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Personagens
Anahí (Any): 18 anos, esnobe, fria, calculista, inteligente, orgulhosa e atrevida. Se sente superior e faz o
que tem vontade, pois, é defendida pela mãe. Não suporta o irmão Christian e vivem em pé de guerra tanto
que conseguiu separa-lo da namorada Maite. Esnoba Alfonso e faz o que quer com ele, pois sabe que ele é
apaixonado por ela. Por inveja do relacionamento de Christopher e Dulce tanto fez que conseguiu separa-
los. Seus desejos são: Curtir a vida ao máximo, tirar proveito de tudo e não deixar que nada a impeça.
Christian (Chris): 19 anos, gentil, carinhoso, inteligente, romântico, teimoso e divertido. Irmão de Anahí
não a suporta e se atreve a dizer que seria capaz de matá-la. Sofre muito pelo fim de seu namoro com Mai,
culpa da irmã, mas não desiste de reconquistá-la. Grande amigo de Ucker e Poncho, tenta abrir os olhos do
mesmo e fazer com que ele desista da irmã. Seus desejos são: Ser feliz com Mai, se livrar de Anahí e vencer
na vida.
Maite (Mai): 18 anos, romântica, um pouco realista às vezes, inteligente, carinhosa, companheira e
paciente. Terminou com Christian devido às insinuações que Anahí fazia e por coisas que a garota disse e a
magoou. É grande amiga de Dulce e Ucker e ficou triste quando soube que ambos terminaram e tenta
reconcilia-los. Seus desejos são: Voltar com Chris, ser feliz com os amigos, se tornar uma grande médica e
ajudar as pessoas.
Alfonso (Poncho): 19 anos, gentil, cavaleiro, romântico, inteligente, bonito e carinhoso. É completamente
apaixonado por Any e mesmo todos dizendo que ela não presta e que tem que esquece-la não consegue
fazer isso. Grande amigo de Ucker e Chris vive com eles e na opinião dele é sua segunda família. Seus
desejos são: Presenciar um milagre, ajudar as pessoas, estar em dois lugares ao mesmo tempo e ser feliz
com Any.
Dulce (Dul): 17 anos, explosiva às vezes, sonhadora, gentil, carinhosa, decidida e inteligente. É apaixonada
por Ucker, mas terminou com ele por algo que ele diz ter sido armação de Any. É grande amiga de Mai e as
duas se apóiam em tudo o que podem. Seus desejos são: Casar com Ucker, conhecer o mundo e ser feliz.
Christopher (Ucker): 18 anos, carinhoso, gentil, bonito, charmoso, decidido e teimoso. É apaixonado por
Dul e vai fazer de tudo pra te-la de volta, não suporta Any, pois sabe que ela foi a culpado pelo fim de seu
relacionamento. Em compensação é grande amigo de Chris e Poncho. Seus desejos são: Casar com Dul, ver
as pessoas que ama feliz e se dar bem profissionalmente.
Carolina (Carol): 41 anos, bonita, elegante, inteligente, amorosa e muito paciente. É uma grande
empresária. Briga muito com o marido Julio César e o filho Chris por defender demais Any, no fundo sabe
que ela é mau pessoa, mas acredita que a filha tem um lado bom. Seus desejos são: A felicidade da família,
ver Chris e Any bem, a filha mudada e o marido mais tranqüilo.
Julio César: 43 anos, bonito, elegante, teimoso e exigente. É um empresário de sucesso e sente muito
orgulho do filho mais velho, seu problema é com a filha Any. Briga com a mulher por estar defender a filha e
acredita que a mesma não vai mudar nunca e por isso tenta controla-la pra que não faça besteira. Seus
desejos são: A felicidade de sua família, que seus negócios continuem excelentes e que algum dia haja paz
entre os filhos.
Caspian: É um rapaz misterioso, bonito e muito inteligente, mas ninguém sabe de onde ele veio. Aparece
do nada na vida de Any. Na verdade Caspian é um anjo mandado como conselheiro para ajudar Any na sua
missão, aconselha-la e não deixar que a mesma desista antes que seu prazo termine. Não pode influenciar
na opinião e decisão dos outros, pois isso viola a lei do livre arbítrio, mas isso não impede que ele dê
algumas ajudinhas. É bem divertido, mas sério quando necessário.
Capítulo 1
Enquanto isso na casa de Dulce a mesma entrou abraçada com Maite dizendo:
- Vem Mai não fica assim.
Mai: Foi horrível Dulce.
Dulce: Me conta o que aconteceu?
Mai então se lembrou de tudo e contou.
[...] Estava saindo da sala quando Anahí parou na porta impedindo seu caminho.
Mai: Me deixa passar Anahí! - sem paciência.
Any: Tudo bem, mas antes quero falar com vc. - tirando os óculos escuros.
Mai respirou fundo e perguntou:
- O que quer agora?
Any: Te fazer uma proposta... Quanto vc quer pra largar do imbecil do meu irmão?
Mai: Que? Eu devo ter ouvido errado né?
Any: Não queridinha ouviu perfeitamente bem, quanto vc quer pra terminar com o Christian?
Mai: Nada que venha de uma cobra como vc.
Any: Uh! Não devia ser tão mal-educada.
Mai: E vc não devia ser tão cínica e venenosa... O que ganha se eu o seu irmão terminarmos?
Any: Ah nada de muito concreto, mas vou me divertir com a carinha de cachorro sem dono dele.
Mai: É incrível como vc consegue destruir qualquer coisa boa só com a sua presença.
Any: Ai obrigada pela parte que me toca! Mas responde quanto vc quer. - séria.
Mai: Nem um centavo! Quando vai se dar conta que eu amo seu irmão, que somos felizes juntos, ah vc não
sabe o que é isso, tem uma pedra no lugar do coração é incapaz de sentir qualquer tipo de carinho por
alguém, não passa de uma invejosa é isso o que vc é.
Any: O que quer com isso? Quer que eu chore? Que diga: É verdade ninguém me ama? - se fingindo de
triste.
Mai: Víboras como vc não choram, nem sentem algo de bom, o único sentimento ai dentro é raiva, ódio,
inveja e desprezo, mas quero que vc me deixe em paz entendeu?
Any: Olha esse seu pedido eu não vou poder aceitar, mas fala ai dinheiro não é problema e pra alguém
como vc não precisa ser muito né?
Mai então deu um tapa na cara de Anahí dizendo:
- Vai pro inferno com a sua grana desgraçada.
Any a encarou furiosa e disse arrumando os cabelos:
- Pois saiba que isso não vai ficar assim, eu vou tornar a sua vida impossível, eu juro. - e saiu.
Mai começou a chorar, não agüentava mais aquela situação. Há seis meses Anahí atormentava a vida dela e
do irmão por namorarem e agora Anahí a ofendera profundamente, jamais a perdoaria por aquilo. Quando
sentou na cadeira, Chris entrou na sala e perguntou:
- O que foi meu amor?
Mai: Eu não agüento mais Chris, sua irmã veio me oferecer dinheiro pra te deixar.
Chris: O que? Eu vou matar aquela infeliz.
Mai: Não Chris, não vai adiantar.
Chris: Mas se ela ta achando que eu vou deixar isso assim, ela ta enganada.
Mai: Chris é melhor darmos um tempo.
Chris: Que?
Mai: Eu to cansada de ver vcs dois brigando e brigar com ela também, vamos nos separar por um tempo.
Chris: Não Mai. - segurando a mão dela. - Não deixa a maldita da minha irmã conseguir o que quer.
Mai: Vai ser melhor assim Chris, vai ver. - e se levantou.
Chris: Mai eu te amo.
Mai: Eu também, mas assim não da. - respondeu chorando e saiu apressada. [...]
Dul: Aquela Anahí não presta, não pode abrir mão do Chris por causa dela.
Mai: Mas eu não agüentava mais Dul, mas vc fala de mim e fez à mesma coisa.
Dul: Do que ta falando?
Mai: De vc e do Ucker, ta na cara que ele ta falando a verdade e a Anahí armou isso pra cima de
vcs dois, olha o que ela fez comigo.
Dul: Será que ela é tão baixa assim?
Mai: Não duvido de nada que venha dela.
Dul: Eu não sei, o Ucker já tava estranho comigo.
Mai: Mas ele jura que foi armação e no caso de vcs dois vale a pena tentar de novo.
Dul: Não sei, eu preciso de um tempo pra pensar, mas não fica assim também ta?
Mai: Ta bom. - enxugando o rosto.
Quando Any entrou na sala chamando a atenção dos meninos Dul cochichou a outra menina:
- Garota abusada.
Xx: Com certeza.
A professora de Química entrou e disse:
- Bom dia sala.
- Bom dia. - responderam.
Prof.: Hoje vamos estudar sobre reações químicas alguém pode me dar uma definição.
Any: Ah professora isso é muito fácil... Reação química é o que aconteceu quando um homem e
uma mulher se juntam, principalmente quando a união é feita em quatro paredes né meninos?
A sala riu e Dul se levantando disse:
- É claro que para vagabundas como vc é a única definição que conhece.
Any: Uh esta a fim de me ofender Dulcinha? - irônica encarando-a.
Dul: Vc se ofende sozinha eu não preciso fazer isso.
Any: O que foi? Seu namorado não dava conta do errado, ou vc que não deu conta? Afinal ele foi
pego na cama com outra né? - a sala soltou um ar de surpresa. - Ai! Me esqueci que era segredo.
Dul voou pra cima de Any com os olhos marejados e a agarrou pelos cabelos, derrubando-a no
chão, a professora e alguns alunos a separaram e Dul disse chutando tentando acertar Any:
- Eu vou matar vc.
Any: Vem aqui se for mulher, vc não deve passar de uma virgem idiota, por isso perdeu seu
namorado.
Dul: Cala a boca Anahí!
Any: Vem fazer. - tentando se soltar.
Prof.: JÀ CHEGA VCS DUAS!!! - gritou e as duas se soltaram. - Venham comigo agora pra diretoria.
Chegando lá as duas começaram a falar ao mesmo tempo, o diretor deu um berro e perguntou:
- Professora o QUE aconteceu?
Prof.: A briga começou quando eu pedi uma definição sobre reação química, a senhorita Anahí
deu uma definição imprópria.
Dir.: Que tipo de definição imprópria senhorita Portillo?
Any: Que reação química é a que aconteceu entre um homem e mulher principalmente quando é
em quatro paredes. - respondeu sorrindo naturalmente e Dul a encarou com raiva.
Dir.: Isso não é coisa que se diga numa sala senhorita, mas depois disso o que houve?
Prof.: A senhorita Dulce interferiu e de certa forma ofendeu a senhorita Anahí que a ofendeu de
volta e ambas começaram a brigar.
Dir.: Foi isso o que aconteceu?
Dul e Any confirmaram.
Dir.: Vou dar uma advertência pra vcs, quero que façam um trabalho sobre violência
entenderam?
Any: Ah fala sério professor.
Dir.: Se preferirem poderão ser suspensas.
Dul: Esta bem, eu aceito o trabalho.
Any: Eu também.
Dir.: Ótimo podem ir.
Na hora do intervalo todos ficaram sabendo do ocorrido na festa. Ucker chegou em Anahí e disse:
- Quero falar com vc.
Any: Siiim! - encarando-o por baixo dos óculos de sol.
Ucker: Eu já sei um jeito de provar o que vc fez?
Any: Ai de novo isso? Vc não enjoa de me infernizar cara?
Ucker: É vc quem gosta de infernizar as pessoas, eu soube o que vc fez.
Any: Então vai defender sua ex-namoradinha e some da minha frente. - empurrando-o.
Poncho estava vindo na direção dela e perguntou:
- Posso falar com vc?
Any: Olha se for pra me encher como seu amigo ta fazendo to fora.
Poncho: Espera. - segurando sua mão.
Any: Poncho! - tirou os óculos encarando-o. - Vou te falar só mais essa vez ok? Me... Deixa...
Em... PAZ! Entendeu ou quer que eu desenhe?
Poncho: Já entendi.
Any: Ótimo, agora passa o recado pros seus amigos que eles ainda não entenderam. - e saiu.
Poncho se dirigiu até os amigos tentando conter as lágrimas, tinha que deixar de correr atrás de
Any, mas como iria fazer isso se parecia que quanto mais ela o esnobava mais ele a amava?
Dias depois Chris aproveitando que a irmã não estava perto chegou em Mai e perguntou:
- Posso falar com vc?
Mai: O que foi?
Chris: Mai eu sinto sua falta.
Mai: E acha que eu não sinto?
Chris: Então porque desde que terminou comigo esta me evitando?
Mai: Não estou te evitando.
Chris: Esta sim e sabe disso.
Mai: O que quer que eu faça?
Chris: Que volte pra mim.
Mai: Pra sua irmã infernizar a gente?
Chris: Ela não vai fazer isso.
Mai: Tem certeza? O que ela diria se visse a gente agora?
Any: Diria isso: Se afasta do meu irmão. - chegando.
Chris: E vou te dizer só isso: Some daqui Anahí!
Any: Pra se entender com essa daí?
Chris: Olha como vc fala com ela. - explodindo.
Mai: Já chega... Olha aqui Anahí vc conseguiu o que queria, não vou voltar com seu irmão.
Any: Fico muito feliz em saber. - sorrindo.
Mai: Olha garota, só tenho uma coisa pra te dizer... Vai pro inferno! - e saiu.
Any: Ela ficou brava?
Chris: Mas é claro que ficou, não viu o que fez? Eu te odeio Anahí, queria que vc morresse.
Any: É, mas não é isso o que vai acontecer. - alterando a voz.
Chris: Por enquanto porque eu posso terminar o que comecei aquele dia em casa.
Any: O que? Me enforcar? Vem se for homem! - desafiou brava.
Chris foi pra cima dela, mas antes que conseguisse tocar nela Ucker e Poncho apareceram e o
seguraram. Any riu e disse debochando:
- Deixa ele vir.
Poncho: Any não provoca.
Any: Qual é Poncho, não enche ok? Larga esse imbecil.
Ucker: Vamos fazer o que ela quer. - e soltou Fercho.
Any: Olha tenho coisa melhor pra fazer irmãozinho, tchauzinho meninos. - mandou um beijo e
saiu.
Chris: ANAHÍ! - gritou quando Poncho o soltou, mas a mesma não voltou.
À noite Any estava numa balada já um tanto alterada, dançava completamente distraída e
desligada dos olhares de cobiça que os rapazes lhe lançavam. Um deles se aproximou dela e a
abraçou dançando com ela, Any acabou não ligando muito e continuou dançando.
Na casa de Chris o mesmo estava no quarto encarando uma foto dele e Mai, quando Julio César
entrou e sentando ao lado dele na cama perguntou:
- Ta assim pelo fim do namoro com a Maite né?
Chris: Sim, mas esqueceu de acrescentar que foi por culpa da Anahí.
Julio César: Não fica assim filho, vc vai voltar com essa garota ainda, tenho certeza.
Chris: Seria muito bom se a Anahí colaborasse e parece de nos encher.
Julio César: Sua mãe já falou com ela, talvez ela esteja com inveja por não ter namorado.
Chris: Também insuportável do jeito que ela é ninguém vai gostar dela! Bom tem um amigo meu
que é amarradão nela, mas a Anahí não da bola pra ele, despreza como faz com as outras
pessoas.
Julio César: Quem sabe a salvação da sua irmã não esteja nele.
Chris: Pra mim ela não tem salvação, não a suporto.
Julio César: E tem razões pra isso, mas vai ver vc e a Maite se amam, vão voltar tenho certeza.
Chris: Tomara pai, se não nunca vou perdoar a Anahí por isso.
Horas depois Any meio bêbada disse empurrando o cara que ficou em cima dela a festa toda:
- SAI! Não saco que eu não quero nada cara?
Xx: Nem uma caroninha princesa?
Any: NÃO! Eu to de carro, boa noite. - saindo e trombando com todos.
Assim que entrou no carro deu partida e saiu.
Na casa de Dul a mesma se revirava na cama lembrando de sua conversa com Mai.
Any voltava da boate dirigindo um tanto depressa, mas um carro numa velocidade maior ainda
que a dela veio na sua direção. Any cantava aos berros a música Peace of Me da Britney Spears,
quando viu uma luz forte no seu rosto e gritou bêbada:
- Hei idiota apaga esse farol. - e buzinou.
Mas vendo que o carro veio na sua direção Any se perguntou:
- Esse idiota ta vindo pra cima de mim!
Mas não deu tempo de Any desviar. O carro veio mais rápido ainda na sua direção e Any gritou:
- Não quero morrer! NÃO! - gritou e seu cinto rasgou.
O impacto foi muito forte, o carro que vinha na direção de Any rodopiou na pista batendo num
poste, o de Any capotou duas vezes parando de ponta cabeça e explodindo. Com o impacto Any
foi jogada pra fora do carro. Nesse mesmo instante na casa de Any, Carolina acordou assustada
chamando pela filha.
Any acordou estranhando o céu super branco que viu em cima dela. Levantou-se e estranhou
vendo um campo de flores de diversas cores: azuis, vermelhas, amarelas, laranjas, rosas, lilases
e brancas ao seu redor. Viu algumas árvores ao longe e se perguntou:
- Mas que droga aonde é que eu to?
Xx: Precisa de ajuda!
Any: AH! - assustando. - Quem é vc? De onde apareceu? - encarando-o com as mãos na cintura.
Xx: Me chamo Caspian... Anjo Caspian!
Any: Há, há anjo vc? É alguma cantada idiota isso? Olha essa nunca tinha ouvido antes. - olhando
em volta. - Agora para de palhaçada e me diz onde eu to, ta legal?
Caspian: Vc esta no céu Anahí!
Any: No céu? - perguntou e gargalhou. - Garotas como eu não vão pro céu garoto e sim pro...
Inferno! - sussurrou fazendo uma cara assustadora.
Caspian: Acredite com a sua ficha na Terra era onde vc deveria estar, no inferno, mas alguma
coisa deu errado e me mandaram vir busca-la.
Any: Eu to sonhando, isso não pode ta acontecendo.
Caspian: Se não acredita venha comigo.
Antes que Any respondesse sentiu como se caísse num abismo e do nada se viu em outro lugar,
cheio de pessoas andando de um lado pro outro e algumas deitadas em camas, era um hospital.
Viu uma enfermeira vindo na frente dela e disse:
- Hei moça on... Ah! - exclamou quando a mulher a atravessou.
Caspian: Não podem nos ver por isso nos atravessam.
Any: O que vc fez comigo, idiota? - apontando o dedo na cara dele.
Caspian: Cuidado com esse tom autoritário ou vai lá pra baixo sem chance alguma de mudar sua
situação. - e saiu.
Any mostrou a língua pra ele e saiu atrás de Caspian perguntando:
- Vc é algum médico?
Caspian: Não!
Any: Então porque ta todo de branco e como fez pra me trazer pra cá do nada?
Caspian não respondeu virou e entrou num quarto. Any entrou atrás entediada, mas parou
estática e arregalou os olhos quando se viu deitada na cama, sentiu uma aflição horrível quando
se viu toda machucada. Havia um corte sobre sua sobrancelha, alguns pontos do seu rosto
estavam machucados e um tubo de respiração a ajudava a respirar, os braços e as mãos estavam
ralados e sua mão direita estava enfaixada.
Caspian: Lembrou-se do acidente?
Any sentiu um pânico tomar conta dela, olhou pra trás querendo fugir daquela cena estranha
onde ao mesmo tempo estava de pé e deitada numa cama toda machucada. Quando estava indo
na direção da porta viu um médico vindo e desviou antes que o mesmo a atravessasse, se
assustou quando viu os pais e Christian chegando e passando por ela sem vê-la e o médico disse:
- Ela é parente de vcs?
Julio César: Sim é nossa filha.
Carol: O que aconteceu? - chorando.
Xx: Ela sofreu um acidente grave perto de uma boate, foi encontrado grande nível de álcool no
seu organismo.
Christian: A idiota bebeu e saiu dirigindo, porque será que não to surpreso.
Any avançou pra cima de Christian e se frustrou quando passou por ele sem ser notada ou vista.
Any: Vai ver quem é a idiota, panaca.
Xx: Mas ela não foi à culpada pelo acidente, um carro em alta velocidade veio pra cima dela, ela
não conseguiu desviar, o carro dela segundo testemunhas capotou e explodiu, um policial disse
que o cinto estava arrebentado como se tivesse sido rasgado segundos antes, o que nos faz
pensar que um milagre aconteceu, pois sua filha não teria tempo ou força pra rasgar o cinto e se
o mesmo não tivesse arrebentado ela não teria sido jogada pra fora e morreria carbonizada na
explosão.
Carol levou as mãos ao rosto chorando e se aproximou da cama. Any encarou Caspian e
perguntou:
- Vc?
Julio César: Ela vai ficar bem?
Christian: Por mim podia morrer, não passa de uma cobra.
Carol: Christian, por favor. - chorando e segurando a mão da filha. - Ela vai sobreviver né?
Xx: Não sabemos, sua filha chegou aqui já em estado de coma!
- Coma?! - disseram juntas Any e Carol assustadas.
Xx: Só com o tempo saberemos se ela vai acordar e se acordar se não terá seqüelas.
Julio César: E há alguma previsão pra ela acordar?
Xx: Não, uma pessoa em coma pode acordar em horas, dias, semanas, meses ou até anos.
Carol: Filha, por favor, resista meu amor.
Any se aproximou da mãe e antes que pudesse lhe tocar Caspian disse:
- Vamos embora!
Antes que Any tivesse tempo de falar alguma coisa viu o lugar ficando distante e do nada estava
de volta ao local onde acordou. Encarou Caspian e perguntou furiosa:
- Que diabos aconteceu comigo?
Caspian: Vou explicar sua situação... Durante 18 anos vc, esnobou pessoas, humilhou e viveu sua
vida sem escrúpulos não é verdade?
Any: Run começou! É verdade sim e daí? - despreocupada.
Caspian: E além de fazer tudo isso, sempre foi topetuda, desafiando todo mundo e não ligando a
mínima para o que as pessoas achavam de vc.
Any: Não me importo mesmo.
Caspian: Acontece que devido há essas suas atitudes vc perdeu o direito de viver.
Any: Que? - incrédula.
Caspian: Isso o que ouviu devido as suas atitudes na Terra vc perdeu o direito de viver, mas
como disse algo deu errado e ao invés de morrer no acidente como deveria ter acontecido vc
sobreviveu.
Any: Sobrevivi? Eu to em coma e ao mesmo tempo em pé falando com vc.
Caspian: Seu espírito é que esta em pé falando comigo, seu corpo é quem esta em coma e isso
aconteceu porque a última coisa que vc falou antes do acidente era que não queria morrer.
Any: É verdade, mas por isso eu sobrevivi?
Caspian: Sim, pois, foi digamos com o coração que vc pediu, sua vontade de viver foi maior por
isso esta aqui. - explicou calmamente.
Any: Ta e o que eu tenho que fazer pra ter minha vida de volta?
Caspian: Mudar.
Any: Como assim?
Caspian: Anahí se for pra vc voltar, pra machucar todas aquelas pessoas de novo, pra destruir
mais ainda a vida delas e de outras que aparecerem é melhor que vc morra.
Any: Não isso não. - se afastando.
Caspian: Estaria disposta então a mudar?
Any: Mudar em que sentido?
Caspian: Mudar no sentido de praticamente se tornar outra pessoa, a nunca mais pisar nas outras
pessoas, a não fazer mais intrigas, a não mentir.
Any: Não vou poder fazer nada disso?
Caspian: Se quiser voltar pra Terra não.
Any: E o que eu tenho que fazer? Bancar a boazinha?
Caspian: Não bancar a boazinha, pois, assim vc vai estar fingindo, mas sim se tornar realmente
pra escute bem NUNCA MAIS voltar a fazer as coisas que vc fazia antes do acidente.
Any: Entendi! Bom ta legal eu topo bancar a boazinha e não machucar mais ninguém posso voltar
agora?
Xx: Ainda não.
Any se assustou vendo uma mulher com um vestido branco surgir do nada ao lado de Caspian e
perguntou:
- Vc é amiga dele? O que é outro anjo que veio me dar conselhos de como ser boazinha e ter
minha vida de volta?
Caspian: Ela se chama Guiadiny é uma anja conselheira e a mais próxima do senhor.
Guiadiny: E vou avisando que vc não vai conseguir voltar com esses pensamentos.
Any: Mas já não falei que não vou fazer mais maldades?
Guiadiny: Disse, mas numa forma de conseguir voltar pra Terra e não de se redimir, vc ta
querendo bancar a boazinha como Caspian disse pra voltar pra Terra e não porque quer se tornar
uma pessoa melhor... Mas acho que uma dose de realismo forte possa fazer com que essa sua
vontade se torne verdadeira e o principal de coração.
Caspian: Será uma boa idéia fazermos isso com ela?
Guiadiny: Se quisermos mesmo que ela vire uma pessoa boa de coração, sim.
Any: Da pra explicar do que tão falando? Que dose de realismo é essa?
Guiadiny: Vamos te mostrar o futuro... O futuro SEM Anahí Geovanna.
Any: Ahn?
Caspian: O que vai acontecer se vc morrer de verdade.
Any então sentiu que caia e quando viu estava em sua casa, mas ela estava diferente, emanava
tranqüilidade, amor, paz, serenidade, sem contar que as cores pareciam mais alegres e havia
móveis novos substituindo outros. De repente a porta se abriu e viu Christian entrar sorrindo de
mãos dadas com Mai, mas não estavam sozinhos Ucker vinha gargalhando carregando Dul de
cavalinho acompanhados de Poncho e uma garota que estava abraçada com ele, e Any não
conhecia, todos passaram por ela felizes e sem vê-la. Any os seguiu até a cozinha, Ucker colocou
Dul no chão e disse ajudando Chris a pegar um bolo:
- Quando a gente entrar começamos a cantar bem alto pra Carol beleza?
Xx: Fechado! - respondeu sorrindo a garota que Any não conhecia.
Any então reparou que no bolo estava escrito: “Parabéns Carol! Todos nós te Amamos...” e em
cima do bolo havia duas velas formando o número 43. Se estava mesmo no futuro e sua mãe já
estava completando 43 anos, isso significava que quase dois anos já haviam se passado desde o
acidente.
Any: Não faz nem dois anos que eu morri e eles estão felizes assim, no fundo nunca me amaram.
- disse magoada não entendendo a vontade que tinha de chorar. - E quem é essa garota com vc
Poncho, se dizia tão apaixonado por mim e agora esta com outra? - indignada.
Viu que eles se afastavam e os seguiu até o jardim, lá os familiares estavam reunidos e Carol se
assustou quando todos entraram cantando aos berros os parabéns. Quando terminou ela
cumprimentou e agradeceu a todos, quando chegou em Poncho e a garota perguntou:
- Quem é essa garota linda com vc?
Any: Isso que eu quero saber também. - emburrada.
Poncho: Ela é a Mariana que eu te falei Carol, minha namorada!
Any: Que? Essa feiosa é sua namorada? Me trocou por isso? - totalmente indignada parando na
frente dele e sentiu um calafrio quando a mãe passou por ela e abraçou Mariana.
Carol: To muito feliz em ver vcs dois juntos, espero que sejam muito felizes. - soltando a menina.
Mariana: Obrigada! - sorrindo.
Poncho: Mah e eu nos conhecemos no começo desse ano quando ela entrou na faculdade
transferida acabamos nos aproximando e nos apaixonando. - sorrindo pra ela e a beijou.
Any arregalou os olhos inconformada com o que via, tinha que ser um sonho, ela não podia estar
vendo a vida das pessoas que conhecia sem ela, porque estava morta.
Carol: Só faltava uma pessoa aqui. - ficando triste.
Mariana: A sua filha né?
Any: Como ela sabe de mim?
Carol: Vc sabe que perdi uma filha há um ano e oito meses mais ou menos?
Mariana: Uhum Poncho me contou há um tempo atrás o que aconteceu, sinto muito.
Carol: Tudo bem foi difícil, mas eu sei que a minha filha esta num lugar melhor, Deus quis assim.
Any pode perceber que a mãe se controlava pra não chorar, como queria abraçá-la agora, queria
pedir desculpas a todos, queria fazer parte daquele momento feliz e principalmente queria ser a
Mariana pra poder abraçar Poncho, agora percebia o que tinha feito de errado, se pudesse daria
qualquer coisa pra poder voltar no tempo e valorizar o que nunca tinha valorizado antes. Foi
então que se lembrou que talvez ainda pudesse recuperar o tempo perdido, ajoelhou e gritou
chorando:
- Quero minha família de volta, faço o que for preciso, mas quero-os de volta... Tirem-me daqui,
por favor. - e fechou os olhos sentindo que flutuava.
Guiadiny: Agora vc entendeu?
Any: Entendi, no momento eu sei que não mereço nenhum deles, mas não quero perdê-los, eu
quero voltar e conquistar e reconquistar todos, não importa o que precisar ser feito eu vou fazer.
Caspian: Agora sim Any, vc pediu com o coração.
Guiadiny: Mas há um, porém.
Any: Qual? - enxugando o rosto.
Guiadiny: Vc perdeu seu direito de viver e a única forma de vc recuperar esse direito é provando
pras pessoas que vc machucou que realmente mudou.
Any: Eu vou fazer o possível pra conquistar o carinho e a confiança deles.
Guiadiny: Isso é muito bom, mas terá um prazo pra isso.
Any: Prazo?
Guiadiny: Sim, Caspian vc será o conselheiro e guardião dela nessa missão então explique o que
ela terá que fazer.
Caspian: Any vc terá até o Natal para provar para as pessoas, mas principalmente pra sua família,
Alfonso, Maite, Dulce e Christopher que vc mudou... Se nesses dois meses que faltam pro Natal vc
não conseguir provar à eles que mudou, terá que voltar pro céu sem outra escolha...
Guiadiny: E preste atenção não adianta convencer três pessoas, vc tem que convencer a todos, se
uma dessas pessoas que Caspian citou não acreditar em vc, vc voltara do mesmo jeito entendeu?
Any: Sim, mas juro que vou provar pra todos eles que mudei.
Caspian: Ótimo.
Guiadiny: Agora vá. - fazendo menção de empurrá-la.
Any sentiu como se caísse, sentiu uma tontura e uma falta de ar, sentiu que ia perder os
sentidos, mas antes que isso acontecesse sentiu um baque e respirou profundamente. Abriu os
olhos, a vista estava embaçada, não enxergava nada direito, tentou se levantar, mas seu corpo
foi tomado por uma dor horrível como se estivesse sido esmagado, sentiu muita sede, mas só
conseguiu sussurrar:
- Água, quero água.
Viu uma enfermeira se aproximar e encara-la surpresa dizendo:
- Não acredito, doutor!
Any: O que ta acontecendo? Vc é outro anjo? Cadê o Caspian e a Guiadiny pra me explicar?
Foi então que viu a mãe se aproximar chorando. “Ai vai ser horrível se ela me atravessar de
novo”, pensou se sentindo tonta, mas se assustou quando a mãe pegou na sua mão dizendo:
- Filha graças a Deus!
Any: Mãe... Vc pode me ver? - confusa.
Carol: Claro que sim querida, graças a Deus vc acordou!
Any: Acordei?
Foi então que tudo se esclareceu, Any viu que estava no hospital e tinha acordado do coma, será
que tinha sonhado tudo aquilo? Será que Caspian e Guiadiny não existiam? Olhou pro calendário
e se assustando com a data, encarou a mãe e perguntou:
- Quanto tempo eu fiquei em coma?
Carol: 18 dias.
Any: Tudo isso, mas... - se interrompeu antes que dissesse besteira.
Carol: Mas o que querida?
Any: Nada mamãe.
Carol a encarou surpresa por Any a ter chamado de “mamãe” Any percebeu e perguntou:
- Acreditaria se eu dissesse que to arrependida de tudo o que fiz? Que a Any de antes do acidente
morreu e essa na sua frente é outra?
Carol: Não sei filha, mas se ver que vc realmente mudou eu vou acreditar.
Any: Eu juro mamãe, nunca mais eu vou machucar a senhora ou qualquer outra pessoa.
Carol sorriu e o médico entrou dizendo:
- Pode me dar licença pra examiná-la mãe?
Carol: Claro.
O médico examinou Any e saiu minutos depois, Carol se levantou e disse:
- Eu já volto querida.
Any virou pro lado e disse com um tom de frustração:
- Não acredito que sonhei tudo aquilo.
Caspian: Vc não sonhou! - aparecendo na beirada da cama.
Any: AH! - gritou.
Caspian: Não se assuste Any.
Any: Então foi tudo verdade?
Caspian: Sim e contando com hoje vc tem 61 dias pra convencer todo mundo que mudou.
Any: Eu sei.
Caspian: Sabe que não vai ser muito fácil né?
Any: Uhum!
Caspian: Bom outra hora nos falamos e...
Any: Hei, hei só uma coisa! Como pode ter passado mais de duas semanas se eu vi há poucos
minutos a hora que meus pais ficaram sabendo de tudo?
Caspian: O tempo na Terra é diferente do tempo no Céu, o tempo que vc passou com a gente,
enquanto te explicávamos tudo valeu por 18 dias aqui na Terra.
Any: Caramba e Guiadiny cadê?
Caspian: Vc não vai vê-la mais, só se morrer e se algo acontecer e ela precisar falar contigo.
Any: Entendi.
Caspian: Alguém esta chegando, espero que goste. - e desapareceu.
Any: Caspian! - chamou encarando o lugar onde ele estava.
Quando olhou na direção da porta Any gelou vendo Poncho se aproximando, estava feliz em vê-lo
sozinho e não com aquela garota. Acabou sorrindo quando ele se aproximou. Poncho sentiu o
coração disparar quando viu Any acordada, bem e sorrindo pra ele, não entendeu o gesto, mas
mesmo assim se aproximou e perguntou:
- Como vc esta?
Any: Bem, mas o que vc ta fazendo aqui?
Poncho estranhou o tom de voz triste e não autoritário que Any sempre usara, mas interpretou
como se ela não o quisesse lá como nunca quis e respondeu:
- Eu sei que vc não me quer aqui, só vim ver como vc estava, mas já vou. - se levantando.
Any: Poncho espera! - segurando a mão dele. - Não disse aquilo pra fazer vc ir embora, perguntei
o que ta fazendo aqui porque eu não mereço a sua atenção.
Poncho: O que disse? - estranhando.
Any: Sabe Poncho, eu percebi o quanto agi mal com as pessoas, principalmente com vc, minha
família, Ucker, Dul e Mai e por isso decide mudar, eu quero reparar todo mal que eu fiz pra todos
vcs principalmente pra vc que eu tanto desprezei. - começando a chorar.
Poncho: Any vc ta falando sério? Ou isso é mais uma das suas brincadeiras?
Any: Não to brincando, não quero perder de vez as pessoas que eu nunca dei valor, eu sei que de
todo mundo os únicos que eu tenho mais chances de acreditarem em mim são vc e minha mãe,
sei que deve ta com medo de acreditar em mim, mas... Só peço que vc me dê uma chance e me
ajude a provar o que eu to falando, mesmo se no fundo vc não acreditar.
Poncho: Mas se não acreditar como vou te ajudar?
Any: Vc é bom Poncho, acredita que as pessoas tenham um lado bom, olha pensa nisso que eu to
te falando ta? Ai quando eu sai daqui e ter que... Por em prática meus planos vc me da a resposta
se não quiser me ajudar eu vou entender.
Poncho: Que planos?
Any: Desfazer todo o mal que eu fiz juntar Mai com Chris, Ucker com Dul, pedir desculpas pras
pessoas que eu machuquei e tentar recuperar algumas. - encarando Poncho.
Poncho disfarçou, a coisa que mais quis na vida até aquele dia era ouvir aquelas palavras de Any
e sentir que ela falava a verdade como acontecia, mas tinha medo de seu coração lhe estar
pregando uma peça e aquilo ser uma mentira e ele sair machucado depois. Any como se
adivinhasse seus pensamentos disse:
- Sei que deve ta pensando que isso é mentira, que deve ta com medo de acreditar e sair
sofrendo depois talvez, mas... Se eu não conseguir fazer vc e minha mãe acreditarem realmente
em mim, ninguém mais vai acreditar e eu preciso que todos acreditem em mim Poncho.
Poncho: Agora não posso te dizer nada, vc sabe o que fez, mas vou pensar e levar em conta suas
atitudes daqui pra frente.
Any: Obrigada Poncho! - sorrindo.
Poncho: Não precisa agradecer.
Any: Eu preciso agradecer, vc é um anjo.
Poncho: Não sou não Any.
Any: É sim, só anjos são capazes de ver algo de bom em pessoas como eu e dar uma segunda
chance e eu sei o que to falando. - sorrindo pra ele.
Poncho sorriu de volta, se aquilo fosse um sonho sofreria muito se acordasse. Minutos depois
Poncho foi embora, deixando Any na companhia de Carol.
Uma semana depois Any chegou em casa com a mãe e perguntou:
- Onde estão os outros?
Carol: Seu irmão na escola e seu pai na empresa.
Any: Ah ta, eu vou subir mãe.
Carol: Ta bem querida.
Any subiu e quando fechou a porta do quarto sentou na cama encarando o teto, em outras épocas
aproveitaria que não estava na escola e sairia pra se divertir, mas agora não dava pra fazer isso.
Sentou-se na cama e se levantou encarando o calendário se perguntando:
- Como vou fazer pra provar que eu mudei em 61 dias? Por onde eu começo?
Xx: Não sei, mas corrigindo vc tem 54 dias.
Any: Caspian! - se assustando quando ele apareceu na frente dela.
Caspian: Devia estar acostumada Any.
Any: Ta difícil, mas vc falou 54 dias? Não tinha dito 61?
Caspian: Sim, mas disse 61 quando estava no hospital e se passaram 07 dias então...
Desenhou duas nuvens na forma de dois números e fez a seguinte conta 61 - 07 = e disse:
- Sessenta e um menos sete é igual a... Cinqüenta e quatro. - completando na frente. - Certo?
Any: Uhum! - de braços cruzados. - Então só tenho 54 dias pra convencer todo mundo que
mudei?
Caspian: Exatamente Any e sugiro que corra seu tempo esta passando. - fazendo aparecer um
relógio de areia.
Any: Por onde eu começo?
Caspian: Que tal pedindo desculpas às pessoas, se quer uma sugestões há quatro pessoas
separadas por causa de suas mentiras e suas armações.
Any: Já entendi Caspian. - abaixando a cabeça.
Caspian: Vc sabia que isso não seria fácil.
Any: Uhum estão todos na escola Caspian?
Caspian: Se serve de ajuda... Sim!
Any: Ótimo, eu vou pra lá, vem comigo?
Caspian: Sempre vou estar com vc, mas há coisas que vai ter que fazer sozinha. - e desapareceu.
Any: Ótimo, ta na hora de consertar as coisas.
Quando desceu as escadas encontrou Carol que saia pra trabalhar e disse:
- Mãe to indo na escola resolver uns problemas.
Carol: Ta bom querida, mas sabe que...
Any: Não posso dirigir, vou pegar um táxi mãe, até mais tarde! - deu um beijo nela e saiu
apressada.
Carol: Ela me beijou? Meu Deus será que realmente esta mudada? - perguntou-se esperançosa.
Em minutos estava na frente da escola. Desceu do táxi e entrou na escola procurando por Ucker,
Dul, Mai e Chris. “Devem estar na cantina!”, pensou indo na direção da mesma.
Poncho: E ai estão pensando em fazer alguma coisa esse final de semana?
Chris: Ai não acredito que em menos de um mês já estamos de férias.
Dul: Ai quero acampar, essas provas finais estão acabando comigo.
Ucker: É uma boa podíamos ir antes do Natal.
Mai: Ou então passar a virada!
Dul: Ah não pro ano novo, tem quase dois meses, falta muito.
Poncho: É verdade... É Christian… Como a Any ta?
Any: To bem Poncho obrigada por perguntar. - chegando e sorriu pra ele.
Chris: O que vc ta fazendo aqui?
Any: Vim falar com vcs.
Chris: O que quer se manda daqui, nunca gostou da escola, aproveita que não pode vir.
Any: Acontece que é o único lugar que ia encontrar todos vc reunidos.
Dul: Ah outros lugares que vamos juntos, mas o que quer? Vai encher o saco de todo mundo de
uma vez? - fria e tomou seu suco.
Poncho: Gente...
Any: Deixa Poncho, eles têm motivos pra fazer isso.
Mai: Já entendi ela veio aqui pra tentar enganar a gente com a conversa de que mudou.
Any: Não vim enganar ninguém Maite e sim começar a dar provas de que eu mudei.
Ucker: E vc acha que alguém vai acreditar em vc?
Poncho quis, mas preferiu não se manifestar.
Any: Espero que pelo menos um pouco depois do que vou fazer.
Christian: E o que ta armando agora?
Any: Nada Christian! - disse seca e subiu na bancada da cantina.
Xx: Hei o que vai fazer? - perguntou a mocinha do caixa.
Any: Cinco minutos! - cochichou pra moça. - GENTE, POR FAVOR! - assoviando e batendo palmas
chamando a atenção de todos que estavam por perto.
Dul: O que essa maluca vai aprontar?
O pessoal se amontoou por perto e Any respirou fundo e disse:
- Eu sei que vcs devem ta perguntando o que eu to fazendo aqui em cima e que alguns podem
estar esperando um showzinho pra chamar a atenção, mas não é isso... Mesmo que se assustem
queria pedir desculpas a todos vcs pelas vezes que eu fui grossa...
Chris: Ah fala sério, era só o que faltava. - irritado.
Any: Que maltratei muitos ou todos vcs, devem ter ficado sabendo que há quase três semanas eu
sofri um acidente, fiquei em coma, mas graças a Deus eu estou bem e recebi alta, mas muitas
coisas mudaram dentro de mim, percebi o quanto é importante estar viva e perto de pessoas que
vc ama, sei que a maioria deve estar pensando que eu enlouqueci, mas me achariam louca
realmente se contasse o que me aconteceu pra tomar essa decisão de mudar e não esnobar as
pessoas, afinal somos todos iguais e precisamos uns dos outros.
Ucker: Que papo furado.
Any: Não é papo furado Ucker tanto que todos vcs devem se lembrar que há um tempo atrás
rolou uma fofoca de que Dulce e Ucker (apontou os dois) haviam terminado porque ele tinha
transado com uma menina numa festa que tinha tido naquela época... Ucker disse pra todo
mundo que não tinha rolado nada e que eu tinha pagado a menina pra dizer que tinham
transado... Essa é a verdade! (todos soltaram uma exclamação e Dul encarou Ucker com os olhos
marejados) Ucker e aquela garota nunca tiveram nada, ela o dopo e com a ajuda de uma amiga
tirou fotos deles na cama, fizeram tudo isso a mando de mim. Eu paguei as duas, pois, queria
destruir o romance dele com a Dulce, não por gostar dele, mas sim por inveja, acho que inveja
pelo modo como se tratavam.
Dulce encarou Any sentindo vontade de subir naquela bancada e acabar com ela, mas se segurou
quando Any disse a encarando e depois encarando o irmão e Maite:
- Queria que vcs dois me desculpassem e que soubessem que to falando isso porque percebi o
que é gostar de alguém de verdade, não conseguir parar de pensar nela (encarou Poncho) e
acreditem não acho justo duas pessoas que se amam ficarem separadas principalmente por haver
terceiros, eu no caso querendo separá-las... Espero sinceramente que vcs reatem o namoro e
sejam felizes, não vou interferir, nem fazer nada contra vcs, Ucker te ama de verdade Dul e sei
que vc o ama também.
Mai: Eu avisei a Dulce que essa menina não prestava. - disse e seu olhar encontrou Poncho que
escutava tudo assustado. - Só não sei o que ela quer conseguir com essa palhaçada.
Any: Mas não foram só vcs que eu infernizei, queria também pedir desculpas pra vc Mai e pra vc
mano, me desculpem por ter perturbado vcs e até oferecer dinheiro pra deixar meu irmão, agora
eu percebi o erro que eu cometi, não se pode comprar algo tão valioso como o amor por mais
dinheiro que vc tenha... Maite sei que me odeia, mas que ama meu irmão, volta com ele logo, eu
sei que ele ta sofrendo e vc também por minha culpa, quero que vcs dois sejam felizes também e
que quem sabe daqui uns anos não me dêem um sobrinho.
Chris: Não acredito no que estou ouvindo. - incrédulo.
Any: Bom era isso o que eu queria pedir desculpas pra vcs e dizer que não vou mais atrapalhar a
vida de ninguém, espero que acreditem em mim só isso. - e desceu da bancada.
Mas assim que colocou os pés no chão Dulce veio pra cima dela e lhe deu um tapa. Outra
exclamação foi ouvida pelas pessoas que estavam em volta e Ucker segurou Dul dizendo:
- Dul não vale a pena.
Dul: Vc não presta Anahí!
Any tirou o cabelo do rosto e disse:
- Solta ela Ucker, eu sei que é vc quem queria fazer isso.
Ucker: Não duvide Anahí. - encarando-a com ódio.
Any: Não to duvidando, pode ficar tranqüilo.
Mai: Vc não presta mesmo né Anahí, só não entendo porque quis se queimar com a escola inteira.
Any: Por que eu mudei.
Chris: Mudou o caramba, não entendi porque fez isso, mas não acredito em vc. - furioso.
Any: Eu sei que não, mas espero que acredite, não tenho muito tempo pra convencer vcs.
Dul: E pra que quer nos convencer? Pra infernizar todos de novo, deixar tudo bonitinho pras suas
maldades outra vez?
Any: Não é pra isso, mas vcs ainda vão entender, só espero que acreditem. - e saiu.
Poncho: Gente vcs pegaram pesado.
Ucker: Vc ouviu tudo o que ela falou, acredita nela? - incrédulo.
Poncho: E que motivos ela teria pra falar tudo isso, se queimar com todos se não porque
realmente quer mudar?
Chris: Ah cara vc fala isso porque gosta dela, mas minha irmã não presta.
Poncho: Então se a conhece tão bem, diz por que ela falou tudo o que falou? Porque disse tudo
àquilo pra tentar juntar vc quatro de novo? Me fala!
Chris: Eu não sei o motivo, mas essa história de estar mudada é pura mentira.
Poncho: Espero que vcs estejam errados.
Dul: Desculpa Poncho, mas eu não acredito nessa história, nem em milagres.
Poncho: Que pena, porque eu sim.
Mai: Vc vai sofrer na mão dela se cair nessa história.
Poncho: Eu sei o que fazer não se preocupem comigo e sim com vcs, espero vê-los mais tarde
namorando de novo. - e saiu.
Os quatro se encaram e Fercho perguntou encarando Mai:
- Posso falar com vc?
Mai: Uhum.
Assim que os dois saíram Dul disse:
- Acho que precisamos conversar né?
Ucker: Uhum! - sorrindo.
Próximo dali Any estava sentada numa praça quando Caspian apareceu ao seu lado e perguntou:
- Não se assustou?
Any: Não disse que eu deveria me acostumar? - de cabeça baixa.
Caspian: O que foi vc mandou bem!
Any: Mas não convenci ninguém de que adiantou?
Caspian: Any não pode desanimar, foi sua primeira tentativa.
Any: Eu sei, mas todos me odeiam naquele grupo.
Caspian: Todos não, vc sabe.
Any: Merecia o ódio dele também.
Caspian: Any esqueceu por que esta aqui? Por que voltou?
Any: Não.
Caspian: Então não pode querer o ódio deles, tem que...
Poncho: Oi! - encarou Caspian assustando Any. - Posso falar com vc? - encarando Any.
Any: Ele...
Caspian: Esqueci de te falar, mas as pessoas podem me ver quando eu permito.
Any fuzilou Caspian, ele só lhe deu um sorrisinho e disse:
- Eu já vou outra hora conversamos... Tchau Alfonso!
Poncho: Como ele sabe meu nome? - surpreso.
Any: Eu falei.
Poncho: Ah ta, vcs são amigos? - sentando ao lado dela.
Any sentiu uma ponta de ciúmes e respondeu sorrindo:
- Uhum só um amigo.
Poncho: Como vc ta? - percebendo que ela estava triste.
Any: Ah bem eu sabia o que ia acontecer quando eu falasse.
Poncho: Só que isso não da direito de fazerem o que fizeram.
Any: É claro que da Poncho, eu to só colhendo o que eu plantei, mas porque ta aqui? Vc é uma
das pessoas que mais tem motivos pra não gostar de mim.
Poncho: A gente não manda nos sentimentos Any.
Any: Então vc quer dizer que ainda sente alguma coisa por mim? - encarando-o
“Ainda sou apaixonado por vc Any e cada dia que passa me apaixono mais”, pensou e respondeu:
- A gente não manda nos nossos sentimentos porque mesmo vc tendo feito tudo pra merecer o
meu desprezo eu to aqui falando com vc como um amigo faria.
Any: Amigo... Entendi! - sorrindo triste. - Mas não precisa se preocupar comigo, só quero que
acreditem que eu mudei, não tenho muito tempo pra convencer todo mundo.
Poncho: Olha Any fácil não vai ser, mas eu tenho certeza que vc se quiser mesmo mudar vai
conseguir provar.
Any: Vc acredita ou não em mim Poncho?
Poncho: Não sei direito vc me deixou sem saída, a Any que eu conhecia nunca faria o que vc fez e
tirando que vc fez aquilo pra mudar não sei outro motivo pra se queimar daquele jeito, muita
gente pode te odiar mais ainda depois dessa vc sabe né?
Any: Uhum, mas eu quero que pelo menos vc, seus amigos, Chris e meus pais acreditem que
mudei.
Poncho: Se não conseguir?
Any: Se até o Natal todos eles não acreditarem em mim, acredite nunca mais vão me ver.
Poncho: Por quê?
Any: Vc vai entender até lá, mas lembra que te disse no hospital que quando saísse de lá vc me
dava a resposta se iria me ajudar ou não?
Poncho: Lembro e pensei bastante.
Any: E então? Vai me ajudar Poncho? - encarando-o.
“Eu quero te ajudar, quero acreditar que vc mudou Any, mas tenho medo disso ser mentira, só
que me olhando assim não tenho outra coisa a responder sem ser...”.
Poncho: Sim, eu aceito te ajudar!
A reação de Any o surpreendeu, a garota sorriu pra ele balançando seu coração e em seguida o
abraçou agradecendo de coração pela confiança. Pra Poncho aquilo foi uma tortura, primeiro
porque sentia o cheiro de Any, a respiração dela e o corpo macio em contato com o dele dando-
lhe uma vontade incontrolável de dizer o quanto a amava e beijá-la. Segundo porque nunca havia
recebido um sorriso sincero e um abraço verdadeiro dela e isso mechia profundamente com seus
sentimentos. Quando Any o soltou e se encararam foi o coração dela que disparou. “Se vc
soubesse o quanto me arrependo por ter desprezado o seu amor, os seus carinhos voltaria a me
amar será? Queria tanto dizer o quanto te amo, como eu queria só mais uma vez ter pra mim
aqueles beijos que eu tanto desprezava porque não me faziam falta e agora são tudo o que eu
quero”, pensou triste. Poncho percebeu que estava triste, mas quando foi perguntar algo ela
respondeu sorrindo afastando os pensamentos:
- Vc não vai se arrepender de ter acreditado em mim.
Poncho: Eu espero. - sorrindo.
À noite Any desceu as escadas e deixando aparecer só à cabeça dentro do escritório do pai
perguntou:
- Posso entrar?
Julio César: Entra! O que quer aqui? - indiferente.
Any: Queria falar com o senhor.
Julio César: O que quer?
Any: É que... Eu queria pedir desculpas pro senhor.
Julio César: Desculpas? - sinceramente surpreso.
Any: Sim pelas coisas que eu fiz.
Julio César: O que esta querendo Anahí?
Any: Já disse pedir desculpas.
Julio César: Vc nunca foi de pedir desculpas.
Any: Eu sei, mas queria que senhor me perdoasse se te dei muita dor de cabeça esses anos.
Julio César: Não fez nada que me prejudicasse diretamente, tudo o que fez foi pro seu próprio
mau.
Any: Eu sei... Por isso queria pedir perdão!
Julio César: Não tenho do que te perdoar.
Any: Mas pai...
Julio César: Boa noite Anahí!
Any vendo que tinha sido deixada falando sozinha levantou-se da cadeira dizendo:
- Boa noite! - desanimada e saiu.
Julio César: Boa noite! - disse sem tirar os olhos dos papéis.
No outro dia Any acordou e se endireitando na cama viu Caspian lhe dizendo:
- Anda abre a porta.
Any: Vc nunca dorme cara? - fingindo stress.
Caspian: Cara não... Anjo! - apontando o dedo pra ela e falando com calma.
Any: Que seja! - se levantando e vestindo um tipo de roupão.
Carol: Filha com quem esta falando?
Any: Ninguém mamãe. - indo até a porta e a abriu. - O que foi? - encarando a mãe.
Carol: Pensei que ia me xingar sempre odiava quando te acordava.
Any: Não tem mais problema mãe. - sorrindo.
Carol: Bom eu só vim te acordar porque aquele seu amigo ta lá em baixo e quer falar com vc.
Any: Amigo? Quem? - franzindo a testa.
Carol: O que te visitou no hospital o...
Any: Poncho?! - sorrindo surpresa.
Carol: Ele mesmo.
Any: Ai mãe por que não me avisou antes? - perguntou passando por ela correndo.
Carol: Desculpa! - sorrindo vendo a filha se afastar depressa.
Poncho estava olhando algumas fotos de Any quando ouviu barulhos da escada, sorriu surpreso
vendo Any descendo-as. Ela quando o viu parou bruscamente e a ficha de que estava de pijama,
sem maquiagem, provavelmente com a cara amassada e cabelo bagunçado caiu fazendo-a ficar
vermelha de vergonha. Aproximou-se de vagar e perguntou sem jeito passando a mão pelos
cabelos:
- Oi Poncho!
Poncho: Bom dia Any! - sorrindo.
Any: Que surpresa vc aqui. - sorrindo sem jeito.
Poncho: Então vc não pediu ajuda? Vim aqui te ajudar.
Any: Me ajudar? - sem entender.
Poncho: Sim! Mas vestida desse jeito não vai poder ir.
Any: Ai desculpa, devo ta horrível. - abaixando a cabeça passando a mão pelo rosto e cabelos.
Poncho: Vc ta linda não esquenta, mas põe uma roupa bem leve e que não ligue de sujar e desce
aqui que eu te conto aonde vamos.
Any: Ta legal, me espera aqui que eu já volto, fica a vontade. - e saiu, mas parou na escada. -
Quer...
Poncho: Beber algo? Não obrigado, mas vai que eu te espero!
Any: Ta! - subindo correndo.
Quando abriu a porta do quarto com tudo Caspian disse:
- Podia ter quebrado meu nariz agora se fosse um humano.
Any: Mas não é então me ajuda a escolher uma roupa pra sair com ele. - abrindo o guarda-roupa.
Caspian: Sugiro algo leve e que não ligue que suje.
Any: Caspian vc ouviu minha conversa com o Poncho?
Caspian: Sou seu anjo conselheiro não posso ficar sem saber o que te acontece.
Any: Sei bem o nome disso, mas sabe pra onde ele vai me levar?
Caspian: Sim, mas não posso dizer então sugiro que vista algo de acordo com o que lhe disse.
Any: Essa esta boa? - mostrando uma saia jeans curta, botas pretas até o joelho e uma blusa de
manga curta preta com detalhes azuis.
Caspian: Não! - fazendo com um toque as roupas voltarem pro armário.
Any: Nunca mais faça isso! - com os olhos arregalados.
Caspian: Devia estar acostumada.
Any o encarou séria com a testa franzida e Caspian disse erguendo as mãos:
- Tome vista isso, se encaixa perfeitamente com o programa. - tirando algumas peças do armário.
Any: Tem certeza? - vendo as roupas e o par de sapatos escolhidos em cima da cama.
Caspian: Aham. - afirmou sorrindo.
Quando ouviu os barulhos da escada Poncho babou vendo como Any estava vestida: simples, mas
linda. Usava uma calça jeans com alguns detalhes nos bolsos de trás, uma blusa rosa escura
amarrada na cintura e vestia uma rosa mais clara escrita na frente, tênis brancos com alguns
detalhes, os cabelos estavam soltos e encaracolados e a maquiagem realçava o figurino. (Foto:
http://gabrielacravecanelanireblogcom.nireblog.com/blogs/gabrielacravecanelanireblogcom/fil
es/anjosvirtuais_130307_anahi3.jpg) Ela o encarou e perguntou:
- Ta bom assim?
Poncho: Perfeita! - sorrindo encantado. - É... Vamos?
Any: Uhum! - sorrindo ansiosa.
Após 15 minutos andando de carro Poncho parou em frente a uma casa grande de portão azul,
Any desceu do carro e arrumando a blusa na cintura perguntou vendo a fachada “Orfanato Anjo
de Luz”:
- O que vamos fazer nesse orfanato?
Poncho: Vc não sei, mas eu e os outros somos voluntários aqui.
Any: Sério eu não sabia.
Poncho: Não lembrava melhor dizendo, porque Chris uma vez te falou que tava vindo pra cá e vc
fez uma careta dizendo que nunca pisaria aqui lembra?
Any: Lembro, agora lembrei. - sem jeito e triste.
Poncho: Não fica assim, hoje vc vai ter a oportunidade de conhecer o lugar e voltar quando
quiser.
Any sorriu e entrou no orfanato, mas as primeiras pessoas que os viram foram os amigos e
Juliana a diretora do orfanato que sem saber de nada disse sorrindo para os dois:
- Bom dia Alfonso trouxe uma nova voluntária, prazer me chamo Juliana sou a diretora daqui.
Any: Anahí, prazer!
Juliana: Algum problema? - vendo a cara dos outros.
Poncho: Não ta tudo bem. - disfarçando.
Juliana: Bom eu vou ver se as crianças já terminaram de se arrumar e tomar café ai chamo vcs
ok?
Dul: Beleza. - séria.
Quando Juliana saiu Ucker disse bravo:
- Foi por isso que vc voltou? - apontando Any que abaixou a cabeça constrangida.
Poncho: Eu só acho que ela merece uma chance de provar que mudou.
Mai: Ah fala sério. - rindo irônica.
Chris: Vc ta dando as armas pra ser machucado depois não reclama.
Any: Eu já disse que mudei, ou então porque teria reconciliado vcs quatro? Vejo que vcs estão
com as alianças de namoro de novo, fico feliz.
Dul: Larga de ser fingida ta? E se juntou a gente como ta dizendo não fez mais que a sua
obrigação
já que foi vc mesma quem nos separou esqueceu?
Any: Não! Mas é tão difícil assim pra vcs me desculparem?
Ucker: É. - seco.
Mai: Porque te conhecemos a um bom tempo Anahí.
Chris: E eu sei perfeitamente que vc não presta.
Poncho: Gente, por favor!
Juliana: As crianças já estão acabando de comer, podem ir pro pátio depois.
O clima de tensão acabou sendo quebrado e a turma foi pro pátio. Em minutos cerca de 15
crianças entre 4 e 9 anos saíram de dentro da casa indo pro pátio, quando viram o pessoal saíram
correndo na direção deles, abraçando, beijando e indo no colo de todos. Uma garotinha morena
de cabelos encaracolados e olhos negros (Foto:
http://i5.flogao.com.br/r/13/o/a/rafinharomolo/avatar.jpg) veio correndo na direção de
Poncho e pulou no seu colo dizendo:
- Tato!
Poncho: Oi minha princesa. - dando um beijo no rosto dela.
Xx: Por que demorou?
Poncho: Eu fui buscar uma amiga. - apontando Any. - Lívia essa é a Any, Any minha irmã Lívia.
Lívia: Oi! - sorrindo estendendo a mãozinha.
Any: Prazer! - sorrindo simpática pegando na mão dela. - São irmãos mesmo?
Poncho: Uhum, ela veio comigo, mas deixei ela aqui com as outras crianças enquanto buscava vc.
Lívia: Ah é ela a menina que vc gosta então?
Poncho e Any abaixaram a cabeça constrangidos e Lívia disse:
- O que foi? Ergue a cabeça, deixa eu ver uma coisa.
Os dois ergueram e Lívia ainda no colo de Poncho disse encarando os dois:
- Vcs combinam!... Vai casar com ela mano? - soltou de repente.
Os dois ficaram mais vermelhos ainda e só voltaram ao normal quando um garotinho perguntou:
- Vai jogar bola comigo hoje tio?
Poncho: Vou sim, vai lá buscar a bola e chama os meninos e os tios Ucker e Chris.
Xx: Ta. - respondeu sorrindo.
Lívia: Samuel sabia que essa moça é namorada do meu tato?
Any: Não a gente... - sorrindo sem graça.
Samuel: Poxa tio vc tem sorte, ela é bonita.
Poncho: Obrigado! - encarando Any sem jeito.
Any: Vc é muito cavalheiro Samuel. - acariciando seus cabelos.
Samuel: De nada, mas vem tio vamos jogar bola. - puxando Poncho.
Poncho: Eu...
Lívia: Pode ir mano, eu cuido dela pra vc... Quer conhecer o orfanato comigo?
Poncho: Vai com ela. - incentivou sorrindo.
Any: Ta eu topo sim. - sorrindo.
Lívia: Eba. - pulando contente.
Poncho: Se comporta hein mocinha. - falando com Lívia e saiu com Samuel.
Lívia: Ta! - falando com Poncho. - Vem comigo vou te mostrar como é lá dentro.
Any: Ta. - sendo arrastada por Lívia sorrindo.
Ali perto Dul e Mai brincavam com algumas crianças e a última disse:
- Olha lá Dul.
Dul riu irônica vendo Any com Lívia e disse:
- Run nunca ouviu falar que pra se conquistar os grandes têm que investir nos pequenos?
Mai: Olha eu só não concordo com vc porque até onde sei Anahí não sabia que Poncho tinha irmã.
Dul: Mas agora que sabe vai se aproveitar.
Xx: Tias vamo brincar de roda? - perguntou uma garotinha.
Mai: Vamos minha linda. - sorrindo vendo os meninos jogando bola com os garotinhos.
Dul: Vem crianças vamos fazer uma roda. - se levantando e chamando as outras.
As crianças formaram a roda e Mai perguntou:
- Que música querem cantar?
- Peixinho, a do peixinho! - responderam juntas.
Dul: Ok então vamos lá. - começando a rodar.
Mai: Se eu fosse um peixinho e soubesse a nadar eu jogava a Eliana no fundo do mar. - colocando
uma garotinha ruiva no centro da roda.
Dul: Se eu fosse um peixinho e soubesse a nada eu colocava...
- Lucas! Fernanda! - disseram as crianças juntas.
Dul: A tia Mai no fundo do mar. - disse pra não provocar brigas.
Mai sorriu entrando na roda e segurando a mão de Eliana ficou dançando e rodando com ela,
enquanto Dul e as outras crianças continuavam cantando.
Próximo dali Lívia andava com Any pelo orfanato mostrando cada parte do mesmo, quando
chegaram ao dormitório das meninas à garotinha disse:
- Aqui é onde as meninas dormem e aqui na frente os meninos. - apontando pras duas portas
uma de frente pra outra. - Olha o dos meninos é azul. - abrindo a porta e puxando Any pra
dentro.
Any: Nossa é bonito aqui! - entrando sorrindo.
Lívia: Espera pra ver o das meninas, é muito legal. - puxando Any pra fora do quarto e abrindo a
porta do quarto das meninas puxando Any. - Aqui não é mais bonito?
Any: Uhum! - sorrindo.
Lívia: Poncho me disse que vai pintar meu quarto dessa cor... Lilás. - sorrindo.
Any: Vai ficar bonito. - sorrindo.
Lívia: Vem ainda falta vc conhecer a bibloteca. - a puxando.
Any então viu uma garotinha loira de uns 04 anos deitada com uma chupeta abraçada a uma
toalhinha rosa numa cama encarando ela e Lívia com o olhar perdido e triste, parecia séria
também, tinha a testa franzida (Foto:
http://img514.imageshack.us/img514/1882/menina5in8.jpg). Sem agüentar a curiosidade
puxou Lívia e perguntou apontando a garotinha:
- Quem é ela?
Lívia: Ah é a Sara, ela não sai pra brincar com as outras crianças. - encarando a menina.
Any: Por quê? - estranhando e olhando a menina que ainda as olhava.
Lívia: Ela não pode brincar com as outras crianças.
Any: Por que não?
Lívia: Porque não entende o que elas falam quer dizer não escuta... O tato disse que ela não ouve.
Any: Quer dizer que ela tem deficiência auditiva?
Lívia: O que é isso? - encarando-a fazendo uma careta.
Any: Uma forma delicada de dizer que uma pessoa não escuta que é surda.
Lívia: Ah ta! É ela tem isso que vc falo, o tato disse que ela não ouve quase nada e por isso não
brinca com as outras crianças.
Any: Pobrezinha. - se aproximando.
Lívia: Vem à diretora falo que é pra não mexer com ela, vamos lá na bibloteca. - a puxando.
Any saiu sendo puxada por Lívia, mas até que a porta fosse fechada não conseguiu tirar os olhos
de Sara e seu rosto triste e sério.
Mais tarde enquanto todos comiam a sobremesa Any chegou em Juliana e perguntou:
- É... Posso falar com vc um minutinho?
Juliana: Claro o que foi?
Any: É que Lívia estava me mostrando o orfanato e quando chegamos ao dormitório das meninas,
vi uma garotinha, Lívia me disse que se chama Sara e que tem problemas auditivos, é sério isso?
Juliana: Sim infelizmente Sara fica sempre no quarto é uma garotinha séria, triste e não sai pra
brincar, já tentei chama-la, mas ela não aceita e se assusta com aproximações.
Any: E já pensou em falar com algum médico, psicólogo pra poder envolver elas com as crianças?
Juliana: O médico que vem uma vez por semana diz que ela poderia operar os ouvidos e colocar
um aparelho, mas ambos custam muito caro e não temos renda pra isso e nem pra pedir a um
psicólogo que venha aqui conversar com ela e entregar brinquedos adequados pra deficiência
dela.
Any: Entendo, olha se eu puder ajudar em alguma coisa, eu vou ajudar.
Juliana: Eu agradeço querida.
Any sorriu pra ela e depois ficou encarando as crianças comerem. Ficaram lá até as seis horas da
tarde quando Ucker saiu pra levar Dul pra casa, Chris saiu pra levar Mai e a pedido de Lívia que
insistiu muito Poncho acabou levando Any pra casa.
Na manhã seguinte eram 8 horas da manhã quando a campainha da casa de Carol e Julio César
tocou. Chris desceu as escadas dizendo:
- Deixa que eu atendo. - e abriu a porta. - Bom dia meu amor! - abraçando Mai.
Mai: Bom dia bebê lindo! - lhe dando um selinho.
Chris: Nove horas, pontual como sempre.
Mai: Pra ficar perto de vc eu nunca me atraso.
Chris: Hum bom saber. - sorrindo e se beijaram.
Any: Bom dia! - descendo as escadas sorrindo.
Mai e Fercho se separaram sérios e Any perguntou:
- Já estão indo?
Mai: Pra onde? - fria.
Any: Pro orfanato Poncho me disse que vão lá todo sábado e domingo de manhã e ficam até as 6.
Chris: E vai querer voltar pra lá?
Any: Uhum. - sorrindo empolgada.
Mai: E o que vai fazer lá?
Any: Ué o mesmo que vcs! Brincar com as crianças. - sorrindo.
Chris: O que vc ta querendo com esse papo furado?
Any: Mano quantas vezes vou te que dizer que eu mudei.
Mai: Ta já cansei desse papo, vamos embora meu amor é melhor. - o puxando.
Any: Posso ir com vcs?
Chris: Não.
Any: Por que não?
Chris: Porque não to afim de te levar, vem vamos meu amor. - dando um beijo em Mai e a puxou.
Any quando viu a porta se fechar sentiu os olhos ficarem marejados fechou-os com força
dizendo:
- Não vou chorar, não vou!
Caspian: Não precisa ter vergonha de expressar seus sentimentos.
Any: Até quando vão me tratar assim Caspian?
Caspian: Não sei de verdade, mas não pode desanimar.
Any: Eu sei, mas é que... Ta tão difícil.
Caspian: Em breve as coisas vão começar a melhorar tenho certeza.
