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VALORIZAMOS PESSOAS E ORGANIZAÇÕES


NR-35 TRABALHO EM ALTURA

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VALORIZAMOS PESSOAS E ORGANIZAÇÕES

ODAREBIL
OSU ARAP
Norma Regulamentadora - NR-35
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Trabalho em Altura

ÍNDICE

1 NORMAS E REGULAMENTOS APLICADOS AO TRABALHO EM ALTURA ..................................................... 04


2 CONCEITOS E PRÁTICAS GERAIS DE TRABALHO EM ALTURA .................................................................... 05
2.1 CONCEITO DE ALTURA ...................................................................................................................... 05
2.2 TRABALHO EM ALTURA ...................................................................................................................... 05
3 TIPOS DE RECURSOS UTILIZADOS ................................................................................................................ 05
3.1 RECURSOS BÁSICOS UTILIZADOS NO TRABALHO EM ALTURA ......................................................... 05
3.1.1 Cinto de segurança tipo paraquedista ................................................................................. 06
3.1.2 Talabarte duplo ....................................................................................................................... 06
3.1.3 Trava quedas ........................................................................................................................... 07
4 TIPOS DE TRABALHO EM ALTURA ................................................................................................................. 08
4.1 ESCADAS MÓVEIS ............................................................................................................................. 08
4.1.1 Escada Simples / Extensível ................................................................................................... 08
4.1.2 Escada tipo tesoura ................................................................................................................ 09
4.2 ESCADAS MARINHEIRO E VERTICAL ................................................................................................. 10
4.3 ESCADAS PLATAFORMA ................................................................................................................... 10
4.4 ANDAIMES ......................................................................................................................................... 11
4.4.1 Partes de um andaime ............................................................................................................ 12
4.4.2 Montagem dos andaimes ...................................................................................................... 12
4.5 PLATAFORMAS SUSPENSAS ............................................................................................................... 16
4.6 PLATAFORMAS ELEVATÓRIAS ........................................................................................................... 17
4.7 BALANCINS ........................................................................................................................................ 17
4.8 PASSARELAS PARA TELHADOS .......................................................................................................... 19
5 PERIGOS ASSOCIADOS AO TRABALHO EM ALTURA .................................................................................. 19
6 ACIDENTES TÍPICOS EM TRABALHO EM ALTURA ......................................................................................... 21
7 ANÁLISE DE RISCO E CONDIÇÕES IMPEDITIVAS ........................................................................................ 22
8 BENEFÍCIOS DA PREVENÇÃO DE ACIDENTES EM TRABALHO EM ALTURA ................................................. 23
9 TIPOS DE RISCOS DE ACESSO AO LOCAL DE TRABALHO EM ALTURA ........................................................ 23
10 MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE .................................................................................................. 25
11 SISTEMAS, EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA ........................................... 26
12 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PARA O TRABALHO EM ALTURA: SELEÇÃO E
INSPEÇÃO. CONSERVAÇÃO E LIMITAÇÃO DE USO .................................................................................... 27

02
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13 CONDUTAS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA, INCLUINDO NOÇÕES DE RESGATE ................................ 28


13.1 SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA ......................................................................................................... 29
13.2 NOÇÕES DE RESGATE ..................................................................................................................... 29
13.2.1 Ciclo operacional ................................................................................................................. 30
13.2.2 Acionamento de emergências ........................................................................................... 30
13.2.3 Resposta às emergências .................................................................................................... 31
13.2.4 Finalização do resgate ......................................................................................................... 31
14 INFORMAÇÕES SOBRE PERMISSÃO DE TRABALHO PARA EXECUTANTES ............................................... 32

03
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Trabalho em Altura

1 NORMAS E REGULAMENTOS APLICÁVEIS AO


TRABALHO EM ALTURA

O trabalho em altura é uma atividade muito comum em indústrias,


presentes em empresas de todos os portes e existentes na realização de grandes
projetos. A execução de trabalhos em altura expõe os trabalhadores a riscos
elevados, particularmente quedas e com consequências graves para o
envolvido e para a organização.

