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NR 35 – TRABALHO EM

ALTURA
VICENTE CARNEIRO CARDOSO
[Responsável Técnico]

Vicente Carneiro Cardoso

Doutorando em Administração de Empresas


Mestre em Administração de Empresas
Graduado em Engenharia de Produção – Modalidade: Mecânica e Metalurgia
Pós-graduado em:
Engenharia Mecânica – Ênfase em Térmica e Fluidos
Engenharia Ambiental
Engenharia Elétrica
Engenharia de Segurança do Trabalho
Engenharia Submarina - Subsea Engineer – Houston, USA
Engenharia de Equipamentos On & Offshore

NR 35 – TRABALHO EM ALTURA

Esta Norma estabelece os requisitos mínimos e as


medidas de proteção para o trabalho em altura,
envolvendo o planejamento, a organização e a
execução, de forma a garantir a segurança e a
saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou
indiretamente com esta atividade.

MACAÉ, RJ.
2022

NR 35 – Trabalho em Altura
APRESENTAÇÃO

Fundada em 2008 em Campos dos Goytacazes/RJ, a FOX Treinamentos dedicava-se


exclusivamente ao setor de manutenção. Alcançando uma base técnica e uma aguda visão de
mercado, a identificação e aproveitamento de novas demandas foram passos naturais que
estenderam suas atividades em Consultoria de Segurança do Trabalho e Treinamentos
Industriais em QSMS praticados no nosso CT, In Company e a Bordo de Plataformas.
Pelo seu dinamismo e versatilidade de suas ações, a FOX Treinamentos e Serviços On &
Offshore atualmente entrega serviços e pessoas ao talento criativo de sua organização e continua na
busca constante da excelência na prestação de seus serviços.
Dedica-se ao público alvo não exclusivamente, as empresas que necessitam formar ou
atualizar seu quadro operacional visando maior segurança e rendimento, além de profissionais
individuais atuantes no mercado de trabalho On e Offshore.

www.foxtreinamentos.com

NR 35 – Trabalho em Altura
SUMÁRIO

1 OBJETIVO ....................................................................................................................... 6
2 NORMAS E REGULAMENTOS ................................................................................... 6
3 O QUE É TRABALHO EM ALTURA? ........................................................................ 6
3.1 RISCOS POTENCIAIS INERENTES .............................................................................. 6
3.2 POR QUE OCORREM ACIDENTES?............................................................................. 7
3.3 PRINCIPAIS ÁREAS DE RISCO .................................................................................... 7
3.3.1 Acidentes fatais por queda de altura ocorrem principalmente em: ............................ 7
4 PRINCÍPIOS DE SEGURANÇA ................................................................................... 8
4.1 ALGUMAS SIGLAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDA ........................................... 8
4.2 PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES DE TRABALHO .................................................... 8
4.3 PONTO DE ANCORAGEM ............................................................................................. 9
4.3.1 Providências ..................................................................................................................... 9
4.4 REALIZAÇÃO DE ATIVIDADES EM ALTURA ........................................................ 10
5 ANÁLISE DE RISCOS E CONDIÇÕES IMPEDITIVAS ......................................... 10
6 PERMISSÃO PARA TRABALHO .............................................................................. 12
6.1 CRITÉRIOS GERAIS PARA LIBERAÇÃO DE TRABALHOS SIMULTÂNEOS. ..... 12
6.2 ROTEIRO PARA LIBERAÇÃO DE TRABALHOS SIMULTÂNEOS......................... 13
6.3 REGISTRO, VERIFICAÇÃO E CONTROLE................................................................ 13
7 ACIDENTES TÍPICOS ................................................................................................. 17
7.1 RECOMENDAÇÕES PARA AS ESCADAS ................................................................. 18
7.1.1 Escadas fixas................................................................................................................... 18
7.1.2 Escadas de mão (portáteis) ........................................................................................... 19
8 LOCAIS DE POSSÍVEIS SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA COM ANDAIMES . 20
8.1 LIBERAÇÃO DO ANDAIME ........................................................................................ 20
9 TRABALHO COM RISCO DE QUEDA NA ÁGUA ................................................. 21
10 SISTEMAS, EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS DE PROTEÇÃO
COLETIVA PONTO DE ANCORAGEM ........................................................................... 22
10.1 PONTOS DE ANCORAGENS TEMPORÁRIOS ......................................................... 23
10.2 ESCOLHA DO PONTO CERTO DE ANCORAGEM .................................................. 23
10.3 ELEMENTOS DE ANCORAGENS .............................................................................. 24

NR 35 – Trabalho em Altura
11 CABOS-GUIAS, INSPEÇÕES, CONSERVAÇÃO E LIMITAÇÃO DE USO ....... 24
12 EPI - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ........................................ 27
12.1 CINTO DE SEGURANÇA TIPO PÁRA-QUEDISTA .............................................. 27
12.1.1 Procedimento para vestir .......................................................................................... 28
12.2 TALABARTE DE SEGURANÇA TIPO REGULÁVEL ........................................... 32
12.3 TALABARTE DE SEGURANÇA TIPO Y COM ABSORVEDOR DE ENERGIA . 33
12.4 SISTEMA AMORTECEDOR ..................................................................................... 33
12.5 DISPOSITIVOS TRAVA QUEDAS ........................................................................... 33
12.6 DISPOSITIVOS COMPLEMENTARES.................................................................... 34
12.7 MOSQUETÃO ............................................................................................................ 34
12.8 DESCENSORES ......................................................................................................... 35
12.9 ASCENSORES E BLOCANTES ................................................................................ 36
12.10 POLIAS ....................................................................................................................... 36
12.11 CAPACETE ................................................................................................................ 37
12.11.1 Recomendações gerais de segurança ....................................................................... 37
13 FATOR DE QUEDA.................................................................................................. 38
14 DINÂMICA DA QUEDA .......................................................................................... 38
14.1 ENERGIA DE CHOQUE ............................................................................................ 38
14.2 EQUIPAMENTOS DINÂMICOS (COM ABSORÇÃO DE ENERGIA) .................. 38
15 DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS E VERTICAIS ......................................... 39
15.2 TRABALHO COM DESLOCAMENTO CONTROLADO ....................................... 39
15.3 SUSPENSÃO INERTE ............................................................................................... 40
16 NOÇÕES DE RESGATE .......................................................................................... 40
16.1 MACA ENVELOPE.................................................................................................... 40
16.1.1 Condições de uso ........................................................................................................ 41
16.2 COLAR CERVICAL ................................................................................................... 42
16.2.1 Objetivos ..................................................................................................................... 42
16.2.2 Colocação do colar cervical ...................................................................................... 42
17 SALVAMENTO EM ALTURAS ............................................................................ 44
17.1 CONDIÇÕES BÁSICAS PARA A REALIZAÇÃO: ............................................... 45
17.2 FASES TÁTICAS ...................................................................................................... 46
17.3 IMOBILIZAÇÃO DE UMA VÍTIMA NA MACA ................................................... 48
18 PRIMEIROS SOCORROS - SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA......................... 50

NR 35 – Trabalho em Altura
18.1 ASPECTO LEGAL .................................................................................................... 50
18.2 PREVENÇÃO DE ACIDENTES LEVES OU GRAVE .............................................. 1
18.3 FERIMENTOS ............................................................................................................. 1
18.3.1 Cuidados ...................................................................................................................... 3
18.4 ABORDAGEM INICIAL DO ACIDENTADO .......................................................... 3
18.5 RCP – REANIMAÇÃO CARDIO PULMONAR ........................................................ 4
18.6 OS 10 MANDAMENTOS DO SOCORRISTA ........................................................... 5
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................... Erro! Indicador não definido.

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1 OBJETIVO

Este treinamento tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos e as medidas de


proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução,
de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou
indiretamente com esta atividade.

2 NORMAS E REGULAMENTOS

NR 06 - Equipamento de Proteção Individual;


NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria;
NR 34 - Item 34.6 – Trabalho em Altura;
NR 35 - Trabalho em Altura.

3 O QUE É TRABALHO EM ALTURA?

Define-se trabalho em altura aquelas atividades que são executadas em aturas


superiores a 2,00m (andaimes, plataformas, escadas, torre de perfuração e outros) realizados
em locais elevados, que apresentam diferença de nível e risco de queda aos trabalhadores e
que necessitam de suporte para acesso.
Uma das principais causas de mortes de trabalhadores se deve a acidentes envolvendo
queda de pessoas e materiais, “30% dos acidentes de trabalho ocorridos ao ano são
decorrentes de quedas.” - https://www.ministeriodotrabalho.org/

3.1 RISCOS POTENCIAIS INERENTES

Quando o trabalhador se expôe ao risco de acidentes nos trabalhos em altura?

