Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
BNDigital.
1
A tf» f 1 ü ü^
' HL
JORNAL DO
yvJH
¦
BK ¦¦•'¦¦
: i,'
1870 A 1871
¦•¦'¦;¦¦ ¦•¦¦¦• '-. ¦'
(1- SEMESTRE)
-
í
li
1U0 DE JàXEIUQ
1871
¦7
,/
:.'";"v l ;";
i m n i r p
', . ,N PACISA3
Aclos doGr.-. Or.\ Braz.-. 25, 33, 40, 65, 81, 97, 113,1^9, 145,
101, 177, 103-, 209, 223, 223, 242, 257, 273, 280, 303, 321,
337,353, 360 385
ActosdoGr.-. Mestrado (1871) 243
doSupiv. Cons.-.
(1871) . . . 2.44
Acto religioso pela morte do joven Vicente Bueno de Camargo Aranha 231
Ainda a Estrella ................ 316
Ainda não é o boletim .'..'¦., 330
Alta novidade. 313
Anniversario (Io) da restauração do Gr.-. Or/.Braz.-. .. . . 274
Antigüidade da Maçonaria, 10, 38, 68, 162 e . .. . . . . .', 168
Ao leitor . 241
Aos nossos assignantes 288, 304, 320, 336, 332, 368, e. ... 384
Apostoleiraas ....'.... ¦....• . . . , , . . .. 17*
Avisos do Vigilante, 33, 49, 63, 81, 112, 113, 129, 159 e .;-.;.: 101
Carla de Pedro Luiz da Cunha 297
Caturrices do Lavradio -97
Cavaco ecclesiastico . 74
Cólera apostólica, 94 .::> 110
Comraunicação . \ . ....;,; .'.¦¦;. ... . s., . 173
Como se escreve no Lavradio . . . . ... . ..... 374
Const.-. do Gr.-. Or.\ Braz.- , . . . . 246
Const.'. Ger.\ do Bit/. E>c.\ Aot.\ e Ac.-.,306, 322, 338, 354e. 370
* Correspondência ... 239
do Vigilante, 270, 377 e . .' '¦*¦', . * . , -. ¦.- ¦ .- .. 379
Discursos ........,..:. .... . 213
Discurso do Gr.-. Mestr.-. Gr.-. Goram.'. . . . . . ." . 205
do Gr.*. Mestr.-. Gr.-. Conim.-, na abertura da aula primaria
#—. (7 de Setembro de 1871). . . . . . , ..... 279
cio Gr.-. Mestr.-. Gr.i. Coram.-, no acto de conferir-se duas
liberdades (7 de Setembro de 1.871) . .*. . . . . . 282
do ex-chefe do Gr.-. Or.-. Braz.'. na do Gr.\ Mestr.-. 2(0
posso
-— do Oi-adi"-. da Ofiic. Un.;. Esc*', na
posse do Gr.-. Mestr.-. 2! 4
-.-
II *
'"'. PAGINA*
¦*--do .Orad.'/ da Offic...**¦*
Brazil.-. na posse do Gr. •. Meslr.s . 21o.
-t do Orad.'. da Offic. Virt.v
Lib.\ e Fiem.-. (k\o\n) .. . . 216
.— do Orad.vda Offic. Triumph.*. do Brazil (idemj. . . . 219
do Orad.•. da Offic. •. Perf.•. Amiz.•.
(idom). . . . . . 220
do Sap.-. Ir.*. Samuel Hahneraann
nas exéquias do jovea Vi-
eente B. C. Aranha . . . , , 235
~ proferido por um Cav.-.Kad.-.
