a geração tanto de urina concentrada como diluída; portanto, são
essenciais para o balanço hídrico. O segmento fino descendente é altamente
permeável a água, e os segmentos fino ascendente e espesso ascendente são
impermeáveis a água (CURI, 2017).
Nos rins observa-se um padrão bem peculiar de variação da osmolaridade do
interstício. A osmolaridade no córtex, que é altamente vascularizado e com grande
fluxo sanguíneo, é igual àquela de qualquer outro lugar do organismo, ou seja, próxima
de 290 mOsm/ℓ; a osmolaridade medular, por outro lado, aumenta progressivamente
desde a junção corticomedular até a papila renal, podendo atingir cerca de 1.200
mOsm (ou mais). Esse padrão de variação da osmolalidade se deve ao funcionamento
do sistema contracorrente de geração da hipertonicidade medular que ocorre nas
alças de Henle (CURI, 2017).
Túbulo contorcido distal, segmento de conexão e ductos coletores
Estes segmentos mais finais do néfron, genericamente denominados néfron
distal, são segmentos tubulares com baixa capacidade de transporte, mas
responsáveis pelos ajustes finais nas quantidades de sódio (Na+), cloreto (Cl–),
potássio (K+), hidrogênio (H+), cálcio (Ca2+), magnésio (Mg2+) e água (H2O), que
devem ser excretados na urina para manter o balanço dessas substâncias.
O túbulo contorcido distal também é impermeável a água, mas o segmento de
conexão e os ductos coletores, como já referido anteriormente, têm permeabilidade a
água condicionada pela presença de hormônio antidiurético. A reabsorção de solutos
nestes segmentos também é fortemente modulada por hormônios (CURI, 2017).
Transporte de solutos e água através do epitélio tubular
As células epiteliais tubulares, cuja função é realizar transporte vetorial de
substâncias, são células polarizadas. Os mecanismos de transporte presentes em
membrana apical são diferentes dos mecanismos de transporte existentes em
membrana basolateral, pois as substâncias transportadas através do epitélio devem
entrar por uma membrana e sair pela outra. Se a direção do transporte for da luz do
túbulo para os capilares peritubulares para voltar ao sangue, temos reabsorção; se a
direção do transporte for dos capilares peritubulares para a luz do túbulo, temos
secreção (CURI, 2017).
O transporte pode ocorrer tanto através das membranas celulares, quando
chamamos de transporte transcelular, como através do espaço existente entre uma
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célula e outra, o que denominamos via intercelular ou paracelular. As células epiteliais
são conectadas umas às outras por várias estruturas, e as junções intercelulares (tight
junctions), devido ao número de junções e ao tipo de proteínas que as formam,
determinam a permeabilidade da via intercelular a diversas substâncias (CURI, 2017).
O transporte de água ocorre sempre por diferença de osmolaridade: osmose.
O transporte inicial de solutos torna a luz tubular mais diluída que o interstício
peritubular, e, se o epitélio for permeável a água, há fluxo de água até que as
osmolaridades de ambos os compartimentos se igualem. O fluxo de água ocorre por
via transcelular, através de canais para água denominados aquaporinas (a maior
parte), e por via intercelular (CURI, 2017).
3 O RIM E A HOMEOSTASE
21
diminua o ADH e a diurese volte ao normal. Este equilíbrio conseguido é que
chamamos de Homeostase (DE MORAES, 2010).
Fonte: auladeanatomia.com
23
5.1 Causa, sinais e sintomas
5.2 Diagnóstico
5.3 Tratamento
24
ocorre quando os rins se tornam incapazes de remover produtos de degradação
metabólica ou de realizar suas funções reguladoras de volume de líquidos– que
culminam na excreção urinária–o que determina a necessidade de terapias de
substituição da função renal (LOPES, 2018).
O tratamento inicial da IRA varia de acordo com o grau de acometimento da
doença. As medidas terapêuticas iniciais devem estar voltadas para a correção de
volemia, restabelecimento do equilíbrio eletrolítico, controle das manifestações
urêmicas e um rigoroso controle hidroeletrolítico e nutricional, além da correção do
distúrbio acidobásico. Quando estas condutas terapêuticas se tornam insuficientes ou
incapazes de manter uma condição clínica compatível com a vida, a terapia renal
substitutiva deve ser implementada através da diálise peritoneal ou da hemodiálise
(LOPES, 2018).
A hemodiálise como terapia de substituição renal é mais amplamente difundida
nos serviços clínicos ambulatoriais e hospitalares, incluindo as Unidades de Terapia
Intensiva (UTI) no manejo do doente gravemente enfermo e acometido pela injúria
renal, contudo, a mortalidade da IRA dialítica é muito superior se comparada à não
dialítica (LOPES, 2018).
