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20/10/2023, 13:17 Programa de Integração Saúde Comunidade

PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SAÚDE


COMUNIDADE
CAPÍTULO 2 - INTEGRAÇÃ O SAÚ DE-
COMUNIDADE: IMPACTOS NO TERRITÓ RIO E
NA SOCIEDADE

Solange Aparecida Emílio

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Introdução
Você deve estar bastante familiarizado com as definiçõ es cotidianas de comunidade, territó rio e sociedade,
certo? Mas você sabia que, apesar de serem conceitos aparentemente conhecidos, as concepçõ es específicas
trazidas pelos estudiosos de Antropologia, Sociologia e Geografia podem contribuir para a compreensão mais
ampla acerca das necessidades das populaçõ es e dos efeitos das intervençõ es em saú de? Você sabe como é
possível promover a integração entre saú de e comunidade de forma a produzir impactos no territó rio e na
sociedade?
No primeiro tó pico desta unidade, os conceitos de territó rio, comunidade e sociedade serão retomados e
ampliados, de forma a promover uma maior compreensão ao profissional de saú de sobre seu papel como
agente de transformação de realidades. No seguinte, será apresentada cada uma das etapas de elaboração de
um projeto de intervenção para a promoção de saú de em uma comunidade e discutida a importância da
metodologia da problematização na formação do profissional de saú de, com enfoque no modelo conhecido
como “Arco de Maguerez”.
Então, serão tecidas algumas consideraçõ es importantes relativas aos métodos de observação e registro do
territó rio e sobre a importância da análise dos indicadores sociais, culturais e demográficos que permitem a
associação de determinantes de saú de de uma comunidade relacionados ao contexto biopsicossocial e que
podem nortear o planejamento e a realização de intervençõ es de promoção de saú de e bem-estar que
possibilitem transformaçõ es nas realidades.
Vamos começar? Acompanhe!

2.1 Comunidade, território e sociedade


O Programa de Integração Saú de Comunidade é uma unidade curricular que pressupõ e a integração teó rico-
prática para a realização de açõ es de saú de e bem-estar e a promoção da qualidade de vida aos participantes
de uma comunidade, com impactos no territó rio e com vistas a gerar transformaçõ es na sociedade.
O recurso interdisciplinar, com o apoio de diferentes áreas de conhecimento, como a Antropologia, a
Sociologia e a Geografia, por exemplo, torna-se necessário para a ampliação de alguns conceitos que são muito
familiares no senso comum, mas que do ponto de vista do planejamento de açõ es de intervenção em saú de e
bem-estar precisam ser ampliados e compreendidos em sua complexidade,, no entanto, como afirma Fazenda
(2011), não basta integrar os conhecimentos das diferentes áreas, é necessário promover a interação com e
entre eles, para que o resultado possa produzir transformaçõ es na percepção da realidade. Então, a seguir,
partiremos das definiçõ es usuais dos termos comunidade, territó rio e sociedade para poder revisitá-los à luz
de outros campos do saber.

2.1.1 Definições cotidianas de comunidade, território e sociedade


Uma busca inicial a dicionários traz como definição de “comunidade” os conceitos de congregação, coesão e
identidade comum de pessoas que habitam ou pertencem a um lugar ou grupo social, que partilham cultura e
histó ria, profissão, atividade, ofício, religião, crenças e hábitos. Como sinô nimos, aparecem: confraria,
comunhão, irmandade, sociedade, grêmio, agremiação e favela (DICIO, 2019; MICHAELIS, 2019). Na
atualidade, o ú ltimo sinô nimo tem sido bastante utilizado principalmente por veículos de comunicação de
massa de nosso país, como jornais, revistas e páginas de internet. A substituição do termo serve tanto como
referência ao local quanto aos seus moradores. Assim, quando se diz “comunidade da Rocinha” pode ser uma
referência tanto à favela localizada na zona sul do Rio de Janeiro, como ao conjunto de seus moradores.

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Figura 1 - Uma das vistas da comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro.


