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Brasil/Moçambique - 2023
RESUMO
No presente artigo, pretendemos abordar as concepções da relação entre a sociedade e a natureza,
tendo como ponto de observação a dissociação entre estas no que diz respeito ao campo normativo. Desse
modo, em uma visão supostamente pragmática, sociedade e natureza são apartadas, como consequência,
surgem instrumentos normativos que, em muitos momentos, se afastam de garantir o direito de permanência
das comunidades tradicionais, na medida em que não identificam nitidamente a importância de tais
comunidades ao ecossistema e história local. Contudo, dada a multiplicidade de normas, é possível que
convivam normas de interpretações diferentes e específicas, como exemplo, as propostas pelo projeto do
Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC), em tramitação na ALERJ, no Projeto de Lei nº
2.455/2020. Nesse sentido, a Lei nº 9.985/2000, Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC)
será cotejada com o PL para compreender como poderiam ser interpretadas as formas de permanência das
comunidades tradicionais nos seus lugares tradicionais, cujas significações se encontram em constantes
sociações de conflitos socioambientais.
INTRODUÇÃO
As relações entre sociedade e natureza são vistas de várias formas, havendo perspectivas
atreladas ao desenvolvimento econômico que utilizam uma linguagem meramente de recursos
naturais, em outra ponta, há quem atrele à natureza às espiritualidades, à metafísica, às relações
sociais peculiares de determinado lugar, à manifestação de identidade, enfim, uma série de fatores.
No presente Estado Democrático de Direito, as interpretações das mencionadas relações - no
campo legiferante e jurídico - são articuladas de maneira a serem encontradas diversas
1
Doutor em Antropologia, professor vinculado ao Instituto de Estudos sobre Administração Institucional de Confli-
tos da Universidade Federal Fluminense (InEAC/UFF). Professor Associado da Universidade Federal Fluminense,
e-mail: ronaldolobao@yahoo.com.br.
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Mestranda no Programa de Pós-graduação em Sociologia e Direito, da Universidade Federal Fluminense (PPGSD-
UFF). E-mail: inara.juvita@id.uff.br.
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contradições de ordem teórica e prática. Desse modo, as decisões e atos normativos ora são
instrumento de propulsão das reivindicações das comunidades tradicionais, garantindo direitos
fundamentais, ora servem à manutenção de práticas e mentalidades3 que afastam grupos
historicamente subjugados.
Sendo assim, as normas estão inerentes a uma lógica de comunicação e conhecimento, no
qual o direito - enquanto conjunto de estruturas-estruturantes e estruturas-estruturadas - constrói a
realidade (BOURDIEU, 1989). Ao mesmo tempo, na elaboração e interpretação de normas são
conferidas aberturas de tradução ou, em uma análise de sistema, o sistema jurídico traduz os fatos,
os espaços e os seres para a sua linguagem, ainda que de modo ficcional e desconectada com a
dinâmica empírica das sociações (SIMMEL, 1983).
Contudo, tanto a análise estrutural do direito – enquanto estrutura-estruturada e estrutura-
estruturante (BOURDIEU, 1989) – leva-nos a pensar qual seria o sistema simbólico de estruturas
do sistema normativo brasileiro e, ao mesmo tempo, refletir acerca de quais agentes ou discussões
acumuladas permitem a redução da complexidade do mundo empírico ao enquadramento jurídico,
ou seja, de que modo o fato será subsumido pelo sistema jurídico.
Assim, neste artigo, nossa proposta é discutir a estruturação da proposição legislativa do
Sistema Estadual de Unidades de Conservação enquanto ação de elaboração, ou reconhecimento,
de novas mentalidades dentro de um mesmo sistema simbólico.
3
Usamos o conceito de mentalidade como correspondendo a um complexo de valores circulantes em determinado
espaço e tempo, capaz de se constituir como um tecido conectivo e relativamente permanente, conforme sugerido
por Paolo Grossi (2006).
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para que seja formulado um sistema normativo socioambiental capaz formar campos
interdisciplinares, atentos à dimensão empírica e construído a partir da interlocução participativa
e horizontal entre os sujeitos. Partimos, assim, da análise de uma crítica ao Sistema de Unidades
de Conservação (SNUC) e da possibilidade de um reposicionamento dos povos e comunidades
tradicionais na legislação socioambiental, conforme proposto do Projeto de Lei nº 2.455/2020, que
criará o Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC/RJ).
