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Nunca é Tarde Demais

Personagens

Anahí (Any): 18 anos, esnobe, fria, calculista, inteligente, orgulhosa e atrevida. Se sente superior e faz o
que tem vontade, pois, é defendida pela mãe. Não suporta o irmão Christian e vivem em pé de guerra tanto
que conseguiu separa-lo da namorada Maite. Esnoba Alfonso e faz o que quer com ele, pois sabe que ele é
apaixonado por ela. Por inveja do relacionamento de Christopher e Dulce tanto fez que conseguiu separa-
los. Seus desejos são: Curtir a vida ao máximo, tirar proveito de tudo e não deixar que nada a impeça.

Christian (Chris): 19 anos, gentil, carinhoso, inteligente, romântico, teimoso e divertido. Irmão de Anahí
não a suporta e se atreve a dizer que seria capaz de matá-la. Sofre muito pelo fim de seu namoro com Mai,
culpa da irmã, mas não desiste de reconquistá-la. Grande amigo de Ucker e Poncho, tenta abrir os olhos do
mesmo e fazer com que ele desista da irmã. Seus desejos são: Ser feliz com Mai, se livrar de Anahí e vencer
na vida.

Maite (Mai): 18 anos, romântica, um pouco realista às vezes, inteligente, carinhosa, companheira e
paciente. Terminou com Christian devido às insinuações que Anahí fazia e por coisas que a garota disse e a
magoou. É grande amiga de Dulce e Ucker e ficou triste quando soube que ambos terminaram e tenta
reconcilia-los. Seus desejos são: Voltar com Chris, ser feliz com os amigos, se tornar uma grande médica e
ajudar as pessoas.

Alfonso (Poncho): 19 anos, gentil, cavaleiro, romântico, inteligente, bonito e carinhoso. É completamente
apaixonado por Any e mesmo todos dizendo que ela não presta e que tem que esquece-la não consegue
fazer isso. Grande amigo de Ucker e Chris vive com eles e na opinião dele é sua segunda família. Seus
desejos são: Presenciar um milagre, ajudar as pessoas, estar em dois lugares ao mesmo tempo e ser feliz
com Any.

Dulce (Dul): 17 anos, explosiva às vezes, sonhadora, gentil, carinhosa, decidida e inteligente. É apaixonada
por Ucker, mas terminou com ele por algo que ele diz ter sido armação de Any. É grande amiga de Mai e as
duas se apóiam em tudo o que podem. Seus desejos são: Casar com Ucker, conhecer o mundo e ser feliz.

Christopher (Ucker): 18 anos, carinhoso, gentil, bonito, charmoso, decidido e teimoso. É apaixonado por
Dul e vai fazer de tudo pra te-la de volta, não suporta Any, pois sabe que ela foi a culpado pelo fim de seu
relacionamento. Em compensação é grande amigo de Chris e Poncho. Seus desejos são: Casar com Dul, ver
as pessoas que ama feliz e se dar bem profissionalmente.

Carolina (Carol): 41 anos, bonita, elegante, inteligente, amorosa e muito paciente. É uma grande
empresária. Briga muito com o marido Julio César e o filho Chris por defender demais Any, no fundo sabe
que ela é mau pessoa, mas acredita que a filha tem um lado bom. Seus desejos são: A felicidade da família,
ver Chris e Any bem, a filha mudada e o marido mais tranqüilo.

Julio César: 43 anos, bonito, elegante, teimoso e exigente. É um empresário de sucesso e sente muito
orgulho do filho mais velho, seu problema é com a filha Any. Briga com a mulher por estar defender a filha e
acredita que a mesma não vai mudar nunca e por isso tenta controla-la pra que não faça besteira. Seus
desejos são: A felicidade de sua família, que seus negócios continuem excelentes e que algum dia haja paz
entre os filhos.

Caspian: É um rapaz misterioso, bonito e muito inteligente, mas ninguém sabe de onde ele veio. Aparece
do nada na vida de Any. Na verdade Caspian é um anjo mandado como conselheiro para ajudar Any na sua
missão, aconselha-la e não deixar que a mesma desista antes que seu prazo termine. Não pode influenciar
na opinião e decisão dos outros, pois isso viola a lei do livre arbítrio, mas isso não impede que ele dê
algumas ajudinhas. É bem divertido, mas sério quando necessário.

Capítulo 1

Christian fechou a porta gritando:


- Eu te odeio Anahí. - e agarrou o braço da irmã. - Escutou? Eu te odeio!
Anahí gargalhou totalmente despreocupada e respondeu ficando séria:
- Não me importa nem um pouco... Agora me deixa em paz! - soltando seu braço.
Chris: Me responde... O que vc ganha sendo venenosa desse jeito garota?
Any: Quer saber mesmo? Eu me divirto. - sorrindo.
Chris: A gente não pode ser irmão.
Any: Quem sabe vc não é adotado?
Chris: Vc quem deve ser adotada, uma cobra como vc não pode ter vindo dessa família.
Any: Mas eu vim... Sou seu pior pesadelo. - e riu.
Chris: Vc ta feliz né? Adora tripudiar em cima das pessoas, seu divertimento é acabar com a
felicidade das pessoas, primeiro armou pra cima do Ucker e da Dul por pura inveja...
Any: Não é verdade!
Chris: É sim vc não passa de uma invejosa e por essa sua inveja maldita vc fez os dois
terminarem e não satisfeita fez a Mai terminar comigo.
Any: Vc sabe se fui eu?
Chris: Olha aqui não se faz de santa Anahí, vc armou pra Dul pegar o Ucker com aquela menina e
falou coisas horríveis pra Mai.
Any: Jura? Não sei de nada disso.
Chris: Olha aqui vc não me provoca. - agarrando seu braço furioso.
Any: E vc me larga! - não se importando com a carga de ódio que viu nos olhos dele.
Chris: Vc vai esclarecer essa história agora mesmo, vai falar com a Maite entendeu?
Any: Há, há, há! Mas não vou mesmo. - e subiu despreocupada.
Chris: Eu ainda te mato Anahí, te odeio sua desgraçada.
Any: Que bom porque também não suporto vc.
Chris então avançou pra cima dela e derrubando-a no sofá começou a enforcá-la dizendo:
- Eu vou matar vc Anahí.
Any: Me... Lar... Ga!
Chris continuou apertando descarregando toda a raiva na garganta da irmã. Any apertava as
mãos dele tentando buscar ar. A porta se abriu e Carolina vendo a cena correu dizendo:
- Larga ela filho, JULIO CÉSAR! Larga vc mata-la assim. - se desesperando.
Chris: É isso que eu quero.
Any: Solta... Infe... Liz!
Julio César apareceu e agarrando o filho disse:
- Larga ela, não faz essa besteira, larga Christian!
Christian soltou e Any se levantou correndo buscando ar e tossindo sem parar, enquanto
massageava a garganta, a mãe a abraçou assustada e Any disse com falta de ar:
- Imbecil... Vc me paga cof, cof!
Chris: Sai de perto de mim se não quiser que eu termine o que comecei.
Carol: Vai pro seu quarto filha, por favor.
Any subiu correndo. Chris deu um murro na mesa xingando a irmã, furioso.
No quarto Any sentiu seu celular vibrar. Pegou e sorriu esnobe vendo que era de Alfonso.
Any quero falar com vc... Te espero na entrada da escola amanhã ok? Bjus!
Any: Ai meu saco! Esse cara não desiste nunca, o que será que ele quer comigo amanhã?
Deu de ombros e jogando o celular em cima da cama entrou no banheiro.

Enquanto isso na casa de Dulce a mesma entrou abraçada com Maite dizendo:
- Vem Mai não fica assim.
Mai: Foi horrível Dulce.
Dulce: Me conta o que aconteceu?
Mai então se lembrou de tudo e contou.

[...] Estava saindo da sala quando Anahí parou na porta impedindo seu caminho.
Mai: Me deixa passar Anahí! - sem paciência.
Any: Tudo bem, mas antes quero falar com vc. - tirando os óculos escuros.
Mai respirou fundo e perguntou:
- O que quer agora?
Any: Te fazer uma proposta... Quanto vc quer pra largar do imbecil do meu irmão?
Mai: Que? Eu devo ter ouvido errado né?
Any: Não queridinha ouviu perfeitamente bem, quanto vc quer pra terminar com o Christian?
Mai: Nada que venha de uma cobra como vc.
Any: Uh! Não devia ser tão mal-educada.
Mai: E vc não devia ser tão cínica e venenosa... O que ganha se eu o seu irmão terminarmos?
Any: Ah nada de muito concreto, mas vou me divertir com a carinha de cachorro sem dono dele.
Mai: É incrível como vc consegue destruir qualquer coisa boa só com a sua presença.
Any: Ai obrigada pela parte que me toca! Mas responde quanto vc quer. - séria.
Mai: Nem um centavo! Quando vai se dar conta que eu amo seu irmão, que somos felizes juntos, ah vc não
sabe o que é isso, tem uma pedra no lugar do coração é incapaz de sentir qualquer tipo de carinho por
alguém, não passa de uma invejosa é isso o que vc é.
Any: O que quer com isso? Quer que eu chore? Que diga: É verdade ninguém me ama? - se fingindo de
triste.
Mai: Víboras como vc não choram, nem sentem algo de bom, o único sentimento ai dentro é raiva, ódio,
inveja e desprezo, mas quero que vc me deixe em paz entendeu?
Any: Olha esse seu pedido eu não vou poder aceitar, mas fala ai dinheiro não é problema e pra alguém
como vc não precisa ser muito né?
Mai então deu um tapa na cara de Anahí dizendo:
- Vai pro inferno com a sua grana desgraçada.
Any a encarou furiosa e disse arrumando os cabelos:
- Pois saiba que isso não vai ficar assim, eu vou tornar a sua vida impossível, eu juro. - e saiu.
Mai começou a chorar, não agüentava mais aquela situação. Há seis meses Anahí atormentava a vida dela e
do irmão por namorarem e agora Anahí a ofendera profundamente, jamais a perdoaria por aquilo. Quando
sentou na cadeira, Chris entrou na sala e perguntou:
- O que foi meu amor?
Mai: Eu não agüento mais Chris, sua irmã veio me oferecer dinheiro pra te deixar.
Chris: O que? Eu vou matar aquela infeliz.
Mai: Não Chris, não vai adiantar.
Chris: Mas se ela ta achando que eu vou deixar isso assim, ela ta enganada.
Mai: Chris é melhor darmos um tempo.
Chris: Que?
Mai: Eu to cansada de ver vcs dois brigando e brigar com ela também, vamos nos separar por um tempo.
Chris: Não Mai. - segurando a mão dela. - Não deixa a maldita da minha irmã conseguir o que quer.
Mai: Vai ser melhor assim Chris, vai ver. - e se levantou.
Chris: Mai eu te amo.
Mai: Eu também, mas assim não da. - respondeu chorando e saiu apressada. [...]

Dul: Aquela Anahí não presta, não pode abrir mão do Chris por causa dela.
Mai: Mas eu não agüentava mais Dul, mas vc fala de mim e fez à mesma coisa.
Dul: Do que ta falando?
Mai: De vc e do Ucker, ta na cara que ele ta falando a verdade e a Anahí armou isso pra cima de
vcs dois, olha o que ela fez comigo.
Dul: Será que ela é tão baixa assim?
Mai: Não duvido de nada que venha dela.
Dul: Eu não sei, o Ucker já tava estranho comigo.
Mai: Mas ele jura que foi armação e no caso de vcs dois vale a pena tentar de novo.
Dul: Não sei, eu preciso de um tempo pra pensar, mas não fica assim também ta?
Mai: Ta bom. - enxugando o rosto.

No outro dia Poncho perguntou a Ucker:


- Vc tem certeza que foi a Any quem armou tudo isso?
Ucker: Foi cara, naquela maldita festa ela tava e vi ela falando com a garota que disse pra Dul
que transamos, mas te juro que é mentira.
Poncho: Ainda não acredito que a Any fez isso e ofereceu dinheiro pra Mai terminar com o Chris.
Ucker: Essa Anahí não presta velho. - Poncho o encarou. - Não adianta fazer essa cara, vc sabe
que eu to falando a verdade, a melhor coisa que vc pode fazer é desencanar dessa garota, ela não
presta vc é gente boa merece coisa bem melhor que ela.
Poncho abaixou a cabeça, sabendo que aquilo tudo era verdade, mas como fazer pra acabar com
todo o amor que sentia por ela? Já havia ficado com outras na tentativa de esquecê-la, mas
nenhuma mexia com ele como Any mexia. Acordou quando Ucker disse:
- Falando do diabo, ele aparece.
Poncho olhou e viu Any chegando, mesmo sem querer Any parou onde os dois estavam e
perguntou:
- O que vc queria falar comigo Poncho?
Ucker: Olha Anahí vou só te dar um aviso.
Any: Hum! - tirando os óculos de sol e cruzando os braços.
Ucker: Quando eu conseguir uma prova de que foi vc quem armou pra cima de mim, vc vai se
arrepender de ter feito o que fez.
Any: E o que eu fiz Uckerzito? - irônica.
Ucker: Vc sabe e quando eu te desmascara ta ferrada.
Any: To morrendo de medo de vc.
Ucker foi pra cima dela, mas Poncho o segurou dizendo:
- Não Ucker, se acalma.
Ucker: Eu vou entrar, fica esperto com essa cobra velho.
Poncho: Ta!
Any mostrou a língua quando Ucker passou por ela e Poncho disse:
- É verdade que vc ofereceu dinheiro pra Mai largar o Chris.
Any: Uhum e acredita que aquela idiota terminou com ele sem aceitar meu dinheiro? - indignada.
Poncho: Any por que vc faz essas coisas?
Any: Porque eu gosto. - naturalmente sorrindo.
Poncho: Acho que as pessoas estão certas, vc não tem coração.
Any: Esqueceu de acrescentar que sou insensível, mentirosa, uma cobra e todo aquele blá, blá,
blá de sempre, mas quer saber não me importo, quero curtir a vida, dane-se o que vão pensar de
mim.
Poncho: Eu sei perfeitamente como vc pensa sobre as coisas, espero que não leve um tombo e
não se arrependa... Acho que a melhor coisa que eu posso fazer é esquecer vc.
Any: Faz o que vc quiser Ponchito, eu não tenho coração então nunca vou poder me apaixonar
por vc. - se fingindo de triste. - Mas procura outra garota, vc é bonito acha uma fácil.
Poncho: Não se preocupe comigo!
Any: Não to preocupada, vc é o galã dessa escola, só não faz fama porque não quer.
Poncho: Vc não sabe os meus motivos Any.
Any: Mas desconfio. - sorrindo. - Bom tenho que ir, tchauzinho. - e lhe deu um selinho.
Mas quando se afastou Poncho a puxou pelo braço e a agarrou dando-lhe um beijo de tirar o
fôlego. As línguas estavam em perfeita sintonia, era uma pena que da parte de Any não havia
sentimento algum, se não poderiam pensar que eram um casal apaixonado. Quando se
separaram Any disse:
- Sei muito bem quais seus motivos Poncho, mas beijando assim vc conquista a escola inteira e
me esquece... Prometo não me incomodar nem um pouco. - molhando os lábios.
Colocou os óculos de sol e saiu depois de dar um tchauzinho e jogar um beijo pra ele.

Quando Any entrou na sala chamando a atenção dos meninos Dul cochichou a outra menina:
- Garota abusada.
Xx: Com certeza.
A professora de Química entrou e disse:
- Bom dia sala.
- Bom dia. - responderam.
Prof.: Hoje vamos estudar sobre reações químicas alguém pode me dar uma definição.
Any: Ah professora isso é muito fácil... Reação química é o que aconteceu quando um homem e
uma mulher se juntam, principalmente quando a união é feita em quatro paredes né meninos?
A sala riu e Dul se levantando disse:
- É claro que para vagabundas como vc é a única definição que conhece.
Any: Uh esta a fim de me ofender Dulcinha? - irônica encarando-a.
Dul: Vc se ofende sozinha eu não preciso fazer isso.
Any: O que foi? Seu namorado não dava conta do errado, ou vc que não deu conta? Afinal ele foi
pego na cama com outra né? - a sala soltou um ar de surpresa. - Ai! Me esqueci que era segredo.
Dul voou pra cima de Any com os olhos marejados e a agarrou pelos cabelos, derrubando-a no
chão, a professora e alguns alunos a separaram e Dul disse chutando tentando acertar Any:
- Eu vou matar vc.
Any: Vem aqui se for mulher, vc não deve passar de uma virgem idiota, por isso perdeu seu
namorado.
Dul: Cala a boca Anahí!
Any: Vem fazer. - tentando se soltar.
Prof.: JÀ CHEGA VCS DUAS!!! - gritou e as duas se soltaram. - Venham comigo agora pra diretoria.
Chegando lá as duas começaram a falar ao mesmo tempo, o diretor deu um berro e perguntou:
- Professora o QUE aconteceu?
Prof.: A briga começou quando eu pedi uma definição sobre reação química, a senhorita Anahí
deu uma definição imprópria.
Dir.: Que tipo de definição imprópria senhorita Portillo?
Any: Que reação química é a que aconteceu entre um homem e mulher principalmente quando é
em quatro paredes. - respondeu sorrindo naturalmente e Dul a encarou com raiva.
Dir.: Isso não é coisa que se diga numa sala senhorita, mas depois disso o que houve?
Prof.: A senhorita Dulce interferiu e de certa forma ofendeu a senhorita Anahí que a ofendeu de
volta e ambas começaram a brigar.
Dir.: Foi isso o que aconteceu?
Dul e Any confirmaram.
Dir.: Vou dar uma advertência pra vcs, quero que façam um trabalho sobre violência
entenderam?
Any: Ah fala sério professor.
Dir.: Se preferirem poderão ser suspensas.
Dul: Esta bem, eu aceito o trabalho.
Any: Eu também.
Dir.: Ótimo podem ir.

Na hora do intervalo todos ficaram sabendo do ocorrido na festa. Ucker chegou em Anahí e disse:
- Quero falar com vc.
Any: Siiim! - encarando-o por baixo dos óculos de sol.
Ucker: Eu já sei um jeito de provar o que vc fez?
Any: Ai de novo isso? Vc não enjoa de me infernizar cara?
Ucker: É vc quem gosta de infernizar as pessoas, eu soube o que vc fez.
Any: Então vai defender sua ex-namoradinha e some da minha frente. - empurrando-o.
Poncho estava vindo na direção dela e perguntou:
- Posso falar com vc?
Any: Olha se for pra me encher como seu amigo ta fazendo to fora.
Poncho: Espera. - segurando sua mão.
Any: Poncho! - tirou os óculos encarando-o. - Vou te falar só mais essa vez ok? Me... Deixa...
Em... PAZ! Entendeu ou quer que eu desenhe?
Poncho: Já entendi.
Any: Ótimo, agora passa o recado pros seus amigos que eles ainda não entenderam. - e saiu.
Poncho se dirigiu até os amigos tentando conter as lágrimas, tinha que deixar de correr atrás de
Any, mas como iria fazer isso se parecia que quanto mais ela o esnobava mais ele a amava?

Dias depois Chris aproveitando que a irmã não estava perto chegou em Mai e perguntou:
- Posso falar com vc?
Mai: O que foi?
Chris: Mai eu sinto sua falta.
Mai: E acha que eu não sinto?
Chris: Então porque desde que terminou comigo esta me evitando?
Mai: Não estou te evitando.
Chris: Esta sim e sabe disso.
Mai: O que quer que eu faça?
Chris: Que volte pra mim.
Mai: Pra sua irmã infernizar a gente?
Chris: Ela não vai fazer isso.
Mai: Tem certeza? O que ela diria se visse a gente agora?
Any: Diria isso: Se afasta do meu irmão. - chegando.
Chris: E vou te dizer só isso: Some daqui Anahí!
Any: Pra se entender com essa daí?
Chris: Olha como vc fala com ela. - explodindo.
Mai: Já chega... Olha aqui Anahí vc conseguiu o que queria, não vou voltar com seu irmão.
Any: Fico muito feliz em saber. - sorrindo.
Mai: Olha garota, só tenho uma coisa pra te dizer... Vai pro inferno! - e saiu.
Any: Ela ficou brava?
Chris: Mas é claro que ficou, não viu o que fez? Eu te odeio Anahí, queria que vc morresse.
Any: É, mas não é isso o que vai acontecer. - alterando a voz.
Chris: Por enquanto porque eu posso terminar o que comecei aquele dia em casa.
Any: O que? Me enforcar? Vem se for homem! - desafiou brava.
Chris foi pra cima dela, mas antes que conseguisse tocar nela Ucker e Poncho apareceram e o
seguraram. Any riu e disse debochando:
- Deixa ele vir.
Poncho: Any não provoca.
Any: Qual é Poncho, não enche ok? Larga esse imbecil.
Ucker: Vamos fazer o que ela quer. - e soltou Fercho.
Any: Olha tenho coisa melhor pra fazer irmãozinho, tchauzinho meninos. - mandou um beijo e
saiu.
Chris: ANAHÍ! - gritou quando Poncho o soltou, mas a mesma não voltou.
À noite Any estava numa balada já um tanto alterada, dançava completamente distraída e
desligada dos olhares de cobiça que os rapazes lhe lançavam. Um deles se aproximou dela e a
abraçou dançando com ela, Any acabou não ligando muito e continuou dançando.
Na casa de Chris o mesmo estava no quarto encarando uma foto dele e Mai, quando Julio César
entrou e sentando ao lado dele na cama perguntou:
- Ta assim pelo fim do namoro com a Maite né?
Chris: Sim, mas esqueceu de acrescentar que foi por culpa da Anahí.
Julio César: Não fica assim filho, vc vai voltar com essa garota ainda, tenho certeza.
Chris: Seria muito bom se a Anahí colaborasse e parece de nos encher.
Julio César: Sua mãe já falou com ela, talvez ela esteja com inveja por não ter namorado.
Chris: Também insuportável do jeito que ela é ninguém vai gostar dela! Bom tem um amigo meu
que é amarradão nela, mas a Anahí não da bola pra ele, despreza como faz com as outras
pessoas.
Julio César: Quem sabe a salvação da sua irmã não esteja nele.
Chris: Pra mim ela não tem salvação, não a suporto.
Julio César: E tem razões pra isso, mas vai ver vc e a Maite se amam, vão voltar tenho certeza.
Chris: Tomara pai, se não nunca vou perdoar a Anahí por isso.

Horas depois Any meio bêbada disse empurrando o cara que ficou em cima dela a festa toda:
- SAI! Não saco que eu não quero nada cara?
Xx: Nem uma caroninha princesa?
Any: NÃO! Eu to de carro, boa noite. - saindo e trombando com todos.
Assim que entrou no carro deu partida e saiu.

Na casa de Dul a mesma se revirava na cama lembrando de sua conversa com Mai.

[...] Dul: Do que ta falando?


Mai: De vc e do Ucker, ta na cara que ele ta falando a verdade e a Anahí armou isso pra cima de vcs dois,
olha o que ela fez comigo.
Dul: Será que ela é tão baixa assim?
Mai: Não duvido de nada que venha dela.
Dul: Eu não sei, o Ucker já tava estranho comigo.
Mai: Mas ele jura que foi armação e no caso de vcs dois vale a pena tentar de novo. [...]

Sentou na cama e se perguntou:


- Será que é uma boa dar uma nova chance pro Chris?... Não, não é melhor eu dar um tempo pra
gente, depois ver o que é o certo mesmo a fazer. - e deitou.

Any voltava da boate dirigindo um tanto depressa, mas um carro numa velocidade maior ainda
que a dela veio na sua direção. Any cantava aos berros a música Peace of Me da Britney Spears,
quando viu uma luz forte no seu rosto e gritou bêbada:
- Hei idiota apaga esse farol. - e buzinou.
Mas vendo que o carro veio na sua direção Any se perguntou:
- Esse idiota ta vindo pra cima de mim!
Mas não deu tempo de Any desviar. O carro veio mais rápido ainda na sua direção e Any gritou:
- Não quero morrer! NÃO! - gritou e seu cinto rasgou.
O impacto foi muito forte, o carro que vinha na direção de Any rodopiou na pista batendo num
poste, o de Any capotou duas vezes parando de ponta cabeça e explodindo. Com o impacto Any
foi jogada pra fora do carro. Nesse mesmo instante na casa de Any, Carolina acordou assustada
chamando pela filha.

Any acordou estranhando o céu super branco que viu em cima dela. Levantou-se e estranhou
vendo um campo de flores de diversas cores: azuis, vermelhas, amarelas, laranjas, rosas, lilases
e brancas ao seu redor. Viu algumas árvores ao longe e se perguntou:
- Mas que droga aonde é que eu to?
Xx: Precisa de ajuda!
Any: AH! - assustando. - Quem é vc? De onde apareceu? - encarando-o com as mãos na cintura.
Xx: Me chamo Caspian... Anjo Caspian!
Any: Há, há anjo vc? É alguma cantada idiota isso? Olha essa nunca tinha ouvido antes. - olhando
em volta. - Agora para de palhaçada e me diz onde eu to, ta legal?
Caspian: Vc esta no céu Anahí!
Any: No céu? - perguntou e gargalhou. - Garotas como eu não vão pro céu garoto e sim pro...
Inferno! - sussurrou fazendo uma cara assustadora.
Caspian: Acredite com a sua ficha na Terra era onde vc deveria estar, no inferno, mas alguma
coisa deu errado e me mandaram vir busca-la.
Any: Eu to sonhando, isso não pode ta acontecendo.
Caspian: Se não acredita venha comigo.
Antes que Any respondesse sentiu como se caísse num abismo e do nada se viu em outro lugar,
cheio de pessoas andando de um lado pro outro e algumas deitadas em camas, era um hospital.
Viu uma enfermeira vindo na frente dela e disse:
- Hei moça on... Ah! - exclamou quando a mulher a atravessou.
Caspian: Não podem nos ver por isso nos atravessam.
Any: O que vc fez comigo, idiota? - apontando o dedo na cara dele.
Caspian: Cuidado com esse tom autoritário ou vai lá pra baixo sem chance alguma de mudar sua
situação. - e saiu.
Any mostrou a língua pra ele e saiu atrás de Caspian perguntando:
- Vc é algum médico?
Caspian: Não!
Any: Então porque ta todo de branco e como fez pra me trazer pra cá do nada?
Caspian não respondeu virou e entrou num quarto. Any entrou atrás entediada, mas parou
estática e arregalou os olhos quando se viu deitada na cama, sentiu uma aflição horrível quando
se viu toda machucada. Havia um corte sobre sua sobrancelha, alguns pontos do seu rosto
estavam machucados e um tubo de respiração a ajudava a respirar, os braços e as mãos estavam
ralados e sua mão direita estava enfaixada.
Caspian: Lembrou-se do acidente?
Any sentiu um pânico tomar conta dela, olhou pra trás querendo fugir daquela cena estranha
onde ao mesmo tempo estava de pé e deitada numa cama toda machucada. Quando estava indo
na direção da porta viu um médico vindo e desviou antes que o mesmo a atravessasse, se
assustou quando viu os pais e Christian chegando e passando por ela sem vê-la e o médico disse:
- Ela é parente de vcs?
Julio César: Sim é nossa filha.
Carol: O que aconteceu? - chorando.
Xx: Ela sofreu um acidente grave perto de uma boate, foi encontrado grande nível de álcool no
seu organismo.
Christian: A idiota bebeu e saiu dirigindo, porque será que não to surpreso.
Any avançou pra cima de Christian e se frustrou quando passou por ele sem ser notada ou vista.
Any: Vai ver quem é a idiota, panaca.
Xx: Mas ela não foi à culpada pelo acidente, um carro em alta velocidade veio pra cima dela, ela
não conseguiu desviar, o carro dela segundo testemunhas capotou e explodiu, um policial disse
que o cinto estava arrebentado como se tivesse sido rasgado segundos antes, o que nos faz
pensar que um milagre aconteceu, pois sua filha não teria tempo ou força pra rasgar o cinto e se
o mesmo não tivesse arrebentado ela não teria sido jogada pra fora e morreria carbonizada na
explosão.
Carol levou as mãos ao rosto chorando e se aproximou da cama. Any encarou Caspian e
perguntou:
- Vc?
Julio César: Ela vai ficar bem?
Christian: Por mim podia morrer, não passa de uma cobra.
Carol: Christian, por favor. - chorando e segurando a mão da filha. - Ela vai sobreviver né?
Xx: Não sabemos, sua filha chegou aqui já em estado de coma!
- Coma?! - disseram juntas Any e Carol assustadas.
Xx: Só com o tempo saberemos se ela vai acordar e se acordar se não terá seqüelas.
Julio César: E há alguma previsão pra ela acordar?
Xx: Não, uma pessoa em coma pode acordar em horas, dias, semanas, meses ou até anos.
Carol: Filha, por favor, resista meu amor.
Any se aproximou da mãe e antes que pudesse lhe tocar Caspian disse:
- Vamos embora!
Antes que Any tivesse tempo de falar alguma coisa viu o lugar ficando distante e do nada estava
de volta ao local onde acordou. Encarou Caspian e perguntou furiosa:
- Que diabos aconteceu comigo?
Caspian: Vou explicar sua situação... Durante 18 anos vc, esnobou pessoas, humilhou e viveu sua
vida sem escrúpulos não é verdade?
Any: Run começou! É verdade sim e daí? - despreocupada.
Caspian: E além de fazer tudo isso, sempre foi topetuda, desafiando todo mundo e não ligando a
mínima para o que as pessoas achavam de vc.
Any: Não me importo mesmo.
Caspian: Acontece que devido há essas suas atitudes vc perdeu o direito de viver.
Any: Que? - incrédula.
Caspian: Isso o que ouviu devido as suas atitudes na Terra vc perdeu o direito de viver, mas
como disse algo deu errado e ao invés de morrer no acidente como deveria ter acontecido vc
sobreviveu.
Any: Sobrevivi? Eu to em coma e ao mesmo tempo em pé falando com vc.
Caspian: Seu espírito é que esta em pé falando comigo, seu corpo é quem esta em coma e isso
aconteceu porque a última coisa que vc falou antes do acidente era que não queria morrer.
Any: É verdade, mas por isso eu sobrevivi?
Caspian: Sim, pois, foi digamos com o coração que vc pediu, sua vontade de viver foi maior por
isso esta aqui. - explicou calmamente.
Any: Ta e o que eu tenho que fazer pra ter minha vida de volta?
Caspian: Mudar.
Any: Como assim?
Caspian: Anahí se for pra vc voltar, pra machucar todas aquelas pessoas de novo, pra destruir
mais ainda a vida delas e de outras que aparecerem é melhor que vc morra.
Any: Não isso não. - se afastando.
Caspian: Estaria disposta então a mudar?
Any: Mudar em que sentido?
Caspian: Mudar no sentido de praticamente se tornar outra pessoa, a nunca mais pisar nas outras
pessoas, a não fazer mais intrigas, a não mentir.
Any: Não vou poder fazer nada disso?
Caspian: Se quiser voltar pra Terra não.
Any: E o que eu tenho que fazer? Bancar a boazinha?
Caspian: Não bancar a boazinha, pois, assim vc vai estar fingindo, mas sim se tornar realmente
pra escute bem NUNCA MAIS voltar a fazer as coisas que vc fazia antes do acidente.
Any: Entendi! Bom ta legal eu topo bancar a boazinha e não machucar mais ninguém posso voltar
agora?
Xx: Ainda não.
Any se assustou vendo uma mulher com um vestido branco surgir do nada ao lado de Caspian e
perguntou:
- Vc é amiga dele? O que é outro anjo que veio me dar conselhos de como ser boazinha e ter
minha vida de volta?
Caspian: Ela se chama Guiadiny é uma anja conselheira e a mais próxima do senhor.
Guiadiny: E vou avisando que vc não vai conseguir voltar com esses pensamentos.
Any: Mas já não falei que não vou fazer mais maldades?
Guiadiny: Disse, mas numa forma de conseguir voltar pra Terra e não de se redimir, vc ta
querendo bancar a boazinha como Caspian disse pra voltar pra Terra e não porque quer se tornar
uma pessoa melhor... Mas acho que uma dose de realismo forte possa fazer com que essa sua
vontade se torne verdadeira e o principal de coração.
Caspian: Será uma boa idéia fazermos isso com ela?
Guiadiny: Se quisermos mesmo que ela vire uma pessoa boa de coração, sim.
Any: Da pra explicar do que tão falando? Que dose de realismo é essa?
Guiadiny: Vamos te mostrar o futuro... O futuro SEM Anahí Geovanna.
Any: Ahn?
Caspian: O que vai acontecer se vc morrer de verdade.

Parou aqui: O FUTURO SEM ANAHÍ GEOVANNA

Any então sentiu que caia e quando viu estava em sua casa, mas ela estava diferente, emanava
tranqüilidade, amor, paz, serenidade, sem contar que as cores pareciam mais alegres e havia
móveis novos substituindo outros. De repente a porta se abriu e viu Christian entrar sorrindo de
mãos dadas com Mai, mas não estavam sozinhos Ucker vinha gargalhando carregando Dul de
cavalinho acompanhados de Poncho e uma garota que estava abraçada com ele, e Any não
conhecia, todos passaram por ela felizes e sem vê-la. Any os seguiu até a cozinha, Ucker colocou
Dul no chão e disse ajudando Chris a pegar um bolo:
- Quando a gente entrar começamos a cantar bem alto pra Carol beleza?
Xx: Fechado! - respondeu sorrindo a garota que Any não conhecia.
Any então reparou que no bolo estava escrito: “Parabéns Carol! Todos nós te Amamos...” e em
cima do bolo havia duas velas formando o número 43. Se estava mesmo no futuro e sua mãe já
estava completando 43 anos, isso significava que quase dois anos já haviam se passado desde o
acidente.
Any: Não faz nem dois anos que eu morri e eles estão felizes assim, no fundo nunca me amaram.
- disse magoada não entendendo a vontade que tinha de chorar. - E quem é essa garota com vc
Poncho, se dizia tão apaixonado por mim e agora esta com outra? - indignada.
Viu que eles se afastavam e os seguiu até o jardim, lá os familiares estavam reunidos e Carol se
assustou quando todos entraram cantando aos berros os parabéns. Quando terminou ela
cumprimentou e agradeceu a todos, quando chegou em Poncho e a garota perguntou:
- Quem é essa garota linda com vc?
Any: Isso que eu quero saber também. - emburrada.
Poncho: Ela é a Mariana que eu te falei Carol, minha namorada!
Any: Que? Essa feiosa é sua namorada? Me trocou por isso? - totalmente indignada parando na
frente dele e sentiu um calafrio quando a mãe passou por ela e abraçou Mariana.
Carol: To muito feliz em ver vcs dois juntos, espero que sejam muito felizes. - soltando a menina.
Mariana: Obrigada! - sorrindo.
Poncho: Mah e eu nos conhecemos no começo desse ano quando ela entrou na faculdade
transferida acabamos nos aproximando e nos apaixonando. - sorrindo pra ela e a beijou.
Any arregalou os olhos inconformada com o que via, tinha que ser um sonho, ela não podia estar
vendo a vida das pessoas que conhecia sem ela, porque estava morta.
Carol: Só faltava uma pessoa aqui. - ficando triste.
Mariana: A sua filha né?
Any: Como ela sabe de mim?
Carol: Vc sabe que perdi uma filha há um ano e oito meses mais ou menos?
Mariana: Uhum Poncho me contou há um tempo atrás o que aconteceu, sinto muito.
Carol: Tudo bem foi difícil, mas eu sei que a minha filha esta num lugar melhor, Deus quis assim.
Any pode perceber que a mãe se controlava pra não chorar, como queria abraçá-la agora, queria
pedir desculpas a todos, queria fazer parte daquele momento feliz e principalmente queria ser a
Mariana pra poder abraçar Poncho, agora percebia o que tinha feito de errado, se pudesse daria
qualquer coisa pra poder voltar no tempo e valorizar o que nunca tinha valorizado antes. Foi
então que se lembrou que talvez ainda pudesse recuperar o tempo perdido, ajoelhou e gritou
chorando:
- Quero minha família de volta, faço o que for preciso, mas quero-os de volta... Tirem-me daqui,
por favor. - e fechou os olhos sentindo que flutuava.
Guiadiny: Agora vc entendeu?
Any: Entendi, no momento eu sei que não mereço nenhum deles, mas não quero perdê-los, eu
quero voltar e conquistar e reconquistar todos, não importa o que precisar ser feito eu vou fazer.
Caspian: Agora sim Any, vc pediu com o coração.
Guiadiny: Mas há um, porém.
Any: Qual? - enxugando o rosto.
Guiadiny: Vc perdeu seu direito de viver e a única forma de vc recuperar esse direito é provando
pras pessoas que vc machucou que realmente mudou.
Any: Eu vou fazer o possível pra conquistar o carinho e a confiança deles.
Guiadiny: Isso é muito bom, mas terá um prazo pra isso.
Any: Prazo?
Guiadiny: Sim, Caspian vc será o conselheiro e guardião dela nessa missão então explique o que
ela terá que fazer.
Caspian: Any vc terá até o Natal para provar para as pessoas, mas principalmente pra sua família,
Alfonso, Maite, Dulce e Christopher que vc mudou... Se nesses dois meses que faltam pro Natal vc
não conseguir provar à eles que mudou, terá que voltar pro céu sem outra escolha...
Guiadiny: E preste atenção não adianta convencer três pessoas, vc tem que convencer a todos, se
uma dessas pessoas que Caspian citou não acreditar em vc, vc voltara do mesmo jeito entendeu?
Any: Sim, mas juro que vou provar pra todos eles que mudei.
Caspian: Ótimo.
Guiadiny: Agora vá. - fazendo menção de empurrá-la.
Any sentiu como se caísse, sentiu uma tontura e uma falta de ar, sentiu que ia perder os
sentidos, mas antes que isso acontecesse sentiu um baque e respirou profundamente. Abriu os
olhos, a vista estava embaçada, não enxergava nada direito, tentou se levantar, mas seu corpo
foi tomado por uma dor horrível como se estivesse sido esmagado, sentiu muita sede, mas só
conseguiu sussurrar:
- Água, quero água.
Viu uma enfermeira se aproximar e encara-la surpresa dizendo:
- Não acredito, doutor!
Any: O que ta acontecendo? Vc é outro anjo? Cadê o Caspian e a Guiadiny pra me explicar?
Foi então que viu a mãe se aproximar chorando. “Ai vai ser horrível se ela me atravessar de
novo”, pensou se sentindo tonta, mas se assustou quando a mãe pegou na sua mão dizendo:
- Filha graças a Deus!
Any: Mãe... Vc pode me ver? - confusa.
Carol: Claro que sim querida, graças a Deus vc acordou!
Any: Acordei?
Foi então que tudo se esclareceu, Any viu que estava no hospital e tinha acordado do coma, será
que tinha sonhado tudo aquilo? Será que Caspian e Guiadiny não existiam? Olhou pro calendário
e se assustando com a data, encarou a mãe e perguntou:
- Quanto tempo eu fiquei em coma?
Carol: 18 dias.
Any: Tudo isso, mas... - se interrompeu antes que dissesse besteira.
Carol: Mas o que querida?
Any: Nada mamãe.
Carol a encarou surpresa por Any a ter chamado de “mamãe” Any percebeu e perguntou:
- Acreditaria se eu dissesse que to arrependida de tudo o que fiz? Que a Any de antes do acidente
morreu e essa na sua frente é outra?
Carol: Não sei filha, mas se ver que vc realmente mudou eu vou acreditar.
Any: Eu juro mamãe, nunca mais eu vou machucar a senhora ou qualquer outra pessoa.
Carol sorriu e o médico entrou dizendo:
- Pode me dar licença pra examiná-la mãe?
Carol: Claro.
O médico examinou Any e saiu minutos depois, Carol se levantou e disse:
- Eu já volto querida.
Any virou pro lado e disse com um tom de frustração:
- Não acredito que sonhei tudo aquilo.
Caspian: Vc não sonhou! - aparecendo na beirada da cama.
Any: AH! - gritou.
Caspian: Não se assuste Any.
Any: Então foi tudo verdade?
Caspian: Sim e contando com hoje vc tem 61 dias pra convencer todo mundo que mudou.
Any: Eu sei.
Caspian: Sabe que não vai ser muito fácil né?
Any: Uhum!
Caspian: Bom outra hora nos falamos e...
Any: Hei, hei só uma coisa! Como pode ter passado mais de duas semanas se eu vi há poucos
minutos a hora que meus pais ficaram sabendo de tudo?
Caspian: O tempo na Terra é diferente do tempo no Céu, o tempo que vc passou com a gente,
enquanto te explicávamos tudo valeu por 18 dias aqui na Terra.
Any: Caramba e Guiadiny cadê?
Caspian: Vc não vai vê-la mais, só se morrer e se algo acontecer e ela precisar falar contigo.
Any: Entendi.
Caspian: Alguém esta chegando, espero que goste. - e desapareceu.
Any: Caspian! - chamou encarando o lugar onde ele estava.
Quando olhou na direção da porta Any gelou vendo Poncho se aproximando, estava feliz em vê-lo
sozinho e não com aquela garota. Acabou sorrindo quando ele se aproximou. Poncho sentiu o
coração disparar quando viu Any acordada, bem e sorrindo pra ele, não entendeu o gesto, mas
mesmo assim se aproximou e perguntou:
- Como vc esta?
Any: Bem, mas o que vc ta fazendo aqui?
Poncho estranhou o tom de voz triste e não autoritário que Any sempre usara, mas interpretou
como se ela não o quisesse lá como nunca quis e respondeu:
- Eu sei que vc não me quer aqui, só vim ver como vc estava, mas já vou. - se levantando.
Any: Poncho espera! - segurando a mão dele. - Não disse aquilo pra fazer vc ir embora, perguntei
o que ta fazendo aqui porque eu não mereço a sua atenção.
Poncho: O que disse? - estranhando.
Any: Sabe Poncho, eu percebi o quanto agi mal com as pessoas, principalmente com vc, minha
família, Ucker, Dul e Mai e por isso decide mudar, eu quero reparar todo mal que eu fiz pra todos
vcs principalmente pra vc que eu tanto desprezei. - começando a chorar.
Poncho: Any vc ta falando sério? Ou isso é mais uma das suas brincadeiras?
Any: Não to brincando, não quero perder de vez as pessoas que eu nunca dei valor, eu sei que de
todo mundo os únicos que eu tenho mais chances de acreditarem em mim são vc e minha mãe,
sei que deve ta com medo de acreditar em mim, mas... Só peço que vc me dê uma chance e me
ajude a provar o que eu to falando, mesmo se no fundo vc não acreditar.
Poncho: Mas se não acreditar como vou te ajudar?
Any: Vc é bom Poncho, acredita que as pessoas tenham um lado bom, olha pensa nisso que eu to
te falando ta? Ai quando eu sai daqui e ter que... Por em prática meus planos vc me da a resposta
se não quiser me ajudar eu vou entender.
Poncho: Que planos?
Any: Desfazer todo o mal que eu fiz juntar Mai com Chris, Ucker com Dul, pedir desculpas pras
pessoas que eu machuquei e tentar recuperar algumas. - encarando Poncho.
Poncho disfarçou, a coisa que mais quis na vida até aquele dia era ouvir aquelas palavras de Any
e sentir que ela falava a verdade como acontecia, mas tinha medo de seu coração lhe estar
pregando uma peça e aquilo ser uma mentira e ele sair machucado depois. Any como se
adivinhasse seus pensamentos disse:
- Sei que deve ta pensando que isso é mentira, que deve ta com medo de acreditar e sair
sofrendo depois talvez, mas... Se eu não conseguir fazer vc e minha mãe acreditarem realmente
em mim, ninguém mais vai acreditar e eu preciso que todos acreditem em mim Poncho.
Poncho: Agora não posso te dizer nada, vc sabe o que fez, mas vou pensar e levar em conta suas
atitudes daqui pra frente.
Any: Obrigada Poncho! - sorrindo.
Poncho: Não precisa agradecer.
Any: Eu preciso agradecer, vc é um anjo.
Poncho: Não sou não Any.
Any: É sim, só anjos são capazes de ver algo de bom em pessoas como eu e dar uma segunda
chance e eu sei o que to falando. - sorrindo pra ele.
Poncho sorriu de volta, se aquilo fosse um sonho sofreria muito se acordasse. Minutos depois
Poncho foi embora, deixando Any na companhia de Carol.
Uma semana depois Any chegou em casa com a mãe e perguntou:
- Onde estão os outros?
Carol: Seu irmão na escola e seu pai na empresa.
Any: Ah ta, eu vou subir mãe.
Carol: Ta bem querida.
Any subiu e quando fechou a porta do quarto sentou na cama encarando o teto, em outras épocas
aproveitaria que não estava na escola e sairia pra se divertir, mas agora não dava pra fazer isso.
Sentou-se na cama e se levantou encarando o calendário se perguntando:
- Como vou fazer pra provar que eu mudei em 61 dias? Por onde eu começo?
Xx: Não sei, mas corrigindo vc tem 54 dias.
Any: Caspian! - se assustando quando ele apareceu na frente dela.
Caspian: Devia estar acostumada Any.
Any: Ta difícil, mas vc falou 54 dias? Não tinha dito 61?
Caspian: Sim, mas disse 61 quando estava no hospital e se passaram 07 dias então...
Desenhou duas nuvens na forma de dois números e fez a seguinte conta 61 - 07 = e disse:
- Sessenta e um menos sete é igual a... Cinqüenta e quatro. - completando na frente. - Certo?
Any: Uhum! - de braços cruzados. - Então só tenho 54 dias pra convencer todo mundo que
mudei?
Caspian: Exatamente Any e sugiro que corra seu tempo esta passando. - fazendo aparecer um
relógio de areia.
Any: Por onde eu começo?
Caspian: Que tal pedindo desculpas às pessoas, se quer uma sugestões há quatro pessoas
separadas por causa de suas mentiras e suas armações.
Any: Já entendi Caspian. - abaixando a cabeça.
Caspian: Vc sabia que isso não seria fácil.
Any: Uhum estão todos na escola Caspian?
Caspian: Se serve de ajuda... Sim!
Any: Ótimo, eu vou pra lá, vem comigo?
Caspian: Sempre vou estar com vc, mas há coisas que vai ter que fazer sozinha. - e desapareceu.
Any: Ótimo, ta na hora de consertar as coisas.
Quando desceu as escadas encontrou Carol que saia pra trabalhar e disse:
- Mãe to indo na escola resolver uns problemas.
Carol: Ta bom querida, mas sabe que...
Any: Não posso dirigir, vou pegar um táxi mãe, até mais tarde! - deu um beijo nela e saiu
apressada.
Carol: Ela me beijou? Meu Deus será que realmente esta mudada? - perguntou-se esperançosa.
Em minutos estava na frente da escola. Desceu do táxi e entrou na escola procurando por Ucker,
Dul, Mai e Chris. “Devem estar na cantina!”, pensou indo na direção da mesma.
Poncho: E ai estão pensando em fazer alguma coisa esse final de semana?
Chris: Ai não acredito que em menos de um mês já estamos de férias.
Dul: Ai quero acampar, essas provas finais estão acabando comigo.
Ucker: É uma boa podíamos ir antes do Natal.
Mai: Ou então passar a virada!
Dul: Ah não pro ano novo, tem quase dois meses, falta muito.
Poncho: É verdade... É Christian… Como a Any ta?
Any: To bem Poncho obrigada por perguntar. - chegando e sorriu pra ele.
Chris: O que vc ta fazendo aqui?
Any: Vim falar com vcs.
Chris: O que quer se manda daqui, nunca gostou da escola, aproveita que não pode vir.
Any: Acontece que é o único lugar que ia encontrar todos vc reunidos.
Dul: Ah outros lugares que vamos juntos, mas o que quer? Vai encher o saco de todo mundo de
uma vez? - fria e tomou seu suco.
Poncho: Gente...
Any: Deixa Poncho, eles têm motivos pra fazer isso.
Mai: Já entendi ela veio aqui pra tentar enganar a gente com a conversa de que mudou.
Any: Não vim enganar ninguém Maite e sim começar a dar provas de que eu mudei.
Ucker: E vc acha que alguém vai acreditar em vc?
Poncho quis, mas preferiu não se manifestar.
Any: Espero que pelo menos um pouco depois do que vou fazer.
Christian: E o que ta armando agora?
Any: Nada Christian! - disse seca e subiu na bancada da cantina.
Xx: Hei o que vai fazer? - perguntou a mocinha do caixa.
Any: Cinco minutos! - cochichou pra moça. - GENTE, POR FAVOR! - assoviando e batendo palmas
chamando a atenção de todos que estavam por perto.
Dul: O que essa maluca vai aprontar?
O pessoal se amontoou por perto e Any respirou fundo e disse:
- Eu sei que vcs devem ta perguntando o que eu to fazendo aqui em cima e que alguns podem
estar esperando um showzinho pra chamar a atenção, mas não é isso... Mesmo que se assustem
queria pedir desculpas a todos vcs pelas vezes que eu fui grossa...
Chris: Ah fala sério, era só o que faltava. - irritado.
Any: Que maltratei muitos ou todos vcs, devem ter ficado sabendo que há quase três semanas eu
sofri um acidente, fiquei em coma, mas graças a Deus eu estou bem e recebi alta, mas muitas
coisas mudaram dentro de mim, percebi o quanto é importante estar viva e perto de pessoas que
vc ama, sei que a maioria deve estar pensando que eu enlouqueci, mas me achariam louca
realmente se contasse o que me aconteceu pra tomar essa decisão de mudar e não esnobar as
pessoas, afinal somos todos iguais e precisamos uns dos outros.
Ucker: Que papo furado.
Any: Não é papo furado Ucker tanto que todos vcs devem se lembrar que há um tempo atrás
rolou uma fofoca de que Dulce e Ucker (apontou os dois) haviam terminado porque ele tinha
transado com uma menina numa festa que tinha tido naquela época... Ucker disse pra todo
mundo que não tinha rolado nada e que eu tinha pagado a menina pra dizer que tinham
transado... Essa é a verdade! (todos soltaram uma exclamação e Dul encarou Ucker com os olhos
marejados) Ucker e aquela garota nunca tiveram nada, ela o dopo e com a ajuda de uma amiga
tirou fotos deles na cama, fizeram tudo isso a mando de mim. Eu paguei as duas, pois, queria
destruir o romance dele com a Dulce, não por gostar dele, mas sim por inveja, acho que inveja
pelo modo como se tratavam.
Dulce encarou Any sentindo vontade de subir naquela bancada e acabar com ela, mas se segurou
quando Any disse a encarando e depois encarando o irmão e Maite:
- Queria que vcs dois me desculpassem e que soubessem que to falando isso porque percebi o
que é gostar de alguém de verdade, não conseguir parar de pensar nela (encarou Poncho) e
acreditem não acho justo duas pessoas que se amam ficarem separadas principalmente por haver
terceiros, eu no caso querendo separá-las... Espero sinceramente que vcs reatem o namoro e
sejam felizes, não vou interferir, nem fazer nada contra vcs, Ucker te ama de verdade Dul e sei
que vc o ama também.
Mai: Eu avisei a Dulce que essa menina não prestava. - disse e seu olhar encontrou Poncho que
escutava tudo assustado. - Só não sei o que ela quer conseguir com essa palhaçada.
Any: Mas não foram só vcs que eu infernizei, queria também pedir desculpas pra vc Mai e pra vc
mano, me desculpem por ter perturbado vcs e até oferecer dinheiro pra deixar meu irmão, agora
eu percebi o erro que eu cometi, não se pode comprar algo tão valioso como o amor por mais
dinheiro que vc tenha... Maite sei que me odeia, mas que ama meu irmão, volta com ele logo, eu
sei que ele ta sofrendo e vc também por minha culpa, quero que vcs dois sejam felizes também e
que quem sabe daqui uns anos não me dêem um sobrinho.
Chris: Não acredito no que estou ouvindo. - incrédulo.
Any: Bom era isso o que eu queria pedir desculpas pra vcs e dizer que não vou mais atrapalhar a
vida de ninguém, espero que acreditem em mim só isso. - e desceu da bancada.
Mas assim que colocou os pés no chão Dulce veio pra cima dela e lhe deu um tapa. Outra
exclamação foi ouvida pelas pessoas que estavam em volta e Ucker segurou Dul dizendo:
- Dul não vale a pena.
Dul: Vc não presta Anahí!
Any tirou o cabelo do rosto e disse:
- Solta ela Ucker, eu sei que é vc quem queria fazer isso.
Ucker: Não duvide Anahí. - encarando-a com ódio.
Any: Não to duvidando, pode ficar tranqüilo.
Mai: Vc não presta mesmo né Anahí, só não entendo porque quis se queimar com a escola inteira.
Any: Por que eu mudei.
Chris: Mudou o caramba, não entendi porque fez isso, mas não acredito em vc. - furioso.
Any: Eu sei que não, mas espero que acredite, não tenho muito tempo pra convencer vcs.
Dul: E pra que quer nos convencer? Pra infernizar todos de novo, deixar tudo bonitinho pras suas
maldades outra vez?
Any: Não é pra isso, mas vcs ainda vão entender, só espero que acreditem. - e saiu.
Poncho: Gente vcs pegaram pesado.
Ucker: Vc ouviu tudo o que ela falou, acredita nela? - incrédulo.
Poncho: E que motivos ela teria pra falar tudo isso, se queimar com todos se não porque
realmente quer mudar?
Chris: Ah cara vc fala isso porque gosta dela, mas minha irmã não presta.
Poncho: Então se a conhece tão bem, diz por que ela falou tudo o que falou? Porque disse tudo
àquilo pra tentar juntar vc quatro de novo? Me fala!
Chris: Eu não sei o motivo, mas essa história de estar mudada é pura mentira.
Poncho: Espero que vcs estejam errados.
Dul: Desculpa Poncho, mas eu não acredito nessa história, nem em milagres.
Poncho: Que pena, porque eu sim.
Mai: Vc vai sofrer na mão dela se cair nessa história.
Poncho: Eu sei o que fazer não se preocupem comigo e sim com vcs, espero vê-los mais tarde
namorando de novo. - e saiu.
Os quatro se encaram e Fercho perguntou encarando Mai:
- Posso falar com vc?
Mai: Uhum.
Assim que os dois saíram Dul disse:
- Acho que precisamos conversar né?
Ucker: Uhum! - sorrindo.
Próximo dali Any estava sentada numa praça quando Caspian apareceu ao seu lado e perguntou:
- Não se assustou?
Any: Não disse que eu deveria me acostumar? - de cabeça baixa.
Caspian: O que foi vc mandou bem!
Any: Mas não convenci ninguém de que adiantou?
Caspian: Any não pode desanimar, foi sua primeira tentativa.
Any: Eu sei, mas todos me odeiam naquele grupo.
Caspian: Todos não, vc sabe.
Any: Merecia o ódio dele também.
Caspian: Any esqueceu por que esta aqui? Por que voltou?
Any: Não.
Caspian: Então não pode querer o ódio deles, tem que...
Poncho: Oi! - encarou Caspian assustando Any. - Posso falar com vc? - encarando Any.
Any: Ele...
Caspian: Esqueci de te falar, mas as pessoas podem me ver quando eu permito.
Any fuzilou Caspian, ele só lhe deu um sorrisinho e disse:
- Eu já vou outra hora conversamos... Tchau Alfonso!
Poncho: Como ele sabe meu nome? - surpreso.
Any: Eu falei.
Poncho: Ah ta, vcs são amigos? - sentando ao lado dela.
Any sentiu uma ponta de ciúmes e respondeu sorrindo:
- Uhum só um amigo.
Poncho: Como vc ta? - percebendo que ela estava triste.
Any: Ah bem eu sabia o que ia acontecer quando eu falasse.
Poncho: Só que isso não da direito de fazerem o que fizeram.
Any: É claro que da Poncho, eu to só colhendo o que eu plantei, mas porque ta aqui? Vc é uma
das pessoas que mais tem motivos pra não gostar de mim.
Poncho: A gente não manda nos sentimentos Any.
Any: Então vc quer dizer que ainda sente alguma coisa por mim? - encarando-o
“Ainda sou apaixonado por vc Any e cada dia que passa me apaixono mais”, pensou e respondeu:
- A gente não manda nos nossos sentimentos porque mesmo vc tendo feito tudo pra merecer o
meu desprezo eu to aqui falando com vc como um amigo faria.
Any: Amigo... Entendi! - sorrindo triste. - Mas não precisa se preocupar comigo, só quero que
acreditem que eu mudei, não tenho muito tempo pra convencer todo mundo.
Poncho: Olha Any fácil não vai ser, mas eu tenho certeza que vc se quiser mesmo mudar vai
conseguir provar.
Any: Vc acredita ou não em mim Poncho?
Poncho: Não sei direito vc me deixou sem saída, a Any que eu conhecia nunca faria o que vc fez e
tirando que vc fez aquilo pra mudar não sei outro motivo pra se queimar daquele jeito, muita
gente pode te odiar mais ainda depois dessa vc sabe né?
Any: Uhum, mas eu quero que pelo menos vc, seus amigos, Chris e meus pais acreditem que
mudei.
Poncho: Se não conseguir?
Any: Se até o Natal todos eles não acreditarem em mim, acredite nunca mais vão me ver.
Poncho: Por quê?
Any: Vc vai entender até lá, mas lembra que te disse no hospital que quando saísse de lá vc me
dava a resposta se iria me ajudar ou não?
Poncho: Lembro e pensei bastante.
Any: E então? Vai me ajudar Poncho? - encarando-o.
“Eu quero te ajudar, quero acreditar que vc mudou Any, mas tenho medo disso ser mentira, só
que me olhando assim não tenho outra coisa a responder sem ser...”.
Poncho: Sim, eu aceito te ajudar!
A reação de Any o surpreendeu, a garota sorriu pra ele balançando seu coração e em seguida o
abraçou agradecendo de coração pela confiança. Pra Poncho aquilo foi uma tortura, primeiro
porque sentia o cheiro de Any, a respiração dela e o corpo macio em contato com o dele dando-
lhe uma vontade incontrolável de dizer o quanto a amava e beijá-la. Segundo porque nunca havia
recebido um sorriso sincero e um abraço verdadeiro dela e isso mechia profundamente com seus
sentimentos. Quando Any o soltou e se encararam foi o coração dela que disparou. “Se vc
soubesse o quanto me arrependo por ter desprezado o seu amor, os seus carinhos voltaria a me
amar será? Queria tanto dizer o quanto te amo, como eu queria só mais uma vez ter pra mim
aqueles beijos que eu tanto desprezava porque não me faziam falta e agora são tudo o que eu
quero”, pensou triste. Poncho percebeu que estava triste, mas quando foi perguntar algo ela
respondeu sorrindo afastando os pensamentos:
- Vc não vai se arrepender de ter acreditado em mim.
Poncho: Eu espero. - sorrindo.
À noite Any desceu as escadas e deixando aparecer só à cabeça dentro do escritório do pai
perguntou:
- Posso entrar?
Julio César: Entra! O que quer aqui? - indiferente.
Any: Queria falar com o senhor.
Julio César: O que quer?
Any: É que... Eu queria pedir desculpas pro senhor.
Julio César: Desculpas? - sinceramente surpreso.
Any: Sim pelas coisas que eu fiz.
Julio César: O que esta querendo Anahí?
Any: Já disse pedir desculpas.
Julio César: Vc nunca foi de pedir desculpas.
Any: Eu sei, mas queria que senhor me perdoasse se te dei muita dor de cabeça esses anos.
Julio César: Não fez nada que me prejudicasse diretamente, tudo o que fez foi pro seu próprio
mau.
Any: Eu sei... Por isso queria pedir perdão!
Julio César: Não tenho do que te perdoar.
Any: Mas pai...
Julio César: Boa noite Anahí!
Any vendo que tinha sido deixada falando sozinha levantou-se da cadeira dizendo:
- Boa noite! - desanimada e saiu.
Julio César: Boa noite! - disse sem tirar os olhos dos papéis.

No outro dia Any acordou e se endireitando na cama viu Caspian lhe dizendo:
- Anda abre a porta.
Any: Vc nunca dorme cara? - fingindo stress.
Caspian: Cara não... Anjo! - apontando o dedo pra ela e falando com calma.
Any: Que seja! - se levantando e vestindo um tipo de roupão.
Carol: Filha com quem esta falando?
Any: Ninguém mamãe. - indo até a porta e a abriu. - O que foi? - encarando a mãe.
Carol: Pensei que ia me xingar sempre odiava quando te acordava.
Any: Não tem mais problema mãe. - sorrindo.
Carol: Bom eu só vim te acordar porque aquele seu amigo ta lá em baixo e quer falar com vc.
Any: Amigo? Quem? - franzindo a testa.
Carol: O que te visitou no hospital o...
Any: Poncho?! - sorrindo surpresa.
Carol: Ele mesmo.
Any: Ai mãe por que não me avisou antes? - perguntou passando por ela correndo.
Carol: Desculpa! - sorrindo vendo a filha se afastar depressa.
Poncho estava olhando algumas fotos de Any quando ouviu barulhos da escada, sorriu surpreso
vendo Any descendo-as. Ela quando o viu parou bruscamente e a ficha de que estava de pijama,
sem maquiagem, provavelmente com a cara amassada e cabelo bagunçado caiu fazendo-a ficar
vermelha de vergonha. Aproximou-se de vagar e perguntou sem jeito passando a mão pelos
cabelos:
- Oi Poncho!
Poncho: Bom dia Any! - sorrindo.
Any: Que surpresa vc aqui. - sorrindo sem jeito.
Poncho: Então vc não pediu ajuda? Vim aqui te ajudar.
Any: Me ajudar? - sem entender.
Poncho: Sim! Mas vestida desse jeito não vai poder ir.
Any: Ai desculpa, devo ta horrível. - abaixando a cabeça passando a mão pelo rosto e cabelos.
Poncho: Vc ta linda não esquenta, mas põe uma roupa bem leve e que não ligue de sujar e desce
aqui que eu te conto aonde vamos.
Any: Ta legal, me espera aqui que eu já volto, fica a vontade. - e saiu, mas parou na escada. -
Quer...
Poncho: Beber algo? Não obrigado, mas vai que eu te espero!
Any: Ta! - subindo correndo.
Quando abriu a porta do quarto com tudo Caspian disse:
- Podia ter quebrado meu nariz agora se fosse um humano.
Any: Mas não é então me ajuda a escolher uma roupa pra sair com ele. - abrindo o guarda-roupa.
Caspian: Sugiro algo leve e que não ligue que suje.
Any: Caspian vc ouviu minha conversa com o Poncho?
Caspian: Sou seu anjo conselheiro não posso ficar sem saber o que te acontece.
Any: Sei bem o nome disso, mas sabe pra onde ele vai me levar?
Caspian: Sim, mas não posso dizer então sugiro que vista algo de acordo com o que lhe disse.
Any: Essa esta boa? - mostrando uma saia jeans curta, botas pretas até o joelho e uma blusa de
manga curta preta com detalhes azuis.
Caspian: Não! - fazendo com um toque as roupas voltarem pro armário.
Any: Nunca mais faça isso! - com os olhos arregalados.
Caspian: Devia estar acostumada.
Any o encarou séria com a testa franzida e Caspian disse erguendo as mãos:
- Tome vista isso, se encaixa perfeitamente com o programa. - tirando algumas peças do armário.
Any: Tem certeza? - vendo as roupas e o par de sapatos escolhidos em cima da cama.
Caspian: Aham. - afirmou sorrindo.
Quando ouviu os barulhos da escada Poncho babou vendo como Any estava vestida: simples, mas
linda. Usava uma calça jeans com alguns detalhes nos bolsos de trás, uma blusa rosa escura
amarrada na cintura e vestia uma rosa mais clara escrita na frente, tênis brancos com alguns
detalhes, os cabelos estavam soltos e encaracolados e a maquiagem realçava o figurino. (Foto:
http://gabrielacravecanelanireblogcom.nireblog.com/blogs/gabrielacravecanelanireblogcom/fil
es/anjosvirtuais_130307_anahi3.jpg) Ela o encarou e perguntou:
- Ta bom assim?
Poncho: Perfeita! - sorrindo encantado. - É... Vamos?
Any: Uhum! - sorrindo ansiosa.
Após 15 minutos andando de carro Poncho parou em frente a uma casa grande de portão azul,
Any desceu do carro e arrumando a blusa na cintura perguntou vendo a fachada “Orfanato Anjo
de Luz”:
- O que vamos fazer nesse orfanato?
Poncho: Vc não sei, mas eu e os outros somos voluntários aqui.
Any: Sério eu não sabia.
Poncho: Não lembrava melhor dizendo, porque Chris uma vez te falou que tava vindo pra cá e vc
fez uma careta dizendo que nunca pisaria aqui lembra?
Any: Lembro, agora lembrei. - sem jeito e triste.
Poncho: Não fica assim, hoje vc vai ter a oportunidade de conhecer o lugar e voltar quando
quiser.
Any sorriu e entrou no orfanato, mas as primeiras pessoas que os viram foram os amigos e
Juliana a diretora do orfanato que sem saber de nada disse sorrindo para os dois:
- Bom dia Alfonso trouxe uma nova voluntária, prazer me chamo Juliana sou a diretora daqui.
Any: Anahí, prazer!
Juliana: Algum problema? - vendo a cara dos outros.
Poncho: Não ta tudo bem. - disfarçando.
Juliana: Bom eu vou ver se as crianças já terminaram de se arrumar e tomar café ai chamo vcs
ok?
Dul: Beleza. - séria.
Quando Juliana saiu Ucker disse bravo:
- Foi por isso que vc voltou? - apontando Any que abaixou a cabeça constrangida.
Poncho: Eu só acho que ela merece uma chance de provar que mudou.
Mai: Ah fala sério. - rindo irônica.
Chris: Vc ta dando as armas pra ser machucado depois não reclama.
Any: Eu já disse que mudei, ou então porque teria reconciliado vcs quatro? Vejo que vcs estão
com as alianças de namoro de novo, fico feliz.
Dul: Larga de ser fingida ta? E se juntou a gente como ta dizendo não fez mais que a sua
obrigação
já que foi vc mesma quem nos separou esqueceu?
Any: Não! Mas é tão difícil assim pra vcs me desculparem?
Ucker: É. - seco.
Mai: Porque te conhecemos a um bom tempo Anahí.
Chris: E eu sei perfeitamente que vc não presta.
Poncho: Gente, por favor!
Juliana: As crianças já estão acabando de comer, podem ir pro pátio depois.
O clima de tensão acabou sendo quebrado e a turma foi pro pátio. Em minutos cerca de 15
crianças entre 4 e 9 anos saíram de dentro da casa indo pro pátio, quando viram o pessoal saíram
correndo na direção deles, abraçando, beijando e indo no colo de todos. Uma garotinha morena
de cabelos encaracolados e olhos negros (Foto:
http://i5.flogao.com.br/r/13/o/a/rafinharomolo/avatar.jpg) veio correndo na direção de
Poncho e pulou no seu colo dizendo:
- Tato!
Poncho: Oi minha princesa. - dando um beijo no rosto dela.
Xx: Por que demorou?
Poncho: Eu fui buscar uma amiga. - apontando Any. - Lívia essa é a Any, Any minha irmã Lívia.
Lívia: Oi! - sorrindo estendendo a mãozinha.
Any: Prazer! - sorrindo simpática pegando na mão dela. - São irmãos mesmo?
Poncho: Uhum, ela veio comigo, mas deixei ela aqui com as outras crianças enquanto buscava vc.
Lívia: Ah é ela a menina que vc gosta então?
Poncho e Any abaixaram a cabeça constrangidos e Lívia disse:
- O que foi? Ergue a cabeça, deixa eu ver uma coisa.
Os dois ergueram e Lívia ainda no colo de Poncho disse encarando os dois:
- Vcs combinam!... Vai casar com ela mano? - soltou de repente.
Os dois ficaram mais vermelhos ainda e só voltaram ao normal quando um garotinho perguntou:
- Vai jogar bola comigo hoje tio?
Poncho: Vou sim, vai lá buscar a bola e chama os meninos e os tios Ucker e Chris.
Xx: Ta. - respondeu sorrindo.
Lívia: Samuel sabia que essa moça é namorada do meu tato?
Any: Não a gente... - sorrindo sem graça.
Samuel: Poxa tio vc tem sorte, ela é bonita.
Poncho: Obrigado! - encarando Any sem jeito.
Any: Vc é muito cavalheiro Samuel. - acariciando seus cabelos.
Samuel: De nada, mas vem tio vamos jogar bola. - puxando Poncho.
Poncho: Eu...
Lívia: Pode ir mano, eu cuido dela pra vc... Quer conhecer o orfanato comigo?
Poncho: Vai com ela. - incentivou sorrindo.
Any: Ta eu topo sim. - sorrindo.
Lívia: Eba. - pulando contente.
Poncho: Se comporta hein mocinha. - falando com Lívia e saiu com Samuel.
Lívia: Ta! - falando com Poncho. - Vem comigo vou te mostrar como é lá dentro.
Any: Ta. - sendo arrastada por Lívia sorrindo.
Ali perto Dul e Mai brincavam com algumas crianças e a última disse:
- Olha lá Dul.
Dul riu irônica vendo Any com Lívia e disse:
- Run nunca ouviu falar que pra se conquistar os grandes têm que investir nos pequenos?
Mai: Olha eu só não concordo com vc porque até onde sei Anahí não sabia que Poncho tinha irmã.
Dul: Mas agora que sabe vai se aproveitar.
Xx: Tias vamo brincar de roda? - perguntou uma garotinha.
Mai: Vamos minha linda. - sorrindo vendo os meninos jogando bola com os garotinhos.
Dul: Vem crianças vamos fazer uma roda. - se levantando e chamando as outras.
As crianças formaram a roda e Mai perguntou:
- Que música querem cantar?
- Peixinho, a do peixinho! - responderam juntas.
Dul: Ok então vamos lá. - começando a rodar.
Mai: Se eu fosse um peixinho e soubesse a nadar eu jogava a Eliana no fundo do mar. - colocando
uma garotinha ruiva no centro da roda.
Dul: Se eu fosse um peixinho e soubesse a nada eu colocava...
- Lucas! Fernanda! - disseram as crianças juntas.
Dul: A tia Mai no fundo do mar. - disse pra não provocar brigas.
Mai sorriu entrando na roda e segurando a mão de Eliana ficou dançando e rodando com ela,
enquanto Dul e as outras crianças continuavam cantando.
Próximo dali Lívia andava com Any pelo orfanato mostrando cada parte do mesmo, quando
chegaram ao dormitório das meninas à garotinha disse:
- Aqui é onde as meninas dormem e aqui na frente os meninos. - apontando pras duas portas
uma de frente pra outra. - Olha o dos meninos é azul. - abrindo a porta e puxando Any pra
dentro.
Any: Nossa é bonito aqui! - entrando sorrindo.
Lívia: Espera pra ver o das meninas, é muito legal. - puxando Any pra fora do quarto e abrindo a
porta do quarto das meninas puxando Any. - Aqui não é mais bonito?
Any: Uhum! - sorrindo.
Lívia: Poncho me disse que vai pintar meu quarto dessa cor... Lilás. - sorrindo.
Any: Vai ficar bonito. - sorrindo.
Lívia: Vem ainda falta vc conhecer a bibloteca. - a puxando.
Any então viu uma garotinha loira de uns 04 anos deitada com uma chupeta abraçada a uma
toalhinha rosa numa cama encarando ela e Lívia com o olhar perdido e triste, parecia séria
também, tinha a testa franzida (Foto:
http://img514.imageshack.us/img514/1882/menina5in8.jpg). Sem agüentar a curiosidade
puxou Lívia e perguntou apontando a garotinha:
- Quem é ela?
Lívia: Ah é a Sara, ela não sai pra brincar com as outras crianças. - encarando a menina.
Any: Por quê? - estranhando e olhando a menina que ainda as olhava.
Lívia: Ela não pode brincar com as outras crianças.
Any: Por que não?
Lívia: Porque não entende o que elas falam quer dizer não escuta... O tato disse que ela não ouve.
Any: Quer dizer que ela tem deficiência auditiva?
Lívia: O que é isso? - encarando-a fazendo uma careta.
Any: Uma forma delicada de dizer que uma pessoa não escuta que é surda.
Lívia: Ah ta! É ela tem isso que vc falo, o tato disse que ela não ouve quase nada e por isso não
brinca com as outras crianças.
Any: Pobrezinha. - se aproximando.
Lívia: Vem à diretora falo que é pra não mexer com ela, vamos lá na bibloteca. - a puxando.
Any saiu sendo puxada por Lívia, mas até que a porta fosse fechada não conseguiu tirar os olhos
de Sara e seu rosto triste e sério.

Lá fora Poncho, Samuel e outros garotos comemoravam um gol e Ucker disse:


- Que feio estamos perdendo sendo que somos dois maiores contra um.
Chris: Ta, mas o Samuelzinho, o Poncho e o Kayke são muito bons compensa.
Ucker: É verdade.
Poncho: E ai vamo jogar ou desistiram?
Samuel: É que eles tão perdendo tio.
Poncho: É verdade. - sorrindo.
Chris: Ah moleque vamos ganhar esse jogo vai ver só.
Os pequenos e os grandes caíram na gargalhada e continuaram jogando.
Lá perto as meninas brincavam com as meninas e os meninos menores quando um deles disse:
- Tia vamo bincar de ota coisa?
Dul: Do que quer brincar querido?
Xx: Num chei. - respondeu dando de ombros.
Mai: Hum vamos ver, querem brincar de esconde-esconde?
- Sim, sim! - toparam as crianças pulando.
Dul: Então eu conto até 25 enquanto vcs se escondem ta?
As crianças toparam e enquanto Dul contava Mai se escondeu com as crianças que se espalharam
pelo grande pátio do orfanato. Assim que terminou de conta gritou:
- Lá vou eu! - e se virou.
Ucker: Um, dois, três salve eu! - batendo na parede onde ela contava.
Dul: Ucker me assustou! - sorrindo.
Ucker: Desculpa princesa. - dando um selinho nela. - Esconde-esconde é?
Dul: Uhum! O senhor não tava jogando futebol?
Ucker: Aham, mas a gente parou um pouco.
Dul: Entendi.
Ucker: Quer ajuda? Afinal vc tem cerca de 08 crianças pra achar.
Dul: Nove! Não se esqueça da criança mais velha.
Ucker: Maite. - rindo.
Dul: Exato, mas se quer me ajudar beleza.
Ucker sorriu e foi procurar as crianças e Maite, mas com a condição de que só Dul correria até a
parede pra marcar as crianças. Quando acabaram de bater as crianças Chris gritou:
- Ucker! Vem vamos jogar de novo.
Ucker: Beleza! To indo amor. - dando um beijo em Dul e saiu.
Dul: Tchau bebê. - dando tchauzinho pra ele.
Mai: Quem quer bater agora?
Lívia: A gente pode brincar? - chegando e puxando Any.
Dul e Mai se encararam sem saber o que responder por elas Lívia brincaria, mas Any não. Foi
então que um garotinho de 04 anos se aproximou e disse encarando Any:
- Tia vc lembra minha mamãe.
Any ficou completamente sem jeito e emocionada com o que ouviu, se abaixou e perguntou:
- O que houve com ela?
Xx: Ta no céu com o papai do céu.
Any sorriu triste e o garotinho perguntou:
- Vc qué bincar?
Any: Quero! - sorrindo.
Dul: Tudo bem, vcs duas podem brincar. - tentando esconder o descontentamento.
Lívia: Posso bater essa rodada?
Mai: Pode sim. - sorrindo pra ela.
Dul: Ajuda os menores a se esconder. - fria.
Any: Ta legal. - sorrindo.
Lívia: Ta bom lá vou eu, se esconde direito que eu sou boa e acho vcs hein! - falou se virando.
Mai: Vem, vem. - sorrindo e ajudando os pequenos a se esconder com a ajuda de Any e Dul.

Horas depois Poncho chegou em Any e disse:


- Desculpa ta?
Any: Pelo que? - sorrindo.
Poncho: Por ter te trazido, olha só vc ta com a roupa suja, as crianças não saem de cima de vc
minha irmã principalmente não desgruda de vc, desculpa não achei que fosse virar isso.
Any: Poncho não precisa se desculpar eu to adorando esse lugar. - sorrindo.
Poncho: Sério?
Any: Uhum, não to nem ligando que a minha roupa ta suja, que as crianças tão em cima de mim
querendo brincar o tempo todo e nem que a sua irmã não desgruda de mim ao contrário gosto da
companhia dela, é muito linda e esperta puxou vc. - sorrindo e empurrando-o pelo ombro.
Poncho: Que bom que ta gostando. - encarando-a sorrindo.
Any sorriu de volta sentindo uma vontade enorme de lhe beijar, lhe abraçar e dizer que o amava,
mas havia enfiado na sua cabeça que Poncho não sentia mais nada por ela e apesar disso lhe
machucar profundamente achava melhor que ele não a amasse mais, afinal ele já havia sofrido
muito em suas mãos e também não poderia se relacionar com ele sem saber se estaria viva
depois do Natal. De repente sentiu os olhos ficarem marejados e Poncho perguntou preocupado:
- O que vc tem? - se aproximando.
Any: Não é nada! - se afastando fechando os olhos com força.
Poncho: Me fala o que é!
Juliana: Meninos vcs vão ajudar com o almoço hoje? Qualquer coisa estamos lá dentro. - e saiu.
Any: Almoço? - sem entender.
Poncho: Quando a gente vem pra cá fazemos o almoço pras crianças e posso garantir que sou o
cozinheiro chefe dessa turma. - sorrindo se gabando.
Any: Acha que vc sabe cozinha? - não acreditando.
Poncho: Ta duvidando de mim? - se fazendo de ofendido. - Então vem comigo que eu te mostro
quem não sabe cozinhar. - puxando-a pela mão.
Any: Ok e provo a sua comida se quiser!
Poncho: Ótimo vai provar minha comida então. - soltando-a.
Any: Mas olha lá hein não vai por pimenta demais pra mim. - sorrindo.
Poncho: Não sei se vc merece minha gentileza. - olhando-a sério, mas depois sorriu pra ela.
Any sorriu de volta. “Faz mais de um ano que te conheço e só agora to descobrindo as coisas
sobre vc, queria tanto que voltasse a gostar de mim um pouquinho só que fosse”, pensou triste,
mas balançou a cabeça afastando aqueles pensamentos ruins e tentando colocar na cabeça que
era melhor que nada acontecesse entre eles. Seguiu com ele e entraram na cozinha grande e
branca.
Dul: O que ta fazendo aqui?
Any: Vim ver se o Poncho sabe cozinhar. - sorrindo.
Chris: Cuidado vc não sabe nem segurar uma colher pode acabar se matando aqui.
Os outros exceto Poncho conteram o riso e Any disse chateada:
- Pode ficar sossegada não vou dar esse prazer a vc. - e se afastou.
Caspian: Anyyy! - aparecendo na frente dela.
Any: Ai que susto droga. - reclamou aos sussurros.
Caspian: Não pode reagir assim.
Any: Acontece que to ficando de saco cheio de ser tratada desse jeito.
Caspian: Tem que ter paciência.
Any: Ta legal, ta legal já entendi! - emburrada.
Caspian: Desmancha essa cara ou vou fazer com que um sorriso apareça ai. - ameaçou.
Any: Ta. - forçando um sorriso.
Caspian: Olha lá hein to de olho em vc. - e desapareceu.
Any: Olha lá to de olho em vc. - imitou fazendo uma careta.
Poncho: Any? - chamando-a que se virou assustada. - Tudo bem?
Any: Aham. - disfarçando.
Poncho: Não fica chateada é que...
Any: Eu sei, não esquenta não. - sorrindo e o puxou pela mão. - Vem vamos ver se sabe cozinhar.
Apesar dos olhares mau criados dos outros Any conseguiu se divertir enquanto cozinhava com a
ajuda de Poncho que se provou um verdadeiro chefe gourmet. Juliana entrou e perguntou:
- Já estão terminando se quiser eu posso ajudar?
Mai: Não precisa a gente ta acabando.
Ucker: Poncho vc cuida da sobremesa cara?
Poncho: Beleza tem idéia de algo?
Dul: Lembra que sábado passado prometeu um bolo de morangos com chocolate e chantili bem
grande pra eles? Os morangos já tão aqui. - apontando pra sacola na pia.
Poncho: Então beleza eu faço o bolo.
Chris: Ta a gente vai levando as coisas pra mesa.
Any: Querem ajuda? - enxugando as mãos com o guardanapo.
Todos ficaram sérios e Mai respondeu:
- Não precisa.
Poncho: Ela fica aqui comigo. - disse lavando as mãos e Any o encarou surpresa. - Vai me ajudar
a preparar o bolo. - sorrindo pra ela que sorriu de volta um tanto constrangida.
Os outros deram de ombro e saíram. Any abaixou a cabeça e comentou baixo:
- Eles nunca vão me aceitar.
Poncho: Uma hora eles se cansam acredite.
Any: Vc acredita que mudei? - o encarando triste no fundo dos olhos.
Poncho: Acredito. - afirmou com a cabeça sorrindo mesmo não tendo absoluta certeza daquilo.
Any sorriu de volta desejando poder lhe dar um abraço, mas preferiu se controlar e perguntou:
- E ai o que a ajudante precisar fazer?
Poncho: Por enquanto pegue essa forma redonda em cima daquela mesa e unte ela pra mim.
Any: Untar? - sem entender o que aquilo significava.
Poncho: Não sabe o que é untar uma forma? - rindo.
Any: Não. - respondeu rindo se fazendo de ofendida com uma carinha triste.
Poncho: Passe manteiga por toda a forma, jogue farinha por cima e tire o excesso em seguida.
Any: E pra que isso?
Poncho: É pro bolo não grudar na forma.
Any: Ah ta entendi. - sorrindo. - Desculpa acho que vc escolheu uma péssima ajudante.
Poncho: Vc aprende rápido. - se virando pra pegar na geladeira ovos, leite e chocolate em barra.
Any: Poncho to fazendo certo? - perguntou segundos depois.
Poncho se aproximou ficando atrás dela e disse sorrindo:
- Any podia ter usado um guardanapo de papel pra espalhar a manteiga.
Any: Ah aquele guardanapo de papel não tava ajudando, pode jogar a farinha? - virando pra ele.
O coração de ambos acelerou com a aproximação, estavam a 03 centímetros longe da boca um do
outro. Poncho se deixou levar por um momento e quando estava prestes a tocar o rosto de Any
que fechou os olhos ansiosa pelo toque disse caindo na real se afastando:
- Pode por a farinha.
Any: Ta! - respondeu abrindo os olhos tentando esconder a decepção.
Encheu a mão de farinha e Poncho disse segurando a mão dela:
- Menos Any é muito e só vai se sujar assim.
Any: Desculpe. - devolvendo um pouco da farinha ao pote tentando controlar o nervosismo.
Poncho: Agora coloca ai e espalha, depois devolve o que sobrar pro pote. - e se afastou antes que
fizesse besteira. - Qualquer coisa me chama. - indo pra outra pia ficando de costas.
Quando começou a misturar os ingredientes na tapuer Any se aproximou e perguntou mostrando
a forma de bolo untada pra Poncho:
- Ta bom?
Poncho: Tirando que vc jogou mais farinha em vc mesma do que na forma ta bom sim.
Any se encarou vendo que a calça e a blusa estavam cheias de farinha e disse:
- Não fala de mim não porque vc também ta sujo.
Poncho: To nada, deixa de ser mentirosa.
Any então sujou seu nariz com a farinha que tinha nas mãos e disse sorrindo:
- Agora ta sujo também!
Poncho: Ah vc me paga. - largando as coisas e correndo atrás dela.
Any gritou rindo e saiu correndo tentando não trombar com os armários e a mesa. Poncho
rapidamente a alcançou e a prensando na parede disse molhando seu rosto:
- Vc ta pior que eu ta suja e molhada senhorita.
Any: Ai para. - rindo tentando se soltar.
Poncho parou de rir e a encarou sério Any acabou fazendo o mesmo e quando foi dizer alguma
coisa Poncho tocou seus lábios com dedo fazendo com que se calasse e se aproximou fechando
os olhos, Any mordeu o lábio inferior e fechou os olhos também. O coração de ambos disparou
quando os lábios se aproximaram iniciando um beijo calmo e apaixonado. Sem resistirem Poncho
a abraçou pela cintura e Any envolveu os braços em torno do pescoço dele acariciando sua nuca.
Dessa vez o beijo era totalmente diferente, era um beijo de amor, e essa constatação mexeu
profundamente com eles. Ela porque pensava que ele não a amava mais e ele porque pensava
que ela ñ gosta dele.
Juliana: Anahí! Alfonso! Esta tudo bem por aqui? - entrando.
Poncho e Any se afastaram assustados e ele disse saindo na frente:
- Estamos aqui.
Juliana: Nossa vejo que estão fazendo um ótimo trabalho. - vendo-os sujos.
Poncho: A gente ta fazendo a cobertura enquanto o bolo assa.
Any: Daqui a pouco a gente leva. - tentando camuflar o nervosismo.
Juliana: Ok! - sorrindo.
Ambos se encararam e decidiram que era melhor terminar o bolo.

Mais tarde enquanto todos comiam a sobremesa Any chegou em Juliana e perguntou:
- É... Posso falar com vc um minutinho?
Juliana: Claro o que foi?
Any: É que Lívia estava me mostrando o orfanato e quando chegamos ao dormitório das meninas,
vi uma garotinha, Lívia me disse que se chama Sara e que tem problemas auditivos, é sério isso?
Juliana: Sim infelizmente Sara fica sempre no quarto é uma garotinha séria, triste e não sai pra
brincar, já tentei chama-la, mas ela não aceita e se assusta com aproximações.
Any: E já pensou em falar com algum médico, psicólogo pra poder envolver elas com as crianças?
Juliana: O médico que vem uma vez por semana diz que ela poderia operar os ouvidos e colocar
um aparelho, mas ambos custam muito caro e não temos renda pra isso e nem pra pedir a um
psicólogo que venha aqui conversar com ela e entregar brinquedos adequados pra deficiência
dela.
Any: Entendo, olha se eu puder ajudar em alguma coisa, eu vou ajudar.
Juliana: Eu agradeço querida.
Any sorriu pra ela e depois ficou encarando as crianças comerem. Ficaram lá até as seis horas da
tarde quando Ucker saiu pra levar Dul pra casa, Chris saiu pra levar Mai e a pedido de Lívia que
insistiu muito Poncho acabou levando Any pra casa.

Na manhã seguinte eram 8 horas da manhã quando a campainha da casa de Carol e Julio César
tocou. Chris desceu as escadas dizendo:
- Deixa que eu atendo. - e abriu a porta. - Bom dia meu amor! - abraçando Mai.
Mai: Bom dia bebê lindo! - lhe dando um selinho.
Chris: Nove horas, pontual como sempre.
Mai: Pra ficar perto de vc eu nunca me atraso.
Chris: Hum bom saber. - sorrindo e se beijaram.
Any: Bom dia! - descendo as escadas sorrindo.
Mai e Fercho se separaram sérios e Any perguntou:
- Já estão indo?
Mai: Pra onde? - fria.
Any: Pro orfanato Poncho me disse que vão lá todo sábado e domingo de manhã e ficam até as 6.
Chris: E vai querer voltar pra lá?
Any: Uhum. - sorrindo empolgada.
Mai: E o que vai fazer lá?
Any: Ué o mesmo que vcs! Brincar com as crianças. - sorrindo.
Chris: O que vc ta querendo com esse papo furado?
Any: Mano quantas vezes vou te que dizer que eu mudei.
Mai: Ta já cansei desse papo, vamos embora meu amor é melhor. - o puxando.
Any: Posso ir com vcs?
Chris: Não.
Any: Por que não?
Chris: Porque não to afim de te levar, vem vamos meu amor. - dando um beijo em Mai e a puxou.
Any quando viu a porta se fechar sentiu os olhos ficarem marejados fechou-os com força
dizendo:
- Não vou chorar, não vou!
Caspian: Não precisa ter vergonha de expressar seus sentimentos.
Any: Até quando vão me tratar assim Caspian?
Caspian: Não sei de verdade, mas não pode desanimar.
Any: Eu sei, mas é que... Ta tão difícil.
Caspian: Em breve as coisas vão começar a melhorar tenho certeza.
Any: Obrigada! Já disse que vc é um excelente conselheiro e amigo?
Caspian: Não primeira vez.
Any: Então saiba que gosto muito de vc... Tem problema se tocar vc, te dar um abraço?
Caspian: Não. - sorrindo e foi contornado por uma luz branca. - Agora pode!
Any pela primeira vez teve contato com Caspian e percebeu que ele era quente e a acalmava
muito, abraça-lo lhe dava esperanças. Começou a rir quando o soltou e ele perguntou:
- O que foi?
Any: É engraçado vc é diferente, parece um travesseiro fofo. - não contendo o riso.
Caspian: Talvez porque seja um anjo. - sorrindo.
Any: Pode ficar visível hoje e ir comigo pro orfanato?
Caspian: Não posso me deixar ser visto por muitas pessoas ao mesmo tempo, mas vou estar com
vc o tempo todo prometo. - enxugando o rosto dela sem tocá-la fisicamente.
Any: Obrigada!
Caspian: Mas ainda quer ir ao orfanato?
Any: Sim tenho coisas importantes pra fazer lá.
Caspian: Que bom pensar assim é muito bom Any. - sorrindo pra ela que sorriu de volta.
Poncho estava brincando com Samuel quando Mai e Chris chegaram, estranhou quando não viu
Any sendo que ela havia lhe prometido que viria e perguntou chegando nos dois:
- E a Any?
Chris: O que tem ela? - se fazendo de desentendido.
Poncho: Ela não vem hoje, me disse quem vinha.
Mai: Olha se quer saber chamamos, mas ela não quis vir.
Poncho: Duvido que chamaram.
Chris: Ta ela quis vir, mas eu não quis trazê-la.
Poncho: Por quê?
Mai: Talvez porque sabemos que ela não queria vir coisa nenhuma.
Chris: E sim só chamar atenção.
Poncho: Vcs estão enganados. - decepcionado.
Chris: Vc quem esta amigo. - sorrindo triste e saiu agarrando uma menina que pulou no seu colo.
Ucker e Dul estavam aos beijos quando viram Lívia se aproximando triste, Dul se aproximou e
perguntou se ajoelhando de frente pra ela:
- O que vc tem querida?
Lívia: O tato me disse que a namorada dele não vem hoje.
Ucker: Namorada? Que namorada?
Lívia: A Any que tava com ele ontem, ele disse que ela não vai vir hoje.
Ucker: Ah ta, mas quem te disse que os dois namoram?
Lívia: Ninguém eu descobri sozinha, mas ela mentiu pra mim disse que vinha hoje de novo e não
veio. - cruzando os braços chateada.
Dul: Olha não fica assim se quiser pode brincar comigo ta?
Lívia confirmou com a cabeça e pegou na mão de Dul que depois de dar um beijo em Ucker saiu
pra brincar com ela e as outras crianças. Juntaram-se a uma roda que Mai fizera com as outras
crianças para brincar de corre cutia, Poncho sorriu triste quando viu a irmã desanimada no meio
da roda sabendo perfeitamente o motivo pra tristeza dela e dele.
De repente o portão se abriu e o rosto de Lívia se iluminou quando viu Any entrar com algumas
sacolas e um DVD nos braços, levantou-se da roda correndo e foi na direção dela. Any largou as
coisas na mesa de entrada assim que viu a menina e se abaixou a abraçando.
Lívia: Eu sabia que vc ia vir.
Any: Eu não te prometi. - sorrindo e a soltando.
Lívia: Uhum. - afirmando com a cabeça. - O que tem nessas sacolas? E que coisa grande é essa?
Any: Essa coisa grande é um DVD trouxe pra gente colocar música aqui e nas sacolas trouxe
alguns brinquedos pras crianças.
Juliana: Que bom que veio Any.
Any: Diretora eu trouxe esses brinquedos pra eles, se vc poder distribuir depois eu agradeço.
Juliana: E porque vc mesma não entrega?
Any: Acho melhor não. - vendo a cara dos outros.
Juliana: Ok eu entrego pra eles mais tarde.
Any: Obrigada! - sorrindo. - É... Posso te pedir uma coisa diretora?
Juliana: Sim!
Any: Eu poderia tentar brincar com a Sara trazer ela aqui pra fora hoje, sabe eu trouxe DVD pra
eles cantarem e dançarem queria que ela brincasse com eles também.
Juliana: Bom Any já te disse que ela tem medo de se relacionar, mas todos os outros eu deixei
que se aproximassem dela não tenho porque te impedir.
Any: Obrigada. - sorrindo.
Juliana se afastou levando as sacolas com brinquedos pra dentro e Any disse vendo Poncho:
- Bom dia! - sorrindo.
Lívia: Viu tato ela veio. - sorrindo.
Poncho: É. - sorrindo. - Chris e Mai me disseram que...
Any: Não quiseram me trazer? É sim eles não quiseram, mas eu dei meu jeito. - sorrindo.
Poncho: Que bom! Sentimos sua falta, quer dizer a Lívia sentiu sua falta. - tentando concertar.
Any sorriu abaixando a cabeça sem jeito. Ergue-a novamente e disse encarando Lívia:
- Pode ficar brincando com os outros rapidinho enquanto vou fazer uma coisa?
Lívia: Ta. - e se retirou voltando pra roda onde estava antes.
Poncho: O que vai fazer?
Any: Tirar ma borboleta do casulo.
Poncho: Ahn?
Any: Vem comigo e vai entender. - puxando-o pela mão.
Quando entrou no quarto das meninas Poncho perguntou:
- Any as crianças tão lá fora.
Any: Eu sei, mas a que me interessa ta aqui. - terminando de puxá-lo e fechou a porta com
cuidado.
Poncho: Ta falando da Sara?
Any: Uhum! - se aproximando da cama.
Sara estava acordada do mesmo jeito que a vira no dia anterior, deitada na cama encarando os
dois com o mesmo olhar sério e triste abraçada à mesma toalhinha rosa chupando chupeta. Any
se aproximou hipnotizada pela menina, se ajoelhou na cama e quando foi tocar sua mão a menina
afastou gemendo de medo. Poncho se ajoelhou e disse com carinho:
- Não vamos te machucar Sara. - fazendo alguns sinais.
Any: Vc sabe a linguagem surdo e mudo? - surpresa.
Poncho: Sei e ensinei umas coisas foi o máximo que consegui de aproximação com ela porque sai
daqui desse quarto ainda não consegui convence-la a fazer.
Any: Sara vc não quer brincar com a gente?
A menina se afastou assustada negando com a cabeça.
Poncho: Ela nos escuta, mas bem pouco.
Any: Queria ajudá-la Poncho. - triste.
Poncho: Quem sabe não conseguimos do jeito certo?
Nisso bateram na porta e Juliana entrou dizendo:
- Poncho pode vir comigo?
Poncho: Claro, eu já volto. - sorrindo e saiu.
Any: Vc não quer mesmo brincar comigo?
Sara novamente negou com a cabeça e quando estava quase desistindo Caspian apareceu ao lado
de Any a assustando e estendeu a mão pra Sara dizendo:
- Vem comigo.
Sara o encarou atenta e aos poucos estendeu a mãozinha pra ele.
Any: Caspian...
Caspian: Crianças são os únicos humanos que podem nos enxergar, vem. - sorrindo pra Sara.
A menina desceu da cama segurando a mão de Caspian que se ajoelhou na sua frente e disse:
- Pode brincar com ela não precisa ter medo, esta em boas mãos.
Sara encarou Any atenta à mesma sorriu chamando-a pra brincar. Sara encarou Caspian que a
incentivou com um sorriso e sumiu em seguida.
Any: Quer brincar?
Sara apesar de ainda estar assustada pegou sua toalhinha branca e um ursinho marrom e
entregou na mão de Any que sorriu e a pegou no colo dizendo:
- Vc vai gostar muito de brincar.
Sara a encarou e a abraçou assustada ouvindo a porta se abriu. Poncho entrou e perguntou:
- Como conseguiu tira-la da cama e ainda fazer com que viesse no seu colo?
Any: Não sei tava conversando com ela e ela acabou topando brincar comigo.
Poncho sorriu e quando foi pegar na mãozinha de Sara a mesma gemeu assustada e Any disse:
- Não precisa ficar com medo ele é legal.
Sara a encarou e encarou Poncho pegou o ursinho marrom que estava na mão de Any e entregou
a Poncho que disse o pegando sorrindo:
- É lindo seu ursinho.
Any: Acho que ela quer mostrar pra gente. - sorrindo.
Poncho: Vamos lá fora brincar?
Sara afirmou com a cabeça despertando um sorriso terno nos dois.

PAROU AQUI!

Quando saíram pra fora Juliana disse surpresa:


- Vcs conseguiram...
Poncho: O crédito é da Any, quando voltei ela já tinha feito o trabalho.
Juliana: Como vc conseguiu?
Any: Acho que tive uma ajudinha lá de cima. - apontando o céu.
Juliana: Vc não quer que eu a segure.
Mas foi Juliana fazer menção de pegar Sara que a menina reclamou se agarrando em Any.
Any: Acho melhor ela ficar aqui com a gente.
Poncho: Any pra que vc trouxe o DVD?
Any: Foi pra por música pra eles, pro pessoal dançar.
Poncho: Ah ta.
Lívia: Foi por isso que vc sumiu? Foram buscar ela? - chegando.
Any: Uhum!
Ucker: Depois que eu digo que ela adora chamar a atenção ninguém acredita.
Dul: Amor não se estressa, não vale a pena.
Mai: Só queria saber o que ela fez pra arrancar a Sara do quarto.
Chris: Eu também. - sério.
Xx: Tio liga pra gente. - pediu uma garotinha.
Chris: Ta legal. - sorrindo e junto com Ucker pegaram a TV e ligaram o DVD.
Colocaram uma música e Any encarou Poncho se lembrando do beijo, perdera a noite de sono por
causa daquilo, mas não sabia como tocar no assunto. Abaixou a cabeça e sorrindo encarou Sara e
pegando na mão de Lívia perguntou:
- Vamos dançar?
Lívia: Vamos! Vem mano. - puxando-o pela mão.
Foram pro meio das crianças que pulavam animadas e quando Any foi por Sara no chão a mesma
se assustou e quando tocou os pés no chão saiu correndo chorando. Any não entendeu e Poncho
disse:
- Ela tem medo de ficar perto das outras crianças Any.
Any: Eu devia ter previsto isso... Já volto! - e saiu atrás de Sara.
Encontrou a menina escondida atrás de um banco com um vaso de flor, se ajoelhou e disse:
- Sara não precisa ficar com medo, vem aqui.
A menina se aproximou e a abraçou chorando.
Any: Calma a tia não vai te deixar sozinha ta? São todos crianças não precisa ficar com medo.
Sara aos poucos se acalmou e ficou abraçada em Any com a toalhinha rosa junto. Quando
voltaram pro meio das crianças Any preferiu dançar com Sara no seu colo. Os outros dançavam
com as crianças pulando, fazendo zona e conseguindo ser mais infantis que as próprias crianças.
Lívia: Any dança comigo? - perguntou minutos depois.
Poncho: Sara vem dançar com o tio. - a chamando sorrindo.
Any: Vai com ele. - sorrindo.
Sara estendeu os braços e foi pro colo de Poncho. Any sorriu pra ele e pegando nas mãos de Lívia
começou a rodar e dançar com ela.
Um tempo depois as crianças começaram a cantar no karaokê e quando o microfone foi parar na
mão de Poncho o mesmo escolheu a música Let Me Go. Quando viu a música Any saiu correndo e
perguntou pegando o outro microfone:
- Posso cantar com vc? Eu amo essa música!
Poncho: Ta bem!

Let Me Go (Deixe Me Ir)


One more kiss could be the best thing (Mais um beijo poderia ser a melhor coisa)
Or one more lie could be the worst (Ou mais uma mentira seria pior)
And all these thoughts are never resting (E todos estes pensamentos nunca param)
And you're not something I deserve (E você não é algo que eu mereço)
In my head there's only you now (Só existe você na minha cabeça agora)
This world falls on me (Este mundo cai sobre mim)
In this world there's real and make believe (Neste mundo existe a verdade e faz-de-conta)
And this seems real to me (Isso parece real pra mim)
And you love me but you don't know who I am (Você me ama mas não sabe quem eu sou)
I'm torn between this life I lead and where I stand (Estou indeciso sobre esta vida que levo)
And you love me but you don't know who I am (e onde estou, você me ama mas não sabe quem eu sou)
So let me go, let me go (Então deixe me ir, deixe me ir)
I dream ahead to what I hope for (Eu sonhei que nós vamos ser um par é o que eu espero)
And I turn my back on lovin' me (E eu me recusei a te amar)
How can this love be a good thing (Como esse amor pode ser uma coisa boa)
And I know what I'm going through (Quando eu sei pelo o que estou passando)
In my head there's only you now (Só existe você na minha cabeça agora)
This world falls on me (Este mundo cai sobre mim)
In this world there's real and make believe (E neste mundo existe a verdade e faz-de-conta)
And this seems real to me (Que isso é verdade para mim)
And you love me but you don't know who I am (Você me ama mas não sabe quem eu sou)
I'm torn between this life I lead and where I stand (Estou indeciso sobre esta vida que levo)
And you love me but you don't know who I am (e onde estou, você me ama mas não sabe quem eu sou)
So let me go, let me go (Então deixe me ir, deixe me ir)
And no matter how hard I try (Não importa o quanto eu tente)
I can't escape these things inside (Eu não consigo escapar dessa coisa interna)
I know, I know (Eu sei, eu sei)
But all the pieces fall apart (Mas todos os pedaços desmancham)
You will be the only one who knows, who knows (Você será a unica que sabe, quem sabe)