 Enquanto acessa ao posto de trabalho (com ou sem equipamento ou materiais);


 Enquanto trabalha (execução dos serviços em si);
 Queda de Objetos;

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3.2 POR QUE OCORREM ACIDENTES?

 Excesso de confiança;
 Falta do EPI ou uso incorreto do mesmo;Falhas no EPI/EPC;
 Colapsos estruturais;
 Acesso a locais perigosos;
 Queda de materiais / objetos em movimento;
 Fadiga / cansaço / fobias;
 Descumprimento e/ou desconhecimento de norma, padrão ou práticas de
execução segura.

3.3 PRINCIPAIS ÁREAS DE RISCO


 Andaimes, escadas, rampas e passarelas;
 Torre de perfuração;
 Torre de telecomunicações;
 Helideck;
 Estruturas metálicas (pernas, jaquetas, bracings, etc.);
 Casco de embarcações;
 Locais confinados;

3.3.1 Acidentes fatais por queda de altura ocorrem principalmente em:


 Plataformas Marítimas;
 Obras da Construção Civil;
 Serviços de Manutenção e Limpeza em Fachadas;
 Serviços de Manutenção em Telhados;
 Pontes Rolantes;
 Montagem de Estruturas Diversas;Serviços em Ônibus e Caminhões;
 Depósitos de Materiais;
 Serviços em linha de Transmissão e Postes Elétricos; Trabalhos de Manutenção
em Torres;
 Serviços diversos em locais com aberturas em pisos e paredes sem proteção,
etc.

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4 PRINCÍPIOS DE SEGURANÇA

A filosofia de trabalho para prevenção contra quedas adota os seguintes princípios:


 É possível executar o mesmo trabalho no solo? (Exemplo: baixar uma
peça da torre deperfuração para manutenção);
 É possível instalar uma plataforma de trabalho (ou outro dispositivo
de acesso) nas imediações da área de trabalho, para minimizar a diferença de altura?
(Exemplo: andaimes).

4.1 ALGUMAS SIGLAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDA

1. M.F.F.- Maximum Free Fall (Queda Livre Máxima)


2. S.W.L. - Safe Working Load (Carga de Trabalho Segura)
3. P.F.A.S. - Personal fall arrest system (Sistema de Trava Queda Pessoal)
4. M.A.F.- Maximum Arrest Force (Força de Travamento Máxima)
5. M.B.S. - Minimum Breaking Strength (Força de Frenagem Mínima)
6. CAP - Capacity (Capacidade)
7. KN - Kilonewtons
8. PT/PL - Proof Test / Proof Load (Teste de Comprovação / Teste de Carga)
9. RPD - Rescue Positioning Device (Dispositivo de Posicionamento de Resgate)
10. SRL - Self Retractable Lifelines (Corda de Salvamento Auto Retrátil)

4.2 PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES DE TRABALHO

 Isolamento e sinalização de toda a área sob o serviço;


 Medidas para evitar a queda de ferramentas e materiais, inclusive no caso de
paralisação dostrabalhos;
 Desenergização, bloqueio e etiquetagem de toda instalação elétrica aérea nas
proximidades do serviço;
 Instalação de proteção ou barreiras que evitem contato acidental com
instalações elétricas aéreas;

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 Interrupção imediata do trabalho em caso de iluminação insuficiente ou


condições meteorológicas adversas (chuva, ventos superiores a 40 km/h, dentre outras);
 Transposição de pisos com diferença de nível superior a trinta centímetros deve
ser feita por meio de escadas ou rampas;
 Escadas de uso coletivo, rampas e passarelas para a circulação de pessoas e
materiais devem possuir construção sólida, corrimão e rodapé;
 Todo cinto de segurança deve ser usado com aperto suficiente para que o
usuário não escorregue e escape do equipamento, para que, em caso de queda, a força de
choque seja distribuída uniformemente;
 Equipamentos e dispositivos que sofrerem tensões devido à queda do
trabalhador, devem ser submetidos à rigorosa inspeção por profissional qualificado, para
certificar sua integridade;
 Cuidados especiais devem ser mantidos quanto ao o uso de caçambas e cestos
suspensos em guindastes para movimentações de pessoas.

Imagem 1: Placas de Cuidado

4.3 PONTO DE ANCORAGEM

4.3.1 Providências

 Inspecionar todos os pontos antes da sua utilização; Identificar os pontos definitivos e a


carga máxima aplicável;
 Realizar o teste de carga em todos os pontos temporários antes da sua utilização;
 O dimensionamento da carga máxima do ponto de ancoragem definitivo deve ser
realizadopor profissional legalmente habilitado;
 O procedimento de teste de carga dos pontos temporários deve ser elaborado por
profissionallegalmente habilitado, que supervisionará a sua execução.

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4.4 REALIZAÇÃO DE ATIVIDADES EM ALTURA

 Possuir os exames específicos das funções comprovados (as) no ASO –


Atestado de Saúde Ocupacional. O ASO deve indicar explicitamente que a pessoa está apta a
executar trabalho em local elevado.
 Estar em perfeitas condições físicas e psicológicas, paralisando a atividade
caso sintaqualquer alteração em suas condições;
 Estar treinado e orientado sobre todos os riscos envolvidos.
 Confeccionar a APR (Análise Preliminar de Risco) para desenvolvimento da
função.
 Estar em perfeitas condições físicas e psicológicas, paralisando a atividade
caso sintaqualquer alteração em suas condições;
 Estar treinado e orientado sobre todos os riscos envolvidos.
 Confeccionar a APR (Análise Preliminar de Risco) para desenvolvimento da
função.

5 ANÁLISE DE RISCOS E CONDIÇÕES IMPEDITIVAS

Análise Preliminar de Riscos - APR é um método de análise de perigos e riscos que


incide em identificar acontecimentos inseguros, causas, resultados e determinar meios de
controle. Preliminar, porque é empregada como primeira abordagem do objeto de estudo.
Num número relevante de acontecimentos é suficiente para determinar procedimentos de
controle de riscos. De acordo com Tavares (2010, p.77) a “Análise Preliminar de Riscos
(APR) é a análise, durante a fase de concepção ou desenvolvimento de um novo sistema, com
o objetivo de se determinar os riscos que poderão estar presentes na sua fase operacional”.
A APR tem sido utilizada nas mais variadas áreas e situações. No entanto sua maior
contribuição é na gestão de riscos. Pode-se citar o trabalho desenvolvido nas plataformas de
petróleo ou então o gerenciamento de riscos nos trabalhos de abertura de uma estrada em uma
pequena hidrelétrica, ou a implantação da gestão de riscos na construção civil.
De acordo com França et al. (2008), o objetivo da APR é definir os riscos e as medidas
preventivas antes da fase operacional.

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Utilizando como metodologia a revisão geral de aspectos de segurança, através de um


formato padrão, levantando as causas e efeitos de cada risco, medidas e prevenção ou
correção e categorização dos riscos.
MODELO

ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO/PERIGO- APR/APP

Gerência:

Atividade:

Tarefa:
Folha: 1/1

MODOS DE
DETECÇÃO POSSÍVEIS
ITEM PERIGO / RISCO CAUSAS
(SALVAGUARDA EFEITOS

S)

1.1

1.2

1.3

1.4

1.5

1.6

1.7

Tabela 1: Análise Preliminar de Risco - APR

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Conforme Guerra et al. (2008) após descrever os riscos são identificadas as causas e
os efeitos dos mesmos, o que permitiráa busca e elaboração de ações e medidas de prevenção
ou correção das possíveis falhas detectadas.

6 PERMISSÃO PARA TRABALHO

6.1 CRITÉRIOS GERAIS PARA LIBERAÇÃO DE TRABALHOS SIMULTÂNEOS.

 A liberação de trabalhos para execução simultânea será precedida de análise


prévia, obedecendo aos critérios abaixo:
 Capacidade de Unidade Marítima em suportar a execução dos trabalhos
simultaneamente;
 Avaliação dos riscos envolvidos, considerando a situação de salvatagem,
estabilidade, equipamentos e sistemas de combate a incêndio, sistemas de detecção e alarme
(incluindo VAC) e demais sistemas críticos;
 Nível de interferência entre os trabalhos.
 Riscos potenciais de cada trabalho.
 Potencial de risco do local de execução do trabalho.
 Capacidade da equipe envolvida na sistemática de liberação e
acompanhamento em cumprir integralmente os requisitos do PG-11-00136 – Permissão para
trabalho.
 Nível de interferência entre os sistemas e áreas.
 Duração do trabalho.

