Dicionário Geológico-Geromorfológico. remeter o leitor a uma ou mais fotos nos ensina
Antônio Teixeira Guerra. 8ª ed., Rio de a observar a paisagem. O que nem sempre é Janeiro: IBGE, 1993. 446 p. sabido pelos biólogos. A importância deste fato ISBN 85-240-0458-4 pode ser exemplificada com a facilidade com que Oliveira Castro, que também possuía bom Um dicionário com oito edições, algumas conhecimento de geomorfologia, definiu os delas com 8 mil exemplares, não pode ser uma criadouros do Anopheles darlingi, assunto que obra comum. tinha sido estudado por diversos pesquisado- O exame desta obra deixa a impressão de es- res sem nenhum proveito. tarmos diante de um livro didático. Mais ain- Não seria nada mal que cada biólogo e, prin- da, faz recordar uma disciplina há muito cipalmente, cada ecólogo possuísse e consul- abandonada: a lição de coisas, tantos são os tasse este dicionário quando tivessem dúvidas, assuntos abordados e esclarecidos. sobretudo sobre aspectos da paisagem. Diz-se que “nem só de pão vive o homem”. Comparando-se esta edição com as anterio- Aqui, também, nem só a Geologia e a res, nota-se que foram acrescentadas novas fi- Geomorfologia são estudadas. A Cartografia, a guras e trocadas outras. Hidrologia e a Economia estão colocadas ao Há de se destacar, nesta obra, a questão esté- alcance do leigo. Muito importante a extensa tica e o cuidado dos editores, pois, nas suas 446 discussão sobre a influência do homem atual páginas, são raríssimos os erros tipográficos. no modelado da superfície terrestre. Um exem- Está de parabéns a Divisão de Gráfica/Depar- plo citado é a cidade do Rio de Janeiro. Para tamento de Editoração e Gráfica do IBGE. não falar da erosão violenta provocada pelos desmatamentos. Todos muito bem documen- Mário B. Aragão tados por ótimas fotografias. Departamento de Ciências Biológicas O fato de o autor explicar um fenômeno e Escola Nacional de Saúde Pública
Avaliação Nutricional de Coletividade: métodos de diagnóstico nutricional de grupos
Texto de Apoio Didático. Francisco A. G. de Vas- populacionais. Inclui dentre seus objetivos a concelos Florianópolis: Editora da universidade possibilidade de uma melhor instrumentação Federal de Santa Catarina, 1993. 154 p., figs., tabe- teórica-prática de alunos de graduação em Nu- las, biblio. trição, nutricionistas e outros profissionais de saúde preocupados com a superação de um dos A recente publicação de livros como maiores flagelos da humanidade contemporâ- Community Nutricional Assessment (D. Jelliffe nea – a desnutrição e a fome. & E. Jelliffe, 1989, Oxford University Press) e Dividido em nove capítulos, o autor trabalha Principles of Nutritional Assessment (R. Gibson, os principais conceitos, significados, limitações 1991, Oxford University Press) trazem, sem e operacionalização dos conhecimentos básicos dúvida, inestimável contribuição à literatura da avaliação nutricional de coletividade. Ainda internacional sobre avaliação nutricional. que Avaliação Nutricional de Coletividade não se Ambos atestam a fundamental importância que proponha a ser um tratado como os dois volumes o tema representa hoje para o campo da Saúde acima mencionados, traz ao acervo bibliográfi- Pública, sendo consideradas pelos especialistas co nacional sobre a temática um texto atualizado, fontes de consulta obrigatórias. bem-documentado, claro e objetivo. Recentemente publicado no Brasil, o livro de No capítulo I, o autor introduz questões bá- Francisco Vasconcelos aborda, sob uma pers- sicas ao estudo dos indicadores do estudo pectiva essencialmente pedagógica, os diversos nutricional, visando subsidiar o leitor na iden-
Cad. Saúde Públ., Rio de Janeiro, 10 (2): 269-271, abr/jun, 1994 269