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UFPA/ITEC - O Transporte Complementar por Cooperativas na RMB: evolução, demanda versus oferta e desafios
RELATÓRIO TÉCNICO
Agosto/2020
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Texto para Discussão - 001
UFPA/ITEC - O Transporte Complementar por Cooperativas na RMB: evolução, demanda versus oferta e desafios
Ficha Catolográfica
É permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a
fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas.
1.Engenheira Civil, Dra em Engenharia de Transportes. Docente do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Pará,
Coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Mobilidade Territorial e Desenvolvimento Sustentável, Lider de Grupo de Pesquisa
CNPQ. Experiência profissional em Consultoria Senior e em Gestão Pública.
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UFPA/ITEC - O Transporte Complementar por Cooperativas na RMB: evolução, demanda versus oferta e desafios
SUMÁRIO
RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO............................................................................ 5
4 DESAFIOS E PROPOSTAS........................................................... 43
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................... 47
REFERÊNCIAS................................................................................. 48
ANEXOS
AGRADECIMENTOS
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RESUMO
Este Texto para Discussão (TD) teve como objetivo apresentar o
diagnóstico da situação atual do transporte complementar na
Região Metropolitana de Belém, sob um cenário operacional que
lhe dá o caráter de função pública de interesse comum e, os desafios
que isto implica para o seu arranjo em âmbito metropolitano. O
estudo tem caráter empírico, obedecendo aos princípios científicos
de execução de um trabalho descritivo-analítico, e de âmbito
extensionista, em matéria de participação da universidade. O estudo,
apontou para problemas de integração e gestão compartilhada, bem
como assinala um conflito de atribuições entre os estados, os
municípios e a União. O transporte complementar se mostrou essencial
para os seus usuários. Finalmente, estão destacados três grandes
desafios na RMB: i) a promoção do planejamento integrado dos
transportes na RMB, com senso de colaboração dos entes federativos;
ii) associar aos sistemas de transporte as atividades econômicas,
adotando o planejamento integrado entre transporte e uso do solo;
e iii) aplicar os preceitos da lei de mobilidade urbana, priorizando os
modos suaves (pedestres e ciclistas) e o transporte público.
ABSTRACT
This Text for Discussion (TD) aimed to present the diagnosis of
complementary transport current situation in Belem Metropolitan
Region, under an operational scenario that gives it the character of a
public service of common interest and the challenges that this
implies for its metropolitan arrangements. The study is empirical,
according to the scientific principles of running a descriptive and
analytical work, and extension framework in the field of university
participation. Results pointed out problems of integration, shared
management and marks a conflict of powers between the states,
municipalities and the federative government. Complementary
transport proved essential for its users. Finally, three major
challenges are highlighted in the BMR: i) the promotion of integrated
transport planning with collaboration sense of federal entities; ii) to
associate economic activities to transport systems, adopting
integrated planning between transport and land use; and iii) applying
the guidelines of urban mobility law, giving priority to soft modes
(pedestrians and cyclists) and public transport.
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1. INTRODUÇÃO
1Os principais avanços legais se referem à previsão, na Constituição Federal, dos capítulos que tratam da política
urbana, bem como da aprovação, em 2001, do Estatuto da Cidade (Lei Federal no 10.257), e a promulgação da Lei no
12.587, de 5 de janeiro de 2012, que instituiu a Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU).
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suas atribuições ao consórcio, qual seja, a promoção e a integração dos serviços nas
áreas que ultrapassem os limites de um município. Nesse sentido, pode-se julgar que o
grande marco relativo à prestação do serviço de transportes é, de fato, o
desenvolvimento dos consórcios públicos.
Estudo do Ministério das Cidades (BRASIL, 2006) já apontava para uma série de
falhas no setor público em reconhecer o caráter metropolitano e seus reflexos nas
políticas – ou ausência destas. O Quadro 1 traz um resumo dos problemas segundo uma
série de tópicos relacionados a STPP´s, em relação à falta de uma gestão integrada.
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A sege era um tipo de carruagem fechada, puxada por dois cavalos, caracterizada por possuir duas rodas grandes
e um assento.
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3 Esse código estabelecia que o serviço de transporte coletivo dependeria de licença da autoridade competente
(artigo 64). Estabelecia, ainda, que a regulamentação para a outorga da concessão dos transportes municipais e
intermunicipais eram competência dos Estados (artigo 65).
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25 de setembro de 1941) coube à DET a fixação das condições de exploração das linhas
e das tarifas e a fiscalização dos itinerários e da lotação dos veículos.
Nesse ínterim, foi criada em 1947, uma entidade de classe para congregar os
proprietários desses ônibus. Em 1957, a Associação dos Proprietários de Ônibus obteve
a Carta Sindical do SetransBel – Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de
Belém (rocha, 1968). Desde o seu início, a exploração do serviço de transporte coletivo
por ônibus em Belém obedeceu a fins lucrativos, visto que os ônibus representavam
fontes de renda para os seus proprietários. O crescente número de veículos que dia após
dia eram licenciados e autorizados a prestar o serviço em Belém, já preocupava os
proprietários de ônibus estabelecidos, que temiam uma queda nos seus lucros com a
concorrência desenfreada. Em 1952, Belém já contava com 52 linhas de ônibus, se
destacando a linha Belém-Marituba que ligava Belém a Ananindeua, Maguari e
Marituba.
