Você está na página 1de 5

DISTRIBUIÇAO DAS PERDAS

NOS TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA

ROGÉRIO MARTINS
Engenheiro Electrotécnico

ANTIGO ASSISTENTE DO INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO


E ADJUNTO DA DIRECçãO DA EMPRESA NACIONAL DE APAREI.HAGEM EI.É;CTRICA

O. Um ponto fundamental no projecto de trans- ponde a um integral mínimo de perdas, relativo ao


formadores de potência é a distribuição das perdas, diagrama apresentado.
isto é, a atribuição da importância relativa das Fomos conduzidos ao presente método ao termos
perdas no ferro do circuito magnético e das perdas de atacar este problema pelo lado como se apresenta
no cobre dos enrolamentos. Com efeito, é sabido ao construtor, que é o do melhor aproveitamento
como no cálculo de um transformador definido pelos das possibilidades do material que emprega, ao
valores de potência, tensões de serviço e tensão de iniciarmos, em Novembro de 1955, a utilização de
curto-circuito, é possível distribuir de modos di- chapa de cristais orientados na construção dos nossos
versos as perdas no ferro e no cobre para um mesmo transformadores. O método é mais geral e mais
condicionamento construtivo (valores fixados do cómodo que os habitualmente referidos.
peso da chapa magnética do núcleo, do peso do
cobre dos enrolamentos, da secção útil do núcleo, 1. S com efeito conhecido o método clássico do
das características da chapa magnética utilizada e professor Richter 1. Visa a determinar a relação
do dimensionamento global dos enrolamentos), tudo perdas no cobre a plena carga/perdas no ferro
dependendo do valor escolhido para a indução P cu/ P Fe mais conveniente; e apoia-se em três pontos
magnética no núcleo. Desta escolha essencial re- fundamentais:
sultam as características de funcionamento do trans-
formador; a curva de rendimento desloca-se, em a) considerar a função PF• = t
(B) que dá a
ordenadas e de modo mais marcado na posição do variação das perdas no ferro com a indução
seu máximo. um polinómio do segundo grau
S possível, portanto, adequar o transformador b) calcular o valor PCu/PFe que nessas condições
que se projecta ao tipo de serviço que dele se espera; e para o tipo de chapa corrente arrasta o mí-
«grosso modo», se se vai trabalhar com um diagrama nimo da soma das perdas P Cu +
P F.
com grandes zonas em vazio, é preferível diminuir c) em face do diagrama de cargas que vai ser
as perdas no ferro à custa das no cobre, enquanto imposto ao transformador, calcular um novo
se se trabalha com diagramas muito carregados, é valor P cu/ P Fe tal que as áreas correspondentes
preferível fazer o contrário. As duas grandezas va- à integração separada das perdas no ferro e
riam em sentido inverso, e vê-se como seria possível das perdas no cobre verifiquem o cociente
projectar um transformador com características PCu/PFe obtido em b).
óptimas de funcionamento, se fosse conhecido o seu O valor clássico deste cociente indicado pelo
diagrama de carga; o funcionamento óptimo corres- Prof. Richter é 0,945 a 0,957 para uma zona de

54
trabalho entre os 10,000 e os 14.000 gauss e para relativos, K = I (t), sendo K o cociente da potência
uma chapa siliciosa de 0,35 mm de espessura e relativa ao momento t pela potência nominal do
perdas a 10.000 gauss, 50 HZ da ordem dos 1,3 transformador (Fig. 1).
W/Kg, como era corrente na Alemanha em 1931.
Todos estes valores estão hoje desactualizados, e K