Any: Obrigada! Já disse que vc é um excelente conselheiro e amigo?
Caspian: Não primeira vez.
Any: Então saiba que gosto muito de vc... Tem problema se tocar vc, te dar um abraço?
Caspian: Não. - sorrindo e foi contornado por uma luz branca. - Agora pode!
Any pela primeira vez teve contato com Caspian e percebeu que ele era quente e a acalmava
muito, abraça-lo lhe dava esperanças. Começou a rir quando o soltou e ele perguntou:
- O que foi?
Any: É engraçado vc é diferente, parece um travesseiro fofo. - não contendo o riso.
Caspian: Talvez porque seja um anjo. - sorrindo.
Any: Pode ficar visível hoje e ir comigo pro orfanato?
Caspian: Não posso me deixar ser visto por muitas pessoas ao mesmo tempo, mas vou estar com
vc o tempo todo prometo. - enxugando o rosto dela sem tocá-la fisicamente.
Any: Obrigada!
Caspian: Mas ainda quer ir ao orfanato?
Any: Sim tenho coisas importantes pra fazer lá.
Caspian: Que bom pensar assim é muito bom Any. - sorrindo pra ela que sorriu de volta.
Poncho estava brincando com Samuel quando Mai e Chris chegaram, estranhou quando não viu
Any sendo que ela havia lhe prometido que viria e perguntou chegando nos dois:
- E a Any?
Chris: O que tem ela? - se fazendo de desentendido.
Poncho: Ela não vem hoje, me disse quem vinha.
Mai: Olha se quer saber chamamos, mas ela não quis vir.
Poncho: Duvido que chamaram.
Chris: Ta ela quis vir, mas eu não quis trazê-la.
Poncho: Por quê?
Mai: Talvez porque sabemos que ela não queria vir coisa nenhuma.
Chris: E sim só chamar atenção.
Poncho: Vcs estão enganados. - decepcionado.
Chris: Vc quem esta amigo. - sorrindo triste e saiu agarrando uma menina que pulou no seu colo.
Ucker e Dul estavam aos beijos quando viram Lívia se aproximando triste, Dul se aproximou e
perguntou se ajoelhando de frente pra ela:
- O que vc tem querida?
Lívia: O tato me disse que a namorada dele não vem hoje.
Ucker: Namorada? Que namorada?
Lívia: A Any que tava com ele ontem, ele disse que ela não vai vir hoje.
Ucker: Ah ta, mas quem te disse que os dois namoram?
Lívia: Ninguém eu descobri sozinha, mas ela mentiu pra mim disse que vinha hoje de novo e não
veio. - cruzando os braços chateada.
Dul: Olha não fica assim se quiser pode brincar comigo ta?
Lívia confirmou com a cabeça e pegou na mão de Dul que depois de dar um beijo em Ucker saiu
pra brincar com ela e as outras crianças. Juntaram-se a uma roda que Mai fizera com as outras
crianças para brincar de corre cutia, Poncho sorriu triste quando viu a irmã desanimada no meio
da roda sabendo perfeitamente o motivo pra tristeza dela e dele.
De repente o portão se abriu e o rosto de Lívia se iluminou quando viu Any entrar com algumas
sacolas e um DVD nos braços, levantou-se da roda correndo e foi na direção dela. Any largou as
coisas na mesa de entrada assim que viu a menina e se abaixou a abraçando.
Lívia: Eu sabia que vc ia vir.
Any: Eu não te prometi. - sorrindo e a soltando.
Lívia: Uhum. - afirmando com a cabeça. - O que tem nessas sacolas? E que coisa grande é essa?
Any: Essa coisa grande é um DVD trouxe pra gente colocar música aqui e nas sacolas trouxe
alguns brinquedos pras crianças.
Juliana: Que bom que veio Any.
Any: Diretora eu trouxe esses brinquedos pra eles, se vc poder distribuir depois eu agradeço.
Juliana: E porque vc mesma não entrega?
Any: Acho melhor não. - vendo a cara dos outros.
Juliana: Ok eu entrego pra eles mais tarde.
Any: Obrigada! - sorrindo. - É... Posso te pedir uma coisa diretora?
Juliana: Sim!
Any: Eu poderia tentar brincar com a Sara trazer ela aqui pra fora hoje, sabe eu trouxe DVD pra
eles cantarem e dançarem queria que ela brincasse com eles também.
Juliana: Bom Any já te disse que ela tem medo de se relacionar, mas todos os outros eu deixei
que se aproximassem dela não tenho porque te impedir.
Any: Obrigada. - sorrindo.
Juliana se afastou levando as sacolas com brinquedos pra dentro e Any disse vendo Poncho:
- Bom dia! - sorrindo.
Lívia: Viu tato ela veio. - sorrindo.
Poncho: É. - sorrindo. - Chris e Mai me disseram que...
Any: Não quiseram me trazer? É sim eles não quiseram, mas eu dei meu jeito. - sorrindo.
Poncho: Que bom! Sentimos sua falta, quer dizer a Lívia sentiu sua falta. - tentando concertar.
Any sorriu abaixando a cabeça sem jeito. Ergue-a novamente e disse encarando Lívia:
- Pode ficar brincando com os outros rapidinho enquanto vou fazer uma coisa?
Lívia: Ta. - e se retirou voltando pra roda onde estava antes.
Poncho: O que vai fazer?
Any: Tirar ma borboleta do casulo.
Poncho: Ahn?
Any: Vem comigo e vai entender. - puxando-o pela mão.
Quando entrou no quarto das meninas Poncho perguntou:
- Any as crianças tão lá fora.
Any: Eu sei, mas a que me interessa ta aqui. - terminando de puxá-lo e fechou a porta com
cuidado.
Poncho: Ta falando da Sara?
Any: Uhum! - se aproximando da cama.
Sara estava acordada do mesmo jeito que a vira no dia anterior, deitada na cama encarando os
dois com o mesmo olhar sério e triste abraçada à mesma toalhinha rosa chupando chupeta. Any
se aproximou hipnotizada pela menina, se ajoelhou na cama e quando foi tocar sua mão a menina
afastou gemendo de medo. Poncho se ajoelhou e disse com carinho:
- Não vamos te machucar Sara. - fazendo alguns sinais.
Any: Vc sabe a linguagem surdo e mudo? - surpresa.
Poncho: Sei e ensinei umas coisas foi o máximo que consegui de aproximação com ela porque sai
daqui desse quarto ainda não consegui convence-la a fazer.
Any: Sara vc não quer brincar com a gente?
A menina se afastou assustada negando com a cabeça.
Poncho: Ela nos escuta, mas bem pouco.
Any: Queria ajudá-la Poncho. - triste.
Poncho: Quem sabe não conseguimos do jeito certo?
Nisso bateram na porta e Juliana entrou dizendo:
- Poncho pode vir comigo?
Poncho: Claro, eu já volto. - sorrindo e saiu.
Any: Vc não quer mesmo brincar comigo?
Sara novamente negou com a cabeça e quando estava quase desistindo Caspian apareceu ao lado
de Any a assustando e estendeu a mão pra Sara dizendo:
- Vem comigo.
Sara o encarou atenta e aos poucos estendeu a mãozinha pra ele.
Any: Caspian...
Caspian: Crianças são os únicos humanos que podem nos enxergar, vem. - sorrindo pra Sara.
A menina desceu da cama segurando a mão de Caspian que se ajoelhou na sua frente e disse:
- Pode brincar com ela não precisa ter medo, esta em boas mãos.
Sara encarou Any atenta à mesma sorriu chamando-a pra brincar. Sara encarou Caspian que a
incentivou com um sorriso e sumiu em seguida.
Any: Quer brincar?
Sara apesar de ainda estar assustada pegou sua toalhinha branca e um ursinho marrom e
entregou na mão de Any que sorriu e a pegou no colo dizendo:
- Vc vai gostar muito de brincar.
Sara a encarou e a abraçou assustada ouvindo a porta se abriu. Poncho entrou e perguntou:
- Como conseguiu tira-la da cama e ainda fazer com que viesse no seu colo?
Any: Não sei tava conversando com ela e ela acabou topando brincar comigo.
Poncho sorriu e quando foi pegar na mãozinha de Sara a mesma gemeu assustada e Any disse:
- Não precisa ficar com medo ele é legal.
Sara a encarou e encarou Poncho pegou o ursinho marrom que estava na mão de Any e entregou
a Poncho que disse o pegando sorrindo:
- É lindo seu ursinho.
Any: Acho que ela quer mostrar pra gente. - sorrindo.
Poncho: Vamos lá fora brincar?
Sara afirmou com a cabeça despertando um sorriso terno nos dois.
PAROU AQUI!
Ambos cantaram a música se encarando, Any pulava no refrão, mas enquanto olhava pros olhos
de Poncho não conseguia tirar o beijo de sua cabeça. Será que aquilo significava que ele a
amava? Ou era só ilusão da sua cabeça e do seu coração que queriam lhe pregar uma peça?
Ficaram a tarde toda dançando e foram embora novamente às seis horas. Assim que colocou os
pés no quarto Any deitou na cama e disse de olhos fechados:
- Eu quero morrer!
Caspian: Cuidado com o que vc pede.
Any: Caspian! - se sentando assustada na cama.
Caspian: Desculpa não resisti, mas o que vc tem?
Any: Eu to confusa minha cabeça vai dar um nó.
Caspian: Me fala o é... Soube que ontem vc e Poncho se beijaram.
Any: É a gente se beijou e... Foi tão bom! - fechando os olhos e tocando os lábios.
Caspian: Então porque esta assim?
Any: Porque acho que Poncho quer se vingar de mim.
Caspian: Não diga besteiras.
Any: Mas é verdade se ele não me ama porque me beijou então?
Caspian: Tem tanta certeza assim de que ele não te ama?
Any: Ele me falou que somos amigos. - triste.
Caspian: Mas em algum momento demonstrou que não ama vc?
Any: Não sei às vezes parece que me ama como quando cozinhamos ontem ou na hora que
cantamos hoje, mas em outras parece ser só meu amigo como quando estávamos com a Sara.
Caspian: E porque vc não se arrisca e pergunta pra ele.
Any: Não sei mais como fazer isso.
Caspian: É claro que sabe, amanhã quando se verem chega nele e pergunta.
Any: E se ele mentir pra mim.
Caspian: Não vai mentir te garanto.
Any: Ta bom então, amanhã eu falo com ele.
Na manhã seguinte uma garota bonita de cabelos castanhos. (Foto:
http://img240.imageshack.us/img240/4456/estasi4copiazk6.jpg) andava apressada e meio
perdida pelo colégio. Tão perdida procurando sua sala que não percebeu quem estava na sua
frente e acabou trombando com alguém derrubando as coisas dela no chão.
Xx: Ai droga me desculpa! - encarando o rapaz na sua frente.
Xx: Não tem problema. - sorrindo pra ela e se levantaram. - Prazer meu nome é Alfonso, mas
pode me chamar de Poncho!
Xx: Mariana.
Poncho: É nova aqui pelo jeito esta perdida?
Mariana: Sim estou procurando por essa sala. - lhe entregando a folha de transferência.
Poncho: Poxa que sorte vc ta na minha sala.
Mariana: Sério que coincidência legal. - sorrindo.
Poncho: Bom se quiser eu te mostro onde fica a nossa sala e a escola.
Mariana: eu vou agradecer se fizer isso.
Poncho: Ah e bem vinda.
Mariana: Obrigada. - sorrindo deslumbrada com os olhos e o sorriso dele.
Any estava indo pra entrada da escola decidida a falar com Poncho, mas quando o viu
acompanhado parou estática sem acreditar no que seus olhos viam. Era a mesma garota, a
mesma menina que vira com Poncho naquela visão horrível do futuro estava a 500 metros de
distância dela ao lado de Poncho de verdade. Não conseguiu conter as lágrimas e se virando pra
não ser vista disse:
- Isso não pode ta acontecendo, ela não podia ter aparecido agora pra me tomar ele. - tentando
segurar as lágrimas em vão. - Não podia! Agora eu o perdi, perdi o Poncho pra sempre.
Sentou-se no banco mais próximo e chorou tudo o que andou segurando nos últimos dias.
Próximo dali Ucker perguntou abraçando Dul por trás:
- E ai o que estão pensando em fazer essa semana?
Chris: Alguma coisa que nos relaxe porque temos essa semana livre sem provas e depois três
semanas de provas finais.
Mai: E férias graças a Deus. - sorrindo.
Dul: Por mim essas semanas passavam voando.
Ucker: Pior que vão passar gatinha, quando nos dermos conta já vão ser as provas.
Mai: Tava pensando da gente se reunir essas semanas pra estudarmos juntos.
Chris: E namorar muito né? - beijando o rosto dela.
Mai: Também. - sorrindo.
Dul: Olha eu pensei da gente acampar vamos fazer isso mesmo ou outra coisa?
Ucker: Mas isso já tava combinado meu anjo.
Dul: Ah é verdade. - sorrindo.
Mai: Alguém viu o Poncho?
Chris: Vi quando chegou, mas não sei onde ta não.
Ucker: Só falta estar com a Anahí.
Dul: Dessa vez não... Olha ela ali! - apontando quando viu Any passar.
Mesmo a ignorando eles perceberam que ela estava diferente, estava de um jeito que eles nunca
a viram antes. Estava triste e com os olhos vermelhos como se tivesse chorado.
Mais tarde quando as aulas acabaram Mariana e Poncho saíram juntos e ela disse:
- Poxa essa escola é muito maneira.
Poncho: Vem comigo quero te apresentar uns amigos.
Mariana: Ta legal! - concordou sorrindo.
Quando chegou onde os outros estavam Poncho disse:
- Pessoal essa é a Mariana.
Chris: Mariana? Prazer sou o Christian.
Mariana: Prazer!
Mai: Sou a Maite, de onde vcs se conhecem?
Poncho: A gente se trombou hoje.
Mariana: É eu tava distraída.
Dul: Que belo jeito de se conhecer alguém. - sorrindo. - Me chamo Dulce.
Mariana: Prazer! - sorrindo simpática.
Ucker: Me chamo Ucker... Poncho já te mostrou o colégio?
Mariana: Prazer! Já me mostrou sim.
Mai: E o que achou? Muito horrível?
Mariana: Não, não é legal, muito legal. - sorrindo e encarou Poncho.
Foi então que ele viu Any passar, não resistiu e disse:
- Gente já volto.
Chris fez uma cara e Mariana perguntou sem entender:
- O que foi?
Dul: Nada não.
Ucker: É uma longa história.
Poncho: Any! Aonde vc vai?
Any: Eu vou procurar um médico e um psicólogo pra ver o que posso fazer pela Sara.
Poncho: Quer que eu vá com vc.
Any: Não precisa e também vc ta muito ocupado com sua nova amiga.
Poncho: Any isso foi uma indireta?
Any: Não, não, mas não precisa ir comigo não.
Poncho: Olha se quiser eu vou e quanto a Mariana a gente é só amigo nos encontramos hoje por
acaso e ela veio transferida só a estava ajudando.
Any: Não precisa me explicar Poncho, não tem porque fazer isso.
Poncho: Mas por que ta assim?
Any: É vc lembra da dinâmica que fizemos onde com as crianças sobre desejos?
Poncho: Uhum!
Any: Quais são seus desejos Poncho? Pode me responder?
Poncho: Ah eu... Queria presenciar um milagre, estar em dois lugares ao mesmo tempo, ajudar as
pessoas e... - se interrompeu antes que falasse “e ficar com vc pra sempre”.
Any: E? Qual é seu outro desejo?
Poncho: Nada não... E os seus quais são?
Any: É engraçado antes eu só queria aproveitar a vida, agora meu único desejo é ver as pessoas
que eu magoei felizes e que acreditem que mudei também. - ficando com os olhos marejados.
Poncho: Ah ta!
Any: E já que estamos falando em desejos, queria que soubesse que te desejo toda a felicidade
do mundo afinal vc é a pessoa que mais têm motivos pra me odiar, mas é a que é mais gentil
comigo.
Poncho: Eu não odeio vc Any. - respondeu querendo dizer que a amava.
Any: Eu sei que não!... - e se encararam. - Bom eu preciso ir, tenho muita coisa pra fazer.
Poncho: Ok tenha uma boa tarde. - respondeu não querendo que ela fosse.
Any: Vc também. - e virou de costas. - Ah Poncho só uma coisa. - se virando de frente pra ele.
Poncho: O que?
Any: Parabéns vcs dois combinam. - com os olhos marejados.
Poncho: Como? - não entendendo.
Any: Vc e a Mariana... Combinam juntos!
Poncho: Como sabe o nome dela?
Any: Não importa. - enxugando o rosto tentando disfarçar as lágrimas.
Poncho: Mas não estamos juntos, acabamos de nos conhecer somos amigos.
Any: Não estão, mas vão ficar juntos eu sei que vão e desejo desde já toda a felicidade pra vcs.
Poncho foi dizer alguma coisa, mas não deu tempo, pois Any foi embora antes que dissesse algo.
Quando chegou à praça perto da escola Any não agüentou e sentou no banco aos soluços. Apoiou
as mãos nos joelhos e o rosto nas mãos. Sentiu uma mão suava passar por seus cabelos e
perguntou:
- Caspian?!
Caspian: Não fique assim.
Any: Como quer que eu fique? Isso é um teste ou... Mais um castigo pela vida que eu tinha?
Caspian: Nenhum dos dois simplesmente aconteceu porque tinha que acontecer.
Any: Por que tinha que acontecer? Eu o perdi Caspian, essa menina vai terminar o que ele
começou.
Caspian: Do que ta falando?
Any: Poncho já me esqueceu, acabou ele não gosta mais de mim.
Caspian: Então porque se beijaram?
Any: Não sei por causa do momento sei lá... Mas ele já começou a me esquecer e essa menina vai
ajudá-lo, ele vai se apaixonar por ela e... E eu nunca vou te uma chance pra mostrar o que eu
sinto.
Caspian: Olha...
Any: Eu não quero mais ficar aqui, ninguém me perdoa, ninguém acredita em mim, eu perdi todo
mundo por culpa minha mesmo... Eu quero ir embora, quero que meu prazo termine hoje, agora.
Caspian: Ah sim e o que começou? Vai abandonar assim? - sério.
Any: Do que ta falando? - o encarando com os olhos vermelhos e molhados.
Caspian: Do que to falando? Any vc não veio pra cá só pra mostrar às pessoas que mudou e sim
pra aprender também durante esse tempo, vc disse que quer ir embora agora, mas e a Sara, vc
foi a única pessoa que conseguiu realmente a confiança dela, ela precisa de vc pra sair daquela
clausura que a deficiência dela a colocou, só vc pode ajudá-la e tem a Lívia também que te adora.
Any: Mas...
Caspian: E também vc topou vir pra cá e ficar até o dia 25 de dezembro, não importa o que
aconteça! Até lá vc não pode ir embora por vontade própria e tem que tentar cumprir sua missão,
não tente provar a todos o tempo todo que quer mudar, faça o que tem que fazer e eles vão
perceber sozinhos que vc mudou... Chega de falar o tempo todo que mudou, faça o que quer
fazer, ajude as pessoas, ajude Sara e garanto que eles vão se convencer, é só ter paciência e não
desistir.
Any: Esta bem não vou desistir... Pela Sara que precisa de mim, pela Lívia, pelas crianças do
orfanato, por mim e por eles que machuquei. - parando de chorar.
Caspian: É assim que se fala. - sorrindo orgulhoso.
Any enxugou o rosto e sorrindo disse:
- Eu vou fazer o que tenho que fazer.
Caspian: Isso.
Any: Caspian pode me responder uma pergunta?
Caspian: Sim!
Any: É... Se meu prazo acabar e eu tiver que ir embora, eu vou poder ver eles felizes?
Caspian: Vai! Ficando ou não vc vai ver a felicidade deles.
Any: Obrigada! - sorrindo.
Quando voltou pra onde os amigos estavam Chris perguntou:
- Falou com a Anahí?
Poncho: Uhum ela me disse que tava indo pra um médico ver o caso da Sara.
Ucker: O que deu nela?
Poncho: Ela gostou da menina de verdade e quer ajudá-la.
Mai: Uhum e eu sou Papai Noel.
Poncho: Porque é tão difícil de acreditar?
Dul: Porque ela nunca prestou.
Poncho: Só que ela mudou acreditem.
Mariana: Desculpa me intrometer, mas de quem estão falando?
Chris: Da minha irmã, ela sempre foi mau caráter e agora veio com um papo de que mudou, o
único que acredita é o Poncho porque é afim dela.
Poncho: Não é por isso cara.
Mai: Mas vc gosta dela ainda vai dizer que não?
Poncho: Olha a questão não é só gosto dela ou não, se vcs acreditam que ela não mudou tudo
bem só que eu acredito que ela esta mudada e quero ajudá-la.
Ucker: Ai não depois diz que não ta afim dela.
Mariana: Gente desculpa me intrometer de novo, mas será que ela não mudou mesmo?
Dul: Não e vc fala isso Mari porque não a conheceu como era antes e não a conheceu agora com
todo aquele papel de vitima ridículo que adora interpretar.
Poncho: Gente vamos pra casa de uma vez? E parar de discutir? - desanimado.
Mariana: Alguém pode ir comigo até um ponto de táxi eu não sei onde fica um aqui.
Chris: A gente te leva não se preocupe.
Mariana: Obrigada! - sorrindo.
Quando chegou ao hospital Any foi rapidamente atendida e o médico perguntou:
- Qual o problema?
Any: É que... Bom doutor eu conheci uma garotinha que tem problemas de audição sabe ela
escuta pouco e só prestando muita atenção e falando muito alto e devagar que ela entende a
gente.
Xx: Hum e sabe se ela nasceu assim ou se essa perda de audição foi provocado por algum
acidente?
Any: Bom soube que ela já nasceu com problemas auditivos.
Xx: Uhum! - ouvindo atento.
Any: Tem alguma coisa que eu possa fazer por ela? Acha que alguma operação pode resolver?
Xx: Bom eu só vou poder saber o grau da surdez dela e se uma cirurgia vai resolver ou não se
traze-la aqui pra ser examinada, mas quando a criança não tem perda total de audição as
chances de uma cirurgia resolverem são maiores e se com a cirurgia o problema não se resolver
podemos optar por aparelhos auditivos.
Any: Entendi, é ela mora num orfanato e sabe ela não se interage com as outras crianças há
alguma coisa que eu possa fazer pra envolver ela com eles?
Xx: Bom é normal crianças com DA deficiência auditiva terem problemas pra se relacionar com as
crianças e com o mundo, nesse caso eu sugiro que vc procure um psicólogo que ele vai te dar
conselhos e métodos para interagir ela com as pessoas e crianças e também procure um
fonoaudiólogo para que ele trabalha a linguagem com ela esta bem?
Any: Sim eu vou fazer isso muito obrigada!
Xx: De nada, tenha uma boa tarde.
Any: O senhor também e... Quando eu posso trazê-la?
Xx: Essa quinta-feira esta bem?
Any: Esta! - sorrindo.
Xx: Pode ser às três horas? - marcando na agenda.
Any: Pode sim! - respondeu sorrindo e depois de pegar o cartão da consulta saiu animada.
Após ir ao médico Any passou em um fonoaudiólogo marcando uma visita na quinta também pra
Sara e em seguida passou no consultório de um ótimo Psicólogo que ela conhecia e o mesmo que
deu dicas e brincadeiras que ela poderia aplicar pra enturmar Sara com as crianças e adultos.
Quando chegou de noite cheia de sacolas Julio César perguntou ao vê-la:
- Onde estava?
Any: Fui comprar uns livros, algumas fantasias e consultar algumas pessoas.
Julio César: Livros? Pra que livros?
Any: É que quero ajudar uma menina que tem problemas auditivos e me aconselharam alguns
livros e eu peguei pra ler pra... Poncho o que faz aqui? - quando o viu na cozinha.
Poncho: Oi! - se aproximando com uma bandeja. - Estamos estudando lá em cima e peguei uns
lanches pra gente. - sorrindo pra ela.
Any: Ah ta. - sorrindo.
Julio César: Bom eu vou pro escritório, até mais. - saindo.
Any: Até pai.
Poncho: Sério que comprou livros pra estudar sobre o caso da Sara?
Any: Aham e algumas fantasias pra montarmos um tipo de teatro com eles sábado.
Poncho: Que legal. - sorrindo.
Any: Foi a primeira vez que senti que meu cartão de crédito teve alguma utilidade de verdade.
Poncho sorriu e Any largou as sacolas em cima do sofá abriu uma delas e pegando um vestidinho
rosa colocando por cima do corpo disse:
- Olha que lindo Poncho, comprei pra Sara imagina que linda ela vai ficar dentro dele.
Poncho: Realmente. - sorrindo. - Fico muito feliz com o que esta fazendo.
Any: Sério?
Poncho: Uhum, cada dia que passa vc me convence mais de que mudou.
Any sorriu e ficaram se encarando, ela lembrou de Mariana e quando lembrou do beijo que viu
entre eles fechou os olhos afastando aquela imagem dolorosa e disse sorrindo:
- Ah também marquei uma consulta com ela quinta-feira num médico que vai examiná-la pra ver
se da pra operá-la e um fonoaudiólogo pra ajudar ela a se comunicar com os outros.
Poncho: Vc pensou em tudo mesmo né?
Any: Pois é. - sorrindo.
Ficaram se encarando. Poncho tinha tanta coisa pra falar à Any, queria dizer a ela que a amava
ainda, que seu amor só crescia dentro dela e que essa mudança dela colaborava mais ainda,
queria falar do beijo entre eles, mas não sabia como e queria entender porque Any achava que
ele tinha ou poderia ter algo com Mariana sendo que a garota que o fascinava era ela. Já Any
sentia seu coração despedaçar cada vez que ficava a sós encarando Poncho, tinha que segurar
suas pernas pra que não a levassem até ele, seus braços pra que não o abraçasse e seus lábios
pra que não dissesse que o amava e estava arrependida de tudo o que tinha feito.
Mai: Poncho!
Poncho: Ai desculpa Mai. - vendo que tinha esquecido do lanche.
Mai: Vamos estão te esperando.
Any: Boa noite Mai! - sorrindo.
Mai: Oi! - seca. - E ai vamos? - impaciente.
Poncho: Bom depois a gente se fala. - respondeu sem outra escolha e subiu.
Any em seguida subiu pro seu quarto e ficou lendo os livros e arrumando as fantasias que levaria
no sábado pro orfanato tentando esquecer que Poncho estava a poucos metros de distância.
Na manhã seguinte Poncho estava andando pelo colégio quando ouviu um som de violão tocando
próximo dali. Quando encontrou o local de onde vinha o som se assustou vendo que era Any
quem tocava e mais ainda quando ela começou a cantar suavemente:
Saiba que este é meu último pedido.
Estou desesperada, sigo meus instintos.
Não me resta muito tempo a favor...
Mas se interrompeu quando Poncho se aproximou e abaixou a cabeça. Ele sentou no chão de
frente pra ela e disse:
- De onde vc conhece essa música?
Any: Eu quem a compus.
Poncho: Posso ver a letra?
Any: Sim, eu fiz umas marcações como se tivesse uma segunda voz.
Poncho olhou a letra vendo alguns trechos em espanhol e perguntou:
- Posso cantar as partes de segunda voz que vc marcou aqui?
Any: Pode sim. - respondeu sorrindo. - As partes em azul seria eu, as de vermelho a segunda voz
e preto as duas juntas.
“Fiz essa letra pensando na gente”, pensou em dizer, mas se ajeitou e começou a tocar e cantar:
Saiba que este é meu último pedido.
Estou desesperada, sigo meus instintos.
Não me resta muito tempo a favor.
E antes de ir embora, seguir o meu caminho,
Quero te olhar um pouco e sonhar que o destino
É junto a ti, amor.
Fica um segundo aqui e me faz companhia,
Quero adiar a dor de me sentir sozinha.
Me abrace, me abrace, me abrace, me abrace.
Poncho sorriu encantado com a voz dela e começou a cantar:
Hoy me he dado cuenta que no había sentido tanto miedo
antes que yo no decido que Dios va a ser mejor
Y antes de perder de vista mi camino
Quiero mirarte un poco y soñar que el destino es junto a ti mi amor.
Ambos se encaram olhando fundo nos olhos um do outro.
Fica um segundo aqui e me faz companhia,
Y quédate tantito más quiero sentirte mía
Y abrázame, y abrázame , y abrázame, y abrázame
No no y abrázame.
Dame una razón para quedarme,
Yo no quiero tu compasión,
Quiero que estés conmigo
hasta que me haya ido.
Y abrázame, y abrázame, y abrázame, y abrázame
y abrázame.
(Y abrázame) Dame una razón para quedarme
sólo dame una razón
(Y abrázame) Dame una razón solo dame
dame solo una razón
(Y abrázame) Dame una razón para quedarme
yo no quiero tu compasión
(Y abrázame)
Dame una razón
Sólo dame una razón...
Saiba que este é meu ultimo pedido,
estou desesperado e sigo meus intintos,
não me resta muito...
tempo a favor.
Ambos estavam muito próximos um do outro, mil imagens passaram na cabeça de ambos quando
estavam cantando. Lembraram do beijo que trocaram no orfanato, das brincadeiras com as
crianças, dos olhares que lançavam um ao outro e de como o coração acelerava quando estavam
na companhia um do outro. Poncho encarou Any no fundo dos olhos e disse:
- Ela é linda!
Any: Obrigada!
Mariana: Poncho! - chegando correndo e parou quando o viu acompanhado. - Oi! - sorrindo.
Any: Oi. - sorrindo por educação.
Poncho: Algum problema Mah?
Mariana: É que preciso pegar um livro na biblioteca e falaram que tem um esquema lá não
entendi! Pode me ajudar? Porque nem a biblioteca eu sei onde fica.
Poncho: Tudo bem, depois a gente se fala Any? - a encarando.
Any: Uhum! - respondeu o encarando e encarou Mariana.
Poncho: Então até depois... Tchau! - disse e sem resistir lhe deu um beijo no rosto assustando-a.
Mariana: Tchau Anahí, foi um prazer.
Any: Igualmente. - um tanto séria.
Assim que os dois sumiram Any colocou a mão no rosto e disse:
- Não faz isso comigo Poncho. - fechando os olhos. - Não podia ter desviado um pouquinho pra
esquerda? - lamentando. - Porque que ao invés de te esquecer eu te amo mais a cada dia?
No intervalo o pessoal estava na cantina e Ucker disse vendo Dul pensativa:
- Muitos beijos pelos seus pensamentos.
Dul sorriu e lhe deu um selinho, em seguida respondeu:
- Não é nada meu amor.
Ucker: Quer ir dar uma volta comigo hoje?
Dul: Aonde vc quer ir?
Ucker: Ah não sei, mas gostaria que fosse a dois pra gente poder aproveitar. - cochichou.
Dul: Hum então combinado. - sorrindo e o beijou.
Ao lado Mai disse abraçando Chris:
- Bebê o que acha de passar em casa hoje pra gente estudar.
Chris: Quer mesmo ir na sua casa pra estudar?
Mai: Podemos estudar e fazer outras coisas. - sorrindo.
Chris: Gostei da idéia.
Mai: Então topa. - sorrindo.
Fercho: Sem dúvidas. - sorrindo de volta e a beijou.
Poncho chegou com Mariana que fez uma careta sorrindo vendo os dois casais aos beijos. Poncho
sorriu imaginando o que fosse e disse tocando seu ombro:
- Não liga não, isso acontece sempre.
Mariana: Tudo bem eu acho bonito casais que se tratam da forma como eles se tratam.
Poncho: Hum então vc é romântica?
Mariana: É podemos dizer que sou sim. - sorrindo.
Poncho: Também sou.
Mariana: Percebe-se pelo seu modo de falar.
Poncho: Sério? - estranhou.
Mariana: Sim... Vc tem um modo carinhoso de tratar as pessoas, de conversar com elas, percebi
isso quando nos trombamos ontem e vc gentil não só por ter me mostrado a escola e me levar até
sua sala, mas por ter se tornado meu amigo sem secundas intenções como outros garotos já
fizeram.
Poncho: É podemos dizer que vc também foi diferente das outras meninas.
Mariana: Por quê?
Poncho: Sem cantadas, sem olhadas diferentes, sem atrevimento.
Mariana: Ah imagino como vc deve sofrer bonito assim as meninas devem pegar muito no seu pé.
Poncho: Nem tanto, tem algumas que chegam, mas aqui podemos dizer que as pessoas se
respeitam.
Mariana: É verdade percebi isso também.
Dul: Ah vcs estão ai. - percebendo a presença dos dois.
Poncho: Achei que iamos ter que fazer algum barulho ou algo do tipo.
Mai: Desculpem, Dul, Ucker venham pra cá, vcs também sentem aqui na mesa vamos ficar todos
juntos. - sorrindo.
Mariana: Um par de velas pra um par de casal! Conveniente. - falou sorrindo como se pensasse
alto.
Todos acabaram rindo e a cada minuto que passava se simpatizavam mais com Mariana, tava na
cara que ela era uma garota alegre, divertida, inteligente e bonita. E alguns desejavam que
Poncho percebesse isso e se envolvesse com Mariana já que pareciam combinar.
Chris: Vamos pedir alguma coisa?
Dul: Beleza o que vcs querem? Porque meu suquinho já ta aqui. - erguendo o copo.
Mariana: Eu adoro maracujá, mas como sei que vou dormir nas próximas aulas se o tomar, prefiro
de laranja.
Ucker: Boa Mah a segunda melhor fruta que existe. - batendo na mão dela que sorriu
Mai: E qual seria a primeira? - arregalando os olhos sorrindo.
Todos se encaram e falaram ao mesmo tempo:
- Maracujá! Amora! Melância! Pêra!
Poncho: Já sei, já sei... Salada mista. - disse rindo e todos acabaram rindo também.
Any olhava a cena de perto sem ser vista. Realmente seu pesadelo havia se tornado real,
primeiro viu naquele futuro Poncho e Mariana aos beijos abraçados e felizes e ontem os viu
juntos e agora era obrigada a ver todos reunidos felizes na mesa como vira naquele futuro
também. Tava na cara que ela não fazia falta a nenhum deles, mas o que a machucava era saber
que aquilo era culpa dela mesmo, que ela havia provocado aquilo e que se ela não fazia falta pra
eles, agora eles faziam falta pra ela. Quando estava saindo sem querer ser vista um garoto
trombou com ela fazendo com que Chris e Mai que estava sentados na direção dela a vissem. Os
outros vendo que os dois ficaram sério olharam na direção e exceto Poncho e Mariana fecharam a
cara quando Any se aproximou sem jeito.
Ucker: O que quer aqui? - a olhando com desprezo.
Any: Vim aqui pra... É...
Dul: Da pra falar de uma vez a gente tava se divertindo antes de vc chegar. - grossa.
Any: Eu percebi. - tentando esconder a tristeza e a dor que sentia.
Mai: Então diz logo o que quer Anahí.
Any: Ta bem... É que não sei se o Poncho comentou algo pra vcs, mas eu comprei umas fantasias
ontem pra montar um teatro com as crianças sábado e assim tentar ajudar a Sara a se enturmar
e queria saber se... Vcs topam participar.
Chris: Não obrigado! - recusando na hora.
Poncho: Chris! - chamando a atenção dele.
Mariana: É... Onde vai ser esse teatro?
Any: No orfanato que a gente vai de sábado e domingo.
Mai: Se quiser pode vir com a gente acho que vai gostar. - sorrindo pra ela.
Mariana: Ah acho que não tem problema, vcs me falam a hora depois.
Ucker: Beleza. - sorrindo pra ela.
Any: Mas então vcs querem participar do teatro.
Chris: Eu já disse que não.
Any: E vcs? - encarando os outros.
Mai: Se o Chris não vai eu também não vou participar.
Dul: Eu também não to afim.
Ucker: Se minha princesa e meus amigos não vão fazer eu também não faço.
Any: Ok se mudarem de idéia vcs me avisem... Tchau! - e saiu apressada.
Mariana: Vcs deviam ter aceitado o pedido dela coitada.
Poncho: Não adianta falar Mariana eu já cansei. - e se levantou bravo.
Chris: A gente já cansou de falar pra vc parar de correr atrás dela.
Poncho: Quer saber dane-se quando vcs se darem conta que ela mudou e ver a injustiça que
estão cometendo vão me dar razão, ai vamos ver quem ta errado aqui.
Dul: E tudo o que ela te fez e fez pra gente? - brava.
Poncho: O que ela me fez eu já esqueci e perdoei, mas é uma pena de verdade que nenhum de
vcs aqui saiba o que são essas duas coisas. - e saiu derrubando a cadeira no chão.
O clima ficou meio tenso e Mariana encarou todos sem entender bem o que acontecia, mas
preferiu não dizer nada pra não haver riscos de piorar a situação.
Quando alcançou Any e a puxou vendo que chorava disse com o coração partido:
- Any não fica assim.
Any: Me deixa Poncho volta lá com seus amigos e sua amiguinha nova.
Poncho: E deixar vc desse jeito?
Any: Para de fingir que se importa comigo, não ta vendo que só piora as coisas assim?
Poncho: Não to te entendendo.
Any: As piores coisas que se pode dar pra uma pessoa é o desprezo e a pena, seus amigos me
encararam com desprezo e aquela Mariana com pena, não venha vc me encarar de alguma dessas
formas também, por favor. - tentando parar de chorar enxugando o rosto.
Poncho: Any não tenho pena de vc e nem te desprezo ao contrário eu gosto de vc.
Any: Gosta como amigo né?
Poncho teve vontade de responder que a última coisa que queria era ser amigo dela, mas disse:
- É Any!
Any abaixou a cabeça e respondeu a erguendo:
- Então me faz um favor... Não briga mais com seus amigos por minha causa, eles são mais
importantes e em breve eu não to mais aqui.
Poncho: Porque sempre fala isso?
Any: Já disse que um dia vc vai saber.
Poncho: Olha eu tenho certeza que uma hora eles vão sacar que vc mudou.
Any: Só que essa hora pode ser tarde demais.
Poncho: Talvez não.
Any: É tavez! - sorrindo triste. - Bom eu vou nessa, outra hora nos falamos. - saindo.
Poncho: Any! - segurando sua mão e ela se virou. - Posso te ajudar com o teatro?
Any: Quer me ajudar?
Poncho: Uhum, vc deixa?
Any: Claro. - deixando escapar um sorriso.
Poncho: Isso quero te ver sorrindo e não chorando ta? - limpando as lágrimas dela.
Any afirmou com a cabeça e sem resistir acabou dando um abraço e um beijo no rosto dele e
disse:
- Obrigada pelo apoio.
Poncho: De nada. - sorrindo sentindo que o coração ia sair pela boca.
Any: Será que vc pode me encontrar no centro da cidade hoje umas 8 horas?
Poncho: Uhum, mas pra que?
Any: Pra mim poder te agradecer pela força que tem me dado, mas ainda é segredo.
Poncho: Ta legal, às 8 em frente ao Macdonalds pode ser?
Any: Pode! - sorrindo.
Poncho: Então combinado. - sorrindo de volta.
Any: Bom agora eu já vou. - sem jeito e saiu.
Poncho ficou olhando o caminho que Any fez até perdê-la de vista.
Na cantina o sinal pra aula tocou e Mariana disse se levantando:
- Então vcs vão às 8 da manhã pra lá?
Dul: Isso o endereço é esse aqui se quiser ir com a gente beleza.
Mariana: Bom qualquer coisa eu posso ligar pra vcs?
Chris: Pode pega o número com o Poncho!
Mariana: Ok. - sorrindo.
Mai: Até mais tarde então. - sorrindo.
Mariana: Gente sei que praticamente não nos conhecemos, mas... Porque tanto ódio assim pela
Any.
Ucker: É dificil explicar, mas há algumas semanas atrás Anahí infernizava as nossas vidas.
Mai: Ofereceu dinheiro pra largar do Chris e falou muitas coisas que me magoaram
profundamente.
Dul: Pagou uma garota pra levar o Ucker pra cama e dizer que tinha transado só pra nos separar
e nos infernizou também.
Mariana: Caramba, mas ela fez alguma coisa de errado agora?
Chris: Não, mas conheço minha irmã ela ta fazendo isso pra chamar a atenção a hora que ela
enjoar de bancar a boazinha arrependida ela vai voltar a infernizar todo mundo de novo, tenho
certeza.
Mariana: Mas e se não fizer isso?
Ucker: Acredite ela é capaz de fazer.
Mariana: E o Poncho? O que ele sente pela Anahí?
Dul: Esse nós já desistimos, ela já tinha ele nas mãos dela quando era má agora se fazendo de
boazinho ele caiu mais ainda na rede dela, tentamos alerta-lo, mas ele nunca nos escuta vc
percebeu como ele a defendeu e saiu daqui.
Ucker: Infelizmente é apaixonado por ela ainda.
Mariana: Entendi.
Chris: Bom Mah a gente se encontra na saída.
Mariana: Ta ok, tchau pessoal até depois.
Mai: Até e aproveita que vc ta vendo a coisa de fora e tenta dar uns conselhos pra ele... Na minha
opinião, ele merece uma garota como vc gente boa, legal, bonita e inteligente, não sei se rola
algo da sua parte ou da dele, mas ia ser legal se ficassem juntos vcs combinam.
Mah sorriu sem jeito sem saber o que responder. Quando o pessoal saiu ela foi pra sua sala, mas
não pode negar que a sugestão de Mai mexeu com ela.
À noite Anahí desceu as escadas e Caspian disse parado no final da mesma:
- Esta melhor?
Any: Sim Caspian.
Caspian: E posso saber onde minha protegida vai?
Any: Como se não soubesse! - rindo zombeteira. - Vou me encontrar com o Poncho.
Caspian: Hum! - sorrindo. - E como vão as coisas entre vcs?
Any: Poderiam estar melhor se estivessemos juntos, mas somos só amigos não tem jeito.
Caspian: Hei sem desanimo.
Any: É verdade eu o perdi e a culpa foi somente minha.
Caspian: Mas pode reconsquistá-lo.
Any: Não com a Mariana no meio, me dói tanto ver eles juntos.
Caspian: Ah mortais porque nunca enxergam o que esta na cara deles?
Any: Do que ta falando? - sem entender.
Caspian: De nada, vá pro seu encontro vá.
Any: Ok. - sorrindo.
Carol: Any! Filha é vc?
Any olhou na direção do escritório no momento que Caspian desapareceu e Carol surgiu dizendo:
- Onde vai?
Any: Ao centro, mas acho que não vou demorar.
Carol: Esta bem e dirija com cuidado ok?
Any: Pode deixar. - sorrindo e saiu.
Any entrou no carro e quando deu partida Caspian apareceu a assustando dizendo:
- Ouviu sua mãe dirija com cuidado, não quero morrer jovem.
Any o encarou emburrada e perguntou dando marcha ré no carro:
- Anjos podem morrer?
Caspian: Dependendo da ocasião sim.
Any: Porque não me diz em quais ocasiões morrem pra eu poder matar o anjo conselheiro mais
intrometido e sem privacidade alguma que eu já conheci? - o encarando com um olhar mortal.
Caspian: Olha que assim vc ta implorando pra ir pro inferno.
Any: Esta bem eu vou me acalmar.
Caspian: Isso mesmo, relaxe e dirija com cuidado.
Any: Sim senhor. - mau humorada.
Cerca de 40 minutos depois Any parou o carro em uma rua deserta e disse a Poncho:
- Pode descer.
Poncho: O que? - sem entender nada vendo ela atravessar pro outro lado do carro.
Any: Anda desce cinderela. - abrindo a porta pra ele esticando a mão direita. - Ta melhor assim?
Poncho: Para de palhaçada. - batendo na mão dela e descendo. - O que estamos fazendo aqui?
Any: Vem comigo. - o puxando pela mão.
Poncho foi arrastado por Any há alguns metros longe do carro até ela parar e dizer:
- Fica igualzinho a mim.
Poncho imitou Any, parando de frente pra ela não meio da rua com as pernas abertas em direção
vertical, quando fez um gesto perguntando o que aquilo significava, ela respondeu com um
sorriso que o fez estremecer:
- Estamos em dois lugares ao mesmo tempo.
Poncho: Que?
Any: Aqui. - ficando do lado esquerdo com uma perna só. - É o México!... Aqui. - ficando só do
lado direito. - É a cidade de Guadalajara. - E ficando assim. - abrindo as pernas como ele. -
Estamos em dois lugares ao mesmo tempo México e Guadalajara. - apontando cada lado. -
Entendeu?
Poncho começou a rir e perguntou:
- Me trouxe aqui só pra isso?
Any: Ai um obrigado ou um simples valeu ficaria mais gentil. - cruzando os braços emburrada.
Poncho: Como pedido de desculpas vc aceita dançar comigo? - sorrindo.
Any: Dançar aqui no meio da rua? - arregalando os olhos surpresa.
Poncho: Ué já estamos com as pernas abertas no meio da rua qual problema? - Any riu. - Aceita?
Any: Claro. - sorrindo e ficando séria aos poucos dando a mão pra ele.
Poncho a abraçou e Any disse:
- Mas não tem música.
Poncho: A gente tem uma. - começando a cantarolar apenas o ritmo da música que cantaram
juntos.
Any: Sabia que vc canta muito mal assim. - rindo e dançando com ele.
Poncho: Eu sei, mas gostei desssa música... Me Abrace! - cantarolando uma parte.
Any riu e continuaram dançando sendo envolvidos por um clima romântico. Poncho a aproximou
mais dele e Any encostou a cabeça no seu peito fechando os olhos e dançando enquanto Poncho
cantava a música no seu ouvido e ela não achou nenhum pouco ruim ou desafinado aquilo, ao
contrário seu coração batia acelerado, mas de forma confortante.
Na manhã seguinte Mariana encontrou Poncho e perguntou:
- Posso falar com vc?
Poncho: Claro o que foi?
Mariana: É que ontem o pessoal me chamou pra ir no orfanato e acabei esquecendo de pegar o
telefone deles com vc.
Poncho: Ah ta eu vou anotar todos pra vc numa folha e eu te dou na sala ok?
Mariana: Ta bem. - sorrindo.
[...] Mai: Até e aproveita que vc ta vendo a coisa de fora e tenta dar uns conselhos pra ele... Na minha
opinião, ele merece uma garota como vc gente boa, legal, bonita e inteligente, não sei se rola algo da sua
parte ou da dele, mas ia ser legal se ficassem juntos vcs combinam. [...]
Poncho: Mah! - estralando os dedos na frente dela.
Mariana: Oi, desculpa. - acordando.
Poncho: Vamos pra sala?
Mariana: Uhum! - sorrindo.
Poncho: É eu percebi ontem que vc tava com algumas dificuldades em Fisica.
Mariana: É nunca me dei bem com cálculos.
Poncho: Olha se quiser uma ajuda ta?
Mariana: Sério que ta se oferecendo pra me ajudar?
Poncho: Por que não? A gente é amigo né?
Mariana: Uhum amigos! - não entendendo bem porque fui triste com aquilo.
Poncho: Então se quiser tirar as dúvidas me avisa que eu tento te ajudar ok? Não prometo muito
porque não sou um genil, mas te ajudo.
Mariana: Valeu. - sorrindo pra ele que sorriu de volta.
Andaram alguns metros e Mariana perguntou antes que perdesse a coragem:
- É Poncho! - parando na frente dele.
Poncho: Fala!
Mariana: Vc quer... - sem coragem de continuar.
Poncho: O que? - sorrindo pelo jeito dela.
Mariana: É... Saircomigohoje. - falou tudo junto e depressa.
Poncho: O que? - sem entender.
Mariana: Quer... Sair comigo hoje, a gente pode ir pra algum lugar e vc me explica Fisica.
Poncho: Claro por mim tudo bem.
Mariana: Ok então. - suspirando aliviada.
Poncho: Esta tudo bem?
Mariana: Uhum! - sorrindo afirmando com a cabeça.
Mais tarde Any encontrou Ucker e Dul se beijando fez um barulhinho e perguntou:
- É... Vcs sabem onde esta o Poncho?
Ucker: Não!
Any: Ta, obrigada! - e saiu.
Ucker foi dar um beijo em Dul, mas mesma desviu e disse:
- Anahí!
Any: O que? - se virando pra ela.
Dul: Ele ta lá perto da sala dele.
Any: Valeu. - sorrindo e saiu.
Ucker: Porque falou onde ele estava?
Dul: Pra ela ter uma surpresinha. - sorrindo.
Ucker: Que surpresinha!
Dul sorriu e cochichou algo no ouvido de Ucker que sorriu perguntando:
- Hum com quem vc aprendeu isso?
Dul: Não sei. - respondeu sorrindo.
Ucker sorriu e sussurrou:
- Te amo!
Dul: Também te amo príncipe. - e se beijaram.
Any chegou no corredor pras salas e quando avistou a de Poncho se aproximou, mas parou na
janela quando viu Poncho e Mariana rindo divertidos. Sentiu vontade de invadir a sala e arrancar
Mariana de perto dele aos puxões de cabelo e ainda dizer a noite incrivel que tiveram assim
lembraria a Poncho tamém o que passaram juntos pra ver se assim ele se tocava que ela morria
por ele. Caspian então apareceu ao seu lado do nada e disse:
- Cuidado se não vc estoura o vidro com tanto ódio nesses olhos.
Any: Queria estourar a cabeça dela isso, mas o que ta fazendo aqui?
Caspian: O mesmo de antes vim aqui te aconselhar e desfaz essa tromba.
Any: Que jeito? Tão zoando da minha cara ou seu chefe me odeia.
Caspian: Anahí... - repreendendo-a. - Não fale assim do senhor.
Any: Não fale assim do senhor. - imitando-o fazendo uma careta.
Caspian: Por que esta tão brava? - sem entender.
Any: Para de olha pra minha cara e olha pra dentro da sala ai vai entender.
Caspian olhou vendo Poncho sentado de frente pra Mariana falando algo pra ela apontando pra
uma folha que ambos olhavam atentos. Olhou pra Any sorrindo e disse:
- Não vejo nada demais.
Any: É que vc é um anjo sem malícias me esqueci.
Caspian: Eles sõ estão conversando.
Any: Uhum imagino qual é a conversa deles. - ficando com os olhos vermelhos.
Caspian: Hei não fique assim. - disse num tom mais carinhoso.
Any: Eu amo ele Caspian será que ele não sacou isso ontem a noite depois do que passamos e das
outras coisas que fizemos antes no orfanato e aqui? - começando a chorar.
Caspian: No fundo Alfonso sabe que vc o ama, mas tem medo de acreditar devido ao que
aconteceu.
Any: Então ele mentiu pra mim porque se realmente acreditasse em mim, acreditaria que o que
eu sinto por ele não é fingido, que é de verdade.
Caspian: Talvez ele ainda não saiba e precise de uma ajuda pra ver... Por que vc não fala pra ele o
que sente? O que esta guardado ai? - apontando seu coração.
Any: Eu vou ser desprezada se falar.
Caspian: Tem certeza?
Foi então que Any viu Poncho escrever algo num papel, dobra-lo e entregar sorrindo a Mariana
que pegou sorrindo de volta e disse revoltada:
- Ai ó ainda vem me dizer que ele me ama? Na certa tão marcando um encontro!
Caspian: Any, por favor...
Any: Eu não vou ficar aqui vendo isso. - e saiu enxugando as lágrimas com raiva.
Caspian: Ó meu senhor que filhos criastes. - juntando aos mãos olhando pro céu e desapareceu.
Dentro da sala Mariana guardou o bilhetinho na mochila sorrindo e disse:
- Obrigada por ter me passado o número do pessoal.
Poncho: Não esquenta o meu ta anotado ai também.
Mariana: Ok qualquer coisa eu ligo pode deixar.
Poncho: Beleza. - sorrindo.
Mariana: Mas então voltando a Física quando tiver pedindo a gravidade eu faço essa fórmula
aqui?
Poncho: Isso se não vc faz essa que eu te mostrei.
Mariana: Ah ta entendi era isso que eu tava confundindo.
Poncho: É tem que tomar cuidado porque todo mundo acha que tem que colocar essa fórmula,
mas só vai servir pra te fazer perder tempo e alterar o resultado.
Mariana: Ok vou prestar atenção então.
Poncho: E quando vc for usá-la já sabe, cálcula a parte e depois vc faz essa conta aqui.
Mariana: Nossa três fórmulas numa conta só, será que até o dia da prova eu lembro?
Poncho: Mas só vai usar três se tiver pedindo gravidade se não essas duas descarta.
Mariana: Entendi... Nossa valeu de verdade vc salvou minha pele!
Poncho: Bom ainda tem algumas fórmulinhas complicadas, mas eu vou te ensinando aos poucos.
Mariana: Valeu, vc é muito lega Poncho.
Poncho: Não precisa agradecer vc também é maneira.
Mariana: Sabe não sei como um cara como vc ta solteiro.
Poncho sorriu sem jeito e ficando sério disse:
- Ah isso é um pouco complicado, mas... - se interrompeu ouvindo o sinal. - Bom eu vou beber
uma água e já volto.
Mariana: Ta bom! - sorrindo vendo-o sair.
Mais tarde Any saia da escola quando Poncho disse correndo na direção dela:
- Any, Any espera.
Any: Oi! - sorrindo triste.
Poncho: Vc queria falar comigo? Dul me disse que tava me procurando.
Any: Não é nada não.
Poncho: Fala o que foi.
Any: Nada era só pra avisar que é amanhã a consulta da Sara no médico e no fonoaudiólogo e ia
só confirmar se vc ia mesmo com a gente.
Poncho: Claro vou sim eu não te prometi que ia?
Any: Uhum! - sorrindo.
Poncho: É... Pra onde vc vai agora?
Any: Pra casa vou ficar lendo aqueles livros que comprei.
Poncho: Ah ta depois vc me empresta um?
Any: Empresto sim.
Poncho não entendeu a frieza de Any e desejou poder voltar a noite de ontem onde a teve só pra
eles por algum tempo. Só ele sabia o quanto teve que se controlar pra não dizer o que sentia e
beijá-la quando estavam dançando.
Mariana: Poncho vamos! Lembra que me prometeu um passeio pela cidade.
Any abaixou a cabeça tentando segurar as lágrimas. Ele querendo ficar na companhia dela disse:
- Any não quer vir com a gente?
Mariana: É pode vir se quiser.
Any: Não obrigada! Não quero estragar o encontro de ninguém.
Poncho: Mas Any a gente vai dar uma volta só.
Any: Mesmo assim!... Outra hora a gente se fala, tchau. - sorrindo triste e saiu.
Poncho teve vontade de ir atrás dela, mas Mariana disse sorridente:
- Vamos nessa?
Poncho: Uhum vamos sim. - sorrindo pra ela e saíram.
Chris que vinha logo atrás acompanhada do Mai, Ucker e Dul perguntou vendo Poncho e Mah:
- Pra onde aqueles dois estão indo.
Mai: Bom bebê ontem eu dei uns conselhos pra alguém sabe? Acho que me ouviram! - sorrindo.
Dul: Seria perfeito se eles ficassem juntos.
Ucker: É mesmo apesar da gente andar brigando bastante com ele, não conheço outra pessoa que
mereça mais ser feliz do que o Poncho.
Chris: É, mas infelizmente a felicidade dele não depende da gente.
Dul: Uhum e é uma pena. - sorrindo triste.
Chris: Nossa já foi metade da semana, semana que vem há essas horas estamos mortos.
Mai: Pois é. - sorrindo.
Ucker: Então o que acham da gente ir dar uma volta?
Dul: Excelente idéia amor, adorei.
Chris: Então fechou, vamos nessa.
Um tempo depois Any bateu a porta chorando e deitou no sofá escondendo o rosto. Julio César
desceu as escadas perguntando:
- Pra que tanto escandalo?
Any: Desculpa! - enxugando o rosto e se sentando.
Julio César: O que vc tem? - estranhando.
Any: Nada papai.
Julio César: Sou seu pai pode me contar o que tem.
Any: É que... Eu to apaixonada por um rpaz.
Julio César: Vc apaixonada? - estranhando.
Any: Por mais difícil que parece sim.
Julio César: E qual o problema?
Any: Não sei se ele sente o mesmo por mim.
Julio César: Por quê?
Any: Acho que ele esta a fim de uma menina que apareceu na escola essa semana.
Julio César: Entendo.
Any: Papai o que eu faço pra saber se ele me ama?
Julio César: Olha querida, quando eu me apaixonei pela sua mãe eu sentia o coração acelerar, as
mãos esfriavam, minhas pernas tremiam e tinha um medo horrível de falar alguma besteira perto
dela e quando ficávamos longe um do outro nossa era horrível eu queria ficar com ela o tempo
todo.
Any: É a mesma coisa que sinto quando to com o Poncho. - arregalando os olhos vendo o que
falara.
Julio César: Alfonso? E ele que vc ama? - sorrindo surpreso.
Any: Sim.
Julio César: Mas ele não era apaixonado por vc?
Any: Não sei se é mais.
Julio César: Mas filha vc sente que ele te ama o que o seu coração fala?
Any: Às vezes ele diz que ele me ama às vezes parece dizer que não, que o perdi.
Julio César: Filha tenho certeza que se esse rapaz te ama cedo ou tarde ele vai perceber que vc o
ama também e vcs vão se entender.
Any: Acha mesmo isso?
Julio César: Sim, não precisa ter pressa isso vai acontecer naturalmente.
Any: Obrigada pai, vc é muito legal... Eu te amo! - e o abraçou.
Julio César se assustou com aquela demonstração de carinho e sussurou:
- Eu também querida e fico feliz que tenha mudado.
Any: Então acredita em mim?
Julio César: Sim. - respondeu sorrindo.
Any: Obrigada papai, não vai se arrepender de ter acredito, prometo.
Julio César: Eu espero, agora pare de chorar. - limpando seu rosto sorrindo pra ela.
Mais tarde Poncho parou em frente ao apartamente de Mariana e perguntou:
- É aqui que vc mora?
Mariana: Sim!
Poncho: Não sabia, mas bom esta entregue.
Mariana: Obrigada pelo passeio e pela aula particular de Física.
Poncho: Não precisa agradecer. - sorrindo.
Mariana: Mas eu quero.
Poncho: Esta bem então.
Mariana: Só que queria agradecer de outro modo.
Poncho: Como assim? - estranhando.
Mariana respirou fundo e respondeu:
- Assim!
Mariana envolveu os braços em torno do pescoço dele lhe dando um beijo de surpresa. Poncho a
empurrou e Mariana percebendo que tinha sido rejeitada disse envergonhada:
- Ai Poncho me desculpa, por favor.
Poncho: Mariana porque fez isso? - assustado e chateado.
Mariana: É que eu te achei um cara tão bacana, tão legal, eu acabei gostando de vc, sei que isso é
loucura e que só nos conhecemos a três dias, mas... Fiquei a fim de vc.
Poncho: Mas a gente é só amigo não devia ter feito isso... Eu acho vc legal, vc é bonita, divertida,
inteligente, mas...
Mariana: Mas vc ta apaixonado por outra garota né? - triste. - A Anahí né?
Poncho abaixou a cabeça afirmando que sim. Mariana passou as mãos pelos cabelos e disse:
- Me desculpa eu pensei que vc pudesse esquece-la comigo.
Poncho: As coisas não são assim Mariana.
Mariana: Eu sei e te entendo, me desculpe não sei o que deu em mim de verdade me perdoa.
Poncho: Tudo bem, mas que isso não volte a acontecer.
Mariana: Não vai eu prometo... Podemos continuar amigos? Olha se não quiser vou entender.
Poncho: Tudo bem a gente continua amigos.
Mariana: Obrigada e me perdoa pelo que fiz, que vergonha nunca agi assim não sei o que me deu.
Poncho: Não precisa se desculpar eu entendo.
Mariana: Mas Poncho se ama mesmo a Any lute pra ficar com ela.
Poncho: As coisas são um pouco complicadas, mas um dia vc vai entender.
Mariana: Ok... Me desculpe de novo.
Poncho: Ta desculpada... Bom eu já vou!
Mariana: Tchau até amanhã. - sorrindo sem jeito.
Poncho: Até e continue praticando os exercícios que vc aprende rápido.
Mariana: Pode deixar. - sorrindo.
Ficou olhando Poncho até perdê-lo de vista. Em seguida entrou se sentindo a pessoa mais
estúpida da face da Terra. Apertou o botão do elevador dizendo:
- Isso vale pra não escutar os conselhos dos outros e parar de se iludir. - brava consigo mesma.
No outro dia Any estava chegando na escola quando Poncho disse a alcançando:
- Any! Bom dia! - sorrindo pra ela.
Any: Bom dia. - sorrindo de volta.
Poncho: É... Que horas vc vai pro médico?
Any: Ta marcado às três, mas duas horas eu vou buscar a Sara no orfanato.
Poncho: Avisou a Juliana?
Any: Uhum! Ela ta sabendo de tudo e ficou bem feliz.
Poncho: Imagino ela adora aquelas crianças as trata como se fossem filhos dela.
Any: É verdade. - sorrindo.
Poncho: Então uma e meia da tarde eu posso passar na sua casa pra te buscar?
Any: Se quiser nos encontramos no orfanato.
Poncho: Não anteontem a gente saiu e vc me levou até o lugar hoje eu levo.
Any: Ta bem então. - sorrindo.
Nisso o sinal pra aula tocou e Any disse:
- Bom eu já vou! Até mais tarde então.
Poncho: Até mais tarde. - sorrindo pra ela. - Ah Any!
Any: O que foi? - voltando pra trás.
Poncho: Lívia perguntou se não pode ir com a gente.
Any: Claro tava com saudades dela já. - sorrindo.
Poncho: Então uma e meia estamos na sua casa.
Any: Ok. - sorrindo.
Poncho: Tchau então.
Any: Tchau. - vendo ele se afastar.
Foi então que viu Mariana de longe e fechou a cara se lembrando do encontro que ela e Poncho
tiveram ontem. Antes que perdesse o bom humor resolveu ir pra sala.
Mais tarde Mariana andava pelo colégio quando Dul e Mai a encontraram e a última perguntou:
- Mah a gente tava te procurando, podemos falar com vc?
Mariana: Claro o que aconteceu?
Dul: É que ontem te vimos sair daqui com o Poncho e queríamos saber pra onde vcs foram.
Mariana: Ah isso. - sorrindo simpática.
Mai: Se não quiser contar tudo bem.
Mariana: Acha sem problema... Bom foi normal a gente passeou, ele me mostrou alguns pontos
da cidade, paramos numa lanchonete onde tomamos um milk shake e ele me deu algumas dicas
de Física e depois ele me levou pra casa só isso.
Dul: E desculpa a pergunta, mas... Não rolou nenhum beijinho?
Mariana abaixou a cabeça e respondeu chateada:
- É rolou quando chegamos no meu prédio.
Dul e Mai sorriram e a última perguntou:
- Mas então vcs ficaram? - sorrindo.
Dul: Mas por que essa cara?
Mariana: Porque a gente não ficou, eu roubei um beijo dele, mas acabei me dando mal.
Mai: Por quê?
Mariana: Porque ele não gostou nenhum um pouco e deixou bem claro que somos só amigos e
que é apaixonado por aquela garota a Anahí.
Dul: Não acredito é sério isso? - chateada.
Mariana: Uhum, mas tudo bem eu já esperava não sei porque o beijei, mas tudo bem isso já foi...
O que importa é que ele aceitou que continuemos amigos.
Mai: Poxa que chato se soubesse que isso ia acontecer não tinha te dado aquele conselho devia
ter imaginado que o Poncho não ficaria com vc.
Dul: É bom ou mal ele é ligado nesse lance de fidelidade sabe?
Mariana: Uhum e entendo ele meninas, até eu não ficaria com outro gostando dele ou de outra
pessoa, mas eu fico feliz com a amizade dele e espero que ele seja feliz com a Any.
Mai: Infelizmente não vai ser, ela não gosta dele só quer brincar.
Mariana: Desculpa descordar, mas ela parece gostar dele... Se ela não se importasse com o
Poncho não ficaria louca de ciúmes ou com os olhos marejados em vê-lo acompanhado de uma
garota bonita, não sou idiota eu vi e percebo o jeito como ela me olha, não falei nada pra ele
ontem, mas sinto que ela gosta dele... De verdade! Pode não ter gostado antes, mas agora gosta.
Dul: E por que vc não luta contra isso? Ela não merece ele e não estão juntos.
Mariana: Porque gosto do Poncho e quero vê-lo feliz e nem que quisesse conseguiria impedir ele
de ficar com a Any se isso tiver que acontecer, muito menos vcs.
Mai afirmou com a cabeça um tanto frustrada e Mariana disse:
- Desculpe o jeito, mas não acham que por mais ruim que uma pessoa tenha sido ela merece uma
segunda chance? Pensem nisso e falem isso pro namorado de vcs... Até mais tarde! - e saiu.
As duas se encararam e em seguida cada uma foi pra sua sala.
Mais tarde Any estava se arrumando e Caspian estava encostado na porta do guarda roupa
fingindo que dormia, depois de chamá-lo pela 4ª vez, Any disse tacando um pente na sua direção:
- CASPIAN!
O objeto o atravessou despertando-o e assustado ele perguntou:
- O que foi?
Any: Essa roupa esta boa?
Caspian: Pela milésima vez vc me pergunta e pela milésima vez eu respondo... Esta excelente!
Any: Anjos não entendem nada de moda mesmo, essa blusa azul não ta combinando com a saia
ta muito chamativo. - se olhando de diferentes ângulos no espelho.
Caspian: Se acha isso troque de roupa.
Any: Isso o que vou fazer. - pegando a milésima primeira combinação de roupa indo pro
banheiro.
Caspian: Humanos! - falou olhando pra cima.
Any: EU ESCUTEI! - berrou de dentro do banheiro.
Caspian fez uma careta e segundos depois Any saiu com um shortes-saia jeans preto com
algumas correntes, uma sandália preta de salto alto, uma blusa de manga curta vermelha com
alguns detalhes em bordado, uma maquiagem leve e os cabelos soltos e encaracolados. Parou
sensualmente na porta do banheiro como costumava fazer antigamente e perguntou:
- O que achou? Estou bonita?
Caspian: Desculpe te deixar frustada, mas não sou provido de sentimentos humanos.
Any: Vc é muito legal sabia? - frustada voltando a posição normal. - Acha que Poncho vai gostar?
Caspian: Tenho certeza que sim, mas ontem não estava furiosa com ele?
Any: Estava quer dizer estou eu acho, mas tenho que mostrar pra ele e praquela Mariana que eu
sou melhor, tenho que fazer alguma coisa pro Poncho voltar a me amar.
Caspian: Isso se chama instinto competitivo.
Any: Não me interessa como se chama, o que interessa é que todo mundo tenta chamar a
atenção e a maioria consegue, porque não posso tentar também?
Caspian: Tudo bem, mas haja com naturalidade.
Any: Pode deixar. - sorrindo e saiu do quarto.
Quando estava no corredor ouviu vozes vindo da sala e reconheceu a mãe dizer:
- Poncho entra quem é essa garotinha?
Poncho: Minha irmã!
Lívia: Ola! - respondeu num tom simpático.
Any se encarou no espelho que havia no corredor em cima de uma espécie de comoda e saiu.
Carol: Vou chamar a Any.
Any: Não precisa mãe já to pronta. - aparecendo no inicio da escada sorrindo.
Lívia: Any! - disse Lívia sorrindo e subiu a escada correndo a abraçando quando a alcançou.
Any: Tudo bem com vc. - sorrindo.
Lívia: Uhum! Tato a Any não ta linda?
Poncho estava absorto demais pra responder a pergunta da irmã. Desde que vira Any no início da
escada ficou estático vendo como ela estava linda, os pés pequenos e delicados dentro da
sandália, as pernas bem torneadas parte delas escondida pelo shorte-saia, sua cintura delicada e
seus seios fartos escondidos pela blusa e passando por seu pescoço vinham em seguida as duas
coisas que mais mexiam com ele, os lábios que Poncho ânsiava poder beijar e seus olhos azuis
que o fascinavam e por fim os cabelos macios que Poncho adorava acariciar e tinha acariciado
pela última vez dois dias atrás quando dançaram juntos. Como podia amá-la cada dia mais com
uma intensidade que beirava a loucura por ter que ser calada?
Carol: Poncho sua irmã lhe fez uma pergunta! - cutucando-o despertando-o de seus
pensamentos.