O serviço era operado em regime de concorrência, não havia exclusividade na
exploração, nem na responsabilidade pelas linhas. O sistema de permissão para
exploração das linhas era o de concessão. Foi observado que a concessão não estava
condicionada à posse de um número elevado de veículos, havendo alguns
concessionários que eram proprietários de um único veículo. Além disso, a concessão
não tinha caráter de exclusividade, mesmo nos casos em que havia um concessionário
declarado responsável pela linha.
Diante da demanda crescente por transportes e a desorganização reinante no
trânsito, em 1956 foi posto em prática um Plano Diretor do Transportes – PDT que se
limitava, basicamente, a extinguir algumas linhas e reformular outras no sentido de
prolongar os seus trajetos, além de trazer uma ou outra regra de circulação. Vale
ressaltar que, nesta época, em meados da década de 1960, começaram a circular na
cidade as lotações. Esses veículos vinham sendo usados no Rio de Janeiro e Minas
Gerais, mas pelo fato de serem pequenos e ágeis causando transtorno ao trânsito,
tiveram seu uso proibido nessas cidades, sendo vendido para outras localidades,
inclusive pra Belém, que recebeu um grande número desses veículos.
O Decreto Federal nº 62.127, de 1968, instituiu o Regulamento do Código Nacional
de Trânsito, que estabelecia como competência de o município conceder, permitir ou
autorizar a exploração do serviço de transporte coletivo para linhas internas ao seu
âmbito territorial. Admitindo, também, que os municípios poderiam delegar, mediante
convênio, aos respectivos estados ou territórios a execução total ou parcial de suas
atribuições relativas ao trânsito e transporte4.
Um Estudo realizado pelo IDESP levantou dados significativos sobre o serviço de
transporte coletivo que operava em Belém, no ano de 1968. Segundo informação oficial
prestada pela DET, a frota era composta por 453 ônibus e 192 lotações, totalizando 645
coletivos (STIEL, 2001b). Tal frota possuía uma quantidade acentuada de veículos que
chegavam a atingir um período de utilização de até 22 anos, como era o caso de veículos
fabricados em 1946, os quais, assim como a maioria em circulação no período, eram de
madeira, de fabricação local. Apesar do problemas aoresentados nesses veículos, como:
a pequena dimensão, assentos desconfortáveis, espaço reduzido entre os bancos, altura
inadequada do teto, entre outros; eles continuavam a trafegar na cidade.
Havia por volta de 400 proprietários de coletivos registrados na DET, sendo a
grande maioria proprietários de apenas um veículo. Entre esses proprietários, havia
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Nas áreas de invasão, enquanto não havia atendimento de uma linha regular de ônibus,
usualmente as operadoras colocavam o Bagé5 para coletar os passageiros e levá-los até
um ponto servido por linha convencional.
Assim, ainda em 1979, são criadas algumas linhas para o atendimento das áreas
de expansão, a partir das informações reunidas pelo TRANSCOL. Em 1982, compunham
o sistema de transporte além das linhas existentes até 1979, 16 linhas criadas pelo
DETRAN/PA que atendiam a área de expansão e, ainda as linhas Marituba e Maguari-
Centro cuja gestão havia sido transferida da DET para o DETRAN, já que essas linhas
eram anteriormente consideradas intermunicipais. A ampliação das áreas de operação
das empresas foi efetivada sem que nenhum processo de concorrência ou mesmo de
avaliação das condições em que o serviço era prestado tivesse sido realizado. Em 1980,
a frota em operação no sistema de transporte era de 770 veículos, de propriedade das
18 empresas existentes.
Em 1988, a nova Constituição Federal determinou ser competência dos municípios
“organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços
públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial”.
Diante desse preceito constitucional, tanto a Constituição Estadual quanto a Lei
Orgânica do Município, ratificaram essa competência do município, o que levou à
criação da Companhia de Transporte de Belém – CTBel, através da Lei Municipal nº
7.475, de 28 de dezembro de 1989. Em abril de 1990, a Prefeitura Municipal de Belém
e o Governo do Estado, firmaram convênio para a transferência das responsabilidades
da EMTU para a CTBel. O documento que foi publicado no Diário Oficial do Município,
de 28 de dezembro de 1990, conferia à CTBel essa responsabilidade pelo prazo de 20
anos.
5 Bagé é um ônibus, em geral, sem bancos, que circula sem cobrança de tarifa.
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desenvolvido e que deveria ter unicidade com o BRT BR 316. Assim, em 2012, Governo
do Estado e Prefeitura se reuniram na tentativa de ajustes dos projetos, ligados a
algumas características na Av. Almirante Barroso para viabilizar a operação do BRT
metropolitano adentro da Av. Almirante Barroso e Centro.
