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A Terra e o uso de seus recursos
Vegetação
deserto gelado polar e montanhoso estepe e tundra de alto platô floresta de coníferas do norte (taiga) floresta pluvial tropical floresta pluvial subtropical e temperada

Área de rochas descobertas e gelo com pe- Similar à Tundra Ártica, com solo congelado Forma um grande cinturão contínuo que Florestas de copas densas, perenes (que Precipitação menor que a observada na Floresta
quenas manchas de solos rochosos, pobre durante a maior parte do ano. Cobertura do atravessa a América do Norte e a Eurásia, não perdem as folhas durante todo o Pluvial Tropical na longa estação chuvosa, entre-
em matéria orgânica e com pouca água. Em solo muito esparsa com musgos e líquens, ar- com uniformidade em espécies arbóreas. ano), com árvores de 30 a 50 m de meada com uma estação de pouca chuva e baixas
lugares protegidos, crescem apenas alguns bustos de raízes superficiais e pequenas árvo- Caracteristicamente, as árvores são altas, al­tura, com trepadeiras e epífitas for­ temperaturas. Em consequência existem menos
tipos de musgo, líquens e arbustos baixos. res coníferas. em forma de cone, com ramos curtos e mando dosséis contínuos. Associada espécies, um dossel mais ralo, menos cipós e uma
folhas pequenas, e cobertas por cera, a ao clima úmido, com 2 000 a 3 000 mm folhagem mais densa na altura do solo. A ve-
tundra ártica floresta montanhosa, principalmente de coníferas fim de reter a umidade. Clima frio com de precipitação por ano e tempera- getação consiste de árvores perenes (araucárias,
Temperatura média de 0°C, precipitação Invernos amenos, umidade alta e chuvas invernos severos e prolongados, e verões turas altas entre 24 e 28°C. Grande carvalhos e bambus). Em vales úmidos ocorrem
principalmente sob a forma de neve e solo abun­dantes durante todo o ano proporcio- frescos com temperaturas médias ­abaixo diversidade de espécies, tipicamen- samambaias e musgos.
que se mantém congelado durante 10 me- nam o hábitat para densas florestas de conífe- de 0ºC durante mais de seis meses por te 100 por hectare, incluindo cipós,
ano. Vegetação rasteira esparsa com mus­ bam­bus, palmas, seringueiras e mog- floresta de monções
ses por ano (permafrost). A vegetação flo- ras perenes e presença das maiores árvores do
resce quando a camada da superfície der- mundo, que alcançam até 100 m, incluindo o go e líquens. As espécies arbóreas se ca- nos. Man­gues pantanosos se formam Localizada no subcontinente indiano e sudeste
rete nos longos dias de verão e expõe o abeto Douglas e a sequóia gigante. racterizam pela predominância maciça de em áreas costeiras. asiático. Caracteriza-se principalmente por uma
solo superficial. O permafrost ­subjacente coníferas. mistura de árvores decíduas, por causa da longa
permanece congelado e a água da super- estação seca e baixas temperaturas, e perenes,
floresta de coníferas e decidual temperada
fície não pode ser drenada, produzindo por conta da forte umidade e calor advindos das
condições pantanosas. Consiste de juncos, Área de transição entre florestas de co- chuvas de verão. As árvores podem alcançar 30 m,
líquens, gramíneas árticas e algumas ár- níferas e florestas de copas densas, que porém são mais esparsas que nas florestas pluviais;
vores esparsas, como o salgueiro. perdem as folhas durante as estações de há menos competição por luz e a vegetação densa
outono e inverno (decíduas). da floresta cresce mais lentamente. Grande diversi-
dade de espécies, incluindo árvores como a teka e
180° 120° 60° 0° 60° 120° 180° o sândalo, além de cipós e bambus.
90°