(7"de Setembro de 1871) , 286
proferido Ir.-. Yen. vda Offic.-. Triumph.-.
pelo do Brazil (7 de
Setembro de 1871;. ... .*. . ^ 293
^— proferido pelo Orad.-. cia mesma Offiç.-. (7 de Setembro de 1871,! 294
E então? ; . . . 350
Elevação aogiv. Í8.-. . :. ; . ., . .- . ... .--.'.' 25
Err*la • • •. • • • •.. • -. • • . >& . . , 33J
Escolas maçonicas, 13, 31, 56 e . . .. ;.,. ; . .V .;. ,59
Escravidão antiga e moderna, 150 e . . . .". . - . . .: . 184
Ispectaculo no Lavradio 393
Estrella do Oriente, 309 e. . . ..... . . . 3J6
Expediente 16, 32, 48, 64, 80, 90, 112, 123, 145, 160, 176,198,
224,226 240,256,272,304, 352, 368, e 384
Extincçào da escravidão. .'. . .- . . . . . ..... 290
..Façto importante. . ., . , ' . ...... .... ....... 98
Giv. Or.-. Braz.". . . . ...--..-....... 5-
Guerra (a), 71, 135 e . . ;.^. ; , ^7
Inquisição (a) e a Maçonaria 45, 57, 138, 164 e ..!... 189
Introducção . . . . .... . . . . . ..... 1
Jesuítas, 107, 122, 154, 171, 221, 266, 317, 361 e . . . . ... 397
Legalidade do Gr.-. Or.\ Braz.-., 21, 41, 61, 77, 92, 114, 147,
181 è ........... . ofva
Liberdade, 23,52, 85 e. . . . .- ...'.._ . ijg
Lavradio (0) e o Sr. Goodall . ...''. .... . . 357
-"-cm., festas ... ...... . . .... . 330
Maçonaria (a) no presente e no passado, 17, 55, 75, 89, c . .' 141
Manifesto do Gr.-. Or.-. Braz.-. (1834), 34, 50 e . . . . V 66
-do Gr.-. 0r.\ Braz.-. . . ... . .- . ;' .
(1855; .
'./.' 82
258
— doGr.-.-Or.-. Braz.-. . . , . . . / : *
(mi) .
Necrologico á memória do joven Vicente B. de Camargo Aranha ,. 237
'.''..- '.
Novidade . . ,. .^ .;.:...:::. \.:\.r....'::,. ,.-":. . . .- -
III
¦'.¦'¦¦
PAGINAS
".
O qne é o inundo. . . - . ._ ." ,: ." .; ....... &56
O que valem as publicações do Lavradio . . .'..-. .¦'•'. 300-
Ordem de Trab.-. das OOffic. •. .\ ._ . - . . .'. . . -V 30
Posse do Gr.-. Meslr. ¦. Gr. ¦. Comm.-. . . '. . 4 201
Pranch,-. da Offic •. Crnz. •. do Sul. •. ao chefe int. •. do Gr. ¦.
".
Qr.v. firaz.-. .."". . . , . . ..... . 211
da Offic.'. Eslr. •". da Amer. •. ao mesmo. . .
. ... 212
da Comm. •. encarregada das OOfíic. •.
por parte para o func-
ral do joven V. B. C. Aranha ao Gr. •. Secr. •. Ger. •. ,. 233
—- do Gr. •. Secr. *'. Geiv. d Comm. ¦. acima . ..... 2~34
Projectos do Lavradio, 102, 116, 143 -o . ... . . . 157
Protesto da loj. •.« Cosmopolita» . ... ... . . 301
Publicações a pedido. 30o-e - . . . . . ... , . . , . * 380
Questões de Maçonaria (S. Paulo) . . . . . . . . . 105
Regulamento.para a aula primaria . . . ... ...... 284
Relatório do chefe int. ¦. na posso -do Gr. • > Mestr. •. . . .194
Religião . .... . . . .'¦:, . . , ¦..¦'¦"..'.|'' .'. ."¦ g
Resolução do Gr..-. Cap. • .Ger. •. int. •'. (1870) .....' 28
RespostaâOffic. *.« America» (S. Paulo) '. . . . . . 132
Restauração de Offic.•. . . . . . . 4 . . . . . hq
Será verdade? . .... . . .... . . 348
Tratado de união (1842), 99, 124 e , , , . . . .. . . 130
-*¦ dè Confed. •:, 178, 226 e . . . .„.-... .... .250
Una a pedido . . . . . . . . . . . ... f 159
Um juízo sobre a Maçonaria (S. .Paulo). , . . '. . . 120
Uma curiosidade. .... \ . . . . . .... 365
Umaoffuría . . . . . . . . . . . . . .... 389
Vigilante (o) . 386"
Visitantes. . . . : ... -.' . . . ...... 29
A^t*yyii>
JORNAL
IX)
Intr*oclu.oçâ.o.
preciso, e esse pouco parecia ser a tarefa tios mesmos que se en-
carrega vão da direcçâo da Maçonaria.