Essa análise prévia deverá ser feita diretamente em reunião de planejamento


especificada para esse fim, realizada a bordo da unidade marítima.
A reunião será coordenada pelo OIM/Fiscal ou por pessoa por eles designada, tendo
como participantes: Coordenadores, Supervisores, Técnico de Segurança.

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A critério do OIM/Fiscal, poderão também serem convocados: demais Emitentes de


PT, Mestre de Cabotagem, Fiscais de serviços, Fiscal de sonda, Executante de serviços da
PETROBRAS, Técnico de Inspeção e encarregados das firmas contratadas envolvidas nos
serviços.

6.2 ROTEIRO PARA LIBERAÇÃO DE TRABALHOS SIMULTÂNEOS

Existem roteiros determinados para serem seguidos, possibilitando a liberação de


trabalhos simultâneos (PT) numa plataforma que não cabem ser exemplificados neste
momento.

6.3 REGISTRO, VERIFICAÇÃO E CONTROLE

As Planilhas de Controle de Trabalhos deverão ser arquivadas por um período de 180


dias. A Verificação e o controle serão feitos durante a auditoria prevista.

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Tabela 2: Permissão para Trabalho – PT (Parte 1)

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PE-2P9-00015 – Anexo C – FORMULÁRIO DE PT


LISTA DE VERIFICAÇÃO PARA EMISSÃO DE PT

1. O trabalho a ser realizado foi verificado em conjunto com o requisitante e


executantes
2. O equipamento / instrumento está corretamente isolado e/ou sinalizado com etiquetas de
advertência
3. Os executantes dispõem dos EPI necessários e estes estão em bom estado
GERAL (PARA TODOS OS TRABALHOS)

4. Existem recursos disponíveis para controlar vazamentos e coletar substâncias agressivas ao


meio ambiente
5. O lay-out de máquinas e equipamentos necessários ao serviço é adequado
6. As máquinas, equipamentos e ferramentas foram inspecionados e estão em bom estado
7. As linhas ou equipamentos foram despressurizados e/ou drenados
8. A área foi sinalizada e/ou isolada
9. As aberturas nos pisos estão sinalizadas e isoladas para prevenir quedas
10. Foram tomadas precauções quanto à existência de tubulações ou eletrodutos enterrados
11. São utilizadas sacolas para o transporte de ferramentas ou as mesmas estão amarradas para
prevenir quedas
12. Há luminárias ou outros equipamentos elétricos à prova de explosão (áreas classificadas)
13. Foi assegurada a presença permanente de um observador para acompanhamento do serviço
14. Os andaimes e/ou os acessos estão adequados à execução do trabalho
15. Na mesma área não existe outro trabalho ou operação, em execução ou programados, que
afetem a segurança
16. o equipamento e/ou as tubulações estão isolados com flange cego, raqueteados ou
desconectados
17. O equipamento e/ou tubulações foram drenados, lavados, ventilados, purgados e limpos
18. Foram tomadas precauções quanto à liberação de vapores / gases inflamáveis na área
19. Foi realizado teste de presença de gases inflamáveis / tóxicos nos tanques, vasos, linhas,
caixas, canaletas
TRABALHO A QUENTE

20. Existe equipamento de combate a incêndio disponível e suficiente no local


21. As mangueiras dos cilindros de oxigênio e acetileno não têm rasgos, cortes, emendas e
estrangulamentos
22. Há válvulas corta-chamas nas linhas de mangueira próximas ao maçarico e às saídas dos
cilindros
23. A máquina de solda está aterrada, em local seco e fora de área classificada
24. Os cabos elétricos não têm emendas, não passam por locais encharcados e são aéreos em
áreas de passagem
25. Há anteparos (biombos ou cabines) para proteção de pessoas que trabalham nas vizinhanças
26. Há providências para a cobertura de drenos e equipamentos com mantas incombustíveis
27. Há providências para o confinamento de fagulhas de corte e solda com uso de mantas
incombustíveis

NR 35 – Trabalho em Altura
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TRABALHO EM 28. Existem meios apropriados para acesso e saída dos compartimentos
29. Foi feito teste de concentração de oxigênio e gases inflamáveis / tóxicos
CONFINADO
ESPAÇO
30. Foram instalados exaustores / sopradores para ventilação
31. Estão disponíveis e testadas máscaras de ar mandado ou autônomas em número suficiente para
o serviço
32. Está assegurada a presença de observadores em número suficiente para acompanhar todos os
executantes

33. As chaves e disjuntores dos circuitos elétricos foram desligados e sinalizados


34. Os fusíveis das chaves magnéticas foram retirados
COMELETRICIDADE

35. Foi analisada a possibilidade de retorno de corrente


36. É necessário proteger com material isolante os pontos energizados
TRABALHO

37. Os executantes dispõem de equipamentos de teste de tensão


38. São necessárias ferramentas com isolamento especial
39. Foi realizado teste de tensão
40. Foi trancado com cadeado do funcionário que vai executar o serviço
41. Foi sinalizado com a etiqueta do funcionário que vai executar o serviço
42. Os adornos pessoais foram retirados
43. Os pisos situados acima e abaixo do nível de trabalho foram incluídos na área de acesso restrito
TRABALHO COM FONTES

44. Os instrumentos de monitoração estão calibrados e em condições de uso


45. Existe uma pessoa encarregada de medição do nível de radiação no limite da área
RADIOTIVAS

46. O pessoal controlado está usando filmes ou canetas dosimétricas


47. Existem recursos para emissão de sinais sonoros / luminosos durante a execução do trabalho, se
necessário
48. Existem dispositivos e pessoal disponível para o controle de emergência
49. Foram registrados na PT: tipo de fonte, isótopo, atividade, nome do encarregado para controle
de situações de emergência radiológica
50. O emitente das recomendações adicionais de segurança deu como concluído o isolamento e
monitoramento da área.

Tabela 2: Permissão para Trabalho – PT (parte 2)

OBSERVAÇÕES:
ANOTAR CONFORME O CASO: S=SIM / N=NÃO/ NA = NÃO APLICÁVEL
Verificar e preencher os itens de 01 a 15 para todos os trabalhos e em seguida, se necessário, o grupo
de linhas correspondente ao tipo de trabalho que será realizado.
As listas de verificação não utilizadas devem ter o campo OBSERVAÇÕES preenchido com um
traço diagonal

 O trabalho só poderá ser executado caso as respostas a todas as OBSERVAÇÕES


APLICÁVEIS tenham sido SIM;

 A PT será cancelada quando: a) as recomendações nela contidas não estiverem sendo


atendidas;
b) as condições de segurança do local forem alteradas, surgindo novas
situações de risco;
c) em situações de emergência.

NR 35 – Trabalho em Altura
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7 ACIDENTES TÍPICOS

Imagem 2: Queda de Objetos

No ambiente offshore, os acidentes provocados por quedas de objetos são


constantes tantono Brasil quanto no resto do mundo.
A ANP (Agência Nacional do Petróleo) contabilizou, em 2012, cinquenta e oito
incidentes de alto potencial envolvendo quedas de ferramentas, peças estruturais, entre outros
objetos encontrados em navios e plataformas da cadeia de exploração petrolífera.
Pesquisas realizadas pela OSHA revelaram que, entre 2011 e 2012, houve um
aumento de 7% nas mortes envolvendo queda de objetos em unidades offshore situadas em
território americano.
O relatório de incidentes (RDI) realizado pela ANP apontou que 71% dos acidentes
relacionados a quedas de objetos são consequência da falta de manutenção estrutural e
falhas nas inspeções desses ambientes.
Outro dado apontado pelo RDI da ANP indica a falta de treinamento e supervisão
como responsável por 61% dos acidentes relacionados a queda de objetos.
Peças ou ferramentas que pesam alguns gramas podem, dependendo da altura da
queda, atingir um trabalhador com a força de muitos quilos, assim como quilos tornam-se
toneladas quando atingem algo durante uma queda.
Falta de conhecimento de formas de amarração, somados ao pouco conhecimento do
uso de equipamentos são os responsáveis por esses acidentes.
Falta de planejamento, fracas percepções dos riscos, além da má adequação de
procedimentos, completam esse grave quadro que ceifa a vida de tantos trabalhadores
offshore ao redor do mundo.