Fonte: previva.com.br
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7 DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS E ÁCIDO-BASE
Fonte: rcedu.com.br
7.1 Hipernatremia
27
7.2 Hiponatremia
28
7.3 Metabolismo do potássio
7.4 Hipercalemia
29
7.5 Hipocalemia
30
Acidose com “gap“ aniônico aumentado (aumento dos ânions não medidos) é
causada por incapacidade renal de secretar ácidos (acidose urêmica na insuficiência
renal); maior produção endógena de ácidos (acidose láctica, cetoacidose diabética,
cetoacidose do jejum, cetoacidose alcoólica); e por maior produção exógena de ácidos
(envenenamento por etilenoglicol, metanol e salicilatos) (CANTALI, 2018).
As manifestações clínicas da acidose ocorrem concomitantemente com a
sintomatologia da patologia de base e incluem insuficiência cardíaca e vasodilatação,
podendo agravar ou desencadear choque, edema pulmonar e fibrilação ventricular
(CANTALI, 2018).
A respiração de Kussmaul (acidose grave) se caracteriza por respiração rápida
e profunda, na tentativa de eliminar CO2. O tratamento da patologia de base pode ser
o suficiente para a correção da acidose, sendo a respiração de Kussmaul, alterações
circulatórias e bicarbonato sérico de 15 mEq/L indicações para infusão de bicarbonato
de sódio.
31
7.8 Acidose e alcalose respiratórias
32
8 GLOMERULOPATIAS PRIMÁRIAS E SECUNDÁRIAS
Fonte: cbndialise.com.br
33
interno, por meio do equilíbrio do sangue do paciente com meios artificiais, ou então
a substituição do rim doente por um novo (transplante renal a partir de indivíduos com
compatibilidade imunológica, em geral parentes).
Glomerulonefrite Primária: originando-se nos rins.
Glomerulonefrite Secundária: causada por uma vasta gama de
distúrbios.
Os distúrbios que causam glomerulonefrite secundária afetam outras partes do
corpo além dos rins.
Glomerulonefrite aguda: Ocorre, muito frequentemente, como uma
complicação de uma infecção de garganta ou pele com estreptococos (por exemplo:
faringite estreptocócica), um tipo de bactéria. A glomerulonefrite aguda que ocorre
após uma infecção estreptocócica (glomerulonefrite pós-estreptocócica) tipicamente
se desenvolve em crianças entre as idades de 2 e 10 anos, após a recuperação da
infecção. Infecções com outros tipos de bactérias, como estafilococos e
pneumococos, infecções virais, como varicela, e infecções parasitárias, como malária,
também podem resultar em glomerulonefrite aguda. A glomerulonefrite aguda que
resulta de qualquer uma dessas infecções é chamada de glomerulonefrite pós-
infecciosa.
A glomerulonefrite aguda também pode ser causada por distúrbios não
infecciosos, incluindo glomerulonefrite membranoproliferativa, nefropatia por
imunoglobulina A (IgA), vasculite associada a imunoglobulina
A, lúpus, crioglobulinemia, síndrome de Goodpasture e granulomatose com
poliangiíte. Na maioria das vezes, a glomerulonefrite aguda que se converte em
glomerulonefrite rapidamente progressiva é o resultado de doenças que envolvem
uma reação imunológica anormal.
Glomerulonefrite crônica: Frequentemente, a glomerulonefrite crônica parece
ser o resultado de alguns dos mesmos quadros clínicos que causam a
glomerulonefrite aguda, como nefropatia por IgA ou glomerulonefrite
membranoproliferativa. Algumas vezes, a glomerulonefrite aguda não é curada e, ao
contrário, tem longa duração (crônica). Ocasionalmente, a glomerulonefrite crônica é
causada por nefrite hereditária, um distúrbio genético hereditário. Em muitas pessoas
com glomerulonefrite crônica não é possível identificar a causa.
34
8.1 Sintomas
Cerca de metade das pessoas com glomerulonefrite aguda não têm sintomas.
Quando aparecem sintomas, o primeiro a manifestar-se é o edema nos tecidos devido
a retenção de líquidos, baixo volume de urina e produção de urina escura devido ao
sangue nela contido. O edema pode manifestar-se no início como um inchaço da face
e das pálpebras, depois se torna evidente nos membros inferiores.
Aumento da pressão arterial à medida que a função renal se deteriora. Algumas
pessoas ficam sonolentas e confusas. Nos adultos, é frequente manifestarem-se
sintomas não específicos, como náusea e uma sensação geral de doença (mal-estar),
são os mais comuns.
Quando surge uma glomerulonefrite rapidamente progressiva, fraqueza, fadiga
e febre são os sintomas iniciais mais frequentes. Também são comuns perda de
apetite, náuseas, vômitos e dor abdominal e nas juntas.
