Você está na página 1de 2

Prova de Direito e Legislação Social

Alunos: Yasmin de Araújo e Vanderlei Júnior da Silva.

O Texto apresenta a idéia (e as dificuldades) de inserir uma agenda de educação


permanente aos trabalhadores do Serviço Social e para os trabalhadores comuns com
diferentes finalidades, porém com semelhanças entre si. O pensamento trazido é de
que a educação, compreendida no sentido amplo do vocabulário, não deveria se
restringir ao perímetro das escolas e universidades, mas à educação como processo
social vital da existência, e de que o trabalho é um espaço privilegiado de aprendizagem
e construção de conhecimento. Para os trabalhadores do Serviço Social, que ocupam
um lugar estratégico na solução das necessidades sociais que chegam ao Poder
Judiciário, a intenção da profissionalização e capacitação dos assistentes sociais no
âmbito jurídico tem o objetivo de formar o Assistente (em conteúdos específicos).
Durante a aula de Direito e Legislação Social, nós aprendemos o conceito de
“judicialização” da questão social. Na aula de Fundamentos e Questão Social,
aprendemos o significado de “Questão Social”. A Questão Social é a matéria, o objeto
que inclui dentro de sua definição as suas próprias consequências, as expressões
sociais. As expressões sociais são consequência do Sistema Capitalista onde estamos
inseridos, são elas: O pauperismo, a precarização das relações de trabalho, o
desemprego, o uso abusivo de álcool e drogas, a violência doméstica, a exploração do
trabalho infantojuvenil, o preconceito social e étnico, como foram citados no texto.
Todas essas expressões são inerentes ao sistema capitalista, ou seja, inevitáveis. Karl
Marx explica a razão da existência da luta de classes e a impossibilidade de conciliação
sem remover o outro, nesse caso a classe burguesa, de seu lugar de privilégio.

“Marx argumenta que a resolução seria uma tarefa impossível, pois a tentativa
meramente política de conciliar os interesses políticos com os particulares levaria o
Estado à condição de representante dos proprietários privados mais poderosos, e
não à de um poder capaz de eliminar a raiz da desigualdade social.”

O medo de perder a influência de sua posição social para movimentos operários


organizados torna o Estado burguês vigilante e cauteloso às reivindicações dos
trabalhadores e a forma como eles manifestavam os seus pedidos.

→ Trecho retirado do texto:

Para Castel (2005), o lugar do social deve ser visto entre a organização
política e o sistema econômico, deixando clara a necessidade de construir
sistemas de regulação não mercantil com o objetivo de tentar preencher
esse espaço. Nesse ponto, surge o papel do Estado. Para o autor, a sociedade
atual encontra-se numa bifurcação: aceitá-la inteiramente
submetida às exigências do mercado ou construir uma figura do Estado
social capaz de atender ao novo desafio. A primeira opção representaria
o desmoronamento da sociedade salarial, enquanto a segunda represen‑
taria uma redefinição do pacto social, como um pacto de solidariedade,
de trabalho, de cidadania; ou numa perspectiva marxista, considerando
a presença das lutas de classes no processo de superação da lógica da
sociabilidade burguesa.

Portanto, a Judicialização da Questão Social, produzida compulsoriamente pelo


capitalismo, é transferir a responsabilidade do Serviço Social e do Estado para o Poder
Judiciário através de suas demandas (ações e processos judiciais), buscando velar a raiz
das expressões sociais. A busca pelo judiciário é resultado da negação dos direitos
constitucionais e do descumprimento dos direitos humanos.
Outros conceitos sobre a profissão do Serviço Social são apresentados no texto como:
demandas de natureza processual (oriundas, na sua maioria, das varas da infância e da
juventude, das varas de família e das varas criminais); demandas consolidadas e
demandas emergentes e trabalho em rede.
E, finalmente, o benefício da agenda de educação permanente para os trabalhadores de
outros campos é:

“[...] Para Mészáros (2008), a auto mudança consciente é a maneira pela qual os
indivíduos poderão, numa nova ordem social, tomar decisões conscientes sobre a
forma de gestão de sua própria vida, incluindo aquela vivida no trabalho como
estratégia de sobrevivência nos processos de exploração do capital.”

Com base nos fundamentos trazidos, torna-se evidente que, para que os assistentes
sociais tragam soluções equivalentes para a sociedade é necessário estudo de
conteúdos específicos da área jurídica, juntamente com a sensibilidade e olhar para um
caso individual que às vezes o meio jurídico não é capaz de suprir, para atender com
excelência qualquer indivíduo que busque pelos seus direitos.

Você também pode gostar