“Portanto, nem a ciência nem a filosofia, mas “discurso sobre os discursos”, discurso diagnóstico”, nos tomamos a Arqueologia por aquilo que ela da, isto é, não teoria, mas “somente uma linha de ataque da análise das performances verbais”; a este respeito, estaremos dela suas exigências de desconstrução e certos conceitos que, marcando o lugar dos problemas mais que teorizando-os, podem ser pontos que partida na elaboração de uma teoria do discurso” (MALDIDIER; NORMAND; ROBIN, 1994, p. 81 apud SARGENTINI; BARBOSA, 2004, p. 82).
A história e a filosofia busca:
“Em suma, a história do pensamento, dos conhecimentos, da filosofia, da literatura, parece multiplicar as rupturas e buscar todas as perturbações da continuidade, enquanto que a história propriamente dita, a história pura e simplesmente, parece apagar, em benefício das estruturas fixas, a interrupção dos acontecimentos.” (FOUCAULT, 1986, p. 6 apud SARGENTINI; BARBOSA, 2004, p. 84).
De acordo com a época que se trata o acontecido diz:
“O conjunto de enunciado constitui o arquivo de uma época. Este conjunto não é a coleção de um espaço homogêneo (espírito de uma época, um estado de Cultura ou de civilização) de tudo o que foi dito, de tudo o que se diz, mas um conjunto de regiões heterogêneas de enunciados produzidos por prática discursivas irredutíveis.” (MARANDIN, 1979, p. 48 apud SARGENTINI; BARBOSA, 2004, p.87).
Buscando melhorar a história da língua portuguesa “Uma gama de conteúdos
históricos sepultados, uma série de saberes desqualificados como saberes conceituais, mascarados em sistematização formais [...]”. (FOUCAULT, 2000, p.11 apud SARGENTINI; BARBOSA, 2004, p. 184).
A história vai de acordo com o tempo e espaço “um conjunto de regras
anônimas, históricas, sempre determina no tempo e no espaço, que definiram, em uma época e para uma determinada área social, econômica, geográfica ou linguística [...]”. (FOUCAULT, 2000, p. 136 apud SARGENTINI; BARBOSA, 2004, p. 168).
Referência SARGENTINI; BARBOSA, M. Foucault e os domínios da linguagem discurso, poder, subjetividade, São Carlos, claraluz, 2004.