NR 35 – Trabalho em Altura
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Hoje é imprescindível a correta amarração das ferramentas de trabalho a fim de


garantir a segurança dos trabalhadores indiretamente envolvidos nesse tipo de tarefa.
Cabos e telas de segurança são boas medidas para bloquear riscos de queda
envolvendo componentes estruturais.

Imagem 3: Telas e Cabos de Proteção

7.1 RECOMENDAÇÕES PARA AS ESCADAS

A transposição de pisos com diferença de nível superior a trinta centímetros deve ser
feita por meio de escadas ou rampa.

Imagem 4: Transposição de Pisos

7.1.1 Escadas fixas

As escadas fixas tipo marinheiro muito comum a bordo de unidades marítimas, a partir
dos 6metros devem possuir as seguintes características:

NR 35 – Trabalho em Altura
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Gaiola protetora a partir de 2m acima da base até 1m acima da última superfície de


trabalho; Patamar intermediário de descanso protegido por guarda corpo e rodapé, para cada
lance de 9m.

Imagem 5: Gaiola Protetora

7.1.2 Escadas de mão (portáteis)

Devem ser de uso restrito acessos provisórios e serviços de pequeno porte:


 Para trabalhos a quente não podem ser de madeira;
 Tamanho de até 7 m de extensão e espaçamento uniforme (25 a 30cm);
 Devem ultrapassar em 1 m o piso superior;
 Possuir degraus antiderrapantes;
 Fixadas nos pisos superior e inferior ou possuir dispositivo que impeça o seu
escorregamento;
 Apoiadas em piso resistente.

É vedada a utilização de escadas de mão:


 Com montante único e junto a rede e equipamentos energizados desprotegidos;
 Nas proximidades de portas ou áreas de circulação, vãos e aberturas;
 Em locais onde haja risco de queda de objetos ou materiais;
 Do tipo de abrir que não possuam dispositivos que as mantenham com
abertura constante eque possuam mais de 6 m quando fechadas.

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8 LOCAIS DE POSSÍVEIS SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA COM ANDAIMES

Plataforma para trabalhos em alturas elevadas por meio de estrutura provisória ou


dispositivo de sustentação.
Projeto, dimensionamento e cálculo realizado por profissional legalmente habilitado.
Procedimento de emissão de PT para montagem, desmontagem e manutenção de andaimes.

Usar:
 Sapata;
 Placa de base;
 Tábua para distribuição da carga.

8.1 LIBERAÇÃO DO ANDAIME

Em processo de montagem, desmontagem ou manutenção devem ser sinalizados com


placas: VERMELHA = proibição do uso; ou VERDE = liberação do uso.

Imagem 6: Sinalização de Andaime

Somente devem ser utilizados após serem aprovados pelo profissional de SMS ou, na
inexistência desse, do responsável pelo cumprimento desta Norma, conjuntamente com o
encarregado do serviço.

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A aprovação deve ser consignada na Ficha de Liberação de Andaime que será


preenchida, assinada e afixada no andaime.

9 TRABALHO COM RISCO DE QUEDA NA ÁGUA

Na execução de trabalhos com risco de queda d'água, devem ser usados coletes salva-
vidas ou outros equipamentos de flutuação.
Deve haver sempre, nas proximidades e em local de fácil acesso, botes salva-vidas em
número suficiente e devidamente equipados.
As plataformas de trabalho devem ser providas de linhas de segurança ancoradas em
terra firme, que possam ser usadas quando as condições meteorológicas não permitirem a
utilização de embarcações.

Imagem 7: Risco de Queda em Água

Na execução de trabalho noturno sobre a água, toda a sinalização de segurança da


plataforma e o equipamento de salvamento devem ser iluminados com lâmpadas à prova
d'água. O sistema de iluminação deve ser estanque.
As superfícies de sustentação das plataformas de trabalho devem ser antiderrapantes. É
proibido deixar materiais e ferramentas soltos sobre as plataformas de trabalho.
Ao redor das plataformas de trabalho, devem ser instalados guarda-corpos,
firmemente fixados à estrutura. Ao redor das plataformas de trabalho, devem ser instalados
guarda- corpos, firmemente fixados à estrutura.
Em quaisquer atividades, é obrigatória a presença permanente de profissional em
salvamento,primeiros socorros e ressuscitamento cardiorrespiratório.

NR 35 – Trabalho em Altura
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Os coletes salva-vidas devem ser de cor laranja, conter o nome da empresa e a


capacidade máxima representada em kg (quilograma). Os coletes salva-vidas devem ser em
número idêntico ao de trabalhadores e tripulantes.
É proibido conservar à bordo trapos embebidos em óleo ou qualquer outra substância
volátil.
É obrigatória a instalação de extintores de incêndio em número e capacidade
adequados.
É obrigatório o uso de botas com elástico lateral.

10 SISTEMAS, EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS DE PROTEÇÃO


COLETIVA PONTO DE ANCORAGEM

É um dispositivo para ancoragem de cordas para retirada de vítimas e acesso de


bombeiros na edificação e área de risco.
Deve ser constituído de material resistente a intempéries, não provocar abrasão ou
esforços cortantes nas cordas e resistir a esforços de tração de 3.000 Kgf. por homem
preso a este ponto de ancoragem e deve estar posicionado acima das pessoas para minimizar
a distância de queda livre e potencial de impulso da queda.
Ponto de Ancoragem pode ser: uma viga, haste, coluna, piso ou outro membro
estrutural fixo.
Não menos importante que o próprio EPI, é considerado como o coração do sistema de
segurança, a ancoragem onde conectamos a corda com um ponto mecânico, seja na vertical ou
horizontal, deve estar dimensionada para receber uma queda ou impacto.
Para uma linha de vida vertical, a carga mínima de ruptura de cada ancoragem no
ponto central deve ser igual ou superior a 22kN para cada sistema.
Quando temos um ponto único que avaliamos suportar o mínimo de 22kN podemos
utilizá-lo como ponto único, porém este tipo de atividade solicita sempre uma dupla
ancoragem, sendo que se um sistema falhar teremos outro como backup.
Após a escolha e instalação do sistema de ancoragem é importante que se utilize um
nó de segurança que permita uma fácil checagem por qualquer um da equipe de trabalho; que
seja fácil de desfazer após receber carga e que não se solte sob tensão; os nós ainda dever
serdo tipo que reduza menos a resistência mecânica da corda.

NR 35 – Trabalho em Altura
23

Por padrão, geralmente as equipes de resgate e trabalho em altura utilizam o nó oito


duplo como nó de ligação da corda com a ancoragem por reunir todas estas características.

Imagem 8: Ponto de Ancoragem

Vale lembrar que:

Tubulação, bandejamento e olhais de menos de 2.5 toneladas de carga de trabalho


segura, não são considerados estruturas seguras.
Sempre inspecione seus pontos de ancoragem para assegurar que são seguros e não
estão corroídos.

10.1 PONTOS DE ANCORAGENS TEMPORÁRIOS

É uma estrutura que foi avaliada e selecionada para ser utilizada de forma
temporária parasuportar carga de pessoas durante determinado serviço.
Tubos metálicos são sempre considerados pontos de ancoragem temporários. Todo
ponto de ancoragem temporário não deverá ser utilizado novamente (em nova atividade
operacional), sem que o teste seja revisado por pessoa competente.

10.2 ESCOLHA DO PONTO CERTO DE ANCORAGEM

Inspecionar todos os pontos antes da sua utilização; Identificar os pontos definitivos e


a carga máxima aplicável;
Realizar o teste de carga em todos os pontos temporários antes da sua utilização;
Dimensionamento da carga máxima e o teste de carga deve ser realizado por
profissional legalmente habilitado.

NR 35 – Trabalho em Altura
24

10.3 ELEMENTOS DE ANCORAGENS

São dispositivos instalados nos “pontos de ancoragem” para permitir a adequada


colocaçãodos elementos de conexão.

Imagens 9: Elementos de Ancoragem

11 CABOS-GUIAS, INSPEÇÕES, CONSERVAÇÃO E LIMITAÇÃO DE USO

Objetivo: Servir de sustentação ao cinto de segurança, para trabalhos em altura que


exigem o deslocamento do trabalhador, ou em locais onde não exista possibilidade de fixação
do cinto sem o cabo-guia.

