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MUSICOTERAPÊUTICO
DO ENCAMINHAMENTO AO FOLLOW UP
TERAPÊUTICO
• Encaminhamento / Aceitação
• Avaliação Inicial (ou admissional),
• Planejamento do tratamento
• Tratamento e
• Alta
CAPÍTULO 1
Um artigo de notícias discute notícias
atuais ou recentes de interesse geral (por
exemplo, jornais diários) ou de um tópico
específico (por exemplo, revistas de
notícias políticas ou comerciais, boletins de
clubes ou sites de notícias de tecnologia).
www.grandesite.com.br
6 ETAPAS DO PROCESSO
MUSICOTERAPÊUTICO
Processo Musicoterapêutico
bem como a forma que o usuário se manifesta musicalmente através dos diferentes
instrumentos musicais para se relacionar com a sua história clínica. Esta fase se
caracteriza principalmente pela entrevista inicial que é realizada com o usuário ou
com a sua família. Nesta etapa alguns musicoterapeutas estabelecem um contrato
com o usuário ou com os familiares para poder acordar regras e condições das
sessões (pagamentos, horários, desmarcação das sessões, etc.).
FICHA ADMISSIONAL
Frequência: Apoio:
0= Não exibe resposta musical 0= não aplicável devido à incapacidade funcional, por
1 = raramente exibe resposta musical exemplo, um “0” é codificado no local da frequência da
2 = exibe resposta musical ocasionalmente escala correspondente
3 = exibe resposta musical a metade do tempo 1 = máximo (totalmente físico)
4 = exibe resposta musical normalmente, mas não 2 = moderado (parcialmente físico)
sempre 3 = apoio leve (visual)
5 = exibe resposta musical de modo consistente 4 = mínimo (verbal)
5 = sem apoio (independente)
Meio:
ANOTAÇÕES
Dados gerais
Histórico sonoro
Áreas específicas
FICHA MUSICOTERÁPICA
5 Recomendações para preparar
uma boa sessão avaliativa
Aqui são abordados dois assuntos, a importância de ter uma sessão objetiva,
com poucos objetos para não desfocar o paciente da atividade (teste)
avaliativa, pois quanto mais ele for engajado na tarefa, melhor será para
coletar esses dados. O segundo ponto é otimizar essa sessão de avaliação,
observando o máximo de detalhes e pra isso a gravação dessa sessão poderá
ser uma ferramenta de grande contribuição. Segundo os autores "É útil preparar
qualquer equipamento de gravação, como câmeras de vídeo ou gravadores de
DVD, antes da chegada do cliente e do início da sessão" Bexter (2007).
ANOTAÇÕES
Obs: Algumas das etapas da IMTAP não foram traduzidas na dissertação de SILVA, por esse motivo, iremos utilizar os
exemplos originais do livro "The Individualized Music Therapy Assessment Profile: IMTAP", de Baxter e
colaboradores, dando os devidos créditos para ambos trabalhos. Neste sentido, cada etapa citaremos a referência
abaixo de cada quadro, o trabalho original na qual foi extraído e a numeração de página para que o leitor possa
encontra-lo.
Esses exemplos servirão para nos conduzir em cada uma das etapas, proporcionando-nos a desenvolver adaptações
dos mesmos, para a nossa prática clinica.
DOCUMENTO DEFINIÇÃO
"É preenchido
junto aos pais
em uma
entrevista que
o foco é
coletar dados
sobre os 10
domínios do
paciente".
ANOTAÇÕES IMPORTANTES
Trata-se de uma checklist de perguntas sim/não, que se divide em duas partes. A primeira é
direcionada as informações gerais, como a história da criança, bem como aptidão e
exposição musical. Já a segunda parte são perguntas relacionadas a cada um dos 9 (nove)
domínios, já que o domínio da musicalidade os autores sugerem avaliar, não por qualquer
exigência ou desejo de um cliente possuir aptidão musical, mas sim como uma forma de
identificar as melhores estratégias musicoterapêuticas.
