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Gestão da Manutenção Elétrica e SPDA

MBA em Gestão de Facilities

Mauro Marche
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Automação Predial – Conceitos Gerais
Tecnologias de automação predial:
• a) controle local: sem integração entre o processo e o restante do
edifício. Exemplo: controle de temperatura em quartos de hotéis,
nos quais o hospede determina o grau de conforto interno;

• b) controle regional: um único controlador e responsável por um


conjunto de equipamentos que não tem relação com os demais
subsistemas. Exemplos: centrais de água gelada; bombas para
recalque de água; sistemas de segurança contra incêndios;

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• c) controle distribuído: todos os subsistemas sao individualmente
controlados e interligados por uma rede de comunicação, que
informa a central do sistema a situação atual de cada um dos
subsistemas.
• Para a integração desses sistemas, um Controlador Programável
(CP), de aplicação industrial, tem sido usado com frequência em
automação predial.

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A automação predial é bastante dependente de sensores de vários


tipos tais como: Sensores de presença, detectores de gás, fumaça,
sensores de posição, sensores de proximidade, sensores digitais
por monitoramento de câmeras, sensores de nível entre outros....

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Automação e Segurança
Porteiro Eletrônico:

É um sistema capaz de executar três funções:

a) de sinalização: funciona como campainha;


b) de comunicação: permite a comunicação entre o vigia e o visitante.
Através do monitor, o vigia também pode visualizar o visitante;
c) de comando: abre a fechadura através do interfone.

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Componentes:

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CFTV

• Um circuito fechado de televisão


(CFTV) consiste em uma ou
mais câmeras ligadas a um
sistema de controle de forma a
permitir observar, através de um
monitor, os locais onde estão
localizadas as câmeras (pontos)

Diagrama simplificado

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Existem monitores para circuito fechado de


televisão que permitem a ligação de mais de
uma câmera. A escolha da câmera e feita por
meio de botões de seleção.
Essa função também pode ser feita
automaticamente com um circuito chamado
de sequencial ou sequenciador. Com esse
recurso, a imagem muda sequencialmente
de câmera para câmera.

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Outra maneira de interligar câmeras de segurança a


monitores é por meio do DVR (do inglês, Digital Vídeo
Recoder, que quer dizer “gravador digital de vídeo”)
Stand Alone (“autônomo”). Esse aparelho, além de
fazer o sequenciamento de imagens, é capaz de:
a) dividir a tela de acordo com a quantidade de
câmeras as quais está interligado;
b) transformar a câmera em um sensor de segurança,
pois a programação permite o encadeamento de várias
ações quando a imagem padrão for modificada;
c) enviar informações para um receptor remoto situado
em uma central, ou para o celular do proprietário do
imóvel, por exemplo;
d) acessar as imagens pela internet em tempo real;
e) salvar as imagens captadas.

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Outra possibilidade também com alternativa de


monitorar pela internet: Características desse
sistema.
a) Alta qualidade das imagens.
b) O usuário pode ver as imagens em tempo real
no computador, via rede local ou pela internet.
c) As imagens são gravadas diretamente no HD do
computador.
d) As câmeras recebem identificação através do
software de gerenciamento.
e) O controle das câmeras é feito através do
teclado do computador.
f ) A gravação das imagens pode ser programada
por horário ou quando alguma câmera detectar o
movimento de alguém.

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Tecnologia IP para CFTV
• Enquanto sistemas de DVRs e Placas de Captura se desenvolvem e agregam cada vez mais
recursos, outro sistema vem ganhando muito espaço no mercado internacional, que é a
topologia baseada em IP (Internet Protocol), na qual o processamento não é mais centralizado
em uma unidade ou PC, mas sim distribuído nas câmeras e no sistema, além de utilizar uma
base de conexão direta a rede Ethernet ou IP. (protocolo TCP/IP)

• SERVIDORES DE IMAGEM – CÂMERA IP. São equipamentos que permitem transmitir os


sinais de vídeo captados pelas câmeras através da rede local ou da Internet. Existem
transmissores para uma ou mais entradas de câmeras e também as câmeras IP que já possuem
uma saída de rede para transmissão do sinal de vídeo através da rede ou da Internet.

• As câmeras IP também podem ter conexão wireless com equipamento via sinal de rádio ou
WiFi. Apresenta inúmeras possibilidades de monitoramento e gravação a distância além da não
utilização de fiação complexa.

