Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ÍNDICE
Diretor Geral
Feña Ortalli 10.2020
Produção
Global Impro
Manuel Speck
(Alemão)
Gael Doorneweerd-Perry
06. BIO
and Meng Wang
Emilia Pardon Bazán, por María Belén Cantenys
(Francês)
09. ENTREVISTA
Luana Proença
(Português)
Dina Mild
(Russo)
Kasia Chmara
15. IMPROMUNDO
(Polonês)
A Compagnie Georges Poutre e SAGA, por Boris Degex
Agradecimientos
Mariana Palau
19. DICAS & TRUQUES
María Belén Cantenys
Sim, vamos (adaptar), por Laura Doorneweerd-Perry
Luana Proença
Boris Degex
Gael Doorneweerd-Perry
Laura Doorneweerd-Perry
22. UM PLAYGROUND MELHOR
Christelle Delbrouck Um guia para e por mulherxs improvisadoras, por
Odile Cantero
Julye · The Improv Art
Christelle Delbrouck & Odile Cantero
Miejskie Centrum Kultury
w Bydgoszczy
International
Theatresports Institute
27. NOSSA HISTÓRIA
Origens da improvisação no Brasil, por Julye
Contato
www.statusrevista.com
31. NOTÍCIAS
info@globalimpro.com
@status.impro
@statusrevistadeimpro
“SIM”
NA IMPROV
Mariana Palau
marianapalau@gmail.com
Nos momentos em que é tão urgente falar Vamos permitir a possibilidade de dizer
em consentimento, acho muito importante NÃO aprendendo e ensinando a dizer sim a
refletirmos sobre o conceito de “sim e” na nós primeiro, às nossas sensações, intuições
improvisação. Pensar como o entendemos e, e sentimentos. Vamos aprender e ensinar a
sobretudo, como o abordamos nos espaços diferença entre aceitar e dizer sim
educativos. indiscriminadamente.
04 | OPINIÃO | STATUS
Emilia PARDO BAZÁN
María Belén Cantenys | Rutas Teatrales
rutasteatralesmadrid@gmail.com
Sua mãe e seu pai educaram a pequena “Cada nova conquista dos homens no campo
Emilia em sua própria casa com as das liberdades políticas aprofunda o abismo
melhores docentes. Seu amor pelas letras moral que os separa das mulheres e torna seu
se manifestou desde muito cedo, quando papel ainda mais passivo e enigmático.
ela começou a escrever suas primeiras Liberdade de ensino, liberdade de culto, direito
histórias aos 10 anos. de reunião, sufrágio e parlamentarismo são
A posição social e econômica da família úteis para fazer com que metade da sociedade
permitiu-lhe viajar pela Europa, (masculina) ganhe força e atividades às custas
registrando tudo o que observou: da da outra metade feminina. Hoje, nenhuma
condição da mulher ao naturalismo de mulher na Espanha - partindo da que está no
Émile Zola. trono - tem verdadeira influência política”
Seus artigos começaram a gerar grandes A “nova Lope de Vega de calças”, como a
debates e escândalos entre os intelectuais chamou a crítica, encontrou no teatro um
do sexo masculino, e seu casamento com canal mais direto para comunicar suas
José Quiroga y Pérez Deza chegou ao fim ideias e refletir sobre a situação das
em 1883, depois que seu marido pediu que mulheres. Por que foi mais direto? As
ela parasse de escrever. mulheres, provavelmente, não liam seus
romances e artigos. Não tinham acesso à
Sua extensa produção literária inclui mais educação e eram praticamente analfabetas:
de 40 romances, 12 ensaios, 10 livros de “O teatro é a única forma de literatura que
viagens, 7 peças de teatro, uma coleção não passa despercebida, que é conhecida
de poemas, vários contos, seis biografias por mulheres e jovens”.
e mais de 1500 artigos sobre crítica E ela estava certa. O teatro era um dos
literária. principais meios de comunicação e
06 | BIO | STATUS
inúmeras mulheres assistiam às peças. Esse início nos faz pensar que, embora as
Emília decidiu levar a problemática poltronas do teatro também fossem
feminina para o palco para que as mulheres ocupadas por homens, a peça era voltada
do público pudessem se ver no palco e para o público feminino. Dona Emilia
refletir sobre elas. começou sua revolução: um teatro
moderno e feminista.
