Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Material de Apoio Gestão de Produção e Qualidade 2020
Material de Apoio Gestão de Produção e Qualidade 2020
GESTÃO DE PRODUÇÃO
E
QUALIDADE
ISPKS/SUMBE – 2020
Índice de Figuras
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 1
2. BREVE HISTORIAL DA GESTÃO DE PRODUÇÃO................................................ 2
2.1 JUST IN TIME (JIT)............................................................................................ 5
2.2 KANBAN ............................................................................................................ 5
2.3 BENCHMARKING.............................................................................................. 6
3. GESTÃO DE PRODUÇÃO ....................................................................................... 8
3.1 PRODUÇÃO ARTESANAL ............................................................................... 9
3.2 TAYLORISMO-FORDISMO ............................................................................... 9
3.3 TAYOTISMO OU MODELO JAPONÊS ............................................................. 9
3.4 O VOLVISMO ................................................................................................... 10
3.5 DEFINIÇÃO (PRODUÇÃO E SISTEMAS) ....................................................... 11
3.5.1 PRODUÇÃO ..................................................................................................... 11
3.5.1 SISTEMAS ....................................................................................................... 11
3.6 SISTEMA DE PRODUÇÃO E OPERAÇÕES .................................................. 12
3.7 CLASSIFICAÇÃO DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO ....................................... 12
3.8 TIPOS DE SISTEMA DE PRODUÇÃO NA MANUFACTURA ......................... 12
3.9 TIPOS DE SISTEMA DE PRODUÇÃO EM OPERAÇÕES DE SERVIÇOS .... 13
4. PLANEAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO (PCP) ..................................... 16
4.1 TIPOS DE CONTROLO ................................................................................... 18
4.2 DEFINIÇÕES E ALGUNS EXEMPLOS ........................................................... 18
4.3 OBJECTIVOS DA DETERMINAÇÃO DA CARGA DE MÁQUINA E DA
CARGA DE MÃO DE OBRA .................................................................................. 19
4.3.1 DETERMINAÇÃO DA CARGA DE MÁQUINA E DA CARGA DE MÃO DE
OBRA...................................................................................................................... 19
5. BREVE HISTÓRICO DA ERGONOMIA DO POSTO DE TRABALHO .................. 22
5.1 A ERGONOMIA ............................................................................................... 23
5.2 A ERGONOMIA E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ..................................... 25
6. GESTÃO DA QUALIDADE ..................................................................................... 27
6.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO CONCEITO DA QUALIDADE .......................... 27
6.2 CONCEITOS (QUALIDADE) ........................................................................... 28
6.3 A ADMINISTRAÇÃO E CONTROLO DA QUALIDADE .................................. 29
6.3.1 EVOLUÇÃO DO CONTROLO .......................................................................... 29
7. FERRAMENTAS DA QUALIDADE ........................................................................ 32
8. NORMAS DA QUALIDADE (ISO) .......................................................................... 37
8.1 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE ....................................................... 38
9 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................... 39
1. INTRODUÇÃO
Uma verdadeira teia produtiva que leva muitas nações do mundo ao desenvolvimento
económico e a constante e a ininterrupta melhoria da qualidade de vida de seus
cidadãos. Esse desenvolvimento económico é o resultado da excelência de empresas
que sabem produzir e abastecer a sociedade de bens e serviços necessários ao seu
bem-estar, ao desenvolvimento e à melhoria de vida.
1
2. BREVE HISTORIAL DA GESTÃO DE PRODUÇÃO
A história da indústria não é diferente. Foi por meio das inovações de pessoas que
buscavam “algo mais” que os meios de produção evoluíram e proporcionaram grandes
melhorias contribuindo para o desenvolvimento da humanidade.
No ano de 1776, James Watt vendeu seu primeiro motor a vapor na Inglaterra
(instalado inicialmente em fábricas de artefactos de ferro e aço), disparando assim a
chamada Primeira Revolução Industrial e substituindo, gradativamente, a produção
artesanal. De acordo com Correa (2003), esta Primeira Revolução Industrial mudou
completamente a face da indústria, com uma crescente mecanização das tarefas
anteriormente executadas de forma manual.