Poncho: O que foi Lívia?
Lívia: Perguntei se não esta achando a Any linda. - sorrindo.
Poncho: Ah sim... Esta linda! Vc esta linda Any. - a encarando.
Any: Obrigada! - sorrindo sem jeito e desceu de mãos dadas com Lívia.
Carol: Fiquei muito feliz quando soube que vcs vão ajudar a menininha do orfanato, Sara.
Any: Quem contou?
Carol: O seu pai acho que ele esta acreditando na sua mudança.
Any: É ontem ele me falou isso. - sorrindo.
Carol: Que bom fico beliz e falando nele eu preciso ir pra empresa ele esta me esperando.
Any: Ok. - sorrindo.
Carol: Tchau queridos, até depois. - sorrindo e saiu.
Poncho: Vamos então?
Any: Uhum! - sorrindo.
Quando chegaram no orfanato Juliana disse sorrindo:
- Com muito custo eu consegui vestir a Sara, mas ela ainda esta no quarto.
Any: Tudo bem a gente vai lá buscar ela. - sorrindo.
Poncho: Lívia vc fica aqui ta?
Lívia: Por quê?
Any: É rapidinho.
Lívia: Ta bem. - cruzando os braços.
Quando foram na direção do quarto encontraram algumas crianças que sorriram surpresas vendo
os dois aqui e assim que abriram a porta do quarto das meninas viram Sara deitada na cama, ela
quando os viu se levantou atenta e Any disse sorrindo:
- Sara viemos te buscar pra passear vamos? - fazendo gestos com a mão.
Mesmo sem entender bem o que ela tinha falado, a menina estendeu a mãozinha direita
segurando na mão de Any e a abraçou indo pro seu colo. Quando Poncho foi brincar com ela
acariciando seus cabelos a menina encostou a cabeça no ombro dele passando a mão por seu
rosto.
Poncho: Linda! - beijando a mãozinha dela que estava no seu rosto. - Vamos passear?
A menina o encarou como se sorrisse e em seguida os dois saíram com ela.
Lívia: Oi Sara. - falou sorrindo segurando a mão da menina que a encarou.
Any: Olha até umas 6 horas ela esta de volta ok?
Juliana: Esta bem e agradeço de coração o que esta fazendo por ela, vcs são uns anjos.
Poncho: Imagina! - sorrindo.
Any: Bom já vamos, tchau Juliana.
Juliana: Tchau! - sorrindo pra eles. - Tchazinho meu amor até daqui a pouco. - sorrindo pra Sara.
Numa praça Christian perguntou:
- Sério que a Mariana e o Poncho ficaram.
Dul: Não foi bem uma ficada ela roubou um beijo dele.
Ucker: Mas estão juntos.
Mai: Não!
Chris Por quê? Já sei ele não quis nada com ela por causa da minha irmã.
Dul: Exato!
Ucker: É um idiota mesmo.
Mai: Mas sabe teve uma coisa que a Mah falou que me chamou a atenção.
Chris: O que princesa?
Mai: Disse que a Any realmente gosta do Poncho ou então não ficaria com ciúmes e com raiva
dela.
Ucker: Ela falou isso.
Dul: Falou e disse também que quer a felicidade do Poncho e que por mais que uma pessoa tenha
errado ela merece uma segunda chance. - pensativa.
Chris: Papo furado, isso não acontece com a minha irmã.
Mai: É verdade o jeito como ela anda agindo deve ser puro fingimento também.
Ucker: Com certeza né meu anjo. - beijando o rosto de Dul que estava pensativa. - Bebê!
Dul: Oi?! Desculpem o que estavam falando?
Chris: Que tudo não passa de fingimento da Any não concorda?
Dul: Concordo. - respondeu meio inconsciente.
Ucker: Tudo bem amor?
Dul: Uhum tudo sim. - sorrindo pra ele e o beijou.
Quando chegaram ao hospital o médico examinou Sara que ficou um tanto assustada, mas
acabou deixando quando terminou de examiná-la Any perguntou ansiosa:
- E então doutor?
Xx: Venha comigo. - sério.
Any e Poncho encaram Lívia e Sara que desenhavam entretidas e sairam sem serem vistos. O
médico sentou na mesa e disse:
- Bom a perda de audição dela é considerada perda marginal que são entre 30 e 40 decibeis.
Poncho: E isso pode ser resolvido com uma cirurgia?
Xx: Resolvido não em casos de perdas marginais as chances de cura são de 70%.
Any: É sério. - sorrindo.
Xx: Sim, faremos mais alguns exames com ela e dependendo das condições e da sensibilidade do
ouvido e do tímpano dela vamos preparar a cirurgia.
Poncho: E logo após a cirurgia ela vai voltar a ouvir?
Xx: Sim, mas devido ao tímpano e todo o ouvido dela serem sensíveis a sons, vamos deixa-la usar
aparelhos auditivos dependendo da freqüencia do ouvido dela pra que se acostume aos poucos e
avisem as pessoas que tomam conta dela que tenham cuidado quando forem banhar ela e limpar
seu ouvido, principalmente nos primeiros dias depois da cirurgia.
Any: Entendemos.
Poncho: Vamos tomar cuidado.
Any: E quando vão marcar a cirurgia?
Xx: Daqui 1 mês mais ou menos enquanto isso vcs podem comprar o aparelho pra ela e trazer
aqui pra que eu coloque nela e é só fazer as aulas com um fonoaudiólogo.
Poncho: Obrigado doutor quando podemos trazê-la pra colocoar o aparelho?
Xx: Na próxima segunda esta bem?
Any: Esta! - sorrindo.
Xx: Então nos vemos na segunda.
Poncho: Ok até segunda doutor.
Xx: Até tenham uma boa tarde!
Any: Igualmente.
Assim que fecharam a porta Poncho e Any sorriram um pro outro e ela disse o abraçando:
- Ai não acredito que conseguimos em breve a Sara vai ta escutando como qualquer criança
normal.
Poncho: Vc quem conseguiu e correu atrás de tudo Any, parabéns. - a soltando.
Any: Obrigada, mas vc também ajudou. - o encarando sorrindo.
Os dois ficaram se encarando sem ter o que dizer e é nessas horas que o silêncio parece dizer
tudo. “Ai se eu pudesse te dizer o que eu sinto, tenho inveja da Mariana que em quatro dias
conquistou seu coração e deve ter até ficado com vc”, pensou triste.
Poncho foi dizer alguma coisa, mas Lívia disse puxando Sara pela mão:
- Aonde vcs estavam?
Any: Ahn? - acordando dos pensamentos.
Lívia: A gente tava procurando vcs. - com as mãos na cintura.
Poncho pegou Sara no colo que parecia um pouco assustada e disse:
- Desculpa a gente tava falando com o médico.
Lívia: A gente já pode ir?
Any: Uhum vamos ao fonoaudiólogo agora ta bom?
Lívia: Aham!
Poncho: Vamos passear mais um pouquinho. - sorrindo pra Sara que o encarou atenta.
Ucker parou o carro e disse encarando Dul:
- O que vc tem princesa?
Dul: Nada não.
Ucker: Me fala to te achando pensativa demais.
Dul: Não é nada bebê sério, não precisa se preocupar.
Ucker: Verdade?
Dul: Uhum!
Ucker: Bom já esta entregue.
Dul: Valeu por ter me trazido meu anjo.
Ucker: De nada gatinha.
Dul: Amanhã nos vemos na escola beleza?
Ucker: Uhum! - e deu um beijo nela.
Dul: Posso te fazer uma pergunta?
Ucker: Claro meu anjo o que foi?
Dul: Vc acha que alguém que erra, erra feio merece uma segunda chance?
Ucker: Por que esta me perguntando isso? Não vai me dizer que acredita na Anahí.
Dul: Não é isso só queria saber sua opinião.
Ucker: Bom sinceramente falando eu acho que todos merecem uma segunda chance, menos a
Anahí.
Dul: Por quê? Se acabou de dizer todos merecem uma segunda chance.
Ucker: Porque a Anahí nos infernizou e tenho certeza que vai fazer de novo.
Dul: Entendi. - triste.
Ucker: Amor ta tudo bem? - encarando-o atenta.
Dul: Uhum eu to bem sim, bom eu já vou entrar amanhã nos vemos ta?
Ucker: Ta ok, boa noite gatinha. - sorrindo.
Dul: Boa noite bebê. - sorrindo e lhe mandou um beijo.
Ao saíram da fonoaudióloga animados, a pedido de Lívia pararam numa praça pra tomar sorvete.
Enquanto as meninas comiam afastadas Any disse encostada numa árvore ao lado de Poncho:
- Poxa to tão animada, não vejo a hora da Sara começar a nos ouvir e conversar com a gente, to
tão curiosa pra ouvir a vozinha dela o jeito como ela vai falar. - gesticulando com as mãos
sorrindo.
Poncho: A partir de segunda e das sessões com a fonoaudióloga vamos descobrir. - sorrindo pra
ela.
Any: É não vejo à hora, mas que bom que ela ta mais aberta às pessoas né?
Poncho: É antes estranhava todos e agora pelo menos se da bem com a gente e Lívia... Graças à
vc.
Any: Não Poncho! Graças à gente! Nós dois. - sorrindo.
Poncho: Ah nós dois então.
Any sorriu e fechou os olhos sentindo o vento de fim de tarde bater em seu rosto. Poncho ficou a
encarando encantado tendo que se segurar pra não tocá-la. De repente Any abriu os olhos e
perguntou sorrindo vendo que ele a observava atento:
- O que foi?
Poncho: Nada, só me deu vontade de fazer uma coisa te vendo assim.
Any: O que? - sorrindo.
Poncho: Isso!
Poncho foi pra cima dela derrubando-a no chão lhe fazendo cócegas, Any se contorcia rindo e
gritando pra ele parar. De repente Poncho parou de fazer cócegas nela e a fitou de forma que o
coração de Any acelerou e ela ficou séria encarando-o com a mesma intensidade.
Any: Poncho eu...
Poncho: Shiu! Não fala nada que possa estragar as coisas. - e aproximou seu rosto do dela.
Lívia: Ah vcs estão ai. - chegando do nada de mãos dadas com Sara.
Poncho: Lívia nos assustou. - respondeu se levantando depressa.
Lívia: O que estavam fazendo deitados ai no chão?
Any: Nada não querida. - se levantando. - E então podemos ir?
Lívia: Uhum! Acho que a Sara ta com sono.
Poncho: Dormir? - perguntou fazendo um gesto.
A menina afirmou com a cabeça abraçando a toalhinha rosa e Any disse:
- Vem com a tia meu amor. - a pegando no colo.
Poncho: Não quer que eu fique com ela?
Lívia: Hei eu também to aqui, vcs tão dando bola só pra ela. - triste.
Any sorriu e Poncho disse:
- Tadinha da minha mana, vem cá. - a pegando no colo.
Lívia: Ta melhor. - sorrindo.
Any: Vamos então? - perguntou vendo que Sara a abraçava encostada com a cabeça em seu
ombro quase dormindo.
Poncho: Vamos. - sorrindo e brincou com a irmã que deitou a cabeça em seu ombro também.
Any olhou a cena enternecida sentindo inveja de Lívia. Balançou a cabeça e seguiu com Poncho.
No outro dia Mai chegou à escola e perguntou tapando os olhos de Chris:
- Adivinha quem é?
Chris: Só pra saber... O que acontece se eu errar?
Mai: Eu vou ser presa porque mato vc. - sorrindo.
Chris: Nossa já sei quem é! Agressiva desse jeito, só pode ser minha princesa linda. - se virando.
Mai: Ah então eu sou agressiva. - lhe dando um tapa.
Chris: Não bebê eu tava brincando.
Mai: Run acho bom por que senão eu...
Chris: Vai me dar muito beijos. - sorrindo e a abraçou lhe beijando.
Mai: É pode ser. - sorrindo ao se separaram.
Chris sorriu de volta e a beijou de novo.
- Bom dia casal!
Mai: Ai que susto vcs dois. - se separando de Chris depressa.
Dul e Ucker gargalharam e o mesmo disse:
- O que vcs acham da gente sair hoje à noite?
Mai: Não pode ser amanhã depois do orfanato?
Dul: Mas vamos estar cansados Mai.
Chris: Ah aquelas crianças nem cansam tanto assim vai.
Ucker: Bom se a maioria quiser a gente vai amanhã.
Mai: Chama o Poncho e a Mariana também, vai ta todo mundo no orfanato, ai a gente vai pra lá
depois. - sorrindo.
Chris: Só que se esqueceu que nesse todo mundo a minha irmã ta incluída.
Dul: É verdade, mas deixe-a ir o Poncho vai chamar mesmo ela.
Mai: Dul ta tudo bem? - estranhando.
Dul: Ta por quê?
Ucker: Ué vc concordando de a Anahí ir com a gente pra lá.
Dul: Não tem problemas se ela ficar bem longe de mim.
Chris: Ah ta entendi.
Mai: Então combinados? Amanhã depois que sairmos do orfanato vamos pra lá ok?
Ucker: Fechado. - sorrindo.
Dul: E deixa que eu falo com a Mariana e ela avisa o Poncho.
Chris: Ok!
Mais tarde Any estava saindo da cantina quando um garoto disse a chamando:
- Any posso falar com vc?
Any: Oi Leonardo.
Foto do Léu: http://img.timeinc.net/pespanol/i/solteros/2005/AaronDiaz_100305_300.jpg
Léu: Vc ta melhor hoje?
Any: Porque ta me perguntando isso?
Léu: É porque anteontem eu te vi chorando e queria saber se esta tudo bem.
Any: Ah ta sim, valeu pela preocupação. - sorrindo simpática.
Léu: É Any!
Any: Sim!
Léu: Eu acredito na sua mudança viu.
Any: Sério? - estranhando.
Léu: Uhum antes vc era muito chata e esnobe, mas agora eu percebo que vc ta mudada.
Any: Obrigada Léu, mas porque ta me dizendo isso agora?
Léu: Só pra saber e que se precisar de alguma ajuda pode contar comigo.
Any: Valeu. - sorrindo surpresa.
Léu: To indo nessa.
Any: Ta bem... Tchau!
Léu: Tchau. - sorrindo pra ela e saiu.
Any sorriu surpresa, mas contente. Tudo bem que ela e Leonardo nunca conversaram muito
apesar deles estudarem na sala um ao lado do outro. Já haviam trocado muitos beijos “calientes”
um tempo atrás. Tinha que admitir que ele era bonito, chamativo, galanteador e apesar de
galinha tinha um bom coração. Mas agora saber que alguém de fora acreditava nela lhe dava
esperanças para que as maiores pessoas envolvidas também acreditassem nela. Caminhou na
direção da sua sala e sorriu quando passou pela sua cabeça que se não estivesse tão apaixonada
por Poncho seria capaz de dar chance à Léu já que ele também sempre foi a fim dela. Quem sabe
se ele se apaixonasse deixasse de ser tão galinha como costumava ser na época em que ficavam
e ele olhava as outras garotas?
Poncho estava indo pra biblioteca quando seu sangue subiu vendo Any conversar com Leonardo e
não pode deixar de lembrar das vezes que viu os dois se beijando e todo aquele sentimento de
ciúme, raiva e dor voltou com a mesma intensidade de antes. Sentiu uma vontade enorme de ir
até lá e quebrar a cara de Léu em duas como desejou muitas vezes, mas acabou se contendo
quando viu ele se afastar de Any sem beijá-la pra seu alívio. Poncho sabia que não agüentaria ver
Any com outro agora que estavam vivendo tantas coisas boas juntos.
Próximo dali Mariana encontrou o pessoal e disse:
- E ai preparados pras provas?
Chris: Mais ou menos a gente deu uma estudada essa semana, mas sabe como é né?
Mariana: Como é o que? - sorrindo.
Dul: Estudar em grupo de amigos ainda mais com o namorado do lado.
Mariana: Ah ta entendi. - sorrindo.
Mai: Olha vc vai mesmo ao orfanato amanhã?
Mariana: Uhum já até peguei o telefone com o Poncho.
Chris: Que bom porque a gente ta combinando de ir pra dar uma volta depois vc quer ir com nós?
Mariana: Aonde vcs vão?
Dul: Ah ir pra uma balada, comer alguma coisa não sei a gente decide na hora topa?
Mariana: Ok eu topo sim!
Ucker: Assim que se fala garota, agora sim entrou pro grupo literalmente.
Mai: E falando em entrar em grupo, estamos combinando de estudar segunda-feira Física se
quiser vir com a gente, sabemos que temos dificuldade.
Mariana: Ai eu vou agradecer.
Chris: Então talvez seja na minha casa como sempre, mas qualquer coisa eu te aviso se for em
outro lugar.
Mariana: Ta ok então.
Nisso o sinal pra ir pra sala tocou e Dul disse:
- Se vc tiver alguma dúvida ou se perder na esquecer de ligar pra gente.
Mariana: Pode deixar não vou esquecer!
Chris: Até mais tarde Mah.
Mariana: Até. - e saiu indo pra sala.
Quando chegou na sala encontrou Poncho de cara fechando e perguntou:
- Oi vc sumiu no intervalo, onde estava?
Poncho: Fui andar um pouco.
Mariana: Vc ta estranho o que foi?
Poncho: Nada não.
Mariana: Ta bravo comigo pelo beijo?
Poncho: Não Mah isso já passou.
Mariana: Então o que vc tem?
Poncho: Olha me desculpa, mas é que eu to chateado com um lance ai.
Mariana: Se quiser pode me contar.
Xx: Bom dia! Todos nos seus lugares, por favor.
Poncho: Valeu pela ajuda Mah, mas é coisa minha deixa pra lá.
Mariana: Ta bem então. - sorrindo triste e sentou no seu lugar.
O professor deixou suas coisas na mesa e em seguida começou sua aula.
Na hora da saída Any estava anotando umas coisas num livro que tinha coisas sobre crianças com
DA quando Poncho chegou sério e perguntou:
- Posso falar com vc?
Any: Uhum aconteceu alguma coisa?
Poncho: Queria te fazer uma pergunta!
Any: Qual?
Poncho: É... Eu sei que a gente não tem nada, mas... O que vc tava falando com o Leonardo?
Any sorriu sentindo que Poncho estava com ciúmes dela e respondeu:
- Ah ele só veio me dizer que acredita em mim.
Poncho: Só isso mesmo? - desconfiado.
Any: Uhum e ofereceu ajuda se eu precisasse.
Poncho: Ah ta.
Any: Mas por que a pergunta?
Poncho: Por nada!
Any: Ah ta. - sorrindo.
Poncho: Vcs tão juntos? - perguntou do nada.
Any: O que? - surpresa com a pergunta.
Poncho: Perguntei se vcs dois estão juntos.
Any: Não?! De onde vc tirou essa idéia?
Poncho: É que vcs já ficaram.
Any: Ah, mas isso foi antes a gente quase não conversa.
Poncho: Mas conversaram hoje.
Any: Mas foi só hoje Poncho te juro.
Poncho: Tudo bem eu acredito na verdade nem sei por que te perguntei isso.
Any: Não esquenta. - sorrindo pra ele.
Poncho: E ai vc já pensou em como vai montar o teatro pra eles amanhã?
Any: Nossa verdade esqueci de te contar.
Poncho: Então me conta agora. - sorrindo sentando ao lado dela.
Any: Eu tava pensando da gente fazer um teatro mudo.
Poncho: Mudo? Como assim?
Any: Tipo a gente entrega um texto pra eles com alguma historinha e fala pra eles interpretarem
sem falar nada sabe? Ou pede pra eles criarem uma história pra gente.
Poncho: Entendi. - sorrindo.
Any: E o que acha?
Poncho: Ah Any é uma boa idéia na minha opinião.
Any: E depois a gente pode brincar de mímica com eles, a fantasia é só pra dar uma idéia mais
descontraída como se eles pudessem por alguns momentos esquecer quem eles são sabe?
Poncho: Uhum e acho muito bom isso.
Any: Então vamos fazer isso, vc me ajuda? - estendendo a mão pra ele.
Poncho: Com toda certeza. - apertando a mão dela sorrindo.
À noite Maite e Chris estavam aos beijos no quarto dele quando Carol perguntou batendo na
porta:
- Filho, Mai vcs querem comer alguma coisa
Chris: Não mãe obrigado a gente ta estudando aqui.
Carol: Ok qualquer coisa me avisem e eu peço pra empregada trazer algo.
Chris: Ok.
Ouviram passos se afastar e Mai começou a rir. Chris sem entender perguntou:
- Do que ta rindo princesa?
Mai: A sua mãe! Já pensou se ela entra aqui e vê a gente?
Chris: Vai ver nada.
Mai: Mesmo assim Chris melhor a gente maneirar um pouco e voltar a estudar. - se afastando
dele.
Chris: Ah não princesa.
Mai: Sim senhor, anda pega seu caderno.
Chris: Depois a gente namora de novo?
Mai: Uhum, mas agora vamos estudar.
Chris: Ok. - pegando os livros desanimado.
No quarto ao lado Caspian perguntou sentado numa cadeira:
- Então vc acha que ele ficou com ciúmes do Leonardo.
Any: Certeza a gente percebe quando vcs homens estão com ciúmes.
Caspian: Vcs homens não, me tira fora dessa.
Any: Ta, mas vc não sente ciúmes, amor, carinho nada Caspian?
Caspian: Sinto sim afeto e amor apenas... Pra mim vc é uma irmã mais nova.
Any: Verdade? - sorrindo.
Caspian: Claro só uma irmã mais nova bem pirralha pra conseguir me perturbar como vc
consegue.
Any abriu a boca indignada e jogou uma almofada nele que o atravessou e ao bater na cadeira a
mesma caiu junto com Caspian que se desequilibrou. Any começou a rir e disse:
- Se machucou? Vc é tão lindo que deve ser anjo que caiu do céu.
Caspian fechou a mão apontando pra Any e a almofada voltou na direção dela que se não
desviasse teria sido acertada no rosto. Ela o olhou indignada e perguntou:
- Vai atacar quem deve proteger?
Caspian: Vc mereceu. - fazendo a cadeira ficar de pé de novo e se sentou na mesma.
Any riu e disse:
- Caspian vou conseguir o que quero amanhã?
Caspian: Te aconselho a não fechar a cara em nenhum momento.
Any: Por quê? Fala isso pelos outros?
Caspian: Não, mas pela Mariana.
Any: Ela vai? - incrédula.
Caspian: Não sabia?
Any: Tinha me esquecido desse detalhe. - mal humorada.
Caspian: Mas não fique brava, vc não sabe o que vai acontecer amanhã. - sorrindo.
Any: É, mas queria saber pelo menos uma vez.
Caspian: Vc vai saber agora é melhor ir descansar o dia amanhã vai ser longo.
Any: Uhum! - sorrindo.
Caspian: Boa noite Any.
Any: Boa noite! - sorrindo e deitou na cama.
Caspian fez as luzes se apagarem e desapareceu.
Na casa de Poncho o mesmo dormia quando ouviu os soluços da irmã que vinha do quarto ao
lado, virou pro lado sabendo que os pais levantariam para ver o que ela tinha, mas então se
lembrou que os pais estavam viajando e ele que teria que se levantar e ver o que Lívia tinha.
Resmungou quando tirou as cobertas quentinhas de cima de si e se levantou. Abriu a porta do
quarto da irmã e viu pela fresta que o abajur estava aceso e ela estava sentada na cama de
cabeça baixa chorando.
Poncho: O que foi Li?
Lívia: Chama... A Any tato?
Poncho: A Any? Mas... - sem entender o motivo dela.
Lívia: É chama ela... Quero ter certeza de que não esta morta.
Poncho: Lívia do que ta falando? Any esta dormindo na cama dela agora e vc deve fazer o mesmo.
Lívia: Como vc sabe? - o encarando.
Poncho: Por que eu sei. - naturalmente.
Lívia: Liga então pra ela, pra ter certeza?
Poncho: Como quer que eu ligue Lívia são quase 2 da manhã? Olha deita na cama, dorme que
rapidinho vc vai ver ela ok? Boa noite! - e foi saindo.
Lívia: Poncho liga, por favor. - pediu chorando.
Poncho: Lívia o que vc sonhou pra ficar assim?
Lívia: Sonhei que a Any tava morta.
Poncho: Mas ela ta viva e bem.
Lívia: Vc ta mentindo pra mim. - se levantando da cama e saiu correndo.
Poncho: Lívia aonde vai? - seguindo a menina.
O celular começou a piscar e tocar iluminando o quarto. Any se mexeu na cama e perguntou:
- Quem ta acordado uma hora dessas?
Poncho: Lívia me da esse telefone. - tentando arrancar da mão dela.
Any: Alô! - com sono sem ver o número.
Lívia: Não do! Any! - sorrindo ao falar no telefone.
Any: Lívia? - estranhando.
Poncho: Me da isso aqui! - tomando o telefone dela. - Any?!
Any: Poncho? O que houve? Era a Lívia no telefone?
Poncho: Era sim me desculpe te ligar essa hora, mas...
Any: Aconteceu alguma coisa?
Poncho: É que... Lívia acordou assustada dizendo que tinha sonhado que vc tava morta e acabou
te ligando me desculpe ta? Pode voltar a dormir, acho que ela já percebeu que vc ta viva. -
encarando a irmã que o olhou brava de braços cruzados.
Lívia: ANY! Deixa eu falar com ela. - tentando pegar o telefone.
Poncho: Não! - a encarando. - Olha Any me desculpa de novo ta bo...
Any: Deixa eu falar com a Lívia ela parece assustada.
Poncho: Certeza?
Any: Uhum! Já to acordada mesmo? Qual problema. - rindo.
Poncho passou o telefone pra irmã que disse pegando eufórica:
- Any vem pra cá?
Any: Agora Lívia?
Lívia: Por favor, eu to pedindo. - começando a chorar.
Any: Lívia em 6 horas a gente vai se ver querida.
Lívia: Agora Any, por favor. - chorando.
Any: Ta bem, ta bem em 10 minutos no máximo eu to ai.
Lívia: Eba até já, já então. - sorrindo.
Any: Até. - sorrindo e desligou.
Trocou-se rapidamente e saiu. Levou cerca de dez minutos pra parar o carro em frente à casa de
Poncho que disse ao abrir a porta pra ela:
- Olha me desculpe...
Any: Não esquenta Poncho.
Poncho: Bom entra vai, ta frio pra ficar ai fora.
Any sorriu e entrou. Lívia então veio correndo e a abraçou dizendo:
- Que bom que vc veio que bom que não ta morta.
Any: Eu to bem querida. - e a pegou no colo. - Mas o que aconteceu pra ter esse sonho?
Lívia: Não sei, mas eu fiquei com medo. - a abraçando.
Any: Tudo bem eu to aqui com vc e vou te colocar pra dormir ta?
Lívia: Brinca comigo antes? Vc nunca veio aqui brinca comigo.
Poncho: Lívia é hora de dormir, não de brincar.
Any: Seu irmão ta certo, mas eu vou te contar uma história ok?
Lívia: Ok! - sorrindo. - Posso pegar um livro e vc lê ele pra mim?
Any: Pode! - sorrindo.
Lívia desceu do colo dela e saiu correndo.
Poncho: Mil desculpas pela irmã.
Any: Não tem problema Poncho, sério. - sorrindo pra ele.
Lívia voltou minutos depois e Any começou a ler uma história pra ela. Poncho ouvia tudo de perto
atento observando o modo carinhoso como Any tratava a irmã, apesar de não ter gostado do que
fez tinha que admitir que adorava a idéia de Any na sua casa. Retirou-se e foi fazer algo pra
beber.
Quando voltou viu que a sala estava silenciosa e ambas dormiam. Pegou Lívia no colo e a levou
pro quarto, quando voltou tirou o livro de cima de Any e ficou a encarando, acariciou seus
cabelos fazendo com que ela acordasse assustada e disse:
- Lívia já ta dormindo.
Any: Acabei pegando no sono que horas são?
Poncho: 03 e meia da manhã.
Any: Nossa acho melhor ir nessa. - se ajeitando no sofá.
Poncho: Dorme aqui, vc ta cansada pode ser perigoso indo dirigir.
Any: Acha Poncho já atormentei demais vcs.
Poncho: Imagina Any vc veio aqui com a maior paciência cheia de carinhos com a minha irmã e o
mínimo que posso fazer é te OBRIGAR a dormir aqui hoje, se for embora agora quem não dorme
sou eu. - Any sorriu. - E to falando sério senhorita.
Any: Ok eu fico.
Poncho: Então vem, vou te levar pro quarto de hóspedes.
Any: Ta ok!
Poncho: E obrigado de novo.
Any: De nada.
Na manhã seguinte Lívia acordou feliz em ver Any lá. Tomaram café com Poncho que cozinhou e
em seguida foram pro orfanato se encontrando com o pessoal e Poncho disse quando viu
Mariana:
- Que bom que veio.
Mariana: É eu disse que ia vir não disse?
Poncho: Algum problema pra acha o lugar?
Ucker: Não ela veio com a gente. - disse abraçado a Dul.
Poncho: Ah ta. - sorrindo.
Juliana: Bom dia meninos perdão a demora! Quem é a mocinha nova?
Mariana: Olá me chamo Mariana vc é a diretora?
Juliana: Isso me chamo Juliana prazer.
Mariana: Prazer! Dando a mão pra ela sorrindo.
Juliana: Entrem as crianças estão esperando.
Quando entraram as crianças estavam brincando já no pátio e ao verem saíram correndo na
direção deles sendo pegas no colo e recebendo beijos e carinhos de todos.
Any se aproximou de Juliana e perguntou:
- Será que vc pode me ajudar a colocar todos em roda? Pra gente brincar?
Juliana: Claro. - sorrindo.
Any: E a Sara cadê?
Juliana: No quarto, não quis sair.
Any: Tudo bem eu vou buscar ela enquanto vc forma a roda. - sorrindo.
Juliana: Pessoal, me ajudem a colocar as crianças em uma roda?
Chris: Beleza.
Em minutos Any voltou com Mah no seu colo e Lívia disse:
- Any senta aqui perto da gente.
Any sentou colocando Lívia no seu colo e disse:
- Gente vcs já ouviram falar em uma brincadeira chamada batata quente né?
- Uhum! - responderam algumas crianças.
Any: Ótimo, vamos brincar disso agora então ok?
- Tia Dul posso começar? - perguntou um menininho.
Dul encarou Any que a incentivou a responder o que quisesse e disse:
Dul: Pode! - sorrindo encarando Any que sorriu de volta.
O menino então se virou de costas e começou a cantar enquanto as crianças passavam com
pressa o objeto vermelho. Quando o menino parou dizendo bem alto queimou. As crianças riram
apontando pra uma menina loirinha e gritaram:
- Castigo! Castigo!
Ucker: O que vcs querem que ela faça?
- Imita galinha! - falou uma menina sendo apoiada pelas outras crianças.
Mariana: Vem eu te ajudo. - ajudando a menina a se levantar e ir pro fundo da roda rindo.
Mai: Imita a galinha, assim ó pópópó. - imitando a galinha fazendo os outros riram.
A turma caiu na risada e a menina sem jeito imitou Mai e as crianças riram. Sentou de volta no
seu lugar e começou a cantar também enquanto as crianças passavam o objeto pros tios e entre
si com pressa. Todos acabaram se divertindo e até a diretora acabou caindo na brincadeira.
Mais tarde depois do almoço Mariana perguntou:
- Há quanto tempo vcs vem aqui Dul?
Dul: Ah faz uns 04 meses já.
Mariana: Nossa que legal e a Anahí vinha sempre com vcs?
Dul: Não ela começou a vir sábado passado antes odiava esse lugar.
Mariana: Verdade?
Dul: Uhum!
Mariana: Mas ela parece gostar tanto daqui. - vindo ela brincar com Sara e Lívia.
Dul: Puro fingimento eu garanto. - encarando Any séria.
Mai: O que estão fazendo? - chegando de mãos dadas com duas meninas.
Mariana: Só conversando. - sorrindo.
- Vamo brinca? - perguntou uma das meninas.
Dul: Do que quer brincar linda?
- De pega-pega. - sorrindo.
Mariana: Então vamos brincar de pega-pega.
- Eba. - disseram as meninas pulando sorrindo.
Os meninos jogavam futebol e as meninas brincavam de pega-pega com Dul enquanto Any
brincava com Lívia, Sara e mais algumas crianças quando Lívia perguntou:
- Any não vai pegar aquelas fantasias?
Any: Será que é uma boa idéia?
Lívia: Pega pra gente brincar.
Any: Ta bom! - saindo.
Voltou minutos depois dizendo:
- Gente olha as fantasias que eu trouxe pra vcs.
As crianças pararam na hora e foram correndo até onde estava com um cabideiro cheio de
fantasias.
Chris: Outra vez querendo chamar atenção.
Poncho: Christian ela trouxe isso pra poder interagir a Sara com as crianças.
Ucker: A gente sabe bem o que ela quer.
Poncho: Ta legal não falo mais nada.
Sara pegou uma fantasia uma das menores e puxando a calça de Any mostrou pra ela.
Any: Vc quer por ela?
Sara afirmou como se entendesse e Lívia disse:
- Any eu posso pegar essa? - pegando um vestido vermelho.
Any: Pode sim, vem eu vou ajudar vcs duas a se trocarem.
Havia várias fantasias de princesa, homem aranha, batman, chapeuzinho vermelho, fadinha,
príncipe, monstro, entre outras. As crianças foram pegando as que desejavam e Dul disse:
- Meninas venham com a gente pra ajudarmos vcs a se vestirem.
Poncho: E os meninos com a gente.
No quarto Any terminava de vestir Sara e colocou a tiara e arrumando seu cabelo disse:
- Que linda vc ficou... Tira a chupeta querida.
Sara negou com a cabeça quando Any foi tirar a chupeta dela e Lívia disse:
- Ajuda a prender aqui Any.
Any fechou o vestido dela e Lívia perguntou:
- To bonita?
Any: Ficou linda. - sorrindo.
Lívia: Any por que vc e meu irmão não namoram? Eu vi o jeito que vcs se olharam aquele dia na
praça... Tavam quase se beijando.
Any abaixou a cabeça sem jeito dizendo enquanto dobrava as roupas das duas:
- É difícil pra vc entender Lívia.
Dul: Ta todo mundo com suas fantasias ai?
Mariana: Acho que ta todo mundo com sua fantasia. - olhando.
Dul: Cadê a Mai?
Mariana: Ficou com o Chris.
Dul: Ah ta, vamos levar eles pra se trocar então?
Mariana: Uhum. - sorrindo.
Lívia: Não é difícil! Me explica porque vc e meu tato não estão juntos. - insistiu.
Any: Eu perdi o seu irmão Lívia.
Lívia: Como assim perdeu? - sem entender.
Any: Eu fiz coisas muito... Feias pra ele e perdi o amor dele.
Lívia: Mas meu tato gosta de vc.
Any: Não ele não gosta.
Lívia: Eu não sou boba vc gosta dele e ele gosta de vc sim.
Any: E como vc sabe? - sorrindo tentando espantar a tristeza.
Lívia: Porque eu vejo como vcs se olham.
Any: Não! Somos só amigos Lívia.
Lívia: Não podem namorar?
Any: Não.
Lívia: Por quê?
Any: Sabe às vezes machucamos pessoas que não merecem ser machucadas e a perdemos... Eu
machuquei muito seu irmão já e perdi o amor dele, não posso lamentar porque sei que a culpa de
tudo isso é minha... Só minha! - ficando com os olhos marejados.
Lívia: Mas vc gosta dele então?
Any: Gosto Lívia, gosto muito do seu irmão.
Lívia: Eu vou falar isso pra ele e ai vcs vão começar a namorar vai ver.
Any sorriu desejando que Lívia pudesse mudar os sentimentos de Poncho por Mariana.
Dulce e Mariana que estavam ouvindo a conversa se olharam sem jeito. Dul estava surpresa e
Mariana triste por sacar cada vez mais que não tinha chances com Poncho. As duas disfarçaram e
batendo na porta perguntaram entrando com as crianças:
- Podemos trocas elas aqui?
Any: Claro! - sorrindo disfarçando os olhos marejados.
Dul e Mariana perceberam que ela estava quase chorando, mas disfarçaram.
Lívia: Olha como eu fiquei. - segurando as pontas do vestido sorrindo.
Mariana: Ficaram lindas! As duas. - olhando Sara.
Lívia: Any vamos brincar?
Any: Vamos sim, licença. - sorrindo e saiu com Sara no colo e mãos dadas com Lívia.
Mariana e Dul se encararam mais uma vez e começaram a vestir as crianças.
Minutos depois estavam todos prontos e Any disse:
- A gente vai fazer um teatro mudo improvisado ok?
- Como assim tia? - perguntou um menino.
Poncho: Vcs vão ter que contar uma história sem falar nada só com gestos.
- Legal! - disse uma menina.
Any: E ai quem quer fazer?
Algumas crianças levantaram as mãos e Any as organizou e elas falaram à história que iam
contar pra Any narrar. Depois todas as crianças restantes se sentaram no chão junto com a
diretora e os adultos e Any ligando o microfone ao DVD disse quando Eliana uma garota ruiva
entrou em cena:
- Era uma vez uma princesa e um príncipe. - todo mundo aplaudiu. - Mas também tinha um
monstro ruim que queria comer a princesa. - um menino vestido de monstro entrou perseguindo
Eliana. - E seu príncipe teve que lutar com o monstro pra livrar sua princesa. - os dois meninos
começaram a fingir que brigavam e os que assistiam e Any riam. - E quando o monstro foi
derrotado. - o garoto vestido de monstro caiu no chão. - O príncipe foi feliz com sua princesa. -
Os dois deram as mãos e o garoto beijou o rosto da menina. - Fim! - sorrindo e todos bateram
palmas.
Isso animou as crianças e até Sara acabou indo parar na brincadeira sendo arrastada por Lívia.
Em seguida brincaram de mímica e Any foi eleita a começar. Pegou Sara no colo dizendo:
- Vc me ajuda ta?
Foram pra frente das pessoas que sorriam e as olhavam atentas. Any cochichou algo pra Sara que
conseguiu entender e abraçou a toalhinha rosa, Any a imitou e fechou os olhos apontando pra
Sara. Uma menininha levantou a mão e disse:
- Sara e tia Any estão com sono.
Any: Isso. - sorrindo.
A menina se levantou e começou a fazer alguns movimentos parecendo que dançava.
- Ta tomando banho. - falou um menino se levantando.
- Uhum! - respondeu a menina sorrindo.
Ficaram brincando de mímica por um bom tempo e ninguém escapou até os tios foram fazer
alguma “gracinha” na frente. Em seguida Any colocou música no DVD e disse:
- Vamos dançar?
Lívia: Eu quero. - indo pra perto dela.
Any colocou no DVD um CD e começou a tocar a música “Esnoba” (tema da Raqueli) Any começou
a fazer uns passinhos pra esquerda e depois pra direita girando com o indicador direito pro alto.
Aos poucos as crianças foram acompanhando e dançando igual e Any ajudou as que não sabiam.
Juliana se aproximou e sorriu vendo Any ensinando os pequenos a dançar que tentavam imita-la
de uma forma meio desengonçada e muito engraçada. Alguns caiam na hora de roda outro se
atrapalhavam nos passinhos esquerda/direita, mas aos poucos todos acabaram conseguindo
fazer.
Poncho estava bem de perto olhando a cena encantado e totalmente hipnotizado pela forma de
Any dançar, sorrir e ensinar os pequenos que não conseguiam dançar. Deixou um sorriso escapar
quando viu Any tropeçar e trombar com uma garotinha morena e ambas caíram na gargalhada
voltando a dançar em seguida. “Como pode esses dois não sacarem que morrem um pelo outro?
Se a Any visse que o Poncho só tem olhos pra ela e ele sacasse que ela morre por ele tenho
certeza que ficariam juntos, quisera eu ter alguém me olhando assim”, pensou Mariana vendo
Poncho olhar Any.
Mariana: Vc é completamente apaixonado por ela né? - parando ao lado dele.
Poncho: Vc sabe que sim.
Mariana: Então porque não estão juntos.
Poncho: É complicado Mah.
Mariana: Complicado o que? São vcs dois quem estão complicando tudo.
Poncho: Mah...
Mariana: Vc ama ela e sabe que ela te ama não sabe?
Poncho: Eu não sei, às vezes acho que não.
Mariana: Tem certeza?
Poncho: O que quer dizer com isso?
Mariana: Eu espero que vc entenda logo. - e saiu.
Quando as crianças estavam lanchando perto da hora de ir embora Mariana chegou a Any e
perguntou:
- Posso falar com vc um minuto?
Any: Ta pode falar.
Mariana:... Sei que vc não gosta de mim.
Any: Sério? - irônica.
Mariana: É acho que isso ta muito óbvio e não sou idiota sei bem por que.
Any: Não tenho nada contra vc. - respondeu naturalmente.
Mariana: Vc tem ciúmes de mim com o Poncho.
Any: Por que eu teria? A gente é só amigo.
Mariana: Mas já percebi que vc gosta dele... E ouvi sua conversa com há Lívia àquela hora.
Any: Run e de que adianta eu gostar ou não dele, vcs dois estão juntos que eu sei.
Mariana: Quem te disse isso? - incrédula.
Any: Ninguém eu mesmo vi e descobri. - magoada.
Mariana: A gente...
Any: Eu vi vcs trocando bilhetinho aquele dia na escola e logo depois vcs estavam saindo juntos.
Mariana: Bilhetinho? - sem entender e se deu conta do que era. - Não, Any tudo bem que a gente
se beijou, mas foi minha culpa e...
Any: Ah se beijaram que legal... Olha já sabia que vc ia aparecer e ia ficar com ele não me
pergunte como, mas eu sabia, sei que devem ter falado muito mal de mim pra vc e tenho certeza
e afirmo que nada do que te contaram a meu respeito é mentira... E devido aos erros que cometi
eu perdi o Poncho e aceito isso, não precisa ficar com medo de eu fazer algo pra separar vcs dois!
- com os olhos marejados. - Porque eu não vou fazer nada.
Mariana: Any vc não ta entendendo...
Any: Olha só te peço um favor!... O Poncho é a melhor pessoa que eu já conheci nessa vida...
Mariana: Eu sei que é, mas...
Any: E infelizmente eu perdi a chance de ser feliz com ele então te aconselho a não fazer o
mesmo, vc é uma garota de muita sorte e eu invejo vc. - derramando algumas lágrimas.
Mariana: Me inveja por quê?
Any: Porque vc precisou apenas de um dia pra ter tudo o que eu vou levar dois meses pra
conseguir, SE conseguir... Vc ta com o cara que eu queria estar namorando e amiga das pessoas
que eu to tentando ganhar a confiança por isso te invejo, mas prometo que não vou fazer nada
pra atrapalhar.
Mariana: Any...
Any: Vai com o Poncho, vcs dois combinam e merecem mesmo serem felizes, com licença. - e
saiu.
Mariana: Ai meu Deus, isso ta pior do que eu pensava... Preciso fazer alguma coisa pra reverter
isso.
Um tempo depois o pessoal se despediu das crianças e Lívia acabou pediu pra dormir no orfanato,
após um pouco de insistência Poncho deixou e Ucker disse ao saírem:
- Quem ta a fim de dar uma volta.
Dul: Eu topo.
Mai: Fechadíssimo já tava combinado mesmo.
Chris: Então vamos nessa... Vcs vão?
Any: Podem ir tranqüilos eu vou pra casa. - cansada.
Ucker: Ok e vcs dois? - olhando Poncho e Mariana.
Mariana: Eu topo! - respondeu sorrindo.
Poncho: Só um minutinho... Any vamos com a gente?
Any: Não Poncho obrigada!
Poncho: O que vc tem?
Any: Nada é só cansaço.
Poncho: Não é só isso eu te conheço... O que foi?
Any: Nada não.
Poncho: Então vem com a gente.
Mai: Para de insistir e vamos embora antes que ela aceite. - resmungo baixo pros amigos.
Any pensou e vendo que precisava relaxar disse encarando Mai e os outros:
- Ta bem eu topo vamos nessa.
Mai: O que foi que eu disse? - resmungou emburrada.
Chris: É só ficar longe dela.
Ucker: Vamos pra uma boate então?
Mariana: Eu topo!
Dul: Então demorou. - sorrindo.
O pessoal se dividiu e em três carros foram pra boate. Chris com Maite, Ucker com Dul e Poncho
levou Mariana e Any sem saber o que aquilo significava pra ela.
Assim que chegaram na boate procuraram uma mesa e pediram alguma coisa. Any sabendo que
não era bem vinda resolveu ir dar uma volta e beber alguma coisa antes bebia pra relaxar e se
divertir agora iria beber pra esquecer tudo que a fazia mal. Ucker encarou Dul e perguntou:
- Vamos dançar um pouco meu anjo?
Dul: Uhum! - sorrindo.
Ucker se levantou e a puxou pela mão dizendo:
- A gente vai dançar e já volta, se as bebidas chegarem deixa ai cima mesmo ta?
Mai: Beleza. - sorrindo.
Chris: Daqui a pouco a gente vai também.
Os dois saíram e os quatro amigos começaram a conversar.
Mariana: Nossa adorei as crianças do orfanato.
Mai: E da uma dor no coração saber que eles não têm ninguém que os ame, que cuide deles.
Mariana: Como não tem? E vcs que vão lá todo final de semana quando poderiam sair pra
qualquer lugar ou descansar, vcs não contam?
Chris: Valeu pela consideração Mah, mas não substituímos os pais deles.
Mariana: Eu sei, mas indo lá vcs fazem uma diferença enorme.
Poncho: A gente sabe e fica feliz em poder ajudar.
Mariana: E eu fico mais ainda por ter entrado pra turma e ter essa chance também.
Os três sorriram pra ela que sorriu de volta.
Poncho estava inquieto querendo saber onde Any estava então se levantou dizendo:
- Eu já volto. - e saiu.
Mai: Aposto que foi atrás dela. - emburrada.
Mariana: Se fosse vcs não odiaria tanto a Anahí.
Chris: Já conversamos sobre isso Mah, eu sei o que to falando... Minha irmã só quer fazer o
Poncho sofrer e do jeito que as coisas estão ela vai conseguir o que quer.
Mariana: Tudo bem, eu entendo seu lado, mas deveria entender o dele também.
Chris: Acontece que...
Xx: As bebidas! - disse um garçom chegando com uma bandeja com seis copos.
Mai: Obrigada! - sorrindo.
Xx: Com licença. - entregando uma folha e saiu.
Os três pegaram suas bebidas e o assunto acabou morrendo.
Um tempo depois Dul e Ucker voltaram pra mesa e o mesmo perguntou:
- Tudo bem?
Mai: Uhum! - sorrindo.
Dul: Cadê o Poncho?... Ah já sei! Ta atrás da Anahí né?
Chris: Com certeza!
Mariana: Bom eu vou procurar ele e aproveito pra deixar os casais sozinhos. - e saiu.
Chris: Por que na maioria das vezes sempre gostamos das pessoas erradas?
Ucker: Do que ta falando?
Dul: A Mariana gosta do Poncho bebê.
Mai: E ele morre pela Any.
Chris: Que só quer brincar com ele né?
Ucker: Entendi... Que ironia!
Dul: E das grandes.
Mariana estava andando pela boate quando encontrou Poncho e perguntou vendo sua cara:
- O que foi?
Poncho: Faz quase uma hora que ela sumiu.
Mariana: Deve ter ido embora talvez.
Poncho: Não, não foi ela ta aqui tenho certeza.
Mariana: Quer que eu te ajude a procurá-la?
Poncho: Vc é muito legal sabia?
Mariana: Por quê?
Poncho: Porque mesmo gostando de mim vc me ajuda e me escuta falar de outra.
Mariana: Porque eu sei que vcs dois se amam.
Poncho: Como vc sabe?
Mariana: Vou te contar tudo e vc vai entender. - sorrindo.
Poncho: Então me conta agora. - sorrindo a encarando interessado.
Um tempo depois Any andava pela boate quando viu Mariana e Poncho juntos conversando.
Sentiu um ódio e um ciúme enorme junto com uma vontade de separar os dois de qualquer modo,
mas engoliu em seco e quando os dois se abraçaram saiu furiosa. Mariana soltou-se de Poncho e
ambos viram Any se afastar furiosa pela cara dela. Mariana encarou Poncho e disse:
- Ainda tem dúvidas? Anda vai atrás dela e resolve isso de uma vez, não perca mais tempo...
Anda!
Empurrou Poncho que foi atrás de Any, e ao alcançá-la disse:
- Any espera, espera! - segurando ela que insistia em ir embora. - Aonde vc vai?
Any: Eu vou pra minha casa, me deixa. - se soltando tentando conter o choro.
Poncho: Se quiser ir embora tudo bem, eu levo você se quiser, mas antes vai ouvir o que eu tenho
pra te dizer. - a encarando e notou que ela estava prestes a chorar.
Any: E o que vai dizer? Veio me falar como esta feliz com a Mariana?
Poncho percebeu que ela estava realmente sofrendo e se sentiu um burro por não ter sacado
antes o que estava diante dos seus olhos, mas agradeceu Mariana por ter lhe aberto os olhos
sendo uma excelente amiga e disse com a maior paciência e ternura do mundo:
- Any! Mariana e eu não estamos juntos.
Any: Ah não? Eu não sou idiota Poncho sei muito bem o que vi ta?
Poncho: Do que ta falando?
Any: De vcs dois abraçados agora pouco, do encontro que tiveram, do bilhetinho que deu pra ela
esses dias na sala e de como estavam amorosos e cheios de caricias aqui e no orfanato.
Poncho: Any!... O bilhete que me viu entregar pra ela era o telefone do pessoal pra ela ligar se
precisasse pra ir ao orfanato hoje, não tinha nada demais lá.
Any: E o beijo que vcs trocaram? Eu to sabendo e não adianta mentir porque foi ela quem contou.
Poncho: Eu sei, ela me contou e me disse também que vc não a deixou terminar de falar.
Any: Claro o que mais ela poderia dizer?
Poncho: Talvez que eu recusei o beijo dela porque to apaixonado por vc?... Será que não
percebeu isso ainda? Será que não sacou que eu não te esqueci e que durante esse tempo meu
amor por vc só cresceu? Não percebe que vc não sai da minha cabeça e do meu coração Any?
Any: Vc ta mentindo pra mim. - tentando conter as lágrimas.
Poncho: Any!... Por que eu iria mentir agora sabendo que o que eu sempre quis aconteceu? Que
vc se apaixonou por mim! Me fala pra que eu mentiria?
Any: Sei lá pra fazer eu... Pagar por tudo o que eu te fiz, não sei... O que eu sei é que vi você e a
Mariana juntos e felizes e também ela é bonita, divertida, simpática, qualquer um se apaixonaria
por ela até mesmo você ainda mais depois de tudo o que aconteceu.
Poncho: Eu sei que a Mariana é bonita sim e tudo o que vc falou, mas... Eu sou mais as loirinhas,
principalmente uma que há pouco mais de um ano me encantou com seus olhos azuis, os mesmo
olhos azuis que estão me encarando agora. - enxugando seu rosto olhando-a com carinho.
Any: Seu tonto eu... - indo bater nele, mas Poncho segurou sua mão.
Poncho: Eu te amo Any mais que tudo nessa vida e com todo meu coração... Eu amo vc! -
beijando a mão dela que ainda segurava.
Any: Também te amo Poncho, mais que minha vida ou qualquer coisa nesse mundo... Te amo
muito!
Poncho enxugou o rosto dela e sem que mais nada precisasse ser dito ambos se beijaram. Um
beijo de amor e paixão que há muito tempo ansiavam em trocar. Quando se separaram com dois
selinhos Poncho a abraçou tirando-a do chão dizendo:
- Oh meu amor vc não sabe o quanto eu esperei pra ouvir isso de vc. - beijando seus cabelos.
Any: E vc não tem idéia de como eu sofri esse tempo achando que tinha te perdido e que vc tava
de romance com a Mariana. - de olhos fechados.
Poncho a soltou e acariciando seu rosto disse olhando no fundo de seus olhos:
- Não precisa se preocupar meu anjo, Mariana é só minha amiga.
Any: Mesmo assim... Tenho medo de cedo ou tarde ela me tirar vc.
Poncho: Não vai tirar eu juro e sabe por quê? - Any negou com a cabeça. - Porque sempre,
sempre vou amar vc não importa o que os outros digam ou façam.
Any: Vc jura?
Poncho: Juro! - sussurrou beijando as mãos dela.
Any: Eu te amo Poncho. - o encarando.
Poncho: Também te amo princesa. - sorrindo e lhe deu um beijo rápido. - Ainda quer ir embora?
Any: Não! - o encarando. - Quero ficar aqui com vc... Pra sempre! - sorrindo.
Poncho sorriu de volta e a beijou tirando-a do chão, ao se separarem disse:
- Vem comigo.
Any: Pra onde? - o seguindo sorrindo.
Poncho: Lá com o pessoal.
Any: Poncho não! - parando de andar séria.
Poncho: Por que não? - sem entender.
Any: Eles não vão acreditar que mudei só em ver a gente junto ao contrário vão me ofender e...
Poncho: Eu te defendo se eles falarem qualquer coisa como já fiz antes ok?
Any: Não quero que me defenda se for pra arrumar briga.
Poncho: Então o que quer que eu faça? Eu não vou fazer questão nenhuma de ficar me segurando
quando estivermos perto deles e também todo mundo sabe que eu sou louco por vc qual o
problema verem a gente junto?
Any: O problema é que eles não acreditam que eu mudei e que te amo, vão dizer que eu to te
usando, que vc vai se arrepender de estar comigo e...
Poncho a calou com um beijo e disse:
- Não me importa o que vão dizer, importa o que eu sei e o que sei é que te amo meu anjo.
Any o abraçou dizendo:
- Só te peço uma coisa meu amor.
Poncho: O que? - acariciando seus cabelos.
Any: Que vc confie em mim e não duvide nunca de que eu te amo.
Poncho: Eu NUNCA vou duvidar de vc ta? NUNCA!
Any sorriu e o beijou, em seguida foram falar com o pessoal. Ao chegarem à mesa Poncho disse:
- Gente quero falar com vcs.
Chris: O que foi?
Any: Pon...
Poncho: Any e eu estamos juntos. - a abraçando por trás lhe dando um beijo no rosto.
A reação foi a pior, mas pelo menos esperada. Ao ouvirem a noticia todos exceto Mariana
fecharam a cara ficando sérios, tava na cara que não teriam o menor apoio possível deles e isso
doía mais em Poncho do que em Any que já esperava por aquilo. Chris tomou um gole da sua
bebida e disse:
- Vc conseguiu né? - encarando Any com raiva.
Any: Do que ta falando? - sem entender, mas temendo a resposta.
Ucker: Não se faz de tonta ta legal? Ta na cara que vc só esta com o Poncho pra machucá-lo.
Poncho: Não é verdade. - tentando não se irritar.
Any: Poncho e eu nos amamos.
Mai: Ah ta e eu sou o Luis Fonsi disfarçada muito prazer. - estendendo a mão pra ela.
Poncho: Olha aqui já chega disso ok? - explodindo. - Eu to cansado de vcs ficarem o tempo todo
me falando o que vai ou não acontecer se eu me envolver ou não com a Any, se não perceberam
estão fazendo comigo, com a gente o mesmo que Any fez com vcs um dia e vcs odiaram.
Chris: Deixa de ser burro, eu conheço a minha irmã ela não presta.
Poncho: Olha como vc fala com ela, Any é minha namorada agora e não vou admitir que ninguém
aqui fale mal dela entendeu? - furioso. - Nem se uma dessas pessoas for um dos meus melhores
amigos e irmão dela ouviu Chris? - o encarando, mas o mesmo não respondeu. - Eu não quero
perder a amizade de vcs por causa disso, mas não vou admitir que cada vez que virem nós dois
juntos como vai acontecer muito vcs ofendam ela ou nós dois.
Dul: Não vamos falar nada de vc.
Ucker: Só queremos o seu bem, precisa abrir o olho ou vai se arrepender.
Poncho: Olha sinceramente quem ta se arriscando sou eu, quem sabe o que sofreu esse tempo
todo sou eu, sou eu quem sempre quis namorar a Any, eu quem estou apaixonado e sou eu quem
vai sofrer se isso der errado, então, por favor, não se metam porque vcs não sabem o que a gente
ta passando e passou pra ficarmos juntos... Na verdade não têm a mínima idéia do que
aconteceu.
Mai: Tudo bem cara, a gente só quer o seu bem.
Chris: Gostamos de vc é um irmão pra nós.
Poncho: Vcs também são como irmãos pra mim e queria muito o apoio de vcs, mas se não querem
dar eu entendo o motivo de vcs, mas, por favor, não julguem as coisas sem saber tudo o que ta
acontecendo e não perturbem a gente... Quem eu saiba vcs quatro detestaram quando foram
perturbados então não façam igual ou poderão ser julgados por isso também. - mais calmo.
Mariana: Eu posso falar uma coisa pra todos vcs? - se levantando.
Ucker: Claro Mah.
Mariana: Não quero que pensem que estou contra vcs ou a favor deles, mas desde que conheci
vcs e entrei no grupo as únicas coisas que eu ouvi sobre a Anahí foram às coisas horríveis que ela
fez, mas por nenhum momento eu ouvi algum de vcs (olhando Chris, Ucker, Dul e Mai) elogiarem
as mudanças da Any, nenhum de vcs admitiu as coisas que ela fez como... Ter contado a verdade
e reconciliado vcs quatro, ter agüentado todas as coisas que vcs falaram dela, ter ido ao orfanato
e a principal das coisas... Não se esforçaram nem admitiram o quanto ela anda se esforçando pra
se aproximar de vcs, pra ser aceita e o quanto ela correu atrás pra ajudar a Sara! Vcs sabiam que
ela conseguiu um médico que vai colocar um aparelho auditivo nela e que esta pagando uma
fonoaudióloga pra ajudar na linguagem da Sara e que comprou livros pra estudar o caso dela?
Os quatro abaixaram a cabeça e Any e Poncho olharam surpresos e agradecendo, foi a primeira
vez que Any sentiu simpatia e certo tipo de carinho por Mariana. Dul ergueu a cabeça e disse:
- Eu não vou fazer como vc Anahí... Vc sabe o que faz Poncho!
Ucker: Se quer ficar com ela beleza.
Mai: Não vamos nos meter.
Any: Obrigada!
Chris: Não nos agradeça, não estamos fazendo isso por vc e sim pelo Poncho que é NOSSO amigo.
Any: Eu sei. - tentando conter as lágrimas.
Mariana: Ótimo ponteiros acertados agora desfaçam essa cara.
Any: Ainda não esta tudo acertado eu... Posso falar com vc Mariana?
Mariana: Tudo bem! - sorrindo e saiu.
Any: Não demoro. - sussurrou pra Poncho lhe dando um beijo no rosto antes de sair.
Quando as duas se afastaram Poncho disse:
- Vão ficar com essas caras o resto da vida?
Chris: Se te responder sinceramente vamos voltar ao mesmo lugar.
Poncho: Tudo bem, só quero que entendam que eu amo a Any, não interessa o que aconteceu.
Dul: Já entendemos Poncho.
Ucker: Só queremos a sua felicidade.
Poncho: Então me deixem ficar com a Any, faz mal pra mim e principalmente pra ela o que estão
fazendo.
Mai: Ela merece Poncho depois de tudo o que fez.
Poncho: Não ouviram o que a Mariana disse? Quando vão perceber que ela mudou? O que passou
já passou não me importa mais e espero que vcs compreendam isso um dia. - e se levantou.
Chris: Aonde vai?
Poncho: Procurar a Any e ir pra casa, to cansado demais pra ficar aqui e brigar com vcs de novo.
Dul: Boa noite Poncho!
Poncho: Boa noite. - sorrindo ainda chateado e saiu.
Mariana e Any pararam perto do bar onde o barulho não era tão alto e Any começou:
- Sei que pensa que eu não gosto de vc.
Mariana: E estou errada? - sorrindo.
Any: Não, não no começo... É que quando vi vc chegar na escola e rapidamente ficar amiga de
todos e de Poncho eu fiquei com muito ciúmes de ver vcs dois juntos e achei que...
Mariana: Eu poderia tirar o Poncho de vc.
Any: Isso porque eu via vcs dois conversando, sorrindo percebia que ele se sentia e se sente bem
ao seu lado e fiquei com medo, pois, no fundo eu merecia perder o amor dele depois de tudo.
Mariana: Any posso te falar uma coisa? - Any afirmou com a cabeça. - Eu adoraria namorar um
cara como o Poncho que é bonito, carinhoso, dedicado, compreensível, mas somos só amigos, foi
um erro eu ter beijado ele achando que poderíamos ter alguma coisa e eu percebi a besteira que
tinha feito depois dele ter me dito que te amava e eu vi isso nos olhos dele... Any não tem com
que se preocupar, Poncho te adora é louco, completamente apaixonado por vc e sei que ele é
correspondido à altura... Eu sou uma romântica incorrigível e te asseguro que só quero a
felicidade de vcs, seja lá o que quer que tenha feito no passado saiba que Poncho e eu
acreditamos em vc de coração e ele mais ainda por te amar de uma forma delicada, carinhosa e
apaixonada... De coração desejo que vcs sejam felizes e que os outros percebam que vc mudou e
é muito especial.
Any: Obrigada Mariana de verdade obrigada... Obrigada por ter me defendido, por ter ajudado eu
e Poncho a ficarmos juntos e por ser especial, me desculpa se ofendi vc em algum momento.
Mariana: Não precisa agradecer.
Any: Olha e eu desejo do fundo do coração que vc seja muito feliz ta? Vai ver como um garoto
maravilhoso tão especial quanto sei que vc é vai aparecer e te fazer muito feliz.
Mariana: Eu espero que apareça logo. - sorrindo emocionada.
Any: E novamente obrigada por tudo... Nunca vou saber como te agradecer.
Mariana: Eu sei como... Vc ama o Poncho, não ama?
Any: Demais! - com os olhos marejados.
Mariana: Então seja muito, muito feliz com ele, desfrute e aproveite cada segundo ao lado dele.
Any: Pode deixar que é isso o que eu vou fazer.
Mariana: Então já vai estar me agradecendo se fizer isso. - sorrindo.
Viu Poncho se aproximar e depois de acenar pra ele disse:
- Eu vou me reunir com umas amigas que encontrei, até amanhã no orfanato.
Any: Posso te chamar de Mah?
Mariana: Pode sim. - sorrindo.
Any: Boa noite então Mah.
Mariana: Boa noite! - sorrindo. - Boa noite Poncho. - disse quando ele chegou e abraçou Any por
trás. - Cuidem bem um do outro ok?
Any: Uhum! - afirmando sorrindo.
Poncho: Pode deixar. - sorrindo.
Mariana: Ótimo! Até amanhã então. - e se retirou.
Poncho apertou Any contra seu corpo enquanto beijava seu rosto. Ela sorriu e ele perguntou:
- Quer ir embora?
Any: Sair daqui vc quer dizer? - se virando de frente pra ele sorrindo.
Poncho: Uhum! - sorrindo e acariciando seu rosto. - Tava chorando? Não foi pelo que eles falaram
né? - mostrando preocupação.
Any: Não! Digamos que a Mariana me emocionou. - sorrindo sem jeito.
Poncho: Então não esta mais zangada com ela?
Any: Não ela me fez entender que o que existe entre vcs é só amizade.
Poncho: Fico feliz que vc tenha percebido isso meu anjo porque só tem uma pessoa que eu amo e
quero passar o resto da vida ao lado. - a encarando apaixonado.
Any: Eu? - sorrindo.
Poncho: Isso! - afirmando com a cabeça.
Any sorriu e o abraçou enchendo-o de beijos no rosto e no pescoço. Poncho riu e disse:
- Ainda não respondeu minha pergunta.
Any: Vou pra qualquer lugar com vc meu amor. - sussurrou e deu uma mordidinha no lóbulo da
orelha dele. - Então isso responde a sua pergunta? - o encarando sorridente.
Poncho: Responde e é muito bom isso.
Any: Então pra onde vamos? - ansiosa.
Poncho: Posso te levar pra casa e desejar boa noite. - e deu um beijo na testa dela que
desmanchou o sorriso o encarando de braços cruzados incrédula. - O que foi? - sem entender sua
reação.
Any: Não tem nada melhor pra sugerir?
Poncho: O que vc quer que eu diga?
Any: Ai Poncho vc cortou todo o clima dizendo que ia me levar pra casa e desejar boa noite, isso
não tem graça nenhuma poxa. - cruzando os braços de novo.
Poncho: Então o que quer que eu diga meu amor?
Any: O que no fundo vc quer dizer, o que qualquer outro garoto iria sugerir numa ocasião assim!
Poncho: Ok já entendi.
Any: Então vai to esperando! - de braços cruzados batendo o pé ansiosa.
Poncho: Minha casa ta vazia então o que acha da gente ir pra lá fazer... A nossa própria festinha?
- inseguro. - Ah ta horrível isso. - rindo e Any riu também.
Any: Não ta horrível porque foi exatamente nisso que eu pensei. - o abraçando.
Poncho: Sério?
Any: Uhum! - acariciando o rosto dele. - Topa me levar pra sua casa?
Poncho: Any...
Any: Tudo bem não precisa levar afinal né...
Poncho: Any claro que eu te levo, vou adorar ficar sozinho com vc. - acariciando o rosto dela.
Próximo dali Mai perguntou:
- Gente cadê a Mariana?
Dul: Não sei ela saiu pra falar com a Anahí e não voltou mais.
Chris: Será que devemos ir atrás dela?
Ucker: Ah melhor não, ela saiu pra deixar a gente sozinho.
Mai: É verdade.
Chris: Então o que acham da gente dançar?
Dul: Eu topo vamos bebê?
Ucker: De novo amor? - a encarando cansado.
Dul: Ah por favorzinho. - unindo as mãos sorrindo.
Ucker: Ta legal, vamos. - se levantando.
Chris: Vamos também amor?
Mai: Beleza! Vamos. - se levantando.
Um tempo depois Poncho disse puxando Any pra dentro do seu quarto:
- E por último esse aqui é o meu quarto.
Any: Nossa que lindo! - sorrindo.
Poncho: Uhum, mais lindo ainda com vc aqui. - a abraçando por trás sussurrando no seu ouvido.
Any: Te amo Poncho! - sorrindo de olhos fechados.
Poncho: Também te amo, princesa... Muito. - afastando os cabelos dela distribuindo beijos pelo
seu pescoço e ombro.
Any fechou os olhos acariciando os braços de Poncho que rodeavam a sua cintura enquanto ele
distribuía beijos pelo seu ombro a respiração em contato com a pele dela a deixando arrepiada.
Levou uma das mãos de Poncho ao laçinho que prendia sua jaqueta de tecido incentivando-o a
solta-la ele envolvido desfez o laço tirando a jaqueta acariciando os braços dela enquanto a
beijava e mordiscava sua orelha. Any arrepiada e excitada pelos toques dele se virou ficando de
frente pra Poncho e começou a desabotoar a blusa dele beijando seu pescoço e ombros.
Mordiscou a orelha dele ouvindo-o gemer e sussurrou puxando a blusa dele e largando-a no chão:
- Faz amor comigo Poncho!
Poncho a encarou, ela notou que ele estava tão excitado quanto ela. Tocou-a no rosto e
perguntou:
- Tem certeza?
Any: Uhum! - um tanto nervosa.
Poncho então a beijou enquanto suas mãos desabotoavam a blusa dela. Ela foi abrindo a calça
dele enquanto ele tirava os sapatos às pressas. A calça escorreu pelo chão, junto com a blusa de
Any e a saia que logo em seguida ela tirou sem parar de se beijarem. Poncho a pegou no colo
com delicadeza e ela o beijou por todo pescoço e ombro mordiscando a orelha dele enquanto
acariciava suas costas onde as mãos alcançavam. Ele então a deitou na cama, ela só de calçinha e
sutiã e ele só de cueca. Poncho então sentou na beirada da cama pegando um dos pés delicados
de Any e começou a distribuir beijos pelo calcanhar dela que fechava os olhos suspirando e
apertando os lençóis louca pra sentir Poncho sobre ela e dentro dela. Ele foi subindo os beijos e
tirou a calcinha dela com uma delicadeza que só serviu pra deixá-la ainda mais excitada, foi
dando beijos nas coxas dela e Any soltou um gemido apertando com mais força o lençol e se
contorcendo de desejo quando Poncho beijou sua intimidade penetrando com a língua.