E o dia chegou. 1° de fevereiro de 1889. O
local: Teatro Lara em Madri. A protagonista: A escritora morreu em Madri em 1921,
A grande atriz Balbina Valverde. após ter sido presidente da secção de
literatura do Ateneo de Madri;
Emília estreou a sua primeira peça, “El Conselheira de Instrução Pública e a
Vestido de Novia”, escrita para a amiga primeira bolsista de Literatura
Balbina. Quando a cortina se abriu, no Contemporânea da Universidad Central.
início do monólogo, a personagem Paula
Castañar se dirigiu ao público, O pensamento machista que seguia
perguntando: dominando a sociedade espanhola não
permitiu que ela se tornasse membro da
Real Academia de la Lengua. Sua
"Você consegue guardar segredo? Os candidatura foi rejeitada em três
cavalheiros também conseguem?" oportunidades.
10 | ENTREVISTA | STATUS
todas as histórias e saberes da sua consegue nem escolher viver. Escolhem pra
comunidade, mas sem guardar isso pra si. gente se temos ou não esse direito. Muito de
Ele tem a responsabilidade de ser a nós negros entramos na arte por uma
memória viva da comunidade e passar todo necessidade de viver uma outra
o seu conhecimento para os outros, para realidade. Por isso o teatro me ganhou. Pela
que os saberes não morram com ele. Pra possibilidade real de estar num lugar onde eu
mim, o conhecimento só tem serventia posso ser quem quiser, como quiser e quando
se ele é compartilhado. Conhecimento é quiser. Para a maioria dos negros a vida é tão
poder e eu quero que todos possam se dura, que os pais ficam mais felizes quando os
“empoderar”. Ver que o conhecimento está filhos colocam dinheiro na mesa do que se
reverberando em outras pessoas. Isso é eles trazem um boletim com boas notas.
maravilhoso. Ver as pessoas se Trabalho é mais importante que estudo.
aprofundando, descobrindo coisas novas e Imagina fazer Teatro? Que futuro isso trás?
propagando esses saberes, para que assim, o Pois para a grande maioria das pessoas não
ciclo dessa roda do aprender possa seguir. existia fortes referências de negros em
Em algum momento eu te ensinei e em cena. Quando tinha era alguém no vício,
breve terei você para nos ensinar. criminoso, família desestruturada, etc. Nós
ainda não tínhamos um “Pantera Negra” nos
Você foi o único professor negro de Impro
cinemas fazendo um bilhão de bilheteria. E
em Brasília, um dos únicos de Teatro, e um
hoje nós temos e com certeza isso muda o
dos meus únicos professores negros na
olhar de agora e das próximas gerações.
vida… Um dos poucos performers negros da
Porque a gente não nasce “negro”, a gente
Impro no Brasil… E já falou disso em
se descobre “negro” com a sociedade
espetáculos, se importa se partilhar aqui?
jogando na nossa cara coisas ruins. Eu senti
Para uma pessoa negra viver de arte é muito que eu voltei a ser aquela criança que não
difícil. Para vivermos histórias no palco, sabia disso, vendo o filme com um
primeiro precisamos sobreviver na vida. Eu personagem forte, fora do estereótipo,
tive sorte. Muitos dos meus amigos negros, assim como o Chadwick Boseman trouxe.
de comunidade, não tiveram a condição de Ele, esse filme, trouxeram o valor, o ser
existência como eu tive, de poder escolher negro de uma forma valiosa, uma família
viver de arte. A maioria dos negros não estruturada, com apoio, estudo, poder...
