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Sumário
INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 3
1. NORMA REGULAMENTADORA NR-35 - TRABALHO EM ALTURA................ 4
2.ANÁLISE DE RISCO E CONDIÇÕES IMPEDITIVAS .......................................... 7
2.1 Atividades rotineiras e não rotineiras ................................................................................ 7
2.1.1 Atividades Rotineitas................................................................................... 7
2.1.2 Atividades não Rotineitas ........................................................................... 8
2.2 Análise de Risco (AR) ....................................................................................................... 8
2.3 Condições impeditivas .................................................................................................... 12
3. SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDA ................................................14
3.1 Hierarquia das medidas de controle ............................................................................... 14
3.2 Hierarquia de serviços ..................................................................................................... 15
3.3 Acesso por Corda ............................................................................................................ 17
3.4 Sistema de proteção coletiva contra quedas – SPCQ .................................................... 17
3.5 Fator de Queda ............................................................................................................... 18
3.6 Zona Livre de Queda ....................................................................................................... 18
3.7 Sistema de proteção individual contra quedas - SPIQ ................................................... 21
3.8 Sistemas de Ancoragem ................................................................................................. 21
3.9 Pontos de Ancoragem ..................................................................................................... 22
3.9.1 Linha de Vida...............................................................................................23
3.10 Elementos de ligação .................................................................................................... 23
3.10.1 Talabarte ....................................................................................................23
3.10.2 Funcionamento do Absorvedor de Energia ............................................24
3.10.3 Trava-Quedas ............................................................................................24
3.10.4 Conectores ................................................................................................27
3.10.5 Mosquetão .................................................................................................27
3.11 Equipamentos De Proteção Individual - Epi.................................................................. 30
3.11.1 Cinturão de Segurança Tipo Paraquedista .............................................30
3.11.2 Capacete com Fita Jugular.......................................................................32
3.11.3 Luvas .........................................................................................................32
3.11.4 Óculos de segurança ................................................................................33
3.12 Limitações de uso do SPIQ ........................................................................................... 33
3.13 Serviços em Telhados ................................................................................................... 40
3.14 Serviços em Área de Carga .......................................................................................... 40
3.15 Andaimes....................................................................................................................... 41
3.15.1 Andaimes suspensos ...............................................................................42
3.15.2 Andaimes Móveis ......................................................................................43
3.15.3 Andaimes Fachadeiros .............................................................................43
3.15.4 Andaimes Simplesmente Apoiados .........................................................44
4.ACIDENTES TÍPICOS NOS RABALHOS EM ALTURA.....................................45
4.1 Síndrome da Suspensão Inerte ...................................................................................... 45
4.2 Emergência e Salvamento .............................................................................................. 47
4.3 Urgências Coletivas ........................................................................................................ 47
4.4 Conduta ........................................................................................................................... 48
4.5 Noções de primeiros socorros......................................................................................... 49
4.5.1 Procedimentos Gerais ................................................................................49
REFERÊNCIAS .....................................................................................................53

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INTRODUÇÃO
A execução de trabalhos em altura expõe os trabalhadores a riscos
elevados, particularmente quedas, frequentemente com consequências graves
para os acidentados e que representam uma percentagem elevada de acidentes
de trabalho graves e fatais.
Entre as atividades que envolvem trabalho em altura, podemos
citar:
• Obras da construção civil;
• Serviços de manutenção e limpeza em fachadas;
• Manutenção de telhados;
• Atividades de telefonia;
• Serviços em linhas transmissão e distribuição de energia
elétrica;
• Montagem e desmontagem de estruturas;
• Trabalho em plantas industriais;
• Armazenamento de materiais;
Este treinamento aborda conteúdos e práticas relativos a operações e
procedimentos para reconhecimento, análise e prevenção de riscos associados ao
trabalho em altura, bem como inspeção e utilização de sistema de proteção
individual contra quedas (SPIQ) e sistema de proteção coletiva contra quedas
(SPCQs). O treinamento é pré-requisito para iniciar atividades que exijam o
trabalho em altura com risco de queda, em qualquer área.
No final desta apostila, encontra-se um glossário, para auxiliar nas
definições presentes no texto.

Boa leitura e bons estudos!

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1. NORMA REGULAMENTADORA NR-35 -
TRABALHO EM ALTURA

A Norma Regulamentadora para Trabalhos em Altura, NR-35 estabelece.


―... os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura,
envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a
segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com
esta atividade‖.
Vamos conhecer um pouco mais sobre algumas normas que são
importantes para você, profissional, que irá desempenhar trabalho em altura. No
decorrer do curso, iremos aprofundar nossa discussão em itens fundamentais,
buscando estabelecer as orientações necessárias para um trabalho seguro e com
responsabilidade.
NR-1 – Disposições Gerais, estabelece o campo de aplicação de todas as
Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho, bem como os
direitos e obrigações do Governo, dos empregadores e dos trabalhadores no
tocante a este tema específico;
NR-6 – Equipamentos de Proteção Individual, faz referência aos
equipamentos utilizados no trabalho em altura e demais situações de risco;
NR-7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, estabelece a
obrigatoriedade de elaboração e implementação do Programa de Controle Médico
de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da
saúde do conjunto dos seus trabalhadores;
NR-8 – Edificações, dispõe sobre os requisitos técnicos mínimos que
devem ser observados nas edificações para garantir segurança e conforto aos que
nelas trabalham;
NR-9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, estabelece a
obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os
empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da
saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação,
reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos
ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em
consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais;
NR-10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade, estabelece
os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de
controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos
trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e
serviços com eletricidade;
NR-11 – Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de
materiais, norma de segurança direcionada para operação de elevadores,
guindastes, empilhadeiras, ponte rolante, transportadores industriais, seletoras de
pedidos entre outras.
NR-12 – Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos, esta Norma
Regulamentadora - NR e seus anexos definem referências técnicas, princípios
fundamentais e medidas de proteção para resguardar a saúde e a integridade
física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de
acidentes e doenças do trabalho;
NR-17 – Ergonomia, esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer
parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um
máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente; NR 18 Condições e Meio
Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção trata do assunto como parte de
uma série de riscos encontrados na indústria da construção;
NR-22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração, esta Norma
Regulamentadora tem por objetivo disciplinar os preceitos a serem observados na
organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o
planejamento e o desenvolvimento da atividade mineira com a busca permanente
da segurança e saúde dos trabalhadores; NR 33 - Segurança E Saúde Nos
Trabalhos Em Espaços Confinados, esta Norma tem como objetivo estabelecer os
requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento,
avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir
permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou
indiretamente nestes espaços;
NR-34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção e Reparação Naval, o trabalho em altura é abordado dentro dos riscos
que envolvem a indústria da construção naval.
A NR-35 também se completa com algumas normas técnicas que são
direcionadas aos fabricantes dos equipamentos do Sistema de Proteção Coletiva
contra Quedas – SPQC e o Sistema de Proteção Individual Contra Quedas – SPIQ,
como os exemplos que seguem abaixo.
ABNT NBR 11370:2001 – Cinturão e talabarte de segurança.
ABNT NBR 16325-1 - Dispositivos de ancoragem tipos A, B e D.
2. ANÁLISE DE RISCO E CONDIÇÕES
IMPEDITIVAS

Além do risco de queda outros riscos devem ser verificados no local onde
será realizada a atividade como rede elétrica energizada, presença de pedestres,
animais peçonhentos, presença de líquidos combustíveis e/ou inflamáveis ou
serviços sendo executados de forma paralela.
Nesse capítulo trataremos dos métodos de análise e prevenção de riscos.
Antes de começar, gostaríamos de lhe fazer uma pergunta: qual é a
diferença entre fator de risco e risco?
Fator de risco Fonte ou situação com potencial de provocar ferimentos
humanos e/ou danos à saúde;
Risco é resultado da combinação da probabilidade e da gravidade do
dano.
Veja que os acidentes são materializações de riscos associados a
atividades e procedimentos, projetos e instalações, máquinas e equipamentos.
Para reduzir sua frequência, é preciso avaliar e controlar os riscos, planejando
atividades de acordo com as normas de Segurança. Medidas de controle são
estabelecidas em função da identificação e da avaliação dos riscos, através de
técnicas que contribuam para reduzi-los a níveis cada vez menores.