Para evitar que acidentes aconteçam, algumas medidas simples de


segurança devem ser aplicadas e seguidas.

Dentre as inúmeras normas, procedimentos e regulamentos aplicáveis


ao Trabalho em altura, destacam-se;

n NR-06 - Equipamento de Proteção Individual;


n NR-18 - Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da
Construção;
n NBR-6494 - Segurança nos Andaimes;
n NBR-1370 - Equipamentos de Proteção Individual - Cinturão e Talabarte de
Segurança.

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2 CONCEITOS E PRÁTICAS GERAIS DE TRABALHO EM


ALTURA

2.1 CONCEITO DE ALTURA

Altura é a distância vertical entre a


superfície de trabalho, transitória ou
permanente, e outra superfície de referência.

2.2 TRABALHO EM ALTURA

A Norma Regulamentadora - NR-35


define trabalho em altura como qualquer
atividade realizada a partir de 02 (dois) metros
do solo, podendo ser executada por qualquer
profissional que esteja em suas plenas
capacidades físicas, psíquicas e neurológicas.

3 TIPOS DE RECURSOS UTILIZADOS


3.1 RECURSOS BÁSICOS UTILIZADOS NO TRABALHO EM ALTURA

Para que as atividades relacionadas ao trabalho em altura possam ser


desempenhadas com o máximo de segurança, são necessários
dispositivos/sistemas ou meios físicos/móveis que sejam suficientemente
necessários à preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores
usuários.

Vejamos alguns exemplos:

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3.1.1 Cinto de segurança tipo paraquedista

O cinto de segurança tipo


paraquedista deve atender aos seguintes
requisitos:

n Confeccionado em material sintético,


com linhas e costuras em material sintético
com cores contrastantes ao material básico
para facilitar a inspeção. Em caso de
atividades envolvendo altas temperaturas e
soldagens, o cinto deve ser confeccionado
em fibra para-aramida;

n Possuir argolas no dorso para trabalhos


em geral, ponto para escada marinheiro,
argolas laterais com proteção lombar para
trabalhos de posição (eletricista), ponto de
ancoragem no ombro para trabalhos de
espaço confinado e resgate;

n Carga estática mínima de ruptura do


cinto de segurança ou travessão de 2.268 kg.

3.1.2 Talabarte Duplo

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O talabarte duplo deve atender aos seguintes requisitos:

n Fabricado em fibra sintética (exceto náilon), com mosquetão e trava dupla


de segurança. Em caso de atividades envolvendo altas temperaturas e
soldagens, o talabarte deve ser confeccionado em fibra para-aramida;

n Capacidade mínima para suportar carga de 2.268 kg;

n Comprimento máximo de 1,6 m;

n Possuir absorvedor de energia;

n Deve ser fixado acima do nível do ombro;

n Mosquetão com abertura mínima de 53 mm.

NOTA: Na plataforma elevatória, o talabarte do cinto de segurança deve ser


ancorado no local estabelecido pelo fabricante.

3.1.3 Trava quedas

O trava quedas deve atender aos seguintes requisitos:

n Força de frenagem inferior a 6kN;

n Indicador de fim de vida útil;

n Mosquetão giratório 360º para que não haja torção do cabo;

n Mola de proteção antitravamento.

O trava quedas ancorado em ponto fixo deve ser instalado sempre à


uma distância de, no mínimo, 70 cm acima da cabeça do trabalhador e ter seu
ponto de ancoragem com capacidade de carga superior a 1.500 kg.

O trava quedas móvel deve possuir dupla trava de segurança e


travamento simultâneo em dois pontos da linha de vida.

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MODELOS DE TRAVA-QUEDA

NOTA: Conforme ABNT 11.370, ISO 10.333 e OSHA, cinturões de segurança são
limitados ao uso de um único indivíduo de massa total não superior a 100kg.

4 TIPOS DE TRABALHO EM ALTURA

4.1 ESCADAS MÓVEIS

A escada móvel (simples, extensível e tesoura), fabricada em madeira,


resina ou fibras não condutoras, pode ser utilizada para acessos provisórios e
serviços de pequeno porte / curta duração e nunca deve ser utilizada
simultaneamente por duas pessoas. Não é permitido o uso de escadas de mão
com montante único.

