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Texto 1.“Casa mal-assombrada?


[...] então uma noite nós fomos ao chiqueiro que fica perto desta fazenda e escureceu muito
rapidamente porque estava ameaçando chuva., então o negócio era o seguinte., nós não vamos passar
perto da casa velha., sim... nós vamos passar perto da casa velha...sim…nós vamos passar perto da casa
velha… absolutamente não tem perigo.., está bom.., e foi aquela coisa.., uma pilha de crianças... sete
crianças.., eu e mais duas moças: vamos passar em frente da casa velha... e passamos... aí: vamos
entrar? vamos entrar.. e entramos…as crianças… apavoradas…mas ninguém com coragem de
demonstrar…nós não tínhamos nada…bom…começou realmente a chover porque estava ameaçando a
chover e um vento…sabe dessas coisas de cinema…aquele Morro dos ventos uivantes…o vento
batendo…as janelas batendo…aquela coisa toda…aí nós ficamos meio assim… vamos esperar passar a
chuva.., não sei mais o quê... está bom... ai sentamos no chão... ficamos contando histórias pras
crianças.., brincando.., de repente... nós escutamos um barulho... mas uma coisa assim... nós nos
olhamos... nos entreolhamos... e... alguém tem que saber o que está havendo... né... porque o barulho
não é normal... aí fomos ver.., as três juntas de mãos dadas... pálidas... brancas... só faltava os cabelos
estarem eriçados.., disfarçando pras crianças...dois cavalos entraram dentro da casa e começaram
a…ficar...ficaram desesperados…estavam presos…né? mas faziam um barulho ensurdecedor..mas não
foi nada de mais não…deu susto…deu…
(CALLOU, Dinah; LOPES, Celia R. (Orgs). A linguagem falada culta na cidade do Rio de Janeiro.
Rio de Janeiro: UFRJ/Capes, 1993. p.52-3. (fragmento)).

Texto 2

Foi durante as gravações do programa Os Normais, uma cena em que estavam eu, Luis Fernando
Guimarães, Fernanda Torres e Danielle Winits. Era um jantar e estávamos comendo um bobó de
camarão. Durante esse jantar, rolavam uns beijos, cada um falava uma coisa, e aí eu mordi um
camarão. Eu estava fazendo um tratamento dentário, estava com um dente provisório na boca e,
quando mordi o camarão, senti alguma coisa a mais que o camarão. Senti que o dente tinha saído, o tal
provisório. A cena rolando e eu arregalando o olho. Rapidamente, passo a mão na boca, escondo o
dente e continuo a falar com os outros e tal... apavorado com a situação. Terminou a cena, fui lá para
trás, encaixei o dente e voltei para gravar a próxima cena, que era uma briga das duas meninas. A
Danielle e a Fernanda brigavam no chão e eu tinha que pular em cima delas e separá-las. Quando eu
pulei, o dente também pulou fora. Eu, desesperado, abaixei a cabeça: "Separa, separa, não faz isso!" e
ficava procurando o dente, disfarçadamente. Pensei: "Meu Deus, será que a câmera pegou isso? Onde
está esse dente?" Ai, "corta, corta, a cena tinha ficado legal”. Ainda dei mais uma olhada e não achei
nada. A Fernandinha levantou sorrindo, com o cabelo todo despenteado, e, quando olhei pra ela, vi o
dente preso no cabelo, perto da orelha. Eu rapidamente tive presença de espírito: “Pô, Nanda, te
machuquei?” Passei a mão no cabelo dela pegando o dente…Ela nem sacou nada, ninguém sacou.
Recapturar o dente e só depois comentei com o Luís Fernando o que tinha acontecido. A gente riu
bastante. Foi uma típica cena de Os normais.
(MESQUITA, Evandro. In: Heringer, Arlete. (Org.) Paguei o maior mico. Rio de Janeiro: Ediouro,
2003. p.39-40)

Exercícios:

1. Quais os fatos apresentados em cada um dos textos?


2. Organize a sequência de acontecimentos relatados nos textos 1 e 2.
3. Quais as semelhanças e diferenças em relação à estrutura de cada um dos textos.
4. Quais as semelhanças e diferenças em relação à temática?

Definições do gênero:

Contexto de Circulação:

Interlocução:

Linguagem:

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