em rigor pode criticar-se, mais do que isto, a pró-


pria essência do método.
~\-- I / r'\
Na verdade, é mais directo visar a indução de
trabalho óptima em vez de relação P/CuPFe óptima;
/ -, r-,
este último valor não resolve senão uma primeira
etapa do problema e deixa a quem projecta uma -<,
boa distância a percorrer. /
Em segundo lugar, é de desejar que o método '-- V"
seja aberto a qualquer tipo de chapa nas condições
em que efectivamente vai trabalhar, isto é que a 24
t em hOr"'as
curva PFe = I (B) seja a curva experimentalmente Fig. 1
obtida com determinada série constructiva, deter-
minados métodos oficinais e determinada qualidade
de chapa. Considerar esta curva um polinómio de As perdas totais do transformador em kWh
2. o grau é uma simplificação escusada, uma vez que relativas ao diagrama, chamando P Fe as perdas no
fisicamente não é exacto, e pràticamente é mais ferro nominais (independentes da carga) e pc .. as
simples exprimir uma dada curva por uma função perdas no cobre nominais (variáveis com o qua-
do tipo exponencial do que por urna função do tipo drado da carga) em kW, são
polinomial. Basta recordar, em relação à primeira
afirmação, que a maior contribuição para as perdas PT _: 24 PF• + f024 K2 Pcu dt kWh (1)
no ferro provém das perdas por histerese magnética
(correntemente em percentagens de 85 a 90% 2, Daqui se tira
e que estas se exprimem por uma potência de B
cujo expoente varia entre 0,5 e 2,3 aproximando-se kWh (la)
do último valor à medida que B aumenta, e depende,
além disso, da qualidade da chapa. Por outro lado,
urna descrição exponencial para a curva de perdas
sendo a =
~
r 24
o
K2 dt, uma constante, medida em

no ferro experimental obtém-se corri relativa faci- horas, própria do diagrama de cargas.
lidade com um rigor tão grande quanto se deseje. Por outro lado, tanto PFe como pc .. são funções
Finalmente, não tem interesse considerar num da indução B; ter-se-á
primeiro estádio o mínimo do valor «perdas totais)
(PFe + Pcu) e depois adaptar aos resultados desta PT = <I> (B) (2)
consideração os vários diagramas que se apresentem;
e a condição de mínimo é a estacionaridade desta
parece mais lógico ir directamente a cada diagrama
função.
e analisá-lo por si.
Torna-se, portanto, necessário determinar a
O que fica dito permite situar o método aqui forma de função (2), ou seja, as das funções PF• =
apresentado em relação ao clássico: trabalha-se di-
= 11 (B) e pc .. = 12 (B).
rectamente com a curva experimental de perdas A primeira obtém-se a partir da cáracterfstica
própria da chapa e da série construtiva, e· com o em vazio unitária da série construtiva a que per-
diagrama de cargas do transformador, e preten- tence o transformador quando se utilisa um deter-
de-se obter o valor da indução que minimisa o minado tipo de chapa magnética no núcleo; isto é,
integral de perdas correspondente a esse diagrama. da curva dos W/Kg de perdas em vazio em função
Veremos no final a extensão da sua aplicabili- da indução magnética.
dade. Esta é uma curva experimental, a que se chega
após um número suficientemente elevado de ensaios
2. Admitamos urn diagrama de cargas diário com tipos diferentes da mesma série construídos
'determinado, típico do serviço que espera o trans- com o núcleo com um mesmo tipo de chapa; a sua
formador; representemos esse diagrama em valores fórmula determina-se, portanto, empiricamente, por

55
análise matemática directa da curva. No caso par- o que corresponde à equação
ticular das nossas séries construtivas e com chapa
hipersil tal como a usamos, a fórmula mais adequada 24 . rIFe' ecB " • cnB,,-l = 2a r B-3
é uma exponencial do tipo
donde se tira, fazendo ex = a/24,

" 2 r
ecB. Bn+2=-. ex· -- = C (5)
em que B é a indução em Kilogauss, c e n constantes, cn llFe

PFe vem em W/kg. (Esta fórmula é exacta até à 2.11,


Esta equação dá-nos o valor óptimo da indução
casa decimal).
magnética B, com a qual se consegue o núnimo do
A função 11 (B) é portanto
(1). O segundo membro que designamos habitual-
cB " mente por C, «parâmetro de perdas», evidencia pelos
PFe = rIFe' (e - 1) (3a)

sendo lhe O peso em T da chapa magnética do núcleo 130

e vindo PFe em kW.