2.1 Atividades rotineiras e não rotineiras


2.1.1 Atividades Rotineitas
São atividades habituais, independente da frequência, que fazem parte do
processo de trabalho da empresa. Para esse tipo de atividade torna-se
obrigatório desenvolvimento de procedimento operacional contemplando essas
atividades.
O procedimento operacional deve ser documentado, divulgado,
conhecido, entendido e cumprido por todos os trabalhadores e demais pessoas
envolvidas.
Considerando que alguns riscos não são previstos e/ou não identificados
no procedimento operacional, o trabalhador deve realizar avaliação prévia no
local onde será desenvolvida a atividade.
Conforme a NR 35 os procedimentos operacionais devem conter, no
mínimo:
a) as diretrizes e requisitos da tarefa;
b) as orientações administrativas;
c) o detalhamento da tarefa;
d) as medidas de controle dos riscos características à rotina;
e) as condições impeditivas;
f) os sistemas de proteção coletiva e individual necessários;
g) as competências e responsabilidades.

2.1.2 Atividades não Rotineitas


São as atividades que não são realizadas de forma habitual pela empresa.
Como são atividades não habituais, não há exigência de procedimento
operacional. Desta forma, é necessária a autorização da sua execução por meio
de Permissão de Trabalho, o que não excluí a necessidade de realizar a análise
risco.
Permissão de Trabalho - PT: documento escrito contendo conjunto de
medidas de controle, visando ao desenvolvimento de trabalho seguro, além de
medidas de emergência e resgate.
A Permissão de Trabalho deve ser emitida, aprovada pelo responsável
pela autorização da permissão, disponibilizada no local de execução da atividade
e, ao final, encerrada e arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade.
Conforme NR35, a permissão de trabalho deve conter os seguintes itens:
a) os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos
trabalhos;
b) as disposições e medidas estabelecidas na Análise de Risco;
c) a relação de todos os envolvidos e suas autorizações.
A Permissão de Trabalho deve ter validade limitada a duração da
atividade, restrita ao turno de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável
pela aprovação nas situações em que não ocorram mudanças nas condições
estabelecidas ou na equipe de trabalho.

2.2 Análise de Risco (AR)


A Análise de Risco é uma visão técnica antecipada do trabalho a ser
executado, que permite a identificação dos riscos envolvidos em cada passo da
tarefa, e ainda propicia a condição para evitá-los ou conviver com eles em
segurança.
Essa antecipação de eventos indesejáveis e acidentes possibilita a
adoção de medidas preventivas de segurança e de saúde para o trabalhador,
para terceiros, para o meio ambiente e, até mesmo, evita danos aos
equipamentos e interrupção dos processos produtivos.
Por ser aplicável a todas as atividades, uma grande virtude da aplicação
da técnica de Análise de Risco é o fato de promover e estimular o trabalho em
equipe e a responsabilidade solidária.
São exemplos de metodologias usualmente utilizadas a Análise Preliminar
de Risco (APR), Análise de Segurança da Tarefa (AST) e a Análise de Risco da
Tarefa (ART). Outras metodologias também poderão ser empregadas, tais como
a análise de modos de falha e efeitos FMEA (AMFE); Hazard and Operability
Studies (HAZOP); Análise Preliminar de Perigo (APP) dentre outras.
A Análise de Risco deve considerar, além dos riscos inerentes ao trabalho
em altura:
⮚ o local em que os serviços serão executados e seu entorno;
⮚ o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;
⮚ o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;
⮚ as condições meteorológicas adversas;
⮚ a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas
de proteção coletiva e individual, atendendo às normas técnicas vigentes,
às orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do impacto e
dos fatores de queda;
⮚ o risco de queda de materiais e ferramentas;
⮚ os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;
⮚ o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais
normas regulamentadoras;
⮚ os riscos adicionais;
⮚ as condições impeditivas;
⮚ as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros
socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador;
⮚ a necessidade de sistema de comunicação;
⮚ a forma de supervisão.
Modelo de Análise de Risco
ANÁLISE DE RISCOS
EMPRESA: Elaborado/Revisado por: JC AR
SSS – Pintura 00001
TAREFA: REVIS DATA:
Pintura de fachada do prédio ÃO: 01 99/99/1999
com uso de andaime
FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS REQUERIDOS:
Andaime, rolo, lixa, extensor de rolo, bandeja de pintura, trapo .......

SUBSTÂNCIAS / PRODUTOS REQUERIIDOS:


Tintas

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO REQUERIDOS:

Capacete com jugular, botina de segurança , óculos contra impacto, cinto de


segurança tipo paraquedista, luva de vaqueta
Nº Sequ Peri Efei Recomendação /
Passo ência dos gos tos Salvaguardas e Sugestões
Passos (Riscos)
Básicos
Mont Altu Polit Treinamento NR-35;
agem de ra (Queda rauma Linha de vida;
andaime; de pessoas) Cinto de segurnaça;
1
Trava quedas;
Capacete com
jugular;

Figura 1 - Exemplo de Planilha de Análise de Risco Fonte: SESI-RS, 2019

Atenção!

Antes de iniciar uma atividade em altura realize atentamente a


Análise de Riscos (AR). Em caso de dúvida consulte um
profissional da segurança ou o seu lider imediato.
2.3 Condições impeditivas
 São situações que impedem a realização ou continuidade do serviço
que possam colocar em risco a saúde ou a integridade física do
trabalhador. Por exemplo:
 Equipamentos danificados.
 Sistema de ancoragem inexistente ou defeituoso.
 EPI vencido.
 Além das condições citadas a cima são acrescentadas as condições
voltadas a saúde do trabalhador, por exemplo:
 Patologias que possam originar mal súbido tais como epilepsia.
 Patologias cronicas descompasadas, como diabetes e hipertenção
desconpensadas.
Nota: A indicação da necessidade de exames complementares é
responsabilidade do médico coordenador do PCMSO e/ou médico examinador.

Boas Práticas

Antes de iniciar uma atividade em altura faça uma


autoanálise e verifique se você esta apto física e
psicosocialmente para trabalhar em altura.