A Prefeitura Municipal de Belém iniciou, ainda em 2012, o Processo de Licitação
para a elaboração de Projeto para implantação de um Bus Rapid Transit (BRT), com o
objetivo de implementar dois corredores de transporte urbano nas Avenidas Almirante
Barroso e Augusto Montenegro, totalizando 18,81 km. No bojo dessa contratação estava
previsto o desenvolvimento de Projeto Operacional dos Corredores BRT de Transporte
Coletivo de Passageiros, adequação à circulação do sistema de transporte dos
corredores BRT e elaboração dos critérios operacionais do Sistema.
O projeto em si frustra as expectativas do Estado de compatibilização de projetos
para a Almirante Barroso com a Prefeitura Municipal de Belém - PMB. A versão proposta
da Prefeitura, se contrapôs ao projeto do Estado em diversos aspectos, com diversas
desconformidades com o BRT 316 na Av. Almirante Barroso. À despeito da questão, as
obras são iniciadas em 2012 da forma como projetado pela prefeitura. Também, são
iniciadas obras na Av. Augusto Montenegro. Em determinado momento, em 2012,
cercada de questionamentos técnicos e jurídicos, as obras param, assim como, a
continuidade do projeto fica suspensa naquele ano.
O ano de 2013 marcou a virada política de Governo Municipal, e a RMB já contava
com o sistema de transporte coletivo com 169 linhas convencionais (considerando os
desdobramentos de itinerários, chegava à 268 ordens de serviço) e 1 linha seletiva,
operadas por micro-ônibus, ligando dois shoppings em Belém. Ressalta-se que, a
operação de linhas seletivas havia declinado durante a década de 2010, com
dificuldades de viabilidade econômica. O sistema convencional era operado por 40
empresas e apresentava uma frota metropolitana de aproximadamente 2250 veículos.
Com o projeto BRT Belém sob embargo jurídico, interrompido e, sob novo governo
municipal, ajustes técnicos foram necessários, como também, ajustes de natureza
jurídica e financeira, que alteraram a forma de implantação do sistema, como
condicionante externa para a retomada do projeto. Ao conjunto de acertos para a
continuidade do projeto BRT Belém, tem-se um Termo de Ajustamento de Conduta,
assinado em abril de 2013, tendo como atores a Prefeitura de Belém, o Ministério
Público Federal e o Ministério Público Estadual, assim como, em seguida as tratativas
com a Caixa Econômica Federal.
Em março de 2013, é retomado o pedido de financiamento do projeto do BRT
Centros e, em maio e junho de 2013 tem-se os preparativos e o lançamento da licitação
da Av. Augusto Montenegro, o projeto básico, concluído em fins desse ano. Em paralelo
à obra retomada do BRT Almirante Barroso e o processo licitatório do BRT Augusto
Montenegro, a Prefeitura de Belém parte para a ampliação do projeto buscando
financiamento complementares, ainda em 2013.
Em meados de abril de 2013, são lançados outros projetos diretamente pela
SeMOB/PMB, para abarcar:
i. A parte dos centros de Belém e de Icoaraci, que havia sido suprimida no projeto
da Prefeitura de 2012, quando da licitação dos corredores Almirante Barroso e
Augusto Montenegro.
ii. O corredor Centenário-Aeroporto-Centro, como proposta de sistema BRT;
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BRT para o sistema como um todo. O trabalho ocorreu durante o ano de 2015, inclusive,
com audiência pública da proposta final.
Em início de 2015, deram início simultaneamente as obras da Av. Augusto
Montenegro e do Terminal Mangueirão, dada a cessão da área do Complexo do Estádio
Estadual Jornalista Edgar Augusto Proença – “Mangueirão”, pelo Governo do Estado do
Pará, em abril de 2015. Na ocasião, houve necessidade de adaptação do projeto de
implantação do Terminal, uma vez que a área cedida diferiu da pretendida, ao longo dos
três anteriores, em virtude de Projetos Desportivos do Governo do Estado do Pará em
compromissos estabelecidos em paralelo com o Governo Federal, anterior ao ato de
cessão em si, havendo a necessidade de área para estacionamento para o Ginásio
Guilherme Paraense – “Mangueirinho”.
Em seguida, tem-se os projetos do Sistema Viário do Entroncamento ao
Mangueirão e do Terminal Mangueirão, com ajustes no acesso às plataformas do
Terminal Mangueirão, e a inclusão de escadas rolantes e elevadores. Em junho de 2015
tem-se assinada a contratação do BRT Centenário de uma parte de R$ 156 milhões, no
regime de empréstimo pelo FGTS, correspondendo somente ao trecho Aeroporto-
Centro da cidade. A outra parte, de R$ 106 milhões, do Aeroporto-Bairro, que havia sido
aprovada pelo OGU, não foi viabilizada em recursos pelo Governo Federal para a
implantação do projeto tal como aprovado. Esta situação impõe a necessidade de
revisão do projeto para viabilizar a parte do trecho pertinente ao FGTS, com a
funcionalidade desejada. Assim, o projeto é revisto e se integra o BRT Centenário ao BRT
Almirante Barroso na altura da estação Júlio Cesar, de uma ponta e, na outra ponta, ao
Aeroporto.
Os anos de 2014 e 2015 foram decisivos para a implantação do BRT Belém, em
que a equipe técnica do município, em parceria também com a equipe do BRT
Metropolitano – que tratava com os demais municípios da RMB - estiveram em trabalho
conjunto avançando na implementação do projeto de integração metropolitana, seja no
projeto das estações, do sistema viário, como também, nos avanços administrativos
necessários para viabilizar o consórcio metropolitano.