Por outro lado, a função 12 (B) pode escrever-se cf 120
I
simplesmente
PCU = r. B-2 (3b)
110
:/
sendo B em Kilogauss, Pcu em kW e r uma cons-
tante determinada de um modo simples a partir 100
J
de um regime conhecido do funcionamento do trans-
formador: se para a indução B; as perdas no cobre
90
V
são P CitO' temos r = P CUO B~ . (Isto é válido desde
que se suponha, como o temos feito, a observância
do condicionamento construtivo acima indicado:
constância dos pesos de ferro e cobre, etc.). Pode-se
80
"

II
determinar r de modo analítico, e é, nesse caso, 70
I
r=Ax(_lm)2._p 2

60
V
n.,
S Fe

sendo lm. o comprimento médio das espiras em cm,


50
/
S Fe a secção útil da coluna em cm2, P a potência
nominal em KVA, rIcu o peso do cobre total em Kg, 40
)
V
e A uma constante que depende do sistema de uni- V
dades, da frequência, da forma da curva da tensão
e das características físicas do cobre (densidade e
30
/
condutividade) (*). Para os valores habituais (d =
./
V
= 8,9 g/cm3, 1=50 Hz e À = 55 m/i!.: mm2) , é 20
12 13 14 15 16 17
A = 13,1 (vindo r em kW. kgauss"). Este modo de
determinar r é menos prático' e só se lhe recorre
--ª-- x103 GAUS$
Fi,. 2
em caso de não haver a possibilidade de utilizar o
primeiro.
Temos então, substituindo em (la) as funções
(3a) e (3b), a função procurada
* A fórmula de A é:
ed I06
A=--
À! 2 1t2
PT = 24 . rIFe' (ecB " - 1) +a . r . B-2 (4)
sendo d a densidade do cobre em g/cm', À a sua condu-
a estacionaridade procurada é
tividade em mi n. mm', !a frequência em H., a curva
da tensão uma sinusoidal pura e as ligações dos enrola-.
dPT
--=0 mentos triângulo ou estrela, no caso de transforma-
dB dores trífásicos