Vale salientar que o projeto de lei do SEUC/RJ engloba dispositivos sobre florestas, caça,
pesca, fauna, conservação da natureza, dos recursos minerais, proteção do meio ambiente
(BRASIL, 1998). No entanto, neste artigo discutiremos apenas – contrastivamente – as diferenças
propostas em relação ao SNUC (Lei 9.985/200) no tratamento dos direitos dos povos e
comunidades tradicionais, buscando um equilíbrio entre a proteção ambiental e os direitos
culturais, em outras palavras, rompendo com a dicotomia natureza versus cultura.
Já foi conceituado que o SNUC tem disposições que buscam se acoplar de forma errônea
ao conceito de desenvolvimento sustentável. Faz isso ao se projetar para futuro, tendo como norte
uma concepção de natureza objetiva, cabendo “aos cientistas conhecer e conservar o
funcionamento dos ecossistemas. Neste sentido, toda interferência humana pode prejudicar o
equilíbrio das leis naturais” (MARANHÃO, 2018, p. 37). Por outro lado, o SEUC/RJ, se volta a
uma acepção holística, não separando as interações humanas das da natureza, tampouco
concebendo esta apenas como recursos naturais.
Retomando brevemente uma análise histórica, o sistema normativo brasileiro é fechado à
proteção dos direitos ambientais reduzindo estes à separação entre cultura e natureza, tendo como
horizonte a manutenção de recursos naturais preciosos e o controle de atividades exploratórias,
apresentando poucas aberturas ao real protagonismo de comunidades indígenas, quilombolas e
tradicionais. Tal trajetória está de acordo com um sistema de isolamento e separação da natureza
em recursos naturais, tendo sido criados, por exemplo, diferentes códigos com finalidades de
regulação de atividades de exploração de recursos naturais, como as leis concernentes aos Código
de Águas, Código de Mineração, Código Florestal etc.
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No livro “Cosmologia Política do Neocolonialismo”, Ronaldo Lobão (2010) explica que o conflito se iniciou em
1992, quando um grupo de moradores do acesso ao Morro fez uma queixa no Ministério Público Estadual, contra a
construção de duas mansões na encosta. A partir desta denúncia se seguiu procedimento de apuração de construções
irregulares e uma ação civil que deflagrou os acontecimentos. Nesta ação do Ministério Público a ré foi a Prefeitura
de Niterói. Na encosta estaria ocorrendo um crime de negligência por esta permitir a moradia de pessoas, em área de
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Havia, no entanto, uma ressalva, pois com a aprovação do SNUC, criavamse duas
grandes categorias para as unidades de conservação da natureza, as Unidades de
Proteção Integral e as Unidades de Uso Sustentável, esta primeira categoria mais
restritiva, permite somente o uso indireto dos recursos naturais. O Morro das
Andorinha, enquanto um parque estadual, estaria dentro da categoria de Unidade
de Proteção Integral, que de acordo com o SNUC significava a eventual remoção
da família. (SINCLAIR, 2019, p. 96).
Nesse sentido, ainda que avanços tenham sido obtidos no que se refere às comunidades
tradicionais, quilombolas e povos indígenas, e.g. com a vigência do Decreto nº 6.040/20075 e
Decreto nº 4.887/20036, a ausência de instrumentos legais que expressamente reconhecessem sua
importância, garantindo plenamente sua permanência nos lugares, forma um arcabouço legal que,
por vezes é manejado em desfavor das comunidades tradicionais, sob pretextos de favelização, de
ocupações irregulares e congêneres. Nessa toada, são ensejados conflitos caracterizados de
intratáveis, na medida em que sua “tratabilidade” é dificultada por diferentes percepções dos
envolvidos sobre um mesmo objeto ou questão ou situação fática, pela multiplicidade de agentes
proteção ambiental. Em 1995, atendendo às pressões do Ministério Público, a Prefeitura intimou alguns moradores do
topo do morro, “invasores de área de preservação permanente”, promover a demolição de suas casas em um prazo de
trinta dias.
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Decreto nº 6.040/2007. Institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades
Tradicionais. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6040.htm. Acesso em 07 ago.
2023.