Paralelamente aos projetos das obras físicas, estudos e ações operacionais foram
realizadas pela SEMOB, em Belém, para preparar o sistema vigente de transporte para
um novo momento de sistema integrado de transportes, em que avanços precisavam
ser feitos para corrigir distorções de oferta e qualidade de serviço, saneando pendências
jurídicas, administrativas e operacionais. Assim, diante de aplicações de medidas
administrativas e operacionais necessárias à correção dessas distorções, o sistema
vigente de transporte foi reformulado, provocando transformações que refletiram na
organização dos operadores e na oferta de transporte coletivo.
O sistema de transporte coletivo da Região Metropolitana de Belém passava a
contar com 165 linhas convencionais (117 municipais e 65 metropolitanas), mantida a
única linha seletiva, operada por micro-ônibus. O sistema convencional era operado por
20 empresas e apresentava uma frota de aproximadamente 2160 veículos. Como pode
ser verificado, de 2013 a 2016, houve a redução da quantidade de ordens de serviço e
de empresas, fortalecendo a institucionalização das ordens de serviço em linhas titulares
de fato e não mais “puxadinhos” e, agregando o serviço em empresas, que se
adequavam às exigências legais e operacionais, com foco na qualidade de serviço.
Considerando a concepção do sistema BRT Rodofluvial, também, o transporte
complementar do Distrito de Mosqueiro foi reformulado, passando a ter um
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Pode-se dizer que a plena afirmação do serviço de transporte alternativo, por toda
a região, teve como marco o ano de 2003, com grande crescimento de cooperativas e
proprietários de vans e kombis, inclusive, com apoio político de parlamentares. Na
segunda maior cidade, Ananindeua, o serviço foi liberado pela Prefeitura, abrindo
precedente para os demais municípios da RMB na década de 2000, exceto em Belém.
Segundo o levantamento junto à diretoria geral das cooperativas, em 2010, a estimativa
era de 1.300 veículos de transporte alternativo circulando nas vias da grande Belém.
Dessa frota, apenas 879 estavam registrados e ligados às cooperativas que atuavam
nesta região. Havia 421 veículos que poderiam estar ligados às associações ou atuando
sozinho, o que prejudicava os demais operadores, mostrando uma péssima imagem do
transporte alternativo, gerando desconfiança por parte dos usuários. Por exemplo, no
bairro da Pedreira, os motoristas conseguiram, em junho de 2008, colocar para circular
uma frota de 22 veículos, o que já possibilitaria a criação de uma cooperativa neste
bairro.
O sistema era organizado em cooperativas, sendo registradas 18 cooperativas
em 2009, e por alguns operadores que se lançavam individualmente para o serviço.
Nas cooperativas havia uma administração composta pelo representante geral das
cooperativas, que possuía a função de organizar, distribuir as informações em geral,
acompanhar o andamento das cooperativas associadas e lutar pela legalização junto ao
poder público. Como característica marcante do transporte alternativo em Belém, se
tinha a flexibilidade das rotas, horários e preços que variavam com a distância do
percurso e o turno em que atuavam estas cooperativas, com atendimento apenas nos
horários e rotas de maior demanda e, ainda, sem respeitar a gratuidade e a meia
passagem.
No aspecto tarifário, dados do primeiro semestre de 2009, apontaram a existência de
valor mínimo entre as cooperativas da RMB de R$ 1,25, e após as 24h00, o valor de R$
2,00, podendo ser alterado conforme o local de destino do usuário e o turno de operação
deste serviço. Vale ressaltar que, na mesma época, a tarifa de ônibus era de R$ 1,75. Este
transporte fazia uso de terminais estabelecidos pelos operadores que se concentravam à
espera de usuários. A maioria desses terminais possuía “gerentes” e despachantes,
chamados de “prancheteiros”, que controlavam e organizavam a entrada e saída dos
veículos.
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25,00%
Sim
Não
75,00%
30
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11,76%
As vezes
47,06% Sim
Não
41,18%
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27,78%
Não
Sim
72,22%
1 a 5 idosos 49,32%
6 a 10 idosos 46,58%
11 a 15 idosos 1,37%
15 a 20 idosos 2,73%
1 a 5 estudantes 2,82%
6 a 10 estudantes 30,99%
11 a 15 estudantes 32,39%
15 a 20 estudantes 23,94%
21 a 35 estudantes 9,86%
5,56%
11,11% Maracacuera
33,33% Ananindeua
11,11% Tapanã
Mangueirão
Marituba
16,67% São Brás
22,22%
Figura12: Qual a melhor estação do BRT para integração (Belém e demais Municípios)
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7,70% 0,81%
8,92%
Trabalho
Escola/ Transporte de
filho
12,68% Saúde/ Posto Médico/
Consulta
55,21% Compras/ Negócios
Lazer
Outros: Particular
14,68%
Como pode ser observado na Figura 7, a maioria dos motivos de viagem são à
trabalho, coerente com o tipo de ocupação dos usuários, além da frequência de uso,
que está concentrada em todos os dias ou só dias úteis.