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Centrais de alarme – princípio básico

• Centrais de alarme são equipamentos que processam e supervisionam os sinais


provenientes de detectores e outros dispositivos de campo. Grande parte das centrais de
alarme disponíveis no mercado são microprocessadas, ou seja são circuitos integrados
capazes de obedecer a um conjunto predeterminado de instruções conforme as
características do projeto do fabricante da central.

• Algumas configurações de funcionamento da central podem ser realizadas pelo usuário


por meio de uma interface, composta de botões e um mostrador digital (display),
geralmente instalada no painel. Basicamente, um sistema de alarme executa três tipos de
ações:

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• a) detecção: e realizada por meio de detectores (sensores ou dispositivo de acionamento),
com ou sem fio, instalados na edificação e que enviam a central de alarme as informações de
estado das zonas (setores) monitoradas.
• Os detectores sao concebidos de forma a atuar em pontos estratégicos, abrangendo uma
área predeterminada de uma zona. São classificados de acordo com o tipo de detecção que
realizam;

• b) processamento: após receber o sinal de um detector, a central executa uma série de


ações previamente programadas, indicando em qual zona ocorreu o evento. Algumas centrais
podem ainda acionar dispositivos auxiliares para operação de outros sistemas;

• c) sinalização: é realizada por meio de avisos sonoros ou visuais, com o objetivo de alertar
os usuários sobre a ocorrência de algum evento.

• A principal função de um sistema de alarme patrimonial é inibir a violação de um


determinado local e informar a ocorrência aos responsáveis. Mauro Marche
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A central de alarme, que pode ser ativada ou


desativada por um controle remoto de radiofrequência
(RF), recebe as informações enviadas pelos
detectores, informa qual zona foi violada, envia um
sinal para um ou mais números telefônicos
previamente cadastrados pelo usuário por meio de um
discador automático e comanda o acionamento da
sinalização.

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Tipos:
a) monitorada: permite monitoramento remoto por meio de um software.
Todos os eventos registrados pela central são transmitidos em tempo real para uma
central de monitoramento contratada pelo usuário. Os eventos podem ser transmitidos
para a central de monitoramento via telefone fixo, celular, internet ou GPRS2. Esse tipo
de central e muito utilizado em locais não habitados no período noturno ou nos finais de
semana, por exemplo, consultórios médicos, lojas, escritórios e outros ambientes
comerciais.

b) não monitorada: não possibilita monitoramento remoto. Alguns modelos podem ter
uma entrada para linha telefônica, o que permite ativar ou desativar a central por meio de
um telefone e acionar um discador automático. É um tipo de central utilizada por usuários
comuns como uma medida adicional de segurança.

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Sensores:

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Central de alarme de incêndio
A Central de alarme de incêndio pode ser composta por
sistemas bem simples somente com alarmes até sistemas
mais sofisticados com aviso de local da ocorrência, discagem
para áreas de emergência e diversas programações de aviso.

De acordo com a norma NBR 17240:2010 (Sistemas de


detecção e alarme de incêndio), um circuito de detecção
convencional pode monitorar no Máximo uma área de
cobertura de 1.600 m2. Isso corresponde a uma combinação
de 20 dispositivos, entre detectores automáticos e acionadores
manuais.

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Alguns sensores:

A informação dos eventos é dada por meio de detectores específicos, que são, geralmente,
compatíveis com os diversos modelos de centrais de alarme de incêndio disponíveis no
mercado. Entre eles, estão os detectores de fumaça, de temperatura, de chama, de gás e os
acionadores manuais do tipo quebra-vidro.
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DOCUMENTAÇÃO

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Documentação da instalação
A norma NBR 5410 estabelece que uma instalação deve ser executada com base
em um projeto específico, o qual deve conter pelo menos os seguintes documentos:

a) plantas elétricas;
b) esquemas unifilares e outros, quando aplicáveis;
c) detalhes de montagem da instalação elétrica, quando necessários;
d) memorial descritivo;
e) especificação dos componentes (descrição, características nominais e normas a
que devem atender);
f ) parâmetros de projeto (correntes de curto-circuito, queda de tensão, fatores de
demanda considerados, temperatura ambiente etc.).

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• Essa documentação deve ser revisada e atualizada de modo que


represente o que realmente foi executado na instalação (as built). A
atualização pode ser feita pelo projetista, pelo executor do serviço ou por
outro profissional, conforme tenha sido anteriormente combinado entre as
partes.