Veja, o que estabelece a NR35 sobre a responsabilidade do trabalhador.


a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em
altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador;

b) colaborar com o empregador na implementação das disposições


contidas nesta Norma;

c) interromper suas atividades, exercendo o direito de recusa, sempre que


constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde
ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior;

d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas terceiras que


possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho.
Recapitulando

Nesse capítulo, falamos sobre a diferença dos conceitos de


Fator de Risco e Risco. Você conheceu as ferramentas de
Análise de Risco, os procedimentos para autorização de serviços
em altura (Permissão de trabalho) e Condições impeditivas.
3 3.
QUEDA
SISTEMAS DE PROTEÇÃO CONTRA

Conforme estabelece a NR 35 o Sistema de Proteção Contra quedas deve:

a) ser adequado à tarefa a ser executada;


b) ser selecionado de acordo com Análise de Risco,
considerando, além dos riscos a que o trabalhador está exposto, os riscos
adicionais;
c) ter todos os seus elementos compatíveis e submetidos a
uma sistemática de inspeção.
Nota: É obrigatória a utilização de Sistema de Proteção contra quedas
sempre que não for possível evitar o trabalho em altura.

3.1 Hierarquia das medidas de controle


A NR 35 preconiza a hierarquia das medidas de controle que são:
a) medidas para evitar o trabalho em
altura, sempre que existir meio alternativo de
execução, exemplo sistemas hidráulico para baixar
os refletores nível do solo.

Fonte: Cartilha do Trabalhador

b) medidas que eliminem o risco de


queda dos trabalhadores, na impossibilidade
de execução do trabalho de outra forma,
exemplo guarda corpo.
c) medidas que minimizem as consequências da queda,
quando o risco de queda não puder ser eliminado, exemplo EPI.

ATENÇÃO

Na Impossibilidade da adoção de medidas coletivas são


adotadas medidas individuais.

3.2 Hierarquia de serviços


A hierarquia de serviços seleciona os meios de acesso necessários para a
execução de atividades em altura, tendo como premissa básica a menor
exposição das pessoas.
Algumas atividades em altura são realizadas com equipamentos que
elevam o trabalhador até o local onde será realizada a atividade. Para este tipo
de situação o trabalhador deverá ter treinamento específico para o equipamento
que será utilizado, além do curso de trabalho em altura, conforme exemplos
abaixo.

Plataforma de trabalho aéreo Cesto acoplado


Cesta aérea Selecionadora de
pedidos
3.3 Acesso por Corda

Considera-se acesso por corda a técnica de progressão utilizando cordas,


com outros equipamentos para ascender, descender ou se deslocar
horizontalmente, assim como para posicionamento no local de trabalho,
normalmente incorporando dois sistemas de segurança fixados de forma
independente, um como forma de acesso e o outro como corda de segurança
utilizado com cinturão de segurança tipo paraquedista.

Fonte: NBR 15.595.

Pense!

Na sua empresa ou nas suas atividades diárias quais


são so recuros e/ou tecnicas de trabalho mais
utilizados?

3.4 Sistema de proteção coletiva contra quedas – SPCQ


Sistema de proteção coletiva contra quedas não requer o uso de EPI para
oferecer proteção.
O SPCQ deve ser projetado por profissional legalmente habilitado.
Veja alguns exemplos de SPCQ:

Rede de Proteção

Rede de proteção para proteger a queda


interior dos operários de uma laje a outra e evitar a
queda de material.

Guarda Corpo

Utilizados para delimitação e isolamento de


áreas de trabalho internas e externas
Antes de abordamos o Sistema de proteção Individual Contra Queda- SPIQ
é preciso entender alguns conceitos essenciais para o bom desenvolvimento do
conteúdo.

3.5 Fator de Queda

O fator de queda mostra a relação entre a altura de queda e o comprimento


do equipamento que irá dete-lo, como o talabarte e travaquedas. Quanto mais alto
for o ponto ancoragem, menor será o fator de queda.

O fator de queda, apresentado na figura abaixo, é obtido pela fórmula:


hq/CT onde:
hq: altura da queda
CT: comprimento do equipamento que irá dete-lo, como por exemplo:
talabarte e travaqueda.

Figura 7 - Fatores de quedas Fonte: BASEADO EM OSWALDO, 2012

3.6 Zona Livre de Queda

A Zona Livre de queda (ZLQ) é a região compreendida entre o ponto de


ancoragem e o obstáculo inferior mais próximo contra o qual o trabalhador possa
colidir em caso de queda, tal como o nível do chão ou o piso inferior.

O cálculo da ZLQ necessária depende do EPI e do sistema de ancoragem.


Em casos simples, pode-se utilizar a ZLQ informada pelo fabricante do EPI. Em
outros casos, como no uso de linhas de vida horizontal, deve ser levada em conta
a flecha dinâmica da linha de vida. Seguem exemplos em algumas situações.
Exemplo de cálculo da ZLQ em um SPIQ com talabarte com absorvedor de energia
em ponto fixo.
Fonte: Manual consolidado NR-35

Exemplo de cálculo da ZLQ em um SPIQ com talabarte com absorvedor de


energia em linha de vida horizontal:

Fonte: Manual consolidado NR-35

f3 = flecha dinâmica de cálculo


a = Comprimento do talabarte
b = Comprimento do absorvedor de energia totalmente aberto
c = Distância do elemento de engate do cinturão até o pé da pessoa (1,5
m),
d = Distância de segurança (1 metro; determinada nas normas NBR 14626,
14627, 14628, 14629, 15834)
ZLQ = f3 + a + b + c + d
Pense!

Qual é a Zona Livre de queda definida pelo fabricante


indicada nos equipamentos que você utiliza na empresa?

3.7 Sistema de proteção individual contra quedas - SPIQ


Protege apenas o trabalhador que o utiliza e requer que esse use EPI
contra quedas e receba treinamento para tal.
Conforme NR 35 O SPIQ é constituído dos seguintes elementos:
a) sistema de ancoragem;
b) elemento de ligação;
c) equipamento de proteção individual.
A seguir iremos abordar cada um deles.

3.8 Sistemas de Ancoragem

São componentes definitivos ou temporários, dimensionados para suportar


impactos de queda, aos quais o trabalhador possa conectar seu Equipamento de
Proteção Individual, diretamente ou através de outro dispositivo, de modo a
permanecer conectado em caso de perda de equilíbrio, desfalecimento ou queda.

a. Diretamente na b. Ancoragem
estrutura

Fonte: Manual Fonte: Manual consolidado NR-35

consolidado NR-35
c. Dispositivos de ancoragem

Fonte: SENAI-RS, 2012b

Os sistemas de ancoragem devem ser:


a) Ser projetados e construídos sob-responsabilidade de profissional
legalmente habilitado;
b) Instalados por trabalhadores capacitados; A instalação deve ser feita por
trabalhadores capacitados no procedimento operacional de montagem do sistema
de ancoragem,
c) ser submetidos à inspeção inicial e periódica. A inspeção inicial deve ser
realizada após a instalação, alteração ou mudança de local. Já a inspeção
periódica do sistema de ancoragem deve ser efetuada de acordo como o
procedimento operacional, considerando o projeto do sistema de ancoragem e o de
montagem, respeitando as instruções do fabricante e as normas regulamentadoras
e técnicas, as instruções do fabricante e as normas regulamentadoras e técnicas
aplicáveis, com periodicidade não superior a 12 meses
.
3.9 Pontos de Ancoragem

É parte integrante de um sistema de ancoragem onde o equipamento de


proteção individual é conectado, como por exemplo: cordas, cabos de aço, trava-
queda e talabartes.