Fonte: Michal Staniewski, Shutterstock, 2020.

Já as definiçõ es de territó rio, remetem ao espaço constituído pela porção de superfície pertencente ao um
país, estado, cidade, região, distrito; ou seja, a região sob jurisdição de uma autoridade, com fronteiras
demarcadas ou área controlada por um grupo de pessoas ou animais (DICIO, 2019; MICHAELIS, 2019). Todas
elas se restringem ao espaço demarcado ao seu domínio ou controle. Assim, pelas definiçõ es encontradas,
uma comunidade ou favela poderia ser também definida como um territó rio.
Quando pesquisamos as definiçõ es da palavra “sociedade”, também encontramos aproximaçõ es aos conceitos
de “comunidade” e “territó rio”, como por exemplo, a sociedade como convivência e agrupamento de pessoas
ou animais de uma espécie em um territó rio comum ou como forma de nomear o local ou sede de
associaçõ es ou agremiaçõ es. No entanto, há também algumas especificidades em suas definiçõ es, como a
ideia de sociedade como: participação em grupos organizados; a subordinação a leis, normas, preceitos,
regulamentos ou estatutos; a associação de pessoas que atuam como proprietários em uma empresa e,
finalmente, ao grupo de pessoas de alto poder aquisitivo, “a alta sociedade” (DICIO, 2019; MICHAELIS, 2019).
Como visto, os conceitos de “comunidade”, “territó rio” e “sociedade” são utilizados no cotidiano de formas
distintas, mas há eventuais sobreposiçõ es. Vamos buscar compreendê-los um pouco melhor a partir de
contribuiçõ es de diferentes áreas das ciências sociais.

2.1.2 Apoio interdisciplinar para a ampliação dos conceitos


Ao retomarmos os conceitos de “comunidade” e “sociedade” apresentados acima, percebemos que ao mesmo
tempo em que aparecem como palavras sinô nimas, também podem evocar sentidos opostos quando
considerados seus membros, uma vez que uma “comunidade” pode definir pessoas em situação de
vulnerabilidade social e uma “sociedade” pode remeter a um grupo de pessoas de alto poder aquisitivo
(DICIO, 2019; MICHAELIS, 2019).
Pode parecer que a substituição do termo “favela” pela “comunidade” seja somente uma forma de suavizar a
realidade de pessoas geralmente estigmatizadas, mas, segundo Castro (2004), ele também serve para valorizar
as formas de interação mais pró ximas e personalizadas que são características de pessoas que vivem nestas
localidades, mesmo considerando a heterogeneidade comportamental, social e hierárquica de seus membros.

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Segundo Brancaleone (2008), Ferdinand Tö nnies foi um dos autores que mais influenciou a sociologia alemã.
Ele trouxe uma importante diferença entre comunidade e sociedade, afirmando que a primeira se relacionava à
vida social íntima e interior, enquanto a sociedade estaria relacionada ao domínio pú blico, do mundo exterior.
Assim, o corpo comunitário antecederia a constituição de uma sociedade e se caracterizaria pela união e
interação das pessoas a partir de sua vontade, estabelecida por laços de consanguinidade (parentesco),
territoriais (vizinhança) e de afinidade ou amizade, que podem estar interconectados ou interdependentes.
Do ponto de vista histó rico e a partir de estudos da Antropologia e da Sociologia, pode-se perceber que o
conceito de comunidade carrega em si um tanto de utopia por conter a ideia de preservação de raízes, laços de
solidariedade, confiança e valores coletivos, muitas vezes utilizado em contraposição ao de sociedade ou
como solução para a resolução das consequências da modernidade (principalmente nos grandes centros
urbanos), como o desenraizamento, a perda do sentido da vida, a violência, o desamparo e a insegurança
(ALBUQUERQUE, 1999).
Com relação ao conceito de “territó rio”, Santos (2004), um importante geó grafo brasileiro, trouxe uma
contribuição importante, que foi aproveitada em diferentes áreas. Para este autor, o territó rio é compreendido
como uma apropriação social, um recorte do espaço qualificado pelo sujeito, sendo o espaço definido como
um conjunto de sistemas de objetos e açõ es que não podem ser considerados de forma isolada, constituindo-
se como produtos das relaçõ es sociais e histó ricas

VOCÊ QUER LER?


