Você está na página 1de 22

LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS

LPT

UNIDADE 3
DANDO ÁGUA NA BOCA
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS

fbmg.blackboard.com / nead.tutoria@sistemabatista.edu.br / 3429-7256


DANDO ÁGUA NA BOCA 3

SUMÁRIO

Super Ondina-------------------------------------------------------------------------- 6

Hífen------------------------------------------------------------------------------------ 8

Papo de Índio-------------------------------------------------------------------------- 11

Porque---------------------------------------------------------------------------------- 12

Semântica------------------------------------------------------------------------------ 13

UNIDADE 3
Dúvidas Frequentes------------------------------------------------------------------- 15

A crase--------------------------------------------------------------------------------- 16

Referências -------------------------------------------------------------------------- 19

Anexo – Glossário ------------------------------------------------------------------- 20

Núcleo de Educação a Distância (NEAD) / FBMG


4 LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS
UNIDADE 3

fbmg.blackboard.com / nead.tutoria@sistemabatista.edu.br / 3429-7256


DANDO ÁGUA NA BOCA 5

Agora entramos na terceira unidade. É muito bom ter a sua companhia!

Nesta unidade, retomaremos alguns conceitos da Gramática Normativa, e outros, os quais julgamos

importantes para o domínio da língua padrão. O nosso desejo é que você apure o seu paladar e fique

com água na boca, buscando se aprofundar no estudo que propomos. Comecemos com uma brevís-

sima retrospectiva:

A variante padrão da nossa língua é a variante de prestígio social. É o modelo “ideal” de língua,

modelo esse que deve ser usado por pessoas cultas, por escritores, jornalistas, autoridades ... Sendo

UNIDADE 3
assim, ela é alvo das análises dos gramáticos, que escrevem as regras de seu funcionamento, regras

essas que são postas como as únicas “corretas”. O português padrão é falado por pessoas que “de-

tém” o poder e pertencem às classes sociais privilegiadas, ou seja, a minoria da população brasileira.

A variante não-padrão é a língua da maioria pobre e dos analfabetos do nosso Brasil. É a variante

utilizada pelas pessoas das classes sociais menos privilegiadas; falantes esses que são considerados,

muitas vezes, como “intelectualmente inferiores”.

Curiosidade: Você sabia que o nosso português é oriundo, como todas as línguas românicas, do

latim vulgar?

É isso mesmo. Quando fundavam uma província, os romanos deixavam ali cidadãos comuns:

agricultores, comerciantes, soldados... Pessoas que não falavam o latim clássico, o latim dos

grandes oradores como Sêneca e Virgílio.

Núcleo de Educação a Distância (NEAD) / FBMG


6 LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS

Elas falavam o latim simplificado, com regras mais práticas que as do latim clássico, daí o seu latim

receber o nome de latim vulgar.

Feita essa brevíssima retrospectiva, estando ciente de que é dever da escola assegurar ao seu aluno

o acesso à norma culta padrão da língua portuguesa, entendendo que ela é uma variante de nossa

língua, prossigamos em nosso estudo. Comecemos com algumas “Dicas fessor”, a respeito do Novo

Acordo Ortográfico Brasileiro. Dicas essas extraídas do Super Ondina(2009), da Escola Municipal

Professora Ondina Nobre, na qual trabalhei.


UNIDADE 3

1) Não se usa mais o trema, o sinal colocado sobre a letra “ü” para indicar que ela deve ser pronun-

ciada nos grupos gue, gui, que, qui.

Como era Como fica

cinqüenta cinquenta
delinqüente delinquente
eloqüente eloquente
ensangüentado ensanguentado
eqüestre equestre
freqüente frequente
lingüeta lingueta
lingüiça linguiça
qüinquênio quinquênio
sagüi sagui
seqüência sequência
seqüestro sequestro
tranqüilo tranquilo

2) O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa

a ser: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z

3) ACENTUAÇÃO GRÁFICA Não se usa mais o acento dos ditongos abertos él e él das palavras

paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).

fbmg.blackboard.com / nead.tutoria@sistemabatista.edu.br / 3429-7256


DANDO ÁGUA NA BOCA 7

Como era Como fica


Coréia Coreia
debilóide debiloide
epopéia epopeia
estréio (verbo estrear) estreio
geléia geleia
heróico heroico
idéia ideia
jibóia jiboia
jóia joia
paranoia paranoia

UNIDADE 3
paranóico paranoico

Observe que entram nessa regra apenas os vocábulos paroxítonos !!!