2
Na década de 1910, Henry Ford1 começa a desenvolver os princípios da produção em
massa, a partir da percepção de um potencial mercado consumidor de baixa renda
para automóveis e da constatação de que a produção artesanal não era a melhor
maneira de produção para este tipo de consumidor, uma vez que os custos eram
elevados. Ford alia os conceitos da intercambiabilidade de peças (de Whitney) à
Administração Científica (de Taylor) e acrescenta o conceito de linhas de montagem
seriada.
Dessa forma, Ford conseguiu liderar uma indústria que logo se tornou a maior do
mundo, por ter sido o primeiro a dominar os princípios da produção em massa. Entre as
principais características da produção em massa, podemos destacar:
linhas de montagem;
posto de trabalho;
estoques intermediários;
monotonia do trabalho;
arranjo físico ou layout;
balanceamento de linha;
produtos em processo;
motivação;
sindicatos;
manutenção preventiva.
1
“Construirei um carro para as grandes massas, feito com os melhores materiais, pelos melhores homens que
puderem ser contratados e seguindo os projectos mais simples que a moderna engenharia puder conceber (...) de
preço tão baixo que qualquer homem que ganhe um bom salário seja capaz de possuir – e de desfrutar com a sua
família a benção das horas de prazer nos grandes espaços abertos da natureza” – declaração de Henry Ford no
início da carreira como produtor de carros.
3
A partir de 1927, último ano de produção do modelo T, Ford defrontou-se com a
demanda em queda. Isto ocorreu devido à percepção da General Motors (GM), então
liderada por Slogan, de uma nova necessidade de mercado: a variedade. Desta forma,
utilizando-se dos mesmos princípios da produção em massa, mas com um aumento na
variedade dos produtos, a GM passou a liderar o mercado de automóveis, oferecendo
carros de cores e modelos variados com um preço um pouco maior do que Ford.
Neste contexto, a partir dos anos 50, surgia uma nova ideia de produção capaz de
suprir as necessidades de ampla variedade e curta vida útil dos produtos, de qualidade
assegurada, de trabalho de acordo com a demanda e redução dos custos. Desta
forma, irrompe o Sistema Toyota de Produção (STP), que começou a ser desenvolvido
a partir de uma visita de Eiji Toyoda, filho do fundador e então diretor da Toyota, à
fábrica Rouge da Ford nos Estados Unidos.
Toyoda voltou de lá com a certeza de que não poderia introduzir o modelo de produção
americano (produção em massa) no Japão, devido às diferenças culturais, econômicas
e geográficas e também por perceber alguns dos problemas daquele tipo de produção.
Sendo assim, o Sistema Toyota de Produção (STP), foi desenvolvido instintivamente
por Taiichi Ohno, o então engenheiro de produção da Toyota, pela necessidade de
atender à demanda.
4
2.1 JUST IN TIME (JIT)
Com este sistema, o produto ou matéria prima chega ao local de utilização somente no
momento exato em que for necessário. Os produtos somente são fabricados ou
entregues a tempo de serem vendidos ou montados.
2.2 KANBAN
2.3 BENCHMARKING
6
interactivo e dinâmico que não pode apoiar-se num corpo de conhecimento estático. Os
empregados inventam, improvisam e aprendem qualquer coisa todos os dias. A
necessidade de difusão das melhores práticas nunca acaba.
7
3. GESTÃO DE PRODUÇÃO
O homem passa então a ser usado como acessório da máquina, devendo, assim,
obedecer ao ritmo dela, com horários rígidos, mecanização da actividade e controle
rígido. Esse processo trouxe sérias consequências não só à produtividade que
aumentou enormemente, mas a toda sociedade em si.
Mesmo dentro das empresas ela não se restringiu à linha de produção, chegando
também à administração, em forma de burocratização: divisão rígida de tarefas,
supervisão hierárquica, regras e regulamentos detalhados.
Pode-se dizer que a gestão da produção é, acima de tudo, um assunto prático que trata
de problemas reais, pois tudo o que vestimos, comemos e utilizamos passa de alguma
maneira por um processo produtivo, e organizar este processo eficaz e eficientemente
é o objectivo da Gestão da Produção de Bens e Serviços.
