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TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO

Unidade 4 - Análise, reflexão e seleção

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UNIDADE 4

Todos os direitos reservados.

Prezado(a) aluno(a), este material de estudo é para seu uso pessoal, sendo

vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, venda,

compartilhamento e distribuição.

OBJETIVO
Ao final desta
unidade,
esperamos que
possa:

> Analisar o contexto


escolar e identificar
as possibilidades
estruturais para
utilização das TICs.
> Refletir
criticamente sobre
o uso das TICs
para uma seleção
pertinente.

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4 ANÁLISE, REFLEXÃO E SELEÇÃO

INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Na Unidade 3, TICs e BNCC, você pôde conhecer mais sobre as TICs mais
utilizadas na educação básica e sua relação com a Base Nacional Comum
Curricular.
Na Unidade 4, Análise, reflexão e seleção, você será convidado a analisar as TICs
e realizar uma reflexão crítica para a seleção das Tecnologias de Informação e
Comunicação.
Você analisará as demandas de software, hardware e acesso à internet, verifi-
cando se a estrutura material está apta a atender às TICs com as quais deseja
trabalhar.
Também fará um estudo sobre tecnologias abertas e fechadas e conhecerá
mais sobre as licenças de uso Creative Commons, avaliando as possibilidades
mais adequadas de uso.
Nesse cenário, você conhecerá um pouco mais sobre os repositórios de
Objetos de Aprendizagem.
Esses conhecimentos o embasarão para que você possa analisar e refletir
sobre outros elementos que devem ser avaliados ao selecionar TICs, além da
estrutura física.
Dessa forma, você estará apto para avaliar as Tecnologias de Informação e
Comunicação mais pertinentes para cada contexto educacional.

4.1 SOFTWARE, HARDWARE, INTERNET:


ESTRUTURA MATERIAL
O processo de seleção de Tecnologias da Informação e Comunicação começa
na análise da estrutura material que você tem disponível em um determi-
nado contexto.

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Você se aprofundou em várias TICs e percebeu as possibilidades, benefícios e


desafios de cada uma delas. Entretanto, para que você possa usá-las em seu
contexto profissional, é necessário avaliar a infraestrutura que permite a utili-
zação de cada uma delas.
Várias Tecnologias da Informação e Comunicação necessitam de acesso à
internet. Esse acesso poderá ser realizado por dispositivos móveis – smartpho-
nes tablets – ou computadores e notebooks.
A pergunta é: em seu contexto é possível utilizar esses recursos? Caso seja
possível, há acesso à internet, de forma a possibilitar uma permissão contínua
para todos os alunos?
Os softwares necessários estão instalados para que as TICs sejam reproduzidas?
O hardware oferece subsídios suficientes para que os softwares necessários
sejam instalados?
Essas são algumas perguntas que você deve realizar ao iniciar o processo de
seleção de TICs.
Em algumas instituições há um profissional específico para o suporte à
Tecnologia da Informação (TI) e, em vários casos, esse mesmo profissional
também é responsável pela gestão do laboratório de informática.
Há contextos em que esse profissional não existe e o laboratório deve ser
agendado e verificado pelo professor que irá utilizá-lo.
Na existência de um profissional especializado, você deve agendar um
momento com ele e repassar as demandas, para que ele possa analisá-las e
preparar a infraestrutura adequadamente. Esse planejamento deve ser reali-
zado com antecedência, pois algumas TICs podem exigir softwares e configu-
rações que não estejam disponibilizadas, demandando tempo do profissional
e disponibilidade do laboratório.
Caso essas verificações tenham de ser realizadas por você, planeje com
antecedência para que a infraestrutura esteja de acordo no momento da
utilização.

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FIGURA 1: HARDWARE

Fonte: Plataforma Deduca (2019).

Indiferente dos casos – presença ou ausência de um profissional especí-


fico para gestão da infraestrutura de TI – você precisa estar a atento a duas
questões de extrema importância. Primeiramente, teste as Tecnologias de
Informação e Comunicação antes de utilizá-las. Ainda que você já as tenha
utilizado anteriormente, cheque se ocorreram modificações – é comum atu-
alizações repentinas, mudanças na interface e novas exigências para acesso.
Caso seja necessário realizar alguma instalação ou atualização de software ou
hardware, verifique com a instituição sobre essas possibilidades. É comum
que haja um protocolo de softwares a serem instalados – uma padronização
dos equipamentos. Uma autorização formal poderá ser encaminhada à dire-
ção, que avaliará junto ao profissional de TI a possibilidade das instalações.