Ponto de ancoragem

Fonte: Manual consolidado NR-35

Exemplo de pontos de ancoragem definitivos em edifício para serviços de


manutenção de fachada. Na ancoragem deve ser de aço inox, fixada em parte
estrutural do edifício.
3.9.1 Linha de Vida
Existem linhas de vida do tipo vertical ou horizontal, instaladas de forma
permanente ou temporária, e onde são ancorados os equipamentos de proteção
individual antiqueda, como bloqueadores automáticos, mosquetões, cintas e
cordas, que serão detalhados à frente.

Fonte: Manual consolidado NR-35

3.10 Elementos de ligação


O elemento de ligação é um componente que tem a função de unir o
cinturão de segurança ao sistema de ancoragem. É comum também referir o
elemento de ligação, junto com o cinturão de segurança, como EPI.
A seguir iremos mostrar alguns dos principais tipos.
3.10.1 Talabarte
É um dispositivo de conexão de um sistema de segurança, regulável ou
não, para sustentar, posicionar e/ou limitar a movimentação do trabalhador, sendo
utilizado em conjunto com o cinturão de segurança tipo paraquedista. O
comprimento máximo dos talabartes não pode exceder 2 metros, quando maiores
do que 0,9 m e parte de um sistema antiqueda, devem obrigatoriamente possuir
um meio de absorção de energia, podendo ser constituído de uma corda de fibras
sintéticas, um cabo metálico, uma fita ou uma corrente.
Exemplos de talabartes para retenção de queda. Fonte: NBR 15834.

Talabarte de segurança duplo em Y com absorvedor


de energia
Talabarte de segurança simples com absorvedor de energia

Fonte: NBR 16489

3.10.2 Funcionamento do Absorvedor de Energia


Elemento com função de limitar a força de impacto transmitida ao
trabalhador quando de uma eventual queda, que podem atingir, quando utilizado
um talabarte sem absorvedor, valores superiores a 22kN. É importante ressaltar
que a NR-35 estabelece que o sistema seja projetado de forma a não transmitir
uma força superior a 6kN! Devem ser observados os limites estabelecidas pelo
fabricante, constantes no manual do equipamento.

Fonte: NBR 16489

3.10.3 Trava-Quedas
Dispositivo de segurança para proteção do usuário contra quedas em
operações com movimentação em linha de vida rígida e flexível, quando conectado
com cinturão de segurança para proteção contra quedas.
Basicamente, podemos dividir os dispositivos trava-quedas em três tipos, a
saber: trava-quedas para cabo de aço, trava-quedas para corda e trava-quedas
retrátil com cabo de aço ou tecido sintético.
Trava-Quedas para Cabo de Aço
Dispositivo empregado nos deslocamentos verticais seguros com
travamento automático do trabalhador em caso de queda. Utilizado sobre cabo de
aço com alma de aço de 8 mm pré-instalado junto a escadas, conecta-se ao cinto
paraquedista por um mosquetão.
Para sua melhor conservação, deve ser protegido da umidade e de ação
direta dos raios solares, mantendo-o afastado de produtos químicos. Se molhado,
seque-o à sombra em local ventilado.

Fonte: BASEADO EM PROTEVAN, 2012

Colocação dos trava-quedas:


� retirar o mosquetão e mover as alavancas para cima;

� girar o aparelho na horizontal e introduzir o cabo em sua abertura


intermediária:
� recolocar o aparelho na vertical; o cabo se ajustará normalmente;

verificar se o aparelho ficou colocado na posição correta (seta para cima),


recolocar o mosquetão e apertar a porca de sua segurança.

Trava-Quedas para Corda

Assim como o trava-quedas para cabo de aço, o dispositivo para corda é


usado nos deslocamentos verticais. Utilizado com corda de
segurança de 12 mm de diâmetro, conforme a NR18, o
equipamento desliza acompanhando o trabalhador em ascensões e
descidas, travando automaticamente em caso de queda. Esse
dispositivo funciona com eficiência em cordas de 12 mm, por isso
jamais devemos instalar cordas com diâmetros diferentes ou,
então, cabos de aço.
Fonte: BASEADO EM PROTEVAN, 2012
Trava-Quedas Retrátil com Cabo de Aço
Equipamento automático de travamento que permite movimentação retrátil
de um cabo ou fita, destinado a travar a movimentação do cinturão de segurança
quando ocorrer uma queda.
Antes de conectar o trava-queda ao cinturão, deve ser feito o
teste inicial de bom funcionamento, que consiste em verificar o
imediato travamento do cabo após ser puxado com força para fora e
seu retorno integral após deixar de ser puxado.

Fonte: BASEADO EM DALMORO, 2012

3.10.4 Conectores

São dispositivos de segurança de alta resistência que tem a função de


prover elos entre os elementos de ligação e o cinturão paraquedista.
Para contar com a máxima resistência do equipamento, devemos dar
atenção ao uso e à manutenção. A resistência dos conectores varia com o sentido
de tração, sendo mais resistente pelas extremidades do que pelas laterais. Não
devem sofrer torções, por isso devem ser instalados corretamente, prevendo-se a
forma como será solicitado sob tensão ou dentro de um sistema que deterá uma
queda.
Classe A
Conector de ancoragem, de fechamento automático, destinado a ser
utilizado como componente e concebido para ser unido diretamente a um tipo
específico de ancoragem.
São normalmente utilizados nas extremidades dos talabartes. Fabricados
em aço ou alumínio e com variedade de tamanhos.
3.10.5 Mosquetão
Mosquetões com Trava classe B/M (Multiuso)

São elos metálicos de grande resistência e com


maior versatilidade em aplicações entre uso pessoal ou na
montagem de sistemas. Também possuem uma maior
variedade de modelos. Um mosquetão aberto ou carregado
lateralmente tem resistência bastante inferior àquela
apresentada por um mosquetão usado corretamente.
Os cuidados com os mosquetões seguem as recomendações referentes a
todos os equipamentos metálicos; além disso, as articulações podem ser
lubrificadas de acordo com as orientações do fabricante, para melhor
funcionamento do gatilho.
Para efeito de classificação, podemos separar os mosquetões da seguinte
forma: quanto ao material, eles se classificam em: Duralumínio especial, Aço e Aço
inox.

Duralumínio especial
Material de grande resistência mecânica, boa resistência à corrosão e muito
leve, indicado para trabalho onde sofra atritos importantes.
Aço
Possui grande resistência mecânica ao atrito, porém não é muito resistente
à corrosão. Indicados para trabalhos que demandam altas cargas e em locais
sujeitos a atritos importantes, porém é bem mais pesado que o duralumínio.
Aço inox
Material de grande resistência mecânica à corrosão e ao atrito. Indicado
para trabalhos que demandam altas cargas e em locais sujeitos a atritos
importantes, porém é bem mais pesado que o duralumínio.
Quanto ao formato, os mosquetões se classificam em:
Oval
Deve ser usado sempre que não houver a
possibilidade de queda, pois, apesar de sua grande
resistência à tração, seu movimento de força é menor que o
mosquetão formato em ―D‖. É indicado para ser usado com
alguns tipos de polias.
Mosquetão oval Fonte: SENAI-RS, 2012b
Pera ou HMS
A sigla HMS vem de um termo alemão e quer
dizer: Mosquetão para utilização do nó de segurança
dinâmica ou Meia Volta do Fiel. São mosquetões de
grande abertura, normalmente utilizados como ponto
central em ancoragens, pois podemos de certa forma
distribuir melhor os equipamentos. Possuem boa
resistência e foram desenvolvidos para serem utilizados
em conjunto com nó de segurança dinâmica ―UIAA –
União Internacional das Associações de Alpinismo‖.
“D” Assimétrico
Possui as mesmas características do ―D‖ simétrico, com a diferença de que
a abertura do gatilho é maior.―D‖ Simétrico
“D” Simétrico
Mosquetões de grande resistência à tração indicado para utilização em
locais cuja possibilidade de queda exista por ter um maior momento de força. Todo
impacto do choque será direcionado para os vértices, pois são a continuação de
sua espinha dorsal, constituindo-se em sua parte mais resistente.
Quanto ao sistema de travamento, os mosquetões se classificam em:
Travamento por rosca
Sistema tradicional de fechamento ainda utilizado. Devemos ter especial
atenção para sempre fechar a rosca quando estiver sendo utilizado.
Travamento automático
Seu fechamento é rápido e evita o esquecimento da rosca de segurança
aberta. Para as pessoas que não estão acostumadas a trabalhar com luvas pode
ser um pouco difícil o manuseio no começo.
Conector Classe Q
Conector de elo rápido destinado a ser utilizado em aplicações em longo
prazo ou permanentes, cujo fechamento é obtido por um fecho de rosca, sendo
este parte estrutural da sustentação do conector, quando completamente
atarraxado.
Conector Classe T
Conector terminal, de fechamento automático, concebido como elemento
terminal de um subsistema, que permite a fixação em uma única direção.