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Origens – DAMOS
Vila 44,78%
Paraíso 18,41%
Marahú 10,70%
Carananduba 0,25%
Destinos - DAMOS
Carananduba 54,84%
Vila 24,57%
Maracajá 14,89%
Marahú 4,95%
Mosqueiro/ BR-
0,25%
316
Origens - DAOUT
Outeiro 67,42%
Brasília 25,57%
36
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Origens - DAICO
Icoaraci
76,50%
Paracuri I 10,18%
São João do
7,19%
Outeiro
Cruzeiro 2,84%
Campina de
0,45%
Icoaraci
Destinos - DAICO
Icoaraci 43,51%
Cruzeiro 13,51%
Tenoné 8,11%
Agulha 9,46%
Paracuri I 1,35%
Origens – DABEN
Coqueiro 42,47%
Bengui 22,67%
Tapanã 18,78%
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Destinos - DABEN
Coqueiro 12,78%
Tapanã 12,59%
Bengui 6,58%
Satélite 4,14%
Cabanagem 0,94%
Origens -DAENT
Águas Lindas
Castanheira
Castanheira 4,70%
Destinos – DAENT
Castanheira 87,67%
Mangueirão 7,01%
Marambaia 2,01%
Val-de-Cães 1,53%
Souza 0,89%
38
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Origens -DABEL
Destinos -DABEL
Marco 8,98%
Origens - DÁGUA
Jurunas 67,86%
Canudos 19,16%
Condor 10,39%
39
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Destinos - DÁGUA
Guamá 24,00%
Jurunas 8,67%
Canudos 3,33%
Condor 2,00%
Figura 15: Origens e Destinos das viagens nos municípios de Ananindeua, Marituba e Benevides
40
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Nenhuma 2,28%
Outros 0,22%
Nenhuma 0,36%
Outros 0,04%
41
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Conforto 10,30%
Segurança 8,44%
Figura 18: Quais os pontos mais importantes da integração do complementar ao sistema BRT
Metropolitano?
Conforto 11,50%
Segurança 8,80%
Figura 19: Quais os pontos mais importantes da integração do complementar ao sistema BRT Belém?
42
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UFPA/ITEC - O Transporte Complementar por Cooperativas na RMB: evolução, demanda versus oferta e desafios
47,53%
42,62% 43,30%
38,01%
35,15% 36,09%
27,91% 28,41%
27,52%
24,58%
19,41% 19,60%
13,75%
12,72% 13,11%
9,42% 9,51%
7,84% 8,08% 8,49%
6,01% 6,56% 5,96%
5,33%
3,08%
Figura 20: Qual a sua avaliação de importância por modo de transporte na RMB?
50,87%
46,34% 47,51%
41,08% 41,63%
36,32%
26,56% 24,87%
24,82% 24,25%
18,77%
16,92%
14,44%
12,37%
10,87%
7,86% 8,58% 7,56%
6,54% 6,43% 6,97%
5,35% 5,54% 4,83%
2,71%
Figura 21: Qual a sua avaliação de importância por modo de transporte em Belém?
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4. DESAFIOS E PROPOSTAS
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Texto para Discussão - 001
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convencional de transporte por ônibus que, por sua vez, segue experimentando
vertiginosa evasão de demanda, ocasionando, inclusive, a extinção de determinadas
linhas de ônibus. Não houve mais como conter a situação, desdobrando-se na RMB a
“invasão” do transporte clandestino, com aspectos semelhantes ao ocorrido em outras
cidades brasileiras.
Crescimento 3 D em 2010: desordenado/descontrolado/desregulamentado: o serviço de
transporte cresce em meados da década de 2000, com o transporte alternativo
circulando nas vias da Região Metropolitana de Belém, havendo regulamentações nos
municípios. Em Belém, o serviço ressurge desregulamentado. Destes veículos, nem
metade da frota metropolitana estava registrada e ligada às cooperativas que atuavam
nesta região, os demais atuavam sozinhos, mostrando uma péssima imagem do
transporte alternativo, gerando desconfiança por parte dos usuários e do poder público.
O sistema era atrelado em cooperativas, tendo como característica marcante a
flexibilidade de rotas, horários e preços, que variavam com a distância do percurso e o
turno em que atuavam estas cooperativas, com atendimento apenas nos horários e
rotas de maior demanda e, ainda, com desrespeito às gratuidades e à meia passagem.
Este transporte fazia uso de terminais estabelecidos – muitos juntos às paradas de
ônibus – pelos operadores que se concentravam à espera de usuários. A maioria desses
terminais possuía gerentes que controlavam e organizavam a entrada e saída dos
veículos.
O transporte alternativo na RMB é uma realidade consolidada a partir de 2010-
2012 e, nos municípios em que são regulamentados, são organizados e politicamente
articulados. Porém, com situação crítica em Belém, como clandestinos, são desprovidos
de fiscalização e qualidade de serviço ou mesmo capacitação dos seus operadores, com
implicações tais como:
A necessidade de resolver o impasse existente quanto à regulamentação do serviço
em Belém, uma vez que ele existia de fato e cumpria cada vez mais um papel que
deveria ser do serviço convencional por ônibus regulamentado;
O transporte complementar participava de fato da matriz de transporte urbano na
RMB, com atuação intensa na periferia, respondendo nesse período por 30% da
preferência dos usuários nas viagens realizadas. O dilema se constituía pela perda
de mercado do transporte regulamentado, tendo cada vez mais espaço para este
tipo de transporte denominado “alternativo”, que carecia de regulação por parte
do poder público. O poder público sofria pressões do segmento empresarial do
setor, bem como dos orgãos de controle social para a organização do sistema.