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Alguns softwares solicitam pagamento, mas oferecem versões de teste gra-


tuitas por um determinado período.
É fundamental que gestores e professores estejam sempre alertas à apreen-
são dos alunos, que também aprendem pelo exemplo e observam atenta-
mente o comportamento e as atitudes da gestão escolar.
Em nenhum momento utilize softwares de maneira indevida – os conhecidos
softwares piratas.
Além de ser uma prática criminosa também se configura como um exemplo
avesso às práticas educacionais, e a instituição passa uma mensagem contrá-
ria a sua missão de educar para uma formação cidadã e integral.

CAPÍTULO V
DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES
Art. 12. Violar direitos de autor de programa de
computador:
Pena - Detenção de seis meses a dois anos ou
multa.
§ 1º Se a violação consistir na reprodução, por
qualquer meio, de programa de computador,
no todo ou em parte, para fins de comércio, sem
autorização expressa do autor ou de quem o
represente:
Pena - Reclusão de um a quatro anos e multa.
(BRASIL, 1998)

Práticas de segurança também devem ser observadas:

Antimalwares e/ou antivírus:

É fundamental que todos os computadores, sejam para uso pessoal


ou para uso público, tenham programas do tipo antimalwares e/
ou antivírus instalados. Se não for possível pagar por esse serviço, é
possível instalar softwares livres.

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Logout:

Após acessar páginas de internet que requerem acesso com login


(entrar como usuário) e senha (como e-mails, portais, AVA etc.), use
sempre a opção de logout (sair) para encerrar a sessão e preservar os
seus dados.

Navegação privada ou anônima:

Todos os programas de navegação na internet (como Google


Chrome, Mozilla etc.) têm a opção de abrir uma nova janela em
modo de navegação privada ou anônima. Essa opção não permite
ao computador armazenar suas informações em cookies e outros
possíveis malwares

Transações bancárias e comerciais:

Não utilize computadores públicos (como os da instituição de ensino,


lan houses, bibliotecas etc.) para acessar páginas de bancos ou
fazer compras on-line. Por serem utilizados pelo público em geral,
a possibilidade de esses computadores estarem com malwares
instalados é grande, e os seus dados poderão ser armazenados nesses
equipamentos.

Cópias de segurança:

Faça periodicamente cópias de segurança (backup) de seus arquivos,


especialmente se você costuma salvá-los em flashdrives (também
conhecidos como pen drives). Essas mídias são passíveis de ataques de
vírus e corre-se o risco de perder tudo o que nelas está armazenado.

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Remover de dispositivos USB:

Ainda sobre flashdrives, utilize sempre a opção de remoção de


segurança (ejetar) conforme orientado pelos programas de sistemas
operacionais (como o Windows e o Linux). Ao remover manual e
abruptamente, você poderá perder seus arquivos e causar danos
irreversíveis à mídia.

FIGURA 2: SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

Fonte: Plataforma Deduca (2019).

Caso a instituição em que você esteja atuando não disponibilizar infraestru-


tura necessária, você poderá selecionar TICs que sejam suportadas pela infra-
estrutura, contar com o apoio de dispositivos móveis e realizar adaptações,
como a utilização coletiva – em um único ponto de acesso – a partir da reali-
zação de download em outros ambientes que disponham de infraestrutura
adequada e utilizando Tecnologias da Informação e Comunicação que pos-
sam ser utilizadas em modo off-line.

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Saiba mais sobre hardware e software no link a seguir:


https://www.youtube.com/watch?v=G0lMlqWuPJI.

4.2 TECNOLOGIAS ABERTAS OU FECHADAS?


Como foi comentado anteriormente, algumas Tecnologias da Informação e
Comunicação podem solicitar o pagamento pela utilização.
Via de regra, esse pagamento está relacionado ao tipo de inovação tecnoló-
gica, podendo ser ela de modelo aberto ou fechado.
Os modelos fechados são elaborados por um determinado grupo de profis-
sionais ligados a uma empresa específica que elabora a tecnologia. Para essa
produção é preciso realizar uma série de investimentos, que posteriormente
retornarão à empresa por meio do pagamento pela utilização da tecnologia.
Nesse caso, o que foi produzido é de domínio da empresa que financiou esse
desenvolvimento, e ela detém tanto o direito de comercialização quanto de
alteração.

FIGURA 3: MICROSOFT OFFICE

Fonte: commons.wikimedia.org

Já os modelos abertos são desenvolvidos por um conjunto de colaboradores


que desejam participar coletivamente da construção de uma determinada
tecnologia.

