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Casos práticos

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Caso prático

João é proprietário de um prédio urbano, que lhe havia sido


doado pelo seu pai, e o qual habitou durante 5 anos, tendo,
posteriormente, vendido o mesmo a António por € 150.000.
António arrendou, em Março de 2015, por € 10.000 anuais, a
Daniela, tradutora, que celebrou com Maurício, estudante
Erasmus, um contrato de prestação de serviços de tradução
dos manuais, com o valor unitário de € 5.000,00.

• Enquadre os factos tributários referidos no âmbito das


normas de incidência dos impostos a que respeitem

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1. Propriedade do prédio urbano pelo João:
• Arts.1º e 2º do CIMI
• Imposto sobre o património - Imposto Municipal sobre Imóveis
• Sujeição passiva: art. 8º do CIMI – João

2. Doação pelo pai – art. 1.º, n.º 1, 1.2 Tabela Geral do Imposto do Selo – isento – art. 6, al. e).
Sujeita, no entanto, à verba 1.1. o,8%, sendo o sujeito passivo o adquirente dos bens – artigo 2.º

3. Transmissão onerosa de bem imóvel do João ao António:


• Arts. 1º e 2º do CIMT
• Imposto sobre o património - Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis
• Sujeição passiva: art. 4º do CIMT – António

• Art. 1º, n.º 1 do CIS


• Imposto de Selo - celebração do contrato
• Sujeição passiva: art. 2º e 3º, n. 3, al. a – António

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4. Venda de prédio doado pelo João

• Tributável na categoria G (artigos 9.º e 10.º, n.º 1,


alínea a) e 4 do CIRS), salvo se verificada a hipótese
prevista no artigo 10.º, n.º 5, do CIRS. Artigo 43.º, n.º 2
CIRS
• Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
• Sujeição passiva: art. 13º, n.º 1 – João

5. Propriedade do prédio urbano pelo António:


• Arts.1º e 2º do CIMI
• Imposto sobre o património - Imposto Municipal sobre
Imóveis
• Sujeição passiva: art. 8º do CIMI – António

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6. Arrendamento do imóvel por António à Daniela:
Art. 1º, n.º 1 do CIS
Imposto de Selo - celebração do contrato
Sujeição passiva: art. 2º e 3º, n. 3, al. b) – António

7. Obtenção de rendimentos com o arrendamento do imóvel por António:


Arts. 1º, n.º 1; 4º, n.º 1, al. n ou art. 8º, n.º 1 e n.º 2, al. a do CIRS
Categoria F (artigo 8.º, n.º 1 e 2). Possível inclusão na Categoria B no caso de
exercício de atividade empresarial (art. 3.º, n.º 1 e 2, alíneas a) ou opção do
sujeito passivo (artigo 8.º, n.º 1, parte final). Sendo tributados como
rendimentos de categoria F, serão sujeitos à taxa especial de 28% (artigo
72.º, n.º 1, al. e), existindo opção pelo seu englobamento.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
Sujeição passiva: art. 13º, n.º 1 – António

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8. Obtenção de rendimentos pela Daniela com a prestação de
serviços de tradutora:
• Arts. 1º; 3º, n.º 1, al. b, tabela de actividades do art. 151.º do CIRS,
1334, do CIRS
• Imposto sobre o rendimento - Imposto sobre o Rendimento das
Pessoas Singulares
• Sujeição passiva: art. 13º CIRS – Daniela

9. Prestação de serviços pela Daniela:


• Arts. 1º, nº. 1, al. a; 4º, nº. 1 CIVA
• Imposto sobre o consumo - Imposto sobre o Valor Acrescentado
• Sujeição passiva: art. 2º, n.º 1, al. a – Daniela