Desta forma, o musicoterapeuta pode identificar quais domínios necessitam de mais atenção
nas sessões de avaliação. Caso a entrevistas juntos aos responsáveis surgir dúvidas ou falta
de clareza nos intens, deixando a resposta carente de informações, é aconselhável marcar a
caixa à esquerda da seção aplicável, indicando que este domínio deve ser avaliado. Vamos ao
procedimento da primeira etapa:
DOCUMENTO DEFINIÇÃO
"O preenchimento
da folha de rosto,
trata-se do resumo
dos dados
registrados no
formulário de
admissão e
indicadas
as áreas que serão
avaliadas".
ANOTAÇÕES IMPORTANTES
ANOTAÇÕES IMPORTANTES
Gattino, G., Silva, A., Figueiredo, F., & Schüler-Faccini, L. (2017). KAMUTHE video microanalysis system for use in
Brazil: translation, cross-cultural adaptation and evidence of validity and reliability. Health Psychology Report,
5(2),1-13. https://doi.org/10.5114/hpr.2017.63574
SILVA, A.M. Tradução para o português brasileiro e validação da escala "Individualized Music Therapy Assessment Profile (IMTAP) para uso
no Brasil. 2012. Dissertação de Mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente. Porto Alegre:
Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2012.
Testes de Alexandre M. da Silva
Pág. 104
Pág. 105
Pág. 109
Domínio / Subdomínio:
Estrutura / Atividade:
Resultados da sessão:
Etapa 3
FORMULÁRIO DE CONTORNO DA SESSÃO
(OPCIONAL)
DOCUMENTO DEFINIÇÃO
ANOTAÇÕES IMPORTANTES
"O formulário opcional de esboço de sessão IMTAP pode ser usado para planejar intervenções
musicais para cada domínio que você irá avaliar. Isso é organizado não por atividade, mas sim
pelo domínio a ser avaliado. Este formulário pode ser usado para listar atividades, músicas,
instrumentos, materiais e outras considerações necessárias para suas sessões de avaliação.
DOCUMENTO DEFINIÇÃO
"Aqui condensa a
avaliação
destacando
pontos fortes e
necessidades, ou
áreas que
necessitariam
ser trabalhadas".
ANOTAÇÕES IMPORTANTES
"A folha de resumo do IMTAP fornece um formato geral para revisar a avaliação da
musicoterapia com os pais ou responsáveis do indivíduo.
Normalmente, os subdomínios com maior pontuação ou áreas que não requerem avaliação
seriam identificadas como pontos fortes.
Como o resumo do IMTAP pretende ser um meio informal de comunicar um perfil condensado
de cliente, nem todos os subdomínios avaliados seriam listados neste formulário.
ANOTAÇÕES IMPORTANTES
DOCUMENTO DEFINIÇÃO
" Use o
formulário de
metas e
objetivos para
relacionar as
metas do seu
cliente
diretamente às
categorias da
IMTAP que você
identificou e
avaliou".
Quadro original se encontra na página 179 do livro
ANOTAÇÕES IMPORTANTES
3 - Formulário de contorno
da sessão
4 - Coleta de dados
5 - Calculo dos escores
6 - Revisão das habilidades
dos (domínio cruzadas)
7 - Folha de resumo
8 - Identificação de
metas e objetivos
9 - Representação
Gráfica
8 - Identificação de
metas e objetivos
Segundo Sampaio (2018) a pessoa que busca por tratamento, parte de um lugar de 'menos
saúde' e, com o apoio do musicoterapeuta, busca sair dessa zona para outra de 'mais saúde'.
O ponto de partida trata-se de uma avaliação diagnóstica musicoterapêutica.
O plano de atendimento musicoterapêutico é constituído por ponto de partida, o ponto de
chegada e a previsão de caminho que o paciente (ou grupo) junto musicoterapeuta irão
percorrer.
"Neste processo, o paciente irá de um 'estado atual' de menos saúde, ou de pior condição de saúde,
para um “estado pretendido” de mais saúde, ou de melhor condição de saúde (SAMPAIO, 2018).
Foi dito anteriormente sobre às 6 etapas que a AMTA trata referente ao processo musicoterapêutico,
falaremos agora sobre os quatro momentos em que a Avaliação Musicoterapêutica sob a perspectiva
de Sampaio. Segundo o autor (2018), elas se dividem da seguinte forma:
"1. No início do processo clínico, como Avaliação Diagnóstica inicial, no qual se busca descrever e
compreender o estado atual de saúde do paciente, bem como suas limitações e potenciais;
2. Ao final do processo clínico, para verificar se os objetivos terapêuticos foram alcançados e, portanto,
se o processo clínico pode ser finalizado;
O planejamento do tratamento é
a etapa em que o
musicoterapeuta irá traçar
estratégias de intervenções a
partir dos objetivos e metas
estabelecida pós avaliação.
