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Chiara Albino
Jainara Oliveira
(Orgs.)
Seriguela
Editora
Emoções, gênero e poder
Emoções, gênero e poder
(Catherine Lutz & Lila Abu-lughod)
Você tem permissão de compartilhar, copiar, distribuir e transmitir esta obra, desde que a cite a
autoria e não faça uso comercial
Editora Seriguela
Recife, 2023
www.editoraseriguela.com
editoraseriguela@gmail.com
@editoraseriguela
Qualquer discurso sobre emoção também
é, pelo menos implicitamente,
um discurso sobre gênero.
Catherine Lutz
O que precisamos saber é como discursos sobre
emoção, ou discursos emotivos [...] estão
implicados nos jogos de poder e na
operação de sistemas de hierarquia
social historicamente mutáveis.
Lila Abu-lughod
Sumário
9 Agradecimentos
25 Emoções generificadas:
gênero, poder e a retórica do controle
emocional no discurso norte-americano
Catherine A. Lutz
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Apresentação à
edição brasileira
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Chiara Albino e Jainara Oliveira
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Apresentação à edição brasileira
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Apresentação à edição brasileira
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Apresentação à edição brasileira
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Apresentação à edição brasileira
Referências
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Emoções generificadas:
gênero, poder e a retórica do controle
emocional no discurso norte-americano
Catherine A. Lutz
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Emoções generificadas: gênero, poder e a retórica
do controle emocional no discurso norte-americano
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Catherine A. Lutz
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do controle emocional no discurso norte-americano
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do controle emocional no discurso norte-americano
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do controle emocional no discurso norte-americano
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do controle emocional no discurso norte-americano
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Emoções generificadas: gênero, poder e a retórica
do controle emocional no discurso norte-americano
uma mulher diz: “Se você está ligado a uma família ... você
tem que usá-la para orientar como você controla suas
emoções.” Esta é a mesma mulher cujo problema de vida
central durante o período da entrevista foi lidar com a ex-
mulher e a família do seu marido, que moravam do outro
lado da rua. O contato regular e amigável entre marido e ex-
mulher a deixou muito infeliz, mas também insegura sobre o
que fazer. A ambiguidade sobre quem deve controlar ou
regular é o que fica evidente em sua descrição de uma
discussão que teve com o marido sobre o assunto.
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do controle emocional no discurso norte-americano
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do controle emocional no discurso norte-americano
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do controle emocional no discurso norte-americano
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Personalização
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1. Tempo presente
“Eu fico [ou estou] com raiva sempre que alguém fala comigo dessa
maneira.”
Outros
“Eu estava com muita raiva.”
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4. Negação
“Eu [ou ela] não estava com raiva”.
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do controle emocional no discurso norte-americano
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Catherine A. Lutz
Conclusão
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do controle emocional no discurso norte-americano
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Catherine A. Lutz
Notas
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do controle emocional no discurso norte-americano
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Referências
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poesia de amor beduína
Lila Abu-Lughod
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emotion.7
Neste capítulo, concentro-me nas emoções ou nos
sentimentos associados às relações entre homens e mulheres
em uma comunidade beduína no deserto ocidental do Egito,
particularmente nos discursos de “amor”. Meu argumento
prossegue por meio de uma estória de amor beduína. A
comunidade de beduínos sobre a qual escrevo faz parte de
um grupo conhecido como os Awlad 'Ali, que habita uma
área ao longo da costa mediterrânea do Egito, que vai do
oeste de Alexandria até a Líbia.8 Vivi nesta comunidade de
1978 a 1980, cinco anos depois a visitei durante um mês e, em
1987, voltei para cinco meses de trabalho de campo. Até
cerca de trinta e cinco anos atrás, aqueles que ainda viviam
no deserto ocidental ganhavam a vida pastoreando ovelhas,
cultivando cevada e organizando caravanas de camelos para
transportar tâmaras do oásis ao vale do Nilo. Eles estão agora
envolvidos em todo tipo de atividade, da antiga criação de
ovelhas aos mais novos cultivos de pomares, do contrabando
ao fornecimento de materiais de construção e à especulação
imobiliária. Eles costumavam viver em tendas. A maioria
deles agora vive em casas, embora eles ainda armem suas
tendas ao lado das suas casas e prefiram ficar nas tendas pelo
menos durante o dia. Eles costumavam montar em cavalos,
camelos ou burros; agora preferem caminhonetes da Toyota.
Embora estejam se sedentarizando, eles ainda se distinguem
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A paciência é difícil
para o meu coração, tão ferido recentemente. . .
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caiu morta.
Esta estória nos diz muito sobre a política do discurso
emotivo na sociedade beduína. Examinarei quatro aspectos
disto. Primeiro, há a questão dos pungentes poemas de amor
e suas relações com outros discursos beduínos sobre o
“amor”. Segundo, há o significado das reações à poesia do
rapaz e seu poder aparente. Terceiro, há a fita cassete. Na
conclusão, considerarei uma quarta questão: o contexto
específico em que esta estória foi narrada para a antropóloga.
Quando Fathalla quis expressar sentimentos de
amor, ele o fez através do meio tradicional e formulado da
poesia. A maneira como ele expressou estes sentimentos e o
meio através do qual ele o fez poderiam ser considerados
distintamente beduínos. Pode-se dizer facilmente que eles
foram moldados pela cultura em que ele vivia. Fathalla
expressou seus sentimentos dolorosos em um gênero de
poesia oral lírica que faz parte da vida cotidiana e é tão
apreciada pelos beduínos que acabei estudando-a em minha
primeira viagem de campo. Lembrando o haiku japonês em
seu tamanho e condensação de imagens, porém mais
parecido com o blues em tom emocional, esta é a poesia da
vida pessoal. Não é de forma alguma o único tipo de poesia
que os beduínos recitam. Eles têm muitos gêneros distintos
de versos longos rimados, geralmente compostos por
homens, muitas vezes especialistas, e recitados em reuniões
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A fita cassete
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Um discurso reempregado
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Notas
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Referências
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Sobre as autoras
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Catherine Lutz: Professora Emérita de Antropologia na Brown University. É
on a Micronesian Atoll and their Challenge to Western eory (1988); (ed. com
Lila Abu-Lughod) Language and the Politics of Emotion (1990); (ed. com Jane
the American 20th Century (2001); (ed. Cynthia Enloe) e Bases of Empire: e
Global Struggle against U.S. Military Posts (2009); (ed. com Anne Fernandez)
Carjacked: e Culture of the Automobile and Its Effect on Our (2010); e (ed.
Paranaíba.
Bedouin Society ([1986] 2016); (ed. com Catherine Lutz) Language and the
Saving? (2013).
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Seriguela
Editora
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