Porem, ao momento que alguns Maçons, conscios do bem que a
Maçonaria faz aos povos e do quanto lhes cumpre no desempenho dos
seus deveres, como Maçons, e como cidadãos; no momento, dizemos,
em que esses homens tratarão da regeneração da Maçonaria, pelo
exacto desenvolvimento de seus princípios, para que assim se efíecti-
vasse ocumprimentodeseus fins; despertarão-se as iras do tlirono e
do altar, e reappareceu a adormecida perseguição á Maçonaria.
Não estamos na época das fogueiras inquisitoriaes, não se pôde
actualmente manobrar o cavallete, a polé, as cunhas, as tenazes;
o cutello, a corda, o mazollamenio, são hoje perigosos, senão impôs-
siveis; porem, ainda ha outras armas que não são menos poderosas e
temíveis.
Roma, deu o brado de alarma, e os dous soberanos cia cidade
eterna, no Vaticano e no Gesu, obrarão simultaneamente.
0 anathema.essa arma oufrora terrível, mas hoje de eííeito desço-
nhecido, mas que ainda assim inílue nos acanhados espíritos da
ignorância, foi lançada urbi et orbe, por aquelle mesmo que ha longos
annos pertencia á sociedade Maçonica, e da qual, como seu membro,
obteve reaes e valiosos serviços."
Mas este soberano, actuava sob a pressão do soberano do Gesu, de
onde surgia a Monita antigi, renovada com novos artigos, que era
forçoso adoptar pelo estado de civilisação do século.
Reapparecerão as predicas contra a Maçonaria, emquanto a intriga
manejada com arte e coberta com a mascara da hypocrisia, leva ao
seio da família a discórdia e a dissenção.
Restabeleceu-se a delacção secreta,fructo da espionagem domestica,
sanctificada por promessas a realisar em outra vida, a disposição
de quem pretende dispor de graças, só divinas.
Procura-se afastar o povo cta instrucção gratuita e espontânea, que
se lhe offerece, sob o falso pretexto de que tal instrucção é contraria
ao thrónò e ao altar.
Para se incutir o terror nas almas fracas, prohibe-se sepultar em
sagrado, os filhos da igreja de Christo, porque são Maçons.
Prohibem-se as exéquias de um bravo e denodado soldado, de um
valente cabo de guerra, coberto dos louros colhidos no serviço da
pátria, por ser membro da Maçonaria.
E o povo que não conhece a verdade, vacilla e muitas vezes adopta
a mentira, como phanal de luz, que o guiará a porto de sal-
vamento.
E os Maçons crue desconhecem a origem dos factos que vêem pra-
ticar pelos inimigos da Maçonaria, exitão no cumprimento dos seus
deveres.
E os espíritos esclarecidos, desanimados pelo estado actual da Ma-
çonaria, descrentes de uma regeneração, ou não querendo envol-
ver-se na luta que ameaça o cumprimento dos deveres de cada ma-
5 —
çon, evitão ou despresão esclarecer seus irmãos, Maçons ou não
Maçons, e de procurar em toda a sua
cipios e fins da instituição. plenitude a execução dos prin-
*
Já era tempo de que alguma cousa se fizesse,
para mudar esta si-
tuação, em que uma associação pacifica, utile moralisadora se vá per-
seguida e aviltada pela audácia dos seus inimigos, são também
os inimigos da liberdade e direitos do povo; que
pela incúria, deleixo
e despreso das bazes da instituição, facto muitos dos
associados. praticado por
E' esta necessidade palpitante, t-ve em vista o Gr.-. Or ¦ Bra-
zileiro, restaurando seus trabalhosque
em toda a Maconica.
Mas para que se possa mais facilmente pureza conseguir
"a
reaíisacào
desta idéia, toda de accordo com os efins da Maçonaria
cumpre demonstrar não só que a Maçonariaprincípios
tem decahido edegene-
rado, e que é necessário reerguel-a e restaural-a, como também
sendo a instituição mais antiga das que
que existem, é também a mais
ntil.
