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Física

15 Fundamentos da Óptica

Reflexão e
16 refração da luz

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hu
©S
Funda m e n to s
15 d a Ópt ic a
Óptica Física
Natureza da luz

Teoria corpuscular Teoria ondulatória

A luz é uma onda eletromagnética que apresenta comportamento


de onda-partícula (comportamento dual)
A teoria ondulatória explica fenômenos como difração,
interferência e polarização.

©Guilherme Dal Moro

Latinstock/GIPhotoStock/Photoresearchers
Franjas de
Difração da luz
interferência após
em um orifício
a luz passar por
circular
duas fendas
Fontes de luz
Fontes primárias de luz
©Shutterstock/Pavelk

São aquelas que emitem luz própria, como a lâmpada incandescente,


as estrelas, uma fogueira acesa, etc.

2
©Shutterstock/Chones

©Shutterstock/Tero Hakala
Fontes secundárias de luz

Não emitem luz própria. Por exemplo: uma folha, uma flor, etc.
©Shutterstock/John Bill

vin
ro
Ko
ly
ita
/Vk
oc
terst
ut
h
©S

P.Imagens/Pith
Meios de propagação

©Shutterstock/dogboxstudio
Meios transparentes

©Shutterstock/dogboxstudio
A lâmina fina de vidro liso possibilita que as pessoas
atrás dela sejam vistas com total nitidez.
Meios translúcidos

Vidros
translúcidos

P.Imagens/Pith
impedem que se
consiga visualizar
com perfeita
nitidez o que
está do outro
lado. São úteis
para locais em
que se deseja
certa privacidade.
Meios opacos

©Shutterstock/Nshubin
O fato de a
máscara da
pessoa mostrada
na fotografia ser
feita de material
opaco impede
a visualização
de partes do
rosto dela. Em
contrapartida,
o tampão nos
olhos impede

©Shutterstock/Nshubin
que ela seja
incomodada
pela luz externa.
Princípios da Óptica Geométrica

lla
©Shutterstock/Péter Gude
Raio e feixe de luz
Pelo fato de ser impossível enxergar diretamente esse cone de luz que sai de uma
fonte e chega aos nossos olhos ou não, adota-se uma representação
geométrica fictícia para isso: os raios e pincéis de luz.

Feixe de luz

Raio de luz
Tipos de feixes

Feixe convergente Feixe divergente Feixe paralelo


Divo. 2008. 3D.
Princípio da propagação retilínea

, is o t ró p ic o s, em
e io s t r a n s parentes é a m esma
Em m d e propag a ç ã o
lo c id a d e s, com
que a ve ção, e ho m o g ê n e o
u a lq u e r d ire o s p o ntos,
e m q as em to d o s
s id ê nt ic
proprieda d e
il ín e a . E s s e tipo de
a je tó r ia d a luz é ret o d e s ombras
a tr ite a for m a ç ã
a ç ã o p e r m
propag
s.
e penumbra
Qual é a diferença entre sombra e penumbra?
D

d
Região iluminada:
anteparo recebe
luz da fonte

F h Sombra H Região de sombra:


Fonte anteparo não recebe
puntiforme luz da fonte
Objeto
opaco

3
Princípio da independência dos raios luminosos

Quando dois ou
mais raios de luz
se cruzam, não há
alteração de suas
propriedades, como
intensidade e direção
de propagação.
Jack Art. 2012. Digital.
Câmara escura

Divo. 2008. 3D.


4

©iStockphoto.com/Chiyacat
di: distância do orifício ao anteparo
do: distância do orifício ao objeto di i
=
i: tamanho da imagem do o
o: tamanho do objeto
Princípio da reversibilidade dos raios de luz

Divo. 2015. 3D.

Divo. 2015. 3D.


A trajetória da luz
não depende de
seu sentido de
propagação.
Fenômenos ópticos
Reflexão especular

Para que ocorra a reflexão especular, a superfície refletora


deve ser preferencialmente metálica e deve estar
perfeitamente polida.
Reflexão difusa

Apesar de ocorrer em qualquer superfície, a difusão é mais


acentuada em superfícies opacas, rugosas e claras.
Refração

A refração é o fenômeno de mudança da velocidade de propagação da luz


(ou de uma onda qualquer) quando muda de meio.
Para todos os feixes que incidem obliquamente sobre a interface entre dois meios,
observaremos também um desvio na direção de propagação. Para o caso de um
feixe incidindo perpendicularmente à superfície, não há desvio, mas, ainda assim, há
mudança da velocidade de propagação e, portanto, refração.
Absorção da luz

Assim como a difusão, a


absorção da luz também
ocorre em qualquer
superfície. Apesar disso,
ela é mais intensa em
superfícies rugosas, opacas
e escuras. É por isso que, em
dias de grande insolação,
é recomendável o uso de
roupas mais claras.
Re f l e x ã o e
16 refração d a l u z
Leis da reflexão