Depois de coletar os dados e
interpretá-los, o musicoterapeuta
tem de maneira clara aonde ele
quer chegar no tratamento,
contudo, o mesmo necessita
montar estratégias de
intervenções, por meios das
técnicas musicoterapêuticas, no
intuito de alcançar esses objetivos
em curto, médio e longo prazo.
Na próxima seção você terá alguns exemplos tirado do Manual da IMCAP-ND de John
Carpente.
processo musicoterapêutico
automatizado - pma
MEU RESUMO
Escreva abaixo o que você aprendeu neste módulo:
CAPÍTULO 2
Na etapa 3 vimos a organização do
plano de tratamento musicoterapêutico,
momento em que o musicoterapeuta
precisa traçar as metas e objetivos do
tratamento, como esses foram pensados
a partir da avaliação inicial e quais
possíveis caminhos que o profissional irá
adotar para atingir os mesmos.
Outro ponto que pertence a essa etapa, são os registros das sessões, tanto em
gravação, que podem ser opcionar, apesar de contribuir significamente para as
futuras analises, como as fichas de evolução, documento que relata como foi cada
encontro.
MÉTODOS
IMPROVISACIONAIS
Estabelecer um canal de
comunicação não verbal e
uma ponte para a
comunicação verbal;
Fornecer meios
gratificantes de
Em experiências musicais autoexpressão e formação
O terapeuta ajuda o cliente
improvisativas, o cliente faz de identidade;
fornecendo as instruções e
música ao tocar ou cantar, Explorar diferentes
demonstrações necessárias,
criando extemporaneamente aspectos do eu em relação
oferecendo uma ideia ou
uma melodia, um ritmo, uma aos outros;
estrutura
canção ou uma peça Identificar, expressar e
musical como base da
instrumental. O cliente pode trabalhar emoções difíceis;
improvisação, tocando ou
improvisar sozinho, num Desenvolver a capacidade
cantando um
dueto ou em um grupo que de respeito interpessoal e
acompanhamento que estimule
inclui o terapeuta, outros intimidade;
ou guie a improvisação do
clientes e, às vezes, Desenvolver habilidades
cliente, ou apresentando uma
parentes. O cliente pode usar interpessoais ou de grupo;
ideia não musical (p. ex., uma
qualquer mídia musical Resolver problemas
imagem, um trabalho artístico,
dentro de suas capacidades interpessoais ou de grupo;
uma estória) para o cliente
(p. ex., voz, sons corporais, Desenvolver a criatividade,
retratar através da
percussão, instrumentos de expressar liberdade,
improvisação.
corda ou de sopro, teclados, espontaneidade e
e assim por diante). ludicidade dentro de
diferentes níveis de
estrutura;
Estimular e desenvolver os
sentidos;
Desenvolver habilidades
perceptivas e cognitivas.
MÉTODOS
COMPOSICIONAIS
Desenvolver habilidades na
criação de estruturas onde
se possa expressar os
pensamentos e
sentimentos seus e/ou que
compartilha com outros;
Normalmente o terapeuta tem
Desenvolver habilidades na
a responsabilidade pelos
organização de
aspectos mais técnicos do
pensamentos e sentimentos
processo e dosa a participação
de modo que se encaixem
do cliente de acordo com suas
Em experiências de na estrutura adotada;
capacidades musicais. Por
composição, o terapeuta Desenvolver a habilidade de
exemplo, o cliente pode gerar a
ajuda o cliente a escrever explorar diferentes formas
melodia em um instrumento
canções, letras ou peças de expressar pensamentos
simples de placas (ex: xilofone,
instrumentais, ou a criar e sentimentos dentro da
metalofone), enquanto o
qualquer tipo de produto estrutura;
terapeuta fornece
musical, tais como clipes de Desenvolver habilidades de
acompanhamento harmônico,
música ou fitas de áudio. tomada de decisão;
ou o cliente pode produzir a
Desenvolver a habilidade de
letra enquanto o terapeuta
documentar e comunicar a
compõe a melodia e
maneira que os outros
harmonia que a
devem recriar sua
acompanharão.
composição;
Promover a exploração de
temas terapêuticos através
da letra;
Desenvolver a habilidade de
integrar e sintetizar partes
em um todo.