Assim, permanecem como eram: sóis, papéis, dói, heróis, chapeis, menestréis...

... MAIS ACENTUAÇÃO GRÁFICA Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento agudo no i e

no u tônicos quando vierem depois de um ditongo decrescente.

Como era Como fica


Sauípe Sauipe
feiúra feiura
baiúca baiuca
boiúna boiuna

permanece (saúde, saída, país, feissímo, países ...). Elimina-se o acento circunflexo nas vogais tôni-

cas o e e quando em vocábulos paroxítonos.

Como era Como fica


Perdôo perdoo
vôo voo
enjôo enjoo
môo moo
lêem leem
vêem veem
recrêem recreem

Núcleo de Educação a Distância (NEAD) / FBMG


8 LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS

É facultativo o acento agudo no a ou i dos radicais nas formas conjugadas dos verbos terminados

em guar, quar ou quir. Assim:

- enxáguo ou enxaguo

- águo ou aguo

- averígue ou averigue

- apazígue ou apazigue

Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pó-

lo(s)/polo(s).
UNIDADE 3

Como era Como fica


Ele pára o carro. Ele para o carro.
Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar polo.
Esse galo tem pêlos Esse galo tem pelos bran-
brancos. cos.

Atenção: permanecem os acentos que diferenciam, pôr (verbo)/por (preposição); têm, mantêm,

vêm (plural) tem, mantém, vem (singular); pôde (passado) / pode (presente)

EMPREGO DO HÍFEN

Este é, sem duvida, um dos pontos mais complicados da reforma ortográfica, mas não se apavore.

Veja aqui os principais casos e, pouco a pouco, você irá assimilando outras mudanças. Mas, desde

já, prometa que irá se esforçar para dar conta do recado.

Vamos lá: a maioria dos hífens, em palavras compostas, desaparece. Assim, pára-quedas vira para-

quedas, contra-regra, contrarregra, anti-semita, antissemita. Mas, circunavegação ganha um hífen e

torna-se circum-navegação. Além disso, será mantido o hífen em palavras compostas cujo segundo

componente começa com h, como pré-história. Nesse case, a exceção são os prefixos des e in: você

deve escrever humano e hábil, porém, desumano, inumano e inábil (veja que o h desaparece l).

fbmg.blackboard.com / nead.tutoria@sistemabatista.edu.br / 3429-7256


DANDO ÁGUA NA BOCA 9

Em substantivos compostos em que a última letra da primeira palavra e a primeira letra da segunda

palavra são iguais, será feita a introdução do hífen. Assim, microondas vira micro-ondas, A exceção

fica por conta do prefixo co: cooperar, coordenar, por exemplo, continuam como antes.

Veja, agora, algumas regras importantes: Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresen-

tam elementos de ligação: guarda-chuva, arco-iris, boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda, vaga-lu-

me, joão-ninguém, porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, bate-boca.

UNIDADE 3
Exceções: não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção da composição, como giras-

sol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista, paraquedismo.

Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais, sem elementos de ligação: reco-reco, blá -blá-

blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague, escon-

de-esconde, pega-pega, corre-corre.

Mas, atenção! Quando a expressão apresentar elemento de ligação, não se usa mais o hífen: pé de

moleque, pé de vento, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, cor de rosa, ponto e virgula, camisa de

força, cara de pau, olho de sogra ...

Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, flo-

res, frutos, raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação: Bem-te-vi, peixe-espada, pei-

xe-do-paraiso, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagônia, erva-doce, ervilha-de-

cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do-campo, cravo-da-índia.

Núcleo de Educação a Distância (NEAD) / FBMG


10 LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS
UNIDADE 3

fbmg.blackboard.com / nead.tutoria@sistemabatista.edu.br / 3429-7256


DANDO ÁGUA NA BOCA 11

A Academia de Letras estabelece a ortografia oficial, a “maneira única”

de se escrever, que é imposta por decreto- lei governamental.

Observemos o texto abaixo, do poeta Chacal:

PAPO DE ÍNDIO

UNIDADE 3
Veiu uns ômi di saia preta

Cheiu di caixinha e pó branco

qui eles disserum qui chamava açucri

Aí eles falarum e nós féchamu a cara

depois eles arrepitirum e nós fechamu o corpo

Aí eles inistirum e nós comemu eles.