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O uso da licença é disponibilizado gratuitamente e é possível, inclusive, reali-


zar alterações nos códigos de programação e reformular a tecnologia incial-
mente desenvolvida.

FIGURA 4: OPEN OFFICE LINUX

Fonte: commons.wikimedia.org

O desenvolvimento das TICs proporcionou o acesso, a produção e a repro-


dução de recursos educacionais e bens culturais. Nesse novo cenário, os ato-
res educacionais não só podem como devem assumir o papel de autores ou
críticos construtivos desses recursos. Por isso, os recursos educacionais aber-
tos (REA) têm um papel cada vez mais importante em ambientes interativos,
uma vez que é possível avaliar, analisar e aprimorar cada um deles.

Um conjunto aberto de recursos educacionais, potenciados pelas tecnologias


de informação e comunicação, servindo para consulta, uso e adaptação e
novamente reutilizados por uma comunidade de utilizadores com propósitos
não comerciais. (SANTOS; RAMAL, 2016, p. 77)

Em iniciativas apoiadas pelo governo, o conteúdo é submetido à avaliação de


professores ou instituições de ensino, por especialistas de universidades ou
secretarias de educação. Após esse processo, são disponibilizados em portais
educacionais.

A expressão Recursos Educacionais Abertos (REA) foi


criado pela Unesco em 2002 (CASWELL et al., 2008) e
abrange qualquer material educativo, tecnologias e
recursos oferecidos livre e abertamente para qualquer uso
e, com algumas licenças, para remixagem, aprimoramento
e redistribuição. O termo “conteúdo aberto” foi usado
inicialmente por David Wiley para se referir a todos os
tipos de materiais (músicas, vídeo, som e texto) que estão
disponíveis para uso em um ambiente aberto, com licença
para utilização, adaptação e compartilhamento. (SANTOS;
https://www.youtube.com/
RAMAL, 2016)
watch?v=eYcRG2KsnNU
Os REA são fundamentais para a univer-
salização do conhecimento. Sua proposta

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estimula a aprendizagem significativa, pois proporcionam aos participan-


tes do processo educacional a possibilidade de atuar como usuários, críticos,
colaboradores e desenvolvedores de novos conhecimentos.

4.3 CREATIVE COMMONS


A Creative Commons é uma licença para produtos digitais. Ela indica que
determinada produção tem uma licença criativa e comunitária que per-
mite a utilização, o compartilhamento, a cópia, a distribuição e a transmis-
são da obra.
As Tecnologias da Informação e Comunicação revolucionaram a forma de
elaborar, distribuir e utilizar as produções. O volume de acessos às mídias
da internet – como músicas, imagens, vídeos e textos – demanda uma nova
forma de se relacionar com essas produções.
Como ter controle de tantas produções disponíveis? Como interagir com o
usuário, de forma que ele compreenda que o acesso não lhe permite tomar
como sua uma produção digital?

FIGURA 5: POSSIBILIDADES DE CONTEÚDO DIGITAL

Fonte: Plataforma Deduca (2019).

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Esse é o papel das licenças Creative Commons: indicar o que é possível reali-
zar, a partir de uma determinada produção, em relação aos direitos autorais.
O autor de uma produção possui todos os direitos reservados. A esse direito
entende-se o respeito à propriedade intelectual, que reconhece o autor
como responsável por sua criação, o que garante a ele receber recompensas
pela obra.
As produções disponíveis como domínio público não possuem direitos reser-
vados, são gratuitas e compreendidas como patrimônio social.
As licenças Creative Commons (CC) se localizam entre esses dois polos, sendo
necessário atribuir os créditos a quem foi responsável pela produção. Nesse
caso, os créditos podem ser entendidos como um reconhecimento.

1. CC BY: Permite distribuição, remixa-


gem e adaptação, ainda que tenha
finalidades comerciais. Indiferente do
que será realizado à obra, é necessário
creditar a produção original ao autor.

2. CC BY-SA: Permite distribuição, remi-


xagem e adaptação, ainda que tenha
f inalidades comerciais. Indiferente do
que será realizado à obra, é necessário
creditar a produção original ao autor
e licenciar a produção f inal como CC
BY-SA.

3. CC BY-ND: Permite redistribuição, ain-


da que tenha f inalidades comerciais,
desde que não haja modif icação. Sem
necessidade de creditar a produção
original ao autor.
:

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4. CC BY-NC: Permite remixagem e


adaptação, para f ins não comerciais. É
necessário creditar a produção original
ao autor e não precisa ser licenciada
como CC BY-NC.