MÉTODOS
RECEPTIVOS
Em experiências receptivas,
o cliente ouve a música e
responde à experiências Promover receptividade;
silenciosamente, Evocar respostas corporais
verbalmente ou em outra específicas;
O Musicoterapeuta avalia se os
modalidade. A música usada Estimular ou relaxar a
candidatos indicados para as
pode improvisações, pessoa;
experiências de audição são
recriações ou composições Desenvolver habilidades
aqueles clientes que têm
executadas ao vivo ou auditivas/motoras;
capacidade de
gravações, do cliente, Evocar estados e
atenção e receptividade
terapeuta ou de gravações experiências afetivas;
necessárias para apreciar a
comerciais de diferentes Explorar ideias e
música e que se beneficiarão
estilos (p.ex., clássico, rock, pensamentos dos outros;
terapeuticamente
jazz, country, religiosa, New Facilitar a memória, a
respondendo à música de uma
Age). A experiência de reminiscência e a regrssão;
maneira particular (p.ex.,
audição pode estar focada Evocar o imaginário e as
analiticamente,
nos aspectos físicos, fantasias;
projetivamente, fisicamente,
emocionais, intelectuais, Conectar o ouvinte à
emocionalmente,
estéticos ou espirituais da comunidade ou ao grupo
espiritualmente).
música, e a resposta do sociocultural;
cliente varia de acordo com Estimular experiências
o propósito terapêutico da culminantes e espirituais.
experiência.
MÉTODOS
RECRIACIONAIS
Desenvolver habilidades
sensório-motoras;
Adotar comportamento
O Musicoterapeuta trabalha adaptativo, ordenado no
com as experiências tempo;
recriacionais principalmente Aprimorar atenção e
Em métodos recriacionais, o
com clientes que precisam de orientação à realidade;
cliente aprende, canta, toca
estrutura Desenvolver capacidade de
ou executa música composta
para desenvolver habilidades memória;
previamente ou reproduz
específicas e funções Desenvolver a habilidade de
qualquer tipo de forma
comportamentais. Também é escutar e monitorar a si
musical apresentada como
indicado para clientes mesmo;
modelo. Também estão
que precisam entender e Promover identificação e
incluídos atividades ou jogos
adaptar-se a ideias e empatia com os outros;
musicais estruturados nos
sentimentos de outros Experimentar e liberar
quais o cliente cumpre
enquanto ainda retém sua sentimentos em um
papéis ou apresenta
própria ambiente seguro e
comportamentos que foram
identidade, assim como apropriado;
especificamente definidos. O
clientes que precisam Desenvolver habilidades
termo “recriativo” é usado
trabalhar em conjunto por para distinguir, interpretar e
aqui no lugar de
objetivos em comum. comunicar ideias e
“performance” ou
Experiências recriacionais sentimentos;
“execução” por que estes
ajudam clientes a “sobreviver” Aprender funções chave em
últimos geralmente
e ter seus próprios diferentes situações
subentendem o cantar ou
sentimentos, ao mesmo interpessoais;
tocar uma peça diante de
tempo em que também Aprimorar habilidades
uma audiência.
compartilham e se identificam interativas e de grupo;
com os sentimentos de seus Desenvolver um senso de
cônjuges e grupos comunidade;
sociais. Identificar-se com um valor
ou crença de um grupo,
comunidade, sociedade ou
cultura.
Intervenções em Musicoterapia:
Métodos e Técnicas Musicoterapêuticos de Tratamento
MUSTIM
Outra técnica que podemos fazer uma pequena comparação, é a Audição Perceptiva de
Bruscia da Auditory Perception Training (APT): Treinamento de percepção auditiva, que
pertence a Musicoterapia Neurológica. Veremos a seguir suas semelhanças.
No APT, os exercícios musicais consistem na discriminação e
identificação de diferentes componentes do som, como tempo,
andamento, duração, afinação, timbre, padrões rítmicos e sons da fala. O
APT também pode ser organizado por meio de exercícios musicais ativos,
como tocar a partir de noções simbólicas ou gráficas, usar transmissão de
som tátil ou integrar o movimento à música. Dessa maneira, diferentes
modalidades sensoriais (por exemplo, visual, tátil, cinestésica) são
integradas durante a atividade musical ativa.