3.11 Equipamentos De Proteção Individual - Epi


Os Equipamentos de Proteção Individual – EPI, conforme a NR 06 define, é
todo dispositivo de uso individual utilizado pelo empregado, destinado à proteção
de riscos que podem ameaçar a sua segurança e saúde no trabalho.
Portanto, quando as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente
inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados EPIs,
específicos e adequados às atividades desenvolvidas.
A seguir iremos citar alguns dos principais EPI para trabalho em altura.

3.11.1 Cinturão de Segurança Tipo Paraquedista

É um equipamento de proteção individual utilizado para trabalhos em altura


onde haja risco de queda, constituído de sustentação na parte inferior do peitoral,
acima dos ombros e envolto nas coxas. O cinturão de segurança tipo paraquedista
fornece segurança quanto a possíveis quedas e, posição de trabalho ergonômico.
É essencial o ajuste do cinturão ao corpo do empregado para garantir a correta
distribuição da força de impacto e minimizar os efeitos da suspensão inerte.

Na fiura a seguir são apresentados os principais pontos de fixação do


cinturão para um deslocamento e posicionamento seguros conforme a tarefa exigir.
Fonte: BASEADO EM SHEVANNY TST, 2012
Abaixo são apresentados dois cinturões em poliéster, na Figura 27 e Figura
28, que possibilitam ancoragem no peito e nas costas. Podem ser usados com
talabarte simples em poliéster (ligação frontal ou dorsal) ou talabarte tipo ―Y‖ em
poliéster, com ligação obrigatoriamente frontal. O cinturão da Figura 28 possui
argolas nos ombros para trabalho e/ou resgate em espaço confinado. As alças
laterais são utilizadas para o transporte de ferramentas, as quais não podem ser
colocadas nos olhais laterais do cinto.

Cinturão paraquedista de poliéster


Cinturão paraquedista de poliéster para trabalhos em espaços confinados

INSPEÇÃO PRÉVIA: Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada


inspeção rotineira de todos os elementos do SPIQ.
ARMAZENAGEM E GUARDA: Guarde seu equipamento em local seco,
limpo e fora do alcance do sol. Não guarde seu equipamento perto de fontes de
calor. Não exponha seu equipamento a materiais corrosivos e/ou químicos como
líquidos de
baterias, ácidos, hidrocarbonetos etc. A não ser que ele tenha sido
fabricado para estes riscos específicos.
A vida útil do cinto de segurança tipo paraquedista é definida pelo fabricante
e pode ser reduzida dependendo da frequência e dos cuidados durante o uso, do
grau de exposição a produtos químicos, elementos abrasivos e luz solar.

Boa práticas!

Ao adiquirir um cinto de segurança tipo paraquedista, leia


atentamente as informações contidas no manual do
fabricante.
3.11.2 Capacete com Fita Jugular

O capacete de segurança é o equipamento utilizado para a proteção


craniana. Protege contra impactos, penetrações, choque elétrico e queimaduras.
No entanto, é preciso conhecer as características referentes a este equipamento
para verificar se o produto corresponde aos requisitos mínimos de segurança. A
responsabilidade de quem seleciona o capacete a ser usado é grande e as
inspeções devem ser feitas com base em normas técnicas, devidamente
aprovadas, para realizar uma escolha criteriosa.
O capacete possui cintas internas (carneira) que absorvem impactos e,
ainda, devem ter fita jugular.
Para a melhor identificação do tipo de capacete a ser utilizado,
apresentaremos a seguir suas três classes: Classe A, Classe B e Classe C.
a) capacete para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;
b) capacete para proteção contra choques elétricos;
c) capacete para proteção do crânio e face contra agentes térmicos.

Três pontos de fixação


Dois pontos

3.11.3 Luvas

São utilizadas para a proteção das mãos do empregado contra


agentes abrasivos e escoriantes, principalmente no atrito das mãos do trabalhador
com cabos de aço e de fibra sintética, em se tratando do trabalho em altura.

Para melhor conservação devem ser guardadas afastadas da ação direta


de raios solares ou quaisquer outras fontes de calor. Se molhadas ou úmidas,
secar à sombra, nunca ao sol, pois pode causar o ressecamento do material.

3.11.4 Óculos de segurança


São utilizados para proteção dos olhos do trabalhador contra a projeção de
partículas que possam causar dano a visão ou causar a queda do trabalhador por
desequilíbrio.

3.12 Limitações de uso do SPIQ


Restrições de uso de talabartes
Conforme estabelece a NR 35, a utilização do talabarte, exceto quando
especificado pelo fabricante e considerando suas limitações de uso, não pode ser
utilizado:
a) conectado a outro talabarte, elemento de ligação ou extensor.
Se um talabarte for conectado em série a outro elemento de ligação, como
outro talabarte, um travaquedas retrátil ou um trava-quedas guiado, ou ainda a um
extensor, para aumentar o comprimento total, haverá um aumento da distância de
queda podendo originar impacto no trabalhador maior que o permissível pela
norma e pode fazer com que o trabalhador colida com o nível inferior.
Fonte: Manual Consolidado NR 35

b) com nós ou laços.


Nós ou laços fogem ao uso projetado do equipamento e diminuem
severamente a resistência do talabarte.
Conforme NR 35 os talabartes devem ser posicionados:
a) quando aplicável, acima da altura do elemento de engate para
retenção de quedas do equipamento de proteção individual.

Fonte: Cartilha do trabalhador

b) de modo a restringir a distância de queda livre.