8
Os sistemas de gestão de produção utilizados pelas empresas ao longo da história que
se destacaram são artesanais, os que sucederam foram o modelo Taylorismo-
Fordismo, o Toyotismo e o Volvismo.
3.2 TAYLORISMO-FORDISMO
9
Pode-se notar que, no modelo japonês, houve um deslocamento do modelo Taylorista-
Fordista (produção em massa) para um modelo pós-fordista (produção flexível e
enxuta).
Eles desenvolveram assim uma série de inovações técnicas que acabaram por facilitar
a modificação de características de seus produtos e, consequentemente, facilitavam o
reparo de defeitos.
A crise do petróleo fez com que as organizações que aderiram ao Toyotismo tivessem
vantagem significativa, pois esse modelo consumia menos energia e matéria-prima, ao
contrário do modelo Fordista. Assim, com esse modelo de produção, as empresas
Toyotistas conquistaram grande espaço no cenário mundial.
3.4 O VOLVISMO
Volvismo pode ser entendido como uma expressão do modelo sueco de gestão,
caracterizada pelo altíssimo grau de informatização e automação, com um alto grau de
experimentalismo. Seu foco é no pleno emprego e no desenvolvimento de um
empregado criativo, multifuncional e flexível.
3.5.1 PRODUÇÃO
Segundo Aurélio, produção é o acto ou efeito de produzir, criar, gerar, elaborar, realizar
algo.”
3.5.1 SISTEMAS
11
3.6 SISTEMA DE PRODUÇÃO E OPERAÇÕES
Independente da operação produzir um bem ou um serviço, ela faz isso por meio de
um processo de transformação. Por transformação entende-se o uso de recursos para
mudar o estado ou condição de algo para produzir os produtos/serviços (outputs).
Assim sendo, qualquer actividade de produção pode ser vista conforme o modelo input-
transformação-output.
Muitos tipos de classificações podem ser usados nos sistemas produtivos. No que diz
respeito ao tipo de produtos, podemos dizer que há duas grandes classes:
É normal que tenhamos sistemas produtivos de bens que poderão ser também
classificados de sistemas produtivos de serviços. É o caso de um restaurante onde a
confecção dos diversos pratos é claramente a produção de um bem, enquanto que
uma grande parte das outras tarefas do restaurante fazem parte da produção de um
serviço. A classificação dos sistemas produtivos não é nem simples nem universal.
Processos de Projecto;
Processos de Jobbing;
Processos em Lotes;
Processos de Produção em Massa;
Processos Contínuos;
12
3.9 TIPOS DE SISTEMA DE PRODUÇÃO EM OPERAÇÕES DE SERVIÇOS
Processos em lotes: como o próprio nome diz, os produtos são fabricados em lotes.
Possuem como característica alto volume e baixa variedade.
13
Processos de produção em massa: também possuem como característica alto
volume e baixa variedade, mas apresentam um volume ainda maior do que os
processos em lotes.
Como vimos, as operações que possuem uma alta variedade de produtos e serviços,
consequentemente apresentarão um baixo volume devido ao facto de que não tem
como trabalhar com grandes quantidades quando a operação exige atenção a
detalhes.
14
Figura 3. Tipos de produção e correlacção entre volume e variedade de produtos
15
4. PLANEAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO (PCP)
Numa empresa industrial, o (PCP) pode ser dividido em duas partes, ou seja, a parte
mais específica do planeamento, na qual ocorrem as actividades de gestão dos prazos
de entrega dos produtos fabricados pela empresa, ou seja, antes da área comercial da
empresa fechar qualquer negócio com um cliente deve fazer um contacto com a área
de planeamento para verificar a disponibilidade de recursos para a entrega do produto
no tempo e quantidade pretendidos pelo potencial cliente.
2
Por chão de fábrica entende-se o processo de execução das actividades operacionais nas áreas de
produção.
16
Figura 5. Interação do PCP com outras Áreas
Este sistema possibilita às empresas calcularem os materiais dos diversos tipos que
são necessários e em que momento, assegurando os mesmo que sejam
providenciados no tempo certo, de modo a que se possa executar os processos de
produção.