12 | ENTREVISTA | STATUS
Nós, artistas de Impro, muitas vezes Paralímpicos, por isso me instiga, como
estamos acostumados a fazer em teatros fazer teatro de improviso para e com
grandes, com grandes platéias, tendo pessoas com deficiência. Me provoca
que ser imensos com nossos corpos e também trazer a questão de
vozes em cena e agora, estamos tendo representatividade negra em palcos de
que improvisar de um para um. Por mais espetáculos improvisados. Levar as nossas
que o meu espetáculo esteja sendo histórias e nossos corpos para a cena. Ter
transmitido para milhares de pessoas, o mais negros nos palcos improvisando.
meu olhar, a minha fala, minha emoção Voltar e me aprofundar num projeto de
é direta para cada um que me assiste. E música improvisada, chamado MIB-
como levar isso para o palco? Criar Música Incerta Brasileira. E estou me
espetáculos intimistas feitos de preparando para fazer o meu primeiro
improviso. O improviso em busca do solo de improviso em co-direção com
mínimo, em busca da simplicidade. você (risos), em que gostaria muito de
E além da busca pela intimidade eu explorar essa imagem do Griô.
percebo que os improvisadores estão se
utilizando de novas ferramentas que o Mais alguma coisa que você gostaria
virtual nos proporciona, que a gente de partilhar?
nunca teve preocupação com eles: ao Que nesse momento, a gente se apegue
invés de mímica, objetos físicos; a nessa possibilidade de se conectar.
auto-iluminação; brincar com Perceber o quanto, antes dessa
diferentes pontos de vista usando pandemia, a gente não valorizava as
diferentes câmeras, tirar imagem e usar nossas conexões na nossa vida. O quanto
só a voz, etc. é importante levar seus filhos para
brincar num parque, o quanto é
Novos projetos e ambições com a Impro? importante aquele almoço de domingo
Eu sou muito curioso e com isso, sou na casa da sua mãe que você ficava
fascinado por buscar o improviso em procurando desculpas para não ser
contextos diferentes do que sempre nos “obrigado” a ir pra lá. O quanto é
apresentam. Já trabalhei com atletas poderoso se conectar de maneira simples
e sincera com os seus colegas de cena e
com a platéia, com os quais, você se
conecta através de histórias,
pensamentos e sentimentos para que seu
espetáculo possa existir.
Assim como no mundo, somos todos
responsáveis pela criação dessa nossa
história em comum. Mesmo que
pensemos de maneiras divergentes.
Aprender que para nos conectar, temos
que aprender a defender o ponto de vista
dos outros tão bem como defendemos os
nossos. Sei que não é fácil na vida dizer
“sim e adicionar” como fazemos no
improviso. Mesmo assim, penso que vale
muito a pena aceitar, apoiar , acreditar e
contribuir enquanto estamos fazendo
teatro, enquanto estamos dando aula de
improviso, enquanto estamos vivendo.
15 | IMPROMUNDO | STATUS
todos os papéis secundários. Cada temporada interpretação das personagens que
gira em torno de um gênero com forte desenhamos ou escrever um fio narrativo, mas
identidade visual e narrativa, e assim permite criar em conjunto a estrutura do
que quem esteja em cena tenha figurinos espetáculo, os estilos de jogo ditados pelo
especiais. Depois de ter abordado “Velho contexto escolhido, os códigos narrativos, o
Oeste”, “Rockabilly”, “Noir”, “Fantasia tipo de interface com o público, etc.
Heróica”, “Capa-e-Espada” e “Ópera
Espacial”, a Compagnie Georges Poutre Interação com o público:
abordará o universo “pós-apocalíptico” para a
A forma de abordar o público para receber
temporada 2020-2021.
sugestões muda a cada temporada. Com a
O processo criativo: criação da SAGA, queríamos fazer com que
telespectadores entrassem com força em
Cada início de temporada é construído de
cada gênero que escolhêssemos. Portanto,
acordo com a mesma metodologia: antes
muito rapidamente estabelecemos uma
do início da temporada, uma pessoa
relação com a performance com uma forte
ilustradora desenha para cada
4ª parede, que não nos permitia entrar em
intérprete uma personagem do tema do
contato direto com a multidão para receber
universo escolhido. Depois disso, quem
sugestões. Então, tínhamos que ter algum
joga fica sendo a pessoa encarregada de
tipo de pessoa anfitriã ou mestre do jogo
criar seu figurino para combinar o máximo
para fazer isso, mas queríamos manter o
possível com o desenho.
