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A R L S - “OBREIROS DE HERMON” N.º 3.175


AV. HISTORIADOR RUBENS DE MENDONÇA, 5.560 – CEP: 78055-500
CAIXAPOSTAL 222 – BAIRROMORADA DA SERRA
OR DE CUIABÁ – ESTADO DE MATOGROSSO
JURISDICIONADA AO
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O QUE É SER APRENDIZ ADONHIRAMITA?

Cuiabá, 16 de Maio de 2017


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A R L S - “OBREIROS DE HERMON” N.º 3.175
AV. HISTORIADOR RUBENS DE MENDONÇA, 5.560 – CEP: 78055-500
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Ven.´. Mestr.´.
LL.:
Meus AAm.´. IIr.´.

O QUE É SER APRENDIZ ADONHIRAMITA?

Ser Aprendiz é saber ouvir, se atentar aos detalhes e estar em constante aprendizado, pois desde a
maçonaria Operativa, período em que a maçonaria estava diretamente ligada a arte da construção, o aprendiz era o
servidor dos mestres-de-obras, ele via e aprendia, e silenciosamente seguia as obras dos mestres, obedecendo-os e
cuidando de seus materiais de trabalho. O Aprendiz Maçom é a preparação da base para maçonaria, é a pedra bruta
que deve ser trabalhada com o malho e o cinzel para que suas arestas sejam aparadas e se torne uma pedra cúbica
que terá seu lugar na formação do Templo Maçônico que deve existir no interior de cada maçom.
Algo muito claro em que os AApr.’. devem se atentar é relacionado às perguntas expressas em nosso Ritual,
pois elas estão claramente impondo compromissos que nós, não só aprendizes, mas todos os Maçons, independente
de grau, devemos seguir. Esse trabalho será baseado em algumas dessas perguntas que serão descritas no decorrer
dessa peça de arquitetura.
Nossos compromissos já são impostos antes mesmo de nossa iniciação, pois durante nossa sindicância
muitas exigências nos são colocadas e só há continuidade à iniciação se o futuro Apr.’. se comprometer a cumpri-las.
Compromisso de frequência, condição financeira, crença num ser supremo, respeito à mulher e à família. Entre
outros.

Já em nosso ritual de iniciação nos deparamos com alguns questionamentos na Câm.’. de RRefl.’.,pag. 157
do Ritual está descrito: “CONHECE-TE A TI MESMO! / SE TENS MEDO, NÃO VÁS ADIANTE! / SE É CURIOSIDADE QUE
AQUI TE CONDUZ, RETIRA-TE! / SE QUERES EMPREGAR BEM A TUA VIDA, PENSA NA MORTE! / SE ÉS APEGADO AS
DISTINÇÕES MUNDANAS, RETIRA-TE, POIS AQUI NÃO AS CONHECEMOS! / SE FORES DISSIMULADO, FACILMENTE
SERÁ DESCOBERTO! / SE RECEIAS QUE DESCUBRAM OS TEUS DEFEITOS. NÃO ESTARÁS BEM ENTRE NÓS!”. Com base
neles, refletimos sobre nós mesmos e se realmente devemos seguir adiante, pois os questionamentos em questão
nos esclarecem quais deverão ser nossas intenções com a Maçonaria.

Na página 158 de nosso Ritual observamos cinco perguntas que estão ligadas diretamente aos
compromissos do Aprendiz Maçom: “1.QUAIS SÃO OS DEVERES DO HOMEM PARA COM DEUS? / 2.QUAIS SÃO OS
DEVERES DO HOMEM PARA COM A HUMANIDADE? / 3.QUAIS SÃO OS DEVERES DO HOMEM PARA COM A PÁTRIA?
/ 4.QUAIS SÃO OS DEVERES DO HOMEM PARA COM A FAMÍLIA? / 5.QUAIS SÃO OS DEVERES DO HOMEM PARA
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CONSIGO MESMO?”. Essa parte do Ritual deixa bem explicita a palavra “DEVER”, o que nos remete ao compromisso
a ser seguido e as nossas obrigações que são questionadas a nós AApr.’..
Dando continuidade a busca do que é ser Aprendiz Adonhiramita, observamos a “Cena da Traição”, a qual
demonstra que devemos saber dizer não às tentações que nos serão oferecida no decorrer de nossa caminhada, seja
na Maçonaria ou na vida profana. Além disso, esta cena também nos mostra que um Maçom não pode se acovardar
diante dos obstáculos e dificuldades que venham a acontecer.