17
4.1 TIPOS DE CONTROLO
Entre os diversos tipos de controle que podem ser realizados na produção de bens
e/ou prestação de serviços, podemos citar o controle dos prazos, do material, dos
custos, da qualidade e do trabalho.
Prazos
Materiais
Tipos de Controle
Custos
Qualidade
Trabalho Carga de Máquinas/Equipamentos
Carga de Mão-de-Obra
Figura 6. Tipos de Controle Aplicáveis a Produção
Exemplos de programa de produção: produzir 300 calças em quatro dias ou, também,
três toneladas de um produto das 14 às 18 horas.
18
Exemplo: uma máquina de costura que precisa ficar 380 minutos funcionando num dia
de trabalho para que sejam costuradas 100 calças a um tempo médio de 3,8 minutos
por calça.
19
Dados Fórmula
PP= 600 pç/dia CM= PPxTP
TP= 0,18 min/pç CM= 600pç/dia x 0,18min/pç
CM=? CM= 600pç/dia x 0,18min/pç
Resultado
CM= 108 min/dia
Isso significa que para realizar este programa de produção e considerando o tempo
padrão, serão necessários 108 min de máquina “x” funcionando por dia.
Isso significa que para realizar este programa de produção serão necessários 2,87
operários, ou seja, três, uma vez que não é possível subdividir pessoas. Em outras
palavras: para cumprir o programa de produção anteriormente estipulado será
necessário contar com o tempo total de trabalho de duas pessoas, mais uma parte
(87%) do tempo total de trabalho de uma terceira pessoa num dia de trabalho.
20
atender o programa de produção. No caso do exercício mencionado, é necessário que
a referida máquina fique produzindo por 1,379 minutos.
Já a carga de mão de obra pode ser definida como o número de pessoas necessárias
num dia de trabalho (ou período pré-determinado) para atender o programa de
produção previsto. No caso em questão, verificou-se a necessidade de 2,87 pessoas.
21
5. BREVE HISTÓRICO DA ERGONOMIA DO POSTO DE TRABALHO
22
Na actualidade percebe-se que a maioria dos problemas ergonómicos estão
exactamente onde sempre estiveram, ou seja, no projecto das máquinas, dos
equipamentos, das ferramentas, do mobiliário e do posto de trabalho e, evidentemente,
agravados pelas inadequações relativas à organização do trabalho.
Por este motivo é que se deve aplicar os conhecimentos de ergonomia nos postos de
trabalho, das máquinas, das ferramentas, do mobiliário e até mesmo no planeamento
da organização do trabalho.
5.1 A ERGONOMIA
É portanto, uma ciência que pesquisa, estuda, desenvolve e aplica regras e normas a
fim de organizar o trabalho, tornando este último compatível com as características
físicas e psíquicas do ser humano.
Neste sentido, podemos afirmar que o desempenho dos indivíduos dentro de uma
organização está directamente ligado à conformidade entre os seus valores pessoais e
os valores da organização, ou seja, a cultura, e o clima organizacional.
3
É um padrão habitual de ausências no processo de trabalho, dever ou obrigação, seja por falta ou atraso, falta de
motivação ou devido a algum motivo interveniente. É usado também para designar a soma dos períodos de
ausência de um funcionário de seu ambiente de trabalho.
4
É um conceito frequentemente utilizado na área de Recursos Humanos (RH) para designar a rotatividade de
pessoal em uma organização, ou seja, as entradas e saídas de funcionários em determinado período de tempo. O
cálculo de turnover tem a função de determinar a percentagem de substituições de funcionários antigos por novos e,
consequentemente, analisar a capacidade da empresa em manter os seus colaboradores
24
5.2 A ERGONOMIA E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
25
Na verdade, a ergonomia deve estar presente nas mais diversas áreas da empresa e
deverá estar interagindo e se integrando na Gestão da Qualidade, pois a busca da
Qualidade Total passa necessariamente pela Qualidade de Vida no Trabalho.