Ambos cantaram a música se encarando, Any pulava no refrão, mas enquanto olhava pros olhos
de Poncho não conseguia tirar o beijo de sua cabeça. Será que aquilo significava que ele a
amava? Ou era só ilusão da sua cabeça e do seu coração que queriam lhe pregar uma peça?
Ficaram a tarde toda dançando e foram embora novamente às seis horas. Assim que colocou os
pés no quarto Any deitou na cama e disse de olhos fechados:
- Eu quero morrer!
Caspian: Cuidado com o que vc pede.
Any: Caspian! - se sentando assustada na cama.
Caspian: Desculpa não resisti, mas o que vc tem?
Any: Eu to confusa minha cabeça vai dar um nó.
Caspian: Me fala o é... Soube que ontem vc e Poncho se beijaram.
Any: É a gente se beijou e... Foi tão bom! - fechando os olhos e tocando os lábios.
Caspian: Então porque esta assim?
Any: Porque acho que Poncho quer se vingar de mim.
Caspian: Não diga besteiras.
Any: Mas é verdade se ele não me ama porque me beijou então?
Caspian: Tem tanta certeza assim de que ele não te ama?
Any: Ele me falou que somos amigos. - triste.
Caspian: Mas em algum momento demonstrou que não ama vc?
Any: Não sei às vezes parece que me ama como quando cozinhamos ontem ou na hora que
cantamos hoje, mas em outras parece ser só meu amigo como quando estávamos com a Sara.
Caspian: E porque vc não se arrisca e pergunta pra ele.
Any: Não sei mais como fazer isso.
Caspian: É claro que sabe, amanhã quando se verem chega nele e pergunta.
Any: E se ele mentir pra mim.
Caspian: Não vai mentir te garanto.
Any: Ta bom então, amanhã eu falo com ele.
Na manhã seguinte uma garota bonita de cabelos castanhos. (Foto:
http://img240.imageshack.us/img240/4456/estasi4copiazk6.jpg) andava apressada e meio
perdida pelo colégio. Tão perdida procurando sua sala que não percebeu quem estava na sua
frente e acabou trombando com alguém derrubando as coisas dela no chão.
Xx: Ai droga me desculpa! - encarando o rapaz na sua frente.
Xx: Não tem problema. - sorrindo pra ela e se levantaram. - Prazer meu nome é Alfonso, mas
pode me chamar de Poncho!
Xx: Mariana.
Poncho: É nova aqui pelo jeito esta perdida?
Mariana: Sim estou procurando por essa sala. - lhe entregando a folha de transferência.
Poncho: Poxa que sorte vc ta na minha sala.
Mariana: Sério que coincidência legal. - sorrindo.
Poncho: Bom se quiser eu te mostro onde fica a nossa sala e a escola.
Mariana: eu vou agradecer se fizer isso.
Poncho: Ah e bem vinda.
Mariana: Obrigada. - sorrindo deslumbrada com os olhos e o sorriso dele.
Any estava indo pra entrada da escola decidida a falar com Poncho, mas quando o viu
acompanhado parou estática sem acreditar no que seus olhos viam. Era a mesma garota, a
mesma menina que vira com Poncho naquela visão horrível do futuro estava a 500 metros de
distância dela ao lado de Poncho de verdade. Não conseguiu conter as lágrimas e se virando pra
não ser vista disse:
- Isso não pode ta acontecendo, ela não podia ter aparecido agora pra me tomar ele. - tentando
segurar as lágrimas em vão. - Não podia! Agora eu o perdi, perdi o Poncho pra sempre.
Sentou-se no banco mais próximo e chorou tudo o que andou segurando nos últimos dias.
Próximo dali Ucker perguntou abraçando Dul por trás:
- E ai o que estão pensando em fazer essa semana?
Chris: Alguma coisa que nos relaxe porque temos essa semana livre sem provas e depois três
semanas de provas finais.
Mai: E férias graças a Deus. - sorrindo.
Dul: Por mim essas semanas passavam voando.
Ucker: Pior que vão passar gatinha, quando nos dermos conta já vão ser as provas.
Mai: Tava pensando da gente se reunir essas semanas pra estudarmos juntos.
Chris: E namorar muito né? - beijando o rosto dela.
Mai: Também. - sorrindo.
Dul: Olha eu pensei da gente acampar vamos fazer isso mesmo ou outra coisa?
Ucker: Mas isso já tava combinado meu anjo.
Dul: Ah é verdade. - sorrindo.
Mai: Alguém viu o Poncho?
Chris: Vi quando chegou, mas não sei onde ta não.
Ucker: Só falta estar com a Anahí.
Dul: Dessa vez não... Olha ela ali! - apontando quando viu Any passar.
Mesmo a ignorando eles perceberam que ela estava diferente, estava de um jeito que eles nunca
a viram antes. Estava triste e com os olhos vermelhos como se tivesse chorado.
Mais tarde quando as aulas acabaram Mariana e Poncho saíram juntos e ela disse:
- Poxa essa escola é muito maneira.
Poncho: Vem comigo quero te apresentar uns amigos.
Mariana: Ta legal! - concordou sorrindo.
Quando chegou onde os outros estavam Poncho disse:
- Pessoal essa é a Mariana.
Chris: Mariana? Prazer sou o Christian.
Mariana: Prazer!
Mai: Sou a Maite, de onde vcs se conhecem?
Poncho: A gente se trombou hoje.
Mariana: É eu tava distraída.
Dul: Que belo jeito de se conhecer alguém. - sorrindo. - Me chamo Dulce.
Mariana: Prazer! - sorrindo simpática.
Ucker: Me chamo Ucker... Poncho já te mostrou o colégio?
Mariana: Prazer! Já me mostrou sim.
Mai: E o que achou? Muito horrível?
Mariana: Não, não é legal, muito legal. - sorrindo e encarou Poncho.
Foi então que ele viu Any passar, não resistiu e disse:
- Gente já volto.
Chris fez uma cara e Mariana perguntou sem entender:
- O que foi?
Dul: Nada não.
Ucker: É uma longa história.
Poncho: Any! Aonde vc vai?
Any: Eu vou procurar um médico e um psicólogo pra ver o que posso fazer pela Sara.
Poncho: Quer que eu vá com vc.
Any: Não precisa e também vc ta muito ocupado com sua nova amiga.
Poncho: Any isso foi uma indireta?
Any: Não, não, mas não precisa ir comigo não.
Poncho: Olha se quiser eu vou e quanto a Mariana a gente é só amigo nos encontramos hoje por
acaso e ela veio transferida só a estava ajudando.
Any: Não precisa me explicar Poncho, não tem porque fazer isso.
Poncho: Mas por que ta assim?
Any: É vc lembra da dinâmica que fizemos onde com as crianças sobre desejos?
Poncho: Uhum!
Any: Quais são seus desejos Poncho? Pode me responder?
Poncho: Ah eu... Queria presenciar um milagre, estar em dois lugares ao mesmo tempo, ajudar as
pessoas e... - se interrompeu antes que falasse “e ficar com vc pra sempre”.
Any: E? Qual é seu outro desejo?
Poncho: Nada não... E os seus quais são?
Any: É engraçado antes eu só queria aproveitar a vida, agora meu único desejo é ver as pessoas
que eu magoei felizes e que acreditem que mudei também. - ficando com os olhos marejados.
Poncho: Ah ta!
Any: E já que estamos falando em desejos, queria que soubesse que te desejo toda a felicidade
do mundo afinal vc é a pessoa que mais têm motivos pra me odiar, mas é a que é mais gentil
comigo.
Poncho: Eu não odeio vc Any. - respondeu querendo dizer que a amava.
Any: Eu sei que não!... - e se encararam. - Bom eu preciso ir, tenho muita coisa pra fazer.
Poncho: Ok tenha uma boa tarde. - respondeu não querendo que ela fosse.
Any: Vc também. - e virou de costas. - Ah Poncho só uma coisa. - se virando de frente pra ele.
Poncho: O que?
Any: Parabéns vcs dois combinam. - com os olhos marejados.
Poncho: Como? - não entendendo.
Any: Vc e a Mariana... Combinam juntos!
Poncho: Como sabe o nome dela?
Any: Não importa. - enxugando o rosto tentando disfarçar as lágrimas.
Poncho: Mas não estamos juntos, acabamos de nos conhecer somos amigos.
Any: Não estão, mas vão ficar juntos eu sei que vão e desejo desde já toda a felicidade pra vcs.
Poncho foi dizer alguma coisa, mas não deu tempo, pois Any foi embora antes que dissesse algo.
Quando chegou à praça perto da escola Any não agüentou e sentou no banco aos soluços. Apoiou
as mãos nos joelhos e o rosto nas mãos. Sentiu uma mão suava passar por seus cabelos e
perguntou:
- Caspian?!
Caspian: Não fique assim.
Any: Como quer que eu fique? Isso é um teste ou... Mais um castigo pela vida que eu tinha?
Caspian: Nenhum dos dois simplesmente aconteceu porque tinha que acontecer.
Any: Por que tinha que acontecer? Eu o perdi Caspian, essa menina vai terminar o que ele
começou.
Caspian: Do que ta falando?
Any: Poncho já me esqueceu, acabou ele não gosta mais de mim.
Caspian: Então porque se beijaram?
Any: Não sei por causa do momento sei lá... Mas ele já começou a me esquecer e essa menina vai
ajudá-lo, ele vai se apaixonar por ela e... E eu nunca vou te uma chance pra mostrar o que eu
sinto.
Caspian: Olha...
Any: Eu não quero mais ficar aqui, ninguém me perdoa, ninguém acredita em mim, eu perdi todo
mundo por culpa minha mesmo... Eu quero ir embora, quero que meu prazo termine hoje, agora.
Caspian: Ah sim e o que começou? Vai abandonar assim? - sério.
Any: Do que ta falando? - o encarando com os olhos vermelhos e molhados.
Caspian: Do que to falando? Any vc não veio pra cá só pra mostrar às pessoas que mudou e sim
pra aprender também durante esse tempo, vc disse que quer ir embora agora, mas e a Sara, vc
foi a única pessoa que conseguiu realmente a confiança dela, ela precisa de vc pra sair daquela
clausura que a deficiência dela a colocou, só vc pode ajudá-la e tem a Lívia também que te adora.
Any: Mas...
Caspian: E também vc topou vir pra cá e ficar até o dia 25 de dezembro, não importa o que
aconteça! Até lá vc não pode ir embora por vontade própria e tem que tentar cumprir sua missão,
não tente provar a todos o tempo todo que quer mudar, faça o que tem que fazer e eles vão
perceber sozinhos que vc mudou... Chega de falar o tempo todo que mudou, faça o que quer
fazer, ajude as pessoas, ajude Sara e garanto que eles vão se convencer, é só ter paciência e não
desistir.
Any: Esta bem não vou desistir... Pela Sara que precisa de mim, pela Lívia, pelas crianças do
orfanato, por mim e por eles que machuquei. - parando de chorar.
Caspian: É assim que se fala. - sorrindo orgulhoso.
Any enxugou o rosto e sorrindo disse:
- Eu vou fazer o que tenho que fazer.
Caspian: Isso.
Any: Caspian pode me responder uma pergunta?
Caspian: Sim!
Any: É... Se meu prazo acabar e eu tiver que ir embora, eu vou poder ver eles felizes?
Caspian: Vai! Ficando ou não vc vai ver a felicidade deles.
Any: Obrigada! - sorrindo.
Quando voltou pra onde os amigos estavam Chris perguntou:
- Falou com a Anahí?
Poncho: Uhum ela me disse que tava indo pra um médico ver o caso da Sara.
Ucker: O que deu nela?
Poncho: Ela gostou da menina de verdade e quer ajudá-la.
Mai: Uhum e eu sou Papai Noel.
Poncho: Porque é tão difícil de acreditar?
Dul: Porque ela nunca prestou.
Poncho: Só que ela mudou acreditem.
Mariana: Desculpa me intrometer, mas de quem estão falando?
Chris: Da minha irmã, ela sempre foi mau caráter e agora veio com um papo de que mudou, o
único que acredita é o Poncho porque é afim dela.
Poncho: Não é por isso cara.
Mai: Mas vc gosta dela ainda vai dizer que não?
Poncho: Olha a questão não é só gosto dela ou não, se vcs acreditam que ela não mudou tudo
bem só que eu acredito que ela esta mudada e quero ajudá-la.
Ucker: Ai não depois diz que não ta afim dela.
Mariana: Gente desculpa me intrometer de novo, mas será que ela não mudou mesmo?
Dul: Não e vc fala isso Mari porque não a conheceu como era antes e não a conheceu agora com
todo aquele papel de vitima ridículo que adora interpretar.
Poncho: Gente vamos pra casa de uma vez? E parar de discutir? - desanimado.
Mariana: Alguém pode ir comigo até um ponto de táxi eu não sei onde fica um aqui.
Chris: A gente te leva não se preocupe.
Mariana: Obrigada! - sorrindo.
Quando chegou ao hospital Any foi rapidamente atendida e o médico perguntou:
- Qual o problema?
Any: É que... Bom doutor eu conheci uma garotinha que tem problemas de audição sabe ela
escuta pouco e só prestando muita atenção e falando muito alto e devagar que ela entende a
gente.
Xx: Hum e sabe se ela nasceu assim ou se essa perda de audição foi provocado por algum
acidente?
Any: Bom soube que ela já nasceu com problemas auditivos.
Xx: Uhum! - ouvindo atento.
Any: Tem alguma coisa que eu possa fazer por ela? Acha que alguma operação pode resolver?
Xx: Bom eu só vou poder saber o grau da surdez dela e se uma cirurgia vai resolver ou não se
traze-la aqui pra ser examinada, mas quando a criança não tem perda total de audição as
chances de uma cirurgia resolverem são maiores e se com a cirurgia o problema não se resolver
podemos optar por aparelhos auditivos.
Any: Entendi, é ela mora num orfanato e sabe ela não se interage com as outras crianças há
alguma coisa que eu possa fazer pra envolver ela com eles?
Xx: Bom é normal crianças com DA deficiência auditiva terem problemas pra se relacionar com as
crianças e com o mundo, nesse caso eu sugiro que vc procure um psicólogo que ele vai te dar
conselhos e métodos para interagir ela com as pessoas e crianças e também procure um
fonoaudiólogo para que ele trabalha a linguagem com ela esta bem?
Any: Sim eu vou fazer isso muito obrigada!
Xx: De nada, tenha uma boa tarde.
Any: O senhor também e... Quando eu posso trazê-la?
Xx: Essa quinta-feira esta bem?
Any: Esta! - sorrindo.
Xx: Pode ser às três horas? - marcando na agenda.
Any: Pode sim! - respondeu sorrindo e depois de pegar o cartão da consulta saiu animada.
Após ir ao médico Any passou em um fonoaudiólogo marcando uma visita na quinta também pra
Sara e em seguida passou no consultório de um ótimo Psicólogo que ela conhecia e o mesmo que
deu dicas e brincadeiras que ela poderia aplicar pra enturmar Sara com as crianças e adultos.
Quando chegou de noite cheia de sacolas Julio César perguntou ao vê-la:
- Onde estava?
Any: Fui comprar uns livros, algumas fantasias e consultar algumas pessoas.
Julio César: Livros? Pra que livros?
Any: É que quero ajudar uma menina que tem problemas auditivos e me aconselharam alguns
livros e eu peguei pra ler pra... Poncho o que faz aqui? - quando o viu na cozinha.
Poncho: Oi! - se aproximando com uma bandeja. - Estamos estudando lá em cima e peguei uns
lanches pra gente. - sorrindo pra ela.
Any: Ah ta. - sorrindo.
Julio César: Bom eu vou pro escritório, até mais. - saindo.
Any: Até pai.
Poncho: Sério que comprou livros pra estudar sobre o caso da Sara?
Any: Aham e algumas fantasias pra montarmos um tipo de teatro com eles sábado.
Poncho: Que legal. - sorrindo.
Any: Foi a primeira vez que senti que meu cartão de crédito teve alguma utilidade de verdade.
Poncho sorriu e Any largou as sacolas em cima do sofá abriu uma delas e pegando um vestidinho
rosa colocando por cima do corpo disse:
- Olha que lindo Poncho, comprei pra Sara imagina que linda ela vai ficar dentro dele.
Poncho: Realmente. - sorrindo. - Fico muito feliz com o que esta fazendo.
Any: Sério?
Poncho: Uhum, cada dia que passa vc me convence mais de que mudou.
Any sorriu e ficaram se encarando, ela lembrou de Mariana e quando lembrou do beijo que viu
entre eles fechou os olhos afastando aquela imagem dolorosa e disse sorrindo:
- Ah também marquei uma consulta com ela quinta-feira num médico que vai examiná-la pra ver
se da pra operá-la e um fonoaudiólogo pra ajudar ela a se comunicar com os outros.
Poncho: Vc pensou em tudo mesmo né?
Any: Pois é. - sorrindo.
Ficaram se encarando. Poncho tinha tanta coisa pra falar à Any, queria dizer a ela que a amava
ainda, que seu amor só crescia dentro dela e que essa mudança dela colaborava mais ainda,
queria falar do beijo entre eles, mas não sabia como e queria entender porque Any achava que
ele tinha ou poderia ter algo com Mariana sendo que a garota que o fascinava era ela. Já Any
sentia seu coração despedaçar cada vez que ficava a sós encarando Poncho, tinha que segurar
suas pernas pra que não a levassem até ele, seus braços pra que não o abraçasse e seus lábios
pra que não dissesse que o amava e estava arrependida de tudo o que tinha feito.
Mai: Poncho!
Poncho: Ai desculpa Mai. - vendo que tinha esquecido do lanche.
Mai: Vamos estão te esperando.
Any: Boa noite Mai! - sorrindo.
Mai: Oi! - seca. - E ai vamos? - impaciente.
Poncho: Bom depois a gente se fala. - respondeu sem outra escolha e subiu.
Any em seguida subiu pro seu quarto e ficou lendo os livros e arrumando as fantasias que levaria
no sábado pro orfanato tentando esquecer que Poncho estava a poucos metros de distância.
Na manhã seguinte Poncho estava andando pelo colégio quando ouviu um som de violão tocando
próximo dali. Quando encontrou o local de onde vinha o som se assustou vendo que era Any
quem tocava e mais ainda quando ela começou a cantar suavemente:
Saiba que este é meu último pedido.
Estou desesperada, sigo meus instintos.
Não me resta muito tempo a favor...
Mas se interrompeu quando Poncho se aproximou e abaixou a cabeça. Ele sentou no chão de
frente pra ela e disse:
- De onde vc conhece essa música?
Any: Eu quem a compus.
Poncho: Posso ver a letra?
Any: Sim, eu fiz umas marcações como se tivesse uma segunda voz.
Poncho olhou a letra vendo alguns trechos em espanhol e perguntou:
- Posso cantar as partes de segunda voz que vc marcou aqui?
Any: Pode sim. - respondeu sorrindo. - As partes em azul seria eu, as de vermelho a segunda voz
e preto as duas juntas.
“Fiz essa letra pensando na gente”, pensou em dizer, mas se ajeitou e começou a tocar e cantar:
Saiba que este é meu último pedido.
Estou desesperada, sigo meus instintos.
Não me resta muito tempo a favor.
E antes de ir embora, seguir o meu caminho,
Quero te olhar um pouco e sonhar que o destino
É junto a ti, amor.
Fica um segundo aqui e me faz companhia,
Quero adiar a dor de me sentir sozinha.
Me abrace, me abrace, me abrace, me abrace.
Poncho sorriu encantado com a voz dela e começou a cantar:
Hoy me he dado cuenta que no había sentido tanto miedo
antes que yo no decido que Dios va a ser mejor
Y antes de perder de vista mi camino
Quiero mirarte un poco y soñar que el destino es junto a ti mi amor.
Ambos se encaram olhando fundo nos olhos um do outro.
Fica um segundo aqui e me faz companhia,
Y quédate tantito más quiero sentirte mía
Y abrázame, y abrázame , y abrázame, y abrázame
No no y abrázame.
Dame una razón para quedarme,
Yo no quiero tu compasión,
Quiero que estés conmigo
hasta que me haya ido.
Y abrázame, y abrázame, y abrázame, y abrázame
y abrázame.
(Y abrázame) Dame una razón para quedarme
sólo dame una razón
(Y abrázame) Dame una razón solo dame
dame solo una razón
(Y abrázame) Dame una razón para quedarme
yo no quiero tu compasión
(Y abrázame)
Dame una razón
Sólo dame una razón...
Saiba que este é meu ultimo pedido,
estou desesperado e sigo meus intintos,
não me resta muito...
tempo a favor.
Ambos estavam muito próximos um do outro, mil imagens passaram na cabeça de ambos quando
estavam cantando. Lembraram do beijo que trocaram no orfanato, das brincadeiras com as
crianças, dos olhares que lançavam um ao outro e de como o coração acelerava quando estavam
na companhia um do outro. Poncho encarou Any no fundo dos olhos e disse:
- Ela é linda!
Any: Obrigada!
Mariana: Poncho! - chegando correndo e parou quando o viu acompanhado. - Oi! - sorrindo.
Any: Oi. - sorrindo por educação.
Poncho: Algum problema Mah?
Mariana: É que preciso pegar um livro na biblioteca e falaram que tem um esquema lá não
entendi! Pode me ajudar? Porque nem a biblioteca eu sei onde fica.
Poncho: Tudo bem, depois a gente se fala Any? - a encarando.
Any: Uhum! - respondeu o encarando e encarou Mariana.
Poncho: Então até depois... Tchau! - disse e sem resistir lhe deu um beijo no rosto assustando-a.
Mariana: Tchau Anahí, foi um prazer.
Any: Igualmente. - um tanto séria.
Assim que os dois sumiram Any colocou a mão no rosto e disse:
- Não faz isso comigo Poncho. - fechando os olhos. - Não podia ter desviado um pouquinho pra
esquerda? - lamentando. - Porque que ao invés de te esquecer eu te amo mais a cada dia?
No intervalo o pessoal estava na cantina e Ucker disse vendo Dul pensativa:
- Muitos beijos pelos seus pensamentos.
Dul sorriu e lhe deu um selinho, em seguida respondeu:
- Não é nada meu amor.
Ucker: Quer ir dar uma volta comigo hoje?
Dul: Aonde vc quer ir?
Ucker: Ah não sei, mas gostaria que fosse a dois pra gente poder aproveitar. - cochichou.
Dul: Hum então combinado. - sorrindo e o beijou.
Ao lado Mai disse abraçando Chris:
- Bebê o que acha de passar em casa hoje pra gente estudar.
Chris: Quer mesmo ir na sua casa pra estudar?
Mai: Podemos estudar e fazer outras coisas. - sorrindo.
Chris: Gostei da idéia.
Mai: Então topa. - sorrindo.
Fercho: Sem dúvidas. - sorrindo de volta e a beijou.
Poncho chegou com Mariana que fez uma careta sorrindo vendo os dois casais aos beijos. Poncho
sorriu imaginando o que fosse e disse tocando seu ombro:
- Não liga não, isso acontece sempre.
Mariana: Tudo bem eu acho bonito casais que se tratam da forma como eles se tratam.
Poncho: Hum então vc é romântica?
Mariana: É podemos dizer que sou sim. - sorrindo.
Poncho: Também sou.
Mariana: Percebe-se pelo seu modo de falar.
Poncho: Sério? - estranhou.
Mariana: Sim... Vc tem um modo carinhoso de tratar as pessoas, de conversar com elas, percebi
isso quando nos trombamos ontem e vc gentil não só por ter me mostrado a escola e me levar até
sua sala, mas por ter se tornado meu amigo sem secundas intenções como outros garotos já
fizeram.
Poncho: É podemos dizer que vc também foi diferente das outras meninas.
Mariana: Por quê?
Poncho: Sem cantadas, sem olhadas diferentes, sem atrevimento.
Mariana: Ah imagino como vc deve sofrer bonito assim as meninas devem pegar muito no seu pé.
Poncho: Nem tanto, tem algumas que chegam, mas aqui podemos dizer que as pessoas se
respeitam.
Mariana: É verdade percebi isso também.
Dul: Ah vcs estão ai. - percebendo a presença dos dois.
Poncho: Achei que iamos ter que fazer algum barulho ou algo do tipo.
Mai: Desculpem, Dul, Ucker venham pra cá, vcs também sentem aqui na mesa vamos ficar todos
juntos. - sorrindo.
Mariana: Um par de velas pra um par de casal! Conveniente. - falou sorrindo como se pensasse
alto.
Todos acabaram rindo e a cada minuto que passava se simpatizavam mais com Mariana, tava na
cara que ela era uma garota alegre, divertida, inteligente e bonita. E alguns desejavam que
Poncho percebesse isso e se envolvesse com Mariana já que pareciam combinar.
Chris: Vamos pedir alguma coisa?
Dul: Beleza o que vcs querem? Porque meu suquinho já ta aqui. - erguendo o copo.
Mariana: Eu adoro maracujá, mas como sei que vou dormir nas próximas aulas se o tomar, prefiro
de laranja.
Ucker: Boa Mah a segunda melhor fruta que existe. - batendo na mão dela que sorriu
Mai: E qual seria a primeira? - arregalando os olhos sorrindo.
Todos se encaram e falaram ao mesmo tempo:
- Maracujá! Amora! Melância! Pêra!
Poncho: Já sei, já sei... Salada mista. - disse rindo e todos acabaram rindo também.
Any olhava a cena de perto sem ser vista. Realmente seu pesadelo havia se tornado real,
primeiro viu naquele futuro Poncho e Mariana aos beijos abraçados e felizes e ontem os viu
juntos e agora era obrigada a ver todos reunidos felizes na mesa como vira naquele futuro
também. Tava na cara que ela não fazia falta a nenhum deles, mas o que a machucava era saber
que aquilo era culpa dela mesmo, que ela havia provocado aquilo e que se ela não fazia falta pra
eles, agora eles faziam falta pra ela. Quando estava saindo sem querer ser vista um garoto
trombou com ela fazendo com que Chris e Mai que estava sentados na direção dela a vissem. Os
outros vendo que os dois ficaram sério olharam na direção e exceto Poncho e Mariana fecharam a
cara quando Any se aproximou sem jeito.
Ucker: O que quer aqui? - a olhando com desprezo.
Any: Vim aqui pra... É...
Dul: Da pra falar de uma vez a gente tava se divertindo antes de vc chegar. - grossa.
Any: Eu percebi. - tentando esconder a tristeza e a dor que sentia.
Mai: Então diz logo o que quer Anahí.
Any: Ta bem... É que não sei se o Poncho comentou algo pra vcs, mas eu comprei umas fantasias
ontem pra montar um teatro com as crianças sábado e assim tentar ajudar a Sara a se enturmar
e queria saber se... Vcs topam participar.
Chris: Não obrigado! - recusando na hora.
Poncho: Chris! - chamando a atenção dele.
Mariana: É... Onde vai ser esse teatro?
Any: No orfanato que a gente vai de sábado e domingo.
Mai: Se quiser pode vir com a gente acho que vai gostar. - sorrindo pra ela.
Mariana: Ah acho que não tem problema, vcs me falam a hora depois.
Ucker: Beleza. - sorrindo pra ela.
Any: Mas então vcs querem participar do teatro.
Chris: Eu já disse que não.
Any: E vcs? - encarando os outros.
Mai: Se o Chris não vai eu também não vou participar.
Dul: Eu também não to afim.
Ucker: Se minha princesa e meus amigos não vão fazer eu também não faço.
Any: Ok se mudarem de idéia vcs me avisem... Tchau! - e saiu apressada.
Mariana: Vcs deviam ter aceitado o pedido dela coitada.
Poncho: Não adianta falar Mariana eu já cansei. - e se levantou bravo.
Chris: A gente já cansou de falar pra vc parar de correr atrás dela.
Poncho: Quer saber dane-se quando vcs se darem conta que ela mudou e ver a injustiça que
estão cometendo vão me dar razão, ai vamos ver quem ta errado aqui.
Dul: E tudo o que ela te fez e fez pra gente? - brava.
Poncho: O que ela me fez eu já esqueci e perdoei, mas é uma pena de verdade que nenhum de
vcs aqui saiba o que são essas duas coisas. - e saiu derrubando a cadeira no chão.
O clima ficou meio tenso e Mariana encarou todos sem entender bem o que acontecia, mas
preferiu não dizer nada pra não haver riscos de piorar a situação.
Quando alcançou Any e a puxou vendo que chorava disse com o coração partido:
- Any não fica assim.
Any: Me deixa Poncho volta lá com seus amigos e sua amiguinha nova.
Poncho: E deixar vc desse jeito?
Any: Para de fingir que se importa comigo, não ta vendo que só piora as coisas assim?
Poncho: Não to te entendendo.
Any: As piores coisas que se pode dar pra uma pessoa é o desprezo e a pena, seus amigos me
encararam com desprezo e aquela Mariana com pena, não venha vc me encarar de alguma dessas
formas também, por favor. - tentando parar de chorar enxugando o rosto.
Poncho: Any não tenho pena de vc e nem te desprezo ao contrário eu gosto de vc.
Any: Gosta como amigo né?
Poncho teve vontade de responder que a última coisa que queria era ser amigo dela, mas disse:
- É Any!
Any abaixou a cabeça e respondeu a erguendo:
- Então me faz um favor... Não briga mais com seus amigos por minha causa, eles são mais
importantes e em breve eu não to mais aqui.
Poncho: Porque sempre fala isso?
Any: Já disse que um dia vc vai saber.
Poncho: Olha eu tenho certeza que uma hora eles vão sacar que vc mudou.
Any: Só que essa hora pode ser tarde demais.
Poncho: Talvez não.
Any: É tavez! - sorrindo triste. - Bom eu vou nessa, outra hora nos falamos. - saindo.
Poncho: Any! - segurando sua mão e ela se virou. - Posso te ajudar com o teatro?
Any: Quer me ajudar?
Poncho: Uhum, vc deixa?
Any: Claro. - deixando escapar um sorriso.
Poncho: Isso quero te ver sorrindo e não chorando ta? - limpando as lágrimas dela.
Any afirmou com a cabeça e sem resistir acabou dando um abraço e um beijo no rosto dele e
disse:
- Obrigada pelo apoio.
Poncho: De nada. - sorrindo sentindo que o coração ia sair pela boca.
Any: Será que vc pode me encontrar no centro da cidade hoje umas 8 horas?
Poncho: Uhum, mas pra que?
Any: Pra mim poder te agradecer pela força que tem me dado, mas ainda é segredo.
Poncho: Ta legal, às 8 em frente ao Macdonalds pode ser?
Any: Pode! - sorrindo.
Poncho: Então combinado. - sorrindo de volta.
Any: Bom agora eu já vou. - sem jeito e saiu.
Poncho ficou olhando o caminho que Any fez até perdê-la de vista.
Na cantina o sinal pra aula tocou e Mariana disse se levantando:
- Então vcs vão às 8 da manhã pra lá?
Dul: Isso o endereço é esse aqui se quiser ir com a gente beleza.
Mariana: Bom qualquer coisa eu posso ligar pra vcs?
Chris: Pode pega o número com o Poncho!
Mariana: Ok. - sorrindo.
Mai: Até mais tarde então. - sorrindo.
Mariana: Gente sei que praticamente não nos conhecemos, mas... Porque tanto ódio assim pela
Any.
Ucker: É dificil explicar, mas há algumas semanas atrás Anahí infernizava as nossas vidas.
Mai: Ofereceu dinheiro pra largar do Chris e falou muitas coisas que me magoaram
profundamente.
Dul: Pagou uma garota pra levar o Ucker pra cama e dizer que tinha transado só pra nos separar
e nos infernizou também.
Mariana: Caramba, mas ela fez alguma coisa de errado agora?
Chris: Não, mas conheço minha irmã ela ta fazendo isso pra chamar a atenção a hora que ela
enjoar de bancar a boazinha arrependida ela vai voltar a infernizar todo mundo de novo, tenho
certeza.
Mariana: Mas e se não fizer isso?
Ucker: Acredite ela é capaz de fazer.
Mariana: E o Poncho? O que ele sente pela Anahí?
Dul: Esse nós já desistimos, ela já tinha ele nas mãos dela quando era má agora se fazendo de
boazinho ele caiu mais ainda na rede dela, tentamos alerta-lo, mas ele nunca nos escuta vc
percebeu como ele a defendeu e saiu daqui.
Ucker: Infelizmente é apaixonado por ela ainda.
Mariana: Entendi.
Chris: Bom Mah a gente se encontra na saída.
Mariana: Ta ok, tchau pessoal até depois.
Mai: Até e aproveita que vc ta vendo a coisa de fora e tenta dar uns conselhos pra ele... Na minha
opinião, ele merece uma garota como vc gente boa, legal, bonita e inteligente, não sei se rola
algo da sua parte ou da dele, mas ia ser legal se ficassem juntos vcs combinam.
Mah sorriu sem jeito sem saber o que responder. Quando o pessoal saiu ela foi pra sua sala, mas
não pode negar que a sugestão de Mai mexeu com ela.
À noite Anahí desceu as escadas e Caspian disse parado no final da mesma:
- Esta melhor?
Any: Sim Caspian.
Caspian: E posso saber onde minha protegida vai?
Any: Como se não soubesse! - rindo zombeteira. - Vou me encontrar com o Poncho.
Caspian: Hum! - sorrindo. - E como vão as coisas entre vcs?
Any: Poderiam estar melhor se estivessemos juntos, mas somos só amigos não tem jeito.
Caspian: Hei sem desanimo.
Any: É verdade eu o perdi e a culpa foi somente minha.
Caspian: Mas pode reconsquistá-lo.
Any: Não com a Mariana no meio, me dói tanto ver eles juntos.
Caspian: Ah mortais porque nunca enxergam o que esta na cara deles?
Any: Do que ta falando? - sem entender.
Caspian: De nada, vá pro seu encontro vá.
Any: Ok. - sorrindo.
Carol: Any! Filha é vc?
Any olhou na direção do escritório no momento que Caspian desapareceu e Carol surgiu dizendo:
- Onde vai?
Any: Ao centro, mas acho que não vou demorar.
Carol: Esta bem e dirija com cuidado ok?
Any: Pode deixar. - sorrindo e saiu.
Any entrou no carro e quando deu partida Caspian apareceu a assustando dizendo:
- Ouviu sua mãe dirija com cuidado, não quero morrer jovem.
Any o encarou emburrada e perguntou dando marcha ré no carro:
- Anjos podem morrer?
Caspian: Dependendo da ocasião sim.
Any: Porque não me diz em quais ocasiões morrem pra eu poder matar o anjo conselheiro mais
intrometido e sem privacidade alguma que eu já conheci? - o encarando com um olhar mortal.
Caspian: Olha que assim vc ta implorando pra ir pro inferno.
Any: Esta bem eu vou me acalmar.
Caspian: Isso mesmo, relaxe e dirija com cuidado.
Any: Sim senhor. - mau humorada.
Cerca de 40 minutos depois Any parou o carro em uma rua deserta e disse a Poncho:
- Pode descer.
Poncho: O que? - sem entender nada vendo ela atravessar pro outro lado do carro.
Any: Anda desce cinderela. - abrindo a porta pra ele esticando a mão direita. - Ta melhor assim?
Poncho: Para de palhaçada. - batendo na mão dela e descendo. - O que estamos fazendo aqui?
Any: Vem comigo. - o puxando pela mão.
Poncho foi arrastado por Any há alguns metros longe do carro até ela parar e dizer:
- Fica igualzinho a mim.
Poncho imitou Any, parando de frente pra ela não meio da rua com as pernas abertas em direção
vertical, quando fez um gesto perguntando o que aquilo significava, ela respondeu com um
sorriso que o fez estremecer:
- Estamos em dois lugares ao mesmo tempo.
Poncho: Que?
Any: Aqui. - ficando do lado esquerdo com uma perna só. - É o México!... Aqui. - ficando só do
lado direito. - É a cidade de Guadalajara. - E ficando assim. - abrindo as pernas como ele. -
Estamos em dois lugares ao mesmo tempo México e Guadalajara. - apontando cada lado. -
Entendeu?
Poncho começou a rir e perguntou:
- Me trouxe aqui só pra isso?
Any: Ai um obrigado ou um simples valeu ficaria mais gentil. - cruzando os braços emburrada.
Poncho: Como pedido de desculpas vc aceita dançar comigo? - sorrindo.
Any: Dançar aqui no meio da rua? - arregalando os olhos surpresa.
Poncho: Ué já estamos com as pernas abertas no meio da rua qual problema? - Any riu. - Aceita?
Any: Claro. - sorrindo e ficando séria aos poucos dando a mão pra ele.
Poncho a abraçou e Any disse:
- Mas não tem música.
Poncho: A gente tem uma. - começando a cantarolar apenas o ritmo da música que cantaram
juntos.
Any: Sabia que vc canta muito mal assim. - rindo e dançando com ele.
Poncho: Eu sei, mas gostei desssa música... Me Abrace! - cantarolando uma parte.
Any riu e continuaram dançando sendo envolvidos por um clima romântico. Poncho a aproximou
mais dele e Any encostou a cabeça no seu peito fechando os olhos e dançando enquanto Poncho
cantava a música no seu ouvido e ela não achou nenhum pouco ruim ou desafinado aquilo, ao
contrário seu coração batia acelerado, mas de forma confortante.
Na manhã seguinte Mariana encontrou Poncho e perguntou:
- Posso falar com vc?
Poncho: Claro o que foi?
Mariana: É que ontem o pessoal me chamou pra ir no orfanato e acabei esquecendo de pegar o
telefone deles com vc.
Poncho: Ah ta eu vou anotar todos pra vc numa folha e eu te dou na sala ok?
Mariana: Ta bem. - sorrindo.
[...] Mai: Até e aproveita que vc ta vendo a coisa de fora e tenta dar uns conselhos pra ele... Na minha
opinião, ele merece uma garota como vc gente boa, legal, bonita e inteligente, não sei se rola algo da sua
parte ou da dele, mas ia ser legal se ficassem juntos vcs combinam. [...]
Poncho: Mah! - estralando os dedos na frente dela.
Mariana: Oi, desculpa. - acordando.
Poncho: Vamos pra sala?
Mariana: Uhum! - sorrindo.
Poncho: É eu percebi ontem que vc tava com algumas dificuldades em Fisica.
Mariana: É nunca me dei bem com cálculos.
Poncho: Olha se quiser uma ajuda ta?
Mariana: Sério que ta se oferecendo pra me ajudar?
Poncho: Por que não? A gente é amigo né?
Mariana: Uhum amigos! - não entendendo bem porque fui triste com aquilo.
Poncho: Então se quiser tirar as dúvidas me avisa que eu tento te ajudar ok? Não prometo muito
porque não sou um genil, mas te ajudo.
Mariana: Valeu. - sorrindo pra ele que sorriu de volta.
Andaram alguns metros e Mariana perguntou antes que perdesse a coragem:
- É Poncho! - parando na frente dele.
Poncho: Fala!
Mariana: Vc quer... - sem coragem de continuar.
Poncho: O que? - sorrindo pelo jeito dela.
Mariana: É... Saircomigohoje. - falou tudo junto e depressa.
Poncho: O que? - sem entender.
Mariana: Quer... Sair comigo hoje, a gente pode ir pra algum lugar e vc me explica Fisica.
Poncho: Claro por mim tudo bem.
Mariana: Ok então. - suspirando aliviada.
Poncho: Esta tudo bem?
Mariana: Uhum! - sorrindo afirmando com a cabeça.
Mais tarde Any encontrou Ucker e Dul se beijando fez um barulhinho e perguntou:
- É... Vcs sabem onde esta o Poncho?
Ucker: Não!
Any: Ta, obrigada! - e saiu.
Ucker foi dar um beijo em Dul, mas mesma desviu e disse:
- Anahí!
Any: O que? - se virando pra ela.
Dul: Ele ta lá perto da sala dele.
Any: Valeu. - sorrindo e saiu.
Ucker: Porque falou onde ele estava?
Dul: Pra ela ter uma surpresinha. - sorrindo.
Ucker: Que surpresinha!
Dul sorriu e cochichou algo no ouvido de Ucker que sorriu perguntando:
- Hum com quem vc aprendeu isso?
Dul: Não sei. - respondeu sorrindo.
Ucker sorriu e sussurrou:
- Te amo!
Dul: Também te amo príncipe. - e se beijaram.
Any chegou no corredor pras salas e quando avistou a de Poncho se aproximou, mas parou na
janela quando viu Poncho e Mariana rindo divertidos. Sentiu vontade de invadir a sala e arrancar
Mariana de perto dele aos puxões de cabelo e ainda dizer a noite incrivel que tiveram assim
lembraria a Poncho tamém o que passaram juntos pra ver se assim ele se tocava que ela morria
por ele. Caspian então apareceu ao seu lado do nada e disse:
- Cuidado se não vc estoura o vidro com tanto ódio nesses olhos.
Any: Queria estourar a cabeça dela isso, mas o que ta fazendo aqui?
Caspian: O mesmo de antes vim aqui te aconselhar e desfaz essa tromba.
Any: Que jeito? Tão zoando da minha cara ou seu chefe me odeia.
Caspian: Anahí... - repreendendo-a. - Não fale assim do senhor.
Any: Não fale assim do senhor. - imitando-o fazendo uma careta.
Caspian: Por que esta tão brava? - sem entender.
Any: Para de olha pra minha cara e olha pra dentro da sala ai vai entender.
Caspian olhou vendo Poncho sentado de frente pra Mariana falando algo pra ela apontando pra
uma folha que ambos olhavam atentos. Olhou pra Any sorrindo e disse:
- Não vejo nada demais.
Any: É que vc é um anjo sem malícias me esqueci.
Caspian: Eles sõ estão conversando.
Any: Uhum imagino qual é a conversa deles. - ficando com os olhos vermelhos.
Caspian: Hei não fique assim. - disse num tom mais carinhoso.
Any: Eu amo ele Caspian será que ele não sacou isso ontem a noite depois do que passamos e das
outras coisas que fizemos antes no orfanato e aqui? - começando a chorar.
Caspian: No fundo Alfonso sabe que vc o ama, mas tem medo de acreditar devido ao que
aconteceu.
Any: Então ele mentiu pra mim porque se realmente acreditasse em mim, acreditaria que o que
eu sinto por ele não é fingido, que é de verdade.
Caspian: Talvez ele ainda não saiba e precise de uma ajuda pra ver... Por que vc não fala pra ele o
que sente? O que esta guardado ai? - apontando seu coração.
Any: Eu vou ser desprezada se falar.
Caspian: Tem certeza?
Foi então que Any viu Poncho escrever algo num papel, dobra-lo e entregar sorrindo a Mariana
que pegou sorrindo de volta e disse revoltada:
- Ai ó ainda vem me dizer que ele me ama? Na certa tão marcando um encontro!
Caspian: Any, por favor...
Any: Eu não vou ficar aqui vendo isso. - e saiu enxugando as lágrimas com raiva.
Caspian: Ó meu senhor que filhos criastes. - juntando aos mãos olhando pro céu e desapareceu.
Dentro da sala Mariana guardou o bilhetinho na mochila sorrindo e disse:
- Obrigada por ter me passado o número do pessoal.
Poncho: Não esquenta o meu ta anotado ai também.
Mariana: Ok qualquer coisa eu ligo pode deixar.
Poncho: Beleza. - sorrindo.
Mariana: Mas então voltando a Física quando tiver pedindo a gravidade eu faço essa fórmula
aqui?
Poncho: Isso se não vc faz essa que eu te mostrei.
Mariana: Ah ta entendi era isso que eu tava confundindo.
Poncho: É tem que tomar cuidado porque todo mundo acha que tem que colocar essa fórmula,
mas só vai servir pra te fazer perder tempo e alterar o resultado.
Mariana: Ok vou prestar atenção então.
Poncho: E quando vc for usá-la já sabe, cálcula a parte e depois vc faz essa conta aqui.
Mariana: Nossa três fórmulas numa conta só, será que até o dia da prova eu lembro?
Poncho: Mas só vai usar três se tiver pedindo gravidade se não essas duas descarta.
Mariana: Entendi... Nossa valeu de verdade vc salvou minha pele!
Poncho: Bom ainda tem algumas fórmulinhas complicadas, mas eu vou te ensinando aos poucos.
Mariana: Valeu, vc é muito lega Poncho.
Poncho: Não precisa agradecer vc também é maneira.
Mariana: Sabe não sei como um cara como vc ta solteiro.
Poncho sorriu sem jeito e ficando sério disse:
- Ah isso é um pouco complicado, mas... - se interrompeu ouvindo o sinal. - Bom eu vou beber
uma água e já volto.
Mariana: Ta bom! - sorrindo vendo-o sair.
Mais tarde Any saia da escola quando Poncho disse correndo na direção dela:
- Any, Any espera.
Any: Oi! - sorrindo triste.
Poncho: Vc queria falar comigo? Dul me disse que tava me procurando.
Any: Não é nada não.
Poncho: Fala o que foi.
Any: Nada era só pra avisar que é amanhã a consulta da Sara no médico e no fonoaudiólogo e ia
só confirmar se vc ia mesmo com a gente.
Poncho: Claro vou sim eu não te prometi que ia?
Any: Uhum! - sorrindo.
Poncho: É... Pra onde vc vai agora?
Any: Pra casa vou ficar lendo aqueles livros que comprei.
Poncho: Ah ta depois vc me empresta um?
Any: Empresto sim.
Poncho não entendeu a frieza de Any e desejou poder voltar a noite de ontem onde a teve só pra
eles por algum tempo. Só ele sabia o quanto teve que se controlar pra não dizer o que sentia e
beijá-la quando estavam dançando.
Mariana: Poncho vamos! Lembra que me prometeu um passeio pela cidade.
Any abaixou a cabeça tentando segurar as lágrimas. Ele querendo ficar na companhia dela disse:
- Any não quer vir com a gente?
Mariana: É pode vir se quiser.
Any: Não obrigada! Não quero estragar o encontro de ninguém.
Poncho: Mas Any a gente vai dar uma volta só.
Any: Mesmo assim!... Outra hora a gente se fala, tchau. - sorrindo triste e saiu.
Poncho teve vontade de ir atrás dela, mas Mariana disse sorridente:
- Vamos nessa?
Poncho: Uhum vamos sim. - sorrindo pra ela e saíram.
Chris que vinha logo atrás acompanhada do Mai, Ucker e Dul perguntou vendo Poncho e Mah:
- Pra onde aqueles dois estão indo.
Mai: Bom bebê ontem eu dei uns conselhos pra alguém sabe? Acho que me ouviram! - sorrindo.
Dul: Seria perfeito se eles ficassem juntos.
Ucker: É mesmo apesar da gente andar brigando bastante com ele, não conheço outra pessoa que
mereça mais ser feliz do que o Poncho.
Chris: É, mas infelizmente a felicidade dele não depende da gente.
Dul: Uhum e é uma pena. - sorrindo triste.
Chris: Nossa já foi metade da semana, semana que vem há essas horas estamos mortos.
Mai: Pois é. - sorrindo.
Ucker: Então o que acham da gente ir dar uma volta?
Dul: Excelente idéia amor, adorei.
Chris: Então fechou, vamos nessa.
Um tempo depois Any bateu a porta chorando e deitou no sofá escondendo o rosto. Julio César
desceu as escadas perguntando:
- Pra que tanto escandalo?
Any: Desculpa! - enxugando o rosto e se sentando.
Julio César: O que vc tem? - estranhando.
Any: Nada papai.
Julio César: Sou seu pai pode me contar o que tem.
Any: É que... Eu to apaixonada por um rpaz.
Julio César: Vc apaixonada? - estranhando.
Any: Por mais difícil que parece sim.
Julio César: E qual o problema?
Any: Não sei se ele sente o mesmo por mim.
Julio César: Por quê?
Any: Acho que ele esta a fim de uma menina que apareceu na escola essa semana.
Julio César: Entendo.
Any: Papai o que eu faço pra saber se ele me ama?
Julio César: Olha querida, quando eu me apaixonei pela sua mãe eu sentia o coração acelerar, as
mãos esfriavam, minhas pernas tremiam e tinha um medo horrível de falar alguma besteira perto
dela e quando ficávamos longe um do outro nossa era horrível eu queria ficar com ela o tempo
todo.
Any: É a mesma coisa que sinto quando to com o Poncho. - arregalando os olhos vendo o que
falara.
Julio César: Alfonso? E ele que vc ama? - sorrindo surpreso.
Any: Sim.
Julio César: Mas ele não era apaixonado por vc?
Any: Não sei se é mais.
Julio César: Mas filha vc sente que ele te ama o que o seu coração fala?
Any: Às vezes ele diz que ele me ama às vezes parece dizer que não, que o perdi.
Julio César: Filha tenho certeza que se esse rapaz te ama cedo ou tarde ele vai perceber que vc o
ama também e vcs vão se entender.
Any: Acha mesmo isso?
Julio César: Sim, não precisa ter pressa isso vai acontecer naturalmente.
Any: Obrigada pai, vc é muito legal... Eu te amo! - e o abraçou.
Julio César se assustou com aquela demonstração de carinho e sussurou:
- Eu também querida e fico feliz que tenha mudado.
Any: Então acredita em mim?
Julio César: Sim. - respondeu sorrindo.
Any: Obrigada papai, não vai se arrepender de ter acredito, prometo.
Julio César: Eu espero, agora pare de chorar. - limpando seu rosto sorrindo pra ela.
Mais tarde Poncho parou em frente ao apartamente de Mariana e perguntou:
- É aqui que vc mora?
Mariana: Sim!
Poncho: Não sabia, mas bom esta entregue.
Mariana: Obrigada pelo passeio e pela aula particular de Física.
Poncho: Não precisa agradecer. - sorrindo.
Mariana: Mas eu quero.
Poncho: Esta bem então.
Mariana: Só que queria agradecer de outro modo.
Poncho: Como assim? - estranhando.
Mariana respirou fundo e respondeu:
- Assim!
Mariana envolveu os braços em torno do pescoço dele lhe dando um beijo de surpresa. Poncho a
empurrou e Mariana percebendo que tinha sido rejeitada disse envergonhada:
- Ai Poncho me desculpa, por favor.
Poncho: Mariana porque fez isso? - assustado e chateado.
Mariana: É que eu te achei um cara tão bacana, tão legal, eu acabei gostando de vc, sei que isso é
loucura e que só nos conhecemos a três dias, mas... Fiquei a fim de vc.
Poncho: Mas a gente é só amigo não devia ter feito isso... Eu acho vc legal, vc é bonita, divertida,
inteligente, mas...
Mariana: Mas vc ta apaixonado por outra garota né? - triste. - A Anahí né?
Poncho abaixou a cabeça afirmando que sim. Mariana passou as mãos pelos cabelos e disse:
- Me desculpa eu pensei que vc pudesse esquece-la comigo.
Poncho: As coisas não são assim Mariana.
Mariana: Eu sei e te entendo, me desculpe não sei o que deu em mim de verdade me perdoa.
Poncho: Tudo bem, mas que isso não volte a acontecer.
Mariana: Não vai eu prometo... Podemos continuar amigos? Olha se não quiser vou entender.
Poncho: Tudo bem a gente continua amigos.
Mariana: Obrigada e me perdoa pelo que fiz, que vergonha nunca agi assim não sei o que me deu.
Poncho: Não precisa se desculpar eu entendo.
Mariana: Mas Poncho se ama mesmo a Any lute pra ficar com ela.
Poncho: As coisas são um pouco complicadas, mas um dia vc vai entender.
Mariana: Ok... Me desculpe de novo.
Poncho: Ta desculpada... Bom eu já vou!
Mariana: Tchau até amanhã. - sorrindo sem jeito.
Poncho: Até e continue praticando os exercícios que vc aprende rápido.
Mariana: Pode deixar. - sorrindo.
Ficou olhando Poncho até perdê-lo de vista. Em seguida entrou se sentindo a pessoa mais
estúpida da face da Terra. Apertou o botão do elevador dizendo:
- Isso vale pra não escutar os conselhos dos outros e parar de se iludir. - brava consigo mesma.
No outro dia Any estava chegando na escola quando Poncho disse a alcançando:
- Any! Bom dia! - sorrindo pra ela.
Any: Bom dia. - sorrindo de volta.
Poncho: É... Que horas vc vai pro médico?
Any: Ta marcado às três, mas duas horas eu vou buscar a Sara no orfanato.
Poncho: Avisou a Juliana?
Any: Uhum! Ela ta sabendo de tudo e ficou bem feliz.
Poncho: Imagino ela adora aquelas crianças as trata como se fossem filhos dela.
Any: É verdade. - sorrindo.
Poncho: Então uma e meia da tarde eu posso passar na sua casa pra te buscar?
Any: Se quiser nos encontramos no orfanato.
Poncho: Não anteontem a gente saiu e vc me levou até o lugar hoje eu levo.
Any: Ta bem então. - sorrindo.
Nisso o sinal pra aula tocou e Any disse:
- Bom eu já vou! Até mais tarde então.
Poncho: Até mais tarde. - sorrindo pra ela. - Ah Any!
Any: O que foi? - voltando pra trás.
Poncho: Lívia perguntou se não pode ir com a gente.
Any: Claro tava com saudades dela já. - sorrindo.
Poncho: Então uma e meia estamos na sua casa.
Any: Ok. - sorrindo.
Poncho: Tchau então.
Any: Tchau. - vendo ele se afastar.
Foi então que viu Mariana de longe e fechou a cara se lembrando do encontro que ela e Poncho
tiveram ontem. Antes que perdesse o bom humor resolveu ir pra sala.
Mais tarde Mariana andava pelo colégio quando Dul e Mai a encontraram e a última perguntou:
- Mah a gente tava te procurando, podemos falar com vc?
Mariana: Claro o que aconteceu?
Dul: É que ontem te vimos sair daqui com o Poncho e queríamos saber pra onde vcs foram.
Mariana: Ah isso. - sorrindo simpática.
Mai: Se não quiser contar tudo bem.
Mariana: Acha sem problema... Bom foi normal a gente passeou, ele me mostrou alguns pontos
da cidade, paramos numa lanchonete onde tomamos um milk shake e ele me deu algumas dicas
de Física e depois ele me levou pra casa só isso.
Dul: E desculpa a pergunta, mas... Não rolou nenhum beijinho?
Mariana abaixou a cabeça e respondeu chateada:
- É rolou quando chegamos no meu prédio.
Dul e Mai sorriram e a última perguntou:
- Mas então vcs ficaram? - sorrindo.
Dul: Mas por que essa cara?
Mariana: Porque a gente não ficou, eu roubei um beijo dele, mas acabei me dando mal.
Mai: Por quê?
Mariana: Porque ele não gostou nenhum um pouco e deixou bem claro que somos só amigos e
que é apaixonado por aquela garota a Anahí.
Dul: Não acredito é sério isso? - chateada.
Mariana: Uhum, mas tudo bem eu já esperava não sei porque o beijei, mas tudo bem isso já foi...
O que importa é que ele aceitou que continuemos amigos.
Mai: Poxa que chato se soubesse que isso ia acontecer não tinha te dado aquele conselho devia
ter imaginado que o Poncho não ficaria com vc.
Dul: É bom ou mal ele é ligado nesse lance de fidelidade sabe?
Mariana: Uhum e entendo ele meninas, até eu não ficaria com outro gostando dele ou de outra
pessoa, mas eu fico feliz com a amizade dele e espero que ele seja feliz com a Any.
Mai: Infelizmente não vai ser, ela não gosta dele só quer brincar.
Mariana: Desculpa descordar, mas ela parece gostar dele... Se ela não se importasse com o
Poncho não ficaria louca de ciúmes ou com os olhos marejados em vê-lo acompanhado de uma
garota bonita, não sou idiota eu vi e percebo o jeito como ela me olha, não falei nada pra ele
ontem, mas sinto que ela gosta dele... De verdade! Pode não ter gostado antes, mas agora gosta.
Dul: E por que vc não luta contra isso? Ela não merece ele e não estão juntos.
Mariana: Porque gosto do Poncho e quero vê-lo feliz e nem que quisesse conseguiria impedir ele
de ficar com a Any se isso tiver que acontecer, muito menos vcs.
Mai afirmou com a cabeça um tanto frustrada e Mariana disse:
- Desculpe o jeito, mas não acham que por mais ruim que uma pessoa tenha sido ela merece uma
segunda chance? Pensem nisso e falem isso pro namorado de vcs... Até mais tarde! - e saiu.
As duas se encararam e em seguida cada uma foi pra sua sala.
Mais tarde Any estava se arrumando e Caspian estava encostado na porta do guarda roupa
fingindo que dormia, depois de chamá-lo pela 4ª vez, Any disse tacando um pente na sua direção:
- CASPIAN!
O objeto o atravessou despertando-o e assustado ele perguntou:
- O que foi?
Any: Essa roupa esta boa?
Caspian: Pela milésima vez vc me pergunta e pela milésima vez eu respondo... Esta excelente!
Any: Anjos não entendem nada de moda mesmo, essa blusa azul não ta combinando com a saia
ta muito chamativo. - se olhando de diferentes ângulos no espelho.
Caspian: Se acha isso troque de roupa.
Any: Isso o que vou fazer. - pegando a milésima primeira combinação de roupa indo pro
banheiro.
Caspian: Humanos! - falou olhando pra cima.
Any: EU ESCUTEI! - berrou de dentro do banheiro.
Caspian fez uma careta e segundos depois Any saiu com um shortes-saia jeans preto com
algumas correntes, uma sandália preta de salto alto, uma blusa de manga curta vermelha com
alguns detalhes em bordado, uma maquiagem leve e os cabelos soltos e encaracolados. Parou
sensualmente na porta do banheiro como costumava fazer antigamente e perguntou:
- O que achou? Estou bonita?
Caspian: Desculpe te deixar frustada, mas não sou provido de sentimentos humanos.
Any: Vc é muito legal sabia? - frustada voltando a posição normal. - Acha que Poncho vai gostar?
Caspian: Tenho certeza que sim, mas ontem não estava furiosa com ele?
Any: Estava quer dizer estou eu acho, mas tenho que mostrar pra ele e praquela Mariana que eu
sou melhor, tenho que fazer alguma coisa pro Poncho voltar a me amar.
Caspian: Isso se chama instinto competitivo.
Any: Não me interessa como se chama, o que interessa é que todo mundo tenta chamar a
atenção e a maioria consegue, porque não posso tentar também?
Caspian: Tudo bem, mas haja com naturalidade.
Any: Pode deixar. - sorrindo e saiu do quarto.
Quando estava no corredor ouviu vozes vindo da sala e reconheceu a mãe dizer:
- Poncho entra quem é essa garotinha?
Poncho: Minha irmã!
Lívia: Ola! - respondeu num tom simpático.
Any se encarou no espelho que havia no corredor em cima de uma espécie de comoda e saiu.
Carol: Vou chamar a Any.
Any: Não precisa mãe já to pronta. - aparecendo no inicio da escada sorrindo.
Lívia: Any! - disse Lívia sorrindo e subiu a escada correndo a abraçando quando a alcançou.
Any: Tudo bem com vc. - sorrindo.
Lívia: Uhum! Tato a Any não ta linda?
Poncho estava absorto demais pra responder a pergunta da irmã. Desde que vira Any no início da
escada ficou estático vendo como ela estava linda, os pés pequenos e delicados dentro da
sandália, as pernas bem torneadas parte delas escondida pelo shorte-saia, sua cintura delicada e
seus seios fartos escondidos pela blusa e passando por seu pescoço vinham em seguida as duas
coisas que mais mexiam com ele, os lábios que Poncho ânsiava poder beijar e seus olhos azuis
que o fascinavam e por fim os cabelos macios que Poncho adorava acariciar e tinha acariciado
pela última vez dois dias atrás quando dançaram juntos. Como podia amá-la cada dia mais com
uma intensidade que beirava a loucura por ter que ser calada?
Carol: Poncho sua irmã lhe fez uma pergunta! - cutucando-o despertando-o de seus
pensamentos.
Poncho: O que foi Lívia?
Lívia: Perguntei se não esta achando a Any linda. - sorrindo.
Poncho: Ah sim... Esta linda! Vc esta linda Any. - a encarando.
Any: Obrigada! - sorrindo sem jeito e desceu de mãos dadas com Lívia.
Carol: Fiquei muito feliz quando soube que vcs vão ajudar a menininha do orfanato, Sara.
Any: Quem contou?
Carol: O seu pai acho que ele esta acreditando na sua mudança.
Any: É ontem ele me falou isso. - sorrindo.
Carol: Que bom fico beliz e falando nele eu preciso ir pra empresa ele esta me esperando.
Any: Ok. - sorrindo.
Carol: Tchau queridos, até depois. - sorrindo e saiu.
Poncho: Vamos então?
Any: Uhum! - sorrindo.
Quando chegaram no orfanato Juliana disse sorrindo:
- Com muito custo eu consegui vestir a Sara, mas ela ainda esta no quarto.
Any: Tudo bem a gente vai lá buscar ela. - sorrindo.
Poncho: Lívia vc fica aqui ta?
Lívia: Por quê?
Any: É rapidinho.
Lívia: Ta bem. - cruzando os braços.
Quando foram na direção do quarto encontraram algumas crianças que sorriram surpresas vendo
os dois aqui e assim que abriram a porta do quarto das meninas viram Sara deitada na cama, ela
quando os viu se levantou atenta e Any disse sorrindo:
- Sara viemos te buscar pra passear vamos? - fazendo gestos com a mão.
Mesmo sem entender bem o que ela tinha falado, a menina estendeu a mãozinha direita
segurando na mão de Any e a abraçou indo pro seu colo. Quando Poncho foi brincar com ela
acariciando seus cabelos a menina encostou a cabeça no ombro dele passando a mão por seu
rosto.
Poncho: Linda! - beijando a mãozinha dela que estava no seu rosto. - Vamos passear?
A menina o encarou como se sorrisse e em seguida os dois saíram com ela.
Lívia: Oi Sara. - falou sorrindo segurando a mão da menina que a encarou.
Any: Olha até umas 6 horas ela esta de volta ok?
Juliana: Esta bem e agradeço de coração o que esta fazendo por ela, vcs são uns anjos.
Poncho: Imagina! - sorrindo.
Any: Bom já vamos, tchau Juliana.
Juliana: Tchau! - sorrindo pra eles. - Tchazinho meu amor até daqui a pouco. - sorrindo pra Sara.
Numa praça Christian perguntou:
- Sério que a Mariana e o Poncho ficaram.
Dul: Não foi bem uma ficada ela roubou um beijo dele.
Ucker: Mas estão juntos.
Mai: Não!
Chris Por quê? Já sei ele não quis nada com ela por causa da minha irmã.
Dul: Exato!
Ucker: É um idiota mesmo.
Mai: Mas sabe teve uma coisa que a Mah falou que me chamou a atenção.
Chris: O que princesa?
Mai: Disse que a Any realmente gosta do Poncho ou então não ficaria com ciúmes e com raiva
dela.
Ucker: Ela falou isso.
Dul: Falou e disse também que quer a felicidade do Poncho e que por mais que uma pessoa tenha
errado ela merece uma segunda chance. - pensativa.
Chris: Papo furado, isso não acontece com a minha irmã.
Mai: É verdade o jeito como ela anda agindo deve ser puro fingimento também.
Ucker: Com certeza né meu anjo. - beijando o rosto de Dul que estava pensativa. - Bebê!
Dul: Oi?! Desculpem o que estavam falando?
Chris: Que tudo não passa de fingimento da Any não concorda?
Dul: Concordo. - respondeu meio inconsciente.
Ucker: Tudo bem amor?
Dul: Uhum tudo sim. - sorrindo pra ele e o beijou.
Quando chegaram ao hospital o médico examinou Sara que ficou um tanto assustada, mas
acabou deixando quando terminou de examiná-la Any perguntou ansiosa:
- E então doutor?
Xx: Venha comigo. - sério.
Any e Poncho encaram Lívia e Sara que desenhavam entretidas e sairam sem serem vistos. O
médico sentou na mesa e disse:
- Bom a perda de audição dela é considerada perda marginal que são entre 30 e 40 decibeis.
Poncho: E isso pode ser resolvido com uma cirurgia?
Xx: Resolvido não em casos de perdas marginais as chances de cura são de 70%.
Any: É sério. - sorrindo.
Xx: Sim, faremos mais alguns exames com ela e dependendo das condições e da sensibilidade do
ouvido e do tímpano dela vamos preparar a cirurgia.
Poncho: E logo após a cirurgia ela vai voltar a ouvir?
Xx: Sim, mas devido ao tímpano e todo o ouvido dela serem sensíveis a sons, vamos deixa-la usar
aparelhos auditivos dependendo da freqüencia do ouvido dela pra que se acostume aos poucos e
avisem as pessoas que tomam conta dela que tenham cuidado quando forem banhar ela e limpar
seu ouvido, principalmente nos primeiros dias depois da cirurgia.
Any: Entendemos.
Poncho: Vamos tomar cuidado.
Any: E quando vão marcar a cirurgia?
Xx: Daqui 1 mês mais ou menos enquanto isso vcs podem comprar o aparelho pra ela e trazer
aqui pra que eu coloque nela e é só fazer as aulas com um fonoaudiólogo.
Poncho: Obrigado doutor quando podemos trazê-la pra colocoar o aparelho?
Xx: Na próxima segunda esta bem?
Any: Esta! - sorrindo.
Xx: Então nos vemos na segunda.
Poncho: Ok até segunda doutor.
Xx: Até tenham uma boa tarde!
Any: Igualmente.
Assim que fecharam a porta Poncho e Any sorriram um pro outro e ela disse o abraçando:
- Ai não acredito que conseguimos em breve a Sara vai ta escutando como qualquer criança
normal.
Poncho: Vc quem conseguiu e correu atrás de tudo Any, parabéns. - a soltando.
Any: Obrigada, mas vc também ajudou. - o encarando sorrindo.
Os dois ficaram se encarando sem ter o que dizer e é nessas horas que o silêncio parece dizer
tudo. “Ai se eu pudesse te dizer o que eu sinto, tenho inveja da Mariana que em quatro dias
conquistou seu coração e deve ter até ficado com vc”, pensou triste.
Poncho foi dizer alguma coisa, mas Lívia disse puxando Sara pela mão:
- Aonde vcs estavam?
Any: Ahn? - acordando dos pensamentos.
Lívia: A gente tava procurando vcs. - com as mãos na cintura.
Poncho pegou Sara no colo que parecia um pouco assustada e disse:
- Desculpa a gente tava falando com o médico.
Lívia: A gente já pode ir?
Any: Uhum vamos ao fonoaudiólogo agora ta bom?
Lívia: Aham!
Poncho: Vamos passear mais um pouquinho. - sorrindo pra Sara que o encarou atenta.
Ucker parou o carro e disse encarando Dul:
- O que vc tem princesa?
Dul: Nada não.
Ucker: Me fala to te achando pensativa demais.
Dul: Não é nada bebê sério, não precisa se preocupar.
Ucker: Verdade?
Dul: Uhum!
Ucker: Bom já esta entregue.
Dul: Valeu por ter me trazido meu anjo.
Ucker: De nada gatinha.
Dul: Amanhã nos vemos na escola beleza?
Ucker: Uhum! - e deu um beijo nela.
Dul: Posso te fazer uma pergunta?
Ucker: Claro meu anjo o que foi?
Dul: Vc acha que alguém que erra, erra feio merece uma segunda chance?
Ucker: Por que esta me perguntando isso? Não vai me dizer que acredita na Anahí.
Dul: Não é isso só queria saber sua opinião.
Ucker: Bom sinceramente falando eu acho que todos merecem uma segunda chance, menos a
Anahí.
Dul: Por quê? Se acabou de dizer todos merecem uma segunda chance.
Ucker: Porque a Anahí nos infernizou e tenho certeza que vai fazer de novo.
Dul: Entendi. - triste.
Ucker: Amor ta tudo bem? - encarando-o atenta.
Dul: Uhum eu to bem sim, bom eu já vou entrar amanhã nos vemos ta?
Ucker: Ta ok, boa noite gatinha. - sorrindo.
Dul: Boa noite bebê. - sorrindo e lhe mandou um beijo.
Ao saíram da fonoaudióloga animados, a pedido de Lívia pararam numa praça pra tomar sorvete.
Enquanto as meninas comiam afastadas Any disse encostada numa árvore ao lado de Poncho:
- Poxa to tão animada, não vejo a hora da Sara começar a nos ouvir e conversar com a gente, to
tão curiosa pra ouvir a vozinha dela o jeito como ela vai falar. - gesticulando com as mãos
sorrindo.
Poncho: A partir de segunda e das sessões com a fonoaudióloga vamos descobrir. - sorrindo pra
ela.
Any: É não vejo à hora, mas que bom que ela ta mais aberta às pessoas né?
Poncho: É antes estranhava todos e agora pelo menos se da bem com a gente e Lívia... Graças à
vc.
Any: Não Poncho! Graças à gente! Nós dois. - sorrindo.
Poncho: Ah nós dois então.
Any sorriu e fechou os olhos sentindo o vento de fim de tarde bater em seu rosto. Poncho ficou a
encarando encantado tendo que se segurar pra não tocá-la. De repente Any abriu os olhos e
perguntou sorrindo vendo que ele a observava atento:
- O que foi?
Poncho: Nada, só me deu vontade de fazer uma coisa te vendo assim.
Any: O que? - sorrindo.
Poncho: Isso!
Poncho foi pra cima dela derrubando-a no chão lhe fazendo cócegas, Any se contorcia rindo e
gritando pra ele parar. De repente Poncho parou de fazer cócegas nela e a fitou de forma que o
coração de Any acelerou e ela ficou séria encarando-o com a mesma intensidade.
Any: Poncho eu...
Poncho: Shiu! Não fala nada que possa estragar as coisas. - e aproximou seu rosto do dela.
Lívia: Ah vcs estão ai. - chegando do nada de mãos dadas com Sara.
Poncho: Lívia nos assustou. - respondeu se levantando depressa.
Lívia: O que estavam fazendo deitados ai no chão?
Any: Nada não querida. - se levantando. - E então podemos ir?
Lívia: Uhum! Acho que a Sara ta com sono.
Poncho: Dormir? - perguntou fazendo um gesto.
A menina afirmou com a cabeça abraçando a toalhinha rosa e Any disse:
- Vem com a tia meu amor. - a pegando no colo.
Poncho: Não quer que eu fique com ela?
Lívia: Hei eu também to aqui, vcs tão dando bola só pra ela. - triste.
Any sorriu e Poncho disse:
- Tadinha da minha mana, vem cá. - a pegando no colo.
Lívia: Ta melhor. - sorrindo.
Any: Vamos então? - perguntou vendo que Sara a abraçava encostada com a cabeça em seu
ombro quase dormindo.
Poncho: Vamos. - sorrindo e brincou com a irmã que deitou a cabeça em seu ombro também.
Any olhou a cena enternecida sentindo inveja de Lívia. Balançou a cabeça e seguiu com Poncho.
No outro dia Mai chegou à escola e perguntou tapando os olhos de Chris:
- Adivinha quem é?
Chris: Só pra saber... O que acontece se eu errar?
Mai: Eu vou ser presa porque mato vc. - sorrindo.
Chris: Nossa já sei quem é! Agressiva desse jeito, só pode ser minha princesa linda. - se virando.
Mai: Ah então eu sou agressiva. - lhe dando um tapa.
Chris: Não bebê eu tava brincando.
Mai: Run acho bom por que senão eu...
Chris: Vai me dar muito beijos. - sorrindo e a abraçou lhe beijando.
Mai: É pode ser. - sorrindo ao se separaram.
Chris sorriu de volta e a beijou de novo.
- Bom dia casal!
Mai: Ai que susto vcs dois. - se separando de Chris depressa.
Dul e Ucker gargalharam e o mesmo disse:
- O que vcs acham da gente sair hoje à noite?
Mai: Não pode ser amanhã depois do orfanato?
Dul: Mas vamos estar cansados Mai.
Chris: Ah aquelas crianças nem cansam tanto assim vai.
Ucker: Bom se a maioria quiser a gente vai amanhã.
Mai: Chama o Poncho e a Mariana também, vai ta todo mundo no orfanato, ai a gente vai pra lá
depois. - sorrindo.
Chris: Só que se esqueceu que nesse todo mundo a minha irmã ta incluída.
Dul: É verdade, mas deixe-a ir o Poncho vai chamar mesmo ela.
Mai: Dul ta tudo bem? - estranhando.
Dul: Ta por quê?
Ucker: Ué vc concordando de a Anahí ir com a gente pra lá.
Dul: Não tem problemas se ela ficar bem longe de mim.
Chris: Ah ta entendi.
Mai: Então combinados? Amanhã depois que sairmos do orfanato vamos pra lá ok?
Ucker: Fechado. - sorrindo.
Dul: E deixa que eu falo com a Mariana e ela avisa o Poncho.
Chris: Ok!
Mais tarde Any estava saindo da cantina quando um garoto disse a chamando:
- Any posso falar com vc?
Any: Oi Leonardo.
Foto do Léu: http://img.timeinc.net/pespanol/i/solteros/2005/AaronDiaz_100305_300.jpg
Léu: Vc ta melhor hoje?
Any: Porque ta me perguntando isso?
Léu: É porque anteontem eu te vi chorando e queria saber se esta tudo bem.
Any: Ah ta sim, valeu pela preocupação. - sorrindo simpática.
Léu: É Any!
Any: Sim!
Léu: Eu acredito na sua mudança viu.
Any: Sério? - estranhando.
Léu: Uhum antes vc era muito chata e esnobe, mas agora eu percebo que vc ta mudada.
Any: Obrigada Léu, mas porque ta me dizendo isso agora?
Léu: Só pra saber e que se precisar de alguma ajuda pode contar comigo.
Any: Valeu. - sorrindo surpresa.
Léu: To indo nessa.
Any: Ta bem... Tchau!
Léu: Tchau. - sorrindo pra ela e saiu.
Any sorriu surpresa, mas contente. Tudo bem que ela e Leonardo nunca conversaram muito
apesar deles estudarem na sala um ao lado do outro. Já haviam trocado muitos beijos “calientes”
um tempo atrás. Tinha que admitir que ele era bonito, chamativo, galanteador e apesar de
galinha tinha um bom coração. Mas agora saber que alguém de fora acreditava nela lhe dava
esperanças para que as maiores pessoas envolvidas também acreditassem nela. Caminhou na
direção da sua sala e sorriu quando passou pela sua cabeça que se não estivesse tão apaixonada
por Poncho seria capaz de dar chance à Léu já que ele também sempre foi a fim dela. Quem sabe
se ele se apaixonasse deixasse de ser tão galinha como costumava ser na época em que ficavam
e ele olhava as outras garotas?
Poncho estava indo pra biblioteca quando seu sangue subiu vendo Any conversar com Leonardo e
não pode deixar de lembrar das vezes que viu os dois se beijando e todo aquele sentimento de
ciúme, raiva e dor voltou com a mesma intensidade de antes. Sentiu uma vontade enorme de ir
até lá e quebrar a cara de Léu em duas como desejou muitas vezes, mas acabou se contendo
quando viu ele se afastar de Any sem beijá-la pra seu alívio. Poncho sabia que não agüentaria ver
Any com outro agora que estavam vivendo tantas coisas boas juntos.
Próximo dali Mariana encontrou o pessoal e disse:
- E ai preparados pras provas?
Chris: Mais ou menos a gente deu uma estudada essa semana, mas sabe como é né?
Mariana: Como é o que? - sorrindo.
Dul: Estudar em grupo de amigos ainda mais com o namorado do lado.
Mariana: Ah ta entendi. - sorrindo.
Mai: Olha vc vai mesmo ao orfanato amanhã?
Mariana: Uhum já até peguei o telefone com o Poncho.
Chris: Que bom porque a gente ta combinando de ir pra dar uma volta depois vc quer ir com nós?
Mariana: Aonde vcs vão?
Dul: Ah ir pra uma balada, comer alguma coisa não sei a gente decide na hora topa?
Mariana: Ok eu topo sim!
Ucker: Assim que se fala garota, agora sim entrou pro grupo literalmente.
Mai: E falando em entrar em grupo, estamos combinando de estudar segunda-feira Física se
quiser vir com a gente, sabemos que temos dificuldade.
Mariana: Ai eu vou agradecer.
Chris: Então talvez seja na minha casa como sempre, mas qualquer coisa eu te aviso se for em
outro lugar.
Mariana: Ta ok então.
Nisso o sinal pra ir pra sala tocou e Dul disse:
- Se vc tiver alguma dúvida ou se perder na esquecer de ligar pra gente.
Mariana: Pode deixar não vou esquecer!
Chris: Até mais tarde Mah.
Mariana: Até. - e saiu indo pra sala.
Quando chegou na sala encontrou Poncho de cara fechando e perguntou:
- Oi vc sumiu no intervalo, onde estava?
Poncho: Fui andar um pouco.
Mariana: Vc ta estranho o que foi?
Poncho: Nada não.
Mariana: Ta bravo comigo pelo beijo?
Poncho: Não Mah isso já passou.
Mariana: Então o que vc tem?
Poncho: Olha me desculpa, mas é que eu to chateado com um lance ai.
Mariana: Se quiser pode me contar.
Xx: Bom dia! Todos nos seus lugares, por favor.
Poncho: Valeu pela ajuda Mah, mas é coisa minha deixa pra lá.
Mariana: Ta bem então. - sorrindo triste e sentou no seu lugar.
O professor deixou suas coisas na mesa e em seguida começou sua aula.
Na hora da saída Any estava anotando umas coisas num livro que tinha coisas sobre crianças com
DA quando Poncho chegou sério e perguntou:
- Posso falar com vc?
Any: Uhum aconteceu alguma coisa?
Poncho: Queria te fazer uma pergunta!
Any: Qual?
Poncho: É... Eu sei que a gente não tem nada, mas... O que vc tava falando com o Leonardo?
Any sorriu sentindo que Poncho estava com ciúmes dela e respondeu:
- Ah ele só veio me dizer que acredita em mim.
Poncho: Só isso mesmo? - desconfiado.
Any: Uhum e ofereceu ajuda se eu precisasse.
Poncho: Ah ta.
Any: Mas por que a pergunta?
Poncho: Por nada!
Any: Ah ta. - sorrindo.
Poncho: Vcs tão juntos? - perguntou do nada.
Any: O que? - surpresa com a pergunta.
Poncho: Perguntei se vcs dois estão juntos.
Any: Não?! De onde vc tirou essa idéia?
Poncho: É que vcs já ficaram.
Any: Ah, mas isso foi antes a gente quase não conversa.
Poncho: Mas conversaram hoje.
Any: Mas foi só hoje Poncho te juro.
Poncho: Tudo bem eu acredito na verdade nem sei por que te perguntei isso.
Any: Não esquenta. - sorrindo pra ele.
Poncho: E ai vc já pensou em como vai montar o teatro pra eles amanhã?
Any: Nossa verdade esqueci de te contar.
Poncho: Então me conta agora. - sorrindo sentando ao lado dela.
Any: Eu tava pensando da gente fazer um teatro mudo.
Poncho: Mudo? Como assim?
Any: Tipo a gente entrega um texto pra eles com alguma historinha e fala pra eles interpretarem
sem falar nada sabe? Ou pede pra eles criarem uma história pra gente.
Poncho: Entendi. - sorrindo.
Any: E o que acha?
Poncho: Ah Any é uma boa idéia na minha opinião.
Any: E depois a gente pode brincar de mímica com eles, a fantasia é só pra dar uma idéia mais
descontraída como se eles pudessem por alguns momentos esquecer quem eles são sabe?
Poncho: Uhum e acho muito bom isso.
Any: Então vamos fazer isso, vc me ajuda? - estendendo a mão pra ele.
Poncho: Com toda certeza. - apertando a mão dela sorrindo.
À noite Maite e Chris estavam aos beijos no quarto dele quando Carol perguntou batendo na
porta:
- Filho, Mai vcs querem comer alguma coisa
Chris: Não mãe obrigado a gente ta estudando aqui.
Carol: Ok qualquer coisa me avisem e eu peço pra empregada trazer algo.
Chris: Ok.
Ouviram passos se afastar e Mai começou a rir. Chris sem entender perguntou:
- Do que ta rindo princesa?
Mai: A sua mãe! Já pensou se ela entra aqui e vê a gente?
Chris: Vai ver nada.
Mai: Mesmo assim Chris melhor a gente maneirar um pouco e voltar a estudar. - se afastando
dele.
Chris: Ah não princesa.
Mai: Sim senhor, anda pega seu caderno.
Chris: Depois a gente namora de novo?
Mai: Uhum, mas agora vamos estudar.
Chris: Ok. - pegando os livros desanimado.
No quarto ao lado Caspian perguntou sentado numa cadeira:
- Então vc acha que ele ficou com ciúmes do Leonardo.
Any: Certeza a gente percebe quando vcs homens estão com ciúmes.
Caspian: Vcs homens não, me tira fora dessa.
Any: Ta, mas vc não sente ciúmes, amor, carinho nada Caspian?
Caspian: Sinto sim afeto e amor apenas... Pra mim vc é uma irmã mais nova.
Any: Verdade? - sorrindo.
Caspian: Claro só uma irmã mais nova bem pirralha pra conseguir me perturbar como vc
consegue.
Any abriu a boca indignada e jogou uma almofada nele que o atravessou e ao bater na cadeira a
mesma caiu junto com Caspian que se desequilibrou. Any começou a rir e disse:
- Se machucou? Vc é tão lindo que deve ser anjo que caiu do céu.
Caspian fechou a mão apontando pra Any e a almofada voltou na direção dela que se não
desviasse teria sido acertada no rosto. Ela o olhou indignada e perguntou:
- Vai atacar quem deve proteger?
Caspian: Vc mereceu. - fazendo a cadeira ficar de pé de novo e se sentou na mesma.
Any riu e disse:
- Caspian vou conseguir o que quero amanhã?
Caspian: Te aconselho a não fechar a cara em nenhum momento.
Any: Por quê? Fala isso pelos outros?
Caspian: Não, mas pela Mariana.
Any: Ela vai? - incrédula.
Caspian: Não sabia?
Any: Tinha me esquecido desse detalhe. - mal humorada.
Caspian: Mas não fique brava, vc não sabe o que vai acontecer amanhã. - sorrindo.
Any: É, mas queria saber pelo menos uma vez.
Caspian: Vc vai saber agora é melhor ir descansar o dia amanhã vai ser longo.
Any: Uhum! - sorrindo.
Caspian: Boa noite Any.
Any: Boa noite! - sorrindo e deitou na cama.
Caspian fez as luzes se apagarem e desapareceu.
Na casa de Poncho o mesmo dormia quando ouviu os soluços da irmã que vinha do quarto ao
lado, virou pro lado sabendo que os pais levantariam para ver o que ela tinha, mas então se
lembrou que os pais estavam viajando e ele que teria que se levantar e ver o que Lívia tinha.
Resmungou quando tirou as cobertas quentinhas de cima de si e se levantou. Abriu a porta do
quarto da irmã e viu pela fresta que o abajur estava aceso e ela estava sentada na cama de
cabeça baixa chorando.
Poncho: O que foi Li?
Lívia: Chama... A Any tato?
Poncho: A Any? Mas... - sem entender o motivo dela.
Lívia: É chama ela... Quero ter certeza de que não esta morta.
Poncho: Lívia do que ta falando? Any esta dormindo na cama dela agora e vc deve fazer o mesmo.
Lívia: Como vc sabe? - o encarando.
Poncho: Por que eu sei. - naturalmente.
Lívia: Liga então pra ela, pra ter certeza?
Poncho: Como quer que eu ligue Lívia são quase 2 da manhã? Olha deita na cama, dorme que
rapidinho vc vai ver ela ok? Boa noite! - e foi saindo.
Lívia: Poncho liga, por favor. - pediu chorando.
Poncho: Lívia o que vc sonhou pra ficar assim?
Lívia: Sonhei que a Any tava morta.
Poncho: Mas ela ta viva e bem.
Lívia: Vc ta mentindo pra mim. - se levantando da cama e saiu correndo.
Poncho: Lívia aonde vai? - seguindo a menina.
O celular começou a piscar e tocar iluminando o quarto. Any se mexeu na cama e perguntou:
- Quem ta acordado uma hora dessas?
Poncho: Lívia me da esse telefone. - tentando arrancar da mão dela.
Any: Alô! - com sono sem ver o número.
Lívia: Não do! Any! - sorrindo ao falar no telefone.
Any: Lívia? - estranhando.
Poncho: Me da isso aqui! - tomando o telefone dela. - Any?!
Any: Poncho? O que houve? Era a Lívia no telefone?
Poncho: Era sim me desculpe te ligar essa hora, mas...
Any: Aconteceu alguma coisa?
Poncho: É que... Lívia acordou assustada dizendo que tinha sonhado que vc tava morta e acabou
te ligando me desculpe ta? Pode voltar a dormir, acho que ela já percebeu que vc ta viva. -
encarando a irmã que o olhou brava de braços cruzados.
Lívia: ANY! Deixa eu falar com ela. - tentando pegar o telefone.
Poncho: Não! - a encarando. - Olha Any me desculpa de novo ta bo...
Any: Deixa eu falar com a Lívia ela parece assustada.
Poncho: Certeza?
Any: Uhum! Já to acordada mesmo? Qual problema. - rindo.
Poncho passou o telefone pra irmã que disse pegando eufórica:
- Any vem pra cá?
Any: Agora Lívia?
Lívia: Por favor, eu to pedindo. - começando a chorar.
Any: Lívia em 6 horas a gente vai se ver querida.
Lívia: Agora Any, por favor. - chorando.
Any: Ta bem, ta bem em 10 minutos no máximo eu to ai.
Lívia: Eba até já, já então. - sorrindo.
Any: Até. - sorrindo e desligou.
Trocou-se rapidamente e saiu. Levou cerca de dez minutos pra parar o carro em frente à casa de
Poncho que disse ao abrir a porta pra ela:
- Olha me desculpe...
Any: Não esquenta Poncho.
Poncho: Bom entra vai, ta frio pra ficar ai fora.
Any sorriu e entrou. Lívia então veio correndo e a abraçou dizendo:
- Que bom que vc veio que bom que não ta morta.
Any: Eu to bem querida. - e a pegou no colo. - Mas o que aconteceu pra ter esse sonho?
Lívia: Não sei, mas eu fiquei com medo. - a abraçando.
Any: Tudo bem eu to aqui com vc e vou te colocar pra dormir ta?
Lívia: Brinca comigo antes? Vc nunca veio aqui brinca comigo.
Poncho: Lívia é hora de dormir, não de brincar.
Any: Seu irmão ta certo, mas eu vou te contar uma história ok?
Lívia: Ok! - sorrindo. - Posso pegar um livro e vc lê ele pra mim?
Any: Pode! - sorrindo.
Lívia desceu do colo dela e saiu correndo.
Poncho: Mil desculpas pela irmã.
Any: Não tem problema Poncho, sério. - sorrindo pra ele.
Lívia voltou minutos depois e Any começou a ler uma história pra ela. Poncho ouvia tudo de perto
atento observando o modo carinhoso como Any tratava a irmã, apesar de não ter gostado do que
fez tinha que admitir que adorava a idéia de Any na sua casa. Retirou-se e foi fazer algo pra
beber.
Quando voltou viu que a sala estava silenciosa e ambas dormiam. Pegou Lívia no colo e a levou
pro quarto, quando voltou tirou o livro de cima de Any e ficou a encarando, acariciou seus
cabelos fazendo com que ela acordasse assustada e disse:
- Lívia já ta dormindo.
Any: Acabei pegando no sono que horas são?
Poncho: 03 e meia da manhã.
Any: Nossa acho melhor ir nessa. - se ajeitando no sofá.
Poncho: Dorme aqui, vc ta cansada pode ser perigoso indo dirigir.
Any: Acha Poncho já atormentei demais vcs.
Poncho: Imagina Any vc veio aqui com a maior paciência cheia de carinhos com a minha irmã e o
mínimo que posso fazer é te OBRIGAR a dormir aqui hoje, se for embora agora quem não dorme
sou eu. - Any sorriu. - E to falando sério senhorita.
Any: Ok eu fico.
Poncho: Então vem, vou te levar pro quarto de hóspedes.
Any: Ta ok!
Poncho: E obrigado de novo.
Any: De nada.
Na manhã seguinte Lívia acordou feliz em ver Any lá. Tomaram café com Poncho que cozinhou e
em seguida foram pro orfanato se encontrando com o pessoal e Poncho disse quando viu
Mariana:
- Que bom que veio.
Mariana: É eu disse que ia vir não disse?
Poncho: Algum problema pra acha o lugar?
Ucker: Não ela veio com a gente. - disse abraçado a Dul.
Poncho: Ah ta. - sorrindo.
Juliana: Bom dia meninos perdão a demora! Quem é a mocinha nova?
Mariana: Olá me chamo Mariana vc é a diretora?
Juliana: Isso me chamo Juliana prazer.
Mariana: Prazer! Dando a mão pra ela sorrindo.
Juliana: Entrem as crianças estão esperando.
Quando entraram as crianças estavam brincando já no pátio e ao verem saíram correndo na
direção deles sendo pegas no colo e recebendo beijos e carinhos de todos.
Any se aproximou de Juliana e perguntou:
- Será que vc pode me ajudar a colocar todos em roda? Pra gente brincar?
Juliana: Claro. - sorrindo.
Any: E a Sara cadê?
Juliana: No quarto, não quis sair.
Any: Tudo bem eu vou buscar ela enquanto vc forma a roda. - sorrindo.
Juliana: Pessoal, me ajudem a colocar as crianças em uma roda?
Chris: Beleza.
Em minutos Any voltou com Mah no seu colo e Lívia disse:
- Any senta aqui perto da gente.
Any sentou colocando Lívia no seu colo e disse:
- Gente vcs já ouviram falar em uma brincadeira chamada batata quente né?
- Uhum! - responderam algumas crianças.
Any: Ótimo, vamos brincar disso agora então ok?
- Tia Dul posso começar? - perguntou um menininho.
Dul encarou Any que a incentivou a responder o que quisesse e disse:
Dul: Pode! - sorrindo encarando Any que sorriu de volta.
O menino então se virou de costas e começou a cantar enquanto as crianças passavam com
pressa o objeto vermelho. Quando o menino parou dizendo bem alto queimou. As crianças riram
apontando pra uma menina loirinha e gritaram:
- Castigo! Castigo!
Ucker: O que vcs querem que ela faça?
- Imita galinha! - falou uma menina sendo apoiada pelas outras crianças.
Mariana: Vem eu te ajudo. - ajudando a menina a se levantar e ir pro fundo da roda rindo.
Mai: Imita a galinha, assim ó pópópó. - imitando a galinha fazendo os outros riram.
A turma caiu na risada e a menina sem jeito imitou Mai e as crianças riram. Sentou de volta no
seu lugar e começou a cantar também enquanto as crianças passavam o objeto pros tios e entre
si com pressa. Todos acabaram se divertindo e até a diretora acabou caindo na brincadeira.
Mais tarde depois do almoço Mariana perguntou:
- Há quanto tempo vcs vem aqui Dul?
Dul: Ah faz uns 04 meses já.
Mariana: Nossa que legal e a Anahí vinha sempre com vcs?
Dul: Não ela começou a vir sábado passado antes odiava esse lugar.
Mariana: Verdade?
Dul: Uhum!
Mariana: Mas ela parece gostar tanto daqui. - vindo ela brincar com Sara e Lívia.
Dul: Puro fingimento eu garanto. - encarando Any séria.
Mai: O que estão fazendo? - chegando de mãos dadas com duas meninas.
Mariana: Só conversando. - sorrindo.
- Vamo brinca? - perguntou uma das meninas.
Dul: Do que quer brincar linda?
- De pega-pega. - sorrindo.
Mariana: Então vamos brincar de pega-pega.
- Eba. - disseram as meninas pulando sorrindo.
Os meninos jogavam futebol e as meninas brincavam de pega-pega com Dul enquanto Any
brincava com Lívia, Sara e mais algumas crianças quando Lívia perguntou:
- Any não vai pegar aquelas fantasias?
Any: Será que é uma boa idéia?
Lívia: Pega pra gente brincar.
Any: Ta bom! - saindo.
Voltou minutos depois dizendo:
- Gente olha as fantasias que eu trouxe pra vcs.
As crianças pararam na hora e foram correndo até onde estava com um cabideiro cheio de
fantasias.
Chris: Outra vez querendo chamar atenção.
Poncho: Christian ela trouxe isso pra poder interagir a Sara com as crianças.
Ucker: A gente sabe bem o que ela quer.
Poncho: Ta legal não falo mais nada.
Sara pegou uma fantasia uma das menores e puxando a calça de Any mostrou pra ela.
Any: Vc quer por ela?
Sara afirmou como se entendesse e Lívia disse:
- Any eu posso pegar essa? - pegando um vestido vermelho.
Any: Pode sim, vem eu vou ajudar vcs duas a se trocarem.
Havia várias fantasias de princesa, homem aranha, batman, chapeuzinho vermelho, fadinha,
príncipe, monstro, entre outras. As crianças foram pegando as que desejavam e Dul disse:
- Meninas venham com a gente pra ajudarmos vcs a se vestirem.
Poncho: E os meninos com a gente.
No quarto Any terminava de vestir Sara e colocou a tiara e arrumando seu cabelo disse:
- Que linda vc ficou... Tira a chupeta querida.
Sara negou com a cabeça quando Any foi tirar a chupeta dela e Lívia disse:
- Ajuda a prender aqui Any.
Any fechou o vestido dela e Lívia perguntou:
- To bonita?
Any: Ficou linda. - sorrindo.
Lívia: Any por que vc e meu irmão não namoram? Eu vi o jeito que vcs se olharam aquele dia na
praça... Tavam quase se beijando.
Any abaixou a cabeça sem jeito dizendo enquanto dobrava as roupas das duas:
- É difícil pra vc entender Lívia.
Dul: Ta todo mundo com suas fantasias ai?
Mariana: Acho que ta todo mundo com sua fantasia. - olhando.
Dul: Cadê a Mai?
Mariana: Ficou com o Chris.
Dul: Ah ta, vamos levar eles pra se trocar então?
Mariana: Uhum. - sorrindo.
Lívia: Não é difícil! Me explica porque vc e meu tato não estão juntos. - insistiu.
Any: Eu perdi o seu irmão Lívia.
Lívia: Como assim perdeu? - sem entender.
Any: Eu fiz coisas muito... Feias pra ele e perdi o amor dele.
Lívia: Mas meu tato gosta de vc.
Any: Não ele não gosta.
Lívia: Eu não sou boba vc gosta dele e ele gosta de vc sim.
Any: E como vc sabe? - sorrindo tentando espantar a tristeza.
Lívia: Porque eu vejo como vcs se olham.
Any: Não! Somos só amigos Lívia.
Lívia: Não podem namorar?
Any: Não.
Lívia: Por quê?
Any: Sabe às vezes machucamos pessoas que não merecem ser machucadas e a perdemos... Eu
machuquei muito seu irmão já e perdi o amor dele, não posso lamentar porque sei que a culpa de
tudo isso é minha... Só minha! - ficando com os olhos marejados.
Lívia: Mas vc gosta dele então?
Any: Gosto Lívia, gosto muito do seu irmão.
Lívia: Eu vou falar isso pra ele e ai vcs vão começar a namorar vai ver.
Any sorriu desejando que Lívia pudesse mudar os sentimentos de Poncho por Mariana.
Dulce e Mariana que estavam ouvindo a conversa se olharam sem jeito. Dul estava surpresa e
Mariana triste por sacar cada vez mais que não tinha chances com Poncho. As duas disfarçaram e
batendo na porta perguntaram entrando com as crianças:
- Podemos trocas elas aqui?
Any: Claro! - sorrindo disfarçando os olhos marejados.
Dul e Mariana perceberam que ela estava quase chorando, mas disfarçaram.
Lívia: Olha como eu fiquei. - segurando as pontas do vestido sorrindo.
Mariana: Ficaram lindas! As duas. - olhando Sara.
Lívia: Any vamos brincar?
Any: Vamos sim, licença. - sorrindo e saiu com Sara no colo e mãos dadas com Lívia.
Mariana e Dul se encararam mais uma vez e começaram a vestir as crianças.
Minutos depois estavam todos prontos e Any disse:
- A gente vai fazer um teatro mudo improvisado ok?
- Como assim tia? - perguntou um menino.
Poncho: Vcs vão ter que contar uma história sem falar nada só com gestos.
- Legal! - disse uma menina.
Any: E ai quem quer fazer?
Algumas crianças levantaram as mãos e Any as organizou e elas falaram à história que iam
contar pra Any narrar. Depois todas as crianças restantes se sentaram no chão junto com a
diretora e os adultos e Any ligando o microfone ao DVD disse quando Eliana uma garota ruiva
entrou em cena:
- Era uma vez uma princesa e um príncipe. - todo mundo aplaudiu. - Mas também tinha um
monstro ruim que queria comer a princesa. - um menino vestido de monstro entrou perseguindo
Eliana. - E seu príncipe teve que lutar com o monstro pra livrar sua princesa. - os dois meninos
começaram a fingir que brigavam e os que assistiam e Any riam. - E quando o monstro foi
derrotado. - o garoto vestido de monstro caiu no chão. - O príncipe foi feliz com sua princesa. -
Os dois deram as mãos e o garoto beijou o rosto da menina. - Fim! - sorrindo e todos bateram
palmas.
Isso animou as crianças e até Sara acabou indo parar na brincadeira sendo arrastada por Lívia.
Em seguida brincaram de mímica e Any foi eleita a começar. Pegou Sara no colo dizendo:
- Vc me ajuda ta?
Foram pra frente das pessoas que sorriam e as olhavam atentas. Any cochichou algo pra Sara que
conseguiu entender e abraçou a toalhinha rosa, Any a imitou e fechou os olhos apontando pra
Sara. Uma menininha levantou a mão e disse:
- Sara e tia Any estão com sono.
Any: Isso. - sorrindo.
A menina se levantou e começou a fazer alguns movimentos parecendo que dançava.
- Ta tomando banho. - falou um menino se levantando.
- Uhum! - respondeu a menina sorrindo.
Ficaram brincando de mímica por um bom tempo e ninguém escapou até os tios foram fazer
alguma “gracinha” na frente. Em seguida Any colocou música no DVD e disse:
- Vamos dançar?
Lívia: Eu quero. - indo pra perto dela.
Any colocou no DVD um CD e começou a tocar a música “Esnoba” (tema da Raqueli) Any começou
a fazer uns passinhos pra esquerda e depois pra direita girando com o indicador direito pro alto.
Aos poucos as crianças foram acompanhando e dançando igual e Any ajudou as que não sabiam.
Juliana se aproximou e sorriu vendo Any ensinando os pequenos a dançar que tentavam imita-la
de uma forma meio desengonçada e muito engraçada. Alguns caiam na hora de roda outro se
atrapalhavam nos passinhos esquerda/direita, mas aos poucos todos acabaram conseguindo
fazer.
Poncho estava bem de perto olhando a cena encantado e totalmente hipnotizado pela forma de
Any dançar, sorrir e ensinar os pequenos que não conseguiam dançar. Deixou um sorriso escapar
quando viu Any tropeçar e trombar com uma garotinha morena e ambas caíram na gargalhada
voltando a dançar em seguida. “Como pode esses dois não sacarem que morrem um pelo outro?
Se a Any visse que o Poncho só tem olhos pra ela e ele sacasse que ela morre por ele tenho
certeza que ficariam juntos, quisera eu ter alguém me olhando assim”, pensou Mariana vendo
Poncho olhar Any.
Mariana: Vc é completamente apaixonado por ela né? - parando ao lado dele.
Poncho: Vc sabe que sim.
Mariana: Então porque não estão juntos.
Poncho: É complicado Mah.
Mariana: Complicado o que? São vcs dois quem estão complicando tudo.
Poncho: Mah...
Mariana: Vc ama ela e sabe que ela te ama não sabe?
Poncho: Eu não sei, às vezes acho que não.
Mariana: Tem certeza?
Poncho: O que quer dizer com isso?
Mariana: Eu espero que vc entenda logo. - e saiu.
Quando as crianças estavam lanchando perto da hora de ir embora Mariana chegou a Any e
perguntou:
- Posso falar com vc um minuto?
Any: Ta pode falar.
Mariana:... Sei que vc não gosta de mim.
Any: Sério? - irônica.
Mariana: É acho que isso ta muito óbvio e não sou idiota sei bem por que.
Any: Não tenho nada contra vc. - respondeu naturalmente.
Mariana: Vc tem ciúmes de mim com o Poncho.
Any: Por que eu teria? A gente é só amigo.
Mariana: Mas já percebi que vc gosta dele... E ouvi sua conversa com há Lívia àquela hora.
Any: Run e de que adianta eu gostar ou não dele, vcs dois estão juntos que eu sei.
Mariana: Quem te disse isso? - incrédula.
Any: Ninguém eu mesmo vi e descobri. - magoada.
Mariana: A gente...
Any: Eu vi vcs trocando bilhetinho aquele dia na escola e logo depois vcs estavam saindo juntos.
Mariana: Bilhetinho? - sem entender e se deu conta do que era. - Não, Any tudo bem que a gente
se beijou, mas foi minha culpa e...
Any: Ah se beijaram que legal... Olha já sabia que vc ia aparecer e ia ficar com ele não me
pergunte como, mas eu sabia, sei que devem ter falado muito mal de mim pra vc e tenho certeza
e afirmo que nada do que te contaram a meu respeito é mentira... E devido aos erros que cometi
eu perdi o Poncho e aceito isso, não precisa ficar com medo de eu fazer algo pra separar vcs dois!
- com os olhos marejados. - Porque eu não vou fazer nada.
Mariana: Any vc não ta entendendo...
Any: Olha só te peço um favor!... O Poncho é a melhor pessoa que eu já conheci nessa vida...
Mariana: Eu sei que é, mas...
Any: E infelizmente eu perdi a chance de ser feliz com ele então te aconselho a não fazer o
mesmo, vc é uma garota de muita sorte e eu invejo vc. - derramando algumas lágrimas.
Mariana: Me inveja por quê?
Any: Porque vc precisou apenas de um dia pra ter tudo o que eu vou levar dois meses pra
conseguir, SE conseguir... Vc ta com o cara que eu queria estar namorando e amiga das pessoas
que eu to tentando ganhar a confiança por isso te invejo, mas prometo que não vou fazer nada
pra atrapalhar.
Mariana: Any...
Any: Vai com o Poncho, vcs dois combinam e merecem mesmo serem felizes, com licença. - e
saiu.
Mariana: Ai meu Deus, isso ta pior do que eu pensava... Preciso fazer alguma coisa pra reverter
isso.
Um tempo depois o pessoal se despediu das crianças e Lívia acabou pediu pra dormir no orfanato,
após um pouco de insistência Poncho deixou e Ucker disse ao saírem:
- Quem ta a fim de dar uma volta.
Dul: Eu topo.
Mai: Fechadíssimo já tava combinado mesmo.
Chris: Então vamos nessa... Vcs vão?
Any: Podem ir tranqüilos eu vou pra casa. - cansada.
Ucker: Ok e vcs dois? - olhando Poncho e Mariana.
Mariana: Eu topo! - respondeu sorrindo.
Poncho: Só um minutinho... Any vamos com a gente?
Any: Não Poncho obrigada!
Poncho: O que vc tem?
Any: Nada é só cansaço.
Poncho: Não é só isso eu te conheço... O que foi?
Any: Nada não.
Poncho: Então vem com a gente.
Mai: Para de insistir e vamos embora antes que ela aceite. - resmungo baixo pros amigos.
Any pensou e vendo que precisava relaxar disse encarando Mai e os outros:
- Ta bem eu topo vamos nessa.
Mai: O que foi que eu disse? - resmungou emburrada.
Chris: É só ficar longe dela.
Ucker: Vamos pra uma boate então?
Mariana: Eu topo!
Dul: Então demorou. - sorrindo.
O pessoal se dividiu e em três carros foram pra boate. Chris com Maite, Ucker com Dul e Poncho
levou Mariana e Any sem saber o que aquilo significava pra ela.
Assim que chegaram na boate procuraram uma mesa e pediram alguma coisa. Any sabendo que
não era bem vinda resolveu ir dar uma volta e beber alguma coisa antes bebia pra relaxar e se
divertir agora iria beber pra esquecer tudo que a fazia mal. Ucker encarou Dul e perguntou:
- Vamos dançar um pouco meu anjo?
Dul: Uhum! - sorrindo.
Ucker se levantou e a puxou pela mão dizendo:
- A gente vai dançar e já volta, se as bebidas chegarem deixa ai cima mesmo ta?
Mai: Beleza. - sorrindo.
Chris: Daqui a pouco a gente vai também.
Os dois saíram e os quatro amigos começaram a conversar.
Mariana: Nossa adorei as crianças do orfanato.
Mai: E da uma dor no coração saber que eles não têm ninguém que os ame, que cuide deles.
Mariana: Como não tem? E vcs que vão lá todo final de semana quando poderiam sair pra
qualquer lugar ou descansar, vcs não contam?
Chris: Valeu pela consideração Mah, mas não substituímos os pais deles.
Mariana: Eu sei, mas indo lá vcs fazem uma diferença enorme.
Poncho: A gente sabe e fica feliz em poder ajudar.
Mariana: E eu fico mais ainda por ter entrado pra turma e ter essa chance também.
Os três sorriram pra ela que sorriu de volta.
Poncho estava inquieto querendo saber onde Any estava então se levantou dizendo:
- Eu já volto. - e saiu.
Mai: Aposto que foi atrás dela. - emburrada.
Mariana: Se fosse vcs não odiaria tanto a Anahí.
Chris: Já conversamos sobre isso Mah, eu sei o que to falando... Minha irmã só quer fazer o
Poncho sofrer e do jeito que as coisas estão ela vai conseguir o que quer.
Mariana: Tudo bem, eu entendo seu lado, mas deveria entender o dele também.
Chris: Acontece que...
Xx: As bebidas! - disse um garçom chegando com uma bandeja com seis copos.
Mai: Obrigada! - sorrindo.
Xx: Com licença. - entregando uma folha e saiu.
Os três pegaram suas bebidas e o assunto acabou morrendo.
Um tempo depois Dul e Ucker voltaram pra mesa e o mesmo perguntou:
- Tudo bem?
Mai: Uhum! - sorrindo.
Dul: Cadê o Poncho?... Ah já sei! Ta atrás da Anahí né?
Chris: Com certeza!
Mariana: Bom eu vou procurar ele e aproveito pra deixar os casais sozinhos. - e saiu.
Chris: Por que na maioria das vezes sempre gostamos das pessoas erradas?
Ucker: Do que ta falando?
Dul: A Mariana gosta do Poncho bebê.
Mai: E ele morre pela Any.
Chris: Que só quer brincar com ele né?
Ucker: Entendi... Que ironia!
Dul: E das grandes.
Mariana estava andando pela boate quando encontrou Poncho e perguntou vendo sua cara:
- O que foi?
Poncho: Faz quase uma hora que ela sumiu.
Mariana: Deve ter ido embora talvez.
Poncho: Não, não foi ela ta aqui tenho certeza.
Mariana: Quer que eu te ajude a procurá-la?
Poncho: Vc é muito legal sabia?
Mariana: Por quê?
Poncho: Porque mesmo gostando de mim vc me ajuda e me escuta falar de outra.
Mariana: Porque eu sei que vcs dois se amam.
Poncho: Como vc sabe?
Mariana: Vou te contar tudo e vc vai entender. - sorrindo.
Poncho: Então me conta agora. - sorrindo a encarando interessado.
Um tempo depois Any andava pela boate quando viu Mariana e Poncho juntos conversando.
Sentiu um ódio e um ciúme enorme junto com uma vontade de separar os dois de qualquer modo,
mas engoliu em seco e quando os dois se abraçaram saiu furiosa. Mariana soltou-se de Poncho e
ambos viram Any se afastar furiosa pela cara dela. Mariana encarou Poncho e disse:
- Ainda tem dúvidas? Anda vai atrás dela e resolve isso de uma vez, não perca mais tempo...
Anda!
Empurrou Poncho que foi atrás de Any, e ao alcançá-la disse:
- Any espera, espera! - segurando ela que insistia em ir embora. - Aonde vc vai?
Any: Eu vou pra minha casa, me deixa. - se soltando tentando conter o choro.
Poncho: Se quiser ir embora tudo bem, eu levo você se quiser, mas antes vai ouvir o que eu tenho
pra te dizer. - a encarando e notou que ela estava prestes a chorar.
Any: E o que vai dizer? Veio me falar como esta feliz com a Mariana?
Poncho percebeu que ela estava realmente sofrendo e se sentiu um burro por não ter sacado
antes o que estava diante dos seus olhos, mas agradeceu Mariana por ter lhe aberto os olhos
sendo uma excelente amiga e disse com a maior paciência e ternura do mundo:
- Any! Mariana e eu não estamos juntos.
Any: Ah não? Eu não sou idiota Poncho sei muito bem o que vi ta?
Poncho: Do que ta falando?
Any: De vcs dois abraçados agora pouco, do encontro que tiveram, do bilhetinho que deu pra ela
esses dias na sala e de como estavam amorosos e cheios de caricias aqui e no orfanato.
Poncho: Any!... O bilhete que me viu entregar pra ela era o telefone do pessoal pra ela ligar se
precisasse pra ir ao orfanato hoje, não tinha nada demais lá.
Any: E o beijo que vcs trocaram? Eu to sabendo e não adianta mentir porque foi ela quem contou.
Poncho: Eu sei, ela me contou e me disse também que vc não a deixou terminar de falar.
Any: Claro o que mais ela poderia dizer?
Poncho: Talvez que eu recusei o beijo dela porque to apaixonado por vc?... Será que não
percebeu isso ainda? Será que não sacou que eu não te esqueci e que durante esse tempo meu
amor por vc só cresceu? Não percebe que vc não sai da minha cabeça e do meu coração Any?
Any: Vc ta mentindo pra mim. - tentando conter as lágrimas.
Poncho: Any!... Por que eu iria mentir agora sabendo que o que eu sempre quis aconteceu? Que
vc se apaixonou por mim! Me fala pra que eu mentiria?
Any: Sei lá pra fazer eu... Pagar por tudo o que eu te fiz, não sei... O que eu sei é que vi você e a
Mariana juntos e felizes e também ela é bonita, divertida, simpática, qualquer um se apaixonaria
por ela até mesmo você ainda mais depois de tudo o que aconteceu.
Poncho: Eu sei que a Mariana é bonita sim e tudo o que vc falou, mas... Eu sou mais as loirinhas,
principalmente uma que há pouco mais de um ano me encantou com seus olhos azuis, os mesmo
olhos azuis que estão me encarando agora. - enxugando seu rosto olhando-a com carinho.
Any: Seu tonto eu... - indo bater nele, mas Poncho segurou sua mão.
Poncho: Eu te amo Any mais que tudo nessa vida e com todo meu coração... Eu amo vc! -
beijando a mão dela que ainda segurava.
Any: Também te amo Poncho, mais que minha vida ou qualquer coisa nesse mundo... Te amo
muito!
Poncho enxugou o rosto dela e sem que mais nada precisasse ser dito ambos se beijaram. Um
beijo de amor e paixão que há muito tempo ansiavam em trocar. Quando se separaram com dois
selinhos Poncho a abraçou tirando-a do chão dizendo:
- Oh meu amor vc não sabe o quanto eu esperei pra ouvir isso de vc. - beijando seus cabelos.
Any: E vc não tem idéia de como eu sofri esse tempo achando que tinha te perdido e que vc tava
de romance com a Mariana. - de olhos fechados.
Poncho a soltou e acariciando seu rosto disse olhando no fundo de seus olhos:
- Não precisa se preocupar meu anjo, Mariana é só minha amiga.
Any: Mesmo assim... Tenho medo de cedo ou tarde ela me tirar vc.
Poncho: Não vai tirar eu juro e sabe por quê? - Any negou com a cabeça. - Porque sempre,
sempre vou amar vc não importa o que os outros digam ou façam.
Any: Vc jura?
Poncho: Juro! - sussurrou beijando as mãos dela.
Any: Eu te amo Poncho. - o encarando.
Poncho: Também te amo princesa. - sorrindo e lhe deu um beijo rápido. - Ainda quer ir embora?
Any: Não! - o encarando. - Quero ficar aqui com vc... Pra sempre! - sorrindo.
Poncho sorriu de volta e a beijou tirando-a do chão, ao se separarem disse:
- Vem comigo.
Any: Pra onde? - o seguindo sorrindo.
Poncho: Lá com o pessoal.
Any: Poncho não! - parando de andar séria.
Poncho: Por que não? - sem entender.
Any: Eles não vão acreditar que mudei só em ver a gente junto ao contrário vão me ofender e...
Poncho: Eu te defendo se eles falarem qualquer coisa como já fiz antes ok?
Any: Não quero que me defenda se for pra arrumar briga.
Poncho: Então o que quer que eu faça? Eu não vou fazer questão nenhuma de ficar me segurando
quando estivermos perto deles e também todo mundo sabe que eu sou louco por vc qual o
problema verem a gente junto?
Any: O problema é que eles não acreditam que eu mudei e que te amo, vão dizer que eu to te
usando, que vc vai se arrepender de estar comigo e...
Poncho a calou com um beijo e disse:
- Não me importa o que vão dizer, importa o que eu sei e o que sei é que te amo meu anjo.
Any o abraçou dizendo:
- Só te peço uma coisa meu amor.
Poncho: O que? - acariciando seus cabelos.
Any: Que vc confie em mim e não duvide nunca de que eu te amo.
Poncho: Eu NUNCA vou duvidar de vc ta? NUNCA!
Any sorriu e o beijou, em seguida foram falar com o pessoal. Ao chegarem à mesa Poncho disse:
- Gente quero falar com vcs.
Chris: O que foi?
Any: Pon...
Poncho: Any e eu estamos juntos. - a abraçando por trás lhe dando um beijo no rosto.
A reação foi a pior, mas pelo menos esperada. Ao ouvirem a noticia todos exceto Mariana
fecharam a cara ficando sérios, tava na cara que não teriam o menor apoio possível deles e isso
doía mais em Poncho do que em Any que já esperava por aquilo. Chris tomou um gole da sua
bebida e disse:
- Vc conseguiu né? - encarando Any com raiva.
Any: Do que ta falando? - sem entender, mas temendo a resposta.
Ucker: Não se faz de tonta ta legal? Ta na cara que vc só esta com o Poncho pra machucá-lo.
Poncho: Não é verdade. - tentando não se irritar.
Any: Poncho e eu nos amamos.
Mai: Ah ta e eu sou o Luis Fonsi disfarçada muito prazer. - estendendo a mão pra ela.
Poncho: Olha aqui já chega disso ok? - explodindo. - Eu to cansado de vcs ficarem o tempo todo
me falando o que vai ou não acontecer se eu me envolver ou não com a Any, se não perceberam
estão fazendo comigo, com a gente o mesmo que Any fez com vcs um dia e vcs odiaram.
Chris: Deixa de ser burro, eu conheço a minha irmã ela não presta.
Poncho: Olha como vc fala com ela, Any é minha namorada agora e não vou admitir que ninguém
aqui fale mal dela entendeu? - furioso. - Nem se uma dessas pessoas for um dos meus melhores
amigos e irmão dela ouviu Chris? - o encarando, mas o mesmo não respondeu. - Eu não quero
perder a amizade de vcs por causa disso, mas não vou admitir que cada vez que virem nós dois
juntos como vai acontecer muito vcs ofendam ela ou nós dois.
Dul: Não vamos falar nada de vc.
Ucker: Só queremos o seu bem, precisa abrir o olho ou vai se arrepender.
Poncho: Olha sinceramente quem ta se arriscando sou eu, quem sabe o que sofreu esse tempo
todo sou eu, sou eu quem sempre quis namorar a Any, eu quem estou apaixonado e sou eu quem
vai sofrer se isso der errado, então, por favor, não se metam porque vcs não sabem o que a gente
ta passando e passou pra ficarmos juntos... Na verdade não têm a mínima idéia do que
aconteceu.
Mai: Tudo bem cara, a gente só quer o seu bem.
Chris: Gostamos de vc é um irmão pra nós.
Poncho: Vcs também são como irmãos pra mim e queria muito o apoio de vcs, mas se não querem
dar eu entendo o motivo de vcs, mas, por favor, não julguem as coisas sem saber tudo o que ta
acontecendo e não perturbem a gente... Quem eu saiba vcs quatro detestaram quando foram
perturbados então não façam igual ou poderão ser julgados por isso também. - mais calmo.
Mariana: Eu posso falar uma coisa pra todos vcs? - se levantando.
Ucker: Claro Mah.
Mariana: Não quero que pensem que estou contra vcs ou a favor deles, mas desde que conheci
vcs e entrei no grupo as únicas coisas que eu ouvi sobre a Anahí foram às coisas horríveis que ela
fez, mas por nenhum momento eu ouvi algum de vcs (olhando Chris, Ucker, Dul e Mai) elogiarem
as mudanças da Any, nenhum de vcs admitiu as coisas que ela fez como... Ter contado a verdade
e reconciliado vcs quatro, ter agüentado todas as coisas que vcs falaram dela, ter ido ao orfanato
e a principal das coisas... Não se esforçaram nem admitiram o quanto ela anda se esforçando pra
se aproximar de vcs, pra ser aceita e o quanto ela correu atrás pra ajudar a Sara! Vcs sabiam que
ela conseguiu um médico que vai colocar um aparelho auditivo nela e que esta pagando uma
fonoaudióloga pra ajudar na linguagem da Sara e que comprou livros pra estudar o caso dela?
Os quatro abaixaram a cabeça e Any e Poncho olharam surpresos e agradecendo, foi a primeira
vez que Any sentiu simpatia e certo tipo de carinho por Mariana. Dul ergueu a cabeça e disse:
- Eu não vou fazer como vc Anahí... Vc sabe o que faz Poncho!
Ucker: Se quer ficar com ela beleza.
Mai: Não vamos nos meter.
Any: Obrigada!
Chris: Não nos agradeça, não estamos fazendo isso por vc e sim pelo Poncho que é NOSSO amigo.
Any: Eu sei. - tentando conter as lágrimas.
Mariana: Ótimo ponteiros acertados agora desfaçam essa cara.
Any: Ainda não esta tudo acertado eu... Posso falar com vc Mariana?
Mariana: Tudo bem! - sorrindo e saiu.
Any: Não demoro. - sussurrou pra Poncho lhe dando um beijo no rosto antes de sair.
Quando as duas se afastaram Poncho disse:
- Vão ficar com essas caras o resto da vida?
Chris: Se te responder sinceramente vamos voltar ao mesmo lugar.
Poncho: Tudo bem, só quero que entendam que eu amo a Any, não interessa o que aconteceu.
Dul: Já entendemos Poncho.
Ucker: Só queremos a sua felicidade.
Poncho: Então me deixem ficar com a Any, faz mal pra mim e principalmente pra ela o que estão
fazendo.
Mai: Ela merece Poncho depois de tudo o que fez.
Poncho: Não ouviram o que a Mariana disse? Quando vão perceber que ela mudou? O que passou
já passou não me importa mais e espero que vcs compreendam isso um dia. - e se levantou.
Chris: Aonde vai?
Poncho: Procurar a Any e ir pra casa, to cansado demais pra ficar aqui e brigar com vcs de novo.
Dul: Boa noite Poncho!
Poncho: Boa noite. - sorrindo ainda chateado e saiu.
Mariana e Any pararam perto do bar onde o barulho não era tão alto e Any começou:
- Sei que pensa que eu não gosto de vc.
Mariana: E estou errada? - sorrindo.
Any: Não, não no começo... É que quando vi vc chegar na escola e rapidamente ficar amiga de
todos e de Poncho eu fiquei com muito ciúmes de ver vcs dois juntos e achei que...
Mariana: Eu poderia tirar o Poncho de vc.
Any: Isso porque eu via vcs dois conversando, sorrindo percebia que ele se sentia e se sente bem
ao seu lado e fiquei com medo, pois, no fundo eu merecia perder o amor dele depois de tudo.
Mariana: Any posso te falar uma coisa? - Any afirmou com a cabeça. - Eu adoraria namorar um
cara como o Poncho que é bonito, carinhoso, dedicado, compreensível, mas somos só amigos, foi
um erro eu ter beijado ele achando que poderíamos ter alguma coisa e eu percebi a besteira que
tinha feito depois dele ter me dito que te amava e eu vi isso nos olhos dele... Any não tem com
que se preocupar, Poncho te adora é louco, completamente apaixonado por vc e sei que ele é
correspondido à altura... Eu sou uma romântica incorrigível e te asseguro que só quero a
felicidade de vcs, seja lá o que quer que tenha feito no passado saiba que Poncho e eu
acreditamos em vc de coração e ele mais ainda por te amar de uma forma delicada, carinhosa e
apaixonada... De coração desejo que vcs sejam felizes e que os outros percebam que vc mudou e
é muito especial.
Any: Obrigada Mariana de verdade obrigada... Obrigada por ter me defendido, por ter ajudado eu
e Poncho a ficarmos juntos e por ser especial, me desculpa se ofendi vc em algum momento.
Mariana: Não precisa agradecer.
Any: Olha e eu desejo do fundo do coração que vc seja muito feliz ta? Vai ver como um garoto
maravilhoso tão especial quanto sei que vc é vai aparecer e te fazer muito feliz.
Mariana: Eu espero que apareça logo. - sorrindo emocionada.
Any: E novamente obrigada por tudo... Nunca vou saber como te agradecer.
Mariana: Eu sei como... Vc ama o Poncho, não ama?
Any: Demais! - com os olhos marejados.
Mariana: Então seja muito, muito feliz com ele, desfrute e aproveite cada segundo ao lado dele.
Any: Pode deixar que é isso o que eu vou fazer.
Mariana: Então já vai estar me agradecendo se fizer isso. - sorrindo.
Viu Poncho se aproximar e depois de acenar pra ele disse:
- Eu vou me reunir com umas amigas que encontrei, até amanhã no orfanato.
Any: Posso te chamar de Mah?
Mariana: Pode sim. - sorrindo.
Any: Boa noite então Mah.
Mariana: Boa noite! - sorrindo. - Boa noite Poncho. - disse quando ele chegou e abraçou Any por