Na página 184 de nosso Ritual podemos observar uma pergunta do Ven.’. Mest.’. ao 2º Vig.’. que se direciona
exclusivamente a nós AApr.’., “Em que trabalham os AApr.’.?” a resposta é “Em desbastar e esquadrejar a pedra
bruta.”, ou seja, a meu ver nosso objetivo é aprender para nos aprimorarmos, corrigir nossos excessos, saber conter
nossos desejos, cumprir com nossas obrigações impostas pela sociedade e por DEUS, buscar extinguir nossos vícios
e estar sempre disposto a ajudar ao próximo, para assim nos tornarmos pessoas melhores e Maçons dignos.

Uma exigência para o ingresso na Maçonaria é que devemos ser livres e de bons costumes, mas somos de
fato livres? Diante de nossa clara dependência à tecnologia, a fatores financeiros, até em certos vícios que talvez não
seja perceptível para nós e a uma clara censura, mesmo que velada, na sociedade, podemos nos considerar
totalmente livres? Considero uma boa pergunta para nós AApr.’. Maç.’., assim como a questão dos costumes, que é
um fator regional, ou seja, um bom costume na Índia, talvez não seja considerado bom costume no Brasil.

Uma passagem muito importante para nós AApr.’. está na fala do nosso Orad.’., descrita na página 215 de
nosso Ritual, onde dentre outras definições, não menos importantes, o orador diz que a Maçonaria é uma instituição
PROGRESSISTA e EVOLUCIONISTA, o que nos lembra que um Maç.’. deve estar em constante evolução, sempre
buscando progresso na Maçonaria. A fala do orador é reforçada pelo Ven.’. Mestr.’. na página seguinte com sua fala
“Senhores, ouvistes a leitura dos princípios que nos regem, concordais em segui-los?” e os futuros AApr.’. respondem
livremente, firmando assim um compromisso.

No questionário da pagina 220 o Ven.’. Mestr.’. pergunta: “Credes em um Ente Supremo?” e após a resposta
do iniciando há uma parte da posterior fala do Ven.’. que chama atenção, que é quando ele afirma que a crença no
Ente Supremo não se dá somente a convicção filosófica, mas também ao “selvagem”, que a meu ver, ele está se
referindo a fé, também como um sentimento instintivo e sem necessidade de explicação ou fundamento,
simplesmente acredita-se.
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Na página 222 de nosso Ritual é mencionado que há três deveres principais que devemos cumprir: “para
com DEUS, para com vosso semelhante e para convosco.” Concordo plenamente com o Ritual quando diz que o
dever do Apr.’. convosco é o nosso dever precípuo, pois se conseguirmos evitar a irregularidade e intemperança que
possam destruir nossas faculdades, abatendo ou diminuindo nossa dignidade, naturalmente atingiremos os deveres
com DEUS e com nosso semelhante.

O nosso juramento, mencionado na página 225, inicia-se com a frase “GUARDAR O SILÊNCIO MAIS
PROFUNDO” referindo-se a tudo o que se passou no ritual de iniciação, a meu ver essa frase deve lembrar ao Apr.’.
não somente a necessidade de guardar segredo de tudo que se passou, mas também faz-se uma menção a discrição,
que deve ser um atributo do Maçom.

Acho imprescindível e de grande importância citar a fala do Ven.’. Mestr.’. descrita na página 236 de nosso
ritual, que a meu ver fala por si só, dispensa explicações e diz: “Deveis saber que os atos de beneficência dos Maçons
não devem ser atos de ostentação e vaidade, que supram o orgulho de quem dá cubram de vergonha quem os recebe.
Nossos atos devem ficar sepultados em profundo segredo. Fazer a felicidade de alguém deve ter como únicas
testemunhas o céu e o coração.”.

Esse trabalho tem como objetivo mostrar que os AApr.’. necessitam ter em mente que a Perseverança,
Vigilância, Constância e Coragem devem ser atributos fundamentais de qualquer Maç.’. e a busca por evolução e
progresso na Maçonaria deve ser constante em nossa caminhada. No âmbito de nosso treinamento pro mundo que
real, o dito “profano”, Evolução traduz-se em trabalhar nas ações da Loja, assumir cargos e responsabilidades, buscar
conhecimento por meio de leituras e elaboração de peças de arquitetura, buscar conviver em harmonia com irmãos
que não comungam das nossas ideias e ideais.

Bibliografia:

1. http://www.revistauniversomaconico.com.br/vivencia-maconica/a-caminhada-do-aprendiz/
2. Ritual – 1º Grau – Aprendiz Maçom – Rito Adonhiramita

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