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Decreto nº 4.887/2003. Regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação
e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos. http://www.planalto.gov.br/cci-
vil_03/decreto/2003/d4887.htm. Acesso em 07 ago. 2023.
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envolvidos, dando origem a um processo longo que teria não uma solução, mas uma aptidão de
aceitação mútua decorrentes de recortes e especificidades (LOBÃO, 2006, p. 164).
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O princípio que conduz a reagir a uma determinada conduta com um prêmio ou uma pena é o princípio retributivo
(Vergeltung)” (KELSEN, 1998).
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Acesso ao perfil institucional do deputado estadual Carlos Minc, presente no sítio eletrônico da Assembleia Legis-
lativa do Estado do Rio de Janeiro. Disponível em: https://www.alerj.rj.gov.br/Deputados/PerfilDeputado/310?Le-
gislatura=20. Acesso em 07 ago. 2023.
9
Os Substitutivos são emendas que alteram substancialmente as proposições e só podem ser apresentadas por co-
missões com a assinatura da maioria absoluta de seus membros. Sempre que apresentado Substitutivo por outras co-
missões que não a de Constituição e Justiça, o Projeto voltará a esta comissão que se pronunciará quanto a constitu-
cionalidade ou não do Substitutivo. Não serão aceitas emendas, subemendas ou Substitutivos que não tenham relaci-
onamento imediato com a matéria da proposição principal (ALERJ, 2023). Disponível em:
http://www3.alerj.rj.gov.br/lotus_notes/default.asp?id=1. Acesso em 10 jul. 2023.
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Acesso ao perfil institucional do deputado estadual Flavio Serafini, presente no sítio eletrônico da Assembleia Le-
gislativa do Estado do Rio de Janeiro. Disponível em: https://www.alerj.rj.gov.br/Deputados/PerfilDepu-
tado/400?Legislatura=20. Acesso em 07 ago. 2023.
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Disponível em: Projeto de Lei (alerj.rj.gov.br). Acesso em 07 ago. 2023.
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Disponível em:
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Art. 4°. O SEUC tem os seguintes objetivos: (...) XIV - assegurar os direitos
territoriais visando conservar a sociobiodiversidade, garantindo a permanência
dos povos ou comunidades tradicionais em seus respectivos territórios, através,
dentre outros mecanismos, da regularização fundiária, e da garantia do acesso aos
recursos naturais necessários à reprodução social destes grupos. (RIO DE
JANEIRO, 2020).
A partir disso, outras disposições denotam o caráter socioambiental que trazem pontos
de abertura cognitiva e normativa, com aptidão de possibilitar movimentação que aproxima a
realidade empírica do texto normativo, em detrimento de uma concepção dogmática de exclusão
e de manutenção de uma ordem violadora de direitos. Desse modo, a norma elaborada propulsiona
o apoio institucional e superação de um quadro de marginalização (HOLZLEITHNER, 2016). Ao
mesmo tempo, proporciona um caráter utópico, não porque seria idealizado ou inatingível,
entretanto, em decorrência de permitir que as comunidades tradicionais possam ter instrumentos
formais que garantam sua permanência e condições, nesse ínterim, condições fáticas de
permanecerem, transformando a dominação, a marginalização e por vezes até uma concepção de
http://aler-
jln1.alerj.rj.gov.br/scpro1923.nsf/e00a7c3c8652b69a83256cca00646ee5/3ca50db8fc6cd5710325855900688274?Op
enDocument. Acesso em 07 ago. 2023.
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Disponível em: http://aler-
jln1.alerj.rj.gov.br/scpro1923.nsf/e00a7c3c8652b69a83256cca00646ee5/6dcba9972ee1f057032586c5005316c2?Ope
nDocument. Acesso em 07 ago. 2023.
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tutela ou de incapacidade das suas potencialidades, para que o campo se torne móvel, paritário
(ALLEN, 2015).