5. CC BY-NC-SA: Permite remixagem e


adaptação, para f ins não comerciais. É
necessário creditar a produção original
ao autor e precisa ser licenciada como
CC BY-NC-SA.

6. CC BY-NC-ND: Permite download e


compartilhamento sem alterações de
nenhuma natureza. Não precisa ser
atribuído crédito ao autor e não pode
ter utilização comercial.

No vídeo a seguir, você terá mais informações


sobre a Creative Commons: https://www.youtube.
com/watch?v=izSOrOmxRgE.

https://br.creativecommons.org/

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4.4 REPOSITÓRIOS DE OBJETOS DE


APRENDIZAGEM
Em ambientes interativos de aprendizagem, os objetos virtuais ou digitais
contribuem ao processo educacional. Os Objetos de Aprendizagem (OA)
podem ser compreendidos como recursos que possuem intencionalidade
educacional.
Os Objetos de Aprendizagem podem ser animações, simulações, imagens,
vídeos, áudios, textos e gráficos, dentre outras opções, e têm um objetivo
pedagógico bem definido.
Apresentam algumas características como interoperabilidade, flexibilidade
para customização e atualização, visando potencializar o conhecimento e a
acessibilidade – o que justifica a importância de sua utilização nos processos
de ensino aprendizagem, indiferentemente da modalidade de ensino.

FIGURA 6: CONEXÕES DOS OBJETOS DE APRENDIZAGEM

Fonte: Plataforma Deduca (2019).

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Os Objetos de Aprendizagem devem ser utilizados de forma crítica, sendo


fundamental saber avaliá-los, levando em consideração as características
citadas anteriormente.
Esses Recursos Educacionais Abertos (REA) são disponibilizados em
Repositórios Objetos de Aprendizagem (ROA).

Banco Internacional de Objetos Educacionais:

http://objetoseducacionais.mec.gov.br/#/inicio

Portal Dia a Dia Educação:

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/apc/

Proativa:

http://www.proativa.virtual.ufc.br/

Portal Ciência à Mão:

http://www.cienciamao.usp.br/

Portal do Professor:

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html

Rived:

http://rived.mec.gov.br/site_objeto_lis.php

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Escola Digital

https://escoladigital.org.br/

Objetos de Aprendizagem:

http://objetosdeaprendizagem.com.br/

NUTED Objetos de Aprendizagem:

http://www.nuted.ufrgs.br/wordpress_beta/?page_id=2496

Nesses repositórios você também encontrará Objetos de Aprendizagem para


download, a serem utilizados off-line nos processos de ensino aprendizagem.

4.5 ANÁLISE E REFLEXÃO: ALÉM DA ESTRUTURA


FÍSICA, O QUE DEVE SER AVALIADO?
Nesse momento da sua formação, convidamos você para refletir sobre o
que deve ser avaliado ao se trabalhar com Tecnologias da Informação e
Comunicação, para além da estrutura física.
Você foi chamado a investigar sobre os aspectos de infraestrutura que podem
impactar a seleção das TICs no processo de ensino aprendizagem. Mas o que
mais precisa ser avaliado?
Como você já pôde compreender, as Tecnologias da Informação e
Comunicação que estão disponíveis podem ter sido ou não criadas com uma
intencionalidade pedagógica.
No caso dos Objetos de Aprendizagem, que têm essa finalidade específica
desde a sua elaboração, a análise é facilitada, pois há uma série de caracte-
rísticas que podem ser identificadas no OA, permitindo um posicionamento
mais assertivo.
Tanto em relação aos Objetos de Aprendizagem quanto às TICs que tenham
sido elaboradas para finalidades diversas, o ideal é elencar uma série de ques-
tionamentos a serem respondidos.

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Preferencialmente, elabore esses questionamentos e os responda com auxí-


lio de uma equipe. Caso não seja possível, discuta com um colega de traba-
lho sobre as perguntas e respostas que foram elaboradas. Ao se expressar
oralmente, você poderá encontrar novos questionamentos, novas respostas e
novos caminhos.

FIGURA 7: REFLEXÃO EM EQUIPE

Fonte: Plataforma Deduca (2019).

Avalie a intencionalidade da TIC, identifique os impactos que elas propor-


cionarão ao grupo e analise se o processo que será realizado justifica aquela
seleção.
Para o auxiliarmos nessa reflexão, vamos sugerir que, primeiramente, você
visualize um grupo com o qual planeja desenvolver uma intervenção, utili-
zando uma determinada Tecnologia da Informação e Comunicação.