O texto “Leitura do espaço geográ fico atravé s das categorias: lugar, paisagem e
território” traz contribuições da Geografia para o entendimento da realidade em que
vivemos, abordando a açã o do sujeito social a partir dos conceitos de “lugar”,
“paisagem” e território (GIOMETTI, PITTON; ORTIGOZA, 2012). Para ter acesso ao
texto na íntegra, clique em:
https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/47175/1/u1_d22_v9_t02.pdf
(https://acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/47175/1/u1_d22_v9_t02.pdf
).

Agora que exploramos um pouco mais os conceitos apresentados, vamos compreender de que forma eles se
articulam às possibilidades e realização de açõ es de promoção de saú de, no pró ximo tó pico. Fique atento!

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2.1.3 A articulação entre comunidade, território e sociedade na promoção de


saúde
Quando pensamos na possibilidade de promover saú de e bem-estar a uma comunidade, geralmente
intervimos junto a pessoas que frequentam alguma instituição ou pertencem a algum grupo que interage a
partir dos laços estabelecidos e mantidos, de acordo com Mocelim (2011), com continuidade no tempo e
proximidade emocional e espacial. Acreditamos que tais açõ es impactem não somente este microcontexto,
mas, consequentemente, o territó rio (considerando as relaçõ es dos sujeitos com o espaço) e a sociedade a ela
relacionados, pensando na possibilidade de ocorrência de mudanças em leis, programas, projetos e na
transformação das realidades concretas dos sujeitos participantes do macrocontexto.
Assim, o conceito de territó rio é importante para a compreensão das interaçõ es e da apropriação dos espaços
pela população e fundamental para a compreensão dos problemas de saú de e elaboração de propostas de
intervenção em uma comunidade. Os profissionais de saú de precisam reconhecer o territó rio, não apenas
como uma extensão geométrica, mas também como um espaço em permanente construção, que apresenta
determinadas características sociais, culturais, histó ricas da população, sendo capaz de identificar como se dá
a apropriação dos espaços e dos recursos disponíveis (MONKEN; BARCELLOS, 2007). A organização dos
serviços que possam atender às necessidades da população de um determinado territó rio passará pelo
conhecimento das pessoas, dos espaços e das relaçõ es entre eles.

VOCÊ QUER VER?


O filme “Bacurau”, dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, rodado no
Brasil, que esteve em cartaz nos cinemas em 2019, traz a história de algum momento
no futuro de uma cidade denominada “Bacurau”. Nele você poderá identificar a
importâ ncia do sentimento de comunidade para a identificaçã o e resoluçã o de
problemas, bem como a relaçã o e apropriaçã o de seus habitantes com o território e os
efeitos das interações com a sociedade.

Esta unidade curricular propõ e a integração teó rico-prática, que objetiva a preparação do futuro profissional
para a realização de açõ es que possam promover a transformação de realidades. Para isso, é necessário
identificar as demandas da comunidade, do territó rio e da sociedade, de forma a possibilitar a elaboração de
um projeto que possa prestar um trabalho ancorado na ética e que atenda às reais necessidades da população
envolvida. Existe uma sistematização que ajuda os profissionais de saú de na elaboração e aplicação de
projetos de intervenção. É o que você verá a seguir.

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2.2 Etapas do projeto de intervenção e o Arco de Maguerez


Para que as intervençõ es realizadas na área da saú de sejam efetivas, é muito importante que elas utilizem
recursos reconhecidos e validados pela comunidade científica. Existem algumas padronizaçõ es que são
resultantes de estudos e práticas e que podem nortear o trabalho dos profissionais da área. Assim, é muito
importante que a construção e apresentação de um projeto de intervenção em uma comunidade sigam etapas
pré-determinadas que poderão ser identificadas e acompanhadas por quem o acessar (seja um membro da
comunidade ou uma pessoa que avaliará a possibilidade de execução).
No entanto, o preparo do profissional da área da saú de para a elaboração e realização da intervenção não se
dará somente pelo conhecimento das etapas de produção do projeto de intervenção, mas pela possibilidade de
compreensão da realidade na qual irá intervir para poder transformá-la e ao mesmo tempo se transformar
(VILLARDI; CYRINO; BERBEL, 2015). Vamos ver, a seguir, como isso pode ser feito.