Any: Poncho... - ela chamou num suplicio.
Ele sorriu vendo-a de olhos fechados cheio de desejo, quantas vezes não imaginara aquela cena.
Começou a subiu os beijos passando a língua em torno do umbigo dela. Any ansiosa inclinou o
corpo tirando o sutiã e gemeu delirando quando Poncho abocanhou um de seus mamilos, ela
acariciou os cabelos dele arranhando suas costas enquanto ele ia subindo os beijos pro pescoço
dela.
Poncho: Vc é perfeita meu amor. - sussurrou mordiscando a orelha dela.
Any: Vc também é... Me faz sua Poncho, não agüentou mais. - apertando as costas dele.
Poncho a beijou nos lábios cessando o gemido de Any quando começou a penetrá-la com dois
dedos. Any gemendo inclinava o quadril pra frente procurando um contado maior fazendo Poncho
aumentar a velocidade e enlouquece-la enquanto sugava ora seus mamilos ora seus lábios
saboreando cada centímetro da boca de Any com sua língua. Any soltou um gemido
interrompendo o beijo chegando ao êxtase sendo sacudida pelos prazeres que Poncho lhe
propusera. Ela então se virou ficando por cima dele e disse ofegante passando a unha por seu
peitoral:
- Deixa as coisas comigo vc já se divertiu, agora é minha vez. - sorrindo.
Poncho foi protestar imaginando o que ela ia fazer, mas perdeu as forças quando sentiu a mão
pequena e macia de Any mergulhar pra dentro da sua cueca e acariciar seu membro. Quando Any
lhe beijou os lábios Poncho fechou os olhos acariciando sua cintura e permaneceu assim quando
ela se separou e começou a distribuir beijos e mordiscadas em seu ombro pescoço e orelha, ela
sentiu a respiração pesada e cheia de desejo dele e ele enlouquecia com a respiração dela no seu
pescoço tentando se manter quieto pra não agarra-la como preferia. Any foi descendo os beijos,
deu um selinho em Poncho puxando o lábio inferior dele em seguida beijou e deu uma
mordidinha no queixo dele o encarando e vendo que estava de olhos fechados. Sorriu e vendo
que ele estava com os pêlos dos braços arrepiados disse passando as mãos em cada um:
- Com frio querido?
Poncho: Vc sabe que isso não é frio querida. - falou sorrindo de olhos fechados.
Any: Será que com uns beijos vc esquenta?
Poncho: Tenta prometo não me incomodar. sorrindo maroto.
Any riu e começou a beijar passando a língua pelo peitoral assoprando em seguida. Viu Poncho se
arrepiar de novamente e riu, ele sorriu e disse:
- A última coisa que vai conseguir com isso é me esquenta querida.
Any: Que bom mesmo, pois é a última coisa que eu quero fazer.
Continuou distribuindo beijos pelo peitoral e desceu a mão direita novamente pra dentro da
cueca dele vendo que ele ficou rígido e percebeu que o membro estava ereto, foi puxando a cueca
até arrancá-la e da ponta da cama começou a beijar as coxas de Poncho enquanto acariciava o
membro dele percebendo que ele suspirava e gemia excitado. Quando finalmente chegou ao
membro dele começou a dar beijos leves e passar a língua, Poncho gemia e acariciava os cabelos
dela com uma mão enquanto a outra apertava o lençol.
Poncho: Vc quer me enlouquecer né? - sorrindo.
Any: Aham da mesma maneira que me enlouqueceu minutos antes.
Sem agüentar mais Poncho sentou-se na cama a puxando fazendo com se sentassem no seu colo
e a penetrou calando os gemidos de ambos com beijos calorosos cheios de desejo. Poncho puxou
Any deitando ambos na cama. Virou-se ficando por cima dela e segurando as mãos de Any
pressionando contra a cama lhe deu um beijo apaixonado e cheio de desejo quando aumentou o
ritmo fazendo com a língua o que seu membro fazia dentro dela apertando as mãos dela
enquanto a penetrava. Quando sem cessar o beijo levou àss mãos de Any em torno do seu
pescoço à mesma arranhou suas costas e Poncho mordeu o lábio inferior dela parando e
passando a língua em volta deles e fazendo um caminho passando por seu queixo onde mordeu
como ela fez com ele. Pousou as mãos sobre os seios dela apertando enquanto dava chupões no
pescoço dela. Cessou as investidas quando Any gemeu inclinando o corpo pra frente e enterrando
as unhas nas costas dele chegando ao clímax e ele chegou logo em seguida. Any fechou os olhos
acariciando os cabelos dele sentindo a respiração ofegante dele em seu pescoço enquanto ele
sentia a dela em seu ombro. Começou a dar alguns beijos no pescoço dela como se quisesse
suavizar as marcas que deixara ali e ela sorriu dizendo:
- Como vc pode ser tão perfeito lá fora e mais perfeito ainda em quatro paredes?
Poncho riu e respondeu a encarando tirando algumas mexas do cabelo dela que lhe caiam no
rosto:
- Talvez da mesma forma como vc consegue ser tão linda lá fora e em quatro paredes.
Any: Eu te amo sabia? - acariciando o rosto dele com delicadeza.
Poncho segurou a mão dela dando um beijo e respondeu:
- Também te amo muito, mas depois de hoje muito mais do que antes meu amor.
Any: Sabe tudo o que eu sinto por vc e senti agora, nunca senti antes por ninguém.
Poncho: Eu também nunca me senti assim tão feliz e realizado como agora.
Any sorriu satisfeita, muito satisfeita com relação a ela e Poncho. O mesmo saiu de cima dela
deitando ao seu lado e a puxou com delicadeza aconchegando Any que sem resistir perguntou:
- Nem com as outras garotas que vc já teve relações vc se sentiu assim?
Poncho: Com nenhuma. - respondeu sinceramente.
Any: E quantas vc já trouxe pra cá? - curiosa.
Poncho: Nenhuma vc é a primeira e última, diga-se de passagem.
Any: Verdade? - o encarando sorridente.
Poncho: Sim, digamos que vc tava no lugar certo e na hora certa as outras garotas que tive
relações eram ou em hotéis ou no apartamento das que moravam sozinhas... Não dava pra trazer
ninguém pra cá com uma irmã de 05 anos dormindo ao lado sem contar meus pais.
Any: Entendo! Bebê quantos anos vc tinha quando fez pela primeira vez?
Poncho: Any! - repreendeu-a.
Any: Ah vai, responde. - manhosa.
Poncho: Eu tinha 15 e antes que pergunte foi com uma garota da mesma idade que eu, não foi
muito agradável porque nenhum dos dois sabia o que fazer, mas foi engraçado tenho que admitir.
Any sorriu o encarando, foi então que Poncho a encarou e Any soube o que ele perguntaria.
Poncho: E vc com quem foi sua primeira vez? Foi com o Léo?
Any: Porque acha que foi com ele? - sorriu fazendo uma careta.
Poncho: Eu respondi suas perguntas, agora responda as minhas.
Any: Ok! - sorrindo. - Bom eu tinha 16 anos e não foi com o Léo porque a gente nem se conhecia,
o cara tinha uns 22 anos e como todas as minhas outras relações eu achei interessante, nenhuma
tinha sentimentos verdadeiros envolvidos... Até agora. - e sorriu pra ele.
Poncho: E com o Léo, vcs dois chegaram a ter relações? - perguntou decidido, mas sabia que
odiaria a resposta se fosse um sim.
Any: Por que vc invocou com o Léo?
Poncho: Porque vi vcs dois se agarrando na escola muitas vezes eu odiava, mas o que podia
fazer? Agora custa responder minha pergunta? Vcs tiveram ou não relações?
Any: Não Poncho eu evitava ter relações com os caras que “ficava” com freqüência Léo e eu
nunca passamos de beijos ousados sem sentimento algum posso afirmar, mas que saber de uma
coisa... Não importa quem foram às pessoas que tivemos relações antes, o que me importa agora
é que mesmo que não tenha sido o primeiro, vc vai ser o último homem na minha vida tenho
certeza.
Poncho: Sério? - acariciando o rosto dela colocando algumas mexas atrás da orelha.
Any: Uhum vai ser o último porque eu amo vc e nenhum homem me tratou como vc tratou essa
noite, cheio de carinho e paixão... Nunca tinha sentido as coisas que senti hoje aqui com vc
Poncho.
Poncho: Eu também nunca senti isso por ninguém e vc pode não ter sido a primeira também, mas
vai ser a última te juro.
Any: Te amo. - sussurrou roubando um beijo dele.
Poncho: Também te amo minha princesa... Só minha. - a abraçando.
Any: Só sua meu amor pra sempre. - se aconchegando sorrindo e acariciando o peito dele.
Poncho: Boa noite meu anjo! - beijando os cabelos dela segundos depois.
Any: Boa noite gatinho. - dando um beijo no peito dele.
Rapidamente ambos caíram no sono satisfeitos e felizes como se estivessem num sonho do qual
nunca mais queriam despertar.
Christian bateu a porta da sala acordando Carol que dormia no sofá. Ao ver a mãe disse:
- O que ta fazendo aqui? É quase uma da manhã.
Carol: Tava esperando vc e sua irmã... Ca, cadê ela? - assustada vendo que ele entrara sozinho.
Chris: Não veio comigo.
Carol: Mas não estavam juntos, o que aconteceu?
Chris: Ela deve estar com o Poncho os dois se acertaram. - despreocupado.
Carol: Quer dizer que estão namorando?
Chris: Isso mesmo, ela deve ta na casa dele, vá dormir, não se preocupe.
Carol: Tem certeza de que esta com ele?
Chris: Tenho mãe vi os dois saindo juntos da boate. - um tanto impaciente.
Carol: Ok se esta com o Poncho eu fico mais tranqüila e feliz em saber que estão juntos.
Chris: Vamos ver até onde vai essa felicidade. - resmungou mal humorado.
Carol: O que disse?
Chris: Nada, mãe boa noite. - dando um beijo nela e subiu.
Carol: Boa noite querido. - respondeu vendo-o subir as escadas.
Poncho dormia pesado de bruços na cama depois da noite com Any, quando a mesma entrou
descalça vestindo apenas uma camisa dele que parecia um vestido curto nela. Segurava uma
bandeja que depositou na cômoda. Em seguida subiu na cama e engatinhou na direção de Poncho
inclinou o corpo pra frente e começou a dar beijos pelas costas dele e no pescoço. Poncho
começou a resmungar dando sinal de que estava acordando, Any sorriu e disse sem parar de
beijá-lo:
- Bebê acorda trouxe um presentinho pra vc.
Poncho virou na cama ficando de barriga pra cima e braços abertos ainda de olhos fechados. Any
sorriu apaixonada vendo o rosto feliz dele e disse beijando seus lábios e descendo pro peito dele:
- Anda meu anjo acorda.
Poncho: Hum... Isso é um sonho, não é? Eu to sonhando pode falar. - resmungou.
Any: Não ta sonhando meu amor. - sorrindo e deu um beijo nos lábios dele.
Poncho abriu os olhos e acariciando o rosto de Any disse:
- Se eu não to sonhando eu to morto porque to vendo um anjo na minha frente.
Any: Não sou anjo gatinho, olha só o que te trouxe.
Poncho resmungou quando Any se afastou, mas quando viu que foi pra pegar a bandeja se
sentou na cama passando as mãos no rosto e perguntou quando ela colocou a bandeja no seu
colo:
- O que é isso princesa?
Any: Seu café eu que fiz. - sorrindo.
Poncho: Hum. - pegando o copo de suco. - Nossa ta muito bom, não vai comer?
Any: Já comi, falta só vc e é bom se apressar porque senão vamos nos atrasar. - se levantando.
Poncho: Se atrasar? - perguntou enfiando um pedaço de panqueca na boca. - Pra que?
Any: Esqueceu aonde vamos todo domingo de manhã? - arrumando as roupas dele numa cadeira.
Poncho: Any! - a chamando e ela parou o que fazia pra encará-lo. - Não podemos faltar e ficar...
Any: Não senhor! - interrompendo-o.
Poncho: Mas ta tão bom aqui, vem pra cá vem. - batendo no colchão e tomou seu suco.
Any: Nada disso se eu for até ai só saímos dessa cama amanhã pra ir pra escola.
Poncho: Princesa vem cá só um pouquinho vai. - insistindo.
Any: Na, não. - negando com o dedo sorrindo.
Poncho: Já falei que vc ta linda com a minha camisa e que eu te amo? - terminando as
panquecas.
Any: Ainda não, mas pode falar o que quiser não vai me convencer a voltar pra cama. - sorrindo.
Ela ficou de costas pra ele e acabou não percebendo quando ele se levantou e colocou a bandeja
na cômoda indo na direção dela com um sorriso malicioso nos lábios.
Poncho: Nem se eu fizer isso? - a pegando no colo de surpresa.
Any: Poncho isso é sacanagem. - tentando não se render aos olhos esverdeados que a encaravam
com paixão. - A gente precisa ir pro orfanato.
Poncho: A única coisa que eu preciso agora é de vc. - falou sério quando a deitou na cama.
Any: Ah não assim vc ta apelando. - protestou sabendo que estava sucumbindo aos encantos
dele.
Poncho: Eu te amo Any! - acariciando o rosto dela.
Any: Também amo vc. - disse sorrindo derretida e fechou os olhos totalmente rendida.
Poncho sorriu e se apossou dos lábios de Any enquanto uma mão acariciava sua coxa e a outra
desabotoava a camisa dele que ela vestia. Novamente se entregaram um ao outro envoltos pela
paixão e desejo que tomava conta de ambos e a única forma que encontravam de aplacá-la um
pouco era na presença do outro. A verdade era que se amavam se desejavam e precisavam um do
outro mais do que qualquer outra coisa no mundo.
Um tempo depois no orfanato Juliana perguntou à Ucker:
- Anahí e Alfonso não vêm hoje?
Ucker: Eles devem ter se atrasado, mas daqui a pouco estão aqui.
Juliana: Será que aconteceu alguma coisa?
Ucker: Com certeza não, vai ver como daqui a pouco eles aparecerem.
Juliana: Ah ta é que queria perguntar uma coisa pra Any, mas se não conseguir da pra perguntar
amanhã imagino.
Ucker: Amanhã?
Juliana: É que amanhã ela vai vir pegar a Sara pra levar ao hospital e colocar um aparelho nela.
Ucker: Ah ta fiquei sabendo.
Juliana: Fiquei muito feliz, vc lembra como a Sara era antes da Any aparecer né?
Ucker: É eu lembro. - olhando a menina que brincava de roda com Lívia e duas meninas.
Juliana: Foi um anjo que trouxe ela pra cá.
Ucker: Com certeza. - confirmou com desdém.
Juliana: Bom eu vou resolver umas coisas lá dentro. - e saiu.
Sara parou de rodar e saiu pra buscar uma coisa. Voltou com um papel e cutucou Lívia
resmungando. Quando a garota viu o desenho de duas garotinhas com um homem e uma mulher
e Sara apontando os dois disse sorrindo:
- Ah vc quer saber onde esta a Any e meu irmão? - a encarando.
Sara entendeu afirmando com a cabeça e Lívia disse:
- Não sei... Mas já, já eles chegam ta?
Sara ficou séria, mas concordou com a cabeça parecendo tristinha.
Mai: Meninas querem brincar com a tia? - chegando.
Lívia: Eu quero. - sorrindo.
Mai: E vc Sara?
A menina encarou Mai, mas acabou confirmando com a cabeça.
Minutos depois Mai, Mariana e Dul brincavam com algumas crianças que pintavam ou
desenhavam figuras um tanto desengonçadas enquanto Ucker e Chris brincavam com alguns
garotos.
Quando Juliana saiu pro pátio o portão se abriu e Any e Poncho entraram, Juliana foi ao encontro
deles e sorridente e simpática como sempre disse:
- Que bom que chegaram, pensei que não viriam hoje.
Any: A gente acabou se atrasando (encarou Poncho que sorriu) nos desculpe.
Juliana: Não tem problema, Any depois eu quero falar com vc ta?
Any: Ta ok! - sorrindo. - Sobre o que quer falar?
Juliana: Bom é mais um favor, mas depois a gente conversa com licença. - e se retirou.
Poncho: O que será que ela quer?
Any: Não sei. - dando de ombros. - E viu só o que vc provocou, eu disse que a gente ia se atrasar.
Poncho: Meu amor ainda é nove horas.
Any: É, mas por sua causa a gente se atrasou meia hora.
Poncho: Ah, mas vc gostou não gostou. - sussurrou no ouvido dela que se arrepiou.
Any se soltou sorrindo e Poncho ajeitando os cabelos dela sussurrou:
- Te amo!
Any: Também te amo. - acariciando o rosto dele.
Lívia: Any! Tato!
Ambos se separaram e Any se virou pra frente a tempo de pegar Lívia que pulou no seu colo.
Poncho: Lívia assim vc machuca.
Any: Imagina que uma princesa dessas machuca. - dando um beijo no rosto dela.
Poncho: Eu não vou ganhar beijo não dona Lívia?
Lívia: Claro tato, mas a Any primeiro porque ela é menina. - indo pro colo dele o abraçando.
Any então viu Sara vindo na sua direção e se abaixou sorrindo dizendo:
- Oh minha bonequinha, tudo bem com vc? - a abraçando erguendo-a do chão.
Sara afirmou com a cabeça e tirando a chupeta deu um beijo no rosto de Any que sorriu.
Poncho: Ah também quero beijo.
Sara tirou a chupeta de novo e abraçando Poncho ainda no colo de Any lhe deu um beijo que ele
retribuiu carinhosamente. As duas meninas desceram do colo deles e Lívia disse:
- Vem vamos brincar.
Poncho: Ganhei beijo da Sara e da Lívia, será que ganho um seu também?
Any: Poncho para! - sorrindo.
Lívia: Vcs tão namorando já?
Os dois se encararam com a pergunta e sem conseguir mentir ou dizer a verdade Any perguntou:
- Por que acha isso?
Lívia: Porque vcs dois chegaram juntos, porque tão cochichando e não param de se olhar.
Poncho: Vc se importaria se a gente ficasse junto Lívia. - se ajoelhando na frente dela.
Lívia: Claro que não! É o que eu quero que vcs namorem. - sorrindo.
Poncho sorriu pra Any que sorriu de volta. Levantou-se e abraçou Any por trás Lívia sorriu e
disse:
- Vcs dois estão juntos?
- Uhum! - afirmaram os dois juntos.
Lívia: Eba! - abraçando os dois.
Any: Vc gostou Lívia?
Lívia: Uhum! - sorrindo. - Só falta uma coisa.
Poncho: O que?
Lívia: Um beijo entre vcs! - sorrindo.
Any: Mas Lívia.
Lívia: Ah, por favor.
Any: Poncho explica pra ela que... - encarando Poncho pedindo ajuda.
Poncho: Qual o problema amor, só um beijinho. - a encarando sorrindo.
Any: Ahn... É...
Lívia: Vai Any o que custa?
Any: Ta bem. - sorrindo envergonhada.
Poncho sorriu e aproximou seus lábios dos de Any depositando um beijo delicado nos lábios dela.
Lívia e Sara olharam atentas, ao se separaram ambos sorriram e Lívia disse pulando e cantando:
- Any e Poncho tão namorando! Any e Poncho tão namorando!
Os dois sorriram e os outros que estavam próximos olharam sérios. A única que sorriu foi
Mariana.
Um tempo depois Chris estava brincando com uns meninos quando seu celular começou a tocar,
viu que era de casa e perguntou atendendo:
- Fala mãe.
Carol: Querido vc esta no orfanato?
Chris: Uhum!
Carol: Sua irmã ta ai com vc?
Chris: Esta. - mal humorado.
Carol: Eu posso falar com ela?
Chris: Uhum, só um minuto.
Any brincava com Sara, Lívia e outras crianças quando Chris disse estendendo o celular:
- É a mamãe ela quer falar com vc.
Any: Obrigada. - pegando o celular. - Oi mãe.
Carol: Filha esta tudo bem eu te liguei no celular, mas não atendeu.
Any: Ué que estranho por que... Ah não! - colocando a mão livre no rosto.
Carol: O que foi?
Any: Eu esqueci meu celular na casa do Poncho, me desculpe não ter avisado.
Carol: Então vc passou a noite na casa dele?
Any: Uhum ficamos... Tomando conta da irmã dele.
Carol: Ah sim e é sério que vcs estão namorando?
Any: Uhum! - sorrindo e viu Poncho brincando de braço de ferro com alguns meninos.
Carol: Fico feliz filha, bom só liguei pra saber se estava tudo bem.
Any: Não se preocupe esta sim e desculpe não ter ligado.
Carol: Não se preocupe, até mais tarde.
Any: Até beijos... Te amo!
Carol: Também amo vc querida. - e desligou.
Any: A tia já volta. - se levantando e indo na direção dos meninos. - Chris?! Seu celular, obrigada.
Chris: De nada e da próxima vez avisa sua mãe onde vai dormir ok?
Any: Uhum. - sem jeito.
Chris: Era uma hora quando cheguei em casa e ela tava dormindo no sofá esperando por vc.
Any: Pela gente.
Chris: Não Anahí!... Por vc tanto que ligou e não perguntou como eu estava e sim se VC tava bem.
Any abaixou a cabeça chateada e Chris se retirou chateado. Poncho que estava perto e acabou
ouvindo o que eles disseram se aproximou de Any e disse a abraçando por trás:
- Não fica assim gatinha. - dando um beijo no rosto dela que sorriu fechando os olhos.
Any se virou pra Poncho e disse o encarando e acariciando seu rosto:
- Acho que vc ter me perdoado foi um presente pra mim não desistir porque não sei se agüentaria
tudo isso sem vc do meu lado. - e lhe deu um beijo.
Poncho a abraçou quando se separaram e disse:
- Sempre vou ta do seu lado meu anjo sempre.
Any: Jura?
Poncho: Juro. - sussurrou no seu ouvido beijando seus cabelos.
Any: Te amo Poncho, não me deixa nunca, por favor.
Poncho: Eu não vou deixar não se preocupe. - a soltando.
Trocaram um beijo caloroso se separando quando Juliana chegou e perguntou:
- Any desculpa interromper, mas posso falar com vc rapidinho?
Any: Claro! - sorrindo. - Já volto meu amor. - deu um selinho nele e saiu.
Juliana: Queria te fazer um convite, mas é como se fosse um pedido. - entrando na sala da
diretoria.
Any: Pode falar.
Juliana: Eu te vi dançando ontem e ensinando as crianças e queria pedir se vc não pode pegar
uma música e montar uma coreografia com elas é que vai ter um festival voltado pra crianças
carentes domingo que vem e o grupo que apresentar uma coreografia criativa vai ganhar cesta
básica e recursos pra ajudar o orfanato.
Any: Então quer que eu prepare uma coreografia pra eles até domingo?
Juliana: Isso vc acha que da tempo.
Any se lembrou que a semana seria de provas, mas respondeu sorrindo:
- Minha semana vai ficar um pouco mais apertada, mas eu posso vir aqui todo os dias umas 5
horas ensaia-los, ai sábado dou mais uma geral com eles e até domingo vão estar prontos.
Juliana: Jura que vc topa?
Any: Uhum, sem problema algum.
Juliana: Ai muito obrigada!
Any: Não me agradeça ainda só se a gente conseguir trazer esse prêmio pra cá.
Juliana sorriu e Any sorriu de volta.
Mais tarde já na hora de ir embora Any se despedia de Sara quando Mariana chegou sorrindo:
- É muito bom ver a cara de felicidade de vcs principalmente a sua.
Poncho: Graças à vc, obrigado de verdade.
Mariana: Não precisa agradecer.
Any: Precisa sim! - chegando sorrindo. - Deixa de se fazer de modesta.
Mariana: Mas não fiz nada, só fiz com que enxergassem o que estava na cara de vcs.
Any: Por isso que a gente agradece.
Mariana: Vcs sabem que vão me agradecer muito se cuidarem um do outro.
Poncho: Isso a gente vai fazer não se preocupe. - abraçando Any de frente pra ele.
Dul: Mah vamos nessa?
Mariana: Bom to indo, boa noite.
Any: Boa noite. - sorrindo.
Poncho: Tchau. - acenando pra Mah e pros outros.
Any: Bebê. - falou manhosa o encarando.
Poncho: Oi meu amor. - a encarando com ternura sorrindo.
Any: To com frio! - fazendo bico beijando o queixo dele.
Poncho: Deixa que eu esquento vc. - a abraçando com força lhe dando um beijo caloroso.
Lívia: Tato vamos? - e os dois se soltaram. - Any vai pra casa também?
Any: Vou lá buscar meu celular e depois vou pra casa.
Lívia: Mas brinca comigo um pouco?
Any: Brinco sim! - sorrindo.
Lívia: Então vamos. - saindo na frente.
Poncho: E comigo vc vai brinca também? - sussurrou a abraçando por trás.
Any: Poncho! - sorrindo envergonhada.
Quando chegaram na casa de Poncho e Lívia a mesma roubou a atenção de Any pedindo que a
mesma brincasse de boneca com ela enquanto Poncho cozinhava. Quando terminou Poncho subiu
até o quarto de Lívia encontrando as duas gargalhando divertidas, bateu na porta e disse:
- E ai alguém ta com fome? Tem nhoque esperando alguém lá em baixo.
Lívia: Nhoque! Eba! - se levantando correndo.
Any começou a ajeitar as bonecas e Poncho disse segurando sua mão:
- Deixa ai meu amor, daqui a pouco ela vai querer brincar mais acredite.
Any: Ah ta bom então. - sorrindo.
Poncho: Obrigado!
Any: Pelo que? - estranhando.
Poncho: Por brincar e cuidar da minha irmã com toda essa paciência e esse carinho.
Any: Acha eu adoro brincar com a Lívia.
Poncho: Eu sei e agradeço porque minha irmã se sente sozinha aqui, não é sempre que da pra
mim brincar de boneca com ela e meus pais vivem viajando e não dão atenção pra ela.
Any: Entendo gatinho, mas e vc... Não quer um pouquinho de atenção não. - enlaçando seu
pescoço.
Poncho: Cuidado que eu te prendo nesse quarto e te deixo sem jantar hein.
Any: Então vamos comer primeiro ok? - o soltando sorrindo.
Poncho: Ok e assim que a minha irmã sossegar vc é só minha. - sorrindo e lhe beijou.
Any: Uhum! - sorrindo de volta.
Desceram pra jantar e em seguida por idéia de Lívia começaram a brigar de guerra de travesseiro
correndo por toda a casa a garota gritava:
- Vcs não me pegam.
Any: Ah agora vc me paga! - se levantando descalça.
Mas quando foi andar Poncho a puxou calando-a com um beijo ardente.
Any: Hum... Poncho eu...
Mas ele a calou com outro beijo cheio de desejo deslizando a mão pra dentro da blusa acariciando
seus seios, Any suspirou entre o beijo acariciando a nuca dele o arrepiando. Foi então que algo os
atingiu e ouviram as risadas de Lívia. Poncho soltou Any dizendo:
- Vamos pegar ela princesa.
Lívia gritou e saiu correndo gargalhando. Quando se cansaram Any foi ajudar Lívia a tomar banho
enquanto Poncho arrumava a cozinha. Any acabou tomando banho com Lívia e sem ter outra
roupa pra trocar se enrolou num roupão, Lívia estava penteando os cabelos de Any quando
Poncho entrou.
Poncho: Ué acabou dando e levando banho?
Lívia: Pois é.
Poncho: Ta tudo bem por ai.
Any: Uhum! - sorrindo e o encarando.
Poncho: Bom vou tomar um banho e Lívia chega de farra ta? É hora de ir pra cama.
Lívia: Ta bom!
Poncho deu um beijo em Any e Lívia e saiu pra tomar banho. Quando Lívia terminou de pentear
os cabelos de Any disse sorridente e orgulhosa:
- Vc ta linda, meu irmão vai babar em vc.
Any: Vamos dormir agora então mocinha? - sorrindo e se levantando do banquinho.
Lívia: Conta uma história pra mim?
Any: Conto sim! - sorrindo.
Lívia pegou um livro com histórias e subiu na cama engatinhando, deitou chamando Any que
sentou ao seu lado e começou a ler pra ela que sorriu com a cabeça deitada na barriga de Any.
Quando Poncho entrou no quarto viu que apenas o abajur estava aceso e parou vendo Any fechar
o livro e levantar da cama com cuidado pra não acordar Lívia. Ficou encantado vendo a
delicadeza com que Any cobriu a menina e por um momento se permitiu imaginar que era casado
com Any e Lívia era filha deles, acabou sorrindo sendo notado por Any que se aproximou de
vagar e disse:
- Ela acabou dormindo... Acho que vou nessa meu amor.
Poncho: Não senhora. - a puxando pra fora do quarto. - Eu te avisei que seria só minha depois
que minha irmã apagasse.
Any: Eu sei, mas dormir aqui pelo 3º dia seguido é demais.
Poncho: É nada, vem comigo.
Any: Poncho sua irmã.
Poncho: Ela não vai acordar vem.
Any foi arrastada por Poncho até o quarto dele. Quando trancou a porta Any disse se afastando:
- Bebê amanhã tem escola, semanas de provas, melhor eu ir embora.
Poncho: Ah ta pra cuidar da minha irmã vc pode ficar né? Ta bom. - sentando na cama de costas.
Any sorriu mordendo o lábio inferior vendo as costas nuas de Poncho, sem resistir subiu na cama
e engatinhou até onde ele estava. Começou a dar beijos e acariciar os cabelos olhados de Poncho
dizendo:
- Não fica bravo comigo não bebê.
Poncho: Então dorme aqui... Hum! - se virando.
Começou a dar beijos no pescoço dela mordiscando sua orelha que sorriu arrepiada de olhos
fechados. Acariciou os cabelos dele dizendo:
Any: Ai isso é sujeira vc sabe que eu não resisto a vc. - se deitando com ele em cima dela. - Ta
bravo comigo ainda meu amor? - fazendo bico acariciando o rosto dele.
Poncho desfez o laço do roupão e começando a massagear a intimidade dela perguntou:
- Isso responde sua pergunta?
Any: Ai... Responde! - arranhando as costas dele excita. - Mas me deixa... Começar primeiro.
Poncho contornou os lábios dela com a língua e a soltou parando de massagear a intimidade dela.
Any: Vai senta de novo. - amarrando o roupão.
Poncho obedeceu ficando de costas e Any se aproximou, começou a massagear os ombros dele
dando beijos e assoprando em sua nuca dizendo:
- Que gatinho mais tenso.
Poncho: Garanto que essa tensão não é muscular. - de olhos fechados.
Any: Hum... Interessante! - sorrindo.
Começou a dar beijos nas costas dele arranhando seu peito. Poncho segurou uma das mãos dela
dando um beijo caloroso e sussurrou:
- Te amo bebê. - levando a mão dela até a bermuda que usava.
Any: Também te amo príncipe. - mordiscando a orelha dele.
Afundou a mão dentro da bermuda ficando em contado com o membro dele que gemeu quando
ela começou a acariciá-lo fazendo-o gemer e apertar os lençóis da cama. Após massagear todas
as costas dele com beijos e arranhões de leve Any se levantou da cama e se ajoelhou com a ajuda
de uma almofada de frente pra Poncho, ele foi outra vez desfazer o laço do roupão quando ela
disse:
- Não faz nada!
Poncho: Só pra mim poder tocar vc.
Any o deixou tirar o roupão e começou a beijar o peitoral dele enquanto uma mão acariciava sua
coxa e a outra o membro afastando a bermuda. Poncho puxou Any beijando seu pescoço e
lambendo com ansiedade enquanto uma mão apertava os seios dela e a outra escorregou pra
intimidade dela a penetrando. Any gemeu fechando os olhos apertando o braço de Poncho
fazendo pressão pra que ele a penetrasse mais fundo enquanto mordia a orelha dele e dava
chupões em seu pescoço como ele fazia com ela. Aos poucos ele foi se inclinando pra frente sem
deixar de penetrá-la com dois dedos e a deitou no chão lambendo seus lábios, mordendo seu
queixo e fez um caminho com a língua até os seios dela onde sugou com uma fome que os levava
a loucura. Any tentava controlar os gemidos com medo de acordar Lívia, mas era quase
impossível sentia que algo dentro dela pegava fogo e somente Poncho seria capaz de acalmar.
Any: Me beija!
Mas Poncho fingiu não ouvi-la e desceu a língua até a intimidade lambendo com a ponta da
língua.
Any: Por favor, acaba com isso ou vou acordar sua irmã. - suplicou.
Poncho riu e Any se arrepiou sentindo a respiração dele em sua intimidade. Poncho então a
penetrou com a língua fundo enquanto acariciava sua barriga. Any mordeu o lábio tentando
abafar um pouco seu grito, sentindo que ia enlouquecer enquanto puxava os cabelos de Poncho.
O mesmo tirou finalmente sua cueca e subindo em cima de Any a penetrou com força o mais
fundo que conseguiu gemendo de prazer e vendo-a gemer. Rapidamente chegaram ao clímax
juntos Any deitou a cabeça na almofada e disse ofegante:
- Vc ainda... Vai me matar!
Poncho: É vc quem vai me enlouquecer com esse corpo perfeito... Vc me deixa maluco sabia?
Any: Sabia por que vc também me enlouquece.
Poncho: Espero que a Lívia não tenha acordado. - sorrindo.
Any: Por favor! - sorrindo brincando com os cabelos dele que lhe caiam no rosto. - Eu te amo.
Poncho: Também te amo, sou completamente apaixonado por vc querida.
Any o abraçou beijando seu ombro sentindo os olhos ficarem marejados. Poncho percebendo
disse:
- O que foi princesa?
Any: Nada não, me lembrei de uma coisa só isso, mas é besteira.
Poncho a beijou e Any perguntou:
- Quer ir comigo ao médico levar a Sara amanhã?
Poncho: Uhum!
Any: Ótimo. - sorrindo e se beijaram.
Poncho e Any acabaram dormindo juntos. Ela de barriga pra cima com uma mão ao lado do corpo
e a outra sobre os cabelos de Poncho que dormia com a cabeça sobre sua barriga e um braço em
volta da cintura dela. Ele acabou sendo o primeiro a acordar, acariciou a cintura de Any dando um
beijo na barriga dela passando a admirá-la em seguida. Any suspirou e se mexeu na cama
virando o rosto e inclinando o corpo pra frente fazendo uma mexa cair em seu rosto, mas não
acordou. Poncho sorriu apaixonado, aproximou a mão do rosto dela colocando a mexa que caíra
atrás da orelha, começou a distribuir beijos pela barriga dela. Ela resmungou sorrindo e ele disse
subindo os beijos:
- Acorda minha linda! - beijando entre os seios cobertos pela camisa dele.
Any: Cinco... Minutos. - resmungou acariciando os cabelos dele que beijava seu pescoço e ombro.
Poncho: Bom dia minha gatinha preguiçosa. - dando um selinho nela que abriu os olhos.
Any: Acho que quem morreu hoje foi eu... Bom dia meu anjo!
Poncho: Vamo levantar? - a encarando sorrindo.
Any: Ah jura? Ta tão bom aqui! - contornando o rosto dele com as costas da mão direita.
Poncho: Uhum ontem vc me fez levantar e hoje eu vou fazer vc levanta porque temos aula e
prova.
Any: Me esqueci desse detalhe. - sorrindo passando a ponta do dedo em torno dos lábios dele.
Poncho: Então levanta meu amor se não vou aceitar suas provocações. - dando um beijo nela.
Quando ele saiu da cama Any se sentou perguntando:
- Lívia já acordou?
Poncho: Ainda não.
Any: Gatinho acho que eu já vou, pelo menos passo em casa e troco de roupa.
Poncho: Toma café comigo. - fazendo bico.
Any: Ah ta e vou pra escola vestida assim? - se apontando.
Poncho: E vc acha que eu vou deixar vc ir pra lá assim? - a encarando sério. - Por isso que eu
arrumei isso aqui. - sorrindo.
Any: Onde arrumou essas roupas?
Poncho: Uma prima veio dormir em casa e acabou deixando aqui! Pelo que lembro vcs duas tem o
mesmo tamanho acho que vai te servir.
Any pegou a calça jeans, a blusa de manga comprida branca e depois de examiná-las bem disse:
- Uma prima é?
Poncho: É uma prima! - trocando de roupa na frente dela.
Any: Hum e... Rolou alguma coisa entre vcs dois?
Poncho: Ah vc sabe como são essas coisas de primo ainda mais quando os dois tem a mesma
idade, são bonitos e os nervos estão à flor da pele. - disse de costas pra provocá-la contendo o
riso.
Any: Sei bem como é. - mal humorada. - E vc é um mentiroso. - jogando as roupas nele.
Poncho: Por que bebê?
Any: Por que bebê? - o imitando fazendo uma careta se levantando da cama. - Porque vc me falou
que só eu tinha deitado aqui, mas com certeza a sua priminha também deitou.
Poncho: Meu amor... - sorrindo pegando na mão dela.
Any: Me deixa! - se soltando com raiva. - Eu vou pra minha casa. - e bateu a porta do banheiro.
Lívia apareceu esfregando os olhos e perguntou:
- Vc e a Any brigaram?
Poncho: Não meu anjo, vai descendo e tomando seu café que daqui a pouco a gente vai.
Lívia: Ta. - e saiu.
Em minutos Any saiu do quarto já trocada com suas roupas mesmo e séria. Quando estava saindo
Poncho a puxou pra dentro do quarto dizendo:
- Vem cá que eu quero falar com vc.
Any: Poncho eu tenho que ir embora.
Poncho: Meu amor vc ficou brava com o que eu falei?
Any: Não imagina, quando vc for em casa eu te conto sobre os primos bonitos e gostosos que já
aparecerão por lá também ai a gente fica kit. - enciumada e irritada.
Poncho: Minha linda eu tava brincando com vc essas roupas são de uma prima sim, mas não
aconteceu nada entre a gente.
Any: Mentira. - cruzando os braços.
Poncho: É verdade, ela tava aqui só passando as férias e não tinha nada demais, nada de
chamativo ao contrário de vc que já mexia comigo.
Any: Se tiver mentindo eu te mato.
Poncho: Não to mentindo meu amor, verdade. - sorrindo.
Any: Então porque falou aquilo?
Poncho: Pra te provocar porque adorei ver sua carinha enciumada quando eu disse que as roupas
eram da minha prima.
Any: Ai eu te odeio Poncho, te odeio. - batendo nele brava.
Poncho: Não foi “eu te odeio” que escutei vc sussurrar ontem à noite. - segurando as mãos dela.
Any: Me solta, a gente tem que ir embora.
Mas quando foi sair do quarto Poncho a puxou arrancando-a do chão e calou os protestos dela
beijando-a com sofreguidão e paixão sugando os lábios dela percorrendo toda a boca dela com
sua língua. Any não resistiu e retribuiu a altura enquanto acariciava os cabelos dele. Separaram-
se com dois selinhos e Poncho disse mordendo o lábio inferior dela:
- Te amo minha ciumenta.
Any: Também te amo seu mentiroso. - sorrindo.
Poncho a beijou de novo e desceram pra tomar café.
Quando chegaram na escola se separaram e cada um foi pra sua sala. As duas primeiras aulas
foram de provas pra todos nas diversas matérias. Quando acabaram as provas se encontraram
todos na cantina e Mai disse:
- Gente minha prova de Geografia tava de dar medo.
Dul: E a minha de Matemática, acho que nunca vi tanto número junto.
Chris: A nossa de matemática é amanhã né Ucker?
Ucker: Uhum hoje foi de Física.
Mariana: A minha é só quinta espero conseguir entender umas coisas até lá.
Mai: A gente vai estudar hoje de novo vamos com a gente.
Chris: É vai ser na minha casa como sempre.
Mariana: Será que tem problema se eu for?
Dul: Nenhum imagino que Anahí tenha te pedido desculpas sábado né?
Mariana: Uhum! Vcs deviam perdoá-la.
Ninguém falou nada, mas pela cara ficou claro que não gostaram do comentário.
Poncho: Bom dia gente! - chegando de mãos dadas com Any.
O pessoal ficou sério e Mai respondeu meio de mau humor:
- Bom dia! Como foram as provas?
Poncho: Bem o problema vai ser na quinta né Mah?
Mariana: Pois é, espero que não ligue de me ajudar até lá.
Poncho: Sem problemas. - sorrindo e encarou Any que sorriu de volta.
Ucker: Por falar em estudar a gente vai estudar hoje na casa do Chris, vc ta convidado.
O “vc ta convidado” deixou claro que Any estava fora do grupo de estudos que montariam na
própria casa, ela abaixou a cabeça tentando esconder o constrangimento se esforçando pra não
sair dali correndo. Poncho percebeu o que se passava com ela, então a abraçou por trás e disse
se aproximando da mesa arrastando ela com ele:
- Vou adorar estudar na casa da minha gatinha vai dar pra namorar bastante né? - beijou seu
rosto.
Any: Uhum! - respondeu forçando um sorriso sem graça.
Mariana sorriu pra ela demonstrando apoio e disse tentando quebrar o clima:
- Alguém mais além de nós dois né Poncho vai fazer prova agora?
Chris: Eu.
Dul: E eu.
O sinal então tocou e Mariana disse se levantando:
- Bom gente boa sorte pros que ainda tem prova hoje.
Chris: Valeu.
Any: Vamos precisar né Dul? Vc foi bem na sua prova de matemática?
Dul: Acho que sim e vc? - fria.
Any: Também. - sorrindo.
Dul: Bom pra vc. - respondeu seca e Any abaixou a cabeça.
Poncho: Vou encarar a prova de Português agora, mas na saída à gente se vê ta? - a virando.
Any: Uhum! - respondeu sorrindo triste.
Poncho: Não fica assim meu anjo. - acariciando o rosto dela. - Vai me da um sorriso. - a soltando.
Any sorriu triste, Poncho cruzou os braços sério e disse franzindo o cenho:
- Que sorriso desanimado.
Any sorriu e Poncho disse sorrindo de volta:
- Melhorou, ainda não é o que eu quero, mas melhorou. - a abraçando e lhe deu um beijo.
Any: Obrigada por me amar e ser assim comigo Poncho.
Poncho: Eu quem agradeço por vc ser especial assim e me fazer tão feliz... Te amo! - sorrindo.
Any: Eu também te amo muito.
Poncho acariciou os cabelos de Any lhe dando um beijo e disse quando a soltou:
- Até mais tarde!
Any: Até!
Poncho: Vou ficar com saudades.
Any: Eu também. - acariciando o rosto dele.
Trocaram mais um beijo e cada um foi pra sua sala.
Na hora da saída Léo encontrou Any e disse:
- E ai Any como foi seu primeiro dia de prova?
Any: Bom! - respondeu com um sorriso. - E o seu?
Léo: Também, pior que ainda não acabou né?
Any: Pois o bom é que depois dessa... Férias!
Léo: Ta esperando alguém?
Any: Uhum o...
Léo: Olha na sexta feira agora eu vou sair com um pessoal pra uma raive, quer vir comigo?
Any: Raive?
Léo: Isso vai começar sexta umas 11 horas e acaba domingo umas 6 horas com muita música,
muita bebida e muita diversão do jeito que vc adora.
Any: Desculpa, mas eu não vou poder ir tenho compromisso sábado de manhã.
Léo: Ué vai e fica até a hora do seu compromisso.
Any: Acontece que não vai ser uma boa idéia chegar ao lugar que eu vou sábado bêbada e com
sono.
Léo: Então não vai ao seu compromisso, vamos comigo pra raive, lá vc relaxa, se diverte como
antes... Podemos até relembrar algumas coisas o que acha? - se aproximando dela.
Any: Não obrigada! - se afastando.
Léo: Ah não é possível isso, cadê aquela Any que adorava raive e diversão?
Any: Eu ainda gosto, mas esse final de semana não vai dar.
Léo: E um flash back entre a gente não rola? - voltando a se aproximar.
Any: Não Léo sem chances. - sorrindo sem jeito desejando que Poncho demorasse mais um
pouco.
Léo: Por que se vc sempre gostou de ficar comigo?
Any: Isso antes Léo agora eu to namorando e to apaixonada de verdade.
Léo: Isso é sério? - sem acreditar.
Any: É sim.
Léo: E quem vc ta namorando?
Poncho: Any ta namorando comigo algum problema? - sério.
Any percebeu que ele estava com ciúmes e numa tentativa de acalmá-lo disse depois de lhe
beijar:
- Como foi de prova meu amor?
Poncho: Bem. - respondeu sério sem tirar os olhos de Léo.
Léo: Então vcs dois estão namorando?
Poncho: Uhum! - respondeu seco e Any desejou não ser Léo imaginando o que se passava na
cabeça do namorado. - E vc pelo jeito ficou muito surpreso né? Na certa não sabia de nada já que
estava convidando minha namorada a ficar com vc.
Léo: Me desculpa Poncho eu não sabia e me surpreendi de verdade quando ela disse que tava
namorando e fiquei mais surpreso quando vi que era com vc.
Any não sabia se ria da cara de Léo que estava totalmente sem graça ou se temia pela cara de
Poncho que estava séria e nem um pouco amistosa quando ele respondeu:
- É eu percebi isso, mas agora que já esta tudo esclarecido tenha uma boa tarde.
Any e Léo perceberam na hora que ele estava sendo dispensado com o mínimo de delicadeza
possível e ele disse sorrindo sem graça:
- Tenha uma boa tarde vcs dois também e... Felicidades!
Any: Obrigada. - respondeu pasma e em seguida começou a rir.
Poncho: Qual a piada Any? - a encarando sério.
Ela parou de rir na hora e perguntou:
- Bebê o que foi?
Poncho: Só quero que saiba que eu não achei nenhum pouco engraçado ele ter dado em cima de
vc.
Any: Vc ta com ciúmes? - sorrindo ternamente acariciando seu rosto.
Poncho: Claro me diz uma pessoa que não ficaria? - chateado.
Any: Ah, mas não precisava gatinho, vc acha que eu vou te trocar pela galinha do Léo?
Poncho: Não sei há um tempo atrás vc me dispensava pra ficar com ele.
Any: Ta isso é verdade, mas só acontecia porque eu era uma maluca irresponsável e não era
apaixonada por vc... Ou acha que eu faria isso agora?
Poncho: Não eu espero que não.
Any: Então será que vc pode desmanchar essa cara e me dar um beijo decente coisa que vc não
fez ainda? - sorrindo como uma boa menina o admirando.
Poncho sorriu vencido pelo jeito de Any, a abraçando tirando-a do chão lhe deu um beijo cheio de
saudade, paixão e possessivo como se quisesse mostrar a todos que ela era só dele.
Poncho: Desculpe-me ta? Pode não parecer, mas eu confio em vc. - acariciando seus cabelos.
Any: Eu acredito meu amor e não precisa pedir desculpas ok? - lhe dando um selinho.
Poncho a abraçou beijando seus cabelos, como era bom ter ela perto dele e só pra ele depois de
tudo o que aconteceu. Estava tão feliz por saber que ela o amava tanto quanto ele que o ciúmes
de Léo desaparecera na hora. A única coisa que ele desejava era ficar com ela pro resto da vida.
Any sorria de olhos fechados sentindo o perfume dele e lembrando das duas últimas noites que
passaram juntos sentindo o corpo se arrepiar ao lembrar de como Poncho a tocava e beijava
quando estavam sozinhos, estava tão feliz ao lado dele que nem as más criações do irmão e seus
amigos a incomodava, a única coisa que lhe dava medo e perturbava sua felicidade era não saber
o que lhe aconteceria quando chegasse a meia-noite do dia 24 dando inicio ao dia 25 de
dezembro. Quando Poncho a soltou ela teve que disfarçar a preocupação perguntando:
- Quer pegar a Lívia e levar ela com a gente ao médico de novo hoje?
Poncho: Boa idéia. - sorrindo.
Depois de pegarem Lívia na escola, foram pro orfanato e buscaram Sara. Quando saíram do
hospital Sara estava diferente, andava atenta olhando todos os lugares e quando se assustava
com algum barulho corria pro colo de Any ou de Poncho, mas rapidamente voltava pro chão
admirando atenta o novo mundo que se abria pra ela. Any sorriu feliz abraçando Poncho que
disse sorrindo pra ela:
- Parabéns meu anjo.
Any: Tomara que com a cirurgia ela se cure porque ter que ficar trocando de aparelho todo o ano
vai ser foda.
Poncho: O aparelho é só pro ouvidinho dela se acostumar com os sons, depois da cirurgia se tudo
dar certo ela não vai mais precisar do aparelho e se precisar vai ser um permanente.
Any: Tomara que tudo dê certo.
Poncho: Pra quando ele marcou a cirurgia?
Any: Pro dia 7 de dezembro.
Pararam de conversar quando Sara os chamou com a ajuda de Lívia.
À noite o pessoal estava estudando Química matéria que todos ainda fariam prova.
Chris: Ucker tem certeza que vai cair isso na primeira prova?
Ucker: Tenho a professora falou.
Mai: Então vamos ver isso aqui, mas sério achei um saco terem três semanas de prova.
Dul: Vão ser três porque serão duas provas de cada matéria e pra ajudar quinta e sexta agora
não tem aula, pelo menos à gente da uma descansada né?
Mariana: Uhum! - sorrindo. - Poncho se acalma daqui a pouco a Any chega. - cochichou sorrindo
pra ele vendo que ele não parava de olhar o relógio.
Poncho: Acho melhor eu descer, ela não vai subir aqui.
Mariana: Vc que sabe. - dando de ombros sorrindo.
Chris: Gente vou buscar alguma coisa pra comermos ok?
Poncho: Eu desço com vc pra te ajudar a trazer as coisas.
Mai: E a Anahí né? - cochichou pra que só amigos ouvissem.
Lá em baixo Any chegou exausta jogou as chaves na mesinha de vidro ao lado da porta e a bolsa
no sofá se jogando no mesmo em seguida. Carol apareceu saindo da cozinha dizendo:
- Oi querida como foi no orfanato?
Any: Bem! - sorrindo cansada. - Tenho certeza que eles vão aprender tudo certinho até domingo.
Carol: Que bom Poncho me disse que colocaram o aparelho na Sara hoje como ela esta?
Any: Resumindo: atrás de tudo o que faz barulho. - sorrindo.
Carol: E já esta falando?
Any: Ainda não, mas as seções de quarta com a fonoaudióloga vão ajudá-la tenho certeza.
Carol: Que bom. - sorrindo.
Any: Espera ai vc disse que o Poncho te falou do aparelho? Ele ta aqui? - sorrindo.
Carol: Sim lá em cima com os outros.
Any: Ah ta. - desanimando.
Carol: O que foi?
Any: Nada mãe.
Chris então desceu e disse ignorando a presença da irmã:
- Mãe vou pegar um lanche pra gente.
Carol: Ok eu vou lá te ajudar. - e saiu.
Any fechou os olhos afundando no sofá. Poncho desceu as escadas e quando viu Any se
aproximou sem ser notado. Inclinou-se na direção de Any e começou a dar beijos no pescoço dela
que sorriu arrepiada. Acariciou os cabelos dele dizendo:
- Ai que saudade desses mimos!
Poncho se afastou pra encará-la e perguntou sorrindo:
- Como foi lá?
Any: Cansativo, mas muito compensador. - brincando com os cabelos dele que lhe caiam na testa.
Poncho sentou ao seu lado e Any deitou a cabeça no ombro dele. Poncho a abraçou perguntando:
- Estão conseguindo pegar a coreografia?
Any: Uhum! - resmungou se aconchegando. - Até domingo eles vão estar prontos tenho certeza.
Poncho: E vc professora muito cansada?
Any: Um pouquinho. - mostrando a mão quase juntando o dedão com o dedo indicador.
Poncho: Ta cansada mesmo porque nem me deu um beijo ainda. - se fingindo de magoado.
Any se levantou depressa e disse dando selinhos nele:
- Ah bebê! (selinho) Me desculpa, (selinho) me desculpa, (selinho) me desculpa (selinho) hum?
(selinho) Não foi por mal (selinho) desculpa a Any? - o encarando triste.
Poncho sorriu negando com a cabeça e segurando o rosto de Any entre as mãos disse:
- Claro que eu te desculpo minha princesa.
Em seguida lhe deu um beijo exigente e apaixonado deitando-a no sofá lhe fazendo cócegas, Any
começou a rir se separando do beijo pedindo enquanto se contorcia:
- Ai não bebê para, por favor, para! - gargalhando.
Poncho: Então diz que vc me ama.
Any: Eu te amo! - sorrindo. - Quero passar o resto da minha vida com vc, mas, por favor, não faz
mais cócegas meu amor.
Poncho parou e disse a encarando apaixonado:
- Eu gosto de ouvir vc rir meu anjo.
Any: Também gosto de te ouvir rir. - o abraçando enchendo-o de beijos no rosto.
Chris então saiu da cozinha com uma bandeja e perguntou seco:
- Vamos voltar pra lá Poncho?
Poncho encarou Any que o tinha soltado quando o irmão entrou e ela disse:
- Vai lá!
Poncho: Vem comigo. - segurando a mão dela.
Any: Eu vou tomar um banho e qualquer coisa eu... Faço uma visita ao quarto do meu irmão. - e
encarou Chris que estava de cara séria segurando a bandeja.
Poncho: Ta bem. - se levantando junto com ela.
Any sorriu, deu um beijo em Poncho e subiu. O mesmo encarou Chris dizendo:
- Não fala nada, por favor.
Chris: Já desisti de falar. - e subiu.
Quando abriram à porta, Poncho sentou ao lado da Mariana que cochichou:
- Ela chegou?
Poncho: Uhum foi tomar um banho.
Dul: Poncho explica esse negócio de Química pra mim de novo.
Poncho se aproximou e pegando o livro disse:
- Esse lance de pH é muito fácil, olha é o seguinte...
Um tempo depois Any saiu do banheiro e se assustou quando Caspian apareceu do nada dizendo:
- Tava com saudade desses pulos.
Any: É to percebendo, mas o que aconteceu pra sumir por dois dias?
Caspian: É que recebi uma nova missão.
Any: Que missão?
Caspian: Vir pra Terra como humano.
Any: Vai perder seus poderes?
Caspian: Não, mas minha asa vai ficar escondida.
Any: Entendi, mas vão poder te ver?
Caspian: Sim, mas ainda posso desaparecer e aparecer quando der vontade.
Any: E me matar de susto né?
Caspian: Já disse que tem que se acostumar.
Any: Sim eu sei, agora posso me trocar? Ainda to de toalha e isso não é traje humano entende?
Caspian: Eu sei, mas preciso saber como andam as coisas, se conseguiu o perdão de alguém.
Any: E vc não sabe oh grande anjo conselheiro Caspian! - fazendo uma reverência contendo o
riso.
Caspian: Não sei e pelo seu bom humor mais elevado que o habitual suponho que tenha
novidades.
Any: Sim. - voltando à posição normal suspirando. - Eu e Poncho estamos namorando.
Caspian: Olha só que excelente noticia. - sorrindo. - Mas eu já sabia e vi tudo o que fizeram nas
duas noites que passaram juntos.
Any: Sabe? - séria sentindo que corava da cabeça aos pés.
Caspian: Sim e não imaginava toda aquela agilidade vindo do Poncho vc deve ter ficado maluca.
Any: Caspian?! - surpresa.
Caspian: Sem contar vc né dona Anahí? - rindo.
Any: Da pra parar vc esta invadindo a minha privacidade. - tentando conter a vergonha.
Caspian: Desculpe, mas acho que como vc esta sendo vigiada por mim e pelos céus, não da pra
exigir privacidade Any tststststs! - fazendo que não com o dedo.
Any: Achei que a gente estivesse sempre sendo vigiado por vcs.
Caspian: Vc esta sendo vigiada devido essa missão, os demais humanos são OBSERVADOS!
Any o encarou brava e Caspian disse:
- Mas não precisa se irritar pelo que falei de vc e do Poncho, acha que me interessaria por esse
tipo de coisa? Pensei que soubesse que sou desprovido de sentimentos humanos.
Any: É vc só possui afeto e amor, mas consegue ser bem irritante também quando quer.
Caspian: Aprendi com vc. - sorrindo.
Any: Seu palhaço não tem graça. - tacando um ursinho de pelúcia nele.
Caspian desvio e ficando sério perguntou:
- Mas vc esta bem?
Any: Uhum to tão feliz Caspian amo tanto o Poncho que às vezes até me surpreendo comparado
ao que eu era antes. - sorrindo sem jeito.
Caspian: E esta tudo bem entre vcs com relação aos outros?
Any: Bom eles odiaram quando viram a gente e sei que pensam e até falam às vezes eu só quero
brincar com o Poncho, mas juro que não é verdade que...
Caspian: Any não precisa me dar explicação, sei que vc esta mudada e que o ama de verdade.
Any: Mas a reação dos outros não me preocupa ao contrário de uma outra coisa. - disse e sua
feição aderiu uma mistura de tristeza, medo e preocupação.
Caspian ficou sério e pensativo quando disse:
- Imagino qual seja sua preocupação a considero completamente normal me preocuparia se não
se importasse com ela.
Any: Vc pode me responder uma pergunta relativa a esse problema?
Caspian: Sim, mas imagino que vc sabe a resposta.
Any: Bom agora que vc sabe com o que estou preocupada, pode me responder o que vai
acontecer comigo e com o Poncho se meu prazo terminar e eu não ter conseguido o perdão de
todos?
Caspian: A resposta vc sabe Any no fundo vc sabe... Se seu prazo acabar e alguém não tiver te
perdoado, vcs vão se separar sabe disso. - vendo os olhos dela ficarem marejados. - Mas não se
desespere vc tem tempo e grandes chances de conseguir.
Any: Não sei Caspian eles parecem tão irredutíveis, queria ir de um em um, mas não sei por onde
começar vai ser difícil conquistar a confiança de qualquer um deles.
Caspian: Não posso falar, mas surpresas te aguardam Any é só ter paciência.
Any: Eu não quero me separar do Poncho, Caspian não quero. - começando a chorar.
Nisso ouviram batidas na porta Caspian desapareceu e Any enxugando o rosto perguntou:
- Quem é?
Carol: Sou eu filha, vim te trazer um lanche.
Any abriu a porta se enrolando em um roupão dizendo:
- Obrigada mãe, mas não precisava.
Carol: Que isso vc não deve ter comido nada o dia inteiro levando o Sara pro médico e depois indo
ao orfanato, já jantamos, mas pelo menos essa vitamina e alguma dessas frutas vai ter que
comer.
Any: Esta bem! - pegando o copo de batida e tomando rapidamente. - Pronto! - colocando o copo
vazio na bandeja segundos depois. - Ta bom assim? - pegando a maça e deu uma mordida
sorrindo.
Carol sorriu negando com a cabeça e saiu, quando Any foi fechar a porta ouviu um assovio e
sorriu vendo Poncho saindo do quarto do irmão. Ele foi à direção dela, a abraçou e lhe beijou.
Poncho: Por que não foi lá ainda?
Any: Eu não vou Poncho! - sorrindo triste e entrou no quarto.
Poncho: Ah por que não bebê? - a abraçando por trás.
Any: Vc sabe que ninguém lá vai com a minha cara melhor ficar por aqui mesmo. - virando de
frente.
Poncho: Certeza? A senhorita ta tendo prova também não é melhor ir lá estudar com a gente?
Any: Ah não vou ficar por aqui, mas pode ir se quiser.
Poncho: Ta me dispensando? - com cara de incrédulo e magoado.
Any: Claro que não!
Poncho: Então vem, vamos lá. - a puxando.
Quando entraram no quarto o pessoal estava rindo enquanto comiam, mas ao verem os dois
ficaram sérios e Mariana perguntou sorrindo:
- Tudo bem com vc Any?
Any: Tudo!
Mariana: Sentem aqui vcs dois.
Poncho sorriu e sentou ao lado de Any que sentou ao lado de Mariana. Os outros acharam melhor
ignorar a presença da mesma lá. Terminaram de comer e continuaram estudando.
No outro dia a manhã passou rápida para todos que tiveram mais duas provas. No intervalo Any
procurava Poncho quando encontrou Léo que perguntou:
- Tudo bem Any?
Any: Uhum! - olhando pros lados.
Léo: Ta procurando seu namorado né?
Any: Uhum vc o viu?
Léo: Bom minha 3ª aula foi prova e sai uns 15 minutos antes do intervalo, foi então que vi seu
namorado indo embora.
Any: Como assim indo embora? Ele ainda tem uma prova hoje pra fazer.
Léo: Não sei, só sei que vi ele passando de mochila e foi embora.
Any: Será que aconteceu alguma coisa?
Léo: Não sei!
O Sinal tocou e Léo disse:
- Preciso ir, tchau Any!
Any: Tchau!
Quando ele se afastou Any tentou ligar no celular de Poncho, mas o mesmo estava fora de área.
Sem escolha ela voltou pra sala pra fazer sua última prova preocupada pensando que podia ter
acontecido algo com os pais dele que estavam pra chegar de viajem ou pior, com Lívia.
Na hora que o sinal tocou Mariana guardou suas coisas na mochila com pressa e saiu correndo
levando consigo um envelope. Any chegou correndo na entrada da escola, quase derrubando seu
fichário e livro de Matemática, começou a olhar procurando por Chris e os amigos ou então por
Mariana, foi então que viu Mah se aproximando correndo e disse:
- Ai que bom que te achei!
Mariana: Ainda bem digo eu toma! - entregando o envelope. - Poncho me pediu pra te entregar!
Any: O Poncho o que aconteceu? Me disseram que ele foi embora na 3ª aula.
Mariana: Ele teve que viajar com os pais.
Any: Viajar, mas por quê? - sem entender encarando o envelope.
Mariana: Não entendi, ele falou alguma coisa de negócios, nem ficou nas aulas hoje veio só fazer
as duas provas e foi embora... Tentou te encontrar na entrada, mas não te achou e ai pediu pra
mim te entregar isso e pedir desculpas por não ter se despedido.
Any: Ah sabia que ia perder alguma coisa pra chegar atrasada! - olhando triste o envelope. - Tudo
bem, ele falou quando volta?
Mariana: Não, mas disse que ta tudo explicado ai.
Any: Ok... Brigada Mah!
Mariana: De nada, agora eu to indo sabe se os outros já foram?
Any: Acho que já sim!
Mariana: Ah então ta bom eu vou pra casa! Tchauzinho Any!
Any: Tchau e valeu por ter entregado.
Mariana: Magina que eu não ia entregar! - sorrindo e saiu.
Any então saiu da escola e foi até a praça que ficava próximo dali. Sentou num dos bancos e
colocou o fichário e o livro ao seu lado e abriu o envelope reconhecendo a letra do namorando
sorrindo.
Any...
Meus pais chegaram de viajem ontem de madrugada e hoje me avisaram que precisavam viajar pro Canadá
e Lívia e eu íamos com eles, não adiantou nada eu dizer que ia ter prova hoje e amanhã, eles vieram até a
diretoria e eu fiz as duas provas na direção e vou ter que fazer as duas de amanhã na segunda. Meu pai
falou que quer passar mais tempo com os filhos, mas como não dava pra esperar até quinta pra viajar
resolveram isso de última hora. Lívia ficou bastante contente e ta louca pra conhecer o Canadá e acho uma
boa idéia, pois ela vai curtir meus pais e eu também de certa forma além de ficar um pouco por dentro dos
negócios deles. O ruim da história como a Lívia mesmo disse é que vai faltar uma pessoa que ela e
principalmente eu vai sentir muita falta. Você! (Any sorriu)
Desculpa não ter me despedido de vc meu amor, mas não te achei na entrada da escola e pra piorar meus
pais estavam com pressa, mas vou sentir muito a sua falta. Falta dos seus olhos que eu amo, dos seus
lábios, dos seus beijos, do seu corpo, de tudo em vc ainda mais sabendo que eu só vou poder te ver e matar
as saudades domingo à noite quando eu voltar! (Any arregalou os olhos incrédula)
Mas prometo te ligar todos os dias e não vou te tirar do meu pensamento nem por um segundo, vc é a
melhor coisa que me aconteceu esse ano, meu presente de Natal adiantado e por mais longe que estejamos
vc sempre vai estar comigo, no meu coração. Vou morrer de saudades tenha certeza, mas prometo
recompensar quando voltar de viajem te enchendo de beijos e outras coisas também rs. (Any sorriu
constrangida)
Espero que me ligue também e não me esqueça, pois vc não sai da minha cabeça nem por um segundo!
Até a volta pequena e lembre-se que te amo mais a cada dia que passa.
Muitos beijos, Poncho.
Any beijou a folha e a abraçou de encontro ao peito suspirando. Acariciou a folha dizendo:
- Ai bebê ainda é terça vou ter que esperar até domingo à noite pra te encher de beijos? - com um
bico. - e releu a parte em que ele pedia pra ela não esquece-lo. - É claro que eu vou te ligar e tirar
vc da minha cabeça é a última coisa que eu quero ou poderia fazer. - sorrindo e beijou a folha de
novo.
Mais tarde Any foi pro orfanato ensaiar as crianças quando chegou os mesmo vieram em cima
dela empolgados alguns dançando e chamando a atenção dela.
Xx: Any eu consegui dançar olha. - disse uma menina mostrando uma parte da coreografia.
Xx: Eu também olha. - disse um menino fazendo os mesmos passos que as meninas.
De repente todas as crianças começaram a puxar o braço de Any chamando a sua atenção
querendo lhe mostrar os passos. Sentiu alguém colidir com a perna dela e olhando pra trás sorriu
dizendo:
- Oi Sara! - passando a mão pelos cabelos dela que abraçou suas pernas. - Gente calma, eu to
vendo que estão conseguindo e estou muito feliz. - falando com as crianças não percebendo em
meio ao tumulto que alguém puxava sua calça jeans e gemia. - Mas então vamos ensaiar de
novo?
“Sim” “Eu quero” “Tia me ensina esse passo” foram às frases vagas que se ouviam em meio à
baderna que as crianças faziam. De repente uma voz desconhecida se sobressaiu gritando:
- ANY!
Any olhou em volta e não reconhecendo a voz perguntou:
- Quem falou isso? Quem me chamou!
- Any! - disse Sara quando a mesma a olhou.
Any: Sara?! - se ajoelhando na frente dela de boca aberta. - Vc falou meu nome? - sorrindo.
Sara: Uhum Sara dança Any! - com as mãos na cintura rebolando.
“Olha a Sara ta falando” “A Sara falou” diziam as crianças ao mesmo tempo.
Any: Sara vc quer... Dançar é isso? - emocionada.
Sara: Uhum!
Any: Então vc vai dançar com a gente né pessoal? - falando com as crianças.
Sara então tirou a chupeta da boca, deu um beijo no rosto de Any e sorriu pela primeira vez
abandonando aquele ar sério e triste que sempre tivera. Any não agüentou e a abraçou feliz,
Juliana apareceu e perguntou:
- O que esta havendo?
Xx: Tia a Sara falou! - respondeu um menino.
Juliana: É sério? - surpresa.
Any: Uhum e ela vai dançar com a gente né Sara?
Sara: Aham vou dançar... Tia Any! - sorrindo.
Juliana: Ela ta falando e sorrindo Any.
Any: Não é incrível Ju?
Juliana: É sim e tenho que te agradecer por isso. - e a abraçou.
Any: Não precisa Ju só de ouvir essa linda falando e sorrindo eu já estou mais do que agradecida.
Juliana: E Alfonso? Ele não vem hoje.
Any: Ele viajou, vai chegar domingo à noite só.
Juliana: Poxa que chato, será que da tempo dele ver a apresentação das crianças?
Any: Não sei espero que sim.
Juliana: Tomara mesmo!
Any: Ah sexta-feira eu trago os figurinos com as roupas deles ok?
Juliana: Ta legal!
Any: Vamos ensaiar então? - sorrindo pras crianças que pularam eufóricas.
À noite muito longe dali Lívia entrou no quarto do irmão e o encontrou deitado na cama de olhos
fechados, pulou em cima da cama assustando Poncho que disse:
- Lívia o que ta fazendo aqui?
Lívia: Mamãe e papai não querem brincar comigo, estão cansados.
Poncho: Então quer dizer que eu vou ter que brincar com vc?
Lívia: Uhum, eu quero fazer alguma coisa tato. - pulando na cama dele.