A redução da distância de queda livre pode ser feita pelo planejamento
adequado da instalação do SPIQ, por exemplo, utilizando talabartes com
comprimentos menores, desde que isso possibilite atingir os pontos de trabalho
necessários ao desempenho da tarefa, ou utilizando trava-quedas retrátil.
Fonte: Manual Consolidado NR-35

c) de forma a assegurar que, em caso de ocorrência de queda, o


trabalhador não colida com estrutura inferior.
Além da verificação da ZLQ existente, deve-se observar se existem
quaisquer obstáculos na trajetória descendente do trabalhador. Por exemplo,
pontas salientes podem ocasionar ferimentos graves. Considerar também a
possibilidade de colisões decorrentes de quedas em pêndulo. Para reduzir a ZLQ
requerida,

Fonte: Manual Consolidado NR-35


Limites de uso da Linha de vida rígida de cabo de aço.
Antes de utilizar o dispositivo de conexão na linha de vida, observe os
seguintes pontos:
a. Protegida de produtos químicos;
b. Quantidade máxima de trabalhadores ancorados, ao mesmo tempo,
na linha de vida;
c. Condição do cabo de aço a fim de verificar o posicionamento dos
clips, integridade das sapatilhas e do cabo de aço, aterramento elétrico;
d. Linha de vida com cabo de aço não deve ser utilizada em ambientes
com possível atmosfera explosiva, pois o atrito entre metais pode gerar faíscas que
podem levar a explosão;
e. Aparecer qualquer distorção no cabo (dobra, amassamento ou
gaiola de passarinho).
f. cabos de aço de tração não podem ter emendas nem pernas
quebradas que possam vir a comprometer sua segurança;

Cabos de Aço
Os cabos de aço de tração não podem ter emendas nem pernas quebradas que
possam vir a comprometer sua segurança.
Os cabos de aço e de fibra sintética devem ser fixados por meio de dispositivos que
impeçam seu deslizamento e desgaste.
Os cabos de aço e de fibra sintética devem ser
substituídos quando apresentarem condições que
comprometam sua integridade em face da utilização a que
estiverem submetidos.
Os grampos devem ser montados de maneira correta
e reapertados após o início de uso do cabo de aço.
Manutenção: manter cabos de aço afastados de
produtos químicos nocivos (ácidos), abrasivos e
cantos (vivos) cortantes.

Fonte: BASEADO EM GULIN, 2012

Distorções mais comuns em cabo (dobra, amassamento ou gaiola de


passarinho).

Fonte: BASEADO EM PACHECO, 2011


Substitua o cabo quando:
- existirem arames rompidos visíveis;
- aparecer corrosão acentuada;
- aparecerem sinais de danos por alta temperatura no cabo;
- Distorções mais comuns em cabo (dobra, amassamento ou gaiola
de passarinho).

Limites de uso da linha de vida de corda.


Antes de utilizar o dispositivo de conexão corda linha de vida, observe os
seguintes pontos:
Características de acordo com NR 18 anexo I.
a. Protegida de produtos químicos e contra intempéries (radiação
solar, chuvas)
b. Capacidade de Ruptura quanto números de pessoas ancoradas ao
mesmo tempo na linha de vida.
c. Alerta visual de cor amarela está aparecendo, caso esteja, substituir
imediatamente, pois indica que está danificada.
d. Tipo de nó aplicado, tendo em vista a perda de resistência.
O cabo de fibra sintética utilizado para a sustentação de cadeira suspensa
ou como cabo-guia para a fixação do trava-quedas do cinto de segurança tipo
paraquedista deverá atender as especificações previstas a seguir:

Fonte: BASEADO EM BRC, 2012


- deve ser constituído em trançado triplo e alma central;
- trançado externo em multifilamento de poliamida;
- trançado intermediário e o alerta visual de cor amarela em
multifilamento de polipropileno ou poliamida na cor amarela com o mínimo de 50%
de identificação, não podendo ultrapassar 10% (dez por cento) da densidade
linear;
- trançado interno em multifilamento de poliamida;
- alma central torcida em multifilamento de poliamida;
- construção dos trançados em máquina com 16, 24, 32 ou 36 fusos;
- número de referência: 12 (diâmetro nominal em mm);
- densidade linear 95 + 5 KTEX (igual a 95 + 5 g/m);
- carga de ruptura mínima 20 KN; e
- carga de ruptura mínima de segurança sem o trançado externo 15
KN. Além disso, deverá atender as prescrições de identificação a seguir:
- marcação com fita inserida no interior do trançado interno gravado
NR 18.16.5 ISO 1140 1990 e fabricante com CNPJ;
- rótulo fixado firmemente contendo as seguintes informações:
- material constituinte: poliamida;
- número de referência: diâmetro de 2 mm;
- comprimentos em metros;
- incluir o aviso: ―CUIDADO: CABO PARA USO ESPECíFICO EM
CADEIRAS SUSPENSAS E CABO-GUIA DE SEGURANçA PARA FIXAçãO DE
TRAVA-QUEDAS‖.
Limites de uso Trava Queda utilizado em cabo de aço e corda

Compatibilidade com o
diâmetro da Corda que para
linha de vida é de 12mm.

Sentido de
instalação do Travaquedas
com a seta sempre para
cima.

Ângulo da linha de vida


deve ser vertical e nunca em
ângulo)
3.13 Serviços em Telhados

O objetivo deste estudo é apresentar os procedimentos de segurança a


serem observados na realização de trabalhos em telhados, levando em conta as
exigências contidas nas Normas Regulamentadoras e Normas Técnicas da ABNT,
para evitar quedas de nível causadas basicamente pelos seguintes motivos:
� rompimento de telhas por baixa resistência mecânica;
� tábuas mal posicionadas;
� escorregamentos em telhados úmidos, molhados ou com acentuada
inclinação;
� mal súbito do funcionário ou intoxicações decorrentes de gases,
vapores ou poeiras no telhado;
� calçados inadequados ou impregnados de óleo ou graxa;
� inadequado içamento de telhas e transporte sobre o telhado;
� locomoção sobre coroamento dos prédios;
� escadas de acesso ao telhado sem a devida proteção;
� falta de sinalização e isolamento no piso inferior;
� trabalho com chuva ou vento;
� precariedade nos acessos aos telhados.

Fonte: BASEADO EM GULIN, 2012

3.14 Serviços em Área de Carga

Nos trabalhos de carga, descarga e enlonamento em caminhões e vagões,


os acidentes de quedas com diferença de nível são causados basicamente pelos
seguintes motivos:
� movimentação sobre cargas irregulares;
� movimentação sobre superfícies impregnadas de óleos e graxas;
� calçados e luvas inadequados e/ou impregnados de óleos e graxas;
� acesso difícil e perigoso à carga;
� movimentação súbita do caminhão ou vagão; e
� mal súbito do trabalhador.

Fonte: BASEADO EM GULIN, 2012

3.15 Andaimes

Plataformas necessárias à execução de trabalhos em lugares elevados,


onde não possam ser executados em condições de segurança a partir do piso. São
utilizados em serviços de construção, reforma, demolição, pintura, limpeza e
manutenção.

O andaime possui diversas denominações e tipos e pode ser constituído


por vários tipos de materiais, como: madeira, aço, alumínio, entre outros.

