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dy
Questão 1. Resolva a equação (x2 − 9) dx + xy = 0 no intervalo I = (3, +∞).
Escrevendo
d p 2
x − 9y = 0
dx
√
2
obtemos x − 9y = C, e portanto
C
y=√
x2 − 9
é a solução geral da equação no intervalo I.
∂f
= y(1 − x2 )
∂y
e
∂f
= cos(x) sin(x) − xy 2 .
∂x
1
2 PROF. FERNANDO REIS
A condição de contorno (ou valor inicial) y(0) = 2 nos fornece 22 (1 − 02 ) − cos2 (x) = C,
ou seja, C = 3. Portanto, a solução do p.v.i considerado é dada por
cos2 (x) + 3
y(x)2 = .
1 − x2
e
x2 [(1 + u)dx + x(1 − u)du] = 0.
Desde que x ̸≡ 0, obtemos a equação separável,
1−u 1
du + dx = 0,
1+u x
cuja solução é dada por
−u + 2 ln |1 + u| + ln |x| = ln c.
y
Lembrando que u = x obtemos a solução geral da equação inicial,
y y
− + 2 ln 1 + + ln |x| = C.
x x
dy
Questão 4. x dx + y = x2 y 2 .
Solução: Primeiro, note que, dividindo toda a expressão por x, a equação pode ser
reescrita como
dy 1
+ y = xy 2 .
dx x
EXERCÍCIOS DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS: UMA INTRODUÇÃO 3
dy
Questão 5. dx = 2 − 2xy + y 2 . Note que y1 (x) = 2x é uma solução particular dessa equação.
Solução: A equação
dy
(2) = 2 − 2xy + y 2
dx
é uma equação de Ricatti. Dada uma solução particular y1 de (2) e fazendo a substituição
y = y1 + w1 , obtemos a equação
dw
(3) + (−2x + 2y1 ) w = −1.
dx
Iremos verificar se y1 (x) = 2x é uma solução de (2). De fato, 2 − 2xy1 (x) + y1 (x)2 =
2 − 2x(2x) + (2x2 ) = 2 + 4x2 − 4x2 = 0. Além disso, dydx 1 (x)
= 2, ou seja, dydx
1 (x)
=
2 dw
2 − 2xy1 (x) + y1 (x) . Assim, podemos substituir o valor de y1 em (2) obtendo dx +
(−2x + 2(2x)) w = −1, ou seja,
dw
(4) + 2xw = −1.
dx
Essa última é uma equação linear. O fator integrante é dada por
2
R
2xdx
e = ex .
Assim, podemos reescrever (4) como
d x2 2
e w = −ex .
dx
Integrando em x obtemos
R x t2
−
Z x
2 2 x0 e dt + c
ex w = − et dt + c ⇒ w = .
x0 e x2
4 PROF. FERNANDO REIS
Questão 6. y = xy ′ + 12 (y ′ )2 .
y 2 = C(x2 + 4) − 2.
Questão 8. (1 + x2 + y 2 + x2 y 2 )dy = y 2 dx
1 + x2 + y 2 + x2 y 2 = x2 (1 + y 2 ) + 1 + y 2 = (1 + y 2 )(x2 + 1).
Assim,
(1 + x2 + y 2 + x2 y 2 )dy = y 2 dx ⇒ (1 + y 2 )(x2 + 1)dy = y 2 dx
(1 + y 2 ) 1
⇒ 2
dy = 2 dx.
y (x + 1)
Após um processo de integração obtemos
1
y− = arctan(x) + C.
y
EXERCÍCIOS DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS: UMA INTRODUÇÃO 5
dy 1 2x
Questão 9. 2 dx − y = y
Solução: Temos
2dy 2x 1 2x + 1
= + =
dx y y y
dy 2x + 1
⇒ =
dx 2y
⇒ 2ydy = (2x + 1)dx.
2y 2 2x2
Após um processo de integração obtemos 2 = 2 + x + C ⇒ y 2 = x2 + x + C.
dy xy+3x−y−3
Questão 10. dx = xy−2x+4y−8
Solução:
dy y(x + 2) − (x + 2) (y − 1)(x + 2)
= =
dx y(x − 3) + (x − 3) (x − 3)(y + 1)
y+1 x+2
⇒ dy = dx.
y−1 x−3
Podemos escrever
y+1 b
=a+
y−1 y−1
Obtendo a = 1 e b = 2. Analogamente,
x+2 B
=A+
x−3 x−3
Obtendo, A = 1 e B = 5. Assim,
y+1 x+2 2 5
dy = dx ⇒ 1+ dy = 1 + dx
y−1 x−3 y−1 x−3
Após um processo de integração, obtemos
y 2 dx + (x2 + xy + y 2 )dy = 0,
Questão 12.
y(0) = 1.
