Você está na página 1de 4

VISUALIZAR CASA SOBRE

BRASIL

TECNOLOGIA

1. Terminologia

2. Leis, políticas, planos e regulamentos tecnológicos

2.1. Quadro legislativo e político de tecnologia educacional

2.2. Infraestruturas tecnológicas, capacidade tecnológica das escolas e ambientes de aprendizagem

2.3. Competências tecnológicas de alunos e professores

2.4. Cibersegurança e segurança

3. Governança

3.1. Instituições responsáveis ​pela tecnologia na educação e mecanismos de coordenação

3.2. Funções das escolas

1. Terminologia
A política educacional brasileira não fornece uma definição específica de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) ou Tecnologia Educacional;
no entanto, o termo “tecnologias digitais” é comumente usado nas políticas,

2. Leis, políticas, planos e regulamentos tecnológicos

2.1. Quadro legislativo e político de tecnologia educacional

Constituição e leis: A Constituição Federal do Brasil de 1998 não faz menção à incorporação das TIC na educação ou da educação digital no sistema
educacional. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 (conforme alterada em 2009) inclui, nos objetivos da educação básica, a
formação de cidadãos no ambiente natural e social, no sistema político, na tecnologia, na arte e nos valores sociais. No caso do ensino secundário,
traça o objetivo de formar os alunos nas bases científicas e tecnológicas do processo produtivo, integrando a teoria à prática no ensino de cada
disciplina. O Marco Civil da Internet de 2014 ( Lei nº 12.965) estabelece os princípios, direitos e responsabilidades para o uso da Internet no Brasil.

Em 2000, o Fundo para a Universalização dos Serviços de Telecomunicações foi instituído pela Lei nº. 9.998 (alterada em 2020 pela Lei nº 14.109/2020
)) para incentivar a expansão, utilização e melhoria da qualidade das redes e serviços de telecomunicações.

Políticas, planos e estratégias: O Governo do Brasil há muito se envolve em esforços políticos para integrar as TIC no sistema educacional com
inúmeras estratégias. O Programa Nacional de Informática na Educação ( ProInfo , 1997-2007; ProInfo Integrado , 2007-17) foi criado pelo Ministério da
Educação em 1997 através da Portaria nº 522 de 1997 para promover o uso da tecnologia como ferramenta de enriquecimento pedagógico em
ambientes públicos. ensino fundamental e médio e proporcionou esforços políticos de longo prazo na educação digital. Anteriormente, o Projeto
EDUCOM foi criado em 1985 e até 1991, os objetivos específicos do projeto eram estabelecer Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento em Informática
na Educação (Núcleos de Pesquisa e Desenvolvimento de Informática na Educação ) e Centros-piloto de Informática na Educação ( Centros-piloto de
Informática e Educação ).

O Plano Nacional de Educação 2014-2024 ( Plano Nacional de Educação - PNE) , aprovado pela Lei nº 13.005 , é o instrumento que define as diretrizes e
políticas de educação no Brasil. Tem como objetivo introduzir as tecnologias digitais no sistema educacional e propõe as seguintes estratégias para o
uso da tecnologia na educação brasileira:

Estratégia 5.3: “Selecionar, certificar e promover tecnologias educativas para a alfabetização infantil (...)”

Estratégia 5.4: “Incentivar o desenvolvimento de tecnologias educativas e práticas pedagógicas inovadoras que garantam a alfabetização (...)”

Estratégia 5.6: “Promover e estimular a formação inicial e continuada de professores para a alfabetização infantil, desenvolvendo capacidades
relacionadas com as novas tecnologias educativas e práticas pedagógicas inovadoras (...)”
Estratégia 7.12: “Incentivar o desenvolvimento, selecionar, certificar e promover tecnologias educacionais para a educação infantil, fundamental e
médio, e incentivar práticas pedagógicas inovadoras (...)”
Estratégia 7.15: “Universalizar, até o quinto ano de vigência deste Plano Nacional de Educação, o acesso à rede mundial de computadores em
banda larga de alta velocidade e, até o final da Década, triplicar a relação computador/aluno na educação básica pública escolas (...)”