• A entrega de uma instalação elétrica para a qual não se prevê uma equipe
técnica permanente de manutenção deve ser acompanhada de manual do
usuário escrito em linguagem compreensível ao seu publico. Esse manual
deve conter no mínimo:

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a) esquemas dos quadros de distribuição com indicação dos circuitos e


suas respectivas finalidades, incluindo o detalhamento dos circuitos
terminais;

b) potências máximas previstas para cada circuito terminal e para os


circuitos de reserva, quando aplicável;

c) recomendação categórica para que os dispositivos de proteção não


sejam substituídos por outros com diferentes características técnicas.

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Verificação final para validação

Para que a funcionalidade, a segurança, o conforto e a conformidade com


a norma NBR 5410 sejam garantidos, toda instalação elétrica, seja ela
reformada, seja ampliada, seja nova, deve ser submetida a inspeção
visual e ao ensaio, respectivamente, durante sua execução ou conclusão,
antes de ser entregue ao usuário final.

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Inspeção visual
• Devemos realizar a inspeção visual antes dos ensaios, preferencialmente com os
circuitos desligados. Ela tem o objetivo de verificar se os componentes utilizados na
instalação definitiva foram corretamente especificados e instalados, se estão em
conformidade com as normas aplicáveis e se não apresentam avarias evidentes,
que possam comprometer a segurança e a funcionalidade da instalação.

• A verificação da conformidade pode ser feita por meio de marca de conformidade,


certificação ou informação declarada pelo fabricante ou fornecedor do produto

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• A inspeção visual compreende, basicamente, os itens seguintes:

a) Medidas de proteção contra choques elétricos


Como medida de proteção contra choques elétricos, durante a inspeção
visual,devemos observar se:

• as partes vivas (energizadas) da rede elétrica não estão acessíveis;


• as massas ou partes condutivas acessíveis oferecem riscos, seja em condições
normais, seja na ocorrência de alguma falha que as tornem acidentalmente
energizadas.

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b) Medidas de proteção contra efeitos térmicos

Como medida de proteção contra efeitos térmicos, devemos verificar se a


instalação elétrica foi planejada e executada de modo que seus usuários, bem como
os equipamentos e materiais fixos, localizados nas proximidades dos componentes
da instalação elétrica, sejam protegidos contra efeitos térmicos danosos que
possam ser provocados por esses componentes, tais como:
• queimaduras;
• combustão ou degradação dos materiais;
• comprometimento da segurança e funcionalidade dos componentes instalados.

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c) Seleção e instalação das linhas elétricas
As prescrições da norma NBR 5410 referentes a aplicação das linhas elétricas são
direcionadas, especialmente, aos cabos elétricos de potência, utilizados nas linhas
de energia. A aplicação de cabos de controle, de instrumentação ou de outras
linhas elétricas de sinal deve ser orientada pelas normas aplicáveis e pelos
fabricantes dos produtos.

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d) Seleção, ajuste e localização dos dispositivos de proteção

• Devemos verificar se os dispositivos de proteção estão devidamente identificados e


instalados em locais apropriados, de maneira que possamos reconhecer facilmente
os circuitos por eles protegidos.
• A função dos dispositivos de proteção e interromper sobrecorrentes antes que elas
se tornem perigosas (devido aos seus efeitos térmicos e mecânicos) e danifiquem
isolações, conexões ou terminações dos condutores e dos demais componentes da
instalação.
• Os circuitos compostos de dois ou mais condutores de fase (bifásicos ou trifásicos)
não devem ser protegidos por dispositivos monopolares. De acordo com a norma
NBR 5410, a utilização desses dispositivos instalados lado a lado, apenas com suas
alavancas de manobra acopladas, não os caracteriza multipolares.

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• e) Presença dos dispositivos de seccionamento e comando, sua adequação e
localização
Devemos verificar se estão presentes na instalação meios de desligamento dos
circuitos de máquinas ou equipamentos mecânicos acionados por energia elétrica
(motores, elevadores, bombas de recalque etc.), quando as manutenções
envolverem riscos de acidentes pessoais. O desligamento desses circuitos pode ser
feito por meio de dispositivos apropriados, como:
• contatores;
• disjuntores;
• interruptores;
• seccionadores;
• plugues;
• tomadas.