56
seus três factores as três influências dominantes do O presente método não diz nada sobre isto; nem
condicionamento do problema: a influência da chapa tem que dizer. Cabe a quem prepara tecnicamente
utilizada, 2/cn; a influência do diagrama de cargas, as ofertas escolher certos tipos diferentes como
oc; a influência do tipo construtivo, r/flFe. Juntamos ponto de partida para a solução procurada; aplicar,
a curva C = t (B) correspondente a uma das nossas em cada um, o método preconizado, que corresponde,
séries construtivas. na verdade, a fazer render ao máximo as suas poten-
O modo de a utilizar no projecto é muito sim- cialidades; e depois fazer a sua comparação econó-
ples: escolhido o tipo construtivo a empregar para mica como acima se referiu.
satisfazer determinado pedido de transformador, Resta o segundo ponto, e o mais grave. Resulta
conhecido o diagrama de cargas a considerar, que do facto de, muitas vezes, se não conhecer o dia-
nos dá o oc, e escolhida a chapa magnética, cal- grama de cargas que vai esperar o transformador.
cula-se o parâmetro de perdas, C. Entrando na Esta ignorância em certos casos é injustificada.
curva, temos o valor B correspondente, que é a No caso de indústrias com horários perfeitamente
indução óptima teórica (A indução real nem sem- definidos, em que o diagrama de cargas é função
pre pode coincidir com este valor, quer devido a estreita dos processos de laboração, parece que se
limitações construtivas, sobretudo quando uma das poderia acompanhar a consulta da indicação desse
tensões de serviço é baixa e a secção útil do diagrama; o mesmo se diga do caso das companhias
núcleo é elevada, quer devido a limitações impos- distribuidoras, cuja experiência deve poder indicar
tas pelo valor da tensão de curto-circuito; nestes o diagrama estatisticamente mais provável e as
casos, deve escolher-se o valor prático mais pró- tendências da sua evolução futura. Infelizmente,
.ximo do indicado pela curva). poucos são os clientes que enviam juntamente com
com os seus pedidos de oferta estes elementos, de-
3. As principais vantagens deste método são, cisivos para o estudo económico e, portanto, pre-
por um lado, a comodidade e, por outro, o rigor; é ciosos para os fabricantes poderem realizar um pro-
cómodo porque traçar a curva C = ecBn. B"+2 é jecto racional. Espera-se que um aumento da com-
tarefa simples, a sua utilização imediata e o resul- preensão da importância destes factos leve no futuro
tado do seu emprego o valor chave do projecto; é a uma situação mais favorável para ambas as par tes,
rigoroso porque entra com todos os elementos do em que se considere normal informar as consultas
problema sem fazer simplificações. com diagramas e tarifas de energia correspondentes.
Convém referir agora dois pontos estreitamente Mas há muitos casos em que não é possível
ligados mas exteriores ao problema tal como se pôs, indicar estes elementos; todos aqueles casos em que
importantes, contudo, para uma valoração crítica o uso do transformador não é previsto (armazém,
do método. por exemplo), ou em que se prevê que o consumo
O primeiro é o problema económico geral. Com varie ràpidamente e de modo, por ora, incerto (re-
efeito, sabe-se como, para satisfazer um pedido de giões em fase acentuada de evolução de consumo,
transformador definido pela sua potência, tensões por exemplo). Nestes casos, à falta de diagrama
de serviço e de curto-circuito, e conhecido o seu donde se extraia, tem de se arbitrar o valor do oc.
diagrama de cargas, pode apresentar-se um certo É corrente o valor 0,25; pode-se aliás aproxi-
número de soluções diferentes que interessa com- má-lo de valores mais baixos (0,15) ou mais altos
par_ar economicamente. De um modo geral, pode (0,50) conforme se sabe que o transformador se
dizer-se que nos vão aparecer transformadores de destina ou a utilizações de carácter mais rural ou
melhores características (integral de perdas menor) a utilizações de carácter mais industrial. Ter uma
mais caros, e outros com piores perdas, mais ba- ideia do coeficiente de utilização anual médio do
ratos; a comparação justa pode fazer-se entrando transformador é já, para estes casos, uma razoável
em conta com o preço da energia, o custo anual das substituição do diagrama 3.
perdas, o capital inicial a que este custo corresponde, O método é perfeitamente aplicável ainda nestes
fazendo-o equivaler a uma amortização a certo juro casos, requerendo-se apenas bom senso para a arbi-
durante um certo prazo, e somando este capital tração do valor oc; mas de qualquer modo esta
inicial ao preço pedido para o transformador. As requisição é indispensável.
somas, assim obtidas, são os preços reais dos vários Parece, portanto, que pode concluir-se pelo re-
tipos; e é evidente que o resultado desta compa- conhecimento de uma terceira vantagem, que é a
ração não pode ser estranho às preocupações de maleabilidade do método e a generalidade possível
quem projecta. do seu emprego.

51
DISTRIBUIÇÃO DAS PERDAS
NOS TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA
RESUMO-O presente método permite obter o melhor C=f(B), udlida para todos os transformadores da mesma
aproveitamento do condicioecmento constructivo de um trans- série constructiua que utilisem a mesma chapa. O valor C,
formado" conhecendo-se o diagrama de cargas do serviço a «parâmetro de perdas», é por sua vez [unçâo do diagrama
que se destina. de cargas, do tiPo constructiuo e da chapa, e calcula-se em
Em relação aos métodos conhecidos apresenta as vantagens cada caso a partir destes dados; entrando na curva com este
de ser exacto e imediatamente aplicâve! a qualquer tipo de valor, obtém-se o valor de B óptimo, isto é, o que arrasta
chapa magnética, de diagrama de cargas ou de transformador, para o transformador em projecto uma distribuição de perdas
e de fornecer não a relação de perdas mas directamente o no ferro e no cobre que minimiza o integral de perdas do
valor da indução magnética no núcleo, que é primacial no diagrama de cargas.
projecto. Finalmente, frisa-se a vantagem dos clientes indicarem
Consiste em exprimir a curva experimental de perdas sempre que possivel nas suas consultas o diagrama de carga
no ferro (Própria do tipo constructiuo e da qualidade de e as tarifas correspondentes e na impossibilidade de o fazerem
chapa empregada) por uma função exponencial; e a partir de sugerirem pelo menos um coeficiente de utilização anual
de constantes assim determinadas, construir um~ curva médio aconselhável.