Visto que a glomerulonefrite crônica normalmente causa apenas sintomas
muito leves ou sutis, ela passa despercebida por muito tempo na maioria das pessoas.
Pode ocorrer edema. Hipertensão arterial é comum. A doença pode converter-se em
insuficiência renal, que pode causar coceira, diminuição do apetite, náuseas, vômitos,
fadiga e dificuldade respiratória.
9 HIPERTENSÃO RENOVASCULAR
35
Fonte: ocirurgiaovascular.com.br
9.1 Fisiopatologia
36
renal, há queda do fluxo plasmático renal e aumento da produção de renina, mas
agora não de modo fisiológico, mas patológico. Não basta simplesmente haver
estenose da artéria renal para que haja hipertensão renovascular (LUCON, 2013).
A partir de 70% da oclusão de luz arterial, existe queda do fluxo sanguíneo e
de pressão de perfusão e aumento da pressão arterial, que são mais evidentes quanto
maior for o grau da estenose. A fisiopatologia é diferente se houver comprometimento
de apenas um dos rins, e com o outro normal; daquele em que há comprometimento
dos dois rins ou de rim único, isto é, não há rim normal. Quando apenas um rim é
isquêmico, a hipertensão gerada pelo sistema renina-angiotensina-aldosterona chega
ao rim normal, que normalmente reage diminuindo a produção da sua renina e
excretando sódio e o sistema se equilibra da maneira descrita. Se não houver rim
normal (rim único ou estenose bilateral) há retenção de sódio e aumento da volemia,
que por si diminui a produção de renina, e o sistema equilibra-se de maneira diferente
(LUCON, 2013).
9.2 Sintomas
9.3 Tratamento
Tratamento clínico com medicamentos cada vez mais eficientes pode controlar
a hipertensão por algum tempo, mas não corrige a isquemia, que fatalmente provoca
insuficiência renal, sendo progressiva na maioria dos casos. Obstruções coronarianas,
37
das artérias do sistema nervoso central e mesmo das artérias periféricas
acompanham-se de maior gravidade quando há também obstrução das artérias renais
não corrigidas. O tratamento clínico fica reservado a pacientes que não tenham
condições cirúrgicas, que não queiram ser operados ou quando não houver técnica
capaz de corrigir as obstruções. Tratamento intervencionista por meio de angioplastia
é mais atraente por ser mais fácil, menos invasivo e não requerer anestesia geral
(LUCON, 2013).
10 INFECÇÕES URINÁRIAS
Fonte: scielo.br
Seja qual for a infecção que ocorra no sistema urinário, ou na uretra, nos
ureteres, rins ou bexiga, esta receberá o nome genérico de Infecção do Trato Urinário
(ITU). Em sua maioria, as ITU são infecções bacterianas, mas apesar disso, qualquer
agente infeccioso que consiga colonizar o trato urinário é capaz de provocar uma
infecção (VANZELE, 2019).
Existem categorias onde se encaixam as ITU, sendo divididas em complicada
e descomplicada, ou de acordo com o local exato da ocorrência da infecção e os
órgãos acometidos – se ela ocorreu no trato urinário inferior (cistite) ou no trato urinário
superior (pielonefrite) (VANZELE, 2019).
38
10.1 Epidemiologia das ITU em mulheres
Muitas mulheres têm ITU durante sua vida. A maioria dessas mulheres têm
recorrência esporádica após a infecção inicial, tendo sintomas iguais ou parecidos a
resolução clínica do episódio anterior, mesmo após tratamento A suscetibilidade da
infecção em mulheres se dá devido a anatomia, onde a uretra é próxima da vagina e
mais curta, além disso existem outros fatores que contribuem para a infecção como:
ato sexual, episódios prévios de cistite, diabetes, uso de espermicidas e higiene
deficiente (VANZELE, 2019).
O pH vaginal, vaginites bacterianas e a ausência de lactobacilos vaginais
também são associados à ITU em mulheres, assim como modificações
anatomofuncionais que ocorrem na gestação resultando em incidência de 3 a 4% de
bacteriúria e aumento no risco de pielonefrite, no terceiro trimestre da gestação são
mais frequentes essas complicações (FIGUEIREDO, 2010).
Há estudos indicando que cerca de 81% das ITU ocorrem em mulheres, a
prevalência aumenta cerca de 20% em mulheres com mais de 65 anos (AMERICAN
COLLEGE OF OBSTETRICIAN AND GYNECOLOGISTS, 2008).
39
mesma faixa etária. Esse aumento se deve principalmente por conta de inflamação
dos órgãos do sistema urinário, como próstata, testículos, epidídimos, rins e uretra,
ou devido ao uso de cateteres urinários, debilidade, entre outros.