A Política de Inovação na Educação Conectada (2021) se baseia no PNE com o objetivo de apoiar a universalização do acesso à internet nas escolas e
promover o uso de tecnologias digitais nas escolas públicas. Busca coordenar os esforços da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios,
bem como das escolas, do setor privado e da sociedade civil, a fim de criar as condições necessárias para a integração da tecnologia como ferramenta
pedagógica nas escolas públicas de ensino fundamental e médio.

A Estratégia Brasileira de Transformação Digital (E-Digital) 2018, instituída pelo Decreto nº 9.319, uma iniciativa interministerial, integra programas
governamentais sob uma única estrutura. Delineia os seguintes eixos de intervenção: infra-estruturas e acesso às TIC; pesquisa, desenvolvimento e
inovação; confiança no ambiente digital; educação e formação profissional; e dimensão internacional. No eixo Educação, a Política E-Digital busca
promover amplo acesso de alunos e professores a recursos didáticos de qualidade e possibilitar práticas pedagógicas práticas inovadoras por meio
do acesso universal à internet de alta velocidade nas escolas públicas de ensino fundamental; garantir financiamento de longo prazo em colaboração
com estados e municípios; incentivo à autonomia de alunos e professores na adoção de tecnologia para a educação; e avaliar periodicamente, de
forma sistemática e sistemática, a implementação de tecnologia educacional.

A Estratégia Nacional de Inteligência Artificial do Brasil (2021) estabelece nove eixos temáticos, incluindo o eixo “Qualificações para um Futuro Digital”,
que inclui o desenvolvimento de programas de alfabetização digital em todos os níveis educacionais e o estabelecimento de programas de formação
tecnológica para professores.

Em 2020, foi apresentado para consulta legislativa o Projeto de Lei 4.513/20 que institui a Política Nacional de Educação Digital. Em 2022 a Política
Nacional de Educação Digital foi aprovada pela Câmara dos Deputados, atualmente pendente de aprovação pelo Senado Federal. Tem como objetivo
promover a ampliação do acesso à educação digital e tecnológica na educação básica e está estruturado em quatro eixos para ampliar o acesso à
tecnologia nas escolas: inclusão digital da população brasileira; garantir a educação digital para alunos e professores; ações de formação do mercado
de trabalho; e incentivar a inovação, a pesquisa e o desenvolvimento.

Estruturas de competências digitais : O Brasil não possui uma estrutura formal de competências digitais. No entanto, a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) , as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores, a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de
Professores (2019) ( BNC-Formaco ), as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Desenvolvimento Profissional Contínuo e a Base Nacional Comum para
o Desenvolvimento Profissional Contínuo (2020) ( BNC-Continuada ) todos consideram as competências digitais dentro de suas respectivas estruturas.

Mudanças ocorreram em decorrência da COVID-19 : O Conselho Nacional de Educação (CNE) e o Ministério da Educação (MEC) forneceram
orientações às escolas para o planejamento e implementação do ensino remoto. No entanto, nenhum esforço nacional coordenado em grande escala
foi desenvolvido durante a pandemia da COVID-19, e os governos estaduais e municipais brasileiros foram responsáveis ​pela adoção de intervenções
e estratégias para apoiar a aprendizagem remota. O Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (CONSED) orquestrou espaços de
colaboração para secretários estaduais de educação compartilharem melhores práticas, aprenderem com outros estados e fortalecerem soluções de
ensino remoto.

No âmbito nacional, foram introduzidas iniciativas relevantes, como a Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial (EBIA), alterações ao Fundo de
Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) (alterada em 2020 pela Lei nº 14.109/2020 ), o Connected Política de Inovação Educacional
(2021) e o Projeto de Lei 4513/20 que institui a Política Nacional de Educação Digital, que impactam as TIC no setor educacional.