Os requisitos para as escadas móveis estão descritos a seguir:

4.1.1 Escada Simples / Extensível

n Comprimento máximo - 7m;


n Espaçamento entre os degraus uniforme, não excedendo 30cm;
n Não deve ser pintada.

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n Possuir sapatas antiderrapantes;


n Sinalização da carga máxima;
n Para as escadas utilizadas em serviços em postes, estas devem dispor de
peça metálica, em forma de “M” ou similar, fixada na parte superior, para apoio
no poste.

4.1.2 Escada tipo tesoura

Requisitos básicos para escadas tipo tesoura:

n Comprimento máximo - 6m;


n Espaçamento entre os degraus uniforme, não
excedendo 30cm;
n Possuir limitador de espaço;
n Não deve ser pintada;
n Possuir sapatas antiderrapantes;
n Sinalização da carga máxima.

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4.2 ESCADAS MARINHEIRO E VERTICAL

As escadas tipo marinheiro devem:

n Possuir linha de vida vertical em toda a sua


extensão;

n Para cada lance de no máximo 9m deve existir


um patamar intermediário de descanso, protegido
por guarda-corpo e rodapé;

n Distância entre os degraus e a estrutura de


fixação deve ser de, no mínimo 12cm;

n Possuir gaiola protetora a partir de 2m acima da


base, até 1m acima da última superfície de
trabalho.

Obs.: Nos casos onde o acesso é esporádico (máximo 01 vez por semana) e a
altura não exceda aos 6m, é facultativo o uso de talabartes duplos em
substituição à linha de vida vertical.

4.3 ESCADAS PLATAFORMA

As escadas plataforma devem atender aos


seguintes requisitos:

n Degraus e plataformas construídas com


material antiderrapante;

n Capacidade de carga visível à distância;

n Pés com estabilizador e sapatas de borracha;

n Construída ou revestida em material não-


condutor ou possuir placa indicativa de “uso
proibido para atividades com eletricidade”.

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As escadas tipo plataforma devem possuir ainda:

n Sistema de estabilização/fixação quando construída com sistema de


deslocamento;

n Possuir guarda-corpo e rodapé em ambos os lados e ao redor de toda a


plataforma de trabalho.

4.4 ANDAIMES

Os andaimes são plataformas elevadas, suportadas por meio de


estruturas provisórias e outros dispositivos de sustentação, que permitem
executar, com segurança, trabalhos de demolição, reparos, pinturas, limpeza e
manutenção.

O andaime deve ser do tipo tubular convencional de tubos lisos e


acessórios (braçadeiras e luvas) ou do tipo tubular de travamentos por encaixe,
tipo cunha, não sendo permitidos andaimes de encaixe simples por quadro e
apresentar os seguintes requisitos:

n Guarda-corpo;
n Rodapé;
n Piso (plataforma de trabalho toda preenchida
e livre);
n Escada de acesso com linha de vida;
n Sem rodízio (rodas);
n Dispositivo de fechamento do acesso à
plataforma de trabalho recompondo o guarda-
corpo ao redor de toda a plataforma;
n Fabricado em tubo de aço galvanizado, com braçadeiras fixas e giratórias,
com capacidades mínimas de carga de 750kg e de 900kg respectivamente,
luva, base fixa e ajustável, com capacidade mínima de carga de 2000kg, sendo
dimensionado de modo a suportar as cargas de trabalho.

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Obs.: Para as escadas de acesso ao andaime, os degraus devem ser montados


com tubos cujo diâmetro permita a empunhadura com firmeza, sem
comprometer a capacidade de carga.

4.4.1 Partes de um andaime

n As peças do andaime devem ser inspecionadas no início (antes da


montagem) e ao término do trabalho (após ser desmontado);

n Peças com defeitos devem ser


destruídas e substituídas;

n As tábuas devem ser presas por


tubos ou braçadeiras nas
extremidades;

n É proibido utilizar cordas para


amarrar as tábuas. A colocação de
taliscas é de suma importância;

n A madeira empregada deve ser


de boa qualidade, seca e sem nós ou
rachaduras, sendo proibido o uso de
pintura que encubra imperfeições.