Imagem 10: Cabo - Guia

 São obrigatórios para trabalho em altura que exigem deslocamento, evitando que o
trabalhador fique solto por falta de ponto de fixação do cinto ou quando da mudança do ponto
de acoplamento / fixação.

NR 35 – Trabalho em Altura
25

 Os cabos de aço deverão ser conforme as recomendações da NBR 6327/83 da


ABNT e nunca menor que 8,0 mm de diâmetro. Devem ser fixados por meio de clips
conforme normas técnicas.
 Os cabos-guias devem ter suas extremidades fixadas à estrutura definitiva da
edificação por meio de aço inoxidável ou outro material de resistência e durabilidade
equivalente.

Imagem 11: Estrutura Resistente

 Os cabos-guias devem ser substituídos, quando apresentarem condições que


comprometam a sua integridade, em face da utilização a que estiverem submetidos.

Imagem 12: Cabo Danificado

NR 35 – Trabalho em Altura
26

 Quando não existir cabo-guia definitivo no posto de trabalho a empresa deverá fixá-
lo de forma temporária durante a realização do serviço.

Imagem 13: Características do Cabo - Guia

 O cabo-guia com instalação temporária deverá ser inspecionado após montagem,


que expedirá autorização para execução do serviço, através do formulário Permissão de
Trabalho (PT).

Imagem 14: Distorções do Cabo

NR 35 – Trabalho em Altura
27

12 EPI - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

a) Cabo de aço para sua sustentação, fixado por meio de dispositivos que
impeçam o deslizamento e desgaste;
b) Sistema independente de fixação para o cinto de segurança tipo pára-quedista,
ligado ao trava-quedas em um cabo-guia;
c) Antes de sua utilização, o usuário e o Coordenador/Responsável deverão
desenrolar o cabo de aço e verificar o seu comprimento, de modo que:
 Não apresente emenda;
 Não apresente fios rompidos ou frouxos;
 Apresente diâmetro uniforme;
 Não esteja lubrificado.

d) A correta ancoragem e instalação da cadeira suspensa é fundamental para a


segurança do equipamento e do usuário devendo ser elaborada por profissional legalmente
habilitado;
e) Uma vez instalado na obra, o equipamento só poderá ser utilizado com autorização
formal do engenheiro residente ou técnico de segurança ou ainda, de profissional legalmente
habilitado.

12.1 CINTO DE SEGURANÇA TIPO PÁRA-QUEDISTA

Imagem 15: Cinto de Segurança Tipo Pára-Quedista

NR 35 – Trabalho em Altura
28

O cinto de segurança tipo pára-quedista fornece segurança quanto a possíveis


quedas e posição de trabalho ergonômico.
É essencial o ajuste do cinturão ao corpo do empregado para garantir a correta
distribuição daforça de impacto e minimizar os efeitos da suspensão inerte.

12.1.1 Procedimento para vestir

Certifique-se que está ciente dos procedimentos de inspeção e vestimenta dos


fabricantes para o equipamento em uso na sua instalação antes de usar equipamento de
proteção contra queda
Pegue o arnês pelo anel-D das costas, o inspecione antes de cada uso.. Verifique a
almofadade proteção das costas e certifique-se que está em boas condições físicas.

Imagem 16: 1° - Passo Para Vestir O Cinto de Segurança

Certifique-se que não existem cortes ou queimaduras, verifique os tirantes, se não têm
furos, cortes, rasgos, deformação, ou áreas marrons indicando queimadura ácida.
Olhe as etiquetas – Verifique a data, etiqueta do fabricante, o arnês deve estar
dentro de 1ano da data.

NR 35 – Trabalho em Altura
29

Verifique pontos falhos na costura – dois pontos são suficientes para descartar um
arnês – um corte de 1/8” é perigoso. Certifique-se que os olhais estão circulares, e não
alongados.
Este procedimento deve ser usado para todos os tipos e modelos de arnês.

Imagem 17: 2° - Passo Para Vestir O Cinto de Segurança

Observe, os procedimentos apresentados aqui, são apenas ilustrativos, caso sua


empresa possua um procedimento específico! Siga-o preferencialmente.
Certifique-se que as correias estão justas. Coloque o arnês, e uma vez em posição,
alcanceentre suas pernas e conecte a correia preta da perna esquerda deixando-a frouxa.

Imagem 18: 3° - Passo Para Vestir O Cinto de Segurança

NR 35 – Trabalho em Altura
30

Pegue o outro lado e faça uma ligação frouxa com a outra perna.

Imagem 19: 4°- Passo Para Vestir O Cinto de Segurança

Ajuste a correia sobre seu tórax e traga para baixo, conectando ao seu quadril direito.
Gire na diagonal para ajustar adequadamente.

Imagem 20: 5° - Passo Para Vestir O Cinto de Segurança

NR 35 – Trabalho em Altura
31

Alcance as costas pegando o D-ring. Ajuste o anel até que esteja centralizado entre
o topodos seus omoplatas.

Imagem 21: 6° - Passo Para Vestir O Cinto de Segurança

Isso trará o D-ring para o ponto mais alto nas suas costas.
Isso assegurará que no caso de uma queda você seja suspendido em uma posição
vertical, e não horizontal.
Na posição vertical você pode ficar suspendido e razoavelmente confortável por
até 15 minutos.
Você não o quer nem muito apertado nem frouxo. Coloque as correias das pernas por
ambos retentores. A correia sob seu quadril não deve ser torcida e deve estar
confortável.
A correia que suportará 90% do seu peso durante uma queda estará sobre os maiores
músculos do seu corpo. Com o arnês usado corretamente você é capaz de colocar sua mão
entre a correia da perna e sua perna.

NR 35 – Trabalho em Altura
32

Imagem 22: 7° - Passo Para Vestir O Cinto de Segurança

Os tirantes estão agora vestidos corretamente.


Lembre-se: se o EPI não for usado ou vestido corretamente, você estará se
colocando em risco.

12.2 TALABARTE DE SEGURANÇA TIPO REGULÁVEL

Imagem 23: Talabartes de Segurança Regulável

Equipamento de segurança utilizado para proteção contra risco de queda no posicionamento


nos trabalhos em altura, sendo utilizado em conjunto com cinturão de segurança tipo pára quedista. O
equipamento é regulável permitindo, que seu comprimento seja ajustado .

NR 35 – Trabalho em Altura
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12.3 TALABARTE DE SEGURANÇA TIPO Y COM ABSORVEDOR DE ENERGIA

Imagem 24: Talabarte de Segurança Y

Equipamento de segurança utilizado para proteção contra risco de queda na


movimentação no trabalho em altura.

12.4 SISTEMA AMORTECEDOR

Dispositivo destinado a reduzir o impacto transmitido ao corpo do trabalhador e


sistema de segurança durante a contenção de queda. Cordas podem funcionar como
amortecedores.

Imagens 25: Sistemas Amortecedores

12.5 DISPOSITIVOS TRAVA QUEDAS

É um dispositivo de segurança utilizado para proteção do empregado contra


quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com
cinturão de segurança tipo paraquedista.

NR 35 – Trabalho em Altura
34

Imagem 26: Dispositivos Trava-Quedas

12.6 DISPOSITIVOS COMPLEMENTARES

Imagem 27: Fita de Ancoragem

É um dispositivo que permite criar pontos de ancoragem da corda de segurança.

• Fitas: assim como as cordas são feitas de fibras de nylon entrelaçadas, tem grande
resistência, porém quando sob tensão, rompe facilmente em uma aresta.
• Servem principalmente para ancoragens, equalizações e confecção de cadeirinhas.
Podeser utilizada como blocante.

12.7 MOSQUETÃO

É um dispositivo de segurança de alta resistência com capacidade para suportar forças


de 22 kN no mínimo.

NR 35 – Trabalho em Altura
35

Tem a função de prover elos e também funciona como uma polia com atrito. Para
contar com a máxima resistência do equipamento, deve-se dar atenção ao uso e a manutenção.
A resistência do mosquetão varia com o sentido de tração, sendo mais resistente pelas
extremidades do que pelas laterais. Não deve sofrer torções, por isso deve ser instalado
corretamente, prevendo-se a forma como será solicitado sob tensão ou dentro de um sistema
que deterá uma queda.