⇒ ydv + (v 2 + 2v + 1)dy = 0
1 1
⇒ 2
dv = − dy.
(1 + v) y
EXERCÍCIOS DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS: UMA INTRODUÇÃO 7
A última equação obtida acima é uma equação diferencial ordinária de primeira ordem
separável. Logo, após um processo de integração, obtemos
1
− = − ln(|y|) + C.
1+v
Lembrando que x = vy, ou ainda v = xy , encontramos a solução geral dada por
y = (x + y)(ln(|y|) − C).
Utilizando o valor inicial (ou condição de contorno) y(0) = 1 temos
y(0) = (0 + y(0))(ln(|y(0)|) − C) ⇒ 1 = 1 ln(1) − C ⇒ C = −1.
Isso implica que a solução do problema de valor inicial é dada implicitamente por
y = (x + y)(ln(|y|) + 1).
Questão 13. Se M (x, y), N (x, y) são funções homogêneas de mesmo grau k, mostre que
M (x, y)dx + N (x, y)dy = 0
pode ser transformada em uma equação separável através da transformação x = vy.
Solução : Temos
Z Z
(1 + ln x − 1) ln x
µ(x, y) = exp − dx = exp − dx
x ln x x ln x
Z
1
= exp − dx
x
1
⇒ µ(x, y) = .
x
item (c) Multiplique a equação (5) por µ(x, y) e verifique que essa nova equação
obtida é exata. Resolva essa equação.
∂m 1 ∂n
= = .
∂y x ∂x
Isso mostra que a equação 1 + xy dx + ln xdy = 0 (obtida de (5) após a multiplicação
pelo fator µ ) é uma equação exata. Para resolvê-la, consideremos uma função f tal que
∂f y ∂f
∂x (x, y) = m(x, y) = 1 + x e ∂y (x, y) = n(x, y) = ln x. Integrando a primeira equação
em relação a x, obtemos
f (x, y) = x + y ln x + g(y),
para alguma função g dependendo apenas de y. Agora, derivamos em relação a y, a
expressão obtida para f , ou seja,
∂f
(x, y) = ln x + g ′ (y).
∂y
Lembrando que ∂f ′
∂y (x, y) = n(x, y), podemos concluir que g (y) = 0. Isso implica, g(y) =
c, para alguma constante c ∈ R. Então,
f (x, y) = y ln x + x + c.
Portanto, a solução geral da equação
y
1+ dx + ln xdy = 0
x
é
x + y ln x + c = 0.
EXERCÍCIOS DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS: UMA INTRODUÇÃO 9
c) Multiplique a equação (6) por µ(x, y) e verifique que essa nova equação obtida é
exata. Resolva essa equação.
3x2 y 3 − x cos y = C.
dy
p
Questão 17. Resolva a equação x dx −y = x2 + y 2 .
p
Solução: Podemos reescrever a equação como (y + x2 + y 2 )dx − xdy = 0. Denotamos
p p
M (x, y) = y + x2 + y 2 e N (x, y) = −x. Note que M (tx, ty) = ty + (tx)2 + (ty)2 =
p
t(y + x2 + y 2 ) = tM (x, y) e N (tx, ty) = −tx = tN (x, y). Isso mostra que a equação é
homogênea. Realizamos a substituição y = ux na equação obtendo
p
(ux + (ux)2 + x2 )dx − xd(ux) = 0
p
⇒ (ux + x u2 + 1)dx − xudx − x2 du = 0
p
⇒ (u + u2 + 1 − u)dx − xdu = 0
p
⇒ ( u2 + 1)dx − xdu = 0
1 1
⇒ dx = √ du.
x 2
u +1
A última equação obtida é separável. Após um processo de integração, e lembrando que
u = xy , obtemos,
y y
ln x = sinh−1 (u) + C ⇒ ln x − C = sinh−1 ⇒ sinh(ln x − C) = .
x x
Portanto, a solução geral da equação é
y = x sinh(ln x − C).
Questão 18. Mostre que toda equação homogênea pode ser escrita na forma y ′ = F ( xy ), para alguma
função F .
y
Questão 19. Resolva a equação (x2 e− x + y 2 )dx = xydy.
EXERCÍCIOS DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS: UMA INTRODUÇÃO 11
y
Solução: Reescrevemos a equação como (x2 e− x + y 2 )dx − xydy = 0 e denotamos
y
M (x, y) = x2 e− x + y 2 e N (x, y) = −xy. Temos
ty y
M (tx, ty) = (tx)2 e− tx + (ty)2 = t2 x2 e− x + t2 y 2 = t2 M (x, y).