1.ª lei: o raio incidente, o raio refletido e a reta normal são


coplanares

2.ª lei: o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão:


ˆi= r
ˆ
Espelhos planos

ages
©iStockphotos/PeopleIm
A partir de objetos reais, os espelhos planos formam
imagens virtuais, direitas e de mesmo tamanho. Essas
imagens são simétricas e a distância entre elas e o espelho é
igual à distância entre o espelho e os respectivos objetos.
Construção geométrica das imagens

5
Reversão da imagem

Para um objeto qualquer colocado em frente a um espelho plano, a imagem formada


P.Imagens/Pith

é sempre direita, ou seja, ela não sofre inversão. Apesar disso, é possível perceber que
um espelho plano sempre promove a chamada reversão da imagem (o lado direito do
objeto passa a ser o esquerdo da imagem e vice-versa).
Campo visual

Os únicos pontos
que poderiam ser
vistos por reflexão
nessa figura
seriam A e B; C e
D encontram-se
fora do campo
visual do espelho.
Associação de espelhos planos

A associação °
de espelhos =n 360 −1
pode α
fornecer mais
imagens
a partir de
6 um único
objeto. Na
fotografia, o

ith
s/P
espelho está

en
ag
com uma

P.Im
abertura de
90° e vemos a
formação de
três imagens
para cada
objeto.
n – é o número de imagens que cada objeto forma
α – ângulo entre os espelhos planos
Espelhos esféricos
©iStockphoto.com/Propix Inc

Casca esférica Calota esférica

Camada refletora é
depositada sobre uma
calota esférica.
Espelho côncavo

Espelho convexo
Elementos geométricos

centro de curvatura foco


7
vértice

eixo principal
distância focal

raio de curvatura
Propriedades dos raios luminosos

Todo raio de
luz que incide
paralelamente ao
eixo principal do
espelho reflete na
8 direção do foco.

Todo raio de
luz que incide
na direção do
foco reflete
paralelamente ao
eixo principal.
Propriedades dos raios luminosos

Todo raio de
luz incidente
no vértice do
espelho reflete
simetricamente
em relação ao
eixo principal.

Todo raio de
luz que incide
no espelho
na direção de
seu centro de
curvatura reflete
sobre si mesmo.
Determinação analítica da imagem

1= 1 + 1
f p p'

i p'
A= = −
o p

o – altura do objeto;
i – altura da imagem;
f – distância focal do espelho (distância
entre o foco e o vértice do espelho).
Para determinar a imagem formada a partir de Corresponde à metade de r (f = r/2);
um objeto em frente a um espelho esférico, p – distância do objeto ao vértice do
é necessário representar, no mínimo, dois espelho;
raios luminosos. No ponto de cruzamento dos p’ – distância da imagem ao vértice do
raios ou de seus prolongamentos, temos a espelho;
formação da imagem.
A – ampliação.
Leis da refração

n1 – índice de
refração do meio 1;
O raio de luz
incidente (r1), o raio
de luz refratado (r2)
e a reta normal (N)
n2 – índice de
são coplanares.
refração do meio 2.

n1 ⋅ seniˆ =
n2 ⋅ senrˆ
Refração

Do meio menos
refringente para o
mais refringente: a
î > r̂
velocidade da luz
diminui e o raio se
aproxima da normal.

Do meio mais
refringente para o
menos refringente:
î < r̂
a velocidade da luz
aumenta e o raio se
afasta da normal.
Lentes esféricas

O comportamento das lentes depende do formato


geométrico e dos índices de refração da lente e do meio.
Portanto, uma lente que é convergente em dado meio
pode passar a ser divergente em outro meio.

Convergente Divergente

LENTES DE LENTES DE
BORDAS FINAS BORDAS GROSSAS
nL >
Convergentes Divergentes
nm
nL <
Divergentes Convergentes
nm
Lentes de vidro imersas no ar

O raio luminoso, ao
passar do meio mais
refringente para o
menos refringente,
afasta-se da reta normal.
Elementos geométricos de uma lente

f – distância focal da lente;


ep – eixo principal da lente;
O – centro óptico da lente;
Ao – ponto antiprincipal
objeto (fica a uma
distância 2f do centro
óptico);
Ai – ponto antiprincipal
imagem (fica a uma
distância 2f do centro
óptico);
Fo – foco objeto (fica a uma
distância f do centro
óptico);
Fi – foco imagem (fica a uma
distância f do centro
óptico).
Propriedades dos raios de luz

Todo raio de luz que incide paralelamente ao eixo principal de


uma lente esférica propaga-se na direção do foco imagem dela.
Propriedades dos raios de luz

Todo raio luminoso que incide na direção do foco objeto de


uma lente esférica propaga-se paralelamente ao eixo principal.
Propriedades dos raios de luz

Todo raio luminoso que incide em uma lente esférica passando


pelo seu centro óptico refrata-se sem sofrer desvio.
Propriedades dos raios de luz