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• Os dispositivos de seccionamento devem estar instalados de modo que:

• possam ser facilmente localizados e reconhecidos;


• não sofram fechamento acidental devido a choques mecânicos e vibrações;
• permitam seu bloqueio na posição “desligado”, impedindo, assim, que os circuitos
sejam acidentalmente energizados.

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f ) Adequação dos componentes e das medidas de proteção as condições de


influências externas existentes

Na inspeção visual dos componentes da instalação elétrica, devemos levar em


consideração, alem das prescrições da norma NBR 5410, as características desses
componentes e dos respectivos circuitos, as instruções dos fabricantes, o tipo e as
condições climáticas do ambiente onde estão instalados (agentes externos,
temperatura, calor, umidade etc.).

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g) Identificação dos componentes


Devemos verificar se os condutores e os dispositivos de comando, manobra e
proteção estão identificados com placas, etiquetas ou outros métodos adequados.
Caso os condutores da instalação sejam identificados por meio de cores, estas
deverão ser:
• azul-clara para neutro;
• verde ou verde-amarela para condutores de proteção (PE);
• azul-clara, com anilhas de identificação verde-amarela nos pontos visíveis ou
acessíveis para os condutores com funções neutro e de proteção (PEN);
• demais cores para os condutores de fases. (vermelho, branco, preto)

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h) Presença de instruções, sinalizações e advertências


requeridas

Devemos verificar se os conjuntos, em especial os


quadros de distribuição, possuem identificação resistente,
de fácil compreensão e posicionada em sua parte
externa. Devemos observar também que, para facilitar a
localização e o reconhecimento dos circuitos, e
necessário que todos os componentes de um conjunto
sejam identificados. O uso de indicações apropriadas e
considerado uma medida de proteção parcial contra
choques elétricos.

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i) Execução das conexões
Devemos verificar se todas as conexões elétricas da instalação foram executadas
de modo a garantir contato elétrico seguro e eficiente.
Devemos garantir, por exemplo, que não haja a aplicação de solda no termino de
condutores para conecta-los aos componentes da instalação elétrica. Já a aplicação
de solda em emendas de condutores deve garantir as solicitações mecânicas
compatíveis com suas aplicações.

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j) Acessibilidade
Devemos verificar se a instalação dos componentes,
inclusive dos conjuntos e das linhas elétricas, foi feita de
modo a viabilizar a operação, verificação e manutenção.
Isso significa o fácil acesso a quadros de distribuição,
por exemplo.

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Após cumprir todas as etapas da inspeção visual, devemos submeter a instalação
elétrica aos ensaios de funcionamento. Veja no tópico a seguir como eles são
realizados.
Ensaios de funcionamento

Após a inspeção visual, a instalação elétrica deve ser submetida aos ensaios de
funcionamento. Caso seja observado algum problema, este deverá ser prontamente
corrigido. Nesse caso, como os ensaios podem ter sido influenciados pelo problema
apresentado, devem ser repetidos.
É recomendável que todos os dispositivos de proteção da instalação sejam
submetidos a ensaios de funcionamento para que seja verificado se estão instalados
e ajustados corretamente.

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Preferencialmente, os ensaios devem ser realizados na ordem seguinte:

a) Continuidade dos condutores de proteção e das equipotencializações principal e


suplementares e sistema de aterramento (resistência)
b) Resistência de isolamento da instalação elétrica (megômetro)
c) Resistência de isolamento das partes da instalação objeto de extra baixa tensão
ou separação elétrica
d) Seccionamento automático da alimentação e funcionamento do DR conforme
ensaios da NBR 5410
e) Ensaios de funcionamento

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Formulários de validação da instalação
• Durante a inspeção visual, como instalador, deve-se seguir uma lista de verificação
(check-list) e preenche-la com os dados coletados.
• Da mesma forma, deve-se anotar os dados dos ensaios de validação em formulário
próprio, especialmente criado para esse fim.
• O conjunto de formulários preenchidos faz parte da documentação que,
posteriormente, comporá o relatório de execução da inspeção de validação da
instalação realizada
• Essa documentação também é referencia para a documentação do
comissionamento, cuja função é dar o trabalho como terminado e permitir a
liberação dos devidos pagamentos pelo serviço prestado.

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Ensaios do sistema de alarme de incêndio são realizados separadamente.