Imagem 28: Diferentes Tipos de Mosquetões

 Mosquetões: peças metálicas arredondadas com fechos, utilizadas para


conectar materiais de salvamento (cordas, fitas, grampos, cadeirinhas).
 Podem ser de aço ou alumínio, os de alumínio podem apresentar microfissuras com
quedas.
 Formatos: delta, em “D”, meia lua, pêra e oval.
 Fechos: rosca, mola, mola e rosca e automático.

12.8 DESCENSORES

Imagem 29: Diferentes Tipos de Descensores

 Peça Oito: tradicional ou com orelhas, funcionamento fácil e ágil. Torce a corda e
não possui sistema de travamento automático. Custo baixo.
 Grigri: trava automaticamente, exige certa prática. Não opera com cordas de
diâmetro altos.
 Stop: também possui trava automática e não opera com cordas de diâmetro alto.

NR 35 – Trabalho em Altura
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12.9 ASCENSORES E BLOCANTES

Imagem 30: Diferentes Tipos de Ascensores e Blocantes

 Ascensores: servem para ascender em uma corda, usando um para a cadeirinha e


outro para o pé.
 Blocantes: travam a corda em um sentido e liberam no outro. Funcionam
esmagando a corda e alguns possuem pequenas garras.

12.10 POLIAS

Dispositivos utilizados nos sistemas de vantagem mecânica (redução de esforço) para


deslocamentos verticais (içamentos). existem polias para uso com corda e polias para uso
com cabo de aço.

Imagens 31: Polias Simples e Dupla

NR 35 – Trabalho em Altura
37

É importante também ressaltar que os responsáveis pela liberação dos serviços em


altura disponibilizem polias destinadas ao uso de movimentações com pessoas.

12.11 CAPACETE

Imagem 32: Capacete de Segurança


 Capacete: casco de plástico, com espuma interna e ajuste para melhor conforto.
Usar com jugular presa ao queixo.

Imagem 33: Características do Capacete

Proteções de corda: protegem as cordas de arestas e superfícies rugosas. Podem ser de


lona, cordura, metal ou acrílico.

12.11.1 Recomendações gerais de segurança

 Analisar atentamente o local de trabalho, antes de iniciar o serviço;

NR 35 – Trabalho em Altura
38

 Nunca andar diretamente sobre materiais frágeis (telhas, ripas etc) andar somente
pelaspassarelas montadas;
 Usar sempre o cinto de segurança ancorado em local adequado;
 Não amontoar ou guardar coisa alguma sobre o telhado;
 E proibido arremessar qualquer tipo de material para o solo;
 Usar os equipamentos adequados (cordas ou cestas especiais) para erguer
materiais eferramentas;
 Ao descer ou subir escadas, faça com calma e devagar;
 Não improvisar;
 Cuide de sua segurança e de seus companheiros.

13 FATOR DE QUEDA

Fator de Queda é a relação entre a queda do trabalhador e o comprimento do talabarte


que é obtido pela fórmula: hQ/CT (hQ dividido por CT) onde: FQ = D.QUEDA/T.CORDA

14 DINÂMICA DA QUEDA

14.1 ENERGIA DE CHOQUE

Equipamentos estáticos (sem absorção de energia)


EP (energia potencial) = m.h.g = 9,8 m/s
O corpo humano resiste até 1250 kgf.

m = Massa / h = Altura /g = Gravidade

14.2 EQUIPAMENTOS DINÂMICOS (COM ABSORÇÃO DE ENERGIA)

MATERIAL FQ
CORDA SEMI-ESTÁTICA 1
CORDA DINÂMICA 2

ABSORVEDOR DE ENERGIA 5
Tabela 3: Equipamentos e a Absorção de Energia

NR 35 – Trabalho em Altura
39

15 DESLOCAMENTOS HORIZONTAIS E VERTICAIS

15.1 TRABALHO COM DESLOCAMENTO RESTRISTO

O trabalhador deve ser protegido do risco de queda utilizando o talabarte de forma a


limitar taldeslocamento, impedindo que o mesmo alcance o local de perigo passível de queda.

Imagem 34: Deslocamento Restrito

15.2 TRABALHO COM DESLOCAMENTO CONTROLADO

O trabalhador deverá estar protegido utilizando cinto de segurança conectado a


um trava-queda ou talabarte em caso de linha de vida horizontal.

Imagem 35: Deslocamento Controlado

NR 35 – Trabalho em Altura
40

15.3 SUSPENSÃO INERTE

Situação em que um trabalhador permanece suspenso pelo sistema de segurança,


até o momento do socorro.

Imagem 36: Suspensão Inerte

16 NOÇÕES DE RESGATE

16.1 MACA ENVELOPE

A maca Sked é confeccionada com material plástico flexível, altamente resistente à


abrasão, ao calor e a agentes químicos. A maca surgiu para atender as necessidades de
caçadores americanos que precisavam transportar a caça de grande porte (veados, alces,
caribus, etc.) pelas ladeiras geladas do estado americano do Oregon.
Atualmente é usada para resgatar pessoas em ambientes agrestes, em ambientes
industriais (especialmente em espaços confinados) e para uso militar.

Imagem 37: Maca Envelope

NR 35 – Trabalho em Altura
41

16.1.1 Condições de uso

A maca foi utilizada em dez simulados de resgate em ambiente industrial, sendo seis
em espaços confinados, três em estruturas industriais elevadas (a céu aberto) e uma vez em
uma ponte rolante. Esses simulados visaram produzir condições semelhantes a um resgate
real.
Em todos os simulados a maca foi usada para transportar pessoas. Não usamos
bonecos. Com isso foi possível avaliar o seu desempenho quanto ao conforto e proteção que
ela oferece à vítima.
Apesar de não ter sido utilizada em situações reais de resgate, os treinamentos e os
simulados nos deram uma boa ideia da sua eficiência e das suas limitações.
A maca também acompanhou atividades em ambientes agrestes como equipamento de
emergência, mas não foi usada.

Praticidade:

A maca é de fácil transporte. É leve, compacta (quando enrolada e armazenada) e é


fácil de ser transportada por causa das alças da sua mochila. Ela é menos prática nos
momentos de armá-la e guardá-la.
Essa maca é muito versátil. Ela pode ser usada em diversas situações e em diferentes
ambientes. Resgates em montanha, em ambiente urbano, em ambiente industrial, em
ambientes confinados e pode, até mesmo, ser usada para resgates na água.
Às vezes ela recebe críticas por ser comparada com modelos especializados, e é
verdade que para algumas situações podem existir macas mais apropriadas pelo grau de
especialidade. No entanto, nenhum modelo é tão versátil como a Sked.
Se o grupo de resgate não puder adquirir mais de um modelo de maca, é recomendável
optar pela Sked, que atenderá a várias situações.

NR 35 – Trabalho em Altura
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16.2 COLAR CERVICAL

Imagem 38: Colar Cervical

16.2.1 Objetivos

Imobilização da coluna cervical de uma vitima de trauma, mantendo a tração e o


alinhamento da cabeça, evitando o agravamento de eventuais lesões.

16.2.2 Colocação do colar cervical

Indicações:
 Mobilização de vitimas traumatizadas com depressão neurológica(ECG < 14).
 Lesão neurológica em vitima de trauma.
 Vitima com traumatismo acima do andar superior do tórax..
 Vitima encarcerada.
 Vitima de queda > 3 metros.

Notas:
 Para realizar corretamente esta técnica são necessários 2 elementos.
 Devem ser evitados movimentos desnecessários.
 Durante a realização desta técnica deve ser mantida tração e alinhamento da
cabeça da vitima.
 Antes da colocação do colar cervical ou quando da sua substituição, o elemento
responsável deve avaliar a região cervical da vitima , no seu aspecto anterior e lateral e deve
também avaliar e pesquisar qualquer dismorfia ou hipersensibilidade da coluna cervical
(inspeção / palpação).

NR 35 – Trabalho em Altura
43

 O colar cervical não deve ser retirado enquanto não estiver excluída lesão
cervical.
 Os passos da aplicação do colar cervical dependem do tipo de colar e das
instruções de colocação. No entanto deve-se optar pela utilização de um colar de duas peças e
de quatro apoios (tipo Necloc).

Técnica:
 O 1ª elemento coloca-se junto da cabeça da vitima, posicionando as mãos de
cada lado da cabeça da vitima. A imobilização da cabeça deve ser efetuada com ambas as
mãos, colocando o 2º ao 5º dedo e palmas da mão sob a região occipital e cada um dos dedos
polegares na região tem poro-mandibular. Deve manter ligeira tração cefálica (com a cabeça
da vitima em posição neutra) e o alinhamento da coluna cervical segundo o eixo nariz,
umbigo, pés.