Poncho: Lívia para vai dormir eu to cansado também.
Lívia: Vc é chato se a Any tivesse aqui ela ia brincar comigo, por que ela não veio?
Poncho: Porque não podia e saímos com muita pressa.
Lívia: Hum... Vc falou com ela hoje mano?
Poncho: Liguei mais cedo, mas ela não estava.
Lívia: Liga agora então. - e desceu da cama. - Toma! - entregando o telefone sem fio pra ele. - Ela
não sabe onde a gente ta, não quer que liga pra vc né?
Poncho sorriu pra irmã acariciando seus cabelos e discou o número do celular de Any.
Any estava deitada na cama olhando alguns cadernos quando o celular tocou, com preguiça
atendeu sem identificar o número o que não deu muita importância e perguntou:
- Quem é?
Xx: Any tudo bem? - sorrindo.
Any: Lívia? - sorrindo sentando na cama.
Lívia: Tudo bem com vc?
Any: Tudo! Como esta ai no Canadá? Curtindo muito a neve?
Lívia: Aham eu e o tato brincamos bastante hoje. - sorrindo.
Any: Ah ele ta ai?
Lívia: Ta aqui do meu lado. - sorrindo encarando o irmão que sorriu.
Any: Hum e tem muita moça bonita ai?
Lívia: Tem e elas não tiraram os olhos do Poncho vc devia ter vindo. - sorrindo e o irmão fez uma
careta. - Mas ele não ta dando trela não.
Any: Hum... Acho bom! Posso falar com ele um pouquinho? - fazendo uma careta sorrindo.
Lívia: Pode sim... Beijo Any!
Any: Beijo querida, boa noite.
Lívia: Boa noite pra vc também. - e passou o telefone pra Poncho.
Poncho: Vai pro seu quarto que ta na hora de dormir?
Lívia fez bico, mas obedeceu. Poncho sorriu e disse ao telefone:
- Boa noite meu amor.
Any: É nem agora é boa noite meu amor, foi prai e nem se despediu de mim né? - manhosa.
Poncho: Ah princesa não fala isso, vc não sabe a falta que ta me fazendo e como eu queria estar
ai.
Any: Sei bem a falta que to fazendo nesse lugar frio cheio de meninas pra te esquentar.
Poncho: Pode até ter um monte de mulher bonita aqui, mas a garota linda que amo e to morrendo
de saudades não ta então não adianta de nada e elas perdem a graça comparada a vc pequena.
Any: Verdade?
Poncho: Acha que eu mentiria pra vc?
Any: Não! - sorrindo derretida do outro lado da linha. - Queria tanto estar com vc agora.
Poncho: Eu também meu anjo, mas são só alguns dias vai passar logo.
Any: Ah é né? Vc vai ficar ai o feriado todo cheio de meninas e eu aqui sozinha.
Poncho: Ai meu amor vc é terrível! - Any riu. - Se vc soubesse o que eu queria estar fazendo
agora vc não falaria isso.
Any: Ah é o que vc queria estar fazendo? - provocou.
Poncho: Estar ai abraçado com vc, te beijando, te acariciando e...
Any: Ai para já entendi não precisa continuar. - manhosa e Poncho riu. - Vc só volta no domingo à
noite? Não tem chance de chegar um pouco antes?
Poncho: Não meu anjo, sinto muito. - triste.
Any: Então vou ter que esperar mais 05 dias pra te ver?
Poncho: Uhum, mas vai passar rápido ok? Prometo!
Any: Vou ficar te esperando. - disse com ternura.
Poncho: E eu prometo recompensar a espera ta?
Any: Uhum!
Poncho: Bom eu vou desligar que ta tarde e vc precisa descansar ok? Boa noite meu amor.
Any: Boa noite bebê! - suspirando.
Poncho: Beijos te amo princesa.
Any: Muitos beijos pra vc também... Te amo! Tchau.
Poncho: Tchau! - e desligou.
Any colocou o celular de volta na cabeceira da cama. Deitou sorrindo dormindo em seguida.
No outro dia o pessoal fez as provas na escola e no intervalo o pessoal se reuniu exceto Mariana
que havia se atrasado com a prova. Depois de pegarem o que iam comer Chris disse:
- Já ficaram sabendo que Poncho viajou né?
Mai: Uhum eu vi da minha sala ele saindo e no intervalo a Mah me contou.
Ucker: É a gente aqui fazendo prova e ele relaxadão lá no friozinho.
Dul: Talvez nem tão relaxadão assim né amor? Não esqueçam que a Anahí ta aqui.
Chris: Conhecendo ela vai aproveitar pra dar uma trégua nessa farsa.
Mai: Vc acha que ela vai aproveitar a ausência do Poncho pra voltar a ser a de antes.
Ucker: Ela nunca deixou de ser e não tem motivos pra fingir sendo que a pessoa que ela queria
enganar não ta aqui, desculpa falar isso Chris, mas sua irmã vai pintar e bordar sem o Poncho.
Dul: É, mas estão esquecendo da Mariana, ela contaria ao Poncho se a Any aprontasse.
Mai: É verdade.
Chris: Ah, mas aposto como ela não se segura nem com a Mariana aqui.
Ucker: Tive uma idéia.
Dul: Qual?
Ucker: Vamos aproveitar que vamos a uma boate hoje e chamamos a Anahí pra ir com a gente.
Mai: Pra que? - sem entender.
Ucker: Pra testar ela... Eu aposto 50 reais como ela vai beijar na boate hoje todos os caras que
darem em cima dela e a gente pode ajudar pedindo pra alguns amigos bem insistentes irem e
pegar pesado com ela... E olha que conheço uns caras que muita menina baba, vamos ver até
onde vai esse amor pelo Poncho!
Chris: Gostei disso, mas conhecendo a minha irmã aposto 100 que ela vai embora da boate com
algum deles pra... Vcs sabem! - e os outros sorriram.
Mai: Eu aposto 50 que ela vai deixar os caras pagarem bebida pra ela.
Dul ficou pensando o que podia apostar e arriscou:
- E eu aposto 70 como pelo menos na cara de um ela vai bater.
Ucker: Ah não contem a Mah o que a gente ta apostando ok? Ela pode contar pra Anahí.
Mai: Entendemos e ela não vai saber.
Dul: Shiu, shiu elas estão vindo ai.
Mariana: Bom dia pessoal.
Chris: Oi que bom ver vcs duas.
Any e Mah estranharam e a mesma perguntou:
- Por quê?
Ucker: Porque nós estamos combinando de ir pra uma boate hoje aproveitando que amanhã é
feriado sabe? Vcs querem ir com a gente?
Mariana: Estão chamando nós duas? - olhando Any que estava tão surpresa quanto ela.
Chris: Uhum, vc não disse que ta mudando Any, então vamos com a gente.
Mai: Aceita?
Any: Claro. - sorrindo empolgada.
O sinal então tocou e Dul se levantou dizendo:
- Ótimo boate Nerfititi hoje às 9 horas na entrada beleza?
Mariana: Beleza!
Quando já estava de noite Any parou de frente a Caspian:
- Estou bonita?
Caspian: Esta Any, mas se fosse vc não iria?
Any: Por que não? É a primeira vez que eles me convidam pra alguma coisa sem a interferência
do Poncho e da Mah, acho que eles estão finalmente percebendo que eu mudei. - feliz.
Caspian: Não acha estranho do nada todos te convidarem pra sair?
Any: Caspian vc sabe de alguma coisa?
Caspian: Mais ou menos, mas não posso afirmar nada só acho estranho.
Any: Olha eu falei com o Poncho quando cheguei e ele achou ótimo me aconselhou a ir.
Caspian: Any me escuta... Não vá!
Any: Caspian minha missão aqui é conquistar a confiança deles, preciso ir na boate pra consegui-
la.
Caspian: Vc terá outras oportunidades, fique aqui!
Any: Não eu vou e acabou afinal o que poderia ter de mal ir na boate com eles?
Caspian: Any...
Any: Boa noite! - sorrindo e fechou a porta.
Caspian: Será que não podia ter me ouvido só essa vez? Espero que ela resista às tentações da
carne, pelo menos por essa noite e que faça o... Com o Poncho! - lamentando e desapareceu
aflito.
Quando chegaram à boate Ucker e Dul vieram na frente, ele desceu do carro e disse se
encontrando com um grupo de garotos que o cumprimentou:
- Olha essa é a foto da loirinha que vai ta chegando daqui a pouco.
Mauricio: Nossa que pitel. - um dos garotos.
Otávio: É uma princesa. - o segundo garoto.
Ucker: Mas vai um de cada vez ok?
Paulo: Mas vc tem certeza de que ela vai ficar com todos?
Ucker: Tenho, ela vai fazer doce claro então vcs peguem um pouquinho pesado que ela amolece
beleza?
Rodrigo: Pode deixar com a gente.
Ucker: bom eu vou entrar e já sabe um de cada vez.
Mauricio: Mas a graninha extra pra quem conseguir levar ela pra cama vai rolar né?
Ucker: Pô Mauricio vc acha que eu vou faltar com a minha palavra?
Paulo: Ah eh Ucker assim que se fala! - batendo na mão dele.
Ucker: Bom ela deve ta chegando eu vou entrar.
Rodrigo: Beleza a gente se vê lá dentro.
Minutos depois Any chegou com Mai, Chris e Mariana. Quando desceu do carro um dos amigos de
Ucker se aproximou a abraçando. Any sorriu fazendo uma careta e perguntou:
- Oi coisa linda tudo bem?
Any: Desculpa, mas eu te conheço?
Xx: Meu nome é Mauricio se tiver afim a gente pode se conhecer lá dentro. - a abraçando.
Mariana viu e disse se metendo entre eles:
- Da licença, mas ela ta comigo! - puxando Any.
Mauricio: O que? Vcs duas são casadas? - insinuando que fossem lésbicas.
Mariana: Claro que não idiota só que a gente ta a fim de entrar.
Mauricio: Então a gente se vê lá dentro gatinha.
Mariana o encarou de cara feia e puxou Any que disse:
- Valeu de verdade vc me salvou!
Mariana: Por um minuto achei que vc não quisesse ser salva.
Any: Eu nunca vou trair o Poncho Mah.
Mariana: Que bom porque ele não merece Any.
Any: Eu sei disso, to com saudades dele. - triste.
Mariana: Eu imagino, mas curte a festa e aproveita que o pessoal te chamou.
Any: Uhum! - sorrindo.
Chris quando entrou fez um sinal pros meninos e Mai disse:
- Não vai dar certo se a Mah ficar em cima da Any.
Chris: É vamos ter que dar um jeito de tirar a Mah de perto da Any.
Mai: Mas como?
Chris: Já sei como. - sorrindo e teve uma idéia.
Lá dentro Ucker e Dul já estavam sentados quando Mariana disse:
- Nossa aqui ta lotado né?
Dul: Assim mesmo quando no dia seguinte é feriado o povo sai mais de casa.
Any: Eu vou tomar alguma coisa.
Mariana: Eu vou com vc afinal de vela eu não vou ficar. - sorrindo.
Ucker: Não Mah espera!
Mariana: O que foi? - voltando.
Dul: Vem comigo rapidinho.
Mariana: Aonde?
Mai: Ah dar uma volta.
Mariana: Vem com a gente Any?
Chris: Mana porque vc não busca alguma coisa pra gente beber?
Any estranhou, mas acabou respondendo:
- Ta legal eu vou, já volto. - e saiu.
Os outros se encararam trocando sorrisos sem Mah perceber e em seguida Dul e Mai arrastaram
Mah pro outro lado da boate.
Ucker: Quero ver o que ela vai fazer sem a Mah pra segurar ela.
Chris: É, mas a gente precisa ficar de olho.
Ucker: Vamos lá perto das bebidas olhar então. - e se levantaram.
Chris: O combinado que fiz com a Mai e ela vai passar pra Dul é deixar a Mah bem longe da Any.
Ucker: Se o Poncho soubesse...
Chris: É pro bem dele, vamos abrir os olhos dele quando voltar de viajem.
Quando Any foi pedir as bebidas não sabendo que estava sendo observada por Chris e Ucker
Otávio mais um dos meninos pagos por Ucker se aproximou e perguntou:
- Oi tudo bem?
Any: Aham! - sorrindo estranhando.
Otávio: É eu to meio perdido aqui será que pode me sugerir uma bebida?
Any: Não vai dar.
Otávio: Por quê?
Any: Ah eu não sei que tipo vc gosta.
Ucker: Acho que o Otávio vai se dar bem soube abordar da forma certa.
Chris: Ta com a câmera digital ai né?
Ucker: Uhum e preparada.
Otávio: Ah gosto de bebidas fortes qual vc pediu?
Any: Por enquanto só cerveja mesmo, mas a tequila daqui é boa.
Otávio: Vc curte tequila?
Any: Ah eu gosto.
Otávio: Quer que eu te pague uma? - sorrindo malicioso.
Any: Não obrigada! - se levantando.
Otávio: Por quê? Te ensinaram a não aceitar bebida de estranhos.
Any: Também, mas não é só por isso eu tenho namorado!
Otávio: Ah é e cadê ele? - olhando em volta.
Any: Ta na minha mesa me esperando, agora com licença. - e saiu depressa.
Otávio: Ah princesa eu gostei de vc e não vou desistir não. - indo atrás dela.
Quando Any chegou na mesa perguntou-se nervosa:
- Ah droga cadê o Ucker e o Chris?
Otávio: Ah te achei princesa.
Any: Será que da pra vc evaporar? Não percebeu que eu não quero nada?
Otávio: Ah é não quer nada porque namora né?
Any: Isso mesmo!
Otávio: Ah e pode me apresentar? Ou ele é invisível?
Any o encarou brava e quando foi sair atrás de Mah e das meninas ou de Ucker e Chris, Otávio se
pôs na frente dela e disse:
- Sabe que na minha cidade há um castigo pra quem mente né?
Any: Ah é quem castigo? - desinteressada.
Otávio: Esse aqui. - e a agarrou lhe dando um beijo.
Ucker e Chris sorriram vitoriosos e tiraram foto. Dul chegou dizendo:
- É amor já ganhou alguns pontos disse que ela ia beijar todos que descem em cima dela.
Ucker: Pois é, cadê Mai e a Mariana?
Dul: Lá atrás. - sorrindo.
Pararam de conversar quando Any empurrou Otávio dizendo enquanto limpava a boca:
- E sabe que aqui há um castigo pra quem beija os outros a força.
Otávio: Qual outro beijo?
Any: Isso! - e lhe deu um tapa na cara. - E como brinde por vc ta de cabeça quente isso aqui.
Derramou a cerveja na cabeça dele e saiu furiosa. Dul sorriu dizendo:
- Ponto pra mim, em pelo menos um ela já bateu.
Chris: Vamos continuar vendo pelo menos isso já temos. - mostrando uma foto do beijo.
Dul: Vcs vão mostrar pro Poncho?
Ucker: Quem sabe?
Mariana: Quem sabe o que? O que estão fazendo escondidos ai? Vamos pra mesa.
Dul: É vamos sim. - sorrindo disfarçando.
Mariana: Cadê a Any? As bebidas tão aqui. - vendo um copo cheio e outro vazio.
Mai: Devem ter ido procurar a gente daqui a pouco ela aparece.
Mariana: Acho que eu vou procurar ela.
Chris: Melhor a gente parar aqui ficar andando não da certo, só vamos nos desencontrar.
Mariana: É vc tem razão. - e se sentou.
Any lavou o rosto tentando fazer a fúria desaparecer quando Caspian apareceu a assustando.
- Droga Caspian! - brava.
Caspian: Eu te disse pra não vir.
Any: Me deixa!
Caspian: Any vai embora pra casa é melhor.
Uma mulher entrou e Any esperou ela ir pra dentro do banheiro pra responder em voz baixa:
- Não vou, nunca deixei de ficar numa boate por causa de um engraçadinho.
Caspian: Dois porque um já te agarrou quando chegou.
Any: Aquele é de menos, to falando do idiota que me beijou.
Caspian: Então vá pra casa.
Any: Já disse que não vou. - gritou no momento que a mulher saiu do banho assustada. - Não vou
deixar de te amar jamais, nãoo voou! - fingindo que cantava e a mulher saiu fazendo careta.
Caspian: Será que pelo menos hoje vc pode me escutar e ir... Pra casa!
Any: Não vou pra casa já disse agora da licença que eu tenho uma festa pra aproveitar. - e saiu.
Caspian: O que eu faço com essa garota meu deus o que?
Any de tanta raiva que tinha ficado de Otávio que pegou a bebida mais forte do bar e virou de
uma vez indo pra pista, sempre fazia isso quando ficava com raiva, um hábito que apesar da
mudança de comportamento não tinha deixado de existir.
Meia hora mais tarde Mariana disse:
- Gente vou na pista ok?
Dul: Eu vou com vc.
Mai: Também vou dançar um pouco.
Quando chegaram à pista viram Any dançando e Paulo outro amigo de Ucker se aproximou
dizendo:
- Quer companhia pra dançar?
Any: Não obrigada! - mal humorada.
Paulo: Ah qual é gatinha? - a abraçando.
Any: Será que da pra me soltar?
Mariana: Gente aquele cara ta agarrando a Any?
Mai: Eu acho que eles estão se agarrando.
Mariana: Não ele ta puxando ela à força! - se aproximando.
Dul: Mah vem pra cá.
Mariana: Eu to entendo bem ou o que vc querem é que a Any fique com alguém aqui pra depois
contar pro Poncho?
Mai: Se ela ficasse vc não contaria pra ele?
Mariana: Sim, mas uma coisa é ela ficar porque quis e um cara apareceu outra é vcs criarem
situações propositais colocando pessoas pra agarrar ela a força.
Dul: A gente não ta fazendo isso. - brava.
Mariana: Eu espero que não mesmo porque é muito estranho vcs que não suportam a Any a
chamarem pra essa boate e em menos de uma hora já ter dois caras dando em cima dela, sem
contar algum outro que eu não tenha visto né?
Mai: Mah vc acha que a gente faria isso?
Mariana: Não sei, mas espero que não estejam esperando alguém agarra-la a força pra tirarem
uma foto e mostrarem ao Poncho acusando a Any de ter traído ele.
Dul: Não vamos fazer isso.
Mariana: Que bom porque ele sofreria muito se armassem uma dessa pra eles o que nenhum dos
dois merecem. - e saiu chateada.
Mai: Ela ta desconfiada Dul.
Dul: Vamos maneirar um pouco. - e se afastaram.
Any: Mas que inferno o que deu nesses caras hoje, vc pode me largar, por favor? - furiosa.
Paulo: Não até me dar um beijo. - a abraçando com força.
Any cuspiu na cara dele e o mesmo disse furioso:
- Vc vai me pagar.
Mariana: Larga a minha amiga idiota. - e deu um pisão no pé dele e a puxou pra longe.
Any: Obrigada Mah me salvou hoje pela segunda vez.
Mariana: Não precisa agradecer vamos pra um lugar mais isolado esses caras tão muito
assanhados hoje. - a puxando não querendo contar sobre suas suspeitas.
Quando foram pro andar de cima onde tinha alguns casais Any sentou num tipo de sofá dizendo:
- Ai eu to enjoada.
Mariana: Deita ai que eu vou buscar uma água pra vc.
Any: Ta bem.
Mariana: Não devia ter bebido Any!
Any: Eu tava com raiva e acabei misturando um pouco.
Mariana: To percebendo, mas fica ai que eu já volto.
Assim que Mariana desceu encontrou Dul e Mai que perguntou:
- A gente pode falar com vc?
Mariana: O que foi?
Dul: A gente não quer que fique brava com a gente Mah.
Mariana: Tudo bem esquece ta? Mas me respondam vcs tem haver com esses caras que tão dando
em cima da Any.
Mai: Não claro que não.
Mariana: Certeza? Nem os meninos?
Dul: Não. - afirmou Dul com veemência.
Mariana: Ok agora se me dêem licença eu vou buscar uma água pra Any que ta enjoada.
Mai: Ok!
Dul: Vamos avisar os meninos.
Mai: Vou atrasar a Mah. - e saiu na direção que ela tinha ido buscar água.
Dul: Vai Rodrigo é sua chance ela ta lá em cima na área mais vazia.
Rodrigo: Beleza. - sorrindo e saiu.
Os três foram atrás e Rodrigo se aproximou com calma não querendo cometer os mesmos erros
que seus amigos cometeram. Estava disposto a tirar Any daquela boate e fazer o que quisesse
com ela, ainda mais sabendo que estava bêbada. Sentou ao lado fazendo-a abrir os olhos e ele
perguntou:
- Vc ta bem?
Any fechou os olhos zonza e quando os abriu sorriu vendo Poncho na sua frente:
- Poncho? - o olhando intrigada.
Rodrigo não sabia quem era aquele cara, mas não importava segurou uma mão de Any e
perguntou:
- Vc ta bem?
Any: Agora eu to! Tava com saudades de vc. - sorrindo.
Rodrigo: Então que tal a gente matar essas saudades lá em casa.
Any: Mas e os outros Poncho?
Rodrigo: Eu já avisei que te levaria comigo, vamos?
Any: Não sei se é uma boa idéia eu to enjoada demais. - fazendo uma careta.
Rodrigo: Não tem problema eu cuido de vc. - e se aproximou pra beijá-la.
Chris, Ucker e Dul sorriram apontando a câmera pros dois, mas do nada Any se afastou e
perguntou:
- Vc não ia voltar só domingo bebê?
Rodrigo: Foi as saudades de vc que me fez voltar antes. - sorrindo.
Any sorriu tímida abaixando a cabeça e novamente e disse:
- Vc ainda não disse que me ama.
Rodrigo fez uma cara de surpresa além de estar sendo confundido pelo verdadeiro namorado ela
ainda queria ouvir um “te amo”. “Só muito bêbada mesmo!”, pensou e acabou respondendo:
- Eu gosto muito de vc Any.
Any: Ai Poncho vc ta estranho!
Rodrigo: É impressão sua linda.
Any: Vc nunca me chamou de linda.
Rodrigo: Desculpa amor. - arriscou num tom carinhoso pensando que “meu amor” é uma palavra
óbvia entre namorados. - Agora será que vc pode me dar um beijo?
Any: Uhum! - sorrindo e fechando os olhos aos poucos.
[...] Any e Poncho estavam se despedindo depois de estudar com os outros quando ela disse:
- Sabe eu gosto quando vc me chama de meu amor.
Poncho: Ah é? Que bom achei que não gostasse.
Any: Pode me zoar, mas eu acho meio brega só amor ou bem.
Poncho: Não tenho nada contra, mas não gosto de só de amor e bem.
Any: Olha que se um dia vc me chamar só de amor eu vou reclamar hein.
Poncho: Se um dia eu te chamar de amor apenas, tenha certeza que não sou eu. - sorrindo e a beijou. [...]
Any abriu os olhos depressa e gritou assustando Rodrigo que abriu os olhos e perguntou:
- O que foi amor a gente tava quase se beijando e vc grita?
Any: Vc não é o Poncho sai daqui. - o empurrando assustada.
Rodrigo: Calma eu posso ser esse Poncho se vc quiser. - sorrindo.
Any: Sai daqui fica longe de mim. - se levantando assustada.
Mariana chegou com Mai nos seus calcanhares e perguntou:
- O que foi?
Any: Me ajuda Mah eu to zonza me leva pro banheiro, por favor.
Mariana: Vem comigo.
Assim que as duas se afastaram Ucker perguntou:
- O que deu errado vcs tavam quase se beijando.
Rodrigo: Ela só tava daquele jeito porque me confundiu com um tal de Poncho, mas quando a
gente tava quase se beijando ela sacou que eu não era ele por isso gritou.
Os outros se encaram frustrados e Dul era a única que estava surpresa.
No banheiro Any estava melhor, mas chorava sentada no chão e Mariana dizia tentando acalma-
la:
- Calma Any não aconteceu nada.
Any: Como não eu quase trai o Poncho, Mah!
Mariana: Não traiu vc confundiu o garoto com ele porque tava bêbada e zonza só isso.
Any: Mas se eu o beijasse ia ser pior.
Mariana: Mas não beijou, agora não chora. - limpando seu rosto.
Any: Eu quero ir pra casa.
Mariana: Vem comigo a gente pega um táxi.
Dul quando as viu passar as seguiu até a saída e viu quando Mauricio o mesmo cara que
assediara Any quando ela chegou foi pra cima dela de novo perguntando:
- E agora gatinha ta a fim de me conhecer?
Any de saco cheio respondeu antes que Mah falasse por ela:
- Olha não sei o que aconteceu pra vc e três garotos terem dado em cima de mim hoje...
Mauricio: Talvez por que vc é muito gostosa. - provocando.
Any deu um tapa na cara dele e perguntou:
- Como vcs pretendem conquistar uma garota com essas conversas de ogro?
Mauricio: Não se faz de ofendida vc ta fazendo doce, mas sei que ta louquinha pra me dar um
beijo.
Any: Vc se acha né? Pois saiba que eu não to nem fazendo doce, nem louca pra te beijar e quer
saber por quê? Porque eu tenho namorado ok? Um cara mil vezes melhor que vc e todos os
outros caras idiotas que eu cruzei lá dentro hoje juntos... Só que não adianta eu te falar isso
porque conheço o seu tipo e o daqueles idiotas, só querem saber de agarrar as garotas sem se
importar se elas estão a fim ou não, mas fazem isso porque não sabem o que é estar apaixonado,
o que é ouvir eu te amo da pessoa que vc ama e ter medo de perdê-la... - e seus olhos
começaram a ficar marejados. - Vcs não sabem o que é esperar o dia todo ansiosa pra ver uma
pessoa que com um simples sorriso ou só com a voz, o jeito carinhoso como fala contigo é capaz
de deixar seu dia mil vezes melhor, não sabe o que é confiar em alguém mais do que em vc, em
ter alguém pra contar seus medos, pra dormir abraçada, pra dar e receber tudo dela em troca!
Resumindo... Vcs não sabem o que é amar alguém, só que eu sei e não vou estragar tudo por
causa de imbecis como vc, não tenho vergonha de dizer que eu sou completamente apaixonada
pelo meu namorado e nem por um segundo passou pela minha cabeça traí-lo porque ele é a
última pessoa que merece uma coisa dessas, ele merece ser feliz e muito amado... Só que
pessoas como vc que não conhece, não tem idéia do que é o amor nunca vão entender isso. - e
saiu tentando enxugar o rosto.
Mariana: Vc foi brilhante Any, to orgulhosa de vc. - sorrindo.
Any: Eu quero meu namorado Mah. - a abraçando.
Mariana: Calma já passou da meia noite então já é quinta-feira feriado mais 04 dias vc vê ele.
Any: Eu queria falar com ele agora. - choramingando.
Mariana: Não da, ele ta dormindo essa hora, mas sonhando com vc garanto, vamos pegar um táxi
e eu te deixo em casa beleza?
Any: Ta, mas e os outros?
Mariana: Eu mandei uma mensagem avisando que já fomos.
Any: Ah ta queria ter aproveitado a noite com eles, nunca tinham me chamado pra sair antes.
Mariana: É eu sei. - sorrindo.
Quando Any acordou com uma baita de dor de cabeça ouviu Caspian dizendo:
- Eu falei pra vc não ir.
Any: Não é a primeira vez que isso acontece. - sentando com a mão na cabeça.
Caspian: Não digo pela enxaqueca e sim pelos assédios.
Any: Isso é normal.
Caspian: Tão normal que de tão bêbada que ficou vc quase beijou outro achando que era o
Poncho.
Any: Eu sei e não sabe como to me sentindo culpada.
Caspian: O que faria se tivesse beijado? Ia contar pra ele?
Any: Morreria de culpa e contaria.
Caspian: Então conta agora o que vc quase aprontou! Tchauzinho. - e desapareceu.
Any: O que ele quis... - começou, mas se interrompeu ouvindo o telefone tocar.
Quando viu o código do país do Canadá seu coração gelou e disse atendendo:
- Bom dia bebê. - um tanto insegura.
Poncho: Bom dia minha princesa dormiu bem?
Any sentiu o coração apertar e a garganta fechar, Poncho não recebendo resposta perguntou:
- Meu anjo ta tudo bem?... Any fala comigo!
Any chacoalhou a cabeça e respondeu sorrindo:
- Desculpa bebê eu to bem e vc?
Poncho: Tirando as saudades ta tudo em ordem por aqui.
Any: Hum... Que bom meu amor.
Poncho: Mas e ai como foi na boate ontem?
Any: É... Foi legal!
Poncho: Deram muito em cima de vc? - enciumado.
Any: Teve uns engraçadinhos, mas botei eles no seu devido lugar.
Poncho: Ah é então teve? - perguntou e ouviu Any rir, como queria vê-la agora. - Me da à ficha
dos caras pra mim fazer uma visitinha quando voltar princesa.
Any: Pode deixar. - sorrindo.
Poncho: Mas esta tudo bem com vc e o pessoal?
Any: Aham e a Lívia como ta?
Poncho: Bem, mas com saudades... E as crianças do orfanato?
Any: Todas bem e vai ter uma surpresa quando voltar.
Poncho: Qual?
Any: Não vou falar se não estraga né?
Poncho: Ok! - respondeu e alguém o chamou. - Pequena vou ter que desligar, mas mais tarde a
gente se fala de novo ok?
Any: Ta bom, to com saudades meu amor.
Poncho: Eu também.
Any: Poncho!
Poncho: Oi.
Any: Te amo... Te amo muito, não esquece.
Poncho: Não vou esquecer princesa também te amo... Beijos.
Any: Beijos! Tchau. - e desligou deitando na cama em seguida.
Any passou o feriado todo em casa só saiu às 5 horas da tarde pra ir ao orfanato. Quando chegou
lá encontrou Luz Viviana (a mesma do RBD) uma jovem de 20 anos que cuidava das crianças
durante a semana, quando ela viu Any chegar disse se aproximando:
- Então vc é a famosa Anahí?
Any: Sim sou eu e vc é a Luz?
Luz: Exato, pode me chamar de Luz ou Vivi.
Any sorriu e perguntou:
- As crianças tão comendo o lanche ainda?
Luz: Uhum daqui a pouco elas aparecem. - sorrindo.
Any: Ah ta! Deixa-me pegar o CD então. - abrindo a bolsa.
Mas quando tirou o CD sua carteira caiu no chão junto com uma foto.
Luz: Ah deixa eu te ajudar. - se abaixando e pegou a foto. - Nossa que bonito esse rapaz.
Any: Ah é o meu namorado Poncho! - sorrindo.
Luz: Ele também vem aqui nos finais de semana?
Any: Sim e foi por causa dele que eu comecei a vir também. - sorrindo.
Luz: Poxa vc tem sorte.
Any: É bastante sorte. - acariciando a foto e a guardou na bolsa.
Luz: Engraçado que ele e os amigos eu não conheço nenhum.
Any: Nem me conheceria se não tivesse vindo aqui ensaiar as crianças.
Luz: Seu namorado e os amigos vão estar no festival domingo?
Any: Os amigos sim ele eu não sei, é que viajou e vai chegar no domingo à noite, não sei se vai
poder passar aqui sabe?
Luz: Entendo! - sorrindo.
Nisso as crianças saíram pra fora e Sara abraçou Any dizendo:
- Tava com saudades!
Any: Eu também tava linda. - beijando ela.
Luz: Não fala oi pra tia não? - sorrindo estendo os braços.
Sara abraçou Any e Luz disse sem graça:
- É... Acho melhor vc leva-los logo pra ensaiar né?
Any: Uhum! Vamos dançar? - sorrindo pra Sara que assentiu sorrindo.
As crianças seguiram Any que colocou Sara no chão dando mão pra uma garotinha sorrindo pras
outras crianças. Luz Viviana não assumia, mas a verdade era que morria de ciúmes de Any.
À noite Chris, Ucker, Dul e Mai se encontraram no shopping e a mesma perguntou:
- Então Ucker revelou as fotos?
Ucker: Estão aqui! - mostrando.
Dul: Gente ficaram perfeitas.
Chris: Fala sério se vc vê uma foto dessas não ia pensar que levou um baita de um chifre?
Mai: Com certeza.
Dul: Gente será que é uma boa idéia mesmo mostrar elas pro Poncho?
Ucker: Claro amor por quê?
Dul: Não sei ele vai ficar furioso se descobrir o que a gente fez?
Chris: Ele não vai saber.
Mai: É relaxa somos os únicos que sabem, não vamos falar nada.
Dul: Mas e a Mariana, ontem ela tava desconfiada.
Ucker: Ela é o de menos se o Poncho achar que a Any o traiu ninguém vai conseguir convence-lo
do contrário.
Dul: Eu espero porque se ela souber o que fizemos vai ter uma grande confusão.
Chris: E a gente não sabe disso?
Mai: Mas não agoura Dul vai dar tudo certo, tenho certeza.
Ucker: A gente só ta fazendo isso pro bem dele.
Dul: Ta legal vcs estão certo. - respondeu sem muita certeza.
Na manhã seguinte Any se levantou cedo e Carol perguntou:
- Aonde vc vai filha?
Any: Vou no shopping com a Mah a gente combinou de dar uma volta.
Carol: Que bom que esta ficando amiga dessa garota.
Any: Uhum e espero ficar amiga do meu irmão e dos amigos dele.
Carol: Vc vai ficar meu amor... Tenho certeza! - sorrindo.
Any: Bom eu to indo combinei 11 horas e já são 11, tchau mãe.
Carol: Tchau querida!!!
Em minutos Any chegou ao shopping e Mariana disse:
- Vc ta atrasada.
Any: Ai me desculpa... Não acredito que depois de amanhã meu bebê ta de volta.
Mariana: Viu não disse que ia passar rápido.
Any: Aham. - sorrindo.
Mariana: Mas e então aonde quer ir?
Any: Vamos ver umas roupas primeiro?
Mariana: Beleza! - sorrindo e começaram a andar.
Longe dali Mai e Chris andavam pela cidade quando ela perguntou:
- Então o Ucker já acertou tudo com os caras da boate?
Chris: Bom faltou o Otávio que foi quem conseguiu beijar a Anahí.
Mai: O Ucker vai pagar ele?
Chris: Uhum afinal foi de grande ajuda.
Mai: Hum e quando eles vão se encontrar?
Chris: Hoje eu não sei bem, mas eles devem ta pra se encontrar em algum lugar por ai.
Mai: Ah ta!
Chris: Mas o que vc acha de pararmos de falar e vc vir aqui me dar um beijo?
Mai: Hum acho uma excelente idéia. - sorrindo.
Chris a abraçou sorridente e se beijaram.
Duas horas depois Any e Mariana continuavam andando no centro, cheias de sacolas de comprar.
Mah estava adorando o passeio, pois, não conhecia aquele shopping da cidade e estava adorando,
foi então que viram uma fonte e Mariana pediu:
- Any tira uma foto minha aqui! - entregando suas sacolas.
Any: Sério?
Mariana: Uhum tira vai. - fazendo pose.
Any: Mah vc ta chamando atenção.
Mariana: Então tira de uma vez vai Any!
Any sorriu e Mariana fez uma pose e tiraram à foto.
Ficaram a tarde inteira rodando no shopping e só foram embora quando deu 4 horas e Any tinha
que ir ao orfanato ensaiar pela penúltima vez com as crianças que estavam praticamente
perfeitas.
No outro dia o pessoal chegou ao orfanato e Juliana disse indo na direção de Any:
- Posso falar com vc um pouco querida?
Any: Claro. - sorrindo e foram pra diretoria. - Aconteceu alguma coisa? - entrando na sala.
Juliana: Não é que... Eu estou muito nervosa vc acha que as crianças estão preparadas?
Any: Tenho certeza que sim.
Juliana: Eu to com tanto medo o festival já é amanhã.
Any: Ju calma! - sorrindo do desespero dela.
Juliana: Vc fala isso por que esta vendo como eles estão, não sei por que teve essa mania de
ensaiar com eles escondidos, nem ontem vc quis me mostrar os figurinos.
Any: É pra fazer surpresa.
Juliana: Mas eles estão pegando a coreografia certinha?
Any: Estão Ju já disse, não precisa se preocupar.
Juliana: Tudo bem eu vou confiar em vc... Mas acha que podemos ganhar?
Any: Uhum tenho certeza absoluta.
Juliana: Ok então eu vou confiar em vcs.
Any: Isso pode confiar de olhos fechados. - sorrindo.
Juliana: Ok vamos voltar pra lá então?
Any: Vamos sim!
Quando saíram pra fora as crianças vieram conversar e brincar com Any e Mariana.
De noite Mariana passou no shopping que no dia anterior ficou passeando com Any e pegou suas
fotos, começou a olhar as que elas tiraram juntas até achar a que estava na fonte. Sorriu vendo
como tinha ficado engraçada a careta que fizera.
Mariana: Ai só eu e a Any mesmo. - falando sozinha.
Guardou tudo junto e colocou na bolsa indo pra casa em seguida.
No outro dia Julio César estava no escritório quando ouviu gritos:
- Mãe!... Mãeiê!
Julio César saiu do escritório fazendo uma careta e perguntou:
- O que vc tem?
Any: Ai pai cadê a minha mãe?
Julio César: Ela saiu com a Ana (empregada da casa)
Any: Quando elas voltam?
Julio César: Não sei filha acho que em duas horas.
Any: São quase duas da tarde o festival começa às sete, eu não vou ficar pronta em duas horas.
Julio César: É claro que vai antes das quatro sua mãe ta aqui.
Any: Pai vc não entendeu seis horas eu já tenho que ta lá no lugar pra vestir as crianças e
maquiar.
Julio César: Mas vai demorar tanto assim?
Any: Pai vc vai não vai?
Julio César: Claro e sua mãe também.
Any: Então na hora da apresentação vcs vão saber por que eu to nervosa.
Julio César: Ai filha se acalma.
Any: Eu vou tentar, mas vai ficar difícil se eu não achar minha blusa. - e subiu correndo.
Quando bateu a porta Caspian perguntou:
- Esta procurando isso?
Any: Onde vc achou? - pegando a blusa branca que queria.
Caspian: No seu guarda-roupa um pouco escondida.
Any: Ai Caspian obrigada! - sorrindo.
Caspian: De nada.
Any entrou no banheiro pra tomar banho e se trocar, ainda tinha que ir ao orfanato buscar as
crianças e Juliana e depois maquia-los e arruma-los o que ia dar mais trabalho.
Horas depois próximo dali Mariana estava na casa um amigo quando disse:
- Nossa obrigada Vitor por ter escaneado as fotos pra mim.
Vitor: Sem problemas, mas qual vc disse que queria cortar e ampliar?
Mariana: Essa aqui.
Vitor: Vc ficou bonita nessa foto.
Mariana: Brigada. - sorrindo sem graça. - Vc pode aumentar esse fundo aqui? - apontando.
Vitor: Claro, da só um minuto.
Mariana: Ok!
Vitor recortou a foto deixando apenas o fundo e ampliou a menor parte, depois perguntou:
- É assim que vc queria?
Mariana: Tem como dar algum efeito pra ela ficar mais nítida?
Vitor: Uhum deixa eu coloca aqui. - e clicou numa tecla e uma caixa verde começou a carregar.
Mariana: Demora muito?
Vitor: Cinco minutos, mas porque vc quis aumentar o fundo dessa foto.
Mariana: Só pra tirar uma dúvida.
Vitor: Ok quer beber alguma coisa enquanto carrega aqui?
Mariana: Ah eu aceito um suco.
Saíram do quarto e desceram. Vitor entregou um copo de suco de laranja pra ela e perguntou:
- Ta gostando do orfanato onde vc ta de voluntária?
Mariana: Aham bastante!
Vitor: Ah que legal.
Terminaram de tomar o suco e Vitor perguntou:
- Vamos subir?
Mariana: Aham.
Quando entraram, no quarto Vitor disse:
- Pronto acabou e já ta imprimida. - dando a foto na mão dela.
Mariana: Eu sabia. - sorrindo olhando a foto.
Vitor: Ta tudo bem?
Mariana: Uhum eu vou nessa Vitor tenho que me arrumar pro festival e são quase 6 horas já.
Vitor: Ta ok, até segunda Mah.
Mariana: Até. - sorrindo e saiu fechando a porta.
Depois de pegar as criança, Juliana e Luz Viviana no orfanato com uma van até o teatro da cidade
onde seria o festival. Any entrou com elas no camarim e com a ajuda de um maquiador
começaram a vestir as crianças com os figurinos e maquiar o que era mais complicado devido aos
detalhes.
Um tempo depois o pessoal começava a chegar e sentar nas cadeiras, entre eles vinham Ucker,
Mai, Chris, Dul, Carol e Julio César que perguntou:
- Onde podemos sentar?
Chris: Ali junto com a diretora.
Dul: Cadê a Mah não vem não?
Mai: Ou Juliana. - cumprimentando a diretora. - Quem é ela?
Juliana: Essa é a Luz Viviana, ela fica com as crianças de semana, eles são os amigos da Anahí.
Luz: Ah muito prazer. - cumprimentando.
Juliana: Vcs falaram da Mariana?
Ucker: É ela já chegou?
Juliana: Vi ela passando agora pouco e indo pros camarins acho que foi falar com a Any.
Mai: Ah ta. - sorrindo.
Any fechou a porta do camarim e perguntou:
- Vc queria falar comigo Mah?
Mariana: Sim Any, preciso te mostrar uma coisa.
Any: Pode ser depois? A gente ta meio corrido aqui com as crianças.
Mariana: Pode, mas é urgente.
Any: Ta ok.
Mariana: eu vou ficar lá com a Juliana e vi seus pais e o pessoal chegando.
Any: E o Poncho? - sorrindo.
Mariana: Nada! - respondeu e Any ficou triste. - Mas daqui a pouco ele chega vai ver.
Any: Tomara queria que ele visse as crianças dançando.
Mariana: Quem sabe não da tempo?
Any: Tomara. - sorrindo.
Mariana: Vou indo nessa, até daqui a pouco.
Any: Até. - e entrou trancando a porta. - Estão todos prontos? - as crianças afirmaram. - Olha não
tem problema se errarem o passo ok? Continuem mesmo assim ta bom?
Xx: A gente não vai errar vc é uma boa professora tia. - disse um garotinho.
Any: Só não te dou um abraço e um beijo se não estranho seu figurino. - sorrindo.
O menino sorriu de volta e aproveitaram os últimos minutos pra tirar duvidas e checar outras.
Algum tempo depois o festival começou e as crianças começaram a se apresentar. O primeiro
grupo tinha 12 crianças 6 meninos e 6 meninas eles vestidos com calça branca, sapato branco
(estilo de médico) chapéu cinza e camisa azul. Elas estavam de saia azul rodada, sapatilha azul e
blusa branca com os cabelos presos num rabo de cavalo com uma fita azul. Começaram a dançar
uma coreografia de salsa acompanhados pela provável coreógrafa que sorria os vendo dançarem.
Quando terminaram todos aplaudiram e outras crianças entraram pra se apresentar.
Xx: E agora com vcs a apresentação do orfanato Anjo de Luz.
Juliana: Ai é a Any e as crianças. - sorrindo nervosa.
Luz: Vc não sabe mesmo qual é a coreografia e a música?
Juliana: Não ela não quis dizer.
Carol: Vamos descobrir agora. - sorrindo.
Nisso as luzes se apagaram e a música Everybody dos Backstreet Boys. (Link do clipe com a
coreografia: http://www.youtube.com/watch?v=o8ae70g0TdA) As luzes se ascenderam e viram
todas as crianças do orfanato abaixadas. Algumas estavam vestidas de monstro outras com
roupa de época com aqueles vestidos arfantes e os cabelos presos cheios de cachos. Any estava
ali perto, mas devido a escuridão não podia ser vista. Olhava as crianças atentas e sorrindo meio
que dançando a coreografia também vendo a perfeição com que executavam os passos e pra
sorte ninguém parecia inseguro ou errara a coreografia. Quando acabaram de dançar fazendo
poses de monstros todos aplaudiram de pé e as crianças saíram sorridentes sendo puxados por
Any que sorrindo orgulhosa disse:
- Parabéns vcs foram demais. - se ajoelhando.
Xx: Tia pode tirar a roupa, isso pinica. - uma menina falando da fantasia de múmia.
Any: Ainda não, temos que ficar assim até acabar.
Sara: Falta muito? - vestida de vampiro.
Any: Não mais duas apresentações e vão dizer o resultado.
Xx: Acha que a gente ganha tia? - perguntou um garoto vestido de lobisomem.
Any: Espero que sim porque vcs foram demais. - sorrindo.
O tempo passou e as duas últimas apresentações foram feitas. Quando terminou o organizador e
patrocinador do evento disse:
- Queremos parabenizar todos os coreógrafos e todas as crianças vcs foram incríveis, mas apenas
três desses 08 grupos que se apresentaram levaram prêmio pra casa.
Dul: Será que ganhamos?
Juliana: Tomara não acreditei quando vi as crianças vestidas de monstros e outros de príncipes e
princesas.
Carol: Minha filha tem cada idéia, mas mandou muito bem. - sorrindo orgulhosa.
Chris fez uma careta não gostando do comentário da mãe e olhou pro palco.
Xx: Em terceiro lugar o orfanato Raio de Sol!
As crianças se aproximaram recebendo um cheque de 20 mil reais sendo aplaudidas. Quando se
retiraram o patrocinador disse:
- Em segundo lugar com o cheque de 35 mil reais o orfanato Renascer.
As crianças que tinham dançado salsa e foram as primeiras a se apresentar entraram com a
diretora e a coreógrafa sendo aplaudidas. Pegaram o cheque e logo se retiraram.
Luz: Ai meu deus é agora. - com a mão no coração.
Xx: E em primeiro lugar com o cheque de 50 mil... O orfanato... Anjo de Luz!
No mesmo instante Juliana e o pessoal se abraçaram comemorando enquanto Any fazia o mesmo
com as crianças. Ju se levantou e subiu no palco indo receber o premio com Any e as crianças que
ainda vestidas de monstros encantaram o pessoal. Receberam o cheque e uma garota perguntou
quando estavam saindo:
- Agora a gente pode se trocar tia?
Juliana: Eles querem tirar foto com as crianças que venceram vamos lá? Ai depois vc se trocam?
Sara: Ta, vamos Any!
Any: Eu vou no camarim ligar pra uma pessoa e já volto. - e saiu sorrindo.
Quando entrou no camarim Any pegou o celular e discou no celular de Poncho que não atendeu.
Foi até o banheiro ao lado e quando viu a hora se preocupou disse a si mesma:
- Ai Poncho já devia ter chegado.
Caspian: Parabéns Any! - aparecendo sentado na pia.
Any: Ai que susto Caspian! - com a mão no coração.
Caspian: Desculpe só vim te parabenizar vai render frutos o que fez hoje.
Any: Como assim? - sem entender.
Caspian: No seu devido tempo vc vai entender.
Any: Odeio quando diz isso. - emburrada cruzando os braços.
Caspian: Eu sei e é por isso que faço isso. - sorrindo maroto.
Any: Ai Caspian e o Poncho que não chega. - agoniada.
Caspian: Ai vc me irrita com toda essa impaciência sabia?
Any: Olha se não for ajudar... Some! - apontando a porta brava.
Caspian: Ok e não preciso de porta pra fazer isso. - se levantando e desapareceu.
Any voltou pro camarim e se sentou numa cadeira chateada. Fez um bico voltando a cruzar os
braços. Foi então que bateram na porta ela disse de mau humor:
- Entra!
Um rapaz apareceu com um buquê de rosas vermelhas dizendo:
- Senhorita Anahí?
Any: Sim. - se levantando.
Xx: Pediram pra te entregar!
Any se aproximou e pegou o buquê agradecendo, o rapaz saiu e ela trancou a porta. Quando viu
que no buquê tinha um bilhete abriu e sorriu vendo que era de Poncho.
Parabéns meu amor vc estava linda e as crianças mais ainda vestidas de monstros, to muito orgulhoso de vc
e louco pra matar as saudades...
Te amo!
O dia passou rapidamente pra alguns como Mariana e Caspian que se divertiram pra caramba
com as crianças e lentamente pra Any e Poncho que não se falaram mais depois que brigaram.
Quando já estava na hora de ir embora, Poncho estava encostado na parede quando Mariana
chegou dizendo:
- Falei com a Any, ela me contou o que aconteceu?
Poncho: Então sabe que ela foi injusta comigo. - chateado de braços cruzados.
Mariana: Poncho tenta entender ela ficou com ciúmes e com razão vc sabe.
Poncho: Ta que a Vivi...
Mariana: Olha vai por mim, chama essa garota de Luz se não quer piorar as coisas entre vc e a
Any.
Poncho: Ok, eu sei que a Luz pegou pesado, mas a Any exagerou.
Mariana: Olha eu no lugar dela tinha feito o mesmo me desculpe, mas a garota só faltou te beijar.
Poncho: Eu sei, mas o que eu faço agora Mah? Não quero ficar brigado com a Any, vc viu ela nem
falou comigo eu até tentei chegar perto, mas ela me evitou.
Mariana: Ela ta magoada, mas te ama muito e também ficou com muito ciúmes, pode ta irritada
agora, mas é maluca por vc rapidinho vcs vão se entender vai ver.
Poncho: Tomara to com saudades daquela ciumenta.
Mariana: Acredite ela também ta com saudades de vc. - sorrindo. - Mas acho que alguém vai
ajudar vcs dois a se aproximarem. - apontando pra frente.
Poncho então viu Lívia trazendo Any arrastada pela mão dizendo:
- Anda logo.
Any: Lívia não! - fazendo uma careta.
As duas pararam em frente de Poncho e Mariana e a mesma disse:
- To indo nessa, boa noite e se cuidem. - piscando pros dois.
Lívia sorriu cúmplice pra Mah que lhe sorriu de volta e a menina disse ao ficar sozinha com os
dois:
- A Any pode dormir em casa?
Any/Poncho: Não! Que?
Lívia: Deixa a Any dormir em casa hoje?
Any: Lívia já disse que não posso. - arregalando os olhos.
Lívia: Por favor.
Poncho: Lí ela não quer deixa. - respondeu tristemente.
Lívia: Vc não vai fazer nada pra ela ir? Não se gostam mais?
Poncho: Lí...
Lívia: É por isso que não se falaram direito hoje?
Any: Lívia eu e o Poncho...
Lívia: Vcs brigaram como o papai e a mamãe brigam, só faltam dizer que vão se divorciar.
Poncho: Lívia chega! - calmamente, mas firme.
Lívia: Eu odeio vcs dois. - cruzando os braços chateada.
Any: Lívia não fica brava com a gente.
Lívia: Então porque vc não gosta mais de mim, porque vc e o tato estão assim? Por que não quer
ir mais ir em casa brincar comigo? - fazendo bico chorosa.
Any vencida respondeu:
- Ta bem eu vou pra sua casa brincar com vc, agora desmancha essa cara.
Lívia: Oba! - sorrindo e a abraçou.
Poncho sorriu dando de ombros pra Any e Lívia disse:
- Agora vamos pra casa então... Vem tato.
Puxou o irmão fazendo ele dar a mão pra Any e puxou a outra mão de Any levando os dois pro
carro.
Minutos depois quando chegaram na casa de Poncho o mesmo perguntou:
- Vcs tão com fome?
Any: Eu não!
Lívia: Eu vou pegar bolacha de chocolate pra mim comer. - e se levantou.
Any: Eu vou com... Vc! - parando de pé.
Poncho então encarou Any que abaixou a cabeça e se sentou no sofá da sala nervosa mexendo
nas mãos. Ele aos poucos se aproximou dela e ajoelhando na frente dela perguntou:
- A gente pode conversar?
Any: Não quero.
Poncho: Any vamos parar com essa briga.
Any: Olha a sua irmã daqui a pouco volta e...
Poncho: Minha irmã ta fazendo de propósito vc também sabe disso e sei que desconfia de quem é
a ajuda... Vamos fazer com que o esforço dela não seja em vão princesa.
Any: Ah ta ai a gente se entende hoje e briga amanhã de novo, ou vc acha que aquela garota vai
dar sossego... Ela fingiu que não sabia que a gente namorava e quando soube ignorou.
Poncho: O que vc quer que eu faça pra me desculpar?
Any: Que assuma que deu mancada comigo e que me jure que vai ficar longe daquela nojenta.
Poncho: Tudo bem eu confesso que não devia ter dado trela pra ela e prometo que isso não vai
mais se repetir ta bom?
Any: Vc jura? - fazendo bico.
Poncho: Eu juro... E vc acha que eu vou querer estragar o nosso relacionamento que é tão
perfeito por causa daquela garota? Eu demorei muito pra ter vc assim pra mim Any não ia colocar
tudo a perder por alguém que não vale a pena... Só quero fica com vc meu amor.
Any então abraçou Poncho com força dizendo:
- Me desculpa eu sou uma idiota, uma burra completa.
Poncho: Não vc não é nada disso ao contrário (a soltou) vc é a coisa mais linda, encantadora e
maravilhosa que eu conheço e ficou linda com aquela carinha ciumenta (Any sorriu) mas não
volta a brigar comigo assim de novo não ta? Fiquei com saudades gatinha.
Any: Também fiquei meu bebê. - acariciando o rosto dele.
Poncho sorriu e lhe deu um beijo apaixonado, Any o abraçou correspondendo com a mesma
intensidade. Ao se separarem se abraçaram e Any sussurrou:
- Te amo.
Poncho: Também te amo pequena. - acariciando seus cabelos.
Any: Me desculpa por ser chata e ciumenta?
Poncho: Te desculpo por ser linda e encantadora desse jeito. - sorrindo.
Any sorriu de volta e lhe deu um beijo. Lívia que espiava da porta sorriu travessa.
No outro dia Any acordou e se sentou na cama. Precisava olhar no calendário pra ter certeza,
pegou seu celular ao lado da cômoda e viu que estava certa, era realmente 24 de novembro, ou
seja ela tinha exatamente um mês para conseguir o perdão de Ucker, Mai e Chris ou estaria
perdida e seria obrigada a se separar de Poncho. Colocou o celular de volta na cômoda e olhou o
rosto do namorado dormindo de frente pra ela tranqüilo, sentiu os olhos marejarem e parou de
encará-lo antes que começasse a chorar. Abaixou a cabeça e 4 segundos depois sentiu alguém
acariciando seus cabelos.
Poncho: Bom dia meu anjo!
Any ergueu a cabeça e encarou Poncho sorrindo. Ele lhe deu um beijo e perguntou quando ela
escondeu o rosto no peito dele parecendo preocupada:
- O que foi meu amor?
Any: Nada não bebê. - respondeu e deu um beijo no peito descoberto dele.
Poncho: Eu te conheço vc parece preocupada o que foi? - erguendo o rosto dela.
Any: Nada não... Me da um beijo gatinho?
Poncho sorriu e lhe deu um beijo apaixonado, deitando-a de volta na cama. Começou a acariciar
os seios dela coberto por sua blusa arrancando suspiros dela durante o beijo. Quando se
separaram ele fez um caminho por seu rosto dando beijos até chegar ao pescoço dela que o
abraçou com força passando as unhas de leve pelas costas dele. Poncho desceu os beijos pros
colo desabotoando sua blusa e dando beijos pelos seios dela sugando ambos, ela apertava o
lençol com força suspirando.
- Any! Tato! Eu to com fome. - batendo na porta do quarto.
Poncho: Lívia! - sussurrou com raiva frustrado.
Any sorriu pesarosa e Poncho se afastou dizendo:
- A gente já vai descer Lívia.
Lívia: Ta vou esperar vcs lá em baixo, Any pode me ajudar a tomar banho?
Poncho: Nada disso, vc não vai tomar banho antes de irmos pro orfanato, lá vc vai brincar e
quando chegar vai ter que tomar outro, então deixa pra tomar na volta.
Lívia: Ah!
Poncho: Ah nada, agora desce ou vai se trocando que eu e Any já descemos... Pra matar vc. -
acrescentou baixo e Any riu sem se conter.
Any: Bebê não fica assim, ela não fez por mal.
Poncho: Ah magina se tivesse feito então.
Any: Bebê ela não tem idéia do que estavamos fazendo aqui, não fica bravo.
Poncho: Ok, eu vou trocar de roupa no banheiro e vc se troca aqui.
Any: Ué a gente nunca fez isso. - estranhando.
Poncho: Acontece que a situação é diferente se eu te ver agora, minha irmã não vai esperar só 5
minutos e sim uma hora pra mais se me entende.
Any: Entendi. - respondeu pra ele rindo.
Poncho deu um beijo nela e foi pro banheiro.
Mais tarde o pessoal estava fazendo o almoço quando Poncho chegou em Any e cochichou:
- Tenho belas lembranças dessa cozinha.
Any: Poncho, para! - sorrindo nervosa.
Poncho: Vai dizer que vc não lembra o que a gente aprontou aquela vez quando fizemos o bolo?
Any: A gente ainda não tava junto. - sorrindo.
Poncho: Mas eu lembro o quanto era grande a minha vontade de te agarrar, porque to sentindo
agora. - sussurrou mordiscando sua orelha e a abraçando por trás.
Any: Para de me provocar, isso não é justo.
Poncho: Não agüenta mais as brincadeiras? - dando beijos pelo pescoço dela.
Any: Para vc quer que peguem a gente aqui é isso?
Poncho: Não claro que não, mas ia ser engraçado.
Mariana: Poncho! - chamou e os dois se soltaram na hora.
Poncho: Fala Mah. - disfarçando.
Mariana: Vem aqui me ajudar a cozinhar o frango, sozinha num dá. - com as mãos na cintura.
Poncho: Desculpa, to indo lá. - sorrindo.
Antes de sair deu um beijo em Any e sussurrou:
- Mais tarde a gente acerta as contas.
Any sorriu negando com a cabeça e voltou a lavar os tomates pra colocar na salada. Foi então
que Dul se aproximou e perguntou baixinho:
- Fico feliz em ver vc e o Poncho juntos.
Any: Verdade Dul? - sorrindo pra ela.
Dul: Uhum era muito triste ver como ele ficava antes.
Any: Como era quando eu maltratava ele? O que vcs diziam? - curiosa.
Dul: Pra que quer saber não importa mais, vc gosta dele e faz ele feliz isso já basta.
Any: Não Dul me fala, como era antes?
Dul: Ah a gente tentava aconselhar ele a te esquecer, mas ele dizia que tentava, mas não
conseguia te tirar da cabeça, que o amor que sentia por vc era mais forte que qualquer coisa que
vc fizesse.
Any: Sério que ele falava isso? - emocionada.
Dul: É sério Any, ele sofreu muito por vc no começo e acho que sofreu até a hora em que vc
sofreu o acidente e finalmente deu sinais de mudanças.
Any sorriu ternamente olhando Poncho e Mah brigando e rindo ao mesmo tempo enquanto
apontavam a panela onde estava o frango. Encarou Dul que disse ao ver seus olhos:
- Por que ta com essa cara?
Any: Às vezes sinto que tenho pouco tempo com ele Dul. - a encarando.
Dul: Como assim pouco tempo?
Any: É difícil explicar, mas um dia, muito em breve vc vai entender.
Dul: Isso não é uma indireta de que vai deixar ele né? Por que se for isso eu te mato. - sorrindo.
Any: Não Dul nem que quisesse eu poderia deixá-lo.
Dul: Então me faz um favor?
Any: Uhum!
Dul: Desfaz essa cara e volta a sorrir, Poncho sempre me diz que adora seu sorriso.
Any: Por que pra mim ele não fala essas coisas?
Dul: Porque os homens nunca nos elogiam na cara, antes de mim e Ucker ficarmos juntos ele
falava maravilhas de mim pro Poncho e pro Chris e quando me via quase não me olhava de tanta
timidez.
Any: Por falar em vcs como estão?
Dul: Bem enquanto ele não saber de nada bem. - sorrindo dando de ombros.
Any: Não quero estragar seu namoro Dul. - disse triste e séria.
Dul: Não vai estragar fica tranqüila. - sorrindo.
Any sorriu de volta e ambas voltaram a fazer o que estavam fazendo.
Lá fora a festa continuavam e alunos se desejavam aos gritos de alegria boas férias. Mariana e
Poncho riram do pessoal que picavam os cadernos fazendo uma zona pela escola e ele perguntou:
- Será que a gente acha a Any nessa bagunça?
Foi só falar que Poncho sentiu mãos taparem seus olhos. Mariana sorriu e Poncho disse:
- Mah é vc?
Mariana: Nã, não! - negando com a cabeça.
Poncho: Deixa me ver então... Maite?
Mariana: Não Poncho, ta frio. - sorrindo.
Poncho: Dulce?
Mariana: Frio, frio. - sorrindo.
Poncho: Ah claro com essas mãos de anjo só pode ser aquela gata que eu fiquei na boate mês
passado, Helena quanto tempo. - sorrindo.
Foi então que levou um murro bem forte nas costas e ouviu passos se afastar.
Mariana: Acho que não era essa tal de Helena.
Poncho foi atrás de Any e a agarrando por trás disse:
- Eu tava brincando meu anjo, eu sabia que era vc.
Any: Ah sabia? - se virando de frente pra ele. - VC LARGA DE SER MENTIROSO TA? - batendo nele.
Poncho: Ai! - desviando dos tapas. - Meu amor desculpa... Pequena eu tava brincando.
Any: Olha aqui se vc tiver afim de morrer me avisa logo ta? - séria.
Poncho: Sabe eu quero morrer, mas com 300 anos ao lado da minha princesa mais linda e
ciumenta. - sorrindo cinicamente fazendo menção de abraça-la.
Any: Não seja palhaço Alfonso Herrera ninguém vive até os 300 anos. - respondeu séria e Mah
sem se conter caiu no riso.
Poncho: Eu posso não ta vivo em 300 anos, mas meu amor por vc sim porque nunca vai morrer
Any.
Any: Se isso é um pedido de desculpas saiba que é uma maneira muito suja de conseguir.
Poncho: Por que muito suja? Ficou toda derretida com o que acabei de falar? - se aproximando.
Any: Claro que não, não seja tonto. - orgulhosa resistindo ao sorriso malicioso dele.
Mah riu negando com a cabeça e disse:
- Gente eu vou indo ta? A gente se vê de noite.
Any: Tchau Mah e boas ferias. - sorrindo pra ela.
Mariana: Valeu apesar de que a gente vai passar juntas né? - sorrindo e saiu.
Poncho esperou Mah sumir de vista pra dizer:
- Me desculpa princesa, foi só uma brincadeira.
Any: De muito mal gosto. - fazendo bico.
Poncho: Eu sei, mas o que falei sobre os 300 anos é verdade viu?
Any: Sério?
Poncho: Uhum mesmo que se passem 300 ou 900 anos meu amor por vc sempre vai estar vivo.
Any: Vc fala isso, mas fica me provocando, por que vc faz essas coisas? - manhosa.
Poncho: Porque eu adoro ver essa sua cara enciumada, me faz bem ver que vc me ama e sente
ciúmes de mim, mesmo quando vc fica sem falar comigo como aquele dia no orfanato.
Any: Verdade? - sorrindo.
Poncho: Uhum, adoro esse seu jeitinho de brava, manhosa, adoro o jeito como vc fala comigo,
como me trata principalmente quando estamos sozinhos (Any sorriu) e adoro seu sorriso minha
linda, amo tudo em vc pra falar a verdade... Me desculpa pela brincadeira meu anjo?
Any: Ta bem, te desculpo. - sorrindo envolvendo os braços em torno do pescoço dele.
Poncho: Te amo bebê.
Any: Também te amo gatinho lindo. - sorrindo e se beijaram apaixonados.
Minutos depois quando saíram pra fora encontraram Caspian e Mariana conversando.
Poncho: Achei que já tinha ido Mah. - chegando de mãos dadas com Any.
Mah: Ah encontrei o Caspian aqui e ficamos conversando.
Poncho: Hum e ai cara tudo bem? - apertando a mão dele.
Caspian: Tudo em ordem e vc cara?
Poncho: Também.
Any: E ai Caspian tudo bem?
Caspian: Tudo Any.
- ANY! - alguém gritou.
Poncho: Ah não acredito, o que esse Léo quer será que não sossega nem no último dia de aula
meu?
Any: Calma bebê, eu já volto! - dando um beijo nele.
Poncho: Nada disso eu vou com vc.
Any: Vc ta muito nervoso melhor ficar aqui, já volto! - sorrindo e saiu.
Poncho fez uma careta e Caspian disse:
- Fica tranqüilo ele não vai fazer nada com vc por perto.
Poncho: Rum isso não me acalma em nada Caspian.
Mariana: Não seja ciumento Poncho, daqui a pouco ela volta.
Any: O que foi? - chegando sorrindo.
Léo: Passou direto?
Any: Uhum graças a Deus. - sorrindo.
Léo: Ah meus parabéns. - a abraçando. - Também consegui passar. - a soltando e Any olhou sem
jeito pra onde os outros estavam e viu a cara feia de Poncho. - Raspando, mas consegui passar.
Any: Ah que bom fico feliz, bom se vc me der licença eu tenho que ir agora. - fez menção de sair.
Léo: Espera eu sei que já te convidei pra várias festas e vc nunca quis ir, mas tenta ir nessa
(entregou quatro convites) é amanhã de noite vai ser naquele salão enorme que fica aqui perto.
Any: Ah sei onde fica.
Léo: Minha sala que ta armando a escola toda ta sendo convidada é tipo uma despedida já que
depois de hoje ou amanhã só vamos nos ver em Janeiro né?
Any então se lembrou que talvez não fosse vê-lo mais e sorriu lembrando as maluquices que já
tinha feito. Então respondeu sabendo que aquilo ia dar problema:
- Pode deixar que nessa festa eu vou. - sorrindo pra ele.
Léo: É sério? - sorrindo.
Any: Uhum e esses outros convites...
Léo: Vc entrega pro seus amigos, tem mais gente distribuindo, mas se precisar de mais me liga
que eu te entrego na hora mesmo ok?
Any: Ta ok!
Léo: Bom era isso... Boas férias e até amanhã.
Any: Até. - sorrindo.
Léo então voltou pra dentro da escola e Any foi na direção dos amigos e do namorado vendo que
o mesmo estava com uma cara muito séria. Quando chegou sorrindo Poncho perguntou sério:
- O que ele queria?
Any deu os convites na mão deles respondendo:
- Convidar a gente pra festa que vai ter amanhã no salão perto daqui, é tipo despedida de quem
ta no 3º colegial e pra falar um tchau final pro pessoal que só for vão ver em Janeiro.
Mah: Ah falaram que essa festa vai ser da hora, eu queria ir.
Any: Eu também... Vamos também Poncho? - o encarando.
Poncho: Me responde uma coisa Any... Vc quer ir nessa festa porque vai ser legal ou porque foi o
Léo que chamou? - fazendo uma careta ao dizer “Léo”.
Any: Claro que é por causa da festa Poncho.
Poncho: Ah, pois, não pareceu isso quando vcs estavam se abraçando.
Any: Aquilo foi um abraço de amigo.
Poncho: De amigo? Eu não sou idiota Any, aquele cara tava dando em cima de vc
descaradamente.
Any: Poncho a gente é amigo.
Poncho: Ah ta, então amanhã eu vou ficar conversando com a Luz e quando vc vir com as suas
reclamações eu vou dizer também “Any a gente é só amigo” - imitando a voz dela.
Any: Ah claro vc ta louco pra dar uns beijos nela né? - brava.
Poncho: E vc ta louca pra relembrar umas coisas com o Léo não é?
Any: Vc não fala assim comigo. - dando tapas nele.
Poncho: Por que o que vai fazer? Vc sabe que é verdade.
Mariana: Gente...
Caspian: É melhor não se meter humanos quando brigam ficam muito nervosos, principalmente
Any.
Mariana: Humanos? - estranhando o modo dele de se referir as pessoas.
Caspian: Quero dizer, as pessoas. - concertando.
Any: Olha quer saber eu vou pra essa festa.
Poncho: Ótimo aproveita e da uns beijinhos nele assim vc mata essa vontade de vez.
Any furiosa deu um tapa no rosto dele e falou furiosa segurando as lágrimas:
- Vc nunca mais fala uma besteira dessas entendeu?... Eu odeio vc! - e saiu brava.
Mariana: Any...
Poncho: Isso vai embora se fazendo de vitima garota. - bravo.
Caspian: Conversa com ele que eu vou atrás dela. - cochichou pra Mah e saiu.