2.2. Infraestruturas tecnológicas, capacidade tecnológica das escolas e ambientes de aprendizagem

2.2.1. Infraestrutura tecnológica e capacidade digital das escolas

Energia Elétrica: O Plano Nacional de Educação 2014-2024 , aprovado pela Lei nº 13.005 , pretende garantir que todas as escolas públicas de ensino
fundamental tenham acesso à energia elétrica, água potável, esgoto e gestão de resíduos sólidos. A Lei 12.111/2009 regulamenta o fornecimento de
energia elétrica em sistemas isolados, o acesso à energia elétrica é um direito de quem deseja obter esse serviço no Brasil. O governo federal criou
em 2003 o Programa Nacional de Universalização e Acesso à Energia Elétrica – Luz para Todos (LPT).

Computadores e dispositivos : O Plano Nacional de Educação 2014-2024 visa fornecer equipamentos e recursos tecnológicos digitais para uso
pedagógico no ambiente escolar a todas as escolas públicas do ensino básico, bem como criar mecanismos para a implementação das condições
necessárias à universalização de bibliotecas em instituições de ensino, com acesso a redes digitais de computadores, incluindo a internet. A Política
de Inovação da Educação Conectada (2021) inclui a aquisição ou contratação de dispositivos eletrônicos, recursos educacionais digitais ou suas
licenças. O Projeto Um Computador por Aluno (UCA) e o Programa Um Computador por Aluno (PROUCA) ,teve como objetivo aumentar o uso das
tecnologias de informação e comunicação (TIC) nas salas de aula por meio do fornecimento de computadores portáteis aos alunos da rede pública de
ensino. Instituído pela Lei nº 12.249 (2010), o PROUCA teve como objetivo promover a inclusão digital pedagógica e o desenvolvimento de processos
de ensino e aprendizagem de alunos e professores das escolas públicas brasileiras.

Conectividade com a Internet : O Plano Nacional de Educação 2014-2024 , aprovado pela Lei nº 13.005 , propõe a estratégia 7.15 para universalizar o
acesso à rede mundial de computadores em banda larga e triplicar a proporção computador-aluno nas escolas públicas de ensino fundamental,
promovendo assim o uso pedagógico de tecnologias de informação e comunicação. Em conformidade com a estratégia 7.15 do Plano Nacional de
Educação, em 2017, o Decreto nº 9.204 , institui o Programa de Inovação Educação Conectada, que absorveu muitas das iniciativas do ProInfo,
iniciativa do Governo Federal destinada a promover e apoiar a universalização da conexão de alta velocidade à Internet e a fomentar o uso
pedagógico de tecnologias digitais na educação básica. Em 2021 a Política de Inovação em Educação Conectada (Piec, Poltica de Inovaco Educaco
Conectada ) foi instituída pela Lei nº 14.180 . Entre as ações desenvolvidas no âmbito do Programa, as escolas participantes são obrigadas a instalar o
Medidor Educação Conectadapara avaliar as características da banda larga. O Connected Education Meter permite que as escolas avaliem dados
históricos e desempenho. As descobertas podem acompanhar o desempenho da banda larga. Verifica a compatibilidade do CEIP das redes escolares.

O Fundo para a Universalização dos Serviços de Telecomunicações foi criado em 2000 pela Lei nº. 9.998 (alterada em 2020 pela Lei nº 14.109/2020 ))
para incentivar a expansão, uso e melhoria da qualidade das redes e serviços de telecomunicações, reduzindo as disparidades regionais, e para
apoiar o uso e o desenvolvimento de novas tecnologias de conectividade para promover a economia e desenvolvimento social.

A Estratégia Brasileira de Transformação Digital (E-Digital) 2018 inclui uma ação estratégica para expandir a conectividade de banda larga em escolas
urbanas e rurais, combinando soluções de conectividade por meio de cabeamento de fibra óptica, redes de rádio e satélite, aumentando a velocidade
de acesso nas escolas.