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Caso prático
Joaquim Posto, Juiz-Conselheiro reformado,
aufere uma pensão no valor anual de €
80.000,00 e recebe €4.000,00, por ano, de
rendas de um apartamento T3 que arrendou a
estudantes, relativamente ao qual suportou
€1.000,00 de IMI e €10.000,00 de despesas de
conservação.
a) Indique, fundamentadamente, como se
procederá ao apuramento do rendimento
colectável desse sujeito passivo;
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• Pensão no valor anual de € 80.000,00 – categoria H
• € 4.000,00, por ano, de rendas de um apartamento T3
- categoria F
• Relativamente aos € 80.000,00 é necessário proceder-
se às deduções específicas previstas no 53.º, n.º 4.
• Relativamente aos €1.000,00 de IMI e €10.000,00 de
despesas de conservação que suportou – art. 41.º, nºs
7 e 8 deduções, para que se determine o rendimento
líquido da categoria.
• Contudo, estes gastos não podem ser comunicados às
outras categorias, ou seja, pertencem à categoria F e
não à H - Princípio da não intercomunicabilidade dos
gastos – art. 55.º, nº 1, b)

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• Logo, estas deduções têm de ser feitas na
categoria F. €4.000,00 – € 11.000,00 = - €
7.000,00
• Art. 55.º, 1, b) – o resultado líquido negativo
apurado na categoria F só pode ser reportado
aos seis anos seguintes àquele a que respeita

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Caso prático
Albertino vendeu em Junho de 2011, por €
250.000,00, a sua casa de habitação que adquirira
quatro meses antes por € 200.000,00, tendo aplicado
o valor de realização decorrente da venda na
aquisição de um outro imóvel por € 750.000,00.
Tendo em consideração estes elementos, responda de
forma justificada à seguinte questão:
Existirá, neste caso, tributação em sede de IRS, a título de
mais-valias?

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• Tributável na categoria G (artigos 9.º e 10.º,
n.º 1, alínea a) e 4 do CIRS), salvo se verificada
a hipótese prevista no artigo 10.º, n.º 5, do
CIRS, ou seja, se o reinvestimento cumprir as
condições aí previstas; caso tal não aconteça,
a mais-valia será apenas considerada em 50%
(artigo 43.º, n.º 2 CIRS).

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Caso prático
• Enquadre os factos tributários referidos no
âmbito das normas de incidência dos impostos a
que respeitem:
• A Sra. ABC comprou, em 2010, um prédio urbano
localizado na R. das Flores, nº. 1, Coimbra, por €
100.000,00, o qual vendeu, em 2014, ao Sr. XPTO
por € 180.000,00. O Sr. XPTO transformou esse
prédio no seu escritório para a prestação de
serviços de consultoria, que lhe renderam, em
2014, € 120.000,00.
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• Transmissão onerosa de imóvel do antigo proprietário para a Sra. ABC em 2010:
Arts. 1º e 2º do CIMT
Imposto sobre o património - Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis
Sujeição passiva: art. 4º do CIMT – Sra. ABC

Art. 1º, n.º 1 do CIS


Imposto de Selo - celebração do contrato
Sujeição passiva: art. 2º e 3º, n. 3, al. a – Sra. ABC

• Propriedade do prédio urbano localizado na R. das Flores, nº. 1, Coimbra, pela Sra. ABC:
Arts.1º e 2º do CIMI
Imposto sobre o património - Imposto Municipal sobre Imóveis
Sujeição passiva: art. 8º do CIMI – Sra. ABC

• Transmissão onerosa de bem imóvel da Sra. ABC ao Sr. XPTO em 2014:


Arts. 1º e 2º do CIMT
Imposto sobre o património - Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis
Sujeição passiva: art. 4º do CIMT – Sr. XPTO

Art. 1º, n.º 1 do CIS


Imposto de Selo - celebração do contrato
Sujeição passiva: art. 2º e 3º, n. 3, al. a – Sr. XPTO 13
• Mais-valia obtida pela Sra. ABC com a venda do imóvel em 2014:
Arts. 1º; 9º, n.º 1, al. a; e 10º, nº. 1, al. a do CIRS
Imposto sobre o rendimento - Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
Sujeição passiva: art. 13º CIRS – Sra. ABC

• Obtenção de rendimentos com a prestação de serviços de consultoria pelo Sr. XPTO em 2014:
Arts. 1º; 3º, n.º 1, al. b do CIRS
Imposto sobre o rendimento - Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
Sujeição passiva: art. 13º CIRS – Sr. XPTO