60°

30°

30°

60°

ESCALA 1:148 000 000


740 0 1 480 km

PROJEÇÃO DE ROBINSON
90°

savana tropical e cerrado


floresta decidual temperada e prado
Áreas com clima quente e longos períodos de es- deserto
Área de densidade pluviométrica relativamente intensa e
vegetações tropicais complexas tiagem. Extensas áreas de gramíneas, que podem Precipitação menor que 250 mm por ano. A vegeta- bem distribuída e de temperaturas favoráveis ao crescimento
Clareiras vastas com arbustos e gramíneas altas. atingir alturas de até 3,5 m, com dispersão de ar- ção é muito esparsa, composta por poucos arbustos de floresta. Árvores altas e de copa densa, que formam um
Árvores resistentes ao fogo, decíduas ou xerofíti- bustos resistentes ao fogo e à seca, árvores baixas xerofíticos e flores efêmeras, em meio a rochas des- dossel no verão, mas perdem suas folhas no inverno. Vege-
cas, devido a longos períodos de seca. As espécies de troncos retorcidos, característicos de solos fer- cobertas, dunas de areia e salinas. tação rasteira esparsa e pouco desenvolvida, mas com bom
incluem eucaliptos (na Austrália), xerófitas na ruginosos e ácidos. crescimento de ervas e flores na primavera. Diversidade de
caatinga do Nordeste brasileiro, arbustos e gra- estepe desértica e vegetação arbustiva
espécies – até 20 por hectare – incluindo carvalho, faia, ácer,
míneas altas no Chaco Boliviano e sul da Índia. vegetação de transição da savana para o semidesértico
Clima semiárido, com invernos frios e secos e ve­­ freixo, ulmus castanha e carpino. Muitas dessas florestas fo-
Vegetação de arbustos xerofíticos com gramíneas rões quentes. Solo descoberto, com gramíneas ram desmatadas para fins de urbanização e agricultura.
savana africana e poucas árvores, limitadas por longos períodos de baixas de distribuição esparsa, árvores baixas e
Vegetação predominante com gramíneas e pre- seca e curtos períodos chuvosos e quentes. Gramí­ ­arbustos dispersos. floresta mediterrânea e arbustos

cipitação suficiente para suportar uma dispersão neas espinhosas e acácias arbustivas são comuns. Área de verões quentes e áridos. Árvores perenes baixas, de
de árvores decíduas baixas e arbustos espinho- pradarias e estepes temperadas distribuição esparsa, entrançadas com barras espessas e en-
sos. As principais espécies consistem de capim-­ vegetação arbustiva desértica
Cobertura do solo constituída por gramíneas con- tremeadas com áreas arbustivas. As árvores apresentam fo-
elefante, acácias, palmas e baobás, limitadas pela Plantas xerofíticas dispersas capazes de resistir a tínuas (campinas e pampa). Considerada vegetação lhas com cera ou formação espinhosa e raízes profundas para
aridez e resistentes a incêndios frequentes. Há pre­ extremos de temperaturas durante o dia e à noite, e climática natural de acordo com o solo e o clima. resistir à estiagem. Muitas dessas florestas têm sido desmata-
sença de mamíferos herbívoros. As árvores de­sen­­ também a longos períodos de seca. Há uma grande Precipitação média de 250-750 mm em longa es- das pelo homem, resultando em extensa formação de vege-
volvem casca espessa, são espinhosas e de folhas diversidade da flora desértica, composta por cactos tação seca, limitando o crescimento de árvores e tação arbustiva (maquis e chaparral). Espécies encontradas:
pequenas. e gramíneas. arbustos. azinheira, pinheiro manso, sobreiro, oliveira e murta.

Fonte: Philip’s modern school. 94th ed. London: Philip´s: Royal Geographical Society, 2003.
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A Terra e o uso de seus recursos
Paisagens
180° 120° 60° 0° 60° 120° 180°
90°

60°

30°

tundra 30°

podzólico e pardo
pradaria e chernozen
latossolo
lixiviado sob floresta 60°

estepe
ESCALA 1:160 000 000
deserto 800 0 1 600 km

90° PROJEÇÃO DE ROBINSON


montanha
Fonte: Atlas geográfico. 3. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1986.

Nível de biodiversidade
120° 180° 120° 60° 0° 60° 120°
90°

60°

30°

30°

60°

ESCALA 1:160 000 000

Diversidade de espécies terrestres de animais e vegetais 800 0 1 600 km

90° PROJEÇÃO DE ECKERT III


Baixo Alto
Fonte: Groombridge, B.; Jenkins, M. D. World atlas of biodiversity: Earth’s living resources in the 21st century.
Berkely: Univ. of California Press; Cambridge, UK: United Nations Environment Programme - UNEP, World
Conservation Monitoring Centre, 2002. Disponível em: <http://www.archive.org/details/worldatlasofbiod02groo>.
Acesso em: out. 2018.
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A Terra e o uso de seus recursos
Florestas originais e florestas remanescentes
180° 150° 120° 90° 60° 30° 0° 30° 60° 90° 120° 150° 180°
90°

60°

30°

30°

60°

ESCALA 1:150 000 000


750 0 1 500 km

90° PROJEÇÃO DE ROBINSON

Cobertura original estimada (até aproximadamente 8 000 anos atrás) e cobertura remanescente das florestas no mundo