Todo raio luminoso que incide na direção do ponto


antiprincipal objeto se propaga na direção do ponto
antiprincipal imagem.
Determinação analítica de imagens

1 1 1
f p p’
Equação de
Gauss
10
i p'
A= = −
o p
Equação do
aumento
linear

o – altura do objeto; p–d  istância do objeto ao vértice da lente;


i – altura da imagem; p’ – d
 istância da imagem ao vértice da lente;
f – distância focal da lente (distância A – ampliação
entre o foco e o
Defeitos de visão
Miopia
Está associada a

Ilustrações: Divo. 2008. 3D.


um alongamento
do globo ocular.
Assim, a imagem é
formada antes da
retina. A correção é
realizada com lentes
divergentes.

Hipermetropia
Está associada a

Ilustrações: Divo. 2008. 3D.


um encurtamento
do globo ocular.

Ilustrações:
Divo. 2008. 3D.
Assim, a imagem é
formada depois da
retina. A correção é
realizada com lentes
convergentes.
1 Alguns efeitos são explicados tanto pela teoria corpuscular quanto pela ondulatória
(por exemplo: reflexão e refração); outros, apenas pela ondulatória (difração, interferência)
e outros, apenas pela corpuscular (efeito fotoelétrico). Assim, a luz é entendida como uma
natureza dual, ora podendo ser percebida como partícula, ora como onda.
2 Caso queira aprofundar mais o assunto, as fontes primárias podem ser classificadas em:
fontes incandescentes – são as que emitem luz por meio da transformação da sua energia
térmica em energia radiante luminosa;
fontes luminescentes – mesmo se encontrando em uma temperatura relativamente
baixa, elas emitem luz, como lâmpadas fluorescentes e substâncias que também sejam
fosforescentes. Podem ser subclassificadas em fontes fluorescentes e fontes luminescentes;
fontes fluorescentes – elas emitem luz apenas enquanto dura a ação do agente
estimulado;
fontes fosforescentes – são aquelas que emitem luz mesmo depois de interrompida a
ação do agente estimulador.
3 Sombra: o Dicionário Aurélio define sombra como “espaço sem luz, ou escurecido pela
interposição de um corpo opaco”.
Penumbra: o Dicionário Aurélio define penumbra como “sombra incompleta, meia-luz”.
Quando uma fonte puntiforme ilumina um objeto opaco, ocorre a formação de uma região
de sombra num anteparo qualquer atrás dele.
Se a fonte for extensa, além da região de sombra, forma-se uma região de penumbra.
4 A câmara escura foi a primeira grande descoberta da fotografia. Trata-se de uma
caixa composta de paredes opacas, com um orifício em um dos lados e uma superfície,
denominada de anteparo, na parede paralela a esse orifício.
O funcionamento da câmara digital é de natureza física. O princípio da propagação retilínea
da luz permite que os raios luminosos que atingem o objeto e passam pelo orifício da
câmara sejam projetados no anteparo fotossensível da parede paralela ao orifício. Essa
projeção produz uma imagem real invertida do objeto na superfície fotossensível. Quanto
menor o orifício, mais nítida é a imagem formada, pois a incidência de raios luminosos
vindos de outras direções é bem menor.
5 Solicitar aos alunos que façam, em seus cadernos, a determinação da imagem com
base em objetos. Isso pode contribuir com o aprendizado.
6 Relembrar aos alunos que, se n for ímpar, a equação é válida para qualquer posição do
objeto diante dos espelhos e, se n for par, a equação é válida apenas se o objeto estiver no
plano bissetor dos espelhos.
7 A distância focal é considerada como sendo a metade do raio de curvatura do espelho.
8 As propriedades apresentadas aqui são aplicadas na determinação geométrica das
imagens formadas pelos espelhos esféricos.
Após apresentação das propriedades, uma atividade de obtenção e classificação das
imagens em diferentes posições pode auxiliar na fixação do conhecimento.
9 As propriedades apresentadas aqui são aplicadas na determinação geométrica das
imagens formadas pelas lentes esféricas.
Pode-se fazer uma analogia com as propriedades dos espelhos esféricos. No caso dos
espelhos, o fenômeno determinante é a reflexão; aqui, no caso das lentes, é a refração.
Após a apresentação das propriedades, uma atividade de obtenção e classificação das
imagens em diferentes posições pode auxiliar na fixação do conhecimento.
10 Além da equivalência entre as equações que podem ser usadas para espelhos esféricos
e lentes esféricas, as convenções de sinais coincidem. Assim,
a) tipo de lente: convergente (f > 0) e divergente (f < 0);
b) natureza do objeto: real (p > 0) e virtual (p < 0);
c) natureza da imagem: real (p’ > 0) e virtual (p’ < 0);
d) orientação do objeto: para cima (o > 0) e para baixo
(o < 0);
e) orientação da imagem: para cima (i > 0) e para baixo
(i < 0).

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