 Se a vitima estiver consciente o 1º elemento explica à vitima para não mover a


cabeça nem o pescoço, e o procedimento que lhe vão efetuar.
 O 2º elemento retira suavemente os adereços do pescoço para que estes não
interferiram com o colar cervical.
 O 2º elemento determina o tamanho ideal do colar cervical a colocar. Avalia o
tamanho do colar medindo a distância do mento á base do pescoço com uma das mãos em
posição transversal, avaliando o número de dedos que separa essa distância.
 O 2º elemento determina no colar a distância entre o topo da fita de velcro e a
margem que pousa na base do pescoço.
 Mantendo a cabeça imobilizada pelo 1º elemento, o 2º elemento coloca o colar
cervical. Inicia pela metade anterior do colar deslizando-o do tórax para o pescoço
encostando-o ao mento da vitima. Em seguida passa suavemente a fita por trás do pescoço

NR 35 – Trabalho em Altura
44

fixando-o no lado oposto na marca de referência do colar. Esta fita não deve fazer pressão,
serve apenas para posicionar a metade anterior do colar e libertar as mãos do 2º elemento.
 O 2º elemento coloca a metade posterior do colar cervical deslizando-a suavemente sob
o pescoço alinhando-a com a metade anterior.
 O 2º elemento coloca cada um dos dedos polegares na abertura traqueal da metade
anterior do colar, e com os 2º e 3º dedos de cada mão pinça as fitas de velcro de cada lado da metade
inferior do colar. Efetua uma ligeira tração para cima de ambas as fitas em simultâneo ao encontro da
metade anterior, prendendo-as.
Após a colocação do colar cervical deve ser verificado o correto posicionamento do mesmo,
tamanho e adequada imobilização.

17 SALVAMENTO EM ALTURAS

Definido como atividades de salvamento realizadas em locais elevados, podendo ser


no plano vertical, inclinado ou horizontal,
Devido ao nível de comprometimento que o profissional de Salvamento em Alturas
possui, é imprescindível recordar que, apesar de todos os conhecimentos teóricos e técnicos,
há de se ter experiência e bom senso, em virtude dos trabalhos serem realizados sob pressão
psicológica onde qualquer erro pode ser fatal.

Imagem 39: Simulação de Salvamento em Altura

Não agravar as lesões:

Em muitos casos, é mais importante a qualidade no atendimento e a correta


manipulação do acidentado (imobilização, contenção de hemorragia, prevenção de choque,...)
do que a rapidez. Primeiro afastando-o do perigo sem submetê-lo a novos danos, para que

NR 35 – Trabalho em Altura
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adiante seja realizada a estabilização da vítima e para que seja possível a aplicação dos
primeiros socorros.

Avaliar o binômio risco/benefício:

Analisar friamente cada caso e procurar soluções simples e seguras, através de opções
alternativas, sem improvisações.

Revisar os sistemas:

Em operações de salvamento, a segurança é primordial (novamente percebe-se a


redundância)e antes que qualquer operação seja iniciada, todo o sistema deve ser revisado. Se
as montagens são simples e estão ordenadas, não haverá perda de tempo, que em alguns
casos pode ser fatal.

Simplicar:

O conhecimento e domínio das técnicas de salvamento em alturas não nos obrigam a


usar todas elas. Há ocasiões em que com uma solução simples evitamos uma manobra
complicada.

17.1 CONDIÇÕES BÁSICAS PARA A REALIZAÇÃO:


 Controle emocional próprio;
 Controle da situação;
 Controle dos materiais;
 Controle de vítimas;
 Executar as atividades com convicção do que está fazendo;
 Dispor os materiais em local seguro e de fácil acesso.

NR 35 – Trabalho em Altura
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17.2 FASES TÁTICAS

Fase prévia:

Nesta fase deve-se reunir o maior número de informações possíveis através de contatos
prévios com pessoas que possam trazer informações valiosas acerca do local e do tipo de
sinistro, como:
 Altura;
 Natureza da ocorrência;
 Número de vítimas e grau de lesão;
 Idade das vítimas;
 Hora do acidente;
 Lugar exato, ou o mais aproximado possível.

Uma vez no local da ocorrência, de acordo com a imposição da situação, devemos ser
muito rigorosos nos seguintes pontos: reconhecimento, preparação, salvamento e
desmobilização. Posto que o tempo corra contra a equipe de salvamento, o que pode agravar o
perigo para a vítima e para os bombeiros, devemos reduzir os imprevistos, e se eles não
surgirem, será o sinal de uma boa preparação técnica e de um bom planejamento.

Reconhecimento:

 Análise das informações: complementando a Fase Prévia, devemos confirmar as


informações levantadas anteriormente, pois informações mais confiáveis e sem distorções são
mais facilmente levantadas in loco. Confirmamos o número de vítimas, localização,
gravidade, nível deconsciência, dentre outros;
 Necessidade de reforços: confirmadas as informações e tendo uma idéia do espaço
de trabalho, deve-se avaliar a necessidade de reforços e comunicar tal necessidade
imediatamente, para que a ajuda seja enviada o quanto antes;
 Levantamento de riscos: refere-se a riscos inerentes ao serviço de salvamento em
alturas, como eletricidade, fogo, produtos tóxicos, explosivos, pontos de ancoragem, arestas
vivas, superfícies abrasivas, dentre outros;

NR 35 – Trabalho em Altura
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 Plano de Ação: após confirmar todas as informações acerca do sinistro, devemos nos
ater às decisões a serem tomadas sobre o desenvolvimento da atuação da equipe. Há
diferenças técnicas e níveis de exigências diferenciados entre um salvamento de vítimas e a
busca a um cadáver, por exemplo.

Preparação:

 Montar um primeiro acesso à equipe de salvamento, que possa avaliar a vítima e


prestar os primeiros socorros, além de estimar a necessidade de uma equipe de APH para sua
estabilização e posterior transporte;
 O Plano de Ação deve ser bem estruturado, porém deve ser flexível diante de
situações inesperadas que exijam modificações no plano original.
 Preparar recursos humanos: dependendo do número de vítimas e da natureza do
sinistro, necessitaremos de reforço, com pessoas de diferentes níveis de formação e
especialização, que devem ser instruídos quantos aos procedimentos durante a ação de
salvamento;
 Disponibilizar materiais necessários para a proteção da equipe de salvamento, como
equipamentos de proteção respiratória, capas de aproximação, protetores auriculares, além de
equipamentos de uso coletivo: iluminação, escoras, material de sapa, dentre outros;
 Adequar-se ao local e eventualidades da ocorrência: refere-se a recursos que
previsivelmente serão necessários como: rádios para comunicação, iluminação para a noite,
proteção contra fogo, proteção contra desabamentos, dentre outros.

Salvamento:

 Mentalizar claramente a montagem do sistema e os possíveis acidentes, antecipando-


se a eles;
 Escolha e montagem dos pontos de ancoragem;
 Montagem dos sistemas de descenção, transposição ou içamentos de vítimas;
 Comodidade de acesso para quando a vítima se encontrar fora de perigo;

NR 35 – Trabalho em Altura
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 Uma vez que tenhamos acesso à vítima, devemos avaliar a sua situação e verificar a
necessidade de uma equipe de APH ou se a operação se resume em retirá-la do local de
perigo. Importante ressaltar o apoio psicológico que a vítima deverá receber por parte da
equipe de salvamento durante todo o desenrolar da ocorrência;
 Disponibilizar equipamentos de evacuação de vítimas (triângulo, peitoral, macas);
 Por fim, realizaremos a descenção, transposição ou içamento das vítimas. É de
grande importância a comunicação entre os resgatistas de cima, de baixo e os que
acompanham a vítima.

Montagem dos sistemas de descenção, transposição ou içamentos de vítimas:

 Comodidade de acesso para quando a vítima se encontrar fora de perigo;


 Uma vez que tenhamos acesso à vítima, devemos avaliar a sua situação e verificar a
necessidade de uma equipe de APH ou se a operação se resume em retirá-la do local de
perigo. Importante ressaltar o apoio psicológico que a vítima deverá receber por parte da
equipe de salvamento durante todo o desenrolar da ocorrência;
 Disponibilizar equipamentos de evacuação de vítimas (triângulo, peitoral, macas);
 Por fim, realizaremos a descenção, transposição ou içamento das vítimas. É de
grande importância a comunicação entre os resgatistas de cima, de baixo e os que
acompanham a vítima.