2.2.1 Arco de Maguerez


O profissional de saú de precisa estar preparado para uma prática que contemple a atenção às necessidades de
saú de da comunidade e do territó rio de intervenção, num constante questionamento crítico que leve em conta
o contexto social e político (PAIM; ALMEIDA FILHO, 2014). Considerando isso, o Programa de Integração
Saú de Comunidade propõ e o desenvolvimento das competências de analisar e resolver problemas, do futuro
profissional, utilizando como metodologia de aprendizagem a problematização apoiada no “Arco de
Maguerez” (BERBEL, 1995).

VOCÊ O CONHECE?
Charles Maguerez aplicou, em alguns países da Europa e da Á frica, uma proposta para
a formaçã o profissional de adultos analfabetos que implicava o envolvimento ativo e o
diá logo constante entre os participantes e partia de problemas reais que precisariam
ser solucionados. Ela inspirou o modelo de formaçã o profissional conhecido
atualmente no Brasil como “Arco de Maguerez” (BERBEL, 2012).

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A primeira referência ao Arco de Maguerez no Brasil, segundo Berbel (1995) foi feita por Bodernave e Pereira,
em 1977. Esses autores apresentam o que Charles Maguerez denominou como “Método do Arco”, composto
por cinco etapas a serem seguidas por quem quiser detectar os problemas reais de um contexto para poder
promover transformaçõ es. A configuração em formato de arco diz respeito aos momentos de aproximação e
afastamento, à realidade de intervenção e às possibilidades de transformação dos participantes no processo.
O primeiro contato com a realidade é feito na primeira etapa: observação da realidade para o levantamento do
problema; então, há um afastamento da realidade para o levantamento dos pontos-chave; e em seguida, ocorre
a busca de referências teó ricas que possam auxiliar na maior compreensão do problema - a teorização. Então,
começa uma nova aproximação ao campo, quando são levantadas hipó teses de solução e, ao final, retorna-se
ao contexto, para a aplicação da intervenção elaborada, com vistas à transformação da realidade inicialmente
encontrada.
O infográfico a seguir sintetiza o movimento do arco.
A metodologia de problematização com o arco de Maguerez na formação do profissional de saú de, segundo
Villardi, Cyrino & Berbel (2015), é uma estratégia que permite a apropriação dos passos necessários para a
identificação das demandas, a elaboração do projeto e a execução da intervenção. No entanto, para estes
autores,

Para se apropriar da metodologia da problematização, é preciso ir além do simples cumprimento


mecânico de cada etapa do arco de Maguerez e construir um raciocínio aberto com os
participantes [...] [pois] o potencial dessa metodologia não está apenas nas etapas do arco, mas
nas mudanças ocorridas desde o início até o fim de cada arco completado com os participantes,
na postura e na construção do conhecimento, o que permite uma práxis transformadora.
(VILLARDI; CYRINO; BERBEL, 2015, p. 105)

Assim, a metodologia da problematização serve tanto para a formação do profissional como para a elaboração
da intervenção em uma comunidade e, se for utilizada de forma adequada, poderá contribuir para a realização
das mudanças necessárias, em benefício de todos os envolvidos.