O governo federal lançou em 2008 o Programa Banda Larga nas Escolas (PBLE) , promulgado pelo Decreto 6.424 , que altera o Plano Geral de Metas
para a Universalização do Serviço Telefônico Fixo Comutado Prestado pelo Regime Público (PGMU). A iniciativa atende todas as escolas públicas de
ensino fundamental e médio de áreas urbanas que participam dos programas E-Tec Brasil.

2.2.2. Ambientes de tecnologia e aprendizagem

A oferta de educação à distância e de recursos abertos é mencionada em numerosos documentos de política e estratégia governamental. A Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), alterada em 2009, estipula que a educação a distância, organizada com abertura e regime especiais,
será ministrada por instituições especificamente credenciadas pela União; os Sindicatos regulamentarão as exigências para realização de exames e
registro de diplomas relativos a cursos de educação a distância; os padrões para produção, controle e avaliação de programas de educação a
distância; e a autorização de programas de educação a distância. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, promulgada em 1996 e alterada
em 2009, especifica que, para requisitos curriculares do ensino médio, as instituições de ensino podem celebrar acordos com instituições de ensino a
distância; inclui também a opção de educação a distância ou presencial mediada por tecnologias; e estipulam que o ensino fundamental será
presencial, com o ensino a distância servindo como complemento.

O Objectivo 3 do Plano Nacional de Educação 2014-2024 visa garantir que todas as crianças sejam alfabetizadas até à conclusão do terceiro ano do
ensino básico. Como estratégia, propõe selecionar, certificar e difundir tecnologias educativas para a alfabetização infantil, garantindo a diversidade
de métodos e propostas pedagógicas, bem como monitorar os resultados nos sistemas de ensino onde são aplicadas. Além disso, o Objectivo 7 visa
melhorar a qualidade do ensino básico em todos os níveis e modalidades. Propõe desenvolver, selecionar, certificar e difundir tecnologias
educacionais para a educação infantil, ensino fundamental e médio e incentivar práticas pedagógicas que melhorem o fluxo escolar e a
aprendizagem. Software livre e educação aberta. A Estratégia Brasileira de Transformação Digital(E-Digital) inclui uma ação estratégica para incentivar
a produção e difusão de conteúdos digitais criados por professores e alunos, bem como incentivar a partilha aberta de recursos financiados
publicamente com e entre redes educativas públicas e privadas, dando preferência a redes educativas abertas. recursos.
Alguns estados adotaram o ensino on-line ou à distância, como o uso da televisão, para aumentar a matrícula e a participação dos alunos. O Centro
de Mídias de Educação do Amazonas ( 2007) tem como alvo estudantes rurais que enfrentam escassez de professores, transmitindo aulas ao vivo
ministradas por professores para alunos apoiados por tutores presenciais.

Para mitigar os efeitos negativos do fechamento de escolas durante a pandemia da COVID-19, o sistema educacional brasileiro reagiu de diferentes
maneiras. O Conselho Nacional de Educação (CNE) e o Ministério da Educação (MEC) forneceram orientaçõesàs escolas para o planejamento e
implementação do ensino remoto No entanto, nenhum esforço nacional coordenado em grande escala foi desenvolvido durante a pandemia da
COVID-19, e os governos estaduais e municipais brasileiros foram responsáveis ​pela adoção de intervenções e estratégias para apoiar o ensino
remoto. As secretarias estaduais de educação do Brasil forneceram soluções de ensino remoto por meio de canais apropriados ao contexto, incluindo
apostilas físicas que acompanhavam orientações sobre como usar o material, um programa de aprendizagem na TV e um aplicativo móvel.

