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Recuperação de História

Passo 1:

No artigo "Colonialidade e Modernidade/Racionalidade", Aníbal Quijano propõe uma nova interpretação da


colonização e suas consequências na sociedade mundial. Ele é um convite à reflexão sobre a necessidade de uma
mudança profunda na forma como a sociedade mundial é organizada. Nesse sentido, seguem as principais ideias
apresentadas pelo autor no artigo:

• A modernidade não é um fenômeno universal, mas sim um produto da colonização europeia das
Américas.
• A colonialidade, ou seja, a relação de dominação entre o colonizador e o colonizado, não foi apenas um
fenômeno político e econômico, mas também um fenômeno epistêmico, que produziu um novo padrão
de poder mundial.
• A principal expressão da colonialidade do poder é a diferença colonial, que se expressa em três
dimensões: racial, gênero e trabalho.
• A colonialidade do poder é central para a modernidade, pois ela é a base do capitalismo mundial.
• A colonialidade do poder não terminou com a independência das colônias. Ela persiste na forma de um
sistema de dominação global.
• Quijano propõe um projeto de descolonização, que consiste em romper com a colonialidade do poder.

Passo 2:

“A Concepção Holística e Processual de Tempo de Norbert Elias” Eugênio Rezende de Carvalho


Para Eugênio, Elias propõe uma síntese do conceito processual que unisse os pares tradicionalmente presentes
nas abordagens filosóficas sobre o tempo, como tempo cosmológico e fenomenológico. Ele realiza uma análise
crítica dos alicerces da concepção de Elias sobre o tempo, além de explorar algumas das possíveis consequências
dessa perspectiva na compreensão do conceito em outras áreas do conhecimento.

“Sobre o tempo” Norbert Elias


Elias defende que o tempo não é uma entidade natural, mas sim uma construção social. Além de que
experiência do tempo é moldada pela sociedade em que vivemos, e que as diferentes sociedades têm maneiras
diferentes de medir e compreender o tempo.
O texto aborda, sobre a relação entre o tempo e a socialização, a relação entre o tempo e a modernidade e
como as sociedades modernas são caracterizadas por uma maior racionalização do tempo.

Passo 3:

O povo Javaé é um grupo indígena que vive na Ilha do Bananal, rio Araguaia, Tocantins, falantes da língua Javaé
e de origem desconhecida. Acredita-se que eles sejam descendentes de grupos indígenas que viviam na região antes
da chegada dos europeus.
Para esse povo, tempo, história e o lugar são conceitos importantes. O tempo é cíclico, marcado por estações,
ciclos naturais e rituais religiosos. A história é contada através de mitos, lendas e rituais, eles também acreditam que
sua história está ligada à história do rio Araguaia, que eles consideram um rio sagrado. O lugar é um conceito central,
eles acreditam que a Ilha do Bananal é seu lugar sagrado, onde eles estão conectados aos seus ancestrais e ao
mundo natural.
Passo 4:

No contexto apresentado das culturas Javaé, das concepções de tempo do alemão Norbert Elias e do goiano
Eugênio Rezende, conclui-se que o ser humano tem necessidade de compreender o mundo à sua volta e incluir isso à
sua cultura, resultando em conceitos particulares de cada cultura, ajudando a manter sua identidade cultural e a
conexão com seu ambiente.
O povo Javaé tem sua particularidade por marcar o tempo pelos ciclos da natureza e também religiosos, além de
perceber a história como fator cultural e passado de geração para geração, mantendo a questão religiosa. Essas
maneiras de se pensar e produzir se diferenciam da maior parte da sociedade brasileira pois essa comunidade se
importa em manter seus princípios e crenças, além de repassá-los adiante com orgulho. Essa comunidade tem uma
visão diferente sobre si mesma e sobre o mundo ao seu redor, ilustrando seu caráter original e único, em meio a
uma comunidade mundial de opinião universalizada.

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