• Prestação de serviços pelo Sr. XPTO:


Arts. 1º, nº. 1, al. a; 4º, nº. 1 CIVA
Imposto sobre o consumo - Imposto sobre o Valor Acrescentado
Sujeição passiva: art. 2º, n.º 1, al. a – Sr. XPTO

• Propriedade do prédio urbano localizado à R. das Flores, nº. 1, Coimbra, pelo Sr. XPTO:
Arts.1º e 2º do CIMI
Imposto sobre o património - Imposto Municipal sobre Imóveis
Sujeição passiva: art. 8º do CIMI – Sr. XPTO

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António dispõe de € 300.000 de que espera não precisar nos
próximos 5 anos e que pretende investir em Portugal. Mas está
hesitante entre: 1) constituir um depósito bancário a prazo por 5
anos, 2) comprar imóveis para revender; 3) comprar ações na Bolsa
de Valores; ou 4) comprar um imóvel para arrendar a estudantes.

• António conhece as implicações jurídicas gerais que cada uma


destas opções desencadeia, mas não sabe com que consequências
fiscais pode contar. Tente ajudá-lo, indicando o tratamento fiscal
correspondente ao rendimento que possa obter no caso de optar
por cada uma dessas situações.

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• Tratamento dos possíveis rendimentos:
1) Tributação em sede de IRS - Categoria E – artigo
5.º, n.º 1 e n.º 2, alínea b) – sujeição à taxa
liberatória 28% artigo 71.º, n.º 1, alínea a) e
possibilidade de opção pelo seu englobamento;
2) Possibilidade de inclusão nas Categorias B (art.
3.º, n.º 1, alínea a) e n.º 2, alínea c)), no caso de
exercício de atividade empresarial; a tributação
das mais-valias, nos restantes casos, enquadrada
na Categoria G (artigo 9.º e 10.º, n.º 1, al. a)),
sendo neste caso o saldo das mais-valias
considerado apenas em 50% (art. 43.º, n.º 2);
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3) Eventuais rendimentos das acções: Dividendos –
Categoria E (artigo 5.º, n.º 1 e 2, alínea h); e, no caso
de alienação das ações, eventuais mais-valias (artigo
9.º e 10.º, n.º 1, alínea b) – Em ambos os casos,
aplicação de taxa liberatória de 28%, e possível opção
pelo englobamento;

4) Rendimento proveniente do arrendamento: Categoria


F (artigo 8.º, n.º 1 e 2). Possível inclusão na Categoria
B no caso de exercício de atividade empresarial (art.
3.º, n.º 1 e 2, alíneas a) ou opção do sujeito passivo
(artigo 8.º, n.º 1, parte final). Sendo tributados como
rendimentos de categoria F, serão sujeitos à taxa
especial de 28% (artigo 72.º, n.º 1, al. e), existindo
opção pelo seu englobamento.

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Caso prático
• Enquadre os factos tributários referidos no âmbito
das normas de incidência dos impostos a que
respeitem:
• O Sr. ABC, proprietário do imóvel situado na R. da
Indústria nº. 10, Lisboa, celebrou, em 2013, com a
empresa XYZ Calçados S.A., contrato de arrendamento
do imóvel pelo período de 10 anos, iniciando-se,
naquele local, em Janeiro de 2014, actividade
industrial de produção de calçado por parte da
arrendatária. No ano de 2014 a empresa XYZ Calçados
S.A. obteve rendimentos de € 3.000.000,00 pela venda
de 20.000 unidades de mercadoria a diversas lojas no
território português.
• Propriedade do prédio urbano localizado à R. da Indústria, nº. 1, Coimbra, pelo
Sr. ABC:
Arts.1º e 2º do CIMI
Imposto Municipal sobre Imóveis
Sujeição passiva: art. 8º do CIMI – Sr. ABC

• Arrendamento do imóvel por ABC à empresa XYZ Calçados S.A.:


