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Sumário
INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 3
1. NORMA REGULAMENTADORA NR-35 - TRABALHO EM ALTURA................ 4
2.ANÁLISE DE RISCO E CONDIÇÕES IMPEDITIVAS .......................................... 7
2.1 Atividades rotineiras e não rotineiras ................................................................................ 7
2.1.1 Atividades Rotineitas................................................................................... 7
2.1.2 Atividades não Rotineitas ........................................................................... 8
2.2 Análise de Risco (AR) ....................................................................................................... 8
2.3 Condições impeditivas .................................................................................................... 12
3. SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDA ................................................14
3.1 Hierarquia das medidas de controle ............................................................................... 14
3.2 Hierarquia de serviços ..................................................................................................... 15
3.3 Acesso por Corda ............................................................................................................ 17
3.4 Sistema de proteção coletiva contra quedas – SPCQ .................................................... 17
3.5 Fator de Queda ............................................................................................................... 18
3.6 Zona Livre de Queda ....................................................................................................... 18
3.7 Sistema de proteção individual contra quedas - SPIQ ................................................... 21
3.8 Sistemas de Ancoragem ................................................................................................. 21
3.9 Pontos de Ancoragem ..................................................................................................... 22
3.9.1 Linha de Vida...............................................................................................23
3.10 Elementos de ligação .................................................................................................... 23
3.10.1 Talabarte ....................................................................................................23
3.10.2 Funcionamento do Absorvedor de Energia ............................................24
3.10.3 Trava-Quedas ............................................................................................24
3.10.4 Conectores ................................................................................................27
3.10.5 Mosquetão .................................................................................................27
3.11 Equipamentos De Proteção Individual - Epi.................................................................. 30
3.11.1 Cinturão de Segurança Tipo Paraquedista .............................................30
3.11.2 Capacete com Fita Jugular.......................................................................32
3.11.3 Luvas .........................................................................................................32
3.11.4 Óculos de segurança ................................................................................33
3.12 Limitações de uso do SPIQ ........................................................................................... 33
3.13 Serviços em Telhados ................................................................................................... 40
3.14 Serviços em Área de Carga .......................................................................................... 40
3.15 Andaimes....................................................................................................................... 41
3.15.1 Andaimes suspensos ...............................................................................42
3.15.2 Andaimes Móveis ......................................................................................43
3.15.3 Andaimes Fachadeiros .............................................................................43
3.15.4 Andaimes Simplesmente Apoiados .........................................................44
4.ACIDENTES TÍPICOS NOS RABALHOS EM ALTURA.....................................45
4.1 Síndrome da Suspensão Inerte ...................................................................................... 45
4.2 Emergência e Salvamento .............................................................................................. 47
4.3 Urgências Coletivas ........................................................................................................ 47
4.4 Conduta ........................................................................................................................... 48
4.5 Noções de primeiros socorros......................................................................................... 49
4.5.1 Procedimentos Gerais ................................................................................49
REFERÊNCIAS .....................................................................................................53
2
INTRODUÇÃO
A execução de trabalhos em altura expõe os trabalhadores a riscos
elevados, particularmente quedas, frequentemente com consequências graves
para os acidentados e que representam uma percentagem elevada de acidentes
de trabalho graves e fatais.
Entre as atividades que envolvem trabalho em altura, podemos
citar:
• Obras da construção civil;
• Serviços de manutenção e limpeza em fachadas;
• Manutenção de telhados;
• Atividades de telefonia;
• Serviços em linhas transmissão e distribuição de energia
elétrica;
• Montagem e desmontagem de estruturas;
• Trabalho em plantas industriais;
• Armazenamento de materiais;
Este treinamento aborda conteúdos e práticas relativos a operações e
procedimentos para reconhecimento, análise e prevenção de riscos associados ao
trabalho em altura, bem como inspeção e utilização de sistema de proteção
individual contra quedas (SPIQ) e sistema de proteção coletiva contra quedas
(SPCQs). O treinamento é pré-requisito para iniciar atividades que exijam o
trabalho em altura com risco de queda, em qualquer área.
No final desta apostila, encontra-se um glossário, para auxiliar nas
definições presentes no texto.
3
1. NORMA REGULAMENTADORA NR-35 -
TRABALHO EM ALTURA
Além do risco de queda outros riscos devem ser verificados no local onde
será realizada a atividade como rede elétrica energizada, presença de pedestres,
animais peçonhentos, presença de líquidos combustíveis e/ou inflamáveis ou
serviços sendo executados de forma paralela.
Nesse capítulo trataremos dos métodos de análise e prevenção de riscos.
Antes de começar, gostaríamos de lhe fazer uma pergunta: qual é a
diferença entre fator de risco e risco?
Fator de risco Fonte ou situação com potencial de provocar ferimentos
humanos e/ou danos à saúde;
Risco é resultado da combinação da probabilidade e da gravidade do
dano.
Veja que os acidentes são materializações de riscos associados a
atividades e procedimentos, projetos e instalações, máquinas e equipamentos.
Para reduzir sua frequência, é preciso avaliar e controlar os riscos, planejando
atividades de acordo com as normas de Segurança. Medidas de controle são
estabelecidas em função da identificação e da avaliação dos riscos, através de
técnicas que contribuam para reduzi-los a níveis cada vez menores.
Atenção!
Boas Práticas
ATENÇÃO
Pense!