2.3. Competências tecnológicas de alunos e professores

2.3.1. Aprendizes

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (promulgada em 1996 e alterada em 2009) estabelece que os currículos da educação infantil, do
ensino fundamental e do ensino médio devem ter uma base nacional comum, que será complementada, em cada sistema educacional e em cada
instituição escolar, com uma parte diversificada baseada nas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos alunos.
(Art. 26) Base Curricular Comum Nacionalrecomenda o desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas ao uso crítico e responsável das
tecnologias digitais, tanto de forma transversal como direcionada. Os eixos propostos neste currículo permeiam todas as etapas da educação básica
são a cultura digital, a tecnologia digital e o pensamento computacional. Eixo 1 - Pensamento Computacional: capacidade de sistematizar, representar,
analisar e resolver problemas. Eixo 2 - Mundo Digital: componentes físicos e virtuais que permitem codificar, organizar e recuperar informações
quando necessário. Eixo 3 – Cultura Digital: relações interdisciplinares da computação com outras áreas do conhecimento, buscando promover a
fluência no uso do conhecimento computacional para expressar soluções e manifestações culturais de forma contextualizada e crítica.

Tem havido esforços para incluir habilidades adicionais de aprendizagem de tecnologia digital no ambiente de sala de aula. O eixo temático da
Estratégia Nacional de Inteligência Artificial (2021) do Brasil sobre as “Qualificações para um Futuro Digital” propõe avaliar a atualização da BNCC para
incorporar elementos relacionados ao pensamento computacional, programação de computadores e introdução ao Big Data e Inteligência Artificial .
A Estratégia Brasileira de Transformação Digital (E-Digital), inclui como ação estratégica a priorização da implementação de competências de
Pensamento Computacional no ensino médio, conforme definido na Base Nacional Comum Curricular.

A Base Curricular Comum Nacional reconhece nas competências gerais números 1, 2 e 5 a importância das competências digitais. De acordo com o
Currículo Básico Comum Nacionalas Competências Gerais da Educação Básica incluem (1)"Valorizar e utilizar conhecimentos historicamente
construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para compreender e explicar a realidade, continuar aprendendo e contribuir para a
construção de um mundo justo, democrático e inclusivo sociedade." (2) “Exercitar a curiosidade intelectual e usar a abordagem típica das ciências,
incluindo pesquisa, reflexão, análise crítica, imaginação e criatividade, para investigar causas, desenvolver e testar hipóteses, formular e resolver
problemas e criar soluções (incluindo soluções tecnológicas) com base no conhecimento das diferentes áreas.” (5) “Compreender, usar e criar
tecnologias digitais de informação e comunicação de uma forma crítica, significativa, reflexiva e ética em várias práticas sociais (incluindo a escola)
para comunicar, acessar e difundir informações, produzir conhecimento, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e
coletiva.” A tecnologia também é uma estratégia para alcançar as demais competências previstas na BNCC e é citada diversas vezes ao longo do
documento.

O eixo temático da Estratégia Nacional de Inteligência Artificial (2021) do Brasil sobre “Qualificações para um Futuro Digital” promove a criação de
mecanismo para aumentar o interesse dos brasileiros pelas disciplinas do grupo STEM (matemática, ciências, tecnologias e engenharia) em idade
escolar, com um foco especial em programas de inclusão de género e raça nestas áreas. Além disso, a Estratégia Brasileira de Transformação Digital
(E-Digital), inclui uma ação estratégica para priorizar, no modelo do Novo Ensino Médio, o fortalecimento de disciplinas STEM (matemática, ciências,
tecnologia e engenharia) e trilhas de qualificação técnica para setores da economia. economia digital, com ênfase no incentivo às raparigas e às
mulheres para prosseguirem carreiras em áreas relacionadas com as TIC.

2.3.2. Professores

No nível da formação docente inicial e continuada, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores e uma Base Nacional
Comum para a Formação Inicial de Professores (2019) ( BNC- Formação ), estão organizadas em consonância com a aprendizagem prescrita na BNCC
da Educação Básica. . As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professoresafirmam que os cursos de formação inicial de professores
da Educação Básica devem incorporar o uso da inovação e das linguagens digitais como recurso para o desenvolvimento de competências alinhadas
às especificadas na BNCC. As Diretrizes mencionam ainda a utilização e a compreensão das competências digitais, tais como a compreensão básica
dos fenómenos digitais e do pensamento computacional, bem como as implicações para o processo e experiência contemporâneos de ensino-
aprendizagem, aprendizagem e utilização da linguagem digital. Além disso, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de
Professoresafirmar em geral competências docentes 2 que “Pesquisar, investigar, refletir, realizar análises críticas, usar a criatividade e buscar
soluções tecnológicas para selecionar, organizar e planejar práticas pedagógicas desafiadoras, coerentes e significativas”; 5º que “Compreender,
utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diferentes práticas docentes, como
recurso pedagógico e como ferramenta de formação, para comunicar, acessar e difundir informações, produzir conhecimento, resolver problemas e
melhorar o aprendizado.”