4.4.2 Montagem dos andaimes

Os andaimes devem possuir sinalização indicando sua condição:


“Liberado” ou “Não Liberado”, com indicação dos responsáveis pela
montagem e liberação.

Devem ser utilizadas quantas etiquetas forem necessárias, em função da


extensão do andaime e os passos a seguir, devem ser seguidos para que os
trabalhos a serem realizados, possam atingir o maior nível de segurança,
evitando, portanto, as quedas e os acidentes de trabalho.

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PRIMEIRO PASSO

Primeiro Passo: Deve-se posicionar 02 postes na


distância desejada, para que seja travada a
travessa nos postes.

SEGUNDO PASSO

Segundo Passo: Após travados os 02


postes da fase inicial, puxa-se a segunda
travessa para se colocar o terceiro poste,
formando assim o “L”, que irá facilitar a
colocação do quarto poste, travando-as
em seguida. Após serem travados e
fechado o anel do andaime, deve-se
colocar os calços de madeira, para
melhor distribuir as cargas do andaime ao
solo.

A cada 2m deve ser formado um anel para


travar o andaime.

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TERCEIRO PASSO

Terceiro Passo: Completadas as fases anteriores,


deve-se dar atenção ao acesso à plataforma do
andaime, ou seja, formar a escada de acesso
colocando travessas na posição da orelha do poste
travando-as em seguida.

Após definir o nível do piso de trabalho, deve-se


colocar e travar as travessas na posição das orelhas
do poste, formando o anel superior, para que seja
colocada as tábuas em seguida, esta fase é
chamada de “forrar” os andaimes.

QUARTO PASSO

Quarto Passo: Colocar e travar as travessas para que


seja formado os guarda-corpos na plataforma de
trabalho. Todo andaime deve dispor de guarda-
corpo duplo.

Colocar quebra vão nas travessas de apoio as


tábuas para dar maior segurança ao usuário do
andaime.

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ÚLTIMO PASSO

Último Passo: Na fase final da montagem,


devemos formar a plataforma de trabalho,
colocando tábuas e travando-as em seguida
com as travessas, travando-as sob as pontas
das tábuas.

Travadas as tábuas, deve-se colocar o


rodapé na plataforma de trabalho.

Agora o andaime já esta pronto para ser


usado com segurança.

Obs.: Como dito anteriormente, os andaimes devem possuir sinalização


indicando sua condição: “LIBERADO”, “MONTAGEM / DESMONTAGEM” ou
“NÃO LIBERADO”, com indicação dos responsáveis pela montagem e liberação.

NOTA: Para trabalhos em subestações elétricas em que seja indispensável a


realização de atividades com circuitos parcial ou totalmente energizados,
podem ser utilizados andaimes de material não metálico com características de
resistência mecânica distintas das estabelecidas acima, desde que possua:

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n Projeto elaborado por profissional habilitado que comprove a estabilidade


e resistência do conjunto e rigidez dielétrica em conformidade com a classe de
tensão dos equipamentos elétricos fabricados em conformidade com normas
técnicas.

4.5 PLATAFORMAS SUSPENSAS

Plataformas suspensas são aquelas cujo estrado de trabalho é


sustentado por travessas suspensas por cabos de aço.

As plataformas suspensas (andaimes suspensos) podem ser utilizadas


para trabalhos em fachadas, limpeza, pinturas, obras, etc., desde que atendem
os seguintes requisitos:

n Guarda-corpo, rodapé e piso e fixação em elemento estrutural da


edificação;
n Dispositivo de bloqueio mecânico automático, atendendo à máxima
capacidade de carga do equipamento;
n Placa de identificação com a carga máxima de trabalho permitida em
local visível;
n Cabo de aço com carga de ruptura igual a, no mínimo, cinco vezes a carga
máxima utilizada;
n Uso obrigatório de cinto de segurança do tipo paraquedista ligado ao trava
quedas e cabo guia independente da estrutura de fixação e sustentação da
plataforma suspensa e projeto contendo layout da área e comprovação de
responsabilidade técnica por profissional habilitado.