Art. 1º, n.º 1 do CIS
Imposto de Selo - celebração do contrato
Sujeição passiva: art. 2º e 3º, n.º 2, al. a – Sr. ABC

• Obtenção de rendimentos com o arrendamento do imóvel por ABC:


Arts. 1º, n.º 1; 3º, n.º 2, al. a; 4º, n.º 1, al. n ou art. 8º, n.º 1 e n.º 2, al. a do CIRS
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
Sujeição passiva: art. 13º, n.º 1 – Sr. ABC

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• Obtenção de rendimentos com a actividade industrial de produção
de calçado por parte da arrendatária em 2014:
Arts. 1º e 3º, n.º 1, al. a do CIRC
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas
Sujeição passiva: art. 2º, n.º 1, al. a do CIRC – empresa XYZ Calçados S.A.

• Venda de 20.000 unidades de mercadoria a diversas lojas no


território português por XYZ Calçados:
Arts. 1º, nº. 1, al. a; 3º, nº. 1 CIVA
Imposto sobre o Valor Acrescentado
Sujeição passiva: art. 2º, n.º 1, al. a – empresa XYZ Calçados S.A.

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Caso prático
• Considere que, no ano de 2015, a Sra. ABC auferiu €
30.000,00 pela sua actividade como advogada da sociedade
ABC e JJB Advogados e € 5.000,00 pelo arrendamento de
um prédio urbano da sua propriedade. O Sr. XYZ, seu
marido, vai obter, no mesmo ano, € 15.000,00 da sua
actividade de caçador e de exploração directa de pastos
naturais. O casal vai receber ainda € 1.000,00 de juros de
depósitos a prazo que detém numa instituição bancária.
Com base nos elementos apresentados, responda
justificadamente:
• Quais os impostos a que a Sra. ABC e o Sr. XYZ estão
sujeitos?

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• Por haver auferido rendimentos das categorias B (sócia e advogada
da sociedade ABC e JJB Advogados), E (juros de depósitos a prazo,
tributados via taxas liberatórias) e F (rendimentos prediais por
arrendamento de um prédio urbano de sua propriedade), a Sra.
ABC estará sujeita à incidência de IRS no ano de 2015, conforme a
disciplina dos artigos 1º; 3º; 5º; 8º; 13º; e 71º do CIRS.

• Por haver auferido rendimentos da categoria B (actividade de


caçador e de exploração directa de pastos naturais) e E (juros de
depósitos a prazo, tributados via taxas liberatórias), também o Sr.
XYZ estará sujeito à incidência de IRS no ano de 2015, conforme os
arts. 1º; 3º; 4º, n.º 4, al. b; 5º; 13º; e 71º do CIRS.

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• Pela prestação de serviços de advocacia realizados, incidirá IVA
(arts. 1º, nº. 1, al. a; 4º, nº. 1 CIVA), bem como será devido este
imposto pelo Sr. XYZ nas trocas que realizar relativamente ao
produto da caça e exploração de pastos naturais, seja quando
habituais tais transmissões de bens (arts. 1º, n.º 1; 2º, n.º 1, al. a;
e 3º do CIVA), seja quando não habituais (arts. 1º, n.º 1; 2º, n.º 1,
al. a, segunda e terceira partes, e 3º do CIVA).

• Cogita-se, ainda, a incidência do IMI, dada a propriedade do


prédio urbano pela Sra. ABC (arts.1º, 2º e 8º do CIMI), e a
incidência do IS, considerando a celebração de um contracto de
arrendamento entre a Sra. ABC e o respectivo arrendatário (arts.
1º, n.º 1; 2º e 3º, n. 3, al. a do CIS).

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Quais os termos gerais de liquidação e cobrança do IRS? Ou Indique como se
procederá à determinação do seu rendimento tributável?
• O IRS é liquidado, em termos gerais, da seguinte forma: procede-se à
categorização dos rendimentos em cada uma das categorias constantes nos
arts. 1º a 12º do CIRS; realizam-se as deduções específicas de cada categoria
(arts. 25º a 54º do CIRS), apurando-se os rendimentos líquidos de cada
categoria; segue-se, então, o englobamento (art. 22º) [rendimentos sujeitos
a taxas liberatórias não são englobados, excepto se houver opção pelo
englobamento – n.º 6, art. 71.º], sendo certo que eventuais prejuízos não
são comunicáveis entre categorias (art. 55º), de modo que, nesta etapa,
procede-se à soma do resultado líquido positivo de cada uma das categorias.