Analogamente,
ln x = eu (u − 1) + C,
y
onde C é uma constante. Portanto, lembrando que u = x , podemos obter a solução
y
geral da equação (x2 e− x + y 2 )dx = xydy dada por
y
x ln x = e x (y − x) + Cx.
∂M ∂N
(x, y) = − sin x − 2y = (x, y).
∂y ∂x
Isso mostra que a equação é exata. Buscamos por uma função f tal que ∂f
∂x = −y(y+sin x)
∂f 1
e ∂y = 1+y2 + cos(x) − 2xy. Integrando a primeira equação em x temos
onde C é uma constante arbitrária. A fim de resolver o problema de valor inicial (P.V.I),
encontramos o valor da constante C no caso da condição inicial y(0) = 1. Ou seja,
π
−1(1.0 − cos(0)) + arctan(1) = C ⇒ C = 1 + .
4
Portanto, a solução do P.V.I é
π
−y(xy − cos x) + arctan(y) = 1 + .
4
dy
Questão 21. Resolva a equação dx + y cot(x) = 2 cos(x).
Questão 22. Determine uma solução contı́nua para o problema de valor de contorno dado por
(1 + x2 ) dy + 2xy = f (x)
dx
y(0) = 0,
x, 0 ≤ x < 1
onde f (x) =
−x, x ≥ 1.
Solução: Desde que a equação é linear, encontramos o fator integrante dado por
2x
R
dx
µ=e 1+x2 = x2 + 1.
EXERCÍCIOS DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS: UMA INTRODUÇÃO 13
Caso 1) 0 ≤ x < 1
Nesse caso, temos f (x) = x, ou seja a equação é da forma
dy
(1 + x2 ) + 2xy = x.
dx
Multiplicando a equação pelo fator integrante µ, temos
d x2
y(x2 + 1) = x ⇒ (x2 + 1)y =
+ C,
dx 2
para alguma constante arbitrária C (Observe que a partir da equação inicial já po-
derı́amos ter escrito a equação na forma acima, sem precisar calcular o fator integrante).
Dada a condição inicial y(0) = 0, encontramos C = 0. Assim, a solução para esse caso é
x2
y= .
2(x2 + 1)
Caso 2) x ≥ 1 Agora, temos f (x) = −x e a equação se torna
dy
(1 + x2 ) + 2xy = −x.
dx
Analogamente ao caso anterior, reescrevemos essa equação como
d
((x2 + 1)y) = −x.
dx
E, após um processo de integração obtemos
−x2
y= C
.
2(x2 + 1) + x2 +1
Ou seja,
x2 −x2
C
lim = lim + 2
x→1− 2(x2 + 1) x→1+ 2
2(x + 1) x + 1
12 −12 C
⇒ = +
2(12 + 1) 2
2(1 + 1) 1 + 1
⇒ C = 1.
14 PROF. FERNANDO REIS
Observe que para C = 1, temos y(1) = 41 = limx→1− y(x) = limx→1+ y(x) = limx→1 y(x).
Portanto a solução
x2 , 0 ≤ x < 1
2
y(x) = 2(x +1) 2
−x 2 + 21 , x ≥ 1,
2(x +1) x +1
dy
Questão 23. Resolva a equação dx = y(xy 3 − 1).
Solução:
Observe que a equação pode ser reescrita como
dy
(7) + y = xy 4 ,
dx
a qual é uma equação de Bernoulli
y ′ + P (x)y = f (x)y n
2
Questão 25. Sabendo que y1 (x) = x é uma solução particular da equação
4 1
(10) y′ = − 2
− y + y2,
x x
encontre uma segunda solução.
Solução: A equação dada é uma equação de Ricatti
y ′ = P (x) + Q(x)y + R(x)y 2 ,
com P (x) = −4 x2
, Q(x) = −1
x e R(x) ≡ 1. Considere a função y = u + y1 , onde u é uma
função a determinar e y1 = x2 . Derivando y em relação a x obtemos
dy dy1 du −2 du
= + = 2 + .
dx dx dx x dx
Substituindo na equação (10) obtemos
2
−2 du −4 1 2 2
+ = 2 − +u + +u ,
x2 dx x x x x
ou seja,
du 4 1 du 3
= − u + u2 ⇒ = u + u2 .
dx x x dx x
Essa última equação é de Bernoulli, e através da substituição w = u−1 pode ser trans-
formada na equação linear
dw 3
=− w−1
dx x
cuja solução é w = −x3 (C − x4 ). Lembrando que w = u−1 e y = y1 + u, concluı́mos que
2
y = − x7 + Cx3 ,
x
é uma segunda solução para a equação (10).
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