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4.6 PLATAFORMAS ELEVATÓRIAS

As plataformas elevatórias (tesoura standard, tesoura todo-terreno (TD),


telescópica, mastro vertical, articulada, unipessoal e rebocável) devem possuir
os seguintes requisitos:

n Indicação da capacidade de
carga e alcance máximo visível à
distância;

n Cones refletivos para sinalização


horizontal da localização da máquina;

n Sistema de controle de descida de


emergência;

n Aviso sonoro e visual de


translação;

n Dispositivo antibasculante e
limitador de carga;

n Fixações para cinto de segurança na plataforma;

n Sistema de travamento/frenagem das rodas quando em operação;

n Sistema de estabilização automática a ser utilizado precedentemente à


subida da plataforma;

n Plataforma operacional com piso em material antiderrapante.

4.7 BALANCINS

O balancim individual deve possuir os seguintes requisitos:

n Ligação frontal (peito);

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n Ponto de ancoragem do cabo de sustentação da cadeira independente


do ponto de ancoragem do cabo da trava-queda;

n Resistência de, no mínimo, 1.500kg;

n Dispositivo de descida e subida, com dupla trava de segurança.

NOTA: É proibido usar qualquer tipo de equipamento de guindar como


suporte/apoio de elevação de pessoas para atividades de trabalho em altura.

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4.8 PASSARELAS PARA TELHADO

As passarelas para trabalho em telhados devem possuir os seguintes


requisitos:

n Fabricação em duralumínio antiderrapante, com comprimento e largura


que permitam a movimentação com segurança;

n Dispositivo de interligação/travamento entre os elementos pranchões;

n Pontos de ancoragens e linha de vida acompanhando a extensão da


passarela para uso de cinto de segurança durante a permanência sobre a
mesma.

5 PERIGOS ASSOCIADOS AO TRABALHO EM ALTURA

Boa parte dos acidentes com trabalho em altura poderia ser evitado,
caso algumas medidas de segurança fossem implementadas.

A falta de planejamento para atividade compromete muito a segurança


da operação. Antes mesmo de realizar a atividade é necessário realizar uma
avaliação de segurança completa, para que acidentes não ocorram.

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Dentre os principais riscos no trabalho em altura, destacam-se:

RISCO DE CHOQUE ELÉTRICO: trabalhar próximo de instalações elétricas sem as


devidas precauções e com atmosferas adversas, quando da ocorrência de
descargas elétricas provocadas por raios.

RISCO ERGONÔMICO: as posições incômodas e desconfortáveis podem afetar a


saúde do trabalhador, como exemplo podem ser as lombalgias e posturas
inadequadas, e outros.

RISCO FÍSICO/MECÂNICO: Batidas contra objetos ou contra a própria estrutura


podem ocorrer caso não sejam adotadas medidas de prevenção e controle dos
riscos. Quedas de objetos sobre pessoas e temperaturas elevadas (queimaduras
devido trabalhos próximos de instalações aquecidas, Ex: caldeiras, fornos)
podem causar lesões.

RISCO BIOLÓGICO: Picadas de animais, como exemplo, abelhas e


marimbondos. No trabalho de poda ou corte de árvores, limpeza de tetos e
fachadas e manutenções em postes.

RISCO QUÍMICO: Manuseio de produtos químicos inflamáveis no trabalho em


altura, em espaços confinados, gerando atmosferas explosivas e também
desmaios, devido à inalação de produtos.

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6 ACIDENTES TÍPICOS EM TRABALHO EM ALTURA

As principais causas de acidentes fatais e lesões graves são as quedas.


Abaixo, veremos as principais ocorrências de acidentes.

n Queda de pessoa de nível


diferente;

n Queda de ferramentas ou
material;

n Projeção de ferramentas ou
insumos em altura, atingindo as
pessoas.

O risco de queda é predisposto por alguns tipos de situações, em


especial destacam-se:

n Epilepsia, vertigens e tonteiras;

n Uso contínuo e/ou abusivo de álcool e drogas (lícitas ou ilícitas) que afetam
o sistema nervoso ou provoquem alterações no ritmo cardíaco;

n Não uso, ou mau uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) e dos
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC’s).