As superfícies de trabalho dos andaimes devem possuir travamento que


não permita seu deslocamento ou desencaixe.
Nas atividades de montagem e desmontagem de andaimes, devemos
observar o que segue:
a) todos os trabalhadores sejam qualificados e recebam treinamento
específico para o tipo de andaime em operação;
b) é obrigatório o uso de cinto de segurança tipo paraquedista e com duplo
talabarte que possua ganchos de abertura mínima de cinquenta milímetros e dupla
trava;
c) as ferramentas utilizadas devem ser exclusivamente manuais e com
amarração que impeça sua queda acidental; e
d) os trabalhadores devem portar crachá
O piso de trabalho dos andaimes deve ter forração completa, ser
antiderrapante, nivelado e fixado ou travado de modo seguro e resistente. O piso
de trabalho dos andaimes pode ser totalmente metálico ou misto, com estrutura
metálica e forração do piso em material sintético ou em madeira, ou totalmente de
madeira.
A madeira para confecção de andaimes deve ser de boa qualidade, seca,
sem apresentar nós e rachaduras que comprometam a sua resistência, sendo
proibido o uso de pintura que encubra imperfeições.
Os andaimes devem dispor de sistema guarda-corpo e rodapé, inclusive
nas cabeceiras, em todo o perímetro, com exceção do lado da face de trabalho.
É proibido retirar qualquer dispositivo de segurança dos andaimes ou anular
sua ação, bem como utilização escadas e outros meios para atingir lugares mais
altos sobre o piso de trabalho de andaimes.
O acesso aos andaimes tubulares deve ser feito de maneira segura por
escada incorporada à sua estrutura.
O acesso pode ser, ainda por meio de portão ou outro sistema de proteção
com abertura para o interior do andaime e com dispositivo contra abertura
acidental.

3.15.1 Andaimes suspensos


É proibida a fixação de sistemas de sustentação dos andaimes por meio de
sacos com areia, pedras, latas ou qualquer outro meio similar.
Podemos utilizar sistema contrapeso como forma de fixação dos andaimes
suspensos, desde que atenda às seguintes especificações
mínimas:
- ser invariável (forma e peso especificados
no projeto);
- ser fixado à estrutura de sustentação dos
andaimes;
- ser de concreto, aço ou outro sólido não
granulado, com seu peso conhecido e marcado de forma
indelével em cada peça.
Fonte: BASEADO EM LIFT, 2012
3.15.2 Andaimes Móveis

No caso de andaimes móveis, seus rodízios dos


andaimes devem ser providos de travas, de modo a evitar
deslocamentos acidentais. Os andaimes tubulares móveis
podem ser utilizados somente sobre superfície plana, que
resista a seus esforços e permita sua segura movimentação
através de rodízios.

Fonte: BASEADO EM REFORMA FÁCIL, 2012

3.15.3 Andaimes Fachadeiros

Fachadeiro é o andaime metálico simplesmente apoiado, fixado à estrutura


na extensão da fachada.
Os acessos verticais ao andaime fachadeiro devem ser feitos em escada
incorporada a sua própria estrutura ou por meio de torre de acesso.
A movimentação vertical de componentes e acessórios para a montagem e/
ou desmontagem de andaime fachadeiro deve ser feita por meio de cordas ou por
sistema próprio de içamento, sendo que os montantes devem ter seus encaixes
travados com parafusos, contrapinos, braçadeiras ou similares.
Os painéis dos andaimes fachadeiros destinados a suportar os pisos e/ou
funcionar como travamento, após encaixados nos montantes, devem ser
contrapinados ou travados com parafusos, braçadeiras ou similares.
As peças de contraventamento devem ser fixadas nos montantes por meio
de parafusos, braçadeiras ou por encaixe em pinos, devidamente travados ou
contrapinados, de modo que assegurem a estabilidade e a rigidez
necessárias ao andaime.
Os andaimes fachadeiros devem ser externamente
cobertos por tela de material que apresente resistência mecânica
condizente com os trabalhos e que impeça a queda de objetos. A
tela deve ser completa e ser instalada desde a primeira
plataforma de trabalho até dois metros acima da última.
Fonte: Baseado Em Bilden Tecnologia Em Processos Construtivos, 2012
3.15.4 Andaimes Simplesmente Apoiados

Em andaimes desse tipo, o estrado está simplesmente apoiado, podendo


ser fixo ou deslocar-se no sentido horizontal.
Os montantes dos andaimes devem ser apoiados em sapatas sobre base
sólida e nivelada capazes de resistir aos esforços solicitantes e às cargas
transmitidas.
É proibido trabalho em andaimes apoiados sobre cavaletes que possuam
altura superior a 2 m e largura inferior a 90 cm, bem como andaimes na periferia da
edificação sem que haja proteção tecnicamente adequada, fixada a estrutura. Além
disso, é proibido o deslocamento das estruturas dos andaimes com trabalhadores
sobre eles.
Os andaimes cujos pisos de trabalho estejam situados a mais de um metro
de altura devem possuir escadas ou rampas.
O ponto de instalação de qualquer aparelho de içar materiais deve ser
escolhido de modo a não comprometer a estabilidade e a segurança do andaime.
Os andaimes de madeira somente podem ser utilizados em obras de
até três pavimentos ou altura equivalente e devem ser projetados por profissional
legalmente habilitado.
O andaime deve ser fixado à estrutura da construção, edificação ou
instalação, por meio de amarração e estroncamento, de modo a resistir aos
esforços a que estará sujeito. As torres de andaimes não podem exceder, em
altura, quatro vezes a menor dimensão da base de apoio, quando não estaiadas.
4. ACIDENTES TÍPICOS NOS RABALHOS EM ALTURA
trabalho em altura representa um percentual bastante significativo nos
números de acidentes ocorridos no Brasil, principalmente em atividades
relacionadas à construção civil e à indústria. Dentro das diversas atividades que
apresentam risco de queda em altura podemos destacar: os serviços em telhados,
serviços em fachadas, serviços em áreas de cargas, trabalhos em torres e
estruturas e serviços em locais com aberturas em pisos e paredes.

4.1 Síndrome da Suspensão Inerte


Situação em que um trabalhador permanece suspenso pelo sistema de
segurança, até o momento do socorro.
A síndrome da suspensão inerte é uma patologia que necessita de dois
requisitos essenciais para sua ocorrência: Suspensão e Imobilidade.
A imobilidade pode ocorrer em pessoas conscientes que ficam
comprometidas devido à posição suspensa inerte, ao ceder a tensão dos músculos
abdominais e também as vítimas, como consequência da queda ou trauma
tenham ficado inconsciente.
1) Perda de

equilíbrio do 2) Quebra de

trabalhador à beira suporte ou ruptura de

do espaço.

4) Contato com
3) Queda
condutor (fiação) na
durante construção
presença de tensão

5) Trabalhador

com problemas de
4.2 Emergência e Salvamento

O empregador deve disponibilizar equipe para atuar de forma rápida e


competente em casos de emergências que ocorrem em trabalhos em altura.

1. Equipe de emergência e salvamento interna ou formada pelos

próprios trabalhadores, com recursos necessários para as respostas a

emergências. Neste caso, deverá ser realizado o resgate e os

procedimentos de primeiros socorros com base nas técnicas

aprendidas.

2. Equipe de emergência e salvamento externa:

Neste cenário, a equipe de emergência deve ser imediatamente

acionada, mas deve–se garantir suporte e retaguarda à(s) vítima(s) e à

equipe de resgate. Equipe externa pode ser pública ou privada.

A equipe pública é formada pelo corpo de bombeiros da polícia militar ou


por voluntários, defesa civil, resgate, SAMU, paramédicos, etc nas localidades que
se dispõe desses serviços.
A equipe privada é formada por profissionais capacitados em emergência e
salvamento como bombeiros civis, médicos, enfermeiros e resgatistas.

