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Relatorio de Sessao Do Tribunal Do Juri
Relatorio de Sessao Do Tribunal Do Juri
Como tese contra o réu apresentou dois pontos a seguir: Primeiro que não pode se
considerar legítima defesa e nem considerar as testemunhas, pois no caso em tela, a arma
não foi apreendida, ninguém viu a arma da vítima, o laudo feito no local do crime,consta a
vestimenta da vítima,mas não consta arma.Segundo que a mulher da vítima fala que o
marido teve uma discussão com o réu e que Diogo(vitima) chamou Marcos (réu) de
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“moleque”,nisso o réu sacou a arma e atirou,em seguida sobe em cima da vítima e dispara
dois tiros e que na fuga deu um tiro e acertou uma criança,mas em juízo ela disse que o
tiro foi para cima. Já Tereza cunhada da vítima, disse que o réu foi para cima da vítima e
não a vítima para cima dele. Mas,na delegacia mentiu,portanto,com base nas testemunhas
não pode apurar. Gilberto disse que a vítima chingou o réu,dá a entender que a vítima não
foi para cima.Mas não teve perguntas certas.
Contra ele ainda tem o tiro,a vítima foi atingido na lateral que atingiu o braço, para ser
legítima defesa o tiro deveria ser na testa ou no coração,disse.
Em favor do Réu tem as testemunhas,Renan disse que a vítima foi para cima e que estava
armado. Vanessa,prima do Réu disse que não viu a vítima ir para cima,mas viu mexendo
na cintura. Vanda disse que a vítima foi para cima.
Com isso o representante do MP concluiu que não foi motivo fútil e nem surpresa,pois os
dois estavam em uma discussão,portanto houve uma discussão,esse Diogo (vitima) já teve
várias passagens, teve varias testemunhas mas cada uma fala uma coisa,deste modo fica
difícil condenar o réu.
A vítima, não tinha razão para esperar ou suspeitar da agressão já que no próprio relato
das testemunhas no processo, davam contam que o réu conhecia a vítima, que moraram
por um tempo na mesma rua, tendo eles boa convivência. Isso foi usado em desfavor da
vítima, dissimulando o réu a sua intenção na aproximação, procurando, com ação
repentina, dificultar ou impossibilitar a defesa da vítima, o que foi comprovado através do
laudo necroscópico apontando que o mesmo alvejou a vitima pelas costas, com 5 disparos
que lhe causou a morte, revelando assim, o dolo em relação ao fim proposto (matar) e aos
meios escolhidos (dissimulação e surpresa).
TESE DA DEFESA
Na pessoa do defensor Público Dr. Rafael Sarges, foi centrada a defesa do réu RAIMUNDO
PRATA DE ARAÚJO, e tal como o acusado fez no seu interrogatório, sustentou a negação
da autoria, buscando plantar duvidas nos jurados quanto a retificação do nome do
acusado, já que inicialmente quem respondia pelo delito era o nacional WENDERSON
PRATA DE ARAUJO, que, além de ser primo e possuir traços parecidos, também tem a
alcunha de “DINHO”, levantando a hipótese de ser este de fato o autor, o que levaria, no
caso de condenação do réu presente, o cometimento de uma injustiça de difícil reparação.
Para tanto, utilizou de vários exemplos e mencionou expedientes praticados pela Policia
Civil e Militar na criminalização de algumas pessoas, acusando-os de construir provas e
orientar testemunhas para prejudicar os desafetos, ainda que inocentes como o seu
cliente.
RÉPLICA SIM ( ) NÃO ( X )
TRÉPLICA SIM ( ) NÃO ( X )
RESULTADO DO JÚRI (VEREDICTO)
CONDENATÓRIO ( ) ABSOLUTÓRIO ( x ) DESCLASSIFICATÓRIO ( )
RESUMO DA SENTENÇA (fundamentação e pena imposta)
O conselho de sentença absolveu o acusado, tendo como base o pronunciamento a
denúncia crime pelo Exm. Sr. Juíz de Direito, Dr. ALUÍZIO PEREIRA DOS SANTOS,na
fase processual,decidiu que o juízo é de probabilidade e não de certeza. Portanto,
concorrendo a materialidade e indícios suficientes de autoria, deve a causa ser submetida
a julgamento (art. 413 do CPP).
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