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7 ANÁLISE DE RISCOS E CONDIÇÕES IMPEDITIVAS

Consideram-se situações impeditivas aquelas capazes de comprometer


a integridade física, psicológica e mental dos trabalhadores.

Partindo-se do pressuposto que qualquer alteração dos sentidos pode


gerar uma lesão, acidente grave ou fatal no trabalho em atura, devemos tomar
todas as medidas cabíveis para se evitar tais situações.

Precisamos analisar também, as condições externas que possam


contribuir para a ocorrência de acidentes, dentre elas, destacam-se:

n CONDIÇÕES FÍSICAS: Ingestão e álcool, drogas lícitas ou ilícitas ou qualquer


substância que exercem alterações no sistema nervoso central.

n CONDIÇÕES PSICOLÓGICAS: Alterações oriundas do estresse, pressão


excessiva de trabalho, rotina estafante, falta de plano de fadiga, etc.;

n CONDIÇÕES EXTERNAS: Condições Meteorológicas (chuvas, trovões,


relâmpagos e demais descargas elétricas), temperaturas extremas, ataque de
animais peçonhentos, etc.

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8 BENEFÍCIOS DA PREVENÇÃO DE ACIDENTES EM


TRABALHO EM ALTURA
Os benefícios da prevenção de acidentes nos trabalhos em alturas sã
inúmeros, dentre eles, destacamos:

n Mais produção, principalmente em função da estabilidade de mão-de-


obra;
n Menos perda de tempo e de materiais;
n Mais equilíbrio emocional e mais ânimo entre os empregados;
n Mais estabilidade nos custos operacionais;
n Redução ou eliminação dos gastos com acidentes e perdas produtivas;
n Bem estar da família dos empregados.

9 TIPOS DE RISCOS DE ACESSO AO LOCAL DE


TRABALHO EM ALTURA

Nos acessos aos trabalhos em altura, os principais riscos verificados são:

n Falta de escada adequada;


n Ausência de guarda corpo;
n Ausência de sinalização;

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n Uso de talabarte simples;

n Ausência de trava quedas;

n Ausência do cinto de segurança adequado (cinto tipo paraquedista);

n Falta de capacitação dos profissionais que realizam os trabalhos em altura;

n Falta de padronização nos exames médicos;

n Compete ao empregador responsável pela empresa disponibilizar as


orientações necessárias para execução das atividades em conformidade com
as normas e os procedimentos internos da empresa;

n Compete ao trabalhador cumprir as tarefas seguindo as orientações dos


seus superiores e o descrito no procedimento;

n O trabalhador deverá preencher o formulário de PTE (Permissão de Trabalho


Especial);

n Todos os empregados devem estar devidamente treinados, certificados


para este fim;

n Estar autorizados pelo Órgão de Saúde Ocupacional local;

n Os colaboradores deverão ter permissão do responsável para executar os


trabalhos.

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10 MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE


Nos trabalhos em altura devemos adotar medidas de controle, visando a
eliminação / controle dos riscos, objetivando, portanto, a redução dos
acidentes.

Dentre as principais medidas de controle, destacam-se:

n Transferir o que for possível a fim de que o serviço possa ser executado no
solo, reduzindo o tempo de exposição ao risco;

n Eliminar o risco através da concepção e organização do local de trabalho


impedindo a queda; Se não for possível a adoção de medidas que reduzam o
tempo de exposição, impeçam ou limitem a queda de pessoas, deve-se recorrer
a equipamentos de proteção individual;

n Sempre que possível combinar duas técnicas de prevenção, visando obter


100% de proteção;

n Inspeção no local;

n Planejar corretamente todas as atividades;

n Checar dispositivos de segurança;

n Preparar os sistemas de proteção;

n Disponibilizar barreiras de proteção e isolamentos adequados;

n Comunicar supervisores do departamento de Segurança e Medicina do


Trabalho;

n Providenciar dispositivo para içar carga independente (fora da estrutura do


andaime ou plataforma);

n Verificar as cargas máximas permitidas.