26
6. GESTÃO DA QUALIDADE
Segundo António & Teixeira, citado por Nicolay Africano (2017), embora a gestão da
qualidade seja um assunto que ganhou grande notoriedade a partir do início da década
de 1980, não se trata de uma invenção moderna. Pode-se narrar a história da
qualidade de muitas formas. Um grande número de académicos concorda que o
conceito ou a filosofia da qualidade existe desde há muito, discordando somente uns
que o conceito da qualidade existe desde há centenas de anos e outros falam em
milhares de anos.
27
Figura 8. Perspectiva do Desenvolvimento da Qualidade (Fonte: António & Teixeira, 2009)
Não se pretende que seja exaustivo no que respeita à história da qualidade, por isso
não se abordará ao pormenor os períodos remotos onde a qualidade dos produtos e
dos processos atingiu altos padrões de excelência (como são exemplos marcantes os
processos de construção das pirâmides do Egipto e a gestão do império romano e do
império chinês). Contudo, na história há dois marcos a considerar, dada a sua
relevância para a forma como a qualidade passou a ser encarada (Africano, 2017).
28
Existem diversas definições para qualidade, o que torna impossível um conceito
definitivo para a ideia do que é realmente qualidade.
Todos tentam definir qualidade, mas sempre há algo a acrescentar nessa definição.
Todos concordam em uma coisa: a qualidade deve satisfazer as necessidades e
superar as expectativas do cliente.
Segundo a American Society for Quality Control (ASQC), diz que: “qualidade é
totalidade dos atributos e características de um produto ou serviço que afectam sua
capacidade de satisfazer as necessidades declaradas ou implícitas (Kotler & Keller,
2006).
A preocupação com o Controlo não é recente. Será decerto tão antiga quanto a
existência de civilização. As mais importantes civilizações da antiguidade, já dispunham
de regras ou sistemas de controlo, mesmo que embrionários.
29
Das diversas formas de classificar o Controlo destacamos apenas as seguintes;
O Controlo Externo, como o próprio nome indica, é realizado por um organismo
externo, independente da entidade controlada, ou seja, por organismo exterior à
estrutura administrativa, portanto, desvinculado e imparcial em relação à actividade
objecto de Controlo, sendo diferente do que emanou o acto ou o procedimento
administrativo e assegurando uma actuação consentânea com alguns dos princípios do
ordenamento jurídico, como legalidade, legitimidade, economia, moralidade,
publicidade, motivação e impessoalidade.
30
estabelecimento de objectivos e a ampla utilização de centros de responsabilidade que
são avaliados com base nos resultados apresentados.
31
7. FERRAMENTAS DA QUALIDADE
As empresas cada vez mais necessitam certificar através de política e acções. Fazer
qualidade é procurar a satisfação dos clientes em primeiro lugar. A verificação deste
princípio fez com que muitas empresas de sucesso dominassem o mercado de produto
e serviço nos últimos anos.
A qualidade não pode estar separada das ferramentas básicas usadas no controle,
melhoria e planeamento da qualidade, visto que estas fornecerem dados que ajudam a
compreender a razão dos problemas e determinam soluções para eliminá-los. Vamos
então apresentar e demonstrar a aplicação de cada uma das ferramentas, os pré-
requisitos para a construção e como fazer a relação em cada uma delas.
1. Diagrama de Pareto
2. Histograma
3. Diagrama de Causa e Efeito
4. Folha de Verificação
5. Gráficos de Controlo
6. Fluxogramas
7. Cartas de Controlo
1. DIAGRAMA DE PARETO
32
2. HISTOGRAMA
Para cada um dos efeitos existem inúmeras causas dentro das categorias como as 6
M’S (método, mão-de-obra, matéria-prima, máquinas, mensuração e meio ambiente).
Este diagrama tem a forma de uma espinha de peixe e resulta da forma na qual as
diversas causas se dispõem no diagrama. O objectivo deste diagrama é identificar e
solucionar falhas.
4. FOLHA DE VERIFICAÇÃO
São usadas para o registo de dados, sendo este um formulário de papel no qual os
itens a serem verificados já estão impressos de modo que os dados possam ser
colectados de forma fácil e precisa. Tendo como fim facultar os dados e organizá-los,
para que possam ser facilmente usados posteriormente. Permite uma rápida noção da
veracidade e um imediato esclarecimento da situação, ajudando a diminuir os erros.