Além disso, a perspectiva do SEUC/RJ, concernente às comunidades tradicionais, está
coadunado aos preceitos constitucionais de reconhecimento dos grupos formadores da nação,
respeitando, ainda, os modos de fazer, viver produzir. Atrelada a consonância constitucional, estão
reformulações de estruturas-estruturadas (BOURDIEU, 1989), com potencialidades de oferecer
alternativas ou pontos de inflexões, em detrimento de concepções universalistas e
preservacionistas, isto é, de cunho tecnicista ou voltadas a um discurso aparente de
desenvolvimentismo sustentável. No PL da SEUC/RJ, à luz da perspectiva de propiciar a
participação das comunidades tradicionais, são previstas formas de diálogos horizontais aos
agentes institucionais e sujeitos envolvidos, gerando, pois, um arcabouço normativo que se
comunica e aproxima as realidades entre estes, ensejando novos sentidos e formas de se estruturar
os lugares:
Talvez, se considerarmos os sujeitos e suas várias formas de vida e maneiras de
se relacionarem com o entorno, seja possível pensar vias alternativas, que não
partam de uma dimensão comum produzida de modo heterônomo, mas da
diversidade imanente à dimensão ética dos Direitos Humanos. E que, desse modo,
não seja necessário mobilizar o medo, em uma retórica apocalíptica, como meio
para conquistar adesão. (VASQUES, 2022, p. 191).
memória, à formação da sociedade brasileira, aos modos de fazer, criar15. De forma similar e sob
outra lente, estão também acertadas no que se refere às metas da Organização das Nações Unidas
(ONU), e.g. redução de desigualdades, cidades e comunidades sustentáveis, ação contra a mudança
global do clima, vida terrestre, parcerias e meios de implementação16.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individual-
mente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da
sociedade brasileira, nos quais se incluem: I - as formas de expressão; II - os modos de criar, fazer e viver; (BRASIL,
1988).
16
Disponível em: https://portal.stf.jus.br/hotsites/agenda-2030/. Acesso em 09 ago. 2023.
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RESULTADOS ALCANÇADOS
É inequívoco o potencial do SEUC/RJ, enquanto uma norma que pode não somente
regular as unidades de conservação, porém assim o fazer de modo a garantir o direito de
permanência de comunidades tradicionais, ainda, garantir maior participação da população por
meio da cultura e de mecanismos que não sejam exógenos ou simplesmente voltados à
compatibilização de lucratividade e de recursos.
Contudo, como se depreende da tramitação, que se encontra na sua segunda legislatura,
em virtude da relevância da norma e do regimento da ALERJ, há necessidade de se passar pelas
seguintes comissões: 01.:Constituição e Justiça 02.:Defesa do Meio Ambiente 03.:Saneamento
Ambiental 04.:Assuntos Municipais e de Desenvolvimento Regional 05.:Turismo 06.:Ciência e
Tecnologia 07.:Economia Indústria e Comércio 08.:Orçamento Finanças Fiscalização Financeira
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e Controle. Atualmente, o projeto está Comissão de Turismo, no qual foi aprovado com emendas,
precisando passar, portanto, por mais três comissões.
Além disso, a análise relativa à tramitação, levou à conclusão da imprescindibilidade de
frequente diálogo institucional entre os gabinetes dos deputados, a fim de que os textos sejam
aprovados. Nesse ínterim, é comum que haja o constante acompanhamento das pautas para que
estas estejam sob a atenção dos assessores, considerando, por oportuno, pautas emergenciais e
períodos entendidos, pelas pessoas que operacionalizam o cotidiano da ALERJ, como
desfavorável.
Analiticamente, o SEUC/RJ dispõe sobre ferramentas importantes ao direito de
permanência das comunidades tradicionais, como as áreas de permanência cultural, turismo de
base comunitária e o instrumento denominado de Termo de Compromisso e Acordo
Socioambiental17 entre órgão gestor, comunidades e suas entidades representativas, com base em
estudos interdisciplinares e regulamentação específica.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Art. 31 Fica o Poder Executivo Estadual autorizado a celebrar o Termo de Compromisso e Acordo Socioambiental
(TCAS) com povos e comunidades tradicionais cujos territórios se sobreponham às unidades de conservação.
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orientações são prementes à normatividade que parta das necessidades e reivindicações específicas
e heterogêneas das comunidades tradicionais, quilombolas, povos indígenas, presentes em áreas
urbanas ou rurais etc, sendo, portanto, o SEUC/RJ uma ferramenta factível de reconhecimento do
protagonismo das comunidades tradicionais, no que tange à manutenção e ao fortalecimento de
ecossistemas e da cultura, ademais, como meio de prever expressamente a participação horizontal
das comunidades tradicionais nas deliberações e debates acerca da utilização e organização dos
lugares em que atuam.
REFERÊNCIAS
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