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11 SISTEMAS, EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS DE


PROTEÇÃO COLETIVA

Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC's) são dispositivos, sistemas


ou meios físicos/móveis de abrangência coletiva, destinados à preservar a
integridade física e a saúde dos trabalhadores usuários e terceiros.

Os EPC's devem ser utilizados prioritariamente ao uso dos EPI. Devem ser
construídos com materiais de qualidade e instalados nos locais necessários tão
logo se detecte o risco.

Quando houver risco de acidente ou doença relacionada ao trabalho, a


empresa deve providenciar EPC, visando eliminar o risco no ambiente de
trabalho.

No que se refere ao trabalho em altura, devemos utilizar todos os EPC’s


disponíveis e necessários a garantir a segurança dos envolvidos nos trabalhos em
altura, sejam risco s diretos os indiretos do trabalho em altura.

Como exemplos de EPC’s podemos citar:

n Barreiras de proteção em máquinas e em situações de risco;


n Corrimãos e guarda-corpos;
n Fitas sinalizadoras e antiderrapantes em degraus de escada;
n Pisos antiderrapantes;
n Redes de Proteção (nylon);
n Isolamentos de áreas de risco;
n Sinalizadores de segurança (como placas e cartazes de advertência, ou
fitas zebradas);
n Linhas de vida;
n Ancoragens fixas, dentre inúmeros outros.

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12 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PARA


TRABALHO EM ALTURA: SELEÇÃO, INSPEÇÃO.
CONSERVAÇÃO E LIMITAÇÃO DE USO

Indispensáveis ao trabalho, os Equipamentos de Proteção Individual


(EPI's) tem divisões conforme a sua utilização. Especificamente no caso do
trabalho em altura, são divididos em equipamentos anti-queda, equipamentos
de travamento, de posicionamento e de ancoragem.

Equipamento de Proteção Individual é todo dispositivo ou produto, de


uso pessoal ou individual destinado a preservar e/ou proteger a integridade
física e a saúde do empregado contra possíveis ações de agentes nocivos
existentes no ambiente de trabalho, devendo o(s) mesmo(s) possuir (em) CA -
Certificado de Aprovação, expedido pelo órgão nacional, competente em
matéria de segurança e saúde do trabalho do MTE.

Os EPI’s, acessórios e sistemas de ancoragem devem ser especificados e


selecionados considerando-se a sua eficiência, o conforto, a carga aplicada
aos mesmos e o respectivo fator de segurança (em caso de uma eventual
queda).

Os EPI’s devem fornecer aos


trabalhadores as garantias necessárias
para a execução segura de suas
atividades, entretanto, devemos
lembrar que eles não evitam os
acidentes, apenas amenizam as lesões.

Devemos considerar por fim,


que os EPI's necessitam ter a sua guarda
e a conservação muito bem realizadas,
visando seu máximo aproveitamento e
eficiência para uma correta proteção
dos trabalhadores.

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13 CONDUTAS EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA,


INCLUINDO NOÇÕES DE RESGATE

A preparação de uma equipe de salvamento deve envolver algo mais


do que a simples habilidade de realizar uma descida de rapel, mas deve
englobar o conhecimento da doutrina de salvamento, aprendizagem das
rotinas, estabelecimento de uma capacidade decisória e o desenvolvimento
da capacidade para trabalhar em equipe.

O resgate em altura é uma atividade desenvolvida por profissionais


capacitados em localizar, estabilizar e transportar vítimas mediante o emprego
de técnicas de salvamento em locais elevados, com base em normas de
segurança e procedimentos de ancoragem e descida específicos.

Para que a operação de resgate seja completa, mais rápida e segura


possível, alguns princípios de atuação devem ser utilizados nas operações de
salvamento.

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13.1 SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA

As situações de emergência ocorrem por uma combinação de fatos


decorrentes de inúmeras situações, tais como: defeito em equipamentos, falhas
no controle de processo, fenômenos naturais, falhas humanas que podem
resultar em incêndio, explosão, derramamento ou vazamento de produtos
químicos, emissão atmosférica acidental, descarga acidental na água e no solo,
ou qualquer acidente com lesão, dano à propriedade, ao meio ambiente e até
mesmo na comunidade.