2.2.2 Elaboração do projeto de intervenção de acordo com as etapas do Arco de


Maguerez
O Ministério da Saú de disponibilizou um documento que orienta a elaboração escrita de projetos no contexto
da atenção básica à saú de. Segundo este material, a intervenção é “[…] uma proposta de ação feita pelo
profissional para a resolução de um problema real observado em seu territó rio de atuação, seja no âmbito da
clínica ou da organização dos serviços, buscando a melhoria das condiçõ es de saú de da população” (BRASIL,
2015, p. 1).
Considerando as orientaçõ es do referido documento e as etapas do Arco de Maguerez apontadas pelos autores
de referência (BODERNAVE; PEREIRA, 2004; BERBEL, 1995; VILLARDI; CYRINO; BERBEL, 2015), podemos
concluir que as três primeiras etapas do arco — observação da realidade, levantamento dos pontos-chave e
teorização — precisam ser realizadas antes do início da elaboração do projeto escrito, pois fornecerão dados
para a sua redação.
Como vimos, a primeira etapa do arco propõ e a aproximação ao campo de intervenção, com a ida efetiva ao
local da coleta de informaçõ es e o contato com os participantes. (Em alguns casos, porém, este será também o
momento do primeiro contato do estudante ou profissional com aquela instituição, comunidade ou até
mesmo com o territó rio em questão. Nestes casos, apesar de alguns autores, como Bodernave e Pereira
(2004), Berbel (1995) e Villardi, Cyrino e Berbel, (2015) sugerirem a teorização somente na terceira etapa do
arco, podemos propor que antes da ida a campo seja realizada uma pesquisa preliminar sobre a comunidade

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ou instituição em que se dará a intervenção. Isso pode ser feito em páginas da internet ou em documentos
oficiais que informem o suficiente sobre a população ou contexto e que permitam o conhecimento mínimo
para a elaboração de um roteiro de observação e de entrevista para a realização da primeira etapa do arco.
A quarta etapa do arco (levantamento de hipó teses de solução) é fundamental para a definição dos objetivos
da intervenção que se planeja realizar (BERBEL, 1995) e fornecerá conteú do para a ampliação da revisão de
literatura que buscará referências de intervençõ es, com objetivos ou metodologias semelhantes às imaginadas
que auxiliarão no delineamento das atividades previstas. A ú ltima etapa do arco (aplicação à realidade) está
vinculada à preparação final do projeto, com o detalhamento da metodologia, incluindo o os procedimentos,
instrumentos e recursos (BRASIL, 2015).
Como já mencionado, se tudo correr bem, espera-se que as açõ es realizadas na comunidade-alvo promovam
transformaçõ es na realidade. No entanto, sabemos que a instituição ou comunidade na qual ocorre a
intervenção faz parte de um territó rio e, como já vimos, este é qualificado por seus participantes (SANTOS,
2004), ocorrendo uma relação muito importante entre comunidade, territó rio e sociedade. A elaboração do
projeto de intervenção, portanto, precisa contemplar também a observação e o registro do territó rio. Vamos
entender um pouco mais sobre como isso se dá no pró ximo tó pico.

2.3 Métodos de observação e registro do território


O Programa de Integração Saú de Comunidade tem como alguns de seus objetivos associar os determinantes de
saú de de uma comunidade e sua relação com o contexto biopsicossocial, construir projetos de intervenção em
promoção em saú de com a comunidade e avaliar seus efeitos.
De acordo com Monken e Barcellos (2007), as açõ es de saú de precisam reconhecer as características e
especificidades dos territó rios para se aproximar da produção social dos problemas de saú de coletiva neles
registrados. Assim, é necessário revisitarmos o conceito de territó rio, agora pensando nas possibilidades de
promoção de saú de e nas estratégias que podem ser utilizadas para o cumprimento dos objetivos desta
unidade curricular.