público o máximo possível em nosso mundo
A criação do espetáculo é então feita durante visualmente forte. Essa figura de “conexão
3-4 dias de ensaios (precedidos por várias com o público” mudou muito ao longo das
sessões de discussão). O objetivo deste temporadas da SAGA: às vezes
trabalho não é preparar antecipadamente a “deus-ex-machina” que tira cartas e pede
17 | IMPROMUNDO | STATUS
SIM, VAMOS
· ADAPTAR ·
Laura Doorneweerd-Perry
laura@lauradoorneweerd.nl
Eu acredito que podemos ter muitos tipos “Posso dar uma aula incrível mesmo
diferentes de pessoas como docentes de quando a situação muda”.
improv. Para incentivar-lhe a começar, ou Qualquer uma das mudanças que você está
para melhorar seu ensino, todos os meses enfrentando com o Corona requer um nível
compartilharei uma dica e um exercício. mais profundo de "sim e". Estudantes
podem olhar para você para obter respostas
A dica deste mês: Adaptando-se a uma sobre como fazer as aulas de improv agora.
nova situação Respostas que você pode não ter. O que
realmente me ajudou foi perceber: eu não
Em algumas áreas do mundo, as aulas de preciso saber tudo.
improvisação presenciais começaram
Por isso digo a quem tem aula comigo que
novamente. Talvez você também tenha que
estamos nisso em conjunto. Em conjunto,
lidar com algumas novas condições, como
descobrimos como fazer isso com
manter distância entre quem joga, regras
segurança e, ao mesmo tempo, nos
para não se tocarem e/ou não cantar ou
divertindo ao máximo.
gritar. Tudo isso pode parecer uma
limitação, mas e se não for? Aqui está um exercício que você pode usar
Ensinar improv em novas circunstâncias - para fazer exatamente isso.
seja relacionado ao Corona ou não - nos
desafia como docentes a ... Improvisar. Isto O exercício deste mês: Sim, vamos (adaptado)
é uma coisa boa. Nada é certo. Assim como A base do exercício é o clássico ‘Sim,
na improv. É necessário mudar de vamos!’ Quem joga está por toda a sala.
mentalidade para ir de “Mas não é assim Qualquer pessoa pode sugerir uma idéia do
que estou acostumado a ensinar” para que fazer, começando com “Vamos…”.
Todo mês, vou entrar em contato com as por parte de nossos colegas homens. Quem,
pessoas e dar espaço às suas vozes. O às vezes, de maneira desajeitada e
objetivo desta seção é falar sobre nossa inconsciente, alimentam essa competição.
comunidade, como ela é construída e como Além disso, por ser raro ser valorizada por
podemos torná-la mais segura. Para dar algo específico, é como se a “improvisadora
espaço e luz às pessoas e dar-lhes a feminina” fosse uma grande categoria em
oportunidade de partilhar suas que uma tinha que se destacar, diante de
experiências, suas esperanças, seus sonhos. várias categorias distintas de improvisadores
Se você quiser contribuir, entre em contato masculinos. Então, vamos optar pela
com Gael via gael.perry.mail@gmail.com. benevolência generalizada entre mulheres
improvisadoras. Regozijemo-nos com as
Este mês, eu passo o microfone para Odile boas novas recebidas por outras pessoas. E
Cantero, da Suíça, e Christelle Delbrouck, quando uma mulher elogia sua forma de
da Bélgica. Elas escreveram um guia para jogar, é tão valioso quanto quando um cara
e por mulherxs na improvisação. elogia. Você tem que estar ciente disso
também e se lembrar disso. Pegue o exemplo
de Tina Fey e Amy Poehler, encontre
UM GUIA PARA E POR MULHERXS aliadxs, crie oportunidades e conecte-se
IMPROVISADORAS com elxs, é valioso. É de verdade.