trás. - Cuidem bem um do outro ok?
Any: Uhum! - afirmando sorrindo.
Poncho: Pode deixar. - sorrindo.
Mariana: Ótimo! Até amanhã então. - e se retirou.
Poncho apertou Any contra seu corpo enquanto beijava seu rosto. Ela sorriu e ele perguntou:
- Quer ir embora?
Any: Sair daqui vc quer dizer? - se virando de frente pra ele sorrindo.
Poncho: Uhum! - sorrindo e acariciando seu rosto. - Tava chorando? Não foi pelo que eles falaram
né? - mostrando preocupação.
Any: Não! Digamos que a Mariana me emocionou. - sorrindo sem jeito.
Poncho: Então não esta mais zangada com ela?
Any: Não ela me fez entender que o que existe entre vcs é só amizade.
Poncho: Fico feliz que vc tenha percebido isso meu anjo porque só tem uma pessoa que eu amo e
quero passar o resto da vida ao lado. - a encarando apaixonado.
Any: Eu? - sorrindo.
Poncho: Isso! - afirmando com a cabeça.
Any sorriu e o abraçou enchendo-o de beijos no rosto e no pescoço. Poncho riu e disse:
- Ainda não respondeu minha pergunta.
Any: Vou pra qualquer lugar com vc meu amor. - sussurrou e deu uma mordidinha no lóbulo da
orelha dele. - Então isso responde a sua pergunta? - o encarando sorridente.
Poncho: Responde e é muito bom isso.
Any: Então pra onde vamos? - ansiosa.
Poncho: Posso te levar pra casa e desejar boa noite. - e deu um beijo na testa dela que
desmanchou o sorriso o encarando de braços cruzados incrédula. - O que foi? - sem entender sua
reação.
Any: Não tem nada melhor pra sugerir?
Poncho: O que vc quer que eu diga?
Any: Ai Poncho vc cortou todo o clima dizendo que ia me levar pra casa e desejar boa noite, isso
não tem graça nenhuma poxa. - cruzando os braços de novo.
Poncho: Então o que quer que eu diga meu amor?
Any: O que no fundo vc quer dizer, o que qualquer outro garoto iria sugerir numa ocasião assim!
Poncho: Ok já entendi.
Any: Então vai to esperando! - de braços cruzados batendo o pé ansiosa.
Poncho: Minha casa ta vazia então o que acha da gente ir pra lá fazer... A nossa própria festinha?
- inseguro. - Ah ta horrível isso. - rindo e Any riu também.
Any: Não ta horrível porque foi exatamente nisso que eu pensei. - o abraçando.
Poncho: Sério?
Any: Uhum! - acariciando o rosto dele. - Topa me levar pra sua casa?
Poncho: Any...
Any: Tudo bem não precisa levar afinal né...
Poncho: Any claro que eu te levo, vou adorar ficar sozinho com vc. - acariciando o rosto dela.
Próximo dali Mai perguntou:
- Gente cadê a Mariana?
Dul: Não sei ela saiu pra falar com a Anahí e não voltou mais.
Chris: Será que devemos ir atrás dela?
Ucker: Ah melhor não, ela saiu pra deixar a gente sozinho.
Mai: É verdade.
Chris: Então o que acham da gente dançar?
Dul: Eu topo vamos bebê?
Ucker: De novo amor? - a encarando cansado.
Dul: Ah por favorzinho. - unindo as mãos sorrindo.
Ucker: Ta legal, vamos. - se levantando.
Chris: Vamos também amor?
Mai: Beleza! Vamos. - se levantando.
Um tempo depois Poncho disse puxando Any pra dentro do seu quarto:
- E por último esse aqui é o meu quarto.
Any: Nossa que lindo! - sorrindo.
Poncho: Uhum, mais lindo ainda com vc aqui. - a abraçando por trás sussurrando no seu ouvido.
Any: Te amo Poncho! - sorrindo de olhos fechados.
Poncho: Também te amo, princesa... Muito. - afastando os cabelos dela distribuindo beijos pelo
seu pescoço e ombro.
Any fechou os olhos acariciando os braços de Poncho que rodeavam a sua cintura enquanto ele
distribuía beijos pelo seu ombro a respiração em contato com a pele dela a deixando arrepiada.
Levou uma das mãos de Poncho ao laçinho que prendia sua jaqueta de tecido incentivando-o a
solta-la ele envolvido desfez o laço tirando a jaqueta acariciando os braços dela enquanto a
beijava e mordiscava sua orelha. Any arrepiada e excitada pelos toques dele se virou ficando de
frente pra Poncho e começou a desabotoar a blusa dele beijando seu pescoço e ombros.
Mordiscou a orelha dele ouvindo-o gemer e sussurrou puxando a blusa dele e largando-a no chão:
- Faz amor comigo Poncho!
Poncho a encarou, ela notou que ele estava tão excitado quanto ela. Tocou-a no rosto e
perguntou:
- Tem certeza?
Any: Uhum! - um tanto nervosa.
Poncho então a beijou enquanto suas mãos desabotoavam a blusa dela. Ela foi abrindo a calça
dele enquanto ele tirava os sapatos às pressas. A calça escorreu pelo chão, junto com a blusa de
Any e a saia que logo em seguida ela tirou sem parar de se beijarem. Poncho a pegou no colo
com delicadeza e ela o beijou por todo pescoço e ombro mordiscando a orelha dele enquanto
acariciava suas costas onde as mãos alcançavam. Ele então a deitou na cama, ela só de calçinha e
sutiã e ele só de cueca. Poncho então sentou na beirada da cama pegando um dos pés delicados
de Any e começou a distribuir beijos pelo calcanhar dela que fechava os olhos suspirando e
apertando os lençóis louca pra sentir Poncho sobre ela e dentro dela. Ele foi subindo os beijos e
tirou a calcinha dela com uma delicadeza que só serviu pra deixá-la ainda mais excitada, foi
dando beijos nas coxas dela e Any soltou um gemido apertando com mais força o lençol e se
contorcendo de desejo quando Poncho beijou sua intimidade penetrando com a língua.
Any: Poncho... - ela chamou num suplicio.
Ele sorriu vendo-a de olhos fechados cheio de desejo, quantas vezes não imaginara aquela cena.
Começou a subiu os beijos passando a língua em torno do umbigo dela. Any ansiosa inclinou o
corpo tirando o sutiã e gemeu delirando quando Poncho abocanhou um de seus mamilos, ela
acariciou os cabelos dele arranhando suas costas enquanto ele ia subindo os beijos pro pescoço
dela.
Poncho: Vc é perfeita meu amor. - sussurrou mordiscando a orelha dela.
Any: Vc também é... Me faz sua Poncho, não agüentou mais. - apertando as costas dele.
Poncho a beijou nos lábios cessando o gemido de Any quando começou a penetrá-la com dois
dedos. Any gemendo inclinava o quadril pra frente procurando um contado maior fazendo Poncho
aumentar a velocidade e enlouquece-la enquanto sugava ora seus mamilos ora seus lábios
saboreando cada centímetro da boca de Any com sua língua. Any soltou um gemido
interrompendo o beijo chegando ao êxtase sendo sacudida pelos prazeres que Poncho lhe
propusera. Ela então se virou ficando por cima dele e disse ofegante passando a unha por seu
peitoral:
- Deixa as coisas comigo vc já se divertiu, agora é minha vez. - sorrindo.
Poncho foi protestar imaginando o que ela ia fazer, mas perdeu as forças quando sentiu a mão
pequena e macia de Any mergulhar pra dentro da sua cueca e acariciar seu membro. Quando Any
lhe beijou os lábios Poncho fechou os olhos acariciando sua cintura e permaneceu assim quando
ela se separou e começou a distribuir beijos e mordiscadas em seu ombro pescoço e orelha, ela
sentiu a respiração pesada e cheia de desejo dele e ele enlouquecia com a respiração dela no seu
pescoço tentando se manter quieto pra não agarra-la como preferia. Any foi descendo os beijos,
deu um selinho em Poncho puxando o lábio inferior dele em seguida beijou e deu uma
mordidinha no queixo dele o encarando e vendo que estava de olhos fechados. Sorriu e vendo
que ele estava com os pêlos dos braços arrepiados disse passando as mãos em cada um:
- Com frio querido?
Poncho: Vc sabe que isso não é frio querida. - falou sorrindo de olhos fechados.
Any: Será que com uns beijos vc esquenta?
Poncho: Tenta prometo não me incomodar. sorrindo maroto.
Any riu e começou a beijar passando a língua pelo peitoral assoprando em seguida. Viu Poncho se
arrepiar de novamente e riu, ele sorriu e disse:
- A última coisa que vai conseguir com isso é me esquenta querida.
Any: Que bom mesmo, pois é a última coisa que eu quero fazer.
Continuou distribuindo beijos pelo peitoral e desceu a mão direita novamente pra dentro da
cueca dele vendo que ele ficou rígido e percebeu que o membro estava ereto, foi puxando a cueca
até arrancá-la e da ponta da cama começou a beijar as coxas de Poncho enquanto acariciava o
membro dele percebendo que ele suspirava e gemia excitado. Quando finalmente chegou ao
membro dele começou a dar beijos leves e passar a língua, Poncho gemia e acariciava os cabelos
dela com uma mão enquanto a outra apertava o lençol.
Poncho: Vc quer me enlouquecer né? - sorrindo.
Any: Aham da mesma maneira que me enlouqueceu minutos antes.
Sem agüentar mais Poncho sentou-se na cama a puxando fazendo com se sentassem no seu colo
e a penetrou calando os gemidos de ambos com beijos calorosos cheios de desejo. Poncho puxou
Any deitando ambos na cama. Virou-se ficando por cima dela e segurando as mãos de Any
pressionando contra a cama lhe deu um beijo apaixonado e cheio de desejo quando aumentou o
ritmo fazendo com a língua o que seu membro fazia dentro dela apertando as mãos dela
enquanto a penetrava. Quando sem cessar o beijo levou àss mãos de Any em torno do seu
pescoço à mesma arranhou suas costas e Poncho mordeu o lábio inferior dela parando e
passando a língua em volta deles e fazendo um caminho passando por seu queixo onde mordeu
como ela fez com ele. Pousou as mãos sobre os seios dela apertando enquanto dava chupões no
pescoço dela. Cessou as investidas quando Any gemeu inclinando o corpo pra frente e enterrando
as unhas nas costas dele chegando ao clímax e ele chegou logo em seguida. Any fechou os olhos
acariciando os cabelos dele sentindo a respiração ofegante dele em seu pescoço enquanto ele
sentia a dela em seu ombro. Começou a dar alguns beijos no pescoço dela como se quisesse
suavizar as marcas que deixara ali e ela sorriu dizendo:
- Como vc pode ser tão perfeito lá fora e mais perfeito ainda em quatro paredes?
Poncho riu e respondeu a encarando tirando algumas mexas do cabelo dela que lhe caiam no
rosto:
- Talvez da mesma forma como vc consegue ser tão linda lá fora e em quatro paredes.
Any: Eu te amo sabia? - acariciando o rosto dele com delicadeza.
Poncho segurou a mão dela dando um beijo e respondeu:
- Também te amo muito, mas depois de hoje muito mais do que antes meu amor.
Any: Sabe tudo o que eu sinto por vc e senti agora, nunca senti antes por ninguém.
Poncho: Eu também nunca me senti assim tão feliz e realizado como agora.
Any sorriu satisfeita, muito satisfeita com relação a ela e Poncho. O mesmo saiu de cima dela
deitando ao seu lado e a puxou com delicadeza aconchegando Any que sem resistir perguntou:
- Nem com as outras garotas que vc já teve relações vc se sentiu assim?
Poncho: Com nenhuma. - respondeu sinceramente.
Any: E quantas vc já trouxe pra cá? - curiosa.
Poncho: Nenhuma vc é a primeira e última, diga-se de passagem.
Any: Verdade? - o encarando sorridente.
Poncho: Sim, digamos que vc tava no lugar certo e na hora certa as outras garotas que tive
relações eram ou em hotéis ou no apartamento das que moravam sozinhas... Não dava pra trazer
ninguém pra cá com uma irmã de 05 anos dormindo ao lado sem contar meus pais.
Any: Entendo! Bebê quantos anos vc tinha quando fez pela primeira vez?
Poncho: Any! - repreendeu-a.
Any: Ah vai, responde. - manhosa.
Poncho: Eu tinha 15 e antes que pergunte foi com uma garota da mesma idade que eu, não foi
muito agradável porque nenhum dos dois sabia o que fazer, mas foi engraçado tenho que admitir.
Any sorriu o encarando, foi então que Poncho a encarou e Any soube o que ele perguntaria.
Poncho: E vc com quem foi sua primeira vez? Foi com o Léo?
Any: Porque acha que foi com ele? - sorriu fazendo uma careta.
Poncho: Eu respondi suas perguntas, agora responda as minhas.
Any: Ok! - sorrindo. - Bom eu tinha 16 anos e não foi com o Léo porque a gente nem se conhecia,
o cara tinha uns 22 anos e como todas as minhas outras relações eu achei interessante, nenhuma
tinha sentimentos verdadeiros envolvidos... Até agora. - e sorriu pra ele.
Poncho: E com o Léo, vcs dois chegaram a ter relações? - perguntou decidido, mas sabia que
odiaria a resposta se fosse um sim.
Any: Por que vc invocou com o Léo?
Poncho: Porque vi vcs dois se agarrando na escola muitas vezes eu odiava, mas o que podia
fazer? Agora custa responder minha pergunta? Vcs tiveram ou não relações?
Any: Não Poncho eu evitava ter relações com os caras que “ficava” com freqüência Léo e eu
nunca passamos de beijos ousados sem sentimento algum posso afirmar, mas que saber de uma
coisa... Não importa quem foram às pessoas que tivemos relações antes, o que me importa agora
é que mesmo que não tenha sido o primeiro, vc vai ser o último homem na minha vida tenho
certeza.
Poncho: Sério? - acariciando o rosto dela colocando algumas mexas atrás da orelha.
Any: Uhum vai ser o último porque eu amo vc e nenhum homem me tratou como vc tratou essa
noite, cheio de carinho e paixão... Nunca tinha sentido as coisas que senti hoje aqui com vc
Poncho.
Poncho: Eu também nunca senti isso por ninguém e vc pode não ter sido a primeira também, mas
vai ser a última te juro.
Any: Te amo. - sussurrou roubando um beijo dele.
Poncho: Também te amo minha princesa... Só minha. - a abraçando.
Any: Só sua meu amor pra sempre. - se aconchegando sorrindo e acariciando o peito dele.
Poncho: Boa noite meu anjo! - beijando os cabelos dela segundos depois.
Any: Boa noite gatinho. - dando um beijo no peito dele.
Rapidamente ambos caíram no sono satisfeitos e felizes como se estivessem num sonho do qual
nunca mais queriam despertar.
Christian bateu a porta da sala acordando Carol que dormia no sofá. Ao ver a mãe disse:
- O que ta fazendo aqui? É quase uma da manhã.
Carol: Tava esperando vc e sua irmã... Ca, cadê ela? - assustada vendo que ele entrara sozinho.
Chris: Não veio comigo.
Carol: Mas não estavam juntos, o que aconteceu?
Chris: Ela deve estar com o Poncho os dois se acertaram. - despreocupado.
Carol: Quer dizer que estão namorando?
Chris: Isso mesmo, ela deve ta na casa dele, vá dormir, não se preocupe.
Carol: Tem certeza de que esta com ele?
Chris: Tenho mãe vi os dois saindo juntos da boate. - um tanto impaciente.
Carol: Ok se esta com o Poncho eu fico mais tranqüila e feliz em saber que estão juntos.
Chris: Vamos ver até onde vai essa felicidade. - resmungou mal humorado.
Carol: O que disse?
Chris: Nada, mãe boa noite. - dando um beijo nela e subiu.
Carol: Boa noite querido. - respondeu vendo-o subir as escadas.
Poncho dormia pesado de bruços na cama depois da noite com Any, quando a mesma entrou
descalça vestindo apenas uma camisa dele que parecia um vestido curto nela. Segurava uma
bandeja que depositou na cômoda. Em seguida subiu na cama e engatinhou na direção de Poncho
inclinou o corpo pra frente e começou a dar beijos pelas costas dele e no pescoço. Poncho
começou a resmungar dando sinal de que estava acordando, Any sorriu e disse sem parar de
beijá-lo:
- Bebê acorda trouxe um presentinho pra vc.
Poncho virou na cama ficando de barriga pra cima e braços abertos ainda de olhos fechados. Any
sorriu apaixonada vendo o rosto feliz dele e disse beijando seus lábios e descendo pro peito dele:
- Anda meu anjo acorda.
Poncho: Hum... Isso é um sonho, não é? Eu to sonhando pode falar. - resmungou.
Any: Não ta sonhando meu amor. - sorrindo e deu um beijo nos lábios dele.
Poncho abriu os olhos e acariciando o rosto de Any disse:
- Se eu não to sonhando eu to morto porque to vendo um anjo na minha frente.
Any: Não sou anjo gatinho, olha só o que te trouxe.
Poncho resmungou quando Any se afastou, mas quando viu que foi pra pegar a bandeja se
sentou na cama passando as mãos no rosto e perguntou quando ela colocou a bandeja no seu
colo:
- O que é isso princesa?
Any: Seu café eu que fiz. - sorrindo.
Poncho: Hum. - pegando o copo de suco. - Nossa ta muito bom, não vai comer?
Any: Já comi, falta só vc e é bom se apressar porque senão vamos nos atrasar. - se levantando.
Poncho: Se atrasar? - perguntou enfiando um pedaço de panqueca na boca. - Pra que?
Any: Esqueceu aonde vamos todo domingo de manhã? - arrumando as roupas dele numa cadeira.
Poncho: Any! - a chamando e ela parou o que fazia pra encará-lo. - Não podemos faltar e ficar...
Any: Não senhor! - interrompendo-o.
Poncho: Mas ta tão bom aqui, vem pra cá vem. - batendo no colchão e tomou seu suco.
Any: Nada disso se eu for até ai só saímos dessa cama amanhã pra ir pra escola.
Poncho: Princesa vem cá só um pouquinho vai. - insistindo.
Any: Na, não. - negando com o dedo sorrindo.
Poncho: Já falei que vc ta linda com a minha camisa e que eu te amo? - terminando as
panquecas.
Any: Ainda não, mas pode falar o que quiser não vai me convencer a voltar pra cama. - sorrindo.
Ela ficou de costas pra ele e acabou não percebendo quando ele se levantou e colocou a bandeja
na cômoda indo na direção dela com um sorriso malicioso nos lábios.
Poncho: Nem se eu fizer isso? - a pegando no colo de surpresa.
Any: Poncho isso é sacanagem. - tentando não se render aos olhos esverdeados que a encaravam
com paixão. - A gente precisa ir pro orfanato.
Poncho: A única coisa que eu preciso agora é de vc. - falou sério quando a deitou na cama.
Any: Ah não assim vc ta apelando. - protestou sabendo que estava sucumbindo aos encantos
dele.
Poncho: Eu te amo Any! - acariciando o rosto dela.
Any: Também amo vc. - disse sorrindo derretida e fechou os olhos totalmente rendida.
Poncho sorriu e se apossou dos lábios de Any enquanto uma mão acariciava sua coxa e a outra
desabotoava a camisa dele que ela vestia. Novamente se entregaram um ao outro envoltos pela
paixão e desejo que tomava conta de ambos e a única forma que encontravam de aplacá-la um
pouco era na presença do outro. A verdade era que se amavam se desejavam e precisavam um do
outro mais do que qualquer outra coisa no mundo.
Um tempo depois no orfanato Juliana perguntou à Ucker:
- Anahí e Alfonso não vêm hoje?
Ucker: Eles devem ter se atrasado, mas daqui a pouco estão aqui.
Juliana: Será que aconteceu alguma coisa?
Ucker: Com certeza não, vai ver como daqui a pouco eles aparecerem.
Juliana: Ah ta é que queria perguntar uma coisa pra Any, mas se não conseguir da pra perguntar
amanhã imagino.
Ucker: Amanhã?
Juliana: É que amanhã ela vai vir pegar a Sara pra levar ao hospital e colocar um aparelho nela.
Ucker: Ah ta fiquei sabendo.
Juliana: Fiquei muito feliz, vc lembra como a Sara era antes da Any aparecer né?
Ucker: É eu lembro. - olhando a menina que brincava de roda com Lívia e duas meninas.
Juliana: Foi um anjo que trouxe ela pra cá.
Ucker: Com certeza. - confirmou com desdém.
Juliana: Bom eu vou resolver umas coisas lá dentro. - e saiu.
Sara parou de rodar e saiu pra buscar uma coisa. Voltou com um papel e cutucou Lívia
resmungando. Quando a garota viu o desenho de duas garotinhas com um homem e uma mulher
e Sara apontando os dois disse sorrindo:
- Ah vc quer saber onde esta a Any e meu irmão? - a encarando.
Sara entendeu afirmando com a cabeça e Lívia disse:
- Não sei... Mas já, já eles chegam ta?
Sara ficou séria, mas concordou com a cabeça parecendo tristinha.
Mai: Meninas querem brincar com a tia? - chegando.
Lívia: Eu quero. - sorrindo.
Mai: E vc Sara?
A menina encarou Mai, mas acabou confirmando com a cabeça.
Minutos depois Mai, Mariana e Dul brincavam com algumas crianças que pintavam ou
desenhavam figuras um tanto desengonçadas enquanto Ucker e Chris brincavam com alguns
garotos.
Quando Juliana saiu pro pátio o portão se abriu e Any e Poncho entraram, Juliana foi ao encontro
deles e sorridente e simpática como sempre disse:
- Que bom que chegaram, pensei que não viriam hoje.
Any: A gente acabou se atrasando (encarou Poncho que sorriu) nos desculpe.
Juliana: Não tem problema, Any depois eu quero falar com vc ta?
Any: Ta ok! - sorrindo. - Sobre o que quer falar?
Juliana: Bom é mais um favor, mas depois a gente conversa com licença. - e se retirou.
Poncho: O que será que ela quer?
Any: Não sei. - dando de ombros. - E viu só o que vc provocou, eu disse que a gente ia se atrasar.
Poncho: Meu amor ainda é nove horas.
Any: É, mas por sua causa a gente se atrasou meia hora.
Poncho: Ah, mas vc gostou não gostou. - sussurrou no ouvido dela que se arrepiou.
Any se soltou sorrindo e Poncho ajeitando os cabelos dela sussurrou:
- Te amo!
Any: Também te amo. - acariciando o rosto dele.
Lívia: Any! Tato!
Ambos se separaram e Any se virou pra frente a tempo de pegar Lívia que pulou no seu colo.
Poncho: Lívia assim vc machuca.
Any: Imagina que uma princesa dessas machuca. - dando um beijo no rosto dela.
Poncho: Eu não vou ganhar beijo não dona Lívia?
Lívia: Claro tato, mas a Any primeiro porque ela é menina. - indo pro colo dele o abraçando.
Any então viu Sara vindo na sua direção e se abaixou sorrindo dizendo:
- Oh minha bonequinha, tudo bem com vc? - a abraçando erguendo-a do chão.
Sara afirmou com a cabeça e tirando a chupeta deu um beijo no rosto de Any que sorriu.
Poncho: Ah também quero beijo.
Sara tirou a chupeta de novo e abraçando Poncho ainda no colo de Any lhe deu um beijo que ele
retribuiu carinhosamente. As duas meninas desceram do colo deles e Lívia disse:
- Vem vamos brincar.
Poncho: Ganhei beijo da Sara e da Lívia, será que ganho um seu também?
Any: Poncho para! - sorrindo.
Lívia: Vcs tão namorando já?
Os dois se encararam com a pergunta e sem conseguir mentir ou dizer a verdade Any perguntou:
- Por que acha isso?
Lívia: Porque vcs dois chegaram juntos, porque tão cochichando e não param de se olhar.
Poncho: Vc se importaria se a gente ficasse junto Lívia. - se ajoelhando na frente dela.
Lívia: Claro que não! É o que eu quero que vcs namorem. - sorrindo.
Poncho sorriu pra Any que sorriu de volta. Levantou-se e abraçou Any por trás Lívia sorriu e
disse:
- Vcs dois estão juntos?
- Uhum! - afirmaram os dois juntos.
Lívia: Eba! - abraçando os dois.
Any: Vc gostou Lívia?
Lívia: Uhum! - sorrindo. - Só falta uma coisa.
Poncho: O que?
Lívia: Um beijo entre vcs! - sorrindo.
Any: Mas Lívia.
Lívia: Ah, por favor.
Any: Poncho explica pra ela que... - encarando Poncho pedindo ajuda.
Poncho: Qual o problema amor, só um beijinho. - a encarando sorrindo.
Any: Ahn... É...
Lívia: Vai Any o que custa?
Any: Ta bem. - sorrindo envergonhada.
Poncho sorriu e aproximou seus lábios dos de Any depositando um beijo delicado nos lábios dela.
Lívia e Sara olharam atentas, ao se separaram ambos sorriram e Lívia disse pulando e cantando:
- Any e Poncho tão namorando! Any e Poncho tão namorando!
Os dois sorriram e os outros que estavam próximos olharam sérios. A única que sorriu foi
Mariana.
Um tempo depois Chris estava brincando com uns meninos quando seu celular começou a tocar,
viu que era de casa e perguntou atendendo:
- Fala mãe.
Carol: Querido vc esta no orfanato?
Chris: Uhum!
Carol: Sua irmã ta ai com vc?
Chris: Esta. - mal humorado.
Carol: Eu posso falar com ela?
Chris: Uhum, só um minuto.
Any brincava com Sara, Lívia e outras crianças quando Chris disse estendendo o celular:
- É a mamãe ela quer falar com vc.
Any: Obrigada. - pegando o celular. - Oi mãe.
Carol: Filha esta tudo bem eu te liguei no celular, mas não atendeu.
Any: Ué que estranho por que... Ah não! - colocando a mão livre no rosto.
Carol: O que foi?
Any: Eu esqueci meu celular na casa do Poncho, me desculpe não ter avisado.
Carol: Então vc passou a noite na casa dele?
Any: Uhum ficamos... Tomando conta da irmã dele.
Carol: Ah sim e é sério que vcs estão namorando?
Any: Uhum! - sorrindo e viu Poncho brincando de braço de ferro com alguns meninos.
Carol: Fico feliz filha, bom só liguei pra saber se estava tudo bem.
Any: Não se preocupe esta sim e desculpe não ter ligado.
Carol: Não se preocupe, até mais tarde.
Any: Até beijos... Te amo!
Carol: Também amo vc querida. - e desligou.
Any: A tia já volta. - se levantando e indo na direção dos meninos. - Chris?! Seu celular, obrigada.
Chris: De nada e da próxima vez avisa sua mãe onde vai dormir ok?
Any: Uhum. - sem jeito.
Chris: Era uma hora quando cheguei em casa e ela tava dormindo no sofá esperando por vc.
Any: Pela gente.
Chris: Não Anahí!... Por vc tanto que ligou e não perguntou como eu estava e sim se VC tava bem.
Any abaixou a cabeça chateada e Chris se retirou chateado. Poncho que estava perto e acabou
ouvindo o que eles disseram se aproximou de Any e disse a abraçando por trás:
- Não fica assim gatinha. - dando um beijo no rosto dela que sorriu fechando os olhos.
Any se virou pra Poncho e disse o encarando e acariciando seu rosto:
- Acho que vc ter me perdoado foi um presente pra mim não desistir porque não sei se agüentaria
tudo isso sem vc do meu lado. - e lhe deu um beijo.
Poncho a abraçou quando se separaram e disse:
- Sempre vou ta do seu lado meu anjo sempre.
Any: Jura?
Poncho: Juro. - sussurrou no seu ouvido beijando seus cabelos.
Any: Te amo Poncho, não me deixa nunca, por favor.
Poncho: Eu não vou deixar não se preocupe. - a soltando.
Trocaram um beijo caloroso se separando quando Juliana chegou e perguntou:
- Any desculpa interromper, mas posso falar com vc rapidinho?
Any: Claro! - sorrindo. - Já volto meu amor. - deu um selinho nele e saiu.
Juliana: Queria te fazer um convite, mas é como se fosse um pedido. - entrando na sala da
diretoria.
Any: Pode falar.
Juliana: Eu te vi dançando ontem e ensinando as crianças e queria pedir se vc não pode pegar
uma música e montar uma coreografia com elas é que vai ter um festival voltado pra crianças
carentes domingo que vem e o grupo que apresentar uma coreografia criativa vai ganhar cesta
básica e recursos pra ajudar o orfanato.
Any: Então quer que eu prepare uma coreografia pra eles até domingo?
Juliana: Isso vc acha que da tempo.
Any se lembrou que a semana seria de provas, mas respondeu sorrindo:
- Minha semana vai ficar um pouco mais apertada, mas eu posso vir aqui todo os dias umas 5
horas ensaia-los, ai sábado dou mais uma geral com eles e até domingo vão estar prontos.
Juliana: Jura que vc topa?
Any: Uhum, sem problema algum.
Juliana: Ai muito obrigada!
Any: Não me agradeça ainda só se a gente conseguir trazer esse prêmio pra cá.
Juliana sorriu e Any sorriu de volta.
Mais tarde já na hora de ir embora Any se despedia de Sara quando Mariana chegou sorrindo:
- É muito bom ver a cara de felicidade de vcs principalmente a sua.
Poncho: Graças à vc, obrigado de verdade.
Mariana: Não precisa agradecer.
Any: Precisa sim! - chegando sorrindo. - Deixa de se fazer de modesta.
Mariana: Mas não fiz nada, só fiz com que enxergassem o que estava na cara de vcs.
Any: Por isso que a gente agradece.
Mariana: Vcs sabem que vão me agradecer muito se cuidarem um do outro.
Poncho: Isso a gente vai fazer não se preocupe. - abraçando Any de frente pra ele.
Dul: Mah vamos nessa?
Mariana: Bom to indo, boa noite.
Any: Boa noite. - sorrindo.
Poncho: Tchau. - acenando pra Mah e pros outros.
Any: Bebê. - falou manhosa o encarando.
Poncho: Oi meu amor. - a encarando com ternura sorrindo.
Any: To com frio! - fazendo bico beijando o queixo dele.
Poncho: Deixa que eu esquento vc. - a abraçando com força lhe dando um beijo caloroso.
Lívia: Tato vamos? - e os dois se soltaram. - Any vai pra casa também?
Any: Vou lá buscar meu celular e depois vou pra casa.
Lívia: Mas brinca comigo um pouco?
Any: Brinco sim! - sorrindo.
Lívia: Então vamos. - saindo na frente.
Poncho: E comigo vc vai brinca também? - sussurrou a abraçando por trás.
Any: Poncho! - sorrindo envergonhada.
Quando chegaram na casa de Poncho e Lívia a mesma roubou a atenção de Any pedindo que a
mesma brincasse de boneca com ela enquanto Poncho cozinhava. Quando terminou Poncho subiu
até o quarto de Lívia encontrando as duas gargalhando divertidas, bateu na porta e disse:
- E ai alguém ta com fome? Tem nhoque esperando alguém lá em baixo.
Lívia: Nhoque! Eba! - se levantando correndo.
Any começou a ajeitar as bonecas e Poncho disse segurando sua mão:
- Deixa ai meu amor, daqui a pouco ela vai querer brincar mais acredite.
Any: Ah ta bom então. - sorrindo.
Poncho: Obrigado!
Any: Pelo que? - estranhando.
Poncho: Por brincar e cuidar da minha irmã com toda essa paciência e esse carinho.
Any: Acha eu adoro brincar com a Lívia.
Poncho: Eu sei e agradeço porque minha irmã se sente sozinha aqui, não é sempre que da pra
mim brincar de boneca com ela e meus pais vivem viajando e não dão atenção pra ela.
Any: Entendo gatinho, mas e vc... Não quer um pouquinho de atenção não. - enlaçando seu
pescoço.
Poncho: Cuidado que eu te prendo nesse quarto e te deixo sem jantar hein.
Any: Então vamos comer primeiro ok? - o soltando sorrindo.
Poncho: Ok e assim que a minha irmã sossegar vc é só minha. - sorrindo e lhe beijou.
Any: Uhum! - sorrindo de volta.
Desceram pra jantar e em seguida por idéia de Lívia começaram a brigar de guerra de travesseiro
correndo por toda a casa a garota gritava:
- Vcs não me pegam.
Any: Ah agora vc me paga! - se levantando descalça.
Mas quando foi andar Poncho a puxou calando-a com um beijo ardente.
Any: Hum... Poncho eu...
Mas ele a calou com outro beijo cheio de desejo deslizando a mão pra dentro da blusa acariciando
seus seios, Any suspirou entre o beijo acariciando a nuca dele o arrepiando. Foi então que algo os
atingiu e ouviram as risadas de Lívia. Poncho soltou Any dizendo:
- Vamos pegar ela princesa.
Lívia gritou e saiu correndo gargalhando. Quando se cansaram Any foi ajudar Lívia a tomar banho
enquanto Poncho arrumava a cozinha. Any acabou tomando banho com Lívia e sem ter outra
roupa pra trocar se enrolou num roupão, Lívia estava penteando os cabelos de Any quando
Poncho entrou.
Poncho: Ué acabou dando e levando banho?
Lívia: Pois é.
Poncho: Ta tudo bem por ai.
Any: Uhum! - sorrindo e o encarando.
Poncho: Bom vou tomar um banho e Lívia chega de farra ta? É hora de ir pra cama.
Lívia: Ta bom!
Poncho deu um beijo em Any e Lívia e saiu pra tomar banho. Quando Lívia terminou de pentear
os cabelos de Any disse sorridente e orgulhosa:
- Vc ta linda, meu irmão vai babar em vc.
Any: Vamos dormir agora então mocinha? - sorrindo e se levantando do banquinho.
Lívia: Conta uma história pra mim?
Any: Conto sim! - sorrindo.
Lívia pegou um livro com histórias e subiu na cama engatinhando, deitou chamando Any que
sentou ao seu lado e começou a ler pra ela que sorriu com a cabeça deitada na barriga de Any.
Quando Poncho entrou no quarto viu que apenas o abajur estava aceso e parou vendo Any fechar
o livro e levantar da cama com cuidado pra não acordar Lívia. Ficou encantado vendo a
delicadeza com que Any cobriu a menina e por um momento se permitiu imaginar que era casado
com Any e Lívia era filha deles, acabou sorrindo sendo notado por Any que se aproximou de
vagar e disse:
- Ela acabou dormindo... Acho que vou nessa meu amor.
Poncho: Não senhora. - a puxando pra fora do quarto. - Eu te avisei que seria só minha depois
que minha irmã apagasse.
Any: Eu sei, mas dormir aqui pelo 3º dia seguido é demais.
Poncho: É nada, vem comigo.
Any: Poncho sua irmã.
Poncho: Ela não vai acordar vem.
Any foi arrastada por Poncho até o quarto dele. Quando trancou a porta Any disse se afastando:
- Bebê amanhã tem escola, semanas de provas, melhor eu ir embora.
Poncho: Ah ta pra cuidar da minha irmã vc pode ficar né? Ta bom. - sentando na cama de costas.
Any sorriu mordendo o lábio inferior vendo as costas nuas de Poncho, sem resistir subiu na cama
e engatinhou até onde ele estava. Começou a dar beijos e acariciar os cabelos olhados de Poncho
dizendo:
- Não fica bravo comigo não bebê.
Poncho: Então dorme aqui... Hum! - se virando.
Começou a dar beijos no pescoço dela mordiscando sua orelha que sorriu arrepiada de olhos
fechados. Acariciou os cabelos dele dizendo:
Any: Ai isso é sujeira vc sabe que eu não resisto a vc. - se deitando com ele em cima dela. - Ta
bravo comigo ainda meu amor? - fazendo bico acariciando o rosto dele.
Poncho desfez o laço do roupão e começando a massagear a intimidade dela perguntou:
- Isso responde sua pergunta?
Any: Ai... Responde! - arranhando as costas dele excita. - Mas me deixa... Começar primeiro.
Poncho contornou os lábios dela com a língua e a soltou parando de massagear a intimidade dela.
Any: Vai senta de novo. - amarrando o roupão.
Poncho obedeceu ficando de costas e Any se aproximou, começou a massagear os ombros dele
dando beijos e assoprando em sua nuca dizendo:
- Que gatinho mais tenso.
Poncho: Garanto que essa tensão não é muscular. - de olhos fechados.
Any: Hum... Interessante! - sorrindo.
Começou a dar beijos nas costas dele arranhando seu peito. Poncho segurou uma das mãos dela
dando um beijo caloroso e sussurrou:
- Te amo bebê. - levando a mão dela até a bermuda que usava.
Any: Também te amo príncipe. - mordiscando a orelha dele.
Afundou a mão dentro da bermuda ficando em contado com o membro dele que gemeu quando
ela começou a acariciá-lo fazendo-o gemer e apertar os lençóis da cama. Após massagear todas
as costas dele com beijos e arranhões de leve Any se levantou da cama e se ajoelhou com a ajuda
de uma almofada de frente pra Poncho, ele foi outra vez desfazer o laço do roupão quando ela
disse:
- Não faz nada!
Poncho: Só pra mim poder tocar vc.
Any o deixou tirar o roupão e começou a beijar o peitoral dele enquanto uma mão acariciava sua
coxa e a outra o membro afastando a bermuda. Poncho puxou Any beijando seu pescoço e
lambendo com ansiedade enquanto uma mão apertava os seios dela e a outra escorregou pra
intimidade dela a penetrando. Any gemeu fechando os olhos apertando o braço de Poncho
fazendo pressão pra que ele a penetrasse mais fundo enquanto mordia a orelha dele e dava
chupões em seu pescoço como ele fazia com ela. Aos poucos ele foi se inclinando pra frente sem
deixar de penetrá-la com dois dedos e a deitou no chão lambendo seus lábios, mordendo seu
queixo e fez um caminho com a língua até os seios dela onde sugou com uma fome que os levava
a loucura. Any tentava controlar os gemidos com medo de acordar Lívia, mas era quase
impossível sentia que algo dentro dela pegava fogo e somente Poncho seria capaz de acalmar.
Any: Me beija!
Mas Poncho fingiu não ouvi-la e desceu a língua até a intimidade lambendo com a ponta da
língua.
Any: Por favor, acaba com isso ou vou acordar sua irmã. - suplicou.
Poncho riu e Any se arrepiou sentindo a respiração dele em sua intimidade. Poncho então a
penetrou com a língua fundo enquanto acariciava sua barriga. Any mordeu o lábio tentando
abafar um pouco seu grito, sentindo que ia enlouquecer enquanto puxava os cabelos de Poncho.
O mesmo tirou finalmente sua cueca e subindo em cima de Any a penetrou com força o mais
fundo que conseguiu gemendo de prazer e vendo-a gemer. Rapidamente chegaram ao clímax
juntos Any deitou a cabeça na almofada e disse ofegante:
- Vc ainda... Vai me matar!
Poncho: É vc quem vai me enlouquecer com esse corpo perfeito... Vc me deixa maluco sabia?
Any: Sabia por que vc também me enlouquece.
Poncho: Espero que a Lívia não tenha acordado. - sorrindo.
Any: Por favor! - sorrindo brincando com os cabelos dele que lhe caiam no rosto. - Eu te amo.
Poncho: Também te amo, sou completamente apaixonado por vc querida.
Any o abraçou beijando seu ombro sentindo os olhos ficarem marejados. Poncho percebendo
disse:
- O que foi princesa?
Any: Nada não, me lembrei de uma coisa só isso, mas é besteira.
Poncho a beijou e Any perguntou:
- Quer ir comigo ao médico levar a Sara amanhã?
Poncho: Uhum!
Any: Ótimo. - sorrindo e se beijaram.
Poncho e Any acabaram dormindo juntos. Ela de barriga pra cima com uma mão ao lado do corpo
e a outra sobre os cabelos de Poncho que dormia com a cabeça sobre sua barriga e um braço em
volta da cintura dela. Ele acabou sendo o primeiro a acordar, acariciou a cintura de Any dando um
beijo na barriga dela passando a admirá-la em seguida. Any suspirou e se mexeu na cama
virando o rosto e inclinando o corpo pra frente fazendo uma mexa cair em seu rosto, mas não
acordou. Poncho sorriu apaixonado, aproximou a mão do rosto dela colocando a mexa que caíra
atrás da orelha, começou a distribuir beijos pela barriga dela. Ela resmungou sorrindo e ele disse
subindo os beijos:
- Acorda minha linda! - beijando entre os seios cobertos pela camisa dele.
Any: Cinco... Minutos. - resmungou acariciando os cabelos dele que beijava seu pescoço e ombro.
Poncho: Bom dia minha gatinha preguiçosa. - dando um selinho nela que abriu os olhos.
Any: Acho que quem morreu hoje foi eu... Bom dia meu anjo!
Poncho: Vamo levantar? - a encarando sorrindo.
Any: Ah jura? Ta tão bom aqui! - contornando o rosto dele com as costas da mão direita.
Poncho: Uhum ontem vc me fez levantar e hoje eu vou fazer vc levanta porque temos aula e
prova.
Any: Me esqueci desse detalhe. - sorrindo passando a ponta do dedo em torno dos lábios dele.
Poncho: Então levanta meu amor se não vou aceitar suas provocações. - dando um beijo nela.
Quando ele saiu da cama Any se sentou perguntando:
- Lívia já acordou?
Poncho: Ainda não.
Any: Gatinho acho que eu já vou, pelo menos passo em casa e troco de roupa.
Poncho: Toma café comigo. - fazendo bico.
Any: Ah ta e vou pra escola vestida assim? - se apontando.
Poncho: E vc acha que eu vou deixar vc ir pra lá assim? - a encarando sério. - Por isso que eu
arrumei isso aqui. - sorrindo.
Any: Onde arrumou essas roupas?
Poncho: Uma prima veio dormir em casa e acabou deixando aqui! Pelo que lembro vcs duas tem o
mesmo tamanho acho que vai te servir.
Any pegou a calça jeans, a blusa de manga comprida branca e depois de examiná-las bem disse:
- Uma prima é?
Poncho: É uma prima! - trocando de roupa na frente dela.
Any: Hum e... Rolou alguma coisa entre vcs dois?
Poncho: Ah vc sabe como são essas coisas de primo ainda mais quando os dois tem a mesma
idade, são bonitos e os nervos estão à flor da pele. - disse de costas pra provocá-la contendo o
riso.
Any: Sei bem como é. - mal humorada. - E vc é um mentiroso. - jogando as roupas nele.
Poncho: Por que bebê?
Any: Por que bebê? - o imitando fazendo uma careta se levantando da cama. - Porque vc me falou
que só eu tinha deitado aqui, mas com certeza a sua priminha também deitou.
Poncho: Meu amor... - sorrindo pegando na mão dela.
Any: Me deixa! - se soltando com raiva. - Eu vou pra minha casa. - e bateu a porta do banheiro.
Lívia apareceu esfregando os olhos e perguntou:
- Vc e a Any brigaram?
Poncho: Não meu anjo, vai descendo e tomando seu café que daqui a pouco a gente vai.
Lívia: Ta. - e saiu.
Em minutos Any saiu do quarto já trocada com suas roupas mesmo e séria. Quando estava saindo
Poncho a puxou pra dentro do quarto dizendo:
- Vem cá que eu quero falar com vc.
Any: Poncho eu tenho que ir embora.
Poncho: Meu amor vc ficou brava com o que eu falei?
Any: Não imagina, quando vc for em casa eu te conto sobre os primos bonitos e gostosos que já
aparecerão por lá também ai a gente fica kit. - enciumada e irritada.
Poncho: Minha linda eu tava brincando com vc essas roupas são de uma prima sim, mas não
aconteceu nada entre a gente.
Any: Mentira. - cruzando os braços.
Poncho: É verdade, ela tava aqui só passando as férias e não tinha nada demais, nada de
chamativo ao contrário de vc que já mexia comigo.
Any: Se tiver mentindo eu te mato.
Poncho: Não to mentindo meu amor, verdade. - sorrindo.
Any: Então porque falou aquilo?
Poncho: Pra te provocar porque adorei ver sua carinha enciumada quando eu disse que as roupas
eram da minha prima.
Any: Ai eu te odeio Poncho, te odeio. - batendo nele brava.
Poncho: Não foi “eu te odeio” que escutei vc sussurrar ontem à noite. - segurando as mãos dela.
Any: Me solta, a gente tem que ir embora.
Mas quando foi sair do quarto Poncho a puxou arrancando-a do chão e calou os protestos dela
beijando-a com sofreguidão e paixão sugando os lábios dela percorrendo toda a boca dela com
sua língua. Any não resistiu e retribuiu a altura enquanto acariciava os cabelos dele. Separaram-
se com dois selinhos e Poncho disse mordendo o lábio inferior dela:
- Te amo minha ciumenta.
Any: Também te amo seu mentiroso. - sorrindo.
Poncho a beijou de novo e desceram pra tomar café.
Quando chegaram na escola se separaram e cada um foi pra sua sala. As duas primeiras aulas
foram de provas pra todos nas diversas matérias. Quando acabaram as provas se encontraram
todos na cantina e Mai disse:
- Gente minha prova de Geografia tava de dar medo.
Dul: E a minha de Matemática, acho que nunca vi tanto número junto.
Chris: A nossa de matemática é amanhã né Ucker?
Ucker: Uhum hoje foi de Física.
Mariana: A minha é só quinta espero conseguir entender umas coisas até lá.
Mai: A gente vai estudar hoje de novo vamos com a gente.
Chris: É vai ser na minha casa como sempre.
Mariana: Será que tem problema se eu for?
Dul: Nenhum imagino que Anahí tenha te pedido desculpas sábado né?
Mariana: Uhum! Vcs deviam perdoá-la.
Ninguém falou nada, mas pela cara ficou claro que não gostaram do comentário.
Poncho: Bom dia gente! - chegando de mãos dadas com Any.
O pessoal ficou sério e Mai respondeu meio de mau humor:
- Bom dia! Como foram as provas?
Poncho: Bem o problema vai ser na quinta né Mah?
Mariana: Pois é, espero que não ligue de me ajudar até lá.
Poncho: Sem problemas. - sorrindo e encarou Any que sorriu de volta.
Ucker: Por falar em estudar a gente vai estudar hoje na casa do Chris, vc ta convidado.
O “vc ta convidado” deixou claro que Any estava fora do grupo de estudos que montariam na
própria casa, ela abaixou a cabeça tentando esconder o constrangimento se esforçando pra não
sair dali correndo. Poncho percebeu o que se passava com ela, então a abraçou por trás e disse
se aproximando da mesa arrastando ela com ele:
- Vou adorar estudar na casa da minha gatinha vai dar pra namorar bastante né? - beijou seu
rosto.
Any: Uhum! - respondeu forçando um sorriso sem graça.
Mariana sorriu pra ela demonstrando apoio e disse tentando quebrar o clima:
- Alguém mais além de nós dois né Poncho vai fazer prova agora?
Chris: Eu.
Dul: E eu.
O sinal então tocou e Mariana disse se levantando:
- Bom gente boa sorte pros que ainda tem prova hoje.
Chris: Valeu.
Any: Vamos precisar né Dul? Vc foi bem na sua prova de matemática?
Dul: Acho que sim e vc? - fria.
Any: Também. - sorrindo.
Dul: Bom pra vc. - respondeu seca e Any abaixou a cabeça.
Poncho: Vou encarar a prova de Português agora, mas na saída à gente se vê ta? - a virando.
Any: Uhum! - respondeu sorrindo triste.
Poncho: Não fica assim meu anjo. - acariciando o rosto dela. - Vai me da um sorriso. - a soltando.
Any sorriu triste, Poncho cruzou os braços sério e disse franzindo o cenho:
- Que sorriso desanimado.
Any sorriu e Poncho disse sorrindo de volta:
- Melhorou, ainda não é o que eu quero, mas melhorou. - a abraçando e lhe deu um beijo.
Any: Obrigada por me amar e ser assim comigo Poncho.
Poncho: Eu quem agradeço por vc ser especial assim e me fazer tão feliz... Te amo! - sorrindo.
Any: Eu também te amo muito.
Poncho acariciou os cabelos de Any lhe dando um beijo e disse quando a soltou:
- Até mais tarde!
Any: Até!
Poncho: Vou ficar com saudades.
Any: Eu também. - acariciando o rosto dele.
Trocaram mais um beijo e cada um foi pra sua sala.
Na hora da saída Léo encontrou Any e disse:
- E ai Any como foi seu primeiro dia de prova?
Any: Bom! - respondeu com um sorriso. - E o seu?
Léo: Também, pior que ainda não acabou né?
Any: Pois o bom é que depois dessa... Férias!
Léo: Ta esperando alguém?
Any: Uhum o...
Léo: Olha na sexta feira agora eu vou sair com um pessoal pra uma raive, quer vir comigo?
Any: Raive?
Léo: Isso vai começar sexta umas 11 horas e acaba domingo umas 6 horas com muita música,
muita bebida e muita diversão do jeito que vc adora.
Any: Desculpa, mas eu não vou poder ir tenho compromisso sábado de manhã.
Léo: Ué vai e fica até a hora do seu compromisso.
Any: Acontece que não vai ser uma boa idéia chegar ao lugar que eu vou sábado bêbada e com
sono.
Léo: Então não vai ao seu compromisso, vamos comigo pra raive, lá vc relaxa, se diverte como
antes... Podemos até relembrar algumas coisas o que acha? - se aproximando dela.
Any: Não obrigada! - se afastando.
Léo: Ah não é possível isso, cadê aquela Any que adorava raive e diversão?
Any: Eu ainda gosto, mas esse final de semana não vai dar.
Léo: E um flash back entre a gente não rola? - voltando a se aproximar.
Any: Não Léo sem chances. - sorrindo sem jeito desejando que Poncho demorasse mais um
pouco.
Léo: Por que se vc sempre gostou de ficar comigo?
Any: Isso antes Léo agora eu to namorando e to apaixonada de verdade.
Léo: Isso é sério? - sem acreditar.
Any: É sim.
Léo: E quem vc ta namorando?
Poncho: Any ta namorando comigo algum problema? - sério.
Any percebeu que ele estava com ciúmes e numa tentativa de acalmá-lo disse depois de lhe
beijar:
- Como foi de prova meu amor?
Poncho: Bem. - respondeu sério sem tirar os olhos de Léo.
Léo: Então vcs dois estão namorando?
Poncho: Uhum! - respondeu seco e Any desejou não ser Léo imaginando o que se passava na
cabeça do namorado. - E vc pelo jeito ficou muito surpreso né? Na certa não sabia de nada já que
estava convidando minha namorada a ficar com vc.
Léo: Me desculpa Poncho eu não sabia e me surpreendi de verdade quando ela disse que tava
namorando e fiquei mais surpreso quando vi que era com vc.
Any não sabia se ria da cara de Léo que estava totalmente sem graça ou se temia pela cara de
Poncho que estava séria e nem um pouco amistosa quando ele respondeu:
- É eu percebi isso, mas agora que já esta tudo esclarecido tenha uma boa tarde.
Any e Léo perceberam na hora que ele estava sendo dispensado com o mínimo de delicadeza
possível e ele disse sorrindo sem graça:
- Tenha uma boa tarde vcs dois também e... Felicidades!
Any: Obrigada. - respondeu pasma e em seguida começou a rir.
Poncho: Qual a piada Any? - a encarando sério.
Ela parou de rir na hora e perguntou:
- Bebê o que foi?
Poncho: Só quero que saiba que eu não achei nenhum pouco engraçado ele ter dado em cima de
vc.
Any: Vc ta com ciúmes? - sorrindo ternamente acariciando seu rosto.
Poncho: Claro me diz uma pessoa que não ficaria? - chateado.
Any: Ah, mas não precisava gatinho, vc acha que eu vou te trocar pela galinha do Léo?
Poncho: Não sei há um tempo atrás vc me dispensava pra ficar com ele.
Any: Ta isso é verdade, mas só acontecia porque eu era uma maluca irresponsável e não era
apaixonada por vc... Ou acha que eu faria isso agora?
Poncho: Não eu espero que não.
Any: Então será que vc pode desmanchar essa cara e me dar um beijo decente coisa que vc não
fez ainda? - sorrindo como uma boa menina o admirando.
Poncho sorriu vencido pelo jeito de Any, a abraçando tirando-a do chão lhe deu um beijo cheio de
saudade, paixão e possessivo como se quisesse mostrar a todos que ela era só dele.
Poncho: Desculpe-me ta? Pode não parecer, mas eu confio em vc. - acariciando seus cabelos.
Any: Eu acredito meu amor e não precisa pedir desculpas ok? - lhe dando um selinho.
Poncho a abraçou beijando seus cabelos, como era bom ter ela perto dele e só pra ele depois de
tudo o que aconteceu. Estava tão feliz por saber que ela o amava tanto quanto ele que o ciúmes
de Léo desaparecera na hora. A única coisa que ele desejava era ficar com ela pro resto da vida.
Any sorria de olhos fechados sentindo o perfume dele e lembrando das duas últimas noites que
passaram juntos sentindo o corpo se arrepiar ao lembrar de como Poncho a tocava e beijava
quando estavam sozinhos, estava tão feliz ao lado dele que nem as más criações do irmão e seus
amigos a incomodava, a única coisa que lhe dava medo e perturbava sua felicidade era não saber
o que lhe aconteceria quando chegasse a meia-noite do dia 24 dando inicio ao dia 25 de
dezembro. Quando Poncho a soltou ela teve que disfarçar a preocupação perguntando:
- Quer pegar a Lívia e levar ela com a gente ao médico de novo hoje?
Poncho: Boa idéia. - sorrindo.
Depois de pegarem Lívia na escola, foram pro orfanato e buscaram Sara. Quando saíram do
hospital Sara estava diferente, andava atenta olhando todos os lugares e quando se assustava
com algum barulho corria pro colo de Any ou de Poncho, mas rapidamente voltava pro chão
admirando atenta o novo mundo que se abria pra ela. Any sorriu feliz abraçando Poncho que
disse sorrindo pra ela:
- Parabéns meu anjo.
Any: Tomara que com a cirurgia ela se cure porque ter que ficar trocando de aparelho todo o ano
vai ser foda.
Poncho: O aparelho é só pro ouvidinho dela se acostumar com os sons, depois da cirurgia se tudo
dar certo ela não vai mais precisar do aparelho e se precisar vai ser um permanente.
Any: Tomara que tudo dê certo.
Poncho: Pra quando ele marcou a cirurgia?
Any: Pro dia 7 de dezembro.
Pararam de conversar quando Sara os chamou com a ajuda de Lívia.
À noite o pessoal estava estudando Química matéria que todos ainda fariam prova.
Chris: Ucker tem certeza que vai cair isso na primeira prova?
Ucker: Tenho a professora falou.
Mai: Então vamos ver isso aqui, mas sério achei um saco terem três semanas de prova.
Dul: Vão ser três porque serão duas provas de cada matéria e pra ajudar quinta e sexta agora
não tem aula, pelo menos à gente da uma descansada né?
Mariana: Uhum! - sorrindo. - Poncho se acalma daqui a pouco a Any chega. - cochichou sorrindo
pra ele vendo que ele não parava de olhar o relógio.
Poncho: Acho melhor eu descer, ela não vai subir aqui.
Mariana: Vc que sabe. - dando de ombros sorrindo.
Chris: Gente vou buscar alguma coisa pra comermos ok?
Poncho: Eu desço com vc pra te ajudar a trazer as coisas.
Mai: E a Anahí né? - cochichou pra que só amigos ouvissem.
Lá em baixo Any chegou exausta jogou as chaves na mesinha de vidro ao lado da porta e a bolsa
no sofá se jogando no mesmo em seguida. Carol apareceu saindo da cozinha dizendo:
- Oi querida como foi no orfanato?
Any: Bem! - sorrindo cansada. - Tenho certeza que eles vão aprender tudo certinho até domingo.
Carol: Que bom Poncho me disse que colocaram o aparelho na Sara hoje como ela esta?
Any: Resumindo: atrás de tudo o que faz barulho. - sorrindo.
Carol: E já esta falando?
Any: Ainda não, mas as seções de quarta com a fonoaudióloga vão ajudá-la tenho certeza.
Carol: Que bom. - sorrindo.
Any: Espera ai vc disse que o Poncho te falou do aparelho? Ele ta aqui? - sorrindo.
Carol: Sim lá em cima com os outros.
Any: Ah ta. - desanimando.
Carol: O que foi?
Any: Nada mãe.
Chris então desceu e disse ignorando a presença da irmã:
- Mãe vou pegar um lanche pra gente.
Carol: Ok eu vou lá te ajudar. - e saiu.
Any fechou os olhos afundando no sofá. Poncho desceu as escadas e quando viu Any se
aproximou sem ser notado. Inclinou-se na direção de Any e começou a dar beijos no pescoço dela
que sorriu arrepiada. Acariciou os cabelos dele dizendo:
- Ai que saudade desses mimos!
Poncho se afastou pra encará-la e perguntou sorrindo:
- Como foi lá?
Any: Cansativo, mas muito compensador. - brincando com os cabelos dele que lhe caiam na testa.
Poncho sentou ao seu lado e Any deitou a cabeça no ombro dele. Poncho a abraçou perguntando:
- Estão conseguindo pegar a coreografia?
Any: Uhum! - resmungou se aconchegando. - Até domingo eles vão estar prontos tenho certeza.
Poncho: E vc professora muito cansada?
Any: Um pouquinho. - mostrando a mão quase juntando o dedão com o dedo indicador.
Poncho: Ta cansada mesmo porque nem me deu um beijo ainda. - se fingindo de magoado.
Any se levantou depressa e disse dando selinhos nele:
- Ah bebê! (selinho) Me desculpa, (selinho) me desculpa, (selinho) me desculpa (selinho) hum?
(selinho) Não foi por mal (selinho) desculpa a Any? - o encarando triste.
Poncho sorriu negando com a cabeça e segurando o rosto de Any entre as mãos disse:
- Claro que eu te desculpo minha princesa.
Em seguida lhe deu um beijo exigente e apaixonado deitando-a no sofá lhe fazendo cócegas, Any
começou a rir se separando do beijo pedindo enquanto se contorcia:
- Ai não bebê para, por favor, para! - gargalhando.
Poncho: Então diz que vc me ama.
Any: Eu te amo! - sorrindo. - Quero passar o resto da minha vida com vc, mas, por favor, não faz
mais cócegas meu amor.
Poncho parou e disse a encarando apaixonado:
- Eu gosto de ouvir vc rir meu anjo.
Any: Também gosto de te ouvir rir. - o abraçando enchendo-o de beijos no rosto.
Chris então saiu da cozinha com uma bandeja e perguntou seco:
- Vamos voltar pra lá Poncho?
Poncho encarou Any que o tinha soltado quando o irmão entrou e ela disse:
- Vai lá!
Poncho: Vem comigo. - segurando a mão dela.
Any: Eu vou tomar um banho e qualquer coisa eu... Faço uma visita ao quarto do meu irmão. - e
encarou Chris que estava de cara séria segurando a bandeja.
Poncho: Ta bem. - se levantando junto com ela.
Any sorriu, deu um beijo em Poncho e subiu. O mesmo encarou Chris dizendo:
- Não fala nada, por favor.
Chris: Já desisti de falar. - e subiu.
Quando abriram à porta, Poncho sentou ao lado da Mariana que cochichou:
- Ela chegou?
Poncho: Uhum foi tomar um banho.
Dul: Poncho explica esse negócio de Química pra mim de novo.
Poncho se aproximou e pegando o livro disse:
- Esse lance de pH é muito fácil, olha é o seguinte...
Um tempo depois Any saiu do banheiro e se assustou quando Caspian apareceu do nada dizendo:
- Tava com saudade desses pulos.
Any: É to percebendo, mas o que aconteceu pra sumir por dois dias?
Caspian: É que recebi uma nova missão.
Any: Que missão?
Caspian: Vir pra Terra como humano.
Any: Vai perder seus poderes?
Caspian: Não, mas minha asa vai ficar escondida.
Any: Entendi, mas vão poder te ver?
Caspian: Sim, mas ainda posso desaparecer e aparecer quando der vontade.
Any: E me matar de susto né?
Caspian: Já disse que tem que se acostumar.
Any: Sim eu sei, agora posso me trocar? Ainda to de toalha e isso não é traje humano entende?
Caspian: Eu sei, mas preciso saber como andam as coisas, se conseguiu o perdão de alguém.
Any: E vc não sabe oh grande anjo conselheiro Caspian! - fazendo uma reverência contendo o
riso.
Caspian: Não sei e pelo seu bom humor mais elevado que o habitual suponho que tenha
novidades.
Any: Sim. - voltando à posição normal suspirando. - Eu e Poncho estamos namorando.
Caspian: Olha só que excelente noticia. - sorrindo. - Mas eu já sabia e vi tudo o que fizeram nas
duas noites que passaram juntos.
Any: Sabe? - séria sentindo que corava da cabeça aos pés.
Caspian: Sim e não imaginava toda aquela agilidade vindo do Poncho vc deve ter ficado maluca.
Any: Caspian?! - surpresa.
Caspian: Sem contar vc né dona Anahí? - rindo.
Any: Da pra parar vc esta invadindo a minha privacidade. - tentando conter a vergonha.
Caspian: Desculpe, mas acho que como vc esta sendo vigiada por mim e pelos céus, não da pra
exigir privacidade Any tststststs! - fazendo que não com o dedo.
Any: Achei que a gente estivesse sempre sendo vigiado por vcs.
Caspian: Vc esta sendo vigiada devido essa missão, os demais humanos são OBSERVADOS!
Any o encarou brava e Caspian disse:
- Mas não precisa se irritar pelo que falei de vc e do Poncho, acha que me interessaria por esse
tipo de coisa? Pensei que soubesse que sou desprovido de sentimentos humanos.
Any: É vc só possui afeto e amor, mas consegue ser bem irritante também quando quer.
Caspian: Aprendi com vc. - sorrindo.
Any: Seu palhaço não tem graça. - tacando um ursinho de pelúcia nele.
Caspian desvio e ficando sério perguntou:
- Mas vc esta bem?
Any: Uhum to tão feliz Caspian amo tanto o Poncho que às vezes até me surpreendo comparado
ao que eu era antes. - sorrindo sem jeito.
Caspian: E esta tudo bem entre vcs com relação aos outros?
Any: Bom eles odiaram quando viram a gente e sei que pensam e até falam às vezes eu só quero
brincar com o Poncho, mas juro que não é verdade que...
Caspian: Any não precisa me dar explicação, sei que vc esta mudada e que o ama de verdade.
Any: Mas a reação dos outros não me preocupa ao contrário de uma outra coisa. - disse e sua
feição aderiu uma mistura de tristeza, medo e preocupação.
Caspian ficou sério e pensativo quando disse:
- Imagino qual seja sua preocupação a considero completamente normal me preocuparia se não
se importasse com ela.
Any: Vc pode me responder uma pergunta relativa a esse problema?
Caspian: Sim, mas imagino que vc sabe a resposta.
Any: Bom agora que vc sabe com o que estou preocupada, pode me responder o que vai
acontecer comigo e com o Poncho se meu prazo terminar e eu não ter conseguido o perdão de
todos?
Caspian: A resposta vc sabe Any no fundo vc sabe... Se seu prazo acabar e alguém não tiver te
perdoado, vcs vão se separar sabe disso. - vendo os olhos dela ficarem marejados. - Mas não se
desespere vc tem tempo e grandes chances de conseguir.
Any: Não sei Caspian eles parecem tão irredutíveis, queria ir de um em um, mas não sei por onde
começar vai ser difícil conquistar a confiança de qualquer um deles.
Caspian: Não posso falar, mas surpresas te aguardam Any é só ter paciência.
Any: Eu não quero me separar do Poncho, Caspian não quero. - começando a chorar.
Nisso ouviram batidas na porta Caspian desapareceu e Any enxugando o rosto perguntou:
- Quem é?
Carol: Sou eu filha, vim te trazer um lanche.
Any abriu a porta se enrolando em um roupão dizendo:
- Obrigada mãe, mas não precisava.
Carol: Que isso vc não deve ter comido nada o dia inteiro levando o Sara pro médico e depois indo
ao orfanato, já jantamos, mas pelo menos essa vitamina e alguma dessas frutas vai ter que
comer.
Any: Esta bem! - pegando o copo de batida e tomando rapidamente. - Pronto! - colocando o copo
vazio na bandeja segundos depois. - Ta bom assim? - pegando a maça e deu uma mordida
sorrindo.
Carol sorriu negando com a cabeça e saiu, quando Any foi fechar a porta ouviu um assovio e
sorriu vendo Poncho saindo do quarto do irmão. Ele foi à direção dela, a abraçou e lhe beijou.
Poncho: Por que não foi lá ainda?
Any: Eu não vou Poncho! - sorrindo triste e entrou no quarto.
Poncho: Ah por que não bebê? - a abraçando por trás.
Any: Vc sabe que ninguém lá vai com a minha cara melhor ficar por aqui mesmo. - virando de
frente.
Poncho: Certeza? A senhorita ta tendo prova também não é melhor ir lá estudar com a gente?
Any: Ah não vou ficar por aqui, mas pode ir se quiser.
Poncho: Ta me dispensando? - com cara de incrédulo e magoado.
Any: Claro que não!
Poncho: Então vem, vamos lá. - a puxando.
Quando entraram no quarto o pessoal estava rindo enquanto comiam, mas ao verem os dois
ficaram sérios e Mariana perguntou sorrindo:
- Tudo bem com vc Any?
Any: Tudo!
Mariana: Sentem aqui vcs dois.
Poncho sorriu e sentou ao lado de Any que sentou ao lado de Mariana. Os outros acharam melhor
ignorar a presença da mesma lá. Terminaram de comer e continuaram estudando.
No outro dia a manhã passou rápida para todos que tiveram mais duas provas. No intervalo Any
procurava Poncho quando encontrou Léo que perguntou:
- Tudo bem Any?
Any: Uhum! - olhando pros lados.
Léo: Ta procurando seu namorado né?
Any: Uhum vc o viu?
Léo: Bom minha 3ª aula foi prova e sai uns 15 minutos antes do intervalo, foi então que vi seu
namorado indo embora.
Any: Como assim indo embora? Ele ainda tem uma prova hoje pra fazer.
Léo: Não sei, só sei que vi ele passando de mochila e foi embora.
Any: Será que aconteceu alguma coisa?
Léo: Não sei!
O Sinal tocou e Léo disse:
- Preciso ir, tchau Any!
Any: Tchau!
Quando ele se afastou Any tentou ligar no celular de Poncho, mas o mesmo estava fora de área.
Sem escolha ela voltou pra sala pra fazer sua última prova preocupada pensando que podia ter
acontecido algo com os pais dele que estavam pra chegar de viajem ou pior, com Lívia.
Na hora que o sinal tocou Mariana guardou suas coisas na mochila com pressa e saiu correndo
levando consigo um envelope. Any chegou correndo na entrada da escola, quase derrubando seu
fichário e livro de Matemática, começou a olhar procurando por Chris e os amigos ou então por
Mariana, foi então que viu Mah se aproximando correndo e disse:
- Ai que bom que te achei!
Mariana: Ainda bem digo eu toma! - entregando o envelope. - Poncho me pediu pra te entregar!
Any: O Poncho o que aconteceu? Me disseram que ele foi embora na 3ª aula.
Mariana: Ele teve que viajar com os pais.
Any: Viajar, mas por quê? - sem entender encarando o envelope.
Mariana: Não entendi, ele falou alguma coisa de negócios, nem ficou nas aulas hoje veio só fazer
as duas provas e foi embora... Tentou te encontrar na entrada, mas não te achou e ai pediu pra
mim te entregar isso e pedir desculpas por não ter se despedido.
Any: Ah sabia que ia perder alguma coisa pra chegar atrasada! - olhando triste o envelope. - Tudo
bem, ele falou quando volta?
Mariana: Não, mas disse que ta tudo explicado ai.
Any: Ok... Brigada Mah!
Mariana: De nada, agora eu to indo sabe se os outros já foram?
Any: Acho que já sim!
Mariana: Ah então ta bom eu vou pra casa! Tchauzinho Any!
Any: Tchau e valeu por ter entregado.
Mariana: Magina que eu não ia entregar! - sorrindo e saiu.
Any então saiu da escola e foi até a praça que ficava próximo dali. Sentou num dos bancos e
colocou o fichário e o livro ao seu lado e abriu o envelope reconhecendo a letra do namorando
sorrindo.
Any...
Meus pais chegaram de viajem ontem de madrugada e hoje me avisaram que precisavam viajar pro Canadá
e Lívia e eu íamos com eles, não adiantou nada eu dizer que ia ter prova hoje e amanhã, eles vieram até a
diretoria e eu fiz as duas provas na direção e vou ter que fazer as duas de amanhã na segunda. Meu pai
falou que quer passar mais tempo com os filhos, mas como não dava pra esperar até quinta pra viajar
resolveram isso de última hora. Lívia ficou bastante contente e ta louca pra conhecer o Canadá e acho uma
boa idéia, pois ela vai curtir meus pais e eu também de certa forma além de ficar um pouco por dentro dos
negócios deles. O ruim da história como a Lívia mesmo disse é que vai faltar uma pessoa que ela e
principalmente eu vai sentir muita falta. Você! (Any sorriu)
Desculpa não ter me despedido de vc meu amor, mas não te achei na entrada da escola e pra piorar meus
pais estavam com pressa, mas vou sentir muito a sua falta. Falta dos seus olhos que eu amo, dos seus
lábios, dos seus beijos, do seu corpo, de tudo em vc ainda mais sabendo que eu só vou poder te ver e matar
as saudades domingo à noite quando eu voltar! (Any arregalou os olhos incrédula)
Mas prometo te ligar todos os dias e não vou te tirar do meu pensamento nem por um segundo, vc é a
melhor coisa que me aconteceu esse ano, meu presente de Natal adiantado e por mais longe que estejamos
vc sempre vai estar comigo, no meu coração. Vou morrer de saudades tenha certeza, mas prometo
recompensar quando voltar de viajem te enchendo de beijos e outras coisas também rs. (Any sorriu
constrangida)
Espero que me ligue também e não me esqueça, pois vc não sai da minha cabeça nem por um segundo!
Até a volta pequena e lembre-se que te amo mais a cada dia que passa.
Muitos beijos, Poncho.
Any beijou a folha e a abraçou de encontro ao peito suspirando. Acariciou a folha dizendo:
- Ai bebê ainda é terça vou ter que esperar até domingo à noite pra te encher de beijos? - com um
bico. - e releu a parte em que ele pedia pra ela não esquece-lo. - É claro que eu vou te ligar e tirar
vc da minha cabeça é a última coisa que eu quero ou poderia fazer. - sorrindo e beijou a folha de
novo.
Mais tarde Any foi pro orfanato ensaiar as crianças quando chegou os mesmo vieram em cima
dela empolgados alguns dançando e chamando a atenção dela.
Xx: Any eu consegui dançar olha. - disse uma menina mostrando uma parte da coreografia.
Xx: Eu também olha. - disse um menino fazendo os mesmos passos que as meninas.
De repente todas as crianças começaram a puxar o braço de Any chamando a sua atenção
querendo lhe mostrar os passos. Sentiu alguém colidir com a perna dela e olhando pra trás sorriu
dizendo:
- Oi Sara! - passando a mão pelos cabelos dela que abraçou suas pernas. - Gente calma, eu to
vendo que estão conseguindo e estou muito feliz. - falando com as crianças não percebendo em
meio ao tumulto que alguém puxava sua calça jeans e gemia. - Mas então vamos ensaiar de
novo?
“Sim” “Eu quero” “Tia me ensina esse passo” foram às frases vagas que se ouviam em meio à
baderna que as crianças faziam. De repente uma voz desconhecida se sobressaiu gritando:
- ANY!
Any olhou em volta e não reconhecendo a voz perguntou:
- Quem falou isso? Quem me chamou!
- Any! - disse Sara quando a mesma a olhou.
Any: Sara?! - se ajoelhando na frente dela de boca aberta. - Vc falou meu nome? - sorrindo.
Sara: Uhum Sara dança Any! - com as mãos na cintura rebolando.
“Olha a Sara ta falando” “A Sara falou” diziam as crianças ao mesmo tempo.
Any: Sara vc quer... Dançar é isso? - emocionada.
Sara: Uhum!
Any: Então vc vai dançar com a gente né pessoal? - falando com as crianças.
Sara então tirou a chupeta da boca, deu um beijo no rosto de Any e sorriu pela primeira vez
abandonando aquele ar sério e triste que sempre tivera. Any não agüentou e a abraçou feliz,
Juliana apareceu e perguntou:
- O que esta havendo?
Xx: Tia a Sara falou! - respondeu um menino.
Juliana: É sério? - surpresa.
Any: Uhum e ela vai dançar com a gente né Sara?
Sara: Aham vou dançar... Tia Any! - sorrindo.
Juliana: Ela ta falando e sorrindo Any.
Any: Não é incrível Ju?
Juliana: É sim e tenho que te agradecer por isso. - e a abraçou.
Any: Não precisa Ju só de ouvir essa linda falando e sorrindo eu já estou mais do que agradecida.
Juliana: E Alfonso? Ele não vem hoje.
Any: Ele viajou, vai chegar domingo à noite só.
Juliana: Poxa que chato, será que da tempo dele ver a apresentação das crianças?
Any: Não sei espero que sim.
Juliana: Tomara mesmo!
Any: Ah sexta-feira eu trago os figurinos com as roupas deles ok?
Juliana: Ta legal!
Any: Vamos ensaiar então? - sorrindo pras crianças que pularam eufóricas.
À noite muito longe dali Lívia entrou no quarto do irmão e o encontrou deitado na cama de olhos
fechados, pulou em cima da cama assustando Poncho que disse:
- Lívia o que ta fazendo aqui?
Lívia: Mamãe e papai não querem brincar comigo, estão cansados.
Poncho: Então quer dizer que eu vou ter que brincar com vc?
Lívia: Uhum, eu quero fazer alguma coisa tato. - pulando na cama dele.
Poncho: Lívia para vai dormir eu to cansado também.
Lívia: Vc é chato se a Any tivesse aqui ela ia brincar comigo, por que ela não veio?
Poncho: Porque não podia e saímos com muita pressa.
Lívia: Hum... Vc falou com ela hoje mano?
Poncho: Liguei mais cedo, mas ela não estava.
Lívia: Liga agora então. - e desceu da cama. - Toma! - entregando o telefone sem fio pra ele. - Ela
não sabe onde a gente ta, não quer que liga pra vc né?
Poncho sorriu pra irmã acariciando seus cabelos e discou o número do celular de Any.
Any estava deitada na cama olhando alguns cadernos quando o celular tocou, com preguiça
atendeu sem identificar o número o que não deu muita importância e perguntou:
- Quem é?
Xx: Any tudo bem? - sorrindo.
Any: Lívia? - sorrindo sentando na cama.
Lívia: Tudo bem com vc?
Any: Tudo! Como esta ai no Canadá? Curtindo muito a neve?
Lívia: Aham eu e o tato brincamos bastante hoje. - sorrindo.
Any: Ah ele ta ai?
Lívia: Ta aqui do meu lado. - sorrindo encarando o irmão que sorriu.
Any: Hum e tem muita moça bonita ai?
Lívia: Tem e elas não tiraram os olhos do Poncho vc devia ter vindo. - sorrindo e o irmão fez uma
careta. - Mas ele não ta dando trela não.
Any: Hum... Acho bom! Posso falar com ele um pouquinho? - fazendo uma careta sorrindo.
Lívia: Pode sim... Beijo Any!
Any: Beijo querida, boa noite.
Lívia: Boa noite pra vc também. - e passou o telefone pra Poncho.
Poncho: Vai pro seu quarto que ta na hora de dormir?
Lívia fez bico, mas obedeceu. Poncho sorriu e disse ao telefone:
- Boa noite meu amor.
Any: É nem agora é boa noite meu amor, foi prai e nem se despediu de mim né? - manhosa.
Poncho: Ah princesa não fala isso, vc não sabe a falta que ta me fazendo e como eu queria estar
ai.
Any: Sei bem a falta que to fazendo nesse lugar frio cheio de meninas pra te esquentar.
Poncho: Pode até ter um monte de mulher bonita aqui, mas a garota linda que amo e to morrendo
de saudades não ta então não adianta de nada e elas perdem a graça comparada a vc pequena.
Any: Verdade?
Poncho: Acha que eu mentiria pra vc?
Any: Não! - sorrindo derretida do outro lado da linha. - Queria tanto estar com vc agora.
Poncho: Eu também meu anjo, mas são só alguns dias vai passar logo.
Any: Ah é né? Vc vai ficar ai o feriado todo cheio de meninas e eu aqui sozinha.
Poncho: Ai meu amor vc é terrível! - Any riu. - Se vc soubesse o que eu queria estar fazendo
agora vc não falaria isso.
Any: Ah é o que vc queria estar fazendo? - provocou.
Poncho: Estar ai abraçado com vc, te beijando, te acariciando e...
Any: Ai para já entendi não precisa continuar. - manhosa e Poncho riu. - Vc só volta no domingo à
noite? Não tem chance de chegar um pouco antes?
Poncho: Não meu anjo, sinto muito. - triste.
Any: Então vou ter que esperar mais 05 dias pra te ver?
Poncho: Uhum, mas vai passar rápido ok? Prometo!
Any: Vou ficar te esperando. - disse com ternura.
Poncho: E eu prometo recompensar a espera ta?
Any: Uhum!
Poncho: Bom eu vou desligar que ta tarde e vc precisa descansar ok? Boa noite meu amor.
Any: Boa noite bebê! - suspirando.
Poncho: Beijos te amo princesa.
Any: Muitos beijos pra vc também... Te amo! Tchau.
Poncho: Tchau! - e desligou.
Any colocou o celular de volta na cabeceira da cama. Deitou sorrindo dormindo em seguida.
No outro dia o pessoal fez as provas na escola e no intervalo o pessoal se reuniu exceto Mariana
que havia se atrasado com a prova. Depois de pegarem o que iam comer Chris disse:
- Já ficaram sabendo que Poncho viajou né?
Mai: Uhum eu vi da minha sala ele saindo e no intervalo a Mah me contou.
Ucker: É a gente aqui fazendo prova e ele relaxadão lá no friozinho.
Dul: Talvez nem tão relaxadão assim né amor? Não esqueçam que a Anahí ta aqui.
Chris: Conhecendo ela vai aproveitar pra dar uma trégua nessa farsa.
Mai: Vc acha que ela vai aproveitar a ausência do Poncho pra voltar a ser a de antes.
Ucker: Ela nunca deixou de ser e não tem motivos pra fingir sendo que a pessoa que ela queria
enganar não ta aqui, desculpa falar isso Chris, mas sua irmã vai pintar e bordar sem o Poncho.
Dul: É, mas estão esquecendo da Mariana, ela contaria ao Poncho se a Any aprontasse.
Mai: É verdade.
Chris: Ah, mas aposto como ela não se segura nem com a Mariana aqui.
Ucker: Tive uma idéia.
Dul: Qual?
Ucker: Vamos aproveitar que vamos a uma boate hoje e chamamos a Anahí pra ir com a gente.
Mai: Pra que? - sem entender.
Ucker: Pra testar ela... Eu aposto 50 reais como ela vai beijar na boate hoje todos os caras que
darem em cima dela e a gente pode ajudar pedindo pra alguns amigos bem insistentes irem e
pegar pesado com ela... E olha que conheço uns caras que muita menina baba, vamos ver até
onde vai esse amor pelo Poncho!
Chris: Gostei disso, mas conhecendo a minha irmã aposto 100 que ela vai embora da boate com
algum deles pra... Vcs sabem! - e os outros sorriram.
Mai: Eu aposto 50 que ela vai deixar os caras pagarem bebida pra ela.
Dul ficou pensando o que podia apostar e arriscou:
- E eu aposto 70 como pelo menos na cara de um ela vai bater.
Ucker: Ah não contem a Mah o que a gente ta apostando ok? Ela pode contar pra Anahí.
Mai: Entendemos e ela não vai saber.
Dul: Shiu, shiu elas estão vindo ai.
Mariana: Bom dia pessoal.
Chris: Oi que bom ver vcs duas.
Any e Mah estranharam e a mesma perguntou:
- Por quê?
Ucker: Porque nós estamos combinando de ir pra uma boate hoje aproveitando que amanhã é
feriado sabe? Vcs querem ir com a gente?
Mariana: Estão chamando nós duas? - olhando Any que estava tão surpresa quanto ela.
Chris: Uhum, vc não disse que ta mudando Any, então vamos com a gente.
Mai: Aceita?
Any: Claro. - sorrindo empolgada.
O sinal então tocou e Dul se levantou dizendo:
- Ótimo boate Nerfititi hoje às 9 horas na entrada beleza?
Mariana: Beleza!
Quando já estava de noite Any parou de frente a Caspian:
- Estou bonita?
Caspian: Esta Any, mas se fosse vc não iria?
Any: Por que não? É a primeira vez que eles me convidam pra alguma coisa sem a interferência
do Poncho e da Mah, acho que eles estão finalmente percebendo que eu mudei. - feliz.
Caspian: Não acha estranho do nada todos te convidarem pra sair?
Any: Caspian vc sabe de alguma coisa?
Caspian: Mais ou menos, mas não posso afirmar nada só acho estranho.
Any: Olha eu falei com o Poncho quando cheguei e ele achou ótimo me aconselhou a ir.
Caspian: Any me escuta... Não vá!
Any: Caspian minha missão aqui é conquistar a confiança deles, preciso ir na boate pra consegui-
la.
Caspian: Vc terá outras oportunidades, fique aqui!
Any: Não eu vou e acabou afinal o que poderia ter de mal ir na boate com eles?
Caspian: Any...
Any: Boa noite! - sorrindo e fechou a porta.
Caspian: Será que não podia ter me ouvido só essa vez? Espero que ela resista às tentações da
carne, pelo menos por essa noite e que faça o... Com o Poncho! - lamentando e desapareceu
aflito.
Quando chegaram à boate Ucker e Dul vieram na frente, ele desceu do carro e disse se
encontrando com um grupo de garotos que o cumprimentou:
- Olha essa é a foto da loirinha que vai ta chegando daqui a pouco.
Mauricio: Nossa que pitel. - um dos garotos.
Otávio: É uma princesa. - o segundo garoto.
Ucker: Mas vai um de cada vez ok?
Paulo: Mas vc tem certeza de que ela vai ficar com todos?
Ucker: Tenho, ela vai fazer doce claro então vcs peguem um pouquinho pesado que ela amolece
beleza?
Rodrigo: Pode deixar com a gente.
Ucker: bom eu vou entrar e já sabe um de cada vez.
Mauricio: Mas a graninha extra pra quem conseguir levar ela pra cama vai rolar né?
Ucker: Pô Mauricio vc acha que eu vou faltar com a minha palavra?
Paulo: Ah eh Ucker assim que se fala! - batendo na mão dele.
Ucker: Bom ela deve ta chegando eu vou entrar.
Rodrigo: Beleza a gente se vê lá dentro.
Minutos depois Any chegou com Mai, Chris e Mariana. Quando desceu do carro um dos amigos de
Ucker se aproximou a abraçando. Any sorriu fazendo uma careta e perguntou:
- Oi coisa linda tudo bem?
Any: Desculpa, mas eu te conheço?
Xx: Meu nome é Mauricio se tiver afim a gente pode se conhecer lá dentro. - a abraçando.
Mariana viu e disse se metendo entre eles:
- Da licença, mas ela ta comigo! - puxando Any.
Mauricio: O que? Vcs duas são casadas? - insinuando que fossem lésbicas.
Mariana: Claro que não idiota só que a gente ta a fim de entrar.
Mauricio: Então a gente se vê lá dentro gatinha.
Mariana o encarou de cara feia e puxou Any que disse:
- Valeu de verdade vc me salvou!
Mariana: Por um minuto achei que vc não quisesse ser salva.
Any: Eu nunca vou trair o Poncho Mah.
Mariana: Que bom porque ele não merece Any.
Any: Eu sei disso, to com saudades dele. - triste.
Mariana: Eu imagino, mas curte a festa e aproveita que o pessoal te chamou.
Any: Uhum! - sorrindo.
Chris quando entrou fez um sinal pros meninos e Mai disse:
- Não vai dar certo se a Mah ficar em cima da Any.
Chris: É vamos ter que dar um jeito de tirar a Mah de perto da Any.
Mai: Mas como?
Chris: Já sei como. - sorrindo e teve uma idéia.
Lá dentro Ucker e Dul já estavam sentados quando Mariana disse:
- Nossa aqui ta lotado né?
Dul: Assim mesmo quando no dia seguinte é feriado o povo sai mais de casa.
Any: Eu vou tomar alguma coisa.
Mariana: Eu vou com vc afinal de vela eu não vou ficar. - sorrindo.
Ucker: Não Mah espera!
Mariana: O que foi? - voltando.
Dul: Vem comigo rapidinho.
Mariana: Aonde?
Mai: Ah dar uma volta.
Mariana: Vem com a gente Any?
Chris: Mana porque vc não busca alguma coisa pra gente beber?
Any estranhou, mas acabou respondendo:
- Ta legal eu vou, já volto. - e saiu.
Os outros se encararam trocando sorrisos sem Mah perceber e em seguida Dul e Mai arrastaram
Mah pro outro lado da boate.
Ucker: Quero ver o que ela vai fazer sem a Mah pra segurar ela.
Chris: É, mas a gente precisa ficar de olho.
Ucker: Vamos lá perto das bebidas olhar então. - e se levantaram.
Chris: O combinado que fiz com a Mai e ela vai passar pra Dul é deixar a Mah bem longe da Any.
Ucker: Se o Poncho soubesse...
Chris: É pro bem dele, vamos abrir os olhos dele quando voltar de viajem.
Quando Any foi pedir as bebidas não sabendo que estava sendo observada por Chris e Ucker
Otávio mais um dos meninos pagos por Ucker se aproximou e perguntou:
- Oi tudo bem?
Any: Aham! - sorrindo estranhando.
Otávio: É eu to meio perdido aqui será que pode me sugerir uma bebida?
Any: Não vai dar.
Otávio: Por quê?
Any: Ah eu não sei que tipo vc gosta.
Ucker: Acho que o Otávio vai se dar bem soube abordar da forma certa.
Chris: Ta com a câmera digital ai né?
Ucker: Uhum e preparada.
Otávio: Ah gosto de bebidas fortes qual vc pediu?
Any: Por enquanto só cerveja mesmo, mas a tequila daqui é boa.
Otávio: Vc curte tequila?
Any: Ah eu gosto.
Otávio: Quer que eu te pague uma? - sorrindo malicioso.
Any: Não obrigada! - se levantando.
Otávio: Por quê? Te ensinaram a não aceitar bebida de estranhos.
Any: Também, mas não é só por isso eu tenho namorado!
Otávio: Ah é e cadê ele? - olhando em volta.
Any: Ta na minha mesa me esperando, agora com licença. - e saiu depressa.
Otávio: Ah princesa eu gostei de vc e não vou desistir não. - indo atrás dela.
Quando Any chegou na mesa perguntou-se nervosa:
- Ah droga cadê o Ucker e o Chris?
Otávio: Ah te achei princesa.
Any: Será que da pra vc evaporar? Não percebeu que eu não quero nada?
Otávio: Ah é não quer nada porque namora né?
Any: Isso mesmo!
Otávio: Ah e pode me apresentar? Ou ele é invisível?
Any o encarou brava e quando foi sair atrás de Mah e das meninas ou de Ucker e Chris, Otávio se
pôs na frente dela e disse:
- Sabe que na minha cidade há um castigo pra quem mente né?
Any: Ah é quem castigo? - desinteressada.
Otávio: Esse aqui. - e a agarrou lhe dando um beijo.
Ucker e Chris sorriram vitoriosos e tiraram foto. Dul chegou dizendo:
- É amor já ganhou alguns pontos disse que ela ia beijar todos que descem em cima dela.
Ucker: Pois é, cadê Mai e a Mariana?
Dul: Lá atrás. - sorrindo.
Pararam de conversar quando Any empurrou Otávio dizendo enquanto limpava a boca:
- E sabe que aqui há um castigo pra quem beija os outros a força.
Otávio: Qual outro beijo?
Any: Isso! - e lhe deu um tapa na cara. - E como brinde por vc ta de cabeça quente isso aqui.
Derramou a cerveja na cabeça dele e saiu furiosa. Dul sorriu dizendo:
- Ponto pra mim, em pelo menos um ela já bateu.
Chris: Vamos continuar vendo pelo menos isso já temos. - mostrando uma foto do beijo.
Dul: Vcs vão mostrar pro Poncho?
Ucker: Quem sabe?
Mariana: Quem sabe o que? O que estão fazendo escondidos ai? Vamos pra mesa.
Dul: É vamos sim. - sorrindo disfarçando.
Mariana: Cadê a Any? As bebidas tão aqui. - vendo um copo cheio e outro vazio.
Mai: Devem ter ido procurar a gente daqui a pouco ela aparece.
Mariana: Acho que eu vou procurar ela.
Chris: Melhor a gente parar aqui ficar andando não da certo, só vamos nos desencontrar.
Mariana: É vc tem razão. - e se sentou.
Any lavou o rosto tentando fazer a fúria desaparecer quando Caspian apareceu a assustando.
- Droga Caspian! - brava.
Caspian: Eu te disse pra não vir.
Any: Me deixa!
Caspian: Any vai embora pra casa é melhor.
Uma mulher entrou e Any esperou ela ir pra dentro do banheiro pra responder em voz baixa:
- Não vou, nunca deixei de ficar numa boate por causa de um engraçadinho.
Caspian: Dois porque um já te agarrou quando chegou.
Any: Aquele é de menos, to falando do idiota que me beijou.
Caspian: Então vá pra casa.
Any: Já disse que não vou. - gritou no momento que a mulher saiu do banho assustada. - Não vou
deixar de te amar jamais, nãoo voou! - fingindo que cantava e a mulher saiu fazendo careta.
Caspian: Será que pelo menos hoje vc pode me escutar e ir... Pra casa!
Any: Não vou pra casa já disse agora da licença que eu tenho uma festa pra aproveitar. - e saiu.
Caspian: O que eu faço com essa garota meu deus o que?
Any de tanta raiva que tinha ficado de Otávio que pegou a bebida mais forte do bar e virou de
uma vez indo pra pista, sempre fazia isso quando ficava com raiva, um hábito que apesar da
mudança de comportamento não tinha deixado de existir.
Meia hora mais tarde Mariana disse:
- Gente vou na pista ok?
Dul: Eu vou com vc.
Mai: Também vou dançar um pouco.
Quando chegaram à pista viram Any dançando e Paulo outro amigo de Ucker se aproximou
dizendo:
- Quer companhia pra dançar?
Any: Não obrigada! - mal humorada.
Paulo: Ah qual é gatinha? - a abraçando.
Any: Será que da pra me soltar?
Mariana: Gente aquele cara ta agarrando a Any?
Mai: Eu acho que eles estão se agarrando.
Mariana: Não ele ta puxando ela à força! - se aproximando.
Dul: Mah vem pra cá.
Mariana: Eu to entendo bem ou o que vc querem é que a Any fique com alguém aqui pra depois
contar pro Poncho?
Mai: Se ela ficasse vc não contaria pra ele?
Mariana: Sim, mas uma coisa é ela ficar porque quis e um cara apareceu outra é vcs criarem
situações propositais colocando pessoas pra agarrar ela a força.
Dul: A gente não ta fazendo isso. - brava.
Mariana: Eu espero que não mesmo porque é muito estranho vcs que não suportam a Any a
chamarem pra essa boate e em menos de uma hora já ter dois caras dando em cima dela, sem
contar algum outro que eu não tenha visto né?
Mai: Mah vc acha que a gente faria isso?
Mariana: Não sei, mas espero que não estejam esperando alguém agarra-la a força pra tirarem
uma foto e mostrarem ao Poncho acusando a Any de ter traído ele.
Dul: Não vamos fazer isso.
Mariana: Que bom porque ele sofreria muito se armassem uma dessa pra eles o que nenhum dos
dois merecem. - e saiu chateada.
Mai: Ela ta desconfiada Dul.
Dul: Vamos maneirar um pouco. - e se afastaram.
Any: Mas que inferno o que deu nesses caras hoje, vc pode me largar, por favor? - furiosa.
Paulo: Não até me dar um beijo. - a abraçando com força.
Any cuspiu na cara dele e o mesmo disse furioso:
- Vc vai me pagar.
Mariana: Larga a minha amiga idiota. - e deu um pisão no pé dele e a puxou pra longe.
Any: Obrigada Mah me salvou hoje pela segunda vez.
Mariana: Não precisa agradecer vamos pra um lugar mais isolado esses caras tão muito
assanhados hoje. - a puxando não querendo contar sobre suas suspeitas.
Quando foram pro andar de cima onde tinha alguns casais Any sentou num tipo de sofá dizendo:
- Ai eu to enjoada.
Mariana: Deita ai que eu vou buscar uma água pra vc.
Any: Ta bem.
Mariana: Não devia ter bebido Any!
Any: Eu tava com raiva e acabei misturando um pouco.
Mariana: To percebendo, mas fica ai que eu já volto.
Assim que Mariana desceu encontrou Dul e Mai que perguntou:
- A gente pode falar com vc?
Mariana: O que foi?
Dul: A gente não quer que fique brava com a gente Mah.
Mariana: Tudo bem esquece ta? Mas me respondam vcs tem haver com esses caras que tão dando
em cima da Any.
Mai: Não claro que não.
Mariana: Certeza? Nem os meninos?
Dul: Não. - afirmou Dul com veemência.
Mariana: Ok agora se me dêem licença eu vou buscar uma água pra Any que ta enjoada.
Mai: Ok!
Dul: Vamos avisar os meninos.
Mai: Vou atrasar a Mah. - e saiu na direção que ela tinha ido buscar água.
Dul: Vai Rodrigo é sua chance ela ta lá em cima na área mais vazia.
Rodrigo: Beleza. - sorrindo e saiu.
Os três foram atrás e Rodrigo se aproximou com calma não querendo cometer os mesmos erros
que seus amigos cometeram. Estava disposto a tirar Any daquela boate e fazer o que quisesse
com ela, ainda mais sabendo que estava bêbada. Sentou ao lado fazendo-a abrir os olhos e ele
perguntou:
- Vc ta bem?
Any fechou os olhos zonza e quando os abriu sorriu vendo Poncho na sua frente:
- Poncho? - o olhando intrigada.
Rodrigo não sabia quem era aquele cara, mas não importava segurou uma mão de Any e
perguntou:
- Vc ta bem?
Any: Agora eu to! Tava com saudades de vc. - sorrindo.
Rodrigo: Então que tal a gente matar essas saudades lá em casa.
Any: Mas e os outros Poncho?
Rodrigo: Eu já avisei que te levaria comigo, vamos?
Any: Não sei se é uma boa idéia eu to enjoada demais. - fazendo uma careta.
Rodrigo: Não tem problema eu cuido de vc. - e se aproximou pra beijá-la.
Chris, Ucker e Dul sorriram apontando a câmera pros dois, mas do nada Any se afastou e
perguntou:
- Vc não ia voltar só domingo bebê?
Rodrigo: Foi as saudades de vc que me fez voltar antes. - sorrindo.
Any sorriu tímida abaixando a cabeça e novamente e disse:
- Vc ainda não disse que me ama.
Rodrigo fez uma cara de surpresa além de estar sendo confundido pelo verdadeiro namorado ela
ainda queria ouvir um “te amo”. “Só muito bêbada mesmo!”, pensou e acabou respondendo:
- Eu gosto muito de vc Any.
Any: Ai Poncho vc ta estranho!
Rodrigo: É impressão sua linda.
Any: Vc nunca me chamou de linda.
Rodrigo: Desculpa amor. - arriscou num tom carinhoso pensando que “meu amor” é uma palavra
óbvia entre namorados. - Agora será que vc pode me dar um beijo?
Any: Uhum! - sorrindo e fechando os olhos aos poucos.
[...] Any e Poncho estavam se despedindo depois de estudar com os outros quando ela disse:
- Sabe eu gosto quando vc me chama de meu amor.
Poncho: Ah é? Que bom achei que não gostasse.
Any: Pode me zoar, mas eu acho meio brega só amor ou bem.
Poncho: Não tenho nada contra, mas não gosto de só de amor e bem.
Any: Olha que se um dia vc me chamar só de amor eu vou reclamar hein.
Poncho: Se um dia eu te chamar de amor apenas, tenha certeza que não sou eu. - sorrindo e a beijou. [...]
Any abriu os olhos depressa e gritou assustando Rodrigo que abriu os olhos e perguntou:
- O que foi amor a gente tava quase se beijando e vc grita?
Any: Vc não é o Poncho sai daqui. - o empurrando assustada.
Rodrigo: Calma eu posso ser esse Poncho se vc quiser. - sorrindo.
Any: Sai daqui fica longe de mim. - se levantando assustada.
Mariana chegou com Mai nos seus calcanhares e perguntou:
- O que foi?
Any: Me ajuda Mah eu to zonza me leva pro banheiro, por favor.
Mariana: Vem comigo.
Assim que as duas se afastaram Ucker perguntou:
- O que deu errado vcs tavam quase se beijando.
Rodrigo: Ela só tava daquele jeito porque me confundiu com um tal de Poncho, mas quando a
gente tava quase se beijando ela sacou que eu não era ele por isso gritou.
Os outros se encaram frustrados e Dul era a única que estava surpresa.
No banheiro Any estava melhor, mas chorava sentada no chão e Mariana dizia tentando acalma-
la:
- Calma Any não aconteceu nada.
Any: Como não eu quase trai o Poncho, Mah!
Mariana: Não traiu vc confundiu o garoto com ele porque tava bêbada e zonza só isso.
Any: Mas se eu o beijasse ia ser pior.
Mariana: Mas não beijou, agora não chora. - limpando seu rosto.
Any: Eu quero ir pra casa.
Mariana: Vem comigo a gente pega um táxi.
Dul quando as viu passar as seguiu até a saída e viu quando Mauricio o mesmo cara que
assediara Any quando ela chegou foi pra cima dela de novo perguntando:
- E agora gatinha ta a fim de me conhecer?
Any de saco cheio respondeu antes que Mah falasse por ela:
- Olha não sei o que aconteceu pra vc e três garotos terem dado em cima de mim hoje...
Mauricio: Talvez por que vc é muito gostosa. - provocando.
Any deu um tapa na cara dele e perguntou:
- Como vcs pretendem conquistar uma garota com essas conversas de ogro?
Mauricio: Não se faz de ofendida vc ta fazendo doce, mas sei que ta louquinha pra me dar um
beijo.
Any: Vc se acha né? Pois saiba que eu não to nem fazendo doce, nem louca pra te beijar e quer
saber por quê? Porque eu tenho namorado ok? Um cara mil vezes melhor que vc e todos os
outros caras idiotas que eu cruzei lá dentro hoje juntos... Só que não adianta eu te falar isso
porque conheço o seu tipo e o daqueles idiotas, só querem saber de agarrar as garotas sem se
importar se elas estão a fim ou não, mas fazem isso porque não sabem o que é estar apaixonado,
o que é ouvir eu te amo da pessoa que vc ama e ter medo de perdê-la... - e seus olhos
começaram a ficar marejados. - Vcs não sabem o que é esperar o dia todo ansiosa pra ver uma
pessoa que com um simples sorriso ou só com a voz, o jeito carinhoso como fala contigo é capaz
de deixar seu dia mil vezes melhor, não sabe o que é confiar em alguém mais do que em vc, em
ter alguém pra contar seus medos, pra dormir abraçada, pra dar e receber tudo dela em troca!
Resumindo... Vcs não sabem o que é amar alguém, só que eu sei e não vou estragar tudo por
causa de imbecis como vc, não tenho vergonha de dizer que eu sou completamente apaixonada
pelo meu namorado e nem por um segundo passou pela minha cabeça traí-lo porque ele é a
última pessoa que merece uma coisa dessas, ele merece ser feliz e muito amado... Só que
pessoas como vc que não conhece, não tem idéia do que é o amor nunca vão entender isso. - e
saiu tentando enxugar o rosto.
Mariana: Vc foi brilhante Any, to orgulhosa de vc. - sorrindo.
Any: Eu quero meu namorado Mah. - a abraçando.
Mariana: Calma já passou da meia noite então já é quinta-feira feriado mais 04 dias vc vê ele.
Any: Eu queria falar com ele agora. - choramingando.
Mariana: Não da, ele ta dormindo essa hora, mas sonhando com vc garanto, vamos pegar um táxi
e eu te deixo em casa beleza?
Any: Ta, mas e os outros?
Mariana: Eu mandei uma mensagem avisando que já fomos.
Any: Ah ta queria ter aproveitado a noite com eles, nunca tinham me chamado pra sair antes.
Mariana: É eu sei. - sorrindo.
Quando Any acordou com uma baita de dor de cabeça ouviu Caspian dizendo:
- Eu falei pra vc não ir.
Any: Não é a primeira vez que isso acontece. - sentando com a mão na cabeça.
Caspian: Não digo pela enxaqueca e sim pelos assédios.
Any: Isso é normal.
Caspian: Tão normal que de tão bêbada que ficou vc quase beijou outro achando que era o
Poncho.
Any: Eu sei e não sabe como to me sentindo culpada.
Caspian: O que faria se tivesse beijado? Ia contar pra ele?
Any: Morreria de culpa e contaria.
Caspian: Então conta agora o que vc quase aprontou! Tchauzinho. - e desapareceu.
Any: O que ele quis... - começou, mas se interrompeu ouvindo o telefone tocar.
Quando viu o código do país do Canadá seu coração gelou e disse atendendo:
- Bom dia bebê. - um tanto insegura.
Poncho: Bom dia minha princesa dormiu bem?
Any sentiu o coração apertar e a garganta fechar, Poncho não recebendo resposta perguntou:
- Meu anjo ta tudo bem?... Any fala comigo!
Any chacoalhou a cabeça e respondeu sorrindo:
- Desculpa bebê eu to bem e vc?
Poncho: Tirando as saudades ta tudo em ordem por aqui.
Any: Hum... Que bom meu amor.
Poncho: Mas e ai como foi na boate ontem?
Any: É... Foi legal!
Poncho: Deram muito em cima de vc? - enciumado.
Any: Teve uns engraçadinhos, mas botei eles no seu devido lugar.
Poncho: Ah é então teve? - perguntou e ouviu Any rir, como queria vê-la agora. - Me da à ficha
dos caras pra mim fazer uma visitinha quando voltar princesa.
Any: Pode deixar. - sorrindo.
Poncho: Mas esta tudo bem com vc e o pessoal?
Any: Aham e a Lívia como ta?
Poncho: Bem, mas com saudades... E as crianças do orfanato?
Any: Todas bem e vai ter uma surpresa quando voltar.
Poncho: Qual?
Any: Não vou falar se não estraga né?
Poncho: Ok! - respondeu e alguém o chamou. - Pequena vou ter que desligar, mas mais tarde a
gente se fala de novo ok?
Any: Ta bom, to com saudades meu amor.
Poncho: Eu também.
Any: Poncho!
Poncho: Oi.
Any: Te amo... Te amo muito, não esquece.
Poncho: Não vou esquecer princesa também te amo... Beijos.
Any: Beijos! Tchau. - e desligou deitando na cama em seguida.
Any passou o feriado todo em casa só saiu às 5 horas da tarde pra ir ao orfanato. Quando chegou
lá encontrou Luz Viviana (a mesma do RBD) uma jovem de 20 anos que cuidava das crianças
durante a semana, quando ela viu Any chegar disse se aproximando:
- Então vc é a famosa Anahí?
Any: Sim sou eu e vc é a Luz?
Luz: Exato, pode me chamar de Luz ou Vivi.
Any sorriu e perguntou:
- As crianças tão comendo o lanche ainda?
Luz: Uhum daqui a pouco elas aparecem. - sorrindo.
Any: Ah ta! Deixa-me pegar o CD então. - abrindo a bolsa.
Mas quando tirou o CD sua carteira caiu no chão junto com uma foto.
Luz: Ah deixa eu te ajudar. - se abaixando e pegou a foto. - Nossa que bonito esse rapaz.
Any: Ah é o meu namorado Poncho! - sorrindo.
Luz: Ele também vem aqui nos finais de semana?
Any: Sim e foi por causa dele que eu comecei a vir também. - sorrindo.
Luz: Poxa vc tem sorte.
Any: É bastante sorte. - acariciando a foto e a guardou na bolsa.
Luz: Engraçado que ele e os amigos eu não conheço nenhum.
Any: Nem me conheceria se não tivesse vindo aqui ensaiar as crianças.
Luz: Seu namorado e os amigos vão estar no festival domingo?
Any: Os amigos sim ele eu não sei, é que viajou e vai chegar no domingo à noite, não sei se vai
poder passar aqui sabe?
Luz: Entendo! - sorrindo.
Nisso as crianças saíram pra fora e Sara abraçou Any dizendo:
- Tava com saudades!
Any: Eu também tava linda. - beijando ela.
Luz: Não fala oi pra tia não? - sorrindo estendo os braços.
Sara abraçou Any e Luz disse sem graça:
- É... Acho melhor vc leva-los logo pra ensaiar né?
Any: Uhum! Vamos dançar? - sorrindo pra Sara que assentiu sorrindo.
As crianças seguiram Any que colocou Sara no chão dando mão pra uma garotinha sorrindo pras
outras crianças. Luz Viviana não assumia, mas a verdade era que morria de ciúmes de Any.
À noite Chris, Ucker, Dul e Mai se encontraram no shopping e a mesma perguntou:
- Então Ucker revelou as fotos?
Ucker: Estão aqui! - mostrando.
Dul: Gente ficaram perfeitas.
Chris: Fala sério se vc vê uma foto dessas não ia pensar que levou um baita de um chifre?
Mai: Com certeza.
Dul: Gente será que é uma boa idéia mesmo mostrar elas pro Poncho?
Ucker: Claro amor por quê?
Dul: Não sei ele vai ficar furioso se descobrir o que a gente fez?
Chris: Ele não vai saber.
Mai: É relaxa somos os únicos que sabem, não vamos falar nada.
Dul: Mas e a Mariana, ontem ela tava desconfiada.
Ucker: Ela é o de menos se o Poncho achar que a Any o traiu ninguém vai conseguir convence-lo
do contrário.
Dul: Eu espero porque se ela souber o que fizemos vai ter uma grande confusão.
Chris: E a gente não sabe disso?
Mai: Mas não agoura Dul vai dar tudo certo, tenho certeza.
Ucker: A gente só ta fazendo isso pro bem dele.
Dul: Ta legal vcs estão certo. - respondeu sem muita certeza.
Na manhã seguinte Any se levantou cedo e Carol perguntou:
- Aonde vc vai filha?
Any: Vou no shopping com a Mah a gente combinou de dar uma volta.
Carol: Que bom que esta ficando amiga dessa garota.
Any: Uhum e espero ficar amiga do meu irmão e dos amigos dele.
Carol: Vc vai ficar meu amor... Tenho certeza! - sorrindo.
Any: Bom eu to indo combinei 11 horas e já são 11, tchau mãe.
Carol: Tchau querida!!!
Em minutos Any chegou ao shopping e Mariana disse:
- Vc ta atrasada.
Any: Ai me desculpa... Não acredito que depois de amanhã meu bebê ta de volta.
Mariana: Viu não disse que ia passar rápido.
Any: Aham. - sorrindo.
Mariana: Mas e então aonde quer ir?
Any: Vamos ver umas roupas primeiro?
Mariana: Beleza! - sorrindo e começaram a andar.
Longe dali Mai e Chris andavam pela cidade quando ela perguntou:
- Então o Ucker já acertou tudo com os caras da boate?
Chris: Bom faltou o Otávio que foi quem conseguiu beijar a Anahí.
Mai: O Ucker vai pagar ele?
Chris: Uhum afinal foi de grande ajuda.
Mai: Hum e quando eles vão se encontrar?
Chris: Hoje eu não sei bem, mas eles devem ta pra se encontrar em algum lugar por ai.
Mai: Ah ta!
Chris: Mas o que vc acha de pararmos de falar e vc vir aqui me dar um beijo?
Mai: Hum acho uma excelente idéia. - sorrindo.
Chris a abraçou sorridente e se beijaram.
Duas horas depois Any e Mariana continuavam andando no centro, cheias de sacolas de comprar.
Mah estava adorando o passeio, pois, não conhecia aquele shopping da cidade e estava adorando,
foi então que viram uma fonte e Mariana pediu:
- Any tira uma foto minha aqui! - entregando suas sacolas.
Any: Sério?
Mariana: Uhum tira vai. - fazendo pose.
Any: Mah vc ta chamando atenção.
Mariana: Então tira de uma vez vai Any!
Any sorriu e Mariana fez uma pose e tiraram à foto.
Ficaram a tarde inteira rodando no shopping e só foram embora quando deu 4 horas e Any tinha
que ir ao orfanato ensaiar pela penúltima vez com as crianças que estavam praticamente
perfeitas.
No outro dia o pessoal chegou ao orfanato e Juliana disse indo na direção de Any:
- Posso falar com vc um pouco querida?
Any: Claro. - sorrindo e foram pra diretoria. - Aconteceu alguma coisa? - entrando na sala.
Juliana: Não é que... Eu estou muito nervosa vc acha que as crianças estão preparadas?
Any: Tenho certeza que sim.
Juliana: Eu to com tanto medo o festival já é amanhã.
Any: Ju calma! - sorrindo do desespero dela.
Juliana: Vc fala isso por que esta vendo como eles estão, não sei por que teve essa mania de
ensaiar com eles escondidos, nem ontem vc quis me mostrar os figurinos.
Any: É pra fazer surpresa.
Juliana: Mas eles estão pegando a coreografia certinha?
Any: Estão Ju já disse, não precisa se preocupar.
Juliana: Tudo bem eu vou confiar em vc... Mas acha que podemos ganhar?
Any: Uhum tenho certeza absoluta.
Juliana: Ok então eu vou confiar em vcs.
Any: Isso pode confiar de olhos fechados. - sorrindo.
Juliana: Ok vamos voltar pra lá então?
Any: Vamos sim!
Quando saíram pra fora as crianças vieram conversar e brincar com Any e Mariana.
De noite Mariana passou no shopping que no dia anterior ficou passeando com Any e pegou suas
fotos, começou a olhar as que elas tiraram juntas até achar a que estava na fonte. Sorriu vendo
como tinha ficado engraçada a careta que fizera.
Mariana: Ai só eu e a Any mesmo. - falando sozinha.
Guardou tudo junto e colocou na bolsa indo pra casa em seguida.
No outro dia Julio César estava no escritório quando ouviu gritos:
- Mãe!... Mãeiê!
Julio César saiu do escritório fazendo uma careta e perguntou:
- O que vc tem?
Any: Ai pai cadê a minha mãe?
Julio César: Ela saiu com a Ana (empregada da casa)
Any: Quando elas voltam?
Julio César: Não sei filha acho que em duas horas.
Any: São quase duas da tarde o festival começa às sete, eu não vou ficar pronta em duas horas.
Julio César: É claro que vai antes das quatro sua mãe ta aqui.
Any: Pai vc não entendeu seis horas eu já tenho que ta lá no lugar pra vestir as crianças e
maquiar.
Julio César: Mas vai demorar tanto assim?
Any: Pai vc vai não vai?
Julio César: Claro e sua mãe também.
Any: Então na hora da apresentação vcs vão saber por que eu to nervosa.
Julio César: Ai filha se acalma.
Any: Eu vou tentar, mas vai ficar difícil se eu não achar minha blusa. - e subiu correndo.
Quando bateu a porta Caspian perguntou:
- Esta procurando isso?
Any: Onde vc achou? - pegando a blusa branca que queria.
Caspian: No seu guarda-roupa um pouco escondida.
Any: Ai Caspian obrigada! - sorrindo.
Caspian: De nada.
Any entrou no banheiro pra tomar banho e se trocar, ainda tinha que ir ao orfanato buscar as
crianças e Juliana e depois maquia-los e arruma-los o que ia dar mais trabalho.
Horas depois próximo dali Mariana estava na casa um amigo quando disse:
- Nossa obrigada Vitor por ter escaneado as fotos pra mim.
Vitor: Sem problemas, mas qual vc disse que queria cortar e ampliar?
Mariana: Essa aqui.
Vitor: Vc ficou bonita nessa foto.
Mariana: Brigada. - sorrindo sem graça. - Vc pode aumentar esse fundo aqui? - apontando.
Vitor: Claro, da só um minuto.
Mariana: Ok!
Vitor recortou a foto deixando apenas o fundo e ampliou a menor parte, depois perguntou:
- É assim que vc queria?
Mariana: Tem como dar algum efeito pra ela ficar mais nítida?
Vitor: Uhum deixa eu coloca aqui. - e clicou numa tecla e uma caixa verde começou a carregar.
Mariana: Demora muito?
Vitor: Cinco minutos, mas porque vc quis aumentar o fundo dessa foto.
Mariana: Só pra tirar uma dúvida.
Vitor: Ok quer beber alguma coisa enquanto carrega aqui?
Mariana: Ah eu aceito um suco.
Saíram do quarto e desceram. Vitor entregou um copo de suco de laranja pra ela e perguntou:
- Ta gostando do orfanato onde vc ta de voluntária?
Mariana: Aham bastante!
Vitor: Ah que legal.
Terminaram de tomar o suco e Vitor perguntou:
- Vamos subir?
Mariana: Aham.
Quando entraram, no quarto Vitor disse:
- Pronto acabou e já ta imprimida. - dando a foto na mão dela.
Mariana: Eu sabia. - sorrindo olhando a foto.
Vitor: Ta tudo bem?
Mariana: Uhum eu vou nessa Vitor tenho que me arrumar pro festival e são quase 6 horas já.
Vitor: Ta ok, até segunda Mah.
Mariana: Até. - sorrindo e saiu fechando a porta.
Depois de pegar as criança, Juliana e Luz Viviana no orfanato com uma van até o teatro da cidade
onde seria o festival. Any entrou com elas no camarim e com a ajuda de um maquiador
começaram a vestir as crianças com os figurinos e maquiar o que era mais complicado devido aos
detalhes.
Um tempo depois o pessoal começava a chegar e sentar nas cadeiras, entre eles vinham Ucker,
Mai, Chris, Dul, Carol e Julio César que perguntou:
- Onde podemos sentar?
Chris: Ali junto com a diretora.
Dul: Cadê a Mah não vem não?
Mai: Ou Juliana. - cumprimentando a diretora. - Quem é ela?
Juliana: Essa é a Luz Viviana, ela fica com as crianças de semana, eles são os amigos da Anahí.
Luz: Ah muito prazer. - cumprimentando.
Juliana: Vcs falaram da Mariana?
Ucker: É ela já chegou?
Juliana: Vi ela passando agora pouco e indo pros camarins acho que foi falar com a Any.
Mai: Ah ta. - sorrindo.
Any fechou a porta do camarim e perguntou:
- Vc queria falar comigo Mah?
Mariana: Sim Any, preciso te mostrar uma coisa.
Any: Pode ser depois? A gente ta meio corrido aqui com as crianças.
Mariana: Pode, mas é urgente.
Any: Ta ok.
Mariana: eu vou ficar lá com a Juliana e vi seus pais e o pessoal chegando.
Any: E o Poncho? - sorrindo.
Mariana: Nada! - respondeu e Any ficou triste. - Mas daqui a pouco ele chega vai ver.
Any: Tomara queria que ele visse as crianças dançando.
Mariana: Quem sabe não da tempo?
Any: Tomara. - sorrindo.
Mariana: Vou indo nessa, até daqui a pouco.
Any: Até. - e entrou trancando a porta. - Estão todos prontos? - as crianças afirmaram. - Olha não
tem problema se errarem o passo ok? Continuem mesmo assim ta bom?
Xx: A gente não vai errar vc é uma boa professora tia. - disse um garotinho.
Any: Só não te dou um abraço e um beijo se não estranho seu figurino. - sorrindo.
O menino sorriu de volta e aproveitaram os últimos minutos pra tirar duvidas e checar outras.
Algum tempo depois o festival começou e as crianças começaram a se apresentar. O primeiro
grupo tinha 12 crianças 6 meninos e 6 meninas eles vestidos com calça branca, sapato branco
(estilo de médico) chapéu cinza e camisa azul. Elas estavam de saia azul rodada, sapatilha azul e
blusa branca com os cabelos presos num rabo de cavalo com uma fita azul. Começaram a dançar
uma coreografia de salsa acompanhados pela provável coreógrafa que sorria os vendo dançarem.
Quando terminaram todos aplaudiram e outras crianças entraram pra se apresentar.
Xx: E agora com vcs a apresentação do orfanato Anjo de Luz.
Juliana: Ai é a Any e as crianças. - sorrindo nervosa.
Luz: Vc não sabe mesmo qual é a coreografia e a música?
Juliana: Não ela não quis dizer.
Carol: Vamos descobrir agora. - sorrindo.
Nisso as luzes se apagaram e a música Everybody dos Backstreet Boys. (Link do clipe com a
coreografia: http://www.youtube.com/watch?v=o8ae70g0TdA) As luzes se ascenderam e viram
todas as crianças do orfanato abaixadas. Algumas estavam vestidas de monstro outras com
roupa de época com aqueles vestidos arfantes e os cabelos presos cheios de cachos. Any estava
ali perto, mas devido a escuridão não podia ser vista. Olhava as crianças atentas e sorrindo meio
que dançando a coreografia também vendo a perfeição com que executavam os passos e pra
sorte ninguém parecia inseguro ou errara a coreografia. Quando acabaram de dançar fazendo
poses de monstros todos aplaudiram de pé e as crianças saíram sorridentes sendo puxados por
Any que sorrindo orgulhosa disse:
- Parabéns vcs foram demais. - se ajoelhando.
Xx: Tia pode tirar a roupa, isso pinica. - uma menina falando da fantasia de múmia.
Any: Ainda não, temos que ficar assim até acabar.
Sara: Falta muito? - vestida de vampiro.
Any: Não mais duas apresentações e vão dizer o resultado.
Xx: Acha que a gente ganha tia? - perguntou um garoto vestido de lobisomem.
Any: Espero que sim porque vcs foram demais. - sorrindo.
O tempo passou e as duas últimas apresentações foram feitas. Quando terminou o organizador e
patrocinador do evento disse:
- Queremos parabenizar todos os coreógrafos e todas as crianças vcs foram incríveis, mas apenas
três desses 08 grupos que se apresentaram levaram prêmio pra casa.
Dul: Será que ganhamos?
Juliana: Tomara não acreditei quando vi as crianças vestidas de monstros e outros de príncipes e
princesas.
Carol: Minha filha tem cada idéia, mas mandou muito bem. - sorrindo orgulhosa.
Chris fez uma careta não gostando do comentário da mãe e olhou pro palco.
Xx: Em terceiro lugar o orfanato Raio de Sol!
As crianças se aproximaram recebendo um cheque de 20 mil reais sendo aplaudidas. Quando se
retiraram o patrocinador disse:
- Em segundo lugar com o cheque de 35 mil reais o orfanato Renascer.
As crianças que tinham dançado salsa e foram as primeiras a se apresentar entraram com a
diretora e a coreógrafa sendo aplaudidas. Pegaram o cheque e logo se retiraram.
Luz: Ai meu deus é agora. - com a mão no coração.
Xx: E em primeiro lugar com o cheque de 50 mil... O orfanato... Anjo de Luz!
No mesmo instante Juliana e o pessoal se abraçaram comemorando enquanto Any fazia o mesmo
com as crianças. Ju se levantou e subiu no palco indo receber o premio com Any e as crianças que
ainda vestidas de monstros encantaram o pessoal. Receberam o cheque e uma garota perguntou
quando estavam saindo:
- Agora a gente pode se trocar tia?
Juliana: Eles querem tirar foto com as crianças que venceram vamos lá? Ai depois vc se trocam?
Sara: Ta, vamos Any!
Any: Eu vou no camarim ligar pra uma pessoa e já volto. - e saiu sorrindo.
Quando entrou no camarim Any pegou o celular e discou no celular de Poncho que não atendeu.
Foi até o banheiro ao lado e quando viu a hora se preocupou disse a si mesma:
- Ai Poncho já devia ter chegado.
Caspian: Parabéns Any! - aparecendo sentado na pia.
Any: Ai que susto Caspian! - com a mão no coração.
Caspian: Desculpe só vim te parabenizar vai render frutos o que fez hoje.
Any: Como assim? - sem entender.
Caspian: No seu devido tempo vc vai entender.
Any: Odeio quando diz isso. - emburrada cruzando os braços.
Caspian: Eu sei e é por isso que faço isso. - sorrindo maroto.
Any: Ai Caspian e o Poncho que não chega. - agoniada.
Caspian: Ai vc me irrita com toda essa impaciência sabia?
Any: Olha se não for ajudar... Some! - apontando a porta brava.
Caspian: Ok e não preciso de porta pra fazer isso. - se levantando e desapareceu.
Any voltou pro camarim e se sentou numa cadeira chateada. Fez um bico voltando a cruzar os
braços. Foi então que bateram na porta ela disse de mau humor:
- Entra!
Um rapaz apareceu com um buquê de rosas vermelhas dizendo:
- Senhorita Anahí?
Any: Sim. - se levantando.
Xx: Pediram pra te entregar!
Any se aproximou e pegou o buquê agradecendo, o rapaz saiu e ela trancou a porta. Quando viu
que no buquê tinha um bilhete abriu e sorriu vendo que era de Poncho.