A Avaliação inicial do cenário deve ser realizada pelo líder de cena,


profissional capacitado (analista ambiental, técnico de segurança, engenheiro
de segurança, Agente de Emergência Médica - AEM, brigadista, técnico em
enfermagem, enfermeiro, médico do trabalho, supervisor de turno da
segurança empresarial), de preferência utilizando os recursos das próprias áreas
operacionais com o objetivo de reduzir o tempo de resposta.

13.2 NOÇÕES DE RESGATE

A estrutura para atendimento às possíveis emergências e/ou resgates


deve ser composta por profissionais habilitados e treinados para realizar os
trabalhos relativos aos atendimentos das emergências surgidas.

Cada elemento da equipe de salvamento deve ter uma tarefa


previamente designada e treinada, a fim de que múltiplas tarefas sejam
desempenhadas de forma sequencial, lógica e, quando possível, simultânea.

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Uma das formas de se reduzir o tempo perdido na cena do salvamento é


o uso de uma abordagem em equipe do problema.

O planejamento e a designação
prévia, bem como o treinamento das
principais atividades desempenhadas em
uma operação de salvamento em altura,
aumentam a capacidade de resposta rápida
e eficiente da equipe.

13.2.1 Ciclo operacional

A operação de resgate pode ser organizada em fases, cada uma delas


igualmente importante para o sucesso da operação, formando, portanto, um
ciclo operacional, lembrando que a principal fase se inicia antes mesmo da
ocorrência do acidente, incluindo medidas operacionais que visem que os
recursos utilizados no resgate estejam preparados para quando o acidente
ocorrer (pessoal treinado, materiais, técnica e planejamento prévio).

13.2.2 Acionamento em emergências

Uma vez detectada a emergência,


haverá a necessidade da intervenção da
equipe de resgate, e esta, deverá seguir os
seguintes passos para que a operação seja
realizada de maneira rápida e eficiente:

n Recebimento da chamada;

n Obtenção das informações necessárias;

n Despacho dos recursos compatíveis e necessários;

n Orientações preliminares ao solicitante.

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13.2.3 Resposta às emergências

Uma vez que os recursos são deslocados ao local do acidente, é iniciada


a fase de resposta à emergência, onde as ações de salvamento serão
viabilizadas e denominadas as rotinas de salvamento. Essa rotina de salvamento
deve seguir uma sequência pré-estabelecida:

n Estabelecer o comando;

n Dimensionar o local da emergência;

n Gerenciar os riscos;

n Obter acesso à(s) vítima(s);

n Realizar avaliação inicial e estabilizar a(s) vítima(s);

n Remover a(s) vítima(s) do local de risco;

n Executar avaliação da(s) vítima(s);

n Transporte e transferência.

13.2.4 Finalização do resgate

Na finalização do resgate são tomadas as medidas necessárias para que


os recursos empregados retornem à situação de acionamento da emergência,
fechando o ciclo operacional.

Especial atenção deverá ser dada durante a inspeção nos materiais e


equipamentos utilizados, já que poderá ter ocorrido alguma avaria durante a
operação.

Com os recursos empregados devidamente inspecionados, a equipe


deverá avaliar a ocorrência, discutindo os pontos positivos e negativos,
buscando a melhoria constante, já que todas as ocorrências nos dão a
capacidade de melhora na avaliação global da situação.

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14 INFORMAÇÕES SOBRE PERMISSÃO DE TRABALHO


PARA EXECUTANTES

Os empregados devem estar capacitados e autorizados para execução


da tarefa que irão realizar e, conforme as atividades deverão preencher uma PT
(Permissão de Trabalho), sendo obrigatória a presença de todos empregados no
momento da avaliação de riscos da tarefa.

Comumente, todos os EPI's terão que estar de posse dos empregados,


sendo definidos conforme os riscos específicos da função.

Jamais poderemos realizar nossas atividades sem a devida capacitação,


ou sem os devidos EPI's.

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