Você está na página 1de 2

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CENTRO DE CIENCIAS AGRARIAS

Curso de engenharia Florestal

A evolução do voo – a origem das aves

Rio Largo – AL
20197
O Planeta Terra como conhecemos hoje, passou por diversas mudanças ao
longo dos milhares de anos para se tornar habitável. Como exemplo disso, temos as
eras de gelo e as extinções em massa. Além disso, foram necessários alguns milhares
de anos, e a ação de seres vivos como as bactérias, para que o oxigênio se tornasse
presente na Terra, permitindo o início da expansão da diversidade no planeta. Isso foi
um ponto positivo para que plantas terrestres se estabilizassem no ambiente,
aumentando o oxigênio disponível, e permitindo que a “vida” saísse da água para
colonizar o ambiente terrestre.

Dentre os animais que conseguiram se adaptar em um determinado momento da


história na Terra, antes de serem extintos, podemos citar os dinossauros. Como
sabemos, existiram várias espécies destes, algumas delas carnívoras, herbívoras, com
um tamanho corporal maior ou com tamanho reduzido, e, em especial, as que
utilizavam as quatro pernas (tetrápodes) e aquelas que só utilizavam duas (terópodes).

Um exemplo terópode é a espécie Microraptor zhaoianus, que apresentava penas por


todo o corpo. Era uma espécie carnívora, sendo um dos menores dinossauros que já
viveram na Terra, e que demonstram uma estreita relação evolutiva entre as aves e
dinossauros, já que possuía longas penas em suas patas e cauda.
A origem das aves ainda é algo muito debatido no mundo acadêmico, e a teoria mais
aceita é a de que as essas teriam evoluído a partir de pequenos e ágeis dinossauros
terópodes, que com os milhões de anos adquiriram as penas e só depois aprenderam a
voar. Em relação ao surgimento das penas, nos dinossauros terópodes, acredita-se
que, em um primeiro momento, não surgiram para o voo propriamente dito, e sim
com uma função metabólica, como a regulação da temperatura corporal para manter
o corpo aquecido. Uma curiosidade sobre as penas, é que elas são distribuídas
assimetricamente no corpo dos animais, o que é muito importante nas asas que
possuem a função de voo, pois permite uma maior estabilidade do mesmo.
Quanto à origem do voo nos ancestrais das aves, duas teorias tentam buscar
explicações. A primeira é a teoria arborícola, ou top-down (de cima pra baixo), que
considera que os ancestrais das aves viviam no topo das árvores, e dessa forma
pulavam de galho em galho entre elas. Além disso, aqueles que conseguissem se
descolocar mais teriam uma vantagem na hora de fugir de predadores ou mesmo na
busca por alimento, e, os que possuíssem uma maior força e habilidade na hora de
planar teriam um sucesso relativamente maior. Um exemplo é o próprio Microraptor,
onde a partir de experimentos em laboratório, tentando reproduzir como era o voo
nessa espécie, viram que, por ser um animal escalador, saltava em busca de suas
presas. Outra inferência com o estudo foi o fato de que esses indivíduos conseguiam
alcançar distâncias maiores caso pulassem de perna fechada em relação à perna
aberta.
A segunda é a teoria terrícola, ou bottom-up (de baixo pra cima), onde afirma que os
ancestrais das aves eram na verdade corredores bípedes, e começaram a voar
correndo ou se impulsionando do solo. Isso pode ter sido tanto para que conseguissem
dar pequenos e rápidos saltos para escapar de predadores, ou mesmo para dar saltos
sobre suas presas, utilizando suas asas primitivas para capturá-las contra o solo ou
apenas derrubá-las no chão

Você também pode gostar