Parabéns meu amor vc estava linda e as crianças mais ainda vestidas de monstros, to muito orgulhoso de vc
e louco pra matar as saudades...
Te amo!

Xx: Poncho! - alguém sussurrou no ouvido dela.


Any se virou assustada e sorriu, seus olhos brilharam nunca vira alguém tão lindo como ele.
Usava tênis, calça jeans detalhada, uma blusa cinza de manga comprida, toca preta com alguns
detalhes em cinza e bigode com cavanhaque.
Any: Poncho! - disse sorrindo e o abraçou com força.
O mesmo a abraçou com tanto carinho que Any sentiu que teria que fazer força pra não chorar
quando disse o abraçando forte sentindo o cheiro e o toque que tanto sentiu falta:
- Por favor, não faz mais isso comigo vc foi embora sem se despedir, demorou dias pra voltar e
eu quase morri de saudades e de aflição porque não chegava... Não sabe a falta que senti de vc!
Poncho: Eu também pequena, eu também! - apertando contra seu corpo beijando seus cabelos. -
Me desculpa pelo modo que eu fui, desculpa ter te deixado aqui meu anjo, desculpa ter
demorado, só Deus sabe o que eu passei longe de vc esses dias. - a soltando encarando-a.
Any: Não precisa se desculpar o que importa é que vc voltou... Pra mim! - sorrindo apaixonada.
Poncho sorriu e sem agüentar esperar mais deu um beijo de tirar o folego cheio de movimentos
enquanto a abraçava com força e ela envolvia os braços em torno do pescoço dele totalmente
entregue correspondendo a altura. Se beijavam como se disso dependesse a vida de ambos. Ao
se separaram com dois selinhos Poncho abraçou Any tirando-a do chão dizendo:
- Não sabe como senti falta dos seus beijos, meu amor, cheguei a imaginar vc como antes
namorando o Léo quando eu voltasse. - a apertou. - Nunca mais me afasto por tanto tempo de vc.
Any sorriu voltando ao chão, deu um beijo em Poncho e respondeu:
- Nem louca eu te deixo pra ficar com Léo meu amor... Vc é a única pessoa que eu quero perto de
mim! Senti tanta falta de poder ficar assim com vc. - o abraçando pela cintura falando como bebê.
Poncho sorriu beijando a cabeça dela que estava encostada em seu peito de olhos fechados, a
aconchegou com carinho e ficou acariciando suas costas até Any começar a beijar seu peito e
subir pro queixo que ela mordeu e ele sorriu notando a falta que sentira daquilo. Ela continuou o
caminho distribuindo beijos pelo pescoço dele e Poncho sentiu seu corpo arrepiar quando ela
mordiscou sua orelha soltando um riso e ele disse:
- Se não quer pagar um mico constrangedor não me provoca princesa. - acariciando seus cabelos.
Any sorriu o encarando e ele a beijou com violência explorando toda a boca dela enquanto as
mãos acariciavam seu corpo. Ele a puxou pra perto começando a beijar seu pescoço enquanto ela
suspirava acariciando os braços dele que a envolviam. De olhos fechados ela sussurrou:
- Já disse que eu amo vc Poncho?
Poncho: Nos últimos 6 dias ainda não. - e a encarou.
Any: Falei sim por telefone. - se afastando apontando o dedo pra ele sorrindo.
Poncho: Mas assim não vale.
Any: E falar... Eu amo vc! - ofegante acariciando rosto dele. - Vale?
Poncho: Vale! - sorrindo. - Também amo vc meu amor. - sorrindo e a beijou.
Any: Então vc viu a apresentação das crianças? - se soltando.
Poncho: Uhum cheguei e um grupo antes de vc tava se apresentando.
Any: O que achou?
Poncho: Muito merecido o prêmio meu amor, vc arrasou com aquela coreografia.
Any: Nossa deu trabalho pra eles pegarem, mas deu tudo certo e a Lívia?
Poncho: Ficou em casa, acabou dormindo no caminho e tive pena de acordar.
Any: Tudo bem depois eu mato as minhas saudades dela.
Nisso Sara entrou correndo e pulou no colo de Poncho dizendo:
- Tio Poncho!
Poncho: Sara? Vc ta falando linda? - encarando-a sorrindo e depois encarou Any.
Any: Eu disse que ia ter uma surpresa quando voltasse.
Poncho sorriu e deu um beijo em Sara que o abraçou. As outras crianças entraram e Poncho
cumprimentou e parabenizou todas sorridente.
Juliana: Oi Poncho conseguiu ver a apresentação?
Poncho: Uhum e foi incrivel.
Juliana: Idéia da sua namorada nos garantiu a vitória.
Any sorriu constrangida quando Poncho e Juliana a encararam sorrindo.
Any: Já pode trocar eles Ju?
Juliana: Já sim vc me ajuda?
Any: Ta bom! - sorrindo.
Poncho: Bom então enquanto vc troca eles eu vou falar com o pessoal pode ser?
Any: Ta.
Poncho sorriu deu mais um beijo nela e saiu. Quando se encontrou com o pessoal cumprimentou
todos inclusive Luz Viviana que o achou mais bonito pessoalmente.
Chris: Cara a gente quer falar com vc.
Poncho: Comigo o que?
Ucker: Pode vir com a gente rapidinho?
Poncho: Ta.
Dul: A gente quer te mostrar uma coisa.
Mariana: Aonde vcs vão?
Mai: Já voltamos Mah.
Mariana fez menção de segui-los, mas Luz parou na frente dela dizendo:
- Bonito esse Poncho né?
Mariana: Sim, mas ele tem namorado e é louco por ela.
Luz: Verdade?
Mariana: Uhum, é melhor ficar longe se quer um conselho Luz.
Luz: Nossa valeu. - chateada e se sentou.
Mariana tentou encontrar o pessoal pra tentar segui-los, mas eles já haviam sumido de vista.
Poncho parou na entrada do teatro e perguntou:
- Gente o que foi?
Chris: Desculpa dar essa noticia assim cara agora que vc acabou de chegar, mas...
Mai: Vc tem o direito de saber o que aconteceu enquanto estava fora.
Poncho pegou o envelope branco e abriu tirando algumas fotos. Sua fisionomia ficou séria e triste
quando de cara na primeira foto Any estava deitada num sofá sorrindo pra um cara que estava
prestes a beijá-la. Em outras ela dançava abraçada com um garoto e quando Poncho viu as duas
últimas seus olhos não seguraram mais as lágrimas e ele chorou vendo Any beijando um terceiro
garoto. Tudo havia saido como planejando e Dul disse com certa pena:
- A gente foi numa boate na quarta e foi isso ai que ela fez.
Poncho enxugou o rosto não conseguindo parar de chorar e perguntou:
- Como... Vcs tiraram... Essas fotos?
Chris: Eu sabia que ela ia acabar aprontando, minha irmã não mudou coisa nenhuma Poncho,
bastou vc sair e eu ficar um pouco de olho nela pra conseguir essas fotos.
Poncho: Eu não consigo acreditar que depois de tudo... Ela fez isso!
Mai: A gente tentou abrir seus olhos Poncho.
Poncho: Me deem licença depois a gente se fala. - e saiu.
Ucker: Aonde acham que ele foi? - encarando os outros.
Dul: Atrás da Any é o mais provavel.
Mai: O que será que vai acontecer?
Chris: Não sei, mas espero que ele tenha aberto os olhos dessa vez.
Poncho voltou ao camarim e as crianças já estavam prontas e saindo, ele enxugou o rosto e
sorriu quando elas passaram por ele dando tchau e desejando boa noite. Viu Any dar um beijo
numa garota e depois em Sara, fez o mesmo da porta e entrou. Any quando o viu sorriu dizendo:
- Nossa eles estavam eufóricos até agora.
Poncho: Percebi. - respondeu seco.
Any: Quer ir pra algum lugar agora? - se aproximando.
Quando foi beijá-lo Poncho virou o rosto e Any perguntou estranhando:
- O que foi?
Poncho: Pode me explicar, por favor, que fotos são essas? - colocando na mão dela sério.
Any olhou as fotos e assustada e surpresa encarou Poncho e perguntou temerosa:
- Onde... Onde vc conseguiu isso?
Poncho: Não importa onde o que importa é o que VC ta fazendo nelas Any. - bravo.
Any: Poncho quem te mostrou essas fotos? - começando a chorar.
Poncho: Vc quer saber? Foi o seu irmão, Ucker, Dul e Mai.
Any: Que?
Poncho: Isso Chris me falou que tinha certeza que vc ia aprontar e ficou de olho em vc, pelo jeito
ele não se enganou né? - mostrando a foto dela beijando Otávio.
Any: Poncho esse cara me agarrou a força... Agora, agora eu entendi tudo meu amor eles fizeram
de propósito ontem uns 4 meninos deram em cima de mim tenho certeza que eles armaram isso
acredita em mim Poncho, por favor.
Poncho: COMO VC QUER QUE EU ACREDITE EM VC! - gritando. - Depois de tudo o que passei por
sua causa vc acha que é fácil eu acreditar que essas fotos são todas mentirosas?
Any: E o que a gente passou junto não conta nenhum pouco pra vc acreditar em mim?
Poncho: Vc me usou Anahí, me usou dessa vez como usou das outras vezes e eu fui um idiota
achando que vc tinha mudado vc não presta mesmo.
Any: Não fala assim Poncho, isso foi armação deles acredita em mim. - chorando.
Poncho: Eu nunca mais vou acreditar em nenhuma palavra que venha de vc.
Any: Não fala isso.
Poncho: Vc é uma mentira garota, não vale nada.
Any: Poncho eu te amo!
Poncho: Vc não sabe o que é isso não passa de uma fingida e eu fui um burro em ter acreditado
em vc, mas isso não vai mais acontecer... Nunca mais! - e saiu furioso contendo as lágrimas.
Any: Poncho... Volta! PONCHO! - e sentou na cadeira chorando. - Não vai embora meu amor.
Caspian: Eu te disse pra não ir Any. - aparecendo ajoelhado na frente dela.
Any: Vc sabia que eles iam fazer isso?
Caspian: Sabia?
Any: DROGA CASPIAN PORQUE VC NÃO ME FALOU? - brava.
Caspian: Por que eu não pude, fiz o possivel pra te alertar, mas vc não me ouviu.
Any: Eu fui uma idiota achando que eles queriam a minha companhia.
Caspian: Eles armaram pra vc Any e vc acabou caindo. - triste.
Ouviram vozes e Caspian desapareceu no momento que Mariana entrou perguntou:
- Any...
Any: Ai Mah me ajuda, por favor! - chorando e a abraçou.
Mariana: Any o que foi? Que aconteceu com vc pra estar chorando e pro Poncho ter saido daquele
jeito? Vcs dois brigaram?
Any: Pior ele terminou comigo.
Mariana: Como terminou com vc se ele te ama, é maluco por vc?
Any mostrou as fotos e Mariana disse indignada e surpresa:
- Não acredito que eles fizeram isso, agora tudo se encaixa.
Any: Do que ta falando?
Mariana: Any lembra da foto que vc tirou de mim na fonte?
Any: Aham.
Mariana: Eu tava olhando ela em casa e vi que atrás de mim tinha dois caras conversando e um
deles me lembrou o Ucker... Então eu peguei a foto e levei na casa de um amigo pra ele apliar o
fundo de forma que desse pra ver quem eram os dois caras.
Any: E dai? - parando de chorar.
Mariana: Olha. - mostrando a foto de Ucker entregando dinheiro pra um garoto.
Any: Esse é o cara que me beijou a força. - pegando a foto que tiraram dela com Otávio.
Mariana: Isso! Eu tenho certeza que eles pagaram aqueles garotos pra darem em cima de vc e
esse deve ter recebido uma recompensa maior por ter te beijado, era por isso que as meninas
ficaram me arrastando pra longe de vc.
Any: Mah, por que eles fizeram isso? - voltando a chorar.
Mariana: Any eles não te suportarm, não acreditam que mudou, querem vc longe do Poncho.
Any: Mas não é justo fazerem isso... Poncho saiu daqui furioso, dizendo que eu sou uma
mentirosa, ela ta me odiando Mah. - chorando.
Mariana: Fica calma que eu vou esclarecer tudo com o Poncho vou mostrar essa foto pra ele e
essa que o cara ta te beijando e ele vai ver que armaram pra cima de vc e vai se arrepender.
Any: Será?
Mariana: Tenho certeza, vai tudo se resolver não chora mais. - enxugando o rosto dela.
Any: Obrigada Mah!
Mariana: Não precisa agradecer, vem vamos pra casa, amanhã eu vou falar com o Poncho.
Any: Ta. - aceitou limpando o rosto.
No outro dia o pessoal tinha mais uma semana de provas Poncho tinha uma a mais pra fazer e
nem saiu da sala não querendo encontrar com Any, no intervalo Mariana disse:
- Eu posso falar com vc Poncho?
Poncho: O que foi?
Mariana: Eu falei com a Any e ela ta muito mal... E pelo que to vendo vc também esta. - vendo
que ele estava com olheras e estava abatido e cansado.
Poncho: Me deixa Mah.
Mariana: Poncho armaram aquilo pra vc.
Poncho: Eu não quero saber. - bravo.
Mariana: Poncho vc ta cometendo uma injustiça sabia?
Poncho: Injustiça? Não me venha defender a Anahí ta legal?
Mariana: PONCHO...
Poncho: Olha eu não to afim de brigar com vc, com licença. - e saiu apressado.
Mariana deu um murro na mesa xingando brava.
Quando a aula acabou Any estava saindo cabisbaixa quando viu o irmão e os amigos se
aproximou.
- Estão felizes né?
Dul: Do que ta falando?
Any: Que vc conseguiram jogar o Poncho contra mim.
Mai: A gente abriu os olhos dele.
Any: Não vc armaram pra cima dele, mas tudo bem falta muito pouco pra eles descobrirem os
amigos que tem... Como vc pode fazer isso comigo Chris? Com a sua irmã?
Chris: Da mesma forma como vc me infernizou com a Mai. - frio.
Anuy: Ok só que saibam que casualmente eu e a Mariana estavamos no shopping sexta
Christopher e casualmente tiramos uma foto onde vc saiu pagando o nojento que me beijou na
boate.
Eles se encararam e Ucker perguntou:
- Tiraram foto?
Any: Aham e se o Poncho ainda não viu vai ver em breve, to só avisando vcs. - e saiu.
Um tempo depois Poncho estava terminando de fazer a prova quando saiu e Mariana disse:
- Será que agora o esquentadinho pode me ouvir?
Poncho: Eu não quero falar com vc sobre a Any.
Mariana: Ta bom pode pelo menos ver. - mostrando a foto de Ucker com Otávio. - Não é o mesmo
cara que ta beijando a Any aqui? - mostrando a foto.
Poncho: É. - surpreso.
Mariana: E vc não acha estranho esse cara que esta com a Any estar recebendo dinheiro do
Ucker?
Poncho: O que vc quer dizer com isso?
Mariana: Quero dizer duas coisas... Primeira que se vc prestar atenção vai perceber que esse cara
ta beijando a Any a força e segunda que se prestar mais atenção ainda vai sacar que isso foi tudo
armação, que pagaram esse cara e os outros que vc viu com a Any pra darem em cima dela a
prova disso ta nas suas mãos.
Poncho: Como vc conseguiu essa foto?
Mariana: Tava com a Any no shopping sexta e tirei uma foto numa fonte no fundo apareceu esses
dois e eu reconhei o Ucker, pedi pra um amigo ampliar e ficou assim.
Poncho abaixou a cabeça, parecia que estava percebendo o que tinha acontecido.
Mariana: Olha Poncho só pra vc saber, depois que esse cara agarrou a Any à força ela ficou tão
estressada que encheu a cara e de tão zonza e enjoada que ficou ela te confundiu com esse cara
aqui, achou que ele era vc! - mostrando a foto de Any com Rodrigo no sofá. - Isso explica porque
ela ta sorrindo e tenho que dizer que ela quase beijou ele, mas acabou sacando que não era e te
juro ela quase morreu de remorso no banheiro de tanto que chorou por quase ter beijado outro...
Ela nunca quis enganar vc Poncho, ela te ama e vc não tem idéia de como ela ta mal.
Poncho: Isso é verdade? - com os olhos marejados.
Mariana: Claro Poncho vc me conhece não mentiria pra vc, se tudo que tivesse nessa foto fosse
verdade eu tinha te contado na hora, não estaria defendendo ela se não fosse realmente
inocente.
Poncho: Por que eles inventaram essa mentira Mah?
Mariana: Porque não gostam da Any e não acham que ela mudou, queriam abrir seus olhos, mas
com mentiras a Any é maluca por vc, precisa ver como ela ficou esses dias que tava fora e como
falou de vc no shopping.
Poncho: Mah eu fui injusto com ela, falei coisas horriveis pra ela. - chorando.
Mariana: Então porque ao invés de ficar parado aqui vc não vai até a casa dela e resolve isso.
Poncho: Vc acha que ela vai me perdoar?
Mariana: Eu tenho certeza, agora vai lá Poncho, não perde mais tempo.
Poncho: Eu vou sim! Valeu Mah. - sorrindo e lhe deu um beijo no rosto. - Vc é um anjo!
Mariana sorriu dizendo:
- Que bom que ele viu a verdade. - sorrindo e saiu.
Um tempo depois Any estava deitada na cama conversando com Caspian que disse:
- Não fica triste.
Any: Sai daqui eu nunca mais quero falar com vc.
Caspian: Any eu não tive culpa pelo que aconteceu.
Any: Teve sim devia ter me avisado.
Caspian: Mas a Mariana não disse que vai te ajudar? Não ta com provas de que vc é inocente?
Any: Ta, mas e se ele não acreditar? - se levantando brava.
Nisso bateram na porta e Carol disse:
- Filha o Poncho ta aqui em baixo e quer falar com vc.
Any arregalou os olhos e respondeu atonita:
- Já... Já vou descer!
Carol: Ok. - e saiu.
Any se levantou da cama correndo se olhando no espelho e Caspian disse:
- Esta bonita assim, pode ir lá.
Any: Certeza?
Caspian: Uhum!
Any saiu do quarto depois de passar perfume e desceu de vagar, quando viu Poncho parado na
beira da escada com um buque de flores coloridas na mão sentiu o coração acelerar e tudo o que
ele lhe falou na noite anterior veio na sua cabeça. Desceu de vagar e perguntou parando na
frente dele:
- O que faz aqui?
Poncho: Queria falar com vc... Te trouxe isso! - estendo as flores.
Any as pegou sorrindo depressa e Poncho disse:
- Eu sei que eu falei coisas horriveis pra vc ontem Any, mas é que eu não aguentei quando vi
aquelas fotos e todo mundo dizendo que vc nunca tinha mudado.
Any: Vc preferiu acreditar neles do que em mim. - triste.
Poncho: Eu sei, mas a Mariana me fez ver que eu estava errado, que eu fui injusto com vc.
Any: Tudo bem vc se arrependeu do que fez eu te desculpo, não tem problema.
Poncho: Vc me perdoa pelas coisas horriveis que eu falei?
Any: Uhum! - afirmou de cabeça baixa.
Poncho: E voltar comigo Any? Vc aceita? - a encarando intensamente.
Any: Vc jura que nunca mais vai me falar aquelas coisas feias? - começando a chorar.
Poncho: Eu juro que nunca mais vou machucar vc. - enxugando o rosto dela. - Me perdoa?
Any: Como eu não vou perdoar vc se eu sou maluca por vc seu bobo!
Poncho: Então vc me perdoa princesa?
Any: Perdou claro que eu perdoo, vc já tava perdoado antes de pedir.
Poncho: Eu te amo minha linda.
Any: Também te amo, não duvida mais disso, por favor.
Poncho: Eu não vou mais duvidar prometo.
Any sorriu e se beijaram intensamento com todo o amor que possuiam um pelo outro, Poncho a
abraçou tirando-a do chão. Separaram-se com dois selinhos e ele disse:
- Te amo meu amor nunca mais vou te decepcionar, prometo.
Any: Eu acredito em vc. - acariciando o rosto dele.
Poncho: Seu irmão ta aqui?
Any: Não por quê?
Poncho: Tudo bem eu falo pra todo mundo o que quero amanhã.
Any: Bebê não diz nada pra eles...
Poncho: Não eu vou falar, eles não tinham direito de fazer o que fizeram Any.
Any: Mas já passou a gente ta junto.
Poncho: Mas se eu não falar nada meu amor eles podem fazer de novo. - acariciando o rosto dela.
Any: Mas...
Poncho: Não adianta eu quero falar com eles e é isso que eu vou fazer.
Any: Ta bom então se vc quer assim, não vou te impedir.
Poncho sorriu e a beijou em seguida perguntou:
- Mas vc não quer ir pra algum lugar, to morrendo de saudades de vc. - cochichou.
Any: Também to meu anjo. - o abraçando sorrindo de olhos fechados.
Poncho: Vamos então pra algum lugar? - a soltando.
Any: Vamos sim! - sorrindo e lhe beijou.
Quando se separaram Poncho rodou com ela no ar dizendo:
- Te amo bebê!
Any: Eu também querido. - sorrindo.
Poncho: Vamos embora então?
Any: Deixa eu só por as flores no vaso. - sorrindo pegando o buque e deu um beijo em Poncho.
Quando ela fez menção de se afastar ele a puxou e lhe outro beijo de tirar o folego, ela sorriu e
saiu correndo pra cozinha com o buque na mão. Quando voltou disse o abraçando feliz:
- Vamos?
Poncho: Uhum! - e lhe deu um beijo na testa.
Sairam abraçados e quando chegaram no carro de Poncho ele disse:
- Fecha os olhos.
Any: Por que?
Poncho: Anda Any fecha os olhos.
Any: Ai ok! - sorrindo e fechou os olhos.
Poncho colocou uma venda nos olhos dela e lhe deu um selinho. Any sorriu e ele disse:
- Entra no carro, vem eu te ajudo! - dando a mão pra ela.
Any entrou e dirigiram por um tempo, pararam e entraram numa casa Any nervosa perguntou:
- Onde a gente ta?
Poncho: Já vai saber.
E sem dizer mais nada a pegou no colo que riu e subiu as escadas da própria casa. Pararam em
frente a uma porta e ele desamarrou as vendas dela dizendo:
- Pode abrir os olhos.
Any olhou a porta branca e olhou em volta depois perguntou sorrindo:
- A gente ta na sua casa?
Poncho: Uhum!
Any: Mas...
Poncho: Eu fiz uma surpresa pra gente enquanto meus pais tavam indo trabalhar e a Lívia na
escola.
Any: Poncho...
Mas ele abriu a porta e ela se calou vendo a decoração do quarto dele. Estava coberto de flores e
algumas velas e um cheiro suave de insenso dava uma r de tranquilidade ao lugar e as cortinas
laranjadas e fechadas davam um visual diferente e muito atraente ao quarto. Poncho a abraçou
por trás e sussurrou no seu ouvido:
- Vamos entrar?
Any fechou os olhos arrepiada e assentiu com a cabeça. Entraram no quarto e Any sentiu quando
os braços de Poncho a soltaram, mas não deu muita importância estava encantada com a
decoração e admirava tudo com um sorriso nos lábios. Quando viu o chão escrito com pétalas
AyA disse:
- Esta tudo lindo Poncho, adorei.
Poncho então beijos seus ombros e Any se virou prendendo a respiração quando viu que ele
estava só de meia a calça aberta mostrando parte da cueca e a camisa aberta mostrando o peito.
Ele sorriu e perguntou segurando uma mão dela:
- Não quer fazer as honras?
Any sorriu mordendo o lábio inferior e assentiu. Poncho então a abraçou e se beijaram enquanto
ela tirava a blusa dele acariciando seus braços com carinho apertando em algumas partes. Em
seguida abaixou a calça dele e sem parar de beijá-la Poncho levou a mão de Any pra dentro da
sua cueca, quando sentiram o contato ambos suspiraram e Poncho sussurou:
- Estavamos morrendo de saudade bebê.
Any: Também tava. - sorrindo e desceu a mão.
Poncho fechou os olhos e a puxou beijando seu pescoço enquanto abria a calça dela e Any tirava
a sandalia com os pés. Livre da calça ambos se separaram e Poncho tirou a blusa de Any
encarando o corpo dela quase nu exceto pelo sutiã e a calçinha que cobriam duas única partes do
corpo dela. Partes que Poncho não via a hora de descobrir e desfrutar. Sem perder mais tempo
ela a pegou no colo e se deitando na cama começaram a se beijar, Any sentia a excitação de
Poncho e se arrepiava mais enquanto apertava as costas dele matando as saudades daquele
corpo. Poncho por sua vez quando conseguiu tirar o sutiã dela fez um caminho de beijos e
lambidas até os seios de Any sugando-os com vontade matando toda a falta que sentiu deles. Any
ofegava apertando os lençois da cama ou acariciando os cabelos dele que agora tirava a calcinha
dela enquanto sugava seu seio esquerdo. Quando se livrou dela Poncho subiu os beijos e mordeu
o queixo de Any que protestou:
- Esse gesto é meu.
Poncho: Vai ficar zangada se eu te copiar?
Any: Não!
Poncho então se aproximou e contornou os lábios de Any com sua língua quando a penetrou de
vagar e começou a massagear a intimidade dela que na hora suspirou ofegante e inclinou o
quadril pra frente o puxando pra um beijo desesperado. Poncho aumentou os movimentos e
penetrou fundo em Any descendo os lábios pro pescoço dela que pediu ofegante:
- Por favor, não tortura mais a gente vai.
Poncho riu e puxou Any pra que ficasse em cima dele dizendo:
- Agora vc tortura então. - e piscou pra ela sorrindo malicioso.
Any sorriu e começou a beijar o peitoral dele sugando seus mamilos enquanto tirava a cueca dele
e massageava seu membro. Poncho suspirava acariciando a cintura de Any excitado, não
agüentou conter os gemidos quando ela começou a beijar e passar a língua por seu membro
acariciando ao mesmo tempo. Ela sorria vendo como ele estava arrepiado e soprou dizendo:
- Com frio bebê.
Poncho: Any...
O tom de ameaça a fez rir e ela voltou a beijar seu peitoral subindo e beijou o quixo dele, depois
lhe deu um selinho e desceu beijando seu pescoço dando algumas mordidinhas e mordiscadas na
orelha dele. Ele então conseguiu penetra-la doi dedos e virou-se ficando por cima dela a beijando
com sofreguidão. Ela cravou as unhas nas costas dele correspondeu ao beijo, ele então parou de
penetra-la e apertou um de seus seios quando seu membrmo a penetrou de uma vez
interrompendo o beijo deles com o gemido de ambos. Rapidamente chegaram ao climax e Poncho
lhe deu mais uma investida parando ofegante ao lado dela. Any sorriu e deiotando ao lado dele
disse:
- Sinto muita falta de vc meu amor.
Poncho: Também minha linda não sabe como aquela cama do Canadá estava grande e vazia sem
vc.
Any: Ah minha também cresceu bastante. - sorrindo.
Poncho a encarou apaixonado, dois segundos depois Any perguntou sorrindo:
- O que foi? - abaixando a cabeça constrangida.
Poncho: Olha pra mim Any!
Any: O que foi? - sorrindo e o olhando. - Vc ta me deixando constrangida. - timida.
Poncho: Te amo!
Any: Eu também te amo bebê. - e lhe deu um beijo.
Poncho: Obrigado por ter me perdoado, eu morro se ficar longe de vc.
Any: Eu também morreria longe de vc meu amor.
Poncho: Desculpa ter duvidado de vc e te ofendido ta? - acariciando o rosto dela.
Any: É claro que eu desculpo. - sorrindo. - Pra falar a verdade não tem o que desculpar.
Poncho: Vem cá, vem. - chamando ela sorrindo pra deitar no seu peito.
Any sorriu e deu um beijo no rosto dele e depois um selinho. Em seguida deitou no peito dele e
fechou os olhos sorrindo acariciando o peito dele enquanto Poncho acariciava os cabelos dela.
No outro dia Poncho chegou na escola abraçando Any por trás quando encontrou de cara
Mariana, Ucker, Chris e Mai sentados juntos num banco.
Dul: Bom dia!
Poncho: Bom dia... Eu posso falar com vcs?
Chris: Agora?
Poncho: É agora será que da?
Mai: Claro Poncho, já imaginamos o que seja.
Any: Poncho não...
Poncho: Eu sei o que to fazendo meu anjo. - sorrindo pra ela e encarou os outros ficando sério. -
Eu gostaria de saber o que deu em vcs quatro pra fazerem o que fizeram quarta.
Ucker: Poncho!
Poncho: Quero saber qual era a verdadeira intenção de vcs com aquelas fotos. - disse bravo.
Eles se encararam sem saber o que responder. Dul então arriscou:
- A gente só queria te ajudar.
Poncho: Me ajudar? Ah, por favor Dulce!
Chris: É verdade cara a gente quer abrir seus olhos.
Ucker: Confessa pra ele Anahí fala que vc gostou quando o Vitor te beijou e que não confundiu o
Rodrigo coisa nenhuma com o Poncho que isso foi uma desculpa.
Any: É claro que não nem por um momento eu pensei em trair o Poncho. - defendeu-se.
Poncho: E como vc sabe o nome desses garotos Ucker?
Mariana: Vcs pagaram eles pra darem em cima da Any não é verdade? Por isso vcs estavam me
afastando da Any o tempo todo não é meninas. - encarando Mai e Dul.
Todos afirmaram com a cabeça e Any perguntou triste:
- Por que vcs fizeram isso?
Mai: Pra vc ver como é bom quando armam pra cima de vc.
Any: Mai me fala o que eu te fiz no último mês pra me odiar tanto?
Ucker: Não foi o que fez no último mês e sim nos últimos dois anos, porque desde que te
conhecemos vc nos inferniza até onde pode.
Poncho: E isso da direito a vcs de fazerem o que fizeram? - alterado. - Isso da direito de vcs
dizerem que são meus amigos e me trairem desse jeito? Vc falam tanto de justiça, de pagar pelo
erro que cometeu, mas vcs se mostraram completamente injustos e egoistas com o que fizeram
ontem porque só se importaram com a vingança de vcs, não pensaram na injustiça que estavam
cometendo contando a mentira de que Any tinha me traido e nem se importaram como eu ia ficar
quando soubesse, eu estou completamente decepcionado com vcs... Pensei que fossemos como
irmãos, mas eu me enganei, me enganei feio com vcs e quase perco a pessoa que mais amo por
causa de vcs.
Chris: Olha cara vc quer ficar com ela? Fica ta legal só não venha choramingar depois se ela te
trair.
Poncho: Antes de “choramingar” eu vou ter que ter certeza se a traição é verdade. - provocou.
Chris: Ela é uma sem vergonha vai te trair cedo ou tarde. - com desprezo.
Aquilo foi a gota d’água pra Poncho que fechou o punho no rosto de Chris dizendo:
- EU AVISEI QUE NÃO IA PERMITIR QUE INSULTASSEM A ANY. - furioso.
Any: Poncho calma.
Ela puxava Poncho enquanto Mai assustada ajudava Chris a se levantava. Ele tinha uma mão na
boca que sangrava a raiva estampada no rosto e todos surpresos, pois, nunca nenhum dos
amigos haviam brigado entre si, principalmente eles que eram como irmãos.
Chris: A gente era como irmão sim cara, mas VC ferrou tudo agora. - indo pra cima.
Mariana: NÃO! - gritou vendo os dois caírem no chão aos socos.
Mai: Ucker faz alguma coisa, antes que eles se matem. - pediu aflita.
Ucker depois de alguns minutos conseguiu separar os dois com a ajuda de Any que se colocou
entre eles dizendo:
- Chega vc dois.
Poncho e Chris se separaram ofegantes, Mai e Ucker tentando segurar Chris que estava com o
olho esquerdo vermelho e sangravba na boca e no super cilio direito. Any e Mariana tentavam
segurar Poncho que sangrava no canto da boca e uma parte do rosto perto do olho direito estava
cortada.
Dul: É melhor vc dois irem pra enfermaria.
Any: Vamos Poncho já chega de brigas, vem. - puxando-o pelo mão.
Quando passou por Chris ambos fizeram menção de se aproximarem pra brigar, mas foram
segurarados e Ucker disse:
- Vamos também. - saindo ainda o segurando.
Minutos depois Any estava terminando de fazer o curativo quando perguntou:
- Como vai ser agora?
Poncho: O que quer dizer? Ai! - reclamou quando ela encostou o algodão com álcool no corte
próximo ao olho.
Any: Desculpa. - assoprando.
Poncho: Tudo bem. - sorrindo. - Mas o que quis dizer com... “Como vai ser agora?”
Any: To perguntando como vão ser as coisas entre vc e os outros. - séria.
Poncho: Como eu previ que ia ser cedo ou tarde.
Any: Ta querendo dizer que vão se afastar? - se sentindo culpada.
Poncho: Depois do que eles fizeram não vai mais ser a mesma coisa. - conformado.
Any: Tudo por mim culpa. - sussurrou pra si de cabeça baixa.
Poncho: Hei! - erguendo o rosto dela. - Não é sua culpa, meu anjo! - sorrindo confortante.
Any: É sim vcs brigaram porque vc me defendeu.
Poncho: Te defendi porque vc merecia quem eles pensam que são pra falar assim de vc?
Any: A gente sabe que eu mereço aqueles insultos, em partes eles tem razão.
Poncho: Any se vc não cansou eu cansei deles ficarem te julgando pelo seu passado, ninguém ta
vendo o que vc ta fazendo, isso já me encheu.
Any sorriu, mas voltou a ficar triste quando disse:
- Não quero que vc brigue com eles por minha culpa, pense no quanto eles te ajudaram já.
Poncho: Nem toda a ajuda que já me deram compensa o que fizeram hoje Any, a gente podia ta
separado se a Mariana não tivesse me mostrado aquelas fotos.
Any: Eu sei disso. - triste.
Poncho: E me da raiva saber que eu cai na pilha deles, até quando eles vão levar pra sacar que vc
mudou? Poxa ia ser tão bom poder curtir desse sonho com eles.
Any: Eu sei amor, mas então faz uma força e não vira as costas pra eles.
Poncho: Eu não to virando Any, eles quem estão.
Any: Eu só não quero que vc brigue de novo.
Poncho: Isso eu não posso prometer, já viu que eu sou nervoso e cabeça dura.
Any: E ciumento também, mas pelo menos tenta fazer uma forçinha pra mudar. - sorrindo.
Poncho: Não sei. - fazendo uma careta.
Any: Ah vai bebê... Por mim! - sorrindo como uma boa menina e o encheu de beijos no pescoço.
Poncho: Any isso é golpe baixo. - sorrindo de olhos fechados.
Any: Então promete que vai TENTAR se controlar? - se afastando um pouco o olhando.
Poncho: Ta eu prometo. - sem vontade.
Any: Olha que tem que TENTAR MESMO. - avisou.
Poncho: Ok já entendi. - sorrindo vencido.
Any sorriu e deu um beijo de leve nos lábios de Poncho que estavam machucados, ambos
sorriram, mas pararam com a troca de carinho quando Dul entrou e perguntou:
- Posso falar com vcs?
Poncho: Cadê o Chris?
Dul: Mai e a Mah estão cuidando dele, eu posso falar rapidinho com vcs dois?
Any: Claro.
Poncho: O que foi? - perguntou sério.
Logo ao lado Mai terminava os curativos no rosto de Chris que disse inconformado:
- Não acredito que Poncho me bateu e a gente brigou feio.
Mariana: Vc ofendeu a Any, o que queria que ele fizesse?
Chris: Mah não defende ele. - irritado.
Mai: Ela ta certa mesmo vc não gostando sabe que ela ta certa Chris.
Ucker: E ai cara, como ta o rosto... É pelo menos agora a feiura ta justificada. - zoando.
Chris: Babaca. - dando um pedala nele.
Mariana: O que vcs vão fazer agora?
Ucker: Hum... Enrolar mais um pouco aqui e entrar pra sala pras duas provas de hoje?
Mariana: To falando em relação a Any e ao Poncho.
Chris: Por mim os dois podem morrer.
Mai: Chris! - surpresa.
Chris: É sério vcs sabem que eu não suporto a minha irmã e o Poncho ficando defendendo-a toda
a hora só piora as coisas.
Mariana: Se eu fosse vcs conversavam antes de tomarem qualquer atitude.
Ucker: Não adianta conversa.
Mariana: Como podem ter certeza vcs armaram pra cima dos dois como queriam que o Poncho
reagisse, vcs viram como ele ficou mal, mas somente eu vi como a Any ficou e ela ta falando a
verdade, parem de duvidar dela e acreditem de uma vez que ela mudou o que mais ela precisa
fazer pra acreditarem?
Chris: Se ela sumisse das nossas vidas seria uma boa.
Mariana: Chris por que odeia tanto a sua irmã.
Chris: Eu tenho meus motivos... E prefiro guarda-los pra mim. - antes que ela dissesse algo.
Mariana: Ok! - vencida.
Ali perto Any sorriu e perguntou incrédula:
- Dulce é sério isso? Vc acredita que eu mudei?
Dul: Sim por vários motivos... Eu ouvi vc falando de amor pro Mauricio quando saiu da boate
quarta, aquilo mexeu comigo, vi como vc tava mal ontem quando nos encontrou e o jeito como
trata o Poncho e a maneira como defendeu a mim e aos outros me fizeram sacar isso... E também
que por mais canalha que vc fosse nunca vi alguém conseguir fingir uma coisa tão bem por tanto
tempo.
Any: Eu não to acreditando. - sorrindo abobada.
Dul: Acreditem porque quero ajudar vcs a convencerem os outros de que mudou Any pra acabar
com essas brigas que estão destruindo o nosso grupo.
Poncho: Dul vc sabe que isso não vai dar certo né? Se Ucker souber que vc ta do nosso lado
fingindo que ainda não acredita na Any ele vai ficar muito bravo com vc, não só ele, mas Mai e
Chris também.
Dul: Eu sei, mas espero que não descubram até a hora em que acreditarem em vc Any.
Any: Poxa vc é corajosa. - sorrindo.
Dul: Só por ta arriscando meu namoro e minhas amizades?
Any: De certa forma sim.
Dul: Não precisa me considerar corajosa por isso Any... Eu espero que assim como vc um dia me
separou do Ucker possa me unir à ele se ele ficar muito furioso por estar agora do lado de vcs e
espero que vcs não me deixem na mão se eles virarem as costas pra mim.
Poncho: É claro que não vamos fazer isso.
Any: Pode não acreditar, mas tem dois grandes amigos aqui na sua frente.
Dul: Eu acredito... Agora eu acredito! - sorrindo.
Poncho: E ainda tem a Mah que é o anjo salvador e conselheiro de todos aqui. - sorrindo.
Any: É... Dul eu... Posso te dar um abraço? - sem jeito.
Dul: Pode! - respondeu sorrindo.
Any se aproximou e meio sem jeito abraçou Dul que sorriu e a abraçou Any. Poncho sorriu feliz
vendo que finalmente Any tinha convencido uma das pessoas de mais genil forte e decidida que
já conhecera... Dulce! E era melhor ainda saber que ela estava do lado deles e seria de grande
ajuda pra convencer os outros de que Any estava mudada de verdade.
Dul: Me desculpa por ter participado daquilo com os outros. - a soltando.
Any: Não precisa se desculpar. - sorrindo.
Dul: Eu só participei porque precisava de uma prova decisiva de que vc tinha mudado.
Poncho: E agora que vc conseguiu e esta do nosso lado como pretende fazer o que nos disse? - se
levantando e abraçou Any por trás.
Dul: Não sei bem ainda, mas acho que vou dar indireta tipo: “Gente acho que a Any mudou” ou
“Ela não conseguiria fingir algo por tanto tempo” sabe? Essas coisas!
Any: Acha que vão acreditar em vc?
Dul: Bom eu demorei, mas consegui abrir meus olhos, espero que eles também vejam.
Poncho: Quem vc acha mais dificil de convencer?
- Desculpa falar Any, mas dos três o que ta mais irredutivel é o Chris.
Any: Eu já imaginava. - sorrindo triste.
Dul: Mas acho que é por ele que vc deve começar.
Any: Como assim?
Dul: Olha é ele quem esta influenciando todo mundo a ficar contra vc.
Any: Ele nunca me suportou.
Dul: E vc sabe por quê?
Any: Não tenho certeza, mas desconfio porque e quer saber vc me deu uma idéia.
Poncho: Qual? - curioso.
Ucker: Dulce!
Dul: Droga é o Ucker, acho que não é uma boa idéia ele me ver aqui né?
Any: Com certeza. - sorrindo.
Dul: Bom eu to indo, vamos ver o que eu consigo fazer. - e saiu apressada.
Ucker: Dulce!
A mesma se escondeu pra sair do quarto onde Any e Poncho estava e correu até um certo ponto,
voltou pra trás e disse fingindo que vinha da cantina:
- Fui buscar um chocolate meu amor, vc tava me procurando?
Ucker: Uhum!
Dul: Como o Chris ta?
Ucker: Furioso e com razão né?
Dul: É.
Ucker: O que vc tem? - estranhando.
Dul: Eu? Nada, não! - disfarçando.
Ucker: Certeza de que esta tudo bem?
Dul: Uhum. - sorrindo.
Ucker: Quer voltar pra cantina e comer alguma coisa comigo, to com fome.
Dul: Beleza vamos sim. - sorrindo.
Enquanto isso Poncho estava sentado na cama com Any no meio das pernas dele quando disse:
- Então princesa qual foi a sua idéia?
Any: Resumindo aproximar minha mãe e meu irmão.
Poncho: Como assim?
Any então se virou e explicou:
- Bom digamos que minha mãe sempre me defendeu e deixou meu irmão de lado por isso meu pai
começou a defender mais ele me deixando de lado entendeu?
Poncho: Uhum, fez isso numa forma de compensar?
Any: Sim então por meu pai defender mais o Chris, eles ficaram mais próximos e eu da minha
mãe pelo mesmo motivo, mas acontece que meu pai nunca me desprezou sabe? Era um pouco
frio por causa das coisas que eu fazia, mas a minha mãe com o Chris é diferente.
Poncho: Diferente como? - colocando uma mexa do cabelo dela atrás da orelha.
Any: Acho que depois que eu nasci no começo o Chris tinha muito ciúmes de mim porque minha
mãe sempre preferiu menina e meu pai menino, mas acho que piorei as coisas porque eu
aproveitava a defesa da minha mãe pra enfernizar meu irmão deixando ele acho que mais de lado
ainda sabe?
Poncho: Uhum e agora vc quer aproximar os dois?
Any: Isso... Porque um tempo atrás o Chris encontrou nossa mãe dormindo em casa esperando a
gente e ele acabou jogando na minha cara que a nossa mãe não tava preocupada com ele e sim
comigo, só que eu sei que ela se preocupa com ele também.
Poncho: E vc acha que essa raiva pode ser por isso?
Any: Talvez em partes sim, o que vc acha de eu tentar aproximar os dois?
Poncho: Ah bebê vc não vai perder nada tentando.
Any: Então vc acha uma boa idéia? - sorrindo.
Poncho: Acho sim! - concordou.
Any: Então eu vou começar hoje mesmo só preciso bolar uma situação pra aproximar eles.
Poncho: E o que ta pensando em fazer pra aproximá-los?
Any: Não sei... Um jantar, levar eles pra passear só os dois, alguma coisa do tipo.
Poncho: Entendi e acho uma excelente idéia meu anjo.
Any: Sério?
Poncho: Uhum tenho certeza que vc vai conseguir aproximar eles, afinal o que vc não consegue
com esse seu jeitinho né? - sorrindo.
Any sorriu de volta e lhe deu um beijo com cuidado. Poncho se separou dizendo:
- Any beija direito.
Any: Ai gatinho vc ta com a boca machucada por isso.
Poncho: Ah para de mentir e vem aqui me dar um beijo direito.
Any tentou argumentar, mas Poncho a puxou e lhe beijou, mas acabou se separando dizendo:
- Ai doeu.
Any: Viu eu avisei. - rindo.
Poncho fez bico e Any sorriu enchendo o rosto dele de beijinhos dizendo:
- Tadinho do meu amorzinho.
Poncho sorriu e a abraçou.
Mais tarde quando estava saindo da escola Léo foi na direção de Any dizendo:
- Any posso falar com vc?
Any: O que foi?
Nisso Poncho apareceu e fechou a cara quando viu Léo. Pra provocar se aproximou de Any e lhe
deu um beijo não se importando com a dorzinha nos lábios que estava machucado. Léo viu a cena
sem graça e quando os dois se afastaram Any ainda meio atonita e Poncho com ar de vitória,
perguntou:
- E ai Poncho tudo bem?
Poncho: Tudo e com vc Leonardo? Tudo em ordem? - abraçando Any.
Léo: Uhum!
Poncho: O que vcs estavam conversando?
Léo: Bom eu vim aqui pra... Te fazer um convite!
Any: Convite?
Poncho: Que convite? - desconfiado.
Léo: Bom na verdade esse convite vai ser mais pra vcs dois.
Poncho: Ah pra gente?
Léo: Isso, vai ta rolando uma festa na casa do Fernando conhecem?
Poncho: Uhum!
Léo: Então e pensei em chamar vc pra irem.
Poncho: Nós dois? - apontando ele e Any.
Léo: Isso!
Any: Ah Leó eu não sei se a gente vai poder ir.
Léo: Mas tentem eu vou deixar esse cartãozinho com vcs, é uma espécie de convite.
Poncho: Sexta-feira às 8 horas?
Léo: Isso!
Poncho: Ta legal então, a gente vê se da pra ir né meu amor? - beijando o rosto dela.
Any: Uhum!
Léo: Bom então eu vou nessa, até amanhã.
Poncho: Até. - sério.
Any: Que... - se soltando.
Ponho: Cinico! - falou bravo rasgando o cartão.
Any: O que foi?
Poncho: O que foi? Tava na cara que aquele cara ir convidar só vc pra essa festinha idiota.
Any: Poncho...
Poncho: Ai ele me viu e pra disfarçar me chamou, o que ele vai fazer se eu for com vc nessa
festa?
Any: Vai ter que te engolir? - respondeu naturalmente em tom de brincadeira.
Poncho: Any eu to falando sério. - bravo.
Any: Meu amor... - sorrindo e se aproximando.
Poncho: Não começa com carinhos porque não vai funcionar. - se afastando irritado.
Any: Poncho olha pra mim. - segurando o rosto pra que o encarasse e ele fez uma careta de
desagrado. - O Léo sempre me chamou pras festas que armava.
Poncho: E vc ia correndo né? - se afastando bravo.
Any: Poncho não fala assim.
Poncho: Por quê? É mentira? - bravo.
Any: Não, não é mentira, mas não precisa falar comigo desse jeito. - chateada. - Não tenho culpa
se ele me chamou, o fato de estar namorando agora não fez diferença pra ele.
Poncho fechou os olhos levando a mão ao rosto percebendo que tinha exagerado, se aproximou
dela e quando foi abraça-la foi a vez de Any dizer se afastando:
- Não! Agora sou eu quem diz que seus carinhos não vão funcionar.
Poncho: Me desculpa princesa.
Any: Sabe o que é estranho? Vc falou que tava de saco cheio de ver seus amigos me julgando
pelo meu passado, mas quando o assunto é o Leonardo vc faz o mesmo que eles, viu o jeito que
falou comigo agora? - perguntou chateada.
Poncho: É vc tem razão me desculpa.
Any: Eu sei que eu era assim no passado, mas se ainda fosse daquele jeito eu não tava com vc
agora já que eu te achava TÃO insuportável. - e se aproximou. - Eu não quero nada com o Léo,
Poncho!
Poncho então a abraçou com força como se tivesse medo de que fosse embora e não voltasse
mais, Any sorriu correspondendo ao abraço e acariciou os cabelos dele que disse:
- Eu te amo, desculpa te tratar como um ogro.
Any: Não tem problema gatinho. - o soltou. - Mesmo porque vc fica lindo com essa cara
enciumada.
Poncho acabou sorrindo mais calmo e Any disse envolvendo os braços em torno do pescoço dele:
- E fica mais lindo ainda quando sorri assim! Te amo!
Poncho: Também. - sorrindo e se beijaram calmamente.
Mais tarde Any estava na cozinha quando Chris entrou e perguntou:
- O que ta fazendo?
Any: To tentando fazer um bolo com a ajuda da Ana.
Chris: Bolo? E vc sabe pelo menos untar uma forma?
Any sorriu com a pergunta.
[...] Poncho: Não sabe o que é untar uma forma? - rindo.
Any: Não. - respondeu rindo se fazendo de ofendida com uma carinha triste.
Poncho: Passe manteiga por toda a forma, jogue farinha por cima e tire o excesso em seguida.
Any: E pra que isso?
Poncho: É pro bolo não grudar na forma.
Any: Ah ta entendi. - sorrindo. - Desculpa acho que vc escolheu uma péssima ajudante.
Poncho: Vc aprende rápido. - se virando pra pegar na geladeira ovos, leite e chocolate em barra. [..]
Any: Untar uma forma eu sei.
Chris: É já é um grande milagre vc conseguir fazer isso.
Any não respondeu e ficou mexendo nas coisas que iria usar, nisso Ana apareceu e perguntou:
- Já untou a forma?
Any: To terminando.
Ana: Ok, vc quer por cobertura de chocolate né?
Any: Uhum com morangos pode ser?
Ana: Ótimo tem morangos fresquinhos na geladeira.
Chris que comia sentado na bancada da cozinha negou com a cabeça enquanto comia seu lanche
e tomava seu suco. Nisso Carol entrou e dando um beijo na filha perguntou:
- O que esta fazendo querida?
Any: Ah um bolo com cobertura de chocolate e morangos.
Carol: E vc sabe fazer bolo?
Any: Ainda to aprendendo a untar forma, mas a Ana vai me ajudar. - sorrindo.
Carol: Então vai recusar meu pedido de ir ao shopping?
Any: O que vc vai fazer lá?
Carol: Seu pai contratou um novo rapaz a pedido de um amigo e conseguiu até uma sala pra ele,
mas precisa de móveis, escrivaninha, estante essas coisas e como seu pai é péssimo em
decoração me pediu esse favor e eu aceitei.
Any: Hum e queria que fosse com vc escolher os móveis?
Carol: Isso, mas tudo bem eu vou sozinha quando voltar eu experimento o seu bolo, tchauzinho.
Any olhou pra Chris que estava sério de cabeça baixa. Não teve dúvidas se levantou correndo e
quando alcançou a mãe que estava abrindo a porta disse:
- Mãe espera um pouco!
Carol: Mudou de idéia?
Any: Não, mas vim te fazer uma proposta.
Carol: Proposta?
Any: É porque vc não chama o Chris pra ir com a senhora no shopping?
Carol: O Chris? - estranhando.
Any: É ele vai direto com o papai na empresa pode ajudar vc a escolher uns moveis masculinos
bem bonitos, ele também tem bom gosto.
Carol: É vc ta certa, mas... O que deu em vc? - estranhando a atitude dela.
Any: Nada, mas é que eu ando reparando que vc e o Chris quase não passam o tempo juntos.
Carol: É vc ta certa.
Any: Então eu vou voltar pra cozinha e faça o convite ao Chris sem ele desconfiar que eu sugeri.
Carol: Ta bem, eu vou trocar esses sapatos que estão me apertando e falo com ele. - e subiu.
Any sorriu e voltou pra cozinha quando sentou Chris estava colocando seu prato e o copo na pia e
saiu sem falar nada com ela, Any espiou e viu quando ele sentou no sofá e ligou a t.v.
Ana: Esta tudo bem menina? - desconfiada.
Any: Uhum esta sim.
Ana: Então vai fazer o chocolate enquanto eu levo o bolo pra assar.
Any: Ai me deixa raspar a tapuer. - pegando junto com uma colher e raspando o resto da massa
do bolo espiando pela porta. Sorriu ao ver Carol descendo as escadas.
Carol: Filho vc vai fazer alguma coisa hoje? - descendo o último degrau.
Chris: Não por quê?
Carol: É que pensei se vc não quer ir comigo no shopping.
Chris: Eu ir com vc?
Carol: Sim a gente quase não sai junto pensei em aproveitar essa chance.
Chris: Ta falando sério? - estranhando.
Carol: Uhum vamos comigo? Ai vc me ajuda a escolher uns moveis masculinos bonitos.
Chris: Ta bem eu topo. - sorrindo e se levantou. - Acho que da pra ir assim né?
Carol: Claro vc ta muito bonito.
Chris: Sério? – surpreso com o elogio.
Carol: Uhum imagino o quanto a Maite não sofre com vc. - sorrindo.
Chris acabou rindo do comentário da mãe em seguida saíram e Any da cozinha disse abraçando
Ana:
- Ai deu certo, deu certo. - saltitante.
Ana: O que vc tem menina?
Any: Nada não! - sorrindo disfarçando e se afastou pra fazer o bolo.
Á noite Any estava vendo t.v. quando a campainha tocou e Any se levantou, quando abriu a porta
levou um choque e perguntou:
- Caspian?!
Foto: http://images.askmen.com/specials/2007_top_49/men/ryan_gosling.jpg
Caspian: Boa noite Any! - entrou sorrindo se sentando no sofá.
Any foi dizer algo, mas se interrompeu vendo Caspian franzir o cenho e respirar fundo olhando na
direção da cozinha, quando olhou na mesma direção que ele viu Ana sair da cozinha dizendo:
- Menina... Ah já abriu a porta? Quem é o moço?
Any encarou Caspian e depois Ana sem entender nada. E entendeu menos ainda quando Caspian
se aproximou e disse apertando a mão dela:
- Me chamo Caspian sou um amigo da Any.
Ana: Amigo, mas eu nunca te vi por aqui.
Caspian: Ah é que faz pouco tempo que a gente se conhece.
Ana: Ah sim quer tomar alguma coisa?
Caspian: Não obrigado!
Ana: Bom com licença. - e saiu.
Any: Custava muito vc me avisar que a partir de agora eu não vou ser a única a te ver? -
emburrada.
Caspian: O que foi? Ficou com ciúmes? - sorrindo pra provocá-la.
Any: Não seja palhaço Caspian, se ficar me provocando eu posso tacar alguma coisa em vc.
Caspian: E eu ainda poderei desviar. - respondeu pra provocá-la.
Any: E essas roupas onde conseguiu?
Caspian: Bom eu observei o modo como os humanos se vestem, por que ficou muito ruim?
Any: Não estão boas, mas parece que saiu de uma empresa... Ta vestido igual meu pai.
A campainha voltou a tocar e quando Any abriu a porta Lívia pulou no seu colo dizendo:
- Any que saudades!
Any: Oi Li que saudades! - dando um beijo nela que estava no seu colo.
Poncho: Não deu pra segurar mais, ela insistiu e eu acabei trazendo.
Any: Tudo bem bebê. - sorrindo e lhe deu um beijo.
Lívia: Por que vc não me esperou ontem quando foi em casa.
Any: Não deu! - entrando com ela.
Lívia: Quem é ele? - apontando Caspian.
Any: Um amigo meu.
Poncho: E ai cara quanto tempo. - indo até Caspian e apertando a mão dele.
Caspian: É verdade faz tempo que a gente não se vê.
Any: Senta gente.
Sentaram na seguinte ordem Lívia, Any e Poncho num sofá e Caspian em outro ficando de frente
pra Poncho, Lívia então perguntou:
- Vcs se conhecem? - encarando o irmão e Caspian.
Poncho: A gente se viu uma vez só um tempo atrás.
Any: No dia que eu fui falar com o pessoal na escola e contei às coisas que armei pra cima deles
encontrei o Caspian e ele conversou comigo um pouco.
Poncho: Vc mora onde cara porque depois daquele dia nunca mais te vi.
Caspian: Ah é quase do outro lado da cidade por isso.
Poncho: Ah ta. - sorrindo. - E vc e a Any se conhecem há muito tempo?
Any e Caspian perceberam que ele estava enciumado, ela sorriu e abraçando o braço dele disse:
- O conheci uma semana antes daquele episódio da escola.
Poncho: Mas vc ainda tava no hospital então?
Caspian: É meu pai é médico quer que eu faça medicina também e fui visitar aquele hospital, ai
encontrei a Any a gente conversou e acabamos ficando amigos. - respondeu naturalmente.
Poncho encarou Any e ela sorriu afirmando com a cabeça.
Ficaram um tempo conversando até Caspian se levantar e ir embora.
Lívia: Gostei dele. - sorrindo quando Any fechou a porta.
Any: É ele é bem legal sim. - sorrindo passando a mão pelos cabelos dela.
Poncho: Então vc o conheceu no hospital?
Any: É. - confirmou sorrindo.
Poncho: Por que vc nunca me disse?
Any: Ah naquele dia eu te falei dele e se depois eu não comentei nada foi... - pensativa. - Ah não
sei meu amor, ele é só um amigo meu mais nada. - sorrindo.
Poncho: Uhum só amigo!
Any: Sim senhor somos só amigos... - envolvendo os braços em torno do pescoço dele.
Poncho sorriu e a beijou com calma. Lívia sorriu olhando os dois atenta. Quando eles se
separaram sorriram pra ela. Um tempo depois Any disse se despedindo de Lívia:
- Boa noite minha linda.
Lívia: Boa noite Any e vai lá em casa pra gente brincar.
Any: Pode deixar que eu apareço.
Lívia: Então ta vou ficar te esperando.
Any: Prometo que apareço.
Lívia: Boa noite. - a abraçando.
Any: Boa noite. - sorrindo.
Lívia: Espero vc lá no carro. - saindo na frente decidida depois de pegar as chaves.
Poncho: Ok mocinha! - rindo do jeito dela.
Any: Ela parece mais feliz.
Poncho: E esta essa viajem fez muito bem pra ela, aproximou ela dos pais.
Any: E vc esta mais próximo deles? - o olhando atenta.
Poncho: Ah um pouco, mas me afeta mais eles se afastarem dela.
Any: Entendi. - sorrindo e abaixou a cabeça.
Poncho: Bom já te perturbei agora vou nessa.
Any: Quem disse que vc perturbou? - sorrindo.
Poncho: Atrapalhei o encontro com seu amigo. - fazendo uma careta.
Any: Não atrapalhou não seu bobo, vem cá. - o puxando e lhe deu um beijo de verdade.
Poncho: Hum até que enfim um beijo pra valer. - ao se separarem.
Any: Tem que tomar cuidado com sua boca, ainda ta machucada.
Poncho: Nada que uns beijinhos não curem. - a puxou lhe dando outro beijo.
Any: Boa noite, meu anjo.
Poncho: Boa noite princesa. - sorrindo.
Trocaram mais um beijo e Any ficou olhando da porta Poncho entrar no carro com Lívia, jogou um
beijo pra ele e entrou sorrindo fechando a porta.
Na manhã seguinte Mai esperava Chris quando tomou um susto ao ser agarrada por trás.
- Bom dia meu amor! - erguendo ela do chão.
Mai: Ai gatinho que susto.
Chris: Desculpa minha linda. - sorrindo e lhe deu um beijo.
Mai: Mas o que aconteceu pra estar tão feliz assim?
Chris: Ontem eu passei à tarde com a minha mãe.
Mai: Passou? Onde foram?
Chris: Fomos ao shopping.
Mai: Ao shopping?
Chris: Sim ela foi comprar uns móveis pra empresa.
Mai: E vc foi com ela?
Chris: Sim no começo como sempre ela chamou a Anahí, mas não sei o que deu nela que me
chamou depois, disse que eu ia poder ajudar a escolher uns móveis masculinos.
Mai: Ai que bom vc sempre reclamava que a sua mãe não te dava atenção.
Chris: Pois é, mas eu estranhei.
Mai: Por quê?
Chris: Porque não é do feitio dela me chamar pra sair ela sempre preferiu a Anahí.
Mai: Mas vc não disse que a Anahí não quis ir?
Chris: Ah isso é normal não é sempre que ela topa sair com a minha mãe.
Mai: Ah vai ver a sua mãe sacou que vcs passam pouco tempo juntos e quis te chamar!
Chris: Olha se ela sacou isso que me chame sempre.
Mai: Então vc gostou de sair com ela?
Chris: Muito amor, nunca tinha passado uma tarde com a minha mãe como a de ontem.
Mai: Que bom que vc gostou bebê, da pra ver a felicidade nos seus olhos.
Chris: Verdade?
Mai: Uhum vc ta mais feliz e eu fico feliz por vc também.
Chris sorriu e disse contente:
- Já disse que eu te amo?
Mai: Hoje ainda não.
Chris: Então saiba que eu te amo muito minha linda.
Mai: Também te amo! - sorrindo e o beijou.
Mais tarde Poncho e Any encontraram Mariana na biblioteca e a mesma disse:
- Vcs viram a Dul?
Any: Não por quê?
Mariana: É que ela disse que queria falar com o Ucker.
Poncho: E o que tem isso?
Mariana: Tem que eu acho que ela vai contar pra ele.
Any: O que? Que acredita em mim?
Mariana: Sim!
Poncho: Mas ela falou que não ia dizer nada.
Mariana: Eu sei, mas ela ta com medo dele descobrir depois.
Any: Entendi.
Mariana: Vcs acham que a gente devia impedir ela de falar?
Poncho: Bom se ela quer contar melhor deixa né?
Any: É a gente pode piorar as coisas se falar.
Mariana: É vcs tem razão melhor deixar quieto mesmo.
Poncho: Mas eu não acho que ela vá contar... Bom sei lá né?
Próximo dali Dul esperava por Ucker ansiosa, quando ele chegou e perguntou:
- Vc queria falar comigo amor?
Dul: Uhum!
Ucker: Aconteceu alguma coisa?
Dul: Bom é que...
Ucker: É que...?
Dul: Vc não quer ir pra algum lugar hoje?
Ucker: Dar uma volta?
Dul: Isso! Topa?
Ucker: Era isso mesmo que vc queria me dizer?
Dul: Uhum!
Ucker: Ah amor então já que é isso eu topo sim.
Dul: Verdade? - sorrindo.
Ucker: Uhum por quê? Vc achou que eu não iria querer sair com vc? - se aproximando.
Dul: Não!
Ucker: Então ta bom porque eu não iria deixar de sair com vc em hipótese alguma.
Dul sorriu e Ucker a abraçou lhe dando um beijo.
Á noite Any estava vendo t.v. quando Carol sentou ao lado dela e perguntou:
- Posso falar com vc?
Any: Uhum, o que aconteceu?
Carol: Queria te agradecer pela dica filha.
Any: Dica que dica?
Carol: De eu levar o Chris comigo no shopping.
Any: Ah não precisa me agradecer.
Carol: Mas eu quero porque foi muito bom filha.
Any: É vcs chegaram tarde ontem.
Carol: É que a gente foi comer um lanche depois e também passeamos um pouco.
Any: Ai que bom mãe.
Carol: Sabe uma coisa que eu notei?
Any: O que?
Carol: Que eu e o Chris nunca tivemos esse tipo de relacionamento.
Any: Verdade?
Carol: Uhum acho que eu sempre te protegi demais e o deixei meio de lado.
Any: É isso é verdade eu era um horror.
Carol: Mas mudou filha isso que importa.
Any: Mas olha as conseqüências.
Carol: Isso a gente pode reparar e a culpa não é só sua.
Any: É sim mãe, depois que eu nasci nunca mais vc interagiu com o Chris.
Carol: É verdade, mas a culpa também foi minha eu nesse lance de proteger vc esqueci dele.
Any: É também.
Carol: Mas de agora em diante eu vou tentar dedicar um pouco mais de tempo ao Chris.
Any: Mas me conta como ele ficou depois do passeio?
Carol: Ele gostou tenho certeza.
Any: Imagino eu o notei mais alegre hoje na escola, continua me tratando igual, mas ta mais
feliz.
Carol: É e me arrependo de não ter me aproximado antes.
Any: Mas agora vcs vão poder recuperar o tempo perdido.
Carol: Uhum graças à vc.
Any: Não... Graças à senhora!
Carol sorriu e as duas se abraçaram.
Na manhã seguinte Any e Poncho estavam juntos. Ela deitada no colo dele enquanto ele
acariciava os cabelos dela sorrindo e perguntou:
- Então seu plano deu certo?
Any: Uhum! - sorrindo. - Minha mãe adorou o passeio com o Chris e ele ficou super feliz.
Poncho: Então seu plano de aproximar sua mãe e seu irmão ta indo de vento e poupa.
Any: Esta e se eu soubesse que ia dar certo tinha sugerido pra ela de sair com ele antes.
Poncho: Ah, mas agora que vc já indicou, ela vai se tocar sozinha e vai chamá-lo por conta.
Chris: Então foi isso. - aparecendo do nada.
Any: Chris! - se levantando surpresa.
Chris: Foi por isso que a nossa mãe me chamou pra sair... Porque vc pediu?
Any: Chris...
Chris: Eu fui um idiota mesmo achando que ela tava a fim de passar mais tempo comigo.
Poncho: Chris a Any falou pra sua mãe chama-lo por que...
Chris: Porque é uma intrometida, antes vc adorava me infernizar agora ta com pena de mim?
Any: Não é isso Chris! Eu só quis...
Chris: O que? Fala o que vc quis fazer?
Any: Ajudar vc só isso.
Chris: Pois, eu não preciso da sua ajuda ouviu bem? Eu odeio vc Anahí e depois do que vc fez te
odeio mais ainda.
Poncho: Não fala assim com ela Chris, vc esta sendo injusto.
Chris: E vc não se mete Poncho isso é coisa minha e da Any... Vc nunca vai mudar né?
Any: Chris...
Chris: Vai morrer sendo a mesma cobra de sempre querendo controlar todos ao seu redor.
Any: Chris me escuta!
Chris: Eu não quero ouvir nada que venha de vc sua mentirosa... Eu te odeio por mim vc pode
morrer, é a única forma de eu ficar livre de vc e do seu veneno. - e saiu furioso.
Poncho: Chris volta aqui! - indo atrás dele. - CHRISTIAN! Que droga ele não tinha nada que falar
essas coisas pra vc, é um estúpido. - voltando pra onde Any estava. - Any... O que foi? - ergueu o
rosto dela e então viu que ela estava chorando. - Meu amor não fica assim!
Any o abraçou chorando chegando a soluçar, Poncho acariciou os cabelos dela dizendo:
- Hei não quero que vc chore, não quero ver vc assim pequena.
Any: Ele me odeia Poncho ouviu o que ele disse, ele me odeia e nunca vai me perdoar.
Poncho: Ele falou aquilo da boca pra fora. - a soltando e enxugando seu rosto. - Vai ver como
quando a raiva passar ele vai se desculpar, não chora. - a olhando com ternura.
Any: Não vai se desculpar Poncho ele sempre me odiou, sempre disse que me queria morta.
Poncho: Eu conheço o Chris, ele ta com raiva não gostou de saber o que vc fez porque não te
entendo, mas não fica ta? Vai ver como as coisas vão melhor cedo ou tarde... Agora não chora
mais!
Any: Ta! - enxugando o rosto.
Poncho sorriu e a abraçou. Any se aconchegou nos braços dele tentando afastar o medo que a
assombrava, se Chris continuasse a odiá-la dessa maneira e com tanta intensidade até o Natal,
Any seria obrigada a deixar todos inclusive Alfonso e era por isso que ela chorava. Lembrou-se
então de Caspian e sentiu uma vontade enorme de falar com ele, mas quando Poncho a soltou e
sorriu vendo que ela tinha parado de chorar ela afastou Caspian dos seus pensamentos e Poncho
perguntou:
- Quer ir à biblioteca comigo?
Any: Uhum! - afirmando com a cabeça.
Poncho sorriu e a abraçando saíram na direção da biblioteca.
Mais tarde Dulce, Chris e Mai estavam conversando e a última disse:
- Não acredito que ela aprontou essa pra vc amor.
Chris: Acredite porque foi isso o que aconteceu.
Ucker: Essa Anahí não presta mesmo.
Dul: Gente talvez ela só quis ajudar.
Mai: Dul vai defender ela agora? - abismada.
Dul: Não, mas Chris fala de novo o que foi que ela fez? - o encarando.
Chris: Já disse ela pediu pra minha mãe me levar ao shopping com ela.
Dul: E o que tem de mal? Vc não gostou do passeio?
Chris: Gostei na hora porque fui um trouxa, agora que sei que foi obra da Anahí detestei.
Dul: E o que vai fazer se sua mãe te chamar de novo pra sair?
Chris: Vou recusar porque vai ser sempre porque a minha irmãzinha-santa pediu. - bravo.
Dul: Mas vc não acha que a sua mãe pode querer se aproximar de vc agora por conta e que isso
que a Any quer dizer que a Anahí fez foi só pra dar um empurrãozinho?
Mai: Dul o que vc tem?
Dul: Eu nada gente por quê?
Ucker: Ta defendendo a Anahí vai dizer que acredita nela agora?
Dul: Não eu não acredito. - tentou negar com veemência.
Chris: Então porque ta falando essas coisas?
Dul: To falando por causa de vc e sua mãe, vc sempre reclamou que ela sempre preferiu sua irmã.
Chris: E é verdade sempre preferiu mesmo. - nervoso.
Dul: E se depois desse passeio mesmo forçado pela Anahí ela sacar o tempo que perdeu com vc e
quiser reparar? Vc não vai aceitar a aproximação dela por puro orgulho?
Chris: Ela não vai se tocar de nada, não se tocou por 19 anos e não é agora que vai se tocar.
Dul: Vc sabe Chris? Tem certeza absoluta?
Chris: Eu conheço a minha mãe ela só tem olhos pra Anahí e eu não faço falta pra ela.
Dul: E se começar a fazer a partir de agora?
Chris: Olha já chega ta legal, se não quer que eu me estresse de verdade com vc para agora com
esse assunto.
Dul: Só to tentando te ajudar.
Chris: Não quero a sua ajuda nem a piedade da Anahí que nunca vai prestar entendeu?
Dul: Chris...
Chris: Olha eu vou sair daqui antes que piore as coisas. - e saiu furioso.
Mai: Espera ai Chris! Dul vc não devia ter falado essas coisas pra ele. - e saiu atrás do namorado.
Dul: Eu só quis ajudar Ucker!
Ucker: Mas não devia ter falado aquelas coisas, nem parece vc.
Dul: Ucker...
Ucker: Dul se vc tiver acreditando na Any me fala agora.
Dul: Não eu não to acreditando nela.
Ucker: Que bom porque eu não quero ver vc elogiando ela, esqueceu tudo o que fez pra gente?
Da armação com aquelas garotas? Dos insultos...
Dul: Não, não esqueci! “Mas perdoei”, pensou em acrescentar.
Ucker: Então para de defender ela porque eu to te achando muito estranha.
Dul: Ok eu vou parar.
Ucker: Ta bom então. - sorrindo e a beijou.
À noite Any estava no quarto quando Caspian apareceu e perguntou:
- Senti que vc queria falar comigo.
Any: Uhum!
Caspian: O que foi?
Any: Ah Caspian acho melhor vc me levar de uma vez.
Caspian: Como assim te levar de uma vez?
Any: Ah praticamente metade do meu prazo se foi e eu não consegui nada.
Caspian: Como não conseguiu nada? Vc esta ajudando uma garotinha, esta sendo tudo pra Sara,
conseguiu reconquistar o amor do Alfonso, conseguiu o perdão dos seus pais, uma das pessoas
que mais te odiava te perdoou e esta aproximando sua mãe do seu irmão, como pode dizer que
não conseguiu nada?
Any: Chris me odeia mais do que antes pelo que fiz nunca vai me perdoar e eu preciso do perdão
dele pra continuar aqui.
Caspian: E como sabe se ele não vai te perdoar até lá? - cruzando os braços.
Any: Porque eu sei não viu como ele me olhou e falou com ódio e de que adianta eu conseguir até
o Natal o perdão da Maite e do Christopher se o dele sei que não vou ter. - chateada.
Caspian: Olha seu ânimo ta me impressionando. - decepcionado.
Any: Eu to falando sério Caspian, quer apostar como ele não vai me perdoar?
Caspian: E vc quer apostar como não sabe de nada? - sério.
Any: Ah o que eu vou fazer Caspian?
Caspian: Continuar como esta porque esta indo muito bem.
Any: Mas o Chris...
Caspian: Da pra parar por 2 minutos de tentar adivinhar o que vai acontecer até o Natal? -
irritado.
Any cruzou os braços emburrada como uma garotinha que acabara de ser contrariada.
Caspian: E não faz essa cara. - alertou apontando o dedo pra ela.
Any descruzou os braços, mas continuou emburrada de cara séria.
Caspian: Olha não se pode prever o futuro ok? Muito menos vc que contrariou a lei lá de cima
escapando da morte só porque sua vontade de viver foi maior.
Any: É vc ta certo. - sorrindo.
Caspian: Então para de querer adivinhar se seu irmão vai te perdoar ou não, vc tem mais 34 dias
pra conseguir o perdão de 03 pessoas sendo que no dia em que vc saiu do hospital vc tinha 54
dias pra conseguir o perdão de 07 pessoas... Ta entendendo o que quero te dizer? Em 20 dias vc
conseguiu o perdão de 04 pessoas não pode ficar desanimada com uma média dessas.
Any: É não vou desanimar mais.
Caspian: Espero que não, lembre do que te falei ok?
Any: Uhum! - sorrindo.
Na manhã seguinte Mariana estava com Any e Poncho quando disse:
- Ai que benção só mais uma semana e estamos de férias.
Poncho: Nossa nem fala, seis dias de aula e acabou.
Any: Cinco né? Vamos descartar hoje.
Mariana: É pode ser, mas ai já sabem o que vão fazer nas férias?
Poncho: A gente pensou em ir acampar ou o clássico... Praia! - sorrindo.
Any: Ah, mas não é melhor ir pra praia no Ano Novo?
Mariana: É eu também acho ou depois do Ano Novo.
Poncho: É nisso o pessoal concorda, mas eu to ansioso pra chegar essas férias?
Mariana: Por quê?
Poncho: Ah nesses acampamentos e nessas praias tem muita gatinha de biquíni pra paquerar
muito.
Any que estava abraçada com Poncho deu um pisão no pé dele se soltando na hora, Mariana e
Poncho caíram na gargalhada e ele disse puxando-a pela mão:
- Meu amor...
Any: Não! Vai ficar com as suas amigas de biquíni Alfonso Herrera.
Poncho: Viu como minha princesa é ciumenta Mah! - a agarrando à força.
Mariana: Tem que ser né Poncho? - sorrindo.
Any: Me larga! - de costas pra ele tentando se soltar.
Poncho: Então me da um beijo. - disse e beijou seu rosto.
Any: Vai pedir pra suas amigas de biquíni. - brava.
Poncho: Ah bebê só um! - fazendo bico.
Any: Então me solta. - brava.
Mariana riu quando Poncho fez uma careta de medo e a soltou. Sorriu pra Any cinicamente e
disse:
- Agora vai me dar meu beijo?
Any: Sabe qual o problema desse ser Mah? E de todos os homens?
Mah: Não qual é? - se fingindo de séria.
Any: É que são... - começando a dar socos nele.
Poncho: Ai Any! - tentando se proteger dos tapas.
Any: Todos uns cínicos, isso sim. - batendo com força.
Mariana só ria da cena até Poncho agarrar Any de frente pra ele dizendo:
- Ah somos cínicos é?
Any: É sim! - tentando se soltar.
Poncho: Vc acha isso Mah? - a encarando.
Mariana: Prefiro não comentar. - sorrindo erguendo as mãos.
Any: É sim todos cínicos sim senhor. - protestou empurrando-o.
Poncho: Ah é? - a soltando e a encarou.
Any: É sim! - emburrada.
Poncho então a encarou sério e antes que ela tivesse tempo de perceber pra reagir ele a agarrou
lhe dando um beijo à força que não foi tão a força assim já que Any correspondeu a altura
envolvendo os braços em torno do pescoço dele quando foi erguida do chão. Mariana observava a
cena sorrindo sentindo um pouco de inveja. Quando os dois se separaram com dois selinhos
sorrindo um pro outro Poncho perguntou colocando ela não chão:
- Ainda ta brava comigo?
Any: Não sei, deixa eu pensar. - sorrindo.
Poncho: Mah fala pra ela me perdoar. - encarando a menina fazendo bico.
Mariana: Perdoa ele Any. - pediu sorrindo.
Poncho: É Any perdoa. - se ajoelhando na frente dela.
Any: Para Poncho, levanta. - sorrindo olhando as pessoas em volta que olhavam os dois.
Poncho: Então diz que me perdoa e que me ama.
Any: Vc ta perdoado e eu amo vc agora levanta. - falou bem baixo pra só ele e Mah ouvir.
Poncho: Fala mais alto eu não ouvi.
Any: Vc ta perdoado e eu amo vc! Agora levanta! - um pouco mais alto.
Poncho: Ainda não ta bom, não entendi e não me convenceu.
Any: Alfonso Herrera! - chamou sua atenção e os outros a encararam.
Mariana: Vai Any fala logo, senão ele vai ficar ai chamando atenção. - aconselhou rindo.
Any: Ai... EU AMO VC E TA PERDOADO AGORA LEVANTA, POR FAVOR. - gritou e todos olharam.
Poncho: Ah melhorou. - se levantando sorrindo e Mariana aplaudiu rindo.
Any: Ai que vergonha. - colocando a mão no rosto enquanto Mah ria.
Poncho: Eu gostei. - sorrindo pra ela.
Any: Seu besta! - dando um tapinha nele sorrindo envergonhada.
Poncho: Um besta que vc acabou de dizer aos berros que ama né?
Any: É né fazer o que? - dando de ombros sorrindo.
Poncho: Ah é assim? - se fingindo de ofendido.
Any: To brincando bebê! - o puxando e entrelaçou os braços em torno do pescoço dele.
Nisso o sinal tocou e Mariana disse:
- Não quero ser chata, mas temos prova agora né?
Poncho fez uma careta pra Any que sorriu e lhe deu um beijo, quando se separaram ela disse:
- Até depois meu amor.
Poncho: Até mais tarde princesa! - lhe dando mais um beijo e piscou pra ela quando se afastou.
Any sorriu mandando um beijo pra ele e foi pro lado oposto que Poncho e Mah tinham ido.
Mais tarde na hora da saída Chris estava saindo com os outros quando seu celular tocou.
- Oi! - atendendo.
Carol: Filhou sou eu, vc ainda ta na escola?
Chris: Já to saindo por quê?
Carol: É que eu queria te convidar pra gente sair vc aceita?
Chris: Olha mãe não vai dar.
Carol: Por que não?
Chris: Eu combinei de estudar com o pessoal.
Carol: Ah é?
Chris: Uhum o que a senhora queria?
Carol: To te ligando pra te convidar pra sairmos pra algum lugar.
Chris: Por que não chama a Anahí?
Carol: Porque pensei em ir com vc, não sabia que estava ocupado. - chateada.
Chris: Pois é mãe eu não posso ir com a senhora, mas chama a Anahí quem sabe ela não ta
disponível.
Carol: Tudo bem deixa pra lá.
Chris: Vc que sabe, mas lembra de como vc adorava sair com ela.
Carol: Filho ta acontecendo alguma coisa?
Chris: Não nada não.
Carol: Ok então... Tenha uma boa tarde querido.
Chris: A senhora também. - respondeu sem vontade.
Carol: Tchau!
Chris: Tchau. - respondeu seco e desligou.
Mai: O que sua mãe queria bebê?
Chris: Me chamar pra sair com ela.
Dul: Por que não aceitou?
Chris: Porque com certeza ela só chamou porque a Anahí pediu.
Dul: Tem certeza Chris?
Chris: Absoluta eu já falei com vcs sobre isso.
Ucker: É vc ta certo em não ter aceitado né amor? - encarando Dul.
Dul: É... Talvez tenha sido melhor assim.
Chris: Com certeza.
Mai: Vc disse pra ela que ia estudar com a gente?
Chris: Uhum foi à primeira desculpa que veio na minha cabeça.
Ucker: Então o que acham de fazermos algo?
Dul: O que?
Ucker: Sei lá amor dar uma volta, topam?
Mai: Eu aceito.
Chris: Eu também mesmo porque não posso aparecer em casa agora.
Dul: Então vamos aonde?
Mai: Sorveteria? To louca pra provar o sorvete da sorveteria que abriu esses dias aqui perto.
Ucker: Então demorou.
Chris: Por mim ótimo, assim esfrio a cabeça. - abraçando Mai.
Sorriram e saíram em direção à sorveteria.
Próximo dali Any desligou o celular e disse a Caspian:
- Foi o que pensei ele não aceitou sair com a minha mãe.
Caspian: É ele ficou mesmo magoado com a sua proposta né?
Any: Eu só quis fazer isso pra aproximar ele da minha mãe.
Caspian: Eu sei Any, mas ele não né?
Any: Ele sabe, mas não acredita.
Caspian: Saber de uma coisa e não acreditar nela é o mesmo que não saber.
Any: É eu sei.
Caspian: Se fosse vc ia receber seu namorado pra não despertar ciúmes.
Any olhou pra trás sem entender e viu Poncho e Mah se aproximarem. Sorriu e disse:
- Oi como foram de provas?
Poncho: Bem! - sorrindo e a beijou.
Mariana: To com medo da segunda de física na quarta.
Poncho: Se seguir as minhas dicas não tem com o que se preocupar.
Any: Ah Mah vc não o conhece ainda né? Esse aqui é o Caspian um amigo meu.
Mariana: Prazer. - sorrindo e apertou a mão dele.
Caspian: O prazer é todo meu. - disse cordialmente.
Mariana: Faz tempo que se conhecem.
Any: Um mês mais ou menos. - sorrindo e abraçando Poncho.
Poncho: Vcs tão a fim de fazer alguma coisa?
Mariana: Sabe o que eu queria? Ir à sorveteria que inaugurou aqui perto.
Any: É mesmo eu não to a fim de ir pra casa agora.
Poncho: Então vamos... Quer ir com a gente Caspian?
Caspian: Na sorveteria? - franzindo o cenho.
Any: Isso tomar sorvete. - sorrindo pra ele.
Caspian: Claro aceito sim!
Mariana: Então vamos! - sorrindo.
Minutos depois quando chegaram à sorveteria encontraram Ucker, Dul, Mai e Chris. O mesmo ao
ver Any e os outros disse:
- Não deveria estar aqui né Anahí?
Any: Por que não?
Chris: Porque não foi passear com a mamãe.
Any: Ela me falou que vc recusou o convite dela.
Chris: É claro que recusei eu não sou idiota.
Any: Chris eu não armei dessa vez?
Chris: Então como sabe que ela me chamou.
Any: Porque ela me ligou falando da sua grosseria.
Chris: Ah claro entendo.
Mariana: Gente não briguem, por favor.
Dul: Quem é vc? - perguntou olhando Caspian numa tentativa de quebrar o gelo.
Caspian: Me chamo Caspian muito prazer. - apertando a mão dela.
Dul: Prazer. - sorrindo de volta.
Poncho: Porque não sentamos todos juntos?
Mai: Pode ser. - respondeu meio contrariada.
Ucker: Se não tem outro jeito. - dando de ombros.
Sentaram-se na mesa e começaram a tomar sorvete conversando fingindo serem bons amigos.
No outro dia quando chegaram ao orfanato foi Luz Viviana quem abriu o portão pra eles dizendo:
- Bom dia entrem, as crianças estão ansiosas esperando vcs.
Sorriram pra ela e Poncho perguntou:
- Quem é ela?
Luz: Ah me chamo Luz Viviana, creio que ainda não nos conhecemos. - sorrindo.
Poncho: Não mesmo.
Luz: Eu cuido das crianças durante a semana.
Poncho: Ah sim prazer Alfonso Herrera, mas pode me chamar de Poncho.
Luz: Como disse sou a Luz Viviana, mas pode me chamar de Luz ou Vivi como quiser. - se
insinuando.
Any: Abusada. - resmungou pra Caspian que havia sido convidado pra ir ao orfanato.
Caspian: Relaxa Any!
Any: Ela é uma oferecida como quer que eu relaxe? - indignada. - Mas ela vai ver só.
Luz: Pena que não nos conhecemos antes né?
Poncho: Pois é. - sorrindo sem graça.
Any: Meu amor fica perto de mim. - chegando manhosa e abraçando Poncho.
Poncho: Desculpa princesa. - sorrindo pra ela e lhe deu um beijo.
Luz: Vcs namoram? - perguntou tentando esconder uma ponta de inveja.
Any: Uhum! - abraçando Poncho e sorrindo vitoriosa.
Luz: É combinam. - disse com descaso.
Mariana conteu o riso diante da cena e cochichou pra Caspian:
- Não gostei dessa cabeça de tomate.
Caspian: Acho que nem a Any. - sorrindo pra ela.
Os outros entraram e Any puxou Poncho pra ficar perto dela cochichando:
- Não quero vc sozinho com ela viu.
Poncho: Sim senhora, já vi que vc ficou com ciúmes. - sorrindo.
Any: Ciúmes eu? Vc ta maluco né?
Poncho: Uhum to maluco sim. - rindo e a abraçou por trás.
Quando entraram as crianças ainda tomavam café, Juliana acabou servindo um suco pra eles.
Enquanto Poncho conversava com Caspian, Mariana chegou em Any e perguntou:
- De onde vc o conhece?
Any: Quem?
Mariana: O Caspian! - o olhando.
Any: Ah foi no hospital depois que sofri meu acidente.
Mariana: Ah ta!... Ele é bonito né?
Any: Uhum! - bebendo o suco tentando conter o riso.
Mariana: Sabe se ele namora?
Any: Por que vc quer saber? - a encarando assustada.
Mariana: Ah por nada. - respondeu e Any bebeu o seu suco. - Se ele for solteiro acha que eu
tenho chances com ele? - sussurrou.
Any cuspiu o suco e começou a tossir sem parar chamando a atenção de Poncho e Caspian que
estavam perto. Poncho começou a dar batidinhas nas costas dela perguntando:
- Vc ta bem meu amor? - pegando o copo da mão dela.
Any: Uhum to bem sim! - parando de tossir com a mão no peito.
Poncho: Certeza? - preocupado a encarando.
Any: Uhum! - sorrindo.
Uma criança então chamou Poncho perguntando quem era o amigo dele e Caspian foi com ele se
apresentar ao garoto. Mariana aproveitou então pra perguntar:
- Pode responder minha pergunta Any? Acha que tenho chances com ele?
Any: Não sei... Sinceramente não sei. - respondeu sem saber o que dizer.
Mariana: Pode investigar isso pra mim?
Any: Claro vou ver o que posso fazer.
Mariana: Valeu Any! - sorrindo e a abraçou. - Eu vou falar oi praquela pequena ali, já volto. - e
saiu.
Any: Ta! - sorrindo sem graça. - Ai meu deus ferrou! - disse fazendo uma careta olhando pra onde
Mah se dirigia. - O que eu faço agora? - levando uma mão ao rosto.
Um tempo depois Any, Poncho, Caspian e Mariana estavam no pátio junto com os outros
arrumando as coisas pras crianças brincarem. Os quatro estavam juntos enquanto Mai, Ucker,
Dul e Chris estavam em outro canto. Dul olhou pra onde Any estava fazendo sinal pra ela olhando
o corredor dos quartos apontando com a cabeça, a mesma assentiu sem falar nada e disse aos
outros:
- Já volto! - e fez menção de sair.
Poncho: Hei não ta esquecendo nada mocinha? - falou alto.
Any voltou pra trás sorrindo e disse:
- Desculpa bebê, foi sem querer. - e lhe deu um beijo.
Poncho: Run acho bom. - sorrindo.
Any sorriu e lhe dando mais um beijo saiu em seguida encarando Dul. A mesma então disse:
- Gente eu já volto ok?
Mai: Aonde vai?
Dul: No banheiro, rapidinho já volto!
Chris: Ta bom!
Deu um beijo em Ucker e saiu. Quando encontrou Any a esperando no corredor a mesma
perguntou:
- Quer falar comigo?
Dul: Uhum é sobre seu irmão e os outros.
Any: É eu imaginei o que foi?
Dul: Any eu juro que to tentando, mas ta difícil eles acreditarem em vc.
Any: Tudo bem não tem problema, eu sabia que ia ser assim.
Dul: O pior é o Chris e é ele quem ta influenciando o Ucker e a Mai.
Any: Eu sei ele ta com muita raiva de mim?
Dul: Raiva é elogio, ele ta com ódio desculpa falar isso, mas o que vc fez parece que piorou as
coisas.
Any: Minha mãe disse que ligou pra eles saírem e ele não aceitou.
Dul: Eu tava com ele quando ela ligou.
Any: E o que ele disse pra ela?
Dul: Disse que ia estudar com a gente, que não podia sair com ela, mas vc viu onde estávamos
quando nos encontrou na sorveteria né?
Any: Uhum, mas eu já sabia que ele tinha mentido pra ela.
Dul: Desculpa te falar isso, mas eu to com muito medo Any.
Any: Dos outros perceberem que vc ta do meu lado?
Dul: Isso, esses dias quando te defendi Ucker estranhou muito e não gostou nada.
Any: Eu os entendo são como irmãos mais ligados do que meu irmão e Poncho.
Dul: Tenho certeza que se ele descobrir vai ficar muito bravo, tenho medo de que termine
comigo.
Any: Eu entendo vc acredite, mas eu prefiro que vc não me ajude já prejudiquei seu namoro uma
vez, não quero fazer isso de novo. - falou sinceramente.
Dul: Realmente vc mudou mesmo. - sorrindo.
Any: Pois é, mas prometo que vou retribuir o que vc ta fazendo por mim se isso afetar seu
namoro com ele.
Dul: Enquanto ele não descobrir não vai afetar. - sorrindo dando de ombros.
Any: Mas se precisar pode esperar que eu falo com ele.
Dul: Valeu. - sorrindo.
Any: De nada. - sorrindo de volta e a abraçou.
Mai: Dul! Anahí?! - as duas se separaram surpresas encarando Mai que acabara de chegar. - O
que estão fazendo abraçadas. - perguntou séria.
Dul: É...
Mai: Vc nunca gostou dela por que estão abraçadas?
Any: Eu tava mostrando pra ela uma nova brincadeira pra fazer com as crianças.
Mai: Brincadeira?
Any: É a brincadeira do abraço. - abraçou Mai. - Vc abraça uma pessoa e ela tem que abraçar
outra.
Dul: Ela ficou louca né Mai?
Mai: Parece que sim.
Dul: Então vamos nessa antes que ela me agarre de novo beleza?
Mai: Concordo.
Assim que as duas saíram Any começou a rir se perguntando:
- Acho que vou prestar artes cênicas.
Caspian: Muito feio isso mocinha. - aparecendo na frente dela do nada.
Any: Caspian me assustou! Como fez pra desaparecer e aparecer aqui na minha frente?
Caspian: Disse que já voltava.
Any: Hum... Preciso falar com vc.
Caspian: O que foi?
Any: Sei que vai achar absurda a pergunta que vou te fazer, mas vou fazê-la assim mesmo ok?
Caspian: Ta o que foi?
Any: Vc agora que esta na forma humana ficaria com algum humano?
Caspian: Pra que quer saber?
Any: É que a Mariana ta afim de vc.
Caspian: Vc sabe que eu não posso ficar com ela!
Any: Ah Caspian fica com Mariana, por favor, não tem mal algum.
Caspian: Any vc ficou louca? Acho que essa missão afetou sua cabeça, vc naum ta batendo bem.
Any: O que tem demais nisso Caspian? - sem entender.
Caspian: Eu não posso namorar a Mariana só porque estou na Terra como humano isso é absurdo.
Any: Mas vc não disse que sente amor?
Caspian: Sim, mas não o amor que vcs humanos sentem quando namoram.
Any: Então como é?
Caspian: Digamos que o mesmo amor que Deus sente pelos humanos nós anjos sentimos
entendeu?
Any: Entendi. - chateada. - Mas acho que vcs iam combinar.
Caspian: Chega Any pelo amor de Deus, chega.
Any: Ta bom não falo mais. - abaixando a cabeça frustrada.
Caspian: Vamos voltar agora?
Any: Vamos. - e saiu na frente.
Quando voltaram ao pátio Any viu uma cena que a deixou socada. Luz Viviana estava perto de
Poncho sorrindo pra ele falando algo enquanto acariciava os cabelos dele e o pior era que ele
sorria pra ela. Caspian vendo a cara que Any estava fazendo se aproximou e cochichou no seu
ouvido:
- Fica calma.
Any: Fica calma uma ova. - furiosa o encarando.
Quando voltou-se pra frente cerrou os olhos com ódio vendo Luz Viviana dar um beijo no rosto de
Poncho que ele não fez nada pra impedir. Foi então que saiu furiosa trombando com Lívia que
disse:
- Any vem brincar comigo e com a Sara?
Any: Uhum! - sorrindo.
Lívia pegou sua mão a puxando e Any seguiu com ela, quando olhou pra trás viu que Poncho e
Luz ainda estava conversando e isso a deixou com mais raiva e ciúmes ainda.
Próximo dali Chris perguntou vendo as caras de Mai e Dul:
- O que vcs tem?
Mai: A Anahí ficou louca.
Ucker: Ficou? Achei que ela sempre fosse.
Os outros riram e Dul disse:
- É que ela veio com um papo de brincadeira do abraço e me abraçou.
Mai: Achei super estranho quando vi as duas abraçadas.
Chris: Mas e ai vbamos bolar alguma dinamica pra fazer com eles?
Dul: Uhum!
Ucker: Mas o que?
Mai: Ah a gente pensa em alguma coisa.
Ucker encarou Dul que sorriu o abraçando aliviada que Mai tinha caido na desculpa.
Um tempo depois Any estava brincando com Sara e Lívia quando Caspian chegou com Mariana.
Sara se levantou correndo e abraçando Caspian que a pegou no colo disse:
- Tava com saudades.
Mariana: Ela conhece vc?
Any: É uma vez eles se viram. - sorrindo.
Mariana: Ah ta. - sorrindo.
Caspian: Vc ta bem?
Sara: Uhum! - sorrindo.
Nisso Caspian viu Poncho se aproximando e disse:
- Crianças, Mah vamos comigo ali nos bancos?
Any olhou pra trás e quando viu Poncho disse brava:
- Eu vou com vcs.
Caspian: Vc fica! - mandou pegando o paninho rosa de Sara.
Any o encarou brava. Sentiu Poncho a abraçar por trás dizendo:
- Fiquei com saudades meu amor. - e beijou seu rosto carinhosamente.
Any se soltou brava dizendo:
- Pois não parece.
Poncho: Any o que foi? - estranhando.
Any: Nada! - fria.
Poncho: Hei vc não me engana o que foi? - parando de frente pra ela erguendo seu rosto.
Any: Por que não volta pra sua amiguinha e fica lá conversando com ela. - sorrindo irônica. - Não
é uma excelente idéia Poncho? - o encarou furiosa.
Poncho fechou os olhos olhando pra baixo, quando ergueu a cabeça disse calmamente:
- Any meu amor eu e a Vivi...
Any: Hahahaha! - riu ironicamente. - Vivi? É assim que vc chama ela? - incrédula.
Poncho: Foi ela quem pediu pra mim chama-la assim.
Any: Ah claro e pediu também pra vc levar ela pra um motel quando sairem daqui?
Poncho: Any não fala isso. - sério.
Any: Eu vi o jeito como estavam conversando, só vc não percebeu que ela ta dando em cima de
vc.
Poncho: Ah ta vc ta falando da Vivi, mas...
Any: PARA DE CHAMAR ELA DE VIVI! - gritou.
Poncho: Ok vc fala da Luz Viviana, mas e o Léo? - fazendo uma careta ao dizer Léo. - Ele também
da em cima de vc.
Any: Ele é meu amigo e me chama pra sair, não fica de sorrisinhos sabendo que tenho namorado
nem acariciando o meu cabelo cinicamente como ELA TAVA FAZENDO. - brava.
Poncho: Princesa não fica com ciúmes.
Any: Não fica com ciúmes? Queria ver se o Léo fizesse o que ela acabou de fazer. - com a voz
embargada e os olhos marejados. - Pra vcs homens é sempre nós quem fazemos dramas e
estamos sempre erradas, mas quando é com vcs as coisas mudam. - chorando.
Poncho: Any... - se aproximando pra abraça-la.
Any: Sai de perto de mim vai lá ficar com a sua amiga Vivi e esquece que eu existo.
Poncho: É isso mesmo o que vc quer? - a encarando triste.
Any: É. - respondeu decidida contendo o choro.
Poncho: É talvez seja melhor eu ir pra lá antes que a gente brigue feio e piore as coisas... Até
depois. - deu um selinho nela e saiu.
Any deu um murro no ar e saiu brava.

O dia passou rapidamente pra alguns como Mariana e Caspian que se divertiram pra caramba
com as crianças e lentamente pra Any e Poncho que não se falaram mais depois que brigaram.
Quando já estava na hora de ir embora, Poncho estava encostado na parede quando Mariana
chegou dizendo:
- Falei com a Any, ela me contou o que aconteceu?
Poncho: Então sabe que ela foi injusta comigo. - chateado de braços cruzados.
Mariana: Poncho tenta entender ela ficou com ciúmes e com razão vc sabe.
Poncho: Ta que a Vivi...
Mariana: Olha vai por mim, chama essa garota de Luz se não quer piorar as coisas entre vc e a
Any.
Poncho: Ok, eu sei que a Luz pegou pesado, mas a Any exagerou.
Mariana: Olha eu no lugar dela tinha feito o mesmo me desculpe, mas a garota só faltou te beijar.
Poncho: Eu sei, mas o que eu faço agora Mah? Não quero ficar brigado com a Any, vc viu ela nem
falou comigo eu até tentei chegar perto, mas ela me evitou.
Mariana: Ela ta magoada, mas te ama muito e também ficou com muito ciúmes, pode ta irritada
agora, mas é maluca por vc rapidinho vcs vão se entender vai ver.
Poncho: Tomara to com saudades daquela ciumenta.
Mariana: Acredite ela também ta com saudades de vc. - sorrindo. - Mas acho que alguém vai
ajudar vcs dois a se aproximarem. - apontando pra frente.
Poncho então viu Lívia trazendo Any arrastada pela mão dizendo:
- Anda logo.
Any: Lívia não! - fazendo uma careta.
As duas pararam em frente de Poncho e Mariana e a mesma disse:
- To indo nessa, boa noite e se cuidem. - piscando pros dois.
Lívia sorriu cúmplice pra Mah que lhe sorriu de volta e a menina disse ao ficar sozinha com os
dois:
- A Any pode dormir em casa?
Any/Poncho: Não! Que?
Lívia: Deixa a Any dormir em casa hoje?
Any: Lívia já disse que não posso. - arregalando os olhos.
Lívia: Por favor.
Poncho: Lí ela não quer deixa. - respondeu tristemente.
Lívia: Vc não vai fazer nada pra ela ir? Não se gostam mais?
Poncho: Lí...
Lívia: É por isso que não se falaram direito hoje?
Any: Lívia eu e o Poncho...
Lívia: Vcs brigaram como o papai e a mamãe brigam, só faltam dizer que vão se divorciar.
Poncho: Lívia chega! - calmamente, mas firme.
Lívia: Eu odeio vcs dois. - cruzando os braços chateada.
Any: Lívia não fica brava com a gente.
Lívia: Então porque vc não gosta mais de mim, porque vc e o tato estão assim? Por que não quer
ir mais ir em casa brincar comigo? - fazendo bico chorosa.
Any vencida respondeu:
- Ta bem eu vou pra sua casa brincar com vc, agora desmancha essa cara.
Lívia: Oba! - sorrindo e a abraçou.
Poncho sorriu dando de ombros pra Any e Lívia disse:
- Agora vamos pra casa então... Vem tato.
Puxou o irmão fazendo ele dar a mão pra Any e puxou a outra mão de Any levando os dois pro
carro.
Minutos depois quando chegaram na casa de Poncho o mesmo perguntou:
- Vcs tão com fome?
Any: Eu não!
Lívia: Eu vou pegar bolacha de chocolate pra mim comer. - e se levantou.
Any: Eu vou com... Vc! - parando de pé.
Poncho então encarou Any que abaixou a cabeça e se sentou no sofá da sala nervosa mexendo
nas mãos. Ele aos poucos se aproximou dela e ajoelhando na frente dela perguntou:
- A gente pode conversar?
Any: Não quero.
Poncho: Any vamos parar com essa briga.
Any: Olha a sua irmã daqui a pouco volta e...
Poncho: Minha irmã ta fazendo de propósito vc também sabe disso e sei que desconfia de quem é
a ajuda... Vamos fazer com que o esforço dela não seja em vão princesa.
Any: Ah ta ai a gente se entende hoje e briga amanhã de novo, ou vc acha que aquela garota vai
dar sossego... Ela fingiu que não sabia que a gente namorava e quando soube ignorou.
Poncho: O que vc quer que eu faça pra me desculpar?
Any: Que assuma que deu mancada comigo e que me jure que vai ficar longe daquela nojenta.
Poncho: Tudo bem eu confesso que não devia ter dado trela pra ela e prometo que isso não vai
mais se repetir ta bom?
Any: Vc jura? - fazendo bico.
Poncho: Eu juro... E vc acha que eu vou querer estragar o nosso relacionamento que é tão
perfeito por causa daquela garota? Eu demorei muito pra ter vc assim pra mim Any não ia colocar
tudo a perder por alguém que não vale a pena... Só quero fica com vc meu amor.
Any então abraçou Poncho com força dizendo:
- Me desculpa eu sou uma idiota, uma burra completa.
Poncho: Não vc não é nada disso ao contrário (a soltou) vc é a coisa mais linda, encantadora e
maravilhosa que eu conheço e ficou linda com aquela carinha ciumenta (Any sorriu) mas não
volta a brigar comigo assim de novo não ta? Fiquei com saudades gatinha.
Any: Também fiquei meu bebê. - acariciando o rosto dele.
Poncho sorriu e lhe deu um beijo apaixonado, Any o abraçou correspondendo com a mesma
intensidade. Ao se separarem se abraçaram e Any sussurrou:
- Te amo.
Poncho: Também te amo pequena. - acariciando seus cabelos.
Any: Me desculpa por ser chata e ciumenta?
Poncho: Te desculpo por ser linda e encantadora desse jeito. - sorrindo.
Any sorriu de volta e lhe deu um beijo. Lívia que espiava da porta sorriu travessa.

No outro dia Any acordou e se sentou na cama. Precisava olhar no calendário pra ter certeza,
pegou seu celular ao lado da cômoda e viu que estava certa, era realmente 24 de novembro, ou
seja ela tinha exatamente um mês para conseguir o perdão de Ucker, Mai e Chris ou estaria
perdida e seria obrigada a se separar de Poncho. Colocou o celular de volta na cômoda e olhou o
rosto do namorado dormindo de frente pra ela tranqüilo, sentiu os olhos marejarem e parou de
encará-lo antes que começasse a chorar. Abaixou a cabeça e 4 segundos depois sentiu alguém
acariciando seus cabelos.
Poncho: Bom dia meu anjo!
Any ergueu a cabeça e encarou Poncho sorrindo. Ele lhe deu um beijo e perguntou quando ela
escondeu o rosto no peito dele parecendo preocupada:
- O que foi meu amor?
Any: Nada não bebê. - respondeu e deu um beijo no peito descoberto dele.
Poncho: Eu te conheço vc parece preocupada o que foi? - erguendo o rosto dela.
Any: Nada não... Me da um beijo gatinho?
Poncho sorriu e lhe deu um beijo apaixonado, deitando-a de volta na cama. Começou a acariciar
os seios dela coberto por sua blusa arrancando suspiros dela durante o beijo. Quando se
separaram ele fez um caminho por seu rosto dando beijos até chegar ao pescoço dela que o
abraçou com força passando as unhas de leve pelas costas dele. Poncho desceu os beijos pros
colo desabotoando sua blusa e dando beijos pelos seios dela sugando ambos, ela apertava o
lençol com força suspirando.
- Any! Tato! Eu to com fome. - batendo na porta do quarto.
Poncho: Lívia! - sussurrou com raiva frustrado.
Any sorriu pesarosa e Poncho se afastou dizendo:
- A gente já vai descer Lívia.
Lívia: Ta vou esperar vcs lá em baixo, Any pode me ajudar a tomar banho?
Poncho: Nada disso, vc não vai tomar banho antes de irmos pro orfanato, lá vc vai brincar e
quando chegar vai ter que tomar outro, então deixa pra tomar na volta.
Lívia: Ah!
Poncho: Ah nada, agora desce ou vai se trocando que eu e Any já descemos... Pra matar vc. -
acrescentou baixo e Any riu sem se conter.
Any: Bebê não fica assim, ela não fez por mal.
Poncho: Ah magina se tivesse feito então.
Any: Bebê ela não tem idéia do que estavamos fazendo aqui, não fica bravo.
Poncho: Ok, eu vou trocar de roupa no banheiro e vc se troca aqui.
Any: Ué a gente nunca fez isso. - estranhando.
Poncho: Acontece que a situação é diferente se eu te ver agora, minha irmã não vai esperar só 5
minutos e sim uma hora pra mais se me entende.
Any: Entendi. - respondeu pra ele rindo.
Poncho deu um beijo nela e foi pro banheiro.

Um tempo depois Any desceu primeiro que Poncho e perguntou a Lívia:


- Dormiu bem pequena?
Lívia: Uhum... Meu tato ta bravo comigo?
Any: Não por que?
Lívia: Porque acho que acordei vcs e ele não gosta quando acordo ele.
Poncho: Bom dia baixinha! - disse sério chegando na cozinha.
Lívia deu um pulo da cadeira se escondendo atrás de Any que sorriu e encarou Poncho. O mesmo
deu de ombros e abriu a geladeira pegando um suco sob os olhares assustados de Lívia. Depois
de beber um pouco se aproximou da irmã e puxando-a pela mão disse:
- Não to bravo com vc ok?
Lívia: Sério?
Poncho: Sério, agora desfaz essa cara assustada e me da um abraço.
Lívia sorriu mais tranqüila e abraçou o irmão. Any sorriu ternamente vendo a cena.
Mais tarde quando chegaram ao orfanato Juliana disse:
- Poxa fiquei feliz quando soube que o amigo de vcs Caspian vai começar a vir ao orfanato.
Chris: É mesmo andando com a minha irmã, ele é gente boa. - sorrindo.
Dul: Nossa vc elogiando um amigo da Any? - surpresa.
Ucker: Qual problema? Mariana e Poncho são amiga e namorado dela e mesmo assim são nossos
amigos... O que vc tem Dul? To te achando muito estranha.
Dul: Eu? Nada, só estranhei, só isso.
Mai: Ok! - sorrindo.
Quando chegaram ao pátio Luz Viviana veio cumprimentá-los. Any fechou a cara e Poncho disse:
- Fica tranqüila ta? - sorrindo pra ela e lhe deu um beijo segurando sua mão em seguida.
Any sorriu e deitou a cabeça no ombro dele que a abraçou por cima dos ombros. Assim que Luz
chegou até eles Any desencostou a cabeça, mas continuou abraçada com ele, a garota perguntou:
- Tudo bem Any? Poncho? - sorrindo especialmente pra ele.
Poncho: Tudo sim. - sério.
Luz: Eu posso falar com vc depois Poncho? - vendo que com Any perto ela não poderia falar.
Poncho encarou Any e a mesma respondeu sorrindo:
- Se ele tiver tempo ele conversa com vc ta? - sorrindo.
Luz: Olha me desculpa, mas eu não estou falando com vc.
Any fechou a cara na hora e respondeu:
- Olha aqui...
Poncho: Vc não fala com a Any desse jeito ouviu Luz?
Luz: Vc vai defender ela Poncho?
Poncho: Claro eu sou namorado dela, isso é completamente normal.
Luz: Ok, quando vc desgrudar desse chata a gente conversa.
Any: Olha como vc fala comigo. - disse brava, mas foi impedida por Poncho que a abraçou por
trás.
Poncho: Luz sinto muito, mas a última coisa que eu quero é desgrudar da minha namorada,
menos ainda se for pra falar com vc.
Mariana que estava perto e ouviu conteu o riso fazendo uma careta pelo fora e Luz disse:
- Ok então... Eu vou cuidar das minhas coisas.
Any: Até mais querida. - sorrindo irônica e dando um tchauzinho.
Luz: Isso não fica assim, não fica mesmo. - disse brava.
Quando perdeu Luz de vista Any se virou pra Poncho e disse o abraçando:
- Obrigada pelo que fez bebê.
Poncho: Não fiz só por vc, fiz pra por um basta nessa garota.
Any: Eu sei e fico feliz, de verdade. - sorrindo.
Nisso Lívia veio com Sara que pulou no colo de Any a abraçando, tirou a chupeta e a beijou.
Any: Oi minha princesa como vc ta? - dando um beijo no rosto dela.
Sara: Bem! - sorrindo.
Any: Que bom meu amor... Fico muito feliz! - colocando uma mecha do cabelo dela atrás da
orelha.
Poncho: E eu não recebo beijo não dona Sara?
Sara sorriu e foi pro colo de Poncho lhe dando um abraço, tirou a chupeta e lhe deu um beijo. Em
seguida foi pro colo de Mariana e Caspian e beijou e abraçou os dois.
Lívia: Vem Sara, vamos brincar.
Sara: Vem tia Any! Vem tia Mah! - as puxando pela mão.
Xx: Tios vamo jogar bola? - perguntou um menino a Caspian e Poncho.
Caspian: Jogar bola? Vamos sim! - sorrindo concordando.
Any: Bom a gente vai pra lá e vcs pra cá. - sorrindo.
Poncho: Ok, depois a gente se fala meu amor. - e lhe deu um beijo.
Any sorriu e saiu com Mah depois de mandar um beijo pra Poncho.
Mariana: Any vc falou com o Caspian?
Any: Falei Mah.
Mariana: E... O que ele falou?
Any com pena de dizer a verdade respondeu:
- Disse que não sabe, que precisa te conhecer melhor.
Mariana: Ai que bom! Acho que sei o que fazer. - sorrindo.
Any: O que vai fazer? - assustada.
Mariana: Nada demais, depois de conto. - sorrindo travessa.

Mais tarde o pessoal estava fazendo o almoço quando Poncho chegou em Any e cochichou:
- Tenho belas lembranças dessa cozinha.
Any: Poncho, para! - sorrindo nervosa.
Poncho: Vai dizer que vc não lembra o que a gente aprontou aquela vez quando fizemos o bolo?
Any: A gente ainda não tava junto. - sorrindo.
Poncho: Mas eu lembro o quanto era grande a minha vontade de te agarrar, porque to sentindo
agora. - sussurrou mordiscando sua orelha e a abraçando por trás.
Any: Para de me provocar, isso não é justo.
Poncho: Não agüenta mais as brincadeiras? - dando beijos pelo pescoço dela.
Any: Para vc quer que peguem a gente aqui é isso?
Poncho: Não claro que não, mas ia ser engraçado.
Mariana: Poncho! - chamou e os dois se soltaram na hora.
Poncho: Fala Mah. - disfarçando.
Mariana: Vem aqui me ajudar a cozinhar o frango, sozinha num dá. - com as mãos na cintura.
Poncho: Desculpa, to indo lá. - sorrindo.
Antes de sair deu um beijo em Any e sussurrou:
- Mais tarde a gente acerta as contas.
Any sorriu negando com a cabeça e voltou a lavar os tomates pra colocar na salada. Foi então
que Dul se aproximou e perguntou baixinho:
- Fico feliz em ver vc e o Poncho juntos.
Any: Verdade Dul? - sorrindo pra ela.
Dul: Uhum era muito triste ver como ele ficava antes.
Any: Como era quando eu maltratava ele? O que vcs diziam? - curiosa.
Dul: Pra que quer saber não importa mais, vc gosta dele e faz ele feliz isso já basta.
Any: Não Dul me fala, como era antes?
Dul: Ah a gente tentava aconselhar ele a te esquecer, mas ele dizia que tentava, mas não
conseguia te tirar da cabeça, que o amor que sentia por vc era mais forte que qualquer coisa que
vc fizesse.
Any: Sério que ele falava isso? - emocionada.
Dul: É sério Any, ele sofreu muito por vc no começo e acho que sofreu até a hora em que vc
sofreu o acidente e finalmente deu sinais de mudanças.
Any sorriu ternamente olhando Poncho e Mah brigando e rindo ao mesmo tempo enquanto
apontavam a panela onde estava o frango. Encarou Dul que disse ao ver seus olhos:
- Por que ta com essa cara?
Any: Às vezes sinto que tenho pouco tempo com ele Dul. - a encarando.
Dul: Como assim pouco tempo?
Any: É difícil explicar, mas um dia, muito em breve vc vai entender.
Dul: Isso não é uma indireta de que vai deixar ele né? Por que se for isso eu te mato. - sorrindo.
Any: Não Dul nem que quisesse eu poderia deixá-lo.
Dul: Então me faz um favor?
Any: Uhum!
Dul: Desfaz essa cara e volta a sorrir, Poncho sempre me diz que adora seu sorriso.
Any: Por que pra mim ele não fala essas coisas?
Dul: Porque os homens nunca nos elogiam na cara, antes de mim e Ucker ficarmos juntos ele
falava maravilhas de mim pro Poncho e pro Chris e quando me via quase não me olhava de tanta
timidez.
Any: Por falar em vcs como estão?
Dul: Bem enquanto ele não saber de nada bem. - sorrindo dando de ombros.
Any: Não quero estragar seu namoro Dul. - disse triste e séria.
Dul: Não vai estragar fica tranqüila. - sorrindo.
Any sorriu de volta e ambas voltaram a fazer o que estavam fazendo.

Mais tarde na hora de ir embora Ucker chegou em Dul e perguntou:


- Não quer ir pra casa hoje?
Dul: Ah a gente ainda tem essa semana de provas meu amor. - acariciando os cabelos dele.
Ucker: Qual o problema? Vc não quer?
Dul: Claro que eu quero deixa de ser bobo. - sorrindo.
Ucker: Então vamos nessa?
Dul: Ta bom, vamos.
Ucker sorriu e o abraçou. Dul lembrou da conversa que tivera com Any e sem se conter
perguntou:
- Amor posso te perguntar uma coisa?
Ucker: O que?
Dul: Vc acha que a Any mudou? - temendo a resposta.
Ucker: Dul... Outra vez esse assunto?
Dul: É só uma pergunta.
Ucker: Ok vou te responder essa pergunta com outra pergunta... Vc acha que ela mudou?
Dul: Não meu amor é que...
Ucker: Que bom porque também não acredito e me decepcionaria muito se vc caisse no papo
dela.
Dul: Não eu não esqueci o que ela fez pra gente.
Ucker: Que bom... Agora vamos esquecer dela ok?
Dul: Ok. - sorrindo e lhe deu um beijo.
Ucker a abraçou e saíram em seguida.

Ali perto Mah perguntou chegando em Caspian:


- E ai quando eu vou te ver?
Caspian: Acho que só no próximo sábado.
Mariana: Sério? - chateada.
Caspian: É.
Mariana: O que vc vai fazer durante a semana?
Caspian: Ah ajudar meu pai no hospital alguma coisa assim.
Mariana: Hum entendi.
Caspian: Bom agora eu preciso ir.
Mariana: Ok até sábado Caspian.
Caspian: Até... A gente se vê!
Mariana sorriu e mandou um tchauzinho.
A última semana de provas passou rapidamente. Any se preocupava cada dia mais com a
aproximação do Natal e Poncho ficava sem entender quando às vezes a pegava pensativa e até
triste. Mai, Chris e Ucker continuavam amigos como sempre sem acreditar em Any. Dul se
empenhava em tentar ajudar Any sem dar a entender aos outros que acreditava nela. Mariana
havia parado de perguntar sobre Caspian, mas Any sabia que a garota estava aprontando
alguma.
Na sexta feira assim que o último sinal do dia tocou a escola foi invadida por gritos de felicidade.
Na sala de Mariana o pessoal jogou os cadernos pra cima e saíram aos poucos desejando boas
férias a todos e ao professor presente. Mariana se levantou e disse sorridente:
- Até que enfim estamos de férias.
Poncho: Nem me fale.
Mariana: Posso te dar um abraço Poncho?
Poncho: Claro. - sorrindo e Mah o abraçou. - Mas por que estou recebendo esse abraço?
Mariana: Pela ajuda na prova de Física, quarta.
Poncho: Ah isso não foi nada Mah. - sorrindo.
Mariana: Olha eu devo aquele 8,5 a vc muito obrigada de verdade.
Poncho: Não esquenta... Vamos nessa então?
Mariana: Vamos depois de hoje só volto em Janeiro pra cá.
Poncho: Opa. - sorrindo e saíram.

Lá fora a festa continuavam e alunos se desejavam aos gritos de alegria boas férias. Mariana e
Poncho riram do pessoal que picavam os cadernos fazendo uma zona pela escola e ele perguntou:
- Será que a gente acha a Any nessa bagunça?
Foi só falar que Poncho sentiu mãos taparem seus olhos. Mariana sorriu e Poncho disse:
- Mah é vc?
Mariana: Nã, não! - negando com a cabeça.
Poncho: Deixa me ver então... Maite?
Mariana: Não Poncho, ta frio. - sorrindo.
Poncho: Dulce?
Mariana: Frio, frio. - sorrindo.
Poncho: Ah claro com essas mãos de anjo só pode ser aquela gata que eu fiquei na boate mês
passado, Helena quanto tempo. - sorrindo.
Foi então que levou um murro bem forte nas costas e ouviu passos se afastar.
Mariana: Acho que não era essa tal de Helena.
Poncho foi atrás de Any e a agarrando por trás disse:
- Eu tava brincando meu anjo, eu sabia que era vc.
Any: Ah sabia? - se virando de frente pra ele. - VC LARGA DE SER MENTIROSO TA? - batendo nele.
Poncho: Ai! - desviando dos tapas. - Meu amor desculpa... Pequena eu tava brincando.
Any: Olha aqui se vc tiver afim de morrer me avisa logo ta? - séria.
Poncho: Sabe eu quero morrer, mas com 300 anos ao lado da minha princesa mais linda e
ciumenta. - sorrindo cinicamente fazendo menção de abraça-la.
Any: Não seja palhaço Alfonso Herrera ninguém vive até os 300 anos. - respondeu séria e Mah
sem se conter caiu no riso.
Poncho: Eu posso não ta vivo em 300 anos, mas meu amor por vc sim porque nunca vai morrer
Any.
Any: Se isso é um pedido de desculpas saiba que é uma maneira muito suja de conseguir.
Poncho: Por que muito suja? Ficou toda derretida com o que acabei de falar? - se aproximando.
Any: Claro que não, não seja tonto. - orgulhosa resistindo ao sorriso malicioso dele.
Mah riu negando com a cabeça e disse:
- Gente eu vou indo ta? A gente se vê de noite.
Any: Tchau Mah e boas ferias. - sorrindo pra ela.
Mariana: Valeu apesar de que a gente vai passar juntas né? - sorrindo e saiu.
Poncho esperou Mah sumir de vista pra dizer:
- Me desculpa princesa, foi só uma brincadeira.
Any: De muito mal gosto. - fazendo bico.
Poncho: Eu sei, mas o que falei sobre os 300 anos é verdade viu?
Any: Sério?
Poncho: Uhum mesmo que se passem 300 ou 900 anos meu amor por vc sempre vai estar vivo.
Any: Vc fala isso, mas fica me provocando, por que vc faz essas coisas? - manhosa.
Poncho: Porque eu adoro ver essa sua cara enciumada, me faz bem ver que vc me ama e sente
ciúmes de mim, mesmo quando vc fica sem falar comigo como aquele dia no orfanato.
Any: Verdade? - sorrindo.
Poncho: Uhum, adoro esse seu jeitinho de brava, manhosa, adoro o jeito como vc fala comigo,
como me trata principalmente quando estamos sozinhos (Any sorriu) e adoro seu sorriso minha
linda, amo tudo em vc pra falar a verdade... Me desculpa pela brincadeira meu anjo?
Any: Ta bem, te desculpo. - sorrindo envolvendo os braços em torno do pescoço dele.
Poncho: Te amo bebê.
Any: Também te amo gatinho lindo. - sorrindo e se beijaram apaixonados.
Minutos depois quando saíram pra fora encontraram Caspian e Mariana conversando.
Poncho: Achei que já tinha ido Mah. - chegando de mãos dadas com Any.
Mah: Ah encontrei o Caspian aqui e ficamos conversando.
Poncho: Hum e ai cara tudo bem? - apertando a mão dele.
Caspian: Tudo em ordem e vc cara?
Poncho: Também.
Any: E ai Caspian tudo bem?
Caspian: Tudo Any.
- ANY! - alguém gritou.
Poncho: Ah não acredito, o que esse Léo quer será que não sossega nem no último dia de aula
meu?
Any: Calma bebê, eu já volto! - dando um beijo nele.
Poncho: Nada disso eu vou com vc.
Any: Vc ta muito nervoso melhor ficar aqui, já volto! - sorrindo e saiu.
Poncho fez uma careta e Caspian disse:
- Fica tranqüilo ele não vai fazer nada com vc por perto.
Poncho: Rum isso não me acalma em nada Caspian.
Mariana: Não seja ciumento Poncho, daqui a pouco ela volta.
Any: O que foi? - chegando sorrindo.
Léo: Passou direto?
Any: Uhum graças a Deus. - sorrindo.
Léo: Ah meus parabéns. - a abraçando. - Também consegui passar. - a soltando e Any olhou sem
jeito pra onde os outros estavam e viu a cara feia de Poncho. - Raspando, mas consegui passar.
Any: Ah que bom fico feliz, bom se vc me der licença eu tenho que ir agora. - fez menção de sair.
Léo: Espera eu sei que já te convidei pra várias festas e vc nunca quis ir, mas tenta ir nessa
(entregou quatro convites) é amanhã de noite vai ser naquele salão enorme que fica aqui perto.
Any: Ah sei onde fica.
Léo: Minha sala que ta armando a escola toda ta sendo convidada é tipo uma despedida já que
depois de hoje ou amanhã só vamos nos ver em Janeiro né?
Any então se lembrou que talvez não fosse vê-lo mais e sorriu lembrando as maluquices que já
tinha feito. Então respondeu sabendo que aquilo ia dar problema:
- Pode deixar que nessa festa eu vou. - sorrindo pra ele.
Léo: É sério? - sorrindo.
Any: Uhum e esses outros convites...
Léo: Vc entrega pro seus amigos, tem mais gente distribuindo, mas se precisar de mais me liga
que eu te entrego na hora mesmo ok?
Any: Ta ok!
Léo: Bom era isso... Boas férias e até amanhã.
Any: Até. - sorrindo.
Léo então voltou pra dentro da escola e Any foi na direção dos amigos e do namorado vendo que
o mesmo estava com uma cara muito séria. Quando chegou sorrindo Poncho perguntou sério:
- O que ele queria?
Any deu os convites na mão deles respondendo:
- Convidar a gente pra festa que vai ter amanhã no salão perto daqui, é tipo despedida de quem
ta no 3º colegial e pra falar um tchau final pro pessoal que só for vão ver em Janeiro.
Mah: Ah falaram que essa festa vai ser da hora, eu queria ir.
Any: Eu também... Vamos também Poncho? - o encarando.
Poncho: Me responde uma coisa Any... Vc quer ir nessa festa porque vai ser legal ou porque foi o
Léo que chamou? - fazendo uma careta ao dizer “Léo”.
Any: Claro que é por causa da festa Poncho.
Poncho: Ah, pois, não pareceu isso quando vcs estavam se abraçando.
Any: Aquilo foi um abraço de amigo.
Poncho: De amigo? Eu não sou idiota Any, aquele cara tava dando em cima de vc
descaradamente.
Any: Poncho a gente é amigo.
Poncho: Ah ta, então amanhã eu vou ficar conversando com a Luz e quando vc vir com as suas
reclamações eu vou dizer também “Any a gente é só amigo” - imitando a voz dela.
Any: Ah claro vc ta louco pra dar uns beijos nela né? - brava.
Poncho: E vc ta louca pra relembrar umas coisas com o Léo não é?
Any: Vc não fala assim comigo. - dando tapas nele.
Poncho: Por que o que vai fazer? Vc sabe que é verdade.
Mariana: Gente...
Caspian: É melhor não se meter humanos quando brigam ficam muito nervosos, principalmente
Any.
Mariana: Humanos? - estranhando o modo dele de se referir as pessoas.
Caspian: Quero dizer, as pessoas. - concertando.
Any: Olha quer saber eu vou pra essa festa.
Poncho: Ótimo aproveita e da uns beijinhos nele assim vc mata essa vontade de vez.
Any furiosa deu um tapa no rosto dele e falou furiosa segurando as lágrimas:
- Vc nunca mais fala uma besteira dessas entendeu?... Eu odeio vc! - e saiu brava.
Mariana: Any...
Poncho: Isso vai embora se fazendo de vitima garota. - bravo.
Caspian: Conversa com ele que eu vou atrás dela. - cochichou pra Mah e saiu.
Mariana: Poncho...
Poncho: Não quero conversa Mariana.
Mariana: Nossa vc nunca me chamou pelo nome inteiro.
Poncho: Olha desculpa, mas to a fim de papo.
Mariana: Vc tem que pedir desculpas pra Any não pra mim.
Poncho: Não vou pedir desculpas pra ela coisa nenhuma. - bravo.
Mariana: Poncho vc a ofendeu sabe disso.
Poncho: A culpa foi dela, não tinha nada que ter ido falar sozinha com o Léo.
Mariana: Ela não foi atrás dele Poncho.
Poncho: Mas também não faz nada pra evitar eu já enjoei disso.
Mariana: Já percebeu que o motivo das brigas de vcs é sempre ciúmes? Ela da Luz e vc do Léo.
Poncho: Eu sei.
Mariana: Vcs tem que confiar um mais no outro.
Poncho: O problema é que ela...
Mariana: Poncho vc confia na Any?
Poncho: Confio, mas não naquele cara.
Mariana: Ela também confia em vc, mas não na Luz agora me responde uma coisa... Vai deixar
esse ciúmes bobo estragar o namoro de vcs? Depois de tudo o que passaram juntos.
Poncho: A errada é ela, ela que venha me pedir desculpas.
Mariana: Vcs dois estão errados e os dois devem pedir desculpas Poncho.
Poncho: Eu não vou pedir.
Mariana: Esta bem... Então estrague o namoro de vcs por uma briga boba e por um orgulho besta,
vcs que sabem o que eu podia fazer já fiz. - e saiu se levantando.
Ali perto Caspian conversava com Any que chorando disse:
- Não vou falar com ele.
Caspian: Any vc sabe que o Poncho morre de ciúmes do Léo porque foi falar com ele sozinha
então?
Any: Ele tava perto não tinha por que ficar bravo e falar aquelas coisas feias.
Caspian: Tenho certeza de que não falou aquilo por mal Any.
Any: Falou sim a verdade é que Poncho não acredita em mim.
Caspian: É claro que acredita ou não estaria com vc.
Any: Então por que ele fica jogando toda a hora na minha cara que eu quero ficar lembrando as
coisas que vive com o Léo?
Caspian: Porque ele ta com ciúmes e quando ficamos nervosos dizemos coisas que não
queremos.
Any: Como vc sabe disso? Não disse que é desprovido de sentimentos humanos?
Caspian: Sim, mas isso é uma coisa óbvia tão óbvia que eu sei que vc não queria ter dito que o
odiava certo? - a encarando.
Any: Não, não queria.
Caspian: E aposto que falou aquilo porque estava com raiva.
Any: Vc sabe que sim.
Caspian: Então Any eu não preciso ser um humano pra saber o que vcs sentem quando estão com
raiva e quando falam coisas que não querem falar.
Any: Caspian não quero ficar brigada com ele o que eu faço? - angustiada.
Caspian: Conversa com ele.
Any: Não ele me ofendeu primeiro, não vou pedir desculpas.
Caspian: Ah ta e vão ficar nisso até quando?
Any: Até ele vir me desculpar.
Caspian: E se por orgulho fazer o mesmo que vc? Não querer pedir desculpas?
Any: Acha que ele vai fazer isso? - o encarando temendo a resposta.
Caspian: Quem sabe, mas tenho quase certeza que sim.
Any: Ah não Caspian.
Caspian: Se ta com tanto medo vai vc conversar com ele, dê o primeiro passo.
Any: Não! - decidida. - Não vou pedir desculpas primeiro ao Poncho, de jeito nenhum.
Caspian: Vc quem sabe, mas sabe o que vai perder né?
Any abaixou a cabeça. Ouviram passou e ela ergueu o rosto rapidamente pensando ser Poncho,
mas se decepcionou ao ver Mariana que perguntou:
- Como vc ta?
Any: Bem... E ele?
Mariana: Ainda nervoso.
Any: Não veio com vc? - olhando em volta pra ver se achava Poncho.
Mariana: Não ele não quis vir, disse que vc quem vai ter que se desculpar primeiro.
Caspian: O que eu te disse? - a encarando.
Any: Não vou pedir desculpas, ele me ofendeu primeiro.
Mariana: Olha sinceramente acho que os dois estão errados e devem pedir desculpas um ao
outro.
Any: Sim, mas ele quem começou a briga ele que comece pra terminá-la.
Mariana: E por que vc não pode ir?
Any: Porque foi ele quem fez o escandalo por nada. - defendeu-se.
Caspian: Só uma pergunta pretendem ficar nessa até quando?
Any: Até ele pedir desculpas porque eu não vou. - decidida.
Mariana: Any...
Any: Chega não quero falar mais sobre isso, vamos dar uma volta?
Caspian: Ok! - respondendo fazendo uma careta pra Mah que deu de ombros sem poder fazer
nada.
Começaram, a andar em silêncio e numa tentativa de quabrar o clima Mah disse sorrindo:
- Sabe adoro esse clima de Natal, falta mais de 20 dias, mas esses pisca-pisca nas lojas esse
lance de começar a ver presente, montar árvore acho tão legal.
Caspian: É eu também gosto... Parece que o mundo fica mais cheio de amor não concorda Any?
A indireta foi clara e Any entendeu, mas não se preocupou com isso, o que a preocupava era que
o Natal estava perto só tinha agora 26 dias pra convencer as três pessoas que faltavam de que
estava falando a verdade, de que estava mudada. Mas a cada minuto que passava menos chance
de convence-los Any sentia ter, sua última esperança era que algum deles acreditassem nela nos
dias em que ficassem no acampamento em Flórida. Acordou dos pensamentos quando Mah a
cutucou.
Mariana: Any to falando com vc.
Any: O que foi?
Mariana: O que acha desse clima de Natal?
Any: Ah... Legal!
Mariana: Já escolheu os presentes?
Any: Que presentes? - a encarando sem entender nada.
Mariana: To falando dos presentes que certamente vc vai dar pro pessoal da sua familia, seu
amigos... Disso que eu to falando.
Any: Ah ta... Ainda não escolhi não.
Mariana: Hum! E vc Caspian já escolheu?
Caspian: É... Mais ou menos.
Mariana: Hum entendi, bom eu já escolhi.
Any: Rum... Legal!
Ficaram mais um tempo conversando e deixaram Mah em casa indo em seguida pra casa de Any.