Na tese da
Musicoterapeuta Cleo
Correia, podemos
encontrar no anexo,
algumas atividades que
ela usou de percepção
auditiva para a sua
pesquisa. Segue alguns
exemplos:
Pág. 116
Pág. 118
Escores:
6 acertos = 6 pontos
5 acertos = 5 pontos
4 acertos = 4 pontos
3 acertos = 3 pontos
2 acertos = 2 pontos
1 acerto = 1 ponto.
nenhum acerto = 0
Name: Data:
MEU RESUMO
Escreva abaixo o que você aprendeu neste módulo:
CAPÍTULO 3
Neste capitulo 3 veremos a Reavaliação;
Processo de Alta e o Follow up.
Comparação dos resultados entre a avaliação inicial e a avaliação parcial por meio de um
instrumento avaliativo;
O Musicoterapeuta busca refletir com o paciente ou a família sobre os resultados obtidos até
o presente momento,
Explicar por meio de relatórios e devolutivas, sobre ações futuras para alcançar novas metas
e objetivos musicoterapêuticos.
RELATÓRIO
ANOTAÇÕES
B. ingressou na musicoterapia no dia 03 de março de 2018, com 7 anos de idade, no programa de duas sessões
semanais com duração de 45 minutos. Ao longo da sessão de avaliação admissional o terapeuta utilizou-se de um
instrumento avaliativo denominado IMTAP (Individualized Music Therapy Assessment Profile), que constatou-se que
B. necessitava de apoio nas áreas da Comunicação Expressiva e Sensorial. Seus pontos fortes segundo os escores da
escala são nas áreas da motricidade ampla, social e musicalidade. Estas áreas foram avaliadas pela escala citada e os
resultados de cada uma dessas avaliações estão descritas no decorrer desse documento.
Para a realização do registro de dados na IMTAP, se dá através da utilização do sistema NRIC, sendo o N- Nunca (0%);
R – Raramente (abaixo de 50%); I - Inconsistente (entre 50 e 79%); e C - Consistente (de 80 a 100%).
Nos 3 primeiros encontros, denominado avaliação inicial do processo musicoterapêutico, a criança apresentou os
seguintes comportamentos:
• 17/04/2018
Gostava das atividades relacionadas as cores e animais propostas no computador. Ele se envolvia com o desenho dos
3 porquinhos associando ao livro.
• 24/04/18
Apresentava uma ótima memória de curto prazo, pontuando altos escores em atividades relacionadas a nomes dos
animais, uma lista de 9 bichos entre outras. Não tinha dificuldade em obedecer a comandos e pintava os desenhos,
contudo, não gostava de desenhar. Atividades de percepção de figura/fundo, a temas como Fazenda, fala dos animais
em destaques, contudo, não citava os outros elementos como trator, fazendeiro etc. A criança apresentava
dificuldades em trabalhos que explorava a subjetividade.
• 23/05/18
B. demostrava o comportamento ritualístico sempre ao entra no setting, dizendo jargões como “seja bem-vindo a sala
do tio Bruno”, algo do tipo. Se era utilizado de meios eletrônico para uma atividade, como o recurso de áudio-
imagens, ele sempre pedia para repetir. A criança conseguia entender bem as regras dos jogos e quando estava com
o irmão, conseguimos trabalhar o foco intersocial/intrafamiliar.
Esse primeiro contato o musicoterapeuta percebeu uma transição sutil de B. das atividades relacionada à primeira
infância para um estágio mais avançado. Alguns desenhos animados, músicas e brincadeiras de uma faixa etária
menor do que a dele ainda o cativava muito, porém a criança se adaptou muito bem com as novas propostas que o
profissional o oferecia, principalmente um repertório musical mais adulto, predominantemente com as músicas
cristãs.
Segue o relatório por domínio demostrando a evolução do paciente na primeira avaliação com 7 anos e a atual
avaliação com 11.
• Social
O social ficou 76% em seus fundamentos na IMTAP, colocando-o dentro do quadro INCONSISTENTE no sistema NRIC.