1. Conecte-se com sua colega
improvisadora mulhxr 2. Chamar à atenção a depreciação
As mulherxs que improvisam são Algumas das pessoas que são suas colegas
freqüentemente colocadas em competição valorizá-lx por meio de uma desvalorização
umas com as outras. Por quem as ensina, de outrxs improvisadorxs, ou mesmo
pelo público, mas também por elas grupos inteiros? Provavelmente pensam
próprias. Por que isso? Medo de perder o que isso é verdade, mas cabe a você
lugar, medo de ser substituída, medo de não questionar esse hábito. Não deixe passar
ser a favorita. Mas por quem? Muitas vezes essas observações, mesmo que elas lhe
Agradecemos Marion, Amandine, Tiph, Salomé, Edith e Loïc pela revisão, e Gael pela tradução para o inglês.
A improvisação em si tem uma longa e português, mas seu trabalho fica vinculado
expansiva história, a qual acompanha os e influencia fortemente a pedagogia infantil
passos da humanidade. Porém, a Impro no e teatral brasileira por meio de jogos de
Brasil e suas origens constituem um assunto improviso. Para quem quiser saber sobre o
pouco discutido e pesquisado, com poucas histórico da improvisação com a história
dissertações ou teses sobre o tema. Além mundial do teatro, eu recomendo a leitura
disso, grande parte do acervo bibliográfico de “A Natureza e Sentido da Improvisação
sobre a improvisação está em outro idioma, Teatral” (1983) de Sandra Chacra, em
dificultando o acesso de falantes de português.
português.
Já a impro contemporânea, a partir dos
A princípio essa linguagem teatral foi
sistemas de Keith Johnstone e Viola Spolin
explorada na América Latina por bufões
que pensam espetáculos improvisados, vai ter
que, no meio dos seus números, interagiam
início de fato no Brasil, principalmente, a
com o público. A improvisação foi
partir das pesquisas e estudos de quatro
essencialmente usada por companhias
mulheres: Vera Cecilia Achatkin, Mariana
itinerantes, as quais se apresentavam em
Muniz, Pita Belli e Gabriela Duvivier.
outras línguas, adaptando seus números
para se conectar com a plateia.
Vera Achatkin teve o primeiro contato
Depois disso, no início da década de 70, com a Impro por meio de um programa de
surge o Teatro do Oprimido elaborado televisão sueco, enquanto estava na
por Augusto Boal, construindo um método Dinamarca em 1986. Em 1988, assistiu a um
teatral que envolve exercícios, jogos e festival de Teatro-esporte e teve contato
técnicas teatrais para a preparação do ator nessa época com o livro “Impro” do Keith
em apresentações com a participação na Johnstone e, desde então, passou a dedicar
platéia com um objetivo social. Também suas pesquisas práticas e teóricas ao
nos anos 70, Viola Spolin é traduzida para o Teatro-esporte. Achatkin levou esses
Em 2009, estreou o “Quinta Categoria”, Por ora, concluímos que no maior país da
primeiro programa de TV a explorar os jogos América Latina, mesmo com grandes
de Impro no Brasil. O elenco era composto influências, há quem duvide que a
pelos Barbixas, Marcos Mion e Mionzinho improvisação nos palcos seja de fato
que faziam sucesso na MTV (rede fechada). possível e há quem nem sequer considere
Em 2010, estreou o “É Tudo Improviso”, uma linguagem teatral, provando assim a
primeiro programa em rede aberta, necessidade de pesquisas e discussões
apresentado por Marcio Ballas - inicialmente sobre o tema.
teve Barbixas, Mariana Armellini, Cristiane
Wersom e Marco Gonçalves no elenco, mas Eu e a Luana Proença, a partir do que
passou a ter um elenco rotativo na segunda conseguimos encontrar, fizemos a linha do
temporada do programa. tempo dos eventos marcantes da Impro no
Brasil. Essa pesquisa continua aberta. Quem
A partir desse ano, começam a surgir cada
quiser contribuir com mais informações, só
vez mais grupos de improvisação. Os
entrar em contato com o The Impro Art.
festivais, como o FIMPRO (2008-2015), e