Que a sua moral, 6 a do Evangelho, e por conseqüência,
essencialmente religiosa, respeita a religião que sustenta, mas que
nao pactua com os abuzos que lhe enxertão que fins
mascarados pela hypocrisia e postos em acção para particulares
a superstição. pelo fanatismo ê
Que respeita asleis, que garantem a liberdade e direito do cidadão.
Que procura diflundir a instruccão pelo povo, e com elía a mora-
lidade e o amor ao trabalho.
Que exerce a caridade como a ordenou Christo, não só com
seus associados, como para com todos os que delia carecem. para
Assim, pois, a combater os abusos da Maçonaria; a oppor-se á
sanha e furor dos que para a guerrearem se/appellidão amigos do
llirono e do altar ¦ a demonstrar a utilidade dos fins da Maçonaria
ennunciados pelo Gr:\ Or.-. Brazileiro, único Legal e Legitimo
no Rito Esc.-, para o Brazil, é a tarefa a se propõe o vigilante
Procuraremos em nossas débeis forcas que intellectuaes, o completo
desempenho destes deveres a que nos nos interesses da
ordem, da verdade, e da humanidade. propomos,
Religião.
— 9 —
vos, incestuosos; embora a reflexão e a meditação, levem a confusão
ao espirito do homem, que pretende devassar os mysteriosos arcanos
da Divindade, o que o levou a confundir céo e terra, creador e crea-
tura, deos e mundo, fundando o Pantheismo; embora o homem sei-
vagem renda culto á arvore, ao animal, ao insecto, ou ao
próprio
ídolo que forjou; embora essas transviações do espirito humano,
absolutamente se afastão e distingnem do monotheismo, a idea,queo
espirito de toda a humanidade, dirige-se a um só
ciade deos ponto—a existen-
E' assim, que, sejão quaes forem as fôrmas e ceremonias do culto,
o homem revela a crença intima da existência de deos, a
sob tal ou tal invocação. quem adora
Apenas desenvolvida a razão humana, o homem recebe a impressão
harmônica das obras da creação, que influem sobre o seu espirito,
que vê sem poder comprehender, mas que lhe revela a existência dê
um ser supremo e superior.
Então a esta impressão, segue-se no homem o desejo de conhecer
o autor das maravilhas que o cercâo, e com quem
em relação, pelo coração, pela alma, necessidade essa procura pôr-se
torna imperiosa, e a que de continuo se dirige o que se lhe
nos actos mais insignificantes da vida. pensamento, ainda
Para estabelecer esta relação, o homem procura os meios
que lhe
parecem mais adequados,mais evidentes, mais reaes. Estes meios, são
em principio as palavras que do coração vêm aos lábios, invocando
a divindade,
Mas dentro em pouco, o homem j,í não se satisfaz com essa mani-
festação de seu acatamento pela divindade ; elle quer ainda aproxi-
mar-se mais do ente supremo, que se lhe figura na mente, conforme
a comprehensão humana.
E'então que o homem methodiza as homenagens presta ao
invisível Creador que adora ; essa methodisação traz asquefórmulas do
culto, a fundação dos templos, a creação de um sacerdócio
zelar do templo de que é guarda, para velar no cumprimento para dos
ceremoniaes do culto que está a seu cargo.
Eis ahi como o homem, insensivelmente, meditando sobre a própria
existência, na elevação de seu espirito, chega a determinar a exis-
tencia e immortalidade da alma, que produz a idéa de deos, a
tem formado, e para quem deve voltar, e dessas idéas e crençasque
jul-
gadas sob influencias diversas, forma-se a Religião, que pôr essa
mesma vazão, diverge segundo o estado de civilisação, os usos, o
clima e outras diversas causas, sem com tudo, por qualquer fôrma
que seja, alterar-se a crença da existência de deos.
O philosopho deista, satisfaz-se unicamente com o reconhecimento
das duas grandes verdades, que ennuncia com intima convicção
—deos e alma immortal.
Mas o philosopho christão, que igualmente as admitte, ainda
funda sobre outras bases, sua crença riligiosa, e ante o seu espirito
— 10 -
se desenvolve um extenso horizonte religioso, cheio de magnificen-
cias, realçadas pelos bellos, sublimes e philosophicos preceitos da
igualdade, da fraternidade, da carHade e da liberdade.