(In Heloisa Buarque de Hollanda e Carlos A.M.Pereira(org.). Poesia jovem. Anos 70. São Paulo:

Nova Cultural,1982)

1) Reescreva o texto acima fazendo as devidas concordâncias, colocando-o no padrão culto da lín-

gua.

2) Qual a possível intenção do poeta, segundo as pistas no texto, ao escrevê-lo como o faz?

Resposta: O autor faz uso das variedades linguísticas para tratar de uma situação de colonização,

de dominação política e cultural do branco colonizador sobre o índio.

Núcleo de Educação a Distância (NEAD) / FBMG


12 LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS

Feitas estas considerações, passemos a outro aspecto importante da variante padrão da nossa lín-

gua: o emprego da palavra PORQUE.

Leia a tirinha abaixo:


UNIDADE 3

Na tirinha de Dik Browne (Folha de São Paulo, 30/02/96, a palavra porque está empregada de for-

mas diferentes: a primeira forma é o por que sem acento e separado, a segunda é o porque junto e

sem acento.

A palavra porque está empregada de formas diferentes: a primeira forma é o por que sem acento e

separado, a segunda é o porque junto e sem acento. A primeira forma assim se apresenta por se tra-

tar de uma frase em que a pergunta é feita diretamente, já a segunda, por se tratar de uma conjunção

que introduz uma explicação sobre o que foi perguntado anteriormente. De uma forma resumida,

emprega-se: Por que(estruturado pela preposição por acompanhada do pronome relativo que): em
frases interrogativas diretas ou indiretas.

Ex.: “Eu gostaria de saber por que Mateus faltou ao compromisso”(interrogativa indireta) “Mateus,

por que você faltou ao compromisso?”(interrogativa direta).

Por quê(pronome interrogativo): no final das frases: “Mateus, você faltou ao compromisso por

quê?”(interrogativa direta).

Porque(conjunção explicativa): em orações que explicam ou indicam causa de algo: “Isto ocorre

porque você vive mentindo”.

fbmg.blackboard.com / nead.tutoria@sistemabatista.edu.br / 3429-7256


DANDO ÁGUA NA BOCA 13

Porquê: quando se trata de palavra substantivada, com o sentido de “razão”, motivo. Lembrando

que a palavra substantivada vem precedida pelo artigo o, nesse caso: “Gostaria de saber o porquê

de sua insistência”.

Visto tudo isso. Vejamos, agora, algumas questões de semântica, ou seja, de significação das pala-

vras, grosso modo.

1) Sinonímia – significação semelhante de algumas palavras em determinados contextos:

branco= alvo; forte= robusto

UNIDADE 3
2) Antonímia – palavras com sentidos opostos:

bom x ruim; cedo x tarde

3) Homonímia – palavras que possuem a mesma grafia ou a mesma pronúncia, ou ainda as duas

coisas juntas. Elas podem ser:

a) homófonas – mesma pronúncia, grafia diferente :

cela – sela

b) homógrafos – mesma grafia, pronúncia diferente:

acordo(substantivo), acordo(verbo)

c) perfeitos – mesma pronúncia e grafia:

são(verbo), são(adjetivo)

4)Paronímia: “muito parecido” – Não há semelhança nem na pronúncia nem na grafia.

Alguns exemplos de parônimos e homônimos presentes em nossa língua:

Ascender: pôr fogo; ascender: elevar-se, subir

Acento: tom de voz; assento: base, lugar de

Cerra: do verbo cerrar, fechar; serra: instrumento cortante, do verbo serrar, cortar

Cédula: documento; sédula: feminino de sédulo(cuidadoso)

Núcleo de Educação a Distância (NEAD) / FBMG


14 LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS

Censo: recenseamento; senso: juízo

Cessão: ato de ceder; sessão: tempo que dura uma assembleia; secção ou seção: corte, divisão