2.3.1 Território, territorialização e vigilância em saúde


O planejamento de açõ es de saú de, quando considerados os princípios do Sistema Ú nico de Saú de, pressupõ e
a organização dos serviços conforme as características e necessidades da população e do ambiente em que
estes ocorrerão (BRASIL, 2020b, online). Isso nos remete ao conceito de vigilância em saú de, que considera a
realidade social e as interaçõ es realizadas entre os envolvidos. Segundo a definição do Ministério da Saú de,
ela pode ser entendida como:

um processo contínuo e sistemático de coleta, consolidação, disseminação de dados sobre


eventos relacionados à saú de, que visa ao planejamento e à implementação de medidas de saú de
pú blica para a proteção da saú de da população, a prevenção e controle de riscos, agravos e
doenças, bem como para a promoção da saú de. (BRASIL, 2017, online)

A vigilância em saú de tem fundamentação interdisciplinar na busca da compreensão dos determinantes de


saú de e das necessidades da população (MONKEN; BARCELLOS, 2007). Isso se dá por meio da
territorialização de informaçõ es, que está relacionada à compreensão da dinâmica dos espaços e populaçõ es,
da produção e reprodução social dos sujeitos, que evidenciam, inclusive, as desigualdades sociais existentes
(GONDIM; MONKEN, 2009).
A determinação do que se constitui um territó rio para o planejamento de uma ação também parece ser um
grande desafio. Monken e Barcellos (2007), descrevem algumas das possibilidades de delimitação dos
territó rios para a realização de vigilância em saú de: político-administrativa (países, Estados, cidades e

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bairros); área de atuação de equipes de saú de ou de abrangência de uma unidade básica de saú de; área de
atuação dos agentes comunitários de saú de, determinada por condiçõ es homogêneas do ponto de vista
socioeconô mico e de saú de; e condomínios residenciais e conjuntos habitacionais.

Figura 2 - Pessoas ocupam e se relacionam com o mesmo espaço de formas diferentes.


Fonte: ivector, Shutterstock, 2020.

Mas, como vimos, territó rio não é somente espaço, pois diz respeito às relaçõ es de poder nele instituídas e a
apropriação e atribuição de significados feitas pelas pessoas dele participantes (SANTOS, 2004). Assim, seja
qual for o critério de determinação dos limites de um territó rio é muito importante que o profissional de
saú de conheça as características do territó rio e a relação estabelecida entre este e a sua população.

2.3.2 Observação e registro do território


O conhecimento aprofundado do territó rio é um passo muito importante para a investigação da realidade da
população na qual será realizada a intervenção em saú de. No entanto, apesar de ser um ponto importante para
o início do trabalho, deve ser também ocorrer de forma permanente, uma vez que o territó rio também está em
constante processo de modificação (BARCELLOS; MONKEN, 2007).

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Figura 3 - A favela de Paraisó polis, ao lado condomínios de luxo, no bairro do Morumbi, em São Paulo,
ilustrando as desigualdades sociais existentes no territó rio.
Fonte: Caio Pederneiras, Shutterstock, 2019.

A seguir, serão elencadas algumas estratégias que podem ser utilizadas para a realização do estudo do
territó rio, baseadas no trabalho de Barcellos e Monken (2007). Clique para conhecê-las.

localizar ou desenhar um mapa do territó rio, de


preferência em escala, na qual podem ser
apontadas as atividades humanas existentes lá
(indú stria, comércio, serviços, entre outros);

realizar registros, no mapa ou em texto, de todas


as informaçõ es obtidas com relaçã o ao territó rio;

utilizar fotografias, que podem ser tiradas por


você ou retiradas de pá ginas da internet relativas
ao territó rio, pois estas podem auxiliar na
aná lise posterior;

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realizar entrevistas com diferentes participantes


do territó rio, para identificar as formas de
apropriaçã o e as relaçõ es existentes no espaço;

levantar dados estatísticos relativos à populaçã o,


aos serviços e à s atividades, aos recursos da
localidade, aos indicadores de saú de, entre
outros. De preferência, utilizando fontes
confiáveis.

VOCÊ SABIA?
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) produz e disponibiliza
dados estatísticos relativos à s condições sociais, econômicas e de vida da
populaçã o brasileira (BRASIL, 2020ª, online). Podem ser acessados neste link
https://ibge.gov.br/. Outra fonte importante de dados é a do DATASUS, disponível
neste link http://datasus.saude.gov.br/, que possui informações de saú de
organizadas por localidade.