A religião, é essencial á existência da sociedade, e a maçonaria
reconhecenlo-o, exige de seus filiados a existência de uma*crença
religiosa, sem intervir nas consciências, sem impor uma fórmula
para adorar a Deos, dando toda a liberdade, e ordenando absoluta
tolerando, para as diversas crenças ou religiões.
No entíuto, a maçonaria reconhece, que á doutrina pura e sublime
do christianismo, são devidos os progressos de civilisação e reconhe-
cimento dos direitos do homem, as leis que igualam os homens, e
estreitão os laços fraternaes que os devem unir.
Mas reconhece também que os abusos, os interesses a
ambição de mando e de poder, o orgulho e vaidade departiculares,
um sacerdo-
cio que desconhece ou aberra de sua missão, são as causas de grandes
males eaté do indiferentismo religioso, que produz a immoralidade
e a corrupção que parte dos maus exemplos que muitos desses mes-
mos sacerdotes, dão ao povo.
A maçonaria, pois, comMte esses males, que são representados
pelo fanatismo e' pela superstição, que conserva o povo no erro e na
ignorância, para melhor ser dominado, servir de instrumento hu-
milde e passivo, aos que tomarão por divisa de suas phalanges orga-
nisadas em prejuízo dos povos, da liberdade, e do engrandecimeqto
das nações—altar e throno.
Antigüidade da Maçonaria.
Escolas üVTaçoxiieas.
I.
Um dos mais importantes deveres a cumprir pela Maçon.-. é a
propagação de instrucção pelo povo, de onde provem incontestável-
mente a regeneração popular.
— 14 —
Para este fim, o meio mais eflicaz é a fundação de escolas
nas e secundarias, onde gratuitamente se ensine aos dous sexos prima-
as
matérias necessárias ao desenvolvimento das intelligencias e ha-
bilite os educandos a sarem cidadãos úteis, artistas intelligentes que
e mdustriaes emprehendedores.
Nas escolas do sexo masculino, a instrucção
matica, deve ser acompanhada de uma educação primaria, até a gram-
moral e religiosa,
escoimada dos erros do fanatismo e da superstição, embrutecem
e degradão; a instrucção secundaria, deve consistir que na arithmetica,
geometria, historia pátria e geral, geographia, francez, inglez, e
allemão. D
Nas ascolas do sexo feminino, a instrucção deve ser
a mesma ; a instrucção secundaria limita-se ao primaria, francez, historia e
geographia.
Com o ensino estabelecido, haverá em resultado não só o desenvol-
vimento nas artes e officios, o augmenlo da industria no
artistas intelligentes e instruídos, como também o paiz por
povo, conhecedor
dos seus direitos e dos seus deveres, tornar-se-ha morigerado e labo-
rioso, ao mesmo tempo que sustentando as liberdades
pátrias, não se
prestará no exercício dos direitos que a lei lhe outhorga, a ser sim-
• plesmente a escada
por onde os ambiciosos sobem a cúpula do poder
de onde opprimem e esmágão o mesmo
povo que os elevou.
A mulher educada por este systema, saberá melhor sustentar e de-
tender a sua virtude, tornar-se-ha uma boa e inlelligente mâi
de família; e como a educação da infância é
geralmente formada
pelas mais, ellas poderão innocular no espirito dos filhos, os princi-
pios de uma sã moral, as idéas sublimes da religião de christo •
mas estas idéas, estes princípios moraes e religiosos, ellas os ensi-
narao despidos dos grosseiros erros a está sujeita a mulher igno-
rante e que se curva ás suggestões de que uma moral viciada e errônea
dirigida por um clero ignorante, fanático ou
Pela mulher é que geralmente o jesiiitico.
jesuitismo chega aos seus fins
porque no espirito fraco da mulher e já viciado por uma educação
que se recente dos mesmos erros, ensinua o jesuíta os seus princípios
que apparenta justos, mascarando-os sempre com uma religião fór-
mulada a seu modo, cheia de terrores, de eternas, em que pin-
tao inclemente e vingador um deos de penas
bom e justo, que elles insinuão implacável paz e de bondade; um deos
e flagellador.