A norma NBR 17240 descreve os procedimentos necessários a verificação um


sistemas de alarme de incêndio. Alguns procedimentos:

a) Verificar a documentação técnica do sistema: manuais técnicos, desenhos


da instalação, diagramas de interligação devem estar atualizados de acordo
com a montagem final do sistema.

b) Ensaiar os detectores térmicos e termovelocimétricos utilizando um aparelho


que produza, próximo do detector, ar quente a uma temperatura 10%
superior a nominal do detector, devendo este operar em no máximo 90 s.

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c) Ensaiar os detectores de fumaça por meio de dispositivos adequados de acionamento


ou de injeção de gás de ensaio apropriado no interior das suas câmaras de fumaça.

d) O sinal de alarme da central deverá atuar em 30 s no máximo. Caso os detectores


possuam retardo no sinal de alarme, este deve atuar em no máximo 60 s.

e) A norma ainda prevê ensaios realizados produzindo-se fumaça por meio de


combustão de materiais semelhantes aos existentes no ambiente monitorado, e esses
ensaios devem ser realizados com autorização e responsabilidade do cliente, pois
envolvem riscos de acidentes e de deposição de resíduos de combustão nos detectores
e nos demais equipamentos instalados no local. Os acionadores manuais devem garantir
a ativação da central em no Maximo 15 s, indicando corretamente os locais onde estão
instalados.
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f ) Submeter os circuitos de detecção aos seguintes ensaios:

de circuito aberto: consiste em desconectar um dos fios de cada tipo de


equipamento existente no circuito ensaiado, ou em retirar o detector de sua base;

de curto-circuito: os condutores de cada circuito devem ser conectados entre si;

de fuga a terra: os condutores de cada circuito devem ser conectados ao


aterramento do sistema.

Esses eventos devem ser sinalizados pela central em no máximo 2 min.

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g) Submeter os dispositivos avisadores e indicadores aos seguintes ensaios:

de atuação: deve ser feito em todos os avisadores acionando-se um detector ou


acionador manual correspondente ao circuito do avisador, que deve ser acionado em
no máximo 30 s;

de audibilidade: consiste em verificar se o avisador sonoro é perfeitamente audível


em qualquer ponto do ambiente no qual esta instalado, independentemente do nível
de ruído desse local;

de visibilidade: consiste em verificar sua operação na distância mínima frontal de


15m, e essa verificação deve ser feita na pior condição de iluminação do ambiente.

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EM RESUMO:
Após terminado o serviço de instalação, é necessário realizar inspeções visuais e
ensaios, os quais fornecem dados técnicos para a validação do serviço realizado;

A validação tem a finalidade de garantir que a instalação realizada está em


conformidade com o projeto, obedece as normas aplicáveis e pode ser utilizada
com segurança;

A inspeção visual tem por objetivo confirmar se os componentes elétricos ligados


permanentemente a instalação estão:
em conformidade com as respectivas normas;
instalados de acordo com a norma NBR 5410;
sem danos visíveis e capazes de comprometer o funcionamento e a segurança;

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O trabalho de inspeção visual deve preceder os ensaios e ser iniciado com uma
análise da documentação as build (como construído) da instalação;

Os dados coletados durante a inspeção visual e a realização dos ensaios devem


ser reunidos em relatórios e apresentados na forma de formulários.

Comissionamento da instalação elétrica: O que é?

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Comissionamento da Instalação Elétrica:
Comissionamento é o processo de assegurar que os sistemas e componentes de
uma edificação ou unidade industrial estejam projetados, instalados, testados,
operados e mantidos de acordo com as necessidades, requisitos operacionais do
proprietário e os requisitos para manutenção.

O comissionamento pode ser aplicado tanto a novos empreendimentos quanto a


unidades e sistemas existentes em processo de expansão, modernização ou ajuste.

O principal objetivo do comissionamento é assegurar a transferência da unidade


civil ou industrial do construtor para o proprietário de forma ordenada e segura,
garantindo sua operabilidade em termos de desempenho, confiabilidade e
rastreabilidade de informações.

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• É o OK final de entrega da obra....último passo para formalização da entrega....

• É também o “guardião da obra” pois reune todas as informações de tudo que


aconteceu, foi projetado ou executado....

• OBS: O comissionamento não é uma atividade que deve ser contratada no final da
obra para dar o OK, mas sim deve seguir toda a obra e acompanhar todas as
especificações, materiais, instalações, cuidados, segurança, etc...

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