Agora que já vimos como coletar e registrar as informaçõ es relevantes acerca do territó rio em que se darão as
intervençõ es em saú de, precisamos poder integrar os dados obtidos em um processo de análise que permita
tanto a ampliação da compreensão do problema de saú de a ser enfrentado, quanto das possibilidades de
transformação efetiva das realidades.

2.4 Análise de indicadores sociais, culturais e demográficos

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Sabemos que as possibilidades de intervenção de promoção de saú de podem ser ampliadas e constituir maior
impacto se forem levadas em consideração as condiçõ es econô micas, sociais, culturais, ambientais e
políticas vivenciadas pela população do territó rio em questão (FRANCO NETTO et al., 2017).
Para compreender como pode se dar a compreensão dos indicadores sociais, culturais e demográficos na
elaboração de um projeto de intervenção em uma comunidade, precisamos ser capazes de identificar não
somente o que é semelhante ou diferente, mas, principalmente, o que caracteriza as desigualdades entre os
participantes. A partir disso, podemos nortear nossas açõ es e reflexõ es considerando o que almejamos como
sendo as transformaçõ es necessárias e possíveis. É o que veremos no ú ltimo tó pico desta unidade.

2.4.1 Semelhanças, diferenças e desigualdades


De acordo com Barcellos e Monken (2007), o uso de indicadores pode servir para a comparação entre os
grupos populacionais, as condiçõ es destes grupos e as diferenças entre os momentos histó ricos de um
territó rio ou mais territó rios em um dado momento.
Ao buscar as semelhanças e as homogeneidades internas, é importante que não se opere uma
homogeneização, pois esta retira das pessoas e dos coletivos a sua autonomia; por outro lado, é importante
distinguir o que se constituem diferenças, como as características específicas de um grupo quando
comparado a outro e o que podem ser consideradas desigualdades, que devem ser combatidas (BARCELLOS;
MONKEN, 2007).
Um bom exemplo de material que serve como referência para reflexão é o Mapa da Desigualdade do município
de São Paulo (REDE NOSSA SÃ O PAULO, 2019), publicação que apresenta o resultado da avaliação e
comparação de cinquenta e três indicadores obtidos nos noventa e seis distritos da cidade de São Paulo. Os
indicadores apresentados são desde os relativos aos equipamentos e recursos pú blicos (como unidades
básicas de saú de, leitos hospitalares, museus, acervo de livros), passando pelos principais índices (de
nascimento, atropelamentos, violência, ó bitos), até as condiçõ es de moradia, atendimentos, entre outras.
Segundo seus autores, o referido documento tem o objetivo de contribuir para a compreensão das dinâmicas
da cidade e para identificar as necessidades e prioridades da população em seus territó rios.
Estudo de caso
Considere os dados apresentados abaixo. A primeira figura traz o registro de informaçõ es coletadas em 2018 e
apresenta a média de idade de ó bito das pessoas nos diferentes distritos da Cidade de São Paulo. Podemos
perceber que quanto mais centralizado o distrito, maior a expectativa de vida de seus moradores e quanto
mais periférico, menor a idade média de morte da população.

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Fonte: REDE NOSSA SÃ O PAULO, 2019, p. 30

A segunda figura traz dados obtidos em 2010 (ú ltimo senso) e apresenta a porcentagem de distribuição de
população preta e parda nas diferentes regiõ es do município de São Paulo. Podemos notar que o maior nú mero
de pessoas pretas e pardas está concentrado nas regiõ es periféricas, enquanto o menor nú mero de pessoas
pretas e pardas está encontra-se na região central.

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Fonte: REDE NOSSA SÃ O PAULO, 2019, p. 12.