Rede de Proteção
Guarda Corpo
a. Diretamente na b. Ancoragem
estrutura
consolidado NR-35
c. Dispositivos de ancoragem
Ponto de ancoragem
3.10.3 Trava-Quedas
Dispositivo de segurança para proteção do usuário contra quedas em
operações com movimentação em linha de vida rígida e flexível, quando conectado
com cinturão de segurança para proteção contra quedas.
Basicamente, podemos dividir os dispositivos trava-quedas em três tipos, a
saber: trava-quedas para cabo de aço, trava-quedas para corda e trava-quedas
retrátil com cabo de aço ou tecido sintético.
Trava-Quedas para Cabo de Aço
Dispositivo empregado nos deslocamentos verticais seguros com
travamento automático do trabalhador em caso de queda. Utilizado sobre cabo de
aço com alma de aço de 8 mm pré-instalado junto a escadas, conecta-se ao cinto
paraquedista por um mosquetão.
Para sua melhor conservação, deve ser protegido da umidade e de ação
direta dos raios solares, mantendo-o afastado de produtos químicos. Se molhado,
seque-o à sombra em local ventilado.
3.10.4 Conectores
Duralumínio especial
Material de grande resistência mecânica, boa resistência à corrosão e muito
leve, indicado para trabalho onde sofra atritos importantes.
Aço
Possui grande resistência mecânica ao atrito, porém não é muito resistente
à corrosão. Indicados para trabalhos que demandam altas cargas e em locais
sujeitos a atritos importantes, porém é bem mais pesado que o duralumínio.
Aço inox
Material de grande resistência mecânica à corrosão e ao atrito. Indicado
para trabalhos que demandam altas cargas e em locais sujeitos a atritos
importantes, porém é bem mais pesado que o duralumínio.
Quanto ao formato, os mosquetões se classificam em:
Oval
Deve ser usado sempre que não houver a
possibilidade de queda, pois, apesar de sua grande
resistência à tração, seu movimento de força é menor que o
mosquetão formato em ―D‖. É indicado para ser usado com
alguns tipos de polias.
Mosquetão oval Fonte: SENAI-RS, 2012b
Pera ou HMS
A sigla HMS vem de um termo alemão e quer
dizer: Mosquetão para utilização do nó de segurança
dinâmica ou Meia Volta do Fiel. São mosquetões de
grande abertura, normalmente utilizados como ponto
central em ancoragens, pois podemos de certa forma
distribuir melhor os equipamentos. Possuem boa
resistência e foram desenvolvidos para serem utilizados
em conjunto com nó de segurança dinâmica ―UIAA –
União Internacional das Associações de Alpinismo‖.
“D” Assimétrico
Possui as mesmas características do ―D‖ simétrico, com a diferença de que
a abertura do gatilho é maior.―D‖ Simétrico
“D” Simétrico
Mosquetões de grande resistência à tração indicado para utilização em
locais cuja possibilidade de queda exista por ter um maior momento de força. Todo
impacto do choque será direcionado para os vértices, pois são a continuação de
sua espinha dorsal, constituindo-se em sua parte mais resistente.
Quanto ao sistema de travamento, os mosquetões se classificam em:
Travamento por rosca
Sistema tradicional de fechamento ainda utilizado. Devemos ter especial
atenção para sempre fechar a rosca quando estiver sendo utilizado.
Travamento automático
Seu fechamento é rápido e evita o esquecimento da rosca de segurança
aberta. Para as pessoas que não estão acostumadas a trabalhar com luvas pode
ser um pouco difícil o manuseio no começo.
Conector Classe Q
Conector de elo rápido destinado a ser utilizado em aplicações em longo
prazo ou permanentes, cujo fechamento é obtido por um fecho de rosca, sendo
este parte estrutural da sustentação do conector, quando completamente
atarraxado.
Conector Classe T
Conector terminal, de fechamento automático, concebido como elemento
terminal de um subsistema, que permite a fixação em uma única direção.
Boa práticas!
3.11.3 Luvas
Cabos de Aço
Os cabos de aço de tração não podem ter emendas nem pernas quebradas que
possam vir a comprometer sua segurança.
Os cabos de aço e de fibra sintética devem ser fixados por meio de dispositivos que
impeçam seu deslizamento e desgaste.
Os cabos de aço e de fibra sintética devem ser
substituídos quando apresentarem condições que
comprometam sua integridade em face da utilização a que
estiverem submetidos.
Os grampos devem ser montados de maneira correta
e reapertados após o início de uso do cabo de aço.
Manutenção: manter cabos de aço afastados de
produtos químicos nocivos (ácidos), abrasivos e
cantos (vivos) cortantes.
Compatibilidade com o
diâmetro da Corda que para
linha de vida é de 12mm.
Sentido de
instalação do Travaquedas
com a seta sempre para
cima.
3.15 Andaimes
equilíbrio do 2) Quebra de
do espaço.
4) Contato com
3) Queda
condutor (fiação) na
durante construção
presença de tensão
5) Trabalhador
com problemas de
4.2 Emergência e Salvamento
aprendidas.
4.4 Conduta
Em razão do nível de conhecimento que o profissional de resgate em altura
possui, é imprescindível recordar que, apesar de todos os conhecimentos teóricos
e técnicos, há de se ter experiência e bom senso, em virtude de os trabalhos
serem realizados sob pressão psicológica e qualquer erro pode ser fatal.