À noite Chris estava na sala comendo pipoca assistindo filme, Any desceu aflita e perguntou:
- Chris alguém me ligou.
Chris: Não!
Any: Tem certeza?
Chris: Absoluta, não falei com o Poncho hoje desde que saimos da escola.
Any: Como sabe que é dele que eu to falando?
Chris: Por que é a única pessoa que poderia te ligar e a única que vc enche o saco pra saber se
ligou.
Any: Ta já entendi... Obrigada!
Chris: De nada. - sério.
Any voltou pro quarto e bateu a porta Caspian que estava sentado na cadeira em frente a
penteadeira perguntou calmamente:
- E...?!
Any: Não ligou. - deitando na cama. - Ai Caspian eu vou morrer com esse silêncio dele.
Caspian: Any vc sabe como resolver.
Apontou pro telefone que flutuou indo pra perto dela, mas Any não ligou e respondeu brava:
- Pode colocar isso de volta eu não vou ligar pra ele. - decidida.
Caspian: Ele também não vai te ligar.
Any: Sério mesmo? - o encarando aflita.
Caspian: São vcs dois quem estão provocando isso, se ligasse em dois minutos iriam se entender.
O telefone flutuou em frente aos olhos de Any que estava deitada, parecia que ia cair na cabeça
dela se ela não pegasse, foi então que vencida pegou o telefone e começou a discar.
Caspian: Muito bem. - sorrindo.
Any: Não, não vou pedir desculpas. - desligando o telefone antes que começasse a chamar.
Caspian: Any assim não tem acordo né?
Any: O único acordo é que ELE, o Poncho me ligue e peça desculpas.
Foi então que o telefone começou a tocar e Any disse desesperada como se tivesse medo de toca-
lo:
- Ai será que é o Poncho?
Caspian: Atende e descobre.
Any: Ta! - pegou o telefone e respirou fundo. - Alô?
Xx: Alô é da pizzaria?
Any fez uma cara de morte e disse brava:
- Não minha senhora não é da pizzaria. - brava.
Xx: Me desculpe. - e desligou.
Caspian: Que pizza ela pediu? - sorrindo.
Any: Não tem graça Caspian. - disse brava.
Caspian: Any liga de uma vez. - impaciente.
Any: Não vou ligar, já decidi só pego essa coisa se ela tocar. - colocando o telefone no lugar.
Caspian foi argumentar, mas Any cruzou os braços e o encarou, o mesmo achou melhor ficar
quieto.
Na casa de Poncho o mesmo encarava o telefone impaciente, Lívia chegou e perguntou:
- O que vc tem mano?
Poncho: Nada não.
Lívia: Tato a Any não ia vir pra cá hoje?
Poncho: Ia.
Lívia: E por que não veio? - com as mãos na cintura.
Poncho: A gente brigou.
Lívia: Por quê?
Poncho: Coisa de adulto meu amor vc não ia entender. - sorrindo triste.
Lívia: Então liga pra ela e pede desculpas.
Poncho: Não.
Lívia: Por que não?
Poncho: Porque ela quem deu motivos, ela que venha se desculpar.
Lívia: Ah tato assim não da e se ela não ligar?
Poncho encarou o telefone e constatou algo. Ele não ligara pra Any pedindo desculpas por
orgulho e seu medo era que Any também não o havia liga por orgulho, sendo assim essa briga
não terminaria nunca. Foi então que pegou o telefone e discou, mas colocou de volta no gancho
dizendo:
- Não eu não vou ligar, ela que ligue e peça desculpas.
Lívia: Eu queria falar com ela. - fazendo bico.
Poncho: Pois então se ela gostar da gente ela vai ligar.
O telefone então começou a tocar e rapidamente Poncho atendendeu dizendo:
- Any meu amor me desculpa eu...
Xx: Filho esta tudo bem? - estranhando.
Poncho: Ah oi mamãe. - decepcionado.
Xx: Esta tudo bem querido?
Poncho: Esta e com a senhora, por que ligou?
Xx: Pra saber se esta tudo bem.
Poncho: Ah esta sim não se preocupe.
Lívia: Deixa eu falar com a mamãe? - puxando o braço dele.
Poncho: Espera que a Lívia quer falar com vc. - e deu o telefone pra irmã deitando no sofá
frustrado.
Lívia: Oi mamãe tudo bem?
Xx: Tudo meu anjo e vc?
Lívia: Também, to com saudades mamãe.
Xx: Eu também querida, mas logo, logo a gente vai se ver ta?
Lívia: Ta bom... Beju mamãe.
Xx: Beijo querida, tenha uma boa noite.
Lívia: Vc também. - sorrindo.
Xx: Me passa pro seu irmão e não demora pra dormir ta?
Lívia: Ta bom! - respondeu e apontou o telefone pro irmão. - Ela quer falar com vc.
Poncho: Fala mãe. - pegando o telefone.
Xx: Sua irmã e vc já estão de férias certo?
Poncho: Uhum!
Xx: Vai acampar com seus amigos na segunda né?
Poncho: Vou.
Xx: Bom então domingo à tarde eu e seu pai estamos de volta e vamos levar a Lívia conosco,
assim vc pode ir sossegado.
Poncho: Ok. - passando a mão pelos olhos.
Xx: Bom arrume as coisinhas dela com o que ela quiser levar ok?
Poncho: Pode deixar... Boa noite mãe.
Xx: Boa noite querido. - e desligou.
Poncho: Vamos dormir mocinha?
Lívia: Não vai ligar pra Any?
Poncho encarou o telefone no gancho e uma tentação de ligar percorreu todo o corpo dele, mas
não iria ligar, não iria correr atrás como sempre e pedir desculpas. Pegou Mah no colo dizendo:
- Não vou ligar já ta tarde ela deve estar dormindo. - mentiu.
Lívia: Hum... - fazendo bico.
Poncho: Não fica assim, vamos dormir. - sorrindo e a levou.
Antes de subir encarou o telefone desejando que tocasse, mas ele não tocou, não também não
ligou e sem outra escolha ele subiu com a irmã.
No outro dia o pessoal se encontrou no orfanato, Any propositalmente havia ido mais cedo pra
não chegar junto com Poncho, preferia já estar lá quando ele chegasse. Mariana entrou e foi
direto falar com Any que estava brincando com Sara.
Mah: Quero falar com vc.
Any: Bom dia pra vc também Mah, o que foi?
Mah: Caspian me contou que vc não quis ligar pro Poncho ontem.
Any: Não liguei mesmo se brigamos a culpa foi dele.
Mah: Any deixa de ser besta.
Any: Vai defender ele agora?
Mah: Não Any, mas essa briga boba de vcs tem que acabar.
Any: Eu sei, mas ele quem deve me pedir, ele me ofendeu.
Mah: Já vi que não vai adiantar falar com vc né?
Any: Não eu já falei que não vou pedir desculpas, se tiver arrependido ele que venha pedir.
Mah: Ok então se segura que ele ta vindo ai, tchauzinho! - saindo. - Tchau linda. - sorrindo pra
Sara.
Sara: Tchau tia. - se virando pra trás.
Quando se virou pra frente Sara viu Poncho e correu na direção dele, pulando no seu colo.
Poncho: Bom dia minha linda. - sorrindo e dando um beijo nela.
Any abaixou a cabeça envergonhada e ouviu passos apressados vindo na sua direção.
Lívia: Oi Any! - estendo os braços pra ela.
Any: Oi princesa tudo bem? - sorrindo pra ela.
Lívia: Any! Verdade que vc não foi em casa porque ta brigada com o tato.
Any encarou Poncho sentindo que o coração ia sair pela boca sua vontade era de colocar Lívia no
chão e ir correndo até Poncho cobri-lo de beijos e pedir desculpas, mas não iria se desculpar, ela
foi a ofendida ela merecia as desculpas. Por outro lado Poncho encarou Any se perguntando se
ela estava mais bonita hoje pra provoca-lo ou se aquilo era coisa da sua cabeça já que estava
louco pra acabar com aquela briga e matar as saudades dela, mas assim como Any ele não iria
dar o braço a torcer, Any tinha ido falar com Léo sabendo que ele não iria gostar, então ela que
se desculpasse primeiro ou ficariam naquilo pro resto da vida. Mesmo que isso o incomodasse
profundamente. Os dois acordaram de seus pensamentos quando Lívia perguntou:
- Responde Any... Por que vc e o tato brigaram?
Any: É... Porque...
Poncho: Já te disse que é coisas de adultos Lívia. - repreendeu-a.
Lívia: Odeio esse papo de “coisas de adulto” também quero ser uma adulta.
Any: Vc vai ser meu amor quando menos esperar e vai desejar voltar pros tempos em que era
pequenina como agora.
Lívia: Verdade?
Any: Uhum porque no fundo todos queriam ser crianças e não crescer nunca. - sorrindo e seu
olhar encontrou o de Poncho, ambos se encararam. - Bom com licença. - e saiu.
Poncho: Vc dormiu bem Any? - perguntou sem se conter.
Any: É... Na medida do possível sim... E vc?
Poncho: Na medida do possível.
Any deu um sorrisinho e saiu antes que não resistisse mais.
Ali perto Ucker perguntou abraçado com Dul:
- Qual o lance entre Anahí e Poncho.
Chris: Acho que eles brigaram?
Mai: Sério? Por quê?
Chris: Bom minha irmã tava desesperada querendo saber se o Poncho tinha ligado pra ele e como
sei que ele não ligou... Alguma coisa aconteceu.
Ucker: É eu percebi que não vieram juntos e agora pouco se viram e se trataram de modo muito
estranho.
Dul: Estranho em que sentido? - perguntou interessada.
Ucker: Pra ter idéia... Não pareciam um casal de namorados e sim dois desconhecidos.
Mai: Será que terminaram?
Chris: Podia ser isso né? Mas acho que se fosse a gente saberia.
Dul: Mas se não terminaram, porque estão tão estranhos cade todo aquele mel? - preocupada.
Mai: Vai saber, mas por que ta tão interessada em saber se eles brigaram?
Ucker: É mesmo amor to estranhando.
Dul: Ah nada só pra saber.
Chris: Hum ta. - respondeu.
Um tempo depois Poncho estava brincando com alguns meninos quando Luz chegou dizendo:
- Oi a gente não se falou hoje ainda né? - sorrindente.
Poncho viu que Any olhava a cena de perto e pra provocar disse se levantando:
- É acho que não mesmo. - sorrindo e a abraçou.
Any cerrou os olhos com raiva tava na cara que aquilo era uma vingança, mas não ficaria ali pra
ver. Juntou todo seu orgulho e saiu decidida vendo que seus olhos marejaram ao ver Poncho
dando um beijo no rosto de Luz conversando com ela cheio de sorrisos. Bateu a porta da cozinha
o lugar mais próximo que achou pra se esconder e lá começou a chorar descarregando sua raiva
nos objetos que estavam em cima da pia e se esparramaram pelo chão espatifando-se alguns.
Dul: Any ta tudo bem?
Any: NÂO, NÃO TA TUDO BEM. - gritou com raiva chorando.
Dul: Vc ta assim por causa do Poncho né?
Any: É! - reclamou brava.
Dul: Óh não fica assim. - a abraçando ternamente.
Any: Por que ele tem que fazer isso comigo Dul. - chorando.
Dul: O que aconteceu porque brigaram dessa vez?
Any: Foi assim o Léo me deu uns convites pra gente ir pra festa de despedido hoje à noite.
Dul: Eu sei também recebi esses convites.
Any: Acontece que quando me deu esses convites Léo me abraçou porque acabei aceitando ir,
Poncho ficou furioso por isso, me insultou, disse que eu tava a fim de ficar com o Léo de novo.
Dul: Ele falou isso mesmo?
Any: Falou e agora por pura vingança porque sabia que eu tava vebndo abraçou e deu um beijo
na Luz, não é justo ele fazer isso comigo Dul.
Dul: Vc quer que eu converse com ele? - acariciando os cabelos dela.
Any: Não isso é assunto nosso, só a gente pode resolver. - parando de chorar a soltando.
Dul: Então fala com ele.
Any: Não Dul ele quem tem que pedir desculpas, ele me ofendeu.
Dul: Uhum e se ele tiver pensando o mesmo? E se ele quiser que VC vá pedir desculpas?
Any: Vai ter que esperar sentado porque não vou pedir desculpas muito menos depois dessa.
Dul: E vai quebrar a cozinha toda enquanto espera ele dar o braço a torcer?
Any: Não. - cruzando os braços emburrada.
Dul: Então vai VC fala com ele! - aconselhou.
Any: Não vou e para de insistir. - e saiu brava.
Dul: Além de ser teimosa é bagunceira agora sobra pra mim arrumar tudo.
Mariana: A gente te ajuda. - entrando com Caspian.
Dul: Vc ouviram a conversa?
Caspian: Aham.
Dul: O que a gente faz pra ajudá-los? A Any ta péssima, mas é orgulhosa e o Poncho não fica
atrás.
Mariana: Que tal darmos uns tapas neles?
Caspian: Eu tenho uma idéia, vcs me ajudam? - olhando as duas.
Elas sorriram afirmando com a cabeça.
Um tempo depois Any entrou no quarto dando de cara com Caspian e perguntou:
- Vc queria falar comigo?
Caspian: Uhum vi o jeito como vc ficou na cozinha e quero te propor um acordo.
Any: Que acordo?
Caspian: Olha faça de conta que eu sou o Poncho e diga tudo o que gostaria de falar pra ele.
Any: Por que isso?
Caspian: Anda vai logo e para de fazer perguntas. - impaciente.
Any: Ok... Poncho eu queria que soubesse que não tem nada entre eu e o Léo, que as ficadas que
rolou entre a gente não passou disso de ficadas com alguns beijos mais extravagantes, mas que
não significaram nada pra mim, nada pra nenhum dos dois... A única pessoa que eu amo é vc, Léo
é só um amigo, queria que vc entendesse isso e não ficasse com tanto ciúmes, não que eu não
goste eu gosto é como vc me disse, gosto dos seus ciúmes porque me faz bem ver que vc me ama
tanto quanto eu te amo, mas odeio quando por causa dele brigamos e ficamos distanciados desse
jeito, mesmo eu não admitindo vc e todo mundo sabe que no fundo me faz falta, muita falta. -
chorando.
Foi então que sentiu uma mão tocar seu ombro dizendo:
- Não precisa mais chorar meu amor vc também me faz muita falta.
Any: Poncho?! - se virando pra frente assustada.
Foi então que a ficha de Any caiu e percebeu que Caspian escutara tudo, mas invisivel e que
desaparecera no momento em que Poncho tocou nela. Ainda assustada perguntou:
- O que ta fazendo aqui? - enxugando o rosto.
Poncho: Dul e Mariana me pediram pra vir pra cá e quando entrei vc começou a falar, como sabia
que eu estava ouvindo tudo? - curioso.
Any: Não sabia, quer dizer eu acho que não sabia. - balançando a cabeça confusa.
Poncho: Vc me desculpa pelas coisas horriveis que eu te falei? Eu também to sentindo muito a
sua falta bebê. - segurando o rosto dela entre as mãos.
Any: Por que vc fez aquilo com a Luz? - triste.
Poncho: Eu sei que foi besteira, uma besteira enorme, me arrependi assim que te vi saindo.
Any: Vc pagou com a mesma moeda. - abaixando a cabeça.
Poncho: Não por que eu percebi que a intenção do meu abraço na Luz e do seu no Léo eram
totalmente diferentes, vc o abraço como amiga e eu abraçei a Luz pra te provocar, usei ela pra
isso.
Any: Não devia ter feito aquilo. - com os olhos marejados e a voz embargada.
Poncho: Eu sei, mas me desculpa, não sabe como eu quis te ligar ontem pra pedir desculpas, mas
meu... Orgulho idiota não deixou.
Any: E eu também quis te ligar, mas meu orgulho não deixou, mas quase tive um enfarte de tanta
ansiedade esperando sua ligação. - sorrindo entre lágrimas.
Poncho: Me perdoa te juro que nunca mais brigaremos assim de novo ta? - enxugando seu rosto.
Any: Vc jura? Outro briga como essa eu não agüento, quase quebrei a cozinha agora pouco.
Poncho: Então vc provocou aquele barulho? - rindo.
Any: Uhum, culpa sua. - o olhando manhosa.
Poncho: Me desculpa meu amor? Te amo muito, não quero ficar separado de vc. - falou com
ternura.
Any: Eu também não Poncho, nunca mais.
Poncho: Então te juro que nunca mais a gente vai brigar ok?
Any: Ok, eu vou tentar conter meus ciúmes com a Luz e vc com o Léo ta?
Poncho: Ta bom e pra começar a gente vai pra essa festa hoje a noite ta bom?
Any: Ta. - sorrindo limpando o rosto.
Poncho: Será que agora que a gente se entendeu eu não mereço um beijo?
Any: Um beijo não, muito beijos meu amor. - sorrindo entrelaçando os braços em torno do
pescoço dele. - Te amo gatinho.
Poncho: Também te amo princesa.
E sem mais demora ambos se uniram num beijo calmo, mas muito apaixonando. Foi então que
sacaram o quanto sentiram falta um do outro e desejaram naquele beijo nunca mais se
separarem. Ao se soltarem Poncho acariciou o rosto de Any dizendo:
- Quase fiquei maluco sem esses beijos sabia? - e lhe deu um selinho demorado.
Any: Eu também bebê. - sorrindo acariciando o rosto dele.
Poncho: Nunca mais eu largo vc, da próxima pode me bater, dizer que me odeia, me expulsar que
eu não vou pra lugar nenhum. - a abraçando.
Any: Não vou mais fazer isso eu juro. - sorrindo e o beijou.
Lá fora Mariana e Dul estavam sentadas no degrau do pátio sorrindo vendo Sara, Lívia e mais
algumas crianças brincarem, Caspian então sentou ao lado delas dizendo:
- Prontinho saiu tudo perfeito.
Dul: Então quer dizer que eles se entenderam? - sorrindo.
Caspian: Uhum.
Mariana: Como conseguiu? - curiosa.
Caspian: Bom eu falei pra Any fazer de conta que eu era o Poncho e falar tudo o que gostaria que
ele ouvisse, quando ela começou a falar ele entrou e ouviu tudo.
Dul: Ah vc é um gênio Caspian.
Caspian: Imagina, vcs também ajudaram levando ele pro quarto na hora certa.
Mariana: Mas que bom que finalmente eles se entenderam né?
Dul: Uhum fiquei com pena de ver a Any brava e desesperada daquele jeito.
Caspían: É pra vcs verem o que o orgulho não faz.
Mariana: Gente vcs vão na festa de hoje à noite?
Dul: Ah eu to a fim de ir, mas tenho que ver se o Ucker topa ir também.
Mariana: Ah acho que topa sim afinal a escola inteira foi chamada. - sorrindo. - Vc vai Caspian?
Caspian: Não sei eu não sou da escola.
Mariana: Mas recebeu um convite... Vamos sim vai, por favor.
Caspian: Ah se vcs Any e Poncho foram eu vou.
Mariana: Oba. - sorrindo e o abraçou de lado.
Dul sorriu notando o clima e disse se levantando:
- Vou atrás do meu namorado ver se ele quer ir pra festa, depois a gente se fala.
Caspian: Tchau! - sorrindo.
Mais tarde o pessoal se despediu das crianças e combinaram de se encontrar no salão perto da
escola onde seria a festa, Caspian não queria ir, mas a pedido de Mariana, Any o convenceu.
Quando deu 9 horas da noite a festa foi dada início prometendo ir até altas horas.
Any: Ai Caspian não fica com essa cara. - parada de pé em frente a mesa onde ele estava.
Caspian: Eu não devia ter vindo melhor desaparecer.
Any: Nada disso e como vai fazer pra sumir tem gente por toda a parte aqui.
Caspian: Não sei posso me enfiar debaixo da mesa, por exemplo. - sarcástico.
Any: Ah ta, vc sabe que isso não vai dar certo... Anda vamos dançar! - o puxando.
Caspian: Eu não sei dançar isso (apontou a pista) vai vc com seu namorado.
Any: Hei, mas sabe uma coisa que eu to estranhando... A Mariana não ta aqui.
Caspian: Sorte a dela. - respondeu entediado.
Any: Ai não seja tão pessimista assim. - fazendo uma careta.
Foi então que uma mão segurando uma cerveja envolveu sua cintura e outra mão estendendo
uma cerveja pra ela perguntou:
- Não ta a fim de dançar meu amor? - beijando o pescoço e ombros dela.
Any: Uhum! - sorrindo e sorveu um gole da cerveja. - Vc não vem mesmo Caspian? - o encarando.
Poncho: Vamos lá a pista ta bombando cheio de gatinhas (Any o encarou séria) pra vc Caspian. -
completou dando um beijo no rosto de Any.
Caspian: Vão vcs prefiro ficar por aqui.
Any: Ok da um tempo que a Mah já chega ai vcs conversam. - sorrindo e saiu sendo puxada.
Minutos depois uma música romântica começou a tocar e os casais foram se formando e se
abraçando dançando juntinhos, era difícil achar um conhecido no meio daquele formigueiro
humano que havia se tornado a pista de dança.
Dul: Ta tão bom aqui com vc amor. - sorrindo.
Ucker: Também to adorando ficar abraçado com a garota mais linda da festa.
Dul: Para vai me deixar sem graça.
Ucker: Vc fica mais linda assim sem graça. - sorrindo e a beijou.
Ao se separarem Dul o abraçou perguntando:
- Cadê a Mah hein? Ela não disse que ia vir com a gente?
Ucker: Eu liguei pra saber se ela queria que a gente a buscasse, mas ela não quis.
Dul: Não por quê?
Ucker: Disse que tinha umas coisas pra fazer antes de vir pra cá.
Dul: Nossa que estranho? Ela sabe chegar aqui sozinha?
Ucker: Sabe ela já veio pra cá e eu expliquei o caminho pra ela.
Dul: Outros que sumiram foi Mai e Chris.
Ucker: Ah estão sentados numa mesa.
Dul então arregalou os olhos vendo a pessoa que estava chegando e não foi a única. Mariana
chamou tanta atenção com seu visual novo totalmente transformada que a luz que iluminava a
pista a iluminou enquanto ela descia a escada sorridente. (Foto:
http://media.eresmas.com/biblioteca/img/biblioteca/fondo651.jpg) Any viu a amiga antes de
Poncho e disse de boca aberta:
- Poncho eu to alucinando ou aquela é a Mah?
Poncho se virou e tão surpreso quanto ela respondeu:
- Não meu amor é ela mesmo, mas… O que aconteceu? - surpreso.
Any: Não tenho idéia, mas to surpresa! - sorrindo.
Assim que terminou de descer as escadas Mariana sorriu envergonhada pra Mai e Chris que
vieram na direção dela surpresos. Mai a olhou de cima abaixo e perguntou sorrindo:
- Que transformação é essa menina?
Mariana: Quis mudar um pouco só isso. - sorrindo.
Chris: Nossa, mas que mudança vc ta deslumbrande com todo respeito.
Mariana sorriu envergonhada e abaixou a cabeça, Mai então perguntou:
- Isso tem haver com alguém? - olhando onde Caspian estava sentado.
Mariana: Mais ou menos. - sorrindo. - Eu queria mudar por mim também.
Chris: Ah garota então manda brasa, juro que se não tivesse namorando vc não me escapava.
Mariana e Mai acabaram caindo no riso. Em seguida Mariana foi até a mesa de Caspian e disse:
- Boa noite! - sorrindo.
Caspian: Boa noite. - sorrindo de volta.
Mariana vendo que sua mudança não havia surtido efeito com ele disse mexendo nos cabelos:
- E ai ta gostando da festa?
Caspian: Ah to me sentindo um marciano aqui, mas tudo bem.
Mariana se frustrou novamente e perguntou:
- Vc gostou da minha roupa?
Caspian: Ah vc ta bonita sim. - sorrindo e olhando a pista.
Mariana se colocou na frente dele e perguntou séria:
- Caspian por acaso vc é gay?
Caspian: O que? Gay? - estranhando.
Mariana: Sim que não gosta de mulher, que gosta de homem.
Caspian: Não eu não sou isso. - negou com veemência.
Mariana: Então sou eu o problema? - chateada.
Caspian: Não Mariana eu é que não quero me relacionar.
Mariana: Por que não? Vc passou por uma experiência ruim.
Caspian: Mais ou menos, mas não é com vc... Vc é bonita, vai encontrar o cara certo.
Mariana: Ah claro todo mundo fala isso a verdade é que eu tenho que parar de ser idiota e gostar
dos caras errados. - com os olhos marejados.
Caspian: Não fica assim Mah, eu achei bonito o que vc fez pela Any e pelo Poncho.
Mariana: Mas do que adiantou eles estão felizes e eu aqui sozinha, me arrumei toda pra tentar
chamar a sua atenção e olha o que consegui... Um fora!
Caspian: Olha a noite ainda não terminou tenho certeza que alguém vai valorizar tudo isso.
Mariana: Ta legal eu não preciso ser consolada, muito obrigada. - e saiu.
Caspian: Aonde vc vai? - vendo ela se afastar.
Mariana: Sumir queria ficar invisível. - e sumiu no meio do pessoal.
Any chegou nessa hora e batendo em Caspian disse:
- Vc é um anjo muito insensível mesmo. - brava.
Caspian: Vc sabe porque eu não quis nada com ela.
Any: Caspian o que custa fazer a Mah feliz?
Caspian: O que custa vamos ver... Primeiro eu sou um ajnjo não sinto o amor que vc humanos
sentem pra me relacionar com ela, segundo que isso viola todas as regras lá em cima, terceiro
como posso namorar ela até o Natal e depois deixá-la aqui e quarto o destino dela não é comigo.
Any: Caspian vc esqueceu que eu também posso ter que ir embora, mas mesmo assim estou
tendo um relacionamento?
Caspian: O seu caso é totalmente diferente vc é humana e pode se relacionar com humanos e eu
sou um anjo que não pode fazer isso e também vc tem a chance de ficar aqui se conseguir o
perdão de três pessoas já eu vou ter que ir com ou sem missão comprida entende isso. - sério.
Any: Ok já entendi, mas não achei justo o que fez com ela... Ela gosta de vc.
Caspian: Vai me esquecer essa noite mesmo.
Any: Eu não acredito. - cruzando os braços.
Caspian: Quer apostar? - desafiando.
Any: Não aposto com anjos, mas se ta dizendo que ela vai te esquecer me diga como. - decidida.
Caspian: Vc vai saber logo. - respondeu calmamente.
Ali perto Mah sentou numa mesa enxugando o rosto e pediu:
- Me vê o que vc tiver de mais forte ai, por favor.
Xx: Tem que apresentar a identidade mocinha.
Mariana mostrou e o cara serviu uma batida de wisk com tequila pra ela que virou de uma vez, foi
então que um garoto se aproximou e perguntou:
- Noite ruim?
Mariana: Péssima acabei de levar um fora.
- Que mal, espero que não aconteça o mesmo comigo. - sorrindo.
Mariana: Acho que não vc parece ser legal e... Léo? - o reconhecendo surpresa quando o olhou.
Léo: Vc me conhece? - a encarando. - Espera ai vc é a amiga da Any... Mariana é isso?!
Mariana: Sim! - sorrindo. - Poxa não esperava te encontrar aqui, tem tanta gente nessa festa.
Léo: Pois é eu te vi e resolvi vim falar com vc, esta muito linda nessa roupa Mah.
Mariana: Obrigada. - abaixando a cabeça sem graça.
Léo: Sabe vc ta tão bonita que eu to com vontade de fazer uma coisa. - se aproximando.
Mariana: Fazer o que? - assustada com a aproximação dele.
Léo: Isso! - respondeu a puxando lhe dando um beijo.
Mariana foi pega de surpresa com aquele beijo não esperava aquilo de ninguém muito menos de
Léo que pensava ser a fim de Any, talvez ele ainda fosse a fim da amiga e a estivesse usando. Foi
então que o empurrou e perguntou:
- Por que vc fez isso? Achei que fosse a fim da Any?
Léo: Eu sou, quer dizer mais ou menos. - confuso. - Mas o que posso fazer se ela não quer nada
comigo? Se só quer saber do Alfonso.
Mariana: E por isso vc acha que tem o direito de sair beijando qualquer um por ai?
Léo: Não Mah vc entendeu errado eu...
Mariana: Essa festa só pode ser um pesadelo, o cara que eu gosto ou gostava não sei me da um
fora e o garoto que gosta da minha amiga me beija, é pra enlouquecer. - e saiu apressada.
Léo: Mariana espera. - tentando ir atrás, mas já a perdera de vista.
Um tempo depois Poncho puxou Any pra um lugar mais afastado e antes que ela tivesse tempo
de fazer alguma coisa Poncho a agarrou lhe dando um beijo ardente explorando com sua língua
toda a boca de Any que correspondeu envolvendo os braços em torno do pescoço dele
acariciando seus cabelos, como era bom estar assim assim com ele de novo, pensava ela feliz e
sem resistir levou as mãos pra dentro da blusa dele acariciando suas costas no momento em que
ele começou a beijar e dar alguns chupões pelo pescoço dela brincando com sua orelha fazendo
ela rir se arrepiando.
Poncho: Eu já to me segurando pra não fazer amor com vc aqui e vc faz isso? - ofegante.
Any: É melhor a gente parar antes que façamos uma loucura.
Poncho: Se bem que... Eu ia adorar se a gente fizesse uma loucura aqui. - sorrindo malicioso.
Se aproximou dela que fechou os olhos sorrindo ofegante e contornou os lábios dela com sua
língua dando um beijo ardente e apaixonado em seguida. Quando se separaram Any disse:
- Vem vamos dançar um pouco.
Poncho: Gatinha não quero dançar. - respondeu impaciente. - Quero fazer outra coisa. - sussurou.
Any caiu no riso e respondeu:
- Vamos ficar mais um pouquinho aqui na festa e depois a gente vai... - se aproximou. - Pra onde
vc quiser fazer o que vc quiser ok? - sussurrou e mordiscou a orelha dele.
Poncho: Ok, mas vou te dar muito trabalho vou só avisando.
Any: Um trabalho que eu vou adorar realizar. - sorrindo e lhe deu um beijo apaixonado.
Poncho: Vamos dançar antes que eu mude de idéia. - a abraçando por trás.
Any: Ok. - sorrindo e saíram voltando pra multidão.
Próximo dali Mai encontrou Mariana e perguntou:
- O que vc tem por que ta tristinha desse jeito?
Mariana: Essa festa ta um saco, queria ir embora.
Mai: Mas por que? Ainda é 11 horas Mah.
Mariana: Eu sei, mas ta uma droga pra mim.
Mai: Já vi que o modelito não funcionou com o Caspian.
Mariana: E bota como não funcionou.
Mai: O que aconteceu?
Mariana: Quer saber tudo? - a encarando.
Mai: Uhum! - sorrindo pra ela.
Mariana: Bom primeiro o Caspian nem percebeu tudo o que fiz, segundo perguntei se ele era
gay...
Mai: Não vc não perguntou isso.
Mariana: Perguntei e ele respondeu que não era, mas que a gente não podia ficar junto que o
problema era ele que não queria se relacionar.
Mai: Nossa que chato.
Mariana: E pra fechar com chave de ouro eu fui pro bar depois que falei com o Caspian e
encontrei o Léo aquele amigo da Any que parece ser a fim dela.
Mai: Hum sei quem é.
Mariana: Então primeiro eu não reconheci ele, mas depois ele me beijou.
Mai: Como te beijou? Ele não é a fim da Any?
Mariana: Eu também pensei que fosse, mas depois dessa...
Mai: Caramba e o que vc fez?
Mariana: Eu sai de perto, ele disse assim: De que adianta ser a fim da Any se ela só quer saber do
Poncho? Ai fiquei brava e acusei ele de ter me usado e sai de perto.
Mai: É vc fez bem.
Mariana: Ai eu acho que já que vou embora Mai.
Mai: Ah fica.
Chris: Oh amor vc ta ai, tava te procurando. - chegou e deu um beijo nela.
Mai: Amor me ajuda a convencer a Mah a ficar aqui? Ela quer ir embora.
Chris: Por quê?
Mariana: Ah não to a fim de ficar aqui não.
Chris: Fica Mai.
Mai: É fica aqui.
Mariana: Ta bom, mas só mais um pouquinho.
Mai: Vem vamos dançar lá na pista. - e a puxou mesmo com Mah protestando.
Um tempo depois Dul estava andando de mãos dadas com Ucker quando viu Caspian e
perguntou:
- O que ta fazendo ai sozinho?
Caspian: Ah nada não.
Ucker: Vai pra pista cara.
Caspian: Não obrigado eu vou ficar por aqui.
Dul: Tem certeza?
Caspian: Tenho.
Ucker: Bom a gente ta na pista qualquer coisa chama beleza?
Caspian: Pode deixar, valeu.
Dul: Tchau até depois. - sorrindo e foi pra psita sumindo de vista.
Caspian suspirou e ficou olhando a turma dançando.
Uma hora depois Any estava andando quando trombou com alguém dizendo:
- Desculpa!
- Any! Vc veio que bom! - sorrindo.
Any: Oi Léo eu não disse que vinha?
Léo: Que bom, vi sua amiga Mariana, por falar nisso vc viu ela?
Any: Não só na hora que chegou, nem falei com ela ainda.
Léo: Poncho também veio?
Any: Uhum, foi buscar mais bebidas. - sorrindo e olhou pra trás.
Léo: Ah ta, olha se vc ver a Mah diz pra ela que peço desculpas ok?
Any: Por quê?
Léo: Ela vai entender... Bom eu vou nessa, tem uns amigos me esperando a gente se vê.
Any: Ok, mas se não nos virmos mais... Boa noite! - sorrindo.
Léo: Boa noite pra vc também. - respondeu e rapidamente sumiu de vista.
Any então sentiu braços envolverem a cintura dela e alguém sussurrou a fazendo arrepiar:
- Vamos embora gatinha?
Any: Já quer ir bebê? - se virando pra ele manhosa.
Poncho: Já! A única coisa que me interessa ta bem na minha frente, só que aqui não da pra
aproveitar como eu quero. - manhoso e a abraçou beijando seu pescoço.
Any: Hum que gatinho mais carente. - acariciando seus cabelos sorrindo.
Poncho: Vamos embora e acabar com essa carência então?
Any: Vamos. - sorrindo acariciando o rosto dele.
Quando chegaram na casa de Poncho o mesmo abraçou Any pela cintura e lhe beijou com volupia
estava totalmente fora de si devido as bebidas que havia tomado na festa. Any percebendo
perguntou:
- Não é melhor a gente subir gatinho?
Poncho: A casa ta vazia, não tem problema. - disse beijando seu pescoço.
Any: Hum... Isso é bom. - acariciando os cabelos dele.
Poncho então começou a desabotoar a própria calça e Any se arrepiou vendo o volume de algo
que pulsava embaixo daquela roupa. Foi então que percebendo que na sala não ia dar certo e
entrando no clima de Alfonso o puxou até a cozinha, jogando a própria blusa pelo chão quando
chegou. Ele que já estava sem sapatos e sem calça tirou a blusa e se pos a retirar o sutiã de Any
enquanto desabotoava sua calça livre também dos sapatos. Poncho soltou o sutiã de Any e a
puxando a deitou na mesa abocanhando seus lábios num beijo exigente e apaixonado. Quando se
separaram ela disse ofegante, mas sorrindo:
- O que aconteceu com vc.
Poncho: Não sei, mas... To gostando do que ta passando pela minha cabeça.
Any: O que?
Poncho olhou na direção de uma vasilha com chocolate e depois de pega-la começou a derramar
o conteúdo pelos seios desnudos de Any, ela se arrepiou sabendo o que ele ia fazer, mas sorriu
incentivando-o. Ele então abocanhou seus seios sugando todo o chocolate a fazendo gemer de
prazer, mas não contente pegou novamente a colher e depois de tirar a calcinha jogou o
chocolate pela barriga dela fazendo uma trilha até sua intimidade. Ao tirar com a língua
ele assoprava a arrepiando fazendo com que se segurasse mais na mesa mordendo o lábio
inferior para não gritar. Quando terminou Poncho penetrou dois dedos na intimidade de Any
fazendo-a gemer e cravar as unhas nas suas costas. Quando chegou ao ápice empurrou Poncho e
derrubando-o no chão disse:
- Agora ta minha vez, também to a fim de experimentar esse chocolate.
Poncho sorriu maliciosamente e chamou Any com o dedo, ela sorriu e derramou um pouco por
todo o abdomem dele limpando tudo com beijos e passadas de língua, ele sorria dando a
entender que estava gostando e o quanto estava excitado. Em seguida ela derramou um pouco
pela intimidade dele tirando o chocolate com beijos e algumas lambidas.
Poncho: Any isso é golpe baixo.
Any: Achei que tava gostando. - fazendo biquinho.
Poncho: É claro que eu to, mas vem cá me da um beijo.
Any sorriu e foi até ele e o beijou carinhosamente, Poncho aproveitou e se virou ficando por cima.
Sem mais demoras a penetrou com vontade arrancando gemidos de ambos. Rapidamente
alçaram o clímax e pararam exaustos e Poncho deitando a cabeça no colo de Any disse:
- Vc é perfeita meu anjo.
Any: Vc também e ta começando a me superar. - sorrindo acariciando os cabelos dele.
Poncho: Não da pra dormir assim né?
Any: É. – sorrindo.
Poncho: Então o que acha da gente fazer tipo um segundo tempo e terminar isso lá no banheiro?
Any: Olha que não é má idéia a gente nunca tomou banho juntos antes.
Poncho: Vamos? - vestindo sua cueca e sua calça já de pé.
Any: Vamos. - se levantando sorrindo colocando sua calçinha.
Poncho entregou a blusa dele pra ela e Any vestiu. Ela o abraçou por trás segurando o resto de
sua roupa e se encaminharam pro banheiro. No caminho ela sussurrou:
- Já disse que te amo?
Poncho: Ainda não.
Any: Te amo bebê. - beijando seu ombro.
Poncho: Também te amo meu amor. - sorrindo a encarando.
Chegaram no banheiro e tomaram banho juntos se entregando um ao outro novamente com
muita paixão e cumplicidade.
No outro dia Any estava dormindo quando começou a se mexer na cama inquieta levantou-se
depressa assustando Poncho que se sentando ao lado dela perguntou:
- Meu amor o que foi?
Any: Nada foi só... Um pesadelo.
Poncho acariciou os cabelos dela e lhe deu um beijo. Em seguida olhou no relógio e disse:
- Já são 8 horas vamos nos arrumar pra ir ao orfanato?
Any afirmou com a cabeça sorrindo e se levantou começando a se trocar.
Quando chegaram ao orfanato acompanhados de Lívia, Any cumprimentou todos e Luz disse:
- Nossa vcs demoraram cheguei a pensar que não viriam hoje.
Poncho: A gente se atrasou, mas foi só um pouquinho né bebê.
Any: Uhum! - sorrindo pra ele.
Foi então que ela viu Mariana e correu até a garota perguntando:
- Como foi ontem? Vc tava linda Mah.
Mariana: Não fui tão bem assim Any, vc não ficou sabendo?
Any: Ah eu vi o fora que o Caspian te deu eu falei com ele, amiga não liga ele é um idiota.
Mariana: Tudo bem, não tem problema Any.
Any: Mas não fica tristinha assim.
Mariana: Mas eu preciso te contar uma coisa que aconteceu depois que falei com o Caspian.
Any: O que foi? - curiosa.
Mariana: Eu fui pro bar depois que falei com o Caspian e sabe quem encontrei lá?
Any: Não? Quem?!
Mariana: O Léo.
Any: O Léo? Mas o que tem de mal nisso ele tava mesmo lá.
Mariana: Acontece que vc não imagina o que ele fez.
Any: Ai me conta.
Mariana: Ele me beijou.
Any: Que? Como assim te beijou? Ele não vive dizendo que é a fim de mim? Ele é um galinha
mesmo.
Mariana: Any ta com ciúmes? - estranhando.
Any: Não! Lógico que não, só estranhei.

[...] Léo: Poncho também veio?


Any: Uhum, foi buscar mais bebidas. - sorrindo e olhou pra trás.
Léo: Ah ta, olha se vc ver a Mah diz pra ela que peço desculpas ok?
Any: Por quê?
Léo: Ela vai entender... Bom eu vou nessa, tem uns amigos me esperando a gente se vê.
Any: Ok, mas se não nos virmos mais... Boa noite! - sorrindo.[...]

Any: Ah agora eu entendi. - estralando os dedos.


Mariana: Entendeu o que?
Any: Ontem quando vi o Léo ele me disse pra te pedir desculpas, falou que vc entenderia, agora
caiu minha ficha ele tava falando do beijo.
Mariana: Então ele pediu desculpas.
Any: Uhum! - sorrindo. - Ele deve ter bebido um pouquinho demais e ficado meio alterado.
Mariana: Ele não parecia bêbado quando me beijou e sim muito lucido até.
Any: Ah vc sabe como são os homens né? Não esquenta não.
Mariana: Tudo bem já passou.
Any: Mas vc tava linda com aquela roupa não deve ter sido só a atenção do Leó que chamou né?
Mariana sorriu envergonhada e ficando séria disse:
- É, mas a atenção de quem queria eu não chamei.
Any: Ah não grila com isso e se quer um conselho esquece o Caspian não das pra vcs ficarem
juntos, até queria que ficassem Mah, mas ele já disse que não rola.
Mariana: É eu percebi, mas tudo bem to acostumada a gostar do cara errado pelo menos dessa
vez eu não beijei ninguém de surpresa.
Any: Não entendi.
Mariana: Quando eu tava a fim do Poncho eu beijei ele lembra? E ai ele me deu o fora dizendo
que te amava, pelo menos o Caspian eu não beijei.
Any: Ah ta entendi, mas não fica com essa cara ok? - sorrindo pra ela.
Mariana: Ta bom. - sorrindo.
Nisso Poncho chegou e disse cumprimentando Mah:
- E ai mocinha tudo bem?
Mah: Ah na medida do possível sim. - sorrindo de volta.
Poncho abraçou Any por trás e ficaram conversando os três até Lívia, Sara e os outras crianças o
tirarem pra brincar.
Um tempo depois Dul e Ucker estavam brincando com as crianças quando ela perguntou:
- Amor quantos filhos vc quer ter?
Ucker: Não sei quantos vc quer ter.
Dul: Ah eu te perguntei primeiro, me fala.
Ucker: Ah não sei cinco?
Dul: Cinco? - rindo abobada. - Como eu vou ficar depois de cinco filhos?
Ucker: Como vc é agora, linda! - sorrindo malicioso.
Dul: Não, mas vamos diminuir esse número.
Ucker: Quantos vc quer ter um só?
Dul: Não!... Quero ter, deixa eu ver... Quatro!
Ucker: Quatro filhos então?
Dul: Sim, quatro, dois meninos e duas meninas.
Ucker: Hum entendi.
Nisso uma garotinha chegou em Ucker e perguntou:
- Tio fala pros meninos deixar eu jogar futebol com eles?
Ucker: Mas vc é uma menina linda, vai se machucar.
- Não vou tio, prometo, deixa eu jogar também vai, por favor.
Dul: Deixa amor.
Ucker: Esta bem mocinhas, vamos lá jogar futebol com o tio.
- Eba! - comemorou a menina feliz.
Ucker: Já volto amor. - dando um selinho nela.
Dul: Ok. - respondeu sorrindo.
Um tempo depois Any estava no quarto das meninas quando Caspian entrou dizendo:
- Senti que vc queria falar comigo.
Any: Isso é o bom é só eu pensar em falar com vc que vc senti.
Caspian: Isso é normal entre os anjos, mas o que aconteceu?
Any: Esses dias eu sonhei que chegava em casa e estavam todos lá, mas eles não me viam, foi
igual naquele futuro que vc e Guiadiny me mostraram.
Caspian: Mas vc reviu aquela cena ou ela estava diferente?
Any: Estava diferente.
Caspian: Diferente como?
Any: Parecia que... Eles vinham do meu enterro Caspian.
Caspian: Por que acha isso?
Any: Não sei, eles não estavam de luto, mas estavam sérios... Pareciam infelizes, não sei.
Caspian: Quando foi esse sonho?
Any: Quatro, cinco dias, não me lembro direito e ontem sonhei isso de novo.
Caspian: Vc sonhou que chegava em casa encontrava o pessoal, eles pareciam tristes e não viam
vc é isso? - sentando de frente pra ela concentrado.
Any: Isso, mas não entendi por que.
Caspian: Bom esse sonho parece ser fruto da sua preocupação Any.
Any: Eu imaginei que pudesse ser algum sinal... Sinal de que não vou conseguir.
Caspian: Já te falei que pensar assim não vai ajudar.
Any: Então vc acha que eu to sonhando isso por que estou preocupada?
Caspian: É o mais provável.
Any: Mas eu não quero mais sonhar essas coisas Caspian, me assustam.
Caspian: Então se controle, quando for dormir, durma mais relaxada sem pensar nisso.
Any: É vc ta certo.
Caspian: Mais alguma coisa?
Any: Não era só isso mesmo. - sorrindo.
Caspian: Bom eu vou pra lá, Mariana e as crianças estão me esperando.
Any: Esta bem... Ah ta tudo bem entre vcs dois depois de ontem?
Caspian: Esta sim! - sorrindo. - Somos amigos.
Any: Ok! - sorrindo.
Caspian sorriu de volta e saiu, passando pelo corredor encontrou com Poncho que perguntou:
- Viu a Any, Caspian?
Caspian: Ta lá no quarto.
Poncho: Valeu! - sorrindo e passou por ele.
Any estava distraída olhando pela janela as crianças brincando no parque quando Poncho entrou.
- Psiu!
Any acordou se assustando e olhou pra Poncho sorrindo, ele sorriu de volta e perguntou:
- Ta tudo bem? - a abraçando por trás dando um beijo na sua cabeça.
Any: Uhum! - acariciando os braços dele.
Poncho: Vamos lá fora então? Ou vai ficar aqui? - perguntou e deu um beijo no ombro dela.
Any: Já tava indo lá fora... Tava só pensando.
Poncho: Pensando em que?
Any: Na nossa viajem amanhã. - mentiu com um sorriso, pois pensava ainda no sonho. - Acho que
vai ser bem maneira né? - segurando as mãos dele com força.
Poncho: Uhum! - sorrindo e a soltou virando-a de frente pra ele. - Mas tava só pensando na
viajem ou em QUEM vai viajar com a gente.
Any: Nos dois, mas acho que vai dar tudo certo lá né? - sorrindo confiante.
Poncho: Uhum! - brincando com uma mecha do cabelo dela.
Any: Vem comigo lá fora? - acariciando o tórax dele.
Poncho: Lógico, vim aqui te buscar princesa. - a abraçando.
Any sorriu lhe dando um beijo. Poncho sorriu quando se separaram e se virou de costas
conduzindo as mãos dela até seu tórax, Any deu um beijo no seu ombro e saíram com ela o
abraçando por trás.
Horas mais tarde já na hora de ir embora Any se despedia de Sara e disse:
- Não fica triste linda.
Sara: Mas vc disse que não vai ta aqui quando eu for operada.
Any: Eu sei, mas a tia Juliana e até a Luz (fez uma careta) vão estar com vc.
Sara: Eu queria a tia comigo. - a abraçando manhosa.
Any: Olha eu prometo que levo um presente bem lindo quando for te visitar no hospital ok?
Sara: Vc promete?
Any: Juro... Eu e o tio, vamos levar pra vc ok?
Sara: Ta bom então.
Any: Não fica triste não ta? - acariciando o rostinho dela.
Sara: Ta bom, não vou ficar triste.
Any sorriu e deu um beijo na bochecha dela.
Sara a abraçou e tirou a chupeta lhe dando um beijo.
Any: E quero que me prometa que vai ficar bem ok? E que não vai ficar com medo do médico ta?
Sara: Ta bom.
Any: Agora eu tenho que ir, mas a gente se fala em breve ok?
Sara: Ta bom!
Any a abraçou mais uma vez e se levantou dando tchau pras outras crianças e foi na direção de
Poncho e Mariana que perguntou ao ver sua carinha triste:
- Se despediu dela?
Any: Uhum afinal quando ela por operada a gente não vai ta aqui.
Mariana: Mas vamos voltar uns três depois ela vai ta no hospital ainda.
Any: Ah mesmo assim né?
Poncho: Não fica triste meu anjo, ela entendeu.
Any: É... Bom agora vou me despedir da sua irmã porque também não vou vê-la por uns dias né?
Poncho: É, mas então vc não vai pra casa comigo hoje?
Any: Hoje vou ter que recusar, vou terminar de arrumar as minhas coisas.
Poncho: Ok então. - sorrindo.
Any: Bom, já volto! - sorrindo e saiu depois de dar um selinho nele.
Mariana: Espero que essa viajem seja divertida.
Poncho: Vai sim, vc vai gostar. - sorrindo.
Mariana: É acredito que sim. - sorrindo de volta.
Depois de se despedir de Lívia também que se mostrou animada, Any a pegou no colo e se
encontrou com Poncho apenas já que Mariana havia ido com Dul e Ucker e Chris já tinha levado
Mai.
Lívia: Tato vc vai deixar a Any em casa?
Poncho: Deixo, já que hoje ela não quer ir lá, mas ta desculpada. - sorrindo pra ela.
Lívia: Então vamos, quero ver se peguei tudo pra viajar com o papai e a mamãe.
Any e Poncho sorriram da empolgação da menina e saíram. Quando chegaram na casa de Any a
mesma deu um beijo em Lívia dizendo sorridente:
- Boa noite, querida e boa viajem!
Lívia: Obrigada Any!
Ela desceu do carro e o atravessou parando na janela do motorista dizendo:
- Boa noite meu amor.
Poncho: Boa noite princesa, vou ficar com saudades.
Any: Também vou... Muita, maws amanhã cedinho a gente se vê.
Poncho sorriu acariciando o rosto dela e lhe deu um beijo, Any foi andando de costas até chegar
no portão da casa, entrou e mandou um beijo pra Poncho que ljhe jogou outro do carro.
Carol: Achei que ia ficar na casa do Poncho hoje filha. - disse quando a viu entrar.
Any: Não mamãe, precisou terminar de arrumar minhas malas.
Carol: É verdade, amanhã vc viaja né?
Any: Uhum, estou ansiosa acho que nem vou conseguir dormir.
Carol: Consegue sim. - sorrindo do jeito dela. - E seu irmão esta te tratando melhor?
Any: Ah mamãe na mesma, mas vc saiu com eles esses dias?
Carol: Não até perguntei se ele queria que fosse junto comprar algumas coisas pro
acampamento, mas ele não quis, disse que fazia isso sozinho todo ano com seu pai.
Any: Mãe me desculpa, isso é culpa minha.
Carol: Mais minha do que sua querida, mas vai descansar, amanhã vc olevanta cedo.
Any: Vai ficar bem?
Carol: Vou sim, não se preocupe.
Any: Ok então. - sorrindo e subiu.
Carol se ajeitou no sofá voltando a assistir t.v. Quando fechou a porta do quarto Caspian disse:
- Ansiosa com a viajem?
Any: AI! Vc me assustou Caspian.
Caspian: Desculpe, mas e então ansiosa?
Any: Claro que sim, vou ficar só com meu gatinho por alguns dias, tem coisa melhor que isso?
Caspian: Tão sozinha não vai ahver outras pessoas além de seus amigos, Poncho e nós dois.
Any: Eu sei, mas mesmo assim tenho certeza que vou me divertir bastante lá.
Caspian: Também acho que sim, mas não tinha malas pra terminar de arrumar?
Any: Uhum, vou fazer isso agora antes que não dê mais tempo.
Ela terminou de arrumar as malas tirando algumas coisas e colocando outras sendo ajudada por
Caspian, em seguida deitou na cama exausta, mas ansiosa pelo dia seguinte.
Na manhã seguinte estava frio quando Any se levantou às 06 em ponto e se vestiu tratando de se
agasalhar muito bem. Em minutos desceu encontrando com os pais e o irmão na mesa.
- Já estão de pé? - perguntou estranhando.
Julio César: Vc esta saindo de férias, mas eu e sua mãe vamos trabalhar.
Any: É verdade. - sorrindo e deu um beijo no pai e um na mãe em seguida.
Julio César encarou Carol que sorriu dando de ombros contente. Chris apenas observava a cena
tomando seu café de cara fechada. Any sentou ao lado dele sorrindo e perguntou:
- Ansioso pra chegar ao acampamento?
Chris: Não é a primeira vez que eu vou pra lá como vc. - respondeu seco.
Any abaixou a cabeça e Carol perguntou quebrando o clima:
- Vão só vcs ou vai ter outras pessoas como das outras vezes?
Any: Outras pessoas né Chris? - o olhando.
Chris: Uhum vai ter alguns guias pra fazermos as trilhas e outras pessoas.
Julio César: Quantas mais?
Chris: Contando com a gente... 25, 30 pessoas talvez!
Any: Nossa, da pra conhecer bastante gente né? - animada.
Chris: É bastante, mas a gente se separa em grupos. - frio.
Any: Mas a gente pode ficar com quem quiser né? Por que não quero me separar do Poncho.
Chris: Por que não para de falar e come, ou vamos nos atrasar por sua culpa. - se levantando.
Any abaixou a cabeça chateada e segurando o choro começou a comer. Carol esticou a mão e
pegando na mão dela disse sorrindo:
- Não fica assim ta?
Any sorriu triste pra mãe no momento em que a campainha tocou, Chris abriu a porta e Caspian
entrou dizendo:
- Bom dia Chris.
Chris: Oi Caspian entra ai a gente tava te esperando.
Caspian entrou e Any saiu da mesa indo na direção de Caspian lhe abraçou dizendo:
- Que bom que veio.
Carol: Olá Caspian, tudo bem? - chegando a sala.
Caspian: Tudo senhora.
Carol: Não me chame de senhora. - sorrindo simpática.
Julio César: Acho que ainda não nos conhecemos né?
Caspia: É acho que não. - sorrindo e apertou a mão de Julio Césa.
Chris: Olha a gente tem que ir, vc já comeu Anahí?
Any: Uhum!
Chris: Então vamos nessa.
Despediram-se dos pais e foram no carro de Chris buscar Mai e depois se encontrariam próximo a
saída da cidade de onde iriam para o acampamento. Em 10 minutos chegaram a saída da cidade e
encontraram com Ucker, Dul, Mariana e Poncho que estava no volante do carro do pai que tinha
um banco bem grande na frente e outro atrás dando pra ir cerca de 3 pessoas na frente e atrás.
Any os cumprimentou e deu um beijo em Poncho enquanto Chris e Mai conversavam com Ucker e
Dul.
Mariana: Nunca acampei antes será que vai ser bom?
Any se lembrou de uma perguntou que fez ao irmão e ele não respondeu, então tornou a
perguntar:
- Bebê Chris me disse que formam grupos no acamapmanto né?
Poncho: Uhum, pra irmos em trilhas por exemplo.
Any: Mas a gente pode escolher com quem quer ficar né?
Poncho: Por quê? Vai ligar se a gente for pra grupos diferentes? - a olhando atento.
Any se afastou um pouco pra olha-lo melhor e perguntou cruzando os braços:
- Vc não vai ligar?
Poncho: Ah vai ser bom pra gente conhecer mais pessoas meu anjo.
Any: Mais pessoas? Sei! - séria. - Vc quer é ficar perto das meninas de lá né? - batendo nele.
Poncho: To brincando meu amor. - a abraçando impedindo que ela continuasse a bater nele. - Eu
quero ficar com vc lá, o tempo inteiro.
Any: Sério? - fazendo bico.
Poncho: Uhum, ou vc acha que eu vou deixar a menina mais linda do acampamento dando sopa?
Any riu e respondeu o abraçando:
- Não porque eu também não deixaria vc sozinho lá nem que quisesse também. - respondeu
sorrindo dando um beijo no queixo dele que em troca lhe deu um beijo nos lábios.
Mariana e Caspian sorriram vendo a cena e Ucker apareceu perguntando:
- Poncho!
Poncho: Que? - se separando de Any.
Ucker: Se importa de levar Anahí, Mah e Caspian enquanto nós quatro vamos no carro do Chris?
Poncho: Não tudo bem, beleza!
Dul: Então vcs seguem a gente que o Chris aqui sabe melhor o caminho.
Poncho: Ok!
Cada quatro entrou num carro e Any perguntou:
- Deixa eu dirigir?
Poncho: Tem certeza?
Any: Uhum, quanto tempo vai levar pra chegar lá?
Poncho: Duas horas por ai.
Any: Então eu dirijo uma hora e vc uma hora, porque a Mah disse que não dirige nem o Caspian.
Poncho: Deixa que eu dirijo até lá. - mexendo no cabelo dela.
Any: Ah não! Também quero dirigir, ai dirijo agora e vc depois ta?
Poncho: Ta bom. - sorrindo.
Any sorriu lhe dando um beijo e entraram no carro se sentando na frente enquanto Mariana e
Caspian sentaram no banco de trás, os quatro conversando animadamente.
Any: Olha se quiser podem dormir ok? - enquanto prestava atenção na estrada.
Caspian: Eu to sem sono.
Mariana: Eu to com um pouquinho.
Any: Então dorme que temos duas horas até chegar lá.
Poncho: Gatinha vai ligar se eu dormir?
Any: Não, mas se isso é uma estratégia pra me fazer dirigir até chegarmos saiba que vou te
acordar em uma hora. - respondeu o olhando rapidamente sorrindo.
Poncho: É isso mesmo que quero que vc faça. - sorrindo e deu um beijo na bochecha dela que
sorriu.
Any mandou um beijo pra ele e os quatro ficaram conversando até Poncho cair no sono um tempo
depois arrancando um sorriso terno de Any.
Uma hora depois Any parou o carro em frente ao posto pra abastecer e comerem alguma coisa, já
era 7:30 da manhã e o sol intenso já dava sinais de quanto calor faria. Any tirou a blusa e olhou
pra trás dizendo a Caspian e Mariana:
- A gente chegou.
Mariana: Ainda bem ta doendo as minhas pernas ficar aqui já e to com sono também.
Any moveu o pescoço pra direita e pra esquerda e se olhou no espelho conferindo cabelo e
maquiagem enquanto Mariana e Caspian desciam e se juntavam aos outros. Sorriu vendo Poncho
com a cabeça escostada no vidro ainda dormindo tranqüilo e disse acariciando os cabelos dele:
- Bebê... Acorda! - dando beijos no rosto dele.
Poncho se mexeu despertando e perguntou:
- A gente chegou no acampamento?
Any: Não a gente só parou pra abastecer e se esticar. - acariciando o rosto dele.
Poncho: Isso quer dizer que eu sou o próximo a dirigir?
Any: Uhum! - sorrindo sapeca.
Poncho: Ok. - se espreguiçando e desceu de um lado e Any de outro.
Rapidamente todos abasteceram comeram alguma coisa, esticaram as pernas e voltaram pra
estrada já avistando sinais da Serra que era pra onde iam. Mariana sentou novamente atrás ao
lado de Caspian e Any foi na frente animada e conversando. Mais em minutos Mariana caiu no
sono deitando no colo de Caspian, Any quando viu disse cutucando Poncho:
- Olha que bonitinho bebê.
Poncho olhou rapidamente pra trás e disse sorrindo:
- É sim e vc não ta com sono gatinha?
Any: Ah um pouquinho, mas vou ficar conversando com vc. - respondeu e deu um beijo no seu
rosto.
Poncho: Eu e o Caspian conversamos pode dormir se quiser, depois vai ficar com sono lá. -
sorrindo.
Any: Ta bom então. - sorriu de volta.
Ela pegou sua blusa colocando ao lado da perna de Poncho, depois pegou a blusa dele colocando
em cima da dela e deitou a cabeça por cima cheirando a blusa dele e sorrindo. Poncho riu e
perguntou:
- Não vai ficar pior se deitar ai toda encolhida?
Any: Não porque assim eu fico perto de vc, só não deito no seu colo porque não da. - o
encarando.
Poncho sorriu e acariciou os cabelos dela, Any se aconchegou e rapidamente pegou no sono.
No outro carro Chris e Ucker conversavam enquanto o mesmo dirigia e disse:
- Elas dormiram bonito né? - prestando atenção na estrada.
Chris: Ah na primeira hora elas dirigiram deixar elas dormirem. - vendo Dul e Mai dormindo atrás.
Ucker: É assim posso aproveitar pra conversar com vc.
Chris: Conversar comigo? Sobre o que?
Ucker: Ah nada de importante só desabafar.
Chris: Hum... Ta com algum problema?
Ucker: Não, mas estou adorando o clima que esta entre eu e a Dul.
Chris: Pra mim vcs estão iguais. - dando de ombros.
Ucker: Pode partecer, mas não estamos não cara.
Chris: Hum e como estão?
Ucker: Muito bem eu diria, não sei, mas acho que nosso relacionamento ta na nossa melhor fase.
Chris: Que bom cara, mas o que vc acha que mudou?
Ucker: Não sei Dul anda meio misteriosa e muito carinhosa ultimamente acho que foi isso que
mudo.
Chris: Entendo. - sorrindo. - Isso se chama amor cara, achei que já soubesse.
Ucker: Eu sei, mas acho que agora eu to mais apaixonado por ela. - respondeu sorrindo e olhou
rapidamente pra trás.
Uma hora depois estacionaram os carros novamente, dessa vez no local onde ficariam os carros
das pessoas que iriam acampar. Chris girou o volante e estacionou junto com Poncho após
algumas instruções de um guia.
Ucker: Meninas a gente chegou! - cutucando as duas.
Dul: Hum... Chegamos amor? - abrindo os olhos passando a mão por eles.
Ucker: Uhum! - sorrindo.
Mai: Ai que preguiça.
Chris: Levanta amor que a gente já chegou.
As duas se espreguiçaram acordando. No outro carro Mariana cutucou Any dizendo:
- Anda Any levanta, Poncho ela não acorda.
Poncho: Vão indo que eu acordo ela. - sorrindo.
Mariana: Ah ta... Do seu jeitinho! - piscou sorrindo maliciosamente e desceu.
Any se mexeu no banco quando Mah fechou a porta de trás, mas não acordou, Poncho ficou
admirando ela dormir acariciando seus cabelos. Se inclinou dando beijos na cabeça dela e
sussurrou no seu ouvido sorrindo:
- Dorminhoca a gente chegou no acampamento.
Any: Hum... Outra parada me deixa aqui dormindo bebê. - colocando a mão na perna dele
manhosa.
Poncho: A gente ta no acampamento meu amor, levanta. - fazendo carinho na mão dela.
Any: Vc disse acampamento? - o encarando e Poncho assentiu sorrindo. - Ai ta bom! - se
sentando.
Poncho acariciou os cabelos dela e perguntou em seguida:
- Vamos então?
Any: Uhum! - afirmando com a cabeça. - Mas antes…
Aproximou-se sorrindo e deu um beijo apaixonado em Poncho, ele a abraçou se inclinando sobre
ela fazendo com que ambos se deitassem no banco, ele desceu os beijos pelo pescoço dela que
disse:
- Gatinho acho melhor a gente ir lá com o pessoal ou a coisa vai complicar aqui. - sorrindo.
Poncho gargalhou divertido e se ajeitou no banco puxando Any com ele, desceu em seguida se
juntando com o resto do pessoal que ouvia as instruções do guia.
- Apenas os casais maiores de idade ou casados poderão se quiserem dormir juntos naqueles
quartos ali. - apontando para pequenos dormitórios que lembravam mini-casas, os demais casais
deveram dormir separados, mulheres de um lado e homens de outro. - apontando pros maiores.
Poncho abraçou Any por trás e perguntou a Caspian e Mariana:
- O que mais a gente perdeu?
Mariana: Ah ele falou que tem três grupos para fazer caminhada aqui em três horários diferentes
e que cada um deve tomar conta das suas coisas e que se encontrarem algo perdido é pra levar
naquela casa ali e disse também que aqui os celulares não pegam e é pra seram levados pra
mesma casa e serão devolvidos quando formos embora, é pra não ter risco de perder.
Any: Ah ta. - sorrindo.
- Vcs poderão telefonar em caso de emergência e se algum acidente acontecer deverão ir pra
enfermaria que fica logo ali atrás (apontando algumas árvores) O café da amanhã é servido entre
7:30 e 8:00 horas, a partir das 8:30 vcs podem conhecer o local com nossos guias, almoço meio
dia, café da tarde às 3:30 e o jantar às 7 horas da noite... E por último não saiam daqui do
acampamento sozinhos, quando forem fazer as trilhas usem roupas leves, tênis, garrafa d’água e
repelente.
O pessoal afirmou e o guia perguntou:
- Alguma dúvida? - ninguém se manifestou. - Podem ir para os dormitórios que já estão
reservados.
O pessoal ajeitou as mochilas e seguiram pros dormitórios numeradas, eram todas de madeira
com alguns degraus e uma porta de alavanca que abria ao ser empurrada. As maiores numeradas
de 01 a 04 era para o pessoal solteiro ou casais menores de idade, 1 e 2 só havia garotos e 3 e 4
garotas. Os dormitórios menores parecendo pequenas cabanas numeradas de 5 a 9 era para
casais, cada uma com dois quartos com suíte. A de número 10 parecendo uma enorme casa era
onde os responsáveis e guias estavam e a última de número 11 era a enfermaria. Chris, Mai,
Ucker e Dul entraram no dormitório de número 5 preferindo dividirem-na com algum conhecido.
Caspian foi pro dormitório de número 2 e Mariana pro 3, quando fechou a porta acabou
trombando com uma garota e disse:
- Ai me desculpe, te machuquei?
- Não eu estou bem, essas mochilas pesam demais né? - colocando a sua na beliche de cima.
Mariana: Uhum... É, prazer me chamo Mariana. - estendendo a mão.
- Me chamo Penélope, mas pode me chamar de Pê. - sorrindo.
Foto: http://www.esmas.com/clase406/images/interiores_2a_temp/foto6.jpg
Mariana: Vc veio sozinha pra cá?
Penélope: Vim com minha amiga Gabrielle, aquela ali.
Uma garota se aproximou e Penélope disse:
- Essa aqui é a Mariana, Mariana, Gabrielle.
Foto: http://www.esmas.com/clase406/images/interiores_4a_temp/foto_chava1.jpg
Gabrielle: Prazer! - cumprimentando ela com dois beijinhos.
Penélope: E vc ta sozinha?
Mariana: Não vim com mais 7 pessoas.
Penélope: Nossa que legal. - sorrindo.
Mariana: É o ruim é que entre essas 7 pessoas há três casais.
Gabrielle: Nossa então três amigos seus namoram três amigas suas?
Mariana: Exatamente e se não estou de vela é porque um amigo nosso veio com a gente.
Penélope: É Gabi já sabemos que três meninos bonitos estão fora da nossa lista.
Mariana: “Fora da nossa lista”? - sem entender.
Gabrielle: É que a gente veio pra cá disposta a arrumar um namorado ou fica com um cara bem
gato e convenhamos só tem garoto bonito aqui, vi cada moreno de tirar o fôlego.
Penélope: E eu cada loirinho. - sorrindo maliciosa.
Gabrielle: E é chato saber que três meninos já perdemos, espero que eles sejam os únicos com
namoradas por aqui.
Penélope: Se bem que se o cara tiver namorada, mas ela não tiver aqui a gente joga um charme
que pode ser que funcione.
Gabrielle: Quem sabe com seus amigos não funcione também? - sorrindo.
Mariana: Eu acho que não meus três amigos namoram minhas três amigas e eles se amam muito.
Penélope: Ah tudo bem, tem muitos garotos aqui pra gente azarar né Gabi?
Gabrielle: Com certeza Pê!
Mariana sorriu achando engraçado o jeito como elas falavam, essas duas com certeza estavam
naquele acampamento pra se divertirem e muito.
Any e Poncho entraram no seu dormitório e ele disse depois de olhar o lugar atento:
- Não tem ninguém lá fora acho que esse quarto ficou só pra gente. - a abraçou distribuindo
beijos pelo seu pescoço dando algumas mordidinhas o que deixou Any arrepiada.
Any: Mas vai com calma escoteiro pode aparecer alguém. - sorrindo.
Poncho: Tem dois quartos aqui e se a gente entrar em um deles, trancar a porta e... - cochichou
no ouvido dela que soltou uma gargalhada junto com ele.
Any: Vc é maluco pegariam a gente mesmo assim. - o soltando de olhos arregalados.
Poncho: Mas vc não gostou da idéia de dois quartos só pra nós?
Any: É pensando por um certo ponto pode ser bom, afinal se vc fizer alguma coisa errada aqui
posso ter mandar dormir sozinho em um desses quartos e olha que as camas são grandes aqui. -
olhando os dois quartos quase um de frente pro outro.
Poncho: Mas vc não vai fazer isso comigo né? - a abraçando por trás beijando seu ombro
afastando seus cabelos. - Vc não seria tão má com seu bebê seria? - mordiscando a orelha dela.
Any: Isso se chama torturar uma pessoa sabia? - de olhos fechados derretida.
Poncho: Vc ainda não respondeu minha pergunta Anahí! - sussurrou no ouvido dela e riu vendo
que no mesmo instante ela se arrepiara.
Any: Se eu te mandasse dormir em outro quarto, em cinco minutos estaria com vc. - sorrindo.
Poncho: Sabe que gostei muito de saber disso? - descendo a alça da blusa dela. - Acho que vc
merece um presente querida. - sussurrou mordiscando a orelha dela.
Any respirou fundo tentando não sucumbir aos lábios e aos beijos de Poncho e disse se
afastando:
- Fico muito agradecida que queira me presentear... Querido! - tentando conter o riso. - Mas
prefiro ganha-lo mais tarde, por enquanto acho melhor...
Poncho: Acho melhor vc não recusar meu presente querida (a interrompendo) mesmo porque eu
sei que vc quer também e se não quiser agora vc vai ficar sem nada depois. - ameaçou.
Any: Vc não faria isso Alfonso Herrera. - duvidou.
Poncho: Olha que não se deve duvidar de um Herrera hein. - aconselhou.
Any: Ah é? Vc seria capaz de me deixar sem nada mais tarde? - se insinuando.
Poncho percebeu o jogo dela e respondeu sorrindo malicioso:
- Não duvide hein porque ai quem vai dormir sozinha em um desses quartos é vc.
Any: Bom acho que todo mundo ta ocupado desfazendo malas e conhecendo o pessoal né? - disse
acariciando o tórax dele por cima da blusa. - Ninguém vai vir atrás da gente muito menos seus
amigos e já que eu não quero dormir sozinha a noite, acho que aceito o seu “presente”. -
sorrindo.
Poncho em resposta a abraçou pela cintura abocanhando seus lábios num beijo exigente,
apaixonado, de tirar o fôlego e enlouquecer qualquer um. Any empolgada começou a acariciar o
peito de Poncho por baixo da blusa sem deixar de beija-lo, ele se afastou e tirou a blusa fazendo
com que ela mordesse o lábio inferior excitada. Poncho ao ver a cara dela sorriu malicioso e
pousando a mão em de seus seios voltou a beija-la com movimentos rápidos acariciando toda a
boca dela com sua língua. Foram andando até um dos quartos largando as roupas pelo caminho
entraram em um caindo na cama, ele só de cueca e Any só de calçinha. Poncho tirou a calcinha
dela e penetrou dois dedo acariciando sua intimidade com rapidez fazendo Any se contorcer e
gemer de prazer enquanto ele abocanhava os seios dela sugando-os com uma paixão
descontrolada.
- Poncho... Isso não vale.
Mas ele fingiu não ouviu e desceu os beijos pro umbigo dela que ria se contorcendo devido as
cócegas que isso lhe provocava. Mas quando chegou a intimidade dela Any apertou o lençol e
mordeu o lábio tentando conter o grito que ansiava sair de seus lábios provocado pelo contato da
língua úmida e quente de Poncho com sua intimidade. Antes que perdesse por completo o
controle Poncho tirou sua cueca e penetrou a intimidade de Any calando o gemido dela com seus
lábios enquanto ela cravava as unhas nas costas dele. Quando chegaram ao auge do prazer
pararam exaustos, Poncho deitou na cama e puxou Any pra que deitasse no peito dele.
- Vc é completamente maluco. - disse o encarando sorrindo.
Poncho: Maluco, doido completamente apaixonado por vc. - acariciando o rosto dela.
Any: Te amo bebê.
Poncho: Também te amo meu anjo. - dando um beijo na testa dela.
Any: Acho melhor a gente sair né? Ou vai querer passar a temporada no acampamento dentro
desse quarto?
Poncho: Preciso responder? - a encarando sorrindo.
Any viu a mão dele descendo na direção dos seus seios e respondeu:
- Hum... Não! E antes que queira começar tudo de novo, vamos passear um pouco. - se
levantando.
Poncho: Ah não Any. - resmungou a abraçando derrubando-a na cama. - Vamos ficar aqui vai?
Any: Não senhor, vamos sair daqui isso sim. - se levantando. - Anda Poncho vamos.
Poncho: Vai ter que me convencer ou me arrancar daqui a força!
Any: Ok. - sorrindo e se virou de costas começando a se vestir.
Poncho se levantou e quando foi abraça-la Any se virou e jogando as roupas em cima dele disse:
- Anda se troca e vamos.
Poncho fez bico, Any sorriu lhe deu um selinho, mas não mudou de idéia. “O único jeito é fazer o
que ela quer”, pensou ele sorrindo começando a se vestir.
Um tempo depois saíram pra fora e encontraram Mariana e Caspian com mais duas garotas.
Nessa hora Chris, Mai, Ucker e Dul saíram do dormitório deles e se encontraram todos.
Penélope assim que viu Ucker o olhou de cima a baixo se abanando e perguntou:
- Esse loiro lindo é seu amigo?
Mariana: Uhum e a ruiva do lado dele é sua namorada.
Penélope: Ah ta. - fazendo pouco caso.
Chris: E ai vcs dois gostaram do quarto de vcs? - encarando Caspian e Mah.
Caspian: Bom eu gostei tanto do dormitório, quanto daqui do local. - sorrindo.
Chris: E vcs quem são? - encarando as acompanhantes de Mah.
Penélope: Me chamo Penélope, muito prazer, mas me chamem de Pê. - apertando a mão de
todos.
Gabrielle: E eu sou Gabrielle, mas pode me chamar de Gabi. - apertando a mão de todos também.
Mai: O prazer é nosso, vcs estão sozinhas? - perguntou simpáticamente.
Penélope: Uhum. - sorrindo rapidamente pra Mai e em seguida fixando seus olhos em Ucker.
Poncho: É a primeira vez que vcs vêem aqui?
Gabrielle: Uhum e vcs? - sorrindo se insinuando pra Poncho enquanto mexia nos cabelos.
Any: Também é a primeira vez que a gente vem pra cá né meu amor? - abraçando-o enciumada.
Poncho: Uhum! - a abraçando dando um sorrisinho pra ela e depois pra Gabrielle que se derreteu.
Penélope: Vcs estão pensando em fazer trilha agora ou de tarde? - sem tirar os olhos de Ucker.
Dul: A tarde talvez. - respondeu séria não gostando da atitude da garota pra cima do namorado.
Penélope: A gente pode fazer a trilha com vcs? - sorrindo animada.
Gabrielle: A gente ta sozinha aqui e queríamos ficar em um grupo grande.
Any: Olha na verdade...
Mai: Claro que sim é sempre bom conhecer gente nova. - sorrindo simpática para o desagrado de
Dul e Any. - Bom a gente avisa vcs quando formos.
Penélope: Ok. - respondeu sorrindo encarando Ucker.
Gabrielle: A gente vai se divertir bastante. - sorrindo encarando Poncho.
Mariana encarou Caspian sorrindo e perguntou:
- Gente vamos comer alguma coisa?
Any: Ah excelente idéia, vamos Poncho. - aliviada o puxando.
Dul: A gente também vai né Ucker? - o puxando. - Nos vemos mais tarde meninas.
Caspian: Até logo. - sorrindo e acenando.
As duas se olharam e sem darem por vencidas perguntaram juntas:
- Podemos ir com vcs?
Any e Dul pararam de andar fechando a cara e a última respondeu:
- Nã...
Chris: Podem sim, acho que ta todo mundo com fome aqui né?
Gabrielle: Uhum. - sorrindo pra Ucker e depois pra Poncho.
Any encarou a garota seria e inquieta perguntou manhosa:
- Bebê vamos comer logo! Hum?! - sorrindo sapeca dando um beijo no tórax dele.
Poncho: Vamos sim. - sorrindo e deu um selinho em Any que aprofundou pra um beijo de
propósito.
Gabrielle olhou pra Penélope com inveja a mesma a encarou como se prometesse uma vingança.
Dul aproveitou a chance pra dar um beijo em Ucker fazendo com que Penélope a fuzilasse com os
olhos. Mariana percebeu que as duas garotas estavam secando os dois amigos, mas como elas
pareciam assanhadas mesmo não deu tanta importância achando que não fariam nada demais.
Quando Dul e Any se separaram de seus respectivos namorados e os puxaram na direção do
refeitório se encarando trocando olhares cúmplices sem que os outros percebessem.
Mais tarde depois de comerem, o pessoal foi dar uma volta por conta própria, sentaram-se em
algumas rochas cada um com seu respectivo namorado ou namorada. Caspian e Mariana
sentaram numa outra ponta com Penélope e Gabrielle que não tiravam os olhos de Poncho e
Ucker.
Chris: Nossa esse lugar é lindo né?
Mai: Bastante, tem um clima tão calmo que parece que o mundo não tem problemas.
Ucker: É mesmo.
Penélope: Uau eu adoro lugares assim. - sorrindo.
Gabrielle: Que horas a gente vai passear? Vc sabe Poncho? - se aproximando dele.
Poncho: Daqui uns 20 minutos mais ou menos. - sorrindo pra ela.
Any se levantou brava e Poncho perguntou segurando seu pulso:
- Aonde vai?
Any: Trocar de roupa pra fazer trilha e pegar o biquíni. - séria.
Mariana: Tem alguma cachoeira por aqui?
Chris: Tem e a gente vai passar lá.
Any soltou-se violentamente de Poncho e saiu decidida.
Gabrielle: Poncho vc sabe nadar? É que eu tenho muito medo de me afogar.
Penélope: Eu também, se eu tiver câimbra vc me ajuda Ucker?
Dul: Nada disso querida porque o MEU namorado vai estar muito ocupado COMIGO entendeu?
Bebê vamos voltar pro nosso dormitório e nos arrurmarmos pra trilha? - manhosa.
Ucker: Vamos sim. - sorrindo e se levantou.
Poncho: Eu vou me arrumar também, licença. - se levantando.
Gabrielle: Ah fica mais um pouquinho. - segurando sua mão.
Poncho: Não eu vou indo nessa.
Ele saiu na frente e logo em seguida Ucker e Dul que disse:
- Se vc der trela pra essa fulana vai ser um namorado morto entendeu?
Ucker: Amor eu não fiz nada.
Dul: Continua não fazendo que nenhuma tragédia nesse acampamento vai acontecer.
Ucker: Bebê vc ficou com ciúmes?
Dul: Ah me poupe. - saindo na frente.
Ucker: Vc ficou com ciúmes sim que eu sei. - indo atrás dela e a abraçou por trás. - Mas não
precisa ta? Eu amo sua vc minha ruiva ciumenta.
Dul: Run acho bom.
Ucker: Ai que bico feio é esse, será que uns beijinhos funcionam?
Dul: Não sei por que não tenta? - respondeu tentando não sorrir.
Ucker sorriu maliciosamente e a abraçou lhe dando um beijo.
Poncho entrou no seu dormitório e se assustou quando viu suas camisas, calças e pertences
serem jogados pra fora do quarto e perguntou:
- Any?! O que esta fazendo?
Any: Cala a boca. - respondeu furiosa jogando um par de tênis dele que estava na sua mão.
Poncho desviou e disse:
- Hei aquele é meu tênis preferido.
Any: Que se dane! - esbravejou.
Ele sabendo que só conseguiria conversar com ela falando no mesmo tom se aproximou e
perguntou segurando os pulsos dela com força, mas sem machuca-la:
- Olha aqui da pra me dizer o que ta fazendo?
Any: Eu avisei que dormiria em outro quarto se fizesse alguma coisa errada, agora me solta!
Poncho: E eu posso saber o que foi que eu fiz? - sem deixar de segura-la.
Any: Vc ainda pergunta? - tentando se soltar em vão. - Vc tava dando trela praquela oferecida e
não se atreva a dizer que eu to errada ou com ciúmes porque eu vi tudo. - tentando bater nele.
Poncho: Any para! - segurando os pulsos dela com força perdendo a paciência.
Any: Me solta, vc ta me machucando. - tentando se soltar.
Poncho: Então se acalma e presta atenção no que vou falar pra vc. - sério.
Any se acalmou e ele afrouxou a mão deixando que ela se soltasse, quando viu os pulsos disse:
- Olha o que vc fez. - mostrando os pulsos vermelhos com as marcas dos dedos dele.
Poncho: Me desculpa não queria machucar vc. - se aproximando.
Any: Não chega perto de mim. - se afastando enquanto massageava os pulsos.
Poncho: Ta vendo o que vc faz eu fazer. - argumentou.
Any: Eu te fiz fazer isso? - mostrando o braço direito. - Devia pedir desculpas por ser um galinha.
Poncho: Do que vc ta falando Any? Ficou louca?
Any: Eu não to louca ta? - esqueceu os pulsos e foi pra cima dele. - Não sou cega eu vi vc cheio de
sorrisinhos praquela oferecida por que não ficou lá com ela se estavam se dando tão bem?
Poncho: Any não tem porque ficar com ciúmes dela.
Any: Não é questão de estar ou não com ciúmes, a questão é como ela se insinua pra vc e vc
parece que não percebe Poncho, é esse o problema. - tentando conter as lágrimas de nervosismo.
Aquilo tocou o coração de Poncho e ele não pode evitar de se aproximar e dizer:
- Não fica assim Any, a única pessoa que... - tentando abraçá-la.
Any: Pode parar porque não vai funcionar talvez vc não esteja satisfeito comigo. - se afastando.
Poncho: Que? - sem entender.
Any: É vc esperou tanto tempo pra ficar comigo que agora que a gente ta junto talvez não seja o
que vc queira, a gente não ta junto nem a um mês e já brigamos como se fossemos casados a 30
anos Poncho, talvez vc não queira ficar comigo, talvez o seu amor tenha acabado faz tempo e vc
não tenha percebido isso ainda... Talvez eu não seja o que vc sempre quis.
A reação de Poncho não poderia ter surpreendido mais Any. Ele ao invés de esbravejar ou ficar
furioso, a puxou colando seus corpos e a beijou como nunca a beijara antes. De uma forma
violenta e doce ao mesmo tempo como se quisesse jogar na cara, lhe provar todo o amor que
sentia por ela, mostrar a Any que ela estava completamente enganada, que fora completamente
tola em pensar que ele não a queria e foi exatamente o que ele conseguiu. Ela sentia a língua
dele explorando sua boca com violência e desejo enquanto as mãos acariciavam o corpo dela e
quando uma de suas mãos acariciou seus seios por cima da blusa ela soltou um suspiro
interrompendo o beijo. Poncho a encarou sério e disse:
- Vc nunca mais repete a besteira absurda que vc acabou de falar entendeu?
Ela assentiu atônita por causa do beijo e ele continuou:
- Não há outra pessoa ou coisa no mundo que eu deseje mais do que vc Any põe isso na sua
cabeça, como vc pode achar que depois de tudo o que eu passei, do que vc passou eu não iria
querer ficar com vc? Esse tempo com vc foram os melhores da minha vida e me magoa pensar
que vc duvida disso, que acha que eu te trocaria por uma garota que eu mal conheço.
Any abraçou Poncho chorando e disse:
- Me perdoa bebê não queria ter falado isso pra vc, me desculpa.
Poncho: Any vc tem que entender que eu só quero ficar com vc princesa, não tem outra garota
além de vc que eu queira do meu lado.
Any: Me perdoa eu não queria ter falado aquelas coisas horríveis pra vc, não sei o que me deu, eu
fiquei com tanto ciúmes daquela Gabrielle que descontei em vc que não merecia.
Poncho sorriu ternamente e deu um beijo nela, Any o abraçou e perguntou:
- Vc me perdoa?
Poncho: Não tenho do que te perdoar meu anjo.
Any: Tem sim fala que me perdoa, por favor. - o abraçando com força.
Poncho: Esta bem te perdoou se... - a soltou encarando-a intensamente. - Se vc me ajudar a
trazer minhas coisas de volta pro quarto.
Any: Ta, mas eu faço isso sozinha, afinal fui que tirei. - indo pegar as coisas.
Poncho: Eu faço questão de te ajudar. - segurando o pulso dela.
Any sorriu e deixou que Poncho a ajudasse a rearrumar as coisas.
Mais tarde a turma foi fazer trilha e Mai comentou empolgada:
- Nossa que lugar gostoso pra andar.
Dul: Eu achei que ia ficar com frio vindo com a parte de cima do biquíni e saia, mas ta uma
delicia.
Penélope: É verdade Ucker o que vc achou do meu biquíni? - se pondo na frente dele.
Dul fechou a cara, mas Any a encarou acenando com a cabeça. Em seguida deu um beijo em
Poncho.
Ucker: Combinou com vc. - respondeu indiferente.
Dul: Amor eu já volto. - e deu um beijo insinuante nele.
Any já tinha saído de vista e Dul seguiu pelo caminho que ela já tinha ido. Quando as duas se
encontraram Dul deu um murro no tromnco da árvore e perguntou séria:
- Quer me ajudar a afogar a Penélope e a amiga dela na cachoeira?
Any: Dul não vai adiantar se fizermos isso vamos ser presas. - sorrindo.
Dul: Como é que vc pode ta calma desse jeito, sendo que vc é mais ciumenta que eu?
Any: Dul, Poncho me provou de novo que ama só a mim que não tem nenhuma outra garota além
de mim pra ele e Ucker pensa a mesma coisa tenho certeza.
Dul: O que ele fez pra te convencer?
Any: Brigou comigo. - sorrindo sapeca.
Dul: Ah, mas do jeito que sou se o Ucker briga comigo por causa daquela fulana eu mando ele
ficar com ela e a coisa toda piora.
Any: Pois foi exatamente o que eu mandei o Poncho fazer e sabe o que ele fez? Me beijou e me
convenceu de que ele não quer nenhuma outra garota além de mim, então relaxa Dul, Ucker te
ama.
Dul: Vc ta certa eu vou TENTAR me controlar.
Any: Isso minha amiga é assim que se fala. - a abraçando.
Ucker: O que ta acontecendo aqui?
Dul: Ucker? - se soltando de Any assustada.
Ucker: Então quer dizer que vc e a Anahí se tornaram amigas e vc escondeu isso de mim?
Dul: Eu posso explicar meu amor.
Ucker: Ótimo, quero ver como vai explicar isso. - cruzando os braços sérios.
Any: Dul não vai adiantar vc continuar escondendo. - cochichou no ouvido dela.
Ucker: Será que vcs podem parar de cochichar e responder minha pergunta? - sério.
Dul: Ucker eu ia te contar? - nervosa.
Ucker: Me contar o que? Que vc virou amiga dessa traidora? Ou o que eu vi foi alucinação?
Dul: Não, não foi eu e a Any... Nós duas estamos nos dando bem.
Any: Somos amigas sim, me desculpe, mas se vc não vai com a minha cara eu também não vou
com a sua, agora menos ainda porque não acredito que vc vai fazer escândalo por isso.
Ucker: Olha aqui garota vc cala a boca que ninguém te chamou na conversa. - bravo.
Dul: Ucker não fala assim com ela.
Ucker: Eu falo do jeito que eu quiser, só uma pergunta Dulce há quanto tempo vc ta amiga dela?
Dul: Lembra quando o Poncho viajou e armamos o lance das fotos?
Ucker: Lembro!
Dul: Se lembra que depois que o Poncho soube de tudo ele e Chris brigaram?
Ucker: Claro que lembro, vc ta amiga dela desde aquele dia? Mentiu pra mim todo esse tempo?
Dul: Eu me convenci quando eles estavam na enfermaria e pedi desculpas, precisa se convencer
que a Any mudou, assim como Mai e Chris também devem se convencer.
Ucker: Eu não acredito que vc ta defendendo ela.
Dul: Ucker...
Ucker: Depois de tudo o que ela fez? Depois de ter nos enfernizado? Essa garota não presta.
Dul: Ucker ela mudou e já provou isso de várias formas.
Ucker: E vc como uma boa idiota caiu na lábia dela?
Dul: Eu não sou idiota.
Ucker: É claro que é só um idiota pra acreditar nela.
Dul: Vc ta me ofendendo. - disse com a voz embargada.
Ucker: Ofendido aqui sou eu vc me traiu e mentiu pra mim, te perguntei várias vezes se tava
acontecendo alguma coisa se vc acreditava nessa ai e vc mentiu pra mim.
Dul: Ucker eu...
Ucker: Acabou Dul!
Dul: Que? - surpresa.
Ucker: Acabou, não posso namorar alguém que mente e trai, não quero mais nada com vc. - e
saiu.
Dul: Ucker não faz isso, UCKER! - gritou indo atrás dele chorando.
Any: Mas que droga. - praquejou indo atrás deles.
Dul: Ucker volta aqui.
Ucker chegou onde os amigos estavam com Dul e logo atrás Any junto com ele. Parou e encarou
Dul.
- Fica longe de mim, não quero nunca mais olhar pra vc.
Os outros se assustaram e Penélope vibrou com a cena.
Mai: O que ta acontecendo?
Ucker: Adivinha de quem a Dul ta amiguinha desde que o Poncho viajou e a gente armou aquele
lance das fotos pra ele? - ninguém respondeu. - Não sabem? Da Anahí! - apontando pra ela que
estava ao lado de Poncho.
Chris: Isso é verdade Dul? - incrédulo.
Dul afirmou com a cabeça chorando, encarou Ucker e disse:
- Me desculpem...
Mai: Vc mentiu pra gente Dul, era por isso que vc tava defendendo ela né?
Mariana: Gente não é pra tanto, por favor.
Caspian: Vc precisam se acalmar.
Gabrielle: Que babado. - cochichou pra amiga que sorriu afirmando.
Ucker: Não é pra tanto Mah? A Dul sabe perfeitamente que todos aqui odiamos mentira e desde
que essa... Anahí entrou no grupo só trouxe problemas.
Poncho: Olha como vc fala Ucker, entendo que esteja bravo, mas não vou admitir que jogue a
culpa na Any mesmo porque não preciasa ficar nervoso desse jeito.
Ucker: Olha aqui se vc quer acredita nessa mentirosa e Dulce, Mariana e Caspian também
problema é de vcs, mas eu não acredito e NUNCA vou acreditar nessa garota, na hora que ela se
cansar de bancar a boazinha a gente volta a conversar, por enquanto não quero olhar na sua cara
Dulce.
Dul: Ucker não faz isso, por favor.
Ucker: Não adianta vc chorar pensasse em acreditar nessa mentirosa duas vezes, vamos
continuar essa trilha? - perguntou nervoso ao guia que observava a cena atônito.
Any: Mas que... - indo na direção de Ucker.
Poncho: Any! Melhor não. - tentando segura-la.
Mas não adiantou, ela se soltou e furiosa puxou o braço de Ucker perguntando:
- Olha aqui seu idiota!
Ucker: Me deixa Anahí, se ficar me perturbando vou esquecer que é uma garota.
Any: Dane-se não tenho medo de garotos, muito menos do seu tipo. - o encarando com o mesmo
ar autoritário e topetudo que costumava encarar as pessoas antes do acidente.
Aquilo fez o sangue de Ucker ferver não entendi como podiam acreditar naquela falsa e disse:
- Mas deveria ter medo de mim já te disse isso antes. - a encarando com raiva.
Poncho encarou os dois tentando não se meter, mas tinha ciência que Any sabia se defender
sozinha ainda mais quando estava com raiva como naquele momento. Foi então que a ouviu dizer
decidida:
Any: Olha aqui pode me mandar pro inferno se quiser, mas antes vc vai me escutar.
Ele tentou se soltar, mas Any segurou seu braço com força forçando ele ficar de frente pra ela
enquanto Mariana consolava Dul que chorava. Any encarou Ucker no fundo dos olhos e
perguntou:
- Pra vc eu não valio a pena certo?
Ucker: Nem um pouco. - respondeu com desprezo.
Any: Então compensa vc não dar valor a um amor como o que a Dul tem por vc? Vale a pena vc
jogar fora tudo o que vcs viveram por alguém que não vale a pena como eu? Vai deixar que por
minha causa de novo vc e Dul se separem Ucker? - provocou.
Ucker: Vai pro inferno garota e leva essa traidora com vc. - encarando Dul com desprezo.
Any: Quer saber vc é um idiota e foi Dul quem ganhou com o fim desse namoro, ela merece
alguém mil vezes melhor que vc. - o encarando com raiva e se afastou.
Ucker furioso saiu na frente. Any se virou de costas xingando Ucker de idiota e se aproximou de
Dul.
- Desculpa.
Dul: Tudo bem Any, ele ta muito nervoso, mas agradeço por ter me defendido.
Mah: Nunca pensei que ia fazer aquilo, mas eu gostei. - sorrindo.
Any sorriu tristemente e foi pra perto de Poncho que a envolveu num abraço confortante, ela
fechou os olhos e ele deu um beijo na sua cabeça sussurrando:
- To orgulhoso de vc.
Ela sorriu o encarando, Poncho acariciou seu rosto sorrindo e lhe deu um beijo, em seguida
continuaram andando pela trilha. Ao chegarem na cachoeira Mai mergulhou seguida de Chris,
quando voltaram pra superície ela disse chateada:
- Ainda não acredito que a Dul ta acreditando na sua irmã.
Chris: Vão todos quebrar a cara eu tenho certeza.
Mai: O que me deixa mal é Ucker e Dul estarem brigados.
Chris: Quem se aproveitou foi a Penélope.
Mai olhou na mesma direção que o namorado e viu Penélope toda insinuante pedindo pra Ucker
lhe passar protetor nas costas. Dul encarava a cena com os olhos marejados acompanhada de
Mariana e Caspian enquanto Any e Poncho estavam dentro d’água. A vontade de Dul era ir pra
cima de Penélope, mas não podia fazer mais nada afinal agora não era mais namorada de Ucker
e isso a machucava profundamente.
À noite Any estava sentada na cama enquanto Poncho terminava de tomar banho, estava tão
distraída que nem percebeu quando ele saiu do banheiro vestindo apenas uma bermuda
cheirando a loção pós barba e o perfume preferido de Any com o peitoral de fora e os cabelos
molhados ainda pingando. Ele notou que ela estava pensativa e se aproximou da cama dando um
beijo no rosto dela que sorriu despertando do transe. Acariciou os cabelos dele e sussurrou:
- Hum vc ta tão lindo e cheiroso.
Poncho: Vc que é linda. - sussurrou de volta e se aproximou começando a distribuir beijos pelo
pescoço dela inclinando-a na cama.
Any riu arrepiada envolvendo os braços em torno de Poncho puxando-o pra cima dela, quando
Poncho começou a descer a alça da camisola de Any alguém bateu na porta.
- Poncho...
Poncho: Hum?! - resmungou mordiscando o pescoço dela enquanto as mãos acariciavam sua
perna.
Any: Tão batendo na porta bebê. - respondeu de olhos fechados sorrindo.
Poncho: Ah deixa bater. - beijando por cima dos seios dela.
Any: Pode ser importante, se vc não quer ir deixa que eu vou, é sério Poncho. - o empurrando.
Poncho: Vestida assim? Nada disso eu vou então! - se levantando.
Any: Mas vc ta sem camisa! - cruzando os braços enciumada.
Poncho sorriu colocando uma camisa e saiu depois de dar um beijo nela. Abriu a porta e tomou
um susto. Dul estava parada em frente à ele, os olhos marejados segurando sua mala com uma
mochila nas costas. Encarou Poncho envergonhada e quando foi perguntar Any apareceu e disse
ao vê-la:
- Dul?! O que aconteceu?
Poncho: Entra! - dando passagemn pra ela.
Dul sentou numa poltrona e disse:
- Me desculpem não quero incomodar.
Any: O que aconteceu? - preocupada.
Dul: Ucker me mandou sair do dormitório, disse que não quer dormir junto comigo e Mai e Chris
apoiaram ele, fui até a administração e me falaram que o único dormitório vago é o de vcs, tem
problema se eu ficar? Prometo que não vou atrapalhar.
Poncho: É claro que pode ficar, alguém tem que impedir que eu e Any derrubemos esse
dormitório.
Dul acabou rindo e Any sorriu pra Poncho, mas ficando séria disse se levantando:
- Foi culpa minha se eu não tivesse brigado com ele, falado aquelas coisas...
Poncho: Any...
Any: Mas na hora eu fiquei com tanta raiva que acabei falando.
Poncho: Any!
Any: Ai desculpem eu to falando demais.
Dul: Tudo bem. - sorrindo. - Mas vc não teve culpa, ele já tinha terminado antes de vc tomar
partido.
Any: Mas acho que falando aquelas coisas estraguei todo o resto. - triste.
Poncho: Meu amor acredite vc não teve culpa Ucker estava nervoso e teria feito o que fez vc
falando ou não. - segurando a mão dela onde depositou um beijo.
Any: Me desculpa Dul só quis te ajudar, não quero que fiquem separados por minha culpa de
novo.
Dul: Tudo bem Any, não se preocupa. - sorrindo entre as lágrimas.
Poncho: Mas assim como nós vc deve ta cansada né? - se levantando.
Dul: Um pouco to mais é com dor de cabeça, mas já tomei alguma coisa na enfermaria.
Any: Então vem a gente te ajuda a arrumar suas coisas. - pegando uma mala dela.
Dul: Têm certeza de que não vou incomodar? - se levantando da poltrona.
Poncho: Uhum.
Dul: Mas podem ir dormir eu arrumo tudo aqui e prefiro ficar sozinha mesmo.
Any: Certeza?
Dul: Uhum, valeu pela força.
Any: Ta bem então. - sorrindo e a abraçou. - Boa noite.
Poncho: Boa noite ruiva. - acariciando os cabelos dela.
Dul: Boa noite e valeu a força gente.
Any: Não foi nada. - disse vendo ela entrar no quarto e fechar a porta em seguida.
Poncho: O que foi? Por que ta pensativa assim? - a abraçando por trás.
Any: Ela ta assim por minha culpa meu amor. - entrando no quarto com ele.
Poncho: Não foi sua culpa e sim dele que não fez nada pra se entenderem, não fica assim não ta?
Any se virou de frente pra Poncho sorrindo triste, acariciou o rosto dele o beijando em seguida.
Quando se deram conta estavam deitados na cama e ele perguntou se separando do beijo:
- Onde a gente parou querida? - sorrindo malicioso.
Any: Eu te mostro onde paramos querido. - sorrindo o puxou pra outro beijo ardente e
apaixonado.
No outro dia manhã Any abriu a porta do quarto ajeitando os cabelos numa chuquinha dando de
cara com a porta do quarto de Dul aberta. Ela já estava trocada usando tênis, uma calça legi
preta, uma blusa de manga curta branca e os cabelos presos em um rabo de cavalo. Quando a viu
sorriu.
- Bom dia vc ta melhor?
Dul: Uhum! Posso te pedir um favor?
Any: Claro! - sorrindo.
Dul: Poncho ta tomando banho né? - ouvindo o barulho do chuveiro.
Any: Uhum.
Dul: Pode vir comigo no refeitório comer algo e depois vamos dar um volta? Queria conversar!
Any: Ta, vou deixar só um recado pro Poncho e vamos. - sorrindo e entrou no quarto.
Voltou segundos depois. Pensaram em ir chamar Mah pra ir junto, mas viram que o dormitório
dela estava fechado e todos ainda deviam estar dormindo. Quando chegaram ao refeitório, Dul
pegou uma fruta, um pedaço de bolo e um café. Já Any se serviu apenas de um suco de laranja.
- Só vai tomar suco? - colocando a xícara na pia.
Any: Só não costumo tomar café da manhã.
Dul: Ah ta... Vamos?
Any: Uhum!
Poncho saiu do banho vestido secando os cabelos, estranhou o silêncio e viu que Any e Dul não
estavam mais no dormitório, foi então que viu um bilhete em cima do travesseiro de Any.