Florestas temperadas e boreais: Cobertura original estimada Cobertura atual

Florestas tropicais: Cobertura original estimada Cobertura atual

Fonte: Original forest cover. Global distribution of original and remaining forests. Cambridge, UK: United Nations Environment Programme - UNEP,
World Conservation Monitoring Centre - WCMC, [2002?]. Disponível em: <http://www.unep-wcmc.org/forest/original.htm>. Acesso em: set. 2011.
Fotos (Shutterstock Images): Florestas temperadas: Dan Briski; Larry Jacobsen; Phdpsx; e Florestas tropicais: Doxa; Vera Bogaerts; Sword Serenity.
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A Terra e o uso de seus recursos
Áreas protegidas - 2016

No total do território
nacional (%)
menos de 2
de 2 a 5
ESCALA 1:160 000 000
de 5 a 10 800 0 1 600 km

de 10 a 20 PROJEÇÃO DE ECKERT III

mais de 20
sem dados Fonte: Terrestrial and marine protected areas (% of total territorial area), 2016. In: World Bank. DataBank. Washington, DC, 2018. Disponível em:
<https://data.worldbank.org/indicator/ER.PTD.TOTL.ZS?view=chart>. Acesso em: out. 2018.

Emissão de dióxido de carbono - 2014

Emissão de dióxido de
carbono (t/hab.)
menos de 0,5
de 0,5 a 1,5
de 1,5 a 3,5
ESCALA 1:160 000 000
de 3,5 a 7,0 800 0 1 600 km

PROJEÇÃO DE ECKERT III


de 7,0 a 15,0
mais de 15,0
sem dados Fonte: CO2 emissions (metric tons per capita), 2014. In: World Bank. DataBank. Washington, DC, 2018. Disponível em: <https://data.worldbank.org/
indicator/EN.ATM.CO2E.PC>. Acesso em: out. 2018.
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A Terra e o uso de seus recursos
Uso da terra - 2015

Áreas cultivadas (%)


menos de 5
de 5 a 15
de 15 a 25 800
ESCALA 1:160 000 000
0 1 600 km

de 25 a 35 PROJEÇÃO DE ECKERT III

mais de 35
sem dados Fonte: Agri-environmental indicators. Land use. Arable land and permanent crops, 2015. In: Food and Agriculture Organization of the United Nations.
Faostat. Rome: FAO, 2017. Disponível em: <http://www.fao.org/faostat/en/#data>. Acesso em: out. 2018.

Pastagem - 2015

Áreas de pastagens
permanentes (%)
menos de 10
de 10 a 30
de 30 a 50 ESCALA 1:160 000 000
800 0 1 600 km

de 50 a 70 PROJEÇÃO DE ECKERT III

mais de 70
sem dados Fonte: Agri-environmental indicators. Land use. Permanent meadows and pastures, 2015. In: Food and Agriculture Organization of the United Nations.
Faostat. Rome: FAO, 2015. Disponível em: <http://www.fao.org/faostat/en/#data>. Acesso em: out. 2018.
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A Terra e o uso de seus recursos
Distribuição dos recursos hídricos - 2014

Nível de potencialidade
(m3/hab./ano)
menos de 500
de 500 a 1 000
de 1 000 a 2 000 ESCALA 1:160 000 000
800 0 1 600 km
de 2 000 a 10 000
PROJEÇÃO DE ECKERT III

de 10 000 a 100 000


mais 100 000
sem dados Fonte: Total renewable water resources per capita, 2014. In: Food and Agriculture Organization of the United Nations. Aquastat. Rome: FAO,
2016. Disponível em: <http://www.fao.org/nr/water/aquastat/data/query/index.html>. Acesso em: out. 2018.

Produção pesqueira - 2016

Países com maior


produção pesqueira
País Produção 2016 (t)
China 82 683 578
Indonésia 23 200 421
Índia 10 785 334
Vietnã 6 420 471 Proporção da produção
pesqueira sobre o total da
Estados Unidos 5 375 386 ESCALA 1:200 000 000
produção mundial (%)
1000 0 2 000 km
Rússia 4 947 253 menos de 0,5
PROJEÇÃO DE ECKERT III

Japão 4 343 256 de 0,1 a 1,0


Filipinas 4 228 905 de 1,0 a 5,5
Peru 3 911 989 11,5
Bangladesh 3 878 324 40,9
Fonte: Food and Agriculture Organization of the United Nations. Global Production Statistics 1950-2016. Rome: FAO, [2018]. sem dados
Total 202 223 036
Disponível em: <http://www.fao.org/fishery/statistics/global-production/query/en>. Acesso em: out. 2018.
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A Terra e o uso de seus recursos
Recursos minerais - 2016
Bauxita

!
!