Mariana: Poncho...
Poncho: Não quero conversa Mariana.
Mariana: Nossa vc nunca me chamou pelo nome inteiro.
Poncho: Olha desculpa, mas to a fim de papo.
Mariana: Vc tem que pedir desculpas pra Any não pra mim.
Poncho: Não vou pedir desculpas pra ela coisa nenhuma. - bravo.
Mariana: Poncho vc a ofendeu sabe disso.
Poncho: A culpa foi dela, não tinha nada que ter ido falar sozinha com o Léo.
Mariana: Ela não foi atrás dele Poncho.
Poncho: Mas também não faz nada pra evitar eu já enjoei disso.
Mariana: Já percebeu que o motivo das brigas de vcs é sempre ciúmes? Ela da Luz e vc do Léo.
Poncho: Eu sei.
Mariana: Vcs tem que confiar um mais no outro.
Poncho: O problema é que ela...
Mariana: Poncho vc confia na Any?
Poncho: Confio, mas não naquele cara.
Mariana: Ela também confia em vc, mas não na Luz agora me responde uma coisa... Vai deixar
esse ciúmes bobo estragar o namoro de vcs? Depois de tudo o que passaram juntos.
Poncho: A errada é ela, ela que venha me pedir desculpas.
Mariana: Vcs dois estão errados e os dois devem pedir desculpas Poncho.
Poncho: Eu não vou pedir.
Mariana: Esta bem... Então estrague o namoro de vcs por uma briga boba e por um orgulho besta,
vcs que sabem o que eu podia fazer já fiz. - e saiu se levantando.
Ali perto Caspian conversava com Any que chorando disse:
- Não vou falar com ele.
Caspian: Any vc sabe que o Poncho morre de ciúmes do Léo porque foi falar com ele sozinha
então?
Any: Ele tava perto não tinha por que ficar bravo e falar aquelas coisas feias.
Caspian: Tenho certeza de que não falou aquilo por mal Any.
Any: Falou sim a verdade é que Poncho não acredita em mim.
Caspian: É claro que acredita ou não estaria com vc.
Any: Então por que ele fica jogando toda a hora na minha cara que eu quero ficar lembrando as
coisas que vive com o Léo?
Caspian: Porque ele ta com ciúmes e quando ficamos nervosos dizemos coisas que não
queremos.
Any: Como vc sabe disso? Não disse que é desprovido de sentimentos humanos?
Caspian: Sim, mas isso é uma coisa óbvia tão óbvia que eu sei que vc não queria ter dito que o
odiava certo? - a encarando.
Any: Não, não queria.
Caspian: E aposto que falou aquilo porque estava com raiva.
Any: Vc sabe que sim.
Caspian: Então Any eu não preciso ser um humano pra saber o que vcs sentem quando estão com
raiva e quando falam coisas que não querem falar.
Any: Caspian não quero ficar brigada com ele o que eu faço? - angustiada.
Caspian: Conversa com ele.
Any: Não ele me ofendeu primeiro, não vou pedir desculpas.
Caspian: Ah ta e vão ficar nisso até quando?
Any: Até ele vir me desculpar.
Caspian: E se por orgulho fazer o mesmo que vc? Não querer pedir desculpas?
Any: Acha que ele vai fazer isso? - o encarando temendo a resposta.
Caspian: Quem sabe, mas tenho quase certeza que sim.
Any: Ah não Caspian.
Caspian: Se ta com tanto medo vai vc conversar com ele, dê o primeiro passo.
Any: Não! - decidida. - Não vou pedir desculpas primeiro ao Poncho, de jeito nenhum.
Caspian: Vc quem sabe, mas sabe o que vai perder né?
Any abaixou a cabeça. Ouviram passou e ela ergueu o rosto rapidamente pensando ser Poncho,
mas se decepcionou ao ver Mariana que perguntou:
- Como vc ta?
Any: Bem... E ele?
Mariana: Ainda nervoso.
Any: Não veio com vc? - olhando em volta pra ver se achava Poncho.
Mariana: Não ele não quis vir, disse que vc quem vai ter que se desculpar primeiro.
Caspian: O que eu te disse? - a encarando.
Any: Não vou pedir desculpas, ele me ofendeu primeiro.
Mariana: Olha sinceramente acho que os dois estão errados e devem pedir desculpas um ao
outro.
Any: Sim, mas ele quem começou a briga ele que comece pra terminá-la.
Mariana: E por que vc não pode ir?
Any: Porque foi ele quem fez o escandalo por nada. - defendeu-se.
Caspian: Só uma pergunta pretendem ficar nessa até quando?
Any: Até ele pedir desculpas porque eu não vou. - decidida.
Mariana: Any...
Any: Chega não quero falar mais sobre isso, vamos dar uma volta?
Caspian: Ok! - respondendo fazendo uma careta pra Mah que deu de ombros sem poder fazer
nada.
Começaram, a andar em silêncio e numa tentativa de quabrar o clima Mah disse sorrindo:
- Sabe adoro esse clima de Natal, falta mais de 20 dias, mas esses pisca-pisca nas lojas esse
lance de começar a ver presente, montar árvore acho tão legal.
Caspian: É eu também gosto... Parece que o mundo fica mais cheio de amor não concorda Any?
A indireta foi clara e Any entendeu, mas não se preocupou com isso, o que a preocupava era que
o Natal estava perto só tinha agora 26 dias pra convencer as três pessoas que faltavam de que
estava falando a verdade, de que estava mudada. Mas a cada minuto que passava menos chance
de convence-los Any sentia ter, sua última esperança era que algum deles acreditassem nela nos
dias em que ficassem no acampamento em Flórida. Acordou dos pensamentos quando Mah a
cutucou.
Mariana: Any to falando com vc.
Any: O que foi?
Mariana: O que acha desse clima de Natal?
Any: Ah... Legal!
Mariana: Já escolheu os presentes?
Any: Que presentes? - a encarando sem entender nada.
Mariana: To falando dos presentes que certamente vc vai dar pro pessoal da sua familia, seu
amigos... Disso que eu to falando.
Any: Ah ta... Ainda não escolhi não.
Mariana: Hum! E vc Caspian já escolheu?
Caspian: É... Mais ou menos.
Mariana: Hum entendi, bom eu já escolhi.
Any: Rum... Legal!
Ficaram mais um tempo conversando e deixaram Mah em casa indo em seguida pra casa de Any.
À noite Chris estava na sala comendo pipoca assistindo filme, Any desceu aflita e perguntou:
- Chris alguém me ligou.
Chris: Não!
Any: Tem certeza?
Chris: Absoluta, não falei com o Poncho hoje desde que saimos da escola.
Any: Como sabe que é dele que eu to falando?
Chris: Por que é a única pessoa que poderia te ligar e a única que vc enche o saco pra saber se
ligou.
Any: Ta já entendi... Obrigada!
Chris: De nada. - sério.
Any voltou pro quarto e bateu a porta Caspian que estava sentado na cadeira em frente a
penteadeira perguntou calmamente:
- E...?!
Any: Não ligou. - deitando na cama. - Ai Caspian eu vou morrer com esse silêncio dele.
Caspian: Any vc sabe como resolver.
Apontou pro telefone que flutuou indo pra perto dela, mas Any não ligou e respondeu brava:
- Pode colocar isso de volta eu não vou ligar pra ele. - decidida.
Caspian: Ele também não vai te ligar.
Any: Sério mesmo? - o encarando aflita.
Caspian: São vcs dois quem estão provocando isso, se ligasse em dois minutos iriam se entender.
O telefone flutuou em frente aos olhos de Any que estava deitada, parecia que ia cair na cabeça
dela se ela não pegasse, foi então que vencida pegou o telefone e começou a discar.
Caspian: Muito bem. - sorrindo.
Any: Não, não vou pedir desculpas. - desligando o telefone antes que começasse a chamar.
Caspian: Any assim não tem acordo né?
Any: O único acordo é que ELE, o Poncho me ligue e peça desculpas.
Foi então que o telefone começou a tocar e Any disse desesperada como se tivesse medo de toca-
lo:
- Ai será que é o Poncho?
Caspian: Atende e descobre.
Any: Ta! - pegou o telefone e respirou fundo. - Alô?
Xx: Alô é da pizzaria?
Any fez uma cara de morte e disse brava:
- Não minha senhora não é da pizzaria. - brava.
Xx: Me desculpe. - e desligou.
Caspian: Que pizza ela pediu? - sorrindo.
Any: Não tem graça Caspian. - disse brava.
Caspian: Any liga de uma vez. - impaciente.
Any: Não vou ligar, já decidi só pego essa coisa se ela tocar. - colocando o telefone no lugar.
Caspian foi argumentar, mas Any cruzou os braços e o encarou, o mesmo achou melhor ficar
quieto.
Na casa de Poncho o mesmo encarava o telefone impaciente, Lívia chegou e perguntou:
- O que vc tem mano?
Poncho: Nada não.
Lívia: Tato a Any não ia vir pra cá hoje?
Poncho: Ia.
Lívia: E por que não veio? - com as mãos na cintura.
Poncho: A gente brigou.
Lívia: Por quê?
Poncho: Coisa de adulto meu amor vc não ia entender. - sorrindo triste.
Lívia: Então liga pra ela e pede desculpas.
Poncho: Não.
Lívia: Por que não?
Poncho: Porque ela quem deu motivos, ela que venha se desculpar.
Lívia: Ah tato assim não da e se ela não ligar?
Poncho encarou o telefone e constatou algo. Ele não ligara pra Any pedindo desculpas por
orgulho e seu medo era que Any também não o havia liga por orgulho, sendo assim essa briga
não terminaria nunca. Foi então que pegou o telefone e discou, mas colocou de volta no gancho
dizendo:
- Não eu não vou ligar, ela que ligue e peça desculpas.
Lívia: Eu queria falar com ela. - fazendo bico.
Poncho: Pois então se ela gostar da gente ela vai ligar.
O telefone então começou a tocar e rapidamente Poncho atendendeu dizendo:
- Any meu amor me desculpa eu...
Xx: Filho esta tudo bem? - estranhando.
Poncho: Ah oi mamãe. - decepcionado.
Xx: Esta tudo bem querido?
Poncho: Esta e com a senhora, por que ligou?
Xx: Pra saber se esta tudo bem.
Poncho: Ah esta sim não se preocupe.
Lívia: Deixa eu falar com a mamãe? - puxando o braço dele.
Poncho: Espera que a Lívia quer falar com vc. - e deu o telefone pra irmã deitando no sofá
frustrado.
Lívia: Oi mamãe tudo bem?
Xx: Tudo meu anjo e vc?
Lívia: Também, to com saudades mamãe.
Xx: Eu também querida, mas logo, logo a gente vai se ver ta?
Lívia: Ta bom... Beju mamãe.
Xx: Beijo querida, tenha uma boa noite.
Lívia: Vc também. - sorrindo.
Xx: Me passa pro seu irmão e não demora pra dormir ta?
Lívia: Ta bom! - respondeu e apontou o telefone pro irmão. - Ela quer falar com vc.
Poncho: Fala mãe. - pegando o telefone.
Xx: Sua irmã e vc já estão de férias certo?
Poncho: Uhum!
Xx: Vai acampar com seus amigos na segunda né?
Poncho: Vou.
Xx: Bom então domingo à tarde eu e seu pai estamos de volta e vamos levar a Lívia conosco,
assim vc pode ir sossegado.
Poncho: Ok. - passando a mão pelos olhos.
Xx: Bom arrume as coisinhas dela com o que ela quiser levar ok?
Poncho: Pode deixar... Boa noite mãe.
Xx: Boa noite querido. - e desligou.
Poncho: Vamos dormir mocinha?
Lívia: Não vai ligar pra Any?
Poncho encarou o telefone no gancho e uma tentação de ligar percorreu todo o corpo dele, mas
não iria ligar, não iria correr atrás como sempre e pedir desculpas. Pegou Mah no colo dizendo:
- Não vou ligar já ta tarde ela deve estar dormindo. - mentiu.
Lívia: Hum... - fazendo bico.
Poncho: Não fica assim, vamos dormir. - sorrindo e a levou.
Antes de subir encarou o telefone desejando que tocasse, mas ele não tocou, não também não
ligou e sem outra escolha ele subiu com a irmã.
No outro dia o pessoal se encontrou no orfanato, Any propositalmente havia ido mais cedo pra
não chegar junto com Poncho, preferia já estar lá quando ele chegasse. Mariana entrou e foi
direto falar com Any que estava brincando com Sara.
Mah: Quero falar com vc.
Any: Bom dia pra vc também Mah, o que foi?
Mah: Caspian me contou que vc não quis ligar pro Poncho ontem.
Any: Não liguei mesmo se brigamos a culpa foi dele.
Mah: Any deixa de ser besta.
Any: Vai defender ele agora?
Mah: Não Any, mas essa briga boba de vcs tem que acabar.
Any: Eu sei, mas ele quem deve me pedir, ele me ofendeu.
Mah: Já vi que não vai adiantar falar com vc né?
Any: Não eu já falei que não vou pedir desculpas, se tiver arrependido ele que venha pedir.
Mah: Ok então se segura que ele ta vindo ai, tchauzinho! - saindo. - Tchau linda. - sorrindo pra
Sara.
Sara: Tchau tia. - se virando pra trás.
Quando se virou pra frente Sara viu Poncho e correu na direção dele, pulando no seu colo.
Poncho: Bom dia minha linda. - sorrindo e dando um beijo nela.
Any abaixou a cabeça envergonhada e ouviu passos apressados vindo na sua direção.
Lívia: Oi Any! - estendo os braços pra ela.
Any: Oi princesa tudo bem? - sorrindo pra ela.
Lívia: Any! Verdade que vc não foi em casa porque ta brigada com o tato.
Any encarou Poncho sentindo que o coração ia sair pela boca sua vontade era de colocar Lívia no
chão e ir correndo até Poncho cobri-lo de beijos e pedir desculpas, mas não iria se desculpar, ela
foi a ofendida ela merecia as desculpas. Por outro lado Poncho encarou Any se perguntando se
ela estava mais bonita hoje pra provoca-lo ou se aquilo era coisa da sua cabeça já que estava
louco pra acabar com aquela briga e matar as saudades dela, mas assim como Any ele não iria
dar o braço a torcer, Any tinha ido falar com Léo sabendo que ele não iria gostar, então ela que
se desculpasse primeiro ou ficariam naquilo pro resto da vida. Mesmo que isso o incomodasse
profundamente. Os dois acordaram de seus pensamentos quando Lívia perguntou:
- Responde Any... Por que vc e o tato brigaram?
Any: É... Porque...
Poncho: Já te disse que é coisas de adultos Lívia. - repreendeu-a.
Lívia: Odeio esse papo de “coisas de adulto” também quero ser uma adulta.
Any: Vc vai ser meu amor quando menos esperar e vai desejar voltar pros tempos em que era
pequenina como agora.
Lívia: Verdade?
Any: Uhum porque no fundo todos queriam ser crianças e não crescer nunca. - sorrindo e seu
olhar encontrou o de Poncho, ambos se encararam. - Bom com licença. - e saiu.
Poncho: Vc dormiu bem Any? - perguntou sem se conter.
Any: É... Na medida do possível sim... E vc?
Poncho: Na medida do possível.
Any deu um sorrisinho e saiu antes que não resistisse mais.
Ali perto Ucker perguntou abraçado com Dul:
- Qual o lance entre Anahí e Poncho.
Chris: Acho que eles brigaram?
Mai: Sério? Por quê?
Chris: Bom minha irmã tava desesperada querendo saber se o Poncho tinha ligado pra ele e como
sei que ele não ligou... Alguma coisa aconteceu.
Ucker: É eu percebi que não vieram juntos e agora pouco se viram e se trataram de modo muito
estranho.
Dul: Estranho em que sentido? - perguntou interessada.
Ucker: Pra ter idéia... Não pareciam um casal de namorados e sim dois desconhecidos.
Mai: Será que terminaram?
Chris: Podia ser isso né? Mas acho que se fosse a gente saberia.
Dul: Mas se não terminaram, porque estão tão estranhos cade todo aquele mel? - preocupada.
Mai: Vai saber, mas por que ta tão interessada em saber se eles brigaram?
Ucker: É mesmo amor to estranhando.
Dul: Ah nada só pra saber.
Chris: Hum ta. - respondeu.
Um tempo depois Poncho estava brincando com alguns meninos quando Luz chegou dizendo:
- Oi a gente não se falou hoje ainda né? - sorrindente.
Poncho viu que Any olhava a cena de perto e pra provocar disse se levantando:
- É acho que não mesmo. - sorrindo e a abraçou.
Any cerrou os olhos com raiva tava na cara que aquilo era uma vingança, mas não ficaria ali pra
ver. Juntou todo seu orgulho e saiu decidida vendo que seus olhos marejaram ao ver Poncho
dando um beijo no rosto de Luz conversando com ela cheio de sorrisos. Bateu a porta da cozinha
o lugar mais próximo que achou pra se esconder e lá começou a chorar descarregando sua raiva
nos objetos que estavam em cima da pia e se esparramaram pelo chão espatifando-se alguns.
Dul: Any ta tudo bem?
Any: NÂO, NÃO TA TUDO BEM. - gritou com raiva chorando.
Dul: Vc ta assim por causa do Poncho né?
Any: É! - reclamou brava.
Dul: Óh não fica assim. - a abraçando ternamente.
Any: Por que ele tem que fazer isso comigo Dul. - chorando.
Dul: O que aconteceu porque brigaram dessa vez?
Any: Foi assim o Léo me deu uns convites pra gente ir pra festa de despedido hoje à noite.
Dul: Eu sei também recebi esses convites.
Any: Acontece que quando me deu esses convites Léo me abraçou porque acabei aceitando ir,
Poncho ficou furioso por isso, me insultou, disse que eu tava a fim de ficar com o Léo de novo.
Dul: Ele falou isso mesmo?
Any: Falou e agora por pura vingança porque sabia que eu tava vebndo abraçou e deu um beijo
na Luz, não é justo ele fazer isso comigo Dul.
Dul: Vc quer que eu converse com ele? - acariciando os cabelos dela.
Any: Não isso é assunto nosso, só a gente pode resolver. - parando de chorar a soltando.
Dul: Então fala com ele.
Any: Não Dul ele quem tem que pedir desculpas, ele me ofendeu.
Dul: Uhum e se ele tiver pensando o mesmo? E se ele quiser que VC vá pedir desculpas?
Any: Vai ter que esperar sentado porque não vou pedir desculpas muito menos depois dessa.
Dul: E vai quebrar a cozinha toda enquanto espera ele dar o braço a torcer?
Any: Não. - cruzando os braços emburrada.
Dul: Então vai VC fala com ele! - aconselhou.
Any: Não vou e para de insistir. - e saiu brava.
Dul: Além de ser teimosa é bagunceira agora sobra pra mim arrumar tudo.
Mariana: A gente te ajuda. - entrando com Caspian.
Dul: Vc ouviram a conversa?
Caspian: Aham.
Dul: O que a gente faz pra ajudá-los? A Any ta péssima, mas é orgulhosa e o Poncho não fica
atrás.
Mariana: Que tal darmos uns tapas neles?
Caspian: Eu tenho uma idéia, vcs me ajudam? - olhando as duas.
Elas sorriram afirmando com a cabeça.
Um tempo depois Any entrou no quarto dando de cara com Caspian e perguntou:
- Vc queria falar comigo?
Caspian: Uhum vi o jeito como vc ficou na cozinha e quero te propor um acordo.
Any: Que acordo?
Caspian: Olha faça de conta que eu sou o Poncho e diga tudo o que gostaria de falar pra ele.
Any: Por que isso?
Caspian: Anda vai logo e para de fazer perguntas. - impaciente.
Any: Ok... Poncho eu queria que soubesse que não tem nada entre eu e o Léo, que as ficadas que
rolou entre a gente não passou disso de ficadas com alguns beijos mais extravagantes, mas que
não significaram nada pra mim, nada pra nenhum dos dois... A única pessoa que eu amo é vc, Léo
é só um amigo, queria que vc entendesse isso e não ficasse com tanto ciúmes, não que eu não
goste eu gosto é como vc me disse, gosto dos seus ciúmes porque me faz bem ver que vc me ama
tanto quanto eu te amo, mas odeio quando por causa dele brigamos e ficamos distanciados desse
jeito, mesmo eu não admitindo vc e todo mundo sabe que no fundo me faz falta, muita falta. -
chorando.
Foi então que sentiu uma mão tocar seu ombro dizendo:
- Não precisa mais chorar meu amor vc também me faz muita falta.
Any: Poncho?! - se virando pra frente assustada.
Foi então que a ficha de Any caiu e percebeu que Caspian escutara tudo, mas invisivel e que
desaparecera no momento em que Poncho tocou nela. Ainda assustada perguntou:
- O que ta fazendo aqui? - enxugando o rosto.
Poncho: Dul e Mariana me pediram pra vir pra cá e quando entrei vc começou a falar, como sabia
que eu estava ouvindo tudo? - curioso.
Any: Não sabia, quer dizer eu acho que não sabia. - balançando a cabeça confusa.
Poncho: Vc me desculpa pelas coisas horriveis que eu te falei? Eu também to sentindo muito a
sua falta bebê. - segurando o rosto dela entre as mãos.
Any: Por que vc fez aquilo com a Luz? - triste.
Poncho: Eu sei que foi besteira, uma besteira enorme, me arrependi assim que te vi saindo.
Any: Vc pagou com a mesma moeda. - abaixando a cabeça.
Poncho: Não por que eu percebi que a intenção do meu abraço na Luz e do seu no Léo eram
totalmente diferentes, vc o abraço como amiga e eu abraçei a Luz pra te provocar, usei ela pra
isso.
Any: Não devia ter feito aquilo. - com os olhos marejados e a voz embargada.
Poncho: Eu sei, mas me desculpa, não sabe como eu quis te ligar ontem pra pedir desculpas, mas
meu... Orgulho idiota não deixou.
Any: E eu também quis te ligar, mas meu orgulho não deixou, mas quase tive um enfarte de tanta
ansiedade esperando sua ligação. - sorrindo entre lágrimas.
Poncho: Me perdoa te juro que nunca mais brigaremos assim de novo ta? - enxugando seu rosto.
Any: Vc jura? Outro briga como essa eu não agüento, quase quebrei a cozinha agora pouco.
Poncho: Então vc provocou aquele barulho? - rindo.
Any: Uhum, culpa sua. - o olhando manhosa.
Poncho: Me desculpa meu amor? Te amo muito, não quero ficar separado de vc. - falou com
ternura.
Any: Eu também não Poncho, nunca mais.
Poncho: Então te juro que nunca mais a gente vai brigar ok?
Any: Ok, eu vou tentar conter meus ciúmes com a Luz e vc com o Léo ta?
Poncho: Ta bom e pra começar a gente vai pra essa festa hoje a noite ta bom?
Any: Ta. - sorrindo limpando o rosto.
Poncho: Será que agora que a gente se entendeu eu não mereço um beijo?
Any: Um beijo não, muito beijos meu amor. - sorrindo entrelaçando os braços em torno do
pescoço dele. - Te amo gatinho.
Poncho: Também te amo princesa.
E sem mais demora ambos se uniram num beijo calmo, mas muito apaixonando. Foi então que
sacaram o quanto sentiram falta um do outro e desejaram naquele beijo nunca mais se
separarem. Ao se soltarem Poncho acariciou o rosto de Any dizendo:
- Quase fiquei maluco sem esses beijos sabia? - e lhe deu um selinho demorado.
Any: Eu também bebê. - sorrindo acariciando o rosto dele.
Poncho: Nunca mais eu largo vc, da próxima pode me bater, dizer que me odeia, me expulsar que
eu não vou pra lugar nenhum. - a abraçando.
Any: Não vou mais fazer isso eu juro. - sorrindo e o beijou.
Lá fora Mariana e Dul estavam sentadas no degrau do pátio sorrindo vendo Sara, Lívia e mais
algumas crianças brincarem, Caspian então sentou ao lado delas dizendo:
- Prontinho saiu tudo perfeito.
Dul: Então quer dizer que eles se entenderam? - sorrindo.
Caspian: Uhum.
Mariana: Como conseguiu? - curiosa.
Caspian: Bom eu falei pra Any fazer de conta que eu era o Poncho e falar tudo o que gostaria que
ele ouvisse, quando ela começou a falar ele entrou e ouviu tudo.
Dul: Ah vc é um gênio Caspian.
Caspian: Imagina, vcs também ajudaram levando ele pro quarto na hora certa.
Mariana: Mas que bom que finalmente eles se entenderam né?
Dul: Uhum fiquei com pena de ver a Any brava e desesperada daquele jeito.
Caspían: É pra vcs verem o que o orgulho não faz.
Mariana: Gente vcs vão na festa de hoje à noite?
Dul: Ah eu to a fim de ir, mas tenho que ver se o Ucker topa ir também.
Mariana: Ah acho que topa sim afinal a escola inteira foi chamada. - sorrindo. - Vc vai Caspian?
Caspian: Não sei eu não sou da escola.
Mariana: Mas recebeu um convite... Vamos sim vai, por favor.
Caspian: Ah se vcs Any e Poncho foram eu vou.
Mariana: Oba. - sorrindo e o abraçou de lado.
Dul sorriu notando o clima e disse se levantando:
- Vou atrás do meu namorado ver se ele quer ir pra festa, depois a gente se fala.
Caspian: Tchau! - sorrindo.
Mais tarde o pessoal se despediu das crianças e combinaram de se encontrar no salão perto da
escola onde seria a festa, Caspian não queria ir, mas a pedido de Mariana, Any o convenceu.
Quando deu 9 horas da noite a festa foi dada início prometendo ir até altas horas.
Any: Ai Caspian não fica com essa cara. - parada de pé em frente a mesa onde ele estava.
Caspian: Eu não devia ter vindo melhor desaparecer.
Any: Nada disso e como vai fazer pra sumir tem gente por toda a parte aqui.
Caspian: Não sei posso me enfiar debaixo da mesa, por exemplo. - sarcástico.
Any: Ah ta, vc sabe que isso não vai dar certo... Anda vamos dançar! - o puxando.
Caspian: Eu não sei dançar isso (apontou a pista) vai vc com seu namorado.
Any: Hei, mas sabe uma coisa que eu to estranhando... A Mariana não ta aqui.
Caspian: Sorte a dela. - respondeu entediado.
Any: Ai não seja tão pessimista assim. - fazendo uma careta.
Foi então que uma mão segurando uma cerveja envolveu sua cintura e outra mão estendendo
uma cerveja pra ela perguntou:
- Não ta a fim de dançar meu amor? - beijando o pescoço e ombros dela.
Any: Uhum! - sorrindo e sorveu um gole da cerveja. - Vc não vem mesmo Caspian? - o encarando.
Poncho: Vamos lá a pista ta bombando cheio de gatinhas (Any o encarou séria) pra vc Caspian. -
completou dando um beijo no rosto de Any.
Caspian: Vão vcs prefiro ficar por aqui.
Any: Ok da um tempo que a Mah já chega ai vcs conversam. - sorrindo e saiu sendo puxada.
Minutos depois uma música romântica começou a tocar e os casais foram se formando e se
abraçando dançando juntinhos, era difícil achar um conhecido no meio daquele formigueiro
humano que havia se tornado a pista de dança.
Dul: Ta tão bom aqui com vc amor. - sorrindo.
Ucker: Também to adorando ficar abraçado com a garota mais linda da festa.
Dul: Para vai me deixar sem graça.
Ucker: Vc fica mais linda assim sem graça. - sorrindo e a beijou.
Ao se separarem Dul o abraçou perguntando:
- Cadê a Mah hein? Ela não disse que ia vir com a gente?
Ucker: Eu liguei pra saber se ela queria que a gente a buscasse, mas ela não quis.
Dul: Não por quê?
Ucker: Disse que tinha umas coisas pra fazer antes de vir pra cá.
Dul: Nossa que estranho? Ela sabe chegar aqui sozinha?
Ucker: Sabe ela já veio pra cá e eu expliquei o caminho pra ela.
Dul: Outros que sumiram foi Mai e Chris.
Ucker: Ah estão sentados numa mesa.
Dul então arregalou os olhos vendo a pessoa que estava chegando e não foi a única. Mariana
chamou tanta atenção com seu visual novo totalmente transformada que a luz que iluminava a
pista a iluminou enquanto ela descia a escada sorridente. (Foto:
http://media.eresmas.com/biblioteca/img/biblioteca/fondo651.jpg) Any viu a amiga antes de
Poncho e disse de boca aberta:
- Poncho eu to alucinando ou aquela é a Mah?
Poncho se virou e tão surpreso quanto ela respondeu:
- Não meu amor é ela mesmo, mas… O que aconteceu? - surpreso.
Any: Não tenho idéia, mas to surpresa! - sorrindo.
Assim que terminou de descer as escadas Mariana sorriu envergonhada pra Mai e Chris que
vieram na direção dela surpresos. Mai a olhou de cima abaixo e perguntou sorrindo:
- Que transformação é essa menina?
Mariana: Quis mudar um pouco só isso. - sorrindo.
Chris: Nossa, mas que mudança vc ta deslumbrande com todo respeito.
Mariana sorriu envergonhada e abaixou a cabeça, Mai então perguntou:
- Isso tem haver com alguém? - olhando onde Caspian estava sentado.
Mariana: Mais ou menos. - sorrindo. - Eu queria mudar por mim também.
Chris: Ah garota então manda brasa, juro que se não tivesse namorando vc não me escapava.
Mariana e Mai acabaram caindo no riso. Em seguida Mariana foi até a mesa de Caspian e disse:
- Boa noite! - sorrindo.
Caspian: Boa noite. - sorrindo de volta.
Mariana vendo que sua mudança não havia surtido efeito com ele disse mexendo nos cabelos:
- E ai ta gostando da festa?
Caspian: Ah to me sentindo um marciano aqui, mas tudo bem.
Mariana se frustrou novamente e perguntou:
- Vc gostou da minha roupa?
Caspian: Ah vc ta bonita sim. - sorrindo e olhando a pista.
Mariana se colocou na frente dele e perguntou séria:
- Caspian por acaso vc é gay?
Caspian: O que? Gay? - estranhando.
Mariana: Sim que não gosta de mulher, que gosta de homem.
Caspian: Não eu não sou isso. - negou com veemência.
Mariana: Então sou eu o problema? - chateada.
Caspian: Não Mariana eu é que não quero me relacionar.
Mariana: Por que não? Vc passou por uma experiência ruim.
Caspian: Mais ou menos, mas não é com vc... Vc é bonita, vai encontrar o cara certo.
Mariana: Ah claro todo mundo fala isso a verdade é que eu tenho que parar de ser idiota e gostar
dos caras errados. - com os olhos marejados.
Caspian: Não fica assim Mah, eu achei bonito o que vc fez pela Any e pelo Poncho.
Mariana: Mas do que adiantou eles estão felizes e eu aqui sozinha, me arrumei toda pra tentar
chamar a sua atenção e olha o que consegui... Um fora!
Caspian: Olha a noite ainda não terminou tenho certeza que alguém vai valorizar tudo isso.
Mariana: Ta legal eu não preciso ser consolada, muito obrigada. - e saiu.
Caspian: Aonde vc vai? - vendo ela se afastar.
Mariana: Sumir queria ficar invisível. - e sumiu no meio do pessoal.
Any chegou nessa hora e batendo em Caspian disse:
- Vc é um anjo muito insensível mesmo. - brava.
Caspian: Vc sabe porque eu não quis nada com ela.
Any: Caspian o que custa fazer a Mah feliz?
Caspian: O que custa vamos ver... Primeiro eu sou um ajnjo não sinto o amor que vc humanos
sentem pra me relacionar com ela, segundo que isso viola todas as regras lá em cima, terceiro
como posso namorar ela até o Natal e depois deixá-la aqui e quarto o destino dela não é comigo.
Any: Caspian vc esqueceu que eu também posso ter que ir embora, mas mesmo assim estou
tendo um relacionamento?
Caspian: O seu caso é totalmente diferente vc é humana e pode se relacionar com humanos e eu
sou um anjo que não pode fazer isso e também vc tem a chance de ficar aqui se conseguir o
perdão de três pessoas já eu vou ter que ir com ou sem missão comprida entende isso. - sério.
Any: Ok já entendi, mas não achei justo o que fez com ela... Ela gosta de vc.
Caspian: Vai me esquecer essa noite mesmo.
Any: Eu não acredito. - cruzando os braços.
Caspian: Quer apostar? - desafiando.
Any: Não aposto com anjos, mas se ta dizendo que ela vai te esquecer me diga como. - decidida.
Caspian: Vc vai saber logo. - respondeu calmamente.
Ali perto Mah sentou numa mesa enxugando o rosto e pediu:
- Me vê o que vc tiver de mais forte ai, por favor.
Xx: Tem que apresentar a identidade mocinha.
Mariana mostrou e o cara serviu uma batida de wisk com tequila pra ela que virou de uma vez, foi
então que um garoto se aproximou e perguntou:
- Noite ruim?
Mariana: Péssima acabei de levar um fora.
- Que mal, espero que não aconteça o mesmo comigo. - sorrindo.
Mariana: Acho que não vc parece ser legal e... Léo? - o reconhecendo surpresa quando o olhou.
Léo: Vc me conhece? - a encarando. - Espera ai vc é a amiga da Any... Mariana é isso?!
Mariana: Sim! - sorrindo. - Poxa não esperava te encontrar aqui, tem tanta gente nessa festa.
Léo: Pois é eu te vi e resolvi vim falar com vc, esta muito linda nessa roupa Mah.
Mariana: Obrigada. - abaixando a cabeça sem graça.
Léo: Sabe vc ta tão bonita que eu to com vontade de fazer uma coisa. - se aproximando.
Mariana: Fazer o que? - assustada com a aproximação dele.
Léo: Isso! - respondeu a puxando lhe dando um beijo.
Mariana foi pega de surpresa com aquele beijo não esperava aquilo de ninguém muito menos de
Léo que pensava ser a fim de Any, talvez ele ainda fosse a fim da amiga e a estivesse usando. Foi
então que o empurrou e perguntou:
- Por que vc fez isso? Achei que fosse a fim da Any?
Léo: Eu sou, quer dizer mais ou menos. - confuso. - Mas o que posso fazer se ela não quer nada
comigo? Se só quer saber do Alfonso.
Mariana: E por isso vc acha que tem o direito de sair beijando qualquer um por ai?
Léo: Não Mah vc entendeu errado eu...
Mariana: Essa festa só pode ser um pesadelo, o cara que eu gosto ou gostava não sei me da um
fora e o garoto que gosta da minha amiga me beija, é pra enlouquecer. - e saiu apressada.
Léo: Mariana espera. - tentando ir atrás, mas já a perdera de vista.
Um tempo depois Poncho puxou Any pra um lugar mais afastado e antes que ela tivesse tempo
de fazer alguma coisa Poncho a agarrou lhe dando um beijo ardente explorando com sua língua
toda a boca de Any que correspondeu envolvendo os braços em torno do pescoço dele
acariciando seus cabelos, como era bom estar assim assim com ele de novo, pensava ela feliz e
sem resistir levou as mãos pra dentro da blusa dele acariciando suas costas no momento em que
ele começou a beijar e dar alguns chupões pelo pescoço dela brincando com sua orelha fazendo
ela rir se arrepiando.
Poncho: Eu já to me segurando pra não fazer amor com vc aqui e vc faz isso? - ofegante.
Any: É melhor a gente parar antes que façamos uma loucura.
Poncho: Se bem que... Eu ia adorar se a gente fizesse uma loucura aqui. - sorrindo malicioso.
Se aproximou dela que fechou os olhos sorrindo ofegante e contornou os lábios dela com sua
língua dando um beijo ardente e apaixonado em seguida. Quando se separaram Any disse:
- Vem vamos dançar um pouco.
Poncho: Gatinha não quero dançar. - respondeu impaciente. - Quero fazer outra coisa. - sussurou.
Any caiu no riso e respondeu:
- Vamos ficar mais um pouquinho aqui na festa e depois a gente vai... - se aproximou. - Pra onde
vc quiser fazer o que vc quiser ok? - sussurrou e mordiscou a orelha dele.
Poncho: Ok, mas vou te dar muito trabalho vou só avisando.
Any: Um trabalho que eu vou adorar realizar. - sorrindo e lhe deu um beijo apaixonado.
Poncho: Vamos dançar antes que eu mude de idéia. - a abraçando por trás.
Any: Ok. - sorrindo e saíram voltando pra multidão.
Próximo dali Mai encontrou Mariana e perguntou:
- O que vc tem por que ta tristinha desse jeito?
Mariana: Essa festa ta um saco, queria ir embora.
Mai: Mas por que? Ainda é 11 horas Mah.
Mariana: Eu sei, mas ta uma droga pra mim.
Mai: Já vi que o modelito não funcionou com o Caspian.
Mariana: E bota como não funcionou.
Mai: O que aconteceu?
Mariana: Quer saber tudo? - a encarando.
Mai: Uhum! - sorrindo pra ela.
Mariana: Bom primeiro o Caspian nem percebeu tudo o que fiz, segundo perguntei se ele era
gay...
Mai: Não vc não perguntou isso.
Mariana: Perguntei e ele respondeu que não era, mas que a gente não podia ficar junto que o
problema era ele que não queria se relacionar.
Mai: Nossa que chato.
Mariana: E pra fechar com chave de ouro eu fui pro bar depois que falei com o Caspian e
encontrei o Léo aquele amigo da Any que parece ser a fim dela.
Mai: Hum sei quem é.
Mariana: Então primeiro eu não reconheci ele, mas depois ele me beijou.
Mai: Como te beijou? Ele não é a fim da Any?
Mariana: Eu também pensei que fosse, mas depois dessa...
Mai: Caramba e o que vc fez?
Mariana: Eu sai de perto, ele disse assim: De que adianta ser a fim da Any se ela só quer saber do
Poncho? Ai fiquei brava e acusei ele de ter me usado e sai de perto.
Mai: É vc fez bem.
Mariana: Ai eu acho que já que vou embora Mai.
Mai: Ah fica.
Chris: Oh amor vc ta ai, tava te procurando. - chegou e deu um beijo nela.
Mai: Amor me ajuda a convencer a Mah a ficar aqui? Ela quer ir embora.
Chris: Por quê?
Mariana: Ah não to a fim de ficar aqui não.
Chris: Fica Mai.
Mai: É fica aqui.
Mariana: Ta bom, mas só mais um pouquinho.
Mai: Vem vamos dançar lá na pista. - e a puxou mesmo com Mah protestando.
Um tempo depois Dul estava andando de mãos dadas com Ucker quando viu Caspian e
perguntou:
- O que ta fazendo ai sozinho?
Caspian: Ah nada não.
Ucker: Vai pra pista cara.
Caspian: Não obrigado eu vou ficar por aqui.
Dul: Tem certeza?
Caspian: Tenho.
Ucker: Bom a gente ta na pista qualquer coisa chama beleza?
Caspian: Pode deixar, valeu.
Dul: Tchau até depois. - sorrindo e foi pra psita sumindo de vista.
Caspian suspirou e ficou olhando a turma dançando.
Uma hora depois Any estava andando quando trombou com alguém dizendo:
- Desculpa!
- Any! Vc veio que bom! - sorrindo.
Any: Oi Léo eu não disse que vinha?
Léo: Que bom, vi sua amiga Mariana, por falar nisso vc viu ela?
Any: Não só na hora que chegou, nem falei com ela ainda.
Léo: Poncho também veio?
Any: Uhum, foi buscar mais bebidas. - sorrindo e olhou pra trás.
Léo: Ah ta, olha se vc ver a Mah diz pra ela que peço desculpas ok?
Any: Por quê?
Léo: Ela vai entender... Bom eu vou nessa, tem uns amigos me esperando a gente se vê.
Any: Ok, mas se não nos virmos mais... Boa noite! - sorrindo.
Léo: Boa noite pra vc também. - respondeu e rapidamente sumiu de vista.
Any então sentiu braços envolverem a cintura dela e alguém sussurrou a fazendo arrepiar:
- Vamos embora gatinha?
Any: Já quer ir bebê? - se virando pra ele manhosa.
Poncho: Já! A única coisa que me interessa ta bem na minha frente, só que aqui não da pra
aproveitar como eu quero. - manhoso e a abraçou beijando seu pescoço.
Any: Hum que gatinho mais carente. - acariciando seus cabelos sorrindo.
Poncho: Vamos embora e acabar com essa carência então?
Any: Vamos. - sorrindo acariciando o rosto dele.
Quando chegaram na casa de Poncho o mesmo abraçou Any pela cintura e lhe beijou com volupia
estava totalmente fora de si devido as bebidas que havia tomado na festa. Any percebendo
perguntou:
- Não é melhor a gente subir gatinho?
Poncho: A casa ta vazia, não tem problema. - disse beijando seu pescoço.
Any: Hum... Isso é bom. - acariciando os cabelos dele.
Poncho então começou a desabotoar a própria calça e Any se arrepiou vendo o volume de algo
que pulsava embaixo daquela roupa. Foi então que percebendo que na sala não ia dar certo e
entrando no clima de Alfonso o puxou até a cozinha, jogando a própria blusa pelo chão quando
chegou. Ele que já estava sem sapatos e sem calça tirou a blusa e se pos a retirar o sutiã de Any
enquanto desabotoava sua calça livre também dos sapatos. Poncho soltou o sutiã de Any e a
puxando a deitou na mesa abocanhando seus lábios num beijo exigente e apaixonado. Quando se
separaram ela disse ofegante, mas sorrindo:
- O que aconteceu com vc.
Poncho: Não sei, mas... To gostando do que ta passando pela minha cabeça.
Any: O que?
Poncho olhou na direção de uma vasilha com chocolate e depois de pega-la começou a derramar
o conteúdo pelos seios desnudos de Any, ela se arrepiou sabendo o que ele ia fazer, mas sorriu
incentivando-o. Ele então abocanhou seus seios sugando todo o chocolate a fazendo gemer de
prazer, mas não contente pegou novamente a colher e depois de tirar a calcinha jogou o
chocolate pela barriga dela fazendo uma trilha até sua intimidade. Ao tirar com a língua
ele assoprava a arrepiando fazendo com que se segurasse mais na mesa mordendo o lábio
inferior para não gritar. Quando terminou Poncho penetrou dois dedos na intimidade de Any
fazendo-a gemer e cravar as unhas nas suas costas. Quando chegou ao ápice empurrou Poncho e
derrubando-o no chão disse:
- Agora ta minha vez, também to a fim de experimentar esse chocolate.
Poncho sorriu maliciosamente e chamou Any com o dedo, ela sorriu e derramou um pouco por
todo o abdomem dele limpando tudo com beijos e passadas de língua, ele sorria dando a
entender que estava gostando e o quanto estava excitado. Em seguida ela derramou um pouco
pela intimidade dele tirando o chocolate com beijos e algumas lambidas.
Poncho: Any isso é golpe baixo.
Any: Achei que tava gostando. - fazendo biquinho.
Poncho: É claro que eu to, mas vem cá me da um beijo.
Any sorriu e foi até ele e o beijou carinhosamente, Poncho aproveitou e se virou ficando por cima.
Sem mais demoras a penetrou com vontade arrancando gemidos de ambos. Rapidamente
alçaram o clímax e pararam exaustos e Poncho deitando a cabeça no colo de Any disse:
- Vc é perfeita meu anjo.
Any: Vc também e ta começando a me superar. - sorrindo acariciando os cabelos dele.
Poncho: Não da pra dormir assim né?
Any: É. – sorrindo.
Poncho: Então o que acha da gente fazer tipo um segundo tempo e terminar isso lá no banheiro?
Any: Olha que não é má idéia a gente nunca tomou banho juntos antes.
Poncho: Vamos? - vestindo sua cueca e sua calça já de pé.
Any: Vamos. - se levantando sorrindo colocando sua calçinha.
Poncho entregou a blusa dele pra ela e Any vestiu. Ela o abraçou por trás segurando o resto de
sua roupa e se encaminharam pro banheiro. No caminho ela sussurrou:
- Já disse que te amo?
Poncho: Ainda não.
Any: Te amo bebê. - beijando seu ombro.
Poncho: Também te amo meu amor. - sorrindo a encarando.
Chegaram no banheiro e tomaram banho juntos se entregando um ao outro novamente com
muita paixão e cumplicidade.
No outro dia Any estava dormindo quando começou a se mexer na cama inquieta levantou-se
depressa assustando Poncho que se sentando ao lado dela perguntou:
- Meu amor o que foi?
Any: Nada foi só... Um pesadelo.
Poncho acariciou os cabelos dela e lhe deu um beijo. Em seguida olhou no relógio e disse:
- Já são 8 horas vamos nos arrumar pra ir ao orfanato?
Any afirmou com a cabeça sorrindo e se levantou começando a se trocar.
Quando chegaram ao orfanato acompanhados de Lívia, Any cumprimentou todos e Luz disse:
- Nossa vcs demoraram cheguei a pensar que não viriam hoje.
Poncho: A gente se atrasou, mas foi só um pouquinho né bebê.
Any: Uhum! - sorrindo pra ele.
Foi então que ela viu Mariana e correu até a garota perguntando:
- Como foi ontem? Vc tava linda Mah.
Mariana: Não fui tão bem assim Any, vc não ficou sabendo?
Any: Ah eu vi o fora que o Caspian te deu eu falei com ele, amiga não liga ele é um idiota.
Mariana: Tudo bem, não tem problema Any.
Any: Mas não fica tristinha assim.
Mariana: Mas eu preciso te contar uma coisa que aconteceu depois que falei com o Caspian.
Any: O que foi? - curiosa.
Mariana: Eu fui pro bar depois que falei com o Caspian e sabe quem encontrei lá?
Any: Não? Quem?!
Mariana: O Léo.
Any: O Léo? Mas o que tem de mal nisso ele tava mesmo lá.
Mariana: Acontece que vc não imagina o que ele fez.
Any: Ai me conta.
Mariana: Ele me beijou.
Any: Que? Como assim te beijou? Ele não vive dizendo que é a fim de mim? Ele é um galinha
mesmo.
Mariana: Any ta com ciúmes? - estranhando.
Any: Não! Lógico que não, só estranhei.
Meu amor..
Sai com a Dul pra dar uma volta e conversamos ok?
Não se preocupe vamos perto da cachoeira e não vamos demorar a Dul sabe o caminho…
Adorei a nossa primeira noite aqui! ;) Vc é maravilhoso!!!
Beijos te amo muitão...
Any! :)
Poncho sorriu dando um beijo por cima do beijo de batom que Any deixara no fim do bilhete. Em
seguida terminou de se arrumar e saiu pra tomar café.
Meia hora depois Dul disse sentada nas pedras que ficavam em torno da cachoeira:
- Muito obrigada por ter vindo até aqui comigo Any.
Any: Acha não tem problema.
Dul: Vc quer voltar agora?
Any: Ah vc que sabe. - dando de ombros.
Dul: O que vc deixou pro Poncho?
Any: Que a gente não demorava, mas acho que ele não vai brigar se a gente atrasar um
pouquinho.
Dul: Mas acho melhor voltarmos.
Foi então que ouviram um barulho e se assustaram vendo um gambá.
Any: Ai que fedido. - contendo o riso.
Dul: Ah se eu tivesse trazido a minha câmera… Não sabia que aqui tinha bichos.
Any: Alguns nada perigoso disse o guida. - falou tapando o nariz.
O gambá se aproximou fazendo as meninas se afastarem, se aproximou da bolsa de Dul a
cheirando e do nada a agarrou saindo correndo.
Dul: Hei minha bolsa. - correndo atrás do gambá.
Any: Dul volta aqui. - rindo correndo atrás dela.
No acampamento Mariana perguntou:
- Poncho cadê a Dul e a Any?
Poncho: Foram dar uma volta lá próximo da cachoeira já devem estar voltando.
Mariana: É bom elas tomarem cuidado.
Poncho: Não tem problema a Dul sabe o caminho. - sorrindo.
Mariana: Vem comigo buscar o Caspian?
Poncho: Beleza... Mah vc ainda gosta dele?
Mariana: Ah um pouco.
Poncho: Espero que vcs ainda fiquem juntos, vc é muito bancana e merece alguém que te
valorize.
Mariana: Valeu Poncho... Em pensar que quando te conheci pensei que poderíamos namorar.
Poncho: A gente fica melhor como amigo.
Mariana: Que Any não me ouça, mas ela é maluca em deixar vc sozinho dando sopa.
Poncho: Ela não tem com que se preocupar sou completamente maluco por aquela loirinha Mah e
ninguém vai mudar o que sinto pela Any, ninguém. - sorrindo apaixonado.
Mariana: Fico muito feliz ouvindo isso, vcs formam um belíssimo casal Poncho e não tem com que
se preocupar, pois, todo esse amor que vc sente pela Any ela também sente por vc, é
completamente doida por vc Poncho e ciumenta também. - sorrindo e olhando pra ele que riu.
Poncho: Mas vamos atrás do Caspian se não daqui a pouco eu vou atrás da minha princesa.
Mariana: Vamos então.
Nesse momento Penélope e Gabrielle saiam do dormitório.
- Ai Gabi ta tudo a meu favor, acredita que chamei o Ucker pra dar uma volta e ele aceitou?
Gabi: Sorte sua Pê porque com o Poncho eu não consegui nada por culpa da namorada dele tenho
certeza, também nunca vi uma namorada tão grudenta e ciumenta quanto essa.
Penélope: É amiga ainda bem que sem precisar fazer nada a namorada ciumenta do Ucker não
existe mais e agora ele é todinho meu.
Gabi: Pior que pela primeira vez não sei o que fazer pra me livrar daquela loira irritante.
Penélope: Por que não apronta alguma coisa pra eles terminarem? Tudo o que um homem quer
depois que termina um namoro é um ombro feminino amigo. - sorrindo maliciosa.
Gabi: Mas como?
Penélope: Não sei, mas ta surgindo uma chance ai.
Gabi: Do que ta falando?
Penélope: Olha com quem o Poncho esta conversando amigavelmente, já sabe que a namorada
dele é ciumenta usa isso a seu favor, fala pra ela que ele tava conversando com essa garota.
Gabi: É pode ser uma boa idéia.
Penélope: Viu só nem tudo ta perdido. - sorrindo.
Gabi: É vc ta certa. - sorrindo encarando Poncho e Mariana que riam animados.
Quando parou de correr atrás de Dul, Any gritou ofegante:
- DUL! Cadê vc?
Dul: AQUI ANY! - gritou de volta.
Any seguiu o som da amiga e a encontrou parada em frente há um barranco.
- O que ta fazendo?
Dul: A minha bolsa finalmente achei.
Any: Ah é? Cadê?
Dul: Ali embaixo. - apontou pro fundo do barranco.
Any: Vc não ta pensando em ir busca-la né?
Dul: Any minhas coisas tão lá dentro.
Any: Dul é perigoso descer ai vc pode se machucar.
Dul: Não se me segurar nesses galhos. - segurando em um galho começando a descer.
Any: Dul volta aqui a gente precisa voltar já ta quase na hora do almoço.
Dul: Relaxa eu vou pegar minha bolsa e voltamos.
Any: Eu não to mais ouvindo o barulho da cachoeira Dul e se a gente se perder?
Dul: Não vamos nos perder eu sei voltar e achar a cachoeira vai ser facinho.
Any: Dul vamos voltar eu prometi que não ia demorar, Poncho já deve ta preocupado.
Dul: Calminha e a gente já vai.
Ela continuou descendo se segurando nos galhos e quando estava a alguns metros do chão perto
e da mochila viu que não tinha onde mais se apoiar e resolveu pular.
Dul: AI! - caindo no chão.
Any: Dul o que foi? - gritando lá de cima assustada.
Dul: Ai acho que machuquei meu pé Any, tem uns galhos aqui e meu pé virou quando cai, ta
doendo.
Any: Dul vc deve ta brincando.
Dul: Não Any to falando sério.
Any: O que eu faço agora? - tentando manter a calma.
Dul: Desce aqui e tenta me ajudar a andar ai voltamos.
Any: Descer? Por aqui? Não é perigoso demais e vc já se machuchou.
Dul: Então da um jeito, olha tem uma trilha aqui atrás de mim que da a volta nesse barranco vem
por ela.
Any: E se ela for longa e eu me perder de vc?
Dul: Vamos ficar conversando pra vc seguir o som da minha voz e eu saber onde vc ta.
Any: Ta-ta bom. - respondeu e seguiu reto tentando achar a trilha.
Depois do almoço Mariana perguntou:
- Any e Dul ainda não voltaram?
Poncho: Não e eu to começando a ficar preocupado.
Mah: Será que elas já chegaram e vc não viu?
Poncho: Não eu olhei faz 5 minutos no dormitório e nem sinal delas.
Mah: Às vezes elas acabaram ficando na cachoeira, mas já devem ta voltando pra almoçar.
Poncho: Ou elas estão perdidas.
Mah: Vc não disse que a Dul sabia o caminho?
Poncho: Disse, mas não sei eu to com uma sensação estranha, Any disse que não demoraria e ela
sabe que iria me preocupar se atrasasse, por isso acho que aconteceu alguma coisa.
Mah: Olha os guias daqui a pouco estão indo fazer trilha lá perto da cachoeira se elas estiverem
por lá vão acabar vindo com eles.
Poncho: Ta ok eu vou esperar mais um pouco então.
Mah: Tem um negócio de escalar aqui perto vamos lá comigo e com o Caspian? Assim vc se
distrai!
Poncho: Ta bom, nessas horas era bom um celular.
Mah: Relaxa Poncho daqui a pouco a Any chega e vai ficar tudo bem.
Poncho: Ela vai ouvir um sermão também por me deixar preocupado isso sim.
Mah: Ah nada que uns beijinhos dela não resolvam né? - sorrindo maliciosa.
Poncho acabou sorrindo tentando relaxar.
Quando encontrou Dul, Any disse a ajudando a levantar:
- Vem Dul, de vagar.
Dul: Ai ta doendo, eu quero desamarrar meu tênis.
Any: Espera que eu desamarro pra vc.
Com cuidado Any tirou o tênis de Dul que sorriu aliaviada.
- Melhorou?
Dul: Bastante.
Any: E agora por onde vamos?
Dul: Temos que achar a cachoeira.
Any: E... Como vamos fazer isso? - ofegante.
Dul: Não sei Any, vamos torcer pra não estarmos perdidas.
Any: Já deve ter passado do almoço, Poncho… Deve ta preocupado.
Dul: Me desculpa a culpa foi minha Any.
Any: Tudo bem. - sorrindo cansada.
Os cabelos de Dul já estavam soltando do rapo de cavalo e a franja de Any estava despeteada.
Continuaram andando até Dul parar minutos depois dizendo:
- Não da pra mim. - se sentando numa pedra.
Any: Como assim não dá?
Dul: Any vc vai ter que ir pedir ajuda.
Any: Que? - assustada.
Dul: Acho que estamos perdidas vc vai ter que encontrar a cachoeira sozinha, não deve estar
longe, vc lembra do caminho não lembra?
Any: Mais ou menos, mas não vou chegar ao acampamento sozinha.
Dul: Vai sim, depois da cahoeira tem a trilha certinha... Vc consegue.
Any: Mas e vc Dul?
Dul: Eu fico aqui quietinha prometo não sair daqui, vou ficar te esperando.
Any: E se eu não conseguir?
Dul: Vai conseguir sim, confio em vc.
Any: Ta! Eu já volto. - respondeu decidida.
Em seguida saiu correndo gritando por ajuda.
Um tempo depois Penélope perguntou a Ucker:
- Então vamos dar uma volta?
Ucker: Tem certeza?
Penélope: Ah só um pouquinho a gente não demora, prometo.
Ucker: Ta bem então.
Perto dali Mai perguntou:
- Bebê vamos comigo lá no negócio de escalar?
Chris: Vc quer ir mesmo lá? - desconfiado.
Mai: Uhum por quê?
Chris: Vc não tem medo de altura?
Mai: Ah um pouquinho, mas escalar é gostoso, é só não olhar pra cima.
Chris: Rum quero só ver.
Mai: Ai seu chato. - dando um tapinha nele.
Chris: To brincando, a gente escala junto e se precisar eu salvo vc.
Mai: Então ta bom. - envolvendo os braços em torno do pescoço dele.
Chris sorriu e a beijou apaixonado.
Mai: Onde esta a Dul? Será que ela foi embora?
Chris: Não... Fiquei sabendo que ela esta no mesmo dormitório que o Poncho e minha irmã.
Mai: Ainda não acredito que ela acreditou na sua irmã.
Chris: Fazer o que né?
Mai: Mas vamos esquecer ela ok?
Chris: Ok, vamos esquecer ela e escalar. - sorrindo.
Mai: Isso mesmo.
Any parou de correr fazendo força pro oxigênio chegar aos pulmões. Estava completamente
exausta, os cabelos desarrumados soltando da chuca, a boca seca, morrendo de fome e o rosto
pálido. Sentia a cabeça doer como se pesasse uma tonelada e a vista começou a embaçar
fazendo-a encostar numa árvore.
- Ai meu Deus me ajuda, eu to passando mal acho que a minha pressão caiu... Se não achar
ninguém eu e Dul estamos perdidas, me ajuda meu Deus.
Foi então que ouviu um barulho e logo à frente viu Ucker e Penélope correu na direção deles e
disse:
- Ai graças a Deus achei alguém!
Penélope: Nossa querida o que aconteceu com vc?
Any ignorou o comentário de Penélope e segurando o braço de Ucker pediu:
- Vc precisa vir comigo... Dul torceu o pé e precisamos de ajuda Ucker.
Ucker: Vc acha que eu vou cair nessa?
Any: Ucker é sério. - espantada.
Ucker: Vc é uma mentirosa e isso deve ser um plano seu pra me unir à ela faz uma coisa volta pro
acampamento e se arruma porque seu teatro não deu certo.
Penélope: Vem Ucker. - sorrindo e saindo.
Any: Não, não é mentira UCKER VEM AQUI! - gritou não sendo atendida.
Foi então que a vista dela embaçou e uma forte tontura tomou conta dela, respirou fundo se
apoiando numa árvore e tentou enxergar alguma coisa dando-se conta de que Ucker tinha
sumido de vista. Tentou seguir em frente quando ouviu um leve barulho de água, mas tudo rodou
ficando escuro e ela perdeu os sentidos caindo desmaiada.
No acampamento Mariana seguiu Poncho dizendo:
- Se acalma Poncho!
Poncho: Só vou me acalmar quando encontrar Any e ver que ela e Dul estão bem, eu senti um
aperto agora no coração e sei que tem alguma coisa errada, já passa das 4 horas e elas ainda não
vieram.
Caspian não queria dizer, mas sentia que alguma coisa tinha acontecido a Any, se tivesse seus
poderes de anjo ainda poderia encontra-la naquele momento, agora era praticamente um mortal
e isso fazia com que ele sentisse o que Poncho estava sentindo. Preocupação e impotência dois
sentimentos desconhecidos por ele até então.
Mariana: Por favor, vcs não viram uma garota loira e uma ruiva, as duas tem 18 anos
aproximadamente, uma delas é essa aqui. - mostrando uma foto de Any que Poncho lhe
entregou.
- Não senhorita, mas o que aconteceu? Elas foram na trilha conosco?
Poncho: Na verdade elas saíram por volta das 8 da manhã e não voltaram achamos que viriam
com vcs, mas ainda não apareceram já procuramos por todas as partes.
Mariana: O senhor tem certeza de que não as viu?
Ucker chegou nesse momento e vendo a cara de Mariana perguntou:
- O que aconteceu?
Mariana: Vcs viram a Any e a Dul?
Penélope: Por que o que aconteceu? - indiferente.
Poncho: Elas saíram umas 8 da manhã e não voltaram até agora.
Ucker: É sério isso?
Mariana: É claro que é, vc as viu?
Penélope encarou Ucker que disse atônito:
- Trombei com a Any há uns 40 minutos não muito longe da cachoeira, ela me pediu ajuda
dizendo que Dul tinha torcido o pé, mas eu não acreditei achei que fosse uma estratégia dela pra
nos juntar e acabei vindo embora sem lhe dar ouvidos, achei que ela fosse voltar sozinha.
Poncho: Seu desgraçado. - indo pra cima dele. - Se acontecer alguma coisa com a Any eu mato
vc.
Os guias afastaram Poncho de Ucker que chutou o chão com raiva dizendo:
- Eu sabia que tinha alguma coisa errada sabia... Vai nos levar agora aonde vc encontrou com a
Any.
Ucker: Eu não fiz de propósito Poncho eu não sabia. - tentou se defender.
Poncho: Vc cala a boca, qualquer um acreditaria olha... - se interrompeu furioso.
- Vamos depressa as condições delas não devem ser das melhores se estiverem sem comer e
beber desde as 8 da manhã no meio daquela mata.
Poncho, Mariana e Caspian foram com os guias até onde Ucker indicou e começaram a procurar.
Mariana se enfiou no meio de uns arbustos procurando, foi então que viu alguma coisa no chão,
se aproximou correndo e parou estática vendo Any caída no chão desmaiada. As roupas estavam
sujas, o rosto pálido, a boca branca e os cabelos bagunçados com alguns fios molhados grudados
em volta do rosto. Quando fez menção de gritar viu os outros se aproximando e gritou:
- Eu encontrei a Any, venham depressa, por favor, ela não esta bem.
Os guias vieram na frente prestando os primeiros socorros e Poncho chegou logo atrás se
aproximou devagar sem acreditar no que tava vendo, sentia-se responsável, pois, mesmo
sentindo que algo errado estava acontecendo esperara até aquele momento pra pedir a ajuda dos
guias, talvez devesse ter vindo atrás dela e isso não teria acontecido. Mas ninguém se sentia pior
que Ucker mesmo não gostando de Any tinha que admitir que aquilo era culpa dele e torcia pra
que Any ficasse bem e que Dul estivesse em melhores condições que ela se é que isso era
possível.
- Não tem uma mochila nada aqui com ela, a pulsação esta fraca deve ter desmaiado de fome e
apresenta um quadro de forte desidratação precisa ser levada imeditamente à enfermaria.
Mariana: E a outra garota? - preocupada.
- Os guias vão procura-la, podem ir junto se quiserem.
Poncho: Eu vou com vcs leva-la. - tentando conter as lágrimas.
Mariana: Vou ajuda-los a procurar a Dul e fico sabendo o que aconteceu. - falou a Poncho. - Fica
tranqüilo ela vai ficar bem. - acariciando o rosto dele que chorava tentando se conter.
Poncho a abraçou dizendo:
- A culpa é minha devia ter vindo atrás desde a primeira hora que saquei que tinha algo de
errado.
Mariana: Vc não podia ter previsto isso. - se soltando. - Vai ficar tudo bem. - sorrindo.
Poncho acenou com a cabeça e seguiu com mais dois guias e Caspian de volta pro acampamento.
Um tempo depois Dul disse a si mesma:
- Ai meu Deus, Any ta demorando demais será que voltou pro acampemtno e estão vindo pra cá
ou alguma coisa aconteceu com ela? - se preocupando. - E esse meu pé que não para de doer.
Foi então que ouviu algumas vozes chamando por ela sorriu dizendo:
- Eu sabia que a Any ia conseguir.
Mariana: DULCE! - gritou afastando as folhas.
Dul: Mah?! - sorrindo. - MARIANA EU TO AQUI!
Mariana: Ai graças a Deus. - correndo na direção da voz. - DUL!
Dul: MAH!... MAH! - gritou feliz ao vê-la.
Mariana: Ai amiga graças a Deus vc ta bem. - a abraçando. - Vcs não iam pra cachoeira?
Dul: Sim, mas um gambá pegou minha mochila e o perseguimos até aqui perto... Como esta a
Any?
Mah ficou séria abaixando a cabeça. Dul preocupada perguntou:
- O que aconteceu com a Any? Ela não chegou ao acampamento e pediu ajuda?
Mah: Não Dul, ela encontrou com o Ucker, mas ele não acreditou nela quando disse o que
aconteceu, achou que fosse uma armadilha pra uni-los e só quando voltou ao acampamento disse
que a tinha visto, Poncho quase o matou e a encontramos próximo a cachoeira desmaiada.
Dul: Minha nossa senhora e como ela ta? - preocupada.
Mah: Fraca e desidratada foi levada pra enfermaria.
Os guias chegaram nessa hora e um deles perguntou:
- Vc esta bem?
Dul: Acho que torci meu pé e to com muita sede e fome.
Entregaram água a Dul que virou a garrafa de uma vez sedenta e em seguida atacou uma fruta
que deram pra ela enquanto era examinada. Em seguida explicou à eles o que acontecera com
sua mochila e foi levada de volta ao acampamento para melhores cuidados.
No acampamento Poncho se levantou da cadeira e perguntou:
- Como ela ta?
- Terá que ficar essa noite aqui tomando soro, esta muito desidratada e fraca se acordar bem
poderá ser liberada até amanhã no almoço, mas terá que tomar muito liquido e só comer
alimentos leves.
Poncho: Eu cuido disso... Posso ficar com ela?
A enfermeira o encarou séria, mas Caspian fez uma cara a convencendo.
- Ok vou deixar que fique com ela, se puder dormir aqui há uma cama vaga no quarto onde ela
esta.
Poncho assentiu e em seguida entrou. Any estava deitada os cabelos soltos esperramados pelo
travesseiro um braço estava estendido recebendo soro na veia e o outro braço estava repousado
sobre o ventre. Poncho segurou a mão que estava sobre o ventre depositando um beijo e disse:
- Me desculpa meu amor, devia ter ido atrás de vc como quis fazer desde a primeira hora, a culpa
é minha por vc estar assim, só minha... Mas, por favor, por mais zangada que esteja comigo, fica
bem logo princesa preciso de vc aqui comigo, dos seus carinhos, dos seus beijos, seus sorrisos e
até das suas birras e ciúmes… Eu te amo muito Any volta logo pra mim meu anjo senão, não sei o
que vou fazer sem vc. - deu um leve beijo nos lábios dela permanecendo ali segurando sua mão.
No dormitório de Mai e Chris, Ucker entrou batendo a porta.
- Idiota é isso que vc é Christopher. - disse furioso.
Mai: O que aconteceu cara?
Ucker: Anahí e Dulce estão mal por minha culpa.
Chris: Sua culpa do que ta falando?
Ucker explicou tudo pra eles que ficaram surpresos com o que acontecera, mas não o culparam.
Um tempo depois Poncho estava de cabeça baixa quando sentiu alguém tocar seu ombro, olhou
pra trás no mesmo instante e se levantando disse abraçando a pessoa:
- Como vc ta Dul? Que bom que te encontraram.
Dul: To bem só torci meu pé... Nunca tinha me perdido antes e espero que isso não aconteça de
novo. - dando um sorrisinho. - Mas e ela? Como esta? - ficando séria e olhando pra cama.
Poncho: Ta muito fraca e não acorda de jeito nenhum. - disse triste e cansado.
Dul: A culpa foi minha eu pedi pra irmos dar essa volta, eu segui o animal que pegou minha bolsa,
eu que quis descer o barranco pra pega-la mesmo ela me dizendo que era perigoso, fui em que
pedi pra ela ir buscar ajuda... Ela se esforçou mais e estava sem comer nada o dia todo por minha
culpa.
Poncho: Agora não adianta procurar culpados... Mas Ucker devia ter escutado ela, vc ficou
sabendo?
Dul: Fiquei e vc soube como nos perdemos?
Poncho: Mah veio aqui agora pouco e me contou tudo.
Dul: Vai descansar Poncho a enfermeira disse que talvez ela só acorde amanhã cedo.
Poncho: Não importa eu passo a noite toda aqui se precisar, mas não vou deixa-la sozinha.
Dul: Tem certeza?
Poncho: Uhum a enfermeira disse que posso dormir naquela cama. - apontando.
Dul: Se quiser te faço compainha tirando meu pé esta tudo bem comigo.
Poncho: Mas é melhor ir descansar eu só vou ficar bem quando ela acordar e me perdoar por não
ter ido atrás de vcs.
Dul: O que ta dizendo Poncho? Não foi sua culpa vc não podia adivinhar!
Poncho: Mas eu fiquei o dia todo com uma sensação ruim e só fui atrás depois das 4 da tarde.
Dul: Mesmo assim não se culpe, Any vai acordar logo e vai ficar tudo bem.
Poncho sorriu triste os olhos vermelhos.