4.3 Urgências Coletivas


Acidentes em locais onde há aglomeração de pessoas costumam envolver
muitas vítimas, tornando nesses casos, o atendimento bastante confuso.
Ao se deparar com uma urgência coletiva, você deve tomar as seguintes
medidas:

Providenciar comunicação imediata com os serviços de

saúde, defesa civil, bombeiros e polícia;


Isolar o local, para proteger vítimas e demais pessoas;

Mantenha comunicação com a vítima mantendo-a calma

até o primeiro socorro chegar

Determinar locais diferentes para a chegada dos

recursos e saída das vítimas;

4.4 Conduta
Em razão do nível de conhecimento que o profissional de resgate em altura
possui, é imprescindível recordar que, apesar de todos os conhecimentos teóricos
e técnicos, há de se ter experiência e bom senso, em virtude de os trabalhos
serem realizados sob pressão psicológica e qualquer erro pode ser fatal.

Condições básicas para a realização de uma atividade de salvamento em


altura com segurança:
✔ Controle emocional - Pessoal;
✔ Controle da Situação – Viabilizar acesso da equipe avança de
emergência;
✔ Controle e disposição de materiais e equipamentos de primeiros
socorros em local seguro e de fácil acesso
✔ Controle de vítimas – Interação com a Vítima, evitando agravamento
da situação da mesma;
✔ Executar as atividades com convicção do que está fazendo;
Uma vez no local da ocorrência, de acordo com a imposição da situação, o
resgatista deve ser muito rigoroso nos seguintes pontos: reconhecimento,
preparação, salvamento e desmobilização.
Posto que o tempo ocorre contra a equipe de salvamento, o que pode
agravar o perigo para a vítima e para os resgatistas, deve-se reduzir os
imprevistos; se eles não surgirem, será sinal de uma boa preparação técnica e de
um bom planejamento.
Os riscos de acidente fazem parte do nosso cotidiano, o que requer a
presença de pessoas treinadas para atuar de forma rápida até a chegada da
equipe de socorristas (pessoas que estão preparadas e habilitadas para fazer os
primeiros socorros e o transporte de acidentados).

Quando você tem noções de primeiros

socorros, pode agir corretamente não ocasionando

novas lesões ou agravamento dos ferimentos

existentes. Nos casos mais graves, a vítima pode ser

mantida viva até a chegada do socorro. A pessoa

que presta os primeiros socorros deve agir com bom

4.5 Noções de primeiros socorros


Salientamos que o curso de Noções de Primeiro Socorros, voltado para a
NR35, é especifico para Trabalho em Altura. Portanto, este curso não substitui a
necessidade de um treinamento completo de primeiros socorros, onde o
profissional conhecerá mais profundamente as técnicas recomendadas para
diversas situações que podem ocorrer no seu dia-a-dia.
As Noções de Primeiros Socorros tratam do atendimento inicial (e
temporário) no local do acidente até a chegada do socorro profissional envolve:
 Avaliar o local e entorno onde ocorreu o acidente;
 Avaliar a condição da vítima;
 Aliviar as condições que podem comprometer a vida ou agravar o
quadro da vítima;
 Acionar corretamente o serviço de emergência local.
4.5.1 Procedimentos Gerais
 Usar bom senso, sabendo reconhecer suas limitações;
 Demonstrar tranquilidade, dando ao acidentado segurança;
 Se houver condições, solicitar ajuda de alguém;
 Falar de modo claro e objetivo;
 Aguardar a resposta da vítima;
 Não fazer muitas perguntas;
 Explicar a vítima o que vai fazer antes de fazê-lo;
 Proteger a si mesmo – Luvas ...;
 Remover a Vítima do local se houver risco iminente de explosão,
desabamento ou incêndio que possa causar morte da vítima..
Depois de se certificar da segurança da cena e comunicar a equipe de
socorristas é que a pessoa deve se aproximar da vítima para prestar assistência.
Atenção!! Ao prestar o primeiro atendimento você precisa se proteger
(óculos, luva, máscara, capacete, etc.) para evitar riscos de contaminação através
do contato com sangue, secreções ou por produtos tóxicos.
Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à
prestação dos primeiros socorros, considerando-se as características da atividade
desenvolvida; manter esse material guardado em local adequado e aos cuidados
de pessoa treinada para esse fim.

 Interação com a vítima


 Sempre que possível, durante esse atendimento inicial, interaja com
a vítima. Avalia suas condições e tente acalmá-la.
 Serviço de Emergência local
 Ao chamar o serviço de emergência, repasse o maior número de
informações possível e aguarde o suporte avançado de vida.
 Chegada do socorrista
 Avaliação das vias áreas;
 Avaliação da respiração e dos batimentos cardíacos;
 Prevenção do estado de choque;
 Aplicação de tratamento adequado para as lesões menos graves;
 Preparação da vítima para remoção segura;
 Providências para transporte e tratamento médico (dependendo das
condições).
Quadro descritivo das noções básicas de primeiros socorros
Noções básicas de Primeiros Socorros
Em casos de... Práticas básicas de primeiros socorros
• Observe a FISPQ;
Contato com • Em casos de inalação, leve a vítima para um local ventilado;
produtos químicos, • Em casos de contaminação na pele, lave a área atingida com
intoxicações e água
envenenamentos. corrente;
• Em casos de ingestão, não provoque o vômito.
• Não mexa no acidentado, nem mova o pescoço;
Quedas de altura • Não permita que se movimente;
• Procure por hemorragias e comprima o ferimento.
• Encontre a fonte geral de energia e desligue a corrente;
Choque elétrico • Não toque na vítima enquanto ela estiver tomando o choque;
• Não ofereça nenhum produto, nem jogue água em seu rosto.
• Verifique se há riscos de desabamento;
Soterramento • Observe se há escombro, terra ou areia na cabeça, nariz, boca
ou tórax
da vítima.
• Posicione a vítima de lado;
Convulsão e • Não tente puxar a língua ou conter seus movimentos;
desmaio • Afaste objetos próximos;
• Não dê líquidos para o acidentado beber ou cheirar;
• Leve a vítima a um local arejado.
• Coloque um pano limpo sobre o ferimento para conter o
Perfurações e sangramento;
Hemorragias • Não tente mover ou tocar o objeto perfurante;
• Em casos de perfuração nos olhos, cubra-os para que a vítima
não os
movimente;
• Em casos de mutilação de membros, contenha a hemorragia
com pano
limpo, recolha o membro amputado em um saco plástico e, em
seguida,
dentro de um segundo saco com gelo.
• Mantenha a vítima em posição que amenize a dor;
Torção e contusão • Imobilize, se necessário;
• Faça compressas com gelo.
• Mantenha a pessoa imobilizada;
Fratura ou luxação • Se houver fratura exposta, contenha o sangramento com pano
limpo.
• Resfrie o local com água limpa.
Queimaduras
REFERÊNCIAS

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 6494:1990


Versão Corrigida: 1991 Segurança nos andaimes. Disponível em:< http://www.
abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4609> Acesso em: 14 ago. 2013.
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_Publicacao_e_
Manual/CGNOR---MANUAL-CONSOLIDADE-DA-NR-35.pdf
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Cartilhas/Cartilha-trabalho-em-
alturas-baixa.pdf

. ABNT Coletânea de Normas Técnicas - Proteção Contra


queda de Altura:2013. Esta Coletânea contém as normas: ABNT NBR 14626:2010,
ABNT NBR 14627:2010, ABNT NBR 14628:2010, ABNT NBR 14629:2010, ABNT
NBR 14751:2011, ABNT NBR 15834:2010, ABNT NBR 15835:2010, ABNT NBR
15836:2010, ABNT NBR 15837:2010. Disponível em:
<http://www.abntcatalogo. com.br/norma.aspx?ID=258449> Acesso em: 14 ago.
2013.

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