Podemos destacar algumas consideraçõ es: a primeira é que o distrito de Moema, que aparece na primeira
figura como tendo a maior idade média ao morrer, na segunda como tendo a menor proporção de pretos e
pardos em relação à população geral. A correlação entre os dados se evidencia mais quando observarmos a
distribuição geral em ambas as figuras, pois há uma triste coincidência entre os distritos que apresentam
expectativas de vida mais baixas e a concentração de pessoas pretas e pardas mais altas.
Assim, ao analisarmos os indicadores sociais, econô micos, culturais e demográficos dos territó rios de
intervenção, precisamos tomar cuidado para não naturalizarmos as condiçõ es de vida que podem trazer
maior vulnerabilidade a uma determinada população. Para isso, é necessário integrarmos os processos
sociais e econô micos para a compreensão dos processos de saú de e doença (BATISTELLA, 2007). A realização
de uma proposta de promoção de saú de pressupõ e o conhecimento das necessidades e condiçõ es da
população, do territó rio e da sociedade em que se dará a intervenção, mas também demanda a reflexão acerca
do que se espera obter de transformação a partir da ação que se realizará. Isso nos leva ao tó pico final desta
unidade.

2.4.2 Transformações que almejamos


Em 2015, cento e cinquenta líderes mundiais se reuniram em Nova York, na sede da Organização das Naçõ es
Unidas (ONU), para firmar o compromisso de implementar até 2030, dezessete objetivos globais de
desenvolvimento sustentável (ONU, 2017, online). De forma resumida, os objetivos são os que você poderá
ver, clicando nos ícones a seguir.

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Erradicar a pobreza e a fome, melhorar a


nutriçã o.

Assegurar a realizaçã o de prá ticas industriais e


agrícolas sustentáveis e inovadoras.

Promover o bem-estar para as pessoas de todas


as idades.

Garantir a educaçã o e o pleno emprego para


todos.

Promover a igualdade de gênero.

Garantir o acesso e a gestã o sustentável da á gua e


da energia e a sustentabilidade do ecossistema,
protegendo oceanos, mares, rios, florestas
animais.

Lutar contra a desigualdade entre os países e


dentro deles, tornando as cidades sustentáveis,
pacíficas, acolhedoras aos seus habitantes,
inclusivas e justas.

Promover a sustentabilidade nos processos de


produçã o e de consumo.

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Investir nas parcerias para a realizaçã o dos


objetivos globais.
É claro que os objetivos elencados acima dependem de um esforço coletivo e de açõ es de diferentes áreas para
que possam ser alcançados. E pelo que temos observado, considerando que estamos no início de 2020 e
muito pouco foi feito para seu cumprimento até o momento, parece difícil imaginar que isso ocorrerá dentro
do prazo previsto. Além disso, em um país com marcadas desigualdades como o nosso, pode parecer utó pica
a proposta. No entanto, se tivermos em mente que cada um de nó s - estudante ou profissional da área da saú de
- também está implicado na concretização destes objetivos, eles podem se constituir como importantes
norteadores para os diagnó sticos das situaçõ es que encontrarmos e a elaboração dos projetos de intervenção.
Talvez, assim, possamos dar nossa contribuição efetiva para que estes objetivos possam um dia ser atingidos.

Conclusão
Chegamos ao final desta unidade, na qual foram ampliados os conceitos de comunidade, territó rio e
sociedade, necessários à compreensão da abrangência das possíveis açõ es a serem realizadas no Programa de
Integração Saú de Comunidade e nas práticas profissionais futuras. Também, foi apresentado o processo de
elaboração e aplicação de um projeto de intervenção em uma comunidade, tendo como referência as etapas do
Arco de Maguerez. Discutimos, ainda, estratégias de observação e registro de territó rio que fornecerão dados
para serem utilizados na análise dos indicadores sociais, culturais e demográficos da população e do
territó rio e que auxiliarão na formulação do projeto de intervenção e na avaliação de seus possíveis
resultados.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:

• compreender os conceitos de comunidade e território e as


implicações da participação dos profissionais de saúde nestes
ambientes;
• associar os determinantes de saúde de uma comunidade e sua
relação com o contexto biopsicossocial;
• identificar demandas de intervenção de promoção de saúde e
bem-estar para a comunidade;
• refletir sobre os objetivos globais de desenvolvimento sustentável
que devem nortear as ações dos profissionais de saúde nos
territórios.

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