Nao _é o clero illustrado e moralisado, despido de fanatismo
e su-
perstiçoes, que insinua taes princípios errôneos, não; esse cumpre
os deveres do sacerdócio, com a consciência da alta missão
está investido. Mas o jesuíta, ou o clero ignorante influenciado de que
jesuitismo, procede em contrario. ppelo
E' pela fraqueza do espirito feminil, em
supersticiosa, que o jesuíta domina na família, que actua uma educação
que prejudica êm
proveito seu, próprio ou da ordem. F J
E como evitar os males provenientes de um tal contagio,
como co-
-: i5 -
nhecer e escolher entre o bom e o máo sacerdote, se falta a precisa
mstrucção r
E' necessária a instrucção, e uma inslruccão esmerada, porque
se o pois
homem carece d'ella para a vida social, a mulher igualmente
d ella precisa para a vida domestica, como filha, como esposa e
como mãi. r
Dirão que o governo occorre a esta necessidade com a creacão das
aulas publicas de ambos os sexos.
Mas ás aulas publicas do governo, vão os filhos das classes mais
menos abastadas; aquelles que seus ou
pais tem meios para occorrerem
as despezas de um vestuário decente e do material
Mas os filhos das ultimas camadas sociaes? Aquelles, para o ensino
dispondo de escassos meios para as mais essenciaes necessidades que seus pais
vida nao podem mandal-os as escolas da
publicas, porque não tom com
que trajal-os com tal ou qual decência, que essas aulas exigem e
menos para lhes comprarem os materiaes do ersino, ficando
necessária mstrucção? Essas crianças não sem a
podem ser de grande utili-
dade a pátria, ao engrandecimento da nação? Entre ellas não
talentos, gênios, que ficarão ignorados haverá
por falta de desenvolvimento !
lois e a essas criança de ambos os sexos que muito principal-
mente aJlaçon.-. se dirige facilitando-lhes os meios de mstrucção
dando-lhes todo o necessário para o ensino,
com os trajos, e so exigindo acceio e assiduidade. pouco se lhe importando*
Não serão estas escolas de real e verdadeira utilidade ?
Poderão ser contestadas as vantagens
Mo será por meio d'ellas que o povopopulares que d'ellas provem?
se pode elevar á altura que
lhe compete na sociedade 4
Se uma educação apropriada estivesse dessiminada
veríamos vícios e crimes correrem á rédea solta; não vedamos pelo povo 'os não
regorgitarem de infelizes viclimas de uni erro lu-
panares
berao evitar, ou de que não poderão defender-se. que não sou-
O Gr. •. Or.;. Brazileii o, conscio deste dever Maconico, saberá cum-
pril-o, opportunamente creando as escolas primarias e secundarias
principal ponto por onde o povo conhecerá a utilidade da Maçonaria'
dado Por uma das LL°g-"- do Circ.-.; •'
fidelidade, de Campinas, na província de S. Paulo, foi a a Offic
r;Se?pl5Jndá
crear uma escola primaria n'este systema, e onde mais de primeira a
nos, quasi todos da classe indigente, recebem a cem alum-
precisa instruc-
çao, e a quem se fornece todo o necessário para o ensino
Tem havido, porém, algumas opiniões entre os MMac.-.
ao ensino diurno ou nocturno; mas esta divergência' de quanto
ou para melhor dizer, esta idéa de ensino nocturno, idéas
Offic.-. que não pertence ao Circ. do Gr.-. Or.-. Braiileiro, partio de umá
nao partilha essa opinião. ¦ o 4qual
# As razões para assim julgar, tem oGr.-. Or.-. Braz.-., e a opo-
siçao que se que faz as escolas Maçonicas, priHcipalmente pelo iesuitismo
serão matéria para outro artigo. ( Continua
— 16 —
Bxp©d i ente.
Preço da assignatura.
PAGAMENTO ADIANTADO,
CORTE E NIOTHEROY.
províncias e exterior.
anuo
£°r semestre 12^000
Por ¦..., 7$000
Typ. de J. A dos Santos Cahdoso & Irmão.— Rua de Gonsalves Dias, 60.