Dul: Tem certeza que não quer que eu fique aqui?
Poncho assentiu pedindo que fosse dormir e Dul acabou obedecendo. Em seguida ele voltou a se
sentar na beira da cama e ficou vigiando o sono de Any segurando sua mão e acariciando seus
cabelos com carinho esperando que ela acordasse pondo fim naquele pesadelo.
Dul estava indo pro dormitório quando ouviu alguém chama-la, se virou e perguntou:
- O que ta fazendo aqui Ucker?
Ucker: Vim saber como estava afinal se a ajuda demorou foi por minha culpa.
Dul: Esquece isso não adianta mais e agora ta tudo bem.
Ucker: Nem tudo a Anahí ta na enfermaria desacordada.
Dul: Mas vc não gosta dela por que ta preocupado?
Ucker: Não to preocupado, to me sentindo culpado isso sim.
Dul: Não precisa se sentir culpado nem ficar preocupado, ta tudo bem curte o acampamento com
a Penélope, fiquei sabendo que ela tava com vc quando Any te encontrou. - disse triste.
Ucker: Como vc soube?
Dul: Penélope contou pra Mah e ela me contou, mas deixa pra lá não importa mais.
Ucker: Vc também pode sair com algum garoto daqui.
Dul: Obrigada, mas não estou interessada... Bom boa noite Ucker.
Ucker: Quer ajuda pra subir os degraus?
Dul: Não, a Penélope não vai gostar se nos ver juntos.
Ucker abaixou a cabeça e respondeu por fim se afastando:
- Por noite então e melhoras.
Dul: Valeu. - respondeu sorrindo triste e entrou aos poucos no dormitório.
Quando acordou mal conseguiu abrir os olhos devido as luzes do sol que iluminavam o lugar onde
estava. Fechou os olhos de vez e aos poucos a consicência voltou e com ela as dores e o mal
estar. Sentia o corpo mole e debilitado além de uma dor forte na cabeça. Quando tentou se
levantar sentiu uma dor aguda e dolorida no braço esquerdo fazendo com que mal conseguisse
mexer os dedos e o braço. Respirou fundo se lembrando do que acontecera e nesse momento
sentiu algo quente sobre sua mão direita, inclinou o rosto abrindo os olhos e viu Poncho com a
cabeça escondida entre o braço esquerdo dormindo segurando a mão direita dela. Quando se
soltou sendo invadida por um cheiro de álcool e hospital começou a acariciar os cabelos dele
dizendo num sussurro:
- Poncho!
Ela afastou a mão vendo ele se mexer acordando. Assim que a viu acordada o encarando com um
frágil sorriso Poncho sentiu uma onda de emoções, alivio, medo em ver como estava debilitada,
felicidade, preocupação, angustia e ternura. Sem conseguir controlar tudo aquilo sussurrou o
nome dela e a abraçou dando-lhe um beijo apaixonado nada cuidadoso só a soltando quando Any
gemeu de dor. Afastou-se de imediado lembrando do estado dela.
- Desculpe meu anjo, mas não consegui me controlar fiquei tão preocupado com vc princesa. -
disse acariciando o rosto dela bem mais calmo.
Any: Tudo bem. - sorriu. - Mas me desculpa, não queria te assustar, nem te preocupar.
Poncho: Já passou o que importa é que vc acordou.
Any: Acordei, mas esse soro ta me incomodando, pede pra eles tirarem pra mim bebê? -
manhosa.
Poncho: Não posso Any, vc tem que tomar soro porque ta muito fraca e desidratada.
Any: Esta bem. - concordou sem escolha. - Como me acharam?
Poncho: Quando Ucker chegou ao acampamento e viu que estávamos procurando vc e Dul ele
contou que te viu, mas não acreditou no seu pedido de ajuda. - respondeu beijando a mão dela.
Any: Eu tentei ir atrás dele quando ouvi o barulho de água achei que tava salva, mas... Começou
tudo a rodar e ficar escuro é a última coisa que eu lembro.
Poncho: Ele levou a gente até onde se encontraram e Mah te achou primeiro, achei que tinham
me arrancado o coração quando te vi no chão sem cor alguma e desmaiada.
Any sorriu acariciando o rosto dele e perguntou ficando séria arregalando os olhos:
- E a Dul? Como esta?
Poncho: Acharam ela enquanto te trazíamos de volta, esta tudo bem com ela agora, o pé dela já
esta bom só precisa de alguns cuidados.
Any: Que bom, fiquei com medo de me perder dela e não achar vcs.
Poncho: Vc me perdoa pequena?
Any: Perdoar de que meu amor?
Poncho: Antes do almoço eu já tava sentindo que alguma coisa tava errada, mas só fui atrás
depois das quatro, se culpa matasse tinha morrido quando te encontrei.
Any: Vc não teve culpa meu amor... Mas então quando nos acharam...
Poncho: Já era praticamente 5 da tarde.
Any: Acho que depois dessa nunca mais vou querer sair sozinha ou perseguir animais. - sorrindo.
Poncho: Não vai porque não vou deixar. - a olhando com falsa seriedade. - Vou cuidar de vc
gatinha.
Any: Hum isso quer dizer que eu ganhei um enfermeiro? - sorrindo.
Poncho: Uhum e se não me obedecer vou ser um enfermeiro muito chato. - avisou brincando.
Any: Hum... E posso pedir um favorzinho pra esse enfermeiro tããooo lindo? - contendo o riso.
Poncho: Hum pede. - estreitou os olhos sorrindo.
Any: Será que esse enfermeiro tããooo lindo pode vir aqui mais pertinho e me dar outro beijo?
Meu namorado que me desculpe, mas se eu fosse solteira eu namorava vc. - apontando pra ele
sorrindo.
Poncho: Bom saber! Sendo assim acho que posso atender esse pedido especial. - sorrindo
malicioso.
Any sorriu assentindo com a cabeça enquanto ele se aproximou, como não podia mexer o braço
esquerdo envolveu apenas o direito em torno do pescoço dele encurtando a distancia entre eles e
se entregando em seguida ao beijo apaixonado cheio de saudades e carinho que ele lhe deu.
Mais tarde quando Mah e Dul chegaram na enfermaria escutaram uma pequena discussão:
- Anda meu anjo come.
- Não eu não quero. - fazendo birra.
Mah: O que ta havendo? - entrando no quarto vendo Any sentada na cama e Poncho de frente pra
ela segurando um prato protegido por um pano na palma da mão esquerda e uma colher na
direita.
Any: Mah, Dul que bom ver vcs duas. - sorrindo estendo o braço direito.
As duas a abraçaram e Dul perguntou com as mãos na cintura:
- Mas por que estavam brigando?
Poncho: Porque essa teimosa não quer comer.
Any: Eu já comi um pouco. - protestou.
Poncho: Quase nada melhor dizendo... Anda só mais um pouco vai, por favor princesa.
Any: Ta bom. - sorriu vencida.
Poncho mergulhou a colher na sopa dando na boca de Any que se inclinou pra recebe-la e depois
de engolir disse fazendo uma careta:
- Por isso não quero comer, comida de hospital é horrível.
Mah: Enfermaria vc quis dizer né? - sorrindo.
Any: Também, mas olha não sou a única teimosa.
Dul: Por quê? - curiosa.
Any: Me ajudem a convencer o Poncho a ir descansar ele ta aqui desde ontem quando cheguei.
Poncho: Já falei pra não se preocupar comigo, vc é a prioridade aqui. - falo sério enchendo a
colher.
Mah: Mas ela ta certa Poncho, vc ta cansado é melhor ir dormir um pouco aposto que dormiu
sentado aqui na beira da cama. - respondeu e Any assentiu.
Dul: Então... Vai pro dormitório, toma um banho, troca de roupa, dorme se quiser, come alguma
coisa depois vc volta pra cá, a gente toma conta dela pra vc.
Any: Vc ta dispensado enfermeiro... Descansa um pouquinho meu amor depois vc volta. -
sorrindo.
Poncho: Esta bem. - respondeu se levantando e deixou o prato em cima da cômoda. - Me fazem
um favor? - elas assentiram. - Tentem fazer ela comer mais um pouquinho ta?
Mah: Sim senhor. - batendo continência sorrindo.
Poncho sorriu negando com a cabeça e se aproximou da cama, acariciou os cabelos de Any
dizendo:
- Se comporta viu mocinha?
Any: Uhum assim que vc for embora eu vou sair por ai caçando aquele gambá que fez eu me
perder.
Poncho: Acho melhor vc ficar quietinha aqui e deixar o gambá ser feliz com a família dele ok?
Any: Ah ta bom então. - deu de ombros rindo em seguida.
Poncho sorriu, em seguida deu um beijo na testa dela e se dirigiu pra porta.
Any: Só isso? - fazendo bico.
Poncho voltou pra trás revirando os olhos, se inclinou quando chegou na cama e deu um beijo em
Any, quando se separou ela sussurrou:
- Te amo gatinho.
Poncho: Também te amo minha princesa. - sorrindo.
Any deu mais um beijo nele e Poncho saiu em seguida.
Mah pegou o prato e Any ordenou:
- Ah não deixa isso ai!
Dul: Any a gente prometeu pra ele, anda abre a boca.
Any: Me traz uma barra de chocolate que eu prometo que não vou deixar nada. - sorrindo.
Mah: Engraçadinha nada disso, anda pode abrir essa boca.
Any fez uma careta, mas acabou abrindo a boca aceitando na marra a sopa.
Após sair da enfermaria Poncho se dirigiu pro seu dormitório realmente precisava de um banho,
mas não estava muito afim de dormir, preferia ficar com Any até que ela pudesse ir embora de lá.
Foi então que Ucker surgiu na sua frente e perguntou:
- A gente pode conversar?
Poncho: Ta bom. - respondeu sério. - O que foi?
Ucker: Queria que me desculpasse pelo que eu fiz ontem, podia ter acontecido algo grave.
Poncho: Não tem problema mesmo que não se importe Any e Dul estão bem.
Ucker: É eu sei, mas mesmo assim quis me desculpar.
Poncho: Tudo bem vc ta desculpado é melhor esquecermos o que houve.
Ucker: É talvez vc esteja certo.
Poncho: Olha cara só tenho uma coisa pra te dizer... Abre olho ta?
Ucker: Do que ta falando?
Poncho: Não existe melhor coisa no mundo do que ter a pessoa que amamos perto da gente nos
amando da mesma forma que a amamos, pensa nisso e presta atenção no que vc ta fazendo com
vc e a Dul... Ela te ama cara e sei que vc sente o mesmo por ela.
Ucker: Ela mentiu pra mim Poncho, vc perdoaria uma mentira da Anahí?
Poncho: Se fosse a mesma mentira que a Dul na mesma hora porque não compensa terminar um
namoro pelos motivos que vc terminou... Bom vc sabe o que faz, mas não esquece o que disse.
Ucker: Ta.
Poncho acenou com a cabeça e subiu indo na direção do dormitório.
Próximo dali Mai perguntou a Chris:
- Vc vai ver sua irmã?
Chris: Não ela já tem gente demais bajulando ela.
Mai: Que bom porque não to afim de bancar a cunhada boazinha.
Chris: Não vai precisar mesmo porque Anahí não é idiota ela sabe que não gostamos dela.
Mai: Ainda bem, odeio bancar a hipócrita pra isso tem a Dul.
Chris: Nossa nunca imaginei ouvir vc dizer isso dela.
Mai: Foi ela quem procurou.
Chris: Ok, mas o que acha de darmos uma volta gatinha?
Mai: Ótima idéia aonde vc quer ir?
Chris: Lá perto da cachoeira pode ser?
Mai: Claro a gente pode dar um mergulho e namorar um pouco.
Chris: Excelente idéia. - respondeu sorrindo e a beijou.
Um tempo Any estava na enfermaria com Dul quando Caspian chegou.
- Bom Any eu vou comer alguma coisa ta? Caspian toma conta dela ai.
Caspian: Pode deixar. - sorrindo.
Dul mandou um beijo pra Any e saiu ainda mancando um pouco. Caspian notando que Any estava
séria perguntou sentando-se na beirada da cama:
- Por que esta com essa cara?
Any: To com medo das coisas terem piorado Caspian.
Caspian: Por que ta achando isso?
Any: Ucker, Mai e Chris me odeiam mais do que antes, não sei se vou conseguir o perdão deles.
Caspian: Any...
Any: Eu só tenho 3 semanas Caspian e se eu não conseguir?
Caspian: Vc vai conseguir ok? Pense positivo ta bem?
Any: Eu vou tentar. - dando um sorrisinho.
Caspian: Eu tenho certeza que vc vai conseguir o perdão de todo mundo.
Any: Não to tão confiante assim.
Caspian: Bom já cansei de falar pra vc relaxar e fazer o que tem que fazer, viva apenas e espera
pra ver se no dia 24 vc vai poder ficar ou vai ter que ir.
Any: Vou tentar seguir o seu conselho.
Caspian: Ok, como esta se sentindo?
Any: Bem melhor comparada como acordei... Esse soro ainda ta incomodando, mas já acostumei,
só to sentindo o corpo um pouco mole e sono.
Caspian: E por que não dorme?
Any: Ah fiquei acompanhada até agora por isso.
Caspian: Mas parece cansada.
Any: Ah não muito, acho que vou deixar pra descansar no meu dormitório à noite com meu bebê.
Caspian: Ok. - sorrindo. - Mas não vá se esforçar além da conta.
Any: Acho que meu enfermeiro particular não vai deixar eu me esforçar nesse sentido.
Caspian: Anahí eu estava falando pra vc não se esforçar fazendo caminhadas não o que pensou.
Any: Desculpa, às vezes esqueço que vc é um anjo. – sorrindo sapeca.
Caspian a encarou sério, mas não disse nada.
Logo depois do almoço Poncho voltou pra enfermaria encontrando Any vendo televisão. Ela
quando o viu sorriu e perguntou:
- Já posso ir embora?
Poncho: Pode.
Any: Sério? - sorrindo sem acreditar.
Poncho: Uhum trouxe até roupas pra vc se trocar.
Nesse momento uma enfermeira entrou e perguntou:
- Pode se retirar por alguns minutos enquanto eu a ajudo a tomar banho e tirar o soro?
Poncho sorriu e se retirou mandando um beijo pra Any. Em minutos ele voltou pro quarto com a
autorização da enfermeira e encontrou Any sentada na cama olhando pra baixo.
- O que foi princesa? - preocupado.
Any: Fiquei um pouco tonta. - falou sorrindo passando a mão pelos cabelos molhados.
Poncho: Vc ainda ta fraca, será que não é melhor vc continuar aqui?
Any: Não a enfermeira falou que é normal e que preciso tomar muito liquido e comidas leves só
isso.
Poncho: Hum, mas e agora? Vc não pode ir andando até o acampamento vai que passa mal.
Any: É só tem um jeito... Vc me levar de cavalinho. - sorrindo.
Poncho: Ta falando sério? - sem acreditar.
Any assentiu ficando de pé na cama com a ajuda de Poncho, esticou os braços e Poncho se
aproximou de costas. Ela o abraçou em torno dos ombros enquanto ele segurou as duas pernas
dela que riu distribuindo vários beijos pelo pescoço e rosto dele enquanto saiam da enfermaria.
- Tem alguma forma de agradecer esse enfermeiro?
Poncho: Tem, mas eu prefiro cobrar outra hora, por enquanto a última regra é... Dormir.
Any: Ah não bebê não é nem 2 horas eu não vou conseguir dormir.
Poncho: O que quer fazer então?
Any: Me leva lá na escalada.
Poncho: Ta maluca Any?
Any: Ai bebê eu não vou escalar só quero ver o pessoal fazer isso.
Poncho: Ok então, mas vai ficar quietinha sentada lá ok? E se por acaso se sentir mal me avise
ta?
Any assentiu dando um beijo no rosto dele. Passou a tarde com os amigos voltando pro
dormitório apenas à noite. Levou dois dias pra se recuperar e ser dispensada dos cuidados do
enfermeiro Alfonso. No sábado depois de tomar café Poncho puxou Any dizendo:
- Vem comigo.
Any: Pra onde? - sorrindo.
Poncho: Dar uma volta só nós dois e também porque quero realizar um feitiche.
Any: Que feitiche? - arregalando os olhos sorrindo.
Poncho: Uma... Fantasia amorosa. - sorrindo malicioso.
Any riu e deu um beijo em Poncho dizendo em seguida:
- Esta bem vamos.
Andaram por alguns minutos até Poncho puxar Any encostando-a numa árvore. Ele sorriu
maliciosamente vendo ela com a parte de cima do biquíni e saia, ela sorriu envergonhada com o
jeito como ele a olhava parecendo despi-la e se aproximando lhe deu um beijo. Poncho a
pressionou com mais força contra a árvore e o clima começou a esquentar. Any mergulhou as
mãos por baixo da camisa dele que se separou dela tirando-a rapidamente. Em seguida começou
a beijar o pescoço dela dando alguns chupões enquanto com uma mão desfazia o nó do biquíni
dela e a outra subiu por sua coxa por dentro da saia. Any suspirou quando sentiu a parte de cima
do biquíni ir ao chão e os beijos de Poncho invadirem seus mamilos. Ele então envolveu a perna
esquerda de Any em torno da sua cintura e afastando a parte de baixo do biquíni começou a
acariciar a intimidade dela que cravou a unha nas suas costas mordendo e beijando o ombro e
pescoço dele. Poncho intensificou os movimentos arrancando altos suspiros de Any que
arranhava as costas dele sentindo como se uma corrente elétrica percorresse seu corpo num
turbilhão de emoções.
- Poncho... Me beija!
Ele obedeceu prontamente dando um beijo cheio de desejo e movimentos nela enquanto ela
tentava tirar a bermuda e a sunga dele libertando seu membro já ereto. Poncho se separou do
beijo tirando a saia e a parte de baixo do biquíni dela no mesmo momento que Any tirou
bermuda e a sunga dele.
Voltaram a se beijar e Poncho a penetrou erguendo-a do chão, rapidamente chegaram ao clímax
e Any sentiu as pernas amolecerem ao ser posta no chão, encarou Poncho sorrindo e disse:
- Eu amo vc.
Poncho: Eu também princesa, eu também. - sussurrou e a beijou em seguida.
No acampamento Mah perguntou a Dul:
- Vc ta melhor?
Dul: Uhum quase não sinto mais dor no meu pé.
Mah: Que bom vc passeou esses dias né?
Dul: Uhum. - sorrindo.
Foi nessa hora que Ucker apareceu com Penélope grudada no seu braço, Dul abaixou a cabeça
triste.
- Não fica assim.
Dul: Tudo bem eu to me acostumando já.
Mah: Com essas coisas a gente não acostuma nunca Dul.
Dul: Acostumamos quando não temos outra escolha. - respondeu e olhou na direção onde foram.
Mah: Vem, o que acha de darmos uma volta?
Dul: Agradeço que queira me animar, mas não sei se vai conseguir.
Mah: Ah vou sim, vem vamos passear.
Dul: Aonde quer ir?
Mah: Podemos ir naquele negócio que desce com corda e cai na água.
Dul: Ah ta como chamna mesmo?
Mah: Não lembro. - falou rindo. - Mas vamos lá enquanto vc não pode escalar?
Dul: Acho que a partir de amanhã não tem mais problema, só não faço escalada hoje porque
tenho medo de machucar meu pé mais sério.
Mah: Então vamos pular lá no rio e de boa.
Dul: Sim senhora.
Mah: e depois podemos fazer aquele percurso também é bem da hora.
Dul: É vai ser legal. - sorrindo desanimada.
Mah: Ah não fica assim eu também to solteira com o cara que gosto aqui e não posso fazer nada.
Dul: Então vc ainda é afim do Caspian.
Mah: É, mas to conseguindo desencanar eu acho, mas vamos esquecer esses garotos ta bom?
Dul: Ta ok, vc ta certa.
Mah: Então vem vamos nos divertir.
Dul: Estão vc me convenceu, vamos nessa.
Próximo dali Gabrielle falou sozinha:
- Droga agora que a Penélope se aproximou do Ucker eu to sozinha, odeio isso.
Foi então que viu Mai e Chris aos beijos e disse brava:
- Era só o que me faltava, ter que dar de cara com esse casalzinho meloso.
Os dois vendo se aproximar se afastaram e Chris perguntou:
- Tudo bem com vc Gabrielle?
Gabrielle: Mais ou menos, vcs viram a minha amiga?
Mai: Ta com o Ucker achei que já sabia disso.
Gabrielle: É na verdade eu sabia, só perguntei mesmo pra ter certeza.
Chris: Ah ta!
Gabrielle: E o Poncho? - perguntou na esperança de que ele não estivesse com Any.
Mai: Olha se não ta por aqui ta com a namorada dele.
Gabrielle: É não precisava nem ter perguntado.
Chris: Mas por que vc ta nesse mau-humor?
Gabrielle: Ah nada não, outra hora a gente se fala, tchau. - e saiu.
Mai: O que será que deu nessa garota?
Chris: Acho que ela ta se sentindo sozinha.
Mai: É Penélope com Ucker e a Mah que conheceu ela primeiro ta com a Dul.
Chris: Ainda bem que eu tenho a minha gatinha morena comigo.
Mai: E eu meu amorzinho loiro. - sorrindo e o beijou.
Um tempo depois Any e Poncho voltaram pro acampamento Any vinha na frente andando de
costas e conversando animadamente com Poncho que disse sorrindo:
- Cuidado ai hein.
Any: Se eu tropeçar vc me segura né? - estendendo as mãos.
Poncho: Te seguro (pegou na mão dela) te abraço (a abraçou) e te beijo! - a beijou.
Any envolveu os braços em torno do pescoço de Poncho se entregando ao beijo e correspondendo
com a mesma intensidade, quando se separaram ficaram se encarando e Poncho roçou seu nariz
no de Any que riu e se aproximou lhe dando mais um beijo, quando se separaram ela perguntou:
- Meu amor vamos comigo lá na administração ligar pro orfanato?
Poncho: Ai é verdade hoje é a operação da Sara né?
Any: Uhum vc vem comigo telefonar?
Poncho: Claro que sim. - sorrindo e a beijou.
- Rum, com licença.
Os dois se separaram encarando a moça ruiva que perguntou:
- Vcs são Anahí e Alfonso Herrera? - eles assentiram. - Tem uma ligação pra vcs da capital, a
moça que quer falar com vcs disse que se chama Juliana.
Any encarou Poncho sorrindo e perguntou:
- Vamos lá falar com ela?
Poncho: Uhum! - respondeu sorrindo.
Any: Obrigada a gente ta indo lá.
A moça ruiva assentiu e os dois subiram. Quando chegaram na recepção da administração a moça
passou o telefone pra eles, Any atendeu e perguntou:
- Juliana?
Juliana: Any que bom falar com vc, estão se divertindo ai?
Any: Sim bastante, o lugar é incrível, mas como estão as coisas ai? Sara já foi operada?
Juliana: As coisas estão bem por aqui e a Sara ainda não foi operada.
Any: Nossa vc me assustou achei que tivesse ligado porque tinha acontecido algo.
Poncho: A Sara foi operada?
Any: Ainda não. - respondeu tapando o bocal do telefone. - Mas então Ju, como ela ta?
Juliana: Então eu liguei ai porque uma certa pessoinha se recusa a ser operada sem antes falar
com vc e o Poncho pelo menos. - respondeu sorrindo.
Any: Ah imagino quem seja... Sara quer falar com a gente antes de ser operada. - disse a Poncho.
Juliana: Bom eu vou passar pra ela ok?
Any: Ta bom. - sorrindo.
Juliana entregou o telefone a Sara que estava sentada na cama e disse quando o pegou:
- Any?!
Any: Oi minha linda como vc ta?
Sara: Com saudades, por que vc não veio me ver ainda?
Any: Porque eu ainda to aqui no acampamento, mas assim que eu sair daqui eu vou te visitar ta?
Sara: E quando vc vem?
Any: Ainda não sei, mas em poucos dias a gente vai se ver.
Sara: Vc promete que vai vir me visitar?
Any: Prometo e por recompensa o que quer que eu traga pra vc?
Sara: Trazer com vc? O Poncho e a Lívia, traz eles e vem também?
Any: Pode deixar. - sorrindo.
Sara: Eu to com medo Any, volta logo.
Any: Eu prometo que volto o mais rápido possível, mas vai dar tudo certo vc vai ver.
Sara: Ta bom... O Poncho ta ai cum vc?
Any: Ta aqui sim, espera que eun vou passar pra ele.
Poncho sorriu pegando o telefone e perguntou:
- Como ta minha bonequinha?
Sara: Poncho vc também não vai vir me ver?
Poncho: Ah Sara eu até queria ir hoje, mas não dá.
Sara: Hum... Vc e Any não gostam mais de mim?
Poncho: É claro que gostamos, a gente te adora por que ta falando essas coisas?
Sara: Porque vcs não vêem me ver. - triste.
Poncho: Hoje a gente não pode, mas daqui alguns dias vamos te visitar ok?
Sara: Ta bom então.
Poncho: Mas a gente ta torcendo pra dar tudo certo na sua cirurgia ok?
Sara: Uhum, manda beijo pra todo mundo e diz que eu to com saudade.
Poncho: Pode deixar, outro beijo pra vc pequena.
Sara: Ah Ju quer falar com vc, tchau.
Poncho: Tchau linda beijos.
Sara entrou o telefone a Juliana que perguntou:
- Poncho tudo bem querido?
Poncho: Tudo em ordem.
Juliana: Vc avisa a Any que as crianças querem aprender a dançar com ela?
Poncho: Ta eu aviso sim.
Juliana: É que elas vieram me perguntar se não tem outro concurso pra tia Any ensinarem eles?
Poncho: Que legal que eles gostaram de dançar naquele concurso.
Juliana: Eu pensei da gente se desse tempo ensaiar algo pro Natal.
Poncho: Eu posso falar com a Any e ela fala com vc quando voltarmos.
Juliana: Então ta bom, manda um beijo pra todos ai e divirtam-se.
Poncho: Obrigado Juliana, até logo.
Juliana: Até, tchau.
Poncho: Tchau. - e desligou. - Meu amor tenho novidades.
Any: O que foi? - sorrindo.
Poncho: A Juliana perguntou se quando voltarmos vc não pode ensaiar com as crianças alguma
apresentação de Natal.
Ao ouvir aquelas palavras e se dar conta de que faltava 18 dias apenas, Any ficou séria.
- O que foi Any? Não gostou?
Any: Hum?! - despertando do transe. - Gostei sim é um... Uma boa idéia.
Poncho: Vc ficou estranha o que foi? Ta tudo bem?
Any: Uhum. - forçando um sorriso. - Eu vou pensar em alguma coisa e quando a gente voltar eu
falo com ela. - respondeu tentando esconder a preocupação.
Poncho: Tem certeza de que ta tudo bem? - se aproximando, acariciou seu rosto com os
polegares.
Any assentiu sorrindo, em seguida deu um beijo em Poncho e o abraçou com força, ele
estranhou, mas não disse nada. Quando estavam voltando pro dormitório ouviram o guia
dizendo:
- Devido há alguns pedidos vamos acampar no centro da floresta.
Alguns se surpreenderam como Poncho e outros sorriram empolgados como Any que achou
melhor curtir o acampamento com o namorado e esquecer o lance do Natal.
- Se alguns não quiserem não vai haver problema alguns guias...
- Quando partimos? - perguntou um rapaz loiro tão empolgado quanto seu grupo de amigos.
- Vamos dar uma aula daqui a pouco de como montar barracas pros que ainda não sabem e
também vamos auxiliar vcs a montarem um kite de primeiro socorros.
- E tem algum propósito? - perguntou uma jovem morena.
- Sim, estamos com cerca de 18 pessoas ao todo... Vcs vão se dividir em dois grupos sendo
comandados por dois guias cada um e vamos bolar um tipo de brincadeira, vamos ver qual grupo
consegue sobreviver no meio do mato por 3 dias contando com hoje, vamos estar com vcs em
algumas tarefas ajudando-os e em outras terão que cumpri-las sozinhos e sem nossa ajuda.
Mai: E o que o grupo vencedor ganha?
- O grupo que vencer vai ganhar camisetas do acampamento, essas azuis que nós guias usamos
além de um passeio surpresa e a chance de ver o grupo perdedor lhes preparando e servindo um
gostoso almoço quando voltarmos pra cá.
O pessoal sorrindo gostando da brincadeira e o guia avisou:
- Podem começar a preparar as mochilas e as pessoas que quiserem algumas aulas pra montar
barraca sigam aquela moça ali. - apontando uma loira. - Vamos sair às 5 horas daqui.
Algumas pessoas se dirigiram a moça loira e o restante foi pros dormitórios arrumarem as
mochilas pro acampamento, alguns curiosos com o que aconteceria, outros com aquele medo
quando se vai entrar numa montanha russa e alguns empolgados.
Poncho passou um braço pelos ombros de Any a abraçando e ela disse a caminho do dormitório:
- Acho que vou assistir a aula daquela moça. - falou sorrindo.
Poncho: Meu amor eu ter ajudo a montar a barraca não se preocupe.
Any: Por que será que eles estão fazendo isso?
Poncho: Ah por que a idéia de acampamento é exatamente essa, barracas, meio do mato,
fogueira no meio da roda, bichos por perto, caça a comida... Essas coisas, fica meio chato quando
tem tudo pronto como aqui. - respondeu sorrindo.
Any: É verdade a gente acampa achando que vai dormir barracas não em casinhas pequenas.
Poncho: Por isso pediram as barracas pra essa brincadeira.
Any: Qual será o passeio surpresa?
Poncho: Não sei, eu nunca vim acampar aqui antes.
Any: Mas parece que vai ser divertido né?
Poncho: Bastante. - sorrindo pra ela que lhe deu um beijo rápido.
Quando deu 5 horas todos estavam prontos com barracas e mochilas nas costas, além dos sacos
de dormir, seguiram o guia com suas garrafas de água na mão e andaram por cerca de 2 horas e
meia chegando no local já de noite. Quando pararam o guia disse:
- Foram entregues pra vcs alguns papézinhos com os números 1 e 2, por favor todos que forem
do grupo 1 fiquem do meu lado e do grupo 2 do lado daquele rapaz e da moça... Eu me chamo
Roger e essa é a Luciana, vamos guiar o grupo 2, do outro lado estão a Thalita e o Bruno eles são
do grupo 1... Agora abram seus papéis e se encaminhem ao grupo que pertencem.
As 18 pessoas abriram seus papéis ao mesmo tempo e ouve uma pequena confusão até cada ir
pro seu grupo. No grupo 1 ficaram Caspian, Ucker, Mai, Chris e Penélope e no 2 ficaram Mariana,
Any, Poncho, Dul e Gabrielle.
Gabrielle: Que legal estamos no mesmo grupo.
Any abraçou Poncho enciumada impondo sua presença. Só o soltou quando Luciana disse:
- A primeira tarefa dos dois grupos será ver quem monta as barracas mais rápido, nós guias não
vamos ajuda-los, mas vcs podem se ajudar... Podem começar.
Rapidamente as barracas foram montadas no grupo 1 Ucker, Penélope, Mai e Chris montaram a
deles rapidamente ajudando Caspian e os outros a fazerem o mesmo. Na 2 Poncho, Dul e
Gabrielle foram os mais rápidos, Dul ajudou Mariana e Poncho ajudou Any enquanto os outros
terminavam com a ajuda de Gabrielle. Quando terminaram Bruno e Luciana pararam os
cronômetros e ela disse:
- Parabéns grupo 1, vcs ganharam a primeira provinha.
O grupo se abraçou e aproveitou pra trocarem alguns nomes.
Thalita: Agora vamos dar um descanso pra vcs se conhecerem e depois terão que fazer um jantar
ok? Vamos ver quem se da melhor, não vão poder pedir nossa ajuda!
O pessoal concordou e se reuniram e começaram a se apresentar, no grupo 1 estavam Caspian,
Ucker, Mai, Chris, Penélope, uma ruiva chamada Samantha e dois garotos morenos chamados
Sérgio e Toni. No grupo 2 estavam Poncho, Any, Mariana, Dulce, Gabrielle, um garoto loiro
chamado Murilo, um de cabelos castanhos chamado Henrique e um garoto moreno apelidado de
Trévis.
Poncho: Bom alguém aqui além de mim sabe cozinhar aqui?
Henrique: Vixe nisso eu sou um fracasso.
Murilo: É verdade eu to de prova, esse aqui num consegue nem assar uma pizza pronta.
Trévis: Também não sei nada.
Poncho: Bom tirando Any e os meninos sei que Mah e Dul cozinham, sabe fazer alguma coisa
Gabi?
Gabi: Posso ajudar. - sorrindo toda feliz porque ele a chamara pelo apelido.
Any olhou pro lado séria colocando a mão na nuca, Dul fez sinal erguendo as sobrancelhas
apontando pra Any. Poncho percebeu que ela olhava pro lado séria como se observasse o outro
grupo enquanto Murilo não parava de olhar pra ela. Então afim de não despertar os ciúmes dela e
mostrar pra Murilo que ela não estava disponível Poncho a puxou lhe dando um beijo de
surpresa.
- Vc vai me ajudar a cozinhar né?
Any: Se vc quiser. - dando de ombros séria.
Poncho: Que pergunta meu anjo, claro que eu quero. - acariciando o rosto dela sorrindo.
Any deixou o ciúmes de lado quando se lembrou de como Poncho cuidara dela nos últimos três
dias e como havia se preocupado com ela. Sorriu e deitou a cabeça no ombro delem mais calma.
No grupo 1 Ucker perguntou:
- Quem pode cozinhar porque eu e Chris não sabemos né cara?
Chris: Com certeza. - sorrindo.
Sérgio: Nem eu.
Toni: Eu só sei fritar ovo e fazer miojo! Rimo! - falou sorrindo e outros riram.
Penélope: Desculpa meninas, mas também não sei nada.
Samantha: Olha eu me viro bem, posso ajudar.
Caspian: Bom eu não sei cozinhar.
Mai: É Samantha sobrou pra gente, vcs podem ajudar pelo menos?
Sérgio: Sem problemas.
Samantha: Ok então. - sorrindo.
Passado alguns minutos o guia disse:
- Podem começar a preparar a janta, vamos ver quem se da melhor, não precisam fazer com
pressa.
O pessoal preparou com cuidado a comida tentando fazer um banquete com poucos recursos.
Mai: Tenho certeza que nessa perdemos?
Samantha: Por quê? Nós duas cozinhamos muito bem.
Mai: Acontece que do outro lado tem o Poncho que cozinha MUITO bem pra um homem e 4
mulheres que sabem cozinhar pra ajudar. - respondeu frustrada.
Samantha: Ah ta entendi!
Mais alguns minutos passaram pros jantares ficarem prontos e não foi surpresa quando Roger
disse:
- Parabéns grupo 2, vcs conseguiram fazer um excelente jantar e aproveitar os poucos recursos.
O pessoal comemorou se abraçando e Poncho não gostou quando Murilo abraçou Any feliz demais
e muito menos Any gostou quando Gabrielle abraçou Poncho intima demais pro gosto dela. Os
dois se encararam sérios mostrando que estavam com ciúmes um do outro, Dul revirou os olhos
quando viu e sorrindo pra Mah ao ter uma idéia disse:
- E o único casal do grupo não se cumprimenta não?
Any a encarou séria percebendo a armação e Dul sorriu cinicamente mandando um beijo.
Murilo: Quem ta namorando aqui?
Mariana: Vai Poncho logo, mostrar pra esse menino o que é seu anda. - dando uma cotovelada
nele.
Poncho: Nós estamos namorando. - abraçando por trás Any que permaneceu séria.
Henrique: Tem certeza?
Trévis: Ela não parece convencida disso.
Poncho: Ah sem problemas. - respondeu sorrindo e inclinou Any lhe dando um beijo de cinema.
O pessoal riu e se afastou fingindo fazer algo, Henrique bateu nas costas de Murilo que se afastou
sério. Quando se separaram Poncho sussurrou no ouvido de Any:
- Eu to vendo aquele Murilo de olho em vc ta?
Any: E eu to vendo a Gabrielle dando em cima de vc desde que chegamos, antes de falar de mim
olha pra vc ta! - rebateu brava. - Eu vi o jeito como se abraçaram e vc retribuiu.
Poncho: Ah é e a forma como o Murilo te abraçou? - cruzando os braços a encarando.
Any: Eu nem conheço ele e todo mundo se abraçou.
Poncho: Olha... É melhor a gente parar por aqui se vc não quiser brigar.
Any: Ta, mas vc me acusa de coisas que faz também.
Poncho: Any! Chega, pra mim já deu. - e se virou chateado.
Any arrependida seguiu Poncho e o abraçou por trás dando beijos nas costas dele pedindo:
- Perdão bebê, perdão eu não quero brigar com vc, me perdoa?
Poncho: Any por que vc faz essas coisas? - se virando pra ela.
Any: Porque eu sou uma tonta.
Poncho: Deve ser mesmo pra pensar que eu te trocaria pela Gabrielle.
Any: É eu sei que sou tonta, mas uma tonta muito tonta, que muito, muito mesmo te ama então
não precisa ficar com ciúmes desse garoto, eu não troco vc nem por ele nem por ninguém. -
sorrindo e o abraçou. - Desculpa sua princesa boba, tonta e muito ciumenta?
Poncho sorriu e a beijou retribuindo seu abraçou, quando a soltou disse:
- Oh meu amor, te amo viu!
Any: Também te amo. - sorrindo e se soltou. - Ta vendo o que da namorar o cara mais lindo? Se
eu sou ciumenta assim a culpa é sua que não contente em me deixar louca, enlouquece as outras
meninas também. - disse sorrindo com as mãos na cintura.
Poncho: Pois saiba que a única que me interessa enlouquecer, já enlouqueço. - sorrindo
malicioso.
Any: E como. - piscando pra ele sorrindo sapeca.
Poncho riu e a abraçou lhe dando outro beijo.
No outro dia de manhã o pessoal aproveitou pra passear um pouco pelas redondezas de onde
estavam acampados. Longe das mordomias tiverem que procurar frutas que servissem de café da
manhã. Quando estavam andando de volta pro acampamento Any contente abraçou Dul e
Mariana.
- O que vc tem?
Any: Como o que eu tenho Mah sabem que dia é depois de amanhã? - sorridente.
Dul: Depois de amanhã? Dez de dezembro?
Any: Uhum! - afirmou sorrindo.
Mah: E o que tem?
Any: A gente vai voltar pro acampamento depois de amanhã né?
Dul: Uhum, mas o que vc tem?
Any: É que preciso que me ajudem numa coisa.
Mah: Que coisa?
Any: Eu vou explicar pra vcs.
Trévis: Vc é o cozinheiro do grupo né?
Poncho: Isso mesmo.
Trévis: Desculpa a curiosidade, mas qual das meninas é tua namorada mesmo?
Poncho: A loirinha do meio por quê?
Trévis: Ah ta... Não, por nada não só curiosidade.
Poncho: Vc ou um dos seus amigos ficou interessado em alguma delas?
Trévis: Não só pra saber mesmo.
Poncho: Ah ta, bom elas são minhas amigas e se o interesse não for com a Any eu posso ajudar.
Trévis: Ah valeu.
Poncho: De nada. - sorrindo estava de muito bom humor pra arrumar encrenca.
Quando chegaram no acampamento Bruno perguntou:
- Encontraram alguma coisa que sirva de almoço?
Mai: Nada! - sentando com seu grupo cansada.
Penélope: Esse mosquitos já me encheram. - espantando com as mãos.
Thalita: Mas não encontraram nada?
Ucker: Não.
Chris: Só frutas.
Sérgio: Pelo menos não fomos os únicos a nos dar mal.
Bruno: Grupo 1 também não achou nada?
Luciana: Aqui também não, só encontraram frutas.
Samatnha: Espera ai eu tive uma idéia.
Toni: Qual?
Samantha: Eu sei uma receita com frutas e moluscos incrível.
Caspian: Moluscos? Aquelas pobres criaturinhas que vivem na água.
Samantha: Isso, a gente pode voltar e busca-los pra fazer algo.
Penélope: Ai acho aqueles bichos tão nojentos.
Mai: Vc vai gostar quando prova-los.
Sérgio: Eu topo já comi e achei bom.
Samantha: Então ta, Mai me ajuda a cozinhar?
Mai: Claro sem problemas.
Samantha foi até Thalita e Bruno que guiavam seu grupo e perguntou se podia voltar pra pegar
alguns moluscos, Bruno autorizou e ela foi com a ajuda de Sérgio que se prontificou de imediato.
Uma hora depois o grupo dois ganhava por ter conseguido um excelente almoço a base de uma
criativa combinação de furtas e moluscos. Como a porção foi grande o grupo acabou ganhando.
Dul: É tenho que admitir que eles mandaram bem.
Murilo: Nossa isso aqui é bom nunca tinha comido.
Any: Ta bom por causa das frutas porque esses moluscos estão meio azedos.
Mah: É verdade.
Trévis: Eu queria umas provas mais emocionantes do que montar barraca e ficar cozinhando.
Henrique: Ai concordo.
Roger: Então espero que não liguem do que preparamos pra vcs.
Poncho: Do que estão falando?
Luciana: Já vai saber. - piscando sorrindo.
Bruno: Gente agora vcs vão desmontar as barracas ok?
Penélope: Por que vamos embora?
Thalita: Não, não, não ainda não acabou a melhor parte é agora.
Roger: Antes de virmos pra cá ficou pronta pra vcs duas trilhas diferentes que vão dar no topo
daquela colina ali, dentro dela tem uma bandeira branca, vai ganhar o passeio e as camisas daqui
o grupo que chegar lá primeiro.
Sérgio: Que da hora.
Roger: Mas prestem atenção, vcs vão enferntar alguns obstáculos no meio do caminho e vão
encontrar alguns animais presos com pistas de pra onde vcs devem seguir ok? Soltem os animais,
peguem as pistas e sigam em frente, se não se atrasarem deverão chegar na colina amanhã no
fim da tarde, assim que o primeiro grupo chegar vamos encontrar o segundo não se preocupem.
Samantha: Mas não é perigoso e se nos perdemos?
Bruno: Quanto a isso, vcs precisam nomear duas pessoas pra representar o grupo, os
representantes ficaram com uma bússola cada um e um auki-toque pra se comunicarem com a
gente caso algum problema aconteça, se vcs verem que estão perdidos, ou se alguma coisa grave
acontecer com algum de vcs ok?
Mai: Mas tem algum perigo?
Luciana: Não o que pode acontecer é em alguma armadilha alguém machucar o pé e não
conseguir continuar, vcs se perderem da rota.
Henrique: Tem jeito de saber se estamos perdidos?
Thalita: Tem, pois a cada uma hora de caminhada mais ou menos vcs devem encontrar pistas pra
seguirem em frente, se vcs verem que o caminhom que estão fazendo da em lugar algum falem
com a gente e guairemos vcs até a próxima pista.
Chruis: Entendi.
Roger: Se não tiverem nenhuma dúvida podem levantar acampamento.
Any: Isso quer dizer que vamos acampar em outro lugar essa noite e sem vcs?
Eles assentiram e alguns sorriram outros se assustaram. Ficou definido como representante do
grupo 1 Mai e Chris e do grupo 2 Any e Poncho devido ao sucesso dele na cozinha.
Quando estavam prestes a ir embora Any se aproximou e perguntou sem jeito:
- Bebê posso te pergunta uma coisa? - Ele assentiu enquanto terminava de arrumar as coisas na
mochila. - Como ficou as coisas entre vc e o Ucker depois do que aconteceu quando me perdi?
Poncho: Na mesma. - respondeu colocando a mochila nos ombros. - Mas por que vc quer saber?
Any: É que esqueci de perguntar e não quero ver vcs dois brigados por minha causa. - triste.
Poncho: A gente não ta brigado pode ficar tranqüila. - acariciando o rosto dela sorrindo.
Any: Vcs conversaram então? - sorrindo.
Poncho: Uhum… E ta tudo bem, ele pediu desculpas, eu aceitei e ainda dei um conselho.
Any: Pra ele se entender com a Dul?
Poncho: É basicamente isso, mas em outras palavras. - sorrindo.
Any: Que bom, eu tinha medo de te separar dos seus amigos quando a gente ficasse junto. -
séria.
Poncho: Não separou e em breve eles vão ser seus amigos também assim como Mah e Dul são.
Any: Tomara porque eu não quero mais ser acusada de provocar a discórdia no grupo.
Poncho: Meu anjo vc não sabe que antes de haver paz, tem que ter guerra? Vc veio pra
desarrumar tudo e colocar as coisas no devido lugar e ta se saindo bem, em breve toda essa
confusão vai acabar e vamos ficar todos unidos e felizes. - sorrindo e piscou pra ela que sorriu.
Any: Tomara meu amor, tomara. - sorrindo e o beijou.
Murilo: E então vamos nessa? - chegando.
Poncho: Uhum!
Roger: Grupo 1 vai pelo norte e grupo 2 pelo leste sigam sempre na direção Sul pra chegarem ok?
O grupo assentiu e cada um foi pra um lado.
Já fazia 15 minutos que estavam andando quando o grupo 1 ouviu um barulho.
Mai: O que foi isso? - assustada.
Chris: Ta vindo dali. - apontou pra trás de uns arbustos.
Sérgio: Será que é algum bicho?
Samantha se aproximou devagar abrindo caminho através dos arbustros e disse sorrindo:
- Olha que gracinha!
O restante do grupo se aproximou e sorriu quando viu um camundongo dentro da gaiola e junto
dele um papelzinho.
Sérgio: Espera ai eu te ajudo.
Samantha sorriu e juntos libertaram um bichinho, Caspian o pegou e disse:
- Vamos colocar no meio do mato.
Quando aproximou o bichinho do chão ele se soltou e saiu correndo sumindo de vista.
Ucker: Encontrem uma árvore próximo daí marcada com uma fita, sigam na direção dela.
Olharam em volta e Toni disse:
- Ali ó encontrei.
Penélope: Então vamos nessa direção.
Discretamente pegou na mão de Ucker que deu um sorriso sem jeito, mas não fez objeções.
No grupo 2 Gabrielle perguntou:
- Vcs tem certeza que essa é a direção certa?
Mah: Era o que tava na pista, sigam a trilha adiante.
Gabrielle: E se a gente se perder.
Any: Ai menina para de reclamar.
Gabrielle fechou a cara e cruzou os braços. Quando voltou a caminhar um bicho passou correndo
por ela fazendo com que desse um grito tropeçando numa pedra e caindo no chão. Os outros e
principalmente Any acabaram rindo da cena.
Gabrielle: O que estão olhando? Me ajudem aqui! - esbravejou.
Henrique: Vem eu te ajudo. - estendendo a mão.
Any ainda ria quando Poncho a encarou sério, ela assentiu se contendo e encarou Mah e Dul que
fizeram o mesmo. Passado o susto voltaram a caminhar.
Duas horas depois Dul perguntou preocupada:
- Gente não achamos mais nenhuma pista e se estivermos perdidos?
Trévis: Vamos andar mais um pouco qualquer coisa a gente fala com os guias.
Mariana: Não vai ser preciso, olha ali na frente.
Se aproximaram de uma gaiola encontrando um pardal.
Any: Ai que graçinha.
Quando soltaram o passarinho Poncho pegou a pista e leu:
- Sigam por mais uma hora em frente quando encontrarem uma árvore marcada com uma fita
parem pra acampar! Boa sorte…
Gabrielle: Mais uma hora pra acampar?
Henrique: Do que ta reclamando estamos indo bem.
Any: Vou ter que concordar com ela, eu to cansada. - sentando numa pedra e bebeu água..
Mah: Vamos descansar um poquinho ai a gente continua ta?
Gabrielle: Excelente idéia.
Henrique sentou ao lado de Gabi e perguntou:
- E ai tudo bem?
Gabrielle: Uhum! - respondeu meio mau humorada.
Murilo seguiu Poncho quando ele se aproximou e perguntou a Any:
- Quer ir dar uma volta comigo ou ta muito cansada?
Any assentiu se levantando e sussurrou no ouvido dele:
- Eu nunca vou estar cansada pra vc meu amor.
Poncho sorriu e lhe deu um beijo. Quando se separaram ele a puxou e saíram de mãos dadas.
No grupo 1 Caspian gritou:
- Olha aqui tem outra pista.
Soltou o animal e leu a pista, quando os outros chegaram Chris perguntou:
- O que ta escrito?
Caspian: Pra andarmos por volta de quarenta minutos até encontrarmos uma fogueira semi
montada em campo aberto pra acamparmos.
Samantha: Vamos nessa então?
Mai: Não podemos esperar um pouquinho, eu to cansada.
Penélope: Também to. - manhosa.
Toni: Então vamos esperar um pouco.
Ucker: Ok. - respondeu e sentou ao lado de Penélope.
Penélope: Já te disseram que vc fica lindo de boné?
Ucker assentiu dando um sorrisinho amarelo, a garota o abraçou pelo pescoço e perguntou:
- E que vc fica... Muito gosto, já disseram?
Ucker sorriu e a encarou, Penélope lhe deu um beijo deitando em seguida a cabeça no ombro
dele.
Um tempo depois no grupo 2 Poncho disse soltando Any do abraço:
- Senta aqui.
Any sorriu e se sentou no chão encostando numa árvore. Poncho sentou ao lado dela e a encarou,
Any acariciou o rosto dele e o beijo. Poncho se inclinou sobre ela e perguntou:
- Ta cansada pra isso?
Any negou com a cabeça e voltaram a se beijar.
Mah: Opa desculpa não queria incomodar vcs. - erguendo as mãos.
Os dois se separaram e Poncho se levantou perguntando:
- Tudo bem Mah, já vamos?
Mah: Uhum!
Any: Ah mais uma hora andando. - resmungou se levantando.
Mah: Ai tadinha. - zombou sorrindo.
Poncho: Ta cansada mesmo né?
Any: Uhum, mas tudo bem. - sorrindo.
Mah: Então vamos?
Poncho: Uhum, mas antes... - parou e encarou Any. - Vou levar essa princesa no colo já que ela ta
cansada. - a pegou no colo sem dar tempo dela protestar.
Any: Não bebê não precisa vc vai se cansar, me põe no chão. - tentando se soltar rindo.
Poncho então a colocou no chão, Any lhe deu um beijo e disse em seguida:
- Obrigada meu anjo, mas não precisa me levar no colo vai se cansar.
Poncho: Por vc vale a pena pequena.
Any sorriu derretida e Mah disse batendo as mãos:
- Vamos nessa crianças temos um bom caminho até acamparmos.
Poncho: Sim senhora. - revirando os olhos e pegou na mão de Any.
Uma hora depois no grupo 1 Ucker disse:
- Olha só o que eu achei. - mostrando um papelzinho.
Penélope: Outra pista?
Ucker: Exatamente e ta dizendo que agora vamos ter que seguir caminho sozinhos.
Mai: Não vai ter nada nos ajudando então?
Ucker: Não.
Sérgio: Ah, mas nem precisa, olha da pra ver aonde temos que ir daqui.
Chris: Acho que as pistas era pra gente chegar até aqui só.
Samantha: É o que ta parecendo.
Ucker: Então vamos preparar alguma coisa pra comer e dormimos?
Toni: Beleza, se meu relógio ta certo são 7 horas da noite já.
Penélope: Caramba passa rápido né?
Mai: Muito rápido.
No grupo 2 Gabrielle largou a mochila no chão e perguntou:
- É aqui?
Henrique: Parece que sim.
Mariana: Não parece, é. - pegando um papelzinho e leu.
Any: Outra pista? O que diz ai? - parando ao lado dela.
Mariana: Que mandamos muito bem e chegamos ao local certo pra acampar, daqui pra frente
vamos ter que seguir sozinhos.
Trévis: Ou seja sem ajuda? - perguntou e Dul assentiu. - Que massa! - sorrindo empolgado.
Poncho: Vamos armar as barracas então. - tirando a mochila das costas.
Quando terminaram de fazer o mesmo, tiveram a idéia de montar uma fogueira, Dul estava
sentada encarando o fogo, Any e Mariana sentaram ao lado dela e a última perguntou:
- Tudo bem?
Any: Por que ta com essa cara?
Dul: Tava aqui pensando... Será que o Ucker e o grupo dele chegaram no lugar pra acampar?
Mariana: Ah devem ter chegado, o caminho não tava muito difícil.
Any: É só cansativo.
Dul: Penélope deve estar aproveitando pra valer.
Mariana: Então essa carinha é por isso? Dul não fica assim vai!
Dul: Será que acabou mesmo? A gente nunca mais vai voltar? - com os olhos marejados.
Any: Olha Dul tenha certeza que cedo ou tarde vcs vão voltar o mais tardar no Natal.
Mariana: Por que no Natal?
Any: Porque tenho certeza que até vão se entender... De um jeito ou de outro.
Dul: Se vc tiver razão só tenho que esperar um pouquinho.
Any: Então não desanima ok?
Mariana viu Poncho sentar perto da fogueira e encarar as três, cutucou Any dizendo:
- Vai ficar com seu namorado anda!
Any: Vai ficar bem? - sorrindo.
Dul assentiu e Any se levantou indo sentar ao lado de Poncho que perguntou:
- Ela esta bem? - encarando Dul.
Any: Esta sim não se preocupe. - dando um beijo no rosto dele.
Poncho: Parece que pintou concorrência. - apontando pra frente onde Gabrielle e Henrique
conversavam animados.
Any: Concorrência é? - repetiu incrédula lhe dando um soco no braço.
Poncho: Ai pequena eu tava brincando. - massageando o braço.
Any: Run! - cruzando os braços séria.
Poncho: Mas que gatinha ciumenta que eu tenho. - a abraçando de lado enquanto beijava seu
rosto.
Any sorriu vencida e acabou lhe dando um beijo.
Na manhã seguinte o grupo todo já estava de pé quando Mai saiu da sua barraca.
- Já vamos?
Chris: Bom dia meu amor. - dando um beijo nela.
Mai: Bom dia - sorrindo. - E ai já vamos?
Chris: Daqui a pouco, mas come alguma coisa antes.
Mai: Ta! - assentiu indo pra mesa improvisada de café da manhã.
Penélope se aproximou de Ucker e perguntou:
- Ta tudo bem?
Ucker: Uhum!
Penélope: Então por que ta tão pensativo?
Ucker: Acha que o grupo 2 encontrou o lugar pra acampar?
Penélope: Ah devem ter achado sim, por quê?
Ucker: Não por nada. - disfarçou.
Penélope: Vc ta preocupado com a Dulce Maria né?
Ucker: O que?
Penélope: Vc entendeu, ainda gosta dela né?
Ucker abaixou a cabeça. Penélope ergueu seu rosto pra que o encarasse e disse:
- Olha eu gosto muito de vc ta? E sei que é difícil esquecer uma pessoa, mas eu espero! - sorriu.
Ucker: Vc é muito legal sabia?
Penélope sorriu contente e lhe deu um beijo.
Sérgio sentou ao lado de Samantha e perguntou:
- Pronta pra voltar a andar?
Samantha: Prontissima, pode não acreditar, mas eu adoro andar digamos "no meio do mato".
Sérgio: Sério que legal porque eu também gosto.
Samantha: O que eu mais gosto é esse cheiro.
Sérgio: É legal mesmo.
Toni: E ai casal vamos nessa? - os interrompendo minutos depois.
Ambos assentiram enquanto se levantavam.
Uma hora e meia depois no grupo 2 Gabrielle resmungou:
- Ai eu quero água.
Trévis: Olha na mochila é pra ter nessa.
Quando encontrou a água virando a garrafa bebendo quase todo o conteudo Poncho perguntou:
- E agora qual das duas trilhas?
Dul: Melhor ir pela mais fácil né?
Murilo: E qual seria a mais fácil?
Henrique: Boa pergunta.
Any: Se a gente der uma olhada pra ver.
Poncho: Como assim? - virando pra ela.
Any: Ué vamos nos separar e seguir as trilhas a que parecer mais curta e mais fácil a gente
segue.
Dul: É pode ser que funcione.
Trévis: Mas e se nos perdermos?
Mariana: Acho que não é o caso.
Any: Bom eu vou olhar essa daqui. - saindo sem dar tempo pra protestos.
Poncho: Any vem aqui. - chamou.
Any: Espera meu amor já volto. - se enfiando no meio do mato.
Murilo: Eu vou com ela. - saindo.
Poncho fechou a cara, mas Mariana o olhou pedindo que se acalmasse. Em minutos os dois
voltaram e Any perguntou:
- Vc fala ou eu falo?
Murilo: A vontade. - dando de ombros.
Any: Sinceramente essa trilha ta horrivel, tem mais obstáculo do que trilha, se a gente for por ali
não chegamos nem em um mês.
Trévis: Então vamos por essa aqui.
Dul: Só espero que não esteja pior.
Murilo: Olha acho dificil. - sorrindo.
Mariana: Bom não podemos perder a colina de vista.
Henrique: É verdade.
Durante o caminho encontraram alguns obstáculos e Poncho disse:
- Gente cuidado que aqui ta bastante escorregadio.
Gabrielle: Ai meu Deus e se eu cair?
Trévis: É só ir com cuidado, não tem erro.
Dul: Será que estamos na frente?
Any: Não da pra saber né? - segurando a mão de Poncho pra subir.
Murilo: Não tem um caminho mais fácil não gente?
Poncho: Tem o que vc e Any viram, quer ir por lá? - sorrindo.
Murilo: Melhor ficar por aqui mesmo. - sorrindo.
Mariana: Então vamos nessa gente sem desanimo.
Trévis: Isso ai!
Duas horas depois Caspian perguntou:
- Quanto tempo acham que ainda levamos pra chegar?
Mai: Mais umas 3 horas talvez.
Penélope: Tudo isso? Eu vou morrer.
Ucker: Que nada Pê fica tranqüila, não vai ser legal ver a Gabi te servindo o almoço amanhã?
Penélope: É verdade. - se levantando mais animada.
Ucker: Então vamos? - sorrindo.
Penélope: Uhum! - respondeu sorridente.
Chris: Ainda bem que a Dulce não ficou com a gente.
Mai: Se tivesse ficado teria que se virar com o pessoal novo.
Chris: E de quebra agüentar a Penélope com o Ucker.
Mai: Mas vamos esquecer esse assunto ok?
Chris assentiu sorrindo e voltaram a caminhar.
Sérgio: Ta bem legal aqui né?
Samantha: Bastante.
Sérgio: Mas pode melhor sabia? - a encarando intensamente.
Samantha: Como?
Sérgio: Assim!
Antes que tivesse tempo de reagir Samantha foi beijada por Sérgio. Acabou retribuindo gostando
do contanto da língua dele com a sua, quando se separaram ele perguntou:
- Ficou brava?
Samantha: Não. - respondeu sorrindo e pegou na mão dele.
Duas horas depois Dul sorriu se deparando com a colina e disse:
- Chegamos.
Murilo: E já que ninguém veio nos buscar creio que ganhamos.
Poncho: É, mas agora temos que subir.
Dulce: Vamos nessa.
Levaram uma hora e meia pra chegarem no topo da colina.
Trévis: Não acredito que a gente ganhou.
Murilo: Mandamos bem hein.
Mariana: Gente olhem o por do sol. - sorrindo encantada.
O pessoal encarou sorrindo, Any se aproximou de Poncho e o abraçou dizendo:
- Até que é bem romântico ver o por do sol com a pessoa que amamos.
Poncho: É verdade, bem romântico mesmo. - sorrindo pra ela e lhe deu um beijo.
Separaraam-se quando ouviram Roger dizer:
- Muito bem grupo 2, vcs ganharam.
Gabrielle: Então vamos receber o passeio surpresa?
Luciana: Exatamente. - chegando.
Dul: E o grupo 1?
Roger: Eles estão aqui perto, já foram busca-los, mas entrem.
Um tempo depois o grupo 1 chegou, Dul quando os viu se levantou e perguntou preocupada:
- O que aconteceu Ucker?
Ele vinha mancado apoiado em Sérgio e Caspian e respondeu:
- Machuquei meu pé próximo daqui e nos atrasamos por isso, mas eu to bem.
Dul: Que bom... Esta doendo muito?
Ucker: Não! Penélope soube fazer um belo torniquete. - respondeu e sorriu pra garota.
Penélope: Imagina tive que tentar 3 vezes pra acertar.
Mai: Pode ser, mas a gente não conseguiria nem tentando 15 vezes. - respondeu sorrindo.
Penélope pra provocar abraçou Ucker e lhe beijou, Dul sentiu os olhos marejarem e perguntou:
- Es-estão juntos?
Penélope: Uhum! - respondeu sorrindo.
Dul: Eu não sabia.
Penélope: Digamos que nos entendemos durante a caminhada né gatinho?
Ucker: é sim. - sorrindo pra ela.
Samantha: Nossa to super cansada que nem ligo que perdemos.
Sérgio: Precisávamos ajudar o Ucker né? - sorrindo e sentou ao lado dela.
Samantha timidamente aproximou sua mão da dela pegando a mesma ainda vacilando. Sérgio
sorriu entrelaçando seus dedos no dela e a beijou.
Any: Anjos sabem cozinhar? - perguntou se aproximando de Caspian.
Caspian: Damos o nosso jeito.
Any: Que bom, quero um almoço bem gostoso amanhã ta?
Caspian: Se não parar de provocar vou fazer com que tenha pesadelos à noite e vai ter que
explicar ao Poncho porque me chamou a noite toda.
Any: Achei que tinha perdido seus poderes de anjo. - cruzando os braços sorrindo vitoriosa.
Caspian: Perdi, mas isso não me impede de entrar na sua cabeça ou falar a noite toda no seu
ouvido pra que apenas vc escute e não consiga dormir.
Any fechou a cara e mostrou a língua pra ele. Quando viu Dul sentar ao lado de Mariana com uma
cara péssima disse séria:
- Já volto. - e saiu. - Dul o que foi? - sentando ao lado dela.
Dul: Eles estão juntos. - disse chorando olhando Ucker e Penélope.
Mariana: Juntos namorando?
Dul: Namorando, ficando não sei, mas não me importa.
Any: Não fica assim depois de amanhã vamos embora e eles não vão mais se ver.
Dul: Any tem mil jeitos deles manterem contato e a maioria é daqui do México mesmo.
Mariana: Mas não fica assim vai.
Dul enxugou o rosto e respirou fundo tentandop parar de chorar, Any teve que se conter pra não
levantar e acertar um soco na cara de Ucker e Penélope.
Na manhã seguinte, Any acordou tentando conter a euforia por causa de Dul que ainda estava
triste, estava ansiosa pra que Poncho acordasse e quando o viu de pé disse se aproximando:
- Bom dia meu amor!
Poncho: Oi! Bom dia princesa! - respondeu sorrindo acariciando seu rosto.
Any: Sabe que dia é hoje né? - sorrindo.
Poncho: Claro é nosso último dia aqui, amanhã essa hora vamos arrumar as coisas pra voltar.
Any: Só isso? - ficando séria.
Poncho: Claro por quê? Tem mais alguma coisa? - estranhou.
Any: Não, não tem nada não. - respondeu brava se afastando.
Poncho: Any o que foi? Por que ficou brava? A gente marcou alguma coisa pra fazer hoje?
Any: Não, não marcamos nada, me deixa em paz.
Poncho: Any...
Any: Acho melhor arrumar suas coisas, daqui a poucos vamos voltar pro acampamento. - disse
fria.
Poncho não entendeu, mas achou melhor se afastar enquanto ela não se acalmasse.
Penélope: Seu pé melhorou gatinho? - perguntou se aproximando de Ucker.
Ucker: Uhum não precisa se preocupar. - sorrindo.
Penélope: Não quer ajuda pra se levantar não?
Ucker: Não, da pra ir sozinho.
Luciana: Ucker esta se sentindo bem pra voltarmos?
Ucker: Uhum!
Luciana: O caminho não é longo em 2 horas chegamos e ai terão 2 horas pra preparar o almoço.
Penélope: É verdade somos nós quem vamos ter que cozinhar.
Ucker: Pois. - respondeu sorrindo.
Em minutos arrumaram as coisas e depois de tomar o café Poncho se aproximou de Any, mas
antes que tivesse tempo de falar qualquer coisa ela desvio e saiu de perto indo parar perto de Dul
e Mah.
Dul: O que ta rolando entre vc e o Poncho?
Any: Nada. - respondeu séria.
Mah: Então por que ta quase chorando? - vendo os olhos dela marejados enquanto olhava pra ele.
Any: Eu não to quase chorando.
Dul: Eu não to acreditando, vcs brigaram?
Antes de Any responder Roger chamou a atenção de todos dizendo:
- Vamos nessa pessoal?
Murilo: Demorou!
Trévis: De volta ao acampamento.
Henrique: Isso ai, vamos Gabi? - sorrindo pra ela.
Gabrielle: Ta, vamos sim. - respondeu meio distraída encarando Poncho que encarava Any.
Durante todo o trajeto Any não falou com Poncho, permaneceu o tempo todo séria, quase que
absorta prestando atenção no caminho. Depois de uma hora caminhando Thalita disse:
- Já estamos na metade do caminho, vamos parar pra descansar um pouco?
O pessoal topou largando as mochilas no chão e sentando nas sombras. Gabi se aproximou de
Poncho e perguntou:
- O que deu na sua namorada? Sempre tão grudenta e agora nem ta falando com vc.
Poncho: Ela ta brava comigo?
Gabrielle: Por quê?
Poncho: Não faço idéia. - dando de ombros.
Gabrielle: Será que eu posso te fazer compainha já que ela te abandonou?
Poncho: Não sei se é uma boa idéia.
Gabrielle: Por quê? Tem medo dela se chatear mais?
Poncho: É pode ser.
Gabrielle: É, mas não liga pra ela não. - envolvendo os braços em torno do pescoço dele.
Any que estava vendo tudo se levantou furiosa se metendo no meio das árvores e arbustros.
Poncho: Ai ta vendo? É disso que eu to falando. - soltando Gabi de cima dele.
Tentou ir atrás de Any, mas não achou uma boa idéia. Não queria brigar com ela.
Assim que se afastou do grupo Any começou a chorar se xingando:
- Burra, idiota, isso que vc é.
Caspian: Vc não é nada disso. - aparecendo na frente dela.
Any: Ai Caspian que droga. - colocando a mão no peito. - Me deixa sozinha.
Caspian: Any não fica assim.
Any: Por favor, eu quero ficar sozinha.
- ANY! - gritou Mah.
Any: Droga não quero falar com a Dul ou a Mah agora.
Caspian: São suas amigas conta pra elas o que ta acontecendo.
Any enxugou o rosto no momento em que Caspian desapareceu e as meninas surgiram atrás
dela.
Dul: Any o que vc tem? Vimos quando saiu de perto do grupo.
Any: Eu to bem.
Mariana: Não, não esta da pra falar pras tuas amigas o que ta acontecendo? - brava.
Any: É que... Mah se lembra de quando vc fez com que eu e Poncho nos entendêssemos lá na
boate?
Mariana: Lembro! Ai depois vc pediu desculpas pra mim e tudo... O que tem?
Any: Hoje ta fazendo um mês que isso aconteceu.
Dul: Espera ai, vc e o Poncho estão fazendo um mês de namoro hoje? - gesticulando com as
mãos.
Any: Uhum, mas ele esqueceu. - assentiu com os olhos marejados.
Mariana: Como assim esqueceu? Isso não faz o estilo do Poncho.
Any: Mas ele esqueceu, acordei toda animada achando que ia receber um monte de mimos e
quando perguntei pro Poncho se ele sabia que dia era hoje, ele não lembrou, disse que era nosso
último dia aqui e nem desconfiou quando eu fiquei brava.
Dul: Any não é possível que o Poncho tenha esquecido, ele é louco por vc não ia esquecer uma
data tão importante como essa.
Any: Mas esqueceu e vcs não tem noção de como é importante pra mim passar principalmente o
dia de hoje com ele meninas. - chorando.
Mariana: Oh Any não chora. - a abraçando. - Fala com ele.
Any: Pra que? Pra ele pedir desculpas por ter esquecido, não.
Dul: E o que vai fazer então?
Any: Não sei, só sei que por enquanto não quero falar com ele.
Mariana: Vc que sabe, mas não acho isso certo.
Dul: Se vc não quer falar com ele quer que demos um toque?
Any: Não Dul!
Mariana: Por que Any, a gente...