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• Optando o casal pela tributação conjunta, haverá de ser, após o
englobamento, aplicado o quociente familiar, calculado nos termos
do art. 59º e 69º do CIRS, dividindo-se a matéria colectável
(rendimento global) por 2.

• Sobre o resultado da divisão incidem as taxas média e normal (art.


68º) para o escalão de rendimento correspondente, procedendo-
se, então, à multiplicação do resultado da colecta pelo mesmo
quociente familiar de 2. Deste resultado, subtraem-se as deduções
gerais à colecta (art. 78º e ss. do CIRS), chegando-se à colecta
líquida, que será o total de imposto a pagar.

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• Não optando pela tributação conjunta, inexistirá
divisão e multiplicação pelo quociente familiar,
procedendo-se directamente à aplicação das taxas ao
rendimento global de cada membro do casal (Sra. ABC
e Sr. XYZ), separadamente, com a incidência das
deduções à colecta reputáveis a cada um.
• É de se salientar que a liquidação do IRS dá-se
mediante declaração do sujeito passivo (arts. 60º e 61º
do CIRS), nas formas dos arts. 75º e ss. do CIRS.

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• A cobrança do imposto será feita na forma dos arts. 97º e ss. do
CIRS, valendo ressaltar que, para os rendimentos da categoria B,
são devidos três pagamentos por conta do imposto devido a final
(art. 102º do CIRS).

• Por fim, considerando que os juros de depósitos a prazo estão


sujeitos a taxa liberatória (art. 71º, n. 1, al. a do CIRS), a incidência
do IRS dar-se-á aquando do pagamento de juros pela instituição
bancária com a retenção na fonte a título definitivo da taxa de 28%,
liberando integralmente os contribuintes (art. 28º, n.º 1 da LGT) –
retenção na fonte a título definitivo.

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Ana doou, em 2010, ao seu filho Bernardo um
prédio urbano avaliado em €100.000. Bernardo
habitou no imóvel até 15 de Janeiro de 2015,
data em que o vendeu a Carlos por €130.000.
Após realizar obras no imóvel, Carlos arrendou-
o, em Fevereiro de 2015, por €20.000 anuais, a
Daniela.
• Enquadre os factos tributários referidos no
âmbito das normas de incidência dos
impostos a que respeitem

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Doação da Ana ao seu filho – art. 1.º, n.º 1, 1.2 Tabela Geral do Imposto do Selo – isento – art. 6,
al. e)
Sujeita, no entanto, à verba 1.1. o,8%, sendo o sujeito passivo o adquirente dos bens – artigo 2.º

Propriedade do prédio urbano pelo Bernardo:


Arts.1º e 2º do CIMI
Imposto sobre o património - Imposto Municipal sobre Imóveis
Sujeição passiva: art. 8º do CIMI – Bernardo

Transmissão onerosa de bem imóvel do Bernardo para Carlos:


Arts. 1º e 2º do CIMT
Imposto sobre o património - Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis
Sujeição passiva: art. 4º do CIMT – Carlos
Art. 1º, n.º 1 do CIS
Imposto de Selo - celebração do contrato: verba 1.1. da Tabela Geral do I.S.
Sujeição passiva: art. 2º e 3º, n. 3, al. a – Carlos

Venda de prédio doado pelo Bernardo


Tributável na categoria G (artigos 9.º e 10.º, n.º 1, alínea a) e 4 do CIRS), salvo se verificada a
hipótese prevista no artigo 10.º, n.º 5, do CIRS.
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
Sujeição passiva: art. 13º, n.º 1 – Bernardo 29
Propriedade do prédio urbano pelo Carlos:
Arts.1º e 2º do CIMI
Imposto sobre o património - Imposto Municipal sobre Imóveis
Sujeição passiva: art. 8º do CIMI – Carlos