Censual: relativo a censo; sensual: relativo aos sentidos

Elidir: eliminar; ilidir: refutar

Deferir: atender, conceder; diferir: distinguir-se, posicionar-se contrariamente

Descargo: alívio; Desencargo: desobrigação de um encargo

Comprimento: extensão; cumprimento: saudação

Concerto: sessão musical; conserto: reparação


UNIDADE 3

Conjetura: suposição; conjuntura: momento

Despensa: copa; dispensa: ato de dispensar

Espectador: o que observa; expectador: o que tem expectativa

Eminente: excelente; iminente: que está por acontecer

Emissão: ato de emitir: imissão: fazer entrar

Empossar: dar posse; empoçar: formar poça

Descriminar: inocentar; discriminar: distinguir, diferenciar

Gás: fluido aeriforme; gaz: medida de extensão

Intercessão: ato de interceder; interseção: ato de cortar

Fluir: correr; fruir: desfrutar


Pleito: disputa; preito: homenagem

Tráfego: trânsito; tráfico: negócio ilícito

Viagem: jornada; viajem: do verbo viajar

Tacha: tipo de prego; defeito; taxa: imposto

Ruço: grave, insustentável; russo: da Rússia

Ratificar: confirmar; Retificar: corrigir

Proeminente: saliente no aspecto físico; preeminente: nobre, distinto

Intenção: propósito; intensão: intensidade, força

fbmg.blackboard.com / nead.tutoria@sistemabatista.edu.br / 3429-7256


DANDO ÁGUA NA BOCA 15

ISSO POSTO, PASSEMOS PARA ALGUMAS DÚVIDAS FREQUENTES:

• MAS OU MAIS?

“Você diz sempre que me ama, mas vive mentindo para mim”

Mas inicia uma frase que pontua uma ideia que se opõe ao que foi dito antes: como alguém que

ama mente tanto? É uma ideia contraditória.

Mais indica intensidade ou quantidade, é o oposto de menos: “Nada é mais importante para mim

UNIDADE 3
do que você”.

• MAL OU MAU?

Mal pode ser advérbio: “Beber leite com manga faz mal à saúde?” ou substantivo quando significar

maldade: “Faça bem às pessoas e não o mal”. O antônimo de mal é bem.

Já a palavra MAU é um adjetivo, o seu antônimo é bom: “O jovem e mau soldado veio até aqui”.

• HÁ ou A?

Há é empregado:

i) quando é uma forma do verbo haver – “ Há alguém que me ama incondicionalmente: Deus”;

ii) com referência a tempo passado(equivale a faz): “Estive na França há dois anos”.

Observação: Há, com referência a tempo passado, já significa atrás. Desse modo, ou se emprega

apenas há ou se emprega apenas atrás: Há dois anos estive na França ou Dois anos atrás estive na

França.

Emprega-se A :

i) com referência a tempo futuro: “Sairemos daqui a pouco”;

ii) com referência a distância: “Moro a cinco quarteirões da Faculdade Batista”.

Núcleo de Educação a Distância (NEAD) / FBMG


16 LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS

• AFIM OU A FIM?

Afim é adjetivo e significa “semelhante”. De “afim” deriva “afinidade”: “As ideias de Jonas e Jordan

são afins, não há embates”.

A fim faz parte da locução prepositiva a fim de, que indica finalidade: “ O aluno estudou bastante a

fim de aprender a matéria e sair-se bem nas provas”.

• MEIO OU MEIA?
UNIDADE 3

Meio é advérbio quando equivale a “mais ou menos, um pouco”: “Felipe pareceu-me meio cansa-

do”.

Meia é adjetivo e equivale a metade: “Eu comi meia maçã”.

• AO INVÉS DE OU EM VEZ DE?

Ao invés de indica oposição: “Você devia sorrir ao invés de chorar”.

Em vez de indica substituição: “ Paulo saiu com Júlia em vez de sair com Renata, como prometeu”.

A CRASE

Fusão da preposição a (exigida pela regência do verbo ou do nome: substantivo, adjetivo ou advér-

bio) com o artigo definido a(s): “Maria foi à festa” e com os pronomes demonstrativos: a(s), aque-

le(s), aquela(s), aquilo: “ Antônio fez menção àquilo por vários dias”, a crase só é possível diante de

palavras femininas.