!
Produção de Bauxita (t) -
!! maiores produtores
China

!
!
!Índia
!
de 1 a 10 milhões

!
Guiné !
!!
!
de 10 a 40 milhões

!
!
!
Brasil de 68 a 84 milhões
Austrália

Carvão mineral
ESCALA 1:270 000 000
1 350 0 2 700 km

PROJEÇÃO DE ECKERT III


Rússia
!
!
Produção de carvão mineral (t) - Alemanha !!!Polônia Casaquistão

!
maiores produtores
!
!
!
Estados !
! !
!
Unidos da ! ! !
! de 11 a 100 milhões América China

! de 100 a 385 milhões !Índia


! !

!
!
de 385 a 706 milhões !

!
Indonésia

! 3,4 bilhões (China)

África do Sul
! !
Austrália

Estanho
ESCALA 1:270 000 000
1 350 0 2 700 km

PROJEÇÃO DE ECKERT III

!
Produção de Estanho (t) -
China maiores produtores

!Nigéria !
Mianmar ! Laos
!Vietnã !
! de 1 a 10 mil
de 10 a 19 mil

!
Malásia !

!
Rep. Dem. !Ruanda
do Congo !
Peru
! ! Indonésia
de 57 a 97 milhões
!
Brasil
Bolívia
Austrália !

Minério de Ferro
ESCALA 1:270 000 000
1 350 0 2 700 km

PROJEÇÃO DE ECKERT III

Canadá !
Suécia
!
Ucrânia !
! Rússia
Casaquistão

!!
Produção de Minério de Ferro (t) - Estados Unidos
!
maiores produtores
da América ! Irã China
!
! de 11 a 300 milhões México
! Índia
!

! de 300 a 670 milhões !

! de 670 a 425 milhões


!
!
Brasil

! de 425 a 1 281 milhões


!

África do Sul !
Austrália

Fonte: Brown, T. J. et al. World mineral production 2012-16. Nottingham: British Geological Survey
- BGS, 2018. Disponível em: <http://www.bgs.ac.uk/mineralsuk/statistics/worldStatistics.html>. ESCALA 1:270 000 000
1 350 0 2 700 km
Acesso em: out. 2018.
PROJEÇÃO DE ECKERT III
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A Terra e o uso de seus recursos
Petróleo - 2016

Canadá
! !
!
! ! Rússia

!
Estados Unidos
da América
! !

!!!
Iraque
!
Irã ! China

Maiores produtores 2016


México
! Venezuela
! ! !

!
!!!!
Kwait
Arábia
Saudita
Emirados
Árabes
Unidos
!

! !

Produção de petróleo ! ! !
Nigéria

! !
!
! !
! ! !
(mil barris/dia)
12 354 12 349
!
!
Brasil !
!
11 227
!

Produção (mil barris/dia)


! de 100 a 1 000
ESCALA 1:200 000 000
! de 1 00 a 2 000
1 000 0

PROJEÇÃO DE ECKERT III


2 000 km
! de 2 000 a 5 000
4 600 4 465 4 460
4 073 3 999
3 151
2 605
! de 5 000 a 12 354

Fonte: Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2017. Brasília, DF:
Unidos da Arábia Rússia Irã Iraque Canadá Emirados China Kuwait Brasil Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP, 2017. tab. 1.2. Disponível em:
América Saudita Árabes <http://www.anp.gov.br/publicacoes/anuario-estatistico/3819-anuario-estatistico-2017>. Acesso
em: out. 2018.
Unidos

Energia Renovável - 2015

Proporção de energia
renovável no total de
energia consumida (%)
menos de 20
de 20 a 40
de 40 a 60
de 60 a 80
mais de 80
sem dados

Energia renovável no total


de energia primária - 2015 ESCALA 1:200 000 000
1 000 0 2 000 km

Nuclear PROJEÇÃO DE ECKERT III


4,9% Outros
0,3%

Energia
renovável
13,4%
Biocombustíveis Petróleo
e lixo - 9,4% 31,8%

Gás Natural
21,6%
Hidrelétricas - 2,5% Carvão Mineral
28,1% Fontes: 1. Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2017. Rio de Janeiro: Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Solar, eólica, geotermal
e maré - 1,5% Biocombustíveis - ANP, 2017. tab. 1.2. Disponível em: <http://www.anp.gov.br/publicacoes/anuario-estatistico/3819-anuario-estatistico-2017>.
Acesso em: out. 2018. 2. Dashboard 4: Environmental sustainability. Renewable energy consumption, 2015. In: United Nations Development
Programme. Human Development Data 2018. New York: UNDP, 2018. Disponível em: <http://hdr.undp.org/en/data>. Acesso em: out. 2018.

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