17.3 IMOBILIZAÇÃO DE UMA VÍTIMA NA MACA

Se as condições de saúde da vítima não exigirem a imobilização da coluna cervical, a


preparação da maca Sked é simples, principalmente se o içamento ou a descida puderem ser
feitos com a maca na posição horizontal. Nesse caso é necessário o fechamento de seis tiras e
a instalação de duas grandes fitas de náilon (acessórios da maca).
Se a maca tiver que ser transportada na posição vertical, é necessária a instalação de
uma corda (acessório da maca), que vai passando da cabeça até próximo aos pés através dos
vários orifícios da Sked.
Mais elaborada é a preparação da maca quando a vítima precisa ter a coluna
imobilizada. Nesse caso, é necessário usar, em conjunto com a Sked, um imobilizador de
tronco e cabeça (Oregon) ou uma prancha rígida. Esse procedimento é um pouco mais

NR 35 – Trabalho em Altura
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demorado porque a vítima precisa ser imobilizada primeiro com o Oregon ou com a prancha,
para depois ser colocada na maca.
Todos os procedimentos são rápidos se executados por pessoas treinadas. Mesmo os
procedimentos mais elaborados não exigem mais do que alguns minutos para serem
concluídos.

Imagem 40: Procedimentos de Resgate com Maca

Desconforto:

Não há conforto para uma pessoa que está toda imobilizada, impotente para se
autoproteger, amarrada a uma estrutura rígida, e se for uma vítima real, ferida. Mas se
comparada com outros modelos de maca, a Sked, como todos os outros modelos que
envolvem a vítima (ex. macas de cavernas), não é confortável.
No momento em que a maca é suspensa, e o peso da própria vítima tenciona a corda e
as fitas, estas fazem as paredes da maca pressionar o corpo da pessoa, causando, algumas
vezes, desconforto. Por isso, é preciso muito cuidado na preparação da maca para não agravar
essa situação.

Para não agravar os desconfortos fique atento ao seguinte:


 Prepare a maca corretamente, tomando o cuidado de instalar a corda ou as fitas nos
lugares certos;
 Se a vítima estiver consciente, fique atento às queixas da pessoa sobre os

NR 35 – Trabalho em Altura
50

desconfortos da maca, para tentar corrigi-los;


 Quando a maca já estiver suspensa, aguarde um instante, para avaliar o conforto da
vítima antes de iniciar a manobra de descida ou subida;
 Deixe frouxas as tiras da maca em todos os momentos do resgate em que a vítima
não estiver sendo transportada;
 Só ajuste as fitas da maca no último momento antes de começar o transporte.
 Se a maca tiver que ficar mais do que alguns minutos suspensa, é conveniente o
acompanhamento de um atendente para fazer uma avaliação constante do estado da circulação
sanguínea da vítima.

Proteção:

A maca envolve parcialmente o corpo da vítima, o que lhe dá proteção,


principalmente quando o resgate exige arrasta-la por passagens estreitas.
A prancha rígida, quando é usada em conjunto com a Sked, pode aumentar o volume
da maca, por causa da sua largura (se seguir as medidas padrão). Ao mesmo tempo, baseado
no depoimento de pessoas que serviram de vítimas nos simulados, o uso do Oregon ou da
prancha, gera mais estabilidade, proteção e sensação de segurança para a vítima, além de
garantir a perfeita imobilização da coluna.

18 PRIMEIROS SOCORROS - SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA

São cuidados prestados ao acidentado nos primeiros momentos, até que o tratamento
médico ou cirúrgico possa ser feito.

18.1 ASPECTO LEGAL

Desde que não haja risco pessoal, todo o cidadão deve prestar assistência a vítima de
acidentes. Artigo 135 do Código Penal.

NR 35 – Trabalho em Altura
Imagem 41: Primeiros Socorros

18.2 PREVENÇÃO DE ACIDENTES LEVES OU GRAVE

 Manter a calma trabalhando com rapidez e segurança;


 Manter o paciente tranqüilo e confortável evitando movimentos desnecessários;
 Dar valor a extensão da lesão;
 Dar atenção ao estado de choque ou a uma hemorragia e depois preocupar-se com
fraturas e contusões;
 Não dar bebidas à pessoas inconscientes;
 Nunca mover um fraturado sem antes imobilizar o local fraturado, manter curiosos à
distancia;
 Manter curiosos à distancia;
 Providenciar com urgência socorro médico.

18.3 FERIMENTOS

É a ruptura dos tecidos da pele sob a ação de um agente mecânico e podem ser:

INCISO
Corte sem sofrer pressão, faca, gilete etc.

Imagem 42: Corte de Gilete

NR 35 – Trabalho em Altura
CONTUSO
Corte causado por pressão, quedas, pancadas.

Imagem 43: Pancada

PUNTIFORME
Agentes penetrantes, prego, projétil.

Imagem 44: Perfuração por Pedaço de Madeira

ESCORIANTES
Dilaceração da superfície da pele, atrito.

Imagem 45: Dilaceração da Punho

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18.3.1 Cuidados

Antes de iniciar o curativo, deve-se lavar bem as mãos com água e sabão, passar um
desinfetante como o álcool, deixar que sequem sem usar pano ou toalha. Usar material
esterilizado se possível. Você estará causando morte aos micróbios.

Imagem 46: Higienização das Mãos

18.4 ABORDAGEM INICIAL DO ACIDENTADO

 Avaliação do Estado Neurológico


 Pergunte-lhes: Seu Nome, O que Aconteceu ?
 Importa conhecer o estado neurológico do paciente, para se apreciar a estabilidade de
seu quadro.

 Se a vítima não responder:
 Examine as vias aéreas.
 Se as vias aéreas estiverem obstruídas por: sangue, vômito, queda da língua ou
corpos estranhos, desobstrua.
 Garantindo imobilização da coluna cervical.
 Verificação da respiração: respiração ausente, inicie a respiração artificial.

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Imagem 47: Respirador Artificial

18.5 RCP – REANIMAÇÃO CARDIO PULMONAR

 Corpo estranho;
 Afogamento;
 Choque Alérgico;
 Envenenamento por ingestão de sedativos, produtos químicos ou medicamentos;
 Soterramento (Sufocamento);
 Gases e Fumaças;
 Reanimação Cárdio-Pulmonar;
 Quando uma pessoa perde os sentidos, sua cabeça cai e o maxilar recua.

Imagem 48: Maxiliar para Frente

 Manter o canal respiratório aberto;


 Segurar a cabeça da vítima entre as mãos e empurrar o maxilar para frente com os
dedos;
 Puxar o maxilar com o dedo polegar no canto da boca.
 Respiração artificial Boca a Boca;
 Se não houver pulsação? Realize compressão Cardíaca.

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Imagem 49: Postura Correta de Realizar o RCP

Ressuscitarão com 1 (um) ou 2 (dois) Socorristas:


a) 1 Socorrista: duas aerações por 15 (quinze) compressões.
b) 2 Socorristas: uma aeração por 5 (cinco) compressões.

18.6 OS 10 MANDAMENTOS DO SOCORRISTA

1. Mantenha a calma.
2. Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando você estiver prestando
socorro:
 Primeiro eu (o socorrista);
 Depois minha equipe (incluindo os transeuntes);
 e por último a vítima.

3. Isto parece ser contraditório a primeira vista, mas tem o intuito básico de não
gerar novas vítimas.
4. Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao atendimento pré-hospital de imediato
ao chegar no localdo acidente.
5. Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no
acidente.
6. Mantenha sempre o bom senso.

NR 35 – Trabalho em Altura
7. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos.
8. Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar lhe ajudarão e
se sentirão maisúteis.
9. Evite manobras intempestivas (realizadas de forma imprudente, com pressa).
10. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior risco
de vida como, por exemplo, vítimas em parada cárdio-respiratória ou que estejam sangrando
muito.
11. Seja socorrista e não herói (lembre-se do 2º mandamento).

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NR 35 - TRABALHO EM ALTURA (www.gov.br)

https://segurancadotrabalhonwn.com/wp-content/uploads/2015/11/permiss%C3%A3o-de-
trabalhoPT3.jpg

NR 35 – Trabalho em Altura

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