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2. INTRODUÇÃO.
Desde a Antiguidade, observamos que várias festividades populares eram
cercadas pela valorização dos opostos que regem o mundo. Um dos mais
claros exemplos disso ocorre com relação ao Carnaval, que antecede toda a
resignação da Quaresma. No caso do Halloween, desde muito tempo, a
festividade acontece um dia antes da “Festa de todos os Santos” e, por isso,
tem seu nome inspirado na expressão:
"All hallow's eve", que significa a “véspera de todos os santos”.
Pelo fato do 1° de novembro estar cercado de um valor sagrado e
extremamente positivo, os Celtas, antigo povo que habitava as Ilhas Britânicas,
acreditavam que o mundo seria ameaçado na véspera do evento pela ação de
terríveis demônios e fantasmas. Dessa forma, o “Halloween” nasce como uma
preocupação simbólica onde a festa cercada por figuras estranhas e bizarras
teria o objetivo de afastar a influência dos maus espíritos que ameaçariam suas
colheitas.
No processo de ocupação das terras europeias, os povos pagãos trouxeram
esta influência cultural em pleno processo de disseminação do cristianismo.
Inicialmente, os cristãos celebravam a todos os santos no mês de maio.
Contudo, por volta do século IX, a Igreja promoveu uma adaptação em que a
festa sagrada fora deslocada para o 1° de novembro. Dessa forma, os bárbaros
convertidos se lembrariam da festa cristã que sucederia a antiga e já
costumeira celebração do Halloween.
Por ter essa relação intrínseca ao mundo dos espíritos, o Halloween foi logo
associado à figura das bruxas e feiticeiras. Na Idade Média, elas se tornaram
ainda mais recorrentes na medida em que a Inquisição perseguiu e acusou
várias pessoas de exercerem a bruxaria. Da mesma forma, os mortos também
se tornaram comuns nesta celebração, por não mais pertencerem a essa
mesma realidade etérea. Ao chegarem à América do Norte, os irlandeses
trouxeram a festa do Halloween para as Américas e transformaram a lanterna
de Jack em uma abóbora iluminada com feições humanas.
Os disfarces e máscaras, tão usadas pelos participantes da festa, seriam uma
forma de evitar que fossem reconhecidos pelos espíritos que vagam neste dia.
Atualmente, as fantasias são utilizadas por crianças que batem às portas
exigindo guloseimas no lugar de alguma travessura contra o proprietário da
casa.
De fato, a celebração do Halloween remete a uma série de antigos valores da
cultura bárbaro-cristã que se forma na Europa Medieval. Nessa época, várias
outras festas celebravam o processo de movimentação do mundo ao destacar
os opostos que configuravam o seu mundo. No jogo de oposições simbólicas,
mais do que o valor de um simples embate, o homem acaba por visualizar a
alternância e a transformação enquanto elementos centrais da vida.
(Por Rainer Sousa - Graduado em História - Equipe Brasil Escola)
3. JUSTIFICATIVA.
O Halloween tornou-se uma festa tradicional para nossa escola devido ao
crescente interesse dos alunos pela cultura americana. Desenvolver uma Festa
de Halloween na escola, é dar oportunidade para que os alunos conheçam um
pouco desta festa, aprendam e compreendam palavras em inglês que são
usadas no dia a dia. Também realizem atividades em grupo favorecendo a
interação entre eles, valorizando princípios e diferenças.
O Halloween faz parte da tradição norte-americana e é um tema que se
pode explorar nas aulas de Inglês, visando integrar a cultura brasileira à
americana a partir do estudo dos costumes e tradições que busca conhecer a
diversidade cultural no mundo.
Dentro do contexto escolar, procura-se também desmistificar e conhecer
na íntegra a origem desta festa como forma de esclarecimento sobre as
diversas concepções equivocadas que geram determinados preconceitos ao
que se desconhece. Interagindo com as demais disciplinas do currículo o
assunto será aprofundado oportunizando aos alunos a multidisciplinaridade.
Em pleno século XXI, era da comunicação e da tecnologia, temos a
grande preocupação e o desafio de fazer com que os alunos conheçam,
compreendam e respeitem as diferentes manifestações culturais. Temos na
comemoração do Halloween, uma oportunidade de vivenciar culturas distintas
da nossa, uma vez que se trata de uma manifestação Norte Americana, e a
apropriação cultural das lendas e do folclore brasileiro. Desta forma, a escola
tem papel preponderante no incentivo à disseminação de novos
conhecimentos, propiciando aos discentes a oportunidade de ampliar seus
conhecimentos percebendo as diferenças culturais entre os vários países e até,
quem sabe, discutir o choque cultural através de uma análise crítica de forma
de valorizar a cultura brasileira.
A comemoração do Halloween em nossa escola é dividida em gincana
cultural, recreativa. Na parte cultural é enfatizado o conhecimento nas áreas do
currículo escolar, onde são envolvidas todas as disciplinas. A gincana
recreativa é realizada através de brincadeiras, confecção e desfile de fantasias,
decoração das salas de aula, lanche coletivo.
4. OBJETIVOS:
5. METODOLOGIA
O evento acontecerá na última semana de outubro de 2023 nas dependências
da escola durante as aulas. Todos os alunos dos períodos: vespertino e
noturno participarão, cada um em seu período de estudo. O evento terá um
regulamento para ser seguido. Todos os professores do dia do evento estarão
envolvidos. A Comissão Organizadora será formada por professores, direção e
grêmio estudantil. A gincana será dividida em:
6. Avaliação/Julgamento:
Os trabalhos serão avaliados por equipe de professores.
7. Classificação/Premiação:
Uma sessão pipoca.
8. AÇÕES METODOLÓGICAS
Desfile de fantasias;
Jogos culturais;
Apresentação de dança;
Show de Talentos.
9. AVALIAÇÃO
A avaliação ocorrerá durante toda a execução do projeto, devendo-se observar
participação, cooperação, organização, criatividade e níveis de conhecimentos
envolvidos.
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=8572
www.colegiomurialdo.com.br/noticias/detalhes/ensino-medio/halloween
HOLDEN, Susan. O ensino da língua inglesa nos dias atuais. São Paulo:
Special Book Services Livraria, 2009. RAJAGOPALAN, Kanavillil. Por uma
linguística crítica: linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola
Editorial, 2003.