Meu amor..
Sai com a Dul pra dar uma volta e conversamos ok?
Não se preocupe vamos perto da cachoeira e não vamos demorar a Dul sabe o caminho…
Adorei a nossa primeira noite aqui! ;) Vc é maravilhoso!!!
Beijos te amo muitão...
Any! :)

Poncho sorriu dando um beijo por cima do beijo de batom que Any deixara no fim do bilhete. Em
seguida terminou de se arrumar e saiu pra tomar café.
Meia hora depois Dul disse sentada nas pedras que ficavam em torno da cachoeira:
- Muito obrigada por ter vindo até aqui comigo Any.
Any: Acha não tem problema.
Dul: Vc quer voltar agora?
Any: Ah vc que sabe. - dando de ombros.
Dul: O que vc deixou pro Poncho?
Any: Que a gente não demorava, mas acho que ele não vai brigar se a gente atrasar um
pouquinho.
Dul: Mas acho melhor voltarmos.
Foi então que ouviram um barulho e se assustaram vendo um gambá.
Any: Ai que fedido. - contendo o riso.
Dul: Ah se eu tivesse trazido a minha câmera… Não sabia que aqui tinha bichos.
Any: Alguns nada perigoso disse o guida. - falou tapando o nariz.
O gambá se aproximou fazendo as meninas se afastarem, se aproximou da bolsa de Dul a
cheirando e do nada a agarrou saindo correndo.
Dul: Hei minha bolsa. - correndo atrás do gambá.
Any: Dul volta aqui. - rindo correndo atrás dela.
No acampamento Mariana perguntou:
- Poncho cadê a Dul e a Any?
Poncho: Foram dar uma volta lá próximo da cachoeira já devem estar voltando.
Mariana: É bom elas tomarem cuidado.
Poncho: Não tem problema a Dul sabe o caminho. - sorrindo.
Mariana: Vem comigo buscar o Caspian?
Poncho: Beleza... Mah vc ainda gosta dele?
Mariana: Ah um pouco.
Poncho: Espero que vcs ainda fiquem juntos, vc é muito bancana e merece alguém que te
valorize.
Mariana: Valeu Poncho... Em pensar que quando te conheci pensei que poderíamos namorar.
Poncho: A gente fica melhor como amigo.
Mariana: Que Any não me ouça, mas ela é maluca em deixar vc sozinho dando sopa.
Poncho: Ela não tem com que se preocupar sou completamente maluco por aquela loirinha Mah e
ninguém vai mudar o que sinto pela Any, ninguém. - sorrindo apaixonado.
Mariana: Fico muito feliz ouvindo isso, vcs formam um belíssimo casal Poncho e não tem com que
se preocupar, pois, todo esse amor que vc sente pela Any ela também sente por vc, é
completamente doida por vc Poncho e ciumenta também. - sorrindo e olhando pra ele que riu.
Poncho: Mas vamos atrás do Caspian se não daqui a pouco eu vou atrás da minha princesa.
Mariana: Vamos então.
Nesse momento Penélope e Gabrielle saiam do dormitório.
- Ai Gabi ta tudo a meu favor, acredita que chamei o Ucker pra dar uma volta e ele aceitou?
Gabi: Sorte sua Pê porque com o Poncho eu não consegui nada por culpa da namorada dele tenho
certeza, também nunca vi uma namorada tão grudenta e ciumenta quanto essa.
Penélope: É amiga ainda bem que sem precisar fazer nada a namorada ciumenta do Ucker não
existe mais e agora ele é todinho meu.
Gabi: Pior que pela primeira vez não sei o que fazer pra me livrar daquela loira irritante.
Penélope: Por que não apronta alguma coisa pra eles terminarem? Tudo o que um homem quer
depois que termina um namoro é um ombro feminino amigo. - sorrindo maliciosa.
Gabi: Mas como?
Penélope: Não sei, mas ta surgindo uma chance ai.
Gabi: Do que ta falando?
Penélope: Olha com quem o Poncho esta conversando amigavelmente, já sabe que a namorada
dele é ciumenta usa isso a seu favor, fala pra ela que ele tava conversando com essa garota.
Gabi: É pode ser uma boa idéia.
Penélope: Viu só nem tudo ta perdido. - sorrindo.
Gabi: É vc ta certa. - sorrindo encarando Poncho e Mariana que riam animados.
Quando parou de correr atrás de Dul, Any gritou ofegante:
- DUL! Cadê vc?
Dul: AQUI ANY! - gritou de volta.
Any seguiu o som da amiga e a encontrou parada em frente há um barranco.
- O que ta fazendo?
Dul: A minha bolsa finalmente achei.
Any: Ah é? Cadê?
Dul: Ali embaixo. - apontou pro fundo do barranco.
Any: Vc não ta pensando em ir busca-la né?
Dul: Any minhas coisas tão lá dentro.
Any: Dul é perigoso descer ai vc pode se machucar.
Dul: Não se me segurar nesses galhos. - segurando em um galho começando a descer.
Any: Dul volta aqui a gente precisa voltar já ta quase na hora do almoço.
Dul: Relaxa eu vou pegar minha bolsa e voltamos.
Any: Eu não to mais ouvindo o barulho da cachoeira Dul e se a gente se perder?
Dul: Não vamos nos perder eu sei voltar e achar a cachoeira vai ser facinho.
Any: Dul vamos voltar eu prometi que não ia demorar, Poncho já deve ta preocupado.
Dul: Calminha e a gente já vai.
Ela continuou descendo se segurando nos galhos e quando estava a alguns metros do chão perto
e da mochila viu que não tinha onde mais se apoiar e resolveu pular.
Dul: AI! - caindo no chão.
Any: Dul o que foi? - gritando lá de cima assustada.
Dul: Ai acho que machuquei meu pé Any, tem uns galhos aqui e meu pé virou quando cai, ta
doendo.
Any: Dul vc deve ta brincando.
Dul: Não Any to falando sério.
Any: O que eu faço agora? - tentando manter a calma.
Dul: Desce aqui e tenta me ajudar a andar ai voltamos.
Any: Descer? Por aqui? Não é perigoso demais e vc já se machuchou.
Dul: Então da um jeito, olha tem uma trilha aqui atrás de mim que da a volta nesse barranco vem
por ela.
Any: E se ela for longa e eu me perder de vc?
Dul: Vamos ficar conversando pra vc seguir o som da minha voz e eu saber onde vc ta.
Any: Ta-ta bom. - respondeu e seguiu reto tentando achar a trilha.
Depois do almoço Mariana perguntou:
- Any e Dul ainda não voltaram?
Poncho: Não e eu to começando a ficar preocupado.
Mah: Será que elas já chegaram e vc não viu?
Poncho: Não eu olhei faz 5 minutos no dormitório e nem sinal delas.
Mah: Às vezes elas acabaram ficando na cachoeira, mas já devem ta voltando pra almoçar.
Poncho: Ou elas estão perdidas.
Mah: Vc não disse que a Dul sabia o caminho?
Poncho: Disse, mas não sei eu to com uma sensação estranha, Any disse que não demoraria e ela
sabe que iria me preocupar se atrasasse, por isso acho que aconteceu alguma coisa.
Mah: Olha os guias daqui a pouco estão indo fazer trilha lá perto da cachoeira se elas estiverem
por lá vão acabar vindo com eles.
Poncho: Ta ok eu vou esperar mais um pouco então.
Mah: Tem um negócio de escalar aqui perto vamos lá comigo e com o Caspian? Assim vc se
distrai!
Poncho: Ta bom, nessas horas era bom um celular.
Mah: Relaxa Poncho daqui a pouco a Any chega e vai ficar tudo bem.
Poncho: Ela vai ouvir um sermão também por me deixar preocupado isso sim.
Mah: Ah nada que uns beijinhos dela não resolvam né? - sorrindo maliciosa.
Poncho acabou sorrindo tentando relaxar.
Quando encontrou Dul, Any disse a ajudando a levantar:
- Vem Dul, de vagar.
Dul: Ai ta doendo, eu quero desamarrar meu tênis.
Any: Espera que eu desamarro pra vc.
Com cuidado Any tirou o tênis de Dul que sorriu aliaviada.
- Melhorou?
Dul: Bastante.
Any: E agora por onde vamos?
Dul: Temos que achar a cachoeira.
Any: E... Como vamos fazer isso? - ofegante.
Dul: Não sei Any, vamos torcer pra não estarmos perdidas.
Any: Já deve ter passado do almoço, Poncho… Deve ta preocupado.
Dul: Me desculpa a culpa foi minha Any.
Any: Tudo bem. - sorrindo cansada.
Os cabelos de Dul já estavam soltando do rapo de cavalo e a franja de Any estava despeteada.
Continuaram andando até Dul parar minutos depois dizendo:
- Não da pra mim. - se sentando numa pedra.
Any: Como assim não dá?
Dul: Any vc vai ter que ir pedir ajuda.
Any: Que? - assustada.
Dul: Acho que estamos perdidas vc vai ter que encontrar a cachoeira sozinha, não deve estar
longe, vc lembra do caminho não lembra?
Any: Mais ou menos, mas não vou chegar ao acampamento sozinha.
Dul: Vai sim, depois da cahoeira tem a trilha certinha... Vc consegue.
Any: Mas e vc Dul?
Dul: Eu fico aqui quietinha prometo não sair daqui, vou ficar te esperando.
Any: E se eu não conseguir?
Dul: Vai conseguir sim, confio em vc.
Any: Ta! Eu já volto. - respondeu decidida.
Em seguida saiu correndo gritando por ajuda.
Um tempo depois Penélope perguntou a Ucker:
- Então vamos dar uma volta?
Ucker: Tem certeza?
Penélope: Ah só um pouquinho a gente não demora, prometo.
Ucker: Ta bem então.
Perto dali Mai perguntou:
- Bebê vamos comigo lá no negócio de escalar?
Chris: Vc quer ir mesmo lá? - desconfiado.
Mai: Uhum por quê?
Chris: Vc não tem medo de altura?
Mai: Ah um pouquinho, mas escalar é gostoso, é só não olhar pra cima.
Chris: Rum quero só ver.
Mai: Ai seu chato. - dando um tapinha nele.
Chris: To brincando, a gente escala junto e se precisar eu salvo vc.
Mai: Então ta bom. - envolvendo os braços em torno do pescoço dele.
Chris sorriu e a beijou apaixonado.
Mai: Onde esta a Dul? Será que ela foi embora?
Chris: Não... Fiquei sabendo que ela esta no mesmo dormitório que o Poncho e minha irmã.
Mai: Ainda não acredito que ela acreditou na sua irmã.
Chris: Fazer o que né?
Mai: Mas vamos esquecer ela ok?
Chris: Ok, vamos esquecer ela e escalar. - sorrindo.
Mai: Isso mesmo.
Any parou de correr fazendo força pro oxigênio chegar aos pulmões. Estava completamente
exausta, os cabelos desarrumados soltando da chuca, a boca seca, morrendo de fome e o rosto
pálido. Sentia a cabeça doer como se pesasse uma tonelada e a vista começou a embaçar
fazendo-a encostar numa árvore.
- Ai meu Deus me ajuda, eu to passando mal acho que a minha pressão caiu... Se não achar
ninguém eu e Dul estamos perdidas, me ajuda meu Deus.
Foi então que ouviu um barulho e logo à frente viu Ucker e Penélope correu na direção deles e
disse:
- Ai graças a Deus achei alguém!
Penélope: Nossa querida o que aconteceu com vc?
Any ignorou o comentário de Penélope e segurando o braço de Ucker pediu:
- Vc precisa vir comigo... Dul torceu o pé e precisamos de ajuda Ucker.
Ucker: Vc acha que eu vou cair nessa?
Any: Ucker é sério. - espantada.
Ucker: Vc é uma mentirosa e isso deve ser um plano seu pra me unir à ela faz uma coisa volta pro
acampamento e se arruma porque seu teatro não deu certo.
Penélope: Vem Ucker. - sorrindo e saindo.
Any: Não, não é mentira UCKER VEM AQUI! - gritou não sendo atendida.
Foi então que a vista dela embaçou e uma forte tontura tomou conta dela, respirou fundo se
apoiando numa árvore e tentou enxergar alguma coisa dando-se conta de que Ucker tinha
sumido de vista. Tentou seguir em frente quando ouviu um leve barulho de água, mas tudo rodou
ficando escuro e ela perdeu os sentidos caindo desmaiada.
No acampamento Mariana seguiu Poncho dizendo:
- Se acalma Poncho!
Poncho: Só vou me acalmar quando encontrar Any e ver que ela e Dul estão bem, eu senti um
aperto agora no coração e sei que tem alguma coisa errada, já passa das 4 horas e elas ainda não
vieram.
Caspian não queria dizer, mas sentia que alguma coisa tinha acontecido a Any, se tivesse seus
poderes de anjo ainda poderia encontra-la naquele momento, agora era praticamente um mortal
e isso fazia com que ele sentisse o que Poncho estava sentindo. Preocupação e impotência dois
sentimentos desconhecidos por ele até então.
Mariana: Por favor, vcs não viram uma garota loira e uma ruiva, as duas tem 18 anos
aproximadamente, uma delas é essa aqui. - mostrando uma foto de Any que Poncho lhe
entregou.
- Não senhorita, mas o que aconteceu? Elas foram na trilha conosco?
Poncho: Na verdade elas saíram por volta das 8 da manhã e não voltaram achamos que viriam
com vcs, mas ainda não apareceram já procuramos por todas as partes.
Mariana: O senhor tem certeza de que não as viu?
Ucker chegou nesse momento e vendo a cara de Mariana perguntou:
- O que aconteceu?
Mariana: Vcs viram a Any e a Dul?
Penélope: Por que o que aconteceu? - indiferente.
Poncho: Elas saíram umas 8 da manhã e não voltaram até agora.
Ucker: É sério isso?
Mariana: É claro que é, vc as viu?
Penélope encarou Ucker que disse atônito:
- Trombei com a Any há uns 40 minutos não muito longe da cachoeira, ela me pediu ajuda
dizendo que Dul tinha torcido o pé, mas eu não acreditei achei que fosse uma estratégia dela pra
nos juntar e acabei vindo embora sem lhe dar ouvidos, achei que ela fosse voltar sozinha.
Poncho: Seu desgraçado. - indo pra cima dele. - Se acontecer alguma coisa com a Any eu mato
vc.
Os guias afastaram Poncho de Ucker que chutou o chão com raiva dizendo:
- Eu sabia que tinha alguma coisa errada sabia... Vai nos levar agora aonde vc encontrou com a
Any.
Ucker: Eu não fiz de propósito Poncho eu não sabia. - tentou se defender.
Poncho: Vc cala a boca, qualquer um acreditaria olha... - se interrompeu furioso.
- Vamos depressa as condições delas não devem ser das melhores se estiverem sem comer e
beber desde as 8 da manhã no meio daquela mata.
Poncho, Mariana e Caspian foram com os guias até onde Ucker indicou e começaram a procurar.
Mariana se enfiou no meio de uns arbustos procurando, foi então que viu alguma coisa no chão,
se aproximou correndo e parou estática vendo Any caída no chão desmaiada. As roupas estavam
sujas, o rosto pálido, a boca branca e os cabelos bagunçados com alguns fios molhados grudados
em volta do rosto. Quando fez menção de gritar viu os outros se aproximando e gritou:
- Eu encontrei a Any, venham depressa, por favor, ela não esta bem.
Os guias vieram na frente prestando os primeiros socorros e Poncho chegou logo atrás se
aproximou devagar sem acreditar no que tava vendo, sentia-se responsável, pois, mesmo
sentindo que algo errado estava acontecendo esperara até aquele momento pra pedir a ajuda dos
guias, talvez devesse ter vindo atrás dela e isso não teria acontecido. Mas ninguém se sentia pior
que Ucker mesmo não gostando de Any tinha que admitir que aquilo era culpa dele e torcia pra
que Any ficasse bem e que Dul estivesse em melhores condições que ela se é que isso era
possível.
- Não tem uma mochila nada aqui com ela, a pulsação esta fraca deve ter desmaiado de fome e
apresenta um quadro de forte desidratação precisa ser levada imeditamente à enfermaria.
Mariana: E a outra garota? - preocupada.
- Os guias vão procura-la, podem ir junto se quiserem.
Poncho: Eu vou com vcs leva-la. - tentando conter as lágrimas.
Mariana: Vou ajuda-los a procurar a Dul e fico sabendo o que aconteceu. - falou a Poncho. - Fica
tranqüilo ela vai ficar bem. - acariciando o rosto dele que chorava tentando se conter.
Poncho a abraçou dizendo:
- A culpa é minha devia ter vindo atrás desde a primeira hora que saquei que tinha algo de
errado.
Mariana: Vc não podia ter previsto isso. - se soltando. - Vai ficar tudo bem. - sorrindo.
Poncho acenou com a cabeça e seguiu com mais dois guias e Caspian de volta pro acampamento.
Um tempo depois Dul disse a si mesma:
- Ai meu Deus, Any ta demorando demais será que voltou pro acampemtno e estão vindo pra cá
ou alguma coisa aconteceu com ela? - se preocupando. - E esse meu pé que não para de doer.
Foi então que ouviu algumas vozes chamando por ela sorriu dizendo:
- Eu sabia que a Any ia conseguir.
Mariana: DULCE! - gritou afastando as folhas.
Dul: Mah?! - sorrindo. - MARIANA EU TO AQUI!
Mariana: Ai graças a Deus. - correndo na direção da voz. - DUL!
Dul: MAH!... MAH! - gritou feliz ao vê-la.
Mariana: Ai amiga graças a Deus vc ta bem. - a abraçando. - Vcs não iam pra cachoeira?
Dul: Sim, mas um gambá pegou minha mochila e o perseguimos até aqui perto... Como esta a
Any?
Mah ficou séria abaixando a cabeça. Dul preocupada perguntou:
- O que aconteceu com a Any? Ela não chegou ao acampamento e pediu ajuda?
Mah: Não Dul, ela encontrou com o Ucker, mas ele não acreditou nela quando disse o que
aconteceu, achou que fosse uma armadilha pra uni-los e só quando voltou ao acampamento disse
que a tinha visto, Poncho quase o matou e a encontramos próximo a cachoeira desmaiada.
Dul: Minha nossa senhora e como ela ta? - preocupada.
Mah: Fraca e desidratada foi levada pra enfermaria.
Os guias chegaram nessa hora e um deles perguntou:
- Vc esta bem?
Dul: Acho que torci meu pé e to com muita sede e fome.
Entregaram água a Dul que virou a garrafa de uma vez sedenta e em seguida atacou uma fruta
que deram pra ela enquanto era examinada. Em seguida explicou à eles o que acontecera com
sua mochila e foi levada de volta ao acampamento para melhores cuidados.
No acampamento Poncho se levantou da cadeira e perguntou:
- Como ela ta?
- Terá que ficar essa noite aqui tomando soro, esta muito desidratada e fraca se acordar bem
poderá ser liberada até amanhã no almoço, mas terá que tomar muito liquido e só comer
alimentos leves.
Poncho: Eu cuido disso... Posso ficar com ela?
A enfermeira o encarou séria, mas Caspian fez uma cara a convencendo.
- Ok vou deixar que fique com ela, se puder dormir aqui há uma cama vaga no quarto onde ela
esta.
Poncho assentiu e em seguida entrou. Any estava deitada os cabelos soltos esperramados pelo
travesseiro um braço estava estendido recebendo soro na veia e o outro braço estava repousado
sobre o ventre. Poncho segurou a mão que estava sobre o ventre depositando um beijo e disse:
- Me desculpa meu amor, devia ter ido atrás de vc como quis fazer desde a primeira hora, a culpa
é minha por vc estar assim, só minha... Mas, por favor, por mais zangada que esteja comigo, fica
bem logo princesa preciso de vc aqui comigo, dos seus carinhos, dos seus beijos, seus sorrisos e
até das suas birras e ciúmes… Eu te amo muito Any volta logo pra mim meu anjo senão, não sei o
que vou fazer sem vc. - deu um leve beijo nos lábios dela permanecendo ali segurando sua mão.
No dormitório de Mai e Chris, Ucker entrou batendo a porta.
- Idiota é isso que vc é Christopher. - disse furioso.
Mai: O que aconteceu cara?
Ucker: Anahí e Dulce estão mal por minha culpa.
Chris: Sua culpa do que ta falando?
Ucker explicou tudo pra eles que ficaram surpresos com o que acontecera, mas não o culparam.
Um tempo depois Poncho estava de cabeça baixa quando sentiu alguém tocar seu ombro, olhou
pra trás no mesmo instante e se levantando disse abraçando a pessoa:
- Como vc ta Dul? Que bom que te encontraram.
Dul: To bem só torci meu pé... Nunca tinha me perdido antes e espero que isso não aconteça de
novo. - dando um sorrisinho. - Mas e ela? Como esta? - ficando séria e olhando pra cama.
Poncho: Ta muito fraca e não acorda de jeito nenhum. - disse triste e cansado.
Dul: A culpa foi minha eu pedi pra irmos dar essa volta, eu segui o animal que pegou minha bolsa,
eu que quis descer o barranco pra pega-la mesmo ela me dizendo que era perigoso, fui em que
pedi pra ela ir buscar ajuda... Ela se esforçou mais e estava sem comer nada o dia todo por minha
culpa.
Poncho: Agora não adianta procurar culpados... Mas Ucker devia ter escutado ela, vc ficou
sabendo?
Dul: Fiquei e vc soube como nos perdemos?
Poncho: Mah veio aqui agora pouco e me contou tudo.
Dul: Vai descansar Poncho a enfermeira disse que talvez ela só acorde amanhã cedo.
Poncho: Não importa eu passo a noite toda aqui se precisar, mas não vou deixa-la sozinha.
Dul: Tem certeza?
Poncho: Uhum a enfermeira disse que posso dormir naquela cama. - apontando.
Dul: Se quiser te faço compainha tirando meu pé esta tudo bem comigo.
Poncho: Mas é melhor ir descansar eu só vou ficar bem quando ela acordar e me perdoar por não
ter ido atrás de vcs.
Dul: O que ta dizendo Poncho? Não foi sua culpa vc não podia adivinhar!
Poncho: Mas eu fiquei o dia todo com uma sensação ruim e só fui atrás depois das 4 da tarde.
Dul: Mesmo assim não se culpe, Any vai acordar logo e vai ficar tudo bem.
Poncho sorriu triste os olhos vermelhos.
Dul: Tem certeza que não quer que eu fique aqui?
Poncho assentiu pedindo que fosse dormir e Dul acabou obedecendo. Em seguida ele voltou a se
sentar na beira da cama e ficou vigiando o sono de Any segurando sua mão e acariciando seus
cabelos com carinho esperando que ela acordasse pondo fim naquele pesadelo.
Dul estava indo pro dormitório quando ouviu alguém chama-la, se virou e perguntou:
- O que ta fazendo aqui Ucker?
Ucker: Vim saber como estava afinal se a ajuda demorou foi por minha culpa.
Dul: Esquece isso não adianta mais e agora ta tudo bem.
Ucker: Nem tudo a Anahí ta na enfermaria desacordada.
Dul: Mas vc não gosta dela por que ta preocupado?
Ucker: Não to preocupado, to me sentindo culpado isso sim.
Dul: Não precisa se sentir culpado nem ficar preocupado, ta tudo bem curte o acampamento com
a Penélope, fiquei sabendo que ela tava com vc quando Any te encontrou. - disse triste.
Ucker: Como vc soube?
Dul: Penélope contou pra Mah e ela me contou, mas deixa pra lá não importa mais.
Ucker: Vc também pode sair com algum garoto daqui.
Dul: Obrigada, mas não estou interessada... Bom boa noite Ucker.
Ucker: Quer ajuda pra subir os degraus?
Dul: Não, a Penélope não vai gostar se nos ver juntos.
Ucker abaixou a cabeça e respondeu por fim se afastando:
- Por noite então e melhoras.
Dul: Valeu. - respondeu sorrindo triste e entrou aos poucos no dormitório.
Quando acordou mal conseguiu abrir os olhos devido as luzes do sol que iluminavam o lugar onde
estava. Fechou os olhos de vez e aos poucos a consicência voltou e com ela as dores e o mal
estar. Sentia o corpo mole e debilitado além de uma dor forte na cabeça. Quando tentou se
levantar sentiu uma dor aguda e dolorida no braço esquerdo fazendo com que mal conseguisse
mexer os dedos e o braço. Respirou fundo se lembrando do que acontecera e nesse momento
sentiu algo quente sobre sua mão direita, inclinou o rosto abrindo os olhos e viu Poncho com a
cabeça escondida entre o braço esquerdo dormindo segurando a mão direita dela. Quando se
soltou sendo invadida por um cheiro de álcool e hospital começou a acariciar os cabelos dele
dizendo num sussurro:
- Poncho!
Ela afastou a mão vendo ele se mexer acordando. Assim que a viu acordada o encarando com um
frágil sorriso Poncho sentiu uma onda de emoções, alivio, medo em ver como estava debilitada,
felicidade, preocupação, angustia e ternura. Sem conseguir controlar tudo aquilo sussurrou o
nome dela e a abraçou dando-lhe um beijo apaixonado nada cuidadoso só a soltando quando Any
gemeu de dor. Afastou-se de imediado lembrando do estado dela.
- Desculpe meu anjo, mas não consegui me controlar fiquei tão preocupado com vc princesa. -
disse acariciando o rosto dela bem mais calmo.
Any: Tudo bem. - sorriu. - Mas me desculpa, não queria te assustar, nem te preocupar.
Poncho: Já passou o que importa é que vc acordou.
Any: Acordei, mas esse soro ta me incomodando, pede pra eles tirarem pra mim bebê? -
manhosa.
Poncho: Não posso Any, vc tem que tomar soro porque ta muito fraca e desidratada.
Any: Esta bem. - concordou sem escolha. - Como me acharam?
Poncho: Quando Ucker chegou ao acampamento e viu que estávamos procurando vc e Dul ele
contou que te viu, mas não acreditou no seu pedido de ajuda. - respondeu beijando a mão dela.
Any: Eu tentei ir atrás dele quando ouvi o barulho de água achei que tava salva, mas... Começou
tudo a rodar e ficar escuro é a última coisa que eu lembro.
Poncho: Ele levou a gente até onde se encontraram e Mah te achou primeiro, achei que tinham
me arrancado o coração quando te vi no chão sem cor alguma e desmaiada.
Any sorriu acariciando o rosto dele e perguntou ficando séria arregalando os olhos:
- E a Dul? Como esta?
Poncho: Acharam ela enquanto te trazíamos de volta, esta tudo bem com ela agora, o pé dela já
esta bom só precisa de alguns cuidados.
Any: Que bom, fiquei com medo de me perder dela e não achar vcs.
Poncho: Vc me perdoa pequena?
Any: Perdoar de que meu amor?
Poncho: Antes do almoço eu já tava sentindo que alguma coisa tava errada, mas só fui atrás
depois das quatro, se culpa matasse tinha morrido quando te encontrei.
Any: Vc não teve culpa meu amor... Mas então quando nos acharam...
Poncho: Já era praticamente 5 da tarde.
Any: Acho que depois dessa nunca mais vou querer sair sozinha ou perseguir animais. - sorrindo.
Poncho: Não vai porque não vou deixar. - a olhando com falsa seriedade. - Vou cuidar de vc
gatinha.
Any: Hum isso quer dizer que eu ganhei um enfermeiro? - sorrindo.
Poncho: Uhum e se não me obedecer vou ser um enfermeiro muito chato. - avisou brincando.
Any: Hum... E posso pedir um favorzinho pra esse enfermeiro tããooo lindo? - contendo o riso.
Poncho: Hum pede. - estreitou os olhos sorrindo.
Any: Será que esse enfermeiro tããooo lindo pode vir aqui mais pertinho e me dar outro beijo?
Meu namorado que me desculpe, mas se eu fosse solteira eu namorava vc. - apontando pra ele
sorrindo.
Poncho: Bom saber! Sendo assim acho que posso atender esse pedido especial. - sorrindo
malicioso.
Any sorriu assentindo com a cabeça enquanto ele se aproximou, como não podia mexer o braço
esquerdo envolveu apenas o direito em torno do pescoço dele encurtando a distancia entre eles e
se entregando em seguida ao beijo apaixonado cheio de saudades e carinho que ele lhe deu.
Mais tarde quando Mah e Dul chegaram na enfermaria escutaram uma pequena discussão:
- Anda meu anjo come.
- Não eu não quero. - fazendo birra.
Mah: O que ta havendo? - entrando no quarto vendo Any sentada na cama e Poncho de frente pra
ela segurando um prato protegido por um pano na palma da mão esquerda e uma colher na
direita.
Any: Mah, Dul que bom ver vcs duas. - sorrindo estendo o braço direito.
As duas a abraçaram e Dul perguntou com as mãos na cintura:
- Mas por que estavam brigando?
Poncho: Porque essa teimosa não quer comer.
Any: Eu já comi um pouco. - protestou.
Poncho: Quase nada melhor dizendo... Anda só mais um pouco vai, por favor princesa.
Any: Ta bom. - sorriu vencida.
Poncho mergulhou a colher na sopa dando na boca de Any que se inclinou pra recebe-la e depois
de engolir disse fazendo uma careta:
- Por isso não quero comer, comida de hospital é horrível.
Mah: Enfermaria vc quis dizer né? - sorrindo.
Any: Também, mas olha não sou a única teimosa.
Dul: Por quê? - curiosa.
Any: Me ajudem a convencer o Poncho a ir descansar ele ta aqui desde ontem quando cheguei.
Poncho: Já falei pra não se preocupar comigo, vc é a prioridade aqui. - falo sério enchendo a
colher.
Mah: Mas ela ta certa Poncho, vc ta cansado é melhor ir dormir um pouco aposto que dormiu
sentado aqui na beira da cama. - respondeu e Any assentiu.
Dul: Então... Vai pro dormitório, toma um banho, troca de roupa, dorme se quiser, come alguma
coisa depois vc volta pra cá, a gente toma conta dela pra vc.
Any: Vc ta dispensado enfermeiro... Descansa um pouquinho meu amor depois vc volta. -
sorrindo.
Poncho: Esta bem. - respondeu se levantando e deixou o prato em cima da cômoda. - Me fazem
um favor? - elas assentiram. - Tentem fazer ela comer mais um pouquinho ta?
Mah: Sim senhor. - batendo continência sorrindo.
Poncho sorriu negando com a cabeça e se aproximou da cama, acariciou os cabelos de Any
dizendo:
- Se comporta viu mocinha?
Any: Uhum assim que vc for embora eu vou sair por ai caçando aquele gambá que fez eu me
perder.
Poncho: Acho melhor vc ficar quietinha aqui e deixar o gambá ser feliz com a família dele ok?
Any: Ah ta bom então. - deu de ombros rindo em seguida.
Poncho sorriu, em seguida deu um beijo na testa dela e se dirigiu pra porta.
Any: Só isso? - fazendo bico.
Poncho voltou pra trás revirando os olhos, se inclinou quando chegou na cama e deu um beijo em
Any, quando se separou ela sussurrou:
- Te amo gatinho.
Poncho: Também te amo minha princesa. - sorrindo.
Any deu mais um beijo nele e Poncho saiu em seguida.
Mah pegou o prato e Any ordenou:
- Ah não deixa isso ai!
Dul: Any a gente prometeu pra ele, anda abre a boca.
Any: Me traz uma barra de chocolate que eu prometo que não vou deixar nada. - sorrindo.
Mah: Engraçadinha nada disso, anda pode abrir essa boca.
Any fez uma careta, mas acabou abrindo a boca aceitando na marra a sopa.
Após sair da enfermaria Poncho se dirigiu pro seu dormitório realmente precisava de um banho,
mas não estava muito afim de dormir, preferia ficar com Any até que ela pudesse ir embora de lá.
Foi então que Ucker surgiu na sua frente e perguntou:
- A gente pode conversar?
Poncho: Ta bom. - respondeu sério. - O que foi?
Ucker: Queria que me desculpasse pelo que eu fiz ontem, podia ter acontecido algo grave.
Poncho: Não tem problema mesmo que não se importe Any e Dul estão bem.
Ucker: É eu sei, mas mesmo assim quis me desculpar.
Poncho: Tudo bem vc ta desculpado é melhor esquecermos o que houve.
Ucker: É talvez vc esteja certo.
Poncho: Olha cara só tenho uma coisa pra te dizer... Abre olho ta?
Ucker: Do que ta falando?
Poncho: Não existe melhor coisa no mundo do que ter a pessoa que amamos perto da gente nos
amando da mesma forma que a amamos, pensa nisso e presta atenção no que vc ta fazendo com
vc e a Dul... Ela te ama cara e sei que vc sente o mesmo por ela.
Ucker: Ela mentiu pra mim Poncho, vc perdoaria uma mentira da Anahí?
Poncho: Se fosse a mesma mentira que a Dul na mesma hora porque não compensa terminar um
namoro pelos motivos que vc terminou... Bom vc sabe o que faz, mas não esquece o que disse.
Ucker: Ta.
Poncho acenou com a cabeça e subiu indo na direção do dormitório.
Próximo dali Mai perguntou a Chris:
- Vc vai ver sua irmã?
Chris: Não ela já tem gente demais bajulando ela.
Mai: Que bom porque não to afim de bancar a cunhada boazinha.
Chris: Não vai precisar mesmo porque Anahí não é idiota ela sabe que não gostamos dela.
Mai: Ainda bem, odeio bancar a hipócrita pra isso tem a Dul.
Chris: Nossa nunca imaginei ouvir vc dizer isso dela.
Mai: Foi ela quem procurou.
Chris: Ok, mas o que acha de darmos uma volta gatinha?
Mai: Ótima idéia aonde vc quer ir?
Chris: Lá perto da cachoeira pode ser?
Mai: Claro a gente pode dar um mergulho e namorar um pouco.
Chris: Excelente idéia. - respondeu sorrindo e a beijou.
Um tempo Any estava na enfermaria com Dul quando Caspian chegou.
- Bom Any eu vou comer alguma coisa ta? Caspian toma conta dela ai.
Caspian: Pode deixar. - sorrindo.
Dul mandou um beijo pra Any e saiu ainda mancando um pouco. Caspian notando que Any estava
séria perguntou sentando-se na beirada da cama:
- Por que esta com essa cara?
Any: To com medo das coisas terem piorado Caspian.
Caspian: Por que ta achando isso?
Any: Ucker, Mai e Chris me odeiam mais do que antes, não sei se vou conseguir o perdão deles.
Caspian: Any...
Any: Eu só tenho 3 semanas Caspian e se eu não conseguir?
Caspian: Vc vai conseguir ok? Pense positivo ta bem?
Any: Eu vou tentar. - dando um sorrisinho.
Caspian: Eu tenho certeza que vc vai conseguir o perdão de todo mundo.
Any: Não to tão confiante assim.
Caspian: Bom já cansei de falar pra vc relaxar e fazer o que tem que fazer, viva apenas e espera
pra ver se no dia 24 vc vai poder ficar ou vai ter que ir.
Any: Vou tentar seguir o seu conselho.
Caspian: Ok, como esta se sentindo?
Any: Bem melhor comparada como acordei... Esse soro ainda ta incomodando, mas já acostumei,
só to sentindo o corpo um pouco mole e sono.
Caspian: E por que não dorme?
Any: Ah fiquei acompanhada até agora por isso.
Caspian: Mas parece cansada.
Any: Ah não muito, acho que vou deixar pra descansar no meu dormitório à noite com meu bebê.
Caspian: Ok. - sorrindo. - Mas não vá se esforçar além da conta.
Any: Acho que meu enfermeiro particular não vai deixar eu me esforçar nesse sentido.
Caspian: Anahí eu estava falando pra vc não se esforçar fazendo caminhadas não o que pensou.
Any: Desculpa, às vezes esqueço que vc é um anjo. – sorrindo sapeca.
Caspian a encarou sério, mas não disse nada.
Logo depois do almoço Poncho voltou pra enfermaria encontrando Any vendo televisão. Ela
quando o viu sorriu e perguntou:
- Já posso ir embora?
Poncho: Pode.
Any: Sério? - sorrindo sem acreditar.
Poncho: Uhum trouxe até roupas pra vc se trocar.
Nesse momento uma enfermeira entrou e perguntou:
- Pode se retirar por alguns minutos enquanto eu a ajudo a tomar banho e tirar o soro?
Poncho sorriu e se retirou mandando um beijo pra Any. Em minutos ele voltou pro quarto com a
autorização da enfermeira e encontrou Any sentada na cama olhando pra baixo.
- O que foi princesa? - preocupado.
Any: Fiquei um pouco tonta. - falou sorrindo passando a mão pelos cabelos molhados.
Poncho: Vc ainda ta fraca, será que não é melhor vc continuar aqui?
Any: Não a enfermeira falou que é normal e que preciso tomar muito liquido e comidas leves só
isso.
Poncho: Hum, mas e agora? Vc não pode ir andando até o acampamento vai que passa mal.
Any: É só tem um jeito... Vc me levar de cavalinho. - sorrindo.
Poncho: Ta falando sério? - sem acreditar.
Any assentiu ficando de pé na cama com a ajuda de Poncho, esticou os braços e Poncho se
aproximou de costas. Ela o abraçou em torno dos ombros enquanto ele segurou as duas pernas
dela que riu distribuindo vários beijos pelo pescoço e rosto dele enquanto saiam da enfermaria.
- Tem alguma forma de agradecer esse enfermeiro?
Poncho: Tem, mas eu prefiro cobrar outra hora, por enquanto a última regra é... Dormir.
Any: Ah não bebê não é nem 2 horas eu não vou conseguir dormir.
Poncho: O que quer fazer então?
Any: Me leva lá na escalada.
Poncho: Ta maluca Any?
Any: Ai bebê eu não vou escalar só quero ver o pessoal fazer isso.
Poncho: Ok então, mas vai ficar quietinha sentada lá ok? E se por acaso se sentir mal me avise
ta?
Any assentiu dando um beijo no rosto dele. Passou a tarde com os amigos voltando pro
dormitório apenas à noite. Levou dois dias pra se recuperar e ser dispensada dos cuidados do
enfermeiro Alfonso. No sábado depois de tomar café Poncho puxou Any dizendo:
- Vem comigo.
Any: Pra onde? - sorrindo.
Poncho: Dar uma volta só nós dois e também porque quero realizar um feitiche.
Any: Que feitiche? - arregalando os olhos sorrindo.
Poncho: Uma... Fantasia amorosa. - sorrindo malicioso.
Any riu e deu um beijo em Poncho dizendo em seguida:
- Esta bem vamos.
Andaram por alguns minutos até Poncho puxar Any encostando-a numa árvore. Ele sorriu
maliciosamente vendo ela com a parte de cima do biquíni e saia, ela sorriu envergonhada com o
jeito como ele a olhava parecendo despi-la e se aproximando lhe deu um beijo. Poncho a
pressionou com mais força contra a árvore e o clima começou a esquentar. Any mergulhou as
mãos por baixo da camisa dele que se separou dela tirando-a rapidamente. Em seguida começou
a beijar o pescoço dela dando alguns chupões enquanto com uma mão desfazia o nó do biquíni
dela e a outra subiu por sua coxa por dentro da saia. Any suspirou quando sentiu a parte de cima
do biquíni ir ao chão e os beijos de Poncho invadirem seus mamilos. Ele então envolveu a perna
esquerda de Any em torno da sua cintura e afastando a parte de baixo do biquíni começou a
acariciar a intimidade dela que cravou a unha nas suas costas mordendo e beijando o ombro e
pescoço dele. Poncho intensificou os movimentos arrancando altos suspiros de Any que
arranhava as costas dele sentindo como se uma corrente elétrica percorresse seu corpo num
turbilhão de emoções.
- Poncho... Me beija!
Ele obedeceu prontamente dando um beijo cheio de desejo e movimentos nela enquanto ela
tentava tirar a bermuda e a sunga dele libertando seu membro já ereto. Poncho se separou do
beijo tirando a saia e a parte de baixo do biquíni dela no mesmo momento que Any tirou
bermuda e a sunga dele.
Voltaram a se beijar e Poncho a penetrou erguendo-a do chão, rapidamente chegaram ao clímax
e Any sentiu as pernas amolecerem ao ser posta no chão, encarou Poncho sorrindo e disse:
- Eu amo vc.
Poncho: Eu também princesa, eu também. - sussurrou e a beijou em seguida.
No acampamento Mah perguntou a Dul:
- Vc ta melhor?
Dul: Uhum quase não sinto mais dor no meu pé.
Mah: Que bom vc passeou esses dias né?
Dul: Uhum. - sorrindo.
Foi nessa hora que Ucker apareceu com Penélope grudada no seu braço, Dul abaixou a cabeça
triste.
- Não fica assim.
Dul: Tudo bem eu to me acostumando já.
Mah: Com essas coisas a gente não acostuma nunca Dul.
Dul: Acostumamos quando não temos outra escolha. - respondeu e olhou na direção onde foram.
Mah: Vem, o que acha de darmos uma volta?
Dul: Agradeço que queira me animar, mas não sei se vai conseguir.
Mah: Ah vou sim, vem vamos passear.
Dul: Aonde quer ir?
Mah: Podemos ir naquele negócio que desce com corda e cai na água.
Dul: Ah ta como chamna mesmo?
Mah: Não lembro. - falou rindo. - Mas vamos lá enquanto vc não pode escalar?
Dul: Acho que a partir de amanhã não tem mais problema, só não faço escalada hoje porque
tenho medo de machucar meu pé mais sério.
Mah: Então vamos pular lá no rio e de boa.
Dul: Sim senhora.
Mah: e depois podemos fazer aquele percurso também é bem da hora.
Dul: É vai ser legal. - sorrindo desanimada.
Mah: Ah não fica assim eu também to solteira com o cara que gosto aqui e não posso fazer nada.
Dul: Então vc ainda é afim do Caspian.
Mah: É, mas to conseguindo desencanar eu acho, mas vamos esquecer esses garotos ta bom?
Dul: Ta ok, vc ta certa.
Mah: Então vem vamos nos divertir.
Dul: Estão vc me convenceu, vamos nessa.
Próximo dali Gabrielle falou sozinha:
- Droga agora que a Penélope se aproximou do Ucker eu to sozinha, odeio isso.
Foi então que viu Mai e Chris aos beijos e disse brava:
- Era só o que me faltava, ter que dar de cara com esse casalzinho meloso.
Os dois vendo se aproximar se afastaram e Chris perguntou:
- Tudo bem com vc Gabrielle?
Gabrielle: Mais ou menos, vcs viram a minha amiga?
Mai: Ta com o Ucker achei que já sabia disso.
Gabrielle: É na verdade eu sabia, só perguntei mesmo pra ter certeza.
Chris: Ah ta!
Gabrielle: E o Poncho? - perguntou na esperança de que ele não estivesse com Any.
Mai: Olha se não ta por aqui ta com a namorada dele.
Gabrielle: É não precisava nem ter perguntado.
Chris: Mas por que vc ta nesse mau-humor?
Gabrielle: Ah nada não, outra hora a gente se fala, tchau. - e saiu.
Mai: O que será que deu nessa garota?
Chris: Acho que ela ta se sentindo sozinha.
Mai: É Penélope com Ucker e a Mah que conheceu ela primeiro ta com a Dul.
Chris: Ainda bem que eu tenho a minha gatinha morena comigo.
Mai: E eu meu amorzinho loiro. - sorrindo e o beijou.
Um tempo depois Any e Poncho voltaram pro acampamento Any vinha na frente andando de
costas e conversando animadamente com Poncho que disse sorrindo:
- Cuidado ai hein.
Any: Se eu tropeçar vc me segura né? - estendendo as mãos.
Poncho: Te seguro (pegou na mão dela) te abraço (a abraçou) e te beijo! - a beijou.
Any envolveu os braços em torno do pescoço de Poncho se entregando ao beijo e correspondendo
com a mesma intensidade, quando se separaram ficaram se encarando e Poncho roçou seu nariz
no de Any que riu e se aproximou lhe dando mais um beijo, quando se separaram ela perguntou:
- Meu amor vamos comigo lá na administração ligar pro orfanato?
Poncho: Ai é verdade hoje é a operação da Sara né?
Any: Uhum vc vem comigo telefonar?
Poncho: Claro que sim. - sorrindo e a beijou.
- Rum, com licença.
Os dois se separaram encarando a moça ruiva que perguntou:
- Vcs são Anahí e Alfonso Herrera? - eles assentiram. - Tem uma ligação pra vcs da capital, a
moça que quer falar com vcs disse que se chama Juliana.
Any encarou Poncho sorrindo e perguntou:
- Vamos lá falar com ela?
Poncho: Uhum! - respondeu sorrindo.
Any: Obrigada a gente ta indo lá.
A moça ruiva assentiu e os dois subiram. Quando chegaram na recepção da administração a moça
passou o telefone pra eles, Any atendeu e perguntou:
- Juliana?
Juliana: Any que bom falar com vc, estão se divertindo ai?
Any: Sim bastante, o lugar é incrível, mas como estão as coisas ai? Sara já foi operada?
Juliana: As coisas estão bem por aqui e a Sara ainda não foi operada.
Any: Nossa vc me assustou achei que tivesse ligado porque tinha acontecido algo.
Poncho: A Sara foi operada?
Any: Ainda não. - respondeu tapando o bocal do telefone. - Mas então Ju, como ela ta?
Juliana: Então eu liguei ai porque uma certa pessoinha se recusa a ser operada sem antes falar
com vc e o Poncho pelo menos. - respondeu sorrindo.
Any: Ah imagino quem seja... Sara quer falar com a gente antes de ser operada. - disse a Poncho.
Juliana: Bom eu vou passar pra ela ok?
Any: Ta bom. - sorrindo.
Juliana entregou o telefone a Sara que estava sentada na cama e disse quando o pegou:
- Any?!
Any: Oi minha linda como vc ta?
Sara: Com saudades, por que vc não veio me ver ainda?
Any: Porque eu ainda to aqui no acampamento, mas assim que eu sair daqui eu vou te visitar ta?
Sara: E quando vc vem?
Any: Ainda não sei, mas em poucos dias a gente vai se ver.
Sara: Vc promete que vai vir me visitar?
Any: Prometo e por recompensa o que quer que eu traga pra vc?
Sara: Trazer com vc? O Poncho e a Lívia, traz eles e vem também?
Any: Pode deixar. - sorrindo.
Sara: Eu to com medo Any, volta logo.
Any: Eu prometo que volto o mais rápido possível, mas vai dar tudo certo vc vai ver.
Sara: Ta bom... O Poncho ta ai cum vc?
Any: Ta aqui sim, espera que eun vou passar pra ele.
Poncho sorriu pegando o telefone e perguntou:
- Como ta minha bonequinha?
Sara: Poncho vc também não vai vir me ver?
Poncho: Ah Sara eu até queria ir hoje, mas não dá.
Sara: Hum... Vc e Any não gostam mais de mim?
Poncho: É claro que gostamos, a gente te adora por que ta falando essas coisas?
Sara: Porque vcs não vêem me ver. - triste.
Poncho: Hoje a gente não pode, mas daqui alguns dias vamos te visitar ok?
Sara: Ta bom então.
Poncho: Mas a gente ta torcendo pra dar tudo certo na sua cirurgia ok?
Sara: Uhum, manda beijo pra todo mundo e diz que eu to com saudade.
Poncho: Pode deixar, outro beijo pra vc pequena.
Sara: Ah Ju quer falar com vc, tchau.
Poncho: Tchau linda beijos.
Sara entrou o telefone a Juliana que perguntou:
- Poncho tudo bem querido?
Poncho: Tudo em ordem.
Juliana: Vc avisa a Any que as crianças querem aprender a dançar com ela?
Poncho: Ta eu aviso sim.
Juliana: É que elas vieram me perguntar se não tem outro concurso pra tia Any ensinarem eles?
Poncho: Que legal que eles gostaram de dançar naquele concurso.
Juliana: Eu pensei da gente se desse tempo ensaiar algo pro Natal.
Poncho: Eu posso falar com a Any e ela fala com vc quando voltarmos.
Juliana: Então ta bom, manda um beijo pra todos ai e divirtam-se.
Poncho: Obrigado Juliana, até logo.
Juliana: Até, tchau.
Poncho: Tchau. - e desligou. - Meu amor tenho novidades.
Any: O que foi? - sorrindo.
Poncho: A Juliana perguntou se quando voltarmos vc não pode ensaiar com as crianças alguma
apresentação de Natal.
Ao ouvir aquelas palavras e se dar conta de que faltava 18 dias apenas, Any ficou séria.
- O que foi Any? Não gostou?
Any: Hum?! - despertando do transe. - Gostei sim é um... Uma boa idéia.
Poncho: Vc ficou estranha o que foi? Ta tudo bem?
Any: Uhum. - forçando um sorriso. - Eu vou pensar em alguma coisa e quando a gente voltar eu
falo com ela. - respondeu tentando esconder a preocupação.
Poncho: Tem certeza de que ta tudo bem? - se aproximando, acariciou seu rosto com os
polegares.
Any assentiu sorrindo, em seguida deu um beijo em Poncho e o abraçou com força, ele
estranhou, mas não disse nada. Quando estavam voltando pro dormitório ouviram o guia
dizendo:
- Devido há alguns pedidos vamos acampar no centro da floresta.
Alguns se surpreenderam como Poncho e outros sorriram empolgados como Any que achou
melhor curtir o acampamento com o namorado e esquecer o lance do Natal.
- Se alguns não quiserem não vai haver problema alguns guias...
- Quando partimos? - perguntou um rapaz loiro tão empolgado quanto seu grupo de amigos.
- Vamos dar uma aula daqui a pouco de como montar barracas pros que ainda não sabem e
também vamos auxiliar vcs a montarem um kite de primeiro socorros.
- E tem algum propósito? - perguntou uma jovem morena.
- Sim, estamos com cerca de 18 pessoas ao todo... Vcs vão se dividir em dois grupos sendo
comandados por dois guias cada um e vamos bolar um tipo de brincadeira, vamos ver qual grupo
consegue sobreviver no meio do mato por 3 dias contando com hoje, vamos estar com vcs em
algumas tarefas ajudando-os e em outras terão que cumpri-las sozinhos e sem nossa ajuda.
Mai: E o que o grupo vencedor ganha?
- O grupo que vencer vai ganhar camisetas do acampamento, essas azuis que nós guias usamos
além de um passeio surpresa e a chance de ver o grupo perdedor lhes preparando e servindo um
gostoso almoço quando voltarmos pra cá.
O pessoal sorrindo gostando da brincadeira e o guia avisou:
- Podem começar a preparar as mochilas e as pessoas que quiserem algumas aulas pra montar
barraca sigam aquela moça ali. - apontando uma loira. - Vamos sair às 5 horas daqui.
Algumas pessoas se dirigiram a moça loira e o restante foi pros dormitórios arrumarem as
mochilas pro acampamento, alguns curiosos com o que aconteceria, outros com aquele medo
quando se vai entrar numa montanha russa e alguns empolgados.
Poncho passou um braço pelos ombros de Any a abraçando e ela disse a caminho do dormitório:
- Acho que vou assistir a aula daquela moça. - falou sorrindo.
Poncho: Meu amor eu ter ajudo a montar a barraca não se preocupe.
Any: Por que será que eles estão fazendo isso?
Poncho: Ah por que a idéia de acampamento é exatamente essa, barracas, meio do mato,
fogueira no meio da roda, bichos por perto, caça a comida... Essas coisas, fica meio chato quando
tem tudo pronto como aqui. - respondeu sorrindo.
Any: É verdade a gente acampa achando que vai dormir barracas não em casinhas pequenas.
Poncho: Por isso pediram as barracas pra essa brincadeira.
Any: Qual será o passeio surpresa?
Poncho: Não sei, eu nunca vim acampar aqui antes.
Any: Mas parece que vai ser divertido né?
Poncho: Bastante. - sorrindo pra ela que lhe deu um beijo rápido.
Quando deu 5 horas todos estavam prontos com barracas e mochilas nas costas, além dos sacos
de dormir, seguiram o guia com suas garrafas de água na mão e andaram por cerca de 2 horas e
meia chegando no local já de noite. Quando pararam o guia disse:
- Foram entregues pra vcs alguns papézinhos com os números 1 e 2, por favor todos que forem
do grupo 1 fiquem do meu lado e do grupo 2 do lado daquele rapaz e da moça... Eu me chamo
Roger e essa é a Luciana, vamos guiar o grupo 2, do outro lado estão a Thalita e o Bruno eles são
do grupo 1... Agora abram seus papéis e se encaminhem ao grupo que pertencem.
As 18 pessoas abriram seus papéis ao mesmo tempo e ouve uma pequena confusão até cada ir
pro seu grupo. No grupo 1 ficaram Caspian, Ucker, Mai, Chris e Penélope e no 2 ficaram Mariana,
Any, Poncho, Dul e Gabrielle.
Gabrielle: Que legal estamos no mesmo grupo.
Any abraçou Poncho enciumada impondo sua presença. Só o soltou quando Luciana disse:
- A primeira tarefa dos dois grupos será ver quem monta as barracas mais rápido, nós guias não
vamos ajuda-los, mas vcs podem se ajudar... Podem começar.
Rapidamente as barracas foram montadas no grupo 1 Ucker, Penélope, Mai e Chris montaram a
deles rapidamente ajudando Caspian e os outros a fazerem o mesmo. Na 2 Poncho, Dul e
Gabrielle foram os mais rápidos, Dul ajudou Mariana e Poncho ajudou Any enquanto os outros
terminavam com a ajuda de Gabrielle. Quando terminaram Bruno e Luciana pararam os
cronômetros e ela disse:
- Parabéns grupo 1, vcs ganharam a primeira provinha.
O grupo se abraçou e aproveitou pra trocarem alguns nomes.
Thalita: Agora vamos dar um descanso pra vcs se conhecerem e depois terão que fazer um jantar
ok? Vamos ver quem se da melhor, não vão poder pedir nossa ajuda!
O pessoal concordou e se reuniram e começaram a se apresentar, no grupo 1 estavam Caspian,
Ucker, Mai, Chris, Penélope, uma ruiva chamada Samantha e dois garotos morenos chamados
Sérgio e Toni. No grupo 2 estavam Poncho, Any, Mariana, Dulce, Gabrielle, um garoto loiro
chamado Murilo, um de cabelos castanhos chamado Henrique e um garoto moreno apelidado de
Trévis.
Poncho: Bom alguém aqui além de mim sabe cozinhar aqui?
Henrique: Vixe nisso eu sou um fracasso.
Murilo: É verdade eu to de prova, esse aqui num consegue nem assar uma pizza pronta.
Trévis: Também não sei nada.
Poncho: Bom tirando Any e os meninos sei que Mah e Dul cozinham, sabe fazer alguma coisa
Gabi?
Gabi: Posso ajudar. - sorrindo toda feliz porque ele a chamara pelo apelido.
Any olhou pro lado séria colocando a mão na nuca, Dul fez sinal erguendo as sobrancelhas
apontando pra Any. Poncho percebeu que ela olhava pro lado séria como se observasse o outro
grupo enquanto Murilo não parava de olhar pra ela. Então afim de não despertar os ciúmes dela e
mostrar pra Murilo que ela não estava disponível Poncho a puxou lhe dando um beijo de
surpresa.
- Vc vai me ajudar a cozinhar né?
Any: Se vc quiser. - dando de ombros séria.
Poncho: Que pergunta meu anjo, claro que eu quero. - acariciando o rosto dela sorrindo.
Any deixou o ciúmes de lado quando se lembrou de como Poncho cuidara dela nos últimos três
dias e como havia se preocupado com ela. Sorriu e deitou a cabeça no ombro delem mais calma.
No grupo 1 Ucker perguntou:
- Quem pode cozinhar porque eu e Chris não sabemos né cara?
Chris: Com certeza. - sorrindo.
Sérgio: Nem eu.
Toni: Eu só sei fritar ovo e fazer miojo! Rimo! - falou sorrindo e outros riram.
Penélope: Desculpa meninas, mas também não sei nada.
Samantha: Olha eu me viro bem, posso ajudar.
Caspian: Bom eu não sei cozinhar.
Mai: É Samantha sobrou pra gente, vcs podem ajudar pelo menos?
Sérgio: Sem problemas.
Samantha: Ok então. - sorrindo.
Passado alguns minutos o guia disse:
- Podem começar a preparar a janta, vamos ver quem se da melhor, não precisam fazer com
pressa.
O pessoal preparou com cuidado a comida tentando fazer um banquete com poucos recursos.
Mai: Tenho certeza que nessa perdemos?
Samantha: Por quê? Nós duas cozinhamos muito bem.
Mai: Acontece que do outro lado tem o Poncho que cozinha MUITO bem pra um homem e 4
mulheres que sabem cozinhar pra ajudar. - respondeu frustrada.
Samantha: Ah ta entendi!
Mais alguns minutos passaram pros jantares ficarem prontos e não foi surpresa quando Roger
disse:
- Parabéns grupo 2, vcs conseguiram fazer um excelente jantar e aproveitar os poucos recursos.
O pessoal comemorou se abraçando e Poncho não gostou quando Murilo abraçou Any feliz demais
e muito menos Any gostou quando Gabrielle abraçou Poncho intima demais pro gosto dela. Os
dois se encararam sérios mostrando que estavam com ciúmes um do outro, Dul revirou os olhos
quando viu e sorrindo pra Mah ao ter uma idéia disse:
- E o único casal do grupo não se cumprimenta não?
Any a encarou séria percebendo a armação e Dul sorriu cinicamente mandando um beijo.
Murilo: Quem ta namorando aqui?
Mariana: Vai Poncho logo, mostrar pra esse menino o que é seu anda. - dando uma cotovelada
nele.
Poncho: Nós estamos namorando. - abraçando por trás Any que permaneceu séria.
Henrique: Tem certeza?
Trévis: Ela não parece convencida disso.
Poncho: Ah sem problemas. - respondeu sorrindo e inclinou Any lhe dando um beijo de cinema.
O pessoal riu e se afastou fingindo fazer algo, Henrique bateu nas costas de Murilo que se afastou
sério. Quando se separaram Poncho sussurrou no ouvido de Any:
- Eu to vendo aquele Murilo de olho em vc ta?
Any: E eu to vendo a Gabrielle dando em cima de vc desde que chegamos, antes de falar de mim
olha pra vc ta! - rebateu brava. - Eu vi o jeito como se abraçaram e vc retribuiu.
Poncho: Ah é e a forma como o Murilo te abraçou? - cruzando os braços a encarando.
Any: Eu nem conheço ele e todo mundo se abraçou.
Poncho: Olha... É melhor a gente parar por aqui se vc não quiser brigar.
Any: Ta, mas vc me acusa de coisas que faz também.
Poncho: Any! Chega, pra mim já deu. - e se virou chateado.
Any arrependida seguiu Poncho e o abraçou por trás dando beijos nas costas dele pedindo:
- Perdão bebê, perdão eu não quero brigar com vc, me perdoa?
Poncho: Any por que vc faz essas coisas? - se virando pra ela.
Any: Porque eu sou uma tonta.
Poncho: Deve ser mesmo pra pensar que eu te trocaria pela Gabrielle.
Any: É eu sei que sou tonta, mas uma tonta muito tonta, que muito, muito mesmo te ama então
não precisa ficar com ciúmes desse garoto, eu não troco vc nem por ele nem por ninguém. -
sorrindo e o abraçou. - Desculpa sua princesa boba, tonta e muito ciumenta?
Poncho sorriu e a beijou retribuindo seu abraçou, quando a soltou disse:
- Oh meu amor, te amo viu!
Any: Também te amo. - sorrindo e se soltou. - Ta vendo o que da namorar o cara mais lindo? Se
eu sou ciumenta assim a culpa é sua que não contente em me deixar louca, enlouquece as outras
meninas também. - disse sorrindo com as mãos na cintura.
Poncho: Pois saiba que a única que me interessa enlouquecer, já enlouqueço. - sorrindo
malicioso.
Any: E como. - piscando pra ele sorrindo sapeca.
Poncho riu e a abraçou lhe dando outro beijo.
No outro dia de manhã o pessoal aproveitou pra passear um pouco pelas redondezas de onde
estavam acampados. Longe das mordomias tiverem que procurar frutas que servissem de café da
manhã. Quando estavam andando de volta pro acampamento Any contente abraçou Dul e
Mariana.
- O que vc tem?
Any: Como o que eu tenho Mah sabem que dia é depois de amanhã? - sorridente.
Dul: Depois de amanhã? Dez de dezembro?
Any: Uhum! - afirmou sorrindo.
Mah: E o que tem?
Any: A gente vai voltar pro acampamento depois de amanhã né?
Dul: Uhum, mas o que vc tem?
Any: É que preciso que me ajudem numa coisa.
Mah: Que coisa?
Any: Eu vou explicar pra vcs.
Trévis: Vc é o cozinheiro do grupo né?
Poncho: Isso mesmo.
Trévis: Desculpa a curiosidade, mas qual das meninas é tua namorada mesmo?
Poncho: A loirinha do meio por quê?
Trévis: Ah ta... Não, por nada não só curiosidade.
Poncho: Vc ou um dos seus amigos ficou interessado em alguma delas?
Trévis: Não só pra saber mesmo.
Poncho: Ah ta, bom elas são minhas amigas e se o interesse não for com a Any eu posso ajudar.
Trévis: Ah valeu.
Poncho: De nada. - sorrindo estava de muito bom humor pra arrumar encrenca.
Quando chegaram no acampamento Bruno perguntou:
- Encontraram alguma coisa que sirva de almoço?
Mai: Nada! - sentando com seu grupo cansada.
Penélope: Esse mosquitos já me encheram. - espantando com as mãos.
Thalita: Mas não encontraram nada?
Ucker: Não.
Chris: Só frutas.
Sérgio: Pelo menos não fomos os únicos a nos dar mal.
Bruno: Grupo 1 também não achou nada?
Luciana: Aqui também não, só encontraram frutas.
Samatnha: Espera ai eu tive uma idéia.
Toni: Qual?
Samantha: Eu sei uma receita com frutas e moluscos incrível.
Caspian: Moluscos? Aquelas pobres criaturinhas que vivem na água.
Samantha: Isso, a gente pode voltar e busca-los pra fazer algo.
Penélope: Ai acho aqueles bichos tão nojentos.
Mai: Vc vai gostar quando prova-los.
Sérgio: Eu topo já comi e achei bom.
Samantha: Então ta, Mai me ajuda a cozinhar?
Mai: Claro sem problemas.
Samantha foi até Thalita e Bruno que guiavam seu grupo e perguntou se podia voltar pra pegar
alguns moluscos, Bruno autorizou e ela foi com a ajuda de Sérgio que se prontificou de imediato.
Uma hora depois o grupo dois ganhava por ter conseguido um excelente almoço a base de uma
criativa combinação de furtas e moluscos. Como a porção foi grande o grupo acabou ganhando.
Dul: É tenho que admitir que eles mandaram bem.
Murilo: Nossa isso aqui é bom nunca tinha comido.
Any: Ta bom por causa das frutas porque esses moluscos estão meio azedos.
Mah: É verdade.
Trévis: Eu queria umas provas mais emocionantes do que montar barraca e ficar cozinhando.
Henrique: Ai concordo.
Roger: Então espero que não liguem do que preparamos pra vcs.
Poncho: Do que estão falando?
Luciana: Já vai saber. - piscando sorrindo.
Bruno: Gente agora vcs vão desmontar as barracas ok?
Penélope: Por que vamos embora?
Thalita: Não, não, não ainda não acabou a melhor parte é agora.
Roger: Antes de virmos pra cá ficou pronta pra vcs duas trilhas diferentes que vão dar no topo
daquela colina ali, dentro dela tem uma bandeira branca, vai ganhar o passeio e as camisas daqui
o grupo que chegar lá primeiro.
Sérgio: Que da hora.
Roger: Mas prestem atenção, vcs vão enferntar alguns obstáculos no meio do caminho e vão
encontrar alguns animais presos com pistas de pra onde vcs devem seguir ok? Soltem os animais,
peguem as pistas e sigam em frente, se não se atrasarem deverão chegar na colina amanhã no
fim da tarde, assim que o primeiro grupo chegar vamos encontrar o segundo não se preocupem.
Samantha: Mas não é perigoso e se nos perdemos?
Bruno: Quanto a isso, vcs precisam nomear duas pessoas pra representar o grupo, os
representantes ficaram com uma bússola cada um e um auki-toque pra se comunicarem com a
gente caso algum problema aconteça, se vcs verem que estão perdidos, ou se alguma coisa grave
acontecer com algum de vcs ok?
Mai: Mas tem algum perigo?
Luciana: Não o que pode acontecer é em alguma armadilha alguém machucar o pé e não
conseguir continuar, vcs se perderem da rota.
Henrique: Tem jeito de saber se estamos perdidos?
Thalita: Tem, pois a cada uma hora de caminhada mais ou menos vcs devem encontrar pistas pra
seguirem em frente, se vcs verem que o caminhom que estão fazendo da em lugar algum falem
com a gente e guairemos vcs até a próxima pista.
Chruis: Entendi.
Roger: Se não tiverem nenhuma dúvida podem levantar acampamento.
Any: Isso quer dizer que vamos acampar em outro lugar essa noite e sem vcs?
Eles assentiram e alguns sorriram outros se assustaram. Ficou definido como representante do
grupo 1 Mai e Chris e do grupo 2 Any e Poncho devido ao sucesso dele na cozinha.
Quando estavam prestes a ir embora Any se aproximou e perguntou sem jeito:
- Bebê posso te pergunta uma coisa? - Ele assentiu enquanto terminava de arrumar as coisas na
mochila. - Como ficou as coisas entre vc e o Ucker depois do que aconteceu quando me perdi?
Poncho: Na mesma. - respondeu colocando a mochila nos ombros. - Mas por que vc quer saber?
Any: É que esqueci de perguntar e não quero ver vcs dois brigados por minha causa. - triste.
Poncho: A gente não ta brigado pode ficar tranqüila. - acariciando o rosto dela sorrindo.
Any: Vcs conversaram então? - sorrindo.
Poncho: Uhum… E ta tudo bem, ele pediu desculpas, eu aceitei e ainda dei um conselho.
Any: Pra ele se entender com a Dul?
Poncho: É basicamente isso, mas em outras palavras. - sorrindo.
Any: Que bom, eu tinha medo de te separar dos seus amigos quando a gente ficasse junto. -
séria.
Poncho: Não separou e em breve eles vão ser seus amigos também assim como Mah e Dul são.
Any: Tomara porque eu não quero mais ser acusada de provocar a discórdia no grupo.
Poncho: Meu anjo vc não sabe que antes de haver paz, tem que ter guerra? Vc veio pra
desarrumar tudo e colocar as coisas no devido lugar e ta se saindo bem, em breve toda essa
confusão vai acabar e vamos ficar todos unidos e felizes. - sorrindo e piscou pra ela que sorriu.
Any: Tomara meu amor, tomara. - sorrindo e o beijou.
Murilo: E então vamos nessa? - chegando.
Poncho: Uhum!
Roger: Grupo 1 vai pelo norte e grupo 2 pelo leste sigam sempre na direção Sul pra chegarem ok?
O grupo assentiu e cada um foi pra um lado.
Já fazia 15 minutos que estavam andando quando o grupo 1 ouviu um barulho.
Mai: O que foi isso? - assustada.
Chris: Ta vindo dali. - apontou pra trás de uns arbustos.
Sérgio: Será que é algum bicho?
Samantha se aproximou devagar abrindo caminho através dos arbustros e disse sorrindo:
- Olha que gracinha!
O restante do grupo se aproximou e sorriu quando viu um camundongo dentro da gaiola e junto
dele um papelzinho.
Sérgio: Espera ai eu te ajudo.
Samantha sorriu e juntos libertaram um bichinho, Caspian o pegou e disse:
- Vamos colocar no meio do mato.
Quando aproximou o bichinho do chão ele se soltou e saiu correndo sumindo de vista.
Ucker: Encontrem uma árvore próximo daí marcada com uma fita, sigam na direção dela.
Olharam em volta e Toni disse:
- Ali ó encontrei.
Penélope: Então vamos nessa direção.
Discretamente pegou na mão de Ucker que deu um sorriso sem jeito, mas não fez objeções.
No grupo 2 Gabrielle perguntou:
- Vcs tem certeza que essa é a direção certa?
Mah: Era o que tava na pista, sigam a trilha adiante.
Gabrielle: E se a gente se perder.
Any: Ai menina para de reclamar.
Gabrielle fechou a cara e cruzou os braços. Quando voltou a caminhar um bicho passou correndo
por ela fazendo com que desse um grito tropeçando numa pedra e caindo no chão. Os outros e
principalmente Any acabaram rindo da cena.
Gabrielle: O que estão olhando? Me ajudem aqui! - esbravejou.
Henrique: Vem eu te ajudo. - estendendo a mão.
Any ainda ria quando Poncho a encarou sério, ela assentiu se contendo e encarou Mah e Dul que
fizeram o mesmo. Passado o susto voltaram a caminhar.
Duas horas depois Dul perguntou preocupada:
- Gente não achamos mais nenhuma pista e se estivermos perdidos?
Trévis: Vamos andar mais um pouco qualquer coisa a gente fala com os guias.
Mariana: Não vai ser preciso, olha ali na frente.
Se aproximaram de uma gaiola encontrando um pardal.
Any: Ai que graçinha.
Quando soltaram o passarinho Poncho pegou a pista e leu:
- Sigam por mais uma hora em frente quando encontrarem uma árvore marcada com uma fita
parem pra acampar! Boa sorte…
Gabrielle: Mais uma hora pra acampar?
Henrique: Do que ta reclamando estamos indo bem.
Any: Vou ter que concordar com ela, eu to cansada. - sentando numa pedra e bebeu água..
Mah: Vamos descansar um poquinho ai a gente continua ta?
Gabrielle: Excelente idéia.
Henrique sentou ao lado de Gabi e perguntou:
- E ai tudo bem?
Gabrielle: Uhum! - respondeu meio mau humorada.
Murilo seguiu Poncho quando ele se aproximou e perguntou a Any:
- Quer ir dar uma volta comigo ou ta muito cansada?
Any assentiu se levantando e sussurrou no ouvido dele:
- Eu nunca vou estar cansada pra vc meu amor.
Poncho sorriu e lhe deu um beijo. Quando se separaram ele a puxou e saíram de mãos dadas.
No grupo 1 Caspian gritou:
- Olha aqui tem outra pista.
Soltou o animal e leu a pista, quando os outros chegaram Chris perguntou:
- O que ta escrito?
Caspian: Pra andarmos por volta de quarenta minutos até encontrarmos uma fogueira semi
montada em campo aberto pra acamparmos.
Samantha: Vamos nessa então?
Mai: Não podemos esperar um pouquinho, eu to cansada.
Penélope: Também to. - manhosa.
Toni: Então vamos esperar um pouco.
Ucker: Ok. - respondeu e sentou ao lado de Penélope.
Penélope: Já te disseram que vc fica lindo de boné?
Ucker assentiu dando um sorrisinho amarelo, a garota o abraçou pelo pescoço e perguntou:
- E que vc fica... Muito gosto, já disseram?
Ucker sorriu e a encarou, Penélope lhe deu um beijo deitando em seguida a cabeça no ombro
dele.
Um tempo depois no grupo 2 Poncho disse soltando Any do abraço:
- Senta aqui.
Any sorriu e se sentou no chão encostando numa árvore. Poncho sentou ao lado dela e a encarou,
Any acariciou o rosto dele e o beijo. Poncho se inclinou sobre ela e perguntou:
- Ta cansada pra isso?
Any negou com a cabeça e voltaram a se beijar.
Mah: Opa desculpa não queria incomodar vcs. - erguendo as mãos.
Os dois se separaram e Poncho se levantou perguntando:
- Tudo bem Mah, já vamos?
Mah: Uhum!
Any: Ah mais uma hora andando. - resmungou se levantando.
Mah: Ai tadinha. - zombou sorrindo.
Poncho: Ta cansada mesmo né?
Any: Uhum, mas tudo bem. - sorrindo.
Mah: Então vamos?
Poncho: Uhum, mas antes... - parou e encarou Any. - Vou levar essa princesa no colo já que ela ta
cansada. - a pegou no colo sem dar tempo dela protestar.
Any: Não bebê não precisa vc vai se cansar, me põe no chão. - tentando se soltar rindo.
Poncho então a colocou no chão, Any lhe deu um beijo e disse em seguida:
- Obrigada meu anjo, mas não precisa me levar no colo vai se cansar.
Poncho: Por vc vale a pena pequena.
Any sorriu derretida e Mah disse batendo as mãos:
- Vamos nessa crianças temos um bom caminho até acamparmos.
Poncho: Sim senhora. - revirando os olhos e pegou na mão de Any.
Uma hora depois no grupo 1 Ucker disse:
- Olha só o que eu achei. - mostrando um papelzinho.
Penélope: Outra pista?
Ucker: Exatamente e ta dizendo que agora vamos ter que seguir caminho sozinhos.
Mai: Não vai ter nada nos ajudando então?
Ucker: Não.
Sérgio: Ah, mas nem precisa, olha da pra ver aonde temos que ir daqui.
Chris: Acho que as pistas era pra gente chegar até aqui só.
Samantha: É o que ta parecendo.
Ucker: Então vamos preparar alguma coisa pra comer e dormimos?
Toni: Beleza, se meu relógio ta certo são 7 horas da noite já.
Penélope: Caramba passa rápido né?
Mai: Muito rápido.
No grupo 2 Gabrielle largou a mochila no chão e perguntou:
- É aqui?
Henrique: Parece que sim.
Mariana: Não parece, é. - pegando um papelzinho e leu.
Any: Outra pista? O que diz ai? - parando ao lado dela.
Mariana: Que mandamos muito bem e chegamos ao local certo pra acampar, daqui pra frente
vamos ter que seguir sozinhos.
Trévis: Ou seja sem ajuda? - perguntou e Dul assentiu. - Que massa! - sorrindo empolgado.
Poncho: Vamos armar as barracas então. - tirando a mochila das costas.
Quando terminaram de fazer o mesmo, tiveram a idéia de montar uma fogueira, Dul estava
sentada encarando o fogo, Any e Mariana sentaram ao lado dela e a última perguntou:
- Tudo bem?
Any: Por que ta com essa cara?
Dul: Tava aqui pensando... Será que o Ucker e o grupo dele chegaram no lugar pra acampar?
Mariana: Ah devem ter chegado, o caminho não tava muito difícil.
Any: É só cansativo.
Dul: Penélope deve estar aproveitando pra valer.
Mariana: Então essa carinha é por isso? Dul não fica assim vai!
Dul: Será que acabou mesmo? A gente nunca mais vai voltar? - com os olhos marejados.
Any: Olha Dul tenha certeza que cedo ou tarde vcs vão voltar o mais tardar no Natal.
Mariana: Por que no Natal?
Any: Porque tenho certeza que até vão se entender... De um jeito ou de outro.
Dul: Se vc tiver razão só tenho que esperar um pouquinho.
Any: Então não desanima ok?
Mariana viu Poncho sentar perto da fogueira e encarar as três, cutucou Any dizendo:
- Vai ficar com seu namorado anda!
Any: Vai ficar bem? - sorrindo.
Dul assentiu e Any se levantou indo sentar ao lado de Poncho que perguntou:
- Ela esta bem? - encarando Dul.
Any: Esta sim não se preocupe. - dando um beijo no rosto dele.
Poncho: Parece que pintou concorrência. - apontando pra frente onde Gabrielle e Henrique
conversavam animados.
Any: Concorrência é? - repetiu incrédula lhe dando um soco no braço.
Poncho: Ai pequena eu tava brincando. - massageando o braço.
Any: Run! - cruzando os braços séria.
Poncho: Mas que gatinha ciumenta que eu tenho. - a abraçando de lado enquanto beijava seu
rosto.
Any sorriu vencida e acabou lhe dando um beijo.
Na manhã seguinte o grupo todo já estava de pé quando Mai saiu da sua barraca.
- Já vamos?
Chris: Bom dia meu amor. - dando um beijo nela.
Mai: Bom dia - sorrindo. - E ai já vamos?
Chris: Daqui a pouco, mas come alguma coisa antes.
Mai: Ta! - assentiu indo pra mesa improvisada de café da manhã.
Penélope se aproximou de Ucker e perguntou:
- Ta tudo bem?
Ucker: Uhum!
Penélope: Então por que ta tão pensativo?
Ucker: Acha que o grupo 2 encontrou o lugar pra acampar?
Penélope: Ah devem ter achado sim, por quê?
Ucker: Não por nada. - disfarçou.
Penélope: Vc ta preocupado com a Dulce Maria né?
Ucker: O que?
Penélope: Vc entendeu, ainda gosta dela né?
Ucker abaixou a cabeça. Penélope ergueu seu rosto pra que o encarasse e disse:
- Olha eu gosto muito de vc ta? E sei que é difícil esquecer uma pessoa, mas eu espero! - sorriu.
Ucker: Vc é muito legal sabia?
Penélope sorriu contente e lhe deu um beijo.
Sérgio sentou ao lado de Samantha e perguntou:
- Pronta pra voltar a andar?
Samantha: Prontissima, pode não acreditar, mas eu adoro andar digamos "no meio do mato".
Sérgio: Sério que legal porque eu também gosto.
Samantha: O que eu mais gosto é esse cheiro.
Sérgio: É legal mesmo.
Toni: E ai casal vamos nessa? - os interrompendo minutos depois.
Ambos assentiram enquanto se levantavam.
Uma hora e meia depois no grupo 2 Gabrielle resmungou:
- Ai eu quero água.
Trévis: Olha na mochila é pra ter nessa.
Quando encontrou a água virando a garrafa bebendo quase todo o conteudo Poncho perguntou:
- E agora qual das duas trilhas?
Dul: Melhor ir pela mais fácil né?
Murilo: E qual seria a mais fácil?
Henrique: Boa pergunta.
Any: Se a gente der uma olhada pra ver.
Poncho: Como assim? - virando pra ela.
Any: Ué vamos nos separar e seguir as trilhas a que parecer mais curta e mais fácil a gente
segue.
Dul: É pode ser que funcione.
Trévis: Mas e se nos perdermos?
Mariana: Acho que não é o caso.
Any: Bom eu vou olhar essa daqui. - saindo sem dar tempo pra protestos.
Poncho: Any vem aqui. - chamou.
Any: Espera meu amor já volto. - se enfiando no meio do mato.
Murilo: Eu vou com ela. - saindo.
Poncho fechou a cara, mas Mariana o olhou pedindo que se acalmasse. Em minutos os dois
voltaram e Any perguntou:
- Vc fala ou eu falo?
Murilo: A vontade. - dando de ombros.
Any: Sinceramente essa trilha ta horrivel, tem mais obstáculo do que trilha, se a gente for por ali
não chegamos nem em um mês.
Trévis: Então vamos por essa aqui.
Dul: Só espero que não esteja pior.
Murilo: Olha acho dificil. - sorrindo.
Mariana: Bom não podemos perder a colina de vista.
Henrique: É verdade.
Durante o caminho encontraram alguns obstáculos e Poncho disse:
- Gente cuidado que aqui ta bastante escorregadio.
Gabrielle: Ai meu Deus e se eu cair?
Trévis: É só ir com cuidado, não tem erro.
Dul: Será que estamos na frente?
Any: Não da pra saber né? - segurando a mão de Poncho pra subir.
Murilo: Não tem um caminho mais fácil não gente?
Poncho: Tem o que vc e Any viram, quer ir por lá? - sorrindo.
Murilo: Melhor ficar por aqui mesmo. - sorrindo.
Mariana: Então vamos nessa gente sem desanimo.
Trévis: Isso ai!
Duas horas depois Caspian perguntou:
- Quanto tempo acham que ainda levamos pra chegar?
Mai: Mais umas 3 horas talvez.
Penélope: Tudo isso? Eu vou morrer.
Ucker: Que nada Pê fica tranqüila, não vai ser legal ver a Gabi te servindo o almoço amanhã?
Penélope: É verdade. - se levantando mais animada.
Ucker: Então vamos? - sorrindo.
Penélope: Uhum! - respondeu sorridente.
Chris: Ainda bem que a Dulce não ficou com a gente.
Mai: Se tivesse ficado teria que se virar com o pessoal novo.
Chris: E de quebra agüentar a Penélope com o Ucker.
Mai: Mas vamos esquecer esse assunto ok?
Chris assentiu sorrindo e voltaram a caminhar.
Sérgio: Ta bem legal aqui né?
Samantha: Bastante.
Sérgio: Mas pode melhor sabia? - a encarando intensamente.
Samantha: Como?
Sérgio: Assim!
Antes que tivesse tempo de reagir Samantha foi beijada por Sérgio. Acabou retribuindo gostando
do contanto da língua dele com a sua, quando se separaram ele perguntou:
- Ficou brava?
Samantha: Não. - respondeu sorrindo e pegou na mão dele.
Duas horas depois Dul sorriu se deparando com a colina e disse:
- Chegamos.
Murilo: E já que ninguém veio nos buscar creio que ganhamos.
Poncho: É, mas agora temos que subir.
Dulce: Vamos nessa.
Levaram uma hora e meia pra chegarem no topo da colina.
Trévis: Não acredito que a gente ganhou.
Murilo: Mandamos bem hein.
Mariana: Gente olhem o por do sol. - sorrindo encantada.
O pessoal encarou sorrindo, Any se aproximou de Poncho e o abraçou dizendo:
- Até que é bem romântico ver o por do sol com a pessoa que amamos.
Poncho: É verdade, bem romântico mesmo. - sorrindo pra ela e lhe deu um beijo.
Separaraam-se quando ouviram Roger dizer:
- Muito bem grupo 2, vcs ganharam.
Gabrielle: Então vamos receber o passeio surpresa?
Luciana: Exatamente. - chegando.
Dul: E o grupo 1?
Roger: Eles estão aqui perto, já foram busca-los, mas entrem.
Um tempo depois o grupo 1 chegou, Dul quando os viu se levantou e perguntou preocupada:
- O que aconteceu Ucker?
Ele vinha mancado apoiado em Sérgio e Caspian e respondeu:
- Machuquei meu pé próximo daqui e nos atrasamos por isso, mas eu to bem.
Dul: Que bom... Esta doendo muito?
Ucker: Não! Penélope soube fazer um belo torniquete. - respondeu e sorriu pra garota.
Penélope: Imagina tive que tentar 3 vezes pra acertar.
Mai: Pode ser, mas a gente não conseguiria nem tentando 15 vezes. - respondeu sorrindo.
Penélope pra provocar abraçou Ucker e lhe beijou, Dul sentiu os olhos marejarem e perguntou:
- Es-estão juntos?
Penélope: Uhum! - respondeu sorrindo.
Dul: Eu não sabia.
Penélope: Digamos que nos entendemos durante a caminhada né gatinho?
Ucker: é sim. - sorrindo pra ela.
Samantha: Nossa to super cansada que nem ligo que perdemos.
Sérgio: Precisávamos ajudar o Ucker né? - sorrindo e sentou ao lado dela.
Samantha timidamente aproximou sua mão da dela pegando a mesma ainda vacilando. Sérgio
sorriu entrelaçando seus dedos no dela e a beijou.
Any: Anjos sabem cozinhar? - perguntou se aproximando de Caspian.
Caspian: Damos o nosso jeito.
Any: Que bom, quero um almoço bem gostoso amanhã ta?
Caspian: Se não parar de provocar vou fazer com que tenha pesadelos à noite e vai ter que
explicar ao Poncho porque me chamou a noite toda.
Any: Achei que tinha perdido seus poderes de anjo. - cruzando os braços sorrindo vitoriosa.
Caspian: Perdi, mas isso não me impede de entrar na sua cabeça ou falar a noite toda no seu
ouvido pra que apenas vc escute e não consiga dormir.
Any fechou a cara e mostrou a língua pra ele. Quando viu Dul sentar ao lado de Mariana com uma
cara péssima disse séria:
- Já volto. - e saiu. - Dul o que foi? - sentando ao lado dela.
Dul: Eles estão juntos. - disse chorando olhando Ucker e Penélope.
Mariana: Juntos namorando?
Dul: Namorando, ficando não sei, mas não me importa.
Any: Não fica assim depois de amanhã vamos embora e eles não vão mais se ver.
Dul: Any tem mil jeitos deles manterem contato e a maioria é daqui do México mesmo.
Mariana: Mas não fica assim vai.
Dul enxugou o rosto e respirou fundo tentandop parar de chorar, Any teve que se conter pra não
levantar e acertar um soco na cara de Ucker e Penélope.
Na manhã seguinte, Any acordou tentando conter a euforia por causa de Dul que ainda estava
triste, estava ansiosa pra que Poncho acordasse e quando o viu de pé disse se aproximando:
- Bom dia meu amor!
Poncho: Oi! Bom dia princesa! - respondeu sorrindo acariciando seu rosto.
Any: Sabe que dia é hoje né? - sorrindo.
Poncho: Claro é nosso último dia aqui, amanhã essa hora vamos arrumar as coisas pra voltar.
Any: Só isso? - ficando séria.
Poncho: Claro por quê? Tem mais alguma coisa? - estranhou.
Any: Não, não tem nada não. - respondeu brava se afastando.
Poncho: Any o que foi? Por que ficou brava? A gente marcou alguma coisa pra fazer hoje?
Any: Não, não marcamos nada, me deixa em paz.
Poncho: Any...
Any: Acho melhor arrumar suas coisas, daqui a poucos vamos voltar pro acampamento. - disse
fria.
Poncho não entendeu, mas achou melhor se afastar enquanto ela não se acalmasse.
Penélope: Seu pé melhorou gatinho? - perguntou se aproximando de Ucker.
Ucker: Uhum não precisa se preocupar. - sorrindo.
Penélope: Não quer ajuda pra se levantar não?
Ucker: Não, da pra ir sozinho.
Luciana: Ucker esta se sentindo bem pra voltarmos?
Ucker: Uhum!
Luciana: O caminho não é longo em 2 horas chegamos e ai terão 2 horas pra preparar o almoço.
Penélope: É verdade somos nós quem vamos ter que cozinhar.
Ucker: Pois. - respondeu sorrindo.
Em minutos arrumaram as coisas e depois de tomar o café Poncho se aproximou de Any, mas
antes que tivesse tempo de falar qualquer coisa ela desvio e saiu de perto indo parar perto de Dul
e Mah.
Dul: O que ta rolando entre vc e o Poncho?
Any: Nada. - respondeu séria.
Mah: Então por que ta quase chorando? - vendo os olhos dela marejados enquanto olhava pra ele.
Any: Eu não to quase chorando.
Dul: Eu não to acreditando, vcs brigaram?
Antes de Any responder Roger chamou a atenção de todos dizendo:
- Vamos nessa pessoal?
Murilo: Demorou!
Trévis: De volta ao acampamento.
Henrique: Isso ai, vamos Gabi? - sorrindo pra ela.
Gabrielle: Ta, vamos sim. - respondeu meio distraída encarando Poncho que encarava Any.
Durante todo o trajeto Any não falou com Poncho, permaneceu o tempo todo séria, quase que
absorta prestando atenção no caminho. Depois de uma hora caminhando Thalita disse:
- Já estamos na metade do caminho, vamos parar pra descansar um pouco?
O pessoal topou largando as mochilas no chão e sentando nas sombras. Gabi se aproximou de
Poncho e perguntou:
- O que deu na sua namorada? Sempre tão grudenta e agora nem ta falando com vc.
Poncho: Ela ta brava comigo?
Gabrielle: Por quê?
Poncho: Não faço idéia. - dando de ombros.
Gabrielle: Será que eu posso te fazer compainha já que ela te abandonou?
Poncho: Não sei se é uma boa idéia.
Gabrielle: Por quê? Tem medo dela se chatear mais?
Poncho: É pode ser.
Gabrielle: É, mas não liga pra ela não. - envolvendo os braços em torno do pescoço dele.
Any que estava vendo tudo se levantou furiosa se metendo no meio das árvores e arbustros.
Poncho: Ai ta vendo? É disso que eu to falando. - soltando Gabi de cima dele.
Tentou ir atrás de Any, mas não achou uma boa idéia. Não queria brigar com ela.
Assim que se afastou do grupo Any começou a chorar se xingando:
- Burra, idiota, isso que vc é.
Caspian: Vc não é nada disso. - aparecendo na frente dela.
Any: Ai Caspian que droga. - colocando a mão no peito. - Me deixa sozinha.
Caspian: Any não fica assim.
Any: Por favor, eu quero ficar sozinha.
- ANY! - gritou Mah.
Any: Droga não quero falar com a Dul ou a Mah agora.
Caspian: São suas amigas conta pra elas o que ta acontecendo.
Any enxugou o rosto no momento em que Caspian desapareceu e as meninas surgiram atrás
dela.
Dul: Any o que vc tem? Vimos quando saiu de perto do grupo.
Any: Eu to bem.
Mariana: Não, não esta da pra falar pras tuas amigas o que ta acontecendo? - brava.
Any: É que... Mah se lembra de quando vc fez com que eu e Poncho nos entendêssemos lá na
boate?
Mariana: Lembro! Ai depois vc pediu desculpas pra mim e tudo... O que tem?
Any: Hoje ta fazendo um mês que isso aconteceu.
Dul: Espera ai, vc e o Poncho estão fazendo um mês de namoro hoje? - gesticulando com as
mãos.
Any: Uhum, mas ele esqueceu. - assentiu com os olhos marejados.
Mariana: Como assim esqueceu? Isso não faz o estilo do Poncho.
Any: Mas ele esqueceu, acordei toda animada achando que ia receber um monte de mimos e
quando perguntei pro Poncho se ele sabia que dia era hoje, ele não lembrou, disse que era nosso
último dia aqui e nem desconfiou quando eu fiquei brava.
Dul: Any não é possível que o Poncho tenha esquecido, ele é louco por vc não ia esquecer uma
data tão importante como essa.
Any: Mas esqueceu e vcs não tem noção de como é importante pra mim passar principalmente o
dia de hoje com ele meninas. - chorando.
Mariana: Oh Any não chora. - a abraçando. - Fala com ele.
Any: Pra que? Pra ele pedir desculpas por ter esquecido, não.
Dul: E o que vai fazer então?
Any: Não sei, só sei que por enquanto não quero falar com ele.
Mariana: Vc que sabe, mas não acho isso certo.
Dul: Se vc não quer falar com ele quer que demos um toque?
Any: Não Dul!
Mariana: Por que Any, a gente...
Any: Eu proíbo vcs duas te falarem isso pra ele.
Dul: Mas…
Any: Me prometam que não vão falar nada pra ele.
Mariana: Ta bem, a gente não vai falar.
Any: Ótimo.
Dul: Vamos voltar pra perto do grupo agora?
Any e Mah assentiram e se juntaram ao grupo que partiu em seguida na direção do
acampamento.
Uma hora depois a turma chegou ao acampamento, Poncho não agüentando se aproximou de Any
e perguntou:
- Posso saber por que vc ta assim comigo?
Any: Não, não pode.
Poncho: Será que da pra falar o que foi que eu fiz? - forçando ela a encara-lo. - Por que vc foi me
receber toda carinhosa e depois fechou a cara, tem alguma coisa que eu devia saber?
Any: Tem, mas não sou eu quem vai falar se te importasse vc saberia sozinho.
Poncho: Any o que foi que eu fiz? - tentando manter a calma.
Any: Vc não sabe mesmo? - o encarando na esperança de que ele se lembrasse.
Poncho: Não e gostaria muito que vc falasse.
Any sentiu os olhos se encheram de lágrimas, mas se controlou e empurrou Poncho dizendo:
- Vc é um idiota, odeio vc. - e saiu.
Poncho tentou ir atrás dela, mas Dul parou na sua frente e perguntou:
- Poncho ta tudo bem com vc?
Poncho: Tudo bem comigo? Ela que fica brava nem sei porque e vc vem pergunta se ta tudo bem
comigo? É melhor perguntar pra ela o que ela tem que mudou de humor de um segundo pra
outro.
Dul: Vc não ta esquecendo de nada Poncho?
Poncho: Esquecendo do que caramba? - perdendo a paciência.
Dul: Desculpa, mas fui proibida de falar sobre isso com vc.
Poncho: Então vc sabe porque ela ta brava?
Dul: Sei e sinceramente não acredito no que ta havendo, mas só vou te dizer uma coisa... Vc vai
ter sérios problemas mais tarde amigo.
Poncho: Sérios problemas mais tarde? Do que ta falando? Da pra me dizer?
Dul: Vc vai entender só espero que não seja tarde porque Any ta uma fera com vc e ainda vai
piorar.
Antes que Poncho falasse algo Dul saiu e ele se perguntou:
- O que deu nessas mulheres hoje?
Sem escolha foi pro dormitório tomar um banho e descansar um pouco.
Mais tarde o pessoal se reuniu pra preparar o almoço na cozinha e Mai disse:
- Ainda bem que vc ta aqui Samantha porque esses meninos não cozinham nada. - contendo o
riso.
Samantha: Nem me fale.
Mai: Mas que bom que a gente conseguiu descansar um pouco né?
Samantha: Nossa meu pé tava quase falando, deita pelo amor de Deus.
As duas riram e Mai notou os olhares de Sérgio pra Samantha e disse:
- Tem gente a fim de alguém aqui. - piscou. - Como vcs estão?
Samantha: Ah bem a gente ta se curtindo e acho que pode virar algo já que moramos no México
mesmo e não muito longe um do outro.
Mai: Que legal, tomara que vcs dois fiquem juntos.
Samantha: Nossa eu vou adorar se isso acontecer.
Ucker: Hei sem papo, terminem logo esse almoço ai oh!
Mai: Ah vai se danar garoto nós que estamos fazendo o almoço.
Ucker: Opa desculpa ai. - erguendo as mãos e se afastou.
Samantha: É mesmo Chris não perturba vai.
Ucker: Não ta mais aqui quem falou. - e saiu erguendo as mãos.
Quando terminaram o almoço a turma saiu servindo o pessoal do grupo dois. Any fez questão de
sentar com as amigas e Poncho foi obrigado a sentar bem longe dela juntos com os meninos e
Gabrielle que não sabia o que estava havendo, mas estava adorando, pois, podia dar em cima de
Poncho tranqüila e sem replesárias. Quando acabaram de comer Any saiu e Caspian indo atrás
dela perguntou:
- Vc e o Poncho ainda não se entenderam?
Any: Não!
Caspian: Any não fica triste desse jeito.
Any: Por que ele tinha que esquecer Caspian?
Caspian: Não sei! - deu de ombros.
Any: Essa pode ser a única vez que vamos comemorar um aniversário de namoro juntos e ele não
se lembra. - disse encostando a cabeça numa árvore.
Caspian: Não começa a falar como se tudo fosse acabar pra vc no Natal.
Any: E não vai?
Caspian: Não depende de mim nem de vc pras coisas acabarem ou não sabe disso.
Any: Eu sei.
Caspian: Sabe o que eu acho que vc devia fazer?
Any negou com a cabeça e Caspian se aproximou, enxugou seu rosto dizendo:
- Parar de chorar, anjos não gostam de ver seus cuidados tristes.
Any: A única pessoa que pode acabar com essa tristeza é o Poncho sabe disso.
Caspian: Quem sabe ele não acaba com ela?
Any: Duvido. - fazendo bico.
Caspian: Vc já descansou?
Any: Uhum e não estava muito cansada, mas sabe que foi divertido vc servindo o almoço pra
gente? Conseguiu cozinhar? - sorrindo.
Caspian: Dei meu jeito como vcs humanos dizem.
Any riu e perguntou:
- Vamos comigo escalar?
Caspian: Não sei.
Any: Vai dizer que tem medo de altura?
Caspian: Claro que não, só não sei escalar.
Any: Isso a maioria não sabe, mas vamos, os guias ajudam a gente.
Caspian: Ta bem. - respondeu sendo arrastado por ela.
Próximo dali Gabrielle disse:
- Deu sorte em amiga?
Penélope: Ta falando de mim e do Ucker?
Gabrielle: Uhum que legal estarem juntos.
Penélope: Muito, mas e vc e o Poncho nada?
Gabrielle: Nada por enquanto, ele e a namorada estão brigados.
Penélope: Sério? Por quê?
Gabrielle: Não sei até ontem estavam bem, mas hoje de manhã ela mudou com ele do nada.
Penélope: Que estranho né?
Gabrielle: Estranho, mas muito bom pra mim, vou cair matando em cima do Poncho.
Penélope: Vc não presta mesmo né?
Gabrielle: Não é à toa que sou sua amiga? O que vc fez com o Ucker foi diferente?
Penélope: Não e deu certo ainda o que é melhor.
Gabrielle: Então talvez comigo também funcione.
Penélope: É sim.
Gabrielle: Então a gente se vê mais tarde, vou atrás do meu gatinho.
Penélope: Beleza, tchauzinho!
Gabrielle: Bye! - sorrindo e saiu.
A tarde passou rapidamente, Dul e Mah na tentativa de distrair Any acabaram esquecendo de
seus problemas, principalmente Dul que perdeu Ucker e Penélope de vista. Samantha e Sérgio
começaram a se entender e saíram pra dar uma volta enquanto Henrique tentava algo com
Gabrielle que ficara o dia todo procurando Poncho sem sucesso e Murilo atrás de Any, também
sem sucesso.
Quando já estava anoitecendo Poncho entrou no dormitório e encontrou Any sentada na cama
com os olhos vermelhos abraçando as pernas. Se aproximou e perguntou:
- Posso saber por que me ignorou o dia todo? - ela não respondeu. - E ainda esta me ignorando?
Any: Vai embora. - respondeu séria sem encará-lo.
Poncho: Any o que foi? Vc estava bem de manhã, mas de repente ficou séria e ta assim até agora.
Any: Já falei pra ir embora, não quero falar com vc.
Poncho: Desculpa, mas eu durmo nessa cama também.
Como resposta Any se levantou bruscamente dizendo:
- Sem problemas ela é toda sua agora, acho que a Dul não vai se incomodar se eu dormir com ela.
Poncho fechou a porta parando na frente da mesma dizendo:
- Vc não vai sair daqui!
Any: Sai da frente Poncho. - tentando conter a raiva.
Ele sabia como ninguém como lidar com Any principalmente quando ela estava brava. Então sem
se intimidar cruzou os braços e a encarando respondeu naturalmente e calmamente:
- Desculpa, mas se quiser passar vai ter que me tirar daqui a força e creio que vc não tem força
fisica suficiente pra isso.
Ela estreitou os olhos com raiva seria capaz de acertar Poncho com um murro se tivesse certeza
que o dano maior seria na cara dele e não na sua mão. Mas ao invés de bater nele respondeu
numa calma que estava longe de sentir:
- Pode, por favor, sair da frente dessa porta e me deixar passar?
Poncho: Melhorou! - ela fez menção se aproximar. - Mas não vai sair daqui enquanto não me
disser porque e com o que esta brava.
Any: Será que da pra parar de tentar piorar as coisas e me deixar passar? Não quero falar com vc.
Poncho: Eu sei que ta brava comigo, mas quero saber porque.
Ele sabia o porque, mas queria que ela falasse, se bem que a conhecendo como conhecia sabia
que ela o mataria, mas não abriria a boca.
Any: Eu não vou falar e agora sai da minha frente.
Poncho: Tudo bem eu deixo vc sair do quarto se aceitar ir conversar comigo em outro lugar, Dul
esta deitada e acho que ela não merece ouvir a gente brigando aqui.
Any: Eu já disse que não quero conversar com vc. - teimou.
Poncho: Então meu amor, vamos passar a noite toda aqui, vc em pé ai e eu aqui ou até
cansarmos e cairmos de sono no chão, ou até alguém aparecer e me convencer a abir a porta ou
o mais fácil, vc aceitar vir comigo pra conversamos. - a encarou e sorriu levemente.
Any: Eu odeio vc Alfonso. - praguejou voltando a cama e pegando uma blusa.
Poncho sorriu enquanto ela estava de costas e abriu a porta. Ela passou por ele furiosa e
perguntou:
- Aonde quer que conversemos?
Poncho: Lá fora perto da trilha, pelo menos se vc me matar fica mais fácil esconder o corpo.
Any: Incrivel como vc pensa em tudo querido. - respondeu ironicamente.
Poncho deu de ombros sorrindo e saiu na frente. Minutos depois Any perguntou:
- Será que a gente pode parar aqui pra mim te matar? - cruzando os braços tentando não tremer.
Já havia escurecido e além do frio aquela mata e árvores estavam assustando Any, mas ele não
iria confessar. Poncho fechou a jaqueta colocando as mãos no bolso e disse:
- Siga em frente e vire a esquerda na 3ª ávore.
Any: Pra que isso?
Poncho: O lugar é bonito e calmo talvez te ajude a relaxar.
Any fez o caminho que ele dissera sendo seguida por ele. Quando chegou disse ironicamente:
- Lamento, mas não to enxergando o lugar relaxante.
Poncho: Agora vc vai. - sussurrou no ouvido dela apertando um botão num tipo de controle.
Poncho sorriu vendo o rosto bravo e furioso de Any entrar em choque e os olhos dela voltarem a
ficar marejados. Any não fazia idéia do que Poncho quisera dizer com aquelas palavras, mas após
dize-las luzes surgiram do nada revelando um piqinique no meio do local. A toalha xadrez nas
cores azul e vermelho estava posta no chão e em cima havia champagne, uvas, morangos,
chocolate, bolo, torta e junto milhões de coraçõezinhos recortados com as iniciais AyA dentro
deles. Mas o que mais arrancou lágrimas de Any foi um cartaz colorido pregado numa árvore, no
centro dele havia uma foto de Any e Poncho juntos as seguintes palavras: “Obrigado Por Realizar
Um dos Meus Desejos... Te Amo Any! Parabéns Pelo Primeiro de Muitos Meses que Viveremos
Juntos!!!”
Any levou a mão ao rosto chorando de soluçar, Poncho sorriu e perguntou a abraçando por trás:
- Vc achou mesmo que eu tinha esquecido que hoje fazemos um mês de namoro princesa?
Ela não respondeu continuando a chorar com as mãos no rosto, Poncho riu e a abraçando beijou
seus cabelos dizendo em seguida:
- Eu sabia que vc iria me matar sem dizer nada por isso tinha que dar um jeito de te trazer pra cá,
preparei tudo isso pra vc no tempo que fiquei sumido meu amor... Não gostou? - a soltando.
Any: Ta lindo, mas... - o encarando. - Por que vc mentiu pra mim? - começando a bater nele. - Vc
não tem idéia do quanto isso era importante por que vc fez isso Poncho, por quê? - chorando.
Poncho: Ai Any, agora pouco vc tava quase me batendo porque eu tinha esquecido, agora ta me
batendo porque eu lembrei? - tentando se desvenciliar dos sacos.
Any: Não... Porque vc mentiu pra mim, por isso to te batendo. - parando cansada.
Poncho: Any...! - se aproximando aos poucos.
Any: Não faz mais isso comigo vc quase me matou do coração. - parando de chorar.
Poncho: Oh meu anjo era uma surpresa por isso, mas ficou tão feio assim? - triste.
Any: Ta lindo nunca fizeram isso pra mim antes.
Poncho: Então vc gostou? - se aproximando.
Any assentiu enxugando o rosto e perguntou:
- Desculpa se eu fui muito chata e estupida com vc.
Poncho: Eu tava merecendo por fazer minha gatinha chorar.
Any abaixou a cabeça sorrindo e Poncho tomou seu rosto entre as mãos enxugando as lágrimas
dela que envolveu as mãos em torno das mãos dele.
- Te amo Any! Mais do que qualquer coisa nesse mundo não esquece isso nunca, vc é parte de
mim a melhor coisa que me aconteceu.
Any: Também te amo bebê, vc é a coisa que mais me importa nessa vida.
Poncho: Então não me odeia mais e não me acha um idiota? - fazendo uma careta.
Any: Nunca odiei vc muito menos achei que fosse idiota, falei aquilo na hora da raiva.
Poncho: Desculpa a brincadeira ta?
Any assentiu sorrindo, em seguida respondeu:
- Só vou desculpar se me dar um beijo... Direito!
Poncho: Com prazer, afinal vc ficou afastada de mim o dia todo e eu estou morrendo de
saudades.
Any: Vc mereceu. - falou sorrindo envolvendo os braços em torno do pescoço dele.
Poncho: Eu sei. - sussurou antes de beijá-la.
Any o abraçou com força correspondendo ao beijo pensando no susto que levara e em como fora
injusta com ele quando pensou em esganá-lo e lhe dar um murro, mas ele a acalmara mostrando
como sempre o quanto a amava e quão perfeito era. Ao se separarem Any disse se lembrando:
- Ah não tem graça!
Poncho: O que foi?
Any: Droga fiquei tão brava com vc por ter “esquecido” o dia de hoje que nem te preparei nada.
Poncho: Não tem problema. - sorrindo. - O meu presente já ta aqui... Você!
Any: Tem alguma forma de recompensar? - perguntou fazendo bico.
Poncho: Tem sim! - sorrindo maliciosamente, a abraçou pela cintura e mordisciou a orelha dela.
Any: Acho que eu sei qual é. - mergulhando as mãos por dentro da blusa dele.
Poncho: Acertou. - sussurou e a beijou de novo dessa vez com mais paixão.
Deitaram-se no chão e Any disse ficando por cima de Poncho:
- Que tal se eu começar hum?
Poncho: À vontade. - respondeu sorrindo e a beijou.
Any então começou a distribuir beijos pelo pescoço dele enquanto abria sua calça deslizando a
mão pra dentro do membro dele arrancando suspiros de Poncho. O mesmo se inclinou tirando a
camisa e os sapatos facilitando as coisas pra ela. Aos poucos Any tirou a calça dele distribuindo
beijos pelas coxas dele enquanto tirava sua cueca, livre dela Any deu alguns beijinhos no
membro dele e subiu beijando o abdomen definido desenhando circulos com a língua. Poncho
estava de olhos fechados respirando ofegante e controlando as mãos pra não puxar Any e ficar
sobre ela. A mesma começou a beijar seu torax passando a língua por seus mamilos dando
algumas mordiscadas.Tornaram a se beijar e Poncho a virou ficando por cima dela a beijando
com volupia enquanto a mão deslizou pras pernas dela acariciando-as com desejo subindo por
dentro da saia. Quando encontrou a calçinha tratou de se livrar dela enquanto sugava seu
pescoço dando algumas mordidas no lóbulo da orelha dela. Any crava as unhas pelas costas e só
parou pra ajudá-lo a tirar sua blusa. Poncho desceu os beijos pro colo dela enquanto tirava seu
sutiã e sussurrou:
- Não sabe como fiquei com saudade de vc meu amor.
Any: Eu também senti muito a sua falta. - acariciando o rosto dele afastando os cabelos.
Poncho beijou a mão dela e voltou a se inclinar desfrutando seus seios, Any mordeu o lábio
inferior tentando conter em vão os gemidos. Os beijos foram descendo e quando chegou na
barriga Any inclinou o quadril pra frente ficando livre da saia e sucumbiu quando os beijos dele
tocaram o ponto mais frágil da sua intimidade, a língua dele parecia se mover dentro dela
incendiando todo seu corpo.
Any: Poncho... - sussurrou.
Ele se inclinou pra olhá-la vendo o desejo espantado no seu rosto, finalmente a beijou no
momento em que a penetrou com movimentos rápidos. Em poucos minutos foram atingidos pelo
ápice, Any deitou a cabeça no ombro do namorado dizendo:
- Agora eu percebi o quanto senti sua falta.
Ele sorriu acariciando seus cabelos, beijou-lhe a testa e disse a abraçando:
- Também senti sua falta pequena.
Any: Depois do que me fez hoje, eu devia te deixar de castigo sabia?
Poncho: Duvido que vc agüentaria.
Any: Olha lá hein! Eu posso ficar brava com vc de novo.
Poncho: Mesmo depois de tudo que eu fiz? - se virando ficando por cima dela.
Any olhou o piquenique ainda montado esperando por eles e respondeu:
- Nunca ia poder ficar zangada com vc depois do que fez... Te amo gatinho.
Poncho: Também minha princesa. - sorrindo e a beijou.
Any: Vamos comer, fiquei com fome depois dessa. - acariciando o rosto dele.
Poncho sorriu afirmando e saiu de cima dela.
Vestiram-se e aproveitaram o piquenique fechando a noite com muito amor um nos braços do
outro.
Na manhã seguinte Dul estava com a porta aberta arrumando suas coisas pra voltarem pra casa,
havia escutado Any e Poncho discutirem ontem, mas dormira com a porta fechada e não vira
quando foram embora. Quando a porta do quarto da frente se abriu Any disse sorridente:
- Bom dia amiga. - e foi correndo a abraçar.
Dul: Nossa o que aconteceu? Fizeram as pazes?
Any: Uhum... Dul ele não tinha esquecido que era nosso aniversário, foi tudo tão lindo.
Dul: Sério que ele não esqueceu? Eu sabia que tinha coisa errada, não faz o feitio dele esquecer
uma data tão importante como essa.
Any: Não, foi tudo uma mentira dele pra poder preparar uma surpresa pra mim.
Dul: O que ele fez?
Any: Montou um piquenique no meio da mata cheio de guloseimas e um cartaz enorme com a
gente juntos desejando parabéns e dizendo que ele me amava, quase morri quando vi aquilo.
Dul: Que bom qe foi tudo uma brincadeira. - sorrindo contente. - Ucker me pregou uma peça
quando fizemos um ano de namoro, sumiu o dia todo e depois apareceu com um caminhão de
flores dizendo que me amava. - sorriu ficando triste em seguida.
Any sorriu triste vendo os olhos da amiga ficarem marejados e disse:
- Não fica assim Dul.
Dul: Tudo bem, eu to legal. - sorrindo apertando os olhos pra afastar as lágrimas.
Poncho: Bom dia Dul! - sorrindo.
Dul: Bom dia fiquei sabendo do que o senhor aprontou, que coisa feia hein? E ainda se fez de
desentendido comigo né? - com as mãos na cintura fingindo que estava brava.
Poncho: Foi mal, mas precisava fingir ou vcs descobririam tudo e ela descobriria também.
Any: Já arrumou suas coisas Dul?
Dul: Uhum, vamos tomar o último café então?
Any: Demorou to morrendo de fome.
Dul: É a noite de alguém aqui deve ter sido muito boa mesmo. - sorrindo maliciosa.
Poncho sorriu abraçando Any por trás e caminharam até o refeitório.
Depois de tomarem café Gabrielle chegou em Poncho e perguntou:
- Vc e a sua namorada fizeram as pazes?
Poncho: Uhum. - assentiu sorrindo. - Ontem fiz ela pensar que tinha esquecido nosso aniversário
de namoro por isso estava brava, mas já esta tudo bem entre a gente.
Gabrielle: Legal! Não vamos nos ver mais né?
Poncho: Quem sabe a gente não se encontre por ai? Afinal sua amiga e Ucker estão juntos vai ser
uma forma de mantermos contato.
Gabrielle: Bom fizemos uma lista com e-mail de todos espero que possamos conversar por msn
pelo menos.
Poncho: Vamos sim quero manter contato com todos daqui, até os guias.
Any estava saindo nessa hora com Mah e Dul do refeitório e não gostou de ver os dois
conversando, se aproximou e abraçando Poncho por trás perguntou:
- Meu amor vamos lá pra frente? O guia vai entregar as camisas e os convites pro passeio.
Poncho: Vamos sim! - sorrindo pra ela.
Foram mais à frente onde a galera se reunia com suas mochilas e Roger passou os convites
surpresa que era um passeio pra um Parque Aquático dentro de um zoológico no dia 28 de
Dezembro, agradeceu a todos por terem visitado aquela parte da Serra dizendo que esperava ver
algumas caras nas férias de Julho. Em seguida o pessoal que já se conhecia se cumprimentou,
trocou telefones, e-mail e prometeram manter contato.
Sérgio: Assim que chegar em casa eu te ligo ok?
Samantha: Ta vou ficar esperando.
Sérgio: Não esquece de me adicionar no msn e no orkut ok?
Samantha: Não vou esquecer, vou adicionar vc e todo o pessoal.
Sérgio: Quando te ligar marcamos de sair ainda essa semana ta? Afinal estamos de férias.
Samantha: Ta eu vou ficar esperando. - sorriu.
Ouviram a buzina da van que estava levando um pequeno grupo de pessoas os menores de idade
que estavam sem carro e Sérgio disse:
Sérgio: Vai lá estão te esperando... Até logo então. - e lhe deu um beijo.
Samantha: Até logo. - sorrindo e lhe deu mais um beijo antes de sair correndo.
Mai se aproximou do carro de Chris dizendo:
- De volta pra casa né?
Chris: É, mas foi bom aqui princesa.
Mai: Muito bom assim como todos os passeios que fazemos. - disse sorrindo.
Chris: Cadê o Ucker?
Mai: Ta se despedindo da Penélope.
Chris: Eu não sabia que eles virariam alguma coisa.
Mai: Mas sabe que eu acho que agora de volta a normalidade essa ficada deles pode acabar, no
fundo o Ucker ainda gosta da Dul.
Chris: Não sabemos né princesa?
Mai: É não esta nas nossas mãos pra mim tanto faz o jeito que ta.
Chris: Pra mim também.
Penélope se separou de Ucker dizendo:
- Vou ficar com saudades, promete me ligar?
Ucker: Prometo.
Penélope: Vou ficar esperando, não quero perder contato.
Ucker: Nem eu, vc é muito gente boa.
Penélope lhe deu mais um beijo e ouviu uma buzina, se separou dizendo:
- É o pai da Gabi que chegou pra pegar a gente tenho que ir, até logo.
Ucker: Até. - sorrindo.
Penélope saiu correndo e Ucker foi na direção de Chris e Mai.
- Vamos só nós três?
Mai: Uhum, os outros vão com o Poncho.
Ucker: Então vamos nessa.
Chris: Pode deixar que eu dirijo agora, qualquer coisa um de vcs dois dirige depois.
Mai: Ta bom. - dando de ombros e entrou no carro.
Dul parou na frente do carro de Poncho dizendo:
- Vamos nessa?
Any: Ai vamos eu to morrendo de cansaço esse acampamento acabou comigo.
Caspian a olhou de soslaio sério, mas não se manifestou.
Mariana: Então vamos entrar.
Dul: Vão vcs dois atrás e Mah e Caspian vão na frente comigo, a gente fica conversando enquanto
eu dirijo, qualquer coisa eu troco com um de vcs dois mais tarde. - falando pra Any e Poncho.
Poncho: Tem certeza que quer ir dirigindo?
Dul: Ai eu quero, gosto de dirigir, mas sossegado qualquer coisa a gente troca.
Poncho: Ta bom então. - dando de ombros.
Entrou primeiro na parte de trás do carro, Any foi até o porta malas e Mariana perguntou:
- O que ta fazendo?
Any: Pegando um cobertor e um travesseiro, tenho certeza que vou acabar dormindo. - sorrindo.
Dul: Ah menina. - zoando dela quando entrou no carro.
Poncho: Põe o travesseiro aqui. - batendo nas próprias pernas.
Any: Qualquer coisa depois eu coloco gatinho. - sorrindo e deu um beijo no rosto dele.
Poncho a abraçou dando um beijo na sua testa.
Any: Se cobre meu amor ta frio. - falou manhosa enquanto cobria a ele e a si mesma.
Poncho: Eu to bem pequena. - respondeu sorriu e a beijou.
Any envolveu o braço esquerdo na cintura de Poncho por baixo do cobertor e se aconchegou.
Caspain: Vamos nessa?
Mariana: Demorou! - sorrindo empolgada.
Pararam pra abastecer no posto próximo a saída da Serra e seguiram caminho pro México.
Quarenta minutos depois Any já estava dormindo nos braços do namorado. Mariana quando viu
disse:
- Vc cansou ela mesmo hein? - Poncho sorriu e encarou Any ternamente. - Fiquei sabendo do que
vc aprontou ontem, que coisa feia eu acho que matava meu namorado se fizesse isso comigo.
Poncho: É, mas mais um pouco e ela me matava.
Mariana: Vc judiou Poncho, ela ficou super mal achando que tinha esquecido.
Poncho: Eu sei. - sorrindo. - Vi o jeito como me tratou o dia todo.
Caspian: Mas por que contou tudo só de noite?
Poncho: Pra poder ter tempo de preparar a surpresa pra ela, por isso.
Dul: É, mas vc tava tranqüilo né? Sabia que quando a raiva passasse ela ia te desculpar.
Poncho: Uhum, mas vcs sabem que Any é a coisa mais importante pra mim, nunca seria capaz de
magoa-la, muito menos esquecer nosso aniversário de namoro depois do quanto que eu pedi pra
ficar com ela. - falou sorrindo e novamente voltou a encara-la apaixonado.
Mariana sorriu derretida com a cena e perguntou:
- Poncho vc não tem nenhum irmão gêmeo não?
Poncho Irmão gêmeo por quê? - sem entender.
Mariana: Por quê? Cara vc é muito perfeito como namorado meu, eu quero um assim pra mim,
também, só de ver o jeito que vc olhou pra Any agora já me deixou arrepiada imagina se fosse
pra mim? Acho que morria de felicidade. - rindo.
Poncho gargalhou e respondeu:
- Fica tranqüila Mah que vc acha e qualquer coisa eu dou umas aulas de como ser um namorado
perfeito como vc disse.
Mariana: Acho melhor vc escrever um livro “Como ser o Cara Perfeito em Dez Lições” garanto que
muita garota ia comprar pro namorado.
Poncho: Quem sabe um dia? - sorrindo bem humorado. - Mas se alguém me perguntasse qual o
principal elemento pra se tornar um cara perfeito eu responderia: Amar de verdade e por
completo a garota que ta do seu lado, principalmente se ela também te ama da mesma forma.
Mariana: Gostei, vou colocar assim no meu msn: Meninos se querem ser um namorado perfeito
amem suas namoradas assim como elas devem amar vcs... Por completo!
Dul: Ta gente chega com esse papo, por favor.
Mariana: Desculpa Dul.
Dul: Sem problemas, podem conversar, mas conversem sobre algo que eu e o Caspian também
tenhamos assunto pra opinar. - disse sorrindo.
Caspian: É concordo.
Poncho e Mariana sorriram um pro outro mudando de assunto.
Quando Any finalmente se mexeu nos braços de Poncho e acordou, perguntou sonolenta:
- Aonde a gente ta? Chegamos?
Poncho: Quase, mas paramos pra deixar a Mah.
Mariana: É a senhorita dormiu a viagem inteira.
Any: Nossa nem percebi. - se descobrindo e se afastando um pouco de Poncho. - Te deixei
desconfortável ai né? Devia ter me acordado.
Poncho: Não esquenta, eu dormi um pouquinho também e conversei bastante com o pessoal.
Any sorriu e deu um beijo em Poncho, Mariana abriu a porta de trás dizendo:
- Bom gente valeu por terem me levado e me trazido, qualquer coisa se a gente não se ver até
sábado nos vemos no orfanato beleza?
Poncho: Beleza.
Any: O orfanato! Que horas são? - perguntou agitada.
Dul: Quase onze por quê?
Any: Não é que a Sara foi operada esses dias e eu queria ir visita-la to morrendo de saudades.
Mariana: É verdade a gente pode marcar de ir depois né? Sabe onde ela esta?
Poncho: Eu vou ver o endereço em casa certinho e depois te ligo pra gente ver ta?
Mariana: Ta ok.
Dul: Podemos ir umas três horas, acho que da pra entrar pra vê-la.
Any: Da sim as visitas não duram até cinco horas?
Mariana: É verdade, então estamos combinados?
Poncho: Estamos.
Mariana: Então me liguem umas três e se eu souber onde fica o local eu vou sozinha ok? Tchau.
Dul: Tchau! - acenou pra ela.
Em seguida Dul foi pra casa e Poncho seguiu com Any pra casa dela. Ao chegarem Any disse:
- Pelo jeito meu irmão chegou primeiro.
Poncho: É mesmo. - sorrindo.
Any: Então a gente se encontra no hospital 03 horas?
Poncho: Eu venho te buscar e depois vc vai pra casa esperar meus pais e a Lívia comigo ok?
Any: Eles chegam hoje também?
Poncho: Uhum, mas de madrugada só.
Any: Hum... - pensativa.
Poncho: Vc topa me fazer compainha enquanto eles não chegam? - sorrindo maliciosamente.
Any: Uhum! - assentiu sorrindo.
Poncho: Então nos vemos mais tarde!
Any: Ta bom. - assentiu e lhe deu um beijo.
Poncho ligou o carro e Any se afastou, lhe mandou um beijo e ficou esperando Poncho virar a
esquina pra entrar em casa. Mas assim que entrou preferia ter ficado no acampamento. Seus
olhos se encheram de lágrimas quando a realidade caiu sobre ela. A escada estava enfeitada com
fitas vermelhas, a mesa de centro tinha alguns objetos natalinos como papai noel entrando numa
chaminé, bonequinhos de anões com presentes e uma mini árvore de Natal. E no canto da sala lá
estava ela enorme, elegante e imponente com milhões de enfeites, bolas coloridas de todos os
tamanhos e cores, pisca-piscas, objetos como papai-noel, santos, mini-presentes, prezepio,
anjos, no topo uma linda estrela de cristal e nos pés da árvores algumas caixas que quando
pequena Any se perguntava se eram presentes de verdade ou mentira, mas que agora sabia
serem alguns de verdade e mentira. Um cenário perfeito que por anos Any adorava admirar
ansiosa pela meia-noite do dia 24, fato que não estava acontecendo agora. Ver tudo aquilo era o
mesmo que saber que seu fim estava próximo, que sua sentença já estava pra sair e que de 10
opções 09 ela seria condenada.
- ANY!
Acordou bruscamente dos pensamentos quando a mãe a abraçou. Retribuiu o abraço meio sem
jeito e quando a mãe a soltou só conseguiu formular uma pergunta.
- Vc já... Montou tudo?
Carol se virou encarando a árvore e respondeu:
- Oh meu amor eu sei que vc adora montar a árvore e os enfeites comigo, mas vc ficou fora dessa
vez e não agüentei te esperar, mas amanhã quero buscar algumas coisas de Natal em
Guadalajara e vc pode ir comigo se não estiver muito zangada. - a encarando sorrindo.
Any: Não mãe tudo bem, mas é que acho um pouco cedo pra montar tudo já.
Carol: Cedo filha? Faltam 14 dias pro Natal e antes vc queria montar a árvore com um mês de
antecedenscia o que ta havendo?
Any: Nada, nada. - disfarçou e procurou mudar de assunto. - Como esta a senhora e o papai?
Carol: Estamos bem querida não se preocupe, mas e vc como esta? Parece tão mais bonita,
diferente, mas esta um pouco pálida filha o que foi?
Any: Acho que me assustei quando vi tudo isso. - sorrindo. - Mas estou muito feliz, foi muito bom
aqueles dias no acampamento com o pessoal, com o Poncho. - sorrindo sem jeito apaixonada.
Carol: Vc esta realmente apaixonada por esse rapaz né?
Any: Muito mãe, muito. - suspirou.
Carol; Que bom porque esse rapaz também te ama muito, nunca vi uma pessoa tão preocupada
com a outra como ele ficou quando vc sofreu aquele acidente. - Any sorriu. - Mas seu irmão subiu
pra tomar banho, faz o mesmo e descansa um pouco eu chamo vcs quando o almoço ficar pronto,
ai vc fala com seu pai que já foi pra empresa.
Any: Ok. - respondeu sorrindo e subiu.
Quando fechou a porta do quarto Any se jogou na cama com saudades do lugar e fechou os olhos.
- Preocupada com algo?
Any: Caspian! - se sentou na cama assustada. - Vc ainda me assusta quando faz isso.
Caspian: Desculpe, mas o que foi?
Any: O que foi? Viu a minha sala cheia de coisas de Natal, parece um pesadelo. - deitou de novo.
Caspian: Any se acalma.
Any: Não me pede calma, não é vc quem tem que convencer três pessoas que mudou em 14 dias.
Caspian: Quando vc começou tinha sete pessoas pra convencer esqueceu?
Any: Mas tinha dois meses não duas semanas esqueceu? - sentando na cama.
Caspian: Tudo bem, mas não vai adiantar ficar preoupada assim.
Any: Tudo bem, tudo bem eu vou tentar dormir um pouco. - voltando a deitar.
Caspian: Faz isso.
Any fechou os olhos e tentou dormir, acordou um tempo depois pra almoçar. Em seguida tomou
um banho e se arrumou pra ir ao hospital. Quando chegou encontrou com Poncho perguntou:
- Dul e Mah ainda não chegaram?
Poncho: Não, mas acho que não vão demorar. - respondeu sério.
Any: Ah ta... O que foi? - vendo a cara dele.
Poncho: Posso saber por que a senhorita não me deu um beijo ainda?
Any: Ai meu amor desculpa. - segurando o rosto dele as mão. - Perdoa a Any? - manhosa.
Poncho: Só com uma condição.
Any: Qual?
Poncho: Quero muitos beijos.
Any: É pra já. - sorrindo e se aproximou.
Poncho a abraçou pela cintura encurtando a distância e calou os lábios dela com os seus num
beijo apaixonado, envolvente, cheio de movimentos e exigências.
- HEI CASAL!
Ambos se soltaram sorrindo ao verem Mah e Dul se aproximarem sorrindo.
Mah: E ai já entraram pra ver a Sara?
Any: Ainda não estávamos esperando por vcs duas.
Dul: Então não tem mais o que esperar, vamos nessa.
Quando entraram no quarto Poncho disse:
- Bom dia!
Quando viu Poncho seguido de Any, Mariana e Dul, Sara abriu um sorriso enorme os olhos
brilhando de felicidade e antes que Juliana falasse algo pulou da cama e correu abraçando na
direção deles.
Any: Que saudade da minha boneca. - a abraçando com força enchendo-a de beijos.
Sara: Achei que vc não ia vir me vê nunca Any.
Any: Acha que eu faria isso com vc? - sorrindo e Sara lhe deu um beijo a abraçando.
Poncho: Trouxemos um presente.
Sara então estendeu os braços pra Poncho lhe dando um beijo quando ele a abraçou.
- Tava com saudades.
Poncho: Eu também princesinha. - acariciando seus cabelos.
- O que vc trouxe?
Mariana: Ta aqui comigo Sara. - balaçando uma caixa de bombons.
Sara sorriu e foi pro colo de Mah dando um beijo quando a mesma acariciou seus cabelos. Assim
que pegou a caixa de bombom perguntou a Juliana:
- Pode comer agora?
Juliana: Vou deixar vc comer dois já que almoçou tudo hoje.
Sara: Eba. - comemorou indo pro colo de Dul.
Juliana: Que bom que vcs chegaram e vieram visita-la, não agüentava mais essa pentelha
perguntando de vcs o tempo todo.
Sara: Tia Mai e tio Chris não vem?
Any: Depois eles vem, nós viemos na frente primeiro.
Sara: Ah ta. - respondeu saindo do colo de Dul e foi pra perto de Any.
Poncho: E ela ta ouvindo tudo perfeitamente é incrível.
Juliana: Uhum e o médico disse que não vai precisar de aparelho e audição dela esta perfeita.
Any sorriu brincando com Sara e Juliana disse:
- Graças a vc Any e a vc também Poncho.
Poncho: Não precisa agradecer Ju.
Dul: Mas e as outras crianças como estão?
Juliana: Bem, mas não param de perguntar sobre os tios... Ah e Any, Poncho será que eu posso
falar com vcs um minutinho?
Any: Ta bom. - colocando Sara no chão. - Fica com a Dul e a Mah que eu já volto.
Sara assentiu e os três saíram em seguida.
Poncho: O que aconteceu?
Juliana: É que chegou um garoto novo no orfanato há alguns dias e ela esta passando pelo
mesmo que a Sara passou, não se relaciona com as outras crianças.
Any: Mas por que? Ele tem alguma deficiência?
Juliana: Não, mas ele foi encaminhado pro nosso orfanato pelo juizado de menores... O pai o
abandonou antes de nascer e a mãe perdeu a guarda dele porque vivia bêbada e batia nele.
Any: Meu Deus.
Juliana: E eu to falando isso pra vc porque vi o que fizeram pela Sara e gostaria de saber se não
poderiam tentar ajuda-lo também... O nome dele é Felipe.
Poncho: Claro Ju o que a gente poder fazer pra ajuda-lo, nós vamos fazer.
Any: Pode contar com a gente. - sorriu.
Juliana: Bom eu consegui manter um contato com ele assim como fiz com a Sara, mas se fica em
contato com outras pessoas ele não fala nada, olha de cara feia e fica muito agrsssivo.
Poncho: Não se preocupe Ju a gente vai tentar ajuda-lo da melhor maneira possível.
Juliana: E eu vou ajuda-los no que puder.
Any: Mas mudando um pouco de assunto eu já tenho umas idéias do que podemos fazer com as
crianças pro final do ano.
Juliana: Ai que bom, depois a gente pode conversar sobre isso ok?
Any: Uhum!
Poncho: O que acham então de voltarmos pro quarto?
Any: Boa idéia ainda não matei as saudades da minha boneca. - sorrindo.
Quando entraram Sara pediu que Any e Poncho sentassem ao lado dela e Dul e Mah ficaram
sentados na beirada da cama conversdando e brincando com a pequena.
Mais tarde

Quando o filme terminou Any reclamou:


- Ta vendo perdi um pedação do filme, nem entendi direito porque vc não me deixou assistir.
Poncho: Quem manda ser linda e me enlouquecer desse jeito hein? - respondeu estreitando os
olhos e avançou pra cima dela deitando-a no chão.
Any tentou protestar, mas Poncho segurou seus pulsos calando seus protestos com seus lábios
num beijo voluptuoso onde a língua dele explorava toda a boca de Any fazendo-a suspirar de
prazer. Levou as mãos dela ao pescoço que ela entrelaçou acariciando seus cabelos enquanto
Poncho mergulhou a mão por baixo da blusa dela acariciando sua barriga.
Any: Hum... Poncho! - empurrando-o.
Poncho: O que foi? - se separando do beijo começando a beijar seu pescoço dando algumas
mordidinhas na orelha dela.
Any: To com fome bebê... De comida!
Poncho: Ta falando sério? - se afastando e a encarou, Any afirmou com a cabeça.
Any: A gente pode comer primeiro?
Poncho: Ok. - respondeu de má vontade se levantando. - O que vai querer?
Any: Primeiro aquele frango grelhado com batatas e a salada que vc fez, depois vou querer...
Pode pedir o cozinheiro como sobremesa? - perguntou fazendo uma careta.
Poncho: Pode. - afirmou sorrindo. - Mas antes vou buscar a comida, depois vc me paga por essa
cortada. - ameaçou se afastando fazendo cara de mal.
Any: Sem beijo? - fazendo bico.
Poncho: Any do jeito que eu to se te beijar vc não vai comer agora.
Any riu e Poncho foi pra cozinha depois de jogar um beijo pra ela. Nisso o telefone tocou.
- Alô? - atendeu sorrindo.
- Por favor é da casa do senhor Alfonso Herrera?
Any: É sim por quê? Quem esta falando?
- Aqui é do Hospital Ribeiro Neto, a senhorita é parente de Lívia, Beatriz e Vitor Herrera?
Any: Sou amiga, mas o que houve, o filho deles esta aqui?
- Eles sofreram um grave acidente voltando dos Estados Unidos e acabaram de chegar aqui, esse
número estava entre os contatos pode avisar o senhor Alfonso Herrera? É filho deles certo?
Any: Uhum eu aviso sim e estaremos ai em alguns minutos obrigada.
- De nada. - respondeu e desligou.
Any se levantou ainda meio atônita pela noticia tentando conter as lágrimas, se pudesse nunca
daria uma noticias daquelas a Poncho, mas não havia escolha. Foi então que o viu dizer
chegando:
- Meu amor o telefone tocou? Quem era?
Any: Era...
Poncho quando viu os olhos marejados dela largou a bandeja na mesa e perguntou preocupado:
- Meu anjo o que foi?
Any: Ligaram do hospital Poncho, o mesmo onde a Mah ta.
Poncho: Aconteceu alguma coisa com ela?
Any: Não, mas... Os seus pais e a Lívia eles...
Poncho: O que aconteceu Any, me fala, por favor!
Any: Eles sofreram um acidente e estão lá pediram pra irmos pra lá.
Os olhos de Poncho se encheram de lágrimas cortando o coração de Any.
Poncho: Como eles estão?
Any: Não sei, não falaram. - respondeu tentando conter a aflição.
Poncho colocou as mãos no rosto, as lágrimas já escorrendo sem parar. Any sem saber o que
fazer, fez a única coisa que sabia. Segurou o rosto de Poncho e disse enxugando seu rosto:
- Não fica assim meu amor, eles vão ficar bem. - sorriu tentando conter as próprias lágrimas.
Poncho assentiu e Any o abraçou, ele a apertou com força encostando a cabeça no seu ombro
enquanto ela sabendo que nada do que dissesse ajudaria ficou acariciando os cabelos dele
chorando junto com ele. Enxugou o rosto depressa quando se separaram e perguntou sorrindo:
- Vamos pra lá então? O que acha de passarmos em algum lugar e pegar uns chocolates pra Lívia,
ela vai querer alguma recompensa quando acordar não acha?
Poncho: Uhum! - respondeu enxugando o rosto. - Vc tem razão. - e a beijou.
Any sorriu e segurando a mão dele o puxou na direção da porta.
Ao chegaram no hospital logo falaram com a enfermeira que pediu a autorização de Poncho pra
operar o pai. Mesmo aflito Poncho assinou os documentos e se dirigiram pra sala de espera.
- Será que vão demorar muito pra trazer noticias?
Any: Talvez meu amor eles estão fazendo exames, mas daqui a pouco vão aparecer e vão dizer
que ta tudo bem com sua mãe com Lívia e que seu pai vai se recuperar logo também.
Poncho: Deus te ouça meu anjo, mas não é melhor vc ir pra casa são quase duas da manhã.
Any: E deixar vc aqui sozinho? Não senhor!
Poncho: Any concerteza eu vou ficar aqui a madrugada inteira sem fazer nada, é melhor vc ir
descansar pequena, amanhã vc volta.
Any: Nada disso se vc vai passar a madrugada inteira aqui sem fazer nada eu vou ficar aqui
também fazendo nada com vc, mas não vou deixar de deixar sozinho.
Poncho: Mas...
Any: Vou ficar aqui e ponto final.
Poncho sorriu concordando com a cabeça vencido e sussurrou:
- Por isso que eu te amo, minha teimosa.
Any: Não sou mais teimosa que vc, só quando necessário como agora. - disse sorrindo e o beijou.
Quando entrou em casa Poncho sorriu triste e disse:
- O jantar ta aqui ainda.
Any: O jantar e toda a bagunça que fizemos. - respondeu sorrindo vendo o colchão no chão e os
vestigios de pipoca.
Poncho: Vai tomar um banho enquanto eu arrumo tudo aqui ok? - acariciando seu rosto.
Any: Nada disso, VC vai tomar um banho enquanto EU arrumo tudo aqui.
Poncho: Any...
Any: Nada de Any quem precisa de banho e cama aqui é vc então trate de me obedecer, dessa vez
eu sou a enfermeira e vc o paciente então me obedeça senhor Alfonso e vá pro seu quarto agora
tomar um banho e deitar naquela cama que depois eu vou te levar um lanchinho bem gostoso.
Poncho encarou Any com as sobrancelhas erguidas e ela perguntou com as mãos na cintura:
- O que ta olhando? Anda subindo agora! - apontou pra escada.
Poncho sorriu negando com a cabeça e a abraçou lhe dando um beijo apaixonado cheio de
movimentos. Any suspirou envolvendo os braços em torno do pescoço dele, acariciando sua boca
com a língua enquanto ele fazia o mesmo. Quando se separaram ele perguntou:
- Sabia que vc fica linda com esse jeitinho de mandona?
Any sorriu e respondeu:
- Muito obrigada, mas agora é sério (desfez o sorriso) sobe toma um banho e descansa ta bom?
Poncho: Deixa eu te ajudar.
Any: Não, mas que coisa será que eu vou ter que te arrastar até lá em cima?
Poncho: Duvido que vai conseguir. - cruzando os braços em ar de deboche.
Any: Não gostei! - falou séria cruzando os braços também.
Poncho: Mas é verdade duvido que agüenta comigo... Pequena!
Any: Olha vc ta me provocando rapaz e eu só não te bato porque vc esta como meu paciente
sobre meus cuidados, então, por favor, pela nonanézima vez sobe pro seu quarto sim?
Poncho: Ta bom, mas não demora muito não ta enfermeira? Se não eu adoeço de saudades.
Any: Eu não vou demorar. - sorrindo derretida.
Poncho lhe deu um beijo rápido e subiu. Any sorriu feliz por vê-lo mais animado e mais feliz ainda
por saber que o motivo dessa animação era ela.
Um tempo depois quando entrou no quarto trazendo uma bandeja com suco, pão integral com
requeijão e bolo, Any encontrou Poncho deitado na cama dormindo tranqüilamente. Sorriu
aliviada vendo que finalmente ele tinha conseguido descansar e sem resistir se aproximou da
cama e afastou uma mecha do cabelo dele que lhe caia nos olhos o que o fez despertar.
Any: Ai desculpa meu amor não queria te acordar.
Poncho: Tudo bem meu anjo, não tem problema eu nem tava dormindo.
Any: Bom já que vc ta acordado, não quer comer o lanchinho que eu trouxe?
Poncho: Lanchinho? O que vc trouxe? - se sentando.
Any: Pão integral com requeijão, suco de maracujá e bolo de chocolate com brigadeiro.
Poncho: Hum delicia.
Any sorriu colocando a bandeja no colo dele dizendo:
- Enquanto vc come eu vou terminar de arrumar as coisas ta?
Poncho: Espera eu comer que... Eu vou lá te ajudar. - respondeu tomando um gole do suco.
Any: Prefiro que vc fique aqui descansando. - disse sorrindo e acariciou seus cabelos lhe dando
um beijo no rosto em seguida. - Já volto! - e se dirigiu pra porta.
Poncho: Hum... Any!
Any: Hum?! - se virando.
Poncho: Eu te amo princesa. - sorrindo.
Any: Eu também te amo príncipe. - sorrindo e voltou pra cama lhe dando um beijo. - Já volto.
Ucker desligou o carro e disse:
- Ta entregue.
Dul: Obrigada por ter me trazido, foi muita gentileza.
Ucker: Não precisa agradecer.
Dul: Mesmo assim, obrigada.
Ucker a encarou lembrando do que Mah havia dito, sem jeito Dul disse quebrando o silêncio:
- Bom obrigada de novo, eu vou nessa. - e fez menção de sair.
Ucker: Dul espera! - segurando seu braço.
Dul: O que foi?
Ucker: Queria te perguntar uma coisa.
Dul: Que coisa?
Ucker: É verdade que... Vc ainda é apaixonada por mim?
Dul: Quem te disse isso?
Ucker: Não importa quem foi... Isso é verdade?
Dul: De que vai adiantar se for? Vc não esta com a Penélope? - respondeu fria.
Ucker: Se vc disser que ainda esta... As coisas podem mudar.
Dul: Ah claro vão mudar sim.
Ucker: Eu posso provar que podem mudar.
Antes que Dul perguntasse ou respondesse algo, Ucker a puxou lhe dando um beijo envolvente.
Dul: Por que vc faz isso? - perguntou o empurrando.
Ucker: Dul...
Dul: Eu não quero ouvir nada, não é justo vc brincar comigo só porque sabe que eu ainda sou
burra o bastante pra te amar. - falou com raiva saindo do carro.
Ucker: Dul! - chamou em vão vendo-a passar correndo na frente do carro e entrar em casa.
Ele sorriu passando os dedos pelos lábios, em seguida deu partida e foi embora.
Minutos depois quando voltou pro quarto Any disse sorridente:
- Que bom que vc comeu tudo.
Poncho: Tenho que confessar que tava mesmo com fome.
Any: É que não comeu nada no hospital, nem almoçar quis. - se virou de frente pro closet.
Poncho: É verdade... - respondeu e se levantou sem ela perceber.
Any foi pega de surpresa quando lhe dando um beijo profundo, apaixonado Poncho a pegou no
colo.
- O que ta fazendo?
Poncho não respondeu voltando a beija-la enquanto a deitava na cama ficando por cima dela, Any
suspirou entre o beijo quando sentiu a mão dele mergulhando por baixo da sua blusa. Poncho
mordiscou o lábio dela e perguntou se separando:
- Minha enfermeira ta muito cansada?
Any sorriu provocante e respondeu mordiscando o queixo dele:
- Nem um pouco!
Poncho sorriu maliciosamente e tornou a beija-la, as línguas se acariciavam arrancando gemidos
de ambos enquanto as mãos passeavam e exploravam os corpos explodindo os desejos de
ambos.
Mariana atravessou a rua e ouviu alguém a chamando. Se virou e disse surpresa:
- Léo quanto tempo. - o abraçando.
Léo: É mesmo... Curtindo as férias?
Mariana: Ah por enquanto sim, eu fui acampar com o pessoal cheguei ontem, ficamos uma
semana.
Léo: E tava todo mundo?
Mariana: Uhum eu, Any, Poncho, Caspian, nossos amigos e mais um monte de gente.
Léo: Que bacana... Vc ta indo pra casa?
Mariana: Uhum!
Léo: Tem que ta lá agora ou pode demorar um pouquinho?
Mariana: Por que quer saber? - sorrindo nervosa.
Léo: É que tem uma sorveteria aqui perto, não ta afim de ir comigo e me contar os detalhes do
seu acampamento? Ficar conversando aqui em pé nesse sol é meio desconfortante né?
Mariana: É verdade. - sorriu.
Léo: Então... Vamos?
Mariana: Ta legal eu topo.
Léo: Perfeito, lá tem cada sorvete que vc vai amar.
Mariana: Tenho certeza que sim, adoro sorvete.
Léo: Então demoro! - sorrindo pra ela.
Um tempo depois Any acordou sentindo os braços de Poncho envolvendo sua cintura e ombros,
sorriu depositando um beijo no braço dele e quando viu que eram 5 horas se soltou e sentou na
cama, quando foi se levantar…
- Aonde vai?
Any: Desculpa bebê te acordei? - virando de frente pra ele.
Poncho: Não se preocupe, mas ta indo pra algum lugar?
Any: Uhum! - confirmou com a cabeça.
Poncho: Pra onde? Não vai dizer que vai arrumar mais alguma coisa.
Any: Não eu vou no orfanato, preparar uma dançinha com as crianças.
Poncho: Bom a amiga da minha mãe disse que ia ficar lá no hospital até umas 7 da noite, quer
que eu vá com vc no orfanato? - se sentando.
Any: Não é melhor vc ficar e descansar?
Poncho: Nossa obrigado nunca fui dispensado tão facilmente. - se deitando de braços cruzados.
Any: Não to te dispensando meu amor. - disse sorrindo com ternura.
Poncho: Run sei! - respondeu emburrado.
Any: Meu bebê ficou triste? - se aproximando e Poncho permaneceu de braços cruzados. - É acho
que alguém ficou de mau humor. - contendo o riso. - Será que uns beijos resolvem?
Poncho não respondeu, mas Any viu um sorriso se insinuar nos lábios dele. Se aproximou mais e
aproveitando que ele estava sem camisa começou a distribuir beijos pelo abdômen dele passando
a língua a assoprando deixando Poncho arrepiado. Any subiu os beijos dando algumas
mordidinhas e e encontrou com os braços cruzados dele, beijou as mãos e o antebraço enquanto
os descruzava e continuou subindo. Beijou os mamilos dele dando algumas mordidas e passando
a língua, sorriu vitoriosa quando ouviu Poncho suspirar. Mordiscou o queixo dele fazendo um
caminho de beijos até a orelha dele passando pelo pescoço.
- Te amo gatinho! - sussurrou e mordiscando o lóbulo da orelha dele.
Passou a distribuir beijos pelo rosto dele dando algumas mordidinhas até encontrar os lábios
dele, quando se beijaram Poncho de repente a segurou pelos braços com força e a virou na cama
ficando por cima dela. Mordiscou o lábio dela cheio de desejo e respondeu:
- Fica difícil resisti a vc desse jeito.
Any: Então to perdoada?
Poncho: Usando truques baixos assim qualquer um é perdoado.
Any sorriu envolvendo os braços em torno do pescoço dele que a beijou e perguntou:
- Posso ir com vc então?
Any: Pode sim e depois eu vou com vc ao hospital ok?
Poncho: E vai voltar comigo pra casa depois né?
Any: Claro, acha que eu vou abandonar meu bebê? - acariciando seu rosto.
Poncho sorriu e a beijou. Em seguida se arrumaram e foram pro orfanato.
Quando chegaram lá e fecharam o portão ouviram as crianças brincando com Luz Viviana que
sorriu hipnotizada ao ver Poncho e disse:
- Oi Poncho tudo bem?
Poncho: Tudo sim. - sorrindo.
Any não teve tempo de demonstrar sua raiva, pois, as crianças vieram pra cima dela e de Poncho
os abraçando e fazendo todos ao mesmo tempo perguntas do tipo:
- Cadê os tios?
- Não vieram com vcs?
- Viram a Sara? Como ela ta?
Any: Não, não, sim e ela esta bem!
Luz sorriu novamente pra Poncho que perguntou:
- Luz quem é o garoto novo que chegou?
Luz: Ah espero que pelo menos vc ele aceite por perto, parece que não gosta muito de garotas.
Poncho estranhou e quando Luz Viviana mostrou um garoto de 09 anos, cabelos morenos e
braços cruzados encarando as outras crianças sério, Poncho se aproximou e perguntou:
- Oi! Vc é o Felipe né?
Foto: http://i.esmas.com/image/0/000/003/415/raul_S.jpg
Felipe: Sim e vc quem é? - perguntou sério.
Poncho: Me chamo Poncho vc não quer ir comigo perto das crianças?
Felipe: Não!
Poncho: Por que não?
Felipe: Não to com vontade.
Poncho: E o que vai fazer sozinho ai?
Felipe: Nada.
Poncho: Então vou fazer nada com vc ta bom? - e parou ao lado dele cruzando os braços.
Any se aproximou e sorridente perguntou:
- Oi Felipe tudo bem com vc?
Felipe: Quem é ela? - encarando Poncho.
Poncho: É minha namorada. - se aproximou de Any e a abraçou por trás. - Ela não é linda?
Felipe: Se vc acha... - dando de ombros.
Ambos se encararam e Any perguntou:
- Vc não quer vir dançar comigo e com as outras crianças?
Felipe: Não! Quero ficar sozinho. - e saiu bravo.
Any: Eu falei alguma coisa de errado? - sem entender.
Poncho: Não meu amor, Luz me disse que ele não se simpatiza muito com garotas.
Any: Luz te falou? - cruzando os braços.
Poncho: Ah meu amor não vai ficar com ciúmes né?
Any: Ta bom, deixa pra lá... Tenta conversar com ele, vcs pareciam estar se dando bem antes de
eu chegar!
Enquanto isso eu vou ensaiar com os pequenos.
Poncho: Ta ok, mas cuidado pra não voltar pros 06 anos viu?
Any: Bobo não teve graça. - respondeu dando um tapinha nele e saiu.
Poncho sorriu e foi atrás de Felipe.
- Tia verdade que vc vai ensinar outra dança pra gente?
Any: Uhum, mas temos que escolher uma música de Natal antes, vcs me ajudam?
As crianças afirmaram e Luz perguntou:
- Onde esta o Poncho?
Any: Foi falar com o Felipe.
Luz: Ah ta eu...
Any: Pode me ajudar com as crianças Luz? - perguntou pra não deixa-la sozinha com Poncho.
Luz: Ta bem! - respondeu sorrindo meio contrariada.
Poncho entrou na cozinha e perguntou a Felipe:
- Por que vc não quis ir dançar com a Any?
Felipe: Dança é coisa pra menininhas e eu não gosto daqui.
Poncho: E onde queria ficar?
Felipe: Não sei, ninguém gosta de mim mesmo.
Poncho: Posso te chamar de Lipe?
Felipe: Pode!
Poncho: Por que acha que ninguém gosta de vc Lipe?
Felipe: Porque é verdade... Meu pai me abandonou e minha mãe me batia.
Poncho: E se eu te disser que todos aqui gostam de vc principalmente eu.
Felipe: Vc nem me conhece.
Poncho: Ué já estamos juntos há 5 minutos e eu gostei de vc.
Felipe: Verdade?
Poncho: Uhum tanto que vou te dar um presente... O que mais vc gosta de comer?
Felipe: Milk Shake de morango com biscoitos assados de chocolate.
Poncho: Então vc vai tomar o melhor Milk Shake de morango com os melhores biscoitos assados
de chocolate que já viu na vida.
Felipe: Vc sabe cozinhar? - surpreso.
Poncho: Sei, mas vou precisar de ajuda, topa me ajudar?
Felipe: Ta eu topo, quero ver se é bom mesmo.
Poncho sorriu e começaram a preparar o milk shake com os biscoitos assados. Quando
terminaram ambos cheios de farinha e sujos de chocolate Felipe disse terminando seu oitavo
biscoito:
- Sabe Poncho... Queria que meu pai fosse como vc.
Poncho sorriu e sem jeito respondeu:
- E quando eu tiver um filho, gostaria que ele fosse como vc.
Felipe: Verdade?
Poncho: Claro que sim!
Felipe sorriu e o abraçou.
Um tempo Any entrou na cozinha e perguntou:
- O que vcs fizeram?
Poncho: Milk shake e biscoitos assados de chocolate, estavam uma deliícia né Lipe?
Felipe: Uhum! - respondeu de má vontade.
Any: To vendo vcs estão lambuzados de farinha e chocolate. - sorrindo.
Poncho: Não quer ficar igual a gente princesa? - se aproximando.
Any: Não obrigada, prefiro continuar limpa. - se afastando sorrindo. - Mas Lipe...
Felipe: Felipe. - corrigiu zangado.
Any: Ok Felipe, vc gostou da comida do Poncho?
Felipe: Gostei ele cozinha bem. - levantou da cadeira e se aproximou. - Poncho vamos brincar de
alguma coisa? - puxando ele pra longe de Any.
Poncho: Ta... Do que? - respondeu sem entender e encarou Any que deu de ombros.
Felipe: Não sei de qualquer coisa (puxou Poncho pra que ficasse à altura dele) mas que seja
longe dela. - encarou Any de modo suspeito.
Poncho sorriu encarando Any que sorriu de volta e disse se virando pra Felipe:
- Por que ela não pode ir?
Felipe: Porque a brincadeira é pra homem não pra mulheres.
Poncho: Mas...
Any: Tudo bem meu amor eu vou terminar lá com as crianças enquanto vc brinca aqui com ele.
Poncho: Tem certeza não vai ficar...
Any: Chateada? Não claro que não, pode ir.
Poncho: Ta ok, já volto. - deu um beijo nela.
Felipe: Vamos Poncho, anda logo. - puxando ele com força o separando de Any.
Mais tarde Poncho estacionou o carro em frente à casa de Any que disse:
- Só vou dormir em casa hoje porque vc insistiu muito.
Poncho: Ah meu amor é melhor ficar por aqui hoje tem passado mais tempo comigo do que em
casa.
Any: E vc liga?
Poncho: Claro que eu ligo.
Any: Então não gosta de ficar comigo? - cruzando os braços indignada.
Poncho: Eu amo ficar com vc minha gatinha ciumenta. - a abraçando.
Any: É, mas hoje fui dispensada por um garoto de 09, 09 anos Alfonso.
Poncho: Meu amor não tive culpa.
Any: Eu sei que não, to brincando! - sorriu.
Poncho: Mas então desce e descansa amanhã a gente se vê ta bom?
Any: Ta, depois o dispensado é vc né? - reclamou fazendo bico.
Poncho: Ai meu amor vc é terrível. - segurando o rosto dela entre as mãos. - Te amo bebê.
Any: Também te amo príncipe. - sorrindo e o beijou.
Poncho: Boa noite gatinha. - sussurrou com os lábios quase colados ao dela.
Any: Boa noite meu amor. - sussurrou de volta e o beijou saindo do carro em seguida.
Quando entrou em casa assoviando ouviu o irmão perguntar:
- Esta satisfeita Anahí?
Any: Chris! Nossa nem te vi. - respondeu assustada vendo ele no sofá.
Chris: Soube do que aconteceu com a mamãe? - se aproximando.
Any: Não o que aconteceu?
Chris: Vem eu vou te mostrar. - puxando-a escada acima pelo braço.
Any: Ai Chris ta me machucando.
Chris: Cala a boca. - respondeu sem se importar ainda a puxando.
Quando entraram no quarto dos pais Any se assustou quando viu Carol na cama com o braço
engessado. Ela quando os viu perguntou surpresa:
- Queridos o que houve?
Any: Mãe o que aconteceu com seu braço?
Chris: Conta pra ela mãe. - disse bravo de braços cruzados.
Any: Contar o que? - encarando o irmão e a mãe.
Carol: Querida vc esqueceu de levar seu carro na manutenção não esqueceu?
Any: É faz tempo que eu não o levo, mas é porque eu não saio com ele há quase duas semanas.
Carol foi responder, mas Chris disse antes:
- Acontece que vc irresponsável como sempre não percebeu que os freios estavam com problema
e por sua culpa nossa mãe quase se machucou voltando de Guadalajara, por sorte só quebrou o
braço, mas já pensou o que teria acontecido se o acidente tivesse sido mais grave e envolvido
mais gente? Se sabia que ele estava com problema não deixasse as chaves aqui e todos
desavisados.
Any: Mas... Eu não sabia Chris, mãe eu juro que...
Carol: Eu sei querida e já disse pro seu irmão que exagerou, não precisa falar assim com ela filho.
Chris: É claro que precisa ela é uma irresponsável ainda querem que eu acredite que mudou, é a
mesma irresponsável e egoísta de sempre, podia ter matado a nossa mãe.
Any: Chris eu já disse que não sabia. - esbravejou contendo as lágrimas.
Chris: Pois eu não acredito em vc, nunca vou acreditar, eu te odeio garota. - e saiu bravo.
Any sentiu as lágrimas escorrerem por seus olhos e viu Carol dizer:
- Filha vc...
Mas Any a interrompeu com um gesto de mão e saiu do quarto apressada. Quando entrou no seu
se jogou na cama chorando sem parar. Caspian apareceu do seu lado e disse acariciando seus
cabelos:
- Não fica assim Any.
Any: Acabou, mesmo que Ucker e Mai me perdoem, Chris nunca vai fazer o mesmo, sempre vai
me odiar pelas coisas que eu fiz pouco se importa se eu mudei.
Caspian: Não fala assim, ainda tem tempo.
Any: Só tenho 12 dias é tarde demais pra conseguir alguma coisa.
Caspian: Any nunca é tarde demais pra perdoar, pra começar uma nova vida.
Any: Mas a minha já acabou, o que eu vou fazer agora que sei que em 12 dias vou morrer?
Caspian: Não fala assim.
Any: Como vão ser as coisas com o Poncho, Caspian? E com os outros também, não vou conseguir
encara-los sabendo que são nossos últimos momentos juntos.
Caspian: Any...
Any: Eu vou terminar com o Poncho. - falou do nada se sentando na cama.
Caspian: Que? Any não pode fazer isso.
Any: Posso e é o que eu vou fazer, não posso continuar com ele sabendo que a gente vai se
separar logo, é melhor que a gente termine agora e ele me odeie do que sofrer quando chegar a
hora.
Caspian: E isso é justo pra vc e pra ele? - bravo.
Any: Não é questão de ser justo, é o certo a fazer.
Caspian: Any...
Any: Eu vou terminar com o Poncho. - falou do nada se sentando na cama.
Caspian: Que? Any não pode fazer isso.
Any: Posso e é o que eu vou fazer, não posso continuar com ele sabendo que a gente vai se
separar logo, é melhor que a gente termine agora e ele me odeie do que sofrer quando chegar a
hora.
Caspian: E isso é justo pra vc e pra ele? - bravo.
Any: Não é questão de ser justo, é o certo a fazer.
Caspian: Any...
Any: Vc não vai me convencer do contrário Caspian, eu vou terminar com o Poncho e acabou.
Caspoian: Se vc fizer isso vai por sua missão em risco.
Any: Não porque ela acabou essa noite com a declaração de ódio do meu irmão.
Caspian a encarou sem saber o que dizer pra convence-la do contrário.
Na manhã seguinte, Any se levantou se arrastando pelo quarto tomou um banho e foi se trocar,
havia passado boa parte da noite chorando e agora sentia um cansaço enorme, sua vontade era
de ficar deitada, mas sabia que não podia. Quando chegou na cozinha Carol perguntou:
- Esta se sentindo bem meu amor?
Any: To legal mãe, não se preocupe. - se sentando.
Carol: Vai sair?
Any: Uhum preciso resolver umas coisas.
Carol: Parece cansada dormiu bem?
Any: Uhum! - assentiu cansada.
Julio César se juntou à elas dizendo:
- Bom dia!
Carol: Bom dia querido.
Any: Bom dia pai. - respondeu cansada.
Julio César: Ta tudo bem filha?
Any assentiu Chris chegou dizendo:
- Até que enfim vc vai tomar café com a gente há quanto tempo não faz isso?
Any só não levantou da mesa porque estava morredno de fome, então tratou de comer o mais
rápido possível. Quando terminou se levantou dizendo:
- Vou levar o carro pra concertar.
Chris: Até que enfim uma atitude responsável.
Julio César: Christian!
Chris: Vai defender ela também? Que ótimo! - respondeu bravo e jogou o guardanapo na mesa.
Quando passou por Any furioso a mesma respirou fundo e disse:
- Até mais tarde!
Carol: Até querida.
Um tempo depois quando chegou non hospital encontrou com Juliana que disse:
- Encontrei o Poncho aqui, acabei de saber o que aconteceu.
Any: É uma tragédia eu sei, mas tenho certeza que vão ficar bem. - sorrindo triste.
Juliana: Ta tudo bem Any?
Any: Uhum... A Sara ta acordada?
Juliana: Ta e Poncho acabou de sair daqui pra falar com ela.
Any sorriu triste e entrou no quarto. Sara quando a viu disse sorridente:
- Eu sabia que ele não tava mentindo.
Any: Tudo bem minha linda? - a abraçando e lhe dando um beijo.
Sara: Uhum!
Any: Mas o que foi que disse quando cheguei? Quem não tava mentindo?
Sara: O Poncho ele veio aqui e disse que vc não ia demorar pra vir me ver também.
Any: Ah ta.
Sara: Vc não ficou com ele essa noite né?
Any: Não.
Any: Não.
Sara: É eu perguntei pra ele porque vc não tava com ele e disse que não tinha ficado juntos... Eu
falei pra ele que tava com saudades de vc e ele disse que também tava.
Any sorriu e abaixou a cabeça. Sara se aproximou e perguntou:
- O que vc tem Any?
Any: Nada querida, eu to bem.
Sara: Eu vou poder ir embora amanhã Any.
Any: Ah é? Que legal.
Sara: Vc vem me buscar né? Vc e o Poncho?
Any: Uhum, eu vou falar com ele ta bom?
Sara: Eba brigadu. - respondeu a abraçando.
Any sorriu acariciando seus cabelos, separaram-se quando uma enfermeira enmtrou e perguntou:
- Vamos fazer os últimos exames pra vc poder ir embora amanhã Sara?
Sara: Vamos, Any pode ir comigo?
- Se quiser pode sim.
Sara: Vc vem comigo Any?
Ela assentiu e ajudou Sara a sair da cama.
Quando chegou até onde Poncho estava encontrou Mah e Dul que disse a abraçando:
- Vc não sabe o que aconteceu.
Any: O que foi?
Mah: Luiza e Beatriz acordaram e estão no mesmo quarto, Poncho ta lá com elas.
Any: Que bom!
Dul: Any ta tudo bem?
Any: Ta eu só to um pouco cansada. - sorriu.
Nisso ouviram uma porta se fechar e Poncho saiu dela. Quando viu Any foi na sua direção
sorrindo e a abraçou com força dizendo:
- Ah meu amor que bom que vc chegou. - a soltou lhe dando um beijo. - As meninas te contaram?
Any: Uhum! - assentiu sorrindo.
Poncho: Vem Lívia quer te ver e assim vc conhece a minha mãe. - puxando-a.
Any: Poncho espera. - se soltando. - Eu preciso falar com vc. - tomando coragem.
Poncho: Tudo bem meu anjo, mas vem ver a Lívia não ta com saudades dela?
Any: Uhum e acabei de ver a Sara.
Poncho: Então vem ver a minha irmã depois a gente namora e conversa ta? - acariciando seu
rosto.
Any sem escolha assentiu e não conseguiu evitar o beijo que Poncho lhe deu, aquilo seria mais
difícil do que imaginava. Saiu sendo puxada por ele dizendo que não demorava pra Dul e Mariana.
Quando entrou no quarto Any sorriu pra Lívia e Poncho disse:
- Mãe essa é a Any! - disse a abraçando por trás.
Beatriz: Ah vc é a mocinha que meu filho não para de falar? Como esta?
Any: Bem e a senhora?
Beatriz: Melhorando. - respondeu com um sorriso.
Lívia: Any obrigada pelos bombons.
Any: Ah de nada. - sorrindo. - Mas e ai vc ta bem? - chegando perto dela.
Lívia: Dói aqui (apontando a coxa) mas to bem. - sorrindo e abraçou Any.
Any: Que bom pequena. - sorriu.
Lívia: Quando eu sair daqui vc vai em casa brincar comigo né?
Beatriz: Lívia! - chamou sua atenção.
Any: Tudo bem! - sorriu. - Claro que eu vou brincar com vc.
Lívia: Oba! - e a abraçou.
Poncho: Cuidado Li vai se machucar.
Quando saiu do quarto Mariana perguntou:
- O que vc tem Any?
Any: Ah nada, não, to cansada.
Dul: Cansada? Vc acha que eu sou boba?
Any: É sério.
Mariana: Ta pode até estar cansada, mas tem mais alguma coisa ai sim.
Any: É que... Chris brigou comigo outra vez... Disse que nunca vais acreditar que eu mudei.
Dul: Mas o que aconteceu?
Any: Minha mãe foi pra Guadalajara no meu carro, mas os freios estavam com problemas, ela
acabou quebrando o braço na volta.
Mariana: E o Chris te culpou?
Any: Sim, disse que por causa da minha irresponsabilidade algo mais grave poderia ter
acontecido com a minha mãe foi… Horrível meninas! - disse contendo as lágrimas.
Dul: Talvez ele só tenha dito isso num acesso de raiva.
Any: Não foi um acesso de raiva foi a verdade, nunca vai me perdoar, me odeia.
Mariana: Any não pensa assim vc ainda vai conseguir se entender com ele.
Any: Eu acho que não meninas!
Nisso Ucker chegou com Chris e Mai que perguntou:
- Cadê o Poncho?
Dul: No quarto com a mãe e a irmã.
Chris: Ah ta e o pai dele?
Any: Ele vai poder vê-lo depois do almoço, estão fora de perigo.
Ucker: Que bom que os pais deles estão bem.
Mariana: É sim!
Ucker encarou Dul que sem conseguir sustentar o olhar abaixou a cabeça e ele perguntou:
- Dul posso falar com vc?
Dul: Comigo? Agora? - surpresa.
Ucker: É sim não vou demorar.
Mariana: Vai com ele! - sussurrou a cutucando e Any a encarou como se dissesse o mesmo.
Dul: É... Ta bom, mas sem demora. - respondeu se levantando.
Assim que eles saíram Poncho saiu do quarto e perguntou:
- E ai gente? Tudo bem?
Chris: Tudo cara que bom que ta animado.
Poncho: Se vcs quiserem entrar pra ver minha irmã pelo menos, podem ir ta? Ela ta com
saudades.
Mariana: Ah eu vou sim! - disse se levantando sorrindo.
Poncho: Meu amor pode vir comigo?
Any: Aonde vc quer ir?
Poncho: Só dar uma volta… Vem?
“Pode ser a única chance pra falar”, pensou e respondeu:
- Ta bom! - sorriu e se levantou.
Poncho a puxou pela mão e a abraçou por trás, chegando na cantina se sentaram e Poncho disse:
- Senti falta da minha enfermeira ontem, me arrependi de ter deixado vc ficar em casa.
Any sorriu e Poncho se aproximou lhe dando um beijo em seguida a encarou e perguntou:
- Por que vc ta tão quietinha hoje princesa?
“É agora!”, pensou e respirando fundo respondeu:
- Eu preciso te dizer uma coisa Poncho.
Poncho: O que foi?
Any: Eu... - tomando coragem. - Eu... - contendo as lágrimas.
Poncho: Fala meu anjo.
Any: Poncho eu… Quero terminar… Nosso namoro! - falou e suspirou.
Poncho: Que? Terminar? Any... Por quê? - perguntou sem acreditar.
Próximo dali Dul perguntou:
- O que vc queria falar comigo Ucker?
Ucker: Dul... Eu queria que me desculpasse.
Dul: Pelo que?
Ucker: Pelon que houve no acampamento.
Dul: Ah esqueci isso, já passou.
Ucker: Mas peço desculpas por ter terminar com vc nunca devia ter feito aquilo... Te amo Dul!
Quer voltar a namorar comigo? - segurando sua mão.
Dul: Que? - espantada.
Ucker: Perguntei se vc quer voltar comigo, vc aceita?
Na cantina Poncho perguntou:
- Por que vc ta fazendo isso Any?
Any: Porque... Eu nunca tinha namorado ninguém antes e... Não sei Poncho!
Poncho: Não sabe? Vc acha que vem falar pra mim do nada que quer terminar e não precisa me
dar explicação nenhuma? O que deu em vc pra querer fazer isso?
Any: Não piora as coisas, por favor. - contendo as lágrimas.
Poncho: Então me da uma explicação caramba... Como pode ser que depois de tudo o que a gente
viveu junto nesse mês vc queira terminar? Até ontem quando te deixei em casa tava tudo bem, o
que aconteceu pra vc mudar assim de uma hora pra outra? - perguntou tentando conter as
lágrimas.
Any abaixou a cabeça chorando sem conseguir se conter. Poncho deu um murro na mesa dizendo:
- Me fala... Por que vc ta fazendo isso? - chorando.
Any: Porque eu não quero continuar com esse namoro por isso, me deixa em paz. - se
levantando.
Poncho: Vem aqui. - e a puxou. - Vc não quer mais continuar com esse namoro? Vc acha que isso
é um jogo? Ou algum tipo de brincadeira que quando vc quiser vc pode parar?
Any: Eu sei que não é brincadeira Poncho.
Poncho: Então por que quer terminar Any? Vc não me ama mais? Ou tudo o que vc disse e fez foi
fingimento?
Any: Nada do eu falei ou fiz foi mentira ou fingimento. - chorando.
Poncho: Então por que isso meu amor?
Any: Já disse... Não posso continuar com isso, é melhor me odiar agora, do que sofer mais no
futuro.
E antes que Poncho pudesse fazer algo, Any foi embora sumindo de vista.
Próximo dali Ucker disse:
- Vc ainda não respondeu.
Dul: O que vc quer que eu diga?
Ucker: Dul eu sei que vc ainda gosta de mim... Volta comigo princesa.
Dul: Voltar com vc? E quanto a sua namoradinha Penélope? - perguntou ironicamente.
Ucker: Entre eu e a Penélope não há nada é vc que eu amo Dul.
Dul: Engraçado que não pensou nisso quando me acusou de traidora e em seguida começou a sair
com ela né? Se exibindo na minha frente. - rebateu com os olhos marejados.
Ucker: Eu fiz aquilo pra deixar com ciúmes.
Dul: Não! Foi pra se vingar, isso que fez se chama vingança e da mais suja.
Ucker: Me desculpa Dul... Eu sei que vc ainda me ama e eu amo vc então volta comigo.
Dul: Não é simples assim, eu posso ainda amar vc, mas eu quero uma prova de que vc ainda me
ama, porque não foi o que pareceu quando começou a sair com aquela garota.
Ucker: O que vc quer que eu faça pra provar que ainda te amo?
Dul: Não sei, só sei que to muito machucada ainda pra topar voltar assim com vc, eu também
tenho orgulho próprio Ucker.
Ucker: E se eu provar que ainda te amo vc volta comigo?
Dul: Quem sabe? - dando de ombros e sorriu tristemente.
Ucker: Eu vou te provar prometo. - segurou as mãos dela.
Dul: Por enquanto acho melhor voltarmos pra onde o pessoal ta ok? - e soltou as mãos.
Ucker: Ta! - assentiu tristemente.
Dul sorriu e seguiu na frente. Chegou junto com Poncho que sentou no sofá da sala enxugando o
rosto. Chris estranhando perguntou:
- Cadê a Anahí? O que aconteceu cara?
Poncho: Nada simplesmente a sua irmã terminou comigo.
Mariana: Que? Como assim?
Poncho: Isso que ouviu.
Dul: Mas o que aconteceu pra ela terminar com vc? Tava tudo tão bem.
Poncho: Nem tão bem assim na opinião dela ou não teríamos terminado.
Mai: Mas que explicação ela te deu?
Poncho: Disse que não queria mais.
Ucker: Só isso?
Poncho assentiu e Chris disse:
- O que eu falei? Ela já cansou desse joguinho, daqui a pouco ela volta a ser a de antes.
Dul o encarou de cara feia como se o mandasse calar a boca e Ponmcho disse se levantando:
- Chris agora não ok? - saiu.
Mariana: Droga o que deu na Any pra terminar?
Mai: O que o Chris disse... Ela voltou a ser a de antes.
Dul: Não acho que tenha sido isso, ela realmente ta apaixonada pelo Poncho.
Ucker: É acabou de dar a prova pra ele.
Dul: Não começa vc também vai.
Ucker abaixou a cabeça sem jeito e Dul e Mah se encararam sem jeito.
Assim que entrou em casa Any subiu pro quarto e se trancou no mesmo, se jogou na cama
chorando sem parar. Sentiu uma mão acariciando seus cabelos e uma voz dizer:
- Any por que fez aquilo?
Any: Não dava pra continuar Caspian, não quero ficar com ele pensando que são nossos últimos
momentos juntos, até agora eu curti tudo sem pensar que era a última vez, mas se a gente
continuar vai ser assim, essa tortura até chegar a hora de fato.
Caspian: Ele ficou muito mal Any.
Any: Eu sei, mas não posso continuar com ele Caspian.
Caspian: E se vc conseguir cumprir sua missão?
Any: Talvez a gente possa ficar junto de novo se eu explicar tudo, mas isso não vai acontecer.
Caspian: Vc não sabe Any.
Any: Eu sei do que to falando.
Caspian ficou com ela mais alguns minutos e depois desapareceu. Any passou a tarde toda em
casa trancada no quarto sem querer comer, só saiu pra ir ao orfanato, mas depois voltou pro
quarto.
Alguns dias se passaram e Any e Poncho não se viram mais, nem quando Mah recebeu alta do
hospital e dois dias depois Lívia e Beatriz. Chris e Mai estavam mal por ver Poncho tão deprimido
e pra baixo. Mariana e Dul tentaram falar com Any, sem sucesso e Carol e Julio César se
preocupavam com a filha que nos últimos dias só ficava trancada no quarto chorando sem querer
comer nada. Ucker por sua vez tentava provar à Dul que a amava.
No domingo de manhã Carol saiu do escritório e disse ao ver Mariana e Dul com Sara no seu colo:
- Olá meninas que bom que vieram.
Dul: Queremos falar com a Any ela ta né?
Carol: Ta, mas no mesmo estado que eu disse, meninas o que houve pra ela ficar assim?
Mariana: Ela e o Poncho terminaram, bom ela terminou.
Carol: Mas... Faz três dias que ela não sai daquele quarto, se terminou porque ta mal assim?
Dul: A gente não sabe, mas vamos tentar descobrir.
Carol: Podem subir pra vê-la, essa bonequinha é a Sara?
Mariana: Ela mesma, a gente tava no orfanato e ela pediu pra vir quando soube que viríamos pra
cá.
Carol: Tudo bem com vc linda?
Sara: Uhum, eu quero ver a Any porque ela não foi mais me ver no hospital quando recebi alta e
nem ontem e hoje no orfanato?
Carol: Isso vc pode perguntar pra ela ta bem?
Sara assentiu sorrindo e Mariana disse:
- Com licença.
Carol: A vontade, vcs sabem onde fica o quarto né? - Dul assentiu e subiram.
Na casa de Poncho o mesmo desceu pro café e Lívia disse vendo ele trocado:
- Tato vc vai pro orfanato? - perguntou e Poncho assentiu sentando na mesa. - Vc disse que não
ia.
Poncho: Eu mudei de idéia.
Beatriz: Filho antes de eu ir visitar seu pai no hospital posso falar com vc um minuto?
Poncho assentiu e começou a tomar seu café.
Quando terminou Beatriz o levou ao escritório e disse:
- Sei que esta assim por aquela garota.
Poncho assentiu com os olhos marejados e respondeu:
- Ainda to tentando entender porque ela terminou, mas ta um pouco difícil.
Beatriz: Filho não é melhor esquecer isso? Se ela terminou é porque não te ama mais.
Poncho: Não mãe eu conheço a Any, eu sei que ela me ama.
Beatriz: Vc a ama de verdade não?
Poncho: Eu sou louco por ela mãe, nunca senti nada por garota nenhuma.
Beatriz: E como pode ter certeza de que ela também te ama tanto assim?
Poncho: Porque tudo o que a gente viveu junto foi muito forte, muito intenso pra ser fingimento,
antes ela não me amava, mas agora ela mudou e realmente ta apaixonada por mim, meu coração
acredita nisso e eu acredito nele.
Beatriz: Será que isso não é uma forma de vc se iludir?
Poncho: Não porque o jeito como ela me tratou me mostrava todos os dias que ela me amava, o
jeito como ela foi maravilhosa, incrível quando vcs ficaram no hospital me dando força cuidando
de mim, todo aquele carinho, aquela dedicação não era fingimento eu sei que não era. -
chorando.
Beatriz: Mas se ela te ama como ta dizendo por que terminou?
Poncho: Eu não sei, mas é como se alguma coisa a tivesse obrigado a fazer isso, naquele dia os
olhos dela estavam me dizendo que ela não queria fazer aquilo.
Beatriz: Vc tem certeza?
Poncho: Tenho e eu preciso saber o que aconteceu se não vou ficar maluco.
Beatriz: Olha filho sei que nunca fui uma boa mãe, mas depois desse acidente eu vi o quanto eu
estava auesente na sua vida e na de Lívia e se não for tarde pra vc e se quiser, saiba que pode
contar comigo para o que quiser ta?
Poncho assentiu e abraçou a mãe.
Any acordou com uma caricia no rosto. Abriu os olhos e sorrindo perguntou:
- O que fazem aqui?
Sara: Any vc não gosta mais de mim?
Any: É claro que eu gosto, eu te adoro pequena. - se sentando na cama.
Sara: Então por que vc sumiu, não foi no hospital quando eu sai, nem no orfanato.
Any: Eu não tava me sentindo bem. - sorrindo triste.
Sara: Vc ta igual ao Poncho, ele ontem nem quis brincar e hoje ainda não foi no orfanato, ta
tristinho que nem vc, o que aconteceu Any?
Any abaixou a cabeça os olhos marejados e respondeu negando com a cabeça:
- Nada, vai passar logo.
Encarou as amigas que a olharam tristes, mas antes que tivessem tempo de dizer algo Carol
bateu na porta e quando entrou disse:
- Achei que vcs iriam querer ficar sozinha pra conversar então... Sara vc quer ir no outro quarto
comigo ver os brinquedos que Any tinha na sua idade?
Sara: Vc também brincava de boneca Any? - perguntou como se isso fosse a coisa mais
extraordinária do mundo.
Any: Uhum! - assentiu fazendo força pra sorrir.
Dul: Todas nós já brincamos. - sorrindo.
Sara: Até ela? - apontando Carol.
Carol: Sim há muito tempo atrás, mas já brinquei sim, mas então quer ir ver comigo? Esta tudo
guardado e conservado como novo.
Sara pulou da cama e foi até Carol lhe dando a mão, a mãe sorriu e disse:
- Ela parece vc quando pequena Any. - e saiu sorrindo
Any: É só que eu tinha um gênio mais forte e menos suportável. - falou suspirando triste e
abaixou a cabeça entre as pernas.
Mariana: Any, queremos falar com vc! - disse apreensiva.
Dul: Queremos saber o que te deu pra terminar com o Poncho.
Any: Meninas... - ergueu a cabeça com a voz embargada. - Não, não quero falar nisso.
Mariana: É verdade que vc tem ficado nesse quarto sem querer comer e nesses três dias só saiu
pra ir ao orfanato dar as aulas de dança e voltou pra cá? - perguntou ignorando o que ela havia
dito.
Any sem escolha assentiu chorando e respondeu:
- Não tenho vontade de sair e também não quero encontrar com ele.
Dul: Any olha pra vc, se ta tão mal assim porque ta fazendo isso com vc e com ele?
Mariana: Por que terminou Any?
Any: Porque foi o melhor a fazer. - chorando.
Dul: Não foi o melhor coisa nenhuma ta na cara que a coisa que vc mais quer é estar ao lado do
Poncho, qual é Any? Quer dar mais motivos pro seu irmão e os outros falarem mal de vc?
Any: Não me importo, eu já perdi a única coisa que me importava! - chorando. - Como ele ta?
Mariana: Difícil dizer quem de vcs dois ta pior.
Any: Eu sinto tanta falta dele meninas, to com tanta saudade. - abaixando a cabeça chorando.
Dul: Então para de se torturar pelo amor de Deus e volta pra ele, vc precisa ver o jeito como ele
ta!
Any: Eu não posso voltar meninas, vai ser pior pra gente, vcs não entendem. - chorando.
Mariana: Ta legal, mas se não quer que interferimos vc vai levantar dessa cama agora, vai se
arrumar e ir com a gente pro orfanato (Any abriu a boca pra protestar) e não se atreva a dizer
não.
Any enxugou o rosto e perguntou:
- Poncho ta lá?
Dul: Não ele também não ta animado pra sair, apareceu ontem, mas hoje não deu as caras por lá.
Any: E se ele aparecer?
Mariana: Se vira, mas de preferência tome vergonha nessa cara e volta com ele.
Any negou com a cabeça e Dul disse a puxando:
- Mas isso se ele aparecer o que duvido, então levanta e vamos com a gente.
Any sem escolha se levantou e com muito custo se vestiu pra ir ao orfanato com as amigas.
Minutos depois quando chegou ao orfanato Any cumprimentou as crianças forçando um ânimo
longe de sentir, se pudesse voltava pra cama, não andava se sentindo bem há dias. A única coisa
que queria fazer era dormir, dormir e dormir pra ver se assim todo o cansaço que sentia passava.
Sentou no chão e começou a brincar com Sara e algumas outras crianças. Não demorou muito e
Ucker se aproximou e perguntou:
- Posso falar com vc?
Any: Cla... Claro! - respondeu se levantando.
- Aonde vai? - perguntou uma garotinha ruiva.
Any: Já volto. - respondeu sorrindo, mas ao se virar pra Ucker sua feição era de tristeza quando
perguntou: - O que quer falar comigo?
Ucker: Se incomoda de ir até o quarto dos meninos? Lá é mais reservado.
Any assentiu e o seguiu, chegando lá Ucker abriu a porta dando passagem à Any. Porém quando
entrou seguida de Ucker ficou estática vendo Poncho de costas ajudando Felipe a se arrumar.
- O que fazem aqui? - perguntou o garoto apontando pra porta.
Poncho se virou ficando de pé deparando com os olhos marejados de Any e a cara de
constrangimento de Ucker. Any abaixou a cabeça mordendo o lábio inferior para segurar as
lágrimas e quando tornou a ergue-la disse com a voz embarcada:
- Desculpe não... Sabíamos que estavam aqui. - e saiu apressada em seguida.
Poncho: Any... - fazendo menção de ir atrás dela.
Felipe: Vem Poncho ainda falta arrumar meu cabelo. - puxando-o pelo pulso.
Ucker: Com licença. - saiu fechando a porta.
Quando alcançou Any a puxou pelo braço ouvindo-a soluçar, ao encara-la perguntou:
- Any se esta tão mal por que terminou?
Ela não respondeu abaixando a cabeça, Ucker segurou seu rosto e a fazendo encara-lo disse:
- Eu acredito em vc Any, agora eu sei que mudou, que desde o acidente não é mais a de antes.
Any: A... Acredita em mim?… De verdade? - perguntou chorando.
Ucker: Sim foi por isso que te chamei pra conversar pra te dizer isso.
Any: Mai e Chris não podiam pensar igual à vc?
Ucker: Acho que a Mai ta começando a acreditar em vc também, mas talvez não queira contrariar
o namorado dela entende? - Any afirmou com a cabeça. - Mas eu vi como ficou agora e estou
vendo o jeito como Poncho esta e também enjoei de ver o jeito como se tratavam e sei que vc
ama meu amigo tanto quanto ele te ama, não sei o que te fez terminar o namoro, mas volta atrás
Any, só vc pode acabar com esse sofrimento, entra lá (apontou o quarto) e fala tudo o que ta
sentindo.
Any negou com a cabeça chorando e disse:
- Não posso Ucker, me doeu muito terminar com ele, não posso voltar atrás e ter que me separar
dele depois vai doer mais.
Ucker: Do que vc ta falando, eu não entendo.
Any: Mas em breve vc e o Poncho vão entender o que eu fiz, não só vcs, mas todos os outros.
Ucker: Ainda não entendi.
Any: Mas logo vai entender e... Obrigada por ter acredito em mim, se eu puder te ajudar com a
Dul.
Ucker: Não sei se eu mereço, mas se vc puder fala bem de mim pra ela ia ajudar.
Any assentiu sorrindo e enxugou o rosto dizendo:
- Eu vou pra lá antes que... O Poncho saia de lá. - apontando o quarto e saiu apressada.
Quando chegou onde as crianças estavam levou um susto quando Lívia correu na sua direção e a
abraçou por trás. Any se agachou e disse sorrindo:
- Pensei que não tivesse aqui!
Lívia: Eu vim com o tato vc viu ele?
Any: Vi, vi sim. - respondeu sorrindo.
Lívia: E vcs se entenderam? - sorrindo empolgada.
Any: Não. - respondeu triste pela carinha de Lívia.
Lívia: Vcs não vão se entender nunca mais? - triste.
Any: Eu não sei. - respondeu triste.
Lívia: Brinca comigo um pouco?
Any: Eu não to muito legal então eu vou pra casa, mas prometo fazer uma visita pra brincar com
vc ta bom? - Lívia assentiu contrariada. - E seu pai como esta?
Lívia: Ta quase bom, jaja ele sai do hospital também.
Any: Que bom, olha eu vou falar com a Dul e vou pra casa, mas a visita fica de pé ta?
Lívia assentiu novamente e abraçando Any lhe deu um beijo. Quando encontrou Dul perguntou:
- Posso falar com vc rapidinho?
Dul: Uhum.
Any: Ucker veio falar comigo, disse que acredita em mim.
Dul: E? - perguntou friamente.
Any: Dul da uma chance pra ele, eu sei que vc ainda o ama.
Dul: Vc também ama o Poncho e mesmo assim não esta com ele.
Any: É diferente, ele ta mudado, volta com ele Dul.
Dul: Não sei se ele merece. - desconcertada.
Any: E o amor de vcs? Não acha que merece uma segunda chance? - Dul abaixou a cabeça sem
responder. - Bom pensa nisso ta legal?... Eu to indo nessa.
Dul: Ah não Any fica!
Any: Não, vai ser pior se eu ficar Poncho também ta aqui e...
Dul: Fala de mim, mas faz a mesma coisa né? - a interrompendo.
Any: Então não faça como eu também... Fique perto de quem ama.
Antes que Dul respondesse Any se despediu de Sara e Mariana e foi embora depois de dar um
rápido tchau pra Juliana e Ucker. Vendo Any ir embora Caspian disse pra si mesmo:
- Pra mim chega hoje eu vou fazer alguma coisa.
Mais tarde Ucker chegou em Dul e perguntou:
- Posso falar com vc?
Dul: Soube que agora esta acreditando na Any, fico feliz.
Ucker: É eu vi que ela tinha mudado, mas não vim falar sobre isso.
Dul: Sobre o que então?
Ucker: Sobre a gente Dul... Nunca vai me perdoar pelas besteiras que eu fiz?
Dul: Eu não sei tenho medo de me machuca de novo.
Ucker: E se eu te jurar que não vou te magoar?
Dul: Eu devo acreditar?
Ucker: Claro que sim... Eu te amo Dul volta comigo! - se aproximando.
Dul: Ucker...
Ucker: Vc ainda me ama, não ama?
Dul se lembrou das palavras de Any: “E o amor de vcs? Não acha que merece uma segunda chance?” e
respondeu com os olhos marejados:
- Claro que eu te amo nunca deixei de amar vc.
Ucker: Então volta comigo princesa, sinto tanto a sua falta. - acariciando seu rosto.
Dul: Promete que não vai mais me machucar?
Ucker: Eu juro que vou fazer de tudo pra te fazer muito feliz meu amor... Eu te amo!
Dul: Também te amo! - sussurrou.
Ucker a abraçou diminuindo a distância entre eles, em seguida se entregaram a um beijo terno,
envolvente e completamente apaixonado.
Any fechou a porta de casa e Carol perguntou:
- Filha já chegou?... O que foi? - vendo que estava chorando.
Any: Eu não to me sentindo bem, vou pro meu quarto.
Carol: Mas filha...
Any não a atendeu e subiu correndo as escadas. Abriu a porta do quarto e entrou o trancando em
seguida. Se jogou na cama e chorou até exausta pegar no sono.
No orfanato Poncho estava sentado olhando triste e distraidamente os meninos jogarem futebol
sem ânimo pra jogar com eles, ficou pensando e relembrando do momento em que encontrara
Any, como tinha vontade de abraça-la, beija-la e matar todas as saudades que estava sentindo.
Sabia pelo modo como ela o olhara que também estava sofrendo, mas não estava conseguindo se
aproximar pra acabar com aquela separação. Se tivesse uma chance!
- Poncho!
Ele balançou a cabeça despertando dos pensamentos e perguntou encarando Caspian:
- O que foi?
Caspian: Preciso falar com vc.
Poncho: Ta, o que foi?
Caspian: É sobre a Any pode vir comigo um minuto?
Poncho assentiu se levantando, pararam na escada que levava aos dormitório e se sentaram.
Caspian: Sei por que Any terminou com vc.
Poncho: Sabe?
Caspian: Sei e antes de te dizer o motivo quero saber se esta disposto a fazer qualquer coisa pra
se entender com ela.
Poncho: É claro que sim, eu sou perdidamente apaixonado pelo Any, a adoro e a única coisa que
eu quero Caspian é ficar perto dela.
Caspian: Pois então saiba que Any esta decidida a ficar longe de vc e vc vai ter que lutar contra
isso se quiser ficar com ela.
Poncho: Mas por que Caspian?
Caspian: Na última noite em que ficaram juntos Chris discutiu com Any, o que provocou a briga
foi que a mãe deles pegou o carro dela, mas os freios estavam com problema e na volta de
Guadalajara Carol acabou sofrendo um acidente e quebrando o braço... Chris acusou Any de
irresponsável dizendo que poderia ter matado a mãe, Any ficou muito mal.
Poncho: Eu imagino, mas o que isso tem haver com ela ter terminado comigo.
Caspian pediu perdão aos céus por mentir justificando que era por uma boa causa e respondeu:
- Any terminou com vc porque depois dessa briga achou que Chris jogaria vc contra ela, achou
que inventaria algo até conseguir te separar dela.
Poncho: Mas se ele quisesse nos separar já teria tentado e mesmo que tentasse não conseguiria
eu já disse isso à ela.
Caspian: Eu sei, mas Chris esta furioso com ela e acho que numa tentativa de não piorar as coisas
em consideração à mãe abriu mão de vc pra Chris não se irritar mais... O que importa Poncho é
que Any te ama e ta sofrendo muito longe de vc.
Poncho: Eu também Caspian, mas o que eu vou fazer? Eu sei que ela ta fugindo de mim.
Caspian: Fugindo porque sabe que se vc investir ela não vai conseguir prosseguir com essa
distância, mas se a ama vai agora até a casa dela e diz isso à ela.
Poncho sorriu e se levantando disse:
- É isso que eu vou fazer.
Ucker abraçou Dul dizendo:
- Que bom que vc me perdoou princesa, senti tanto a sua falta.
Dul: Eu também meu amor, me desculpa por tudo.
Ucker: Eu que peço desculpas por todas as coisas horríveis que eu te fiz.
Dul: Esquece isso ta bom?
Ucker: Não consigo Dul eu sei que fui injusto.
Dul: Não tem problema agora estamos bem e junto de novo.
Ucker: Eu te amo minha linda.
Dul: Também te amo... Muito! - sussurrou e o beijou.
Quando se separaram Ucker sorriu e o abraçou.
Um tempo depois Poncho tocou a campainha da casa de Any, mas ninguém atendeu.
- Droga não tem ninguém em casa.
Estava indo embora quando ouviu um clique. Olhou pra porta e viu que a mesma estava
entreaberta, abriu a porta e mesmo vacilante acabou entrando e subiu as escadas. Quando se
deparou com a porta do quarto de Any a mesma estava aberta e ele entrou de vagar, vendo que
ela dormia coberta por uma leve manta. Sorriu se aproximando e subiu na cama se sentando ao
lado de Any, que dormia virada na sua direção. Sem resistir acariciou os cabelos dela e depositou
um beijo no seu rosto aspirando o perfume dos seus cabelos. Any se mexeu e quando abriu os
olhos perguntou:
- Isso é um sonho né?
Poncho: Não meu amor eu to aqui! - acariciando seu rosto.
Any: O que ta fazendo aqui Poncho? - se sentando na cama assustada.
Poncho: Quero falar com vc.
Any: Não tenho nada pra falar com vc vai embora. - saindo da cama apressada indo parar na
porta.
Poncho: Não tem nada? - a encarando no fundo dos olhos.
Any abaixou a cabeça negando com a mesma.
Poncho: Só que eu tenho e vc vai me escutar! - segurando-a pelo dois braços fazendo com que o
encarasse. - Será que vc não ta vendo o estrago que ta fazendo em nós dois? - ela abaixou a
cabeça chorando. - Olha pra mim! - pediu calmamente e ela o encarou. - Any eu te amo...
Any: Vai embora Poncho, por favor. - chorando enquanto tentava se soltar.
Poncho: Não eu não vou embora, vc pode pedir o quanto quiser que eu não vou porque eu sei que
vc me quer do seu lado eu sei que vc me ama Any e pode dizer o contrário eu não vou acreditar...
Mesmo que vc tente me tirar da sua vida não vai conseguir, eu amo vc Any mais do que quaquer
coisa no mundo e eu sei que vc sente o mesmo. - se aproximando e a beijou.
Any: Não! - o empurrando tentando se soltar.
Poncho soltou seus braços e a envolveu pela cintura a abraçando com força impedindo que se
soltasse.
Any aos poucos se rendeu parando de lutar e se entregou ao beijo envolvendo os braços em
torno do pescoço de Poncho, acariciando sua nuca, afundando os dedos entre seus cabelos
enquanto ele saboreava e matava as saudades dos lábios dela explorando cada pedaçinho da sua
boca com a língua. Quando se separaram Poncho sussurrou no seu ouvido:
- Senti tanto a sua falta querida.
Any caiu em si e começando a bater nele disse:
- Não devia ter feito isso vai embora, eu não quero te ver, sai daqui Poncho, sai daqui.
Ele segurou os pulsos dela que aos poucos parou de bater nele chorando, Poncho a abraçou e
acariciando seus cabelos perguntou:
- Por que ta fazendo isso?
Any o abraçou chorando e respondeu:
- Terminei com vc pra não ter que dizer um adeus mais doloroso.
Poncho: Por que ta dizendo isso Any?
Any: Vão separar a gente Poncho, cedo ou tarde não posso voltar pra vc agora e depois ter que te
perder de novo.
Poncho: Any olha pra mim meu amor. - segurando seu rosto entre mãos. - Caspian me contou que
vc terminou comigo pela briga com o Chris, mas ele não vai conseguir separar a gente, ninguém
vai, eu te amo princesa, te amo mais que tudo nessa vida, vc é tudo pra mim querida.
Any: Não fala essas coisas pra mim, por favor. - chorando.
Poncho: Mas como eu não vou falar se eu te amo e sei que vc me ama também?
Any foi responder, mas Poncho a abraçou calando seus lábios com os dele, a encostou na parede
entre a cômoda e a cama e quando se separaram começou a distribuir beijos pelo pescoço dela
mordiscando sua orelha e sussurrando que a amava. Any fechou os olhos sentindo as lágrimas
escorrerem pelo rosto e as caricias dele, o desejo crescendo dentro dela, mas ainda tentando
resistir pediu rouca:
- Para Poncho, para!
Ele não lhe deu ouvidos e louco de desejo tirou a própria blusa e a dela em seguida. Voltou a
beijá-la nos lábios enquanto desabotoava a própria calça arrancando-a junto com os sapatos.
Tirou a calça de Any mordiscando os lábios dela e sentiu ela o abraçando rendida aos carinhos
dele.
Quando tirou o sutiã e a calçinha dela, Any suspirou sentindo os beijos dele no caminho pelos
seios, e ao mesmo tempo que começou a sugá-lo começou a acariciar a intimidade de Any
fazendo com os dedos o que a língua fazia nos seios dela levando-a a loucura.
Any: Eu... Te amo Poncho... Eu te amo, me perdoa! - sussurrou chorosa.
Poncho então tirou a cueca parando as caricias e acariciando o rosto de Any disse sorrindo:
- Não tenho do que te perdoar meu amor... Eu te amo minha linda.
Any sorriu e o beijou novamente gemendo entre o beijo quando ela a penetrou. Entregaram-se ao
desejo que os consumia chegando ao ápice do prazer rapidamente.
No orfanato Mariana disse:
- Dul to indo nessa.
Dul: Mas já por quê?
Mariana: É que eu combinei de ir ao cinema com um amigo.
Dul: Que amigo?
Mariana: Ah depois eu te falo ok?
Dul: Ta bom. - cruzando os braços desconfiada.
Mariana: Cadê o Poncho?
Dul: Caspian disse que ele foi pra casa da Any.
Mariana: Ai será que se entenderam?
Dul: Não sei, mas to achando que sim. - sorrindo.
Mariana: É será que hoje é o dia da reconciliação? - cutucando Dul.
Dul sorriu abaixando a cabeça, quando a ergueu ela e Mah encararam Ucker que jogava cartas
com os garotos e algumas garotinhas e parou sorrindo pra elas, ou melhor pra Dul até ser
cutucado por uma garotinha e voltar a prestar atenção no jogo. As duas sorriram e Mah disse:
- Bom eu to indo.
Dul: Tchau! - sorrindo.
Sara apareceu correndo e chegando em Dul perguntou:
- Tia com quem eu vo bincar? Mah, Any e Poncho foram embora.
Dul: Por que não brinca comigo? - se ajoelhando na frente dela.
Sara: Pode chamar a Lí? É que ela fico sozinha tamem.
Dul: Claro chama ela. - sorrindo. - Mas vem cá vc ta ouvindo tudo agora?
Sara: Uhum depois que eu fui no hopital eu sarei.
Dul: Que bom.
Sara: Sarei e agora so miguinha de todo mundo aqui.
Dul: É, mas vai lá chamar a Lívia!
Sara assentiu e saiu correndo indo buscar Lívia, ambas voltaram minutos depois que se sentaram
com Dul, a mesma desmanchou o sorriso quando viu Mai que abaixou a cabeça constrangida.
Chris: Meu amor o que foi?
Mai: AI Chris que susto. - com a mão no coração.
Chris: Ta tudo bem?
Mai: Uhum, só que não gosto de ficar afastada da Dul, sinto falta dela.
Chris: Eu também não gosto dessa distância, tudo por causa da minha irmã aquela...
Mai: Chris esquece a sua irmã, desculpa dizer isso, mas acho que essa distância foram nós
próprios quem criamos não a Anahí e eu vou fazer a minha parte.
Chris não teve tempo de responder, pois, Mai o beijou e se aproximando de Dul perguntou:
- Posso ficar aqui com vcs?
Dul: Claro Mai. - sorrindo feliz.
Mai sorriu pras crianças e sentou com eles. Chris encarou Ucker jogando cartas e voltou a
atenção aos outros meninos que brigavam por um suposto “penalt” no futebol.
Um tempo depois na casa de Any, Poncho acordou e perguntou:
- O que é isso?
Any sorriu dando de ombros e respondeu se aproximando com a bandeja:
- Não sei vc, mas eu to com fome, e olha que ultimamente anda difícil eu te fome.
Poncho: Ah é? Por quê? - ajudando ela com a bandeja.
Any: Nos últimos dias eu andei meio que sem ânimo pra qualquer coisa. - sentando na cama.
Poncho lhe deu um beijo e respondeu acariciando seus cabelos:
- É, mas agora que a gente voltou eu vou tomar conta de vc moçinha. - a puxando, fazendo com
que deitasse de costas no peito dele.
Any sorriu e brincando com os dedos dele perguntou:
- Como estão as coisas entre o pessoal agora que o Ucker acredita em mim?
Poncho: Ele acredita em vc? - sem acreditar.
Any: Uhum, me levou no quarto aquela hora pra me dizer isso. - beijando uma das mãos dele.
Poncho: Eu estranhei em ver vcs juntos, mas nem pensei em fazer ou perguntar algo, mas que
bom que ele acredita em vc, talvez ele e Dul possam se entender agora.
Any: Falei pra ela que deviam voltar, vamos ver se vai me ouvir.- acariciando os pelos do braço
dele.
Poncho: É, mesmo por que é horrível ficar longe de quem a gente ama. - a abraçando forte.
Any se virou e o encarando perguntou:
- Me desculpa pelo que eu fiz?
Poncho: Esquece isso.
Any: Achei que podia ficar longe de vc, mas já vi que não consigo, não importa quanto tempo eu
tenha eu quero passar esse tempo com vc. - sentindo os olhos marejarem.
Poncho a abraçou e sussurrou:
- A gente tem todo o tempo do mundo meu anjo e vamos ficar juntos aconteça o que acontecer.
Any o abraçou forte fechando os olhos para não chorar, quando se soltaram ela sorriu lhe dando
um beijo e Poncho disse sorrindo:
- Vamos ver o que vc fez de bom. - encarando a bandeja.
Any: Olha lá hein não vai me criticar lembra que o chefe de cozinha aqui é vc e não eu.
Poncho sorriu e passou a geléia caseira no pão integral, mordeu com vontade enquanto Any o
encarava numa mistura de expectativa e temor. Poncho ficou sério e disse:
- Hum... Pequena, acho que...
Any: Ai ta horrível a geléia né? Acho que até o suco eu estraguei, não é possível que...
Poncho: Meu amor acho que vc é uma excelente aluna, ta aprendendo direitinho as minhas dicas.
Any: Então quer dizer que isso ai ta bom? - apontando pro pão na mão dele.
Poncho: Uhum, prova um. - fazendo um pra ela.
Any experimentou e sorrindo disse:
- Não acredito que eu acertei e olha que foi no susto hein.
Poncho riu e continuou comendo servindo suco a Any que o acompanhou animada.
Mais tarde Mariana saia da sala de cinema acompanhada por um garoto, sorriu e disse:
- Eu gostei muito do filme Léo.
Léo: Só que eu gostei mais da companhia. - pegou sua mão entrelaçando os dedos.
Mariana sorriu abaixando a cabeça envergonhada e respondeu:
- Também gostei bastante da companhia.
Léo puxou sua mão dando um beijo e perguntou:
- E o que vc acha de irmos tomar um sorvete agora? Ou vc prefere um lanche?
Mariana: Acho que lanche é melhor.
Léo: Então vamos, mas antes ta faltando uma coisa. - parando de andar.
Mariana: O-o que?
Léo sorriu e lhe deu um beijo, quando se separaram respondeu:
- Isso.
Mariana sorriu e lhe dando um selinho respondeu:
- Agora não falta mais, vamos comer?
Léo assentiu sorrindo e a puxou pela mão.
No orfanato na hora que estavam indo embora Chris chegou em Ucker e perguntou:
- Posso falar com vc?
Ucker assentiu e perguntou:
- O que foi?
Chris: É que eu soube que vc e Dul voltaram, parabéns.
Ucker: Obrigado Chris. - surpreso.
Chris: Mas tem outra coisa que eu queria falar com vc.
Ucker: O que?
Chris: É que eu queria me desculpar pelo jeito que andei te tratando.
Ucker: Ah Chris não esquenta.
Chris: Mas é que Mai e Dul se entenderam e queria também me entender com vc.
Ucker: Que bom cara porque eu não gosto de ficar brigado com vc.
Chris: Então estamos entendidos?
Ucker: Claro!... Amigos?
Chris: Amigos! - apertando a mão dele.
Ali perto Mai sorriu dizendo:
- Que bom que eles se entenderam né?
Dul: É sim, se não fosse por Any e Poncho eu diria que hoje é um dia de sorte.
Mai: Olha não diz nada pro Chris, mas eu ando desconfioada que a Any ta mudada, talvez pelo
jeito como ela ficou aqui hoje e esses desde que terminou com o Poncho.
Dul: Que bom que vc ta acreditando nela, mas não sei porque mesmo sofrendo Any fica longe
dele.
Mai: Vai saber né? Mas mais pelo Poncho queria que eles se entendessem.
Dul: Eu pelo dois, afinal eles se amam e precisam um do outro.
Mai sorriu assentindo e em seguida cada uma foi pra casa com seu respectivo namorado.
No shopping Mariana perguntou:
- Léo não é melhor irmos embora?
Léo: Sou tão má companhia assim pra vc querer ir embora?
Mariana: Não é isso.
Léo: Então vamos jogar um pouco ai depois a gente vai ok?
Mariana: Ta bem, mesmo porque acho que não temos mais nada pra fazer aqui.
Léo: Podíamos fazer compras de Natal.
Mariana: Outro dia prometo que volto aqui com vc ta bom? Antes de uma semana.
Léo: Ok, na quarta a gente vem. - sorrindo e beijou as mãos dela.
Mariana: Ta bem, já volto! - e se levantou.
Ali perto Poncho abraçou Any com força e beijando seu rosto perguntou:
- Por que minha princesa ta tão quietinha?
Any: É que não tava muito animada pra vir fazer compras de Natal.
Poncho: Mas meu amor, se demorar mais não da tempo.
Any: Eu sei, mas tenho que vir sozinha pra comprar o seu.
Poncho: Eu não tenho com o que me preocupar o seu já ta comprado.
Any: Já, mas como se...
Poncho: Foi antes de terminarmos.
Any: Ah ta. - sorrindo. - Amor já volto ok?
Poncho: Ok, to indo lá na parte de jogo ta bom me encontra lá.
Any assentiu e depois de lhe dar um beijo saiu. Entrou no banheiro retocando a maquiagem e
quando terminou sorriu supresa dizendo:
- Mah?! O que ta fazendo aqui?
Mariana: Any?! Ai amiga que bom te ver o que faz aqui?
Any: Nem te conto, Poncho e eu voltamos.
Mariana: Que? Any isso é sério?
Any: Uhum, ele foi em casa conversar comigo, não agüentei aqueles olhinhos verdes e voltamos.
Mariana: Ai parabéns, hoje realmente é um dia de sorte.
Any: Por quê?
Mariana: Dul e Chris também se entenderam depois que foi embora.
Any: Ai que bom, mas e vc? O que faz aqui?
Mariana: Any tenta adivinhar com quem eu vim.
Any: Não sei, com quem?
Mariana: Com o Léo.
Any: O Léo? Lá da escola?
Mariana: Uhum a gente ta ficando.
Any: Ai que bom amiga, fico tão feliz por vc, em breve vamos ter outro casal no grupo. - sorrindo.
Mariana: Mas o que veio fazer aqui?
Any: Umas compras de Natal, insistência do Poncho.
Mariana: Olha eu vou procurar o Léo ai a gente pode se encontrar lá nos jogos?
Any: Beleza o Poncho ta lá me esperando.
Mariana: Então até jaja. - saindo.
Quando Any saiu do banheiro encontrou Poncho sério lá nos jogos e perguntou:
- O que foi?
Poncho: Vi o Léo no pátio de refeições.
Any: E? – sorrindo vendo o ciúmes estajmpado no rosto dele.
Poncho: E que se ele vir falar com vc...
Any: Não se preocupe ok? - o abraçando. - Léo esta aqui com a Mah e duvido que queira algo
comigo.
Poncho: Com a Mah?
Any: Uhum, eles estão saindo então acho que vc não tem com o que se preocupar né bebê?
Poncho resmungou algo e Any rindo se aproximou e o beijou acariciando seus cabelos.
Se soltaram quando alguém disse:
- É tão bom ver vcs assim?
Any sorriu e encarou Mah se separando de Poncho.
Mariana: Eu não disse que ia ter uma surpresa? - sorrindo pra Léo.
Léo: Ah nem tanto eu vi o Poncho agora pouco, mas e vc Any como esta?
Any: Bem. - sorrindo e o cumprimentou sobre os olhares sérios de Poncho.
Léo: Ah que bom, Mah me contou que tinham terminado, que bom que voltaram.
Poncho: Uhum. - assentiu sério abraçando Any por trás.
Mariana: Bom a gente ta indo nessa eu só vim pra falar um oi Poncho.
Poncho: Tudo bem Mah, daqui a pouco vamos também. - sorrindo pra ela.
Mariana: Então até amanhã.
Poncho: Até! - assentiu e encarou Léo.
Any: Tchauzinho! - sorrindo pra Mariana e Léo.
Léo assentiu sorrindo e saiu com Mah, quando sumiram de vista Any se virou pra Poncho e vendo
sua cara perguntou:
- O que vc tem?
Poncho: Nada. - sério.
Any: Vc ainda tem ciúmes do Léo? - perguntou sorrindo.
Poncho: Claro que não.
Any: Claro que sim... Vc ficou com ciúmes bebê!
Poncho: Any para eu não fiquei. - mal humorado.
Any: Ta bom não ficou. - dando de ombros sorrindo e se afastou.
Mas Poncho a puxou pela cintura e disse sério:
- É claro que eu fiquei com ciúmes.
Any: Eu sabia, mas vc sabe que não precisa se preocupar comigo, eu amo um certo moreno lindo
e muito ciumento que ta bem na minha frente.
Poncho resmungou alguma coisa e a puxando a beijou. Ficaram mais um tempo no shopping e em
seguida foram pra casa.
No outro dia Any acordou e se deparando com Caspian na sua frente perguntou sorridente:
- O que foi?
Caspain: Só estava vendo vc dormir, é a primeira vez que dorme tão bem em dias.
Any: Eu sei, mas tem uma coisa estranha acontecendo comigo.
Caspian: Que coisa?
Any: Eu to me sentindo muito cansada, desde que voltamos do acampamento, achei que era pelo
que aconteceu lá, mas parece que cada dia que passa me canso mais, vc sabe porque isso?
Caspian assentiu sério e respondeu:
- Iria falar com vc sobre isso.
Any: Então por que ta acontecendo isso? Eu me sinto tão bem com o Poncho, mas tão cansada,
um cansaço diferente sabe? Mas por que ta acontecendo isso?
Caspian: Porque seu tempo na terra esta acabando e vc ainda não cumpriu a sua missão e se
corpo esta pagando por isso.
Any: Vc quer dizer que eu vou enfraquecer até chegar o dia?
Caspian: Se não conseguir cumprir sua missão sim.
Any: E o que eu vou fazer? Eu vou ficar sem forças a cada dia? Até... Morrer?
Caspian: Não eu estou tentando reverter a situação por isso passo o dia todo com vc.
Any: É verdade mesmo que em alguns momentos alguém não te veja eu te vejo o dia todo.
Caspian: E a noite eu estou vigiando seu sono e tentando repor suas energias, mas como ta
vendo não esta adiantando muito.
Any: E o que vai acontecer comigo se eu continuar enfraquecendo mais?
Caspian: Não sei, mas vc não vai morrer, não antes do dia 25.
Any: Ah isso me anima muito sabia? - respondeu sarcasticamente.
Caspian: Any! - apreendeu.
Any: Me desculpe, eu vou tomar banho, e não se atreva a me espiar.
Caspian: Já disse mil vezes que sou desprovido de sentimentos humanos.
Any: Mesmo assim. - respondeu entrando no banheiro.
Caspian ergueu as mãos pro céu e negou com a cabeça.
Na casa de Poncho o mesmo brincava com Lívia quando a porta se abriu e Beatriz entrando disse:
- Olha quem chegou! - empurrando a cadeira de rodas.
Lívia: Papai! - correndo até ele e o abraçou.
Vitor: Como esta querida?
Lívia: Bem e com saudades, mas que bom que vc voltou. - sorrindo.
Vitor: É querida e prometo que não vou mais ir embora. - sorrindo pra ela.
Lívia sorriu e Beatriz encarou Poncho que perguntou sem jeito:
- Vc ta melhor pai?
Vitor: Poderia estar melhor se sua mãe me deixasse trabalhar...
Beatriz: Já conversamos sobre isso querido. - advertiu.
Vitor: Mas apesar dela me prender em casa nessa cadeira eu estou bem sim. - sério.
Poncho: Que bom, fico feliz pelo senhor.
Vitor: Bom se vcs me dão licença eu vou subir. - se levantando da cadeira.
Beatriz: Nada disso vc vai ficar no quarto de hóspedes esqueceu?
Vitor: Ah não Beatriz, prefiro ficar lá em cima e eu posso me levantar daqui.
Poncho tentou ajuda-lo quando fez menção de se levantar, mas Vitor o despensou ficando de pé
sozinho. Beatriz vencida respondeu:
- Esta bem, vamos subir, mas eu te ajudo.
Vitor resmungou algo e subiram juntos. Poncho ficou encarando os dois subirem e em seguida a
escada até Lívia o cutucar, quando a encarou a garota perguntou:
- O que vc tem?
Poncho: Nada não.
Lívia: Vamos voltar a jogar tato?
Poncho assentiu e se sentou no chão de frente pra mesa voltando ao jogo da memória da Disney
que a irmã tinha.
Mais tarde Any estava deitada na cama quando Carol entrou e perguntou:
- Filha tem visita.
Any: Quem?
Carol: A Maite pediu pra mim te chamar.
Any estranhou, mas assentindo se levantando da cama, colocou uma sandálinha sem salto e
desceu.
- Any, Chris esta em casa? - perguntou preocupada quando a viu.
Any: Saiu, mas não demora.
Mai: Ah ta, posso falar com vc?
Any fez uma careta estranhando a pergunta e respondeu:
- Pode, mas sobre o que quer falar?
Mai: Queria que vc soubesse que eu to do seu lado Any.
Any: Como? - sem acreditar.
Mai: É... Bom depois que Ucker terminou com a Dul e decorrido de tudo o que aconteceu e do seu
término com o Poncho, Ucker começou a desconfiar que talvez vc realmente tivesse mudado,
Chris ficou furioso com ele, não brigaram, mas pararam de se falar como viu ontem no orfanato.
Any: Uhum. - assentiu prestando atenção.
Mai: Bom agora eles já se entenderam, mas acontece que quando o Ucker disse que talvez vc
tivesse mudado e Chris brigou com ele, eu fiquei entre os dois sabe? Ucker é um grande amigo
pra mim, como um irmão assim como Poncho e Dul, então comecei a conversar bastante com ele
porque no fundo eu me sentia mal em ver ele se afastando do Chris como eu estava afastada da
Dul.
Any: E o que vcs conversavam?
Mai: Sobre tudo, sobre vc, Poncho, Dul, Chris, sobre como as coisas mudaram desde o seu
acidente pra cá sabe?
Any: Uhum!
Mai: E que no meio dessas conversas eu acabei me convencendo de que o Ucker tinha razão, vc
realmente mudou Any e eu vim aqui torcendo pro seu irmão não estar e não me ouvir pra te dizer
isso, pra dizer que... Eu acredito em vc.
Any: É sério Mai?
Mai: É eu não acho que alguém possa fingir uma coisa por tanto tempo, mas o Chris ainda acha e
sei que fazendo isso vou ficar mal com ele, espero que ele não terminei comigo como o Ucker fez
no começo porque eu iria sofrer muito e...
Any: Eu acho que meu irmão não vai terminar com vc por minha causa, ele jurou pra mim e pra
imagino que nunca ia deixar eu me meter entre vcs, acho que esse é o caso agora.
Mai: É tomara que vc tenha razão, mas eu espero poder realmente ter certeza de que to fazendo
a coisa certa, porque mesmo vindo aqui dizendo essas coisas pra vc eu ainda tenho receio por
tudo o que vc fez antes do acidente.
Any: Vc não vai se arrepender Mai, eu te prometo. - sorrindo contente.
Mai: E só mais uma coisa, sei que o Chris pensa e fala horrores de vc e que só sobrou ele pra te
perdoar e acreditar em vc e infelizmente ele é a pessoa mais difícil pra vc conseguir o perdão.
Any: Eu sei, mas se eu consegui o seu perdão e do Ucker, tenho certeza que vou conseguir o dele
também. - sorrindo confiante.
Mai: Eu espero de verdade que vc consiga.
Any: Valeu Mai, vc animou pra caramba meu dia vindo aqui me dizer isso.
Mai: Achei que era o Poncho quem tinha esse poder. - respondeu e as duas riram.
Any: Não ele também, mas vc m,e animou também agora ai... Posso te dar um abraço? - sem
jeito.
Mai: Claro que pode.
Any sorriu e quando as duas se abraçaram a porta se abriu e Chris entrando perguntou:
- Mai? O que ta fazendo aqui? O que significa isso?
As duas se separaram e Mai respirando fundo respondeu:
- Vim conversar com a sua irmã.
Chris: Vai passar pro lado dela agora?
Mai: Chris...
Any: Olha ela só veio aqui dizer que não tem mais nada contra mim.
Chris: Ou seja que acredita em vc. - bravo.
Mai: É isso mesmo Chris. - se metendo entre os dois.
Chris: Eu já esperava depois que o Ucker acreditou nela.
Any: Não briga com ela por minha culpa, Mai...
Chris: Não Anahí, não vale a pena qualquer tipo de briga por vc. - respondeu friamente e subiu.
Any abaixou a cabeça chateada e Mai disse:
- Any, Chris falou isso...
Any: Por que me odeia eu sei.
Mai: Não! Porque ta bravo não fica assim não ok?
Any assentiu e fez forçar pra sorrir.
Mais tarde Any e Poncho estavam juntios na casa dele enquanto os pais e Lívia estavam em um
passeio ao pedido da pequena. Poncho deu um beijo no rosto de Any e perguntou:
- O que vc tem?
Any: Nada não bebê.
Poncho: Vc ta muito quietinha.
Any: Ah é que discuti com o Chris, mas tudo bem. - forçando um sorriso.
Poncho: Mas vc não me disse que Mai agora também acredita em vc? Se ela e Ucker acreditaram,
Chris também vai acreditar.
Any: Não é tão fácil assim bebê, mas vc ta falando de mim, vc também ta estranho.
Poncho: Eu to bem.
Any: Não ta não o que foi?
Poncho: Ah é que as coisas com meu pai nunca foram muito boas.
Any: Como assim? - sem entender.
Poncho: Bom meus pais sempre foram distantes desde quando eu era pequeno, mas depois do
acidente eles se aproximaram mais da Lívia e minha mãe mais de mim, mas...
Any: As coisas entre vc e seu pai não mudaram. - Poncho assentiu chateado. - Vcs já tentaram se
aproximar?
Poncho: Há muito tempo desisti de uma aproximação e com o tempo a gente se acostuma. -
triste.
Any: Mas não gosto de te ver triste desse jeito. - fazendo uma carinha triste.
Poncho sorriu e lhe deu um beijo, Any sorriu de volta e Poncho disse:
- Eu adoro ficar com vc viu?
Any: Eu também gosto bebê.
Poncho: Passa a noite aqui comigo?
Any: Sério?
Poncho: Uhum, quero ficar com vc, bem pertinho. - a abraçando beijando seu pescoço.
Any: Ai pedindo assim como eu vou resistir?
Poncho: Então vc topa?
Any: Claro, mas e seus pais?
Poncho: Acho que eles não vão se importar com isso.
Any sorriu e o beijou.
Poncho: Ta mais animada?
Any: Com vc como não vou ficar animada?
Poncho: Ah é?
Any: Uhum. - assentiu sorrindo.
Poncho: E vc sabe que da pra ficar mais animado né? - sorrindo malicioso.
Any assentiu sorrindo e perguntou sussurrando no ouvido dele:
- E como a gente faz pra ficar mais animado?
Poncho: Eu vou te mostrar. - sussurrou e a beijou.
Quando Any se deu conta estava deitada no sofá com Poncho tirando sua blusa, se apossando
dos lábios dela sugando-os com paixão e ela sucumbiu aos carinhos dele se entregando por
completo.
Mais tarde Any estava no orfanato novamente ensaiando com as crianças quando Poncho se
aproximou de Felipe e perguntou:
- Por que vc não dança com a Any?
Felipe: Não gosto.
Poncho: Não é o que parece vendo vc olhando eles dançarem.
Felipe: Não gosto de garotas.
Poncho: Mas Any é tão legal.
Felipe: Vc fala isso porque namora ela.
Poncho: Ah também, mas tenta se aproximar dela.
Felipe: Não sei.
Poncho: Olha vc confia em mim?
Felipe: Confio.
Poncho: Então vem comigo.
Felipe seguiu Poncho até onde Any estava com as crianças, a mesma desligando o som disse:
- Vou dar uma folga pra vc de 10 minutos pra vcs jantarem depois vc voltam ok?
Eles assentiram e saíram. Any desligou o som quando sentiu braços fortes envolverem sua
cintura enquanto beijos molhados preenchiam seu pescoço, sorriu fechando os olhos arrepiada.
- Princesa tem alguém aqui querendo te perguntar uma coisa.
Any abriu os olhos estranhando e quando se virou e viu Felipe sério logo atrás de Poncho sorriu e
perguntou se aproximando do garoto:
- O que vc quer me pergunta Lipe?
O menino a encarou enquanto Poncho freneticamente fazia sinais e gestos para que ele falasse,
vencido Felipe abaixou a cabeça e perguntou baixinho:
- Posso dançar com vc e os outros?
Any: Vc quer aprender a dançar?
Felipe assentiu parecia meio contrariado, mas no fundo mostrava que era isso o que ele queria.
Any: Olha as crianças estão jantando vai lá com eles e quando voltar vc dança com a gente ta?
Felipe assentiu e saiu em seguida. Any se virou pra Poncho e perguntou:
- Como conseguiu convencer ele?
Poncho: Digamos que tivemos uma conversa de homem pra homem.
Any: Obrigada meu amor. - o abraçando.
Poncho: Pode me agradecer com... Muitos beijos.
Any: Muitos beijos é? - perguntou sorrindo antes de se beijarem novamente.
Ficaram namorando até as crianças voltarem e voltarem aos ensaios.
No outro dia de manhãzinha Dul e Mai se encontraram numa praçinha e a mesma disse:
- Nossa Mai fico tão feliz que vc tenha acreditado na Any.
Mai: Foi como o Ucker disse nunca é capaz de fingir tão bem por tanto tempo.
Dul: É eu tive a mesma linha de raciocínio, mas e o Chris como reagiu?
Mai: Ficou bravo, mas não nos separamos.
Dul: Que bom... Só falta ele agora acreditar na Any.
Mai: É, mas às vezes eu acho que ele nunca vai acreditar na Any se vc ouvisse as coisas que ele
fala dela, como o ódio atravessa os olhos dele quando ele toca nesse assunto.
Dul: É eu também fico pensando... O que vai acontecer se ele não perdoa-la nunca?
Mai: Não sei. - dando de ombros. - Mas espero que isso não aconteça.
Dul: Eu também.
Mai: Mas mudando de assunto que legal a Mah estar saindo com o Léo né? Achei que ele era afim
da Any, mas parece que não.
Dul: Ah teve uma época que eles ficaram bastante, mas agora não rola mais nada não, ele é afim
da Mah e a Any é louca pelo Poncho.
Mai: Quem diria que a Any mudaria tanto?
Dul: Pois é, mas que bom que ela mudou.
Mai: Com certeza. - sorrindo.
Na casa de Poncho, Any o encarava dormir sem conter as lágrimas tudo isso porque acordara e
quando viu que tinha apenas uma semana para conseguir o perdão do irmão o que temia jamais
conmseguir, não conteu as lágrimas enquanto olgava o namorado e acariciava seus cabelos
lembrando da noite anterior, provavelmente uma das últimas que passariam juntos. Enxugou o
rosto rapidamente quando Poncho mostrou sinais de estar acordando. Ele sorriu quando abrindo
os olhos a viu e sussurrou:
- Bom dia meu anjo.
Any: Oi. - forçou um sorriso. - Ta com fome?
Poncho: Uhum, que horas são?
Any: Quase nove, ta cedo seus pais e Lívia ainda não acordaram e espero que não fiquem bravo
com o café que eu fiz. - se afastando e pegando a bandeja.
Poncho sorriu e a beijou, respondendo em seguida:
- Me faz companhia?
Any assentiu se sentando na cama e tomaram café juntos, se ela só tinha 07 dias ao lado dele iria
aproveitar de todas as maneiras esses 07 dias mesmo que no fundo estivesse chorando por
dentro.
Um tempo depois quando terminou de tomar café Any desceu levando a bandeja e encontrou com
Vitor sentado no sofá mexendo no seu laptop. Se aproximou e sem jeito perguntou:
- É... Senhor?! Posso falar com o senhor um pouco?
Vitor: Olá vc é a namorada do meu filho certo?
Any: Isso espero que não se importa e nem que esteja atrapalhando.
Vitor: Não imagina pode se sentar.
Any sorriu e colocou a bandeja na mesinha de centro e se sentou enquanto Vitor fechava o
laptop.
- O que quer falar comigo?
Any: É sobre o Poncho.
Vitor: O que tem ele?
Any: Queria saber por que vcs dois são tão distanciados.
Vitor: Não somos distanciados.
Any: São sim, antes vc era com ele e a Lívia, agora vc é com ele apenas.
Vitor: Bom confesso que a relação entre eu e meu filho nunca foi uma das melhores, mas ele te
falou alguma coisa?
Any: Não exatamente porque o Poncho é meio reservado e não gosta de preocupar as pessoas
com seus problemas, mas eu senti ontem que ele estava mal pela distãncia entre vcs acho que
sempre sofreu com isso.
Vitor: É vc pode estar certa sim.
Any: Que bom que vc não se chateou de eu ter vindo aqui falar com vc.
Vitor: Não tem problema isso prova uma coisa.
Any: Prova é? O que? - sorrindo confiante.
Vitor: Que vc ama meu filho e que se preocupa muito com ele.
Any: Ah isso é verdade sim. - sorrindo sem graça.
Vitor: Entendi. - assentiu.
Any: Vc vai falar com o Poncho?
Vitor: Olha prometo que vou resolver isso esta bem?
Any: Poxa muito obrigada de verdade.
Vitor: Não precisa agradece, eu que agradeço acho que estava precisando de um toque... Sabe
Any vc é uma pessoa muito especial, meu filho tem sorte em ter vc ao lado dele.
Any: Eu que tem sorte por ter alguém como o Poncho perto de mim.
Vitor sorriu e quando Any foi dizer algo, Lívia chegou e perguntou:
- Any, papai o que vcs estavam fazendo?
Any: Só conversando querida. - mexendo em seus cabelos e sorrindo.
Lívia: Vem brinca comigo? - pediu puxandop as mãos dela.
Vitor: Lívia, vamos tomar café antes.
Lívia: Não eu quero brincar.
Any: Tudo bem a gente vai brincar. - sorrindo e se levantou com ela.
Lívia: Eba. - sorrindo feliz.
Na casa de Any, Carol perguntou:
- Filho onde esta a sua irmã?
Chris: Onde acha? Na casa do Poncho é claro.
Carol: Ah sim! - respondeu pensativa. - Filho vc não quer ir comigo buscar os presentes de Natal?
Chris: Não mãe, não to afim não.
Carol: Por que querido?
Chris: Eu combinei de sair com a Mai é isso.
Carol: Ah entendo, bom tudo bem eu vou sozinha mesmo ou com seu pai.
Chris: Ok. - respondeu indiferente e saiu.
Mais tarde Lívia brincava de cartas com Any e Poncho quando disse contente:
- Ganhei, ganhei!
Poncho: É meu amor ela ganhou. - encarando Any desanimado.
Any: Pois é bebê, o que vc acha da gente punir ela? - fazendo cara de má.
Lívia fez uma careta levando as mãos à boca e Poncho disse:
- Vamos fazer cócegas nela?
Any: Vamos!
Lívia gritou quando Any e Poncho foram pra cima dela fazendo cócegas nela e a beijando, Vitor
apareceu sorrindo e quando a brincadeira cessou perguntou elevando a voz pra ser ouvido:
- Filho posso falar com vc?
Poncho estranhou, mas respondeu se levantando:
- Ok.
Deu um beijo em Any e Lívia e seguiu o pai até o escritório.
Lívia: O que o papai quer com o Poncho?
Any deu de ombros sorrindo e perguntou:
- Vamos jogar de novo?
Lívia: Vamo! - respondeu animada.
Quando Vitor fechou a porta do escritório Poncho perguntou:
- O que o senhor quer falar comigo?
Vitor: Antes tenho uma pergunta.
Poncho: Qual? - dando de ombros.
Vitor: Quero saber por que sempre me chamou de senhor e nunca de pai. - sério.
A pergunta o pegou de surpresa, mas Poncho simplesmente respondeu:
- Acho que por costume, o senhor me educou assim esqueceu?
Vitor: Então acho bom vc mudar esse costume horroroso que supostamente eu provoquei, mesmo
porque estive pensando em te fazer um convite!
Poncho: Convite? - estranhando.
Vitor: Isso! Como no meio do ano que vem vc vai prestar vestibular, quero que me ajude com
umas coisas do trabalho pra ver se vc se interessa por esse mundo de exportação.
Poncho: Ta falando sério? - sorrindo.
Vitor: To e a primeira regra pra se vc aceitar trabalhar comigo aqui em casa pelo menos é parar
de me chamar de senhor e começar a me chamar de pai, acho que ta hora da gente parar com
essas formalidades... E então o que vc me diz?
Poncho: Claro que eu aceito eu vou adorar trabalhar com o senhor.
Vitor: Então estamos entendidos, mas pare de me chamar de senhor.
Poncho: Ok, mas... Por que o convite?
Vitor: Digamos que alguém muito especial me deu, como vcs dizem “um toque”.
Poncho: Quem? Minha mãe?
Vitor: Não!... Sua namorada!
Poncho: Any falou com o senhor? Quer dizer com vc?
Vitor: Sim ela percebeu o que estava acontecendo e veio falar comigo, interceder por vc eu diria.
Poncho sorriu surpreso e feliz com a novidade e Vitor disse em tom sério:
- Ela te ama Poncho e se preocupa com vc.
Poncho: Eu também sou apaixonado por ela.
Vitor: Que bom. - assentiu feliz. - Espero que vc seja muito feliz com ela... Filho!
Poncho se surpreendeu por ter escutado o pai chama-lo de filho pela 1ª vez e emocionado disse:
- Obrigado... Pai!
Vitor: Vem aqui seu moleque. - o puxou e o abraçou emocionado.
Na praia Léo chegou com Mariana e perguntou:
- Cadê a Any e o Poncho?
Ucker: Eles não vem.
Mariana: Por quê?
Mai: Não conseguimos falar com eles.
Chris: Ainda bem. - comentou baixinho.
Léo: Ah entendi.
Mariana: Poxa que pena, se eles tivessem vindo poderiam ter trago a Lívia, to com saudades dela.
Dul: Ai eu também. - sorrindo saudosa.
Ucker: Quem sabe mais tarde? - dando de ombros.
Mariana: É, quem sabe alguém não fica de bom humor. - encarando Chris.
Léo: É, mas enquanto ele não fica que tal irmos pra água?
Mai: Boa idéia, adorei... Amor vamos pra água?
Chris assentiu quietão, os outros sorriram e os meninos pegaram as meninas as levando pra
água.
Na casa de Poncho, Any disse na cozinha:
- Lívia o que vc vai fazer?
Lívia: Brigadeiro. - respondeu em cima de um banco jogando leite condensado numa panela.
Any: Mas vc ta muito pequena pra fazer brigadeiro e é perigoso ficar ai no fogão, vem cá. -
tirando ela do banquinho e colocando no chão.
Lívia: Ah não Any deixa eu fazer, quero cozinhar igual o tato. - choramingou.
Any: Vc vai ter muitos anos pra aprender a cozinhar como o Poncho, agora vc vai brincar lá com
as suas bonecas que eu faço isso aqui ok?
Lívia: Ta bom. - assentiu meio contrariada e saiu.
Any sorriu negando com a cabeça e ligou o fogo misturando chocolate ao leite condensado.
- O que ta fazendo? - sussurrou no seu ouvido.
Any: Ai Poncho que susto. - se virou de frente pra ele sorrindo.
Poncho lhe deu um beijo e quando se afastou perguntou:
- Sabia que eu amo vc e que é a garota mais incrível que eu conheço?
Any: Sabia e também amo vc meu amor. - acariciando seu rosto.
Poncho: Obrigado por ter falado com meu pai querida.
Any: Ah não era pra vc ficar sabendo. - abaixando a cabeça envergonhada.
Poncho: Mas eu amei ficar sabendo do que vc fez, cada dia te amo mais pequena. - disse a
encarando intensamente enquanto prendia uma mecha do cabelo dela atrás da orelha.
Any: Eu também te amo gatinho. - sorrindo. - Mas me conta como foi com ele? O que
conversaram?
Poncho: Depois te conto, agora eu só quero te encher de beijo. - a puxando e a beijou.
Any envolveu os braços em torno do pescoço dele e só se separaram quando ouviram o barulho
da panela no fogo. Any se soltou empurrando Poncho e disse:
- O brigadeiro da Lívia. - se virando pro fogão.
Poncho: Hum... Ta faltando leite ai se continuar assim vai grudar tudo. - espiando a panela.
Any: Ok senhor chefe. - respondeu sorrindo e foi na direção da geladeira.
Poncho a puxou pelo punho e lhe deu um beijo, Any sorriu e lhe deu um selinho antes de se
afastar.
Poncho a puxou pelo punho e lhe deu um beijo, Any sorriu e lhe deu um selinho antes de se
afastar.
Mais tarde na praia Mariana sorriu e se abaixou dizendo:
- Oh pequena que bom que vc veio.
Lívia: Uhum o tato e a Any me trouxeram. - respondeu sorridente.
Mariana: E cadê eles?
Lívia se virou apontando e Mariana sorriu ao avistar Any e Poncho chegando trazendo algumas
coisas. Depois de se cumprimentarem Poncho perguntou fingindo estar bravo:
- Começaram a festa sem a gente?
Any: Não bebê porque a festa começou agora.
Mariana riu e disse:
- Vamos pra lá o pessoal ta tudo junto perto das barraquinhas.
Any: A turma do acampamento veio?
Mariana: Uhum só ta faltando o Sérgio e Samantha, mas eles tão chegando.
Poncho: Ah ta.
Quando chegaram nas barraquinhas Gabrielle sorriu radiante vendo Poncho. Se aproximou e o
abraçou com força dizendo:
- Ai que saudades.
Any encarou Lívia que sorria divertida com o lugar e acabou achando Penélope no meio do
pessoal, percebeu na hora que a garota olhava seria e tristemente pra Dul e Ucker.
- Tudo bem Any?
Any: Ahn? - encarando Gabrielle que agora falava com ela.
Gabrielle: Perguntei se esta tudo bem.
Any: Uhum, to bem sim... Como vai Henrique, Léo? - perguntou pra provocar Poncho.
Léo: Bem Any.
Henrique: De boa e vc?
Any: Também. - sorrindo.
Poncho a abraçou por trás pela cintura sério e cumprimentou todo mundo com um sorriso
forçado.
Dul: Senta ai gente ou vcs preferem cair na água? - quebrando o gelo.
Any: Ah vou espera um pouco. - sentando.
Trevis: Beleza, assim a Samantha e o Sérgio chegam.
Chris deu um beijo em Mai e se levantando disse que não demorava. Any quando o viu se
despediu às pressas e saiu atrás dele. O alcançou sentado na areia de frente pro mar perguntou:
- Posso falar com vc? - sentando ao lado dele.
Chris: O que vc quer Anahí?
Any: Só fazer uma pergunta.
Chris: Então faz logo e me deixa em paz.
Any: Por que vc não me perdoa?
Chris: Por quê? Porque vc acabou com a minha infância, sempre pedindo a atenção da nossa mãe,
sempre feliz em ver ela me deixar de lado.
Any: Chris eu era uma criança.
Chris: Não seja cínica até dois meses atrás vc fazia exatamente a mesma coisa esqueceu? -
bravo.
Any: Não. - abaixando a cabeça contendo as lágrimas. - Mas...
Chris: Olha aqui deixa eu te dizer só uma coisa... Eu posso até achar que vc mudou que realmente
não é a mesma de antes, mas nunca vou te perdoar pelo que me fez.
Any: Chris...
Chris: Vc devia se sentir feliz por conseguir fazer isso com uma pessoa, destruí-la. - e saiu sério.
Any tentou dizer alguma coisa, mas não deu tempo.
Ali perto Mariana chegou apressada e puxando Poncho cochichou algumas coisas com ele que
saiu apressado em seguida. Toni sem entender assim como os outros perguntou:
- Onde ele foi?
Mariana: Ah ele já volta. - respondeu sorrindo.
Poncho encontrou Any chorando, se abaixou e segurando as mãos dela perguntou:
- Não quer dar uma volta comigo?
Any negou com a cabeça chorando.
Poncho: Vem Any.
Any: Não Ponho!
Poncho: Vem meu amor. - ficando de pé a puxando.
Any se levantou e ele a abraçou dizendo:
- Vem cá. - acariciou os cabelos dela que o abraçou com força chorando. - Não fica assim meu
anjo.
Eles começaram a andar e Any se acalmando perguntou:
- Como vc ficou sabendo? - começando a andar com ele.
Poncho: Mah me contou o que aconteceu com vc e a conversa com o Chris.
Any: Vc ficou sabendo? - ele assentiu enxugando seu rosto. - Ele tem razão sempre fui um
monstro.
Poncho: Ele não tem razão coisa nenhuma, não tinha nada que ter falado aquelas coisas pra vc
pra que fazer isso? Só pra te deixar mal? Mas deixa que eu vou ter uma conversa com ele. - sério.
Any: Não! Deixa pra lá não fala nada. - parando de chorar.
Poncho: Como eu não vou falar nada Any? É claro que eu vou falar com ele.
Any: Não, por favor, eu to pedindo.
Poncho: Tudo bem, mas vai ter que vir comigo, porque se não eu vou atrás dele.
Any: Não eu to legal.
Poncho: Vc pensa que me engana né? Eu to olhando pra vc e to vendo que vc não ta legal
princesa.
Any: Não tem outra maneira de te convencer a não ir falar com o Chris?
Poncho: Não, só vindo comigo, lembra que eu posso ser BEM chato quando quero.
Any: Ta bom. - sorrindo vencida.
Quando chegaram perto de umas pedras Any perguntou:
- Me prometa uma coisa? - se soltando.
Poncho: Que coisa? - acariciando seu rosto.
Any: Que… Se eu morrer…
Poncho: Any não fala besteira. - a interrompeu.
Any: Mas se acontecer você...
Poncho: Vaca amarela! - a interrompeu novamente e lhe deu um beijo. - Isso não vai acontecer.
Any: Mas se a gente se separar (Poncho fez uma careta) se alguma coisa acontecer e a gente se
separar, promete que vai se lembrar de mim com carinho, que vai me guardar num cantinho do
seu coração (colocou a mão no peito dele) e que vai se apaixonar de novo?
Poncho pegou na mão dela, deu um beijo e respondeu:
- Isso não vai acontecer, não vamos nos separar.
Any: Mas promete pra mim é importante.
Poncho: Any...
Any: Por favor meu amor!
Poncho: Ta bem se é tão importante pra vc eu prometo.
Any: Promete que...? - se interrompeu querendo que ele completasse a frase.
Poncho: Que eu… Vou me apaixonar por outra pesssoa se numa hipótese muito remota e
impossivel de acontecer a gente se separar.
Any: Obrigada bebê. - sorrindo.
Poncho: Vem cá. - sorrindo e a abraçou. - Prometi, mas também quero que me prometa uma
coisa.
Any: O que? - apoiando o queixo no peito dele pra encará-lo.
Poncho: Que vc não vai se deixar abater pelo que o Chris ou qualquer outra pessoa te disser ok?
Any: Ok! - assentiu.
Poncho: Só mais uma coisa agora e ta liberada.
Any: O que?
Poncho: Um sorriso e um beijo. - apontando pros lábios.
Any se aproximou e lhe deu um beijo apaixonado acariciando seus cabelos enquanto ele a
abraçava com força envolvendo sua língua. Quando se separaram Any sorriu e Poncho disse
sorrindo de volta:
- Bem melhor.
Any o beijo de novo o abraçando com força, definitivamente jamais conseguiria se separar dele.
Mais tarde Mariana chegou em Any e perguntou:
- Vc melhorou?
Any: Uhum... Obrigada viu Mah!
Mariana: Ah não esquenta com isso não, amigas são pra essas coisas, eu vi o jeito que ficou
depois que conversou com o Chris, era o mínimo que eu podia fazer.
Any sorriu e a abraçou. “Vou sentir sua falta amiga!”, pensou triste. Quando se soltaram afastou
o pensamento pra não cair no choro.
Mariana: Bom eu e o Léo vamos nessa, até depois.
Any: Até. - sorrindo.
A turma terminou de se despedir e cada um foi pra sua casa.
No outro dia Any acordou de maneira que não conseguiu abrir os olhos, colocou a mão no rosto
sentindo uma falta de ar e uma angustia. Se levantou da cama completamente zonza e
respirando profundamente sentindo falta de ar. Quando abriu a porta sentiu a brisa fresca
aliviando a sensação de falta de ar. Seguiu pelo corredor e descendo as escadas gritou:
- Mãe! MÃE!
Carol: O que foi querida? - saindo apressada da cozinha.
Any: Me ajuda a sentar no sofá eu to passando mal.
Carol: Mas o que vc tem filha? O que ta sentindo? - ajudando ela a sentar.
Any: Eu não sei, mas só preciso sentar e de aguá, pega água pra mim, por favor.
Carol saiu apressada e Any fechou os olhos e abaixou a cabeça respirando fundo. Sentiu uma
brisa e perguntou sussurrando:
- Caspian?! O que ta acontecendo?
Caspian: Fui interceder por vc, mas não consegui muita coisa, eles estão irredutíveis e por eu não
ter ficado com vc ontem, vc enfraqueceu bruscamente.
Any: Mas eu to sentindo falta de ar, sede, uma angustia, como se eu tivesse me afogando.
Caspian: Vc vai ficar bem quando tomar a água.
Any: Ok! - assentiu.
Carol: Filha aqui a água. - entrando na sala e entregou a água sem ver Caspian.
Any: Obrigada. - sorrindo.
Carol: Esta melhor querida?
Any: Sim mãe, obrigada... Pode continuar fazendo suas coisas.
Carol: Se quiser eu fico com vc.
Any: Não precisa eu to bem e vc tem as coisas da empresa pra cuidar né?
Carol: Ok, qualquer coisa me chama. - e saiu.
Any assentiu terminando de tomar a água.
Caspian: Vc precisa dormir um pouco agora, eu te ajudo a subir.
Any: Esta bem, mas quero que seja um anjo responsável e... Que isso não volte a acontecer viu?
Caspian: É vc melhorou já... Pode subir sozinha. - e desapareceu.
Any fez uma careta e subiu sozinha reclamando de Caspian.
À noite no shopping Mai perguntou:
- O que vc tem?
Chris: Nada.
Mai: Ainda assim pela briga com a Any?
Chris: Será que podemos mudar de assunto Mai?
Mai: Esta bem, eu só queria saber porque estava tão bravo.
Chris: Ah deixa pra lá, vamos voltar a andar ok?
Mai: Ok, mas não quero ver vc triste ta bom?
Chris assentiu e lhe deu um beijo.
No orfanato Sara aproveitou que as crianças saíram pra jantar e perguntou:
- Any o Lipe vai dançar com a gente agora?
Any: Uhum... Vc gostou?
Sara: Uhum é ruim ficar sozinho. - abaixando a cabeça.
Any: Oh minha pequeninha (a pegou no colo) agora vc não ta mais sozinha, é amiga de todos
aqui.
Sara: Uhum, por causa de vc que cuido de mim, não sei porque seu tato não gosta de vc, eu
queria muito ter uma tata como vc, será que ele deixa eu trocar de lugar com ele?
Any: Vc não precisa trocar de lugar com ele pra ser minha irmã, porque aqui no fundo, vc já é
minha irmãzinha mais nova.
Sara: Então vc é minha tata agora? - perguntou com os olhinhos brilhando.
Any: Uhum! - assentiu sorrindente.
Sara a abraçou com força e Any acariciou seus cabelos sorrindo.
No outro dia numa praça Dul abraçou Ucker por trás dizendo:
- Amor vc comprou meu presente de Natal?
Ucker: Não posso falar.
Dul: Por quê?
Ucker: Porque se eu disser que comprei vc vai querer saber o que é.
Dul: Hum... Mas vc comprou?
Ucker: Não tenta Dul não vou falar.
Dul: Ok, mas olha lá hein não vai esquecer, faltam 05 dias só.
Ucker: Não vou esquecer meu amor.
Dul sorriu e o beijou, quando se separaram perguntou:
- O que vamos fazer agora?
Ucker: Que tal continuarmos dando uma volta?
Dul: Beleza, adorei a idéia. - sorrindo feliz.
Ucker: Topa um sorvete?
Dul: Com certeza. - afirmou sorrindo.
Na casa de Poncho o mesmo perguntou:
- Meu amor o que vc tem?
Any: Eu? - despertando do transe. - Nada não!
Poncho: Eu te conheço, vc ta muito estranha linda.
Any: Eu to bem. - forçando um sorriso.
Poncho: To perguntando porque vc chegou aqui totalmente fora do ar e ficou encarando o
calendário até agora e nem ouviu o que te perguntei.
Any: Me desculpa, não é de propósito.
Poncho: Eu sei meu anjo, mas me fala o que vc tem?
Any: Tava só pensando em algumas besteiras, vc sabe como eu sou né?
Poncho assentiu sorrindo.
Any: Mas deixa pra lá, o que vc tinha me perguntado?
Poncho: Se vc não vai se chatear se eu fizer uma coisa.
Any: O que?
Poncho lhe deu um beijo e se levantou, quando voltou minutos depois disse estendendo um
embrulho:
Poncho: Eu ia te dar mais tarde, mas vou entregar agora.
Any: O que?
Poncho entregou um pacote pra Any, ela quando viu a marca da loja de CDs disse incrédula:
- Não vc não comprou! - abrindo a sacola. - Poncho? Por quê? - olhando o CD que estava louca
atrás.
Poncho: Não foi fácil achar, mas valeu a pena sendo pra vc. - sorrindo.
Any: Não devia ter comprado.
Poncho: Por quê? Tem alguma lei que me proibe de querer te fazer feliz? O que tem de errado em
amar de mais e querer dar o mundo em pequenas coisas pra mulher que ama? - sorrindo.
Any: Poncho... - ficando com os olhos marejados.
Poncho: Ontem no orfanato eu, Luz e Juliana estávamos fazendo uma brincadeira e falando dos
desejos e sabe o que eu descobri?
Any: O que?
Poncho: Que vc é meu gênio da sorte digamos assim! - sorrindo e Any fez uma cara de quem não
entendeu. - Sabe por quê?
Any negou e ele respondeu:
- Porque vc realizou todos os meus desejos!... Primeiro quando me deixou te ajudar a provar a
todos que tinha mudado e logo em seguida ajudamos a Sara e agora o Felipe... O segundo desejo
o mais bobo vc realizou quando me levou pra Guadalajara se lembra? Dois lugares ao mesmo
tempo? - Any assentiu com os olhos brilhando. - E o meu terceiro desejo e o mais importante era
te fazer feliz e ser feliz com vc meu amor e até isso vc me deu.
Any abaixou a cabeça começando a chorar, Poncho a encarou confuso e perguntou:
- Meu amor o que foi?
Any o abraçou dizendo:
- Por que vc foi me dizer essas coisas?
Poncho: Vc não gostou?
Any: Claro que eu gostei, mas do jeito que eu ando chorona isso vai virar um mico.
Poncho: Oh meu amor não tem problema... Eu te amo minha princesa. - enxugando seu rosto.
Any: Eu também te amo... Promete que nunca vai esquecer isso?
Poncho: Eu juro! - sorrindo e a beijou.
Quando se soltaram Any encostou a cabeça no ombro de Poncho fechando os olhos para não
chorar mais ao se lembrar de que esses poderiam ser seus últimos momentos com ele.
Mais tarde Léo perguntou à Mariana:
- O que vc tem gatinha?
Mariana: É que lembrei do que aconteceu na praia agora.
Léo: Ta falando da briga entre Chris e Any?
Mariana: Uhum!
Léo: Mas o que aconteceu?
Mariana: É que... Bom vc sabe melhor do que eu como a Any era antes né?
Léo: Uhum! - respondeu e beijou a mão dela.
Mariana: Então... E o relacionamento dela com o Chris nunca foi dos melhores né?
Léo: Nem um pouco, eles sempre se odiaram era difícil acreditar que eram irmãos.
Mariana: É eu sei dessa parte, mais agora que a Any mudou e quer se entender com ele, Chris não
aceita, fica ofendendo ela.... Eu quando cheguei na escola já tinha conhecido a Any como é agora
e não a de antes, senão eu acho que... Sei lá poderia ajudar sabe?
Léo: Uhum, mas não vai adiantar porque vc não vai conseguir ajuda-la Mah, eu acho que o lance
dela com o Chris é delicado demais e entre eles, ninguém pode resolver, só eles mesmo.
Mariana: Vc acha isso mesmo?
Léo: Uhum, mas esquece esse assunto, uma hora ele vai ver que ela mudou e vão se entender.
Mariana: Ai tomara que vc tenha razão... Mas obrigada por me ouvir Léo.
Léo: É um prazer princesa, sabe disso.
Mariana sorriu e lhe deu um beijo.
À tardezinha no orfanato, Dul perguntou:
- Será que a Any vai deixar a gente ver a dança?
Poncho: Acho difícil se eu que sou o namorado ela não deixou.
Ucker: Ela quer fazer surpresa e sinceramente se a gente ver estraga né?
Dul: É tem certa razão. - sorrindo.
Felipe chegou nessa hora e disse sorrindo:
- Oi.
Dul: Oi Lipe tudo bem?
Felipe: Uhum. - assentiu sorrindo.
Ucker: Vem cá Lipe vc não pode falar o que vcs vão dançar?
Felipe respondeu negando com a cabeça.
Poncho: Por que não?
Felipe: Any disse que é segredo e que não podemos contar.
Dul: Olha que chata. - colocando as mãos na cintura.
Any: Eu ouvi. - respondeu chegando.
Poncho: É que Lipe disse que vc proibiu eles de falarem qual é a dança.
Any: É verdade, por causa de certos curiosos que tem por ai NÉ Ucker?
Dul e Poncho tentaram, mas não conseguiram conter o riso.
Felipe: Tia eu vou lá na sala ta?
Any assentiu sorrindo e Dul disse admirada:
- Nossa incrível como ele mudou com as pessoas.
Any: É mesmo eu que o diga. - sorrindo.
Poncho a abraçou por trás e perguntou:
- Também, quem resiste a essa princesa?
Ucker: Ai que amor, vou ficar emocionada. - zoando.
Any mostrou a língua pra ele e Dul caiu no riso, depois perguntou:
- Não vai deixar a gente assistir vc ensaiando eles?
Any: Não! É surpresa, mas podem ir conversar com a Juliana, ela disse que queria falar com vcs.
Ucker: O que será que ela quer?
Any deu de ombros e respondeu:
- Não sei, mas agora eu tenho que ir, até daqui a pouco. - sorrindo e saiu depois de dar um beijo
em Poncho.
Dul: Vamos espiar a Any? - fazendo menção de ir atrás dela.
Poncho: Nada disso, vamos ver o que a Juliana quer com a gente. - e a puxou na direção da
diretoria.
De madrugada Poncho estava dormindo quando de repente se levantou assustado derrubando o
abajur que se espatifou no chão. Colocou as mãos no rosto e as tirou quando viu a porta se abrir.
Beatriz: Filho esta tudo bem?
Poncho: Uhum, mas foi como se alguém tivesse me dado um susto e me acordado.
Beatriz: Às vezes foi só um pesadelo.
Lívia: Tato ta tudo bem? - chegando no quarto.
Poncho: Ta sim, linda.
Beatriz: Vai pra cama filha, seu irmão só teve um pesadelo... E vc querido tenta dormir de novo
ta?
Poncho: Uhum, mas não sei porque depois desse susto, eu to sentindo que alguma coisa de ruim
ta pra acontecer.
Beatriz: Bobagem meu amor, volta a dormir que vai ficar tudo bem.
Foram então que ouviram o telefone tocar e Lívia saiu correndo ignorando os chamados da mãe.
Poncho encarou Beatriz que advinhando seu pensamento disse:
- Não deve ser nada, na certa algum engraçadinho ou engano.
Poncho: Tomara!
Lívia: Tato é o Ucker, disse que é ugente e que falar com vc. - entregando o telefone.
Poncho encarou a mãe e perguntou atendendo:
- Fala Ucker.
Beatriz encarou o filho aflita enquanto ele falava no telefone. Quando Poncho desligou
perguntou:
- O que aconteceu Poncho?
Poncho: Mãe eu tava certo... Aconteceu uma coisa ruim.
Beatriz: Ai o que foi pelo amor de Deus, Poncho.
Poncho: Mai sofreu um acidente, esta no hospital, Ucker acabou de saber e me ligou.
Beatriz: E como esta?
Poncho: Ele não sabe, estão fazendo exames, os pais dela e o Chris estão lá e o Ucker ta indo pra
lá.
Beatriz: E vc? Vai também?
Poncho: Preciso mãe Mais e Chris são meus amigos.
Beatriz: Esta bem.
Lívia: Tato a tia Mai ta no hospital por quê?
Poncho: Ela se machucou, mas ta tudo bem.
Lívia: Vc vai ver ela? - Poncho assentiu. - Posso ir junto?
Poncho: Não é melhor vc ir dormir, ta tarde!
Lívia: Ah. - cruzando os braços.
Beatriz: Filha, por favor, não começa.
Poncho: Olha se for dormir, quando for perto do almoço eu te levo ta ok?
Lívia assentiu e se despediu com pressa indo dormir.
Beatriz: Vc tem mais jeito com ela do que eu.
Poncho: É só saber lidar com ela mãe.
Beatriz: É e vc sabe muito bem.
Poncho sorriu e se levantou indo se trocar.
Minutos depois quando chegou no hospital encontrou com Any e a abraçou lhe dando um beijo.
Quando se soltaram perguntou:
- Ucker e Dul ainda não vieram?
Any: Não, mas estão chegando.
Poncho: Como ela e o seu irmão estão?
Any: Bom se entendi direito ela perdeu o controle do carro lá na curva da Marginal principal e
bateu nas grades de proteção, o estado não é grave, mas ela ainda não acordou.
Poncho: E o Chris?
Any: Chris e os pais dela, estão lá dentro... Ele não me deixou entrar.
Poncho: Depois vc entra com a gente.
Any assentiu sorrindo e deu mais um beijo em Poncho. Nesse momento Dul e Ucker chegaram e
quando o viram Ucker perguntou:
- Como ela ta?
Any: Fora de perigo e Chris e os pais estão lá dentro com ela.
Dul: Será que depois podemos entrar?
Any: Acho que sim.
Ucker: Chris ta muito mal?
Any: Ah preocupado, mas não quer muito papo comigo.
Poncho: Relaxa meu amor.
Any: Ah tudo bem.
Dul: Vamos sentar ali e esperar eles saírem?
Os outros concordaram. Minutos depois quando Chris saiu primeiro, disse ao ver os amigos:
- Oi gente!
Dul: E ai? Ela acordou?
Chris: Ainda não os pais estão com elas.
Any: Ela vai ficar bem Chris.
Chris: Dispenso seus comentários Anahí.
Poncho: Chris eu sei que vc ta nervoso, mas não precisa falar assim com ela. - chateado.
Any: Deixa Poncho, deixa.
Dul: Any ele ta certo, Chris manera.
Chris: Olha não to afim de brigar ok?
Ucker: Ótimo porque não é hora de brigar.
Poncho: Seta aqui com a gente cara.
Chris: Eu vou comer alguma coisa, depois eu volto.
Ucker: Quer compainha?
Chris: Não, não valeu. - negou com a cabeça e saiu.
Dul: Que barra né?
Any: Pois é, mas a Mai vai ficar bem, tenho certeza.
Poncho: Tomara! - disse abraçando Any.
Mais tarde Mariana chegou e quando Mai acordou o pessoal entrou pra vê-la e Dul perguntou:
- Como vc ta?
Mai: Ah melhor... Foi mais um susto.
Ucker: Mas como vc foi perder o controle daquele carro?
Mai: A pista tava escorregadia demais... Acho que foi isso.
Mariana: É, mas agora temos um problema.
Chris: Qual?
Mariana: Como vamos fazer o amigo secreto sábado lá no orfanato com vc aqui?
Mai: Ah, mas até sábado eu saiu daqui.
Any: Verdade?
Mai: Uhum, vou ficar de hoje pra amanhã só por observação e sábado eu vou lá trocar os
presentes com vcs.
Poncho: Ai que bom, meus pais e os da Any vão participar também.
Dul: É, mas vai ser engraçado ver os pequenos trocando os presentes né?
Any: É talvez tenha sido melhor fazer dois amigos secretos um dos adultos e outro das crianças,
mas eles podiam ficar com ciúmes né?
Mai: É, mas vai ser divertido.
Ucker: Nossa e como!
Nisso o médico entrou no quarto e disse:
- Desculpem, mas vcs precisam sair, Maite tem que descansar.
Chris: Ok... Se cuida ta meu amor?
Mai: Pode deixar.
Any: Tchau Mai a gente se vê. - sorrindo e saiu.
Mai: Tchau pessoal, valeu a visita.
Dul: Acha não esquenta.
Quando saíram Chris puxou Any dizendo:
- Não quero que vc volte aqui entendeu?
Ucker: Chris! - chamou sua atenção.
Any: Por quê?
Chris: Não quero vc perto dela.
Poncho: Hei posso saber por que vc ta falando assim com ela? - puxando Any pra junto dele.
Chris: Não se mete Poncho.
Poncho: Me meto sim, Any é minha namorada.
Dul: Chris porque essa estupidez toda? - espantada.
Chris: Porque eu quero essa garota longe das pessoas que eu amo. - encarando Any com raiva.
Any se soltou bruscamente e respondeu:
- Pode ficar sossegado porque seu pedido vai ser atendido mais cedo do que vc pensa. - e se
soltou.
Poncho: Vc é um idiota sabia? - encarando Chris chateado e saiu atrás de Any.
Any trombou com uma senhora na saída do hospital e enxugando o rosto acenou pra pegar um
táxi.
- Any!
Sentiu quando Poncho a puxou e a abraçou dizendo:
- Não fica assim meu amor.
Any: Eu quero ir... Embora! - respondeu o abraçando chorando.
Poncho: Vem eu te levo.
Any: Eu... Prefiro ir sozinha! Leva a Mah pra casa e mais a gente se vê no orfanato pode ser?
Poncho assentiu lhe dando um beijo. O táxi parou e Any disse abraçando Poncho:
- Te amo!
Poncho: Eu também te amo meu anjo.
Any: Tchau. - enxugando o rosto.
Poncho: Tchau, até mais tarde!
Any assentiu e entrou no táxi. Poncho colocou as mãos nos bolso quando Mah, Ucker e Dul
saíram do hospital e a última perguntou:
- Cadê ela?
Poncho: Já foi, pediu pra ir sozinha e pra mim levar a Mah pra casa.
Mah: Se não quiser não precisa.
Poncho: Tudo bem.
Ucker: Não fica assim cara, eu não sei o que deu no Chris pra falar aqui, mas ele ta nervoso pelo
que aconteceu?
Poncho: E precisa descontar nela?
Dul: Esquece isso... Vamos nessa, amanhã de manhã a gente volta.
Poncho assentiu e se despediu da turma, levando Mah pra casa em seguida.
Quando chegou em casa Carol perguntou vendo Any com os olhos marejados:
- O que foi filha?
Any: Nada mãe, eu vou subir ok?
Carol: Espera querida o que foi?
Any: Eu to bem, não foi nada. - e subiu correndo.
Julio César: O que aconteceu? - chegando na sala.
Carol: A Any entrou aqui chorando, fiquei preocupada.
Julio César: Será que ela brigou com o namorado?
Carol: Ou com o Chris?
Julio César deu de ombros, mas disse ao ver a cara de Carol:
- Não fica assim, ela sabe se cuidar, vai ficar bem.
Carol: É tem razão. - sorriu.
Any se jogou na cama chorando e disse:
- Eu não quero ir!
Caspian: Any...
Any: Não quero ir Caspian... Não quero ir embora!
Caspian: Não fica assim.
Any: Como vc quer que eu fique então? - o encarou chorando.
Caspian: Quero que vc fique calma.
Any: Caspian não tem nenhuma chance de mim ficar sem o Chris me perdoar?
Caspian: Não... Infelizmente vc só vai poder ficar se ele perdoar vc.
Any: Então me leva agora, eu não quero ter que me despedir, não quero.
Caspian: Olha eu...
Any: Por favor, me da um pouco mais de tempo, por favor. - implorou.
Caspian: Any vc concordou em vir sabendo que se não conseguisse o perdão deles teria que
voltar no dia 25, não posso te dar mais tempo... Sinto muito!
Any: Tudo bem... A culpa disso tudo é minha mesmo, não tenho direito nenhum de pedir por
coisas que eu desprezei a vida inteira. - abaixando a cabeça.
Caspian: Any não fala assim.
Any: E o que eu posso dizer?
Caspian: Pensa positivo ta bem?
Any: Oh to num momento super otimista não ta vendo?
Caspian: Vc e suas ironias, aonde vai parar com elas?
Any: No céu ou no inferno talvez?
Caspian: Tem mais chances de ir pro céu garanto.
Any: Uhum! Eu vou ficar aqui um pouco antes de ir pro orfanato.
Caspian: Vc precisa descansar, não devia ter passado todo esse tempo no hospital.
Any: Não tem problema.
Caspian se aproximou e dando um beijo nos cabelos dela disse:
- Se cuida!
Any assentiu e deitou na cama.
Mariana desceu do carro de Poncho dizendo:
- Valeu pela carona.
Poncho: Não foi nada. - forçando um sorriso.
Mariana: Não fica assim não Poncho!
Poncho: Tenho vontade de esganar o Chris quando ele faz essas coisas.
Mariana: E de que iria adiantar?
Poncho: Pior que não adiantaria de nada.
Mariana: Olha eu acho que o Chris sente magoa da Any, por isso não consegue perdoa-la.
Poncho: Só falta eles se entenderem pra ficar tudo bem.
Mariana: Quem sabe isso não vai acontecer logo, logo.
Poncho: É tomara!
Mariana: Bom eu vou entrar porque combinei de me encontrar com o Léo.
Poncho: Vcs estão saindo mesmo?
Mariana: Uhum ele até disse que quer namorar comigo. - sorrindo feliz.
Poncho: Poxa que bom que vcs se entenderam.
Mariana: Uhum, pelo menos vc não tem mais porque sentir ciúmes da Any.
Poncho sorriu confirmando com a cabeça e respondeu:
- Bom Mah a gente se vê outra hora.
Mariana: Ok, tchauzinho!
Poncho: Tchau!
Mariana entrou pra dentro e Poncho foi embora em seguida.
Any abriu a porta de casa sorrindo e perguntou:
- Gente? Cadê vcs?
Olhou a decoração da casa, com os enfeites de Natal e se perguntou:
- Cadê todo mundo?
Viu a porta se abrir e Carol entrar acompanhada de Julio César dizendo:
- Me ajuda a desmontar a árvore?
Any: Por que vai desmontar a árvore mãe?
Julio César: Claro que eu te ajudo querida.
Carol começou a tirar os enfeites da árvore dizendo:
- Não tem mais sentido comemorar o Natal com a morte da Any?
Any: Minha morte? - arregalando os olhos assustada. - Ai não, ta acontecendo de novo!
Julio César: Não fica assim meu amor, vamos superar isso. - abraçando a esposa.
Any: Mãe, pai eu não to morta, olhem pra mim, olhem pra mim droga!
No desespero tentou toca-los , mas se apavorou quando sua mão atravessou o corpo dos pais que
continuavam a desmontar a árvore sem vê-la ou ouvi-la.
- Não, por favor! MÃEEEEEEEE! - gritou enquanto sentia que alguma coisa a puxava.
De repente estava em um lugar escuro e ouviu a voz do irmão dizer:
- Eu odeio vc Anahí, nunca vou te perdoar...
Any: Não Chris! - pediu se encolhendo.
- Por mim vc pode morrer.
Any: Não fala isso. - sentando no chão encolhida.
- Eu odeio vc Anahí, vc é a pior pessoa desse mundo.
Any: Não! - tapando os ouvidos chorando.
- Vc não presta e por isso vai morrer, eu te odeio Anahí, te odeio.
Any: Não! - apertando as mãos contra os ouvidos. - NÃOOOOO!
- Any...
Any: NÃOOOOO!
- Any! - puxando as mãos da filha que tavam o ouvido. - Filha o que foi?
Any abriu os olhos assustada e quando viu a mãe a abraçou chorando:
- Me perdoa mãe, eu não quero ir... Me perdoa! - soluçando.
Carol: Perdoar de que filha?
Any: Das coisas que eu fiz, me perdoa, por favor... Eu sou um monstro me perdoa.
Carol: Oh filha calma, calma querida passou. - contendo as lágrimas acariciando seus cabelos.
Any: Me... Perdoa mãe!
Carol: Não tenho do que te perdoar meu anjo, o que aconteceu por que estava gritando?
Any: Foi um pesadelo horrível mãe. - a soltando.
Carol: Calma já passou, não chora mais.
Any enxugou o rosto respirou fundo se acalmando e tornou a abraçar a mãe até parar de chorar.
Mais tarde no hospital Chris entrou pra ver Mai e perguntou:
- Esta melhor?
Mai: Uhum... Não vejo a hora de sair daqui.
Chris: Vai ser logo meu amor, não se preocupe.
Mai: Chris por que trata a Any tão mal?
Chris: Vc também não, por favor.
Mai: Então me responde o que te perguntei... Por que isso?
Chris: Isso é entre mim e ela.
Mai: Será que já não esta suficientemente claro que ela mudou?
Chris: Acontece que o que ela me fez na infância não se apaga assim Mai e no funco acredito que
ela ainda pode voltar a ser a mesma de antes.
Mai: Mesmo depois de tudo o que aconteceu?
Chris: Mesmo assim.
Mai: Mas por que a odeia tanto?
Chris: Olha se vcs e os outros já esqueceram o que ela fez problema de vcs porque eu não
esqueci.
Mai: Chris...
Chris: Chega Mai não quero mais falar disso.
Mai: Ok!... Será que pode me dar um beijo? - sorrindo.
Chris se aproximou e sorriu antes de lhe dar um beijo e dizer em seguida:
- Desculpa se eu fui grosso ok?
Mai: Ok, mas deve desculpas à outra pessoa. - Chris fez uma careta. - Desculpa, escapou.
Chris: Tudo bem.
Mai sorriu acariciando as mãos dele.
Um tempo depois Mariana, Dul e Ucker chegaram no hospital e o último perguntou:
- Como a Mai ta Chris?
Chris: Ah melhor, agora ela ta dormindo.
Dul: A gente pode entrar pra vê-la um pouquinho?
Chris: Claro vão lá. - assentiu cansado.
Ucker: Vão vcs duas eu vou ficar aqui.
Dul: Ta. - assentiu e deu um beijo em Ucker antes de sair com Mah.
Assim que elas fecharam a porta do quarto Ucker perguntou:
- E vc cara? Como esta?
Chris: Cansado.
Ucker: Já são quase 4 da tarde, vc ta aqui há doze horas vai pra casa e descansa.
Chris: Eu prefiro ficar por aqui.
Ucker: Tem certeza?
Chris: Uhum... Valeu pela preocupação, mas eu fico por aqui.
Ucker: Vc que sabe só to te achando muito cansado.
Chris: Eu vou ficar bem, mais tarde eu vou pra casa, como alguma coisa, tomo um banho e
durmo, ai vou ficar bem, por enquanto prefiro ficar aqui.
Ucker: Beleza, vc que sabe.
Dentro do quarto Mai acordou e disse sorrindo:
- Que bom ver vcs meninas, como estão?
Mariana: Bem e vc?
Mai: Melhorando.
Dul: Ta muito ruim ficar aqui recebendo os mimos do namorado? - perguntou sorrindo maliciosa.
Mai: Nem um pouco, se bem que ele ta meio chateado e cansado.
Mariana: É a gente percebeu quando chegou.
Mai: E os outros?
Dul: Ucker ta lá fora conversando com o Chris, Any e Poncho ainda não vieram.
Mai: Será que não vão vir? Queria falar com a Any, saber como ela ta depois do que o Chris fez.
Mariana: Nós também, mas acho que ela vem daqui a pouco com o Poncho sim.
Mai: É mesmo... Ai, ai eu quero sair daqui.
Dul: Calma que rapidinho vc vai sair daqui. - sorrindo.
Mariana: Opa, com licença. - disse sorrindo vendo que tinha mensagem de Léo no celular.
Mai: Mensagem do marido. - sussurrou pra Dul que confirmou sorrindo.
Mariana: Ai meninas to apaixonada. - voltando pra beirada da cama sorridente.
Dul: O que tinha na mensagem? - curiosa.
Mariana: O Léo disse que ta morrendo de saudades e que me ama muito.
As meninas riram zoando de Mariana e Mai perguntou:
- Mas e ai como ta o namoro?
Mariana sorriu e contou como estava encantada com Léo.
Na casa de Any, Carol bateu na porta e perguntou:
- Filha ta acordada?
Any: To mãe, pode entra a porta ta aberta.
Carol: Só vim avisar que o Poncho ta aqui.
Any: Ok, já vou descer. - sorrindo triste.
Carol: Vc ta melhor?
Any assentiu e Carol saiu fechando a porta. Quando Any desceu e encontrou com Poncho o
abraçou com tanta força que ele estranhando perguntou acariciando seus cabelos:
- O que foi meu amor?
Ela o soltou respirando fundo e sorrindo respondeu:
- Só saudade!
Poncho acariciou seus cabelos e sorrindo lhe deu um beijo, quando se separaram Any o abraçou
de novo e sem conseguir segurar começou a chorar. Poncho franziu o cenho e perguntou:
- Meu amor o que foi?
Any respondeu o abraçando com mais força, Poncho segurou o rosto dela entre as mãos e
pergunto:
- Hei o que foi?
Any: Pro- Promete que vc nunca vai me esquecer?
Poncho: Any...
Any: Promete que sempre vai lembrar de mim com carinho, que daqui um tempo não vai sentir
ódio de mim pelas coisas que eu fiz?
Poncho: Oh meu amor por que ta dizendo essas coisas?
Any: Porque eu tenho medo de vc me odiar algum dia.
Poncho: Eu nunca vou odiar vc meu anjo, isso é impossível.
Any: Vc jura?
Poncho: Eu juro, te juro. - respondeu sério e a beijou.
Any o abraçou em seguida dizendo:
- Te amo bebê.
Poncho: Eu também te amo querida, muito.
Any sorriu enxugando o rosto, Poncho sorriu e perguntou:
- Ta melhor?
Any: Agora sim.
Poncho a abraçou ternamente e lhe deu mais um beijo.
Um tempo depois quando chegou no hospital Any e Poncho encontraram Chris e Ucker que disse:
- Vai lá no quarto Any, ta rolando maior fofoca por lá.
Any: Isso é uma dispensa? - brincou e encarou Chris que há olhava como se tivesse ódio dela.
Ucker: Não claro que não, só to te falando onde as meninas estão.
Any: Ok... Então eu vou lá com elas. - deu um beijo em Poncho e saiu.
Ucker: E ai cara tudo bem? - vendo que ele estava sério.
Poncho: Beleza! - respondeu sério. - Chris posso te pedir um favor?
Chris: O que foi?
Poncho: Deixa a Any em paz ok? Todos nós já sacamos que vc não acredita nela, principalmente
ela então não precisa jogar isso na cara dela toda hora, ela já esta mal o suficiente.
Chris: Vai tomar as dores dela agora? - rebateu.
Ucker: Gente...
Poncho: Sim, mas não estou “tomando as dores dela” só estou defendendo a pessoa que mais me
importa nesse mundo e não quero que ninguém a machuque muito menos vc... Estamos
entendidos?
Chris: Com licença. - se levantou e saiu sem responder a pergunta.
Poncho fez menção de falar algo, mas Ucker o segurou dizendo:
- Deixa cara, ele não ta afim de conversa.
Poncho: Sei bem do que ele ta afim, viu o jeito que olhou pra ela quando chegamos?
Ucker: Eu vi cara, mas esquece isso, não vai adiantar vcs ficarem brigando.
Poncho: Eu sei. - respondeu assentindo.
Dentro do quarto Any riu e respondeu:
- Vcs não deviam zoar da Mah, mesmo que na época não gostassem de mim nem eu de vcs, eu
lembro como eram melosas com o Chris e o Ucker no começo do namoro.
Mai: É e vc aprendeu com a gente, porque vc e o Poncho... Vencem na produção de mel.
Any riu se descontraindo um pouco e Dul perguntou:
- Any desculpa tocar nesse assunto, mas... - encarou Mai.
Mai: Queríamos saber como vc ta!
Mariana: Depois do lance com o Chris.
Any abaixou a cabeça triste e forçando um sorriso respondeu:
- Na medida do possível bem.
Dul: Não é o que a sua cara ta dizendo.
Any: Eu não gosto desse clima entre a gente, mas o que eu posso fazer?
Mai: Infelizmente nada Any, digo isso porque eu sei que ele ta furioso, irritado, não sei bem
porque.
Any: Eu sou a causa da fúria e da irritação dele sem fazer nada eu sei disso.
Mariana: Mas isso não é justo, porque ele tem que te tratar assim?
Any: Digamos que a infância dele não foi das melhores por minha causa.
Dul: Mas o que acontecia entre vcs?
Any: Eu perturbava ele demais, me fazia de vitima, tentava ser o centro das atenções todos os
momentos e por ser a caçula minha mãe cuidava muito de mim, me protegia e me mimava
demais, acho que isso fez o Chris criar um ódio por mim... E um ódio acumulado por 18 anos não
se desfaz em 2 meses de boas ações entendem?
Mai: Uhum, mas ele devia esquecer isso.
Any: Acho difícil, mas quem sabe um dia ele não me perdoa?
Dul: Tenho certeza que sim Any, um dia essa magoa do Chris vai passar.
Any: Também espero que sim. - sorrindo triste. “Mesmo que eu não esteja mais aqui”, pensou
triste.
Mariana: Ok, vamos mudar de assunto... O amigo secreto é nesse sábado e eu to super ansiosa
pra saber quem me tirou e o que eu vou ganhar.
Mai: Ai eu também, graças a Deus o médico disse que me libera daqui sábado.
Mariana: Vcs já compraram os presentes?
Dul: Eu já... E já sei até o que vou falar na hora.
Any: Eu também. - sorrindo.
Mariana: Meninas foi alguma de vcs que me tiraram?
Mai: Ah nem vem que ninguém aqui vai falar.
Dul: É não falta nem dois dias e vc já vai saber.
Mariana: To curiosa, será que foi homem ou mulher quem me tirou?
Any: Nem a gente sabe, mas sossega. - sorrindo.
Mariana: Ta legal, só espero que a pessoa que eu tirei goste do presente.
Mai: Ah acho difícil não gosta, vc normalmente acerta no gosto das pessoas.
Mariana: É verdade. - sorrindo.
Ficaram conversando até os meninos Ucker e Poncho no caso aparecerem.
À noite, Any voltou pro orfanato e ensaiou com as crianças.
No outro dia Poncho desceu pra tomar café e Lívia perguntou:
- Tato o amigo secreto é amanhã né?
Poncho: Nossa só se fala nisso, mas é amanhã sim. - sorrindo.
Beatriz: Eu te disse que não era hoje querida.
Poncho: É eu disse pra ela que era amanhã no orfanato.
Beatriz: Eu também, mas ela não acreditou.
Lívia: Meu amigo secreto é bem legal sabia?
Poncho: Ah é? Quem vc tirou?
Lívia: Não posso falar, só posso dizer que é uma criança.
Poncho: Nossa que ajuda, agora só tenho que ver qual das 16 crianças vc tirou.
Lívia sorriu sapeca e Beatriz disse:
- Vai escovar seu dente pra irmos à praia anda.
Lívia subiu correndo e Poncho perguntou:
- Vão pra praia é?
Beatriz: Uhum, ta afim de ir com a gente querido?
Poncho: Não... Eu fiquei de me encontrar com a Any.
Beatriz: Hum... E a amiga que sofreu o acidente? Como ela esta?
Poncho: Bem, vai sair amanhã de manhã do hospital.
Beatriz: Que bom, mas... Por que essa cara?
Poncho: É que vc lembra que eu tive um pressentimento ruim antes de saber do acidente da Mai?
Beatriz: Uhum vc disse que teve um sonho estranho.
Poncho: Sim.
Beatriz: E?
Poncho: E que eu tive o mesmo sonho essa noite de novo, mas foi pior.
Beatriz: Pior porque?
Poncho: Porque eu escutava uma voz pedindo ajuda, era como se eu tivesse no mesmo lugar,
mas com alguém e essa pessoa pedia ajuda, mas eu não conseguia vê-la... Mãe eu acordei tão
mal.
Beatriz: Ah querido eu não sei o que te dizer.
Poncho: Tudo bem, mas eu to preocupado, acho que alguma coisa muito ruim vai acontecer.
Beatriz: vai ver vc sonhou de novo porque ficou preocupado com a sua amiga, vc tem um carinho
especial pelos seus amigos, às vezes ficou preocupado e esta ainda, por isso sonhou.
Poncho: Não sei, mas o acidente da Mai, afetou mais ao Chris que é namorado dela e ela esta
bem, vai sair amanhã sabe, não há motivos de preocupação, acho que alguma coisa vai
acontecer, mas não com ela e sim com alguém mais próximo à mim.
Beatriz: Quem filho?
Poncho: Não sei, desconfiei de vc, do papai, da Luiza, talvez de alguma das crianças do orfanato e
da Any quem foi que me deixou mais preocupado.
Beatriz: Mas por quê?
Poncho: Pelas coisas que andam acontecendo, ah mãe uns problemas ai.
Beatriz: Mas filho vc sabe que tem que relaxar em três dias é Natal querido, relaxa.
Poncho: Eu sei mãe, mas ta difícil.
Beatriz: Mas tenta, mesmo que esteja difícil esta bem?
Poncho assentiu sorrindo tentando se tranqüilizar.
Na casa de Carol, Julio César perguntou:
- O que deu nos nossos filhos Carol?
Carol: Nada eles simplesmente não se entendem, acho que nunca vão se entender.
Julio César: Não gosto disso, principalmente agora que a nossa filha ta mudada.
Carol: Chris tem muito ressentimento do que aconteceu no passado.
Julio César: Acho que vou conversar com ele.
Carol: Vai só piorar as coisas.
Chris desceu nessa hora e Julio César disse:
- Eu acho que não... Filho vc vai tomar café?
Chris: Já comi alguma coisa, to acordado faz tempo.
Julio César: Ótimo, será que eu posso falar com vc?
Chris: O que aconteceu?
Julio César: Posso saber porque vc anda tão gentil com a sua irmã, sua mãe me contou umas
coisas.
Chris: Ah que ótimo, estou muito feliz em saber que o meu pai vai defender a minha irmãzinha
querida agora... A santa da família. - irônico.
Julio César: Olha o seu tom comigo Christian. - bravo.
Chris: Mas é a verdade, até vc que via muito bem como ela era esta do lado dela.
Carol: Vc ta exagerando.
Chris: Ah pra vc eu nem falo nada mãe, sempre a defendeu mesmo.
Julio César: Christian já chega.
Chris: Tudo bem eu vi que perdi de vez o espaço nessa casa.
Carol: Filho a única coisa que queremos é que...
Chris: Eu não magoe a Anahí, mas alguém já parou pra pensar quantas vezes ela me megoou
nesses 18 anos? Quantas vezes ela infernizou a minha vida?
Julio César: Vc nunca ouviu que errar é humano? Que todo mundo merece uma segunda chance?
Chris: Ah pro inferno vcs com essa segunda chance.
Carol: AGORA CHEGA VC PASSOU DOS LIMITES! - gritou se levantando.
Antes que Julio César dissesse algo, Any desceu as escadas e entrando na sala de jantar
perguntou:
- O que ta acontecendo?
Julio César: Nada filha!
Chris: Pronto agora a família feliz esta reunida.
Any: Chris...
Chris: Vc cala a boca!
Carol: Chris. - espantada.
Any: EU POSSO SABER O QUE DEU EM VC? - gritou contendo as lágrimas. – NÃO PODEMOS MAIS
FICAR PERTO DO SUPER SENSÍVEL QUE ELE JÁ FICA BRAVO!
Chris: Isso mesmo, grita, esbraveja, fala o que vc quer falar porque é isso que eu to fazendo e já
disse o que queria pra eles agora vou dizer uma coisa pra vc. - encarou Any bem no fundo dos
olhos que controlava as lágrimas. - Parabéns ta? Vc conseguiu jogar até o nosso pai contra mim.
Any: Chris não queria jogar eles contra vc eu...
Chris: Ah esqueci que vc é a santa da família agora, me desculpa madre Teresa.
Any: Chris me escuta uma vez, por favor.
Chris: Não muito obrigado, não to afim de ouvir mentiras e não chora ok? Isso não combina com
vc.
Any: Eu choro se eu tiver vontade. - esbravejou sem conter as lágrimas.
Chris: Problema é seu então, só faz o que quer mesmo. - dando de ombros. - Mas eu vou nessa. -
e saiu batendo a porta quando passou pela mesma.
Any abaixou a cabeça chorando, Carol se aproximou dizendo:
- Filha, ele...
Any: Ele me odeia.
Carol: Ele só esta zangado não é verdade querido? - encarando o marido.
Julio César: É filho, isso vai passar.
Any: Não vai, ele vai me odiar pra sempre e a culpa é minha.
Carol: Filha...
Any: Eu vou subir, prefiro ficar sozinha. - e subiu correndo.
Quando bateu a porta do quarto Any se deitou chorando e Caspian apareceu dizendo:
- Any não fica assim.
Any: Não me pede isso. - respondeu soluçando o encarando brava.
Caspian: Mas é a verdade, de que adianta ficar assim?
Any: Eu desisti esta bem? Vcs conseguiram me derão uma lição, já paguei por ela agora chega.
Caspian: Do que esta falando? - sem entender.
Any: Que eu não agüento mais, se eu tenho que ir embora em três dias que eu vá agora de uma
vez, o que mais vcs querem?... Deixa meu irmão me ofender mais um pouco? - soluçando.
Caspian: Não é isso.
Any: Então o que é? Uma prova, um desafio? Eu perdi Caspian, me leva embora de uma vez.
Caspian: Não posso.
Any se deitou e socando o travesseiro disse:
- Então vou ficar aqui trancada no quarto até chegar o dia 25.
Caspian: Também não pode fazer isso!
Any: E quem vai me impedir?... Vc?
Caspian: Não, mas acha que sua mãe, Poncho e seus amigos não vão fazer nada se vc ficar
trancada aqui até o Natal?
Any: Eu não agüentou mais isso Caspian... Me ajuda!
Caspian: E o que eu posso fazer?
Any: Não sei, mas não quero que todos me odeiem... Não quero!
Caspian: Eles não te odeiam.
Any: Meu irmão me odeia, sempre vai me... Odiar.
Caspian: Não vai não.
Any: É claro que vai... Me odeia.
Caspian: Any...
Any: Me deixa sozinha? Por favor!
Caspian assentiu e sumiu. Any deitou na cama chorando, não era justo depois de tudo o que
aconteceu ter que ir embora pra sempre.
Um tempo depois quando Poncho chegou na casa de Any, Carol abriu a porta e disse ao vê-lo:
- Que bom que vc veio.
Poncho: O que aconteceu?
Carol: Chris e Any brigaram outra vez, ele saiu furioso e ela ta trancada no quarto, não para de
chorar e não quer sair.
Poncho: Mas que droga eu pedi pro Chris parar de infernizar ela.
Carol: Em partes foi culpa minha e do Julio César, digamos que provocamos o Chris e a Any
chegou numa hora errada.
Poncho: Eu sei ele anda meio irritado, bem irritado pra falar a verdade.
Carol: É sim, sem contar que não perdoa a Any pelo que aconteceu.
Poncho: Eu sei, vou falar com ela ver o que posso fazer.
Carol: Vai sim, vai fazer bem pra ela ver vc.
Poncho: Com licença então.
Carol assentiu e Poncho subiu.
Any estava deitada de olhos fechados ainda soluçava um pouco quando sentiu alguém acariciar
seus cabelos, estranhando perguntou:
- Mãe o que... Poncho?! - vendo ele na frente dela.
Poncho: Por que essa carinha? - acariciando seu rosto.
Any abaixou a cabeça e Poncho disse segurando seu rosto entre as mãos:
- Não precisa me responder, sua mãe contou o que aconteceu.
Any: Eu nunca vou conseguir o perdão do Chris né?
Poncho a abraçou acomodando a cabeça dela no seu peito e respondeu:
- Ele te vai te perdoar um dia meu amor, não fica assim.
Any: Ele nunca vai perdoar as coisas que eu fiz.
Poncho: É claro que vai todos perdoaram. - a soltando.
Any: Mas eu não afetei a vida de vcs como afetei a dele, eu era um monstro Poncho.
Poncho: Mas agora não é mais e Chris vai se dar conta disso.
Any: Vc jura que nunca vai sentir raiva de mim?
Poncho: Princesa como eu vou odiar vc? Isso não tem lógica.
Any: Eu te amo muito.
Poncho: Eu também... Demais!
Any: Me desculpa?
Poncho: Pelo que?
Any: A gente combina de sair, vc vem aqui e olha como eu to.
Poncho: E quem disse que eu ligo?
Any: Vc não liga então? - limpando o rosto.
Poncho: Não sabe por quê? - ela negou. - Porque adoro ficar com vc, cuidar de vc melhor dizendo.
Any sorriu e lhe deu um beijo e um abraço, quando se separaram ela disse sorrindo:
- Eu vou me arrumar e a gente sai ok?
Poncho: Ta bom!
Any: Já volto. - se levantanou sorrindo.
Poncho a puxou lhe dando mais um beijo e em seguida Any foi pro banheiro se arrumar. Minutos
depois voltou e Poncho disse sorridente completamente encantado:
- Vc ta linda!
Any sorriu sem jeito e saiu com Poncho em seguida.
Mais tarde quando chegaram no orfanato, Sara perguntou:
- Any vc ta bem?
Any: Uhum por que ta perguntando isso linda? - sorrindo.
Sara: Vc parece triste.
Any encarou Poncho que sorriu dando de ombros e respondeu:
- Eu to bem querida, não se preocupa não ta?
Sara assentiu e Felipe chegando perguntou:
- A gente vai ensaiar Any?
Any: Vamos sim!
Poncho: Mas e ai como vcs dois estão que nem vieram falar comigo? - cruzando os braços.
Sara: Desculpa Poncho. - indo no colo dele.
Poncho: Só se vc me der um beijo. - sorrindo.
Sara o beijou no rosto e quando foi pro chão Poncho perguntou:
- E vc rapaz não fala mais comigo?
Lipe: Perdão Poncho, como vc ta bem?
Poncho: Bem e vc?
Lipe: Também to bem.
Any: Vcs podem me fazer um favor? - os dois assentiram. – Chamem as outras crianças e pedem
pra ficar prontas que a gente vai ensaiar daqui a pouco.
Sara e Lipe concordaram e saíram correndo. Any se virou pra Poncho e perguntou:
- Já disse que eu te amo muito?
Poncho: Disse, mas foi a mais ou menos umas duas horas atrás.
Any: Pois saiba de novo e mais uma vez que eu te amo muito viu. - o abraçando.
Poncho: Eu também te amo meu amor. - e a beijou.
Any: Obrigada por ter me proporcionado um passeio tão bom.
Poncho: Eu que agradeço por ser uma compainha tão encantadora.
Any: Não quero perder vc querido.
Poncho: Vc não vai me perder.
Any: Promete?
Poncho: Prometo, sempre vai estar aqui... - colocou a mão dela no seu coração. - No meu
coração.
Any sorriu e lhe deu mais um beijo a abraçando em seguida. Um tempo depois Any se reuniu com
as crianças e ensaiaram o resto da tarde enquanto Poncho conversava com Juliana.
No outro dia Mai acordou sorrindo e quando viu o médico o mesmo perguntou:
- Pronta pra voltar pra casa?
Mai: Com certeza não agüentava mais ficar aqui.
- Então se arrume que dentro de alguns minutos seus pais e seu namorado estão vindo busca-la.
Mai: Ok. - animada.
Quando o médico saiu, Mai se levantou e começou a se arrumar.
Na casa de Any a mesma desceu a escada correndo e perguntou:
- Chris...?
Chris: Que é? - se virando pra ela.
Any: Ta indo buscar a Mai no hospital?
Chris: Estou sim.
Any: Posso ir com vc?
Chris: Não é melhor ficar por aqui?
Any: Por favor, comprei uma cesta de frutas pra ela e queria levar.
Chris: Eu entrego. - frio.
Any: Se não for pedir demais queria entrega-las pessoalmente.
Chris resmungou algo e respondeu:
- Ok, vamos de uma vez antes que eu mude de idéia.
Any: Ok, obrigada, espera só eu ir buscar a cesta.
Chris cruzou os braços e Any saiu correndo na direção da cozinha, voltou minutos depois com a
cesta nas mãos e perguntou animada:
- Vamos então?
Chris concordou com a cabeça e os dois saíram em direção ao hospital.
Minutos depois quando chegaram no hospital, Chris abriu a porta dizendo:
- Nossa isso é vontade de ir embora.
Mai: Nem me fale, meus pais tão acertando as coisas com o médico.
Any: Bom dia flor do dia. - entrando animada com a cesta de frutas.
Mai: Any que bom que veio... Cadê os outros? Não vão entrar?
Chris: Ela veio comigo. - respondeu de má vontade.
Mai: Com vc? - surpresa.
Any: Uhum e esse aqui é meu presente pra vc, mas não de Natal ok? E sim de recuperação ta?
Mai: Nossa obrigada. - pegando a cesta. - Como sabe que adoro frutas? Principalmente essas que
colocou?
Any: Digamos que uma certa pessoa ruiva me ajudou. - sorrindo.
Chris: É uma cena engraçada Dul ajudando Anahí a comprar um presente pra minha namorada,
presente que ela entrega agora pessoalmente no hospital. - irônico.
Any: Por que esse tom irônico? - perguntou séria.
Chris: Porque a dois meses atrás isso seria algo impossível de acontecer, um verdadeiro milagre.
Any: É pra quem não acredita em milagre as coisas são assim mesmo Christian. - rebateu.
Mai percebendo que o clima estava ficando tenso forçou um sorriso e disse animada:
- Nossa até damasco vc colocou aqui no meio, que delícia, me ajuda a abrir a cesta Chris?
Chris desviou seu rosto de Any e perguntou encarando Mai:
- Não é melhor comer em casa?
Mai: Ah não! Chegando em casa meus tios vão estar me esperando vão querer saber como estou
ai mais tarde tem o amigo secreto no orfanato, a festinha depois, não vou ter tempo.
Any: Então tem toda a razão e consentimento em comer aqui mesmo.
Chris a encarou sério como se a mandasse calar a boca e se aproximando da cama ajudou Mai a
abrir a cesta, que desfrutou seu damasco como uma criança saboreia uma barra de chocolate.
Não demorou pros outros também chegarem trazendo flores e um ursinho de pelúcia à Mai que
saiu do hospital feliz e na compainha dos amigos e dos pais.
Mais tarde quando todos voltaram a se encontrar no orfanato acompanhados de Caspian, Carol,
Julio César, Beatriz, Vitor, Lívia e até Léo que entrara na brincadeira. Juliana disse sorrindo:
- Acho melhor irmos lá na frente, as crianças estão ansiosas pra entregarem e receberem seus
presentes.
Dul: Vamos sim! - sorrindo animada.
Juliana: Mas antes queria agradecer pela ajuda que vcs deram à mim e a Luz pra comprarmos os
presentes de todas as crianças.
Any: Não precisa agradecer.
Nisso a Dupla Dinâmica, Sara e Felipe chegaram e o mesmo perguntou:
- Vamos lá logo.
Juliana: Ok, vamos!
O pessoal sentou nas cadeiras misturados com as crianças e a primeira se levantou revelando seu
amigo secreto e assim sucessivamente. Sara foi tirada por uma menina e conseguiu a boneca
gigante, maior que ela que andava, presente entregado secretamente por Any. Felipe ganhou de
sua amiga uma bicicleta, presente comprado secretamente por Poncho. E Lívia ganhara os patins
que queria sabendo que fora conseguido com a ajuda dos pais. No fim todas as crianças
ganharam o que desejaram com a ajuda de Any, Poncho e companhia. No fim das entregas Juh
foi na frente dizendo:
- Bom como diretora eu começo o amigo secreto.
Mai: Fala ai quem vc tirou?
Juliana: Meu amigo secreto é um homem, um rapaz que eu conheci quando ele começou a
freqüentar o orfanato...
Mai: Ou é meu namorado ou o Ucker ou o Poncho. - sorrindo animada.
Dul: Mai! - chamou a atenção dela sorrindo.
Juliana: Continuando, assim que ele entrou fez muito sucesso com as crianças principalmente
com as meninas que só conseguiam chamar ele de “tio Úqui”.
Ucker se levantou sorrindo e abraçou Juliana que entregou seu presente, depois de pegar e abri-
lo revelando uma camiseta, ele agradeceu e pegando seu presente disse:
- Bom! Meu amigo secreto é um homem propriamente dito, não tenho muito o que falar dele, mas
só posso agradece-lo por ter contribuído pra que um dos meus melhores amigos chegassem ao
mundo e agradecer também pela quase surra que ele me deu quando eu disse que casaria com a
filha dele e seria seu genro, afinal se não fosse por isso não teria minha namorada, nem Poncho a
namorada dele... Vem pra cá Julio. - sorrindo.
Julio César se levantou e abraçou Ucker dizendo:
- Se ele não tivesse 09 anos quando disse que seria meu genro eu poderia ter considerado a
idéia.
O pessoal riu e depois de abrir seu presente revelando uma agenda eletrônica, Julio disse:
- Meu amigo secreto é uma mulher, uma garota podemos dizer assim, eu a conheço faz pouco
tempo, mas tive um imenso prazer em ter ajudado ela a se mudar quando chegou aqui né
Mariana?
Mah se levantou sorrindo surpresa e se aproximando abraçou Julio agradecendo o vestido que
ganhara de presente. Respirou fundo e disse:
- Meu amigo secreto eu conheço faz pouco tempo...
Any: Ah jura? - colocando as mãos na cintura e todos riram.
Mah: Ele é um amigão mesmo, bonito, charmoso e bastante tímido, mas eu acabei gostando dele
quando o conheci (Poncho sorriu animado) e até pedi ajuda à uma amiga pra ficar com ele, amor
(encarou Léo) desculpa não fica com ciúmes não ta, mas meu amigão é vc Caspian. - sorrindo.
Caspian se levantou sorrindo surpreso por tudo aquilo, abraçou Mah e agradeceu a camisa branca
que ganhou contendo até uma emoção pelo primeiro presente de um humano que ganhava.
Agradeceu e quando Mah sentou disse:
- O que posso dizer do meu amigo secreto é que ele é um homem muito trabalhador com uma
família muito bonita e como isso já entrega quem é ele, vem cá Vitor.
Vitor se levantou sorrindo e quando abriu seu presente disse surpreso:
- Um quadro da minha família?
Caspian: Pra vc nunca se esquecer da sua família e do amor que une vcs.
Vitor sorriu surpreso diante do presente logo após ter se reconciliado com seus filhos, guardou
seu presente e pegando o que entregaria disse:
- Bom a minha amiga secreta eu conheço há bastante tempo, mas não tenho muito contato,
apesar de temos conversado algumas vezes sobre trabalho ainda mais agora que nossos filhos
estão juntos (Carol sorriu) é vc mesma Carol. - sorrindo.
Quando ambos se abraçaram e Vitor entregou seu presente, Carol agradeceu o perfume e disse:
- Bom meu amigo secreto é um garoto, eu não conheço ele muito, exceto por algumas vezes ter
digamos flagrados ele e minha filha juntos, mas hoje em dia eles são apenas amigos né Léo?
Léo sorriu sem graça quando se levantou e abraçando Carol disse:
- Desculpa ai viu!
Carol sorriu entregando seu presente. Léo agradeceu o relógio e disse em seguida:
- Bom minha amiga secreta eu não conheço praticamente nada, a única coisa que posso dizer é
que ela é mãe de um cara super maneiro e de uma bonequinha muito linda chamada Lívia.
Beatriz se levantou sorrindo e cumprimentou Léo, agradeceu o porta jóias e disse depois:
- Bom minha amiga secreta é uma garota, eu não a conheço muito bem, mas ouvia meu filho falar
muito dela e apesar de termos nos conhecido em um hospital, gostei muito dela e me sinto muito
honrada em ser sua “sogra”. - sorrindo.
Any se levantou sorridente e abraçou Beatriz, agradeceu o pingente que ganhou e quando foi
falar, Dul interveio ansiosa:
- Ai Any diz que vc me tirou vai.
Mai: Fala ai Any quem vc tirou? Fui eu né? - sorrindo.
Any sorriu e respirando fundo disse:
- Bom meu amigo ou amiga secreta é muito mais do um amigo é alguém que me mostrou muitas
coisas novas nesses últimos dois meses, e sentimentos novos também... O que posso dizer a
respeito dele ou dela é que eu o conheço há muito tempo, mas no fundo não conhecia de
verdade. Essa pessoa foi meu presente de Natal quando... - respirou fundo contendo as lágrimas.
- Quando foi à primeira pessoa a me perdoar (Poncho e os outros sorriram emocionados) e me
defender de todos os outros que ainda não acreditavam em mim. Foi nessa hora que eu descobri
o quanto essa pessoa me amava e... O quanto eu sou apaixonada por ela também! Eu posso não
saber o que vai me acontecer amanhã ou depois, mas de uma coisa eu tenho certeza... De onde
eu estiver eu sei que essa pessoa vai ta sempre comigo, porque eu nunca vou esquecê-la assim
como ela não vai me esquecer... Pra terminar, afinal eu acho que todos sabem de quem eu to
falando eu queria dizer que eu te amo muito e agradeço todos os dias por ter vc do meu lado
bebê, vc é tudo pra mim. - encarou Poncho que se levantou emocionado.
O pessoal bateu palmas enquanto as meninas choravam emocionadas, quando se aproximou de
Any, Poncho a abraçou com força lhe dando um beijo apaixonado, beijo que ela retribuiu com a
mesma intensidade enquanto acariciava os cabelos dele. Quando se separaram ele sussurrou:
- Te amo pequena.
Any: Eu também te amo muito gatinho! - disse o abraçando.
Quando se soltaram Mariana, Mai e Dul gritavam enquanto batiam palmas:
- Não valeu foi marmelada, não valeu foi marmelada.
Any sorriu e entregou o presente de Poncho. Ele voltou a beijá-la vendo que ela lhe dera o
perfume que ele adorava e a camisa que ele tanto queria. Quando Any se sentou ele espirou
fundo dizendo:
- Nossa essa foi forte! - o pessoal riu. - Valeu princesa te amo!
Any mandou um beijo pra ele e Mai disse:
- Anda logo menino!
Poncho fez uma careta e pegando o presente disse:
- Meu amigo secreto é uma amiga de longa data, nos conhecemos por acaso um dia desses e
digamos que acabei facilitando o namoro dela com um dos meus melhores amigos... Do nosso
grupo ela é a mais sossegada, mas quando pega pra encher, principalmente quando provocamos
ela a chamando de Maitita. - sorrindo.
Mai sorriu se levantando enquanto o pessoal aplaudia, quando chegou perto de Poncho deu um
tapa nele dizendo:
- Eu não sou assim não.
Dul: Não imagina que calunia.
Mai fez bico e o pessoal tornou a rir. Quando se separaram ela abriu seu presente e agradeceu a
pulseira que acabara de ganhar. Poncho voltou a sentar ao lado de Any abraçando a garota que
lhe deu um beijo. Mai respirou fundo dizendo:
- Bom a pessoa que eu tirei eu também conheço há muito tempo, posso dizer que ela é uma
pessoa leal, que nunca me deixou na mão, uma pessoa que eu sempre pude contar pra tudo e
talvez por isso ela seja tão especial pra mim... Pra terminar quando eu a conheci eu de cara a
chamei de ruiva bagunceira e não que até hoje ela lembra e briga comigo quando eu a chamo
assim? Né ruiva bagunceira? - rindo com o resto do pessoal.
Dul se levantou e abraçou a amiga com força enquanto o pessoal aplaudia. Abriu o presente e
agradeceu por ter ganhado a saia com a blusa que havia adorado quando viu na loja do shopping.
Assim que Mai se sentou, Dul respirou fundo dizendo:
- Bom, meu amigo secreto ou amiga é alguém que eu também conheço há bastante tempo, é uma
pessoa muito bacana, com um gênio super difícil, mas bacana! (o pessoal sorriu) No começo foi
um amigão me dando muitos conselhos e me ajudando a amadurecer muito e apesar das coisas
que aconteceram eu gostaria que vc soubesse que eu te adoro muito Chris. - sorrindo.
O pessoal tornou a aplaudir quando Chris se levantou pra pegar seu presente. Quando abriu
agradeceu a colônia que havia ganhado e Dul disse:
- Foi a Mai quem ajudou na escolha.
Chris: Valeu mesmo assim. - sorrindo agradecido.
Dul sorriu de volta e se sentou ao lado do namorado.
Chris respirou fundo e disse:
- Bom só faltam duas pessoas, então sabem que minha amiga secreta é uma mulher que eu
conheço há pouco tempo, é uma pessoa bacana, gentil e com um jeito incrível pra criança apesar
de ser uma adolescente que adora sair, bom minha amiga é vc Luz.
Todos aplaudiram e assoviaram quando Luz se levantou e abraçou Chris. Agradeceu o vestido que
ganhou e quando ele se sentou disse sorrindo:
- Acho que todo mundo inclusive a pessoa sabe quem eu tirei, mas queria dizer que gosto muito
dela, a conheci quando cheguei pra trabalhar aqui de voluntária com mais 6 pessoas,
infelizmente eu fui a única dessas seis pessoas que sobrou aqui, mas não me arrependo...
Aprendi muita coisa com ela e queria agradecer vc Juliana por ser esse anjo, em meu nome e
acho que de todos aqui queria dizer que te adoro muito.
Juliana sorriu emocionada enquanto o pessoal aplaudia, quando se aproximou na frente disse:
- Voltei, até que enfim, achei que nunca ia ser chamada.
O pessoal riu e Juliana abriu seu presente agradecendo o perfume e o relógio que ganhara.
Rapidamente o pessoal guardou os presentes e foi brincar com as crianças, indo embora à noite.
Rapidamente o pessoal guardou os presentes e foi brincar com as crianças, indo embora à noite.
De madrugada Any estava sentada no chão da praia brincando com um pauzinho fazendo
desenhos abstratos na areia enquanto encarava o mar.
Any: O que ta fazendo aqui? - perguntou e virou o rosto encarando Caspian.
Caspian: Não acha que é perigoso ficar na praia uma hora dessas?
Any: Em... (encarou a hora no celular) 23 horas e 56 minutos eu não vou estar mais aqui, então
não me importa muito o que vai acontecer durante esse tempo.
Caspian: Any...
Any: É tão triste lembrar dos lugares que durante a minha vida inteira eu sonhei conhecer e saber
que não vou conseguir fazer isso. - encarando o mar com o olhar perdido.
Caspian: Any não é bom pra vc falar assim.
Any: Mas é verdade. - sorriu triste. - Até desse mar que eu quase não aproveitei nesses 18 anos
eu vou sentir falta... Pra onde eu vou tem mar Caspian? - encarando-o.
Caspian: Olha é melhor parar com esse assunto e voltar pra casa, porque veio aqui?
Any: Eu não conseguia dormir, acho que queria aproveitar minhas últimas horas! Engraçado isso
né? Acho que sou a única pessoa no mundo que sabe a hora certa que vai morrer. - sorrindo.
Caspian: Vc esta estranha porque ta agindo assim? Pensei que reagiria de outra forma.
Any: Outra forma como? Chorando? Xingando? Me culpando? Não... Isso eu fiz durante esses dois
meses Caspian, acho que me conformei e talvez até mereça isso mesmo.
Caspian: Eu não acho que mereça, vc se esforçou conseguiu o perdão de praticamente todos.
Any: De praticamente todos pra realmente todos, há uma grande diferença e é por essa diferença
que eu to condenada a ir embora, morrer no melhor das palavras.
Caspian: E se alguma coisa acontecer?
Any: O que? Papai Noel vai bater em casa e me entregar o perdão do Chris de presente?
Caspian: Vc não muda mesmo né? Sempre irônica! - disse admirado.
Any: Talvez em algumas coisas eu tenha mudado sim!
Caspian: É vc mudou muito e ajudou muitas pessoas.
Any sentiu os olhos marejarem, mas balançando a cabeça disse:
- Eu prometi que não ia chorar e é isso que eu vou fazer. - respirou fundo.
Caspian: Eu vou ficar aqui com vc até amanhecer depois disso só vamos nos ver à noite.
Any: Porque não fica em casa e participa da ceia? Minha mãe perguntou de vc.
Caspian: Pode ser, por enquanto só posso te desejar boa sorte.
Any: Obrigada por isso e por ter ficado comigo nesses meses me ajudando, se não fosse por vc eu
teria desistido na primeira tentativa.
Caspian: Eu sei!
Any sem agüentar abraçou Caspian com força tentando conter as lágrimas em vão.
O domingo, 24 de Dezembro, véspera de Natal amanheceu ensolarado e muito bonito pra alegria
de muita gente, principalmente das crianças ansiosas por seus presentes.
Carol fechou a porta com o pé enquanto segurava várias sacolas ao mesmo tempo, quando estava
indo pra cozinha encontrou com Chris que perguntou:
- Tudo isso vai virar comida pra ceia?
Carol: Claro afinal hoje a casa vai estar mais cheia do que nunca.
Chris: Quer ajuda? - se aproximando.
Carol: Ah obrigada! - entregando as sacolas à ele. - Sua irmã ainda ta dormindo?
Chris: Deve estar! - respondeu indiferente.
A porta se abriu e Any entrou, dando de cara com a mãe e o irmão, forçou um sorriso e disse:
- Oi!
Carol: Já de pé filha? Ou... Vc nem dormiu aqui?
Any: Dormi, mas sai cedo.
Carol: Ta tudo bem? Vc ta estranha.
Any: Ta sim... Eu sou subir, depois a gente se fala.
Carol: Ta! - assentiu.
Any subiu correndo e se trancou no quarto, tomou um banho e mesmo jurando o contrário não
conseguiu conter as lágrimas. Cerca de meia hora depois quando desceu graças aos berros da
mãe, perguntou surpresa dando de cara com Poncho:
- O que vc ta fazendo aqui?
Poncho: Fiquei com saudades. - estendendo a mão pra ela.
Any pegou na mão dele terminando de descer a escada e Poncho a abraçou com força dizendo:
- Sonhei com vc princesa! Agora eu sei que meu mal pressentimento tinha haver com vc.
Any: Mal pressentimento? - perguntou se soltando dele intrigada.
Poncho: Uhum, graças a um sonho que eu andei tendo e hoje tive a confirmação.
Any: Não to entendendo.
Poncho: Desde a noite do acidente da Mai sonho com vozes, como se pedissem ajuda, mas não
conseguia ver o rosto... Hoje consegui! E era o seu rosto que eu via enquanto se afastava de mim.
Any se surpreendeu com o sonho e mais ainda quando Poncho disse acariciando seu rosto:
- Era como se vc fosse embora da minha vida pra sempre!
Any: Que bobagem! - forçando um sorriso descontraído.
Poncho: Fiquei com medo, sei que é bobagem, mas mesmo assim fiquei com medo e resolvi vir te
ver pra saber se tava tudo bem e matar as saudades. - sorrindo sem jeito.
Any sentiu os olhos brilharem pelas lágrimas e antes que caísse no choro outra vez abraçou
Poncho com força dizendo:
- Não é bobagem meu amor, muitas vezes tive medo de vc me deixar.
Poncho: Eu também e não sei o que foi pior ver vc longe de mim com outros garotos ou a vez em
que desapareceu no acampamento.
Any: Mas isso já passou eu to aqui com vc. - sorrindo acariciando seu rosto.
Poncho: Jura pra mim que nunca vai me deixar? - a encarando intensamente.
Any: Eu juro. - respondeu com a voz embargada sabendo que não poderia cumprir aquela
promessa.
Poncho em resposta sorriu o que aqueceu o coração de Any fazendo-a pensar por alguns
segundos que nem tudo estava perdido. Abraçou o namorado com força e o beijou com paixão
sendo correspondida com a mesma intensidade da parte dele que saboreava os lábios dela
tornando o beijo doce e apaixonado.
Um tempo depois Poncho foi embora visitar uns amigos com os pais e Lívia, prometendo voltar
mais tarde e participar da festa à noite. Any então sentou no sofá e ficou até a mãe chama-la
dizendo:
- Filha pode me ajudar aqui na cozinha um minuto?
Any: Ah claro mãe! - respondeu se levantando.
Carol: Poncho volta que horas?
Any: Mais à noite. - forçando um sorriso.
Carol: Ta tudo bem querida?
Any: Uhum! - mentiu e se dirigiu pra cozinha. - O que quer que eu faça? - perguntou parando em
frente a pia com as mãos apoiadas na mesma.
Carol: Como não temos uma empregada, apenas a diarista e vc sabe que eu gosto de cozinhar,
gostaria muito se vc topasse me ajudar a cozinhar o frango pra ceia e fazer o recheio.
Any: Ta bem, eu ajudo sim.
Carol: Ótimo! - sorriu e entregou uma listinha pra ela. - Pode tirar da geladeira o que ta nessa
lista?
Any assentiu e encarando a lista abriu a geladeira vendo um dos ingredientes perguntou:
- Vai rechear o peru com peixe mamãe? - fazendo uma careta.
Carol: Qual o problema?
Any: Isso fica bom?
Carol: É claro que fica e não vai ter só o peixe.
Any: Aposto que tirou esse recheio de peru com peixe da internet né? - com as mãos na cintura.
Carol: É! - assumiu sorrindo meio relutante.
Any revirou os olhos e rebateu:
- Ok, vou te ajudar nesse recheio sem reclamar, mas se ficar ruim vou dedar a fonte hein.
Carol: Vc vai me pedir a fonte depois que experimentar.
Any: Ok, vamos ver se eu vou pedir mesmo. - respondeu sorrindo pra se entristecer em seguida
sabendo que provavelmente não provaria nada daquela ceia.
Chris descia as escadas quando a campainha começou a tocar, abriu a porta e sorrindo
perguntou:
- Oi meu amor como vc ta?
Mai: Bem e vc?
Chris: Bem, melhor agora, mas vamos lá pro meu quarto. - pegando na mão dela.
Ambos subiram de mãos dadas e quando Chris fechou a porta perguntou:
- O que traz a minha bela morena aqui pra minha casa no meu humilde quarto?
Mai: Huh! - comentou sorrindo. - Vim ti ver, fiquei com saudades!
Chris: Hum, bom saber. - sorrindo e a abraçou lhe dando um beijo.
Mai: Ta todo mundo em casa? - sorrindo acariciando seu rosto.
Chris: Meu pai ta trabalhando, mas volta até umas 4 horas e minha mãe com minha querida
irmãzinha estão cuidando da ceia. - irônico.
Mai: Chris por que essa ironia? - séria se afastando dele.
Chris: Talvez porque eu não curta fingimentos? - bravo.
Mai: Quando vai por na sua cabeça que a sua irmã mudou?
Chris fez uma cara feia e tentando se conter rebateu:
- Nunca porque acreditar que ela mudou é o mesmo que achar que papai noel existe.
Mai: Eu não entendo como pode depois de todo esse tempo ainda não acreditar nela.
Chris: Mai chega!
Mai: Mais Chris...
Chris: Chega Mai, não quero mais falar disso.
Mai: Esta bem, mas não acha que devia aproveitar esse clima pra se entender com ela?
Chris: Não porque não sou um hipócrita entendeu?
Mai: Entendi.
Chris: Mais vamos mudar de assunto que eu não quero brigar com vc.
Mai: Ta bem. - concordou sem escolha.
Chris se sentou na cama e a puxando perguntou:
- Senta aqui me conta como estão seus pais?
Mai sentou e respondeu a pergunta dele mudando de assunto.
Um tempo depois lá embaixo na cozinha Any perguntou:
- Já posso ir então mãe?
Carol: Já sim querida e obrigada pela ajuda.
Any: De nada!
Carol: Pode ir tomar um banho porque vc ta toda desarrumada.
Any: Ok. - assentiu sorrindo e saiu da cozinha.
Um tempo depois Poncho voltou e foram pro orfanato entregar os presentes das crianças junto
com os amigos exceto Caspian que segundo Any estava com os pais.
Juliana: Eles estão tão felizes. - sorrindo saudosa.
Poncho: Nós também.
Dul: E a Lívia não teve jeito Poncho?
Poncho: Não, na hora que eu disse que vinha entregar os presentes ela perguntou se não ia
ganhar o dela junto, na hora que a minha mãe disse que não foi difícil segurar as lágrimas dela.
Juliana: Criança são assim mesmo e não dava pra traze-la sem dar o presente dela.
Mai: É, Ju tem razão. - sorrindo.
Ucker: Só não entendi porque a Any insistiu tanto pra darmos os presentes hoje, não seria
melhor entregar amanhã ou hoje à noite depois da apresentação deles?
Mai: É, mas Any disse que à noite vai ta muito corrido, então é melhor entregar agora de uma
vez.
Juliana: É melhor assim, com a entregar dos presentes agora, eles relaxaram um pouco, estavam
muito nervosos antes de chegarem.
Poncho: É Any teve uma boa idéia. - sorrindo orgulhoso da namorada.
Dul: Falando nisso cadê ela e o Chris?
Mai: Será que estão brigando?
Ucker: Não! Chris ta ali com a Luz olha. - apontando. - Já a Any não sei.
Juliana: É, mas não foi só ela quem sumiu... Sara, Lipe e Lívia também.
Poncho: Aposto que se acharmos um, achamos os quatro. - sorrindo.
Any fechou a porta do quarto depois de colocar as crianças pra dentro e observar se ninguém
mais vinha aqui. Passou o trinco na porta e ouviu Lipe dizer:
- Aqui é o quarto das meninas Any!
Any se virou encaramndo as três crianças que a olhavam e respondeu:
- Eu sei Lipe, mas trouxe vcs três aqui porque tenho um segredo pra contar pra vcs.
Lívia: Que segredo? - curiosa.
Any: Um segredo só nosso que vcs não vão poder contar a ninguém me prometem?
Os três assentiram e Any se ajoelhando na frente deles disse:
- Vai acontecer uma coisa muito ruim comigo e quero que me façam um favor.
Sara: Que coisa ruim? - preocupada.
Any abaixou a cabeça tentando encontrar um jeito de explicar às crianças tão pequenas o que
aconteceria com ela e o que queria que fizessem. Respirou fundo e respondeu:
- Hoje à noite eu vou dormir bem na hora das trocas de presente.
Lipe: Por que?
Any: Porque eu tenho que dormir, então eu quero que na hora que todo mundo tiver trocando os
presentes e vcs ganharem os seus...
Sara: Vamos ganhar mais presente?
Any: Sim um presente especial que eu demorei muito pra conseguir, pra cada um de vcs então
quando vcs virem que todos estão ganhando presentes vcs entregam essas cartas (colocou uma
carta na mão de cada um deles) pra pessoa que ta com o nome ai ok? E essa pessoa vai entregar
o meu presente pra vcs combinados?
Lívia: Ta eu entendi.
Any: Ok, agora guardem essas cartas e não contem a ninguém o que a gente conversou ta?
Eles assentiram e Sara e Lipe depois de olharem os nomes nas cartas as guardaram.
Lipe: Any por que...
Any: Os donos dessas cartas são muito próximos de vcs e vcs gostam muito deles não gostam?
Sara: Uhum e eles também gostam muito da gente.
Any: Eu também gosto muito deles, por isso vcs três vão entregar essas três cartas pra essas
pessoas ta bom? Posso contar e confiar em vcs?
Lívia: Pode. - assentiu sorrindo.
Any: Só mais uma coisa que eu queria dizer pra vcs.
Lipe: O que?
Any: Que... Foi muito bom conhecer vcs três esse ano e ter ajudado cada um de um jeito...
Consegui aproximar seu pai de vc Lívia e do Poncho, Lipe não esta mais tão agressivo com as
pessoas e até virou meu amigo (sorrindo pro menino que sorriu de volta pra ela) e a Sara, minha
bonequinha agora pode escutar qualquer tipo de som, inclusive tudo o que as pessoas lhe dizem
podendo assim também se comunicar com elas né? (sorrindo pra menina que assentiu) Mas como
disse ainda tem uma coisa que eu sei que vc querem muito e hoje à noite vcs ter essas coisas eu
prometo.
Any: Porque vou sentir muita falta de todos do orfanato e principalmente de vcs três, mas eu fico
feliz por saber que vcs vão estar bem e felizes quando eui for embora.
Lipe: Embora? - sem entender.
Sara: Pra onde vc vai Any? - se aproximando.
Any: Vcs vão saber logo, logo, mas quero que me prometam que não vão se esquecer de mim que
mesmo as pessoas dizendo coisas feias sobre mim vcs vão continuar gostando de mim ok?
Lívia: Uhum! - assentiu.
Lipe: A gente sempre vai gostar de vc Any.
Sara: Uhum, vc ainda é minha mamãe de brincadeira lembra?
Any assentiu chorando e pediu:
- Podem me dar um abraço bem apertado?
Os três obedeceram e abraçaram Any que retribui os abraçando com força tentando conter em
vão as lágrimas que não paravam de escorrer. Quando os soltou disse enxugando o rosto:
- Ótimo, agora que conversamos vamos voltar porque devem ta procurando a gente ta? - se
levantando e indo pra porta seguida pelas crianças.
Chegando lá fora Juliana comentou ao vê-la:
- Pronto já apareceram, tinha razão Poncho estavam juntos.
Poncho: Não é muita novidade, já volto. - e saiu na direção deles.
Any quando viu Poncho se aproximando disse:
- Lembrem do combinado ok? Agora vão brincar.
As crianças disperçaram quando Poncho a abraçando perguntou:
- Onde estava com eles?
Any: Só dando uma volta! - sorrindo.
Poncho: Tava chorando? Ta com os olhinhos vermelhos.
Any: Não, não deixei eles pintarem meu rosto e na hora de lavar ardeu um pouco os olhos, acho
que a tinta acabou pegando onde não devia e ficou assim. - mentiu.
Poncho assentiu não muito convencido, mas achou melhor não dizer nada, simplesmente abraçou
a namorada e a beijou apaixonado.
À noite Any estava descendo as escadas quando disse espantada:
- Já são onze horas!
Caspian: Passa rápido não?
Any: Muito. - abaixando a cabeça triste.
Caspian: Vai dar tudo certo! - respondeu tranqüilamente.
Any: Ah com certeza. - terminando de descer as escadas. - Eu já volto! - e saiu pro jardim.
Viu os amigos, exceto Poncho numa mesa. Quando estava se aproximando Chris se levantou indo
na direção dela. Achou que ele lhe diria algo, mas se decepcionou quando ele passou por ela lhe
transmitindo um olhar gelado. Por impulso segurou-o pelo braço e perguntou:
- Posso falar com vc?
Chris: Não estou interessado em te escutar.
Any: Chris, por favor...
Chris: Me deixa Anahí! - respondeu frio se soltando.
Any: Eu só queria dizer... Me desculpa por não ter sido uma boa irmã pra vc.
Chris: Guarde seus discursos pra quando precisar deles. - e saiu.
Any abaixou a cabeça contendo o choro e se dirigiu à mesa, quando se sentou Léo perguntou:
- Ta tudo bem Any?
A mesma negou com a cabeça começando a chorar, Mai se levantou e perguntou:
- O que o Chris te disse?
Any: Nada, ele nem quis me ouvir, talvez se tivesse teria algo a dizer.
Dul: Any esquece um pouco dele, é Natal amiga! - e se assustou quando Any começou a chorar
mais.
Mariana: Any o que vc tem ta nos preocupando. - se aproximando séria.
Any: Me... Prometam uma coisa? - encarando todos na mesa.
Mai: Claro o que foi?
Any: Quero que me perdoem pelas coisas horríveis que eu fiz pra vcs... Por ter te infernizado Mai,
por ter destruído o namoro de vcs (encarando Ucker e Dul), por eu ter te usado pra conseguir o
que eu queria Léo e ter te odiado gratuitamente sem vc merecer Mah.
Ucker: Any esquece isso, nós já perdoamos vc faz tempo, esta tudo bem agora. - sorrindo.
Any: Não, não ta, quero que me prometam que não vão me odiar pelas coisas que eu fiz.
Léo: Nunca vamos odiar vc Any, muito menos depois de tudo o que fez.
Dul: É se estamos juntos é graças a vcs.
Any: Eu não fiz mais que a minha obrigação.
Mai: Mesmo assim, gostamos muito de vc e queremos que saiba disso.
Any assentiu sorrindo entre as lágrimas pros amigos que tinha feito e em pouco tempo perderia.
Dentro da casa, Carol perguntou:
- Não esta tudo tão incrível? As crianças do orfanato, nossos amigos, os amigos dos nossos filhos,
acho que esse é o melhor Natal da minha vida. - sorrindo contente.
Julio César: É sim querida, com certeza o melhor. - sorrindo e a abraçou.
Quando se soltaram Carol perguntou:
- Me ajuda a levar essas coisas lá fora?
Julio César: Claro meu amor. - sorrindo.
No jardim Any chorava andando de cabeça baixa até trombar com alguém.
Poncho: Meu amor o que foi por que ta chorando? - segurando o rosto dela entre as mãos.
Any: Nada não.... Acho que esse clima de Natal, mexeu... Comigo. - sorrindo entre as lágrimas.
Poncho sorriu ternamente pra ela e disse a abraçando:
- Vem cá meu anjo.
Foi então que Any começou a chorar de soluçar, lhe machucava intensamente saber que era a
última vez que iria abraçar Poncho que nunca mais ia ficar assim com ele, se pudesse parar o
tempo pediria pra nunca mais sair de torno daqueles braços que lhe faziam tão bem.
Any: Me abraça, não deixa eu ir embora Poncho, por favor. - se agarrando à ele.
Ele vendo que ela não parava de chorar ficou preocupado e perguntou:
- Any o que foi? Não chora bebê. - acariciando o rosto dela.
Any: Poncho... - começou em meio aos soluços tentando se controlar. - Eu tenho uma... Coisa pra
te dizer, uma coisa muito importante. - enxugando o rosto enchargado pelas lágrimas que não
paravam de escorrer.
Poncho: O que?
Any: Nunca vou esquecer vc... Nem as coisas que passamos juntos, esse tempo perto de vc valeu
por uma vida inteira, se eu... Pudesse voltar no tempo eu não tinha feito nada do que eu fiz, tinha
te valorizado antes, talvez assim... Eu estaria agora sentindo menos falta de vc.
Poncho: Meu amor não fica assim, olha valeu a pena esperar vc, muito. - acariciando seu rosto.
Any: Me perdoa por todas as coisas horriveis que eu falei pra vc, pelas minhas crises idiotas de
ciúmes e pelas brigas bobas que a gente teve.
Poncho: Princesa não precisa me pedir perdão.
Any: Precisa sim, eu quero que vc saiba que... Tudo o que a gente viveu junto vai ficar guardado
no meu coração e... Eu nunca esqueci do dia que eu conheci vc há um ano, nunca te falei, mas vc
tava lindo de preto. - sorrindo entre as lágrimas.
Poncho: Vc também tava deslumbrande com aquela saia, a blusa decotada e com esse rosto
angelical, me apaixonei por vc naquele momento. - sorrindo.
Any: Será que se eu tivesse me apaixonado por vc naquela noite as coisas agora seriam
diferentes?
Poncho: Seriam, mas eu prefiro como ta agora porque um dos meus desejos foi presenciar um
milagre e vc foi o meu milagre Any, quem há um ano deu sentido há minha vida.
Any: Meu amor me promete uma coisa?
Poncho: O que princesa? - acariciando seu rosto.
Any: Que vc sempre vai lembrar de mim com carinho e vai se apaixonar por outra pessoa se a
gente se separar.
Poncho: A gente não vai se separar gatinha já me pediu isso e já falei.
Any: Mas me promete de novo, por favor. - abaixando a cabeça.
Poncho: Ok eu prometo, mas sei que a gente vai passar o resto da vida juntos. - a encarando.
Any: Te amo... Vc é a coisa que mais me importa nesse mundo! - chorando.
Poncho: Também te amo minha princesa com todo meu coração vc é tudo pra mim.
Ele se aproximou dela sorrindo e aos poucos uniram seus lábios num beijo apaixonado e cheio de
carinho. Pra Any o último de milhares de beijos que trocaram juntos e aquela constatação parecia
uma espada atravessando seu coração. Quando se separaram ela disse tomando coragem:
- Eu... Eu já volto ta? Vou retocar minha maquiagem. - mentiu.
Poncho: Não precisa, vc ta linda querida.
Any: Não devo estar bonita assim eu... Volto logo. - respondeu sabendo que não voltaria.
Poncho assentiu e quando Any se virou, Poncho a segurou dizendo:
- Vou ficar com saudades viu gatinha?
Any o abraçou pela última vez fechando os olhos controlando as lágrimas, lhe deu vários beijos
entre o pescoço e o rosto até encontrar seus lábios onde lhe deu mais um beijo.
- Te amo bebê.
Poncho: Eu também te amo minha linda. - acariciando o rosto dela.
Any: Eu... Já venho. - se afastou andando de costas e se virou antes de lhe mandar um beijo.
Entrou na casa e subiu as escadas correndo, quando fechou a porta se sentou na cama chorando.
- Façam o que tem que ser feito. - sussurrou chorando.
Nesse momento sentiu uma luz nos olhos e Guiadiny disse:
- Vc não conseguiu cumprir a sua missão apesar da ajuda do arcanjo Caspian.
Any: Eu sei, vou queimar no inferno por isso? - encarando os dois anjos.
Guiadiny: Não... Devido aos seus esforços aqui na Terra, vc foi aceita no céu, mas sua vida
terrena acaba aqui! Vc vem com a gente Anahí! - estendendo a mão pra ela.
Any: Não tem outro jeito? - perguntou chorandop à Caspian que negou com a cabeça triste.
Any abaixou a cabeça e um filme pareceu surgir em frente aos seus olhos enquanto chorava, aos
poucos estendeu sua mão e segurou na mão de Guiadiny.
Lá em baixo Poncho sentou na grama ao lado de Mariana, Mai e Dul e perguntou:
- Viram a Any?
Mai: Ela subiu.
Dul: Tava estranha, disse que ia buscar seu presente.
Mah: Acho que ela ficou assim pelas coisas entre ela e Chris não terem se resolvido.
Poncho: Ah ta...
Mai: Mas e vc o que vai dar pra ela?
Poncho então pegou uma caixinha preta e abriu dizendo:
- Sabem o que é isso?
As três ficaram de boca aberta e Dul perguntou:
- Poncho vc vai pedir a Any em casamento?
Poncho: Vou! - sorrindo apaixonado.
Mai: Ai meus parabéns, sinceramente vcs merecem ficar juntos.
Mah: Sem contar que isso vai animar a Any eu morreria do coração se o Léo fizesse isso. -
sorrindo.
Poncho: E vcs não sabem como é bom fazer isso sabendo que vcs acreditaram na Any.
Dul: Depois de tudo tínhamos que acreditar.
Mah: E eu pelo menos nunca achei ela uma pessoa ruim.
Poncho: É só falta o Chris agora.
Mai: Mas ele vai acreditar tenho certeza, conheço meu namorado.
Poncho ficou encarando o anel sorridente imaginando como ele ficaria no dedo de Any, de
repente a caixinha caiu no chão e Poncho sentiu um mau pressentimento. Levantou-se dizendo:
- Meninas vou procurar a Any ok?
Dul: Ta.
Mah: Mas não vai dar o anel sem a gente por perto. - pediu quando ele se afastou.
Poncho entrou na casa e subiu as escadas, quando chegou ao quarto encontrou Carol chorando,
ela quando o viu disse:
- Ai Poncho me ajuda, por favor, não sei o que ela tem.
Poncho viu Any caída no chão, se aproximou depressa erguendo do chão e deitando na cama
dela, Carol chorando pegou na mão da filha dizendo:
- Any querida, por favor, acorda o que vc tem filha?
Poncho: Any! Meu amor acorda. - acariciando o rosto dela.
Carol: Eu vou buscar alguma coisa forte pra ver se ela acorda. - se levantando.
Quando chegou à porta deu de cara com Caspian que disse antes que ela falasse algo:
Carolina, por favor, vá chamar os outros.
Carol: Mas Any...
Caspian: Chame Chris, Ucker, Dul, Mariana, Léo, Mai e seu marido.
Carol: Ta! - e saiu apressada.
Poncho: Caspian vc sabe o que ela tem? - o encarando chorando.
Caspian afirmou com a cabeça, mas não disse nada antes que os outros chegassem. Quando
estavam todos no quarto, surpresos e preocupados em ver Any desmaiada Poncho perguntou:
- Por que ela esta pálida desse jeito? O que ta acontecendo?
Mah: Caspian vc sabe, não sabe?
Caspian fechou os olhos sendo contornado por uma luz branca, todos se assustaram quando
viram a roupa dele se tornar branca com um, sobretudo e asas surgirem atrás dele.
Mai: O que é isso?
Léo: Que maluquice é essa?
Caspian: Desculpem, não queria assustá-los, mas acreditem, sou um anjo.
- Anjo? - repetiram todos surpresos e preocupados.
Julio César: Isso é alguma brincadeira de Natal?
Caspian: Não é nenhuma brincadeira estamos falando muito sério aqui.
Dul: O que ta acontecendo?
Chris: Aposto que isso é coisa da Anahí! - comentou.
Caspian: Tem haver com sua irmã, mas garanto que se dependesse dela isso não estaria
acontecendo.
Chris: Minha irmã adora chamar a atenção, sempre foi assim.
Mah: Chris...
Caspian: E vc não acreditou na mudança dela nem por um minuto certo?
Chris: Não porque eu sou quem a conhece melhor aqui.
Caspian: Conhecia Christian, pois durante todo esse tempo Any falou a verdade, realmente estava
mudada e vc que diz que a conhece bem foi à única pessoa que não acreditou nela e a que
provocou tudo isso... Dizia que por vc ela poderia ter morrido naquele acidente, que se fizesse
alguma armação a mataria, vc conseguiu... A matou.
Carol: Como assim a matou? O que ta acontecendo? - olhando a filha pálida na cama.
Poncho: Ela ta muito gelada!... Any! - chamou ficando com os olhos marejados.
Caspian: Anahí antes do acidente só queria saber de curtir a vida e passar por cima das pessoas
era fria, calculista e egoísta e por isso ela perdeu o direito de viver, era pra ter morrido naquele
acidente, mas a paixão dela pela vida venceu esse castigo e ela recebeu uma segunda chance.
Mai: Uma chance de viver?
Caspian: Sim!
Léo: Meu Deus! - surpreso.
Caspian: Depois de ver o que aconteceria com vcs sem ela aqui, Any se arrependeu, se descobriu
apaixonada por vc Poncho que ela tanto desprezou e um carinho por todos vcs aos poucos nasceu
dentro dela, isso fez com que ela aceitasse o acordo que fizemos.
Julio César: Que acordo? - ainda sem acreditar no que ouvia.
Caspian: Convencer todos vcs que estão nesse quarto de que tinha mudado e eu fui designado a
vir com ela pra terra pra aconselhá-la e ajuda-la nessa tarefa que não foi fácil, mas Any precisava
do perdão de todos até a noite de hoje o que não aconteceu... Todos vcs a perdoaram, mas
Christian não conseguiu fazer o mesmo, o ódio de infância que tem pela irmã não o deixou
enxergar que ela estava mudada e com o final do prazo, meia noite de hoje ela foi obrigada a
voltar.
Ucker: Isso é loucura.
Poncho: Não pode ta acontecendo. - encarando Any chorando.
Carol: Por favor, diz que isso é mentira.
Dul: Isso é um absurdo Caspian!
Caspian: Infelizmente não é mentira, pessoas más merecem ir pro inferno, Any escapou e teve
uma chance, mas precisava do perdão de todos pra continuar viva de hoje até a hora dela chegar
novamente, mas sem o perdão de Chris isso não foi possível, lamento. - e desapareceu triste.
Mai: Eu acho que vou desmaiar. - sentando na beirada da cama.
Mah: Isso é tão surreal.
Ucker: Mas é verdade. - também assustado.
Léo: Por isso ela disse aquelas coisas na mesa.
Poncho: Que coisas?
Dul: Nos pediu perdão pelas coisas que nos fez. - respondeu assustada.
Mai: Por isso, estava aflita, ela sabia o que iria acontecfer, sempre soube. - perplexa.
Carol se levantou furiosa e disse encarando Chris:
- Vc matou sua irmã, ouviu o que ele disse VC A MATOU!
Julio César: Carolina, por favor. - disse a abraçando.
Carol: Vc nunca gostou dela. - chorando.
Chris: ELA NUNCA PRESTOU. - gritou bravo.
Carol: Mas quando quis provar que tinha mudado vc não acreditou, será que nem agora que sabe
que ela mudou vai perdoá-la? É por sua causa que ela esta assim. - apontando Any na cama.
Chris encarou a irmã e começou a chorar mais ainda, virou-se de costas e saiu correndo.
Carol: Volta aqui. - indo atrás dele chorosa.
Julio César: Carolina! - chamou e a seguiu. - Não piora as coisas.
Poncho: Por que isso tinha que acontecer? Por que se não é justo? - chorando com a cabeça
encostada no seu próprio braço segurando com força a mão de Any.
Foi então que a ficha de todo mundo pareceu ter caído, todos perceberam que Any realmente
estava morta, que nunca mais ela se levantaria daquela cama, fazendo as brincadeiras dela,
sendo gentil com todos, com um sorriso contagiante e uma vontade de viver enorme, agüentando
as ofensas caladas apenas pra provar que era outra pessoa e agora que já tinha a confiança de
todos mais reforçada pelas palavras de Caspian ela não poderia curtir, pois uma pessoa não a
perdoou e que engraçado essa pessoa ser o irmão quem mais conviveu com ela enquanto esteve
viva. Mai não segurou as lágrimas e chorou vendo o sofrimento de Poncho ao seu lado e a
injustiça que estava acontecendo, afinal não era justo Any ter provado que era uma boa pessoa
pra morrer e fazer tanta gente sofrer, principalmente Poncho que não se conformava e chamava
por ela o tempo todo. Ucker se aproximou dele e disse colocando a mão esquerda no ombro
direito dele:
- Vc tem que ser forte cara.
Poncho: Não quero ser forte, quero que ela volte... Não é justo depois de tudo o que ela passou
pra provar que mudou depois do que passamos pra ficar juntos, depois do que eu passei isso
acontecer.
Dul: Não fica assim.
Mah: Ela não iria querer ver todos chorando.
Poncho: Agora eu entendo porque ela se entristecia do nada quando tava comigo, ela sabia que
isso podia acontecer, no fundo sabia que hoje íamos nos separar, mas POR QUÊ? - gritou
chorando.
Mai abraçou Poncho por trás também chorando, ele furioso disse:
- Não vou perdoar o Chris, isso é culpa dele. - revoltado.
Mai: Não fala isso, ele não sabia, não...
Poncho: Não quis perdoá-la isso sim. - a encarando com raiva.
Dul: Poncho fica calmo, não adianta ficar assim agora.
Poncho: Parem de falar, eu quero ficar sozinho com ela.
Léo: Mas Poncho...
Ucker: Vamos gente, é melhor. - saindo e levando as meninas e Léo com ele.
Poncho: Meu amor volta, por favor, de que adiantou vc reconquistar meu amor se agora vc ta me
deixando? Se isso for uma brincadeira sua eu não vou ligar, mas volta pra mim princesa.
Sem Poncho saber e sem poder ver Any surgir atrás dele acompanhada por Caspian que disse:
- Só deixei vc voltar porque insistiu muito.
Any: Obrigada. - com os olhos marejados.
Poncho respirou fundo e começou a cantar chamando a atenção dela:
- Saiba que este é meu último pedido... Estou desesperado sigo meus instintos não me resta
muito...
Any: Tempo a favoor. - cantando junto começando a chorar.
Poncho/Any: E antes de ir embora, seguir o meu caminho quero te olhar um pouco e sonhar que
o destino é junto a ti amoor... Fica um segundo aqui e me faz companhia.
Poncho: Y quédate tantito más... Quiero sentirte míaa.
Poncho/Any: Me Abrace! Me abrace... Me abrace! Me Abrace.
No escritório Chris perguntou:
- Como queriam que eu não a odiasse se ela sempre infernizou a minha vida?
Carol: O problema não era com ela Christian é comigo.
Chris: Com vc nada!
Carol: Comigo sim, vc não sabe, mas Julio César sempre quis um filho homem e delirou de
emoção quando vc nasceu, enquanto eu queria uma menina pra poder mimar, cuidar mais
entende? Então fiquei grávida pela segunda vez e veio uma garotinha linda. Só que...
Julio César: Eu ainda preferia vc, era meu orgulho Chris, então sua mãe resolveu se dedicar mais
à Any enquanto eu me dedicava mais à vc.
Chris: Então é por isso que vc sempre me desprezou? Era por isso que vc sempre defendia a
Anahí?
Carol: Sim, eu sei que fiz errado, que isso criou um ciúmes e depois um ódio entre vcs, mas não
sei o que aconteceu pra Any desprezar vc e te odiar... Porque eu me lembro que no começo ela
tentou se aproximar de vc, queria fazer tudo o que vc e seu pai faziam juntos.
Julio César: Mas claro eu não deixava com medo de que ela se machucasse.
Carol: Até que chegou o dia em que ela desistiu e ficou com raiva de vc.
Chris: Do que estão falando? - sem entender.
Julio César: Estamos falando que se sua irmã e vc nunca se deram bem a culpa é minha e sua
filho.
Chris: Isso é uma mentira, ela nunca prestou desde pequena vivia me provocando.
Carol: Será que realmente ela te provocava gratuitamente?
Chris ficou pensativo, mas balançou a cabeça dizendo:
- Vcs estão tentando me culpar pela morte dela.
Carol: Vc ouviu o que Caspian disse, vc não a perdoou, vc a matou. - tentando conter as lágrimas.
Chris: Não acredito em vc, Anahí me odiava e teve o fim que merecia. - disse furioso e saiu.
Julio César: Christian! - chamou em vão.
Quando estava saindo do escritório escutou Lívia dizendo:
- Chris seus pais tão com vc? - ele assentiu enxugando o rosto. - Por que ta chorando?
Chris: Nada não! - disfarçou.
Lívia: Sara os pais dele estão aqui dentro.
Sara então apareceu e perguntou:
- O que foi Chris?
Chris: Nada não, mas o que estão fazendo aqui?
Sara: Eu posso entrar? Tenho uma coisa da Any pra entregar pros seus pais?
Chris: Da Anahí?
Lívia: Uhum, ela pediu pra entregarmos umas cartas quando fosse a troca de presentes.
Sara: E eu tenho essa pra entregar pros seu pais. - mostrando a carta.
Chris viu a ortografia da irmã e deu passagem pra Sara entrar no escritório, quando encarou Lívia
a mesma disse:
- E essa carta é da Any pra vc Chris.
Chris estreitou os olhos quando pegou a carta da mão de Lívia, a garota sorriu e saiu da casa.