Ordenamento, Controle e Regulamentação em 2020: o marco dessa década que ficará
para a história do transporte público na RMB são projetos para atender a população em
massa – BRT Belém e BRT Metropolitano - no bojo das premissas da Política Nacional de
Mobilidade Urbana. A partir da nova edição do PDTU em 2010 e, projetos subsequentes,
a integração dos modos de transporte urbano se fez necessária, com novos
investimentos do governo federal na RMB, e a inversão da matriz modal em termos de
prioridades aos pedestres, ciclistas e transporte público, provocando um novo desenho
dos espaços públicos dos municípios e das condições de mobilidade urbana. A
alimentação do BRT conta com as suas linhas integradoras e alimentadores e, em Belém,
tem-se a inserção do transporte complementar no projeto do BRT. Pela primeira vez, o
transporte complementar é visto como coadjuvante do processo de integração dos
transportes em Belém, sendo legalizado através da alteração do art. 147 da Lei Orgânica
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PROTOCOLO DE
ESTADO INTENÇÕES PREFEITURAS DA RMB
CONSELHO CONSÓRCIO
METROPOLITANO LEIS RATIFICADORAS PÚBLICO
ARCON (ALEPA/CÂMARAS) Empresa multifederativa
Operadores de
transportes Modos Suaves de
suplementares e Transporte
complementares Operadores do BRT
(Cicloviário, Fluvial)
RATIFICADORAS
(ALEPA/CÂMARAS)
Figura 23: Modelo Institucional de Gestão do Sistema Metropolitano de Transporte Belém em 2020
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melhor atendida pelo sistema troncal. Por outro lado, o sistema troncal também precisa
avançar nos investimentos tecnológicos, de integraçao tarifária e em aspectos físicos e
juridicos contratuais, para que esteja plenamente preparado para exercer a sua
funcionalidade.
Concluindo, espera-se que o sistema integrado de transporte metropolitano
avance para a praxis de gestão, que veja o transporte como investimento social e um
direito de todos. É dever do Estado em promover, uma forma de se ter justiça social e,
o que todo cidadão quer e precisa, de qualidade de vida.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
AGÊNCIA DE COOPERAÇÃO INTERNACIONAL DO JAPÃO – JICA/Governo do Estado do
Pará (1991). Plano Diretor de Transportes Urbanos. Região Metropolitana de Belém.
República Federativa do Brasil. Relatório Final.
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Número de viagens ao dia fora pico: Número de viagens ao dia fora pico:
Número de viagens ao dia fora pico: Número de viagens ao dia fora pico:
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------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Operador: Veículo:
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Dia: / / Hora: Cooperativa (SIGLA):_____________________________
Cobrador ______________________________
Há quanto tempo (ano) motorista e cobrador atuam no sistema? Motorista (___) Cobrador (___)
Do motorista:
Do veículo:
Km rodada: ________________________________________________________________________
Dados da viagem:
___________________________________________________________________________________
Qual o ponto (ou pontos de parada) mais carregado dessa viagem – endereço
___________________________________________________________________________________
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7. Qual (is) a (s) vantagem (ns) do transporte complementar em Belém? Até 3 opções: ( ) Nenhuma
( ) A passagem é barata ( ) Não espero muito tempo na parada ( ) Não me estresso com o trânsito ( ) Não preciso de outro veículo
para chegar ao meu destino ( ) Sempre viajo sentado ( ) Frota suficiente ( ) Passa perto de casa / trabalho ( ) Não tenho pressa de
chegar ao destino e vou observando a paisagem ( ) Outro: _______________________________
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BRAZ-ILHA
Rota: Av. Bloco 10, Av. Nossa Senhora da Conceição, Av. Paulo Costa, (Icoaraci) Estrada Velha
do Outeiro, Tr. São Roque, Av. Dr. Lopo de Castro
Trecho mais carregado: Av. Paulo Costa, Estrada Velha do Outeiro, Av. Dr. Lopo de Castro
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COOPERTEC
Rota de Ida: Rua São Domingos, Av. Celso Malcher, Rua Silva Rosado, Tv. Francisco
Monteiro, Av. Ceará, Av. José Malcher
Rota de Volta: Av. Cipriano Santos, Tv. Francisco Monteiro, Rua Silva Rosado, Av. Celso
Malcher, Rua São Domingos
Trecho mais carregado: Rua São Domingos, Av. Celso Malcher, Av. Cipriano Santos, Tv.