33
A colecta e o registro dos dados parecem ser fáceis, mas na realidade não são.
Usualmente quanto mais pessoas processam dados, maior a possibilidade do
aparecimento de erros de escrita. Por esta razão, a folha de verificação torna-se uma
potente ferramenta de registro onde podemos facilmente organizar os dados.
Cada folha de verificação deve ter espaço onde registar o local, a data da colecta e o
nome do responsável pelo trabalho. As folhas de verificação são ferramentas
indispensáveis para alcançar a qualidade, são usadas para tornar os dados fáceis de
se obter e de se utilizar. Dispõem assim os dados de uma forma mais organizada,
verificando o tipo de defeito a sua percentagem e localização do defeito assim como as
suas causas.
5. GRÁFICOS DE CONTROLO
6. FLUXOGRAMAS
34
7. CARTAS DE CONTROLO
Existem vários tipos de cartas de controlo, mas as mais usuais são elaboradas para a
média (X-Chart), amplitude da amostra (R-Chart) e somas cumulativas (CUSUM-
CHARTS).
Em suma, cada ferramenta tem uma função, sendo que não há uma indicação
adequada para saber qual a ferramenta a utilizar em cada fase dos trabalhos
estatísticos. Tudo depende do problema envolvido, das informações adquiridas, dos
dados históricos disponíveis e do conhecimento do processo em questão.
Contudo, existem alguns autores que inserem o Brainstorming, Ciclo PDCA e Plano de
Acção 5W2H como ferramentas da qualidade.
O BRAINSTORMING
35
O CICLO PDCA
O ciclo começa com o estágio P-PLAN (de planear), que envolve o exame do actual
método ou do problema a ser estudado, envolvendo a identificação da necessidade,
análise, estabelecimento dos objectivos e a determinação do método, formulando um
plano de acção em que se utiliza a ferramenta 5W2H.
36
8. NORMAS DA QUALIDADE (ISO)
Assim, em 1971, foi publicada pelo British Standards Institute (BSI) a primeira norma
britânica de garantia da qualidade sectorial – BS 9000, especialmente desenvolvida
para a indústria electrónica, no sentido de combater os graves problemas de qualidade
que a mesma enfrentava. No final da década de 70, e após um trabalho conjunto entre
as diferentes partes interessadas neste processo – Governo, empresas, entidades
consultoras e auditorias, foi publicada em 1979 a primeira norma britânica de garantia
da qualidade – BS 5750.
Finalmente durante a década de 80, o BSI com o apoio do Governo Britânico, exerceu
um papel extremamente activo na divulgação e promoção da norma BS 5750 junto da
comunidade internacional, tendo este processo culminado em 1987 com aprovação das
normas ISO 9000. Estava assim lançada a “primeira pedra” para a difusão mundial de
sistemas da qualidade que actualmente conhecemos. As normas ISO 9000 foram
criadas com o principal objectivo de facilitar o negócio mundial (Sampaio & Saraiva,
2011).
A ISO estabelece que as normas devem ser reavaliadas, quanto à sua adaptabilidade e
actualização de cinco em cinco anos. As normas são revistas para se adequarem às
alterações constantes no mercado e para darem respostas às exigências e
necessidades dos seus utilizadores.
37
A série de normas ISO 9000 foi publicada pela primeira vez em 1987 e, desde então,
teve quatro revisões, em 1994, 2000, 2008 e por último em 2015, para incorporar as
últimas teorias da gestão da qualidade.
Segundo Sampaio & Saraiva (2011) a família de normas relativas a sistemas de gestão
da qualidade é constituída pelas seguintes normas:
O SGQ (Sistema de Garantia da Qualidade) teve seu início devido à era da gestão da
qualidade. Os clientes necessitavam de confirmações de que os fornecedores estavam
atendendo às especificações. Dessa forma, seria possível realizar a selecção mais
apropriada de quem forneceria matéria-prima para as empresas.
38
9 BIBLIOGRAFIA