A Resolução CNE/CP nº 1, de 27 de outubro de 2020, estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Desenvolvimento Profissional Contínuo e
uma Base Nacional Comum para o Desenvolvimento Profissional Contínuo (2020) (BNC- Formação Continuada), afirmando que os cursos e programas
de formação continuada podem ser ministrados nas modalidades presencial, a distância, semipresencial, híbrida ou outras modalidades não
presenciais. Esses documentos orientadores estabelecem padrões profissionais para professores alinhados à BNCC. As competências docentes
abrangem três domínios interdependentes: conhecimento – domínio dos conteúdos; prática – gestão de salas de aula; e engajamento – interagindo
com as partes interessadas. Cada domínio contém habilidades específicas. No que diz respeito às TIC, os documentos referidos sublinham a
necessidade de os professores “demonstrarem conhecimentos de diversos recursos – incluindo as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC),
capazes de envolver cognitiva e emocionalmente os alunos na sua aprendizagem”. Além disso, "demonstrar compreensão das questões relevantes e
estratégias disponíveis para apoiar a segurança,

O Plano Nacional de Educação 2014-2024 , aprovado pela Lei nº 13.005 , tem como objetivo promover e estimular a formação inicial e continuada de
professores para a alfabetização infantil, construindo capacidades relacionadas às novas tecnologias educacionais e às práticas pedagógicas
inovadoras. A Estratégia Brasileira para a Transformação Digital (2018) inclui como ação estratégica melhorar a formação inicial e continuada dos
professores da educação básica, considerando as transformações tecnológicas e fornecendo orientações práticas quanto ao uso da tecnologia em
sala de aula. Estratégia Nacional de Inteligência Artificial do Brasil(2021) eixo temático sobre as “Qualificações para um Futuro Digital” propõe a
concepção e formação continuada para professores do Ensino Básico das componentes curriculares de Cultura e Cidadania Digital, Big Data e
Inteligência Artificial.

A Política de Inovação Educação Conectada ( Institui a Política de Inovação Educação Conectada ), instituída pela Lei nº 14.180, tem como objetivo
incentivar a formação de professores e gestores em práticas pedagógicas com tecnologia e para o uso da tecnologia. Inclui também ofertas de cursos
de formação de professores, inclusive para o uso de tecnologias digitais em sala de aula. A Autoavaliação de Competências Digitais de Professores
para professores é uma ferramenta online gratuita que permite aos professores do ensino básico identificar as suas competências digitais para que
possam desenvolver-se profissionalmente. Foi desenvolvido pelo Centro de Inovação na Educação Brasileira (CIEB) em parceria com outras
organizações.
No nível da formação continuada, o Centro de Inovação da Educação Brasileira (Cieb) desenvolveu e disponibilizou gratuitamente o Currículo de
Referência em Tecnologia e Computação (2018), que traz eixos, conceitos e competências alinhados à BNCC e é direcionado especificamente no
desenvolvimento de competências para a exploração e aplicação de tecnologias. O Portal do Professor é um ambiente virtual com recursos
educacionais que facilitam e dinamizam o trabalho e um espaço para troca de experiências entre professores do ensino fundamental e médio. O
conteúdo do portal inclui sugestões de aulas de acordo com a grade curricular de cada disciplina e recursos como vídeos, fotos, mapas, áudios e
textos.