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Como você acredita que esse grupo vai reagir? O tempo para o processo será
suficiente para que todas as etapas sejam realizadas, de forma a propiciar as
elaborações dos alunos?
Todos os alunos poderão contribuir para a turma a partir da utilização da TIC
selecionada? Todos poderão, de algum modo, interagir com a TIC ativamente,
de forma a perceber como aquela Tecnologia da Informação e Comunicação
contribuiu para seu processo de aprendizagem?
A estratégia a ser adotada contempla momentos de compartilhamento e de
formalização das elaborações? Será possível avaliar o processo com o grupo
após a finalização da intervenção?
Para esse grupo há necessidade de realizar adaptações da TIC, a fim de pro-
mover uma interação significativa a todos os alunos? Qual é o local mais ade-
quado para realizar esta intervenção?

FIGURA 8: ANALISANDO O PERFIL DO GRUPO

Fonte: Plataforma Deduca (2019).

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Vários outros questionamentos podem ser formulados. Você pode criar um


checklist para auxiliá-lo nesse processo de reflexão, inserindo novas pergun-
tas a serem respondidas, refinando seu processo de análise.

4.6 TICS MAIS PERTINENTES PARA CADA


CONTEXTO
Como você pôde observar no tópico 3.5, Análise e reflexão: além da estrutura
física, o que deve ser avaliado?, uma série de questionamentos deve ser rea-
lizada para legitimar seu processo de análise.
Muitas vezes, em um mesmo grupo, uma intervenção pode oferecer mais ou
menos benefícios, de acordo os direcionamentos que você dará a partir do
seu momento de reflexão frente ao cenário construído.
E é sobre isso que queremos conversar com você neste tópico. A importân-
cia de avaliar as TICs mais pertinentes para cada contexto impactará a forma
como você se relacionará com as Tecnologias da Informação e Comunicação
em sua atuação profissional.

FIGURA 9: PROCESSO DE REFLEXÃO E AVALIAÇÃO

Fonte: Plataforma Deduca (2019).

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Por isso que essa discussão se faz tão importante, uma vez que as experiên-
cias que você desenvolverá com as TICs impactarão diretamente as próximas
estratégias estabelecidas.
As intervenções que priorizam as Tecnologias da Informação e Comunicação,
com o intuito de promover uma educação integral, solicitam do professor um
profundo comprometimento com todas as etapas do planejamento.
E, nesse caso, o planejamento não se refere especificamente à aula, mas a
uma série de elementos que perpassam uma aula com a utilização de tecno-
logias, demandando uma atuação que possibilite exprimir das TICs seu papel,
que é ao mesmo tempo integrador de múltiplos conhecimentos e provedor
de uma educação integral, fomentando a cidadania e a coletividade.
Você teve acesso a vários repositórios de Objetos de Aprendizagem e, durante
o curso, conheceu uma variedade de outras Tecnologias de Informação e
Comunicação.
Em algumas situações, é necessário ir além do que já se encontra proposto
e reinventar o que já está sendo feito. Transformar não apenas seu aluno em
autor, mas trazer para si essa postura atuante frente às tecnologias existentes.

FIGURA 10: CRIANDO TICS

Fonte: Plataforma Deduca (2019).

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Se sua análise e reflexão quanto às TICs a serem utilizadas apontar que para
um determinado contexto ajustes serão necessários, estabeleça um papel
atuante como criador de novos Objetos de Aprendizagem.
Os próprios alunos poderão contribuir para esse processo, personalizando as
Tecnologias de Informação e Comunicação e recriando OAs já estabelecidos.
As TICs mais pertinentes para um determinado contexto podem estar na arti-
culação de outras Tecnologias de Informação e Comunicação e no seu pro-
cesso de autoria em conjunto o papel protagonista dos seus alunos.

CONCLUSÃO
Nesta unidade, você aprofundou seus conhecimentos em relação aos concei-
tos de software e hardware e os identificou como elementos importantes à
sua prática profissional.
Conheceu mais sobre as tecnologias abertas e fechadas, as licenças Creative
Commons e os repositórios de Objetos de Aprendizagem, para auxiliá-lo em
seu processo de seleção de TICs no processo de ensino aprendizagem.
Esses conhecimentos são essenciais para que você possa analisar os contex-
tos em que atua e refletir sobre os aspectos que precisam ser avaliados, ao
estabelecer interações que priorizem o uso de Tecnologias de Informação e
Comunicação.
Dessa forma, você poderá avaliar as TICs mais pertinentes a serem utilizadas
na intervenção profissional que você realizará.
Na próxima unidade, você utilizará todos esses conhecimentos em nossas
discussões sobre planejamento de aulas com interações que priorizem as
Tecnologias de Informação e Comunicação.

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