Francisco Monteiro
COOPERTRANIN
Rota: (Distrito Indústrial) Próximo a Rua Salvador- Av. Zacarias de Assunção, Estrada do
Maguari, Curuçamba, Conteiro do Paar, Complexo do Cidade Nova VI, Arterial 18,
Cidade Nova IV, Cidade Nova VIII, Cidade Nova IV, Arterial 18, Paar, Curuçamba
Trecho mais carregado: Av. Zacarias de Assunção, Paar, Cidade Nova IV e Cidade Nova
VIII
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COOPERTRAVAN
Rota: Distrito Industrial – Setor D – Lote 06 – Quadra 04, Rua Vitória, Av. Zacarias de
Assunção, BR-316, Entrocamento
Trecho mais carregado: Av. Zacarias de Assunção e BR-316
COOPTAUMA
Rota: Almir Gabriel, Br-316, Castanheira, Br-316, Almir Gabriel
Trecho mais carregado: Não informado
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COOPTRANSALTO
Rota Ida: (Brasília) Colégio Helder Fialho – Rua das Orquideas, Av. BL-10, Av. Nossa
Senhora da Conceição, Av. Paulo Costa, Estrada do Matadouro, Rua 08 de Setembro, Tv.
São Rogue, Rua Manoel Barata, Av. Lopo de Castro, Rua padre Júlio Maria, Tv. Berredos,
Rua 08 de Maio, Av. Augusto Montenegro, Estrada da Maracacuera, Conjunto
Residencial Quinta dos Paricás II.
Rota volta: Conjunto Residencial Quinta dos Paricás II, Estrada da Maracacuera, Av.
Augusto Montenegro, Rua 08 de Maio, Tv. Berredos, Rua Manoel Barata, Av. Lopo de
Castro, Estrada do Matadouro, Estrada Velha do Outeiro, , Av. Paulo Costa, , Av. Nossa
Senhora da Conceição, Av. BL-10, Colégio Helder Fialho – Rua das Orquideas.
Trecho mais carregado: Estrada Velha de Outeiro.
COOTAIC
Rota: Tv. Dr. Evandro Bona, Av. Franklin de Menezes, Av. Nossa Senhora da Conceição,
Av. Paulo Costa, Estrada do Outeiro, Conjunto paricas
Trecho mais carregado: Av. Dr. Lopo de Castro, Estrada do Outeiro, Av. Paulo Costa,
Rua Jader Barbalho
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COOTRABENCA-TUR
Rota: Estrada Yamada, Conjunto Catalina, Av. Centenário, Shopping Grão Pará,
Transmangueirão, Castanheira.
Trecho mais carregado: Av. Centenário, Transmangueirão
COOTRACBEL
Rota de Ida: Tv. Berredos, Rua 8 de Maio, Tv. Da Soledade, Rua Manoel Barata, Av. Dr.
Lopo de Castro, Rua 8 de Setembro, Av. Augusto Montenegro, Elevado do
Entrocamento, BR-316, 1° Retorno, Shopping Castanheira.
Rota de volta: Shopping Castanheira, Av. Augusto Montenegro, Tv. São Roque, Rua
Manoel Barata, Av. Lopo de Castro, Rua Padre Júlio Maria, Tv Berredos.
Trecho mais carregado: Av. Augusto Montenegro.
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COOTRALBE – TUR
Rota: Rod. Arthur Bernardes s/n ao lado da Brasilit, Tv. Haroldo Veloso, Rodovia do
Tapanã, Rua Yamada, Rua Ajax de Oliveira, Rua Betânia, Estrada do Bengui, Av. Augusto
Montenegro, Br-316.
Trecho mais carregado: Tv. Haroldo Veloso, Rua Yamada, Rua Ajax de Oliveira
COOTRANSBEL 1 (Paracurí-Castanheira)
Rota Ida: (Paracurí-Castanheira), 7ª Rua – 2 de Dezembro, Pass. Tarumã, Tv. Jutaí, Rua 2
de Junho, Rua Soledade, 2ª Rua – Manoel Barata, Rua Lopo de Castro, Rua 8 de
Setembro, Rod. Augusto Montenegro, Br-316, 1° Retorno, Shopping Castanheira.
Rota Volta: Shopping Castanheira, Rod. Augusto Montenegro, Tv. São Roque, 3ª Rua –
Rua Padre Julio Maria, Rua Soledade, 7ª Rua – 2 de Dezembro, Pass. Tarumã, Tv. Jutaí,
Pass. Uruá, 7ª Rua – 2 de Dezembro.
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COOTRANSALT-TUR
Rota: Paracuri 02, Rua Oito de Maio, Tv. Berredos, Rua Manoel Barata, Av. Dr. Lopo de
Castro, Av. Augusto Montenegro, Br-316
Volta: BR-316, Av. Augusto Montenegro, Tv. São Roque, Rua Manoel Barata, Rua Padre
Julio Maria, Tv. Berredos, Rua Oito de Maio, Paracuri 02
Trecho mais carregado: Av. Augusto Montenegro
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COOTRANSMAT
Rota: Conjunto Maguari - Av. Secundária - Alameda 17, Castanheira
Trecho mais carregado: Conjunto Maguari, Av. Augusto montenegro
COOTRAT
Rota: (de São Bras para Ver-o-Peso), Rua Deodoro de Medonça, Av. Gentil Bittencourt,
Tv. Barão de Mamoré, Rua Paes de Souza, Av. José Bonifácio, Av. Bernardo Sayão, Av.