DISTRIBUTION DES PERTES


DANS LES TRANSFORMATEURS DE PUISSANCE
RÉSUMÉ - On presente une méthode qui permet truire une courbe C = f (B), ualable pour tous les transjor-
d'obtenir la meilleure utilisation du conditionnement cons- mateurs de la même série constructiue en utilisant la même
tructi] d'un transjormateur en connaissant le diagramme tole. La valeur C, (,parame.tre de pertes» est à son tour [onc-
des char ges du seruice auquel ii est destiné. tion du diagramme des charges, du type constructi] et de
la tôle, et on le calcule pour chaque cas a partir de ces données;
Par rapport au» méihodes connues elle présente l'auan-
en entrant dans la courbe avec cette ualeur, on obtient la
tage d'étre esacte, pouvant étre immédiatement aPPlicable à
oaleur de B optimum, c' est-à-dire, celui qui donne pour le
n'importe quelle sorte de tôle magnétique, de diagramme des
transjormateur en project une distribution de pertes dans le
charges ou de transjormateur, et de ne pas fournir le rapport
[er et dans le cuivre que minimise l'integral de pertes du
des pertes mais directement la ualeur de l'induction magné-
diagramme des char ges.
tique dans le noyau, ce qui est primatial dans le projecto
Pour en finir, on met en evidence l'aoantage pour les
Cette méthode consiste à es-primer la courbe ex-périmen- cliente d'indiquer, chaque fois qu'il est possible, dans ses
tale des pertes dans le [er (ce qui est propre du type constructi] demandes de prix, le diagramme des charges et les tarifs
et de la qualité de la tôle employée) par une fonction expo- correspondants et, le cas écheant, de suggérer au moins un
nentielle; et à partir de constantes ainsi determinées, cons- coefficient d'utilisation annuel moyen conseillable.

DISTRIBUTION OF POWER LOSSES


lN TRANSFORMERS
SUMMARY - The present meihod enables us to get The values of this graPh C = f (B) are true for ali trans-
the best results of a transjormer, knowing the loads it will be [ormers 01 the same type and using the same lamination.
subjected to. C (loss caracteristic) is a function 01 the load diagram, of
This method has the following advantages: It is precise, the type of transjorrner and 01 the sheet used and can, there-
it may easily be ap-plied to any type of magnetic sheets, to [ore, be calculated [rorn these factors. With this ualue the
any diagram of loads and to any transjormer and supplies graPh will give us the best value for B, which will disiribute
the direct value of magnetic induction of the core, instead the losses in the iron and in the copper in such a way as to
of the relation of losses. reduce to a minimum ihe los ses in the load diagram,
T'he method gives us the experimental graPh of losses Wheneverpossible, enquirer s should indicate the load
in iron, (different for each type of transjormer and for eacb diagram and coresponding rates, or else a sug gested auerage
kind of lamination) in the form of an exponential-tunction. yearly utilisation schedule.

BIBLIOGRAFIA
1- RrCHTER, Elektrische Maschinen, Vol. III, Die Trans-
formatoren, pg. 262 et seq., 1954.

2- Handbuch der Physik, Vol. 15, pg. 182-8.

3- FRITZ ANDÉ, Betrieb und Anwendung von Leis-


tungs-und Regeltransformatoren, pg. 20, 1954.

58

Você também pode gostar