2.4. Cibersegurança e segurança

2.4.1. Dados privados

A Lei nº 13.709, de 2018, Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD revisada em 2019) regula o tratamento de dados pessoais em meios físicos e digitais
no Brasil e estabelece novos padrões para a coleta e tratamento de dados de crianças.

O Marco Civil da Internet de 2014 ( Lei nº 12.965 ) estabelece os princípios, direitos e responsabilidades para o uso da Internet no Brasil, bem como as
diretrizes para a atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios a respeito disso. O artigo 3º dispõe, entre outros princípios que
regulam o uso da internet no Brasil, o princípio da proteção da privacidade e dos dados pessoais, e o artigo 7º dispõe, como direitos e garantias dos
internautas, a inviolabilidade e o sigilo do fluxo de suas comunicações e a inviolabilidade e confidencialidade das suas comunicações privadas
armazenadas, a menos que ordenado por um tribunal.

O artigo 17 da Lei nº 8.069 Estatuto da Criança e do Adolescente e Dá Outras Disposições (1990) estabelece o direito ao respeito como a
inviolabilidade da integridade física, psicológica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da
autonomia , valores, ideias e crenças, espaços e objetos pessoais.

2.4.2. Abuso online e cyberbullying

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996, alterada em 2009) menciona que as instituições de ensino, respeitadas as normas comuns,
terão como missão, entre outras, promover medidas de conscientização e prevenção e combate a todos os tipos de violência, especialmente a
intimidação sistemática e bullying dentro das escolas.

A Lei nº 13.185 institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, que aborda o cyberbullying e sugere contramedidas, como capacitação de
professores, programas de comunicação e diretrizes. O Plano Nacional de Educação 2014-2024 aprovado pela Lei nº 13.005 , propõe garantir políticas
de combate à violência na escola, incluindo o desenvolvimento de ações voltadas à capacitação de educadores para detectar os indícios de suas
causas, como a violência doméstica e sexual, favorecendo a adoção de medidas adequadas para promover a construção de uma cultura de paz e de
um ambiente escolar dotado de segurança para a comunidade.

3. Governança

3.1. Instituições responsáveis ​pela tecnologia na educação e mecanismos de coordenação

No Brasil, o sistema educacional é altamente descentralizado. No nível federal, o Ministério da Educação (MEC) é responsável pela coordenação da
política educacional nacional em colaboração com o Conselho Nacional de Educação ( CNE ). No MEC, a Subsecretaria de Tecnologia da Informação e
Comunicação(STIC), é uma unidade orgânica subordinada à Secretaria Executiva para funcionar como Unidade de Gestão de Recursos de Tecnologias
de Informação e Comunicação do Ministério da Educação. Programas específicos também são coordenados com outros ministérios, como o
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) do Brasil. O MEC colabora com outros ministérios, bem como com as partes interessadas que
participam na elaboração de políticas educativas e reúne regularmente representantes subnacionais, sociedade civil e organizações profissionais.

No contexto federativo da educação básica, os municípios são responsáveis ​pela Educação Pré-Escolar. A responsabilidade pela educação primária é
compartilhada entre municípios e estados. O ensino médio é de responsabilidade dos estados, e o Distrito Federal tem as mesmas responsabilidades
dos estados e municípios. Cada nível de governo pode promulgar legislação e formular políticas, mas o Ministério da Educação (MEC) lidera o sistema
através de padrões e quadros nacionais.

3.2. Funções das escolas

Atualmente não existe nenhuma regra federal relativa ao uso de dispositivos móveis em ambientes escolares. Em 2007, existiram medidas legislativas
para controlar a utilização de telemóveis em sala de aula, mas não foram implementadas. Alguns estados promulgaram regulamentos sobre o uso de
equipamentos de comunicação, eletrônicos e outros dispositivos similares em estabelecimentos de ensino.

Recursos relacionados

Relatório GEM 2023: Tecnologia na educação

Blog: "Novos perfis PEER para informar o diálogo político sobre tecnologia na educação"

Última modificação: Ter, 23/05/2023 - 19h49

Você também pode gostar