Roberto Camelier, Rua São Miguel, Tv. Honório José dos Santos, Rua Eng. Fernando
Guilhon, Rua Arsenal, Rua Óbidos, Tv. de Breves, Rua Dr. Malcher, Praça do Relógio.
Rota: (de Ver-o-Peso para São Brás), Rua Dr. Assis, Rua Arsenal, Rua Eng. Fernando
Guilhon, Tv. Honório José dos Santos, Rua São Miguel, Av. Roberto Camelier, Av.
Bernardo Sayão, Av. José Bonifácio, São Brás.
Trecho mais carregado: Av. Bernardo Sayão.
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COOTRAJUR
Rota: (de São Bras para Ver-o-Peso), Rua Deodoro de Medonça, Av. Gentil Bittencourt,
Tv. Barão de Mamoré, Rua Paes de Souza, Av. José Bonifácio, Av. Bernardo Sayão, Av.
Roberto Camelier, Rua São Miguel, Tv. Honório José dos Santos, Rua Eng. Fernando
Guilhon, Rua Arsenal, Rua Óbidos, Tv. de Breves, Rua Dr. Malcher, Praça do Relógio.
(do Ver-o-Peso para São Brás), Rua Dr. Assis, Rua Arsenal, Rua Eng. Fernando Guilhon,
Tv. Honório José dos Santos, Rua São Miguel, Av. Roberto Camelier, Av. Bernardo
Sayão, Av. José Bonifácio, São Brás.
Trecho mais Carregado: Av. Bernardo Sayão.
COOTRANS-OUT
Rota Ida: (Saída de Outeiro), Av. BL-10, Av. Nossa Senhora da Conceição, Av. Paulo
Costa, Estrada do Matadouro, Rua 08 de Setembro, Tv. São Roque, Rua Manoel Barata,
Av. Lopo de Castro, Rua padre Júlio Maria, Tv. Soledade.
Rota Volta: Tv. Soledade, Rua Manoel Barata, Av. Lopo de Castro, Estrada do
Matadouro, Estrada Velha do Outeiro, , Av. Paulo Costa, , Av. Nossa Senhora da
Conceição, Av. BL-10.
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CTC
Rota: (Saída de Icoaraci), Tv. Berredos, Rua 8 de Maio, Tv. Da Soledade, Rua Manoel
Barata, Av. Dr. Lopo de Castro, Rua 8 de Setembro, Av. Augusto Montenegro, Elevado
do Entrocamento, BR-316, 1° Retorno, Shopping Castanheira.
Rota: (Volta para Icoaraci), Shopping Castanheira, Av. Augusto Montenegro, Tv. São
Roque, Rua Manoel Barata, Av. Lopo de Castro, Rua Padre Júlio Maria, Tv Berredos.
Trecho mais carregado: Av. Augusto Montenegro
CORDEIRO DE DEUS
Rota Ida: (Saída), Rua Duas Irmãs, Rua São Clemente, Rodovia do Tapanã, Av. Augusto
Montenegro, Elevado do Entrocamento, Br-316, 1° Retorno, Shopping Castanheira.
Rota Volta: Shopping Castanheira, Av. Augusto Montenegro, Rodovia do Tapanã, Rua
São Clemente, Rua Duas Irmãs.
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MF TRANSPORTES
Rota: (Benevides) Rod. PA-406 km 12, (Ananindeua) BR-316 Km 1
Trecho mais carregado: Não Informado
SHALLON
Rota: Maracaja, Vila, Chapéu Virado, São Drancisco, Carananduba, Sucurijuquara, Baia
do Sol
Trecho mais carregado: Carananduba
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TRANSMOSQUEIRO 3 (Circular)
Rota Ida: (Circular), Vila – Sétima Rua, Rua Siqueira Mendes, Rua Nossa Senhora do O,
Rua pratiquara, Rua 15 de Novembro, Rua 16 de Novembro, Av. Beira Mar (Chapéu
Virado), Rodovia PA-391, Portal Rotatória, Rodovia BL-19.
Rota Volta: Rodovia BL-19, Portal Rotatória, Rodovia PA-391, Av. Beira Mar (Chapéu
Virado), Rua 16 de Novembro, Rua 15 de Novembro, Rua Pratiquara, Rua Nossa Senhora
do O, Rua Siqueira Mendes, Sétima Rua.
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TRANSPAMTUR
Rota: (Paraíso) Rua Santana, Estrada Marahú, Praça Carananduba, Av. Beira Mar, Estrada
Cajueiro, Vila Nova, 16 de Novembro, Vila, Maracajá
Trecho mais carregado: Estrada do Cajueiro – Feira e Murubira
AGRADECIMENTOS
PARCERIA INSTITUCIONAL
Coordenação Geral
Profa Dra Maisa Sales Gama Tobias
Grupo de Mobilidade Territorial e Desenvolvimento
Sustetável na Amazonia – Faculdade de Engenharia Civil
Revisão
Carlos Adriano Gomes Pimenta – PIVIC/UFPA
Izabela Mendonça da Silva – PIVIC/UFPA
Paulinne Maysi Mastop do Rêgo – estagiária OCB/PA
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