A criança não demostra atraso nos “Fundamentos” da área social, pois o mesmo demostra consciência da presença
de terceiros, não apresenta rejeição às regras sociais, olha nos olhos de terceiros mantendo o contato visual
socialmente apropriado e sua atenção compartilhada também não apresenta nenhum prejuízo. Já na avaliação de
2018, B. alcançou os 100% em seus fundamentos na IMTAP colocando-o dentro do quadro CONSISTENTE no sistema
NRIC.
• Comunicação Expressiva
Na avaliação admissional na área da comunicação expressiva, a criança apresentou um quadro de 74% em seus
fundamentos, indicando que ele se encontra dentro da classificação INCONSITENTE no sistema NRIC. Uma grande
parte dessas informações da comunicação expressiva estão ligadas à área sensorial, tanto na reprodução do canto,
como na imitação aproximada dentro do registro vocal do canto. Mas o que se percebe é que B. está diminuindo
significativamente suas ecolalias, a comunicação verbal e musical estão dentro da normalidade conforme sua faixa
etária. As palavras são ditas de forma clara e ele deixa nítido o seu interesse dentro das sessões, ditando o que gosta
e o que não gosta. Já na Avaliação de 2021, B. obteve um ganho de 14% deixando-o dentro do quadro CONSCIENTE
no sistema NRIC da IMTAP com 89% e em 2022 fechando a avaliação 100%.
Na avaliação final de 2022, a criança pontuou 100% dentro do quadro CONSCISTENTE no sistema NRIC da IMTAP. O
Domínio acadêmico que não foi avaliado no inicio da terapia, foi avaliado nessa etapa do processo musicoterapêutico,
pois o mesmo já dominava aspectos musicais como cifras de acorde, letras de música, toca melodias e acompanha no
teclado. Desta forma B. pontuou 81% nesse subdomínio.
Essa proposta foi explorada dentro de um contexto de duo, com seu irmão ou com o terapeuta, trio, os três
envolvidos e as vezes o pai participava e solo, a qual a criança desenvolvia essa expansão intramusical. No anexo
segue o gráfico de seus ganhos nos domínios citados neste relatório. Assim firmando o nosso compromisso com a
alta do paciente, conforme a solicitações dos pais.
É importante que esse acompanhamento e retorno (follow up), seja feito em uma
escala de tempo que o musicoterapêuta julgue necessário, de maneira regular
até de fato o desligamento completo do paciente.
MEU RESUMO
Escreva abaixo o que você aprendeu neste módulo:
BRUSCIA, K. O desenvolvimento musical como fundamentação para a terapia. Texto info CD-Rom- David
Aldridge. 1999. Tradução: Barcellos,L. Rio de janeiro, 1999.
BRUSCIA, K. E. Definindo musicoterapia. Tradução. MARIZA, Conde. Rio de Janeiro: Enelivros, 2000.
CARPENTE, J.A.; GATTINO, G.S. Inter-rater reliability on the Individual MusicCentered Assessment Profile
for Neurodevelopmental Disorders (IMCAP-ND) for autism spectrum disorder. Nordic Journal of Music
Therapy. 27:1-15, 2018.
GATTINO, G.; AZEVEDO, G.T.; SOUZA, F. Tradução para o português brasileiro e adaptação transcultural
da escala Music in Everyday Life (MEL) para uso no Brasil. In: Anais do XVII ENPEMT/IX ENEMT . XVII
ENPEMT – Encontro Nacional de Pesquisa em Musicoterapia / IX ENEMT – Encontro Nacional de
Estudantes de Musicoterapia. Goiânia, Brasil, 2017.
GATTINO, G.S.; FERRARI, K.D.; AZEVEDO, G.; SOUZA F.; DALPIZZOL, F.C.; SANTANA, D.C. Tradução,
adaptação transcultural e evidências de validade da escala Improvisation Assessment Profiles (IAPs) para
uso no Brasil: parte 1. Revista Brasileira de Musicoterapia. 20:92-116, 2016.
SILVA, A.M. Tradução para o português brasileiro e validação da escala "Individualized Music Therapy
Assessment Profile (IMTAP) para uso no Brasil. 2012. Dissertação de Mestrado pelo Programa de Pós-
Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do
Sul; 2012.
ETAPAS DO PROCESSO
MUSICOTERAPÊUTICO
DO ENCAMINHAMENTO AO FOLLOW UP
TERAPÊUTICO