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GRAU 20
do R∴E∴A∴A∴
“Se não fosse as poeiras que ele ilumina, o raio de luz não seria visível”
André Vide.
Esperar que alguém faça algo por nós! Quantas vezes ficamos a esperar por aquilo que
podemos e devemos fazer em prol de nosso próprio crescimento e da coletividade onde
estamos inseridos. Muitas vezes cobramos atitudes de outros, atitudes que deveriam partir de
nós mesmos. Ficamos omissos! Por princípios fundamentados em um Juramento Solene e
Sagrado, o homem maçom, mais do que qualquer outro, tem que se envolver em diversas
questões de impacto na sociedade. Devemos estar conscientes de nossos deveres e
compromissados com o Progresso e a Evolução da Humanidade, buscando a reforma interior
e a responsabilidade solidária de nosso livre arbítrio, tão bem fortalecidos pela vivência plena
no Seio da Maçonaria.
Ao tornarmo-nos Maçons, juramos incondicional defesa de tudo aquilo que diz respeito à
vida, em todos os seus aspectos e sentidos. E, em face deste compromisso solene e sagrado
há muito o que fazer, sob vários pontos de vista, sejam eles social, político, cultural,
ambiental e, sobretudo, como já dissemos, sob o ponto de vista educacional. Por tudo isso, é
que cada maçom precisa estar atento às questões que afetam o bem-estar de sua coletividade,
agindo pró-ativamente ao lado daqueles que o cercam, na busca e consolidando as ações
necessárias à conquista do bem almejado e, a Sublime Ordem que um dia o acolheu como
Obreiro da Paz e Filho da Luz, nos chama a fazer.
Contudo, nobres irmãos iniciados na Arte Real, é necessário que tenhamos vontade,
posicionamentos, envolvimento, fé e, mais do que tudo, disposição, liderança e capacidade em
planejar, buscando a construção e a implementação de projetos voltados para o
desenvolvimento humano, em todas as suas relações, inclusive no que diz respeito à
participação no cenário político deste imenso e rico Brasil, tão marcado pela corrupção e
pelos desvios de ordem ética e moral.
Por que não adotarmos um comportamento condizente com aquilo que a Maçonaria ensina
nas lojas e espera de um Homem Iniciado? Ou seja, que tenhamos a iniciativa de mudarmos
para melhor o nosso ensino e consequentemente a sociedade a qual pertencemos. Oxalá que
cada um de nós, Maçons Livres e Aceitos, passamos a levar novas ideias e projetos para
dentro de nossas lojas e de lá, após melhor discutidas, levar às potências e em nome delas,
apresentar propostas fundamentadas em nossos ensinamentos ao seio da sociedade.
Quantos Maçons não são professores e quantas de nossas cunhadas não labutam no
Magistério? Para que serve os nossos aprendizados se não os propagamos? Temos em nossos
graus o seguinte texto: APRENDEI E ESINAI! Lindo! Quantos de nós praticamos? Irmãos, a
escolha é nossa, como nossa é a responsabilidade por aquilo que plantarmos e colhermos.
UNIVERSI TERRARUM ORBIS ARCHITECTONIS AD GLORIAM INGENTIS ORDO AB HAO
Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a
República Federativa do Brasil
Primeira Região Litúrgica do Paraná
C∴ C∴ KADOSH DR. ÁLVARO DE FIGUEIREDO II
82540-020, Vale de Curitiba, Rua Leopoldo Manzon Vaz, 107, Bairro Boa Vista
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No final do século XIX, a nossa realidade educacional é era gravíssima, igual ou pior que a
atual situação que vivemos atualmente. O Império deixou por completo abandono o ensino,
quer seja o primário, secundário ou profissional, uma situação lastimável. Nesta época, o
ensino obrigatório aos jovens era uma bandeira da Maçonaria e surgiu propostas para que
professores fossem Iniciados em Lojas Maçônicas coma finalidade deles influenciarem na
formação de seus alunos e principalmente àqueles que atuavam na instrução pública. Há
notícias que a Maçonaria, por volta de 1870, além de iniciar professores, chegou a criar
escolas próprias no intuito de que fosse os estudos tivessem a identificação pelo pensamento
Liberal e Cientifistas. O lema era “EDUCAR PARA LIBERTAR”.
Rui Barbosa Não foi destaque somente no mundo jurídico e político, mas também na área
EDUCACIONAL! Rui Barbosa foi iniciado na Maçonaria com apenas 20 anos de idade e
apresentou propostas elaboradas por ele que defendia a divisão do ensino tais como é hoje,
inclusive com os Liceus de Ofício. Sim, a Maçonaria nos finais dos Séculos XIX e Século XX
lutou por melhoria no ensino, pois se acreditava que o país, esse mesmo, o nosso Brasil, só se
tornaria grande através da Educação.
Posso estar sendo repetitivo. O homem maçom precisa perseverar sempre e, com sinceridade,
ética e disciplina, mostrar que seus sonhos podem e devem ser transformados em realidade.
Afinal, para que viemos? O desejo do Grande Arquiteto do Universo é que deixemos aqui as
nossas marcas e minha marca, Meu compromisso como Mestre Ad Vitam é apresentar uma
Maçonaria, não apenas praticante de filantropia, mas conhecida como desenvolvedora do
Ensino, da Educação brasileira, como “Escola do Conhecimento”.
REFERÊNCIAS
ACHIAMÉ, Fernando. Esquadro e Compasso em Vitória: álbum da Loja Maçônica União e
Progresso. Vitória: IHGES, 2010.
ASLAN, N. História Geral da Maçonaria: fastos da Maçonaria Brasileira. Londrina: A Trolha,
1997.
BAÇAN, L. P. O livro secreto da maçonaria. São Paulo: Universo dos Livros, 2008.
BARATA, Alexandre Mansur. Luzes e Sombras: a Ação da Maçonaria Brasileira (1870-
1910). Campinas: Ed. Unicamp, 1999.
CASTELLANI, J. A ação secreta da maçonaria na política mundial. São Paulo: Landmark,
2007
Ritual do Grau 20, Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito da
Maçonaria
Autorização:
Identificação:
Vale de Curitiba, quinta-feira, 27 de junho de 2019 do Anno Domini e 5778 Anno
Mundi.
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Jose Alcemar Santos
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