Any: Eu proíbo vcs duas te falarem isso pra ele.
Dul: Mas…
Any: Me prometam que não vão falar nada pra ele.
Mariana: Ta bem, a gente não vai falar.
Any: Ótimo.
Dul: Vamos voltar pra perto do grupo agora?
Any e Mah assentiram e se juntaram ao grupo que partiu em seguida na direção do
acampamento.
Uma hora depois a turma chegou ao acampamento, Poncho não agüentando se aproximou de Any
e perguntou:
- Posso saber por que vc ta assim comigo?
Any: Não, não pode.
Poncho: Será que da pra falar o que foi que eu fiz? - forçando ela a encara-lo. - Por que vc foi me
receber toda carinhosa e depois fechou a cara, tem alguma coisa que eu devia saber?
Any: Tem, mas não sou eu quem vai falar se te importasse vc saberia sozinho.
Poncho: Any o que foi que eu fiz? - tentando manter a calma.
Any: Vc não sabe mesmo? - o encarando na esperança de que ele se lembrasse.
Poncho: Não e gostaria muito que vc falasse.
Any sentiu os olhos se encheram de lágrimas, mas se controlou e empurrou Poncho dizendo:
- Vc é um idiota, odeio vc. - e saiu.
Poncho tentou ir atrás dela, mas Dul parou na sua frente e perguntou:
- Poncho ta tudo bem com vc?
Poncho: Tudo bem comigo? Ela que fica brava nem sei porque e vc vem pergunta se ta tudo bem
comigo? É melhor perguntar pra ela o que ela tem que mudou de humor de um segundo pra
outro.
Dul: Vc não ta esquecendo de nada Poncho?
Poncho: Esquecendo do que caramba? - perdendo a paciência.
Dul: Desculpa, mas fui proibida de falar sobre isso com vc.
Poncho: Então vc sabe porque ela ta brava?
Dul: Sei e sinceramente não acredito no que ta havendo, mas só vou te dizer uma coisa... Vc vai
ter sérios problemas mais tarde amigo.
Poncho: Sérios problemas mais tarde? Do que ta falando? Da pra me dizer?
Dul: Vc vai entender só espero que não seja tarde porque Any ta uma fera com vc e ainda vai
piorar.
Antes que Poncho falasse algo Dul saiu e ele se perguntou:
- O que deu nessas mulheres hoje?
Sem escolha foi pro dormitório tomar um banho e descansar um pouco.
Mais tarde o pessoal se reuniu pra preparar o almoço na cozinha e Mai disse:
- Ainda bem que vc ta aqui Samantha porque esses meninos não cozinham nada. - contendo o
riso.
Samantha: Nem me fale.
Mai: Mas que bom que a gente conseguiu descansar um pouco né?
Samantha: Nossa meu pé tava quase falando, deita pelo amor de Deus.
As duas riram e Mai notou os olhares de Sérgio pra Samantha e disse:
- Tem gente a fim de alguém aqui. - piscou. - Como vcs estão?
Samantha: Ah bem a gente ta se curtindo e acho que pode virar algo já que moramos no México
mesmo e não muito longe um do outro.
Mai: Que legal, tomara que vcs dois fiquem juntos.
Samantha: Nossa eu vou adorar se isso acontecer.
Ucker: Hei sem papo, terminem logo esse almoço ai oh!
Mai: Ah vai se danar garoto nós que estamos fazendo o almoço.
Ucker: Opa desculpa ai. - erguendo as mãos e se afastou.
Samantha: É mesmo Chris não perturba vai.
Ucker: Não ta mais aqui quem falou. - e saiu erguendo as mãos.
Quando terminaram o almoço a turma saiu servindo o pessoal do grupo dois. Any fez questão de
sentar com as amigas e Poncho foi obrigado a sentar bem longe dela juntos com os meninos e
Gabrielle que não sabia o que estava havendo, mas estava adorando, pois, podia dar em cima de
Poncho tranqüila e sem replesárias. Quando acabaram de comer Any saiu e Caspian indo atrás
dela perguntou:
- Vc e o Poncho ainda não se entenderam?
Any: Não!
Caspian: Any não fica triste desse jeito.
Any: Por que ele tinha que esquecer Caspian?
Caspian: Não sei! - deu de ombros.
Any: Essa pode ser a única vez que vamos comemorar um aniversário de namoro juntos e ele não
se lembra. - disse encostando a cabeça numa árvore.
Caspian: Não começa a falar como se tudo fosse acabar pra vc no Natal.
Any: E não vai?
Caspian: Não depende de mim nem de vc pras coisas acabarem ou não sabe disso.
Any: Eu sei.
Caspian: Sabe o que eu acho que vc devia fazer?
Any negou com a cabeça e Caspian se aproximou, enxugou seu rosto dizendo:
- Parar de chorar, anjos não gostam de ver seus cuidados tristes.
Any: A única pessoa que pode acabar com essa tristeza é o Poncho sabe disso.
Caspian: Quem sabe ele não acaba com ela?
Any: Duvido. - fazendo bico.
Caspian: Vc já descansou?
Any: Uhum e não estava muito cansada, mas sabe que foi divertido vc servindo o almoço pra
gente? Conseguiu cozinhar? - sorrindo.
Caspian: Dei meu jeito como vcs humanos dizem.
Any riu e perguntou:
- Vamos comigo escalar?
Caspian: Não sei.
Any: Vai dizer que tem medo de altura?
Caspian: Claro que não, só não sei escalar.
Any: Isso a maioria não sabe, mas vamos, os guias ajudam a gente.
Caspian: Ta bem. - respondeu sendo arrastado por ela.
Próximo dali Gabrielle disse:
- Deu sorte em amiga?
Penélope: Ta falando de mim e do Ucker?
Gabrielle: Uhum que legal estarem juntos.
Penélope: Muito, mas e vc e o Poncho nada?
Gabrielle: Nada por enquanto, ele e a namorada estão brigados.
Penélope: Sério? Por quê?
Gabrielle: Não sei até ontem estavam bem, mas hoje de manhã ela mudou com ele do nada.
Penélope: Que estranho né?
Gabrielle: Estranho, mas muito bom pra mim, vou cair matando em cima do Poncho.
Penélope: Vc não presta mesmo né?
Gabrielle: Não é à toa que sou sua amiga? O que vc fez com o Ucker foi diferente?
Penélope: Não e deu certo ainda o que é melhor.
Gabrielle: Então talvez comigo também funcione.
Penélope: É sim.
Gabrielle: Então a gente se vê mais tarde, vou atrás do meu gatinho.
Penélope: Beleza, tchauzinho!
Gabrielle: Bye! - sorrindo e saiu.
A tarde passou rapidamente, Dul e Mah na tentativa de distrair Any acabaram esquecendo de
seus problemas, principalmente Dul que perdeu Ucker e Penélope de vista. Samantha e Sérgio
começaram a se entender e saíram pra dar uma volta enquanto Henrique tentava algo com
Gabrielle que ficara o dia todo procurando Poncho sem sucesso e Murilo atrás de Any, também
sem sucesso.
Quando já estava anoitecendo Poncho entrou no dormitório e encontrou Any sentada na cama
com os olhos vermelhos abraçando as pernas. Se aproximou e perguntou:
- Posso saber por que me ignorou o dia todo? - ela não respondeu. - E ainda esta me ignorando?
Any: Vai embora. - respondeu séria sem encará-lo.
Poncho: Any o que foi? Vc estava bem de manhã, mas de repente ficou séria e ta assim até agora.
Any: Já falei pra ir embora, não quero falar com vc.
Poncho: Desculpa, mas eu durmo nessa cama também.
Como resposta Any se levantou bruscamente dizendo:
- Sem problemas ela é toda sua agora, acho que a Dul não vai se incomodar se eu dormir com ela.
Poncho fechou a porta parando na frente da mesma dizendo:
- Vc não vai sair daqui!
Any: Sai da frente Poncho. - tentando conter a raiva.
Ele sabia como ninguém como lidar com Any principalmente quando ela estava brava. Então sem
se intimidar cruzou os braços e a encarando respondeu naturalmente e calmamente:
- Desculpa, mas se quiser passar vai ter que me tirar daqui a força e creio que vc não tem força
fisica suficiente pra isso.
Ela estreitou os olhos com raiva seria capaz de acertar Poncho com um murro se tivesse certeza
que o dano maior seria na cara dele e não na sua mão. Mas ao invés de bater nele respondeu
numa calma que estava longe de sentir:
- Pode, por favor, sair da frente dessa porta e me deixar passar?
Poncho: Melhorou! - ela fez menção se aproximar. - Mas não vai sair daqui enquanto não me
disser porque e com o que esta brava.
Any: Será que da pra parar de tentar piorar as coisas e me deixar passar? Não quero falar com vc.
Poncho: Eu sei que ta brava comigo, mas quero saber porque.
Ele sabia o porque, mas queria que ela falasse, se bem que a conhecendo como conhecia sabia
que ela o mataria, mas não abriria a boca.
Any: Eu não vou falar e agora sai da minha frente.
Poncho: Tudo bem eu deixo vc sair do quarto se aceitar ir conversar comigo em outro lugar, Dul
esta deitada e acho que ela não merece ouvir a gente brigando aqui.
Any: Eu já disse que não quero conversar com vc. - teimou.
Poncho: Então meu amor, vamos passar a noite toda aqui, vc em pé ai e eu aqui ou até
cansarmos e cairmos de sono no chão, ou até alguém aparecer e me convencer a abir a porta ou
o mais fácil, vc aceitar vir comigo pra conversamos. - a encarou e sorriu levemente.
Any: Eu odeio vc Alfonso. - praguejou voltando a cama e pegando uma blusa.
Poncho sorriu enquanto ela estava de costas e abriu a porta. Ela passou por ele furiosa e
perguntou:
- Aonde quer que conversemos?
Poncho: Lá fora perto da trilha, pelo menos se vc me matar fica mais fácil esconder o corpo.
Any: Incrivel como vc pensa em tudo querido. - respondeu ironicamente.
Poncho deu de ombros sorrindo e saiu na frente. Minutos depois Any perguntou:
- Será que a gente pode parar aqui pra mim te matar? - cruzando os braços tentando não tremer.
Já havia escurecido e além do frio aquela mata e árvores estavam assustando Any, mas ele não
iria confessar. Poncho fechou a jaqueta colocando as mãos no bolso e disse:
- Siga em frente e vire a esquerda na 3ª ávore.
Any: Pra que isso?
Poncho: O lugar é bonito e calmo talvez te ajude a relaxar.
Any fez o caminho que ele dissera sendo seguida por ele. Quando chegou disse ironicamente:
- Lamento, mas não to enxergando o lugar relaxante.
Poncho: Agora vc vai. - sussurrou no ouvido dela apertando um botão num tipo de controle.
Poncho sorriu vendo o rosto bravo e furioso de Any entrar em choque e os olhos dela voltarem a
ficar marejados. Any não fazia idéia do que Poncho quisera dizer com aquelas palavras, mas após
dize-las luzes surgiram do nada revelando um piqinique no meio do local. A toalha xadrez nas
cores azul e vermelho estava posta no chão e em cima havia champagne, uvas, morangos,
chocolate, bolo, torta e junto milhões de coraçõezinhos recortados com as iniciais AyA dentro
deles. Mas o que mais arrancou lágrimas de Any foi um cartaz colorido pregado numa árvore, no
centro dele havia uma foto de Any e Poncho juntos as seguintes palavras: “Obrigado Por Realizar
Um dos Meus Desejos... Te Amo Any! Parabéns Pelo Primeiro de Muitos Meses que Viveremos
Juntos!!!”
Any levou a mão ao rosto chorando de soluçar, Poncho sorriu e perguntou a abraçando por trás:
- Vc achou mesmo que eu tinha esquecido que hoje fazemos um mês de namoro princesa?
Ela não respondeu continuando a chorar com as mãos no rosto, Poncho riu e a abraçando beijou
seus cabelos dizendo em seguida:
- Eu sabia que vc iria me matar sem dizer nada por isso tinha que dar um jeito de te trazer pra cá,
preparei tudo isso pra vc no tempo que fiquei sumido meu amor... Não gostou? - a soltando.
Any: Ta lindo, mas... - o encarando. - Por que vc mentiu pra mim? - começando a bater nele. - Vc
não tem idéia do quanto isso era importante por que vc fez isso Poncho, por quê? - chorando.
Poncho: Ai Any, agora pouco vc tava quase me batendo porque eu tinha esquecido, agora ta me
batendo porque eu lembrei? - tentando se desvenciliar dos sacos.
Any: Não... Porque vc mentiu pra mim, por isso to te batendo. - parando cansada.
Poncho: Any...! - se aproximando aos poucos.
Any: Não faz mais isso comigo vc quase me matou do coração. - parando de chorar.
Poncho: Oh meu anjo era uma surpresa por isso, mas ficou tão feio assim? - triste.
Any: Ta lindo nunca fizeram isso pra mim antes.
Poncho: Então vc gostou? - se aproximando.
Any assentiu enxugando o rosto e perguntou:
- Desculpa se eu fui muito chata e estupida com vc.
Poncho: Eu tava merecendo por fazer minha gatinha chorar.
Any abaixou a cabeça sorrindo e Poncho tomou seu rosto entre as mãos enxugando as lágrimas
dela que envolveu as mãos em torno das mãos dele.
- Te amo Any! Mais do que qualquer coisa nesse mundo não esquece isso nunca, vc é parte de
mim a melhor coisa que me aconteceu.
Any: Também te amo bebê, vc é a coisa que mais me importa nessa vida.
Poncho: Então não me odeia mais e não me acha um idiota? - fazendo uma careta.
Any: Nunca odiei vc muito menos achei que fosse idiota, falei aquilo na hora da raiva.
Poncho: Desculpa a brincadeira ta?
Any assentiu sorrindo, em seguida respondeu:
- Só vou desculpar se me dar um beijo... Direito!
Poncho: Com prazer, afinal vc ficou afastada de mim o dia todo e eu estou morrendo de
saudades.
Any: Vc mereceu. - falou sorrindo envolvendo os braços em torno do pescoço dele.
Poncho: Eu sei. - sussurou antes de beijá-la.
Any o abraçou com força correspondendo ao beijo pensando no susto que levara e em como fora
injusta com ele quando pensou em esganá-lo e lhe dar um murro, mas ele a acalmara mostrando
como sempre o quanto a amava e quão perfeito era. Ao se separarem Any disse se lembrando:
- Ah não tem graça!
Poncho: O que foi?
Any: Droga fiquei tão brava com vc por ter “esquecido” o dia de hoje que nem te preparei nada.
Poncho: Não tem problema. - sorrindo. - O meu presente já ta aqui... Você!
Any: Tem alguma forma de recompensar? - perguntou fazendo bico.
Poncho: Tem sim! - sorrindo maliciosamente, a abraçou pela cintura e mordisciou a orelha dela.
Any: Acho que eu sei qual é. - mergulhando as mãos por dentro da blusa dele.
Poncho: Acertou. - sussurou e a beijou de novo dessa vez com mais paixão.
Deitaram-se no chão e Any disse ficando por cima de Poncho:
- Que tal se eu começar hum?
Poncho: À vontade. - respondeu sorrindo e a beijou.
Any então começou a distribuir beijos pelo pescoço dele enquanto abria sua calça deslizando a
mão pra dentro do membro dele arrancando suspiros de Poncho. O mesmo se inclinou tirando a
camisa e os sapatos facilitando as coisas pra ela. Aos poucos Any tirou a calça dele distribuindo
beijos pelas coxas dele enquanto tirava sua cueca, livre dela Any deu alguns beijinhos no
membro dele e subiu beijando o abdomen definido desenhando circulos com a língua. Poncho
estava de olhos fechados respirando ofegante e controlando as mãos pra não puxar Any e ficar
sobre ela. A mesma começou a beijar seu torax passando a língua por seus mamilos dando
algumas mordiscadas.Tornaram a se beijar e Poncho a virou ficando por cima dela a beijando
com volupia enquanto a mão deslizou pras pernas dela acariciando-as com desejo subindo por
dentro da saia. Quando encontrou a calçinha tratou de se livrar dela enquanto sugava seu
pescoço dando algumas mordidas no lóbulo da orelha dela. Any crava as unhas pelas costas e só
parou pra ajudá-lo a tirar sua blusa. Poncho desceu os beijos pro colo dela enquanto tirava seu
sutiã e sussurrou:
- Não sabe como fiquei com saudade de vc meu amor.
Any: Eu também senti muito a sua falta. - acariciando o rosto dele afastando os cabelos.
Poncho beijou a mão dela e voltou a se inclinar desfrutando seus seios, Any mordeu o lábio
inferior tentando conter em vão os gemidos. Os beijos foram descendo e quando chegou na
barriga Any inclinou o quadril pra frente ficando livre da saia e sucumbiu quando os beijos dele
tocaram o ponto mais frágil da sua intimidade, a língua dele parecia se mover dentro dela
incendiando todo seu corpo.
Any: Poncho... - sussurrou.
Ele se inclinou pra olhá-la vendo o desejo espantado no seu rosto, finalmente a beijou no
momento em que a penetrou com movimentos rápidos. Em poucos minutos foram atingidos pelo
ápice, Any deitou a cabeça no ombro do namorado dizendo:
- Agora eu percebi o quanto senti sua falta.
Ele sorriu acariciando seus cabelos, beijou-lhe a testa e disse a abraçando:
- Também senti sua falta pequena.
Any: Depois do que me fez hoje, eu devia te deixar de castigo sabia?
Poncho: Duvido que vc agüentaria.
Any: Olha lá hein! Eu posso ficar brava com vc de novo.
Poncho: Mesmo depois de tudo que eu fiz? - se virando ficando por cima dela.
Any olhou o piquenique ainda montado esperando por eles e respondeu:
- Nunca ia poder ficar zangada com vc depois do que fez... Te amo gatinho.
Poncho: Também minha princesa. - sorrindo e a beijou.
Any: Vamos comer, fiquei com fome depois dessa. - acariciando o rosto dele.
Poncho sorriu afirmando e saiu de cima dela.
Vestiram-se e aproveitaram o piquenique fechando a noite com muito amor um nos braços do
outro.
Na manhã seguinte Dul estava com a porta aberta arrumando suas coisas pra voltarem pra casa,
havia escutado Any e Poncho discutirem ontem, mas dormira com a porta fechada e não vira
quando foram embora. Quando a porta do quarto da frente se abriu Any disse sorridente:
- Bom dia amiga. - e foi correndo a abraçar.
Dul: Nossa o que aconteceu? Fizeram as pazes?
Any: Uhum... Dul ele não tinha esquecido que era nosso aniversário, foi tudo tão lindo.
Dul: Sério que ele não esqueceu? Eu sabia que tinha coisa errada, não faz o feitio dele esquecer
uma data tão importante como essa.
Any: Não, foi tudo uma mentira dele pra poder preparar uma surpresa pra mim.
Dul: O que ele fez?
Any: Montou um piquenique no meio da mata cheio de guloseimas e um cartaz enorme com a
gente juntos desejando parabéns e dizendo que ele me amava, quase morri quando vi aquilo.
Dul: Que bom qe foi tudo uma brincadeira. - sorrindo contente. - Ucker me pregou uma peça
quando fizemos um ano de namoro, sumiu o dia todo e depois apareceu com um caminhão de
flores dizendo que me amava. - sorriu ficando triste em seguida.
Any sorriu triste vendo os olhos da amiga ficarem marejados e disse:
- Não fica assim Dul.
Dul: Tudo bem, eu to legal. - sorrindo apertando os olhos pra afastar as lágrimas.
Poncho: Bom dia Dul! - sorrindo.
Dul: Bom dia fiquei sabendo do que o senhor aprontou, que coisa feia hein? E ainda se fez de
desentendido comigo né? - com as mãos na cintura fingindo que estava brava.
Poncho: Foi mal, mas precisava fingir ou vcs descobririam tudo e ela descobriria também.
Any: Já arrumou suas coisas Dul?
Dul: Uhum, vamos tomar o último café então?
Any: Demorou to morrendo de fome.
Dul: É a noite de alguém aqui deve ter sido muito boa mesmo. - sorrindo maliciosa.
Poncho sorriu abraçando Any por trás e caminharam até o refeitório.
Depois de tomarem café Gabrielle chegou em Poncho e perguntou:
- Vc e a sua namorada fizeram as pazes?
Poncho: Uhum. - assentiu sorrindo. - Ontem fiz ela pensar que tinha esquecido nosso aniversário
de namoro por isso estava brava, mas já esta tudo bem entre a gente.
Gabrielle: Legal! Não vamos nos ver mais né?
Poncho: Quem sabe a gente não se encontre por ai? Afinal sua amiga e Ucker estão juntos vai ser
uma forma de mantermos contato.
Gabrielle: Bom fizemos uma lista com e-mail de todos espero que possamos conversar por msn
pelo menos.
Poncho: Vamos sim quero manter contato com todos daqui, até os guias.
Any estava saindo nessa hora com Mah e Dul do refeitório e não gostou de ver os dois
conversando, se aproximou e abraçando Poncho por trás perguntou:
- Meu amor vamos lá pra frente? O guia vai entregar as camisas e os convites pro passeio.
Poncho: Vamos sim! - sorrindo pra ela.
Foram mais à frente onde a galera se reunia com suas mochilas e Roger passou os convites
surpresa que era um passeio pra um Parque Aquático dentro de um zoológico no dia 28 de
Dezembro, agradeceu a todos por terem visitado aquela parte da Serra dizendo que esperava ver
algumas caras nas férias de Julho. Em seguida o pessoal que já se conhecia se cumprimentou,
trocou telefones, e-mail e prometeram manter contato.
Sérgio: Assim que chegar em casa eu te ligo ok?
Samantha: Ta vou ficar esperando.
Sérgio: Não esquece de me adicionar no msn e no orkut ok?
Samantha: Não vou esquecer, vou adicionar vc e todo o pessoal.
Sérgio: Quando te ligar marcamos de sair ainda essa semana ta? Afinal estamos de férias.
Samantha: Ta eu vou ficar esperando. - sorriu.
Ouviram a buzina da van que estava levando um pequeno grupo de pessoas os menores de idade
que estavam sem carro e Sérgio disse:
Sérgio: Vai lá estão te esperando... Até logo então. - e lhe deu um beijo.
Samantha: Até logo. - sorrindo e lhe deu mais um beijo antes de sair correndo.
Mai se aproximou do carro de Chris dizendo:
- De volta pra casa né?
Chris: É, mas foi bom aqui princesa.
Mai: Muito bom assim como todos os passeios que fazemos. - disse sorrindo.
Chris: Cadê o Ucker?
Mai: Ta se despedindo da Penélope.
Chris: Eu não sabia que eles virariam alguma coisa.
Mai: Mas sabe que eu acho que agora de volta a normalidade essa ficada deles pode acabar, no
fundo o Ucker ainda gosta da Dul.
Chris: Não sabemos né princesa?
Mai: É não esta nas nossas mãos pra mim tanto faz o jeito que ta.
Chris: Pra mim também.
Penélope se separou de Ucker dizendo:
- Vou ficar com saudades, promete me ligar?
Ucker: Prometo.
Penélope: Vou ficar esperando, não quero perder contato.
Ucker: Nem eu, vc é muito gente boa.
Penélope lhe deu mais um beijo e ouviu uma buzina, se separou dizendo:
- É o pai da Gabi que chegou pra pegar a gente tenho que ir, até logo.
Ucker: Até. - sorrindo.
Penélope saiu correndo e Ucker foi na direção de Chris e Mai.
- Vamos só nós três?
Mai: Uhum, os outros vão com o Poncho.
Ucker: Então vamos nessa.
Chris: Pode deixar que eu dirijo agora, qualquer coisa um de vcs dois dirige depois.
Mai: Ta bom. - dando de ombros e entrou no carro.
Dul parou na frente do carro de Poncho dizendo:
- Vamos nessa?
Any: Ai vamos eu to morrendo de cansaço esse acampamento acabou comigo.
Caspian a olhou de soslaio sério, mas não se manifestou.
Mariana: Então vamos entrar.
Dul: Vão vcs dois atrás e Mah e Caspian vão na frente comigo, a gente fica conversando enquanto
eu dirijo, qualquer coisa eu troco com um de vcs dois mais tarde. - falando pra Any e Poncho.
Poncho: Tem certeza que quer ir dirigindo?
Dul: Ai eu quero, gosto de dirigir, mas sossegado qualquer coisa a gente troca.
Poncho: Ta bom então. - dando de ombros.
Entrou primeiro na parte de trás do carro, Any foi até o porta malas e Mariana perguntou:
- O que ta fazendo?
Any: Pegando um cobertor e um travesseiro, tenho certeza que vou acabar dormindo. - sorrindo.
Dul: Ah menina. - zoando dela quando entrou no carro.
Poncho: Põe o travesseiro aqui. - batendo nas próprias pernas.
Any: Qualquer coisa depois eu coloco gatinho. - sorrindo e deu um beijo no rosto dele.
Poncho a abraçou dando um beijo na sua testa.
Any: Se cobre meu amor ta frio. - falou manhosa enquanto cobria a ele e a si mesma.
Poncho: Eu to bem pequena. - respondeu sorriu e a beijou.
Any envolveu o braço esquerdo na cintura de Poncho por baixo do cobertor e se aconchegou.
Caspain: Vamos nessa?
Mariana: Demorou! - sorrindo empolgada.
Pararam pra abastecer no posto próximo a saída da Serra e seguiram caminho pro México.
Quarenta minutos depois Any já estava dormindo nos braços do namorado. Mariana quando viu
disse:
- Vc cansou ela mesmo hein? - Poncho sorriu e encarou Any ternamente. - Fiquei sabendo do que
vc aprontou ontem, que coisa feia eu acho que matava meu namorado se fizesse isso comigo.
Poncho: É, mas mais um pouco e ela me matava.
Mariana: Vc judiou Poncho, ela ficou super mal achando que tinha esquecido.
Poncho: Eu sei. - sorrindo. - Vi o jeito como me tratou o dia todo.
Caspian: Mas por que contou tudo só de noite?
Poncho: Pra poder ter tempo de preparar a surpresa pra ela, por isso.
Dul: É, mas vc tava tranqüilo né? Sabia que quando a raiva passasse ela ia te desculpar.
Poncho: Uhum, mas vcs sabem que Any é a coisa mais importante pra mim, nunca seria capaz de
magoa-la, muito menos esquecer nosso aniversário de namoro depois do quanto que eu pedi pra
ficar com ela. - falou sorrindo e novamente voltou a encara-la apaixonado.
Mariana sorriu derretida com a cena e perguntou:
- Poncho vc não tem nenhum irmão gêmeo não?
Poncho Irmão gêmeo por quê? - sem entender.
Mariana: Por quê? Cara vc é muito perfeito como namorado meu, eu quero um assim pra mim,
também, só de ver o jeito que vc olhou pra Any agora já me deixou arrepiada imagina se fosse
pra mim? Acho que morria de felicidade. - rindo.
Poncho gargalhou e respondeu:
- Fica tranqüila Mah que vc acha e qualquer coisa eu dou umas aulas de como ser um namorado
perfeito como vc disse.
Mariana: Acho melhor vc escrever um livro “Como ser o Cara Perfeito em Dez Lições” garanto que
muita garota ia comprar pro namorado.
Poncho: Quem sabe um dia? - sorrindo bem humorado. - Mas se alguém me perguntasse qual o
principal elemento pra se tornar um cara perfeito eu responderia: Amar de verdade e por
completo a garota que ta do seu lado, principalmente se ela também te ama da mesma forma.
Mariana: Gostei, vou colocar assim no meu msn: Meninos se querem ser um namorado perfeito
amem suas namoradas assim como elas devem amar vcs... Por completo!
Dul: Ta gente chega com esse papo, por favor.
Mariana: Desculpa Dul.
Dul: Sem problemas, podem conversar, mas conversem sobre algo que eu e o Caspian também
tenhamos assunto pra opinar. - disse sorrindo.
Caspian: É concordo.
Poncho e Mariana sorriram um pro outro mudando de assunto.
Quando Any finalmente se mexeu nos braços de Poncho e acordou, perguntou sonolenta:
- Aonde a gente ta? Chegamos?
Poncho: Quase, mas paramos pra deixar a Mah.
Mariana: É a senhorita dormiu a viagem inteira.
Any: Nossa nem percebi. - se descobrindo e se afastando um pouco de Poncho. - Te deixei
desconfortável ai né? Devia ter me acordado.
Poncho: Não esquenta, eu dormi um pouquinho também e conversei bastante com o pessoal.
Any sorriu e deu um beijo em Poncho, Mariana abriu a porta de trás dizendo:
- Bom gente valeu por terem me levado e me trazido, qualquer coisa se a gente não se ver até
sábado nos vemos no orfanato beleza?
Poncho: Beleza.
Any: O orfanato! Que horas são? - perguntou agitada.
Dul: Quase onze por quê?
Any: Não é que a Sara foi operada esses dias e eu queria ir visita-la to morrendo de saudades.
Mariana: É verdade a gente pode marcar de ir depois né? Sabe onde ela esta?
Poncho: Eu vou ver o endereço em casa certinho e depois te ligo pra gente ver ta?
Mariana: Ta ok.
Dul: Podemos ir umas três horas, acho que da pra entrar pra vê-la.
Any: Da sim as visitas não duram até cinco horas?
Mariana: É verdade, então estamos combinados?
Poncho: Estamos.
Mariana: Então me liguem umas três e se eu souber onde fica o local eu vou sozinha ok? Tchau.
Dul: Tchau! - acenou pra ela.
Em seguida Dul foi pra casa e Poncho seguiu com Any pra casa dela. Ao chegarem Any disse:
- Pelo jeito meu irmão chegou primeiro.
Poncho: É mesmo. - sorrindo.
Any: Então a gente se encontra no hospital 03 horas?
Poncho: Eu venho te buscar e depois vc vai pra casa esperar meus pais e a Lívia comigo ok?
Any: Eles chegam hoje também?
Poncho: Uhum, mas de madrugada só.
Any: Hum... - pensativa.
Poncho: Vc topa me fazer compainha enquanto eles não chegam? - sorrindo maliciosamente.
Any: Uhum! - assentiu sorrindo.
Poncho: Então nos vemos mais tarde!
Any: Ta bom. - assentiu e lhe deu um beijo.
Poncho ligou o carro e Any se afastou, lhe mandou um beijo e ficou esperando Poncho virar a
esquina pra entrar em casa. Mas assim que entrou preferia ter ficado no acampamento. Seus
olhos se encheram de lágrimas quando a realidade caiu sobre ela. A escada estava enfeitada com
fitas vermelhas, a mesa de centro tinha alguns objetos natalinos como papai noel entrando numa
chaminé, bonequinhos de anões com presentes e uma mini árvore de Natal. E no canto da sala lá
estava ela enorme, elegante e imponente com milhões de enfeites, bolas coloridas de todos os
tamanhos e cores, pisca-piscas, objetos como papai-noel, santos, mini-presentes, prezepio,
anjos, no topo uma linda estrela de cristal e nos pés da árvores algumas caixas que quando
pequena Any se perguntava se eram presentes de verdade ou mentira, mas que agora sabia
serem alguns de verdade e mentira. Um cenário perfeito que por anos Any adorava admirar
ansiosa pela meia-noite do dia 24, fato que não estava acontecendo agora. Ver tudo aquilo era o
mesmo que saber que seu fim estava próximo, que sua sentença já estava pra sair e que de 10
opções 09 ela seria condenada.
- ANY!
Acordou bruscamente dos pensamentos quando a mãe a abraçou. Retribuiu o abraço meio sem
jeito e quando a mãe a soltou só conseguiu formular uma pergunta.
- Vc já... Montou tudo?
Carol se virou encarando a árvore e respondeu:
- Oh meu amor eu sei que vc adora montar a árvore e os enfeites comigo, mas vc ficou fora dessa
vez e não agüentei te esperar, mas amanhã quero buscar algumas coisas de Natal em
Guadalajara e vc pode ir comigo se não estiver muito zangada. - a encarando sorrindo.
Any: Não mãe tudo bem, mas é que acho um pouco cedo pra montar tudo já.
Carol: Cedo filha? Faltam 14 dias pro Natal e antes vc queria montar a árvore com um mês de
antecedenscia o que ta havendo?
Any: Nada, nada. - disfarçou e procurou mudar de assunto. - Como esta a senhora e o papai?
Carol: Estamos bem querida não se preocupe, mas e vc como esta? Parece tão mais bonita,
diferente, mas esta um pouco pálida filha o que foi?
Any: Acho que me assustei quando vi tudo isso. - sorrindo. - Mas estou muito feliz, foi muito bom
aqueles dias no acampamento com o pessoal, com o Poncho. - sorrindo sem jeito apaixonada.
Carol: Vc esta realmente apaixonada por esse rapaz né?
Any: Muito mãe, muito. - suspirou.
Carol; Que bom porque esse rapaz também te ama muito, nunca vi uma pessoa tão preocupada
com a outra como ele ficou quando vc sofreu aquele acidente. - Any sorriu. - Mas seu irmão subiu
pra tomar banho, faz o mesmo e descansa um pouco eu chamo vcs quando o almoço ficar pronto,
ai vc fala com seu pai que já foi pra empresa.
Any: Ok. - respondeu sorrindo e subiu.
Quando fechou a porta do quarto Any se jogou na cama com saudades do lugar e fechou os olhos.
- Preocupada com algo?
Any: Caspian! - se sentou na cama assustada. - Vc ainda me assusta quando faz isso.
Caspian: Desculpe, mas o que foi?
Any: O que foi? Viu a minha sala cheia de coisas de Natal, parece um pesadelo. - deitou de novo.
Caspian: Any se acalma.
Any: Não me pede calma, não é vc quem tem que convencer três pessoas que mudou em 14 dias.
Caspian: Quando vc começou tinha sete pessoas pra convencer esqueceu?
Any: Mas tinha dois meses não duas semanas esqueceu? - sentando na cama.
Caspian: Tudo bem, mas não vai adiantar ficar preoupada assim.
Any: Tudo bem, tudo bem eu vou tentar dormir um pouco. - voltando a deitar.
Caspian: Faz isso.
Any fechou os olhos e tentou dormir, acordou um tempo depois pra almoçar. Em seguida tomou
um banho e se arrumou pra ir ao hospital. Quando chegou encontrou com Poncho perguntou:
- Dul e Mah ainda não chegaram?
Poncho: Não, mas acho que não vão demorar. - respondeu sério.
Any: Ah ta... O que foi? - vendo a cara dele.
Poncho: Posso saber por que a senhorita não me deu um beijo ainda?
Any: Ai meu amor desculpa. - segurando o rosto dele as mão. - Perdoa a Any? - manhosa.
Poncho: Só com uma condição.
Any: Qual?
Poncho: Quero muitos beijos.
Any: É pra já. - sorrindo e se aproximou.
Poncho a abraçou pela cintura encurtando a distância e calou os lábios dela com os seus num
beijo apaixonado, envolvente, cheio de movimentos e exigências.
- HEI CASAL!
Ambos se soltaram sorrindo ao verem Mah e Dul se aproximarem sorrindo.
Mah: E ai já entraram pra ver a Sara?
Any: Ainda não estávamos esperando por vcs duas.
Dul: Então não tem mais o que esperar, vamos nessa.
Quando entraram no quarto Poncho disse:
- Bom dia!
Quando viu Poncho seguido de Any, Mariana e Dul, Sara abriu um sorriso enorme os olhos
brilhando de felicidade e antes que Juliana falasse algo pulou da cama e correu abraçando na
direção deles.
Any: Que saudade da minha boneca. - a abraçando com força enchendo-a de beijos.
Sara: Achei que vc não ia vir me vê nunca Any.
Any: Acha que eu faria isso com vc? - sorrindo e Sara lhe deu um beijo a abraçando.
Poncho: Trouxemos um presente.
Sara então estendeu os braços pra Poncho lhe dando um beijo quando ele a abraçou.
- Tava com saudades.
Poncho: Eu também princesinha. - acariciando seus cabelos.
- O que vc trouxe?
Mariana: Ta aqui comigo Sara. - balaçando uma caixa de bombons.
Sara sorriu e foi pro colo de Mah dando um beijo quando a mesma acariciou seus cabelos. Assim
que pegou a caixa de bombom perguntou a Juliana:
- Pode comer agora?
Juliana: Vou deixar vc comer dois já que almoçou tudo hoje.
Sara: Eba. - comemorou indo pro colo de Dul.
Juliana: Que bom que vcs chegaram e vieram visita-la, não agüentava mais essa pentelha
perguntando de vcs o tempo todo.
Sara: Tia Mai e tio Chris não vem?
Any: Depois eles vem, nós viemos na frente primeiro.
Sara: Ah ta. - respondeu saindo do colo de Dul e foi pra perto de Any.
Poncho: E ela ta ouvindo tudo perfeitamente é incrível.
Juliana: Uhum e o médico disse que não vai precisar de aparelho e audição dela esta perfeita.
Any sorriu brincando com Sara e Juliana disse:
- Graças a vc Any e a vc também Poncho.
Poncho: Não precisa agradecer Ju.
Dul: Mas e as outras crianças como estão?
Juliana: Bem, mas não param de perguntar sobre os tios... Ah e Any, Poncho será que eu posso
falar com vcs um minutinho?
Any: Ta bom. - colocando Sara no chão. - Fica com a Dul e a Mah que eu já volto.
Sara assentiu e os três saíram em seguida.
Poncho: O que aconteceu?
Juliana: É que chegou um garoto novo no orfanato há alguns dias e ela esta passando pelo
mesmo que a Sara passou, não se relaciona com as outras crianças.
Any: Mas por que? Ele tem alguma deficiência?
Juliana: Não, mas ele foi encaminhado pro nosso orfanato pelo juizado de menores... O pai o
abandonou antes de nascer e a mãe perdeu a guarda dele porque vivia bêbada e batia nele.
Any: Meu Deus.
Juliana: E eu to falando isso pra vc porque vi o que fizeram pela Sara e gostaria de saber se não
poderiam tentar ajuda-lo também... O nome dele é Felipe.
Poncho: Claro Ju o que a gente poder fazer pra ajuda-lo, nós vamos fazer.
Any: Pode contar com a gente. - sorriu.
Juliana: Bom eu consegui manter um contato com ele assim como fiz com a Sara, mas se fica em
contato com outras pessoas ele não fala nada, olha de cara feia e fica muito agrsssivo.
Poncho: Não se preocupe Ju a gente vai tentar ajuda-lo da melhor maneira possível.
Juliana: E eu vou ajuda-los no que puder.
Any: Mas mudando um pouco de assunto eu já tenho umas idéias do que podemos fazer com as
crianças pro final do ano.
Juliana: Ai que bom, depois a gente pode conversar sobre isso ok?
Any: Uhum!
Poncho: O que acham então de voltarmos pro quarto?
Any: Boa idéia ainda não matei as saudades da minha boneca. - sorrindo.
Quando entraram Sara pediu que Any e Poncho sentassem ao lado dela e Dul e Mah ficaram
sentados na beirada da cama conversdando e brincando com a pequena.
Mais tarde
Chris...
Quando vc ler essa carta provavelmente eu não estarei mais aqui... Não sei por onde começar,
pois, tudo o que tenho pra escrever aqui já te disse pessoalmente, mas espero que dessa vez,
agora que sabe do que aconteceu comigo e que nunca menti vc ao terminar essa carta acredite
em mim e me perdoe. Vc se lembra de quando eu tinha 03 anos e vc um pouco mais que 05? Vc
foi cavalgar com o papai na nossa antiga fazenda e eu quis ir junto, te pertubei tanto que vc teve
que me contar uma mentira pra me manter quieta, vc se lembra dessa mentira?
A mentira que me contou foi que voltaria, mas vc não voltou lembra? Cavalgou com o papai por
quase duas horas me deixando lá sozinha. Quando estava achando que não viria mais, a porta da
estrebaria abriu e colocaram um cavalo lá dentro sem me verem. Eu e o cavalo levamos um
enorme susto que fez ele se agitar chamando a atenção do cavalariço e quase me pisoteando, eu
poderia ter morrido aquele dia se o rapaz não tivesse acalmado o cavalo e me tirado de lá. No
fundo eu sabia que vc não tinha feito de propósito, mas meti na minha cabeça que vc não me
queria por perto, que queria ficar com nossos pais só pra vc, então prometi pra mim que não te
deixaria em paz, que já que vc supostamente me odiava eu iria te infernizar sem deixar nossa
mãe ficar com vc, assim como vc não deixava o papai ficar comigo. Com o tempo e conforme
íamos crescendo e nos odiando mais eu comecei a ter certeza de que naquele dia vc quis me
matar, principalmente nos momentos em que eu te provocava tanto que vc dizia que me odiava e
queria me ver morta. Depois do acidente eu me dei conta de que vc não tinha culpa pelo que
tinha acontecido há tanto anos e tentei reconquistar vc, já que precisava disso pra permanecer
na Terra, mas não consegui.
Então agora que tudo acabou e eu não estou mais ai, só posso pedir que vc me desculpe por não
ter conseguido te desculpar por uma coisa de que não era culpado, demorei muito pra entender o
que houve e quando entendi já era muito tarde, mas nunca é tarde pra pedir desculpas e espero
que dessa vez vc me desculpe e me perdoe pelas coisas que eu fiz, ou se não consegui, lembre-se
de mim como sua irmã pelo menos.
Beijos da sua irmã Any!
Chris fechou os olhos agora entendo o que tinha acontecido, a culpa por tudo aquilo era dele, de
Any e dos pais. Enxugou o rosto se dando conta da besteira que havia cometido, se sentindo
culpado pelo que havia acontecido na estrebaria e pelo que acontecerá com a irmã naquele
momento. Será que ainda dava tempo pra reparar certos erros do passado e do presente?
Quando deu por si estava subindo as escadas correndo na direção do quarto da irmã, mesmo que
fosse tarde precisava lhe pedir perdão.
Dentro do escritório Julio César disse:
- Anda meu amor, abre a carta.
Carol abriu a carta e ainda vacilante começou a ler em voz alta:
Mãe... Pai...
Provavelmente quando vcs lerem essa carta, não estarei mais com vcs! Sei que fiz muitas coisas
erradas a minha vida inteira, que fui um problema e uma grande dor de cabeça pra vcs, mas
queria muito que me desculpassem se nesses dois meses eu não consegui reparar todo o mal que
já tinha feito pra vcs. Nunca fui uma boa filha e sempre me aproveitei da proteção que vc mamãe
me dava, mas no fundo o que eu queria era atenção dos dois, pois, por mais que eu aprontasse vc
pai nunca levantou a voz pra mim, mas sempre se dedicou ao Chris, acho que foi isso que
contribuiu um pouco pra criar a discórdia que há entre nós. Mas se não for pedir muito gostaria
que esquecessem o que aconteceu e começassem uma nova vida, sem mim ao lado de vcs.
Uma vida feliz e tranqüila que é o que vcs merecem, e que se causei algum mal à vcs me
desculpem, pois, no fundo sempre amei vcs e sempre vou amar.
Pra terminar quero que saibam que não me despedi de vcs, pois, sabia que não conseguiria fazer
isso e muito menos dizer todas essas coisas pessoalmente, mas vou levar vcs comigo e de onde
estiver vou cuidar de vcs como cuidaram de mim.
Beijos da filha-problema de vcs, Any!
OBS: Se Sara estiver com vcs, entreguem o nosso presente pra ela.
Carol enxugou o rosto enquanto Julio César se dirigiu ao cofre, quando o abriu pegou um
envelope e entregou nas mãos de Sara que se entender perguntou:
- Esse é meu presente?
Carol: É sim, querida. - respondeu se levantando.
Sara: Mas o que é isso? - encarando ele e o enorme envelope.
Quando Chris chegou ao quarto de Any e encontrou Poncho perguntou:
- Posso ficar a sós com a Any um pouco?
Any que também estava no quarto acompanhada por Caspian se surpreendeu. Poncho se
levantou de costas pra ele e quando se virou disse enxugando o rosto:
- É vc ainda tem mais uns minutos pra insultá-la.
Chris percebeu que havia dor, ódio e sofrimento nos olhos dele e respondeu:
- Poncho eu…
Poncho: Não fala nada ta? Nada do que disser vai traze Any de volta. - saiu deixando a porta
aberta.
Desceu a escada e chegando no fim da mesma Felipe disse:
- Ah vc esta ai, olha Any me pediu pra te entregar!
Poncho encarou o envelope sem entender e o pegou das mãos do garoto. Saiu em seguida indo
pra garagem passando pela festa sem ser notado, não sabia onde estava os amigos e não queria
saber. Fechou a porta do carro e abrindo o envelope leu:
Poncho...
Sei que deve ta pensando que tudo isso é uma loucura, mas infelizmente é verdade.
Simplesmente estou pagando por coisas que fiz no passado, por ter magoado vc, discutido com
minha família e maltratado seus amigos sem me importar com eles. Quando sofri aquele acidente
e Caspian apareceu pra mim, eu não acreditei nele, mas quando me mostrou todos felizes longe
de mim e vc com a Mariana me senti excluída, sozinha, como se nunca tivesse sido importante na
vida de nenhum de vcs e isso mexeu com meu orgulho e com meu coração. Tive muito medo de
perder todos e principalmente medo de perder vc, uma das únicas pessoas que continuava me
amando apesar das coisas que eu fazia. E foi por essa visão que tive um ciúme mortal quando
conheci a Mariana, tinha medo que ela me roubasse vc justamente no momento em que tinha
descoberto que te amava, que estava apaixonada.
Felizmente seu amor por mim sempre foi tão forte que apesar do que eu fiz vc nunca me
esqueceu fazendo com que eu conseguisse te reconquistar e vc fosse a primeira pessoa a
acreditar em mim. E desde que estamos juntos vc me mostrou coisas e um mundo incrível, nunca
vou esquecer vc e tenho certeza que nunca poderia amar alguém como vc. Porque vc é uma
pessoa especial Poncho, vc é o anjo da minha vida, a pessoa que me trouxe paz e sentimentos
maravilhosos que eu nunca experimentei e sem dúvida valeu a pena todos os minutos que eu
passei do seu lado.
Agora só posso pedir que vc seja feliz e encontre alguém que te mereça, espero ter te feito tão
feliz quanto vc me fez... Te amo e vou te amar sempre e pra sempre!
Beijos, sua princesa Any.
OBS: Entrega o presente do Felipe pra mim ok? Tem um te esperando também.
Quando chegou à praia estava escuro e ela agradeceu que a praia estivesse deserta sem bêbados
comemorando o Natal ou seria mais difícil encontrar Poncho. Guiando-se pelo impulso, ela tirou
os sapatos jogando dentro do carro e seguiu em frente. Encontrou um vulto sentado na areia e
sentiu os olhos marejados reconhecendo Poncho apesar dele estar de costas coberto pela
escuridão.
- Por que vc fez isso comigo Any? Droga eu ia te pedir pra casar comigo... Precisava me levar ao
céu pra me jogar no inferno tão rápido?… Céus se vc soubesse o quanto eu te amo, o que eu vou
fazer agora sem vc aqui perto de mim, não vou agüentar viver longe de vc depois de tudo o que
vivemos, minha vida acabou… Preferia que vc voltasse como era dois meses atrás, mas perto de
mim, mesmo que me rejeitando e debochando dos meus beijos, pelo menos eu teria vc perto e
poderia te admirar de longe, eu te amo minha princesa o que eu faço agora se parte de mim
morreu com vc?
Any que escutava tudo chorando em silêncio se aproximou e vacilando tocou no ombro dele que
se virou de costas no mesmo instante. Levantou-se achando que a dor de perder Any lhe estava
causando alucinações e permaneceu parado a encarando atônito.
Any: Oi meu amor! - sorrindo entre as lágrimas.
Foi como se algo estivesse explodido dentro dele, pois, avançou e abraçou Any com tanta força
que ela se equilibrou pra não cair pra trás e respirou fundo achando que ia sufocar. Poncho a
beijou por todo o rosto com paixão sussurrando que a amava até encontrar seus lábios onde
beijou com violência, desejo, desespero, saudade e muito amor, Any suspirou correspondendo ao
beijo com os mesmos sentimentos e desejos envolvendo os braços em torno do pescoço dele o
abraçando totalmente entregue, queria sucumbir a paixão que vinha dele e retribuir da mesma
forma. Ao se separarem Poncho enterrou o rosto nos cabelos dela absorvendo aquele aroma
inebriante e disse:
- Se isso for um sonho eu não quero acordar, vai ser o mesmo que descer ao inferno.
Any: Não é um sonho, eu to aqui meu amor. - acariciando os cabelos dele.
Poncho a soltou, mas segurou seu rosto entre as mãos acariciando-o e perguntou:
- Isso não é sonho Any? Vc ta mesmo aqui?
Any: Uhum, Chris me perdoou e eu pude voltar... Pra vc bebê. - enxugando seu rosto.
Poncho tornou a beijá-la, mas de uma forma mais delicada, saboreando a boca dela com sua
língua, Any acabou tropeçando em algo caindo no chão levando Poncho consigo. Ele a encarou
dizendo:
- Não vão ligar se demorarmos um pouco né querida?
Ela negou com a cabeça hipnotizada com os olhos esverdeados dele, sentindo que o coração ia
explodir de felicidade, acariciou o rosto dele dizendo:
- Agora eu tenho todo o tempo do mundo meu anjo! E vc realizou um feitiche seu no
acampamento se lembra? - ele assentiu sorrindo beijando a mão dela que contornava seus lábios.
- Será que agora pode me ajudar a realizar um querido?
Ele assentiu novamente, sorrindo maliciosamente e tirou a blusa jogando-a na areia, Any passou
as mãos subindo do abdômen ao peito, se inclinou tirando a blusinha e o sutiã jogando-os na
areia e começou a distribuir beijos pelo abdômen dele subindo pro peito passando a língua
suavemente. Ele tinha os olhos fechados, as mãos pousadas na cintura dela suspirando excitado
enquanto ela desabotoava a própria calça. Começou desabotoar a calça dele mordendo-lhe o
queixo e beijando o pescoço em seguida, ele gemeu apertando os braços dela. Ela mordiscou a
orelha dele sussurrando:
- Vc me deixa maluca sabia? - mergulhou uma mão dentro da cueca dele encontrando seu
membro.
Poncho a abraçou pela cintura com força sugando seu pescoço enquanto mergulhava a outra mão
por dentro da calcinha acariciando sua intimidade.
- E vc não tem idéia do que faz comigo. - sussurrou roucamente mordiscando a orelha dela.
Any gemeu inclinando a cabeça pra trás apertando o membro dele que gemeu e a beijou com
violência e desespero acariciando o clitóris dela com movimentos rápidos fazendo-a gemer entre
os beijos e acariciar o membro dele. Quando foi sacudida pela chegada do êxtase, Poncho a
deitou na areia deitando por cima dela que sussurrou:
- Não vou mais agüentar eu quero ser sua agora.
Ele tirou a calça e a cueca enquanto ela tirava a calcinha. Abocanhando um dos seios dela,
Poncho lhe penetrou dois dedos ainda acariciando seu clitóris fazendo Any morder os lábios pra
não gritar, afundando as unhas no ombro dele. Fazendo um caminho com a língua Poncho chegou
na intimidade de Any sugando num beijo voluptuoso, ela inclinou o quadril pra frente dizendo:
- Poncho não me tortura mais, por favor.
Ele sorriu pra ela e se aproximando a beijou penetrando-a levando Any a loucura.
Quando chegaram ao clímax Poncho se deitou sobre o colo dela, que acariciou seus cabelos.
- Achei que nunca mais ia ficar assim com vc, princesa.
Any: A gente nunca mais vai se separar né bebê?
Poncho: Nunca mais vc vai sair de perto de mim ou da minha vida, nem que vc queira.
Any: Isso é uma coisa que eu nunca vou querer, tenha certeza. - respondeu acariciando os
cabelos dele que a beijava por sobre os seios subindo até encontrar seus lábios.
Poncho: Vc quer voltar? - sorrindo acariciando seus cabelos.
Any: Eu volto com vc quando quiser. - arrumando uma mecha do cabelo dele que lhe caia na
testa.
Poncho: Então vamos logo antes que eu comece tudo de novo e nos peguem aqui. - dando um
leve beijo nela sorrindo em seguida.
Se levantaram e quando terminaram de se trocar, Poncho viu os pés dela descalços e Any disse:
- Estão no carro, larguei lá quando cheguei.
Poncho sorriu e lhe deu um beijo. Pegou os sapatos na areia e quando a puxou pela mão Any
disse:
- Poncho espera!
Poncho: O que foi?
Any: Estava falando sério quando disse que hoje ia me pedir em casamento? - Poncho fez uma
careta. - Eu ouvi vc dizendo é verdade? - perguntou com ar zombeteiro.
Foi então que ele abriu o bolso do palito e tirou uma caixa de veludo preta. Any arregalou os
olhos assustada quando viu ele se ajoelhando na frente dela dizendo:
- Any... Vc é a única pessoa que eu quero perto de mim, a pessoa que eu quero passar o resto da
vida ao lado, por isso, quero te fazer uma pergunta... Aceita se casar comigo e ser minha esposa?
Any: Que merda Poncho! - batendo o pé na areia.
Poncho: O que foi? Não gostou? - assustado.
Any: Vc tinha que me dizer isso em casa, depois que eu estivesse pronta, não agora nessa praia
deserta, descalça, descabelada, com cara de morta-viva, toda feia, chorona e desarrumada.
Poncho: Não me interessa como vc ta meu anjo, o que importa é que vc ta comigo... Vc aceita?
Any: Vc é um burro em me perguntar isso, é claro que eu aceito. - respondeu o abraçando.
Poncho retribuiu o abraço e a beijou rodando com ela no ar.
Quando chegaram em casa Any perguntou:
- Vc entregou o presente do Felipe?
Poncho: Não, nem lembrei!
Any: Então a gente vai entregar junto, mas antes o da sua irmã. - sorrindo.
Quando entraram na casa Any disse sorridente:
- Voltamos!
Poncho a abraçou por trás sorrindo e Carol disse:
- Depois do susto, vamos perdoar a demora.
Any: Chama a sua irmã que eu vou buscar uma coisa. - e subiu pro quarto correndo.
Poncho não entendeu, mas quando Carol deu de ombros ele sorriu e foi buscar a irmã. Voltou
minutos depois e quando sentaram no sofá da sala, Lívia perguntou:
- Any vai dar meu presente então?
Poncho: Uhum!
Lívia: Que estranho, ela disse que quem recebesse as cartas dela ia dar o presente pra gente,
mas entreguei a carta pro Chris e não ganhei nada.
Poncho: Mas agora vc vai ganhar.
Lívia: Vc sabe o que é?
Poncho: Não, Any disse que o presente vai servir até pra mim!
Lívia: Hum... - pensativa. - Vc viu que os pais da Any vão adotar a Sara?
Poncho: Eu sabia. - respondeu sorrindo.
Nisso Any desceu as escadas e disse entregando um envelope pra ele:
- Toma, abre e explica o que é pra ela. - encarando Lívia piscando o olho pra ela.
Poncho abriu e Lívia se inclinou sobre ele perguntando curiosa:
- O que tem ai me fala!... Tato?! - chamou-o impaciente.
Poncho: Any por que essas passagens? - encarando-a atônito.
Lívia: Passagens? Passagens é o que a gente usa pra viajar? - tocando as passagens dele.
Any: Isso mesmo e essas passagens são pra vcs passarem o ano novo em Cancun como vcs dois
sempre quiseram, vc lembra Lívia que me contou que nunca comemorou Natal e Ano Novo com
seus pais? Que era sempre vc e o Poncho normalmente sozinhos nas casas de tios?
Lívia: Lembro, a gente vai pra praia então com nossos papais tato? - eufórica.
Poncho: É o que parece. - respondeu sorrindo pego de surpresa.
Lívia: Any nossos pais sabem?
Any: Acho que sim, afinal eles contrinuiram pra mim comprar essas passagens no seu nome e do
seu irmão sem vcs saberem. - sorrindo.
Lívia sorriu, os olhinhos brilhando, levantou do colo do irmão bruscamente e saiu correndo
levando as passagens com ela.
Poncho: Lívia cuidado pra não perder! - se levantando do sofá.
Any: Deixa ela. - sorrindo.
Poncho: Por que vc fez isso? - se aproximando e a abraçando pela cintura.
Any: Porque quis aproximar vcs dois dos seus pais e essa viajem é uma chance a mais de realizar
um pedido da Lívia... E um seu também! - sorrindo.
Poncho: Já disse o quanto eu te amo hoje?
Any: Não precisa dizer, isso prova o quanto vc me ama. - mostrando o anel de noivado.
Poncho a beijou a abraçando e quando se soltaram com alguns selinhos sussurrou:
- Obrigado, meu amor.
Any: Não precisa me agradecer!
Poncho: Traz o Felipe aqui enquanto eu busco o presente dele?
Any: Uhum, tão bom saber que eu estive perto na hora que eles receberam os preseentes,
quando escrevi às cartas há uma semana tinha tudo planejado pra que vcs fizessem tudo sem eu
ter participação de nada.
Poncho: Esqueci isso, agora vc tem todo o tempo do mundo meu amor pra mim e pra todos que
amam vc. - acariciando seu rosto.
Any sorriu e lhe deu um beijo sentindo que ia explodir de tanta felicidade, finalmente o pesadelo
tinha acabado e ela não precisava ter medo dos dias que iam se passando. Quando se separaram,
ela foi até o jardim buscar Felipe enquanto Poncho pegou o carro e saiu.
Lipe: Por que me trouxe aqui? - impaciente dentro da casa.
Any: Deve estar estranhando que Lívia e Sara receberam presentes e vc não né?
Lipe: Sim, mas...
Any: Bom vc não vai mais precisar esperar porque o Poncho foi buscar seu presente e já deve ta
voltando.
Lipe: Por que ele teve que ir buscar em outro lugar?
Any: Porque nos deu muito trabalho ainda mais que fizemos tudo às escondidas.
Lipe: Por quê?
Any: Porque era segredo. - sorrindo.
Nisso a porta da cozinha se fechou e Poncho surgiu acompanhado de um homem moreno muito
parecido com Lipe, que parecendo te-lo reconhecido perguntou:
- O que ele ta fazendo aqui?
Poncho: Sabe quem ele é?
Lipe: Eu encontrei fotos dele com a minha mãe e ela me disse que ele era meu pai, o pai que me
abandonou antes de eu nascer.
- Filho... - se aproximando.
Lipe: Fica longe de mim! - se afastando bravo.
Any: Lipe o nome desse homem é Henrique, sua mãe mentiu pra vc.
Lipe: Como assim mentiu pra mim? - encarando-a furioso.
Henrique: Sua mãe nunca me disse que ficou grávida de mim, eu a abandonei porque bebia
demais e na época nem ela ou eu sabíamos que estava grávida.
Lipe: Isso é mentira.
Poncho: Não Lipe é verdade, procuramos a sua mãe e ela contou que Henrique a abandonou
porque era agressiva e bebia demais, ele não sabia que ela estava grávida, nem sua mãe sabia.
Henrique: Ela soube pouco tempo depois que eu a deixei e acho que com raiva de mim mentiu pra
vc, mas não sabe a alegria que senti quando esses dois me encontraram e me disseram que eu
tinha um filho de 08 anos.
Lipe: Vc não sabia mesmo que eu existia?
Henrique: Não filho se soubesse teria ficado ao lado da sua mãe e te levado comigo se ela
continuasse bebendo, soube que... Ela batia em vc.
Lipe: Batia! - abaixando a cabeça.
Henrique: Se eu soubesse disso tinha te tomado dela, mas não sabia de nada.
Lipe: Como o acharam?
Poncho: Foi idéia da Any!
Any: Lembrei de uma brincadeira que fizemos e vc disse que apesar de tudo o seu maior desejo
era conhecer seu pai lembra?
Lipe assentiu e Poncho disse:
- Any me contou isso e resolvemos juntos e com a ajuda de detetives procurar seu pai e o
incentivo foi maior quando sua mãe confessou que Henrique não sabia da sua existência.
Henrique: Vc me perdoa filho por ter deixado vc nas mãos dela?
Lipe apesar da força que fazia começou a chorar, Henrique enxugou seu rosto e perguntou:
- O que acha de recuperarmos o tempo perdido?
Lipe em resposta abraçou o pai. Any e Poncho sorriram e o mesmo a chamou com o dedo. Any foi
até ele e Poncho cochichou a abraçando:
- Vamos deixar os dois sozinhos?
Any assentiu e saíram de mãos dadas pro jardim.
Um tempo depois pai e filho apareceram lá fora e Felipe apresentou orgulhosamente a todos seu
pai ficando muito feliz quando Juliana disse à Henrique que se entrasse com um pedido ao juiz
poderia muito em breve levar Lipe pra morar com ele.
Passado o susto e brindando às comemorações Carol resolveu finalmente servir a ceia.
Any: Mãe vc tinha razão, muito bom isso aqui!
Carol: Eu disse que ia gostar do recheio.
Any: Gostei mesmo, acho que comi até demais. - sorrindo levando a mão à boca.
Dul: Any o que é isso no seu dedo? - apontando.
Any e Poncho trocaram olhares sorrindo e Mariana reclamou:
- Eu não pedi pra entregar o anel na nossa frente?
Poncho: Desculpa Mah, mas houve uns emprevistos e ela recebeu antes.
Carol: O que significa isso? - sem entender.
Chris: Ai mãe significa que Poncho e Any estão noivos. - sorrindo e piscando pros dois.
Julio César: O que? - perguntou quase engasgando com o vinho.
Any: Desculpa pai, espero que não se aborreça.
Julio César negou com a cabeça e Carol disse erguendo as taças:
- Acho que isso merece um brinde certo?
Todos ergueram as taças brindando ao casal de noivos na mesa em seguida os cumprimentando
desejando felicidades e um Feliz Natal.
Um tempo depois Any estava lá fora sentada na mesa com os amigos e Poncho, alguns
convidados já haviam ido e o cansaço começava a bater. Caspian então se aproximou da mesa e
perguntou:
- Any podemos conversar?
Any: Claro! O que foi? - sorrindo. - Olha desculpa se eu não te agradeci pela força e por ter
interferido pra que eu pudesse voltar.
Caspian: Eu não interferi quando Chris a te perdoou Guiadiny se comunicou comigo e disse que vc
poderia voltar pra Terra, então fiz com que voltasse ao seu corpo depressa ou poderia morrer de
verdade.
Any: Mesmo assim agradeço por tudo o que fez.
Poncho: É Caspian vc realmente é um anjo!
O pessoal sorriu e Mariana convidou:
- Vai senta ai!
Caspian: Não posso... Vim me despedir!
Any: Se despedir?! - tão espantada quanto os outros.
Caspian: Vc lembra que eu disse que quando chegasse o dia 25 mesmo que vc conseguisse ou
não o perdão de todos eu teria que ir embora? Então... Chegou a hora! - dando de ombros.
Dul: Esta dizendo que vc vai... De vez? Pra sempre?
Caspian: Sim, mas queria que soubessem que foi muito bom ter essa experiência, esse contato
com humanos foi muito bom pra mim e tenho certeza de que vai me ajudar muito na minha
próxima missão... Sem contar que conviver com vcs foi muito bom.
Mai: Já tem uma missão? Sabe qual é?
Caspian: Não! Não sei, mas vou sentir saudades de vcs.
Any: Nós também, eu principalmente.
Caspian: Vou sentir falta do seu gênio forte Any e principalmente das suas ironias.
Any: E eu... - ficando com os olhos marejados e a voz embargada. - Das suas provocações!
Caspian sorriu a abraçando, quando se soltaram Poncho se levantou e deu um abraço em
Caspian:
- Falou cara! A gente se encontra se não for nessa vida numa outra né?
Caspian: Com certeza!
Ucker: Ó e quando chegar lá em cima fala bem da gente pros caras ok?
Caspian: Ta bom! - sorrindo.
Mai, Dul, Chris, Léo e Mah também abraçaram Caspian e Any de súbito perguntou:
- Eu... Eu nunca mais vou te ver?
Caspian: Provavelmente não! Só se vc ou alguém aqui aprontar de novo.
Any: Não garanto que não vou aprontar nada, ou posso aprontar de propósito pra vc aparecer.
Caspian: Quer mais alguma missão pra cumprir em dois meses com sentença de morte no fim se
não conseguir?
Any: Não que isso, to fora! - respondeu sorrindo. - Mas vou sentir saudade! - ficando triste.
Caspian: Eu também! - sorrindo e se afastou. - E Poncho muito cuidado com ela ok?
Poncho: Pode deixar. - sorrindo a abraçando por trás.
Caspian: Adeus amigos, a gente se vê algum dia... Boa sorte pra vcs e toda felicidade do mundo!
O pessoal assentiu e quando viram Caspian ser rodeado por uma luz branca muito forte e
desaparecer as meninas não seguraram as lágrimas principalmente Any que foi consolada pelo
namorado assim como as demais.
Chris: Hei gente não fiquem assim, é Natal!
As meninas sorriram limpando o rosto e Dul disse:
- Chris tem razão e acho que hoje já choramos demais.
Mai: Vamos pra dentro arrumar alguma coisa pra fazer?
Mah: Eu topo só sobramos nós aqui e ta começando a esfriar.
O pessoal começou a entrar e Ucker perguntou:
- Vcs não vem?
Poncho: Já vamos!
A turma assentiu e entraram na frente, quando ficou sozinho com Any, Poncho perguntou:
- Vcs não vem?
Poncho: Já vamos!
A turma assentiu e entraram na frente, quando ficou sozinho com Any, Poncho perguntou:
- Ta tudo bem? - encarando-a.
Any: Uhum, só que vou sentir falta dele né?
Poncho: Todos nós vamos, mas a gente ainda tem a vida toda pela frente.
Any: Uhum...
Poncho: Só não gostei que se excluiu da viajem de Ano Novo, queria passar com vc a virada.
Any: Mas é melhor passar com seus pais e com a Lívia, vc vai dia 29 e dia 01 ta aqui de volta.
Poncho: E vou passar o primeiro dia do ano grudado em vc matando as saudades. - a abraçando.
Any: Sem problemas! - sorrindo e o beijou.
Rapidamente entraram na casa sabendo que no novo ano que viria nada os impediria de ficar
juntos, estariam sempre unidos pelo amor que sentiam um pelo outro e isso era o que importava,
porque pra se arrepender e começar a amar e perdoar Nunca é Tarde Demais!!!
06 Anos Depois...
Any fechou a porta de casa e sorriu ao constatar que se a mesma estava aberta era porque o
marido estava finalmente em casa. Depositou as chaves na mesinha e pegou uma foto da filha de
04 anos que por sinal era muito parecida com ela, mas era o jeito e a paixão do pai.
Sorriu lembrando de como as coisas haviam mudado na sua vida. Um ano e meio após terem
noivado Any e Poncho se casaram e pouco tempo depois descobriram que teriam uma filha, a
pequena Melissa ou Mel como era chamada quando não estava aprontando. A garotinha era a
cara da mãe, mas tinha os olhos esverdeados e o jeito do pai. Mas quando era contrariada ou
queria provocar conseguia se transformar numa miniatura de Anahí. “São os genes da mãe
atuando!” sempre dizia o tio Chris, agora casado com Mai e com um filho.
Quem também estava casado, mas com dois filhos um garoto e uma garota eram Ucker e Dulce,
que viviam um casamento feliz, mas não tão feliz quanto o de Any e Poncho. E pra encerrar
Mariana e Léo também casados curtiam a lua de mel e logo retornariam de viajem.
Any sorriu pegando uma foto do marido onde depositou um beijo. Finalmente depois de longos
07 dias separados graças à viajem de negócios que fizera, ambos poderiam matar as saudades
aproveitando que a filha ainda estava na escola. Então se aproximando devagar Any abriu a
porta, mas toda a sua alegria sumiu ao se deparar com a cena.
- ALFONSO! - gritou furiosa.
Na mesma hora seu marido e a mulher nua deitada ao seu lado acordaram e quando viu a esposa
parada na porta com os olhos marejados e a mulher nua, sua assistente, do seu lado sorrindo
abobalhada Poncho viu a encrenca em que estava metido e tentou dizer algo, mas Anahí o
encarou com ódio e controlando as lágrimas disse:
- Não precisa me explicar nada! - e saiu batendo a porta do quarto.
Continua... 2ª Temporada!