Arrendamento do imóvel por Carlos à Daniela:


Art. 1º, n.º 1 do CIS
Imposto de Selo - celebração do contrato: Verba 2 da Tabela Geral do
I.S.
Sujeição passiva: art. 2º e 3º, n. 3, al. b) – Carlos

Obtenção de rendimentos com o arrendamento do imóvel por


Carlos:
Arts. 1º, n.º 1; 4º, n.º 1, al. n ou art. 8º, n.º 1 e n.º 2, al. a do CIRS
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
Sujeição passiva: art. 13º, n.º 1 – Carlos

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• Suponha que, em 2015, Bernardo auferiu
ainda rendimentos provenientes de trabalho
dependente no valor de €10.000 e juros de
depósitos a prazo no valor de €500,00.
Indique como se procederá à determinação
do seu rendimento tributável

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• A consideração das categorias de rendimento em causa (a necessidade de
discriminação qualitativa do rendimento); Identificação das categorias em
causa: Categoria G artigo 10.º, n.º 1, al. a) 10.º,n.º 1, al) a e 4 , não sendo
tributável no caso de preenchidos os pressupostos do 10.º, n.º 5; A
(Rendimentos provenientes de trabalho dependente) artigo 2.º , E artigo
5.º, n.º 1 e 2, al. b) (juros de depósitos a prazo);
• Determinação do rendimento líquido no âmbito de cada categoria:
deduções específicas; noção e finalidade face à consideração do
“rendimento líquido”; Em concreto: Categoria A – artigo 25.º; Categoria G
–: considerar o saldo relevado em 50% - artigo 43.º, n.º 2, equacionar os
critérios de determinação dos valores de aquisição e de realização;
Categoria E – inexistência de deduções face ao caso concreto;
• O englobamento (art. 22º) e o caráter único do IRS a questão dos
rendimentos sujeitos a taxas liberatórias [rendimentos sujeitos a taxas
liberatórias, como é o caso dos juros no nosso caso, não são englobados,
excepto se houver opção pelo englobamento – n.º 6, art. 71.º],
procedendo-se à soma do resultado líquido positivo de cada uma das
categorias.

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• Diga, separadamente (enquadrando e
justificando legalmente a sua resposta), se os
seguintes factos estão sujeitos ao pagamento
de imposto e qual:
(i) rendimentos provenientes da actividade de
Belmira, como médica;
(ii) ganhos da venda de uma casa em Paris, de
que Sheldon era proprietário;
(iii) herança recebida por Belmira, pela morte de
sua mãe;
(iv) cedência de direitos de autor de Sheldon
Cooper para a sociedade Big Bang, S.A..
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i. Rendimentos de Categoria A trabalho dependente: artigo 2.º, n.º
1, do CIRS; sendo possível inclusão na Categoria B, como
rendimentos profissionais, artigo 3.º, n.º 1, al. b), do CIRS;

ii. Rendimentos de Categoria G, artigo 9.º, n.º 1, al. a) e 10.º, n.º 1,


al. a), exclusão do reinvestimento previsto no artigo 10.º, n.º 5,
CIRS;

iii. Sujeição a Imposto de Selo, artigo 1.º, n.º 1, parte final, e tabela
Geral verbas 1.2. e 1.2.; Isenção quanto à verba 1.2, artigo 6.º do
CIS;

iv. Rendimentos de Categoria B, artigo 3.º, n.º 1, alínea c), do CIRS –


afastar a aplicabilidade do artigo 5.º, n.º 1, alínea m), sendo
rendimentos auferidos pelo seu titular originário não há lugar à
aplicação dos artigos 5.º, n.º 1, alínea m), e 10.º, n.º 1, alínea c),
CIRS (não era exigido a explicitação do regime de IVA);
transmissão gratuita: Imposto de selo, artigo 1.º, n.º 1, parte final
e n.º 2 al. e), e artigo 2.º CIS.

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