A crase é um fenômeno que ocorre na fala. Na escrita é marcada pelo acento grave. Assim, como um

dos as desaparece na escrita, também não deve ser pronunciado, ou seja, não devemos pronunciar

duas vezes o a.

fbmg.blackboard.com / nead.tutoria@sistemabatista.edu.br / 3429-7256


DANDO ÁGUA NA BOCA 17

OCORRE CRASE EM ALGUNS CASOS ESPECIAIS:

1) em locuções adverbiais e prepositivas, formadas por substantivos femininos: às vezes, às pressas,

às claras, à toa, à custa de, à esquerda, à direita, à tarde, às duas horas.

2) Nas expressões proporcionais à medida que, à proporção que: “À medida que ele se aproximava,

meu coração batia mais forte”

3) Quando estão subentendidas as expressões à moda de, à maneira de ou palavras como faculdade,

universidade, empresa, companhia, mesmo que diante de palavras masculinas: “ Dirigi-me à Óton

UNIDADE 3
Mariano”(à empresa)

4) Antes de nomes de lugares, desde que eles sejam determinados pelo artigo: “Um dia irei à França”

USO FACULTATIVO DA CRASE:

1) Antes de nome próprio feminino: “Pedi à Miriam explicação sobre a crase”

2) Antes de pronome possessivo no singular: “Expliquei à sua mãe, o modo de preparo da receita”

3) Após a preposição até: “Trabalhei até às 24horas”

NÃO OCORRE CRASE:

1) Antes de verbo: “Estou a estudar para a Avaliação Intermediária”

2) Antes de palavra masculina: “Fomos ao consultório dentário”

3) Entre expressões formadas por palavras repetidas: “ Estevão tem um dia a dia(cotidiano, dia após

dia) agitado”.

4) Antes de pronomes “que” e “quem”: “A senhora a quem me referi, chegou”; “A novela a que assisti

não teve um final agradável”.

5) Antes de pronomes de tratamento: “Escrevo a Vossa Excelência”

Núcleo de Educação a Distância (NEAD) / FBMG


18 LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS

Observação:

Os pronomes senhora e senhorita admitem(sentido obrigatório) o uso do acento grave: “Escrevo à

senhora com objetivo de solicitar a bolsa escolar”

Pensando em crase, voltemo-nos, rapidamente, para os “tipos” de verbos:

1) Intransitivo: não precisa de complemento; por si só “passa” informação: “Paulo chegou”(verbo


UNIDADE 3

intransitivo); “A moça morreu”(verbo intransitivo)

2) Transitivo: é o verbo que, obrigatoriamente precisa de um complemento: direto ou indireto.

Direto: complemento sem preposição: “ Ela comprou (verbo transitivo direto) o(artigo) livro (ob-

jeto direto)

Indireto: complemento com preposição: “Andressa aspira (verbo transitivo indireto) ao (preposi-

ção) cargo de chefia (objeto indireto)

3) Bitransitivos: verbos que necessitam do objeto direto e do indireto: “Kátia pagou (verbo tran-

sitivo direto e indireto) os tomates (objeto direto) ao feirante (objeto indireto)

4) Verbos de ligação: não evidenciam ação; são usados para evidenciar estado, bem como para

“ligar” sujeito e predicado. São: ser, estar, permanecer, ficar, continuar, parecer, tornar-se, mostrar-

se e andar (este em sentido figurado: “Antônio anda cansado”).

fbmg.blackboard.com / nead.tutoria@sistemabatista.edu.br / 3429-7256


DANDO ÁGUA NA BOCA 19

REFERÊNCIAS

COSTA VAL, Maria da Graça. Redação e Textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

FÁVERO, Leonor L. Coesão e coerência textuais. São Paulo: Ática, 1991.

SANT’ANNA, Affonso Romano de. In: Bianchini e Cunha. ?: ?,1981.

Núcleo de Educação a Distância (NEAD) / FBMG


20 LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS

GLOSSÁRIO

Ditongo: É o nome que se dá à combinação de um som vocálico com um som semivocálico emiti-

dos num só esforço de voz. Ex. leite

Paroxítonas: Palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba

Proparoxítonas: Uma palavra diz-se proparoxítona quando tem o acento predominante, a síla-

ba tônica, na antepenúltima sílaba. Esdrúxula é sinónimo de proparoxítona.


UNIDADE 3

fbmg.blackboard.com / nead.tutoria@sistemabatista.edu.br / 3429-7256


DANDO ÁGUA NA BOCA 21

UNIDADE 3

Núcleo de Educação a Distância (NEAD) / FBMG

Você também pode gostar