Chris...
Quando vc ler essa carta provavelmente eu não estarei mais aqui... Não sei por onde começar,
pois, tudo o que tenho pra escrever aqui já te disse pessoalmente, mas espero que dessa vez,
agora que sabe do que aconteceu comigo e que nunca menti vc ao terminar essa carta acredite
em mim e me perdoe. Vc se lembra de quando eu tinha 03 anos e vc um pouco mais que 05? Vc
foi cavalgar com o papai na nossa antiga fazenda e eu quis ir junto, te pertubei tanto que vc teve
que me contar uma mentira pra me manter quieta, vc se lembra dessa mentira?

Chris fechou os olhos lembrando daquele dia...


[...] Chris: Vc vai parar de me perturbar se eu te deixa cavalgar?
Any: Vo! Pometo! - sorrindo eufórica.
Chris: Então entra ali e se esconde, quando papai chega eu falo pra dexa vc anda de cavalo.
Any assentiu e se escondeu dentro da estrebaria, quando Chris fechou a porta disse:
- Tato o vo fica sozinha aqui? - perguntou com medo.
Chris: Eu já volto, sou seu irmão vou cuidar de vc, pode confia em mim.
Any assentiu e Chris fechou a estrebaria, indo embora, sem intenção de voltar. [...]
Chris fechou os olhos e continuou a ler a carta.

A mentira que me contou foi que voltaria, mas vc não voltou lembra? Cavalgou com o papai por
quase duas horas me deixando lá sozinha. Quando estava achando que não viria mais, a porta da
estrebaria abriu e colocaram um cavalo lá dentro sem me verem. Eu e o cavalo levamos um
enorme susto que fez ele se agitar chamando a atenção do cavalariço e quase me pisoteando, eu
poderia ter morrido aquele dia se o rapaz não tivesse acalmado o cavalo e me tirado de lá. No
fundo eu sabia que vc não tinha feito de propósito, mas meti na minha cabeça que vc não me
queria por perto, que queria ficar com nossos pais só pra vc, então prometi pra mim que não te
deixaria em paz, que já que vc supostamente me odiava eu iria te infernizar sem deixar nossa
mãe ficar com vc, assim como vc não deixava o papai ficar comigo. Com o tempo e conforme
íamos crescendo e nos odiando mais eu comecei a ter certeza de que naquele dia vc quis me
matar, principalmente nos momentos em que eu te provocava tanto que vc dizia que me odiava e
queria me ver morta. Depois do acidente eu me dei conta de que vc não tinha culpa pelo que
tinha acontecido há tanto anos e tentei reconquistar vc, já que precisava disso pra permanecer
na Terra, mas não consegui.
Então agora que tudo acabou e eu não estou mais ai, só posso pedir que vc me desculpe por não
ter conseguido te desculpar por uma coisa de que não era culpado, demorei muito pra entender o
que houve e quando entendi já era muito tarde, mas nunca é tarde pra pedir desculpas e espero
que dessa vez vc me desculpe e me perdoe pelas coisas que eu fiz, ou se não consegui, lembre-se
de mim como sua irmã pelo menos.
Beijos da sua irmã Any!

Chris fechou os olhos agora entendo o que tinha acontecido, a culpa por tudo aquilo era dele, de
Any e dos pais. Enxugou o rosto se dando conta da besteira que havia cometido, se sentindo
culpado pelo que havia acontecido na estrebaria e pelo que acontecerá com a irmã naquele
momento. Será que ainda dava tempo pra reparar certos erros do passado e do presente?
Quando deu por si estava subindo as escadas correndo na direção do quarto da irmã, mesmo que
fosse tarde precisava lhe pedir perdão.
Dentro do escritório Julio César disse:
- Anda meu amor, abre a carta.
Carol abriu a carta e ainda vacilante começou a ler em voz alta:

Mãe... Pai...
Provavelmente quando vcs lerem essa carta, não estarei mais com vcs! Sei que fiz muitas coisas
erradas a minha vida inteira, que fui um problema e uma grande dor de cabeça pra vcs, mas
queria muito que me desculpassem se nesses dois meses eu não consegui reparar todo o mal que
já tinha feito pra vcs. Nunca fui uma boa filha e sempre me aproveitei da proteção que vc mamãe
me dava, mas no fundo o que eu queria era atenção dos dois, pois, por mais que eu aprontasse vc
pai nunca levantou a voz pra mim, mas sempre se dedicou ao Chris, acho que foi isso que
contribuiu um pouco pra criar a discórdia que há entre nós. Mas se não for pedir muito gostaria
que esquecessem o que aconteceu e começassem uma nova vida, sem mim ao lado de vcs.
Uma vida feliz e tranqüila que é o que vcs merecem, e que se causei algum mal à vcs me
desculpem, pois, no fundo sempre amei vcs e sempre vou amar.
Pra terminar quero que saibam que não me despedi de vcs, pois, sabia que não conseguiria fazer
isso e muito menos dizer todas essas coisas pessoalmente, mas vou levar vcs comigo e de onde
estiver vou cuidar de vcs como cuidaram de mim.
Beijos da filha-problema de vcs, Any!

OBS: Se Sara estiver com vcs, entreguem o nosso presente pra ela.

Carol enxugou o rosto enquanto Julio César se dirigiu ao cofre, quando o abriu pegou um
envelope e entregou nas mãos de Sara que se entender perguntou:
- Esse é meu presente?
Carol: É sim, querida. - respondeu se levantando.
Sara: Mas o que é isso? - encarando ele e o enorme envelope.
Quando Chris chegou ao quarto de Any e encontrou Poncho perguntou:
- Posso ficar a sós com a Any um pouco?
Any que também estava no quarto acompanhada por Caspian se surpreendeu. Poncho se
levantou de costas pra ele e quando se virou disse enxugando o rosto:
- É vc ainda tem mais uns minutos pra insultá-la.
Chris percebeu que havia dor, ódio e sofrimento nos olhos dele e respondeu:
- Poncho eu…
Poncho: Não fala nada ta? Nada do que disser vai traze Any de volta. - saiu deixando a porta
aberta.
Desceu a escada e chegando no fim da mesma Felipe disse:
- Ah vc esta ai, olha Any me pediu pra te entregar!
Poncho encarou o envelope sem entender e o pegou das mãos do garoto. Saiu em seguida indo
pra garagem passando pela festa sem ser notado, não sabia onde estava os amigos e não queria
saber. Fechou a porta do carro e abrindo o envelope leu:

Poncho...
Sei que deve ta pensando que tudo isso é uma loucura, mas infelizmente é verdade.
Simplesmente estou pagando por coisas que fiz no passado, por ter magoado vc, discutido com
minha família e maltratado seus amigos sem me importar com eles. Quando sofri aquele acidente
e Caspian apareceu pra mim, eu não acreditei nele, mas quando me mostrou todos felizes longe
de mim e vc com a Mariana me senti excluída, sozinha, como se nunca tivesse sido importante na
vida de nenhum de vcs e isso mexeu com meu orgulho e com meu coração. Tive muito medo de
perder todos e principalmente medo de perder vc, uma das únicas pessoas que continuava me
amando apesar das coisas que eu fazia. E foi por essa visão que tive um ciúme mortal quando
conheci a Mariana, tinha medo que ela me roubasse vc justamente no momento em que tinha
descoberto que te amava, que estava apaixonada.
Felizmente seu amor por mim sempre foi tão forte que apesar do que eu fiz vc nunca me
esqueceu fazendo com que eu conseguisse te reconquistar e vc fosse a primeira pessoa a
acreditar em mim. E desde que estamos juntos vc me mostrou coisas e um mundo incrível, nunca
vou esquecer vc e tenho certeza que nunca poderia amar alguém como vc. Porque vc é uma
pessoa especial Poncho, vc é o anjo da minha vida, a pessoa que me trouxe paz e sentimentos
maravilhosos que eu nunca experimentei e sem dúvida valeu a pena todos os minutos que eu
passei do seu lado.
Agora só posso pedir que vc seja feliz e encontre alguém que te mereça, espero ter te feito tão
feliz quanto vc me fez... Te amo e vou te amar sempre e pra sempre!
Beijos, sua princesa Any.

OBS: Entrega o presente do Felipe pra mim ok? Tem um te esperando também.

Poncho respirou funco e deu partida no carro.


Dentro do quarto Chris se aproximou da cama e pegando na mão fria da irmã disse:
- Eu não queria que as coisas saíssem desse jeito Any de verdade… Mas vc só me mostrou seu
lado ruim e quando quis me mostrar seu lado bom eu não acreditei porque não tava preparado
pra ver… Mas no fundo eu nunca quis sua morte, vc é minha irmã apesar de tudo, não queria que
tivesse morrido, acredito em vc e quem pede perdão agora sou eu por tudo o que te disse, pelas
coisas horríveis que eu falei durante esse tempo… Espero que de onde vc estiver me perdoe, eu
te amo mana, no fundo sempre amei vc e sempre quis cuidar de vc!
Any se aproximou da cama chorando nunca ouvira aquelas palavras de Chris, ele continuou:
- Volta pra gente Any, por favor, queremos vc aqui com a gente por tudo que mais ama volta, vc
quis viver uma vez e conseguiu não deixou te levarem, não deixa agora também, não agora que
precisamos de vc… Eu, papai, mamãe, seus amigos e principalmente o Poncho que te ama
perdidamente e só quer ficar do seu lado! Eu acredito em vc, demorou, mas acreditei, te perdoou
pelo que fez no passado e agora sou eu quem pede perdão pelas coisas que te falei, volta pra
mim poder cuidar de vc como um irmão mais velho faz, por favor, só assim vou poder me perdoar
pelo que te fiz aquele dia na estrebaria!
Any enxugou o rosto soluçando e tocando o ombro dele sem ser notada sussurrou sorrindo:
- Não tenho do que te perdoa Chris!
Caspiando olhou pra cima como se alguém falasse com ele, então assentiu e sussurrou:
- Que assim seja! - sussurrou unindo as mãos.
Any sentiu uma sensação estranha quando viu a mão sobre o ombro de Chris desaparecer assim
como o resto do corpo. Nessa hora Chris olhou pra trás vendo Caspian surgir do nada, mas antes
que tivesse tempo de falar algo, Any inspirou o ar com força apertando a mão do irmão
chamando sua atenção que arregalou os olhos surpreso, sem crer no que via. Aos poucos ela
abriu os olhos e o encarando sussurrou sorrindo se sentando na cama:
- Chris?!
Chris: Eu não acredito que...
Caspian: Any precisava do perdão de todos que machucou um dia pra poder permanecer na Terra
e quando vc a última pessoa que faltava a perdoou e a assumiu como irmã dizendo que a amava,
Any conseguiu o direito de volta e ficar aqui com vcs... Na verdade essa missão era pra ela mudar
e pra vc Chris aprender a perdoar e desabafar as mágoas, todo o ódio que tinha por Any na
verdade não passava de ressentimento pela mãe descontado na irmã, porque a achava culpada.
Chris: É verdade, me perdoa pelas coisas que eu fiz nos últimos dois meses?
Any: Não tenho do que perdoar vc, eu te amo meu irmão.
Chris: Eu também minha irmã, bem vinda de volta. - sorrindo e a abraçou.
Any: Caspian isso quer dizer que eu posso ficar aqui? - se soltando o encarando incrédula.
Caspian: Sim, contanto que não volte a ser aquela Any de antes do acidente.
Any: Não aquela Anahí mesquinha e egoísta esta morta e enterrada.
Caspian: Que bom, mas vá falar com seus pais e amigos, afinal ainda acham que esta morta,
depois que falar com todos quero falar com vc.
Any assentiu e saiu rapidamente da cama correndo pra fora do quarto finalmente livre sem se
preocupar com os dias, agora tinha a vida inteira pra ficar com Poncho e todos que amava. Chris
e Caspian saíram em seguida. Estavam todos sentados na sala quando Carol disse chorando:
- Acho melhor interrompermos a festa e darmos a noticia.
Julio César: Não há motivos pra comemoração.
Carol: Nunca mais vou conseguir comemorar o Natal depois dessa noite... Eu e Any até tínhamos
feito uma aposta. - chorando.
Léo: Que aposta?
Carol: Uma coisa boba, ela estranhou que o recheio de peru tivesse peixe e disse que não ficaria
bom, apostamos que ela... Pediria a receita depois que provasse, mas ela não esta mais aqui.
Mariana se aproximou chorando e a abraçou, todos ainda estavam meio chocados pelo que
acontecera alguns arrependidos, mas não mais que Carol que se culpava interiormente.
- Hei que caras são essas gente, é Natal!
Any riu vendo a cara de todos, mas sorriu ternamente quando a mãe a abraçou forte dizendo:
- Oh minha filha, achei que tinha morrido, que tinha nos deixado. - a soltou.
Any: Por uns minutos eu os deixei realmente, mas quando Chris me pediu perdão consegui meu
direito de volta, não vou mais deixa-los, agora vai ficar tudo bem. - enxugando o rosto da mãe.
Dul: Mas como isso aconteceu?
Caspian: Quando Any conseguiu o perdão de quem faltava (apontou Chris) ela conseguiu de volta
o direito de permanecer viva.
Todos sorriram incrédulos e a abraçaram felizes. Julio César deu um beijo na testa da filha e
disse:
- Agora sim temos o que comemorar.
Chris sorriu abraçando Mai que lhe deu um beijo. Any então ficou séria e perguntou ansiosa:
- Cadê o Poncho?
Todos abaixaram a cabeça e Ucker disse:
- Saiu há uns 15 minutos estava muito mal.
Any: Pra onde ele foi?
Mai: Não temos idéia.
Any olhou Caspian que disse:
- Esta no mesmo local em que te encontrei ontem de manhã.
Any: A praia. - ela disse atônita pegando a chave do carro em cima da mesinha. - Eu não demoro.
Carol: Vai filha! - assentiu sorrindo.
Quando saiu apressada pela porta trombou com Sara que perguntou:
- Any aqueles papéis é de verdade? Seus pais me adotaram e agora eu sou sua irmã?
Any: Ainda não te adotaram, mas querem te adotar, vc não queria muito ter uma família? - a
garota assentiu sorrindo. - Então agora vc vai ter! - se abaixou a abraçando.
Sara: Eba voui ser sua mana agora? - Anyu assentiu. - Vou contar pra Lívia e pro Lipe. - e saiu.
Any sorriu e saiu apressada, ouviram em segundos o barulho do carro.
Era 15 minutos da praia pra cidade, em 15 minutos ela irei rever Poncho e matar toda a saudade
que a consumia. Podiam estar separados a cerca de uma hora, mas pra ela aquilo parecia meses.

Quando chegou à praia estava escuro e ela agradeceu que a praia estivesse deserta sem bêbados
comemorando o Natal ou seria mais difícil encontrar Poncho. Guiando-se pelo impulso, ela tirou
os sapatos jogando dentro do carro e seguiu em frente. Encontrou um vulto sentado na areia e
sentiu os olhos marejados reconhecendo Poncho apesar dele estar de costas coberto pela
escuridão.
- Por que vc fez isso comigo Any? Droga eu ia te pedir pra casar comigo... Precisava me levar ao
céu pra me jogar no inferno tão rápido?… Céus se vc soubesse o quanto eu te amo, o que eu vou
fazer agora sem vc aqui perto de mim, não vou agüentar viver longe de vc depois de tudo o que
vivemos, minha vida acabou… Preferia que vc voltasse como era dois meses atrás, mas perto de
mim, mesmo que me rejeitando e debochando dos meus beijos, pelo menos eu teria vc perto e
poderia te admirar de longe, eu te amo minha princesa o que eu faço agora se parte de mim
morreu com vc?
Any que escutava tudo chorando em silêncio se aproximou e vacilando tocou no ombro dele que
se virou de costas no mesmo instante. Levantou-se achando que a dor de perder Any lhe estava
causando alucinações e permaneceu parado a encarando atônito.
Any: Oi meu amor! - sorrindo entre as lágrimas.
Foi como se algo estivesse explodido dentro dele, pois, avançou e abraçou Any com tanta força
que ela se equilibrou pra não cair pra trás e respirou fundo achando que ia sufocar. Poncho a
beijou por todo o rosto com paixão sussurrando que a amava até encontrar seus lábios onde
beijou com violência, desejo, desespero, saudade e muito amor, Any suspirou correspondendo ao
beijo com os mesmos sentimentos e desejos envolvendo os braços em torno do pescoço dele o
abraçando totalmente entregue, queria sucumbir a paixão que vinha dele e retribuir da mesma
forma. Ao se separarem Poncho enterrou o rosto nos cabelos dela absorvendo aquele aroma
inebriante e disse:
- Se isso for um sonho eu não quero acordar, vai ser o mesmo que descer ao inferno.
Any: Não é um sonho, eu to aqui meu amor. - acariciando os cabelos dele.
Poncho a soltou, mas segurou seu rosto entre as mãos acariciando-o e perguntou:
- Isso não é sonho Any? Vc ta mesmo aqui?
Any: Uhum, Chris me perdoou e eu pude voltar... Pra vc bebê. - enxugando seu rosto.
Poncho tornou a beijá-la, mas de uma forma mais delicada, saboreando a boca dela com sua
língua, Any acabou tropeçando em algo caindo no chão levando Poncho consigo. Ele a encarou
dizendo:
- Não vão ligar se demorarmos um pouco né querida?
Ela negou com a cabeça hipnotizada com os olhos esverdeados dele, sentindo que o coração ia
explodir de felicidade, acariciou o rosto dele dizendo:
- Agora eu tenho todo o tempo do mundo meu anjo! E vc realizou um feitiche seu no
acampamento se lembra? - ele assentiu sorrindo beijando a mão dela que contornava seus lábios.
- Será que agora pode me ajudar a realizar um querido?
Ele assentiu novamente, sorrindo maliciosamente e tirou a blusa jogando-a na areia, Any passou
as mãos subindo do abdômen ao peito, se inclinou tirando a blusinha e o sutiã jogando-os na
areia e começou a distribuir beijos pelo abdômen dele subindo pro peito passando a língua
suavemente. Ele tinha os olhos fechados, as mãos pousadas na cintura dela suspirando excitado
enquanto ela desabotoava a própria calça. Começou desabotoar a calça dele mordendo-lhe o
queixo e beijando o pescoço em seguida, ele gemeu apertando os braços dela. Ela mordiscou a
orelha dele sussurrando:
- Vc me deixa maluca sabia? - mergulhou uma mão dentro da cueca dele encontrando seu
membro.
Poncho a abraçou pela cintura com força sugando seu pescoço enquanto mergulhava a outra mão
por dentro da calcinha acariciando sua intimidade.
- E vc não tem idéia do que faz comigo. - sussurrou roucamente mordiscando a orelha dela.
Any gemeu inclinando a cabeça pra trás apertando o membro dele que gemeu e a beijou com
violência e desespero acariciando o clitóris dela com movimentos rápidos fazendo-a gemer entre
os beijos e acariciar o membro dele. Quando foi sacudida pela chegada do êxtase, Poncho a
deitou na areia deitando por cima dela que sussurrou:
- Não vou mais agüentar eu quero ser sua agora.
Ele tirou a calça e a cueca enquanto ela tirava a calcinha. Abocanhando um dos seios dela,
Poncho lhe penetrou dois dedos ainda acariciando seu clitóris fazendo Any morder os lábios pra
não gritar, afundando as unhas no ombro dele. Fazendo um caminho com a língua Poncho chegou
na intimidade de Any sugando num beijo voluptuoso, ela inclinou o quadril pra frente dizendo:
- Poncho não me tortura mais, por favor.
Ele sorriu pra ela e se aproximando a beijou penetrando-a levando Any a loucura.
Quando chegaram ao clímax Poncho se deitou sobre o colo dela, que acariciou seus cabelos.
- Achei que nunca mais ia ficar assim com vc, princesa.
Any: A gente nunca mais vai se separar né bebê?
Poncho: Nunca mais vc vai sair de perto de mim ou da minha vida, nem que vc queira.
Any: Isso é uma coisa que eu nunca vou querer, tenha certeza. - respondeu acariciando os
cabelos dele que a beijava por sobre os seios subindo até encontrar seus lábios.
Poncho: Vc quer voltar? - sorrindo acariciando seus cabelos.
Any: Eu volto com vc quando quiser. - arrumando uma mecha do cabelo dele que lhe caia na
testa.
Poncho: Então vamos logo antes que eu comece tudo de novo e nos peguem aqui. - dando um
leve beijo nela sorrindo em seguida.
Se levantaram e quando terminaram de se trocar, Poncho viu os pés dela descalços e Any disse:
- Estão no carro, larguei lá quando cheguei.
Poncho sorriu e lhe deu um beijo. Pegou os sapatos na areia e quando a puxou pela mão Any
disse:
- Poncho espera!
Poncho: O que foi?
Any: Estava falando sério quando disse que hoje ia me pedir em casamento? - Poncho fez uma
careta. - Eu ouvi vc dizendo é verdade? - perguntou com ar zombeteiro.
Foi então que ele abriu o bolso do palito e tirou uma caixa de veludo preta. Any arregalou os
olhos assustada quando viu ele se ajoelhando na frente dela dizendo:
- Any... Vc é a única pessoa que eu quero perto de mim, a pessoa que eu quero passar o resto da
vida ao lado, por isso, quero te fazer uma pergunta... Aceita se casar comigo e ser minha esposa?
Any: Que merda Poncho! - batendo o pé na areia.
Poncho: O que foi? Não gostou? - assustado.
Any: Vc tinha que me dizer isso em casa, depois que eu estivesse pronta, não agora nessa praia
deserta, descalça, descabelada, com cara de morta-viva, toda feia, chorona e desarrumada.
Poncho: Não me interessa como vc ta meu anjo, o que importa é que vc ta comigo... Vc aceita?
Any: Vc é um burro em me perguntar isso, é claro que eu aceito. - respondeu o abraçando.
Poncho retribuiu o abraço e a beijou rodando com ela no ar.
Quando chegaram em casa Any perguntou:
- Vc entregou o presente do Felipe?
Poncho: Não, nem lembrei!
Any: Então a gente vai entregar junto, mas antes o da sua irmã. - sorrindo.
Quando entraram na casa Any disse sorridente:
- Voltamos!
Poncho a abraçou por trás sorrindo e Carol disse:
- Depois do susto, vamos perdoar a demora.
Any: Chama a sua irmã que eu vou buscar uma coisa. - e subiu pro quarto correndo.
Poncho não entendeu, mas quando Carol deu de ombros ele sorriu e foi buscar a irmã. Voltou
minutos depois e quando sentaram no sofá da sala, Lívia perguntou:
- Any vai dar meu presente então?
Poncho: Uhum!
Lívia: Que estranho, ela disse que quem recebesse as cartas dela ia dar o presente pra gente,
mas entreguei a carta pro Chris e não ganhei nada.
Poncho: Mas agora vc vai ganhar.
Lívia: Vc sabe o que é?
Poncho: Não, Any disse que o presente vai servir até pra mim!
Lívia: Hum... - pensativa. - Vc viu que os pais da Any vão adotar a Sara?
Poncho: Eu sabia. - respondeu sorrindo.
Nisso Any desceu as escadas e disse entregando um envelope pra ele:
- Toma, abre e explica o que é pra ela. - encarando Lívia piscando o olho pra ela.
Poncho abriu e Lívia se inclinou sobre ele perguntando curiosa:
- O que tem ai me fala!... Tato?! - chamou-o impaciente.
Poncho: Any por que essas passagens? - encarando-a atônito.
Lívia: Passagens? Passagens é o que a gente usa pra viajar? - tocando as passagens dele.
Any: Isso mesmo e essas passagens são pra vcs passarem o ano novo em Cancun como vcs dois
sempre quiseram, vc lembra Lívia que me contou que nunca comemorou Natal e Ano Novo com
seus pais? Que era sempre vc e o Poncho normalmente sozinhos nas casas de tios?
Lívia: Lembro, a gente vai pra praia então com nossos papais tato? - eufórica.
Poncho: É o que parece. - respondeu sorrindo pego de surpresa.
Lívia: Any nossos pais sabem?
Any: Acho que sim, afinal eles contrinuiram pra mim comprar essas passagens no seu nome e do
seu irmão sem vcs saberem. - sorrindo.
Lívia sorriu, os olhinhos brilhando, levantou do colo do irmão bruscamente e saiu correndo
levando as passagens com ela.
Poncho: Lívia cuidado pra não perder! - se levantando do sofá.
Any: Deixa ela. - sorrindo.
Poncho: Por que vc fez isso? - se aproximando e a abraçando pela cintura.
Any: Porque quis aproximar vcs dois dos seus pais e essa viajem é uma chance a mais de realizar
um pedido da Lívia... E um seu também! - sorrindo.
Poncho: Já disse o quanto eu te amo hoje?
Any: Não precisa dizer, isso prova o quanto vc me ama. - mostrando o anel de noivado.
Poncho a beijou a abraçando e quando se soltaram com alguns selinhos sussurrou:
- Obrigado, meu amor.
Any: Não precisa me agradecer!
Poncho: Traz o Felipe aqui enquanto eu busco o presente dele?
Any: Uhum, tão bom saber que eu estive perto na hora que eles receberam os preseentes,
quando escrevi às cartas há uma semana tinha tudo planejado pra que vcs fizessem tudo sem eu
ter participação de nada.
Poncho: Esqueci isso, agora vc tem todo o tempo do mundo meu amor pra mim e pra todos que
amam vc. - acariciando seu rosto.
Any sorriu e lhe deu um beijo sentindo que ia explodir de tanta felicidade, finalmente o pesadelo
tinha acabado e ela não precisava ter medo dos dias que iam se passando. Quando se separaram,
ela foi até o jardim buscar Felipe enquanto Poncho pegou o carro e saiu.
Lipe: Por que me trouxe aqui? - impaciente dentro da casa.
Any: Deve estar estranhando que Lívia e Sara receberam presentes e vc não né?
Lipe: Sim, mas...
Any: Bom vc não vai mais precisar esperar porque o Poncho foi buscar seu presente e já deve ta
voltando.
Lipe: Por que ele teve que ir buscar em outro lugar?
Any: Porque nos deu muito trabalho ainda mais que fizemos tudo às escondidas.
Lipe: Por quê?
Any: Porque era segredo. - sorrindo.
Nisso a porta da cozinha se fechou e Poncho surgiu acompanhado de um homem moreno muito
parecido com Lipe, que parecendo te-lo reconhecido perguntou:
- O que ele ta fazendo aqui?
Poncho: Sabe quem ele é?
Lipe: Eu encontrei fotos dele com a minha mãe e ela me disse que ele era meu pai, o pai que me
abandonou antes de eu nascer.
- Filho... - se aproximando.
Lipe: Fica longe de mim! - se afastando bravo.
Any: Lipe o nome desse homem é Henrique, sua mãe mentiu pra vc.
Lipe: Como assim mentiu pra mim? - encarando-a furioso.
Henrique: Sua mãe nunca me disse que ficou grávida de mim, eu a abandonei porque bebia
demais e na época nem ela ou eu sabíamos que estava grávida.
Lipe: Isso é mentira.
Poncho: Não Lipe é verdade, procuramos a sua mãe e ela contou que Henrique a abandonou
porque era agressiva e bebia demais, ele não sabia que ela estava grávida, nem sua mãe sabia.
Henrique: Ela soube pouco tempo depois que eu a deixei e acho que com raiva de mim mentiu pra
vc, mas não sabe a alegria que senti quando esses dois me encontraram e me disseram que eu
tinha um filho de 08 anos.
Lipe: Vc não sabia mesmo que eu existia?
Henrique: Não filho se soubesse teria ficado ao lado da sua mãe e te levado comigo se ela
continuasse bebendo, soube que... Ela batia em vc.
Lipe: Batia! - abaixando a cabeça.
Henrique: Se eu soubesse disso tinha te tomado dela, mas não sabia de nada.
Lipe: Como o acharam?
Poncho: Foi idéia da Any!
Any: Lembrei de uma brincadeira que fizemos e vc disse que apesar de tudo o seu maior desejo
era conhecer seu pai lembra?
Lipe assentiu e Poncho disse:
- Any me contou isso e resolvemos juntos e com a ajuda de detetives procurar seu pai e o
incentivo foi maior quando sua mãe confessou que Henrique não sabia da sua existência.
Henrique: Vc me perdoa filho por ter deixado vc nas mãos dela?
Lipe apesar da força que fazia começou a chorar, Henrique enxugou seu rosto e perguntou:
- O que acha de recuperarmos o tempo perdido?
Lipe em resposta abraçou o pai. Any e Poncho sorriram e o mesmo a chamou com o dedo. Any foi
até ele e Poncho cochichou a abraçando:
- Vamos deixar os dois sozinhos?
Any assentiu e saíram de mãos dadas pro jardim.
Um tempo depois pai e filho apareceram lá fora e Felipe apresentou orgulhosamente a todos seu
pai ficando muito feliz quando Juliana disse à Henrique que se entrasse com um pedido ao juiz
poderia muito em breve levar Lipe pra morar com ele.
Passado o susto e brindando às comemorações Carol resolveu finalmente servir a ceia.
Any: Mãe vc tinha razão, muito bom isso aqui!
Carol: Eu disse que ia gostar do recheio.
Any: Gostei mesmo, acho que comi até demais. - sorrindo levando a mão à boca.
Dul: Any o que é isso no seu dedo? - apontando.
Any e Poncho trocaram olhares sorrindo e Mariana reclamou:
- Eu não pedi pra entregar o anel na nossa frente?
Poncho: Desculpa Mah, mas houve uns emprevistos e ela recebeu antes.
Carol: O que significa isso? - sem entender.
Chris: Ai mãe significa que Poncho e Any estão noivos. - sorrindo e piscando pros dois.
Julio César: O que? - perguntou quase engasgando com o vinho.
Any: Desculpa pai, espero que não se aborreça.
Julio César negou com a cabeça e Carol disse erguendo as taças:
- Acho que isso merece um brinde certo?
Todos ergueram as taças brindando ao casal de noivos na mesa em seguida os cumprimentando
desejando felicidades e um Feliz Natal.
Um tempo depois Any estava lá fora sentada na mesa com os amigos e Poncho, alguns
convidados já haviam ido e o cansaço começava a bater. Caspian então se aproximou da mesa e
perguntou:
- Any podemos conversar?
Any: Claro! O que foi? - sorrindo. - Olha desculpa se eu não te agradeci pela força e por ter
interferido pra que eu pudesse voltar.
Caspian: Eu não interferi quando Chris a te perdoou Guiadiny se comunicou comigo e disse que vc
poderia voltar pra Terra, então fiz com que voltasse ao seu corpo depressa ou poderia morrer de
verdade.
Any: Mesmo assim agradeço por tudo o que fez.
Poncho: É Caspian vc realmente é um anjo!
O pessoal sorriu e Mariana convidou:
- Vai senta ai!
Caspian: Não posso... Vim me despedir!
Any: Se despedir?! - tão espantada quanto os outros.
Caspian: Vc lembra que eu disse que quando chegasse o dia 25 mesmo que vc conseguisse ou
não o perdão de todos eu teria que ir embora? Então... Chegou a hora! - dando de ombros.
Dul: Esta dizendo que vc vai... De vez? Pra sempre?
Caspian: Sim, mas queria que soubessem que foi muito bom ter essa experiência, esse contato
com humanos foi muito bom pra mim e tenho certeza de que vai me ajudar muito na minha
próxima missão... Sem contar que conviver com vcs foi muito bom.
Mai: Já tem uma missão? Sabe qual é?
Caspian: Não! Não sei, mas vou sentir saudades de vcs.
Any: Nós também, eu principalmente.
Caspian: Vou sentir falta do seu gênio forte Any e principalmente das suas ironias.
Any: E eu... - ficando com os olhos marejados e a voz embargada. - Das suas provocações!
Caspian sorriu a abraçando, quando se soltaram Poncho se levantou e deu um abraço em
Caspian:
- Falou cara! A gente se encontra se não for nessa vida numa outra né?
Caspian: Com certeza!
Ucker: Ó e quando chegar lá em cima fala bem da gente pros caras ok?
Caspian: Ta bom! - sorrindo.
Mai, Dul, Chris, Léo e Mah também abraçaram Caspian e Any de súbito perguntou:
- Eu... Eu nunca mais vou te ver?
Caspian: Provavelmente não! Só se vc ou alguém aqui aprontar de novo.
Any: Não garanto que não vou aprontar nada, ou posso aprontar de propósito pra vc aparecer.
Caspian: Quer mais alguma missão pra cumprir em dois meses com sentença de morte no fim se
não conseguir?
Any: Não que isso, to fora! - respondeu sorrindo. - Mas vou sentir saudade! - ficando triste.
Caspian: Eu também! - sorrindo e se afastou. - E Poncho muito cuidado com ela ok?
Poncho: Pode deixar. - sorrindo a abraçando por trás.
Caspian: Adeus amigos, a gente se vê algum dia... Boa sorte pra vcs e toda felicidade do mundo!
O pessoal assentiu e quando viram Caspian ser rodeado por uma luz branca muito forte e
desaparecer as meninas não seguraram as lágrimas principalmente Any que foi consolada pelo
namorado assim como as demais.
Chris: Hei gente não fiquem assim, é Natal!
As meninas sorriram limpando o rosto e Dul disse:
- Chris tem razão e acho que hoje já choramos demais.
Mai: Vamos pra dentro arrumar alguma coisa pra fazer?
Mah: Eu topo só sobramos nós aqui e ta começando a esfriar.
O pessoal começou a entrar e Ucker perguntou:
- Vcs não vem?
Poncho: Já vamos!
A turma assentiu e entraram na frente, quando ficou sozinho com Any, Poncho perguntou:
- Vcs não vem?
Poncho: Já vamos!
A turma assentiu e entraram na frente, quando ficou sozinho com Any, Poncho perguntou:
- Ta tudo bem? - encarando-a.
Any: Uhum, só que vou sentir falta dele né?
Poncho: Todos nós vamos, mas a gente ainda tem a vida toda pela frente.
Any: Uhum...
Poncho: Só não gostei que se excluiu da viajem de Ano Novo, queria passar com vc a virada.
Any: Mas é melhor passar com seus pais e com a Lívia, vc vai dia 29 e dia 01 ta aqui de volta.
Poncho: E vou passar o primeiro dia do ano grudado em vc matando as saudades. - a abraçando.
Any: Sem problemas! - sorrindo e o beijou.
Rapidamente entraram na casa sabendo que no novo ano que viria nada os impediria de ficar
juntos, estariam sempre unidos pelo amor que sentiam um pelo outro e isso era o que importava,
porque pra se arrepender e começar a amar e perdoar Nunca é Tarde Demais!!!

06 Anos Depois...
Any fechou a porta de casa e sorriu ao constatar que se a mesma estava aberta era porque o
marido estava finalmente em casa. Depositou as chaves na mesinha e pegou uma foto da filha de
04 anos que por sinal era muito parecida com ela, mas era o jeito e a paixão do pai.

Sorriu lembrando de como as coisas haviam mudado na sua vida. Um ano e meio após terem
noivado Any e Poncho se casaram e pouco tempo depois descobriram que teriam uma filha, a
pequena Melissa ou Mel como era chamada quando não estava aprontando. A garotinha era a
cara da mãe, mas tinha os olhos esverdeados e o jeito do pai. Mas quando era contrariada ou
queria provocar conseguia se transformar numa miniatura de Anahí. “São os genes da mãe
atuando!” sempre dizia o tio Chris, agora casado com Mai e com um filho.
Quem também estava casado, mas com dois filhos um garoto e uma garota eram Ucker e Dulce,
que viviam um casamento feliz, mas não tão feliz quanto o de Any e Poncho. E pra encerrar
Mariana e Léo também casados curtiam a lua de mel e logo retornariam de viajem.
Any sorriu pegando uma foto do marido onde depositou um beijo. Finalmente depois de longos
07 dias separados graças à viajem de negócios que fizera, ambos poderiam matar as saudades
aproveitando que a filha ainda estava na escola. Então se aproximando devagar Any abriu a
porta, mas toda a sua alegria sumiu ao se deparar com a cena.
- ALFONSO! - gritou furiosa.
Na mesma hora seu marido e a mulher nua deitada ao seu lado acordaram e quando viu a esposa
parada na porta com os olhos marejados e a mulher nua, sua assistente, do seu lado sorrindo
abobalhada Poncho viu a encrenca em que estava metido e tentou dizer algo, mas Anahí o
encarou com ódio e controlando as lágrimas disse:
- Não precisa me explicar nada! - e saiu batendo a porta do quarto.

Continua... 2ª Temporada!

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