Fonte: alergolife.com.br
10.3 Sintomatologia
40
11 NEFROLITÍASE
Fonte: saudebemestar.pt
41
11.1 Tratamento
42
devem ser adaptadas aos resultados dos testes de composição dos cálculos ou dos
fatores de risco urinários (PACHALY, 2016).
Fonte: portalenf.com
44
Baseado nesse contexto salienta-se que a dependência da hemodiálise é uma
experiência negativa, tanto fisiologicamente como emocionalmente, pois faz com que
o paciente não consiga esquecer sua condição crônica de saúde, lembrando que a
sua vida depende de uma máquina. Com isso, o medo da morte e o futuro incerto
acabam aparecendo como consequência da doença e do tratamento. Assim, torna-se
importante o trabalho formado por uma equipe composta de médicos, enfermeiros,
nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos, técnicos de enfermagem e profissionais
envolvidos na manutenção dos equipamentos, de modo a garantir a saúde e o bem-
estar dos pacientes (SANTOS, 2016)
Ainda, se faz necessário que a equipe identifique como essa problemática afeta
a vida de uma pessoa e conheça os significados atribuídos à doença e à hemodiálise.
Baseado nesse contexto, este estudo teve como objetivo conhecer a relação dos
pacientes renais crônicos com a hemodiálise (SANTOS, 2016)
Durante as sessões de hemodiálise podem ocorrer algumas complicações que
podem ser extremamente graves e até fatais. A hipotensão arterial foi a complicação
de maior prevalência durante as sessões de hemodiálise, e trata-se de um reflexo
primário da grande quantidade de líquidos que é removida do volume plasmático
durante uma sessão rotineira de diálise. Em geral, as causas comuns da hipotensão
durante a hemodiálise são: flutuações na velocidade de ultrafiltração; velocidade de
ultrafiltração alta; peso seco almejado muito baixo; medicamentos anti-hipertensivos;
superaquecimento da solução de diálise; ingestão de alimentos; neuropatia autônoma;
isquemia tecidual; disfunção diastólica; frequência cardíaca e contratilidade (LOPES,
2018).
As complicações mais frequentes nas sessões de hemodiálise são: hipo e/ ou
hipertensão arterial, câimbras, náuseas, vômitos, cefaleia, arritmias cardíacas,
prurido, dores lombar e torácica. Essas complicações podem ser casuais e/ ou de fácil
manejo, o que depende das condições clínicas do paciente. Todavia, podem ser fatais,
o que evidencia a necessidade de assistência de enfermagem atenta e precisa aos
pacientes durante o período dialítico, visando a integralidade e segurança no cuidado
sistematizado (LOPES, 2018).
45
12.1 Transplante renal
46
amenizadas ou desaparecem quando eles obtêm as informações adequadas acerca
do procedimento (SANTOS, 2018).
Tratamento hemodialítico que consiste na remoção de solutos e ocorre
predominantemente por difusão, que se refere ao movimento de solutos do
compartimento sanguíneo para o compartimento de dialisado, através de uma
membrana semipermeável e a Transplantação do Rim que é uma intervenção
cirúrgica no qual é aderido um enxerto renal ao recebedor, podendo ser de concessor
que tenha vida ou de um defunto conciliável, sem contraindicações para doação
(AZEVEDO, et al., 2015).
Esse tipo de tratamento não tem caráter curativo, contudo busca aliviar os
sintomas, conservando a vida, apesar de todas estarem disponíveis gratuitamente a
todos os brasileiros através do Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL, 2014). Mas,
a abordagem ao tema que envolve transplante de órgãos é importante, pois, vem
provocando grande repercussão no meio médico-científico, bem como a toda a
população, de uma forma geral, sobretudo o transplante renal, por se tratar de
aspectos condicionados como o avançar da medicina e da tecnologia, ademais
incitando à sentimentos e emoções, correlacionados intimamente à representação da
vida e da morte (BRASIL, 2014).
RAVAGNANI et al., (2007) apontam os benefícios do transplante, mas também
descrevem que o risco da rejeição do órgão, além da dúvida de sobreviver, prejudicam
muito, aumentando diretamente o estado psicológico do paciente transplantado.
Entretanto, FONTOURA (2012) afirma que as pessoas que realizaram o
transplante do rim, conviveram com várias alterações renais que podem atuar
diretamente na integralidade de vida do sujeito. A autora afirma ainda que o
conhecimento e a prática que possuem não são suficientes para que eles continuem
a levar uma vida saudável. Para o paciente portador de IRC, o transplante significa
uma expectativa na qualidade de vida, sobretudo pela crença à libertação e
independência da máquina de diálise como resultado a cura promovida pelos pós
transplante, para que ações futuras possam ser planejadas para aumentar a qualidade
de vida desses clientes.
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13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Koogan, 2017.
48
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50